O que são ?
Grande parte das dores de cabeça que experimentamos no dia a dia
são de origem benigna, ou seja, não são fruto de patologias graves
subjacentes.
São ditas “cefaléias primárias”.
. São as ditas “cefaléias secundárias” (são menos frequentes que as
cefaléias primárias).
As causas são inúmeras, desde problemas agudos como sangramentos,
infecções (sinusite, meningite, dengue por exemplo), traumas,
trombose venosa, medicamentos.
Então, a primeira distinção a ser feita é entre:
Dor de cabeça PRIMÁRIA (aonde a própria dor de cabeça é a doença a
ser tratada- enxaqueca, por exemplo) e,
A enxaqueca pode acometer pacientes de qualquer idade e ambos os
sexos.
No entanto é bem mais comum entre a adolescência e a quinta década
de vida e em mulheres. As crises surgem geralmente após a primeira
menstruação e persistem com períodos de melhora e piora até a
menopausa.
A característica da dor é geralmente pulsátil (como se o coração
estivesse batendo dentro da cabeça).
Outros sintomas podem associar-se a dor, tais como:
Fotofobia = A luz incomoda o paciente, que busca locais com baixa
iluminação para alívio dos sintomas.
Fonofobia = O barulho incomoda o paciente, que busca locais
silenciosos.
Odinofobia = Alguns paciente referem sensibilidade aumentada a
odores fortes durante as crises de enxaqueca.
O paciente geralmente apresenta náuseas e eventualmente vômitos. A
dor da enxaqueca classicamente piora com atividade cotidiana, por
isso o paciente tem importante baixa do rendimento no trabalho
durante as crises. Busca geralmente ficar parado ou mesmo em
repouso durante as crises. As crises tendem a melhorar após um
período de sono.
Algumas pessoas apresentam outros sintomas.
A duração da crise (sem utilização de medicações) é de 4 à 72
horas, geralmente.
Paciente com enxaqueca podem ter suas crises pioradas no período
menstrual,
fases de Stress, redução de sono, consumo de determinados alimentos
(que podem
variar caso a caso), uso de algumas medicações (anticoncepcionais,
por
exemplo), consumo de álcool, Outros...
A enxaqueca é uma doença muito importante pelo impacto que causa na
qualidade de vida dos pacientes.
A cura é improvável, mas o controle é geralmente alcançado com o
seguimento neurológico adequado.
Os passos para o controle passam por uma avaliação inicial,
mapeamento da dor, decisão do planejamento a curto e médio
prazo.
A cefaléia tensional é o tipo mais comum de dor de cabeça que
existe. Virtualmente todo mundo teve, tem ou terá períodos de
cefaléia tensional durante a vida. A dor classicamente é em peso ou
aperto, freqüentemente é bilateral ou sentida na cabeça toda.
A duração é variável, podendo durar de 30 minutos até 7 dias
consecutivos. As crises geralmente são de intensidade fraca a
moderada, é aquela dor chata que incomodo mas raramente leva o
paciente ao hospital.
Diferentemente da enxaqueca a cefaléia tensional não é acompanhada
de náuseas, no entanto às vezes as pessoas perdem a fome quando
estão com esse tipo de dor.
A luz pode incomodar assim como o barulho, mas raramente isso
ocorre na intensidade que ocorre com a enxaqueca.
Pacientes com crises intensas, frequentes ou muito duradouras devem
procurar o quanto antes seguimento neurológico.
A cefaléia tensional acomete homens e mulheres de qualquer idade,
sendo mais freqüente em mulheres entre 15 e 60 anos.
A cefaléia tensional é afecção extremamente comum e normalmente
negligenciada.
A Dor de Cabeça em Salvas, ou “Cluster Headache”, é o tipo de dor
de cabeça mais intensa descrita pela medicina, habitualmente
caracterizada pelos pacientes como sendo em “facadas”.
Os sofredores de dor de cabeça em salvas adotam medidas
desesperadas durante as crises, como bater com a cabeça na parede
para tentar aliviar a dor.
Ela se apresenta de forma rítmica, fazendo com que alguns pacientes
consigam prever o horário da próxima crise, provocando grande
ansiedade antecipatória.
De um só lado e sempre do mesmo lado da cabeça;
Em volta do olho, mas podendo também ser na fronte, têmpora e até
na face;
Intensidade muito elevada e caráter excruciante ou lancinante;
Duração de 15 minutos a três horas e aparecendo em dias seguidos
ou
alternados;
Com frequência entre uma e oito vezes por dia, se manifesta em
horas semelhantes e comumente acorda os seus portadores no meio da
noite, fazendo-os pular fora da cama antes de totalmente acordados,
tal a sua intensidade;
Geralmente é associada com vermelhidão ocular, lacrimejamento e
entupimento nasal (às vezes com corrimento nasal) do mesmo lado da
dor;
Cefaleia orgástica são dores de cabeça ocorridas após um orgasmo ou
durante o atosexual.
Atinge, geralmente, homens após os 30 anos de idade.
A dor é caracterizada de duas formas. Pode iniciar nas preliminares
ou após o clímax. Na primeira situação ocorre na nuca, com
intensidade moderada. Na segunda, édor aguda atingindo a cabeça
como um todo. Além disso, esse tipo de dor pode permanecer por 48
horas depois do orgasmo.]
A causa ainda é desconhecida.
Porém, existem teorias que afirmam que este tipo de dor é
ocasionado pela libertação do neurotransmissor serotonina,
concomitante com o processo de pressão vascular ocorrida no
interior do cranio, no auge do sexo.
Uma fratura craniana é uma ruptura de um osso do crânio. As
fraturas cranianas podem lesar artérias e veias, provocando
sangramento nos espaços em torno do tecido cerebral. As fraturas,
especialmente as da base do crânio, podem romper as meninges – as
camadas de tecido que revestem o cérebro.
O líquido cefalorraquidiano, o qual circula entre o cérebro e as
meninges, pode sair pelo nariz ou pelo ouvido. Ocasionalmente,
através dessas fraturas, ocorre invasão de bactérias no crânio,
causando infecção e lesão cerebral graves.
A concussão é uma perda da consciência e, algumas vezes, da memória
de curta duração que ocorre após uma lesão cerebral e que não causa
nenhuma lesão orgânica evidente.
As concussões causam uma disfunção cerebral, mas não acarretam
lesão estrutural visível. Elas podem ocorrer mesmo após um
traumatismo crânio-encefálico menor, dependendo da intensidade com
que o cérebro foi mobilizado no interior da caixa craniana.
Uma concussão pode deixar o indivíduo um pouco confuso, com
cefaléia e com uma sonolência anormal.
Os hematomas intracranianos são acúmulos de sangue no interior do
cérebro ou entre o cérebro e o crânio.
Os hematomas intracranianos podem ser decorrentes de uma lesão ou
de um acidente vascular cerebral.
Um hematoma intracraniano relacionado a uma lesão geralmente
forma-se no revestimento externo do cérebro (hematoma subdural) ou
entre essa membrana de revestimento e o crânio (hematoma
epidural).
A maioria dos hematomas apresenta um desenvolvimento rápido e
produzem sintomas em minutos. Os hematomas crônicos, os quais são
mais comuns em indivíduos idosos, são de progressão lenta e
produzem sintomas somente após horas ou dias.
Os hematomas grandes comprimem o cérebro, produzem edema e acabam
destruindo o tecido cerebral. Eles também provocam herniação da
parte superior do cérebro ou do tronco encefálico. Os hematomas
intracranianos produzem perda da consciência, coma, paralisia em um
ou em ambos os lados do corpo, dificuldade respiratória, problemas
cardíacos ou mesmo a morte.
Alguns dos distúrbios específicos causados por uma lesão craniana
são:
A epilepsia pós-traumática é um distúrbio caracterizado por
convulsões que se manifestam algum tempo após o cérebro ter sido
lesado por um impacto na cabeça.
As convulsões podem ocorrer somente vários anos após a lesão.
Freqüentemente, os sintomas resultantes dependem do local de origem
das convulsões.
Os medicamentos anticonvulsivantes, como a fenitoína, a
carbamazepina ou o valproato, são indicados para controlar a
epilepsia pós- traumática. De fato, alguns médicos prescrevem esses
medicamentos após um traumatismo crânio-encefálico grave visando
prevenir as convulsões, apesar de muitos especialistas não
recomendarem essa conduta.
A afasia é a perda da capacidade para utilizar a linguagem devida a
uma lesão na área do cérebro que a controla.
A afasia acarreta uma incapacidade parcial ou total para comprender
ou expressar palavras. Na maioria dos indivíduos, o lobo temporal
esquerdo e a região vizinha do lobo frontal controlam a função da
linguagem.
Qualquer parte dessa pequena área que for lesada (por um acidente
vascular cerebral, um tumor, um traumatismo crânio-encefálico ou
uma infecção) produzirá uma interferência em pelo menos um aspecto
da função da linguagem.
Os problemas da linguagem podem assumir muitas formas. A variedade
dos defeitos possíveis reflete a natureza complexa da função da
linguagem. Um indivíduo pode perder apenas a capacidade de
compreender as palavras escritas (alexia) ou somente a capacidade
de recordar ou nomear objetos (anomia).
é a incapacidade de articular adequadamente as palavras. Apesar de
parecer um problema de linguagem, a disartria é causada por uma
lesão da parte do cérebro que controla os músculos utilizados na
emissão de sons ou que coordenam os movimentos do aparelho
vocal.
Os indivíduos com afasia de Wernicke, um distúrbio que pode ocorrer
após uma lesão do lobo temporal, parecem falar fluentemente, mas as
sentenças enunciadas são uma série de palavras sem ordem e confusas
(às vezes isso é chamado “salada de palavras”).
A apraxia é a incapacidade de realizar tarefas que exigem padrões
de lembrança ou seqüências de movimentos. A apraxia é uma
incapacidade incomum que é geralmente causada por uma lesão do lobo
parietal ou frontal.
Na apraxia, a memória da seqüência de movimentos necessários para a
realização completa de tarefas complexas ou especializadas parece
ter sido apagada; os membros superiores ou inferiores não
apresentam um defeito físico que justifique a incapacidade de
realizar uma determinada atividade.
A agnosia é um distúrbio raro no qual o indivíduo pode ver e sentir
os objetos, mas não consegue associá-los ao papel que eles
geralmente desempenham nem à sua função.
Os indivíduos que apresentam determinadas formas de agnosia não
conseguem reconhecer rostos familiares ou objetos comuns (p.ex.,
uma colher ou um lápis), embora consigam vê-los e descrevê-los. A
agnosia é causada por uma disfunção nos lobos parietais e temporais
do cérebro, os quais armazenam a memória dos usos e a importância
de objetos familiares e as impressões visuais.
A amnésia é a incapacidade total ou parcial de recordar
experiências recentes ou remotas. As causas da amnésia são apenas
parcialmente compreendidas.
Um traumatismo crânioencefálico pode causar perda da memória dos
eventos ocorridos imediatamente antes (amnésia retrógrada) ou
imediatamente após (amnésia pós-traumática). Dependendo da
gravidade do traumatismo, a maioria das amnésias duram apenas
alguns minutos ou horas e desaparecem sem tratamento. Entretanto,
no caso de uma lesão cerebral grave, a amnésia pode ser
permanente.
Na medicina, a classificação das doenças muda constantemente, à
medida que o conhecimento avança. De modo similar, na psiquiatria,
o conhecimento da função cerebral e como ela é influenciada pelo
ambiente e por outros fatores vem se tornando cada vez mais
sofisticado.
Apesar dos avanços, o conhecimento dos intricados mecanismos
envolvidos no funcionamento cerebral encontra- se ainda no início.
Entretanto, como muitas pesquisas demonstraram que as doenças
mentais podem ser diferenciadas entre si com um alto grau de
confiabilidade, vêm sendo estabelecidos protocolos de diagnóstico
cada vez mais refinados.
Esse manual fornece um sistema de classificação que tenta separar
as doenças mentais em categorias diagnósticas baseando-se tanto nas
descrições dos sintomas (o que os pacientes dizem e fazem como
reflexos de como pensam e sentem) quanto na evolução da doença. A
International Classification of Disease 9th Revision, Clinical
Modification (ICD-9-CM), um livro publicado pela Organização
Mundial de Saúde, usa categorias diagnósticas parecidas com as do
DSM-IV. Essa similitude sugere que os diagnósticos de doenças
mentais específicas estão se tornando cada vez mais padronizados e
consistentes em todo o mundo.
Foram realizados avanços nos métodos diagnósticos e, atualmente,
existem diversas técnicas recentes de diagnóstico por imagem do
cérebro, como a tomografia computadorizada (TC), a ressonância
magnética (RM) e a tomografia por emissão de pósitrons (TEP), um
tipo de escaneamento que mede o fluxo sangüíneo em áreas
específicas do cérebro.
Sinônimos: tumor no cérebro.
Tumor cerebral é o crescimento anormal de células dentro do crânio
que leva à compressão e lesão de células normais do cérebro.
Podem ser "benignos" ou malignos, sendo que apenas os tumores
malignos são denominados de câncer.
Geralmente esses tumores podem ser divididos em duas
categorias:
* Tumor cerebral primário: quando o tumor tem origem dentro do
próprio crânio
Existem quase 100 tipos de tumores cerebrais, que geralmente
recebem o nome do tipo da célula da qual se desenvolve. A maioria
dos tumores no cérebro origina-se nas células gliais, que sustentam
as células nervosas do órgão. Um tumor de células gliais é
denominado glioma.
Pode apenas necessitar de cirurgia
Cresce relativamente rápido,
É provável que retorne após a cirurgia, mesmo que completamente
removido,
Pode apresentar metástase em outras regiões,
Os meningiomas representam 25 % dos tumores cerebrais, sendo mais
comuns em pessoas mais velhas e em mulheres, normalmente
provenientes das meninges do cérebro e medula espinhal e
frequentemente encontrados na parte frontal ou posterior do
cérebro.
Gliomas Mais da metade dos tumores cerebrais em adultos são
gliomas, que estão divididos
em três tipos: 1. Astrocitoma É o tipo mais comum de glioma a se
desenvolver a partir de células denominadas
astrócitos. Os astrocitomas podem ser de crescimento lento ou
rápido. Alguns são bem localizados (focal), o que significa dizer
que é fácil identificar o limite entre o tumor e o tecido cerebral
normal num exame de imagem ou mesmo durante uma cirurgia.
Outros tipos de Astrocitomas são chamados difusos. Esses não têm um
limite claro entre o tumor e o tecido normal do cérebro. No
interior do tumor pode-se desenvolver um astrocitoma com maior
malignidade. Os tipos de tumores cerebrais mais comuns em adultos
são o Astrocitoma Anaplásico e o Glioblastoma Multiforme. A remoção
completa por cirurgia é possível se o tumor estiver no início do
seu desenvolvimento.
2.Ependinoma Aproximadamente 6% dos tumores cerebrais são
Ependinomas, que se desenvolvem
a partir das células ependimais e do quarto ventrículo. Estas
células forram as áreas preenchidas pelo fluído do cérebro (os
ventrículos) e espinha dorsal. Lesões primárias também podem se
desenvolver na medula espinhal. A maioria dos ependinomas são
diagnosticados em crianças ou adolescentes. Ocasionalmente os
ependinomas podem apresentar metástase dentro do sistema nervoso
central, pelo contato com o líquor.
3. Oligodendroglioma Cerca de 5% dos tumores cerebrais são
oligodendrogliomas, que se desenvolvem a
O tempo e a qualidade de vida dos pacientes oncológicos têm
aumentado sensivelmente no Brasil com a melhora da acessibilidade e
dos tratamentos atuais. Cerca de 20 a 40% destes pacientes
apresentarão metástases cerebrais durante o curso de sua doença
(são os tumores cerebrais mais comuns em adultos).
Entre as metástases cerebrais, os tipos mais frequentemente
encontrados são: carcinoma pulmonar (45%), carcinoma de mama (20%)
e melanoma (15%). Entretanto, dentre os três, o melanoma é o tumor
com maior propensão a metástase.
Meduloblastoma é o tipo mais comum de PNET (Tumor neuroectodermal)
que cresce no cerebelo, corresponde de 15% a 20% de todos os
tumores cerebrais em crianças, mais frequente entre os 5 a 9
anos.
da tireoide acarreta o hipertireoidismo, o aumento de prolactina
interrompe os períodos menstruais (amenorreia), causa produção de
leite na mama de mulheres que não estão amamentando (galactorreia)
e causa crescimento das mamas em homens (ginecomastia).
Os tumores da hipófise também podem destruir tecidos secretores de
hormônios, o que finalmente traz consigo níveis insuficientes de
hormônios no organismo. Outros sintomas podem incluir dor de cabeça
e perda dos campos visuais externos de ambos os olhos.