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Dr. Enéas em Brasília

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Discursos do Dr. Enéas Carneiro no Congresso Nacional e em Comissões em Brasília.

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  • Dr. Enas em Braslia

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  • Contents

    1 2003 111.1 Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

    Indicao do orador e do Deputado Amauri Robledo Gasques, respecvamente, para Lder e Vice-Lder do Pardo da Reedicao da Ordem Nacional. (2003-02-02 22:20) . . . . . . . . 13

    Aumento da dvida pblica do Pas. Necessidade de consolidao da soberania brasileira.(2003-02-18 20:06) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14

    1.2 Maro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16COMISSODERELAOEXTERIORES EDEDEFESANACIONAL - Consideraes sobre a guerra dos Es-

    tados Unidos contra o Iraque. Discusso acerca de convite ao Ministro das Relaes Exte-riores para prestar esclarecimentos sobre a posio do Governo brasil (2003-03-19 16:25) 17

    Sugesto ao Presidente Luiz Incio Lula da Silva para ruptura com o sistema nanceiro interna-cional e para suspenso do pagamento da dvida pblica. Auto-sucincia brasileira parao enfrentamento das diculdades advindas em face da suspenso do (2003-03-27 22:36) 18

    1.3 Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21Declarao de voto do PRONA, contrrio PEC 53-A de 1999 (Altera o inciso V do art. 163 e o art.

    192 da Constuio Federal, e o caput do art. 52 do Ato das Disposies ConstucionaisTransitrias - Regulamentao do Sistema Financeiro Nacio (2003-04-02 23:06) . . . . 22

    1.4 Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Apreciao de matrias constantes

    da pauta. (2003-05-07 15:53) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Exposio e debate acerca da atual

    situao da Marinha brasileira. (2003-05-28 15:22) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 251.5 Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

    Razes doposicionamento contrrio do PRONAMedida Provisria 118, de 2003 (Altera a Lei 9.294de 1996, que dispe sobre as restries ao uso e propaganda de produtos fumgeros,bebidas alcolicas, medicamentos, terapias e defensivos agrco (2003-06-03 22:18) . . 29

    COMISSO DE ECONOMIA, INDSTRIA E COMRCIO - Seminrio Banco Central - Autonomia X In-dependncia (2003-06-10 14:17) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

    COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Exposio acerca da atuao daFora Area Brasileira em prol da defesa nacional. (2003-06-11 19:33) . . . . . . . . . 33

    Correspondncia encaminhada ao Ministro Maurcio Corra ao ensejo da posse na Presidncia doSupremo Tribunal Federal. (2003-06-11 22:04) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35

    COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Debate acerca da misso, organiza-o, polca e concepo estratgica do Exrcito Brasileiro, sua conjuntura oramentriae concluses. (2003-06-25 15:11) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37

    3

  • 1.6 Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40COMISSO ESPECIAL - PEC 40-A/03 - REFORMA PREVIDNCIA - Debate sobre reforma previden-

    ciria. (I) (2003-07-03 15:22) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41COMISSO ESPECIAL - PEC 40-A/03 - REFORMA PREVIDNCIA - Debate sobre a reforma previden-

    ciria. (II) (2003-07-09 15:01) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42COMISSO ESPECIAL - PEC 40-A/03 - REFORMA PREVIDNCIA - Discusso acerca do parecer do

    Relator. (2003-07-23 15:03) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43Nota assinada por Lideranas pardrias em solidariedade ao Presidente Joo Paulo Cunha pelo

    empenho namanuteno da ordem e da segurana na Casa e pela conduo democrcados trabalhos legislavos. Contrariedade proposta de reforma previ (2003-07-25 00:20) 46

    Inexistncia de disposivo no Regimento Interno permissivo da convocao da Polcia Militar pelaPresidncia da Casa. (2003-07-25 00:28) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48

    Sugesto de acrscimo de inciso a argo, referente explorao de crianas e adolescentes paraobteno de lucro, ao Projeto de Lei 5.460 de 2001 (Altera os arts. 240 e 241 da Lei 8.069de 1990 - Estatuto da Criana e do Adolescente, para inclu (2003-07-30 16:30) . . . . . 49

    1.7 Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Juscava do posicionamento contrrio do PRONA PEC 40 de 2003 (Reforma da Previdncia

    Social), em votao na forma de Emenda Aglunava Substuva Global. Restries aoprocedimento de apreciao da matria na Casa. (2003-08-06 02:20) . . . . . . . . . . 51

    Posicionamento contrrio do PRONA manuteno do 18 do art. 40 da Constuio Federal,redao dada pelo art. 1 da Emenda Aglunava Substuva Global PEC 40 de 2003(Reforma da Previdncia Social), relavo contribuio previd (2003-08-07 03:00) . . . 53

    Posicionamento favorvel do PRONA Emenda Aglunava 11 Emenda Aglunava SubstuvaGlobal PEC 40 de 2003 (Reforma da Previdncia Social), que dispe sobre os critriospara o clculo do benecio de penso por morte. (2003-08-13 23:40) . . . . . . . . . 54

    COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Esclarecimentos sobre a polca deconcesso de vistos a trabalhadores estrangeiros no Brasil, a situao de brasileiros de-dos em Portugal e nos Estados Unidos da Amrica e o incidente com o (2003-08-14 15:38) 55

    Solicitao de esclarecimentos do relator sobre o inciso II do art. 2 do substuvo ao Projetode Lei 1.394 de 2003 (Cria o Programa Nacional de Esmulo ao Primeiro Emprego paraJovens - PNPE, acrescenta disposivo Lei 9.608 de 1998 e d outr (2003-08-20 01:04) 57

    Posicionamento favorvel do PRONA ao substuvo ao Projeto de Lei 1.394 de 2003 (Criao Programa Nacional de Esmulo ao Primeiro Emprego para Jovens - PNPE, acres-centa disposivo Lei 9.608 de 1998 e d outras providncias), do Execuvo, apensa(2003-08-20 01:04) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58

    COMISSO ESPECIAL - REFORMA POLTICA - Impresses dos presidentes de pardos sobre a re-forma polca. (2003-08-20 20:02) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59

    Agradecimento aos Srs. Deputados que votaram, na Comisso de Constuio e Jusa e deRedao, a favor do direito do orador Liderana. Defesa de ruptura do Brasil com osistema nanceiro internacional. (2003-08-21 21:10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63

    Rearmao do compromisso assumido pelo PRONA de absteno da apresentao de destaquesdurante o segundo turno de votao PEC 40 de 2003 (Reforma da Previdncia Social).Indignao com a violao do acordo de Lderes para votao da m (2003-08-27 16:12) 65

    Indignao com a quebra de acordo rmado entre os lderes pardrios de no-apresentao dedestaque de Bancada PEC 40 de 2003 (Reforma da Previdncia Social), em votao emsegundo turno. (2003-08-27 21:28) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66

    4

  • Posicionamento contrrio do PRONA PEC 40 de 2003 (Reforma da Previdncia Social), em votaoem segundo turno. (2003-08-27 21:28) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

    1.8 Setembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Interpelao ao Presidente da sesso, Deputado Inocncio Oliveira, sobre se ser possvel a apre-

    sentao de destaques PEC 41 de 2003 (Reforma Tributria), na sesso de amanh, casoo encerramento da discusso da matria se d na presente (2003-09-02 22:08) . . . . 69

    Posicionamento contrrio do PRONA Emenda Aglunava Substuva Global ao substuvo PEC 41 de 2003 (Reforma Tributria), em votao em primeiro turno; Rerada do Pardodo plenrio em sinal de protesto. (2003-09-04 01:14) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70

    Posicionamento contrrio do PRONA ao art. 91 do Ato das Disposies Constucionais Tran-sitrias,constante do art. 3 da Emenda Aglunava Substuva Global PEC 41de 2003 (Reforma Tributria), que prorroga a CPMF at 31 de dezembro de 2007(2003-09-11 02:22) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71

    Posicionamento contrrio do PRONA PEC 41 de 2003 (Reforma Tributria), em votao em se-gundo turno. (2003-09-24 22:58) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72

    1.9 Outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Transcurso do Dia Mundial do Corao. Comemorao dos 25 anos da Fundao Zerbini/INCOR e

    dos 60 anos da Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2003-10-09 16:18) . . . . . . . . 74Inocuidade do Estatuto do Desarmamento na reduo da criminalidade no Pas. Crcas s

    propostas de reforma previdenciria e tributria encaminhadas pelo Poder Execuvo(2003-10-23 19:54) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75

    COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Exposio e debate sobre a con-duo da polca externa do Pas. (2003-10-29 16:41) . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76

    1.10 Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Debate acerca da parceria en-

    tre Brasil e Estados Unidos para o fortalecimento e o desenvolvimento do hemisfrioamericano, para a denio de estratgias de segurana e da rea de Livre Com(2003-11-12 16:26) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Projeto de Lei de Converso da Medida Provisria 131 de2003 (Estabelece normas para o plano e a comercializao da produo de soja da safra2004 e d outras providncias - Transgnicos). (2003-11-12 22:54) . . . . . . . . . . . 80

    COMISSO DE RELAES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Esclarecimentos sobre o narcotr-co, as FARC e as relaes comerciais entre Brasil e Colmbia. (2003-11-25 21:58) . . . 81

    COMISSODERELAES EXTERIORES EDEDEFESANACIONAL - Avidades de Inteligncia: consulta sociedade. (2003-11-27 16:19) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82

    2 2004 832.1 Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 84

    Registro de voto proferido pelo orador em sesso anterior. (2004-01-28 20:42) . . . . . . . . . . 852.2 Fevereiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86

    Contestao ao pronunciamento do Deputado Miro Teixeira em defesa da polca social do Gov-erno Luiz Incio Lula da Silva. Esclarecimento sobre os ndices de desemprego no Pas.Queda da parcipao dos salrios na renda nacional. (2004-02-11 23:02) . . . . . . . 87

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Substuvo da CCJR ao Projeto de Lei 7.134 de 2002 (Dis-pe sobre o Sistena Nacional Androgras, sobre a preveno, a represso e o tratamento.Dene crimes, regula o procedimento nos crimes que dene e d ou (2004-02-12 17:26) 88

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  • Improcedncia de denncias de corrupo contra o orador e a Deputada Estadual HavanirNimtz. Imprescindibilidade da instalao de CPI para invesgao do envolvimentodo ex-Subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil da Presidncia da Rep(2004-02-18 23:46) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89

    2.3 Maro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91Posicionamento favorvel do PRONA ao Requerimento de rerada da pauta da Ordem do Dia

    das Emendas do Senado ao Projeto de Lei de Converso 04 de 2004 (Medida Provisria140 de 2003), que cria o Programa Nacional de Financiamento da Ampliao e Moder(2004-03-02 23:34) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92

    Defesa da eleio do professor Bausta Vidal para membro do Conselho da Repblica.(2004-03-09 23:26) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

    Apoio ao pronunciamento do Deputado Alberto Fraga, ao ensejo do transcurso da data deaniversrio da Revoluo de 1964. Agravamento da crise social e econmica no Pais.Consenso reinante na sociedade brasileira acerca da inoperncia do Governo Federa(2004-03-31 23:36) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94

    2.4 Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96Obstruo do PRONA votao do art. 6 do Projeto de Lei de Converso da Medida Provisria

    167 de 2004 (Dispe sobre a aplicao de disposies da Emenda Constucional 41 de2003 - Reforma da Previdncia Social - , altera disposivos das (2004-05-04 22:08) . . . 97

    COMISSO DA AMAZNIA, INTEGRAO NACIONAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL - Exposioe debate sobre o conito ocorrido entre ndios e garimpeiros na Reserva Indgena Roo-sevelt, na regio de Espigo dOeste, em Rondnia. (2004-05-05 15:34) . . . . . . . . . 98

    Indignao com a desdia do Governo Federal diante do massacre de garimpeiros em reserva in-dgena no Estado de Rondnia. Pedido de interveno federal no Estado de Rondnia.(2004-05-05 20:40) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

    COMISSO DA AMAZNIA, INTEGRAO NACIONAL E DESENVOLVIMENTO REGIONAL - Discussosobre o conito ocorrido entre ndios e garimpeiros na reserva indgena Roosevelt, naregio de Espigo dOeste, em Rondnia. (2004-05-12 15:27) . . . . . . . . . . . . . . 102

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de regime de urgncia urgenssima paraapreciao da Mensagem 205 de 2004, relava ao envio de conngente brasileiro paraMisso de Estabilizao das Naes Unidas no Hai. Contradio entr (2004-05-13 00:30) 104

    Razes do posiconamento favorvel do PRONA PEC 101 de 2003 (D nova redao ao 4 doart. 57 da Constuio Federal, para suprimir a vedao de reeleio dos membros dasMesas Diretoras da Cmara e do Senado na mesma Legislatura), em a (2004-05-19 23:18) 105

    2.5 Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106Razes do repdio ao valor do reajuste do salrio mnimo proposto pelo Governo Federal, a

    propsito da apreciao da Medida Provisria 182 de 2004 (Dispe sobre o salrio mn-imo a parr de 1 de maio de 2004, e d outras providncias). Cr (2004-06-02 22:18) . 107

    Posicionamento favorvel do PRONA Emenda 56, destacada, Medida Provisria 182 de 2004(Dispe sobre o salrio mnimo a parr de 1 de maio de 2004, e d outras providncias),que acresce ao salrio mmio, excepcionalmente, no ms de maio (2004-06-02 22:18) . 108

    Dcit pblico do Estado brasileiro. Ulizao de receitas oramentrias para o pagamento dejuros da dvida pblica. Ineccia do controle dos ndices inacionrios pela manutenode juros elevados. Natureza recessiva da polca econ(2004-06-15 20:38) . . . . . . . 109

    Posicionamento favorvel do PRONA ao Projeto de Lei de Converso 39 de 2004 (Medida Provisria182 de 2004), que dispe sobre o salrio mnimo a parr de 1 de Maio de 2004, e doutras providncias, do Senado. Indignao com o ndice de reaj (2004-06-23 15:26) . 115

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  • 2.6 Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116Posicionamento contrrio do PRONA ao Projeto de Lei Complementar 188 de 2004 (Altera a

    Lei Complementar 97 de 1999, que dispe sobre as normas gerais para organizao,preparo e emprego das Foras Armadas, para estabelecer novas atribuies subsidi(2004-08-12 00:16) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117

    Lanamento de obra de Direito Eleitoral de autoria do Prof. Dr. Thales Tcito Pontes Luz de PduaCerqueira. (2004-08-24 22:58) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118

    2.7 Outubro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 119Elogio suspenso da liminar do STF que permia o aborto em caso de anencefalia. Defesa do

    Direito vida do feto. (2004-10-21 01:28) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1202.8 Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

    COMISSO DE CONSTITUIO E JUSTIA E DE CIDADANIA - Discusso do Projeto de Lei n 2.679,de 2003, sobre reforma polca. (2004-11-17 16:48) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 123

    Obstruo do PRONA votao do Requerimento de rerada da pauta da Ordem do Dia MedidaProvisria 200 de 2004 (Dispe sobre o Programa de Subsdio Habitao de InteresseSocial - PSH), em votao nominal por fora de vericao de vot (2004-11-24 18:42) . 125

    2.9 Dezembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126Avaliao crca da Medida Provisria 207 de 2004 (D status de Ministro de Estado ao Presi-

    dente do Banco Central). Ponderaes sobre a desmoralizao da Casa perante a opiniopblica. Posiconamento do Prona contrio matria. (2004-12-01 02:22) . . . . . . . 127

    COMISSO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMLIA - Debate sobre as pesquisas ciencas com clulas-tronco. (2004-12-01 16:34) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129

    Obstruo do PFL votao do Requerimento de rerada da pauta da Ordem do Dia da MedidaProvisria 207 de 2004 (D status deMinistro de Estado ao Presidente do Banco Central),em votao nominal por fora de vericao de votao. (2004-12-01 22:12) . . . . . 131

    Posicionamento contrrio do PRONA Medida Provisria 218 de 2004 (Autoriza a Unio a fornecerequipamentos e auxlio tcnico aos pases africanos, no combate praga de gafanhotos).(2004-12-07 23:34) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132

    Mensagem de omismo s famlias brasileiras ao ensejo do transcurso das festas natalinas.(2004-12-22 22:46) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 133

    Referncias elogiosas atuao do Deputado Joo Paulo Cunha na Presidncia da Casa.(2004-12-23 02:04) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134

    3 2005 1353.1 Maro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 136

    Expectava de pronunciamento do Presidente da Casa, Severino Cavalcan, quanto ao discursodo Presidente Luiz Incio Lula da Silva sobre corrupo no Governo Fernando HenriqueCardoso. (2005-03-02 01:56) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 137

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de encerramento da discusso do Subs-tuvo do Senado ao Projeto de Lei 2.401 de 2003 (Estabelece normas de segurana emecanismo de scalizao de avidades que envolvam organismos genecamente m(2005-03-02 22:40) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 138

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Substuvo do Senado ao Projeto de Lei 2.401 de 2003(Estabelece normas de segurana e mecanismo de scalizao de avidades que en-volvam organismos genecamente modicados e seus derivados, cria o Conselho N(2005-03-03 02:04) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 139

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  • Posicionamento favorvel do PRONA aos Requerimentos 2.409 de 2005, 2.512 de 2005, 2.513 de2005 e 2.523 de 2005, relavos constuio de Comisso Externa para averiguar in locoa questo da mortalidde de crianas indgenas, por desnutrio, (2005-03-03 17:58) . . 141

    Posicionamento favorvel do PRONA Emenda 01, destacada , ao Substuvo PEC 227 de 2004(Reforma da Previdncia Social - PEC Paralela), do Senado, que objeva a incluso naalnea b do inciso XI do art. 37 da Constuio Federal, da expre (2005-03-10 02:06) 142

    Crcas obstruo da base aliada do Governo votao do Requerimento de votao por grupode argos, da Medida Provisria 232 de 2004 (Altera a Legislao Tributria Federal e doutras providncias, para corrigir a Tabela Progressiva (2005-03-30 02:08) . . . . . . . 143

    COMISSO DE DESENVOLVIMENTO ECONMICO, INDSTRIA E COMRCIO (2005-03-30 16:26) . 144

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de rerada da pauta da Ordem do Diada Medida Provisria 232 de 2004 (Altera a Legislao Tributria Federal e d out-ras providncias, para corrigir a Tabela Progressiva Mensal e Anual do Imposto d(2005-03-30 23:56) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149

    Reiterao do posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de rerada da pauta da Or-dem do Dia daMedida Provisria 232 de 2004 (Altera a Legislao Tributria Federal e doutras providncias, para corrigir a Tabela Progressiva Mensal e An (2005-03-30 23:56) 150

    3.2 Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151

    Transcurso do Dia do Exrcito Brasileiro. (2005-04-28 17:48) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152

    3.3 Maio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 154

    Apoio do PRONA Comisso Parlamentar Mista de Inqurito para invesgar as causas e conse-quncias de dennicas de atos delituosos pracados por agentes pblicos nos Correios -Empresa Brasileira de Correios e Telgrafos.Ponderaes sobre epis (2005-05-25 15:16) 155

    3.4 Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 156

    Posicionamento do PRONA pela rejeio da Medida Provisria 245 de 2005 (Abre em favor daPresidncia da Repblica, dosMinistrios dos Transportes, da Cultura e do Planejamento,Oramento e Gesto e de Encargos Financeiros da Unio, crdito extr (2005-06-21 21:28) 157

    Posicionamento favorvel do PRONA ao Requerimento de adiamento, por duas sesses, dadiscusso da Medida Provisria 249 de 2005 (Dispe sobre a instuio de con-curso de prognsco desnado ao desenvolvimento da prca desporva, a parcipa(2005-06-29 00:48) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 158

    Posicionamento contrrio do PRONA redao nal da Medida Provisria 248 de 2005 (Dispesobre o valor do salrio mnimo a parr de 1 demaio de 2005, e d outras providncias).(2005-06-29 00:48) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de encerramento da discusso e doencaminhamento da votao da Medida Provisria 241 de 2005 (Abre crdito ex-traordinrio em favor do Ministrio da Defesa e de Encargos Financeiros da Unio, para(2005-06-29 05:00) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 160

    Refutao s crcas do Deputado Luiz Srgio ao orador. (2005-06-29 05:00) . . . . . . . . . . . 161

    Posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de regime de urgncia urgenssima para oProjeto de Resoluo 248 de 2005 (Instui Comisso Parlamentar de Inqurito - CPI des-nada a invesgar a veracidade ou no das recentes denncias de co (2005-06-29 20:10) 162

    Desgastes provocados imagem da Cmara dos Deputados pelo escndalo do mensalo.Silncio da imprensa relavamente aos gastos com o pagamento da dvida pblica.(2005-06-29 20:10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 163

    8

  • Posicionamento contrrio do PRONA ao Requerimento de encerramento da discusso e do en-caminhamento da votao do Projeto de Resoluo 248 de 2005 (Instui ComissoParlamentar de Inqurito desnada a invesgar a veracidade ou no das denncia(2005-06-30 00:10) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 164

    Posicionamento favorvel do PRONA ao Requerimento de rerada da pauta da Ordem do Dia daMedida Provisria 241 de 2005 (Abre crdito extraordinrio em favor doMinistrio da De-fesa e de Encargos Financeiros da Unio, para os ns que especica). (2005-06-30 17:24) 165

    Posicionamento favorvel do PRONA ao Requerimento de adiamento, por duas sesses, da votaodaMedida Provisria 241 de 2005 (Abre crdito extraordinrio em favor doMinistrio daDefesa e de Encargos Financeiros da Unio, para os ns que espec (2005-06-30 17:24) . 166

    3.5 Julho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167

    Verdadeiros interesses da pretendida proibio deniva da comercializao de armas de fogo noPas. Posicionamento favorvel do PRONA Emenda de Plenrio ao Projeto de DecretoLegislavo 1.274 de 2004 (Autoriza referendo acerca da comercializ (2005-07-07 01:44) 168

    3.6 Agosto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 170

    Posicionamento favorvel do PRONA Medida Provisria 251 de 2005 (Instui o Projeto Escola deFbrica, autoriza a concesso de bolsas de permanncia a estudantes benecirios doPrograma Universidade para Todos - PROUNI, instui o Programa de E (2005-08-09 22:30) 171

    COMISSO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - Debate sobre o Projetode Lei n 3.960, de 2004, dos Srs. Deputados Enas e Elimar Mximo Damasceno,que dispe sobre a substuio em todo o territrio nacional de combusveis derivado(2005-08-11 15:42) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172

    Posicionamento favorvel do PRONA ao Projeto de Lei de Converso 22 de 2005 (Medida Provisria248 de 2005), que dispe sobre valor do salrio mnimo a parr de 1 de maio de 2005,que xa o valor do salrio mnimo em R$ 384,29. Indinao co (2005-08-16 23:34) . . . 186

    Defesa da derrubada dos vetos aos Projetos de Lei relavos a reajuste para os servidores do Senado,da Cmara e do TCU. (2005-08-31 16:46) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 187

    3.7 Novembro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 188

    Posicionamento contrrio do PRONA Medida Provisria 258 de 2005 (Dispe sobre a Adminis-trao Tributria Federal e d outras providncias - Super-Receita). Transcrio de trechosda matria intulada Magia Predatria, de autoria do Prof. (2005-11-08 22:46) . . . 189

    Posicionamento favorvel do PRONA ao Requerimento de quebra de interscio para vericaode votao do Requerimento de adiamento, por duas sesses, da votao da MedidaProvisria 258 de 2005 (Dispe sobre a Administrao Tributria Feder (2005-11-09 02:54) 191

    COMISSO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMLIA - Debate do Projeto de Lei n 1.135, de 1991,que suprime o art. 124 do Cdigo Penal, acerca da criminalizao da prca do aborto.(2005-11-22 21:19) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 192

    4 2006 197

    4.1 Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 198

    Refutao a pronunciamento do Presidente Luiz Incio Lula da Silva em rede nacional de rdio eteleviso. (2006-01-18 02:04) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199

    Posicionamento favorvel do PRONAmanuteno da expresso agentes de combate a endemiasconstante dos 4, 5 e 6 do art. 198 do Substuvo PEC 07 de 2003 (Altera o incisoII do art. 37 da Constuio Federal, para permir a cont (2006-01-19 02:24) . . . . . 201

    9

  • Razes do posicionamento favorvel do PRONA ao parecer pela admissibilidade da Medida Pro-visria 268 de 2005 (Abre crdito extraordinrio em favor dos Ministrios da Educao,Sade e da Defesa e de Operaes Ociais de Crdito, para os ns (2006-01-19 17:04) . 202

    4.2 Abril . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203Afastamento do orador das funes parlamentares e prossionais, em razo de problemas

    de sade. Lanamento da candidatura do Parlamentar Presidncia da Repblica.Agradecimento ao apoio recebido durante o afastamento do Parlamentar, em especial(2006-04-05 21:24) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 204

    4.3 Junho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 205Rerada pelo orador da pr-candidatura Presidncia da Repblica. Anncio pelo Parlamentar do

    lanamento de sua candidatura a Deputado Federal. (2006-06-14 20:03) . . . . . . . . 206

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  • 1. 2003

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  • 1.1 Fevereiro

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  • Indicaodoorador e doDeputadoAmauri RobledoGasques, respecvamente, para Lder eVice-Lderdo Pardo da Reedicao da Ordem Nacional. (2003-02-02 22:20)

    Data: 02/02/2003Sesso: 002.1.52.PHora: 16h20O SR. ENAS (PRONA-SP. Pela ordem. Sem reviso do orador.) - Sr. Presidente, informo Casa que os colegasDeputados Federais eleitos pelo PRONA de So Paulo houveram por bem indicar meu nome, de acordo com oart. 9, 2, do Regimento Interno, para Lder do Pardo da Reedicao da Ordem Nacional e, para Vice-Lder,o Deputado Amauri Robledo Gasques.Era o que nha a dizer, Sr. Presidente.

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  • Aumento da dvida pblica do Pas. Necessidade de consolidao da soberania brasileira.(2003-02-18 20:06)

    Data: 18/02/2003

    Sesso: 001.1.52.O

    Hora: 14h06

    O SR. ENAS (PRONA-SP.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em fevereiro de 1989, exatamente 14 anosatrs, eu escrevi o Manifesto do PRONA, em que eu alertava a populao brasileira para os riscos da ventanianeoliberal que comeava a soprar aqui no Hemisfrio Sul, ventos egressos do Norte do planeta, a parr de umaconcepo polca que comeava a tomar corpo uma nova divindade assumia o cetro, o controle das aesgovernamentais na maioria dos pases do orbe terrqueo.

    O mercado, erigido categoria de um deus, decidiria o desno das naes. Desapareceriam as fronteiras para osuxos de capital e todos teramos, em um futuro no muito distante, um bem-estar social inconcusso.

    E, realmente, tudo foi acontecendo como o previsto. Em quase todos os recantos do mundo, a palavra da modapassou a ser globalizao. O mundo transformou-se em um imenso cassino onde, pelo simples toque em umatecla de computador, fortunas fabulosas so transferidas, velocidade da luz, de um ponto a outro do planeta,sem que, para isso, exista qualquer correspondncia com as riquezas do mundo real, do mundo sico.

    Quem se atrevesse a falar em Estado Nacional soberano receberia, de pronto, o epteto de troglodita, dinossauroou qualquer coisa semelhante a um ser que viveu em priscas eras.Mas a contraparda de um mundo sem fronteiras, onde teria sido conquistada a jusa social, longe est de tersido alcanada.

    Muito ao contrrio, hoje, tristemente, o cenrio que se nos agura exatamente o oposto do que era vacinadopelos idelogos daquilo que se convencionou chamar de mundo globalizado.

    Na verdade, passamos a ser uma neocolnia das potncias hegemnicas que, irmanadas pelas suas necessidadesbsicas, de que so carentes gua potvel, energia, alimentos e matrias primas , determinaram que fossemprivazadas as nossas estatais, subtraindo-as ao controle do Estado, ldimo representante do povo brasileiro, econnuam obrigando-nos a vender nossa riqueza mineral a preos aviltados.

    O domnio do povo brasileiro exercido de fora para dentro. O controle aliengena.

    Assim que, abrindo as comportas da economia nacional, importando quinquilharias e exportando nossasriquezas in natura, submedos a extorses de todas as formas possveis, exercidas a parr dos ditames dos donosdo mundo, fomos, pouco a pouco, vendo crescer a nossa dvida pblica, que passou de 87,8 bilhes de reais emdezembro de 1994 (25,13 % do PIB) para a cifra assombrosa de 1,1 trilho de reais em dezembro de 2002 (80,94% do PIB).

    Os juros dessa dvida, apresentados nos balanos do Banco Central, foram de 113,9 bilhes de reais no exercciode 2002.

    O valor real pago, na verdade, foi muito superior a esse, maior do que o dobro, frente desvalorizao do real emmais de 52 % em 2002 e levando-se em conta que o mercado exigiu do Banco Central taxas maiores do que absica.

    Agora, eu armo: a est a questo central da qual todas as outras decorrem.

    Esse o verdadeiro cancro fagednico que infecta as entranhas da Nao.

    Incomoda-me profundamente a discusso sobre supercialidades. claro que preciso reexaminar todo o sis-tema de educao pblica, a parr do qual estamos criando uma legio de mentecaptos, incapazes de concorrerno mercado de trabalho. claro que fundamental que se faa funcionar o Sistema nico de Sade, que tem desair do papel, mas tambm a a discusso no ter contedo substanvo, uma vez que toda a verba desnada aoSistema de Sade, para todo o Brasil, foi, em 2002, de 28,5 bilhes, enquanto, considerando-se s aquilo que oBanco Central contabiliza como juros, pagou-se em 2002 o valor astronmico de 114 bilhes.14

  • E o Ministrio do Planejamento, em sua estasca de oramento, publicou ter havido, para 2002, uma verbaprevista de 209,5 bilhes de reais apenas para o renanciamento da dvida pblica federal.E agora eu pergunto: como possvel sobreviver a uma sangria dessa monta?Como se pode falar na necessidade de obter supervit scal desse ou daquele valor, quando se reconhece, depblico, esse valor monstruoso pago em juros para alimentar os abutres que vivem apenas da especulao?Como se pode pensar, ainda, em cortar verbas, se no se tem coragem de dizer basta a esse processo delituosoem que se dessangra, at a lma gota, a economia do povo brasileiro?Quem que, na verdade, est ganhando com tudo isso?No so, com certeza, os operrios, os mdicos, os engenheiros, os industririos, os comercirios, os aerovirios,os funcionrios pblicos, nem mesmo a maioria dos empresrios.Todo o sistema produvo nacional perde nesse jogo imundo.Na verdade, somente ganha quem parcipa do processo especulavo, que tem, sua retaguarda, o sistema nan-ceiro internacional, movimentando diariamentemais de 1 trilho de dlares em impulsos de computador, criandoe mantendo fortunas milionrias, enquanto o povo assiste deteriorao de todos os seus sonhos, da construode uma sociedade livre que pode aspirar a um futuro digno.Essa a questo central, senhores. Tudo mais despiciendo, secundrio, remendo, or de plsco.Hoje, pela primeira vez ocupando esta tribuna, qual cheguei guindado pela vontade, expressa nas urnas, demais de 1.570.000 eleitores, eu declaro expressamente aqui, como sempre z, em todas as oportunidades queve, em todos os lugares, no Brasil ou no exterior, que no possvel connuarmos atrelados a esse modelo desubmisso s potncias hegemnicas. hora de dizer basta a essemodelo ptrido, infecto, nauseabundo, que est levando nosso povo para a escravido. hora de declarar a independncia econmica do Brasil.

    15

  • 1.2 Maro

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  • COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Consideraes sobre a guerra dos Es-tados Unidos contra o Iraque. Discusso acerca de convite ao Ministro das Relaes Exteriores paraprestar esclarecimentos sobre a posio do Governo brasil (2003-03-19 16:25)

    Data: 19/03/2003Sesso: 0125/03Hora: 10h25A SRA. PRESIDENTA (Deputada Zulai Cobra) - Tem a palavra o Deputado Enas, lmo orador inscrito.O SR. DEPUTADO ENAS - Sra. Presidenta, parabenizo-a pelo excelente desempenho ao assumir a Presidnciadesta Comisso.Tambm assinei a moo, pois ningum em s conscincia pode ser a favor de qualquer forma de guerra, e, como devido respeito a tudo o que foi dito, quero deixar um comentrio extremamente rpido.Em todos os tempos, houve guerras no mundo, e sempre ditadas por interesses econmicos - macroeconmicos,nomicroeconmicos. Sempre foi assim. A histria da Guerra de Tria contada para crianas de um jeito e, paraquem estuda em profundidade, de outro.Meu ilustre colega, o Deputado Coronel Alves, chamou a ateno para uma possvel retaliao por parte dos Esta-dos Unidos. Com todo respeito, no h nenhuma razo para se agir como se agiu contra o Afeganisto, angindocivis inocentes, como se est fazendo agora.Na verdade, o que se passa a absoluta deteriorao do sistema nanceiro internacional, que tem a gide dosEstados Unidos. O sistema nanceiro internacional vive hoje uma bolha especulava, que vai explodir. A guerra apenas um instrumento. Um dos colegas salientou tambm a importncia no s do petrleo, como do euro,que pe em risco a soberania do dlar, moeda essa que no tem mais nenhum lastro, que uma absoluta co.Angamente, antes da deciso de Nixon, havia necessidade de um lastro de ouro, que no mais necessrio.Emitem-se dlares na velocidade que se quiser, chegando cifra astronmica de bemmais de 1 trilho de dlaresgirando por dia no sistema nanceiro.A meu ver, o ponto mais srio ainda que nenhuma nao est a salvo disso. claro que temos que fazer moese passeatas pela paz. Claro que V.Exa., com o poder de que dispe nesta Comisso, deve usar todo o esforo nosendo de, pelo menos, usando uma expresso lana, no jus esperneandi, fazer chegar potncia maior o nossovagido, nosso sussurro pedindo que isso pare.Temos de lembrar que, em agosto de 1945, em Hiroshima, uma cidadezinha no centro do Japo, que eu conheci,foi lanada uma bomba pequenina, de 20 quilotons, menos de um milsimo do atual arsenal blico dos EstadosUnidos. Naquela ocasio, os donos do poder mundial j nham decretado o m da guerra, isso j estava decididodenivamente, e, numa demonstrao de fora, Hiroshima foi destruda.Os fatos se repetem, como a colega Deputada lembrou: foi a invaso da Baa dos Porcos, foi Granada, foi o Kwaitmais recentemente. No adianta termos iluses: o mundo assim, os pases no se relacionam por amizade, por interesse. Vamos ser realistas, vamos emergir da infncia.Quando S.Exas., os donos do mundo, determinaram os tratados de no-proliferao de armas nucleares, j es-tavam armados at os dentes. Hoje, o que vemos? Uma nao como a nossa, prodigiosamente bem servida pelanatureza; com um potencial hdrico, potamogrco, uvial que chega a abrigar 21 % da gua potvel do planeta,pelo qual j se prevem guerras; que tem uma riqueza mineral inimaginvel; que tem um dia de sol equivalentea 120 mil usinas de Itaipu a todo o vapor, tem suas Foras Armadas combalidas, sem nenhum recurso caso umataque seja perpetrado contra ns.Aproveito a oportunidade que V.Exa. me deu para deixar, ao lado da moo, que signicava, um apelo: queV.Exa. converse tambm com o Ministro da Defesa e as autoridades militares para que acordemos do sono letr-gico em que nos esto fazendo mergulhar; para que saibamos que, num tempo no muito distante, poderemosser ns no lugar do Iraque.Muito obrigado a V.Exa.

    17

  • Sugesto ao Presidente Luiz Incio Lula da Silva para ruptura com o sistema nanceiro internacionale para suspenso do pagamento da dvida pblica. Auto-sucincia brasileira para o enfrentamentodas diculdades advindas em face da suspenso do (2003-03-27 22:36)

    Data: 27/03/2003

    Sesso: 029.1.52.O

    Hora: 16h36

    O SR. ENAS (PRONA-SP. Como Lder. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr., Sras. e Srs. Deputados, o texto queser pronunciado por mim uma mensagem que o PRONA transmite a S.Exa. o Sr. Presidente da Repblica.

    No dia 19 demaro de 2003, omundo assisu perplexo ao incio da invesda blica dos Estados Unidos da Amricado Norte contra o territrio do Iraque. As razes apontadas para tal atude, que contrariaram deciso da ONU,foram a existncia naquele pas de armas de destruio emmassa, alm de possvel insasfao coleva contra ogoverno Sr. Saddam Hussein, apontado como ditatorial e sanguinrio.

    Na verdade, as razes que levaram os Estados Unidos a realizar uma invaso armada de um pas livre e soberano,pelomenos em teoria, longe esto de representar uma preocupao com os desnos da humanidade, eliminandopossveis focos de terrorismo internacional, e muito menos de signicar apreo pelas condies de liberdade e dedemocracia do povo iraquiano.

    Para entender bem o processo, necessrio remontar ao acordo rmado em 1944, em Breon Woods, nos Es-tados Unidos, onde se deniu o dlar como a moeda de referncia nas transaes internacionais e se exigiu quepassasse a exisr, como garana de validade da moeda, um certo equivalente em ouro depositado em Fort Knox.Estava instudo o padro ouro.

    Em 1971, o Presidente Nixon rompeu as regras estabelecidas em BreonWoods e a emisso damoeda americanapassou a ser feita segundo os interesses daquela nao. A parr da, os Estados Unidos passaram a ser a Casa daMoeda do Mundo.

    Mais recentemente, com o advento e a exploso da informca, deixou de ser necessria at a emisso damoeda.Por intermdio de impulsos do computador circulam diariamente, de um a outro ponto do planeta, fortunasfabulosas da ordem de 1 trilho a 2 trilhes de dlares, dos quais apenas cerca de 2 % a 3 % correspondem atransaes comerciais, sendo o restante especulao pura, sem nenhuma correspondncia com o mundo sico,como vem assinalando o renomado economista e pensador americanoMr. Larouche, no hebdomadrio ExecuveIntelligence Review, peridico em que ele estuda, disseca e explica a crise do sistema nanceiro internacionalcomo a caminhada para um abismo que, se no deda, levar, sem dvida, a humanidade para uma nova idadedas trevas.

    Esse o imprio do dinheiro falso, do papel pintado, que no tem coisa alguma a ver com a realidade do mundosico. As riquezas reais do mundo sico so a gua potvel, da qual detemos 21 % da que existe no planeta,as matrias-primas do reino mineral e nessas tambm somos o Pas mais rico do mundo , as orestas epossumos a maior do mundo os rebanhos, o solo propcio agricultura, etc., etc., etc.

    Pois bem, os Estados Unidos vem, com muita preocupao, o avano do euro como moeda de troca no mundoeuropeu e no resto do mundo.

    E o Iraque, que j detm a segunda maior reserva petrolfera do planeta, cometeu a ousadia, no ano 2000, deresolver adotar o euro como sua moeda de troca nas relaes internacionais, no que foi seguido parcialmentepelo Ir, pela China e pela Rssia.No h dvida de que amaior potncia imperial no ter coragem de atacar a China, porque ela detm o controledo ciclo nuclear ela tem bomba atmica.

    No d para enfrentar os megatons dos Estados Unidos, mas eles por certo no querero ver Washington servarrida do mapa da Terra.

    a dissuaso estratgica, nica ferramenta a ser ulizada por um pas para impedir a ao predatria de um outropas sobre o seu territrio.18

  • Da por que eu propus, na eleio presidencial de 1998, que o Brasil no assinasse o Tratado de No-Proliferaode Armas Nucleares.E fui achincalhado, vilipendiado por grande parte da imprensa brasileira, annacioanal, apodrecida, em francadecomposio, que se apraz com o estado servil em que se encontrava e se encontra o Governo brasileiro, dejoelhos no cenrio internacional.Neste momento em que a maior parte do mundo civilizado se diz contrria invaso do Iraque pelos EstadosUnidos, no basta a ns do Brasil, potncia connental, dizermos que no estamos de acordo com a invaso.No adianta coisa alguma sacudirmos lenos brancos e fazermos passeata de paz. Como no possumos potencialblico mnimo, pela deteriorao programada a que foram submedas as nossas Foras Armadas, com a conivn-cia do Poder Constudo aptrida, que deixou a rea militar da Nao sem recursos para suprir seus velhos aviesde combate e seus tanques obsoletos ou mesmo para alimentar seus praas, s existe uma possibilidade parase contrapor a esse verdadeiro genocdio, digno de fazer inveja s hostes de Assurbanipal, quando, na angaAssria, arrancava a pele em vida dos seus prisioneiros de guerra: a ruptura deniva com o modelo ptridoque nos imposto pelo sistema nanceiro internacional, do qual so tentculos o FMI, o Banco Mundial, o BID, aOrganizao Mundial do Comrcio et caterva._E agora falo diretamente a S.Exa. o Presidente da Repblica do Brasil, que tem em suas mos uma oportunidadempar na histria do Brasil.Aproveite a oportunidade histrica que nos est sendo oferecida pelo prprios donos do mundo.Diga basta a esse modelo nauseabundo e infecto que suga as entranhas da Nao. Ordene que no mais sejampagos, por ruptura unilateral, os juros da dvida pblica, que chegaram a 114 bilhes de reais. V.Exa. estar, assim,criando condies de sobrevivncia para os brasileiros, que no tmmais esperana de um futuro com dignidade,uma vez que todo o resultado do seu trabalho, toda a produo nacional, tudo se esvai, como uma or que seesola.Isso tem que ser feito e j est quase passando do tempo, porque o total da dvida pblica, a includas a internae a externa, cresce como um tumor maligno e j ultrapassou a assombrosa cifra de 1 trilho de reais.A suspenso do pagamento da dvida pblica, como previsvel, trar-nos- algumas diculdades emdiversas reasdo comrcio como exterior. Mas lembre-se V.Exa. de que j passamos por situao semelhante quando daGrandeDepresso, em 1929, e a ela sobrevivemos, como sobreviveremos agora.Somos quase auto-sucientes em petrleo. Produzimos cerca de 95 % do total de 1,8 milho de barris que con-sumimos por dia. No nos preocupemos com os chips e argos similares que importamos das transnacionais, sobo domnio do imprio, vindos de Taiwan, da Coria ou seja l de onde for. Temos gente boa, e muita gente boa,tcnicos e engenheiros altamente qualicados, atualmente desempregados, trabalhando em lanchonetes ou di-rigindo txis, cidados vidos por criar e produzir nas reas em que foram qualicados. J vemos exemplo dissono passado, na indstria aeronuca, no trabalho desenvolvido pela nossa EMBRAER.E no tema V.Exa. pelo aporte dos to decantados invesmentos externos. Relatrio do Tribunal de Contas daUnio examinado pelo professor de Economia Dr. Adriano Benayon do Amaral mostra que, na mdia dos lmosdez anos, para cada 1 dlar com que o Banco Mundial e o BID nanciaram o Brasil, o Pas mandou para fora 1,4dlar.Atrairemos, instantaneamente, a Frana e a Alemanha, que expressamente j declararam o seu repdio aoanamericana no Iraque.Para essas naes, que precisam muito do petrleo, podemos acenar com a energia da biomassa, que, em nossoPas, com a riqueza imensurvel de luz solar de que somos dotados, pode apresentar-se como o lcool e os leosvegetais, capazes de substuir, com vantagens, todos os derivados do petrleo.E tanto a China como a Rssia e a ndia, alm de vrios outros pases, podero ser excelentes parceiros comerciais,no caso de retaliaes advindas do imprio americano.E no se fale em risco de no-abastecimento. Nossos irmos da Amrica Lana e da sia estaro prontos, semdvida, a estabelecer parceria conosco, visando tambm a se libertar do octpopus que lhes suga o sangue circu-lante.

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  • Claro est que medida desse jaez implica deciso enrgica, rme, que pode ser traduzida em uma palavra: cor-agem.Esta a mensagem que dirijo a V.Exa., em meu nome e no do PRONA. E o fao tambm em nome de mais de1 milho e 570 mil eleitores que me elegeram, o que representou a maior votao individual jamais obda nahistria da Repblica do Brasil para a Cmara dos Deputados.Coragem!D o grito de independncia econmica, com quase 181 anos de atraso da independncia polca. D um passo frente. No tenha medo. V.Exa. ser seguido por todos os brasileiros que o guindaram sua condio atual, naexpectava de que V.Exa. possa libert-los dos grilhes da escravido secular.Obrigado, Sr. Presidente. (Palmas.)

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  • 1.3 Abril

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  • Declarao de voto do PRONA, contrrio PEC 53-A de 1999 (Altera o inciso V do art. 163 e o art.192 da Constuio Federal, e o caput do art. 52 do Ato das Disposies Constucionais Transitrias- Regulamentao do Sistema Financeiro Nacio (2003-04-02 23:06)

    Data: 02/04/2003Sesso: 035.1.52.OHora: 17h06O SR. ENAS (PRONA-SP. Como Representante. Sem reviso do orador.) - Com a permisso de V.Exa., Sr. Presi-dente, dirijo-me a todos os colegas do Parlamento, pela primeira vez com o plenrio cheio.Estamos diante de um momento terrvel da histria da Nao. Terrvel, uma vez que, de maneira sub-repcia,escondida, socapa, no texto que est sendo apresentado, como umamedida que visa modicar o art. 192 da LeiMaior, ali, escondida, sorrelfa, est a tese que extraordinariamente deletria, j to solapada em suas bases.Aquilo de que no se quer falar, mas que est ali embudo, a independncia ou autonomia chame-se comoquiser, use-se o epteto que se quiser para o Banco Central.Na verdade, o Banco Central j independente de fato, j faz o que quer, uma vez que dirigindo-o esto gurasegressas do sistema nanceiro internacional, que , na verdade, um modelo de octopdes na bela imagem deJlio Verne , que sugam as entranhas da Nao.Taxas de juros exorbitantes so determinadas pelo Banco Central. E est nas mos do Presidente da Repblicaainda pelo menos o direito de se apresentar contra isso.Repito: se ns, do Parlamento, aquiescermos a essa primeira invesda, mais frente, tenham certeza e omesmo lme j passou nesta Casa quando eu era observador distncia , teremos um Banco Central no inde-pendente de fato, mas de direito. E o Presidente da Repblica ter perdido a lma das oportunidades de deterem suas mos a determinao da polca credicia, da taxa de juros e de outros elementos fundamentais para amacroeconomia nacional.Digo a V.Exas., com toda a nfase de que disponho, que, no momento em que o Banco Central for independente,no ser necessriomais realizar eleio para Presidente da Repblica, basta eleger o Presidente do Banco Central.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vivemos esmagados, vilipendiados por um sistema nanceiro internacionalptrido, que chega a ns por intermdio de organismos internacionais como o Fundo Monetrio Internacional, oBanco Mundial, a Organizao Mundial do Comrcio et caterva, como disse h poucos dias neste plenrio quasevazio. preciso que acordemos e percebamos que estamos sendo enganados. A populao brasileira no tem acesso informao, no sabe o que taxa de juros, sabemal e porcamente que necessita comer. preciso que acordemosdesse sono letrgico, neste momento, para dizer um no peremptrio.Muito obrigado, Sr. Presidente.

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  • 1.4 Maio

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  • COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Apreciao de matrias constantes dapauta. (2003-05-07 15:53)

    Data: 07/05/2003Sesso: 0423B/03Hora: 10h53A SRA. PRESIDENTA (Deputada Zulai Cobra ) - Com a palavra o Deputado Enas.O SR. DEPUTADO ENAS - Sra. Presidenta, desculpe-me a falta. Fui Amaznia, convidado pelo comandante doExrcito, com alguns Parlamentares, e contra uma doena que no foi diagnoscada. Tive de ausentar-me poruma semana. Por isso, peo desculpas pela ausncia.

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  • COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Exposio e debate acerca da atualsituao da Marinha brasileira. (2003-05-28 15:22)

    Data: 28/05/2003Sesso: 0617/03Hora: 10h22A SRA. PRESIDENTA (Deputada Zulai Cobra) - Na prxima quinta-feira, dia 5, pela manh, vamos Aeronuca,ao SINDACTA e ao CONDABRA.O Comandante est de volta.Concedo a palavra ao Deputado Enas.O SR. DEPUTADO ENAS - Almirante, a pergunta que dirigiria a V.Exa. j foi feita por um colega e respondida.Quando V.Exa., de maneira categrica, peremptria, clara e concisa respondeu no ao colega Parlamentar, aresposta foi dada de maneira inequvoca minha pergunta.Almirante, comoapergunta que faria j foi respondida e disponhodo tempo regimental de 3minutos, apresentareia V.Sa. algumas postulaes. Sou educador h mais de 30 anos e costumo dizer que o mundo no o que vemosquando abrimos a janela de casa.Fico um pouco triste quando percebo que no Congresso do qual parcipo arranha-se a realidade.No h em minhas palavras crca a V.Exa., porque, militar brioso e ocial de alta patente que , tem de terbastante comedimento em todas as teses que defende. O que me incomoda e me deixa triste - a Presidenta daComisso sabemuito bem - o desconhecimento da realidade, a falta de interesse em se tocar na questo crucial,na razo de no termos recursos.V.Exa. disse h pouco: se fssemos um pas rico.... Mas V.Exa. sabe tanto quanto eu - na verdade, mais do queeu - que somos o maior produtor do mundo de nibio, com mais de 95 % do total, e que essa produo poderiafazer de nosso Pas uma potncia muito rica, se pudssemos vend-la pelo preo de mercado, no pelo preodeterminado l fora. Alm disso, vendemos alumnio do Norte do Pas a preo inferior ao da extrao.V.Exa., em toda a discusso, qual esve atento, citou a Nambia, que hoje s tem buracos, porque seu minriofoi arrancado pelas potncias ditas transformadoras, que, desde a criao da Comisso Trilateral, nos relegaram condio de sermos apenas extratores.A enunciao de tudo o que nos rerado - riqueza real, porque se trata de matria-prima - a preos aviltantesseria penosa.Pior ainda: diz-se que os Estados Unidos so ricos. Meu Deus! Nem mangans eles tm para a indstria siderr-gica! Na Pensilvnia hmontanhas commilhes de toneladas demangans extrado da Serra do Navio, no Amap.A pergunta triste que sempre fao : cus, at quando isso vai connuar? At quando?O Presidente da Repblica que precedeu o atual recebeu dvida mobiliria no valor de 50 bilhes - naquele tempoo dlar valia o mesmo que o real. Fez o que quis, com a anuncia do Congresso Nacional: privazou estatais;entre elas, a Vale do Rio Doce, a maior mineradora de ferro do planeta - estou abordando tudo de maneira bemsintca, porque levaria 1 hora para uma exposiomais detalhada. Com isso, a dvida pblica cresceu e chegou abemmais de 500 bilhes. O novo Governo, no trimestre que acabou, j aumentou o estoque da dvida em quase50 bilhes de reais.O desemprego cresce assustadoramente. Quando V.Exa., de maneira to honesta - seria bonito dizer isso paratoda a Nao, e o farei - diz que no temos condies de nos defender adequadamente, est fazendo coro como que ouvi h pouco quando visitei a Amaznia, a convite de S.Exa. o Comandante do Exrcito, juntamente comuma Comisso. Disse-nos o Comandante que no temos os recursos de que necessitamos.Perdoe-me, Comandante, mas temos recursos. No entanto, eles so criminosamente desviados - no de maneirasub-repcia, mas clara - para pagar servio de dvida pblica que h muito tempo j foi paga.Chega a me causar espcie ver lderes do que no passado se chamava de esquerda - e a denominao, inclusive, anacrnica - se levantarem e discurem, discurem e, no m, votarem a favor das propostas do Governo.

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  • Parece-me que estamos num gigantesco faz-de-conta, em que, por uma razo ou por outra, ningum pe o dedona ferida - apesar de ter sido militar quando jovem no sou obrigado a ter a parcimnia de V.Exa.Quando V.Exa. disse que no temos condies de nos defendermos da forma ideal, respondeu a minha perguntae, com isso, quei sasfeito. Fao, porm, uma postulao, no como militar, mas como cidado: solicito-lheque, pelo menos nas conversas, chame ateno para o problema. J pedi isso, falando do Congresso, e no saiuuma linha na imprensa, porque, ao contrrio do que ouvi muito aqui, ela annacional - absoluta e totalmenteannacional. A imprensa no veicula, demaneira alguma, as questes centrais, viscerais para a economia nacional.Eu sou um observador e vejo isso.H pessoas acordadas, que vem o abismo para o qual todos ns estamos caminhando por causa desses todecantados problemas sociais - entre aspas.A brutal situao de endividamento externo a que o Pas est submedo explica perfeitamente o que V.Exa.mostrou: que de pouco mais de 2 bilhes que lhes so desnados - no me lembro o nmero exato -, apenas700 bilhes, um tero, portanto, ca para o Brasil, para todos os gastos da Marinha, da Aeronuca e do Exrcito,cujas tropas nem comida tm mais e h muito perderam o gosto bom do convvio no quartel.Isto s um desabafo, Comandante. Uma gura no Parlamento pode muito pouco. V.Exa. sabe que fui candidatoa Presidente da Repblica defendendo essas idias de ruptura com o atual modelo. No se trata de rupturablica, porque hoje talvez no tenhamos condies de enfrentar nem a Argenna - estou falando de um conitocompleto, Exrcito, Marinha e Aeronuca. Mas temos muita riqueza mineral. Temos muito o que negociar.Temos condies de impor nossa soberania de fato, e no de faz-de-conta.Parabns a V.Exa. pela honesdade com que respondeu pergunta que um colega antecipou-se em fazer.Muito obrigado.A SRA. PRESIDENTE (Deputada Zulai Cobra) - Tem a palavra o Comandante Roberto.O SR. ROBERTO DE GUIMARES CARVALHO - Agradeo aos Deputados Ivan Ranzolin e Enas as consideraes.Deputado Ivan, a Marinha entende que o Brasil tem uma seqncia enorme de mazelas que precisam ser corrigi-das. O Pas tem de estabelecer prioridades para aplicar seus recursos. Se fssemos analisar detalhadamente asituao, veramos que, como armou o Deputado Enas, eles at existem.Esse pensamento meio sonhador - V.Exa. me perdoe a expresso - de que o Brasil no est ameaado muitoperigoso. J houve pocas em que no estvamos ameaados; mas, de repente, fomos agredidos, e no apenasameaados.Portanto, pelo menos um mnimo de preparo o Pas tem de ter. E cabe aos legisladores estabelecer prioridades,para ver como atender, damelhor forma possvel, s diversas demandas: a sade precisa de dinheiro, a agriculturaprecisa de recursos, todos precisam. As Foras Armadas tambm precisam de verbas.Se me recordo bem, em sua pergunta V.Exa. se referiu s avidades que a Marinha desenvolve. J fazemosassistncia social na Amaznia e uma srie de outras avidades do gnero. J parcipamos de programas sociaisdo novo Governo, como o Fome Zero e o Foras no Esporte. A Marinha, dentro de suas limitaes, parcipa detodos esses projetos.O que posso dizer que sempre tentaremos convencer V.Exa. e os demais membros desta Comisso, principal-mente, mas do Congresso de maneira geral, da necessidade de um pas do porte do Brasil ter Foras Armadasfortes, por mais pacco que teoricamente esteja o ambiente externo. Para isso, preciso recursos, e em volumeque no pequeno. Foras Armadas custam caro, por mais limitadas que sejam.Deputado Enas, agradeo a V.Exa. s palavras. V.Exa. no fez nenhuma pergunta. Por isso, no tenho nada pararesponder.Apenas gostaria de dizer que, honestamente, no ve a menor inibio ao responder s perguntas que me foramformuladas nesta Comisso, como no fao a menor cerimnia ao expor todos esses problemas para meus supe-riores da cadeia hierrquica do Pas - o Ministro da Defesa e o Presidente da Repblica.Conforme j foi mencionado, s co inibido - at pela minha formao, voltada para a disciplina, hierarquia etc. -de expor essas diculdades para a imprensa. Isso eu no fao. Fao-o nesta Comisso, que tem o encargo de zelarpela defesa nacional, e ao meu superior, o Ministro da Defesa.26

  • O SR. DEPUTADO ENAS - Se V.Exa. me permite, gostaria de dizer que se trata - e repito sempre isso para o pblico,por meio da televiso - da condio de colnia a que ns, tristemente, camos submedos quando nos vimos dejoelhos no cenrio internacional. A raiz da questo essa. Da decorre tudo o mais. Tudo o mais da decorre: oesfacelamento das Foras Armadas e o seu no-aparelhamento, a destruio dos hospitais pblicos etc.Sempre que posso, dou meu recado: o da necessidade da nossa independncia econmica.Em conjunto com um colega de V.Exa., o Almirante Gama e Silva, que foi Comandante do Grupo de Estudos doBaixo Amaznia, um amigo meu, atualmente reformado, estudei bastante essas questes. Ele da Fora a queV.Sa. pertence.Recentemente, quando esve na regio amaznica, quei impressionado com o trabalho realizado pelos pelotesde fronteira. Triste co quando vejo a chamada nao ianommi ocupar mais da metade da rea do atual Estadode Roraima. Da para dizermos que a independncia da nao ianommi pode ser declarada um passo. Issocriar um enclave em nosso Pas.Concordo tambm com V.Exa. quando diz que sonhadora a tese de que estamos em paz eterna.Peo desculpas por ter tomado seu tempo.Muito obrigado.A SR. PRESIDENTE (Deputada Zulai Cobra) - Agradecemos ao Almirante-de-Esquadra Roberto de Guimares Car-valho, Comandante da Marinha do Brasil, a presena e a explanao.

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  • 1.5 Junho

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  • Razes doposicionamento contrrio doPRONAMedida Provisria 118, de 2003 (Altera a Lei 9.294 de1996, que dispe sobre as restries ao uso e propaganda de produtos fumgeros, bebidas alcolicas,medicamentos, terapias e defensivos agrco (2003-06-03 22:18)

    Data: 03/06/2003Sesso: 104.1.52.OHora: 17h18O SR. ENAS (PRONA-SP. Como Representante. Sem reviso do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,na dcada de 80, exatamente em 1986, presidi a Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro e deagreicampanha que visava estabelecer conscincia no seio da juventude e da adolescncia do que representava oterrvel hbito de fumar.Naquela ocasio, novecomo si aconteceroPoder Pblicomobilizadodomeu lado. Agora co estarrecidoquando vejo, aps algum progresso ter sido alcanado no Pas, vir tona apresentao de medida provisria quebusca perpetuar por mais alguns anos o direito de uma propaganda terrvel ser apresentada juventude comoresultado de sucesso e prodgio, uma vez que ligada permanentemente imagem de sucesso de desporstasque conseguem projetar-se no cenrio mundial.Todo o mundo precisa saber que no pode haver transigncia com o cigarro. O primeiro que se coloca na boca bom que se saiba equivale a um cano de descarga de automvel. A quandade de monxido de carbonoingerido e aspirado na fumaa de cigarro muito grande. Cigarro veneno. Na verdade, a nica causa demorteevitvel, segundo a prpria Organizao Mundial de Sade. No pode haver transigncia. Se h concurso deFrmula 1 ou Frmula 2, no interessa. Trata-se de falta de respeito com a populao. Que o Governo se ponhade joelhos e outras coisas, tudo bem. Que ceda s transnacionais, tudo bem. No adianta falar mais. Mas que oGoverno, pelo menos em sua mediocridade proterva, coloque-se a favor da sade da populao. No pode havertransigncia.Que esta Casa, a qual perteno e para a qual fui trazido pela maior parcela da populao que votou em DeputadoFederal, no ceda a mais essa srdida atude e diga no a essa medida provisria.Muito obrigado.

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  • COMISSO DE ECONOMIA, INDSTRIA E COMRCIO - Seminrio Banco Central - Autonomia X Inde-pendncia (2003-06-10 14:17)

    Data: 10/06/2003Sesso: 0724/03Hora: 9h17O SR. APRESENTADOR (Deputado Delm Neo) - Muito obrigado.Concedo a palavra ao nobre Deputado Enas.O SR. DEPUTADO ENAS - Senhores conferencistas e ilustre platia, primeiro, apesar de no me ter outorgadoo direito de defender o Prof. Paulo Nogueira, que estou conhecendo hoje, ouvi meno especca a seu carteramargo - meu colega, Deputado Delm Neo, disse que S.Sa. estava falando em catstrofe - e quero dizer a todosque ele no amargo. Ao contrrio, chega a ser doce. Amargo sou eu, e vamos ver por qu. (Risos.)_Ele fala muito por alto,en passant, em catstrofe, com muito cuidado - eu entendo que ele o tenha. No querentrar em nmeros. Vamos falar de nmeros? O Pas no este em que estamos. Estamos numa redoma devidro em que especialistas de alto coturno, de alto gabarito tratam de questes da mais alta relevncia nacionalcom o conhecimento que tm, mas a realidade da rua bem diferente.Vejamos: aps S.Exa. o nosso Presidente... No vou falar aqui sobre ningum em parcular. Prof. Nogueira, noh ningum em parcular que deva ser citado. O problema este modelo perverso, cruel, concentrador de renda,que faz do Brasil uma colnia cujo papel precpuo mandar recursos para a metrpole. A metrpole no so osEstados Unidos, mas as potncias hegemnicas.H uma anlise a fazer antes de formularminha pergunta aoDr. Nogueira. A questo principal : comoestamos defato? Temos dados ociais dessa coisa estranha que se chama caixa-preta e que apresenta balanos de tremendadiculdade de anlise - dito no por mim, que sou professor de Medicina, mas por economistas do porte deDcio Munhoz e Adriano Benayon do Amaral; eles que dizem da diculdade de anlise de dados muitas vezesescamoteados ali.Pois bem, a realidade ocial que, no ano transato de 2002, para um oramento de poucomais que o dobro disto,foram remedos para o exterior ou para seus representantes aqui dentro 113,9 bilhes, um nmero astronmico.Muitomais do que os gastos com sade, com aMarinha, com educao - essa palavra pode ser repeda 5, 6 vezes.Concordo em gnero, nmero e grau com o Dr. Paulo Afonso, nosso colega Deputado, quando fala sobre o temadeste seminrio, Banco Central - autonomia x independncia. Senhores, o prato est feito, o pudim est mesa.No h soluo. Ningum est aqui com a iluso infanl de que vamosmudar a regra. Isso j est decidido, vamosdeixar de ser crianas, como foi decidido - todo mundo viu, no Congresso, pelo menos na Cmara, onde eu estava- que se iria mexer no art. 192 da Constuio. Discursos homricos, vozes tonitruantes e, no m, 13 entre ns semanifestaram contra aquela verdadeira heresia: quebrar-se o direito constucional de no ir adiante. Tornou-seinnitamente mais fcil fazer o que se pretende fazer.Na verdade, falei apenas de recurso nanceiro mandado para fora ou para representantes estrangeiros estabele-cidos aqui dentro. O problema que estamos assisndo reprise de um lme.Quando se mencionava aos 4 ventos as privazaes - eu me recordo, era um espectador, estava do lado de fora-, muito ouvi falar sobre a Vale do Rio Doce. O argumento que se nha era de que ela iria produzir mais e que osrecursos iriam ser maiores. Ouvi muitas discusses a respeito. De que adiantaram? Se nos devermos um poucoa analisar o que representava e representa a Vale do Rio Doce para a economia nacional, veremos que ela umgigante da produo mineral.Se atentarmos para o fato de que nossas riquezas somandadas para o exterior a preo de banana; se lembrarmosque somos o maior produtor mundial de nibio - com 98 % da produo -, sem o qual no se constrem aviessupersnicos, e que ele vai embora; se pensarmos que a tonelada do ferro ou do alumnio l fora vale menos doque uma noite num hotel 5 estrelas em Nova York; se imaginarmos que o quartzo vendido in natura a menosde meio dlar o quilograma e que voltam os chips a 3 mil dlares o quilograma, pelos cus! O que falta para30

  • reconhecermos que somos colnia? O que se quer agigantar o fosso, isso, sim. fazer que o mnimo poder queainda tem S.Exa. o Presidente seja dele rerado.

    Os senhores me diro: por que est falando isso se a questo est resolvida? o jus esperniandi, o direito deespernear. J que esse direito nos dado, que pelo menos o ulizemos em bom vernculo, para que no sejamosalcunhados, como o meu ilustre colega Delm Neo, de jurssicos, de pertencentes ao perodo mesozico, ondetodos andvamos...

    O SR. APRESENTADOR (Deputado Delm Neo) - Onde ramos companheiros. (Risos.)

    _O SR. DEPUTADO ENAS - Eu tambm no uso essa expresso, Dr. Delm Neo, porque no penso estar numarepblica bolchevista, com todo o respeito a V.Exa. No me sinto nela.

    Tenho todo o respeito por S.Exa. o Presidente. Tenho todo o cuidado de, quando me dirijo a ele, trat-lo com orespeito que merece. Mas, lamentavelmente, nesses 4 meses, S.Exa. fez com que o desemprego, que era de 10,5% da Populao Economicamente Ava - e j tem muita coisa no termo mal denida, o senhor sabe melhor doque eu, porque sou professor de Medicina e o senhor, economista -, chegasse a 12,4 %. E quem tem coragem dedizer que as taxas de juros so defensveis? Ser possvel que certas pessoas no percebem que isso um abuso inteligncia humana?

    Se a inao brasileira fosse de custos, se todas as pessoas comprassem videocassetes etc., tudo bem, detm-seo custo, mas numa populao em que quase 2 teros vivem numa economia de subsistncia! Pelos cus! Isso apenas um aceno de mo, isso apenas um contraponto na orquestra.

    Pode-se dizer: senhores detentores do poder mundial, estamos de acordo, no vamos mudar nada. E o que sequer agigantar ainda mais o fosso, cada vez mais. Reparem: quanto maiores as taxas de juros, claro, mas vaicair a produo. Quem tem coragem de negar isso? Como o empresrio pode produzir, esmagado, com umatributao extraordinria?

    Ouvi sorrisos tambm quando se falou em umpas com carneiros. Pelo amor de Deus! O Dr. Mahathir, daMalsia,j teve coragem de dizer chega. Chega! At quando vamos connuar servos, de joelhos? Algum dir: O senhors fala em catstrofe. Mas o que vemos no Pas? Prostuio infanl, prostuio juvenil, desemprego.

    Nos pontos onde os nibus param - no estou falando de Braslia, no conheo to bem a cidade para falar -,em So Paulo, em pontos de cruzamentos de veculos, nos semforos, vi indivduos com uniformes do Sindicatodos Trabalhadores Autnomos. Meu Deus! Aonde chegamos? No ponto onde os nibus cruzam, no semforo,ou no sinal, ou no sinaleiro, ou como se chame, depende do lugar no Pas, h pessoas vendendo, para sobreviver,quinquilharia, produtos importados, enquanto a indstria nacional est panando. Meu Deus! Os senhores diro:Catstrofe. Tudo bem. Eu aceito o epteto e outorgo ao professor a defesa.

    No sou doce, sou amargo. Vejo uma realidade dura, terrvel da Nao. H 14 anos digo as mesmas coisas. Noh soluo vista, no tenham a iluso. Enganam-nos outra vez, com eufemismo: autonomia e independncia,palavras lindas. No fundo, o que se quer com o sistema nanceiro internacional? Uso a expresso de maneirabem abrangente. O FMI um brao apenas, um octpode que suga as entranhas das naes. Falo do BancoMundial e do Banco Interamericano, que, nos lmos 7 anos, para cada dlar que aqui deixaram, levaram 1,4dlar. Corrijam-me se o dado esver errado.

    Invesmentos para qu? Somos uma potncia gigantesca, que tem talvez uma condio inslita, inusitada, nicade sobreviver ao bloqueio. Temos condio de ditar nossas prprias regras. E diro a cada instante - agora, sim, osmodernos: No, o mundo global. Temos de estar integrados. Precisamos de zircnio, por exemplo, sem o qualno fazemos nada em Angra. Muito bem, conversamos com a Frana. A Frana no precisa de alguma coisa?A Frana tem zircnio. Qual o problema? O que custa darmos o grito de independncia? O que custa termoscoragem, livrarmo-nos dessa condio de servos, desse sistema ptrido que movimenta por dia mais de 1 trilho- e bem mais, sabem os professores.

    Tempo esgotado? Muito bem. A pergunta para o Prof. Nogueira. Obrigado, Dr. Delm, sou disciplinado. (Risos.)Sou extremamente disciplinado, gosto de ordem. Desagrada-me quando estou na Cmara, um colega fala e esttodo mundo conversando.

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  • Dr. Paulo, a pergunta simples, especca ao senhor - tenho a minha resposta e quero ouvir a sua. O senhoracredita, com sinceridade, na possibilidade de, em algum tempo no futuro prximo, o sistema nanceiro inter-nacional romper-se como uma grande bolha especulava que sangra os recursos das potncias que pretendemestar em ascenso? O senhor acredita que, de uma forma ou de outra, teremos novo acordo de Breon Woods,rompido em 1971 pelo Presidente Richard Nixon? O senhor acredita que haver condio - eu quero a sua opinio- para que pases como o nosso, a Argenna, todos os irmos da Amrica Lana e da frica, possam levantar-se eter um lugar ao sol, ou, na sua opinio, a caminhada para o abismo deniva?Muito obrigado. (Palmas.)_O SR. APRESENTADOR (Deputado Delm Neo) - Agradeo a V.Exa.Com a palavra o Sr. Paulo Nogueira Basta.O SR. PAULO NOGUEIRA BATISTA JNIOR - Deputado, eu no acredito que v haver um novo acordo de BreonWoods e nenhuma reforma abrangente da arquitetura nanceira internacional, amenos que ocorra uma implosode tal ordem na economia internacional e nas nanas que possa afetar os interesses dos pases desenvolvidosde maneira clara. Enquanto isso no ocorrer, a sucesso de crises que s vezes sacodem violentamente os pasesda periferia - ns passamos por isso, como vrios outros pases - no ser suciente para mobilizar o interesse dosgrandes pases nessa reforma.Essa discusso, na verdade, no saiu da retrica. Nada de muito importante foi feito. Mas agindo em alianaspontuais - no digo uma aliana total dos pases em desenvolvimento, porque seria pedir demais - como as queesto sendo esboadas pelo Governo Lula na rea da polca externa, com outros pases da Amrica do Sul, comoa Argenna, agora sob outro governo, com a China, a ndia, a Rssia, a frica do Sul, sem romper relaes com ospases desenvolvidos, porque isso seria tambm absurdo, o Brasil pode muito bem trilhar um caminho diferente,de maior autonomia. No para o Banco Central, mas para o Pas.Esta a autonomia que devemos buscar, uma autonomia perfeitamente facvel do ponto de vista econmico-nanceiro. Trata-se, por exemplo, de preservar com cuidado os ganhos, que foram espetaculares, que obvemosem termos de ajustamento externo nos lmos 12 meses. Reduziu-se dramacamente a nossa dependncia emrelao a capitais externos graas queda do dcit em conta corrente. No vamos permir que isso seja desfeitopor uma revalorizao exagerada do real. perfeitamente possvel conceber um sistemade controles selevos, cuidadosos, da entrada e da sada de capitaisna economia brasileira. O Brasil pode aumentar suas reservas. Elas so baixas demais. No sei por que no seaproveitou essa conjuntura um pouco mais favorvel dos lmos meses para comear a aumentar essas reservas.Enm, o Brasil pode fazer muito para sair desse atoleiro em que se encontra.Eu no adotei um tom amargo, mas at teria movos para adotar, porque o Brasil est h mais de 20 anos semcrescer de forma sustentada. Esse caminho da integrao dependente aos mercados nanceiros em expansono trouxe resultados para o Pas. Ao contrrio, trouxe prejuzos.No que diz respeito ao Banco Central, eu queria dizer o seguinte: o Banco Central precisa honrar o seu nome, oseu tulo de Banco Central do Brasil. (Palmas.)O SR. APRESENTADOR (Deputado Delm Neo) - Muito obrigado.

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  • COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Exposio acerca da atuao da ForaArea Brasileira em prol da defesa nacional. (2003-06-11 19:33)

    Data: 11/06/2003Sesso: 0762/03Hora: 14h33A SRA. PRESIDENTA (Deputada Zulai Cobra) - Tem a palavra o Deputado Enas, do PRONA de So Paulo.O SR. DEPUTADO ENAS - Sr. Ministro, essa heresia que foi feita no Brasil algo de que o Deputado Jair Bolsonaroe eu discordamos totalmente.Quero agradecer a nossa Presidenta, que no Presidenta, mestre-escola. Eu estava para sair e ela fez sinalpara eu car e quei. Obedecemos nossa Presidenta de maneira bem disciplinada.Sr. Comandante, so s algumas consideraes. J ve o privilgio de almoar com o seu Estado-Maior, de modoque j nos conhecemos. Acredito que alguns comentrios devem ser feitos, at para que V.Exa. sinta que no opinio de todos o que um ou outro diz.Essa histria de que no vamos entrar em guerra coisa de criana, Alice no Pas das Maravilhas. Em nenhummomento na histria do mundo foi possvel dizer - talvez nunca possa ser - que no vale a guerra. Essa amao extremamente infanl, com todo respeito ao colega que disse isso. No se pode armar isso nunca. A Histriaest cheia de exemplos.Gostaria de dizer a V.Exa. que isso no opinio geral. No s porque o Deputado Jair Bolsonaro e eu fomosmilitares, mas muita gente sabe que tem de haver Foras Armadas, seno ca igual ao Kuwait: entra um bruto eacaba.Quando os pases hegemnicos decidem fazer o que querem, se no houver uma exrcito, fazem muito mais doque querem. Essa histria de pases que vivem em s harmonia conto de fadas. Quero deixar isso bem claropara V.Exa.Segundo, dizer que Aeronuca temde abrirmo de cuidar do espao areo, isso tambmpueril, extremamentepueril. Conforme disse meu colega Deputado Jair Bolsonaro, como vamos mexer em algo que est dando certo?H pouco tempo esve na Amaznia. Alis, recebemos tambm convite do Comandante do Exrcito para visitaro Hospital Militar, onde trabalhei h mais de 30 anos, no naquele. Trabalhei no Hospital Central do Exrcito doRio. Uma colega, impressionada com a limpeza, disse: puxa, no vejo uma gaze no cho. Eu disse: claro, se vergaze no cho, vai preso._ O problema simples: obedece porque tem que obedecer, e ponto nal. No ca essahistria de falar 10 horas a mesma coisa e no fazer.O que acontece nos hospitais militares comparados com os hospitais pblicos? Tambm trabalhei em hospitaispblicos, onde as baratas andam nas enfermarias. Falo de ctedra. Sou formado hmais de 30 anos emMedicina.Se algum for a um hospital - sem citar nome - do Rio de Janeiro, ver baratas andando. Vinte anos depois, hbaratas, que so netas, bisnetas, tataranetas daquelas baratas (Risos.) Falta ordem, disciplina. Nas nossas ForasArmadas no h leilo de nada, o sujeito cumpre, e ponto nal.Dizer que a Aeronuca deve abrir mo do controle areo - no opinio geral - no d para entender. Pelocontrrio, a Aeronuca deve connuar. V.Exa. diz que no luta. Perdoe-me, Excelncia, deve lutar sim, porquefunciona e muito bem. Controle areo segurana nacional.Um reparo, com todo respeito. V.Exa. falou, com a educao que o caracteriza, sobre os avies que esto atrav-essando fronteira e levando txicos, contrabando de armas. Um colega de V.Exa., um ocial general, cujo nomeno estou autorizado a citar, disse-me que numa certa regio fronteiria na zona oeste do Brasil, pelo menos 300avies cruzam o espao e que o piloto do avio clandesno, de quando em quando, se recebe ordem para parar,faz gestos obscenos. Perguntei: por que no se abate o avio? Pela segunda vez d-se a ordem de descer e elefaz gestos obsceno.Estamos numa Comisso de Defesa Nacional. A nossa Presidenta tem uma atuao que todos elogiamos. Por queno se pensa em movimentar o Congresso. Basta abater o primeiro avio que acabar com isso de vez. preciso

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  • abater um. Depende desta Casa e no dos senhores. Se os senhores verem passe livre para isso, tenho certezade que um comandante militar no dormir em servio.V.Exa. chegou agora e no ouviu, mas h uma gravao. Estavam dizendo: no vo derrubar a gente, no._ E noderruba mesmo, s porque, s vezes, fazendeiro, no sei o qu. Mas se for fazendeiro de bem, ele no tem porque connuar. Ele desce, no verdade, Comandante? O que estou dizendo, V.Exa. sabe. Por que no se d aonosso comandante que est no avio de carga o direito de abater?V.Exa. falou da colcha curta e de novo estamos conversando. Mas qual o rgo que no est de colcha curta?O Comandante da Marinha nos disse aqui, com uma sinceridade impressionante, que, por ano, est perdendonavios, porque no tem como recuper-los. V.Exa. nos disse - deixe-me ver os nmeros, bonitos - que das 714aeronaves, 350 esto indisponveis. Pergunta do Deputado Jair Bolsonaro, que no fez, S.Exa. cou muito entusi-asmado: H combusvel para as outras 350, Comandante? H alimentao para os praas? No Exrcito sei queno h. Se no h, a resposta todos sabemos. A resposta a mesma em todos os nveis. Faltam recursos - para osMinistros dos Transportes, da Sade -, que so desviados. Sabemos como e para qu. Ocialmente, para pagar oservio de dvida pblica.Quero tambm falar sobre o que o meu amigo e colega disse. J zeram tudo que quiseram antes. Privazaramtudo: Vale do Rio Doce, gigante da minerao, a ECELSA, a CSN. Tudo. O que falta? Como ele disse, a Previdncia.Falta a Previdncia. A fora est a briga. V.Exa. falou das 180 mil horas de vo e mostrou, com honesdade, queno tem sido assim.Uma palavrinha nal sobre a Amaznia. Digno de elogio, o trabalho da Fora Area que V.Exa. dirige. Recen-temente esvemos l e testemunhamos in loco o belssimo trabalho que a Aeronuca faz, levando alimentos,remdio, atendendo s populaes ribeirinhas, indo a locais onde no h acesso a nada, onde vivem quase naIdade da Pedra. A nica mo amiga que chega a das Foras Armadas.Seria importante que a nossa Casa acordasse para isso, que o Congresso percebesse o extraordinrio papel dasForas Armadas em conjunto com a Aeronuca. A Aeronuca, como ponte, levando aquilo que o MarechalRondon falava: integrao.Quero parabeniz-lo pela beleza da exposio que j conhecia. Creio que chegar o dia em que esse rano anmili-tarista desaparecer tambmdesta Casa e os Congressistas percebero que nas Foras Armadas que reside, semdvida, o maior exemplo de democracia. Sou um exemplo disso. Sem as Foras Armadas no teria me formadomdico. Obrigado a V.Exa.

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  • Correspondncia encaminhada ao Ministro Maurcio Corra ao ensejo da posse na Presidncia doSupremo Tribunal Federal. (2003-06-11 22:04)

    Data: 11/06/2003Sesso: 114.1.52.OHora: 17h04O SR. ENAS (PRONA-SP. Como Representante. Sem reviso do orador.) Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,vou ler para o Plenrio e para os espectadores carta que entreguei em mos a S.Exa. o Presidente do SupremoTribunal Federal:Exmo. Sr. DoutorMaurcio Corra_DD. Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal_Venho, por meio desta, comunicar a Vossa Excelncia que esve presente por ocasio de sua posse no cargo dePresidente do STF, mas, por um equvoco do Cerimonial, fui conduzido ao salo branco, de onde assis a toda acerimnia pelo telo._Assim, quei sobremodo impressionado com a clareza com que Vossa Excelncia exps sua preocupao comos rumos da polca nacional, fundamentalmente no que concerne anlise que vi e ouvi ser feita sobre a todecantada Reforma do Judicirio._Tesquei, ao vivo, a preocupao de Vossa Excelncia com a absurda carga processual, superior a 160mil proces-sos, a que foram submedos os 11Ministros dessa Corte em 2002, o que representou uma cifra em torno de 1.400processos por ms para cada ministro, nmero que foi superior ao volume de todos os processos no exerccio de1988.Notveis tambm os exemplos, pinados por Vossa Excelncia, em que foi feita comparao com a Suprema CorteAmericana e rgos similares da Espanha, Frana e de Portugal.Na verdade, como bem asseverou Vossa Excelncia, o problema no s do STF estende-se a toda a magis-tratura nos seus diversos nveis em todo o Pas.O Pardo da Reedicao da Ordem Nacional PRONA, do qual sou o Presidente Nacional, tem sido o nicoPardo Polco, na Cmara Federal, a se manifestar e a votar em posio contrria s teses que vm sendoaduzidas, pelo Poder Execuvo, nas recentes medidas provisrias.Quase todas elas tm visado a aprofundar a situao de dependncia externa da nao em relao ao SistemaFinanceiro Internacional, haja vista a quebra do art. 192 da Constuio Federal.Preocupam-me questes viscerais como a taxao dos inavos, o teto nico para funcionrios pblicos e em-pregados do setor privado, e toda uma srie de outras medidas propostas que, indiscuvelmente, levaro a umaprofundamento da injusa social que j pesa sobre a maior parte da sociedade brasileira._Nesse parcular, na qualidade de Lder da bancada do PRONA na Cmara Federal, apresento a Vossa Excelnciaa minha total, absoluta e irrestrita solidariedade aos argumentos que Vossa Excelncia expendeu acerca dacondio inslita dos membros da magistraturaque, por exercerem funo peculiar e especial, no podem sersubmedos, demaneira discricionria, aos ditames de uma Reforma do Judicirio que venha a lhes rar o direitoadquirido, ainda mais quando se leva em conta o fato de ser o Poder Judicirio o lmo escalo de defesa dasociedade, sendo, quase certamente, dos trs poderes, aquele que tem do a postura mais independente._A serem aprovadas algumas das idias que vm sendo venladas como fazendo parte da Reforma do Judicirio,a nao ter que suportar uma perda considervel no seu quadro de magistrados, que j pequeno para asnecessidades do Brasil, uma vez que muitos deles afastar-se-o do poder pblico, sendo necessria a realizao

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  • demais concursos nos quais, certamente, ter-se- que baixar o nvel de exigncia, tudo levando a umadeterioraodo quadro vigente, com repercusses serissimas para amanuteno e o bom funcionamento do Estado de Direito._Nessa breve exposio que fao a Vossa Excelncia, desejo, com a maior nfase possvel e com a veemncia quecaracteriza o meu discurso, dizer-lhe que estarei, dentro dos prximos dias, lendo esta mensagem na tribuna daCmara, visando a fazer um alerta prvio, aos meus colegas Deputados, sobre as conseqncias extremamenteperigosas que podero resultar da adoo de certas medidas concernentes chamada Reforma do Judicirio._Aceite Vossa Excelncia osmeus cumprimentos e aminha saudao, embora serdios, posse de Vossa Excelnciano cargo de Presidente do Supremo Tribunal Federal, marco histrico e denivo na vida de Vossa Excelncia,cargo no qual, sem dvida, poder Vossa Excelncia manifestar seu elevado esprito patrico e sua preocupaoimarcescvel com os desnos da Nao e do povo brasileiro._Muito obrigado.

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  • COMISSO DE RELAO EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL - Debate acerca da misso, organiza-o, polca e concepo estratgica do Exrcito Brasileiro, sua conjuntura oramentria e concluses.(2003-06-25 15:11)

    Data: 25/06/2003Sesso: 0841/03Hora: 10h11A SRA. PRESIDENTA (Deputada Zulai Cobra) - Com a palavra o Deputado Enas, do PRONA de So Paulo.O SR. DEPUTADO ENAS - Meu General, ouvi do nosso colega, Dr. Mauro Lopes, Deputado por Minas Gerais,algo que me agradou bastante e quero fazer eco. Quem passou pelo Exrcito aprende a ter disciplina, hierarquia,ordem, respeito e solidariedade por aqueles que o cercam.Tive a honra, quase meio sculo atrs, de servir o Exrcito. Esve no Hospital Central do Exrcito, ao qual meucolega, Deputado Jair Bolsonaro, se referiu. E sofro, como ele, com tudo que est a, com os colegas que acompan-ham o que se passa no s no Exrcito, mas tambm na Marinha, na Aeronuca e em tudo aquilo que decorredo Poder Nacional.Naquela poca, aprendi que tenho de respeitar meu semelhante e tenho de car calado quando algum fala,aprendi a ouvir, e, quando eu falar tambm, que os outros me ouam. Essas noes seguem-nos, como disse omeu colega, por toda a vida so uma espcie de bssola que nos orienta.Por necessidade de sobrevivncia, fui para o Exrcito. Escrevi em Belm do Par uma carta para o, provavelmentej falecido, Cel. Ernesno Gomes de Oliveira. Era um menino pobre, humilde e recebi do representante da ins-tuio mais democrca que vi no Brasil, o Exrcito, uma carta de prprio punho, pois naquele tempo no haviacomputador. Ele me disse que zesse o concurso l, pois nha feito CPOR e eu queria ser mdico. E a AMANno daria para mim, porque teria de car o dia todo. Da ele me disse: Faa o concurso, meu lho. Voc vai fazera Escola de Sade e vai trabalhar no HCE. Segui a orientao dele, me formei emMedicina, deixei o Exrcito e mearrependo at hoje.General, agradeo ao senhor, que o Comandante maior, o Ministro. O resto eufemismo, e tenho o direito dedizer isso.Tambm agradeo ao senhor o convite recentemente feito, assim como ao Coronel Alves, ao Deputado Jair Bol-sonaro e nossa colega Perptua para irmos Amaznia.De pblico, deixo registrado que quero tescar a veracidade de suas informaes. Todos que l esvemos vimoso esforo extremo que os senhores fazem para levar no smanmentos e educao, mas tambm solidariedade,o brao amigo, que foi projetado. Estou dizendo isso, de pblico, porque todos fomos testemunhas disso.No que concerne ainda questo amaznica, a nossa colega, que infelizmente saiu, falou que parece ser planejado.Permito-me dizer, pois sou estudioso do assunto, que no parece, planejado mesmo.O processo de esfacelamento das Foras Armadase isso no vale s para o nosso Exrcito, mas para aMarinha ea Aeronuca, pois aqui esveram os Comandantes das 3 Armas notrio, claro, meridiano, cristalino. Planeja-se o excio das Foras Armadas (sinnimo de excio: runa), pretendem criar uma gendarmaria, para que tenhamosnas nossas Foras Armadas apenas a defesa da ordem pblica. Esse o projeto. Atrs disso se esconde toda afalcia que se apresenta a cada dia.General e quero insisr nisso antes de concluir , o senhor nos falou que amunio da tropa caiu de 90 % paracerca de 10 %; o senhor nos falou que os combusveis so insucientes e que h necessidade de equipamentose manuteno. E o senhor, com todo respeito ao Comandante-Geral das Foras Armadas, a autoridade suprema,disse que no h recursos.Todos, Parlamentares, sabemos, a no ser aqueles que tenham hemianopsia lateral homnima, cegueira espec-ca, que recursos h de sobra, mas so desviados ocialmente para pagar servios da dvida pblica. Se esverdizendo menra, que algum colega me interrompa. Dois teros do Errio so desviados ocialmente. No estoufalando em roubo, em corrupo, nada disso, mas de desvio ocial.

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  • Levantam-se vozes todos os dias no Congresso Nacional para falar contra isso, vozes esparsas que rapidamenteso silenciadas, porque esto falando contra o Poder Maior. E o poder, na verdade, mundial. Na verdade, esseprojeto de aniquilamento e destruio vem caminhando pari passu com a destruio da soberania.Concluindo, quero dizer que nos resta a seguinte pergunta que foi feita para S.Exa., o Comandante da Marinha,que respondeu na Comisso brilhantemente dirigida pela nossa Presidenta.A pergunta clara, meu General, com todo o respeito. Num exerccio apenas de raciocnio, imaginemos quevssemos de reagir. No estou falando em guerra na selva documentamos l o esforo dos nossos jovens.Imaginemos que nosso Exrcito, com as condies e pequeno conngente, vesse que reagir a uma invesda no nada de estrambco o que estou dizendo, uma vez que todos acompanhamos, no lmo sculo, o queocorreu com granadas no Kuwait.A pergunta sincera para o nosso Comandante, e o Comandante daMarinha j se pronunciou a respeito. Teramoscondies hoje de resisr a uma invesda armada? Perdoe-me a pergunta bem franca, minha e de outros colegasmilitares. Muito obrigado pela brilhante exposio, com que o senhor nos honrou e nos brindou e tambm pelaclareza com que nos apresentou a situao de penria em que se encontram as Foras Armadas. Muito obrigado.O SR. FRANCISCO ROBERTO DE ALBUQUERQUE - Deputado, vamos, de imediato, indagao de como enfrentaruma situao de crise.O SR. DEPUTADO ENAS - De beligerncia.O SR. FRANCISCO ROBERTO DE ALBUQUERQUE - Responderia a V.Exa. que depende da ameaa que se apresente.Se recebermos ameaa por parte de uma fora superior...O SR. DEPUTADO ENAS - Estados Unidos, Excelncia.O SR. FRANCISCO ROBERTO DE ALBUQUERQUE - Bom, os Estados Unidos realmente... O perigo se ganharmosdeles, Deputado. Ento, a coisa ca perigosa. O que vamos fazer com eles?O SR. DEPUTADO ENAS - Seria isso possvel, General?O SR. FRANCISCO ROBERTO DE ALBUQUERQUE - Depende da ameaa. Vimos aqui que metade do oramentomundial, em termos de defesa, ulizado pelos Estados Unidos, uma nao que uliza bombas inteligentes, cujatecnologia angiu estgios bastante avanados. Ento, isso realmente seria problemco.Mesmo assim, eu lhe digo, Deputado: o ponto que mais invesmos dentro da nossa instuio se chama homem.Mesmo em conitos dessa