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Douce Poésie III 1

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Copyright 2017 (1ª Edição)

Todos os direitos desta edição reservados aos autores.

Impresso no Brasil Printed in Brazil.

Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme decreto n 1.825, de 20/12/1907.

Projeto editorial e diagramação: Antônio Ramos da Silva

Capa:

UQC – Comunicação Visual

Revisão técnica e ortográfica: dos autores.

DADOS INTERNACIONAIS DE CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃO (CIP)

ISBN –

PERMISSÃO DOS AUTORES PARA CITAÇÃO

É proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive

quanto às características gráficas e/ou editoriais. A violação de direitos autorais

constitui crime (Código Penal, art. 184 e Parágrafos, e Lei nº 6.895, de 17/12/1980)

sujeitando-se à busca e apreensão e indenizações diversas (Lei nº 9.610/98).

S586d Douce Poésie III - poesias & textos / Antônio Ramos da Silva...

[et al.]. – 1. ed. – [S.l.]: Bookess, 2017. 136 p.

ISBN: 978-85-448-0494-0

1. Poesia brasileira. 2. Literatura brasileira – Miscelânea.

I. Ramos da Silva, Antônio. Título.

CDD: 869.98

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Antônio Ramos da Silva

Adriana Garda de Souza

Carmen Jara

Gláucia Campos

Jose Alfredo Evangelista

Maurélio Machado

Pedro Luiz P. da Silva

Roberto Franklin Falcão da Costa

Severiana Paulino Rodrigues

Vanuza Couto Alves

1ª Edição

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Essa obra é um projeto da “Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul, estado de Santa Catarina” integrando escritores, Alagoano, Catarinense, Gaúcho, Maranhense, Mineiro e Paulista. Intercâmbio cultural de ideias retratadas em poesias, pensamentos e textos.

“Reunir Escritas é Possível”.

A educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.

Aristóteles

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Apresentação: (5)

Sumário: (6) Poesias & Textos

Antônio Ramos da Silva: (7/18)

Adriana Garda de Souza: (19/30) Carmen Jara: (31/42)

Gláucia Campos: (43/54) Jose Alfredo Evangelista: (55/66)

Maurélio Machado: (67/78)

Pedro Luiz P. da Silva: (79/90) Roberto Franklin Falcão da Costa: (91/102)

Severiana Paulino Rodrigues: (103/114) Vanuza Couto Alves: (115/126)

Textos – Antônio Ramos da Silva: (127/136)

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Antônio Ramos da Silva

Nasceu em 19 de Setembro de 1960, na cidade de Brusque (SC). Vive e trabalha em São Bento do Sul (SC). Professor. Escritor. Ativista Cultural. Historiador e Poeta. Graduado em Ciências Econômicas, pela Faculdade De Plácido e Silva – FADEPS – Curitiba (PR) (1984). Pós-graduado em Gestão Financeira, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná – PUCPR - Curitiba (PR) (1987). Em suas atividades em exercício é Presidente da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul (SC) e membro da Associação Internacional de Poetas. Idealizou, planejou e executa o projeto “Diferente Sim, Indiferente Não” e “Oficina de Poetas” em São Bento do Sul (SC). Recebeu a Medalha do Mérito Cultural Dr. Arthur João de Maria Ribeiro - 2013, concedido pelo Instituto Montes Ribeiro e o Troféu Escritor Osvaldo Deschamps de Literatura e Artes - 2013. Publicou: 70 títulos entre poesias, textos, diálogo e história.

Contato:

[email protected]

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Ah! Esse amor

É singular... quando olhas para trás.

É imprevisível... quando olhas para o horizonte.

É inteiro... quando olhas para o que te circunda.

É harmonia... quando olhas para o infinito.

Quando olhas para dentro

é o mais sublime amor e paz. Ás vezes Ás vezes quero me afastar do mundo, deixar de escrever o que é razoável não dizer. Outras... me afundo, voo alto, ultrapasso a barreira dos meus sons, difícil tarefa para sobreviver. Ás vezes fico mudo. Noutras, exponho tudo. Os absurdos dos problemas me deixam surdo. Ás vezes respiro. Outras, escuto o ar a dizer: - vá fundo, o mundo foi criado pra você.

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Sou como sou

Sou como sou... sílaba, palavra, linha, estrofe,

verso, poema, poesia.

Pronome pessoal é um caso reto, individual e intransferível;

ser o que iniciei ser na medida do possível.

Sou como sou... oxítona, paroxítona, proparoxítona, ditongo, tritongo, hiato. De fato sou e sou mesmo. Agora, dantes e adiante nesta hora a frente.

Sou como sou... pretérito imperfeito,

conjunção, advérbio, substantivo vidente, indecente,

feito verbo intransitivo, sujeito oculto, uma crase.

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É vida A vida é...

um pêndulo de movimento brando que vai e que vem.

A vida é... imã que expele ou atrai o mal ou o bem.

A vida é...

um poema curto de resoluções e dilemas do ser ou não ser.

A vida é...

tamanha se aproveitar os instantes inserindo quem te ama (amigo, companheiro, amante) para desenvolver.

A vida é...

seta que aponta para todas as direções; direita, esquerda, para trás e para frente dando-nos a direção.

A vida é... flor e espinho. A vida é... mesa e cama. A vida é... caminho. A vida é... lama. Seja lá o que for; se for é vida, acompanhada ou sozinha, saudável ou com dor.

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Tudo

Não diga nada, mesmo que eu te indague quem és!

Não diga nada,

mesmo que os raios estourem sobre a nossa cabeça protestando contra o silêncio que circunda em nós.

Não diga nada, apenas feche os olhos e sorria, vamos deixar esse lugar vazio e pousar onde existir amor.

Diga tudo! Os clarões desenharam os céus

para iluminar o romper da aurora; o mal tempo passou, foi se embora...

mergulhe agora no meu amar.

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Meu amor Ah! Meu amor! Quando é amor pouco importa. Não importa o ônus! Não importa o custo! Nada pagamos! Todas as sensações nunca são demais; seja qual ela for. Se amor for, flor... quero mais...

Eu mundo

O tempo que damos é para recuperar o fôlego.

Nem todos te amarão. Nem todos saberão te valorizar.

Contudo, você é tudo! A vida é assim...

não queira os passos acelerar. Vá! Conquiste o meu mundo.

Eu te poetizo Aonde houver poesia... em teus poemas me encontrarei. Onde leres versos meus... lá estarei. Quando me escreveres... contigo estarei. O meu eu te poetiza. És a poema que não me recuso a escrever, que não deixo escorregar pelos dedos, e por descuido te escrevo.

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Repouso para um sonho

O que é a nossa vida? Um passo para eternidade, uma partícula de um átomo,

natividade de instantes ou o caminho para a piedade?!

Extensa vida

ou vida por um instante; quanto é indefinida.

Horizonte? Circulo? Um vazio em linha reta! Que espaço ocupa a vida?

Sete palmos define a vida, do mais forte, do mais fraco.

Aquieta-se tudo,

por sorte, pelas frestas da morte.

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Simples toque

Não ser tocado por ti... é preciso dar tempo ao tempo.

Não ser tocado por ti... é preciso dar descanso ao corpo e paz para a alma.

Não ser tocado por ti... é preciso dar silêncio aos meus ensejos.

Não ser tocado por ti... é preciso dar tréguas as minhas inquietudes interior.

Não ser tocado por ti... é preciso às vezes, enclausurar-se ao nada diante do todo.

Se pudéssemos eternizar alguns momentos.

Se pudéssemos deletar outros. Se pudéssemos içar sonhos sentados na ponta de uma estrela?!

Mas não ser tocado por ti...

não concilio sorrisos, não encontro amanheceres iluminados,

não encontro nas madrugadas, paz.

A saudade é apenas uma linda palavra. Se... apenas se...

não ser tocado por ti.

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Dentro do meu eu

A solidão sugere. A parede ouve. A lua observa.

O silêncio aclara. A cama sossega.

A madrugada me demuda,

me dá controle, me dá posse.

Se ouço

um barulho, um soluço...

Lágrima na face desce

mais abaixa, mais profunda,

no frágil universo que sou (Ilusão, pacto) mais eu.

Assim... dentro do meu eu apenas eu.

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Tua vida

Degusto a porção estranha da vida. Sinto viver o que não escrevo. Não vejo significado em nada.

Não sou alguém de lágrimas que se exteriorizam, mas distante no meu interior um temporal se faz.

Onde tudo implode, tudo para defronte à frivolidade.

Ela, minha galáxia eclode.

Tantas janelas, várias portas, nada é palpável.

Tudo tão relativo. Tua verdade.

Teu pensamento. Tua crença.

Tua, sempre tua.

Tudo é teu e só teu. È vida tua aqui ou lá

a importância que der e levar só tu darás.

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Voar sem asas

Pensei que voar era liberdade. Voar é necessidade! Cortei minhas asas,

elas batiam desordenadas, nada de carma,

pior é voar por nada. Nada restou dos meus restos. Vazio... estou, Vazio... fico... como um poço fundo, saciando a sede com lágrimas de um adeus nunca dito, mas sinto.

Imensurável é esse desgaste, não há quem me pague resgate.

Voar é necessidade! Voar para liberdade.

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Adriana Garda de Souza

Nasceu em 4 de Novembro de 1965, na cidade de Florianópolis (SC). Vive e trabalha em Nova Trento (SC). Engenheira Agrônoma, Poetisa e Ativista Cultural. Graduada em Agronomia, pela instituição UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina (1988). Atualmente, atua como Enóloga. Lecionou por muitos anos, as disciplina de química e geografia na Escola de Educação Básica Francisco Mazzola, na cidade de Nova Trento (SC). Foi professora também no Programa EJA – “Educação de Jovens e Adultos e Correção de Fluxo”. Atuou de 2005 a 2010, como Engenheira Agrônoma, no município de São João Batista (SC), no projeto “Microbacias2”. Foi Colunista da Revista “PASSATEMPOESIA”, por três anos, na coluna “Reflexões do Cotidiano”. Faz parte da diretoria da ALB/SC - Academia de Letras do Brasil para Nova Trento (SC), onde ocupa o cargo de Secretária. Está envolvida no projeto de uma nova revista, onde novamente terá uma coluna. É membro correspondente da Academia de Letras de Governador Celso Ramos – SC. Entre várias menções honrosas e medalhas, destaque para os troféus + VERÃO, nos de 2015 e 2016, oferecido pela Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos, em parceria com a Academia de Letras do Brasil, seccional de Governador Celso Ramos, organizado pelo Professor Miguel João Simão. Menção honrosa pelo concurso realizado pela Academia de Letras de Palhoça, em 2015, cujo tema foi, "Palhoça".

Publicou: Premium II e Premium X – Ouro, (poesias, 2015) e Platinum I, VIII, XXI, (poesias, 2016) Bookess Editora. Participou da Antologia Poética, “Luz do Amanhecer”; organizada pelo Presidente a ALB-SC, Professor Miguel Simão.

Contato:

[email protected]

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Feliz aniversário meu primogênito Para meu filho Matheus

Quando eu tive a certeza, num dia ,que dentro de mim tu já morava, crescia, não entendi direito o que acontecia... parecia obra de magia... eu tão nova e um outro ser gerava! Obra divina, que, uma menina assustada, não explicava, mas por instinto e amor já sabia, que era forte, na minha vida uma virada! Uma paixão muito linda e criança, de dois amigos que se acharam na vida e juntos um amor viveram, eu e teu pai, numa noite onde tudo era perfeito, tinha o céu, estrela e a lua, abençoando o momento! Meu filho fosse concebido de um doce amor intenso! Tua chegada por todos foi bem vinda, me iluminei, acho que nunca estive tão linda! Já sabia que eras um menino desde sempre... doce menino, quieto, inteligente! Cabelos dourados, lindo olhar azul, herança que eu peguei de quem em mim te fez! Hoje... nem acredito meu amor, faz tantos anos que para mim tu chegou! Explodo de alegria de te ver esse homem lindo e de caráter bom... independente! Sonhos de criança realizando, com dedicação e pé no chão! Homem no tamanho e identidade, para mim sempre um menino... não importa a tua idade! Parabéns por seres como és... puro, lindo, forte, um homem de verdade! Aquela menina que um dia se assustou, quando engravidou, hoje só agradece à Deus, Nosso Senhor! Saúde, amor, sucesso te desejo! Pedaço de mim, Matheus, herdeiro... mãe me tornou e fez conhecer o amor, mais puro e verdadeiro!

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Ano Novo

Começando novo calendário No dia à paz dedicado

De branco me visto, invisto! Aos povos, olhar ampliado.

Novo ano chegou quente e calmo

Que seja diferente, façamos a diferença Sonhos retornaram, após duras batalhas Valores sujeitos, mãos à obra, presença!

Aos chegados, abraço apertado Aos distantes, luzes radiantes

À todos, renovação na caminhada Ano novo, na primeira esquina, abraça!

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Radiação

Na época, em que há radiação No dia seguinte à celebração Na módica medida de nutrir

Na estranha mania de sentir!

No caminho que se passa abaixo Radiante céu de piscantes, dourado

Sensação infantil de esperança Há no ar motivo de boa mudança!

Entre tragédias humanas, tristeza

Recomeçar, com que certeza? Caminho a trilhar, fé no porvir

Humano dom de reinventar, seguir!

Entre credos, fatos e planos Inebriados celebramos o novo ano Na chegada de mais uma virada No calendário, página passada!

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Natividade

Em nublado olhar, turvada vida vista Boca dói, em feridas expostas

Corpo cansado, de lutas espartanas Frágil preparo para encarar a guerra Cada batalha, se vence, se recua...

Interna serenidade, que cansada, para! Um pouco de reflexão é preciso!

No cotidiano levado a esmo, presos O dia é curto e a conversa a mesma

Este roteiro já está gasto, inútil! Teimar é flagelar sua integridade! Metamorfose deve haver, sempre!

Para que seja plena, deixe, observe... Às vezes seja só espectador... Se contemple no transforme

Interessante ver sua vida, encare-a! Sim, aceite! Você pode ter a sua história! Faça valer a pena, não vitimize ou piore Olhe com ternura, relaxe, ouça, aprenda Compreenda, você não precisa provar

Ser aprovada ou reprovada, experimente! Tente um equilíbrio próprio e compartilhe

Não lastime, sempre os queixumes... Ouse dizer que seu dia foi feliz, em paz!

Faça sua estrada, sinta os calos nas mãos... Não caminhe a trilha de outro!

Talvez possam trilhar lado a lado... Ser você, entender isso, tentar, já é muito!

Experimente... eu vou tentar outra ótica Outra ética, outra postura, ereta e infinita Palavreie-se com substantivos de amor! Talvez mude o humor, o sabor, o futuro...

Não existe nada além da imaginação E tudo podemos imaginar...

Linda inspiração de imaginação! Renasça em sua busca, sua fé...

Seu pote de ouro no fim do arco-íris Feliz natal, feliz renascimento!

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Trajetória

Na tatuagem a imagem conta tua história.

No sinuoso desenho se caminha pela memória.

A rosa, vem bela e espinhosa, a pensar...

Para terminar?

Em caravela navegar!

Um lugar, para sempre no coração a morar... Uma melodia o define, um poeta, a viola!

O espinho retorna... qual?

Começo, meio, fim! Um ciclo fecha, uma vivência se torna.

Mulher guerreira, marca na pele a trajetória!

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Festa

É urgente que o corpo se movimente! É nutriente que a alma sorria,

que o coração, de amor, se alimente!

É necessário que você me acompanhe. Que o amanhã

venha com esperança, boa vontade em fazer o que se sonha!

Aurora, dias matinais,

sensacionais.

Brisa morna, calor de primavera.

Aconchego de frutas, flores,

floresta.

Peito aberto, riso de criança,

festa!

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A poesia transversa ao real.

O sonho paralelo ao ideal.

As quimeras ideias, quem dera...

Um sonho, uma ideia, uma realidade,

quando as unir em uma localidade algo vai mudar, muito mudará...

Expectativas no ar,

será para já?

A verdade é tão simples e até vulgar! Ter que ser focado e caminhar, reto.

Pode demorar século, não chegará?

Mas a chama que existe em seu coração; você a sente, você sente nas entranhas. Visceral projeto idealizado, em mente!

Finalmente? O verão está chegando!

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O amor é palavra com condição Não se pode amar sem senão. Mas quando se tem a certeza...

Que se é escravo desta emoção?

Muito se quer amar, sem medidas Entregue ao destino da paixão

Ou ao ser que nos tirou da razão Se jogar nos braços da inspiração!

Mas se o amor não existe sem senão... Se a paixão está unida neste turbilhão

É estado de patologia do coração... Há, sina de amar, sofrer de escravidão!

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E eu não faço mais poesia. A poesia me faz!

Já não procuro inspirações, As me capturam...

Enredam-se em torno, criam um sentimento...

Eis que toma e enleva... se manifesta... Vida se poetizando, queira como for...

Venha, venha como vier, faz parte da história!

A que se faz, se captura a imagem, se inala o olfato Mira, mira, solte-se, tente não sentir medo...

Descontroladamente... Tempo solto, independe, seja seu amigo... somente!

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Crônica Rural

Ela observa o anoitecer, escutando o sibilar das cigarras. Este som tão seu conhecido, desde a infância, lembra final de ano, calor, lembra época natalina. Um anoitecer vagaroso, sem muito alvoroço... sente-se orgulhosa por ter cumprido algumas metas, outras, ainda não deslancharam. A cidade, a população, as atividades, estão em sua cabeça... pensa assim. Em qualquer pessoa, há um mundo particular. O desafio é conciliar seu mundo interior com o dos quem convive e com o ambiente real... Ser lúdica, viver sempre buscando novas oportunidades de vida, não gostar de rotinas, rótulos, estigmas. Maturidade vem para equilibrar tudo isto. O coração fica mais aquietado, a ansiedade, observa e espera. Também não se decide em função de outras ideias... amar é se doar ao diferente, respeitar e valorizar. Amar, qualquer ser, depende de aprender a amar-se! Ser produtivo feliz! Há sonho acalentado! Remuneração por isso é consequência. Não, não perecerá diante de más notícias. Esta é a vida que conhece... hoje à faz crônica, amanhã, segue os compromissos, agora, anoiteceu, as cigarras emudeceram... os sapos coaxam no lago!

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Carmen Maria Maciel Jara

Nascida em 07 de outubro de 1948, na cidade de Pelotas-RS. Viúva. Vive a sublime ventura de ser mãe e avó. Pedagoga, graduada pela Universidade Federal de Pelotas. Pós-graduada em Ensino e Prática Pedagógica na mesma Universidade. Especialista em Educação Especial pela Universidade Católica de Pelotas. Encerrou sua carreira no Magistério, exercendo a função de direção na APAE Capão do Leão (RS), dedicando os últimos anos à educação especial. Aposentada, além da dedicação aos netos pequenos, voltou-se à poesia no ano de 2015. Usa com gosto e emoção a junção de letras à compor versos que expressam momentos e emoções que enalteçam e descrevam o amor, fragmentando sentimentos de forma poética. Feliz, enquanto estado de espírito. Numa felicidade desvinculada de eventos alegres e ou tristezas momentâneas. Canta e vive o amor na sua mais pura essência, reconhecendo-o como a energia Universal.

Publicou:

20° Antologia Logos - Maio de 2016. Platinum XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXIII (poesias, 2016) - Bookess Editora. Douce Poésie I (poesias, 2017) – Bookess Editora. Selecionada: Antologia Sui Generis – Saloios & Caipiras-Portugal - Agosto de 2016 e “O canto do Rouxinol” (poesias, 2016) obra solo publicada pela Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Viajar

Embarquei nas asas da poesia Na bagagem, letrinhas e mais letrinhas

Na alma sentimentos e alegria No coração uma fábrica de palavras

Esperando para compor Uma linda história de amor

Viajei por caminhos de ternura Margeados de puro afeto Colhi beijos demorados

E abraços apertados Escolhendo letras, formando palavras

Compondo textos, até livros, Mas nunca consegui chegar

A uma forma que expressasse A intensidade do meu amor

Aleatoriamente joguei letras sobre o papel E elas sabiamente confidenciaram

Não nos peças o impossível Teu afeto e teus carinhos

Só poderás ser fiel em demonstrar Nos braços do teu amor.

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O sorriso

Dança um triste sorriso Sufocado no peito Amargo sorriso...

Não mais aos lábios alcançará Quando tudo era alegria Com palavras cantando

Em suaves gorjeios Nos ouvidos, na alma

Vibrava no ar a ternura O coração embevecido

Acolhia carinhos, desejos Uma praia deserta, o palco

De encantadores momentos de amor Mas num desafinado gorjeio

Do volúvel Rouxinol Quebra-se tal qual cristal Acordando o doce sonho Esmaecido fica o sorriso No ferido peito trancado

Aos lábios não mais chegaria Em lágrimas foi transformado E dos olhos tristes cerrados

Amargamente escorria.

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Alegria autêntica

Alegria, alegria Alegria autêntica

Fruto da harmonia da alma De um estado de espírito

De uma concepção de vida Não só de eventos eufóricos

E alegrias momentâneas Sensação de paz e felicidade

Vibração de energias positivas Alegria que encanta e alimenta

Sentimento de partilha Interação com o próximo

Comunhão com Deus e a espiritualidade Alegria cúmplice da natureza

No seu uso com compromisso de preservação Alegria no abraço sincero

No beijo gostoso No afeto verdadeiro No carinho fraterno

Alegria, alegria Beleza da alma e alimento da vida.

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Dança dos sonhos

Dançam meus sonhos Na imensidão da noite Mistura de realidade Com impossibilidade

Treme meu corpo Geme minha alma

Vislumbro na penumbra De um cúmplice luar

Tua imagem querida a me envolver Alterno os momentos insones

Com um adormecer encantado Neles o sonho é constante Teus braços a me envolver

Em abraços sem fim Teu calor me aquecendo Ao louco ardor da paixão

Procuro teus beijos Aqueles bem demorados Sinto meu corpo latente

Languidamente ao teu lado estendido A lua cansada com pena

Entendendo meu sofrer chama o sol, Seu também impossível amor Pedindo-lhe que traga o dia E de meus sonhos acorde

Oh! Lua E então não sabes

Meus sonhos, meu amar Permanecem noite e dia

Num eterno sonhar.

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Ilusões e desilusões

Andam juntas em meus dias Alternando-se em momentos

De esperança e lucidez A uma palavra tua

A ilusão assume a frente Vibra a minha alma

De sonhos e venturas Tudo vivo; só possibilidades

Um porvir sereno Onde vence o amor

Mas logo vem tua ausência E tua indiferença doendo Ganha frente a desilusão

Ferindo meu coração Vencendo o desamor

Mesmo assim, morrendo a alegria E assumindo impossibilidades

Meu coração aguarda Mais uma palavra tua

Para reinventar a ilusão De finalmente viver com plenitude

Esse sonho de amor.

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Onde foi

Onde foi nosso último encontro... Onde nossas almas se encontraram

Qual o palco do nosso amor Quando e como nos separamos

Pois disso tenho gravado No fundo de minha alma Em teus braços já estive Dos teus beijos já provei

Dona do teu amor Feliz eu já vivi

Um afeto sem fim Sentimento sem acaso

Puro e verdadeiro Resquícios de vidas passadas

Essa paixão por ti.

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Busca

Aqui, frente ao mar... Só, tristemente só...

Busco na quietude da alma Num momento de perceptível silêncio em meu coração

Numa busca insana e desesperada Preciso saber quem sou?! O que sinto!

Que loucura de sentimentos Teimosamente tomam conta do meu viver.

Mergulho corajosamente no mais íntimo do meu ser Dispo-me de toda razão

Buscando a minha mais autêntica verdade. Encontro-a como a uma explosão

Energia pura, sútil, na fonte. Nunca um silêncio gritou tão alto

Nunca um coração foi tão fiel ao expressar o seu sentir É amor; o mais puro amor...

Livre, essência, verdade. Inquestionável e sofrida verdade.

Escuto minha alma assumindo A ambivalente tortura e ventura desse amor.

É amor, só amor... Simplesmente, naturalmente.

Amor, amor.

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Cansei

Cansei de versejar o amor De colher letras no alfabeto dos meus sentimentos

De desnudar minha alma em poesia Cansei de expor em bandeja

Meu coração apaixonado De engolir mágoas e desilusões

Cansei de ser autêntica Não esconder emoções Doar-me sem restrições De forma incondicional

Cansei das impossibilidades Que encobrem o desamor. Cansei de beijos sonhados Em um grande faz de conta

Cansei de ser eu mesma Cansei de tudo nessa história

Mas o que deveria cansar Estou cansada de tentar Sem conseguir alcançar, Mas juro! Vou conseguir

Vou deixar de amar Vou com esse amor acabar.

Nem que junto tenha Que o coração arrancar.

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Preciso

Vamos lá coração, corras a me ajudar. Preciso urgente te ensinar a despertar sentimentos,

Que não costumas abrigar. Quero uma raiva bem grande.

Uma decepção que tenha força de um grande amor apagar. Uma mágoa transformada em coragem

De alguém de minha vida riscar. Cansada de machucar-me sem nunca reclamar

De ser brinquedo de menino que dono de muitos A nenhum dá atenção.

Anda coração, aprende, aprende logo de uma vez Arranca esse amor do meu peito

Aprende a ter amor próprio a não desperdiçar amor Com quem se nega a amar.

Quero sentir-te frio e insensível Tens que aprender e mudar

Sejas tudo coração, te imploro, mas nunca mais voltes a amar. Em vez de carinho, uses indiferença

De dedicação, esquecimento, da compreensão a rigidez. Mudes minha forma de ser,

Minha forma de sentir. Mostra-me outros sentimentos Que me livrem desse tormento.

Aceito ser outra pessoa, Renuncio à minha essência

De Polyana apaixonada, De Amélia dedicada.

Quero a insensibilidade e frieza De um coração sem amor

E uma vida sem dor.

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Esvaziamento

Tentando, tem que haver essa possibilidade. Prepara-te coração vou esvaziar-te.

Amizade, cumplicidade, diálogos e também muitos monólogos Tanto a retirar de ti nessa tentativa de sobreviver

Doces momentos... Tanto à fazer morada aconchegados em meu peito Livros partilhados, leituras discutidas, reflexões...

Filmes assistidos à distância, aliás, tudo à distância E mesmo assim tudo tão junto, tão próximo,

Cotidiano, sentimentos, alegrias e vitórias, tudo partilhado... Carinhos, sonhos e desejos, espiritualidade, orações...

Tudo em um só coração guardados Agora como numa mudança física É chegada a hora de esvaziar-te

Numa transição dolorida Arrastarei tudo à força num exercício de coragem

No ápice da capacidade humana Esvaziando, retirando

Sairá tudo, marcas ficarão Desse relutante sentir

Sangrando, despedaçando Mesmo assim sairão vazio, dor, desilusão

Ausência de tudo, de vida plena Ausência do amor, da esperança

Um imenso e triste vazio De uma mudança sofrida e necessária Ousastes coração enfrentou o tempo

Teu tempo terminou Serás esvaziado e lacrado

E vazio terminarás teus dias.

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Maria Gláucia de Oliveira Campos Mata

Nasceu na cidade de São Tiago (MG) em 21 de maio de 1955.

Filha de José Francisco Campos e Maria da Conceição Sena.

Formou-se para professora de primeiro grau. Aposentada, casada, teve seis filhos e nove netos.

Começou a escrever poesia a um ano.

Seu lema: sonhar, sonhar e sonhar!

Contato:

[email protected]

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Emoções

Tudo um só encanto... De um dia que termina!

É o contemplar do crepúsculo! Que numa explosão de cores e luzes

Anuncia a noite dos sonhos da ternura. Que o real possa acontecer.

Tudo em um só instante... De sensações sentidas

em um só coração! Que desperta para emoções

de uma alma em chamas! Que está à espera do amor...

De um voar pelos espaços infindos... No buscar de um sonho!

Sentir só o sublime canto do amor. Compreender que só o amor

preenche o vazio do ser. Que o amor é o requinte do sentimento!

Que ele invade qualquer limite. E aquele que ama

só quer amar... E para quem quer viver o amor

a eternidade é sempre... muito pequena!

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Em busca do amor

Eram raios de sol que se espalhavam pelo espaço

Naquela radiosa manhã de uma beleza que seduz e acalma

A harmonia dos pássaros voando alegres irradiava amor!

Entoando cânticos à vida... De um prenunciar de um novo dia!

Acordei-me cedo... E da janela de meu quarto

sinto-me maravilhada com tanta beleza de um despontar de tão linda manhã! Mas, meu pensamento está em você...

Olho o céu nuvens brancas passeiam

sob o azul celeste... Sinto uma intensa melancolia. De uma noite mal dormida...

De sonhos que esvanesceram por um tempo perdido no tempo... Um tempo que ainda não veio...

Por uma solidão de uma só alma! De um sonho que vivo

em espírito de uma vida além da vida... Incerteza, dúvidas,

Mas esperança pela busca do amor pela busca do eterno!

Pela felicidade sonhada! De um amor capaz de ultrapassar qualquer fronteira!

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Amor além da vida

Naquele silêncio do infinito céu... Onde energias mais altas

do universo se elevam! Nasceu meu amor por ti.

Foi o encontro de duas almas que nasceram para amar...

Para se unirem, para viverem um grande amor! E em ti elevei meus sonhos,

construí meus castelos e fiz de você meu ninho de amor! No mais íntimo de meu coração...

Só ter você é o que eu mais quero. Te digo:

Meu amor por ti vai além das palavras

além do sol, da lua, das estrelas. Além de mim, além da vida...

É um mistério mais belo que existe. É um transbordar dentro de mim!

Que nem a distância, nem o tempo serão capazes de destruir

tão indescritível amor!

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Apenas saudade!

O por do sol indeciso prenuncia a chegada da noite.

No céu estrelas brincam de nuvem em nuvem, espalhando perfume pelo espaço celeste.

A lua formosa, pensativa se faz triste... Esconde-se entre nuvens. Não quer ver meu pranto.

De saudade! Saudades de um amor...

Amor que vivo em sonhos. E mesmo sem ter vivido este amor, sinto saudade!

Sem ter te tocado sinto saudade! Mas eu sabia:

que fazias parte de meu ser! E sem saber eu te amava!

E antes de te conhecer eu já te queria... Se te visses agora correria para teus braços.

Te abraçaria, te cobriria de beijos. Ficaria em silêncio ao teu lado.

Aconchegada em teu corpo só sentindo as batidas de teu coração...

E te diria bem baixinho: que sem você não sei viver...

Pois você floriu meu caminho de ternura, meiguice e carinho!

Minha vida renasceu em ti. E como disse padre Fábio de Melo:

"Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse o sonho dentro de mim e vivesse na escuridão.

Se eu não te amasse tanto assim, talvez não visse flores por onde eu vi, dentro de meu coração".

Te amo...Te amarei sempre.. Meu coração que chora de dor...

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O sentir de amar

Amar! Verbo tão fácil de se conjugar! Mas difícil de entender...

De se definir... Um sentimento que só quem ama

entende. Só no silêncio da alma

para ser vivido! Um abrir e fechar de olhos. É um sentir inexplicável...

É um sonhar estar em seus braços. É um flutuar em sonhos

pelos horizontes dos espaços sem fim...

É um amor puro, calmo e sereno sentido em meu coração

E que apenas quero cultivar deixar florescer... Viver com paixão

e nunca deixá-lo morrer!

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Meu profundo amor

Tu és o meu mais profundo amor! Tu és a ternura de meus dias!

Tu és o encanto de meus olhos! Tu és a estrela que guia meus passos! Tu és o sol que brilha em meu coração!

És o afago de minha alma! Em teu sorriso encontrei

o viver novamente. Nas suas palavras ditas com carinho

renasceu a esperança de ser feliz novamente!

E o meu amor por ti é um amor que vive

só para amar... Amar você!

Que mesmo distante aquece meu coração alimenta minha alma,

acalma todas as minhas quimeras...

E dentro da eternidade e a cada instante

te amo mais e mais!

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Coração apaixonado

A constância de amar! O vibrar de tão intenso amor...

Que existe em mim. Onde a adrenalina gera

a pulsação de um coração inquieto

apaixonado... Onde envolve minha aura

na luz da emoção do viver a vida.

Do amar... Simples assim...

Do sonhar, do querer! Reencontrar o seu amado viver as delícias do amor!

Sentir a magia dos sonhos! De um amor que chega

ao fundo da alma... Que fez e faz florir

um coração apaixonado... E sentir a felicidade

de acordar todas as manhãs depois de ter vivido

este amor tão intensamente!

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Noite de sonhos

É a noite dos sonhos! Madrugada clara!

A lua com todo seu encanto canta lindas canções de amor!

Miríades de estrelas brincam de iluminar o céu! É um maravilhar radiante!

Um espetáculo deslumbrante! Sinto-me a transitar

nas dimensões paralelas sob os espaços celestes

do infinito céu. E naquele silêncio de uma noite estelar.

A minha alma sai à procura da tua... Quer te encontrar em qualquer lugar

do imenso espaço... Mesmo no brilho

da mais bela estrela... Te dizer que:

meu coração já não sabe viver sem ti sem teus carinhos...

Sem ouvir suas palavras doces E ditas com amor.

Só seu amor me inspira a viver... Tu és a razão de meu existir...

E eu amo-te! E quero somente

amar-te muito... amar-te sempre... Por toda minha vida!

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Preciso de ti

E no pouco que te conheci aprendi a ti amar... E ao encontrar-te

todas as noites em meus sonhos vivi momentos perfeitos

ao teu lado. Busquei o encantamento do amor...

Tu penetraste em minha alma e no crepúsculo do amor

te amei, te amo e te amarei eternamente!

És dono de meus pensamentos... Ao acordar penso em ti

no decorrer do dia penso em ti

anoitece e penso em ti! Sinto que preciso de ti careço de teus afagos do sorrir de teus lábios

do ouvir tua voz do sentir teu coração

dos beijos que guardaste para mim...

Quero te dar todo meu amor... Dar tudo pelo tudo.

E pelo tudo viver meus sonhos. E percorrer contigo

o caminho do eterno viver de amor!

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Mistérios de amar

Em meu coração só existe amor... É um mistério

Que sonda minh'alma! É um desejar um coração...

É uma saudade imensa... De um amor não vivido

incompreendido pela lógica! Só sentido. Um intenso sentir!

Talvez vivido nas dimensões milenares mais elevadas do cosmos! De um amar sem medidas,

sem limites... sem restrições...

Só amar! Um amor que está sempre à espera do teu.

Que no silenciar da noite no crepúsculo que dorme chora por ti!

Amor dor estampa-se no peito as lágrimas rolam pelo rosto

como se fossem rios de lágrimas... A alma se despedaça! O coração não quer compreender nada...

Quer apenas te encontrar ser seu sonho de amor preferido.

Voar contigo pelos espaços infinitos e eternos

do imenso céu azul! Sentir, te amar! Nada mais...

E nada mais que isso!

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Jose Alfredo Evangelista

Nasceu no dia 25 de Fevereiro de 1946, na cidade de São Roque (SP). Ingressou nas fileiras do Exército Brasileiro e passou para a reserva, após trinta anos de efetivo serviço, tendo fixado residência na cidade de Lorena onde formou sua família. Estudou Teologia na Universidade Salesiana de Lorena e Jornalismo em Mogi das Cruzes. É um dos fundadores da Associação dos Militares Inativos e Pensionistas de Lorena – AMIPEL. Possui o título de Comendador outorgado pelo Poder Executivo de Lorena com a “Comenda Bernardo José de Lorena” por relevantes serviços prestados à comunidade. É Acadêmico na ALLARTE – Academia Lorenense de Letras e Artes, ocupando a cadeira nº 11 e tem como seu Patrono, o Marechal Cândido da Silva Rondon, Patrono das Comunicações. É autor dos livros: “TENENTE CLÁUDIO PEREIRA – Tributo e Memórias”; “CASOS E CAUSOS DA CASERNA – Relatos de um militar inativo”; “DIVAGAÇÕES POÉTICAS - Um olhar aos meandros da vida”, “CONTOS & CRÔNICAS – Uma resenha da vida”, “POEMAS DA ALMA” e “VERSOS DESNUDOS”, “JORNALISMO EM VERSOS” todos na suas 1ª Edições. Participou das antologias “Platinum III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV” - (poesias, 2016) - Bookess Editora e “Douce Poésie I, II” – (poesias, 2017) – Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Aparência

“Nem tudo o que reluz é ouro”! Atrás de um sorriso amarelo

Há um caminho de sumidouro, Pronto a devorar teu farelo!

Disfarce em linda máscara

Esconde realidade mentirosa Qual suave música de cítara,

A encantar na flor viçosa!

“As aparências enganam”! Com sede o curioso vai ao pote... Sem sabedoria e discernimento,

Leva da serpente, o bote!

O Cavalo de Tróia enganou Troianos! Como presente draconiano...

Nas aparências escondem-se feições Mascaradas e com más intenções!

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Nobre dama de vermelho

Em vermelho vestida, Rodando e bailando,

Ela desliza no meu coração... Enche-me de emoção!

Pelos olhos como janelas abertas,

A nobre dama esfuziante entra; Seu cupido me acerta como flechadas

E na minha paixão se assenta!

Amor em carmim Apossa-se de mim.

Nobre dama esfuziante

Invade meu ser e deixa-me amante.

De silhueta aveludada E rosto emoldurado,

Leva-me dentro de um quadro!

Nobre dama de vermelho Insinuando seu veneno,

Aninha-se sorrateira no meu sonho; Silenciosa conquista meu coração risonho!

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Alquimia do amor

Quando a razão é emoção...

Não penso senão... O que pede o coração!

Paixão desmedida não vê a ferida... Avança o sinal; não pressente o mal!

Quando a razão leva ao pensar e, ao amor filtrar As virtudes de amar,

O gozo da paz nos apraz De um amor seguro e maduro!

Quando a razão é emoção, O amor é efêmero... Na alquimia do amor

Razão e emoção reagem dentro do coração!

Em prosa e verso

Momento inspirado... Pouco elaborado... Na simpatia da empatia surge a prosa Na simplicidade denotativa ela goza

Menos figurado e mais real... Até surreal...

Ritmado em estrofes, os versos Em contraste com a prosa, versam

Mensagens metafóricas... Eufóricas... Sentidos conotativos e atrativos

As letras poetizam, poemas entronizam...

Na construção proselitista prosa e verso Balizam a riqueza da literatura poética;

Nos sentidos reais e denotativos, Figurados e conotativos.

Na veia do poeta corre sangue

Em prosa e verso; Do poema em rimas diversas...

Da prosa nas linhas da realidade, Pairam divagações dispersas!

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Poente

No poente, lá se vai minhas esperanças! A luz que se esvai devagar e lentamente

E no silêncio do entardecer leva a esmorecer A certeza que acalentava uma verdade... Com o poente da mentira dor que sentira; Olhos distantes não veem senão amantes

Que se despedem como antes... De manhã radiantes... À tarde retirantes...

Efêmeros momentos rasgados de véu clemente. Suspiros profundos e sem palavras que falem, Mas calam-se sem explicações nem restrições. Luz que se apaga no findar de um mais um dia;

Na paz do coração torna-se arena de uma porfia.

Esperança rompida... Combalida... Num por de sol, um poente de tristeza!

Uma historia de tanta torpeza...

Esperança vespertina! Não se descortina...

Esconde-se como sol e sua luz! Lá se vai minhas esperanças...

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Força misteriosa

Que força misteriosa é essa Que me ampara... Que me escora? Que força é essa que me levanta; Que me põe em pé quando caído?

Impulsiona-me acima dos males E me tira dos vales e das sombras? Põe luzes nas minhas penumbras?

Faz-se de armadura na minha fraqueza? Força poderosa que apara o meu caminho;

Tira-me da pobreza e conduz-me à nobreza?

Quando estou fraco ela me fortalece... Desorientado é minha bússola... Na infelicidade traz-me a alegria,

E da porfia leva-me à paz!

Que força é essa? Ela se doa na fraqueza! Oferece-se na tristeza!

Reluz nas trevas! Do amor traz a solução! É a fortaleza do coração!

É a força motriz

De uma poderosa matriz Ela tem nome: “DEUS”!

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Milagre

Acontece quando se busca.

Ele não vem na inércia. É produzido nas ações justas!

Não é fruto de espetáculo Nem de magia... De Deus é supremacia!

Milagre não é misticismo... Negócio da fé...

Nem tampouco espiritismo! Não se negocia o milagre! Nem de Deus é cobrado! Na oração é mitigado!

No louvor é implorado De Deus sua vontade!

Do homem a humildade! Milagre não é exibição. Natural da misericórdia, De Deus é concórdia!

Milagre é a própria vida! Está no copo d’água oferecido

Com amor enternecido! Está no consolo ao necessitado. Na ajuda ao desassistido. No prato de comida, Ao faminto oferecida!

Milagre é amor! Entrega... Compromisso...

Humildade e paciência... É vida de inocência;

De santidade e de renúncia Ao pecado... Confiscado!

Milagre é graça... Que grassa gratuita! Vontade do Criador Nos méritos do Salvador!

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Protocolos da vida

Normas determinam... Acordos costuram...

A vida é um grande protocolo! Que modela comportamentos...

Viver, sentir, pensar... Falar... Segundo modelos!

Protocola-se a vida! Limitam-se ações;

Aprisiona-se a liberdade; Direitos e deveres,

Por excelência são protocolados... Vivo protocolado!

Embrulhado como mercadoria Com hora e data para chegar...

A minha vontade está protocolada Devo obedecer a normas

Em leis protocoladas De pactos convencionados...

Atas aprovadas Definem e selam

Da vida, seus protocolos. Convenções existenciais De modelos protocolares Convenções de padrões!

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Monjolo

As águas rolam sob o monjolo da lei! Nesse rio corre muita sujeira!

Águas turvas à jusante, Seguem seu curso rumo à foz

No mar aberto da verdade. Cenário de muito proselitismo

Que defende e condena... E o monjolo a girar como roda viva Levando águas impuras rio abaixo!

O julgamento despeja-se como Chuva torrencial desabando

Sobre cabeças que vão rolar! A serpente se contorce

Com a cabeça esmagada Sob a espada da Justiça! ... E o monjolo intrépido

Segue seu giro na certeza De limpar a correnteza!

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Que país é esse?

Tento entender a sociedade atual...

Busco explicações pela razão e Pela história depositária de todos

Os valores e fatos deste país! Pela compreensão tento ir à raiz

De fatos que marcaram essa matiz! Que contradiz meus anseios...

Que leva a devaneios... Tento buscar uma lógica

Que justifique tudo o que está acontecendo... Mas continuo não entendendo...

Fomos colonizados pelos portugueses; Invadidos pelos holandeses;

Viramos República de país civilizado Que privilegiou a escravidão;

E na servidão manchou a dignidade De sua brasilidade!

Bandeiras e Entradas demarcaram Nosso território em ações altaneiras!

Notórios brasileiros fincaram nossa Bandeira! Legaram-nos fronteiras de uma nação!

Temos o privilégio de solo rico Que agasalha o petróleo e esconde ouro!

Um clima perfeito para a agricultura! Uma longa costa para a piscicultura!

O esplendor das matas com sua fauna e flora Onde aflora o verde e a madeira de lei... A maior floresta do mundo e suas águas

Com o majestoso Amazonas! Um país recheado pelo folclore!

De Norte a Sul sua Bandeira colore...

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Rios que banham e fertilizam o solo... Orla costeira de um grande paraíso

Tropical de cálidas praias... Este Brasil paradisíaco refletindo

Seu tropicalismo inigualável, Contradiz-se na sua cultura

Inócua onde impera tanta corrupção! Sua máquina administrativa emperrada Há anos não funciona e nada adiciona...

Seu Estado em franca falência... Seus homens públicos nadando em indecências...

Suas Instituições corroídas e ineptas... Seu povo anestesiado numa cultura proselitista,

Encabrestado por mídias corrompidas Que manipulam eleições e rejeições!

Tento entender este Brasil confuso!

Sem comando... Desorientado... De brasileiros inimigos e intrusos

A reboque do progresso e desalentado! Não encontro razões que me convençam...

Antes, entristeço-me pelas mentiras Que encerram numa redoma desmedida

Ideologias espúrias de cultura bestializada A dominar e aparelhar as instâncias

Do Estado Brasileiro em todas as circunstâncias!

Com toda minha sinceridade, não entendo este país!

Que dorme em berço esplêndido E jamais acordou do sonho endêmito!

De realidade inóspita Em caminhos espúrios!

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Maurélio Machado Nasceu em São Bento do Sul (SC). Escritor e poeta. Casado com Karim Voigt, pai de Daniela, Fernanda e Fábio Luis. Netos: Giovanna e Eduardo. Formado em Ciências contábeis pela Univille - Universidade de Joinville/SC, com vários cursos de especialização em finanças, economia e administração. Membro da Academia Parano-Catarinense de Letras, ocupando a cadeira de nº. 41. Membro da Diretoria da Oficina de Poetas - formação de jovens poetas nas escolas públicas. Membro da Academia de Letras Infanto-Juvenil de São Bento do Sul. Atualmente é colunista do Jornal Evolução de São Bento do Sul. Mérito Literário do Instituto Montes Ribeiro de Curitiba (PR). Administrador do Grupo POETEIRO DE RUA: https://www.facebook.com/groups/maurmach/?ref=bookmarks. Patrono do projeto PREMIUM - Poesias & Textos. Publicou: Poeteiro de Rua (Clube de Autores). Infinitas Saudades, Palavras de Amor e Paixão, Sufocadas Paixões - Poemas Card, Brumas e Solidão e 3 Tons de Poesia (Editora Bookess). Antologias publicadas: Além-Mar das Palavras, Premium V, IX e X – OURO, Platinun I, III, V, VIII, X, XXIII, Douce Poésie I (Editora Bookess). Tem participações em diversas Antologias no Brasil e em Portugal: - Vida, Motivos, Degraus (editora nova letra). Encontro Feras da Poética do Mindim - Luna Di Primus (90 escritores) Diamantes III e IV (Editora Berthier). Contato:

[email protected]

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Sorrir para a vida

Alvorecer entre brumas Espelhos refletem a nudez

Vapor d’água embaça a visão Inebriante olor de gardênia Sorriso no rosto encantador Bela flor a sorrir para a vida!

Rostos jovens irradiantes Acordado para o viver Sorrisos inebriantes

Jamais voltar a sofrer... Vidas... clarividência. Só vontade...querer... Desejo de cada dia Sonho, inocência... Amor e harmonia. Que belo viver...

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Vidas secas

Pés rachados Rachaduras

na terra e na alma

Pios de Carcará Esqueletos

no chão. Erguer as mãos

Céus em chamas Mandacaru

Fogo no sertão Água da bica

Secura na boca Cacimba lamacenta

“Rezadeiras” “Padim” padre Cícero Sinos adormecidos Sombras ardentes Solo esturricado

fenecem sementes soltas por mãos calejadas de dor Choro de criança a fome avança Dor e solidão

Perdidas esperanças a morte, a morte...

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O melhor lugar do mundo é dentro de um abraço

Carente em busca de carinho Enlaço teus braços em abraços

Com muito amor me alinho Livro-me de dolorido cansaço...

Silêncio em nosso ninho

Só o sentimento abrasador Transformado em carinho Diz da grandeza do amor!

O melhor lugar do mundo

É dentro de um abraço Afeto e amor profundo No calor de teu regaço!

Ipês

Manhãs floridas O sol por testemunha

Doce infância.

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Tempo adormecido

Com ele as encantadoras fantasias Cultivadas na imagem de criança Aventuras infindas, doces poesias Adocicando o canto da esperança.

Algo belo permanece na memória Os momentos lindos que vivemos

Instantes tatuados de nossa história Bagagem de vida, tudo que temos.

Legando-nos as marcas de ausência Amores que sós, partiram ao infinito Deixando saudades de sua presença Do seu afeto, seu sorrir mais bonito.

Tempo, da história repetida que passa Abismos profundos de fúteis paixões Com todo seu charme, imensa graça Marcas indeléveis, frágeis corações.

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Vazios

Pesados passos Na noite fria

Uivos de lobos Arrepios

Ventos suaves Muito frio

O corpo inerte Na grama gelada

Crime desvendado Ciúme

Desamor Vazios

Restam lamentos Pedidos de justiça

Choros Só solidão...

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Vidas breves

Éramos sadios e felizes descamisados, livres, pés descalços

supria-nos o mínimo, aprendizes inocentes infantes em percalços.

Pouco sabíamos desta vida ganhos, perdas ou solidão, da via “crucis“ só, sofrida. Família, segura proteção.

No alvorecer da mocidade

a remoção do rancho do campo pro casebre imundo da cidade.

Percebemos amargurados as mudanças

insuportáveis, lutas árduas, o trampo vidas breves de ingênuas crianças.

Astro rei

Surgiu o sol N’um cálido sorriso

Encantamento.

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Futuros? Nossas vidas...

Nas mãos destes políticos ladrões Pobres de nossas vidas, nossos dias

Eles roubam todos, doentes e anciões Sem pautas agendadas na burocracia.

E se dignam a dizer de sua honestidade

Esta mão (esquerda) jamais aceitou propinas, E esta (direita) também não com probidade...

Isto soa como verdadeira e bela doutrina...

Os discursos e as promessas são variadas Poucos acreditam nestas pregadas ilusões

Palavras ao vento, várias mentiras estudadas Pobres dos que acreditam, só desilusões...

Pobre Brasil, está perigosamente à deriva Safados políticos e suas falsas promessas Pintam o cenário na maravilhosa floresta

Rezemos senhores e senhoras, acabou a festa.

Sobreviver

Bromélias rosas Cobra e perereca

o bote fatal.

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Minha luz

Os pirilampos Iluminavam as noites

de minha infância.

E cantar e cantar e cantar

O canto alegre faz da vida sinfonia Canta passarinho.

Redemoinhos

Como frágil pena nossos sentimentos despencaram no rio caudaloso das desilusões.

Éramos tão angelicais, acreditávamos num mundo de paz e nobres pessoas.

Ledo engano as armadilhas estavam armadas para apanhar inocentes criaturas,

caímos na realidade do mundo cão. Sem recursos de salvação,

fomos levados pelos redemoinhos da intolerância, do ódio e das descrenças.

Perdemos para o mal, nossas almas perdidas em profundos abismos, sequer conseguem pedir por socorro.

Castigos impostos por cruéis e invisíveis inimigos que se locupletam com os parcos recursos de gente inocente.

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Reflexos

Na fria noite O espelho da lua

No lago azul.

Tubarões

Beleza dos mares Vorazes e furiosos

Hábitat azul.

Recado perdido

Jogado nas águas ligeiras O bilhete para meu amor Sumiu nas corredeiras...

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Cem anos de perdão

Caro grilo esverdeado Se tu vais visitar o Planalto

Fique atento, atentado Para evitar um assalto

Deste bando de ladrões Que roubam cegos e esmoleiros

Cuidado com os políticos de plantão Ele são “vagabas” e embusteiros

Roubam tudo que podem E se calam nas CPI’s

A cabeça negativamente sacodem Negando quaisquer violações

A lei protege todos estes caloteiros Ladrão que rouba ladrão?...

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Pedro Luiz P. da Silva (Poesia dos Orixás)

Nasceu em 21 de Julho de 1973 na cidade de Araraquara ,estado de São Paulo. Médium, umbandista onde exerce o sacerdócio mais de 35 anos. Filosofo, escritor , poeta. Estudante de filosofia pela universidade unifran, cursou Teologia de Umbanda Sagrada e diversos outros cursos complementares. Nas horas vagas por inspiração escreve poema e textos edificantes. Publicou:

“Teoria da Alma Gêmea” e “Poesia dos Orixás”. Participou das antologias: “Platinum XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV” - (poesias, 2016) - Bookess Editora. “Douce Poésie I, II” - (poesias, 2017) - Bookess Editora.

Contato:

[email protected]

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Orixá e as estações

O verão que surpreende, Aquece pelo fluxo raio solar,

O inverno que gela e uni, O agasalho e o abrigo pelo consolo dos Orixás,

A primavera e os mistérios, Da renovação e alegria, Em milhões de flores,

Cruzando bilhões de vida, Orixá em multidão da gratidão, Outono se soubesse a verdade, Tornava a lealdade o caminho,

Como carruagens sem ranger dos dentes, Sem temor,

Mas exalando o vento do novo, Reino solene de plumas e encontro,

Sonho e certeza do bem maior, Mesmo que durante o ano,

Se transforma e evolui, Sempre existirá a nova semente.

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O sonho de coração

Vencedor de ondas, Sagrado fogo,

Obra de intelecto, Na vida de sabedoria,

Dura existência de fácil acesso, De momento e de instrumento, Mesmo que traz a música bela,

Não farei despedida, vivo pela inspeção, De novo dia, na vontade bem dita,

Sem desengano, majestoso, honroso, Numa fração de segunda,

De sol a sol, entalhando, amparando, a vontade do sorriso, De vozes, de algozes,

Com ramos que cresce, Pelo braço que acalenta e amadurece,

Como ouro e joia, Entusiasmo de coração,

Sem dor e sem sofrimento, Que exala emoção,

Na vida de aventura, Como sabido de coração,

Cedo ou tarde, Brilho de esmeralda,

Cativando até bárbaros, Pelo fruto do amor,

Seja assim um belo sábio.

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A linha de repouso

Oh! Mente vil, Turbinada, estressada, correria,

Ridículo e mesquinho, Cruel e delinquente,

Sem jeito, sem manifesto, Chegou hora,

Durma? Desce em mim

Que hora é essa? Sem furo, sem claridade, Sem lamuria, sem titular,

Vou e devo ir, Seguir o reto simples de suspiro,

Em dia claudicante, Noite de calmaria, estrelada singela,

Chegou momento de alegria, Aqui e agora,

No repouso da noite bela.

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Sonho do sonho

O cheiro da flor, brilho funde com a cor, Montão de estrelas, vasto oceano,

Turvo literalmente turvo, Acordei do belo sonho, mágica, cena de ouro,

Desfilando as sensações, soube a canção de tesouros, Além dos louros,

Substância que não desfaz, Soberana simples no ato,

Como sonho de sabedoria, Belo golpe de minerva,

Vivo dormindo como passarinho, Assim é o sol que nasce límpido e cristalino,

Sonho do sonho, Como puro e olhar marinho,

Concebido pelo repouso, Soube fina camada de sonhar nas águas tranquilas,

Um solo, uma poesia, sonho do sonho da noite singela de todos os dias.

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Jornal de insônia

Monótono o monólogo, repetitivo o enterro, Canseira para vista, fatigada da mesmice,

Irreal, palavra do momento, Incerto o portfólio do açougueiro,

Mente de máquina, mente do leitor, Pobre engano, senão acorda,

Será mais uma falha do sistema, A morte e o grito, já basta, já basta fratura,

Doe o pensar e não agir, morte estigmatizado, Nostalgia do destino, para tal novo caminho

Salve o céu e não o inferno de chumbo, Salve a liberdade e não o insumo, Punhado de pó, punhado em luta,

Palavra e frase sendo dita, como fluir de rio, Na jornada de conhecimento, com teor sem diluir, pelo encontro de elevar,

Jamais subtrair, jornal vespertino, mistura e revelação, Como punhado de pó e não punhado de rocha,

Forma e liberdade, poesia da esperança, horoscopo da realidade, Informação diária, o cliente satisfeito pelo fruto de todos os dias.

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Vou seguir agora

Canta, canta, Brilha, brilha,

Vou seguir agora, Um instante de alegria, Com sorriso da aurora,

Pixel de imagem, Reluzente toda hora,

Vou seguir agora, Amanhecer, Entardecer, Anoitecer,

Elevando sempre, Com fé agora,

Que oxalá abençoa, Que vou seguir agora, com amor vou inundar,

Nesse instante, chegou momento, Já é hora de orar, como sol irradiar e a estrela brilhar,

Como árvore que abriga, neste cantinho, Que faço agora, Pai Nosso...

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O que é sofrer? O sofrer já é o problema ou é a solução do suposto problema e o pior é admitir em nossa vida diariamente. Quem sofre aprende, se torna mais forte, abre novos caminhos, novos objetivos e ainda faz unir quem deseja auxiliar, faz aproximar quem está longe, faz outrem rever os conceitos de vida, ensina ir diante da realidade do prosseguir com experiência disto ou daquilo. O sofrer se torna necessário quando não existe união, quando entende que existe uma lei que faz todos entrar na causa do amor e da harmonização do sentimento seja individual ou coletivo, portanto, o sofrer é quase inexistente, pois depende unicamente de cada ser, que projeta pela escolha que faz em vida com a certeza de superar se assim conceituar na própria mente. Ternura de frases 1 - O preço da liberdade é o esforço e o trabalho. 2 - O mal é tão bem aceito, que faz bem, faz do ser melhor e crescer, faz aprender com os erros e buscar novos valores de vida, desde que saiba o que é correto e honesto. 3 – A verdade deve ser dita ou deve ser excluída. A verdade mesmo que não concorde, deve sempre prevalecer pela lógica de existir, senão nunca saberemos o caminho a torna ou o caminho para aprender, já que tudo corresponde com a verdade mesmo sendo falsidade. 4 – Quando o homem carrega Orixá na alma, aprende o destino e aprende navegar nas águas claras da vida. 5 – A deformidade só é feita pelo ego, jamais alma, portanto, o homem feliz não apresenta o corpo e sim alma sem deformidade, trazendo a formosura e alegria.

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O momento perfeito

O encontro, lua, noite e brilho,

encantamento, longo encantamento,

beijos e abraços noite após noite, sussurro e calor,

vida preenchida por instante, na dança do momento,

olhares, ternura, carinho , folego,

alegria sem recusa, vivo no coração,

pela arte da emoção, não importa manterei vivo minha paixão.

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A politica do fiasco 1 - Articulações, manipulações, ladroagem, descredibilizar, voz acinzentada de congresso falido sem honra, agressividade, desmoronamento, o corrupto é a autoridade sem causa em vitimizarem o próprio ego como alicerce da loucura pendurada numa idealização infundada, estigmatizando, invertendo as polaridades para o bem prazer. A politica do descaso, só tem desfecho quando existe a justa justiça impregnada de bom senso, caso contrário é um belo fiasco. 2 - Quando existem situações de nulidade, cerceamento de defesa, sem argumento, haverá necessidade de interromper diversas vezes para desmembrar o argumento solido da suposta falta de legitimidade, mas o improprio está baseado no orgulho ferido, no mau caráter, falta de moral, negação ou negatividade, desonrando cada feito, frouxando, enrolando, maquiando a justiça e criando o fisco. 3 - O pilantra esquece os inúmeros feitos, extrapolam em indícios e evidencia, desenvolvendo membros sadomasoquista, déspota e usurpadores em esquema de código de ética falido, transformando numa batalha litigio de cúmplices e ignora totalmente a cadeia, surgindo o fisco do achismo, eu posso e não nego; estratégia do lerdo e da desqualificação do ser, diante de tanta falácia e melindre. 4 - O importante no fiasco é o desequilíbrio, tirar autenticidade de quem apoia a coerência, desrespeitar, provocar, perturbar, desacatar, imprimir alternativa, brechas, denegrir, inventar novos modelos dentro da lei como válvula de escape, promover a desesperança. 5 - A integridade não existe, o que existe é o símbolo do ser, mas ao mesmo tempo não ser, motivando a distração, confusão, aumentando hipócritas, gerando barbaridades, grito e desespero, dentro da firmeza de continuar com as hienas na militância do desaforo, inserindo prerrogativas indisciplinada no volume de falsa verdade que subestima a inteligência ou tenta desmembrar ideias.

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6 - O blá blá blá é grande, absurdos, exageros, teoria de irritabilidade, escalão da traição, escândalos barrotado de mentiras, cambada de adeptos das maracutaias, indigno, o perjúrio da prepotência, o infortúnio, a flexibilidade do irreal da ganância, egocentrismo, vaidade alarmante e a exposição para tumultuar ou fazer chicana. 7 - O inverso, honestidade, destreza, capacidade de lutar, valores morais, éticos, não deve ser limitado ao fiasco e nem ao descaso. Salve a justiça contra a corrupção endêmica. A natureza um recurso imperdível Os rios, lagos, animais, florestas, as galáxias, sol, planetas são objetivo da natureza, já o subjetivo é tudo o que homem cria nunca o homem superará a natureza, o homem pode tentar, mas jamais negará sua própria existência, mesmo que venha morar em outro Planeta, necessitará do recurso que circunda sua volta, infelizmente o homem continua brincando de civilização e continua viver no mundo da ficção e da destruição, um dia quem sabe aprendera á respeitar o nosso próprio lar sem contaminar e sem desprezar. Nunca devemos contraria a nossa vontade, pois é soberana. Se tiver erro, corrija antes ou depois para melhorar sua necessidade evolutiva. Não é o tempo que determina, mas a própria pessoa.

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Roberto Franklin Falcão da Costa

Nasceu em 16 de janeiro de 1955, na cidade de São Luís – MA. Formado em Odontologia pela Universidade Federal do Maranhão. Casado com Luciane Duailibe da Costa. Esposo apaixonado e abençoado pela graça de ser pai de quatro filhos. Avô “coruja” declarado de Lara, Sophia, Laís, Julia, Theo e Nicholas. Amante da boa música, leitura e futebol. Torcedor do Botafogo e Moto Clube de São Luís. Vive o presente intensamente, sem esquecer jamais do passado. É movido pelo amor, nas mais diversas formas, pela família, amigos, lembranças, que são fontes de inspiração para seus poemas. Acredita que a beleza da vida está nos pequenos detalhes, o sol que nasce a cada dia, a companhia da família e amigos, o amor sentido em um abraço, um beijo ou um simples olhar. Crê no ser humano, no amor e acredita que Deus é fonte de vida e reabilitação de qualquer ser. Seu desejo é amar, amar e amar e nunca deixar de escrever. Da sua paixão pela poesia surgiram as seguintes publicações: Todos os Sonhos – poesias, 2015; Além da Esperança – poesias, 2016; Tuas Mãos – poesias, 2016; Tempo de Amar – poesias, 2016. Além de participar das Antologias: Platinum VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXI, XXII, XXIII, XXIV – (Poesias & Textos, 2016) – Editora Bookess. Atualmente participa do Projeto o DOUCE POÉSIE. Que esta na sua segunda edição e também do Grupo Souespoeta com participação no livro Lusáfrica Antologia.

Contato: [email protected]

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Tua falta

Encontro-me a procura De um corpo para abraçar

De uma mão para me acariciar De uma boca para beijar

E palavras escutar.

Encontro-me a procura De sentir o calor de um corpo De ouvir um sorriso bem solto

Solitário me encontro à procura de você.

A procura de quem me completa Do que me pertence, da mulher amada

De você que está longe agora.

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Volta

O encontro com a dor da tua falta O encontro com tua falta

Faz-me perder, não me acho Falta algo em mim, de ti.

O encontro com o amor alegra-me.

O encontro com o prazer me fortalece

Me dá força e me encanta.

O encontro com você Me devolve a vida

Que perdi com a tua partida. Então o que estás esperando?

Volta!

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Assim é nossa LU

Existem coisas que não se sabem por que vem. Existem coisas que acontecem e perguntamos:

Por que acontecem? Principalmente, porque acontece conosco? Em tudo existe respostas, às vezes, não queremos ouvi-las. Às vezes a resposta está tão perto que não a enxergamos. Episódios de perdas, de sofrimentos, de desprezo de falta...

Como são dolorosos.

Provações? Não sei dizer.

Nossa família foi pega de surpresa com a constatação de um problema. Ah! Se fosse comigo. Certamente seria o mais grave dos problemas, pois meu emocional e meu pessimismo não deixariam que fosse o contrário. Mas aconteceu com a nossa amada. Mulher forte, cheia de vida e com um pensamento positivo além do normal. Não deu outra! A Lu venceu! E não poderia ser diferente. Ela está acima da média de qualquer um de nós. A Lu na sua tranquilidade, no seu jeito de ser. Se tivesse a oportunidade de resolver algo para alguém, abriria mão de tudo e em primeiro lugar seria o outro e depois pensaria nela. E foi exatamente o que aconteceu, por várias vezes a vi ao telefone, resolvendo questões relacionadas aos seus pacientes lá do HC. Pois é assim, essa é e sempre será a nossa Lu. Nessa hora, além de sua maneira de ser, não posso deixar de agradecer as orações, os pensamentos bons de todos os filhos, dos pacientes, dos amigos e irmãos. Pois bem, em poucas palavras, essa é a nossa Lu! Mulher que vence tudo! Vence até os mais difíceis e sombrios diagnósticos. Venha Lu! Seja bem-vinda novamente ao nosso convívio! Ocupa o lugar que te pertence, no seio da nossa família, e que será sempre o teu lugar. Nós te amamos muito!

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Tua presença

Como é bom sentir tua presença, Escutar tua voz, teu sorriso.

Como é difícil essa distância. A distância do amor, A falta do teu calor.

Teu perfume, teus quentes lábios. Como me faz falta teus abraços.

Tua elegância, tua maneira de ser. Gratifica-me tanto te escutar,

Sentir que está próxima a chegada. Volta! Ocupa teu lugar, aqui perto de nós.

Ocupa teu lugar que conquistaste, Com muita sabedoria e amor.

És única e esse espaço será sempre teu. E de mais ninguém.

Juntos venceremos mais uma batalha, De muitas já disputadas. Te amo! E deveria dizer?

Tão óbvio que qualquer um pode ver.

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Reencontro

Reencontro de um amor do passado, De amigos esquecidos,

De um filho ausente.

Reencontro, paralisa, treme, seca a boca, Cristaliza a visão,

Emudece a todos, suor nas mãos, Tremor nas pernas, pressão,

Assim é reencontrar um amor esquecido.

Um segundo frente a frente, a vida inteira passa. O que foi vivido, os momentos, as alegrias, as lágrimas,

Os prazeres, tudo passa em um segundo.

Reencontro de uma vida vivida, Reencontrar é reviver as alegrias de um grande e eterno amor.

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Acolhe-me

Acolhe-me nos teus braços, Guarda-me no teu pensamento,

Acalenta-me com teus beijos, abraça-me. Sussurra palavras de amor, acaricia-me.

Se a tenho, alegro-me.

Se te perco, choro.

Para que eu tenha a vida, és necessária. Não saia, não fujas, vem, apresenta-te.

De perto de mim nunca saia.

Venha! Ao despir-se, Quero encontrar tua pele sedosa, Quero sentir o calor do teu prazer,

Quero sentir a plenitude do teu amor.

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Dia das mães

Domingo... Seria mais um domingo

Se não fosse o segundo domingo de maio.

Domingo... Seria mais um domingo

Se não fosse mais um domingo sem você. Ainda dói tua partida

Ainda sinto a falta do leite materno que me alimentou e me deu a vida. Do colo que me acalentava e me colocava para dormir.

Da mulher que me deu a vida, que me fez homem, que me amou, Que me puniu nas horas certas, por condutas incertas.

Domingo...

Estou aqui. Sem você, sem minha mãe. Eu estou sem você, Mas sei que você estará eternamente comigo

E sempre irá me livrar de todos os males. Mãe, hoje eu fui participar de uma eucaristia.

Era em homenagem às mães, no final eis que ouço o coral a cantar: “ANDEI POR TODOS OS JARDINS”... Sabe mãe, não aguentei

Realmente por todos os jardins eu andei, por todas as ruas andei, Por muitos lugares passei.

Mas mãe, em nenhuma vez encontrei mãe igual a você. Nunca me falaste que me amava, eu sentia que sim, que eras doce,

Dentro de todo o teu sofrimento. Como mãe sei que me amavas. Pois bem, sinto hoje muito inveja de meu irmão,

Pois aqui na terra sei que passarei o dia das mães comemorando contigo No meu pensamento, nas minhas lembranças, no que te aprontei,

No que vivi contigo.

Ele sim estará junto a ti. E tu estarás acalentando-o, apaixonadamente, como uma mãe que embora não demonstrasse, amava muitos os seus filhos. Assim será mais um dia das mães sem a minha mãe, mas na certeza que um dia estarei ao seu lado, sentindo teu calor, deitado mais uma vez no teu colo e pedindo a Deus que tenha mais uma vez aquela dor no meu braço, pois só assim estarei perto de ti e terei você cuidando de mim. Te amo, mãe!

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Mãe

Mãe, Amor,

Maria sempre Amor,

Acalanto, Amor,

Consolo, Amor,

Gestação Amor,

Correção, Amor, Vida, Amor.

Mãe será sempre o amor.

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Mãos

Tuas mãos, Com a mesma mão que me acaricia,

estrangula. Com a mesma mão que me chama,

empurra. Com a mesma mão que fere meu corpo,

me faz amor.

Tuas mãos, duplo sentido.

Meu amor, só teu.

Me chama...

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O encontro

O encontro com o amor passado O mundo para ao te encontrar

Emoção, lágrimas, desejos Lembranças de muitas alegrias, Lembranças de muita tristeza,

Cobranças, decepções, questionamentos.

Tua falta, tua presença... você Na tua companhia, me sinto vivo

Deixaremos que somente em nossas mentes As lembranças vivam

Reencontrar e trazer o que foi deixado Faz-nos feliz e com certeza não deixaremos

Que os erros impeçam que esse amor volte novamente.

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Severiana Paulino Rodrigues (Séve)

Nascida em Águas de Santa Bárbara, SP. Reside e trabalha na cidade de Iaras, SP. Pedagoga na Fundação CASA. Graduada em Pedagogia pela FREA - Fundação Regional Educacional de Avaré - Faculdade de Ciências e Letras de Avaré, (1997). Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional pela FSP- Faculdade Sudoeste Paulista - Avaré, (2010). Encontra inspiração para escrever no amor, na natureza, na amizade e tem como referencial o romantismo nos seus escritos. Desde 2008 participa como escritora quando teve selecionada num concurso cultural a sua carta de combate ao racismo que foi publicada no livro Racismo: São Paulo Fala. Cartas selecionadas da campanha cultural 120 Anos de Abolição - Racismo: Se você não fala, quem vai falar? Lançado pela Ipsis Gráfica e Editora, 2008. Participação na Bienal Do Livro através Das Palavras Abraçadas (poesias), 2016. Participação no livro de Antologia Poética O Diário das Almas Femininas (2015) e O Poeta Do Divã (2016), ambos lançados pela editora Sanches 2016. Participação no Projeto “Platinum I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX e XXI, XXII, XXIII, XXIV “– (poesias, 2016) – Bookess Editora”. Participação na publicação como organizadora, revisão técnica e ortográfica do Livro Degradê das Grades (Poesias, 2016) – Bookess Editora. Participação no 3º FLAL – Festival de Literatura e Artes Literárias online no Facebook. Edição Especial de Primavera / Destinado exclusivamente para a literatura de língua portuguesa/ para escritores, leitores, editores e profissionais da área técnica literária – 2016. Participação em livros de outros escritores (as). Lançamento do livro Caminhos Cruzados (Livro de Própria Autoria) - (poesias, 2016) – Bookess Editora. Revisora Técnica e Ortográfica de textos para outros escritores (as). Palestrante na área da Arte Literária (Projeto de Incentivo à Leitura e a Escrita). Administradora de várias páginas na internet e grupos de diversos assuntos e temas, com exclusividade para assuntos ligados à cultura, educação, políticas públicas e literatura.

Contato:

[email protected]

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Amor desnudo

Meu coração é um solo desnudo, Carregado de sentimentos tempestuosos,

Perseverante, corajoso, destemido. É imprescindível lutar.

Assoladas sensações de prazer!

Que seduz e que envolve. Torna-se vulnerável ao desejo,

Despertando a alegria e a vontade de viver.

Cria-se uma expectativa enorme! Construindo um vínculo de amor.

A vontade de estar juntos é constante, O interesse aumenta cada vez mais.

Brota sob um clima de amizade,

Cumplicidade, aventura, expectativa e paixão. Que euforia!

Ri-se a toa espalhafatosamente.

Sonha acordado aguardando sua chegada! Está fisgado o coração!

E torna-se notável aos olhos o meu vício por você. Você chegou para permanecer.

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Soneto Somos uns nômades

Sua curiosidade não é inútil,

Obviamente voltada, A inquietante observação, Da irracional possibilidade,

Do dissimulado desejo,

Em permanecer aqui, ali e acolá, Da experiência traduzível,

Sempre no estado mórbido,

Dentre os milhares de caminhos, Do único país em que se vive nele,

A idéia de não se ir para nenhum lugar, Não mudar muito e fazer história,

Uma história que vai à deriva que encalhe, Veremos porque somos uns sem tradições,

Sem história, que somos uns nômades.

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Soneto Sim, sou Eu

Um baú, carregado de mistérios,

Resignado de compreensões silenciosas, Sem juramentos eternos,

Desprovida de referências em profundidade e significado.

Secretamente sem alarmar, Que se abriga uma série de tesouros,

Tal habilidade reside nas manobras astutas, Tão necessárias, pairadas nas pérolas da convicção.

Como quem para em frente a uma vitrine, E contempla loucamente tal magnanidade, Para ser não há instruções a ser seguidas.

E aí esta a diferença. Os olhos.

As jogadas devem ser em segredo, Inda que indefinido torna-se vibrante, atraente e desejável.

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As quatro estações

Atravessando pelos trilhos, Deparamo-nos com os obstáculos, Desagradáveis do sabor do clima

Que dá vazão às quatro estações numa mesma estação. Na primavera, há um contraste de flores

A enfeitar e escalar o perfume no ar Cenário belíssimo!

Verão um espetáculo tão fantástico Acerca do sol e calor que evidencia uma forma única

E bastante nítida. No outono, toda natureza se transforma gradativamente

E as folhas caem depois de passar por um inacreditável processo de mudança de cores após o doloroso inverno, as florestas

E tudo na natureza voltam a renascer. Já no inverno as plantas ficam ociosas,

As noites tornam-se longas E ocorre as geadas e podendo até nevar.

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Soneto Páginas sombrias

Agressão hedionda e vergonhosa,

Deixada de lado, Em silêncio no escuro,

Esquecida, apenas o trauma.

Gravidade de uma defloração poluída, Essencialmente uma violência sexual,

De um ato perverso de narcisismo, Repulsivo e preocupante.

Um crime contra as mulheres violadas,

Deixando marcas profundas, Nas mulheres vitimizadas,

Impera-se a cultura do silêncio.

Decerto aos casos ocultos, Para combater a chamada “cultura do estupro”,

É necessário dar o primeiro passo... É preciso primeiro derrotar a cultura do silêncio.

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O sentido de amar

Um brilho indecifrável nos olhos, Resfolegado, exigindo atenção,

Tomada pela lembrança, Olhares se encontrando.

Algo forte, excitante,

Sentia-se frágil, vulnerável, Algo vagamente primitivo e perturbador,

Um magnetismo incrível.

Sentimento aflorado, Com onda involuntária de calor, Tensão dissipada na postura,

Ao sentir-se afetada pela química que os envolvia.

Talvez fosse a febre da primavera, Pura e simplesmente, que, de repente,

Estivesse despertando a sua libido, E deixando-lhe a mente confusa.

Notório coração disparado,

Com que uma espécie de fogo, Lhe percorresse as veias instantaneamente,

No tom inaudível o sentido de amar.

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Safra de delações

O poder da sedução pela ambição desmedida, Diante da hostilização do meio corrupto,

Pela vaidade do querer ter, Dessa república da mesóclise.

Pobre é o homem e o seu espírito,

Acometido de luxúria, Desnorteado em repugnância moral,

Deveras escandalizado pela ganância.

Apodera os olhos, de tudo aquilo que não pode apoderar-se, Vive de supuração fétida do ter, Coração vazio, sem sentimento, Lhe compraz à farta roubalheira.

Excremento de pilantras,

Malgrados e sem princípios, Espertos, usam e abusam do poder,

Sim, verdadeiros profissionais da lorota.

Arranjava a vida facilmente, Sem escrúpulos de virtude, Uma cáfila de salteadores!

Parasitas da política.

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Realce fascinador

O sol estava pino, ardente, Tudo reverberava à luz irreconciliável de setembro,

Num dia coberto de nuvens azuis, enfeitado por Nuances e reflexos coloridos sob a água.

Distinguindo os tons das flores e vegetação,

Numa proporção radiante, Reluzente ardor sensual de trevos,

E plantas aromáticas.

A lua destoldara-se, Com seu brilho irresistível,

Ao ar exalando cheiro da dama da noite, Chuchurreados, dessas muitas alvas fosforência afrodisíaca.

Ao resignar, às imposições do sol e do calor,

No habituar aos largos horizontes de céu e mar, De obséquios nos instantes simplórios desinflexões alegres,

e vivazes instante a instante na soergues da emoção.

Perpassa ondas nuvens, Serpenteando a perder de vistas, Desfilando cores intermináveis,

Através do jorrar cascatas esterlinas.

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Soneto A visão dos princípios

Impossível descrever a angústia, Daquele determinado instante,

Os infinitos anseios do nosso coração, É um insondável campo minado.

Decepções, sofrimentos, perdas,

A vida é uma jornada repleta de batalhas, A serem vencidas e de obstáculos,

Que precisam ser superados.

Com olhos entorpecentes a sensibilidade, Parece forte, mas na realidade é fraca, Quando esbarramos nesse universo.

Embora saber, o que é ou está errado não basta para sensibilizar

e se ter uma percepção mais ampla de que o perigo da corrupção moral é real e que se perde a visão dos princípios.

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Soneto Ajuda

Aprendi a gostar um pouco de mim,

Aprendi a me respeitar, Descobri que sou a razão da minha própria vida,

Até então não dava a mínima pra mim.

E, sufocando toda minha emoção, Ainda que não soubesse se teria forças,

Permaneci firme no meu propósito, O de me preocupar comigo.

Diante da indiferença e frieza,

A atitude foi implacável, Instintivamente pesou a decisão.

Então, reunindo minhas últimas forças, Se me faltava coragem, essa surgiu,

Quando de mim mesmo partiu a ajuda.

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Vanuza Couto Alves

Nasceu em 30 de Novembro de 1941, na cidade de Piaçabuçu (AL). Aposentada reside em Maceió (AL). Professora, poetisa e ativista cultural. Graduada em Licenciatura em Português e Literatura, e Literatura da Língua Portuguesa, pela Instituição UFAL – Universidade Federal de Alagoas (1978). Homenageada e agraciada pela Coordenação de Linguagens e Códigos, no “Projeto Versiprosa” – CEFET (2005), com o “Espaço SALA” que recebeu seu nome e uma placa comemorativa. É considerada pela instituição “Amiga do Versiprosa”, pois continua sendo integrante das comissões que realizam as atividades do projeto. Participa desde 2009 do concurso de poesia “Talentos da Maturidade”, promovido pela instituição financeira Santander. Também, aderiu à internet para divulgar os seus poemas e hoje é participante de grupos literários. Frequenta o projeto “A Arte de Lembrar” no SESC/Poço - Maceió (AL), desenvolvendo atividades que valorizam a memória da terceira idade. Mérito Cultural 2015, concedido pela Academia de Letras Infanto-Juvenil para Santa Catarina Municipal São Bento do Sul (SC).

Publicou: “À Luz das Palavras”, (poesias, 2012) e “Minha Alma Poeta”, (poesias, 2016) e "Premium I, VII, IX e X - Ouro", (poesias, 2015). “Platinum I, II, III, V, VI, VII, IX, XI, XIII, XV, XVI, XVIII, XX, XX, XXIV”, (poesias, 2016) e “Douce Poésie I”, (poesias, 2017) – Editora Bookess.

Contato:

[email protected]

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Sonhos

Que me despertam e me pedem

Para eu não esquecer a minha poesia:

De saudade.

De esperança. De alegria.

De lágrimas. De coragem. De medos. De espera. De tristeza.

De superação.

Haja coração, para tanta emoção.

Lembranças

Meu coração não esquece um olhar, que mudou minha poesia.

Um intenso olhar que apaixonou o meu coração.

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Meu coração

Adora momentos felizes, e de ser lembrado

por quem tem poesia no olhar e nas saudades.

Lembro bem...

Quando me olhavas com ternura

para me pedir amor.

Lembro bem, quando o teu amor

queria entender o meu silêncio.

Lembro bem,

quando me dizias que eu era a estrela

dos teus versos.

Lembro bem, quando meu coração

resolveu continuar sentindo saudade do teu amor!

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Viver o amor

É poesia. É sonho.

É saudade. É paz.

É alegria.

Viver o amor é não ter melancolia,

é estar de coração feliz, para esperar um amor.

Viver o amor

dentro da gente, é esquecer mágoas,

é aprender a dar poesia a vida que merecemos ter.

Desejando

A ternura de uma amizade, que compreenda esse meu jeito

poeta de pedir amor.

Desejando, o que eu merecer,

nesse mundo de sentimentos, que mudam a todo momento,

amando ou magoando corações.

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Viver

É surpreender-se com os momentos que a vida reserva

para todos nós.

Alguns felizes, outros com algumas mágoas,

mas, tudo passa nessa vida de esperanças.

A vida é feita de retalhos:

de dor, de amor, de sonho, de realidade, de saudade...

E assim vivemos.

Viver é redescobrir que A felicidade depende

do que fazemos para merecê-la.

Para mim

Lindo é estar feliz com a vida mesmo que nem tudo seja poesia.

Quando mais meu coração precisa para sonhar. Lindo mesmo, para mim,

é sentir saudades, desejando o amor que ainda não esqueci.

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Sonhadora

Sou desde menina, olhava pro céu e me via entre as estrelas.

Queria passear num belo arco-íris,

para entender o mistério do seu existir e das suas cores tão lindas.

Desde menina,

que meus sonhos são burburinhos de desejos, de saudades e de amor.

A beleza da vida está no nosso olhar,

não importa em que idade a gente esteja, sonhos são para todas as idades.

E nos sonhos, todos nós somos atores,

às vezes, remoçamos, outras vezes envelhecemos,

para vivermos um grande amor.

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Encontros de amor

Começam com um vago olhar, depois o amor, os desejos,

a entrega, o prazer...

Com a lua surgindo tímida, o céu orgulhando-se das estrelas

segredando idílios.

É nessa hora que os exageros são bem-vindos.

Tudo é mais lindo e poético, quando um inesperado amor surge,

numa aurora de sonhos, e se torna numa doce realidade,

de anjos cantando para nós, as primaveris metáforas de amor,

unindo cravos e rosas, no mesmo jardim!

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Ano novo!

Te esperei desejando que sejas

de paz e de esperanças renovadas.

É tudo que te peço para a minha vida

ter mais poesia fraterna, sincera, sem mistérios.

E, de palavras suaves,

para não magoar nenhum coração.

Saudade

É o desejo de ter bem perto da gente, o amor que prometeu voltar e não voltou.

Saudade é o elo que não deixa a gente esquecer

de quem tem lugar, no coração gente!

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Amar

É O

Mais Terno

Encanto Para Um

Coração Poeta.

É viver

A felicidade Que Se

Aprende Com o tempo,

É sonho Que não mente.

Amar é desejo Que não trai, É esperança Que um dia

Nos traz a felicidade perdida!

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Passado

É nas saudades que ressurgem as lembranças que não deixam a gente esquecer se um amor que passou. Aí, é quando a poesia tem seu momento de maior encanto e traz de volta o amor que não acabou. Não ignore o aceno de uma saudade, responda com um sorriso de quem sabe que poderá ser feliz outras vezes!

Ardor do amor Não queima o coração da gente, tem a refrescante alegria da felicidade. O ardor do amor é para aquecer as saudades que são poesias, em cada olhar que sabe ser poeta.

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Ler para mudar

Nos dando o prazer de conhecer e de escolher

o que o mundo oferece de melhor para todos nós.

Parabéns leitores

pelo seu dia!

Continuem amantes dos bons livros

que educam corações para entenderem:

O amor. O perdão.

A saudade. A esperança.

E a poesia

que trazemos dentro de nós!

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1 - Mil palavras Como você viu, acordei tarde porque você estava comigo. Quando despertei eu estava com os lábios grudados no travesseiro. Abri a gaveta do criado mudo que de mudo não tinha nada. Com um sorriso estampado o puxador do criado mudo me indagou se não iria comer o chocolate que ali havia guardado. Acatei sua sugestão. Perguntou-me o que havia acontecido ontem, pois não era de costume ver-me adormecido até àquela hora. Disse-lhe: Eu estava recebendo uma luz de felicidade tão clara e que a informação não parava de chegar. Pediu-me para resumir a conversa. Disse-lhe: - Uma carta. Assim agucei sua curiosidade... A carta Você pode estar se perguntando, como saber qual é o sonho de Deus para mim?

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Como saber qual é a vontade de Deus para a minha vida? Como saber se os meus sonhos são de Deus ou são sós meus? Talvez você esteja agora totalmente frustrado, ferido, sem sonhos, mas eu quero convidá-los a receber de Deus a cura e a restauração dos sonhos do seu coração. Ele é poderoso para ressuscitar os sonhos que morreram na sua vida. Antes de você nascer, Deus sonhou com a sua vida; ele mesmo lhe formou com um propósito e uma missão (Salmo 139.13-18). A Bíblia afirma (Filipenses 2.13) Que o querer, o sonhar vem de Deus e é ele mesmo quem realiza; quem concretiza estes sonhos. Desde a sua infância, mesmo antes de você conhecer Jesus, Deus estava semeando os sonhos dele para sua vida. Ele os estava plantando dentro do seu coração. E ao longo dos anos, na medida em que você foi crescendo, estes sonhos também foram crescendo. Um sonho frustrou? É sábio planejar com antecedência. A Bíblia diz (Provérbios 13:16): “Em tudo o homem prudente procede com conhecimento; mas o tolo espraia a sua insensatez”. Não se preocupe. Ponha os seus planos nas mãos de Deus. A Bíblia diz (Mateus 6:34): “Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal”. Use a ajuda de conselheiros quando planejar. A Bíblia diz (Provérbios 15:22): “Onde não há conselho, frustram-se os projetos; mas com a multidão de conselheiros se estabelecem”. Planeje cuidadosamente e deliberadamente, não com pressa. A Bíblia diz (Provérbios 21:5): “Os planos do diligente conduzem à abundância; mas todo precipitado apressa-se para a penúria”. O planejar cuidadosamente inclui submissão a Deus.

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A Bíblia diz (Tiago 4:13-16): No entanto, não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida? Sois um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece. Em lugar disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, viveremos e faremos isto ou aquilo. E assim veio a luz ao despertar. VIVEREMOS E FAREMOS ISTO OU AQUILO. O que fizemos que os deixassem tão apreensivos e inseguros sendo eles bons conselheiros? As muitas águas não poderiam apagar o amor, nem os rios afogá-lo, mas os que esperam no Senhor renovarão as suas FORÇAS; subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; andarão, E NÃO se fatigarão. - Senhor! Cobram-me porque já fui casado. Diga-me o que fazer: O Apóstolo Paulo também escreveu dizendo: “Que tudo que a gente venha a fazer sem amor, não valerá nada”. Pergunto: ficar casado só para manter as aparências perante a sociedade, mas totalmente sem amor é válido? O senhor quer isso? Será preciso que alguém caia em adultério primeiro, MORRA ou não seja crente a ti? Creio que não. Digo-te, lembras o caso da mulher samaritana a que já estava no 6º relacionamento e mesmo assim recebeu a bênção do Senhor. Ela e seu atual companheiro. Jesus permaneceu dois dias em SAMARIA. Onde você pensa que ele pernoitou? - Possivelmente na casa dela e de seu companheiro; então Jesus entrará na minha morada. Obrigado Senhor era isso que me angustiava. Muitos religiosos enchem a boca para dizer "Eu amo o meu Deus", mas não demonstram amor ao próximo. Se eu não amo o próximo que eu posso ver e tocar, como vou amar a Deus que não posso ver e nem tocar?

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O que é o amor? - Amar para mim é cuidar, respeitar, ser capaz de dar sua vida em troca da vida de outra pessoa, é se importar tanto de chegar a ser capaz de esquecer-se de si, é querer estar sempre junto é querer ver e fazer a outra pessoa feliz. Amor não é espontâneo; é fruto de uma decisão. Isso faz com que esses mandamentos da Bíblia façam sentido. De outra forma, pareceria insano que o Senhor ordenasse o amor a Deus e ao próximo. Quando o amor se torna fruto de uma decisão em nossa vida, o convívio se torna mais saudável e a reconciliação mais fácil. O amor não é uma chama que se apaga por si só. É uma ordem do Senhor para que seja cultivado e mantido. O amor no casamento é fruto de uma decisão também. Eu decidi amar minha futura esposa porque entrei em aliança com ela. Curiosamente, Isaque primeiro se comprometeu com Rebeca; depois a amou (Genesis 24.67). Hoje o casamento tem sido banalizado por causa dessa visão de que o amor tem que ser espontâneo. Hoje eu “amo”, então me caso amanhã “não amo mais”; separo-me. Essa é a filosofia das novelas e dos livros de romance. A Bíblia diz: seja fiel à aliança; ame! (Ml 2.14; Ef 5.25). O amor é uma decisão! Então no momento que um decide por quebra esse amor, nada poderá segurar essa aliança. Sendo uma decisão escolherei aquém que poderá fazer-me feliz! Sou solteiro quero casar-me contigo, diga a todos. É uma decisão.

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2 - Aparências Tristes são as pessoas que precisam criticar e encontrar defeito nas outras para se sentirem um pouco melhor. Ao invés de admirar e ver o todo que é esplendoroso; depois procurar os detalhes com cuidado para que não se distorça a personificação do ser humano. Finalmente, voltar ao todo, onde às minúcias é apenas um por menor. Admirar é crescer em todos os sentidos. O conflito não é entre o bem e o mal, mas sim, entre o conhecimento e a ignorância. Remova a palavra “mas” do teu vocabulário e do teu dia a dia. Quando você diz essa palavra, você cancela tudo que foi dito antes. O ser humano se forma no útero materno, sendo que esse desenvolvimento é muito mais rápido do que se pensa; o coração pulsa em 3 semanas, movem-se cinco, responde a estímulos e sente dor entre a 6ª e 7ª semana. Compreender a existência humana não é uma lógica matemática; é a visão aos olhos do criador. Dus criou o mundo em 7 dias e levamos sete semanas para percorrer o paraíso da vida. Que é o pulsar, o mover e o sentir. Na décima semana possuímos impressões digitais. Se impressione com a vida não com as pessoas. ”E o Senhor disse: - NÃO se impressione com a APARÊNCIA nem com a altura deste homem. EU o rejeitei porque NÃO JULGO COMO AS PESSOAS JULGAM. Elas olham para a aparência, mas eu vejo o CORAÇÃO.” 1 Samuel 167.

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O fantástico da vida é estar contigo em um pequeno instante

vivendo um grande momento, que é estar contigo.

As coisas que realizo,

nunca são tão belas quanto às que sonho, mas às vezes acontecem coisas tão belas,

que nunca pensei em sonhar. Isso aconteceu comigo quando você apareceu!

Preciso mais de teu tempo.

Se de cada coisa que fazes tirar um minuto para viver esse grande amor que guardo para ti você só não me fará sorrir como também viver.

Como diz aquela mensagem de Fernando Sabino, "o valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem”. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. Obrigada por você existir!

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3 - Trair eis a questão? Traição dói, frustra, torna a vida muito pesada. Superar uma traição nunca é fácil, pois é muito complicado lidar com tantos sentimentos pesados que surgirão. Mas, uma coisa é certa: depois de uma traição, dá muito trabalho fazer a relação voltar a ser como antes. É como se o sentimento que temos pelas pessoas fosse um vaso de cristal muito delicado, bonito e raro. Quando ele é quebrado por uma traição é difícil consertar. A atualidade convida-nos a deixarmos princípios e valores do lado de fora das salas de negociação. E a traição se torna inevitável. As pessoas também são traídas pelos amigos, irmãos, e até mesmo pelos filhos… Você já foi traído? Por quem? Esse é um assunto, onde cada pessoa tem sua opinião e não existe unanimidade nas respostas, o que diferencia é a ação do coração, que partido leva tempo para cicatrizar a ferida, ou não, impondo a doses excessivas de remédios antidepressivos para o resto da vida. As palavras sábias dizem: - Porventura tomará alguém fogo no seu seio, sem que suas vestes se queimem? Ou andará alguém sobre brasas, sem que se queimem os seus pés? Assim ficará o que entrar à mulher do seu próximo; não será inocente todo aquele que a tocar. Provérbios 6:27-29. Quando passamos a conhecer uma pessoa sabemos qual é a sua opinião em relação a esse assunto, mas quando se deparam com essa situação a reação pode ser muito pior do que se imagina. Isso mexe com o mais íntimo dos sentimentos deixando-a com raiva inicialmente e depois para baixo se sentindo desvalorizada. Em geral, 50% dos homens continuariam com o relacionamento caso tivessem sido traídos com outra mulher, enquanto 22% perdoariam uma traição com outro homem. Para as mulheres, o resultado foi diferente: 28% afirmam que continuariam que as traísse com outra mulher, e 21% caso a traição fosse com um homem.

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Os motivos? Segundo os pesquisadores, os homens se sentem mais ameaçados por um macho rival, ao passo que um relacionamento homossexual de sua parceira é encarado como uma oportunidade de também conseguir alguma vantagem. Nesse caso, uma noite a três. Os homens se mostraram menos tolerantes com a traição de sua parceira com outro homem. Existem situações que após a traição conseguiram voltar mais forte ainda, casos onde se separaram e depois de um tempo voltaram, outros que tentaram, mas não conseguiram e os que preferem não ver a outra (o) nunca mais... Ao ocorrer uma traição fica evidenciado que o relacionamento, do ponto de vista do traidor, não estava muito bom. Uma insatisfação? E assim foi buscar fora do relacionamento. Então para que haja uma traição, a princípio, é necessário que a pessoa sinta essa falta no relacionamento, cada caso é um caso, mas ao ocorrer isso claramente houve uma grande falta de respeito e uma quebra de confiança e é aí que mora o grande dilema, a CONFIANÇA. As causas não determinam o caráter da pessoa, mas apenas a manifestação desse caráter, ou seja, as ações. Como poderemos ficar com alguém que traiu nossa confiança, como poderei a voltar a confiar nessa pessoa, ela está disposta a tudo para isso? E quer saber mesmo o que eu acho? Que sem sofrimento ficaria tudo sem graça. A vida não é uma propaganda de perfumes. Os momentos tristes só servem mesmo para realçar a beleza dos felizes. Cada pessoa é dona da sua "paz" e o "segredo" é não permitir que ninguém nos tire a nossa paz de espírito. Se ocorrer, a ponto de sentir orgulho ferido e chorar por isso. Essa atitude também não é madura o suficiente.

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Nesse mundo tem dois lados (ou mais). As coisas são sim complicadas, as pessoas também. Os principais motivos que levam o homem a trair: atração, problemas no casamento e circunstâncias; e a mulher: insatisfação com o parceiro, vontade de experimentar outro parceiro, falta de amor e atração. Questione-se? Como foi a dor que você sentiu ao ser traído? O que você fez a esse respeito? Quais foram às consequências dessa traição? Quero escutar a sua história! Quais os motivos principais que levam uma pessoa a trair? Dinheiro? Inveja? Sede de poder? Egoísmo? Ingratidão? Vaidade? Ganância? Vingança? Por querer provar algo para o outro? Abra o seu coração, antes que um cirurgião o faça! Tenha muito cuidado com seu relacionamento, fique atenta aos sinais, esteja sempre conversando sobre, como melhorá-lo ou até mesmo caso não esteja havendo entendimentos terminar o relacionamento para evitar problemas maiores.

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