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leonardovitorino
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8/19/2019 E-fólioB
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PARTE I
Na busca por compreender a sociedade e a cultura portuguesa de seu tempo,
Fernando Pessoa (1888-1935) utilizou-se de sua criaço po!tica para aclarar e instigar a
populaço sobre a "erdadeira e decadente #ace de Portugal, $ue encontra"a-se estagnado
em seus costumes e con#ormado com o seu presente%
Neste conte&to, em 193', Fernando Pessoa publica Mensagem, li"ro de poemas
cuo poeta utiliza o e&emplo das grandes glrias do passado portugu*s na tentati"a de
moti"ar e #azer notar sua +mensagem, a $ual de#ende $ue um pas ! composto pela
relaço com o seu passado, nas relaç.es $ue o pas mant!m no seu presente e nas
direç.es $ue um pas tende a traçar%
/l!m de de#ender essa tripla "iso, Pessoa a#irma $ue Portugal, aps sua
capacidade de desen"ol"er-se atra"!s de sua ri$ueza, passou a "i"er de suas glrias e
no proetar o seu #uturo, isto !, Portugal acreditou $ue poderia "i"er de sua 0istria,
pelo $ue #oi construdo pelas prprias mos% Para Pessoa, a decad*ncia portuguesa de"e-
se a tr*s #actos da 0istria de Portugal desde 2% anuel 4 ane&aço da span0a, de
1586 at! a apariço do 7onstitucionalismo, e, por #im, 4 onar$uia 7onstitucional%
/ decad*ncia ocorreu, segundo o poeta, em "ias colaterais entre o indi"iduo e o
stado, #acto $ue corroborou para o #im da condiço de naço e suas #inalidades no
consciente do po"o portugu*s% / cultura portuguesa passou a ser abandonada pelo
stado, $ue no protegeu seu legado e e&imiu-se de educar o indi"iduo% po"o
portugu*s passou a ser des"alorizado como membro social, sem estrutura para ele"ar-se
e seguiu adiante como uma naço inati"a, por!m orgul0osa de seus "alores passados%
/inda em seus $uestionamentos, Pessoa ao "i"er o seu presente #ez pensar se o
passado era a soluço para o #uturo, ou se o #uturo era o prprio passado% sta $uesto
abre camin0os para entender sua ideia inicial de iluminar o passado para "er a luz
#utura%
7onclui-se $ue Fernando Pessoa, em sua obra Mensagem, tenta compreender
Portugal, e"idenciando o passado glorioso a #im de pro"ocar na sociedade portuguesa o
estmulo $ue l0e #altou durante grande parte de sua 0istria, e $ue sua geraçomodernista introduziu em busca de um Portugal moderno e "isionrio%
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PARTE II
Foi com a publicaço de Orpheu, re"ista respons"el pelo marco inicial do
odernismo portugu*s, $ue o esprito dessa geraço, naturalmente denominada
:eraço de rp0eu, a#lorou em "rios campos da cultura e da sociedade portuguesa
ainda nos primeiros anos do s!culo ;;%
2entro da es#era modernista portuguesa, essa geraço #oi respons"el por
introduzir na cultura o esprito #uturista $ue Portugal tanto necessita"a, atra"!s do
deseo comum de abrir suas #ronteiras, da uni"ersalidade $ue Portugal 0 muito no
"i"ia% / relaço com o passado trans#orma-se para mudar o #uturo% / no"a ideia sobre o passado #oi, para essa geraço, a #orça moti"adora para acreditar num #uturo bril0ante%
ntre os artistas, #ilso#os e intelectuais, os a"anços "indos da industrializaço
a#loraram ainda mais o deseo por uma est!tica artstica e social moderna% / literatura
passa a ser criada no apenas para o po"o portugu*s, mas para a uropa, amplamente
"inculada com esse esprito libertador e comple&o de Fernando Pessoa% /lmada
Negreiros destaca-se por suas obras plsticas, $ue do mesmo modo libertador rompe
com o passado e com todas as orientaç.es de +perspeti"as naturistas, sendo assim
substitudas pela introduço de conceitos li"res numa arte portuguesa $ue por muito
tempo se apoiou em modelos clssicos%