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Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE CRP/06 - 17953

Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

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Page 1: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE CRP/06 - 17953

Page 2: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

COMPREENDENDO AS

CARACTERÍSTICAS DO

AUTISMO PARA

FACILITAR A INCLUSÃO

DE INDIVÍDUOS COM

TEA

Page 3: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades com os Movimentos

•Podem ser:

•Excessivos ou Atípicos

•Observados por meio de:

•Caminhar diferente

•Girar as mãos

•Fazer o flapping

•Caminhar de um lado para outro

•Andar na ponta dos pés

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 4: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Há dificuldades no planejamento motor, na

dinâmica do movimento: começar, parar, executar, ser rápido, controlar.

A psicomotricidade é o melhor caminho para

consciência corporal; deve constar no currículo

básico.

Um toque (prompt) para o início de uma

atividade pode ser o suficiente para que eles a

executem.

A imitação motora é uma meta a se atingir.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 5: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades sensoriais

• Pode ocorrer:

• hipossensitividade ou hipersensitividade.

• Auditiva, visual, tátil, olfativa, proprioceptiva e vestibular.

• A sobrecarga pode ocorrer com:

• Luzes intensas ou fluorescentes

• Barulhos; sons fortes e inesperados

• Texturas rugosas nas roupas

• Fala rápida ou lenta demais

• Lugares quentes ou frios demais

• Cada autista tem um perfil sensorial.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 6: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Táteis

Pode ocorrer desconforto em:

Pegar na mão

Ser tocado no ombro

Mas pode ser possível aceitar um aperto de mão e tapinhas

amigáveis nas costas.

Na escola podem manifestar:

Evitação por determinados materiais

Evitação nos relacionamentos: abraços...

É preciso ter à mão materiais diversificados em textura,

volume, peso...

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 7: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Auditivas

Podem ouvir sons que os outros não ouvem.

Incomodam-se com barulhos inesperados e podem tapar os

ouvidos (ex: moto, trem, avião).

Podem distrair-se com sons aparentemente não desconfortáveis, p.

ex: borracha apagando papel.

Portanto:

Falar em excesso com eles não é atitude funcional.

Trabalhar a linguagem receptiva é prioridade.

Instruções verbais deverão ser acompanhadas de concomitantes

visuais.

Atender ao nome e responder a comandos básicos é fundamental

no currículo.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 8: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Visuais

Autistas reagem a:

Cor, luz, padrões

Causam desconforto:

Muito brilho

Movimentos faciais

Lugares não familiares

Escuro

A própria sombra

Pontes, rios, canais, mar...

A cor da parede da sala de aula e os barulhos deste local podem

mexer com o sistema sensorial do autista.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 9: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Olfativas / Gustativas

Sabores: podem ser insuportáveis ou agradáveis.

Reagem a: perfumes, shampoos, comidas...

Na escola, podem reagir à mistura de odores:

Quadras pintadas

Animais

Produtos de limpeza

Comidas

Produtos químicos

Portanto:

É preciso compreender essas questões e trabalhar com discriminação

olfativa e gustativa.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 10: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Checklist – Integração Sensorial

Checklist sobre a acomodação em sala de

aula

FICHAS AUXILIARES

Page 11: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Criando salas confortáveis:

Luminosidade Não muito alta (acender só algumas)

Sem luz fluorescente

Sons Reduzir barulho da classe

Usar tom baixo de voz

Antecipar (se vai tocar o sinal)

Usar fone de ouvido

Colocar músicas suaves

Colocar bolas de tênis nos pés das cadeiras

EM SALA DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)

Page 12: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE
Page 13: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Odores

Restringir o uso de perfumes etc.

Cheiros de comida podem distraí-los; organizar a

disponibilização de alimentos em um só horário.

Alguns cheiros os acalmam.

Se forem a algum lugar onde se come, coloque-os

perto de porta ou janela.

Deixe-os aprender com os cheiros.

Temperatura

Nem muito quentes, nem muito frias.

Evitar ventiladores (fazem barulho, giram).

EM SALA DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)

Page 14: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Assentos adequados

Cadeiras

Considerando que em cada local da escola o aluno vai encontrar um tipo de assento (cadeira de sala, cadeira do teatro,cadeira do refeitório, escadas da quadra de ginástica...) verificar em qual delas o autista aceita ficar mais tempo.

Chão

Muitas vezes eles gostam de fazer certas atividades no chão e é aconselhável deixar.

Em pé

Alguns autistas gostam de ficar em pé para fazerem atividades na carteira.

EM SALA DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)

Page 15: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades na Comunicação

• Dificuldade no uso do apontar para expressar interesse.

• Dificuldade na imitação da linguagem.

• Dificuldade no olhar direcionado e recíproco que a conversa propõe.

• Dificuldade na compreensão de gestos instrumentais.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (SHEILA WAGNER, 1999)

Page 16: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades na Comunicação

•Há autistas não-verbais

•Os verbais podem ter qualidade incomum de voz.

•Sintomas mais comuns:

•Repetição de jargões

•Ecolalia

•Entonação diferente (prosódia)

•Ritmo e tempo de reação diferentes

•Dificuldade no uso de pronomes

•Dificuldade nas regras de comunicação (turnos)

•Dificuldade para compreender linguagem figurativa.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (PAULA KLUTH, 2010)

Page 17: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

CSA – Comunicação

Suplementar ou Alternativa Melhora a relação do autista (sobretudo

os pequenos) com as pessoas.

Permite perceber o potencial do aluno.

Organiza as informações do ambiente que

ele não consegue compreender só

auditivamente.

Melhora o desempenho cognitivo da

criança.

PORTANTO...

(PAULA KLUTH, 2010)

Page 18: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Quadros organizadores de atividades

Atividades gerais – na parede da sala

Atividades específicas – na carteira

Em sequência ou em checklist

Nos compartimentos que a criança frequenta

Banheiro

Refeitório

Quadra de Educação Física

Pranchas para localização em:

Jogos (cartas, peças)

Alimentação

PISTAS VISUAIS

Page 19: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

QUADRO ORGANIZADOR - DE PAREDE

Page 20: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

ORGANIZADORES DE ATIVIDADES

Page 21: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Planejamento de tarefas:

Coloque esses itens em sua mochila:

ORGANIZADORES DE TAREFAS BÁSICAS

Page 22: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

SEQUÊNCIA PARA USO DO BANHEIRO

Page 23: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Ensinando intervenções para comunicação: Ensine habilidades de comunicação funcional.

Combine sistemas de comunicação quando necessário.

Reforce a comunicação.

Use linguagem apropriada (pequenas frases).

Use linguagem concreta, direta.

Use gestos e comunicação não-verbal.

Ensine gestos funcionais específicos.

Considere o verbo como sendo a classe gramatical mais

complicada para o autista entender, depois dos pronomes.

SUGESTÕES PRÁTICAS (SHEILA WAGNER,

1999)

Page 24: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE SUPORTES PARA

COMUNICAÇÃO

Page 25: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE SUPORTES PARA

COMUNICAÇÃO

Page 26: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Sociais

•Têm dificuldade no contato ocular.

•Têm dificuldade no sorriso social.

•Fazem uso inapropriado da expressão facial.

•Dão respostas sociais inconsistentes.

•Observa-se falha no jogo imaginativo.

•São inábeis para brincar de jogos sociais, fazer amigos ou julgar situações sociais.

•Têm dificuldade no jogo social imitativo.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS

(SHEILA WAGNER, 1999)

Page 27: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Sociais

•Autistas não se relacionam, não pq não querem.

•Eles têm falhas que os conduzem à tranquilidade e à segurança do isolamento.

•Podem estar com poucas pessoas, mas desorganizam-se em festas e em eventos onde os estímulos são muito intensos.

•Eles não fazem leitura de “sinais ou pistas sociais”, por isso a falta de habilidade em relacionamentos comuns.

•Não compreendem o pragmatismo da linguagem em contexto social.

•Não conseguem iniciar ou conectar conversas.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS

(PAULA KLUTH, 2010)

Page 28: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Ensinando intervenções para socialização:

Ensine habilidades sociais diariamente (livros).

Implemente atividades com pares tutores.

Tenha um espaço, ou local, para “acalmar” a criança

quando necessário.

Reforce interações sociais positivas.

Reconheça que o aluno pode querer interagir, mas não

sabe como.

Providencie regras sociais específicas.

Use “ensaios” de estratégias para interações sociais.

Reúna as crianças em pequenos grupos.

SUGESTÕES PRÁTICAS (SHEILA WAGNER, 1999)

Page 29: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades Comportamentais

•Interesses e preocupações não usuais.

•Manejo repetitivo de objetos.

•Compulsões.

•Rituais.

•Movimentação excessiva de dedos e mãos.

•Comportamento auto-estimulatório.

•Auto-agressão.

•Habilidades especiais.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS (SHEILA WAGNER, 1999)

Page 30: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Como fenômeno pessoal

• Dois indivíduos não reagem da mesma forma na mesma experiência.

• A mesma pessoa, em dias diferentes pode reagir de forma diferente na mesma situação.

Como fenômeno contextual

• Todos os comportamentos ocorrem sob circunstâncias (antecedentes / consequentes)

• É preciso considerar vários fatores quando se quer compreender os comportamentos -problema dos autistas.

COMPORTAMENTO (PAULA KLUTH, 2010)

Page 31: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

De um modo geral:

Focalize o positivo, as capacidades que a criança

possui.

“Ponha sua própria máscara de oxigênio antes de

ajudar os outros”.

Evite tirar a criança da sala, a menos que a situação

seja realmente grave.

Priorize a prevenção.

Adapte o ambiente.

Ensine novas habilidades.

Reavalie o currículo e as instruções.

COMPORTAMENTO (PAULA KLUTH, 2010)

Page 32: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Ensinando intervenções para

comportamento em sala de aula: Observe o que pode distrair a criança.

Controle os estímulos ambientais.

Explique a rotina (pistas).

Ensine e reforce novas atividades.

Ensine a criança a escolher.

Reforce comportamentos apropriados, para construir

uma interação de sucesso.

Use materiais apropriados para a idade.

Use reforçadores (cada aluno tem uma lista)

SUGESTÕES PRÁTICAS

(SHEILA WAGNER, 1999)

Page 33: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Ficha diária para análise do comportamento

de um aluno autista.

Listas auxiliares sobre reforçadores.

FICHAS AUXILIARES

Page 34: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

•Usada em um programa que ensina comportamento social adequado.

•Proposta à criança por alguém que mais tem influência sobre ela.

•Considera que as reações frente a determinadas situações possam ser graduadas em 5 pontos, desde o mais baixo até o mais alto.

•Determina em qual circunstância usa-se cada grau descrito.

•Lembra-se sempre a criança de qual número espera-se dela.

Escala de 5

pontos

ESTRATÉGIAS COMPORTAMENTAIS

(BURON & CURTIS, 2003)

Page 35: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Escala de 5 pontos

Exemplo: Quando a voz da

criança é muito alta.

5 – em emergências (gritar)

4 – no intervalo; em jogo de

futebol (falar mais alto)

3 – em sala de aula (conversar)

2 – na biblioteca (sussurrar)

1 – quando está no cinema

(evitar falar)

Page 36: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Puzzle piece Para incentivar a criança a terminar

a tarefa sozinha.

A professora deixa um QC perto

da criança.

Quando a criança terminar uma

atividade, ou parte dela, a

professora colore uma das peças.

Pode-se marcar tempo: para cada

2’ de trabalho 1 peça é pintada.

OUTRAS ESTRATÉGIAS (SHEILA WAGNER,

1999)

Page 37: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Calm-down time

Serve para auto-regulação; para o aluno identificar quando está nervoso/ansioso e usar estratégia adequada.

Professora explica que todos ficam aflitos, mas é preciso saber lidar com as emoções.

Professora dá exemplos de comportamentos não apropriados e de possíveis substitutos deles.

OUTRAS ESTRATÉGIAS (SHEILA WAGNER,

1999)

Page 38: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Professora ajuda o aluno a decidir quais as

melhores estratégias para que ele obtenha sucesso.

Escreve as estratégias adequadas.

Determina um estímulo visual, não-verbal: bandeira

vermelha, plaquinha de PARE, ticket etc.

Quando a professora perceber ansiedade no aluno,

coloca esse símbolo na sua carteira. Imediatamente

ele poderá parar o que está fazendo e se engajar na

atividade escolhida como substituta.

Com o tempo, é possível o próprio aluno perceber o

momento em que começa a se descontrolar.

OUTRAS ESTRATÉGIAS (SHEILA

WAGNER, 1999)

Page 39: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

QUADRO PARA CONTROLE DE

COMPORTAMENTO

Page 40: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS PARA

REFORÇAMENTO

Page 41: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Dificuldades na Aprendizagem

•Confundem-se com palavras similares.

•Confundem-se com o imaginário e o real (Isso é verdade? Aconteceu?).

•Em sala de aula podem conseguir entender as atividades, desde que as instruções sejam esclarecidas.

•Quando não entendem algo, é preciso esmiuçar a instrução, para ver onde o trajeto se perdeu, impedindo o processamento.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS

(PAULA KLUTH, 2010)

Page 42: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

É comum haver hiperfocalização num estímulo em detrimento de outros.

O tempo de resposta comumente é aumentado.

Pode haver dificuldade na compreensão de instruções oferecidas em grupo.

Compreendem melhor as instruções se estas forem oferecidas por meio de pistas visuais.

Sobrecarga de conteúdo gera confusão.

É preciso adaptar conteúdo dos livros para que haja compreensão do assunto.

Há crianças que necessitam de PEI.

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS

Page 43: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

ESTIMULAÇÃO COGNITIVA

Os autistas precisam, além da estimulação sensorial, trabalhar a

percepção e o raciocínio.

A melhor forma de se atingir isso é

trabalhar com jogos, sobretudo os que

têm pistas visuais claras.

Inicia-se com a relação bi-

tridimensional, mas o objetivo é

trabalhar as operações mentais.

Page 44: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

OPERAÇÕES MENTAIS

Page 45: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Organização do espaço

Espaço para o estudante

Cada um tem uma necessidade, mas o ideal:

Lugares com pouco movimento

Áreas silenciosas para estudo

Espaço para os materiais

Cada coisa no seu lugar

Evitar sobrecarga visual

Organizar os espaços conjuntamente

Marcar todos os objetos (escrita ou CSA)

Momento para conversa

SALAS DE AULA (PAULA KLUTH, 2010)

Page 46: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE TESOURAS E LÁPIS

Page 47: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

QUADRO PARA ATIVIDADE NA VERTICAL

Page 48: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Formulário de observação do aluno

Pesquisa com o aluno

FICHAS AUXILIARES

Page 49: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Interesses e fascinações

Autistas se interessam por coisas estranhas (símbolos,

certos números...) ou por coisas comuns (eletrônicos,

transportes, bichos), mas com mais detalhamento do

que pares típicos.

Em escolas, isso é complicado, pq nem sempre essas

fascinações são compartilhadas ou toleradas pelos

colegas.

Se pensarmos bem, pessoas típicas também têm

obsessões compartilhadas em grupo: futebol,

músicas, carros...

CARACTERÍSTICAS AUTÍSTICAS

(PAULA KLUTH, 2010)

Page 50: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

“Síndrome neurotípica é uma desordem neurobiológica caracterizada pela preocupação com questões sociais, ilusões de superioridade, e obsessão com conformidade. Indivíduos neurotípicos frequentemente assumem que sua experiência de mundo é única, ou a única correta. NTs têm dificuldades em estar sós. NTs são frequentemente intolerantes com as menores diferenças dos outros. Quando em grupos, NTs são socialmente e comportamentalmente rígidos e frequentemente insistem em se comportar de forma destrutiva, disfuncional e até em rituais impossíveis como um caminho para manter a identidade do grupo. NTs têm dificuldade em se comunicar diretamente, e apresentam maior incidência para mentir, se comparados a pessoas do espectro do autismo. NTs acredita-se ser de origem genética. Autópsias têm mostrado que o cérebro dos neurotípicos são menores que o de um indivíduo autista e pode ter superdesenvolvido áreas relacionadas ao comportamento social” .

TEXTO INTERESSANTE (KLUTH, 2010, P.20)

ESCRITO POR AUTISTAS E ASPERGERS

Page 51: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

O USO DOS JOGOS NA

INTERVENÇÃO DE

CRIANÇAS COM TEA

Page 52: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Considerados atividades lúdicas.

Ludus (latim) = jogo, diversão.

Presentes em todas as fases do

desenvolvimento humano.

Indispensáveis no relacionamento entre as

pessoas.

Fontes importantes de desenvolvimento e de

aprendizagem.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Page 53: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Promover:

Interação social

Expressão afetiva

Desenvolvimento da linguagem

Desenvolvimento cognitivo

Experimentação de possibilidades motoras

Apropriação de regras sociais

Imersão no universo cultural

FUNÇÕES DO BRINCAR NA VIDA DE UMA

CRIANÇA

Page 54: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Manipulação / Exploração / Funcionalidade Desenvolvimento da sensibilidade.

Permitem: observação, discriminação, nomeação...

Simbolização / Dramatização Desenvolvimento da representação mental, do simbólico, da

definição de papéis sociais.

Permitem: interpretação, crítica, imaginação...

Construção Desenvolvimento da criatividade, da noção de realidade.

Permitem: comparação, seriação, classificação...

Regras Desenvolvimento da identidade (pessoal e grupal), das regras

sociais, do limite.

Permitem: o uso de operações mentais complexas.

OS JOGOS E O BRINCAR NAS ETAPAS DE

DESENVOLVIMENTO

Page 55: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

De acordo com Piaget: do jogo exploratório / sensório-motor o prazer

funcional.

do jogo dramático / simbólico vivência de papéis,

dramatização.

do jogo de construção / imitação a imaginação

criativa.

do jogo de regras a regra, o limite na interação

social.

O QUE A CRIANÇA EXTRAI DE CADA

ETAPA

Page 56: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Permite trabalhar ao mesmo tempo forças e fraquezas .

A partir do que elas têm mais desenvolvido (habilidade com pistas visuais), é possível motivá-las ao enfrentamento dos aspectos mais comprometidos.

É a melhor forma de aproximá-las de outras cr ianças .

Permite compreender como as crianças estão processando a informação recebida, faci l itando a elaboração de planos de intervenção eficazes.

Minha l inha de trabalho é cognitivista. Uso a Psicologia Cognitiva (e suas teorias de Desenvolvimento Cognitivo) como suporte

Gosto de trabalhar mais sobre o que a criança faz, do que sobre o que ela não faz.

Trabalho com o processo mais do que com o produto.

Sou também fiel à Psicologia do Desenvolvimento ( Infantil) :

Respeitando as etapas de cada área: Sociabilidade, Afetividade, Cognição, Motricidade, Linguagem.

Focalizando (como linhas mestras):

Desenvolvimento cognitivo – estimulação

Desenvolvimento psicomotor – organização

O USO DE JOGOS PARA CRIANÇAS AUTISTAS

Page 57: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Quando a criança ainda chega em tenra idade é preciso garantir-lhe os marcos básicos de relação com o ambiente:

Busca – intenção e propósito

Representação mental – imagem e conceito

Constância perceptiva e objeto permanente – tempo e espaço

Relação tri-bidimensional – volume e planos

Foco:

Abstração e generalização

Abstração = reconhecer um grupo de características comuns nos elementos observados, formando um conceito desta característica.

SEGUINDO O DESENVOLVIMENTO

Page 58: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Esconde-esconde

Pega-pega

Boliche

Bola ao cesto

Disco

Amarelinha

Túnel

Encaixes

Montagens

Pescaria

Materiais S.Motores

...

Objetivando:

Consciência corporal

Vínculo afetivo

Intencionalidade da ação

Compartilhamento

Funcionalidade manual

Compreensão de instrução

Início de compreensão de regras

Imitação

PARA OS MENORES (2 A 4 ANOS) -

BRINCADEIRAS

Page 59: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 60: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 61: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 62: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 63: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 64: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLO DE MATERIAIS

Page 65: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

O USO DE JOGOS E ATIVIDADES LÚDICAS

PARA O DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE

CRIANÇAS COM TEA

Com o tempo, podem ser inseridos jogos que

trabalhem mais especificamente as operações

mentais:

Comparação

Classificação

Seriação

Associação

Discriminação

Etc...

Brincadeiras envolvendo cognição social também

devem acontecer.

Page 66: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 67: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 68: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 69: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Page 70: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MATERIAIS

Melocoton

Page 71: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - VISOCONSTRUÇÃO

Page 72: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – ATENÇÃO E PERCEPÇÃO

Page 73: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – ATENÇÃO SUSTENTADA

Page 74: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLO – VARREDURA VISUAL

Lince cartas

Page 75: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - SERIAÇÕES

Page 76: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – COGNIÇÃO SOCIAL

Page 77: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

PARA OS MAIS VELHOS

Exploração ampla da capacidade visual para o

desenvolvimento do raciocínio:

Jogos com desafios gradativos

Jogos que exigem poder de decisão

Jogos que envolvem escolha

Sempre considerando o desenvolvimento da

cognição social também.

Page 78: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE

Colour Code

Page 79: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE

Faça a Face

Page 80: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE

Cartoon

Page 81: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE

Swish

Page 82: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

Doodle Dice

EXEMPLOS - ANÁLISE E SÍNTESE

Page 83: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO

Jogos Boole

Page 84: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO

Cara a cara

Page 85: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO

Sudoku

Page 86: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – RACIOCÍNIO LÓGICO

Camelot Jr.

Page 87: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO

Camouflage

Page 88: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO

Clever castle

Page 89: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS - RACIOCÍNIO LÓGICO

Page 90: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLO - RAPIDEZ

Blink

Page 91: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLO - RAPIDEZ

Whac-a-mole

Page 92: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – PLANEJAMENTO E

SEQUÊNCIA

Page 93: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – DESENVOLVIMENTO DE

LINGUAGEM

Story cubes

Page 94: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – DESENVOLVIMENTO DE

LINGUAGEM

História sem Fim

Page 95: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – RACIOCÍNIO MATEMÁTICO

Feche a caixa

Pass the pigs

Page 96: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – JOGOS COM PALAVRAS

Boogle slam

Page 97: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS – JOGOS COM PALAVRAS

Vira letras

Page 98: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MONTAGENS

QC EM 3D

Geralmente os autistas são bons nisso, mas fazem sempre os

mesmos.

É importante ir modificando o grau de dificuldade e exigindo

mais flexibilidade na montagem.

QC ocos

QC 3D

Page 99: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MONTAGENS

TANGRAN

Tan-gran – (junto com o livro da Ingrid

Bellinghausen)

Page 100: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLOS DE MONTAGENS

LEGO

Legos

Sequência de montagem bem minuciosa

Page 101: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

EXEMPLO – COGNIÇÃO SOCIAL

Page 102: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

COMO EU FAÇO

Apresento o material.

Deixo a criança explorar sensorialmente e observando

as pistas contidas nas caixas e nos manuais.

Começo a organizar o jogo.

A criança me observa e eu vou aos poucos mostrando

como joga, não com instruções verbais, mas jogando

mesmo.

Quando a criança aprende eu chamo os pais para

assistirem .

Page 103: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

COMO EU FAÇO

Geralmente os pais olham a primeira vez e jogam

também, em seguida.

Empresto o jogo para a criança levar para a casa e

treinar.

Peço que os pais mostrem o jogo na escola para que a

criança jogue com os colegas.

Há um dia na semana em que as crianças podem levar

jogos e brinquedos na escola.

Quando eu mesma mostro na escola, há professores

que reproduzem os jogos, e criam em cima da ideia.

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COMO EU FAÇO

Costumo também convidar os professores,

coordenadores, orientadores, para assistirem uma

sessão.

Normalmente eles se espantam ao ver o que a criança é capaz

de fazer.

É comum dizerem que trabalhar com uma criança é mais fácil do

que trabalhar com a sala inteira.

Mas os outros alunos poderiam também se beneficiar dos jogos

trabalhados com os autistas.

Nos jogos, muitos autistas se igualam aos neurotípicos.

É preciso explorar o que eles apresentam de habilidade.

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COMPORTAMENTO DAS CRIANÇAS

O manuseio dos materiais e o auxílio das pistas visuais dos

jogos escolhidos mantém a atenção dos autistas sobre o

que lhes está sendo apresentado.

Se houver recusa ou desinteresse, não deve haver

continuidade daquele jogo. Pode ser apresentado

novamente em outra ocasião.

Eles demonstram alegria quando vencem um desafio.

Eles solicitam ajuda do adulto, muitas vezes com o olhar,

demonstrando fazer compartilhamento e saber que aquele

adulto pode lhes auxiliar (confiança).

Page 106: Dra. LÍLIA MAÍSE DE JORGE

ADAPTAÇÕES / RECURSOS

São simples:

Pistas visuais

Com palavras

Com diagramas

Tabuleiros com locais marcados

Placares

Ábaco para contagem de pontos

Setas e marcadores coloridos

Noções explícitas dos turnos EU / VOCÊ

ESPERE / JOGUE

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FINALIZANDO

Toda criança tem o direito de brincar.

Com os jogos, os autistas podem demonstrar ter mais

habilidades do que se possa imaginar.

Trabalhar com indivíduos que apresentam TEA tem trazido, a

clínicos e educadores, ampliação na compreensão do

desenvolvimento infantil. É um privilégio, portanto, atendê -los

e educá-los. Que nossa boa vontade seja o nosso

agradecimento!

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OBRIGADA!