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jairo-figueiredo
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DRAGÕES
STORYTELLER
Dizem que não existem dragões. Mas também dizem que não existem lobisomens, vampiros, magos, e até
mesmo fadas. Mas algumas vozes, vindas de um passado distante, contam histórias de um tempo em que o
mundo dançava nas ondas do caos primordial. Conheçam a história da deusa Ellisere e as batidas de seu
Necronome.
A LENDA No tempo antes do tempo, muito antes da luz da civilização descer por sobre a terra, a maior parte do mundo
era selvagem e sem forma. Naquele tempo, um poder hoje esquecido dominou – uma força repleta de caos,
cuja passagem dispersou os frutos dourados de conhecimento e poder que alimentou nossa espécie em sua
infância. Este poder era chamado de “Modus” e reinou por muito tempo em suas Cortes de Silêncio antes
mesmo da primeira criatura caminhar sobre a face da Terra. E seus filhos se juntaram a ele, e foram para
ele um grande conforto. Certamente, ninguém poderia ter previsto as trágicas consequencias
quando Ellisere, a filha de Modus, deusa da Inspiração e da Invenção, levou o seu mais recente brinquedo
para as Cortes do Silêncio. Ela chamou este estranho dispositivo de “o Necronome”. Seu eterno tique-taque
parecia ecoar o ritmo de seu coração. Nele, ela encontrou os indícios sutis de um padrão que abria grandes
perspectivas de inspiração. Infelizmente, o tique-taque infernal levou todos à loucura e as Cortes do Silêncio
já não eram mais um lugar de refúgio. Algo precisava ser feito. Depois de muita deliberação, Modus baniu
o objeto das Cortes. Depois disso, Ellisere era vista cada vez menos e menos. Ela se enclausurou em uma
remota montanha no meio do turbilhão da criação para seguir adiante em sua visão e em sua nova arte –
música – que estava tomando forma com a ajuda de seu Necronome. Os sons estranhos e maravilhosos de
sua arte emergente atraiu muitas e variadas criaturas do crisol da criação. Eles vieram a ela e a amaram, e
ela lhes ensinou seu caminho. Os Primogênitos foram os grandes wyrms, mestres do ar e do fogo. Os tons
rústicos, primitivos da recém-descoberta arte formaram sua magia e seu poder. Com o tempo, todas as
criaturas conheciam música e muitas raças diferentes – incluindo aquelas que agora são conhecidas apenas
através de canções ancestrais – vieram se sentar aos pés de Ellisere para receber sua dádiva. Finalmente, o
homem superou o medo das coisas selvagens que assolavam os confins do mundo e achegou-se a Ellisere
para aprender com ela. Nesta altura, a Arte havia mudado. A música não era mais um meio simples de
expressar a visão de harmonia de Ellisere. A cada ensinamento sucessivo, a Arte cresceu para abarcar novas
emoções. Os grande wyrms, por exemplo, reuniam avidamente notas resplandescentes de poder e as
trabalhavam em escalas – de avareza, de ganância, de armadilhas para aqueles que quisessem roubar seus
tesouros. A chegada dos homens também teceu muitas emoções complexas na partitura, que nada mais era
do que ciúme. É de se duvidar que mesmo Ellisere possa desconfiar quem, um dia, invadiu seus aposentos.
Alguns boatos especulam que a motivação do invasor poderia ter sido o ciúme da devoção de um
pensamento apaixonado totalmente devotado à deusa. Outros sugerem que o intruso agiu por medo – de
que alguma outra raça pudesse aprender uma forma mais complexa de Arte do que a possuída pelo homem.
Tudo o que se sabe ao certo é que, naquele dia, alguém foi até o Necronome e parou seu braço oscilante no
meio do caminho. O silêncio que se seguiu foi completo. Nenhum grito ecoou no momento em que o
Necronome e o coração da deusa cessaram suas batidas. Em sua tristeza, os grandes wyrms reuniram os
seus tesouros, música e escalas preciosas, se envolveram em suas grandes asas de couro e levantaram vôo.
Eles passaram através da Terra nos ventos tristes e pousaram quando a fadiga os venceu, encravando então
suas tocas nas montanhas. Lá, diz-se, eles ouvem os ecos da arte de Ellisere nas cavernas infinitas. No
coração da Terra, os dragões clamam, você ainda pode ouvir os refrões das primeiras canções num ritmo
triste com o final do tique-taque do Necronome da deusa. Depois da Lenda ou de uma delas, existem os
fatos. O que realmente são os dragões do Mundo das Trevas?
DESCRIÇÃO
Aqui existem dragões. A inscrição, inevitavelmente, marca a mais distante, mais inacessível e menos
hospitaleiro canto do mapa. O navegante sábio nunca lê tal frase em voz alta, embora possa tocá-la no
mapa, ameaçadoramente, com a ponta de sua luneta. Um certo poder se agarra a sílabas o bastante – não só
combustível para o motim, mas para algo mais grandioso – para que as palavras conjurem um. Seu sussurro
evoca muitas imagens de um pesadelo de fúria primal, avareza, caos, astúcia e destruição. O Iluminado, no
entanto, deve aprender a ver além do pesadelo. O primeiro passo para penetrar o véu de segredos em torno
dos grandes wyrms é perceber que um dragão é uma criatura paradoxal. Os conhecimentos arcanos
proferidos em todas as gerações revela um lado muito diferente destes seres complexos. Os escritos místicos
constantemente relatam os dragões como de uma majestade, sabedoria, sofisticação e arte inigualáveis. Os
grandes wyrms incorporam toda a terrível beleza que a natureza tem para oferecer. No dragão, encontramos
todo o reflexo mais sombrio no cerne do homem. O dragão é o puro desejo repleto de fúria. Nossos desejos,
nossa ganância, nossas fomes vorazes encontram sua expressão máxima nestes grandes animais.
Provavelmente existem tantas histórias sobre a criação dos dragões como existem dragões em si. Cada um
dos grandes wyrms são uma verdadeira força da natureza com um alcance de tempo de vida que se estende
de volta aos alcances dos tempos da escuridão. Só os muito tolos ou presunçosos pensariam em realmente
questionar a história de um dragão sobre suas origens. O fato que importa é que cada um desses seres
lendários tem a longevidade, poder e a convicção para criar histórias a sua própria imagem. A maioria dos
grandes wyrms, se eles se sentem inclinados para dar qualquer conta que seja a respeito de si mesmos,
relataria contos de como a sua raça surgiu diretamente a partir do Caos Primordial. Esta afirmação pode
não estar muito longe da verdade. Até mesmo as lendas de criação da própria humanidade tendem a
reconhecer os dragões como os Primogênitos. Alguns estudiosos sugerem que os dragões não são, na
verdade, criaturas completamente mortais, mas encarnações da própria paixão da criação, aproveitados pelo
intelecto e resplandecentes com o poder não ligados aos elementos. É possível que os grandes wyrms sejam
criaturas de pura Quintessência, fios soltos e crepitantes da Tapeçaria da Tellurian com poder bruto e
indiferenciado. Um mito vai tão longe como um que alega que os dragões não são realmente parte da
Tapeçaria, mas que surgem diretamente nos espaços escuros entre a trama e sua tessitura, onde o caos oculto
do universo se expõe. A própria existência dos dragões é uma acusação lançada contra a humanidade.
Encontrar um grande wyrm é como ficar de frente para o próprio reflexo em um espelho escuro. Ao mesmo
tempo, o dragão personifica todo o poder sem controle da Natureza. Em todo o mundo, é creditado aos
dragões a criação de tempestades e incêndios, raios e enchentes, fome e pragas, tufões e furacões,
terremotos e erupções vulcânicas, turbilhões e maremotos. O dragão é o executor irracional da ordem
natural. Ele é literalmente o flagelo da Terra – o chicote de seu descontentamento com a presunçosa
humanidade. Um grande wyrm encarna a relação do homem com a natureza. Dentro de suas brilhantes
voltas, não encontramos uma ordem natural a ser conquistada, catalogada e cultivada, mas a fúria selvagem
da natureza que deve ser satisfeita para assegurar a sobrevivência. Caça ao dragão é um passatempo popular
a todos os cavaleiros Sidhe, ainda que realmente encontrar um dragão contra o qual lutar seja uma questão
completamente diferente. Mesmo dragões quiméricos devem ser criaturas um tanto raras em uma crônica
de Changeling. Eles podem aparecer como servos poderosos de um dos inimigos do personagem, ou como
o próprio inimigo. A aparição de um dragão deve sempre ser um acontecimento importante em uma crônica.
Trivializar algo como uma grande e poderosa fera é um desserviço para a crônica. Dragões não precisam
ser sempre inimigos na crônica. Histórias de dragões atuando como mentores ou aliados são comuns na
ficção fantástica. Viradas interessantes na história podem ser desenvolvidas em torno de um dragão que se
acredita primeiro ser um inimigo, mas que, na realidade, quer apenas ser deixado em paz.
Dragões Clássicos: Os Maiores Anciões
Os dragões clássicos, ainda que sejam bastante poderosos em seus próprios domínios, são muito menores
que seus primos celestiais (os dragões clássicos tipicamente medem várias dúzias de metros em sua
maturidade). Carnívoros e famintos, eles incorporam a fúria do Inferno ou do Paraíso, e ocasionalmente
aparecem como agentes de uma enorme reação de Flagelo*. Ainda que inteligentes no sentido humano do
termo, estes dragões percebem o mundo através de sentidos poderosos e séculos de experiência. Mesmo os
mais jovens têm centenas de anos e podem se lembrar de quando as coisas eram bem diferentes – e muito
mais simples. Estes “Clássicos” dragões incluem:
DRAKE O drake tem um corpo fortemente blindado e
serpentino que pode ser qualquer coisa, menos
permeável a arcos ou espadas. Um cume afiado de
espinhos corre ao longo de suas costas, e suas quatro
pernas possuem garras cruéis. O drake tem
membranosas asas de morcego e seu rabo termina em
um ferrão venenoso. Uma língua bifurcada precipita-se
para dentro e para fora de sua bocarra terrível – uma
boca igualmente capaz de engolir uma presa inteira ou
cuspir a morte pelo fogo. Os olhos deste dragão são
luminosos e hipnóticos, capazes de mesmerizar ou
enganar ao ponto da decepção conforme ele quiser. Um
habitante das montanhas de terras temperadas, o drake
toda a fúria bruta e descontrolada da natureza. Nem
especialmente sábio, nem muito reflexivo, ele é direto,
agressivo e, muitas vezes, cheio de astúcia. Via de regra,
os humanos o fascinam; em sua juventude, o drake sai
do seu caminho para examiná-los. Talvez ele seja um
drake de fogo, devorador de virgens e matador de
cavaleiros. Talvez ele seja o bravo aliado de um
feiticeiro, com freios para se cavalgar e devotado a seus
amigos. Ele poderia fazer o papel de um colecionador
de tesouros, isolado e ranzinza com sua arca de
artefatos. Muito provavelmente, ele é tudo isso e muito mais. Drakes desempenham todos esses papéis em
uma única vida, então junte-se à pilha de ossos na Ilha das Lamentações e volte para a Grande Roda de
novo.
DRAGÃO CLÁSSICO: DRAKE
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 2 (filhote) / 6 (jovem) / 12
(adulto) / 12 (ancião)
Carisma 2 (filhote) / 5
(jovem) / 5 (adulto) / 6
(ancião)
Percepção 4
Destreza 5 (filhote) / 7 (jovem) /
10 (adulto) / 9 (ancião)
Manipulação 2 (filhote) / 4
(jovem) / 8 (adulto) / 10
(ancião)
Inteligência 2 (filhote) / 4
(jovem) / 6 (adulto) / 7
(ancião)
Vigor 3 (filhote) / 5 (jovem) / 10
(adulto) / 10 (ancião)
Aparência 6 Raciocínio 5 (filhote) / 5
(jovem) / 6 (adulto / 7
(ancião)
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 4 Mordida ou Garra: Força + 3 dados
Esportes 6 Ataque de cauda: Força + 2 dados
Consciência 2 Sentidos Aguçados (1)
Briga 5 Aparência Alienígena (5)
Erudição – Bestas
(Dragões)
4 Armadura (4)
Cultura 2 Destemido (3)
Intimidação 9 Sopro Perigoso – fogo: 5 a 10 dados de dano
agravado
Caçada Selvagem 6 Mesmerismo (6)
Elemento Metal (guerreiro
temperamental)
Antecedente – Vidas Passadas (4)
Força de Vontade 8 Tamanho (10)
Níveis de
Vitalidade
Ok x 7, -1 x 7, -3 x 5, -5 x 3,
Incapacitado
Visão Espiritual
Nível de
Armadura
1 (filhote) / 3 (jovem) / 4
(adulto) / 4 (ancião)
Antecedente – Tesouro (3)
Antecedente – Idade (3)
WYRM
O wyrm (ou, como alternativa, orm) reside em tocas em
climas frios e se assemelha a uma serpente gigante ou
enguia. Esta besta não tem asas e nem pernas – apenas
sua cabeça draconiana, barbuda e com chifres, dá sinais
exteriores de sua verdadeira natureza. Wyrms se sentem
igualmente em casa nos lugares secretos da terra e nas
profundezas do mar. Agressivo e rancoroso, um wyrm
pode atacar com suas presas mortais ou apertar num
abraço constritor. O sangue de um wyrm é um ácido
virulento e tóxico, capaz de corroer através das mais
fortes armaduras e matar com um toque. De todos os
dragões, os wyrms são, de longe, os menos educados e
mais maliciosos. Eles não querem nada com os seres
humanos e sua raça, exceto talvez para saborear às vezes
quando os escolhem para ser sua refeição.
DRAGÃO CLÁSSICO: WYRM
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 1 (filhote) / 5
(jovem) / 13 (adulto) / 12
(ancião)
Carisma 2 (filhote) / 2
(jovem) / 1 (adulto) / 1
(ancião)
Percepção 3 (filhote) / 6
(jovem) / 7 (adulto) / 7
(ancião)
Destreza 4 (filhote) / 8
(jovem) / 11 (adulto) / 10
(ancião)
Manipulação3 Inteligência3 (filhote) / 4
(jovem) / 6 (adulto) / 6
(ancião)
Vigor 2 (filhote) / 6
(jovem) / 10 (adulto) / 9
(ancião)
Aparência 4 Raciocínio 6
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 5 Mordida: Força + 3 dados
Esportes 4 Constrição: 8 dados
Consciência 3 Sentidos Aguçados (1)
Briga 5 Aparência Alienígena (5)
Esquiva 2 Armadura (3)
Intimidação 7 Toque Elemental (15)
Caçada Selvagem 6 Destemido (3)
Elemento Água (grosseiro destrutivo) Flexível
Força de Vontade 7 Mesmerismo (6)
Níveis de
Vitalidade
Ok x 5, -1 x 6, -3 x 2, -5 x 2,
Incapacitado
Sem Membros Ágeis
Nível de
Armadura
1 (filhote) / 3 (jovem) / 3
(adulto) / 3 (ancião)
Tamanho (10)
Veneno – ácido: 3 Níveis de Vitalidade de dano
agravado por turno de contato
Sopro de Água (5)
Antecedente – Idade (3)
WYVERN O wyvern é uma serpente anelada, alada,
cujos campos de caça vão desde os alcances muito ao
norte da Europa até todo o caminho da Grécia e da
Etiópia. Embora ele seja um animal enorme – 15
metros ou mais do focinho até a caída – as
características do wyvern são como as de um pássaro,
incluindo um único par de pernas que apresentam
garras de águia. Entre a raça dos dragões, estas bestas
são consideradas as menos inteligentes (uma das
táticas favoritas dos wyvern envolve tomar posição na
margem de um rio com a boca aberta, a fim de
emborcar presas incautas). Embora um wyvern não
hesite em comer os humanos, seu prato preferido é
carne de elefante. Contos falam de batalhas ferozes
entre elefantes machos, mas é raro um que possa vencer um dragão.
* Nota da tradutora: flagelo é como se dá a manifestação daquilo que, na Era Moderna, se chama de
Paradoxo. O choque de retorno recebe o nome de Flagelo durante o período coberto pelo livroMago: A
Cruzada dos Feiticeiros. É, entretanto, diferente do Paradoxo, já que seus efeitos são absolutamente mais
imprevisíveis. Consultar o livro para mais informações (ou aguardar um post futuro :)
Como muitas coisas no Clássico Mundo das Trevas, os dragões se baseiam em mitos presentes na
humanidade do mundo real para, então, serem usados no desenvolvimento de toda uma mitologia própria,
instigante e grandiosa, mesmo em um mundo que se aproxima a passos velozes de seu fim – mesmo a
maravilha pode existir em meio ao desespero, e talvez, apenas talvez, não seja tarde demais.
Além dos dragões clássicos e dos dragões celestiais, temos ainda um tipo de dragão, os chamados dragões
menores, que serão abordados em um artigo no futuro.
DRAGÃO CLÁSSICO: WYVERN
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 1 (filhote) / 5 (jovem)
/ 9 (adulto) / 9 (ancião)
Carisma 3 Percepção 2 (filhote) / 3
(jovem) / 3 (adulto) / 4
(ancião)
Destreza 3 (filhote) / 5
(jovem) / 9 (adulto) /9
Manipulação 2 Inteligência 2
Vigor 2 (filhote) / 5 (jovem)
/ 6 (adulto) / 7 (ancião)
Aparência 3 (filhote) / 4
(jovem) / 5 (adulto) / 8
(ancião)
Raciocínio 4
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 2 Mordida ou Garra: Força + 3 dados
Esportes 5 Sentidos Aguçados (1)
Briga 6 Aparência Alienígena (5)
Voo 5 Antecedente – Arcanum (1)
Intimidação 6 Armadura (4)
Caçada Selvagem 4 Fome Bizarra (1 – carne de elefante)
Elemento Ar (cabeça-de-vento
volúvel)
Destemido (3)
Força de Vontade 6 Instinto Rastreador (2)
Níveis de
Vitalidade
Ok x 5, -1 x 5, -3 x 3, -5 x 3,
Incapacitado
Mesmerismo (3)
Nível de
Armadura
4 Visão Noturna
Ofensivo a Animais: um teste bem-sucedido de
Percepção+Prontidão para perceber a presença de um
wyvern predador causa um estouro na manada de
elefantes
Tamanho (10)
Ponto Fraco (sob as escamas, onde o pescoço de um
wyvern encontra a junta das asas)
Asas (5)
DRAGÕES CELESTIAIS – FOGO Os dragões
celestiais de fogo são criaturas majestosas com paras
de cinco garras e escamas do mais puro ouro.
Grandes o suficiente para levar os palácios dos
deuses em suas costas, estes dragões são de
semblante extremamente feroz e temperamento
severo. Apenas carne e carvão podem alimentar
estes animais, e eles são terríveis quando estão com
fome.
Como os sábios sinistros das tradições Legalistas,
estes poderosos semideuses aconselham a honra
rígida, a ação correta e a perfeição pessoal. Patronos
das Artes Akáshicas, estas criaturas ocasionalmente
se manifestam em enormes tempestades. Durante a
Guerra do rio do Dragão, três dragões de fogo
reduziram um exército de demônios menores às
cinzas – e ferveram o Rio Qui até o ponto do vapor.
Um dragão celestial fala através de trovões e
demonstra pouca paciência para com a humanidade.
A menos que sejam convocados por alguma grande
necessidade, eles residem nos Céus ou grandes palácios de ofícios no coração dos vulcões.
DRAGÕES DO CLIMA – AR
Os dragões do clima (elemento ar) brilham em tons
sempre mutáveis de azul e dançam através do céu em
seis pares delgados de patas. Os reinos das nuvens e
do mar aberto são parques de diversões para estas
bestas espirituais, que trazem tanto a chuva, que dá a
vida, como as tempestades que carregam a morte.
Estes dragões voam sem esforço, mesmo sem ter
asas. Eles vêm rápido como o vento e possuem um
ataque penetrante. Em contraste com seus primos de
fogo, estas criaturas serenas respeitam a harmonia e
o equilíbrio sobre a força bruta.
Quando provocado, um dragão do ar pode devastar
um vale inteiro, como aconteceu em Kin Lin na
época dos Cinco Feiticeiros Fantasmas. O mais
comum, no entanto, é que a besta divina prefira
ensinar aos amigos a humildade, a música e a
paciência. Em seu palácio dos ventos, um dragão do
clima espirala perto de sua fonte, ouvindo as gotas
de água que caem em sua bacia, sobem aos céus e
caem outra vez. Se inquirido, ele poderia responder que nenhum outro estudo é essencial para aquele que
entende aquele fluxo.
DRAGÕES TERRESTRES – TERRA
Os dragões terrestres (elemento terra)
governam as vias navegáveis interiores. Seu
domínio sobre a terra provém do dom da
fertilidade que eles trazem para os campos e
de sua autoridade em repartir a terra em
províncias distintas. Cada rio tem seu próprio
Dragão Rei que governa as suas águas de seu
palácio submerso. Esses governantes são
aterrorizantes e irresistíveis em sua ira.
Sinuoso e musculoso, um dragão de terra usa
quatro conjuntos de escamas – vermelho
terroso, marrom cor de lama, verde escuro e
verde esmeralda brilhante – conforme
avança para a maturidade. Ele escolhe seu
caminho através da terra se movendo em seis
patas enormes, deleitando-se em florestas e
árvores.
Em sua juventude, um dragão terrestre é
robusto, firme e conservador. Embora não
seja duro como seu primo de fogo, este
patrono dos místicos Taoistas é um grande
supervisor. Disfarçado de humano, muitas
vezes ele vaga pelo campo vestido como um
monge e oferece ditados enigmáticos a quem
o encontra. Para seu sustento, este
vegetariano exclusivo consome enormes
quantidades de folhagem, e então faz a planta
crescer novamente com o poder de sua magia.
DRAGÕES SUBTERRÂNEOS – METAL
Os dragões subterrâneos de metal são
grandes colecionadores, habitando nos
lugares ocultos da Terra. Estas entidades são
guardiãs dos tesouros espirituais e materiais,
e são ciumentos com o seu dever ordenado
pelo Céu. Postados às portas das Cortes
Elementais de Terra e Metal, estas grandes
bestas podem ver a ganância ou a
generosidade no coração humano. Um
dragão de metal brilha como diamantes e
caminha com uma marcha cambaleante em
quatro patas leoninas. Sábios nos caminhos
da ciência e do misticismo, os dragões
metálicos são, todavia, criaturas de capricho
e ambição. Uma vez, de acordo com a
doutrina de Akasha, eles tentaram derrubar
os próprios deuses. Cinco rebeldes foram
capturados, marcados com o selo do
Imperador Celestial e lançados em celas sob
o Monte Meru. De vez em quando, eles
agitam e abalam os alicerces da montanha
perdida, causando ondas na Poça ao centro
da sociedade Akáshica. Dois dragões de metal se recusaram a se rebelar. Ambos são experientes o
suficiente, mas muitas vezes abandonam seus postos para viajar para a Terra em formas humildes. Wan Ko
favorece os pássaros, de forma que ele captura bugigangas fascinantes e as leva consigo para seu posto.
Han Qwa Shen assume a forma de uma mulher de cabelos dourados. Seduzindo igualmente mortais e
espíritos, ela reúne os presentes que eles lhe dão, coloca-os em uma cesta de junco e os leva consigo para
a Corte da Terra.
GRANDES DRAGÕES DO MAR –
ÁGUA
Os grandes dragões do marpossuem
manchas verdes e de um azul profundo, e
muitas vezes chegam a ter de 4 a 6 mil
metros e meio de comprimento. Sem asas e
sem patas, essas serpentes enormes viajam
exclusivamente nadando. Estas são as bestas
chamadas de Leviatã, Jörmungandr, Lung
Yu e outros nomes secretos. Nas
profundezas sem sol, eles mantêm cortes que
poderiam levar um homem mortal à loucura.
Nenhuma força na Terra pode resistir a tal
besta que, irritada, levanta tufões, terremotos
e maremotos. Krakens e baleias servem de
alimentos para estes dragões, e enormes
Reinos marítimos vazam para dentro de seus
domínios.
De vez em quando, um dragão do mar
assume uma forma menor, nadando entre os
peixes ou transportando-se para a terra seca
para caminhar entre os homens. Algumas
pessoas dizem que se você passou por uma
mulher de cabelo molhado e olhos cor de mar
tempestuoso, você já viu um dragão do mar
em carne e osso. Nos dias posteriores,
quando os oceanos já estavam poluídos e
seus grandes animais haviam sido abatidos,
dragões do mar podem ocasionalmente vir à
terra, contra as criaturas irritantes que aqui
moram. Mas não é da vontade do Céu que a humanidade seja expurgada, de modo que os dragões seguram
a própria ira. Ainda assim, a mulher com olhos de oceano agitado tem um esgar duro em seu sorriso, e
contorce as próprias mãos nervosamente, como se estivesse pronta para atacar.
Fichas dos Grandes Dragões Celestiais A majestade dos grandes dragões celestiais vai muito além da
capacidade das Características do sistema Storyteller. Caso tal criatura apareça, assume-se que ela possa
fazer mais ou menos o que quiser, dobrando os elementos à sua própria vontade como um arquimago.
Centenas de metros (ou mesmo de quilômetros!) de comprimento, este espírito-titã se manifesta como uma
grande tempestade, nuvens em forma de dragões ou como um viajante humilde (às vezes humano, às vezes
não) com os talentos de um deus – e sabedoria para não utilizar tais talentos.
Priminhos: Os Dragões Menores
Criaturas de um mundo pequeno, os Dragões
Menores raramente são considerados realmente
dragões. Pouco maiores do que um cavalo ou um
leão, no entanto, compartilham as características
mágicas de seus parentes. Eclodindo de ovos
pequenos e lisos, a raça menor chega à maturidade
em 100 anos ou mais, e então eles vivem mais ou
menos a mesma coisa que os humanos. Como bestas
jovens, muitos dragões menores aspiram a se
tornarem maiores. No entanto, quando os anos
passam e nenhuma mudança acontece, as pobres
coisas caem no desapontamento, a menos que algum
outro dragão os tome em seus encargos. De toda a
raça dos wyrm, os dragões menores são os mais
sociáveis e propensos a andar ao lado de um ser
humano por algum tempo (em suma, eles são a raça
ideal de personagem monstro…). Estas bestas
incluem:
LINDWORM
O esquivo lindworm que persegue os dejetos estéreis. Embora nativo das frias montanhas da Europa
Oriental, esses dragões sem asas têm sido avistados em locais tão longínquos quanto a Ásia Central. Incapaz
de voar, o lindworm atinge incríveis velocidades correndo na vertical, impulsidado por duas poderosas
patas reptilianas. A cabeça da criatura, contrabalanceada por uma cauda grossa e chicoteante, se impulsiona
pra frente para expirar uma nuvem de veneno ou ranger sua presa entre os dentes grossos e afiados. Nos
dias atuais, pode-se dizer que ele é um dinossauro. Se não fosse por seu intelecto, respiração flamejante e
ocasionais poderes mágicos, ele seria realmente um.
DRAGÃO MENOR: LINDWORM
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 2 (filhote) / 3 (jovem) /
6 (adulto) / 5 (ancião)
Carisma 2 (filhote) / 4
(jovem) / 5 (adulto) / 5
(ancião)
Percepção 4
Destreza 2 (filhote) / 4
(jovem) / 7 (adulto) / 6
(ancião)
Manipulação 3 Inteligência 3
Vigor 2 (filhote) / 3 (jovem) /
5 (adulto) / 5 (ancião)
Aparência 3 Raciocínio 4
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 4 Mordida: Força + 3 dados
Esportes 3 Sentidos Aguçados (1)
Consciência 3 Aparência Alienígena (4)
Briga 4 Armadura (2)
Busca de Comida 3 Velocidade Aumentada
Intimidação 6 Destemido (3)
Sobrevivência 3 Sopro Perigoso (vapor venenoso;
subtraia dois dados de todas as Paradas
de Dados por dois turnos)
Caçada Selvagem 3 Mesmerismo (3)
Elemento Terra (solitário resoluto) Equilíbrio Perfeito
Força de Vontade 6 Tamanho (5)
Níveis de Vitalidade Ok x 5, -1 x 3, -3 x 3, -5, Incapacitado Antecedente – Idade (3)
Nível de Armadura 2
ANFÍPTERO O anfíptero é uma serpente alada, mas sem
patas, que se locomove exclusivamente voando. Uma criatura
gananciosa e egoísta, gosta de passar o tempo voando sobre as
copas das árvores perfumadas de sua terra natal, e guarda
zelosamente a resina preciosa que recolhe de todas. O
anfíptero tem uma disposição feroz; seu rugido solitário é
conhecido por ter causado a queda de grandes guerreiros. Nos
Apócrifos, estes dragões são retratados deslizando através da
planície, levando as carruagens da Arábia para a batalha. O
anfíptero tem um temperamento inteligente e perspicaz. Suas
palavras, ainda que rancorosas, muitas vezes soam
verdadeiras. Espécie de profeta, ele adora magos e dedica seus
melhores esforços para impressioná-los. Embora a maioria de
sua espécie seja estritamente reptiliana, vários contos trazem
relatos de anfípteros na forma humana, caminhando ao lado de
magos como as soberbas criaturas sensuais que são. Irritados,
esses impostores explodem na forma dracônica, devastando todos à sua volta antes de recuperar seu
temperamento frívolo.
DRAGÃO MENOR: ANFÍPTERO
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 1 (filhote) / 2 (jovem) /
4 (adulto) / 5 (ancião)
Carisma 3 Percepção 5
Destreza 2 (filhote) / 5
(jovem) / 7 (adulto) / 7
(ancião)
Manipulação 4 Inteligência 3
Vigor 1 (filhote) / 3 (jovem) /
4 (adulto) / 4 (ancião)
Aparência 3 Raciocínio 2
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 2 Mordida: Força + 2 dados
Esportes 3 Aparência Alienígena (4)
Consciência 3 Armadura (3)
Briga 2 Compulsão (3; Defenda Seu
Território)
Esquiva 2 Banquete Irritante (3)
Voo 5 Fala Humana
Intimidação 3 Fonte de Informação
Linguística 1 Sem Membros Destros
Caçada Selvagem 2 Metamorfo (5)
Elemento Ar (diletante efêmero) Sentir-Alma/Sentir-Morte
Força de Vontade 5 Antecedente – Tesouro (1)
Níveis de Vitalidade Ok x 4, -1 x 3, -3 x 2, -5,
Incapacitado
Asas (5)
Níveis de Armadura 1 / 2 / 3 / 3
ESFINGE OU GATO-DRAGÃO Uma esfinge ou
um gato-dragão se assemelha a nada mais do que
um tigre ou uma pantera com asas membranosas,
dentes enormes, olhos de serpente e sopro
fumegante. Alguns contos colocam uma cabeça
humana sobre os ombros da esfinge, mas tais
animais são esquisitos na melhor das hipóteses.
Nativos da Índia, Américas e de certas partes da
África, este pequeno porém ágil dragão compartilha
da ferocidade de seus primos felinos e da
imaginação mística dos servos celestiais. Inquieto e
solitário, ele percorre as florestas, selvas e falésias.
Ninhos estabelecidos de bestas maiores são um
mistério para ele. Por que um dragão deseja se
estabelecer?
O que lhe falta em poder, a esfinge compensa em intelecto. Perceptiva e curiosa, ela espia em poças d’água
e vidros prateados para ver lugares que nenhum gato mortal poderia. Como um gatinho, ela se diverte no
chão – ou no ar! – com um brilho predatório nos olhos. Ela ocasionalmente faz amizades com xamãs ou
sacerdotes que podem alimentar sua intensa fome de enigmas e sabedoria. Se suficientemente motivada,
uma esfinge hábil pode assumir a forma humana – tais segredos são fáceis de se aprender se você dominar
as artes que ela domina!
Dragão Menor: Esfinge ou Gato-Dragão
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 1 (filhote) / 2 (jovem) / 3
(adulto) / 3 (ancião)
Carisma 4 Percepção 5
Destreza 2 (filhote) / 5 (jovem)
/ 6 (adulto) / 7 (ancião)
Manipulação 6 Inteligência 3 (filhote) / 5
(jovem) / 9 (adulto) / 10
(ancião)
Vigor 1 (filhote) / 2 (jovem) / 3
(adulto) / 3 (ancião)
Aparência 4 Raciocínio 6
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 4 Mordida: Força + 2 dados
Esportes 2 Garras: Força + 3 dados
Briga 2 Sentidos Aguçados (1)
Enigmas 6 Aparência Alienígena (2)
Busca de Comida 4 Compulsão (2; Coletar e Resolver Quebra-
Cabeças)
Voo 2 Aprimoramento
Intimidação 4 Destemido (1)
Erudição (Regional) 1 Sopro Perigoso (4 dados de dano de fogo)
Furtividade 2 Lambida Curativa (1)
Sobrevivência 2 Fala Humana
Caçada Selvagem 3 Mesmerismo (3)
Elemento Fogo (andarilho bruxuleante) Visão Noturna
Força de Vontade 8 Metamorfo (5)
Níveis de Vitalidade Ok x 3, -1 x 3, -3 x 2, -5,
Incapacitado
Timidez
Nível de Armadura 0 Tamanho (5)
Visão Espiritual
Asas (3)
GUARDIÃO FU O guardião fu aguarda
na entrada de templos asiáticos e bibliotecas
Herméticas. Um cão de guarda da ordem e
da civilidade, estes dragões menores se
assemelham ao cruzamento entre um leão,
um dragão e um cão. Atarracado e de crina
grossa, ele encara todos os cantos com
olhos malignos e dentes sólidos. Suas
quatro patas musculosas terminam em patas
maciças que escondem garras de cinco
centímetros capazes de abrir buracos em
pares de pedra. No entanto, apesar de seu
semblante feroz, esta besta é a mais
amigável de sua espécie. Encarregados
pelos Céus de salvaguardar povos virtuosos
e lugares sagrados, ele cumpre o seu dever
com vigor e boa vontade.
Tão bestial quanto ele aparenta, ainda assim o fu é muito esperto. Ele não é capaz das ciladas astutas do
gato-dragão ou tem a visão dos celestiais, mas ele aprende as línguas humanas com pouco esforço. Como
qualquer bom frequentador de templos, ele é educado e reservado, tranquilo e fala pouco. Quando responde,
a voz do fu troveja profunda e ressoante como um tambor com um chocalho dentro. Diz-se que um fu não
pode quebrar uma promessa. Pode ser folclore, mas muitos místicos consideram isso uma verdade.
Dragão Menor: Guardião Fu
Atributos
Físicos Sociais Mentais Força 2 (filhote) / 4 (jovem) /
7 (adulto) / 7 (ancião)
Carisma 3 (filhote) / 5 (jovem) / 6
(adulto) / 7 (ancião)
Percepção 4
Destreza 2 (filhote) / 4
(jovem) / 6 (adulto) / 6
(ancião)
Manipulação 2 Inteligência 3
Vigor 2 (filhote) / 3 (jovem) /
6 (adulto) / 5 (ancião)
Aparência 4 Raciocínio 3
Habilidades Ataques/Poderes
Prontidão 3 Mordida: Força +3 dados
Esportes 5 Garras: Força +2 dados
Consciência 3 Sentidos Aguçados (3)
Briga 3 Faro Apurado (2)
Cultura 1 Aparência Alienígena (3)
Intimidação 4 Antecedente – Aliados (5; residentes
do templo)
Linguística 3 Armadura (1)
Caçada Selvagem 3 Partilha de Obrigações (4)
Elemento Madeira (defensor corpulento) Compulsão (4; Manter a Própria
Palavra)
Força de Vontade 7 Aprimoramento
Níveis de Vitalidade Ok x 3, -1 x 3, -3 x 2, -5, Incapacitado Lambida Curativa (3)
Nível de Armadura 3 Fala Humana
Escudo Místiko (1)
Visão Espiritual
Este material veio do Blog Livro dos Espelhos – sendo uma previa do livro Bygone Bestiary,
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Meus parabéns ao pessoal do Blog