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Pub. SUL FUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA diário do PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS ) Rossio - Évora PERIODICIDADE DIÁRIA SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2016 ANO: 46.º NÚMERO: 12.686 Manuel Marchante tomou posse como presidente Associação de Estudante s Alentejo lamentou mais 13 mortes na estrada Comparando 2014 e 2015 .... PÁG. 6 .... ÚLTIMA PÁG. ENTREVISTA grande .... PÁG. 7 Candidatos à Presidência da República Marisa Matias Os dois fatores que podem explicar o aumento de acidentes graves nas estradas da região em 2015: Mau estado das vias e condições climatéricas adversas. O número de mortes subiu significativamente face a 2014, registando um crescimento de 43 para 56 vítimas, segundo os dados agora divulgados pela ANSR. quer combater o abandono escol ar O aluno do doutoramento em Gestão, Manuel Marchante já tomou posse como presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), sucedendo no cargo a Luís Pardal. O dirigente estudantil reiterou a garantia de que o futuro positivo da AAUÉ passa pela aposta em áreas âncora como a ação social e apoio ao estudante, a pedagogia e política educativa e o desporto e saúde. Disse seguir o legado de Luís Pardal, pretendendo aproximar, cada vez mais, a universidade da cidade de Évora, mostrando que o desenvolvimento desta localidade e da região pode assentar na massa crítica resultante dos estudantes e licenciados desta instituição de ensino superior.

Ds 11 01 2016

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Edição Diário do SUL - 11Janeiro2016

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Page 1: Ds 11 01 2016

Pub.

SULFUNDADOR E DIRECTOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA DIRECTORES ADJUNTOS: MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA e MANUEL J. PIÇARRA

diário doPUBLICAÇÕES

PERIÓDICAS

PREÇO AVULSO: 0,75 € (75 CÊNTIMOS )

Rossio - Évora

PERIODICIDADE DIÁRIASEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2016

ANO: 46.ºNÚMERO: 12.686

Manuel Marchante tomou posse como presidente

Associaçãode Estudantes

Alentejo lamentoumais 13 mortesna estrada

Comparando 2014 e 2015

.... PÁG. 6

.... ÚLTIMA PÁG.ENTREVISTAgrande

.... PÁG. 7

Candidatos à Presidênciada República

MarisaMatias

Os dois fatores que podem explicar o aumento de acidentes graves nas estradas da região em 2015: Mau estado das vias e condições climatéricas adversas. O número de mortes subiu signifi cativamente face a 2014, registando um crescimento de 43 para 56 vítimas, segundo os dados agora divulgados pela ANSR.

quer combater oabandono escolar

O aluno do doutoramento em Gestão, Manuel Marchante já tomou posse como presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), sucedendo no cargo a Luís Pardal. O dirigente estudantil reiterou a garantia de que o futuro positivo da AAUÉ passa pela aposta em áreas âncora como a ação social e apoio ao estudante, a pedagogia e política educativa e o desporto e saúde. Disse seguir o legado de Luís Pardal, pretendendo aproximar, cada vez mais, a universidade da cidade de Évora, mostrando que o desenvolvimento desta localidade e da região pode assentar na massa crítica resultante dos estudantes e licenciados desta instituição de ensino superior.

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2 Tema de AberturaSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016 diário do SUL

ÉVORA

DIRECTORMADEIRA PIÇARRA

NOTA DO DIANOTA DO DIA

diár

io d

o SU

L DIRECTOR E FUNDADOR: MANUEL MADEIRA PIÇARRA

PROPRIEDADE: PIÇARRA - DISTRIBUIÇÃO DE JORNAIS, LDA.

DIRECTORES ADJUNTOS:MARIA DA CONCEIÇÃO PIÇARRA; MANUEL J. PIÇARRA

EDITORES EXECUTIVOS:PAULO JORGE M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5214)JOSÉ MIGUEL S. M. PIÇARRA (Cart. Prof. N.º 5216)e-mail: [email protected]

FOTOGRAFIA - DIÁRIO DO SUL

COORDENADORES PUBLICITÁRIOS:ANTÓNIO OLIVEIRA / CARLOS EVARISTO DINIZe-mail: [email protected]

CONTACTOS (geral): Tels: 266 730 410 * 266 741 341 • Fax: 266 730 411

ASSINATURAS:ÉVORA: Trav.ª de St.º André, 6-8 — Apart.: 2037 — 7001-951 ÉVORA CodexTels. 266 730 410 • 266 741 341 • 266 744 444 e-mail: [email protected]

REDACÇÃO: Roberto Dores (Cart. Prof. N.º 2863); Maria Antónia Zacarias (Cart. Prof. N.º 4844); Bruno Calado Silva(Cart. Prof. N.º 4479); Marina Pardal (Cart. Prof. N.º 9157) e-mail: [email protected]

COLABORADORES:A. Mira Ferreira; Dr. Carlos Zorrinho; António Gomes Almeida; Dr. Carlos Almeida; Dr. Luís Galhardas; Mário Simões; João Aranha; J. Correia; A. Moreira; M. O. Diniz Sampaio; Alexandre Oliveira; Dr. Bravo Nico; Dr.ª Lurdes Pratas Nico; Pe. Rui Rosas da Silva; Dr.ª Maria Reina Martin; Marcelino Bravo; Arq.º Fernando Pinto; Major Velez Correia; António Ramiro Pedrosa Vieira; Prof. Costa Coelho; Jorge Barata Santos; Dr.ª Paula Nobre de Deus; J. Ventura Trindade; José Eduardo Carreiro; Dr. Henrique Lopes; Dr. Luís Assis; Orlando Fernandes; Pe. Madureira da Silva; José Palma Rita; Diamantino Dias; Carlos Cupeto.

ESTATUTO EDITORIAL:ver em www.diariodosul.com.pt

Impressão Rotativa: Grafi alentejo - ÉVORATIRAGEM: 4.500/EdiçãoN.º Registo: 100262 NIPC: 506 754 413 • ISSN: 1647-6816

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Piçarra - Distribuição de Jornais, Lda.

CAPITAL SOCIALManuel José Madeira ..................... 8,12%Manuel José S.M. Piçarra ............ 22,97%Paulo Jorge S. M. Piçarra ............ 22,97%Maria da Conceição Piçarra ......... 22,97%José Miguel S.M. Piçarra.............. 22,97%

DISTRIBUIÇÃODISTRIBUIÇÃO

(porta a porta)(porta a porta)

Agora também na TV

Canal 502 e escolha Rádios Nacionais

1 – Tive difi culdade em perceber a extinção dos Governos Civis.

Faziam falta porque eram uma Instituição a que os cidadãos podiam recorrer de decisões administrativas de demoras e de más vontades.

Os custos dessa Instituição não eram relevantes e prestigiavam o Poder Central pois no fundo os Governos Civis eram os representantes do Governo.

Existiram sempre na História da política portuguesa e deveria ser repensada a decisão que os extinguiu. Tinham credibilidade e eram afi nal, uma cúpula ofi cial com funções de antecâmara de uma futura Regionalização porque o seu espaço era distrital.

2 – Vergílio Ferreira viveu muitos anos em Évora onde tem uma rua com o seu nome. Foi aqui no Liceu professor e ensinou várias gerações. Foi aqui que escreveu alguns dos seus livros e neles retratou a vida social da época.

Se fosse vivo faria 100 anos neste mês. Julgo que seria oportuno evocar em Évora a vida do grande escritor que ele foi com uma conferência a promover pela Cultura, pela Universidade e pelo Município.

Lembrar aqueles que por Évora passaram e a enalteceram é um dever de cidadania. Esperemos.

(...)Lembrar aqueles que por Évora passaram e a enalteceram

é um dever de cidadania. Espe-

remos(...)

A Câmara de Alandroal, no distrito de Évora, vai começar a receber este ano um empréstimo de 8,5 milhões de euros, no âmbito da assistência fi nanceira do Fundo de Apoio Municipal (FAM), para pagar dívidas a forne-cedores.

A presidente do município, Mariana Chilra (CDU), revelou à agência Lusa que o Programa de Ajustamento Municipal (PAM) já foi aprovado pela câmara e assembleia municipal e pela comissão executiva do FAM e que só falta o visto do Tribunal de Contas.

Município começa este ano a receber 8,5M€ do Fundo de Apoio Municipal

“Estava previsto a câmara receber 3,6 milhões de euros no quarto trimestre de 2015”, mas, como “não conseguimos obter o visto do Tribunal de Contas”, a transferência deverá ocorrer este ano, o que implicou “uma altera-ção de fundo” no orçamento municipal para 2016, disse.

Segundo a autarca, o orça-mento municipal para este ano, inicialmente aprovado em outu-bro de 2015, “tinha um valor de 13,2 milhões de euros”, mas “passou para 16,8 milhões de euros” para acomodar o valor da primeira tranche do empréstimo

do FAM de 3,6 milhões de euros.

“Com esse valor, teríamos pago dívida, que agora não teria que constar e pesar no nosso orçamento para este ano”, assi-nalou.

Este ano, precisou, a Câmara de Alandroal deverá receber do FAM cerca de 710 mil euros em cada trimestre, além da primeira tranche do empréstimo de 3,6 milhões de euros, estando pre-vistas quatro parcelas de 419 mil euros, em 2017, e duas de 209 mil, em 2018, num total de 8,5 milhões de euros.

“Alterações Legais e Fiscais nas IPSS” é o tema de uma sessão formativa certifi cada que vai decorrer em Évora, no dia 26 deste mês, numa organização da

União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) de Évora.

A sessão vai decorrer no auditório dos serviços de Évora

da Direção-Geral dos Estabele-cimentos Escolares (DGesTE) e destina-se a dirigentes, técnicos, contabilistas e quadros adminis-trativos das instituições.

Sessão aborda “AlteraçõesLegais e Fiscais nas IPSS”

ALANDROAL

SERPA

Bailarina brasileira Natália Fernandes estreia-se em Portugal

A bailarina e coreógrafa brasi-leira Natália Fernandes vai atuar pela primeira vez em Portugal, no dia 16 deste mês, com a apre-sentação de dois solos de dança contemporânea no Musibéria, em Serpa, no distrito de Beja.

Segundo o Musibéria - Centro Internacional de Músicas e Danças

do Mundo Ibérico, a atuação em Serpa será “a estreia absoluta em território português” de Natália Fernandes, que tem desenvolvido trabalho e pesquisa por diversos pontos do mundo.

Os solos “Anatomia e Estra-tégia” e “This is Not Mine” vão ser apresentados no dia 16, a

partir das 18:00, e, no dia 20 deste mês, Natália Fernandes irá ministrar, no Musibéria, uma ofi -cina de dança, intitulada “Dançar o Outro?”, dirigida a todos os inte-ressados a partir dos nove anos e que deverão inscrever-se através do endereço de correio eletrónico [email protected]ão pública sobre cultura do pistacho

CASTRO VERDE

A cultura do pistacho como “uma oportunidade com futuro” vai ser debatida numa sessão pública na terça-feira, a partir das 17:00, no IN Castro - Centro de Ideias e Negócios de Castro Verde, no distrito de Beja.

Segundo a Câmara de Castro

Verde, a sessão “Pistacho - uma oportunidade com futuro”, pro-movida por uma empresa, é aberta a todos os interessados e visa “contribuir para um maior conhecimento e divulgação da espécie com um grande potencial em Portugal”.

A sessão vai abordar os aspe-tos ligados à cultura do pistacho, como a estratégia da produção à comercialização, o mercado mun-dial, o modelo técnico, o negócio potenciado e as ajudas previstas no Programa de Desenvolvimento Rural 2014-2020.

A Câmara de Aljustrel vai pro-mover, a partir de dia 15 deste mês, as segundas “Jornadas sobre Envelhecimento + Ativo” para discutir “novas realidades” de uma sociedade que “está a envelhecer” e realizar atividades para idosos.

Segundo a autarquia, todos os profi ssionais da área, estudantes,

seniores, familiares e pessoas interessadas num envelhecimento mais ativo podem participar nas jornadas, que vão decorrer até 01 de outubro, Dia Internacional do Idoso.

As jornadas vão arrancar no dia 15 deste mês, às 15:00, no auditório da Biblioteca Municipal de Aljustrel, no distrito de Beja,

com a conferência “Envelheci-mento ativo: Novos paradigmas na terceira idade”.

O programa das jornadas prevê outros eventos dirigidos a idosos, como palestras, “workshops” sobre vários temas, como saúde e bem-estar, direitos e segurança da pessoa idosa, exposições, pas-seios, visitas e idas ao teatro.

Jornadas sobre Envelhecimento + AtivoALJUSTREL

PORTALEGRE

Assalto a papelariaDe madrugada foi assaltada a Papelaria Tara e os

gatunos roubaram tabaco no valor de 4 mil euros.A PSP averigua o assalto registado no centro da

cidade.

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3OpiniãoSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

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Completa-se este ano o 55º aniversário sobre a data da eclo-são da guerra em Angola. Por curiosidade, segundo documen-tos que tenho na minha posse, visto que me encontrava naquele território imenso com 1.250.000 Km2 (14,5 vezes maior que Por-tugal continental e onde cabe 3,5 vezes a poderosa Alemanha) o dispositivo operacional do Exér-cito era, quiçá com pequena mar-gem de erro (para mais ou para menos) o que passo a descrever, pelo que terei de lamentar a pou-ca atenção, no que toca à segu-rança, que o Governo da Nação dedicava às suas províncias do Ultramar, numa altura em que uma grande maioria das colónias de África estava sendo entregue pelos países colonizadores. Pois o contingente do Exército na maior província de Portugal de então, segundo os dados que tenho na minha posse eram os seguintes:

- Quartel General da 3ª Região Militar, em Luanda.

- Unidade de guarnição nor-mal:

Regimento de Infantaria de Luanda, com:

- Uma Companhia de Ca-çadores em Vila Henrique de Carvalho

GRANDES RISCOS- Uma Companhia de Caçado-

res em Santo António do Zaire- Um Batalhão de Caçadores

em Malange.Regimento de Infantaria de

Nova Lisboa com:- Uma Companhia de Caçado-

res do Lobito.Regimento de Infantaria de Sá

da Bandeira com:- Uma Companhia de Caçado-

res em Vila Roçadas.Batalhão de Caçadores nº 1,

em Cabinda, com:- Uma Companhia de Caçado-

res no Dingo- Uma Companhia de Caçado-

res em Chiaca.Batalhão de Caçadores nº3,

em Carmona, com:-Uma Companhia de Caçado-

res em Nóqui- Uma Companhia de Caçado-

res em Maquela do Zombo.Grupo de Reconhecimento

de Angola (Dragões) em Silva Porto, com:

- Um Esquadrão de Reconhe-cimento em Luanda.

Três Grupos de Artilharia de Campanha em Luanda, Nova Lis-boa e Sá da Bandeira. Batalhão de Engenharia em Luanda.

Era com estas forças do Exér-cito que se defendia um território 3,5 vezes maior que a Alemanha.

Logo após o terrível 15 de Março, chegaram ao território, como unidades de reforço:

- Uma Companhia de Caça-dores Especiais que seguiu para Cabinda

Uma Companhia de Caçado-res Especiais que foi colocada no Toto.

Uma Companhia de Caçado-res Especiais para Malange

Uma Companhia de Caça-dores Especiais que ficou em Luanda

Uma Companhia da Polícia Militar que ficou igualmente em Luanda, cidade que estava na corda bamba.

Tal situação leva-me a afirmar que se os movimentos, para a in-dependência de Angola, estives-sem devidamente apetrechados e com comandos capazes nesta altura, o que sucedeu na Índia no final do mesmo ano, teria acontecido em Angola logo em Março ou Abril e ter-se-iam pou-pado milhares de vidas humanas inocentes, visto que as nossas forças eram ineficazes, tal como aconteceu em Goa, Damão e Diu, contra forças que entretanto poderiam estar preparadas junto das longas fronteiras de terra e mar, até porque a ONU estava contra nós, tendo chegado ao ponto de aprovar uma moção apresentada pela Libéria dizendo que a questão de Angola poderia perigar até mesmo a paz mundial. E a ONU, repete-se, aprovou isto. Que grandes riscos corremos em Angola nessa época. E a verdade é que só mais tarde tivemos a no-ção dessa terrível situação.

CRÓNICA DA SEMANAVisto do Alentejo N.º 1.183

Compromisso 2016Dr. CARLOSZORRINHO

D esde que me recordo (a tradição já é bem vetusta) pela passagem de

ano costumo juntar à euforia simbólica desse ritual de passagem, devidamente regado por uns goles de champanhe, o deglutir de 12 passas de uva acompanhadas de 12 desejos para o ano vindouro. Devido às passas, ou mais provavelmente devido à razoabilidade dos pedidos, não tenho razões de queixa na sua concretização, pelo que não deixou de ter sido “arriscado” mudar a tradição. Mas mudei.

Este ano decidi fazer di-ferente. O que ensaiei neste ritual de passagem e que aqui partilho convosco, foi outra forma de olhar os tempos, con-vergente com a ideia de sermos protagonistas do nosso futuro e não espectadores passivos do que ele nos reserva, no eterno jogo de dados da existência.

Fiz em devido tempo pe-didos de saúde e sorte para familiares e amigos mas não os associei ao ritual das 12 passas. No momento da transição do ano, saboreando lentamente as passas de uva, estabeleci comigo próprio 12 compromis-

sos de ação, porque nos tempos em que vivemos as ideias para ganharem sentido precisam cada vez mais de ser transformadas em ações concretas.

Segundo a tradição, os desejos associados às passas não devem ser divulgados aos outros sob pena de perderem o seu efeito. Por analogia, também não vou revelar em pormenor os compromissos que estabeleci comigo mesmo. Mas conhecendo os meus leitores as prioridades da minha ação cidadã, certamente intuirão que a sua maioria se centrou na necessi-dade de neste ano, todos juntos, salvarmos o essencial do grande projeto de paz e prosperidade que tem que continuar a ser a União Europeia.

De facto, não sendo já o centro económico nem geopolítico do mundo, a União Europeia é no entanto um importante centro de referência em termos de cidadania, democracia, sensibilidade social, tolerância, aceitação da diversida-de e inovação social.

No projeto europeu, algumas linhas de progresso dada por ad-quiridas estarão este ano em risco de retrocesso. Impedir que isso aconteça terá um impacto forte no mundo na sua globalidade, mas também no nosso País, nas nossas

comunidades e na vida de cada um de nós em particular.

Em Portugal ensaia-se, até agora com bons resultados, a demonstração que há outros caminhos para pertencer com rigor à zona EURO, para além da austeridade cega, da redução a níveis mínimos da remuneração do trabalho e do incentivo à emigração dos nos-sos quadros mais qualificados.

A União Europeia, em risco de perder a Grã-Bretanha por referendo e alguns Países de Leste por incumprimento dos seus princípios aglutinadores, tem que se amarrar às novas agendas mobilizadoras, como a União Económica e Monetária, a União Digital ou a União da Energia, para a partir daí se reconfigurar e reencontrar no caminho.

Prometi dar tudo de mim por estes combates, em particu-lar pelos dois últimos para que a vida me preparou melhor. Alguns pensarão, e eu respeito, que são escolhas tecnocráticas e não afetivas. Não são. Nesses tabuleiros joga-se o emprego, a inclusão, a equidade e a susten-tabilidade do Planeta. Merecem bem as doze passas saborosas que firmam o meu compromis-so cívico para 2016.

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4 domQuixoteSEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2016 diário do SUL

LIVRO

dom QuixoteSuplemento de Artes e Letras

Este Suplemento é parte integrante do jornal «Diário do Sul» e não pode ser vendido separadamente

Antologia Solar de PoetasCidálio Castro

A DOR PERMANECE...Quando perdemos alguém muito queridoFica um vazio grande em seu lugarDe forma geral, todos o temos sentidoE a chaga é difícil de sarar.

E quando o amor por esse alguém é desmedidoConjugamos mil vezes o verbo AMARO nosso coração anda perdidoTanto bate depressa como muito devagar.

E o tal vazio é transformado em dorVenha chuva, venha frio, venha calorQuem pode afirmar que desaparece?

Em noites de luar, fitando a LuaMeditamos que a vida continuaÉ bem verdade, mas a dor permanece...

Velez Correia

LIVRO

Nova Antologia de Poetas Alentejanos

António Manuel Revez

ResquíciosPor vezes os poemas,são rosários de penas,De amores, incompreendidosou de revolta, sofridos,até de injustiças fermentadaque, em nós, deixou resquícios,Jamais será apagada,Pois, nos causou malefícios.

O deflagar do incêndio,que o bom censo amainou,Mas a memória é compêndio,não esquece quem nos prejudicou.Não é possível esquecer,Muito menos perdoar,longos anos a sofrer,tanto tempo a lutar.

José António Banha

EvidênciaPassou o Natal. Acabou mais um ano.Trocaram-se presentes. Taças na mão.Música, euforia, festa, esbanjamento.Mas... para muitos o nada e o não.

Quantos com doença, frio e fome!Quantos fugindo do horror da guerra!Quantos com a solidão por companhia!Quantos sem nada, fora de sua terra!

Revoltam-se os ventos e as águasDestruindo bens, ceifando vidas,Com poder superior ao humano.

Resta-nos a fé. Ela traz a esperança.Renovemos forças. Não estão vencidas!E esperemos Natal neste novo ano.

Maria José Murteira Silva Correia

Auroraenvergonhada

Eu às vezes deambulopela noite escura e friacom a cabeça entre as mãosÀ espera do novo dia!

O novo dia não nasceapenas rompe a Auroraque envergonhada aparecee tão pouco se demora!

Ai que tristeza Deus meuestou triste, desiludidap’ra onde fugiu o Solque me’ iluminava a vida?!

Maria Tereza Grave

Diário do SulCom aquela regularidade,A que nos habituou...Diário não só para a nossa cidade,Ele “mil fronteiras” ultrapassou.

Hoje e, aliás, de há muito tempo,Com uma tenacidade exemplar,O “Manel” e a sua gente, em campo,Mantém uns colaboradores de invejar.

Benvindos ao Novo Ano...O nosso quadragésimo sexto...A caminho dos treze mil, segue ufano,Glorioso e firme, sempre a direito.

A “Nota do Dia”, é o seu leme...Desperta a nossa atenção...E, como “quem não deve, não teme”...Tem de todos nós a sua aprovação.

Para todos em geral...Incluindo os colegas leitores...Um abraço de Parabéns e Feliz Ano, afinal,E, uma vez mais, os meus louvores!

José Pastorinho

À procurade si próprio

Quantas vezes vagueouP’las ruas da cidade.À procura de si próprioSem pôr em causa a liberdade.

Sabia que não estava sóO companheirismo era o segredo.Caminho já percorridoSublime e doce degredo.

Causas p’ra chorar ou rirO não esperar nada em trocaMotivos p’ra convergir.

E com ela poder errarPor se deixar prenderP’ra consigo próprio se encontrar.

Júlio Amaral

PoesiaÁgua cai em cordõespelos beiradoscomo prata derretida.O vento assobianas chaminésdescendoaté ao fogoque repousa nas suascinzas...

Nunes

Já lá vão 17 anos que SUÃO o projecto e realidade idea-lizado pelo Professor Bravo Nico veio à luz da Imprensa. Comemorando a data foi agora publicada a 28.ª edição com o editorial do fundador e coordenação de Daniela Lopes e Patrícia Ramalho.

Além do noticiário local noticía as actividades do ano vividas pela SUÃO e pelo povo de São Miguel de Machede que ali é divulgado, através da Escola Comunitária da aldeia.

O Menino da Bica

EscritorVergílio Ferreirafaria 100 anos

Este ano vai ser comemo-rado na Guarda o Centenário do nascimento do grande escritor Vergílio Ferreira que foi professor em Évora onde escreveu parte da sua obra.

A Biblioteca Municipal da Guarda irá fazer várias come-morações sobre a efeméride do escritor que nasceu em Melo.

O Ano Novochegou

2016 ANO NOVOEntra com o pé direitoFaz unir tudo o que é povoNum elo forte e perfeito.

ANO NOVO cheio de esperançaO sol vem mais ardenteCom sementes de bonançaCrescendo dentro da gente.

ANO NOVO chega com jeitoAfasta toda a maldadeFaz-nos sentir dentro do peitoUma criança em liberdade.

Eu quero um mundo melhorNós queremos um mundo novoUm BOM ANO cheio de amorÉ crença de todo o povo.

Jesus Cristo veio à terraEnsinar-nos esta liçãoQue os homens não façam guerraPratiquem AMOR e PERDÃO.

Sem guerras, ódios ou espadasSem lutas e sem rancorSó em PAZ de mãos dadasO mundo será melhor.

Perdão é dom naturalQue o homem deve sentirEsquecendo todo o malPassar na vida a sorrir.

Meu coração fica em festaFico com muita alegriaNa esperança que ainda me restaDe os homens se unirem um dia.

Celeste Avó Charneca

LONJURA...Próximo de mim, Deus meu, uma gritante perda de proximidade...Tenho amoras por colher dentro de mim......Universos contíguos por aclarar... por desventrar!Longe de mim auroras por desvirginarMas que subsistam esperanças mensageiras.Sentir assim, meu Deus, é sorvedouro de prtoximidade e de lonjura.Próximo d emim há batalhas sem vencidosE tormentos de quem procura sair-se vencedor.Longe de mim um poiso em nenhures... um poiso por reinventar.Tenho nuvens ao colo... afago e não te sinto... ainda!Há muito tempo que não saio contigo — primaveraE não aprumo o gesto de colidir com sóis madrugadores.Próximo de mim há tardes que se fazem cedoE noites que teimam em não se fazer nunca...Perto d emim um aadversidade... e outra...E uma benção por detrás de cada uma... a toda a hora!Quero, Deus meu, buscar-Te em cada lágrima cinzentaTornar o longe e o perto — ponte pardacentaDespir, meu Deus, a dança dos pudoresE fazer-me ao mundo onde Te sindo... amores e desamores.Longe d emim montanhas sábias e cheias de quietudeFranzindo os planos que se censuram entre si!Já não Te vejo, hoje, como Te via próximo de mim e longe...ao mesmo tempo.Agora perpetuo leituras cá por dentro......e estou nesta lonjura do momento!

in Solar dos Poetas - edição Modocromia

Arranjo de floresTinham as nuvens instalado a escuridãoMesmo por entre os sorrisos queSorriam imperceptíveisNo nevoeiro dos olhares caídosComo pétalas mortas pelo chão.Eu vinha dos lugares onde o mundose despede das coresE dos odores.Vinha em forma de pedra invisível,Ou era apenas naquele instanteO silêncio d euma dor conhecida.As nuvens cobriam tudoE as pedras que nasciam nas minhas mãosDe repente abriram-se em águaDas fontes mais frescas,E depois em terra húmida e vivaE carne suculenta,E vi as tuas mãosComo dois sóis a dançar comigo.Vi-me transformado nas floresque aninhavas com o amor dos pássarose afagavas com o amor das mães.Tanta vida assim parecia milagre,E pelo chão havia sepulturasde mais pétalas mortas e sem corComo a dor conhecida que continuava.Por isso, não aceitei o teu arranjonem to pedi.Sabia que viria,de mãos ternas,Nos diasem que o sol esconde as nuvensE as mil cores do teu sorrisolimpam o chãode todas as dores conhecidas.

in Nova Antologia de Poetas Alentejanos - edição Colibri

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5RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

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Inauguração da Horta do MateusO Centro Escolar de S. Mateus

este ano letivo está empenhado num processo de requalificação do seu espaço exterior. Neste âmbito encontra-se a desenvolver um projeto que contempla a vertente hortícola e animal. A implementação dum espaço desta natureza requer a envolvência de vários parceiros. Como tal, iniciaram alguns contactos para agregar as parcerias. A comunidade escolar e alguns familiares têm desenvolvido algumas atividades e a “Horta do Mateus” começou a ganhar forma, através da reciclagem de pneus usados e de paletes de madeira, já com alguns vegetais em bom estado de desenvolvimento.

Dia, 6 de janeiro, a tarde foi de imensa alegria, com a inauguração simbólica da Horta do Mateus, tendo sido colhidas duas alfaces e teve lugar a I feira de S. Mateus.

Marcaram presença nesta iniciativa a Presidente da Câmara Municipal, Hortênsia Menino, e os Vereadores João Marques, António Pinetra e Palmira Catarro. Também participaram representantes da União de Freguesias de Vila, Bispo e Silveiras e do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Novo.

Paralelamente realizou-se a inauguração da sala de cinema e a I Feira do Mateus!

Município de Évora, Coração Delta e parceiros apoiam idososs associações de idosos eborenses receberam diversos conjuntos de

higiene e bem-estar, no dia 6 de Janeiro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Évora. A iniciativa resultou de uma campanha de recolha dos produtos promovida pela Associação Coração Delta em parceria com a Câmara Municipal, que contou com o apoio do Banco de Tempo, Agrupamentos de Escuteiros 320 e 890, Banco de Voluntariado da Fundação Eugénio de Almeida e Supermercados Intermarché. A cerimónia foi animada pelo Grupo Coral do Centro de

Convívio Municipal (Rua do Fragoso) que cantou as Janeiras.

Após as boas vindas proferidas pelo Presidente da Câmara Municipal, Carlos Pinto de Sá, seguiu-se a intervenção da Vice-Presidente, Élia Mira. A autarca agradeceu a participação nesta campanha, sublinhando a importância do trabalho conjunto

com a Coração Delta que tem permitido apoiar com frequência os idosos do concelho, primeiro através da oferta de cabazes de Natal, depois angariando fundos para aquisição de aparelhos de teleassistência e agora com esta campanha.

A representante da Delta reconheceu igualmente o valor

deste trabalho que permitiu angariar 1000 conjuntos de produtos de higiene no valor de 31 mil euros em apenas um mês (100 dos quais ficam em Évora) a distribuir agora pelas associações de idosos que por sua vez os farão chegar aos seus associados mais necessitados.

Em nome do Banco de Tempo

A

e do Intermarché as suas representantes valorizaram a importância desta iniciativa e

mostraram a sua disponibilidade para continuar a colaborar em ações futuras.

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diário do SUL6 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016

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n Maria Antónia Zacarias

Fotos Exclusivas

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Manuel Marchante já tomou posse como presidente da AAUE

Melhorar a ação social e combater o abandono escolar são compromissos assumidos

aluno do doutoramento em Gestão, Manuel Marchante tomou posse, na passada quinta-feira ao final da tarde, como presidente da Associação Académica da Universidade de Évora (AAUE), sucedendo no cargo a Luís

Pardal. Manuel Marchante, que liderou a lista A, ganhou as eleições com 1150 votos. O dirigente estudantil reiterou a garantia de que o futuro positivo da AAUÉ passa pela aposta em áreas âncora como a ação social e apoio ao estudante, a pedagogia e política educativa e o desporto e saúde. Disse seguir o legado de Luís Pardal, pretendendo aproximar, cada vez mais, a universidade da cidade de Évora, mostrando que o desenvolvimento desta localidade e da região pode assentar na massa crítica resultante dos estudantes e licenciados desta instituição de ensino superior.

Manuel Marchante, o presidente eleito foi membro da direção cessante da AAUE, assumindo a coordenação do desporto e saúde. Agora, empossado que está, disse estar empenhado em “dar tudo de mim e comprometo-me com toda a minha força, principalmente perante os estudantes da Universidade de Évora, que irei dar o máximo para que a Associação Académica cresça no sentido que os estudantes mais desejam”.

No seu discurso de tomada de posse, o dirigente associativo considerou a recriação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o facto de a tutela ter anunciado que o ensino superior terá um orçamento plurianual a partir de 2017, o que, a seu ver, facilita a capacidade de gestão das instituições. “São portanto duas vitórias que não devem ficar por aí”, sublinhou, avançando que a ação social escolar, o abandono escolar, a investigação e inovação e a internacionalização são alguns dos temas “muito relevantes onde

tem que se partir pedra para conseguir levar avante o que os estudantes precisam”.

O novo presidente da AAUE anunciou que quer que a associação tenha uma presença muito maior nas residências da universidade, “por forma a perceber porque é que alguns não pagam a residência, a razão de se atrasem no pagamento das propinas, porque é que ocorrem roubos de comida. Daí que temos intenção de criar uma comissão de residências para discutir todas estas problemáticas e outras que não estão ainda identificadas para que possamos dar uma resposta

mais imediata àqueles que aqui vivem”.

Outros dos objetivos apontados por Manuel Marchante é a continuação da promoção do Barué, o bar académico da AAUÉ, aposta forte na vida académica, na loja da AAUE, na promoção da Copiaki, “o centro de cópias mais barato da cidade de Évora” e na “explosão em termos de representação no desporto federado da AAUE”.

Ao nível pedagógico, a AAUE disse compreender o papel da Universidade de Évora e sente que também tem o dever de assumir uma posição pró-ativa no sistema Continuidade

da aproximaçãodos estudantesà cidade de Évora

O mesmo responsável considerou ser da responsabilidade da Associação Académica interagir com a cidade e garantir aos seus habitantes o devido respeito e passar uma imagem harmónica do que é a relação dos estudantes com Évora, alterando também com isto a mentalidade de alguns dos seus

habitantes perante a vida estudantil. Assim, Manuel Marchante dá continuidade à política defendida pelo seu antecessor, Luís Pardal, no sentido de “promover a imagem positiva da vida estudantil e da tradição académica, dando boa visibilidade à cidade, entidades e cidadãos integrados na mesma. Os estudantes devem, portanto, ter um papel mais ativo na cidade, assim como a cidade deve encarar os estudantes como o futuro da cidade e do país”.

Manuel Marchante defendeu ainda que Évora deve assumir, de forma mais clara, o seu título de “Cidade Educadora” e asseverou que a AAUE, dentro da cidade e da região, quer desenvolver e cooperar, criando atividades

do qual afirmam ser parte integrante e, em conjunto com a instituição e com os seus departamentos “criar momentos de formação complementares e extraordinários às aulas por forma a potenciar os anos que os estudantes passam dentro da universidade”.

pedagógicas no âmbito do desenvolvimento estudantil, incluindo os ensinos básico e secundário, exportando o conhecimento com a finalidade de atrair interesse para a região.

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7SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

n Maria Antónia Zacarias

Foto: créditos Paulete MatosPub.

Marisa Matias em Entrevista

O que a leva a candidatar-se?

Sou de uma geração que já cresceu com os direitos cons-titucionais da democracia, uma geração que foi tendo acesso, mesmo que gradual, à saúde pública, à escola pública, aos serviços públicos e que é a mesma geração que os viu serem atacados pela austeridade e pelo ciclo de empobrecimento que vivemos nos últimos anos. Muitas das pessoas da minha geração nem sequer sabem o que é um contrato de trabalho e muitas pessoas de todas as idades foram forçadas a emigrar, muitas pessoas mais velhas foram escolhidas como sacrifica-das de serviço para os falhanços da política económica. Conheço bem o país por dentro e a partir de fora, não me enganam com as mentiras sucessivas dos últi-mos anos que impuseram tantos sacrifícios aos portugueses por causa de supostas imposições europeias. Não alimentarei esta mentira e tenho pena de ver políticos tão experientes a desistir do país. Candidato-me para defender o país, aqueles que aqui vivem e os que querem viver. Para garantir que o que está na Constituição é mesmo para cumprir. Para que a pre-cariedade ou o desemprego não sejam a regra para os mais novos, as pensões de miséria a regra para os mais velhos, para que as crianças tenham todas as mesmas oportunidades. Candi-

“Uma nova geração de políticas para um novo ciclo político”

arisa Matias é filha do 25 de Abri, socióloga com trabalho na área do ambiente e da saúde pública, foi deputada europeia pelo Bloco de Esquerda e, agora, é candidata à Presidência

da República. Afirma que as razões da sua candidatura são a defesa do país, daqueles que aqui vivem e os que querem viver, mas também a esperança de um novo ciclo político em Portugal que, a seu ver, recupere os rendimentos e a dignidade. Um ciclo que não pode ser travado em Belém, como salienta a candidata. Marisa Matias diz entender que o Presidente da República deve ser o garante do funcionamento das instituições e deve pôr a democracia a funcionar, assumindo o compromisso de que trabalhará sempre para o bem comum e não para interesses pessoais. Olhando para a região Alentejo, a candidata considerou que tem inúmeras potencialidades, mas tem sido sistematicamente discriminada em termos de serviços públicos, investimento e acessibilidades. Por isso, Marisa Matias entende que a coesão territorial e social são obrigações na magistratura de influência do Presidente da República.

dato-me em nome da esperança de um novo ciclo político em Portugal, que recupere os ren-dimentos e a dignidade, um ciclo que não pode ser travado em Belém.

Quais são os compromis-sos que assume perante os portugueses?

Os principais são fazer garan-tir os direitos consagrados de forma a melhorar a vida dos portugueses para recuperar a dignidade, defender intransi-gentemente os serviços públi-cos (saúde, educação, justiça) e ajudar a fazer cumprir o traba-lho com direitos como resposta à maldita precariedade e ao desemprego.

Revê-se na Constituição da República ou entende que ela deve ser revista?

Revejo-me na Constituição. Aliás, seria interessante que os portugueses pudessem compa-rar o que foram os programas políticos que os diferentes candidatos defenderam toda a vida, os seus valores e princí-pios, e o que está inscrito na Constituição. Creio que não teriam dúvidas em reconhecer que as minhas posições são muito compatíveis, totalmente compatíveis, com os direitos aí inscritos e foi por eles que sempre trabalhei.

Como vê o cargo do Presi-dente da República nos dias de hoje? Pensa que deveria ter mais funções?

Penso que tem as funções suficientes. O Presidente da

República deve ser o garante do funcionamento das institui-ções, deve pôr a democracia a funcionar e está numa posição por excelência para dar voz e pôr em diálogo os sectores mais esquecidos ou ignorados da sociedade.

De que forma olha para a região Alentejo? Entende que este território deve ter algum tipo de discriminação positiva?

Tenho trabalhado muito no Alentejo ao longo dos últimos anos. Olho como uma região cheia de potencialidades e que tem sido sistematicamente discriminada em termos de serviços públicos, investimento e acessibilidades. Não é normal que todas as unidades de inves-tigação e inovação do Alentejo, muitas delas avaliadas como excelentes, tenham no conjunto usufruído apenas de 2,54% do Orçamento de Estado dedicado à investigação. Também não é aceitável que na diabetes, uma área que tenho trabalhado muito, as crianças com diabetes não terem um centro de coloca-ção de bombas de insulina a sul do Montijo, se tiverem algum problema têm de ir a Lisboa, não haver financiamento para atribuir dez bombas de insulina que garantam a existência de um centro de colocação na região onde há maior percentagem de crianças diabéticas. A coesão ter-ritorial e social são obrigações na magistratura de influência do Presidente da República.

“Caso seja eleita quero abrir as portasdo Palácio de Belém

à população”

Caso seja eleita qual é a primeira iniciativa que vai ter?

Abrir as portas do Palácio às pessoas, no sentido literal, deixar de ser uma fortaleza. Ir a Bruxelas dizer que Portugal tinha agora uma Presidente que defendia o país.

O que espera que aconteça com a atual situação polí-tica? Considera que estamos perante um Governo sólido?

Penso que o sinal dado pelos portugueses nas eleições foi muito claro: acabar com o ciclo de empobrecimento, virar a página dos sacrifícios. Vivemos

uma nova esperança em vez do medo e este ciclo não pode terminar em Belém. Estamos perante um governo que quer começar a pôr a estabilidade da vida das pessoas à frente da estabilidade dos interesses económicos. Essa é a sua solidez

e foi resultado de uma escolha democrática.

Caso, hipoteticamente, haja crispações, o que pre-tende fazer?

Uma Presidente deve ser o garante da estabilidade política.

As crispações que possam existir terão exclusivamente a ver com o cumprimento da Constituição, isso é independente da cor polí-tica do governo. Não estou a ver crispações à volta dos acordos feitos.

Por fim, qual é o apelo que faz aos portugueses para que votem em si e não noutro candidato?

Os portugueses saberão ava-liar cada uma das candidaturas. Eu quero ser a Presidente que junta, que combate a tristeza e recusa a fatalidade. De toda a minha trajetória há uma garan-tia: trabalharei sempre para o bem comum e não para inte-resses pessoais. Sou totalmente livre de interesses que põem em causa a nossa independência. Uma nova geração de políticas para um novo ciclo político. Espero poder ter a honra do voto de confiança dos portu-gueses.

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diário do SUL8 RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016

MONTEMOR-O-NOVO

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Câmara investe 73 mil eurosem bolsas de estudo

A Câmara de Montemor-o-Novo anunciou hoje ter decidido atribuir este ano um total de 76 bolsas de estudo mensais para alunos que frequentem o ensino superior, num investimento glo-

bal de cerca de 73 mil euros.As bolsas, com montantes

entre os 70 e os 160 euros, por aluno, vão ser atribuídas durante 10 meses (outubro de 2015 a julho de 2016).

“Relativamente ao ano letivo anterior, registou-se um aumento de cerca de 20% no valor disponi-bilizado, bem como no número de bolsas atribuídas”, referiu a câmara.

Plano para turismo náutico no AlentejoA Entidade Regional de

Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo começou hoje a debater com os parceiros regionais, a pro-posta de execução do Plano Estra-tégico para o Desenvolvimento do Turismo Náutico no território.

A proposta foi elaborada com base nos resultados da consulta a vários agentes do setor público

com responsabilidade na gestão do território e do levantamento efetuado junto dos empresários que operam nesta atividade turística.

“O Plano Estratégico que a ERT pretende operacionalizar tem especial enfoque nas linhas de água interiores e nos principais eixos fluviais - entre os quais o Tejo

e o Guadiana -, no Alentejo Litoral e no Grande lago Alqueva e visa estruturar, dinamizar e promover o Turismo Náutico no Alentejo e Ribatejo”, foi revelado.

As reuniões começam em Salva-terra de Magos, hoje, seguindo-se Portalegre (terça-feira), Reguengos de Monsaraz (dia 18) e Odemira e Beja (16 de fevereiro).

Militares do Posto Territorial de Cabrela detiveram dia 7 de janeiro, em flagrante delito, no decorrer do policiamento aos campos agrícolas contíguos à freguesia de Cabrela, dois indivíduos maiores de idade, que se encontravam a furtar pinhas, tendo já na sua posse cerca de 175kg de pinhas, as quais foram prontamente apreendidas pelos militares.

GNR detém no espaço de uma semanacinco indivíduos em flagrante por furto de pinhas

Os detidos presentes no dia 8 de janeiro, nos serviços do Ministério Público do

Tribunal da Comarca de Montemor-o-Novo onde foram ouvidos em sede de 1.º Interrogatório Judicial. Face à prova demonstrada, o Ministério Público propôs a suspensão do processo mediante o pagamento de 150,00€ por cada um dos indivíduos.

Desde o início do presente ano e no espaço de uma semana a GNR de

Montemor-o-Novo já deteve 5 indivíduos por este tipo de

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9PublicidadeSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

Operacionais deManeio de Suínos

(M/F)

Pretende-se contratar um operacional e um auxiliar de maneio de suínos para exploração no concelho do Alandroal, preferencial-mente casal para residir em habitação da exploração pecuária.Resposta com Currículo ao n.º 157955 deste jornal ou para [email protected]@gmail.comgmail.com

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diário do SUL10 SociedadeSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016

NECROLOGIAMARIA FERNANDA SERRANOCANELA ROSMANINHO LOPES

Faleceu no dia 07 de Janeiro de 2016, em Évora, Maria Fernanda Serrano Canela Rosmaninho Lopes, de 66 anos, natural de Redondo e residente em Évora.

Dia 08-01-2016, na igreja da Sagrada Familia (Álamos) - Évora, pelas 14:30 horas, foi celebrada encomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito funebre para o cemitério do Espinheiro - Évora.

Agência Funerária Pestana - Évora – Servilusa

JOAQUIM LEAL MARQUES TRINCA(SARGENTO CHEFE EXÉRCITO)

Faleceu no dia 07 de Janeiro de 2016, em Elvas, Joaquim Leal Marques Trinca, casado com Josefa Das Dores Busca Carixas Trinca, de 78 anos, natural de Portel e residente em Campo Maior.

Dia 08-01-2016, na casa mortuária de Campo Maior, pelas 09:00 horas, foi celebrada encomendação de corpo presente, seguindo-se o préstito fúnebre para o crematório de Elvas.

Agência Funerária Campo Maior – Servilusa

LUIZ FILIPE DE ARAÚJO FERNANDES (Advogado)

Faleceu dia 08/01/2016 em Évora o senhor Luiz Filipe de Araújo Fernandes de 86 anos de idade natural de Carreira e Bente (Vila Nova

Sua esposa Maria de Fátima da Silva Chilrito Galhetas, fi lhos Vitor e Rui, noras, netos e restantes familiares, na impossibilidade de o fazerem pessoalmente como seria seu desejo, vêm por este meio participar a todas as pessoas das suas relações e amizade que será celebrada Missa pelo eterno descanso do seu ente querido, hoje dia 11 de Janeiro, pelas 18:30 horas, na Igreja da Sagrada Família (Álamos) - Évora, agradecendo desde já a descanso do seu ente querido, hoje dia 11 de Janeiro, pelas 18:30 horas, na Igreja da Sagrada Família (Álamos) - Évora, agradecendo desde já a descanso do seu ente querido, hoje dia 11 de Janeiro, pelas 18:30 horas,

quem se dignar a assistir a tão piedoso ato.

MANUEL INÁCIO MIRA GALHETAS

Missa de 30.º Dia

SERVILUSA SERVILUSA SERVILUSA (800 204 222

Agência Funerária Pestana

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de Famalicão), casado com a senhora Laurinda da Conceição António Fernandes, e que residia em Évora.

Dia 09/01/2016 na Igreja da Sagrada Família (Álamos), será celebrada missa de corpo presente às 15 horas, seguindo o seu funeral para o cemitério de Elvas.

Tratou Do Funeral A Agência Funerária Mauricio

Diário do Sul apresenta a todos os familiares as suas mais sentidas condolências.

O parlamento aprovou diplo-mas do PS, PCP, BE e PEV para a reposição, em 2016, dos quatro feriados nacionais retirados em 2012, com a abstenção das ban-cadas do PSD e do CDS-PP.

O projeto de resolução entre-gue pelo PSD e pelo CDS-PP, que propunha uma avaliação e “eventual alteração” da “suspen-são” dos feriados, foi rejeitado pelo PS, BE, PCP e PEV. O PAN votou favoravelmente todas as iniciativas legislativas sobre esta matéria.

No debate em plenário, o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares anun-ciou que o Governo já tem o parecer favorável da Santa Sé para avançar com a reposição em 2016 dos dois feriados reli-giosos retirados em 2012, com efeitos a partir de 2013 - o de Corpo de Deus (móvel) e o dia 01 de novembro (dia de Todos os Santos).

Os feriados civis que vão ser repostos em 2016 são o dia 5 de Outubro, que assinala a Implan-

tação da República, e o 1.º de Dezembro, Dia da Restauração da Independência.

O texto conjunto de PSD e CDS-PP, rejeitado à esquerda, recomendava ao Governo que “proceda, em estreito diálogo com a concertação social e com a Santa Sé, à avaliação e eventual alteração do acordo quanto aos feriados civis e religiosos”.

Os projetos aprovados vão ser discutidos na especialidade na comissão parlamentar de

Trabalho e Segurança Social e implicam alterações ao Código do Trabalho.

O projeto de lei do PS propôs a reposição dos feriados do 1.º de Dezembro e do 5 de Outu-bro. O PCP, BE e PEV avançaram com projetos de lei para repor os dois feriados civis e com projetos de resolução em que recomendam ao Governo que inicie com a Santa Sé os proce-dimentos necessários para rever o acordo que levou à suspensão dos dois feriados religiosos.

Parlamento aprova reposição dos feriadosretirados em 2012

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11RegionalSEGUNDA-FEIRA , 11 DE JANEIRO DE 2016diário do SUL

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Programa da RTA “Saúde Mental sem Tabus”

n Marina Pardal

Fotos Exclusivas

07:00 Zig Zag11:05 Carlos Do Carmo: Um Homem No Mundo12:00 O Mentalista13:00 Viagem Às Profundezas14:00 Sociedade Civil15:00 A Fé Dos Homens15:30 Euronews16:00 Zig Zag20:30 Cougar Town21:00 Jornal 221:45 Campanha Eleitoral - Presidenciais 201622:00 Revolução22:45 City Folk - Gente Da Cidade23:15 Os Anos 80 - A Década Que Nos Criou00:20 Rockefeller 3000:45 Portugal 3.001:45 Esec-Tv02:15 Sociedade Civil03:15 Euronews

06:00 Violetta07:00 Edição Da Manhã08:45 A Vida Nas Cartas: O Dilema10:00 Queridas Manhãs13:00 Primeiro Jornal14:30 Dancin’ Days15:30 Grande Tarde18:30 Babilónia19:00 Tempo de Antena19:15 Babilónia20:00 Jornal Da Noite21:30 Coração D’Ouro22:30 Poderosas23:30 A Regra Do Jogo00:30 C.S.I.01:30 Downton Abbey02:30 Podia Acabar O Mundo03:15 Televendas

06:30 Bom Dia Portugal10:00 A Praça13:00 Jornal da Tarde14:15 Os Nossos Dias15:00 Agora Nós17:30 FIFA Bola de Ouro 201519:00 Campanha Eleitoral - Presidenciais 201619:15 O Preço Certo20:00 Telejornal21:15 The Big Picture21:45 Donos Disto Tudo22:00 Prós e Contras23:45 Terapia00:155 Para a Meia-Noite01:15 Automobilismo: Rali Dakar 201601:30 Dexter02:30 Central Parque03:15 Os Nossos Dias04:45 Televendas05:45 Online 306:00 Manchetes 3

diário do sulTVPROGRAMAÇÃO TELEVISÃO

RTP 1 RTP 2 SIC TVI

DISTRITO DE ÉVORAALANDROAL – AlandroalenseARRAIOLOS – VieiraBORBA – CentralESTREMOZ – Carapeta IrmãoÉVORA - TeixeiraMONTEMOR-O-NOVO – FreitasMORA – Falcão, CentralMOURÃO – CentralPORTEL – Misericórdia REDONDO – Casa do PovoREGUENGOS MONSARAZ – ModernaVENDAS NOVAS – Santos MonteiroVIANA DO ALENTEJO – VianaVILA VIÇOSA – Monte

DISTRITO DE BEJAALJUSTREL – DiasALMODÔVAR – AureaALVITO – Nobre SobrinhoBARRANCOS – BarranquenseBEJA – FonsecaCASTRO VERDE – AlentejanaCUBA – MisericórdiaFERREIRA DO ALENTEJO – Salgado MOURA – Ferreira da CostaSERPA – Central VIDIGUEIRA – Costa

DISTRITO DE PORTALEGREALTER DO CHÃO – Alter; PortugalARRONCHES – Esperança; BatistaAVIS – Nova de Aviz

CAMPO MAIOR – CentralCASTELO DE VIDE – FreixedasCRATO – Misericórdia; MatosELVAS – CostaFRONTEIRA – Costa Coelho GAVIÃO – Mendes; Pimentel MONFORTE – JardimNISA – Seabra; Moderna PONTE DE SÔR – Varela Dias PORTALEGRE – NovaSOUSEL – Mendes Dordio; Andrade

LITORAL ALENTEJANOALCÁCER DO SAL – MisericórdiaGRÂNDOLA – Pablo; Silva ÂngeloSANTIAGO DO CACÉM – Corte RealSINES – Central

Farmácia de Serviço Tempo

ÉvoraAguac Máx.: 14º C | Min.: 11º C

Segunda-feira, 11

BejaAguac Máx.: 14º C | Min.: 13º C

PortalegreAguac Máx.: 11º C | Min.: 8º C

Évora - PSP- 266760450- GNR - 266748400- Protecção Civil- 266777150- Bombeiros Voluntários- 266702122- Hospital Espírito Santo - 266740100- Taxis- 266734734- Estação Caminhos Ferro - 707210220- SEF- 266 788 190 / 808 202 653- Universidade de Évora- 266740 800- Acção Social U.E.- 266 745 610- Piscinas Municipais- 266 777 186

Elvas- Bombeiros Voluntários- 268636320- PSP - 268639470- GNR - 268637730- Hospital Santa Luzia - 268 637600- Centro Saúde - 268622719- EDP - LTE - 800505505- Serviço de Águas - 268622267- Câmara Municipal Elvas - 268639740- Táxis - 268622287- Estação Caminhos Ferro - 707210220- Rodoviária do Alentejo - 268622875- Tribunal Judicial Elvas - 268639156

Telefones de Urgência- Repartição Finanças - 268622527

Beja- PSP - 284313150- GNR - 284311670- Protecção Civil - 284313050- Bombeiros Voluntátios - 284311660- Hospital de Beja- 284310200; 284310215 (horário nocturno)- Câmara Municipal - 284311800- Serv. Protecção Civil - 284311814- Posto de Turismo - 284311913- EMAS - 284313450 / 284313455- EDP - 284005000 / 800506506- Táxis de Beja - 284 322 474- Gare Rodoviária - 284313620- Caminhos de Ferro CP - 707210220

Portalegre- PSP- 245300620- GNR -245330888- Protecção Civil- 245201203- Bombeiros Voluntários - 245300120

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RTP veio ver ÉvoraSolidária em Direto

06:30 Diário da Manhã

10:10 Você na TV!

13:00 Jornal da Uma

14:45 Mundo Meu

16:00 A Tarde é Sua

19:28 A Quinta - O Desafio:

Diário

20:00 Jornal das 8

21:42 A Única Mulher

22:50 Santa Bárbara

23:55 A Quinta - O Desafio:

Extra

00:55 Eureka

02:36 Fascínios

03:52 Sonhos Traídos

05:00 Televendas

décima edição do programa “Saúde Mental sem Tabus”, emitido pela Rádio

Telefonia do Alentejo, focou a questão da educação, da saúde e da idade, bem como a relação entre estes elementos.

Feito em parceria com a MetAlentejo, - associação para o bem-estar psicossocial da comu-nidade, este programa contou com a presença da psiquiatra Te-resa Reis, presidente da Direção desta instituição, e de José Bravo Nico, professor e investigador da Universidade de Évora, além de presidente da associação Suão, de S. Miguel de Machede.

A influência da aprendizagem, nomeadamente aquela que é fei-ta ao longo da vida, no processo de desenvolvimento das pessoas foi um dos temas abordados nesta sessão.

Teresa Reis começou então por contextualizar que “o ob-jetivo foi falar sobre o que é a aprendizagem e a educação e a importância de ambas como um contributo para a promoção e manutenção da saúde mental”.

Mas para compreender essa

Influência da aprendizagem na saúde mentalimportância é necessário saber no que consiste a aprendiza-gem.

Segundo Bravo Nico, “a aprendizagem é uma atividade muito natural na nossa vida, como respirar, por exemplo”, lembrando que “mesmo que não queiramos estamos constan-temente a aprender”.

Acrescentou ainda que “não se aprende apenas nos contextos mais institucionais, aprendemos em qualquer ambiente”.

Para o mesmo investigador, “a aprendizagem é aquilo que nos permite mudar e desenvolver a nível cognitivo, afetivo e tam-bém com repercussões na parte fisiológica”, considerando que “a aprendizagem tem muito a ver com a capacidade de construir projetos para o nosso futuro e de lutar pela sua concretização”.

Por sua vez, a psiquiatra Te-resa Reis sublinhou que “apesar da aprendizagem ser inata no ser humano, são muito importantes os estímulos que as pessoas vão tendo ao longo das suas vidas, para que essa aprendizagem ocorra de uma forma mais sau-dável”.

Disse ainda que “a saúde mental está muito dependente desta aprendizagem ser feita de uma maneira correta”, exemplifi-

cando que “uma criança que seja estimulada de uma boa maneira vai com certeza ter uma saúde mental mais equilibrada”.

A presidente da MetAlentejo evidenciou também “a aprendi-zagem social como necessidade de adaptação às dificuldades e aquisição de resiliência e tole-rância à frustração”.

A esse respeito, frisou que “a capacidade de adaptação às situações vem, muitas vezes, da aprendizagem”, realçando que “para nos conseguimos adaptar a novas situações, numa primei-ra exposição é preciso que haja algum conforto e acompanha-mento para que essa experiência se torne positiva”.

Teresa Reis recordou que “em crianças que não estão integra-das em famílias com o equilíbrio que permita essa aprendizagem, muitas vezes começam a existir desde cedo sintomas relaciona-dos com a não aprendizagem ou má aprendizagem dessas situações, que poderão no fu-turo tornar-se em problemas de saúde mental”

Especificou ainda que “as crianças, como os adultos, muitas vezes reagem perante as situações consoante aquilo que aprenderam e aquilo que viram nos seus modelos”.

Os benefícios da idade para a aprendizagem

Os benefícios da idade foram focados pelo professor Bravo Nico durante este programa. De acordo com o investigador, “esses benefícios são aquilo que as pessoas que têm idades mais avançadas foram construindo através da sua aprendizagem ao longo da vida”, especificando que são “conhecimentos, capa-cidades e competências que não são possíveis de construir por pessoas que são mais jovens”.

Na sua perspetiva, “temos de encarar esta questão do envelhe-cimento como uma grande opor-

tunidade para aqueles que vão fazendo esse percurso”, consta-tando que “têm mais experiência de vida e mais paciência para enfrentar o quotidiano da vida”.

O presidente da Suão consi-derou ainda que “o conhecimen-to produzido nesse momento da vida é também muito importante para os mais novos, pois se tiverem oportunidade de con-tactarem com estas pessoas, os jovens vão ter à sua mercê um conhecimento de um valor imen-so, que não está na internet, nem em livros”.

Por outro lado, apontou que “os mais velhos vão sentir-se úteis e produtivos, fazendo parte da construção da sua família e da

sua comunidade”.Opinião semelhante foi

evidenciada por Teresa Reis, de-fendendo que “é importante ter uma atitude positiva em relação à idade”.

Focou que “estamos numa época excelente, nunca se viveu tantos anos e temos de aprender a envelhecer melhor”, frisando que “a aprendizagem ao longo da vida poderá contribuir para isso, seja ao nível dos hábitos ali-mentares, seja no que diz respei-to à importância dos estímulos e manutenção da aprendizagem para que se mantenham as capa-cidades cognitivas”.

Teresa Reis recordou que “tudo envelhece, a pele, os os-sos, o cérebro, mas tal como as pernas envelhecem menos se as pessoas continuarem a fazer ca-minhadas, o cérebro também en-velhece melhor se mantivermos estímulos para os neurónios que ainda lá estão e para os novos que apareçam, mesmo que se-jam poucos”.

Para obter mais informa-ções sobre a associação ou para o envio de sugestões de temas para este programa de rádio está disponível o e-mail: [email protected]; a página no Facebook e o site: www.metalentejo.pt

A psiquiatra Teresa Reis, presidente da Direçãoda MetAlentejo, e de José Bravo Nico, professor da Universidade de Évora e de presi-

dente da Suão.(

Page 12: Ds 11 01 2016

ANO: 46.º NÚMERO: 12.686 PVP: 0,75€ SEGUNDA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2016

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Novo Banco DBRS baixa ‘rating’ do bancoagência de notação financeira DBRS cortou vários ‘ratings’ do Novo Banco,

justificando a decisão com o aumento do risco reputacional da entidade, depois de o Banco de Portugal ter transferido dívida sénior do banco para o BES.

“A ação de hoje vem na sequência da decisão tomada pelo Banco de Portugal (BdP) a 29 de dezembro, que alterou o perímetro de ativos e responsabilidades do Banco Espírito Santo (BES) e do Novo

Banco, um ano e cinco meses depois de ter estabelecido o perímetro inicial (04 de agosto de 2014)”, sublinhou a DBRS.

A agência considerou que a retransmissão para o BES (o ‘banco mau’ criado após a resolução do antigo BES) da responsabilidade pelas obrigações não subordinadas (seniores) por este emitidas e que foram destinadas a investidores institucionais, cujo montante se aproxima dos dois mil milhões de euros, vai “ter impacto sobre o sentimento dos investidores e a

confiança no Novo Banco”.Além disso, segundo a DBRS,

esta decisão do Banco de Portugal acarreta uma subida do “risco reputacional” do banco que é liderado por Stock da Cunha.

Daí, o ‘rating’ da dívida de longo prazo e dos depósitos do Novo Banco foi cortado para “CCC (high) [alto]”, com um ‘outlook’ (perspetiva) negativo.

A DBRS destacou que, caso o processo de venda do Novo Banco não tenha um desfecho positivo, “o risco para os obrigacionistas pode subir”.

A

Pimenta Lopes substitui Inês Zuberno grupo parlamentar europeu do PCP

oão Pimenta Lopes, até agora membro do Secretariado Político

do Grupo Confederal da Esquerda Unitária/Esquerda Verde Nórdica do Parlamento Europeu, vai substituir a eurodeputada Inês Zuber, anunciou o PCP.

João Pimenta Lopes assumirá o cargo de eurodeputado no dia

01 de fevereiro.“Inês Zuber, membro do

Comité Central do PCP, continuará a ter intervenção e a desempenhar tarefas e responsabilidades no plano nacional, contando para isso com a ampla experiência de trabalho no Parlamento Europeu em defesa dos interesses dos trabalhadores e do País, da democracia, da

soberania e independência nacionais”, esclarece o secretariado do órgão diretivo alargado comunista, em comunicado.

Pimenta Lopes, biólogo de 35 anos de idade, foi diretor técnico do Fluviário de Mora, do qual também foi administrador, e é membro da organização regional de Évora do PCP.

J

n Roberto Dores

E

Comparando 2014 e 2015

Alentejo lamentou mais 13 mortes na estrada

is dois fatores que podem explicar o

aumento de acidentes graves nas estradas da região em 2015: Mau estado das vias e condições climatéricas adversas. O número de mortes subiu significativamente face a 2014, registando um crescimento de 43 para 56 vítimas, segundo os dados agora divulgados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Ou seja, mais 13 pessoas perderam a vida no último ano entre os três distritos, comparando com o ano anterior, tendo sido Beja aquele que assistiu a mais tragédias na estrada, coincidindo com uma das zonas da região onde as vias se encontram em pior estado.

Um total de 1992 acidentes – mais 33 do que em 2014 e mais 79 do que em 2013 – resultaram em 35 mortos, depois das 20

vítimas do ano passado e das 29 do ano anterior. Em relação a feridos graves, o distrito registou um decréscimo de 105 para 94, enquanto em 2013 se ficou pelos 67.

Porém, a taxa de sinistralidade no Baixo Alentejo já tinha dado “alerta vermelho” logo nos primeiros quatro meses do ano, quando as estradas da região já tinham provocado 12 mortos, o que representava mais quatro face a igual período do ano passado e mais um do que em 2013. Segundo as estatísticas da ANSR, que reúne dados da PSP e da GNR, estas 12 mortes nas vias do Baixo Alentejo, já “empurravam” o distrito de Beja para um dos casos mais problemáticos do país. Um ano antes, em período homólogo, a região contabilizava quatro mortes nos primeiros quatro meses e três em 2013.

O distrito de Portalegre também exibiu um aumento do número de mortes, comparando

os dois últimos anos (subindo de oito para dez) apesar dos acidentes terem diminuído de 1150 para 1095. Os feridos graves viriam a aumentar de 69 para 76. Ainda assim, os valores ficaram abaixo dos registados em 2013, quando se lamentaram 18 mortes em menor número de acidentes (1022) e de feridos graves (53).

Já Évora foi o único distrito que conseguiu baixar o registo mortal dos últimos anos. 11 mortes em 2015, 15 em 2014 e 21 em 2013. Contudo, o ano passado representou um aumento de sinistros, subindo de 1475 para 1487, embora em 2013 tivessem sido participados 1527 acidentes. Quanto aos feridos graves registou-se uma subida significativa, de 41 para 69, chegando ao mesmo valor de 2013,um ano que traduziu um elevado aumento face a 2012, quando a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária chegou a fazer referência aos distritos da

região alentejana como um dos exemplos mais positivos do ano, perante um decréscimo da sinistralidade para níveis inferiores aos dos anos 60, levando em conta o número de viaturas em circulação nas nossas

estradas.A tendência mantém-se

relativamente aos locais mais atingidos pela sinistralidade, sendo que a maioria dos acidentes acontece em retas, com embates ocorridos devido a despistes,

enquanto uma significa percentagem os sinistros tiveram origem no excesso de velocidade, embora os dados oficiais permitam concluir que os automobilistas estão mais cautelosos à hora de carregar no acelerador.