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Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE CRP/06 - 17953
COMPREENDENDO AS
CARACTERÍSTICAS DO
AUTISMO PARA
FACILITAR A INCLUSÃO
DE INDIVÍDUOS COM
TEA
Dificuldades com os Movimentos
•Podem ser:
•Excessivos ou Atípicos
•Observados por meio de:
•Caminhar diferente
•Girar as mãos
•Fazer o flapping
•Caminhar de um lado para outro
•Andar na ponta dos pés
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Há dificuldades no planejamento motor, na
dinâmica do movimento: começar, parar, executar, ser rápido, controlar.
A psicomotricidade é o melhor caminho para
consciência corporal; deve constar no currículo
básico.
Um toque (prompt) para o início de uma
atividade pode ser o suficiente para que eles a
executem.
A imitação motora é uma meta a se atingir.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Dificuldades sensoriais
• Pode ocorrer:
• hipossensitividade ou hipersensitividade.
• Auditiva, visual, tátil, olfativa, proprioceptiva e vestibular.
• A sobrecarga pode ocorrer com:
• Luzes intensas ou fluorescentes
• Barulhos; sons fortes e inesperados
• Texturas rugosas nas roupas
• Fala rápida ou lenta demais
• Lugares quentes ou frios demais
• Cada autista tem um perfil sensorial.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Dificuldades Táteis
Pode ocorrer desconforto em:
Pegar na mão
Ser tocado no ombro
Mas pode ser possível aceitar um aperto de mão e tapinhas
amigáveis nas costas.
Na escola podem manifestar:
Evitação por determinados materiais
Evitação nos relacionamentos: abraços...
É preciso ter à mão materiais diversificados em textura,
volume, peso...
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Dificuldades Auditivas
Podem ouvir sons que os outros não ouvem.
Incomodam-se com barulhos inesperados e podem tapar os
ouvidos (ex: moto, trem, avião).
Podem distrair-se com sons aparentemente não desconfortáveis, p.
ex: borracha apagando papel.
Portanto:
Falar em excesso com eles não é atitude funcional.
Trabalhar a linguagem receptiva é prioridade.
Instruções verbais deverão ser acompanhadas de concomitantes
visuais.
Atender ao nome e responder a comandos básicos é fundamental
no currículo.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Dificuldades Visuais
Autistas reagem a:
Cor, luz, padrões
Causam desconforto:
Muito brilho
Movimentos faciais
Lugares não familiares
Escuro
A própria sombra
Pontes, rios, canais, mar...
A cor da parede da sala de aula e os barulhos deste local podem
mexer com o sistema sensorial do autista.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Dificuldades Olfativas / Gustativas
Sabores: podem ser insuportáveis ou agradáveis.
Reagem a: perfumes, shampoos, comidas...
Na escola, podem reagir à mistura de odores:
Quadras pintadas
Animais
Produtos de limpeza
Comidas
Produtos químicos
Portanto:
É preciso compreender essas questões e trabalhar com discriminação
olfativa e gustativa.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
Checklist – Integração Sensorial
Checklist sobre a acomodação em sala de
aula
FICHAS AUXILIARES
Criando salas confortáveis:
Luminosidade Não muito alta (acender só algumas)
Sem luz fluorescente
Sons Reduzir barulho da classe
Usar tom baixo de voz
Antecipar (se vai tocar o sinal)
Usar fone de ouvido
Colocar músicas suaves
Colocar bolas de tênis nos pés das cadeiras
EM SALA DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)
Odores
Restringir o uso de perfumes etc.
Cheiros de comida podem distraí-los; organizar a
disponibilização de alimentos em um só horário.
Alguns cheiros os acalmam.
Se forem a algum lugar onde se come, coloque-os
perto de porta ou janela.
Deixe-os aprender com os cheiros.
Temperatura
Nem muito quentes, nem muito frias.
Evitar ventiladores (fazem barulho, giram).
EM SALA DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)
Assentos adequados
Cadeiras
Considerando que em cada local da escola o aluno vai encontrar um tipo de assento (cadeira de sala, cadeira do teatro,cadeira do refeitório, escadas da quadra de ginástica...) verificar em qual delas o autista aceita ficar mais tempo.
Chão
Muitas vezes eles gostam de fazer certas atividades no chão e é aconselhável deixar.
Em pé
Alguns autistas gostam de ficar em pé para fazerem atividades na carteira.
EM SALA DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)
Dificuldades na Comunicação
• Dificuldade no uso do apontar para expressar interesse.
• Dificuldade na imitação da linguagem.
• Dificuldade no olhar direcionado e recíproco que a conversa propõe.
• Dificuldade na compreensão de gestos instrumentais.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (SHEILA WAGNER, 1999)
Dificuldades na Comunicação
•Há autistas não-verbais
•Os verbais podem ter qualidade incomum de voz.
•Sintomas mais comuns:
•Repetição de jargões
•Ecolalia
•Entonação diferente (prosódia)
•Ritmo e tempo de reação diferentes
•Dificuldade no uso de pronomes
•Dificuldade nas regras de comunicação (turnos)
•Dificuldade para compreender linguagem figurativa.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)
CSA – Comunicação
Suplementar ou Alternativa Melhora a relação do autista (sobretudo
os pequenos) com as pessoas.
Permite perceber o potencial do aluno.
Organiza as informações do ambiente que
ele não consegue compreender só
auditivamente.
Melhora o desempenho cognitivo da
criança.
PORTANTO...
(PAULA KLUTH, 2010)
Quadros organizadores de atividades
Atividades gerais – na parede da sala
Atividades específicas – na carteira
Em sequência ou em checklist
Nos compartimentos que a criança frequenta
Banheiro
Refeitório
Quadra de Educação Física
Pranchas para localização em:
Jogos (cartas, peças)
Alimentação
PISTAS VISUAIS
QUADRO ORGANIZADOR - DE PAREDE
ORGANIZADORES DE ATIVIDADES
Planejamento de tarefas:
Coloque esses itens em sua mochila:
ORGANIZADORES DE TAREFAS BÁSICAS
SEQUÊNCIA PARA USO DO BANHEIRO
Ensinando intervenções para comunicação: Ensine habilidades de comunicação funcional.
Combine sistemas de comunicação quando necessário.
Reforce a comunicação.
Use linguagem apropriada (pequenas frases).
Use linguagem concreta, direta.
Use gestos e comunicação não-verbal.
Ensine gestos funcionais específicos.
Considere o verbo como sendo a classe gramatical mais
complicada para o autista entender, depois dos pronomes.
SUGESTÕES PRÁTICAS (SHEILA WAGNER,
1999)
EXEMPLOS DE SUPORTES PARA
COMUNICAÇÃO
EXEMPLOS DE SUPORTES PARA
COMUNICAÇÃO
Dificuldades Sociais
•Têm dificuldade no contato ocular.
•Têm dificuldade no sorriso social.
•Fazem uso inapropriado da expressão facial.
•Dão respostas sociais inconsistentes.
•Observa-se falha no jogo imaginativo.
•São inábeis para brincar de jogos sociais, fazer amigos ou julgar situações sociais.
•Têm dificuldade no jogo social imitativo.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS
(SHEILA WAGNER, 1999)
Dificuldades Sociais
•Autistas não se relacionam, não pq não querem.
•Eles têm falhas que os conduzem à tranquilidade e à segurança do isolamento.
•Podem estar com poucas pessoas, mas desorganizam-se em festas e em eventos onde os estímulos são muito intensos.
•Eles não fazem leitura de “sinais ou pistas sociais”, por isso a falta de habilidade em relacionamentos comuns.
•Não compreendem o pragmatismo da linguagem em contexto social.
•Não conseguem iniciar ou conectar conversas.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS
(PAULA KLUTH, 2010)
Ensinando intervenções para socialização:
Ensine habilidades sociais diariamente (livros).
Implemente atividades com pares tutores.
Tenha um espaço, ou local, para “acalmar” a criança
quando necessário.
Reforce interações sociais positivas.
Reconheça que o aluno pode querer interagir, mas não
sabe como.
Providencie regras sociais específicas.
Use “ensaios” de estratégias para interações sociais.
Reúna as crianças em pequenos grupos.
SUGESTÕES PRÁTICAS (SHEILA WAGNER, 1999)
Dificuldades Comportamentais
•Interesses e preocupações não usuais.
•Manejo repetitivo de objetos.
•Compulsões.
•Rituais.
•Movimentação excessiva de dedos e mãos.
•Comportamento auto-estimulatório.
•Auto-agressão.
•Habilidades especiais.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (SHEILA WAGNER, 1999)
Como fenômeno pessoal
• Dois indivíduos não reagem da mesma forma na mesma experiência.
• A mesma pessoa, em dias diferentes pode reagir de forma diferente na mesma situação.
Como fenômeno contextual
• Todos os comportamentos ocorrem sob circunstâncias (antecedentes / consequentes)
• É preciso considerar vários fatores quando se quer compreender os comportamentos -problema dos autistas.
COMPORTAMENTO (PAULA KLUTH, 2010)
De um modo geral:
Focalize o positivo, as capacidades que a criança
possui.
“Ponha sua própria máscara de oxigênio antes de
ajudar os outros”.
Evite tirar a criança da sala, a menos que a situação
seja realmente grave.
Priorize a prevenção.
Adapte o ambiente.
Ensine novas habilidades.
Reavalie o currículo e as instruções.
COMPORTAMENTO (PAULA KLUTH, 2010)
Ensinando intervenções para
comportamento em sala de aula: Observe o que pode distrair a criança.
Controle os estímulos ambientais.
Explique a rotina (pistas).
Ensine e reforce novas atividades.
Ensine a criança a escolher.
Reforce comportamentos apropriados, para construir
uma interação de sucesso.
Use materiais apropriados para a idade.
Use reforçadores (cada aluno tem uma lista)
SUGESTÕES PRÁTICAS
(SHEILA WAGNER, 1999)
Ficha diária para análise do comportamento
de um aluno autista.
Listas auxiliares sobre reforçadores.
FICHAS AUXILIARES
•Usada em um programa que ensina comportamento social adequado.
•Proposta à criança por alguém que mais tem influência sobre ela.
•Considera que as reações frente a determinadas situações possam ser graduadas em 5 pontos, desde o mais baixo até o mais alto.
•Determina em qual circunstância usa-se cada grau descrito.
•Lembra-se sempre a criança de qual número espera-se dela.
Escala de 5
pontos
ESTRATÉGIAS COMPORTAMENTAIS
(BURON & CURTIS, 2003)
Escala de 5 pontos
Exemplo: Quando a voz da
criança é muito alta.
5 – em emergências (gritar)
4 – no intervalo; em jogo de
futebol (falar mais alto)
3 – em sala de aula (conversar)
2 – na biblioteca (sussurrar)
1 – quando está no cinema
(evitar falar)
Puzzle piece Para incentivar a criança a terminar
a tarefa sozinha.
A professora deixa um QC perto
da criança.
Quando a criança terminar uma
atividade, ou parte dela, a
professora colore uma das peças.
Pode-se marcar tempo: para cada
2’ de trabalho 1 peça é pintada.
OUTRAS ESTRATÉGIAS (SHEILA WAGNER,
1999)
Calm-down time
Serve para auto-regulação; para o aluno identificar quando está nervoso/ansioso e usar estratégia adequada.
Professora explica que todos ficam aflitos, mas é preciso saber lidar com as emoções.
Professora dá exemplos de comportamentos não apropriados e de possíveis substitutos deles.
OUTRAS ESTRATÉGIAS (SHEILA WAGNER,
1999)
Professora ajuda o aluno a decidir quais as
melhores estratégias para que ele obtenha sucesso.
Escreve as estratégias adequadas.
Determina um estímulo visual, não-verbal: bandeira
vermelha, plaquinha de PARE, ticket etc.
Quando a professora perceber ansiedade no aluno,
coloca esse símbolo na sua carteira. Imediatamente
ele poderá parar o que está fazendo e se engajar na
atividade escolhida como substituta.
Com o tempo, é possível o próprio aluno perceber o
momento em que começa a se descontrolar.
OUTRAS ESTRATÉGIAS (SHEILA
WAGNER, 1999)
QUADRO PARA CONTROLE DE
COMPORTAMENTO
EXEMPLOS DE MATERIAIS PARA
REFORÇAMENTO
Dificuldades na Aprendizagem
•Confundem-se com palavras similares.
•Confundem-se com o imaginário e o real (Isso é verdade? Aconteceu?).
•Em sala de aula podem conseguir entender as atividades, desde que as instruções sejam esclarecidas.
•Quando não entendem algo, é preciso esmiuçar a instrução, para ver onde o trajeto se perdeu, impedindo o processamento.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS
(PAULA KLUTH, 2010)
É comum haver hiperfocalização num estímulo em detrimento de outros.
O tempo de resposta comumente é aumentado.
Pode haver dificuldade na compreensão de instruções oferecidas em grupo.
Compreendem melhor as instruções se estas forem oferecidas por meio de pistas visuais.
Sobrecarga de conteúdo gera confusão.
É preciso adaptar conteúdo dos livros para que haja compreensão do assunto.
Há crianças que necessitam de PEI.
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS
ESTIMULAÇÃO COGNITIVA
Os autistas precisam, além da estimulação sensorial, trabalhar a
percepção e o raciocínio.
A melhor forma de se atingir isso é
trabalhar com jogos, sobretudo os que
têm pistas visuais claras.
Inicia-se com a relação bi-
tridimensional, mas o objetivo é
trabalhar as operações mentais.
OPERAÇÕES MENTAIS
Organização do espaço
Espaço para o estudante
Cada um tem uma necessidade, mas o ideal:
Lugares com pouco movimento
Áreas silenciosas para estudo
Espaço para os materiais
Cada coisa no seu lugar
Evitar sobrecarga visual
Organizar os espaços conjuntamente
Marcar todos os objetos (escrita ou CSA)
Momento para conversa
SALAS DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)
EXEMPLOS DE TESOURAS E LÁPIS
QUADRO PARA ATIVIDADE NA VERTICAL
Formulário de observação do aluno
Pesquisa com o aluno
FICHAS AUXILIARES
Interesses e fascinações
Autistas se interessam por coisas estranhas (símbolos,
certos números...) ou por coisas comuns (eletrônicos,
transportes, bichos), mas com mais detalhamento do
que pares típicos.
Em escolas, isso é complicado, pq nem sempre essas
fascinações são compartilhadas ou toleradas pelos
colegas.
Se pensarmos bem, pessoas típicas também têm
obsessões compartilhadas em grupo: futebol,
músicas, carros...
CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS
(PAULA KLUTH, 2010)
“Síndrome neurotípica é uma desordem neurobiológica caracterizada pela preocupação com questões sociais, ilusões de superioridade, e obsessão com conformidade. Indivíduos neurotípicos frequentemente assumem que sua experiência de mundo é única, ou a única correta. NTs têm dificuldades em estar sós. NTs são frequentemente intolerantes com as menores diferenças dos outros. Quando em grupos, NTs são socialmente e comportamentalmente rígidos e frequentemente insistem em se comportar de forma destrutiva, disfuncional e até em rituais impossíveis como um caminho para manter a identidade do grupo. NTs têm dificuldade em se comunicar diretamente, e apresentam maior incidência para mentir, se comparados a pessoas do espectro do autismo. NTs acredita-se ser de origem genética. Autópsias têm mostrado que o cérebro dos neurotípicos são menores que o de um indivíduo autista e pode ter superdesenvolvido áreas relacionadas ao comportamento social” .
TEXTO INTERESSANTE (KLUTH, 2010, P.20)
ESCRITO POR AUTISTAS E ASPERGERS
O USO DOS JOGOS NA
INTERVENÇÃO DE
CRIANÇAS COM TEA
Considerados atividades lúdicas.
Ludus (latim) = jogo, diversão.
Presentes em todas as fases do
desenvolvimento humano.
Indispensáveis no relacionamento entre as
pessoas.
Fontes importantes de desenvolvimento e de
aprendizagem.
JOGOS E BRINCADEIRAS
Promover:
Interação social
Expressão afetiva
Desenvolvimento da linguagem
Desenvolvimento cognitivo
Experimentação de possibilidades motoras
Apropriação de regras sociais
Imersão no universo cultural
FUNÇÕES DO BRINCAR NA VIDA DE UMA
CRIANÇA
Manipulação / Exploração / Funcionalidade Desenvolvimento da sensibilidade.
Permitem: observação, discriminação, nomeação...
Simbolização / Dramatização Desenvolvimento da representação mental, do simbólico, da
definição de papéis sociais.
Permitem: interpretação, crítica, imaginação...
Construção Desenvolvimento da criatividade, da noção de realidade.
Permitem: comparação, seriação, classificação...
Regras Desenvolvimento da identidade (pessoal e grupal), das regras
sociais, do limite.
Permitem: o uso de operações mentais complexas.
OS JOGOS E O BRINCAR NAS ETAPAS DE
DESENVOLVIMENTO
De acordo com Piaget: do jogo exploratório / sensório-motor o prazer
funcional.
do jogo dramático / simbólico vivência de papéis,
dramatização.
do jogo de construção / imitação a imaginação
criativa.
do jogo de regras a regra, o limite na interação
social.
O QUE A CRIANÇA EXTRAI DE CADA
ETAPA
Permite trabalhar ao mesmo tempo forças e fraquezas .
A partir do que elas têm mais desenvolvido (habilidade com pistas visuais), é possível motivá-las ao enfrentamento dos aspectos mais comprometidos.
É a melhor forma de aproximá-las de outras cr ianças .
Permite compreender como as crianças estão processando a informação recebida, faci l itando a elaboração de planos de intervenção eficazes.
Minha l inha de trabalho é cognitivista. Uso a Psicologia Cognitiva (e suas teorias de Desenvolvimento Cognitivo) como suporte
Gosto de trabalhar mais sobre o que a criança faz, do que sobre o que ela não faz.
Trabalho com o processo mais do que com o produto.
Sou também fiel à Psicologia do Desenvolvimento ( Infantil) :
Respeitando as etapas de cada área: Sociabilidade, Afetividade, Cognição, Motricidade, Linguagem.
Focalizando (como linhas mestras):
Desenvolvimento cognitivo – estimulação
Desenvolvimento psicomotor – organização
O USO DE JOGOS PARA CRIANÇAS AUTISTAS
Quando a criança ainda chega em tenra idade é preciso garantir-lhe os marcos básicos de relação com o ambiente:
Busca – intenção e propósito
Representação mental – imagem e conceito
Constância perceptiva e objeto permanente – tempo e espaço
Relação tri-bidimensional – volume e planos
Foco:
Abstração e generalização
Abstração = reconhecer um grupo de características comuns nos elementos observados, formando um conceito desta característica.
SEGUINDO O DESENVOLVIMENTO
Esconde-esconde
Pega-pega
Boliche
Bola ao cesto
Disco
Amarelinha
Túnel
Encaixes
Montagens
Pescaria
Materiais S.Motores
...
Objetivando:
Consciência corporal
Vínculo afetivo
Intencionalidade da ação
Compartilhamento
Funcionalidade manual
Compreensão de instrução
Início de compreensão de regras
Imitação
PARA OS MENORES (2 A 4 ANOS) -
BRINCADEIRAS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLO DE MATERIAIS
O USO DE JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS
PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE
CRIANÇAS COM TEA
Com o tempo, podem ser inseridos jogos que
trabalhem mais especificamente as operações
mentais:
Comparação
Classificação
Seriação
Associação
Discriminação
Etc...
Brincadeiras envolvendo cognição social também
devem acontecer.
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
EXEMPLOS DE MATERIAIS
Melocoton
EXEMPLOS - VISOCONSTRUÇÃO
EXEMPLOS – ATENÇÃO E PERCEPÇÃO
EXEMPLOS – ATENÇÃO SUSTENTADA
EXEMPLO – VARREDURA VISUAL
Lince cartas
EXEMPLOS - SERIAÇÕES
EXEMPLOS – COGNIÇÃO SOCIAL
PARA OS MAIS VELHOS
Exploração ampla da capacidade visual para o
desenvolvimento do raciocínio:
Jogos com desafios gradativos
Jogos que exigem poder de decisão
Jogos que envolvem escolha
Sempre considerando o desenvolvimento da
cognição social também.
EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE
Colour Code
EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE
Faça a Face
EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE
Cartoon
EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE
Swish
Doodle Dice
EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE
EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO
Jogos Boole
EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO
Cara a cara
EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO
Sudoku
EXEMPLOS – RACIOCÍNIO LÓGICO
Camelot Jr.
EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO
Camouflage
EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO
Clever castle
EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO
EXEMPLO - RAPIDEZ
Blink
EXEMPLO - RAPIDEZ
Whac-a-mole
EXEMPLOS – PLANEJAMENTO E
SEQUÊNCIA
EXEMPLOS – DESENVOLVIMENTO DE
LINGUAGEM
Story cubes
EXEMPLOS – DESENVOLVIMENTO DE
LINGUAGEM
História sem Fim
EXEMPLOS – RACIOCÍNIO MATEMÁTICO
Feche a caixa
Pass the pigs
EXEMPLOS – JOGOS COM PALAVRAS
Boogle slam
EXEMPLOS – JOGOS COM PALAVRAS
Vira letras
EXEMPLOS DE MONTAGENS
QC EM 3D
Geralmente os autistas são bons nisso, mas fazem sempre os
mesmos.
É importante ir modificando o grau de dificuldade e exigindo
mais flexibilidade na montagem.
QC ocos
QC 3D
EXEMPLOS DE MONTAGENS
TANGRAN
Tan-gran – (junto com o livro da Ingrid
Bellinghausen)
EXEMPLOS DE MONTAGENS
LEGO
Legos
Sequência de montagem bem minuciosa
EXEMPLO – COGNIÇÃO SOCIAL
COMO EU FAÇO
Apresento o material.
Deixo a criança explorar sensorialmente e observando
as pistas contidas nas caixas e nos manuais.
Começo a organizar o jogo.
A criança me observa e eu vou aos poucos mostrando
como joga, não com instruções verbais, mas jogando
mesmo.
Quando a criança aprende eu chamo os pais para
assistirem .
COMO EU FAÇO
Geralmente os pais olham a primeira vez e jogam
também, em seguida.
Empresto o jogo para a criança levar para a casa e
treinar.
Peço que os pais mostrem o jogo na escola para que a
criança jogue com os colegas.
Há um dia na semana em que as crianças podem levar
jogos e brinquedos na escola.
Quando eu mesma mostro na escola, há professores
que reproduzem os jogos, e criam em cima da ideia.
COMO EU FAÇO
Costumo também convidar os professores,
coordenadores, orientadores, para assistirem uma
sessão.
Normalmente eles se espantam ao ver o que a criança é capaz
de fazer.
É comum dizerem que trabalhar com uma criança é mais fácil do
que trabalhar com a sala inteira.
Mas os outros alunos poderiam também se beneficiar dos jogos
trabalhados com os autistas.
Nos jogos, muitos autistas se igualam aos neurotípicos.
É preciso explorar o que eles apresentam de habilidade.
COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS
O manuseio dos materiais e o auxílio das pistas visuais dos
jogos escolhidos mantém a atenção dos autistas sobre o
que lhes está sendo apresentado.
Se houver recusa ou desinteresse, não deve haver
continuidade daquele jogo. Pode ser apresentado
novamente em outra ocasião.
Eles demonstram alegria quando vencem um desafio.
Eles solicitam ajuda do adulto, muitas vezes com o olhar,
demonstrando fazer compartilhamento e saber que aquele
adulto pode lhes auxiliar (confiança).
ADAPTAÇÕES / RECURSOS
São simples:
Pistas visuais
Com palavras
Com diagramas
Tabuleiros com locais marcados
Placares
Ábaco para contagem de pontos
Setas e marcadores coloridos
Noções explícitas dos turnos EU / VOCÊ
ESPERE / JOGUE
FINALIZANDO
Toda criança tem o direito de brincar.
Com os jogos, os autistas podem demonstrar ter mais
habilidades do que se possa imaginar.
Trabalhar com indivíduos que apresentam TEA tem trazido, a
clínicos e educadores, ampliação na compreensão do
desenvolvimento infantil. É um privilégio, portanto, atendê -los
e educá-los. Que nossa boa vontade seja o nosso
agradecimento!
l i l [email protected]
OBRIGADA!