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zona de cola Oo Contamos com o seu melhor. Conte com o nosso. História da Cultura e das Artes 11.º ano Ideias & Imagens, um itinerário para conhecer, compreender, sentir e recriar o mundo das artes e da cultura Manual Caderno de Atividades Guia do Professor e-Manual Premium

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cola

OoContamos com o seu melhor. Conte com o nosso.

História da Cultura e das Artes 11.º ano

Ideias & Imagens, um itinerário para

conhecer, compreender, sentir e

recriar o mundo das artes e da cultura

• Manual

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E AINDA:• Caderno de Atividades

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• Orientações complementares para:

– levar mais longe a interpretação de obras de arte de várias modalidades;

Guia do Professor 3Caderno de Atividades2Manual1

39F I C H A Manual pp. 111-115

Módulo 7 A pintura e a escultura neoclássicas25

1. Tenha em consideração tudo o que estudou sobre a pintura neoclássica e responda.

1.1 Quais as fontes de inspiração desta pintura? Como chegavam ao conhecimento dos pintores essas fontes?1.2 Que temáticas tratou com mais frequência? Justifique.1.3 Como trabalhou preferencialmente as formas, as cores, a luz e as composições? 1.4 Que efeitos pretendia provocar? Porquê?1.5 Porque se diz que esta pintura foi “académica”?

2. Observe atentamente a imagem 1 e leia o texto.

1

Jacques-Louis David, A Morte de Sócrates, 1787, óleo sobre tela, 129,5 x 196,2 cm (Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, EUA). A obra mostra o último momento da vida do velho filósofo grego Sócrates que havia sido condenado à morte por ingestão de cicuta por corromper a juventude. No seu cárcere, rodeado por discípulos que o tinham ido visitar, sugerindo-lhe inclusive a fuga, Sócrates alega o poder maior das leis da democracia e estende a mão para a taça do veneno.

Texto

O que vemos? Um espaço e, nesse espaço, um assunto para reflexão. E é isto exatamente o que o pintor pretende.A imagem estabelece na pintura uma ambiguidade que tanto nos orienta para a informação, como para o prazer, como para o pensamento, ou, melhor, simultaneamente para os três, sem que o olhar possa dominar esta simultaneidade.Basta que a verosimilhança abra espaço para o pensa-mento em vez de o dispersar ilustrativamente para as coi-sas: a verosimilhança é, assim, a virtude da imagem e a forma da beleza.

Bernard Noël, David, Paris: Librairie Flammarion, 1989

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2.1 Segundo o texto, David mostra-nos na obra um espaço e um assunto. Identifique-os.

2.2 Ainda segundo o texto, a maneira como David nos apresenta o assunto visa: informar, dar prazer e pensar. Explicite estas “funções” dizendo o que informa a obra, porque nos faz pensar e que prazer nos pode proporcionar.

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8 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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Planificação a longo prazo:

Proposta de planificação anual do Programa

Per

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Tema/ Conteúdos

programáticos

Atividades extra--aula a desenvolver

(em coordenação com

o PAA da escola)

Metas finais a atingir/ Competências a desenvol-

ver nos alunos

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min

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Avaliação (tipo e momentos

de aplicação)

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Módulo inicial/ Motivação

• Narrativas da aprendizagem

• Casos Práticos

Uma aula fora da escola no âmbito da arte contemporânea:

• num museu

ou

• numa galeria

ou

• num ateliê ou estúdio de artista contempo- râneo

Do domínio cognitivo:

• Conhece os conteúdos infor-mativos dos módulos temáticos abrangidos.

• Situa no tempo e no espaço os assuntos abrangidos por cada módulo.

• Compreende a ação individual (biografias) como determinante na apreciação dos diversos processos históricos, culturais e artísticos.

• Integra o tempo breve de um acontecimento marcante com o contexto em que se inscreve.

• Destaca as características fun-damentais da cultura de um povo, época ou local.

• Conhece a produção artística mais importante de cada época/estilo e seus autores principais.

• Contextualiza no tempo e no espaço as obras de arte e rela-ciona-as com a sua época histó-rica e com os seus autores.

• Relaciona a História da Cultura com a da Arte, compreendendo a sua interdependência.

• Compreende e explica os con-ceitos básicos do programa temático.

• Reconhece o objeto artístico como produto e agente do pro-cesso histórico-cultural em que se enquadra.

Do domínio das capacidades/ competências:

• Conhece e utiliza corretamente o vocabulário específico de cada época/arte.

3 + 2

Avaliação

diagnóstica

Módulo 6

A cultura do Palco• Tronco comum

• Tronco específico

• Casos Práticos

Uma aula fora da escola no âmbito da arte barroca:

• numa igreja

ou

• num palácio

ou

• num museu

Visita de estudo de um dia ao Real Edifício de Mafra

13 + 2

Avaliação formativa ao longo das aulas

Avaliação sumativa no final do Módulo 6

Módulo 7

A cultura do Salão• Tronco comum (tempo, espaço, local, sínteses, biografia, aconteci-mento e Caso Prá-tico 1)

• Arte rococó – arquitetura, escultura, pintura

• Arte rococó, da Europa para o Mundo

Visionamento de um filme sobre a sociedade aristocrática de Antigo Regime

7 + 1

Avaliação formativa ao longo das aulas

Avaliação sumativa no final do período

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131. Propostas de planificação pedagógico-didática do Programa da disciplina

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Planificação a curto prazo:

Proposta para um plano de uma aula (Módulo 6)

Tema/

SumárioConteúdos

Linha de exploração pedagógico-didática

Recursos/

MateriaisAprendizagens

pretendidas

A biografia de Luís XIV, o Rei-Sol

• Aspetos relevantes do percurso de vida de Luís XIV

• Características dominantes da sua personalidade

• A sua atuação como governante

• A sua importância na História da França e da Europa do seu tempo

1. O professor corrige as perguntas do Caderno de Atividades referen-tes à aula anterior (sobre o tempo e o espaço deste Módulo)

2. Depois, lança as questões: Quem foi Luís XIV? Já viram filmes ou já leram sobre ele? Com que opinião ficaram? E o que se passava na França de Luís XIV? Os alunos vão respondendo.

3. Em seguida, o professor propõe a leitura silenciosa do texto da bio-grafia, solicitando que sublinhem o que consideram importante para dar resposta às questões levantadas.

4. Preenchimento de uma grelha--síntese (entretanto esquemati-zada pelo professor no quadro), com as conclusões obtidas pelas alunos.

5. Depois, partindo da análise de imagens e textos pré-seleciona-dos, o professor procura construir com os alunos o retrato físico e psicológico do rei, interpretando a sua atuação e os seus objetivos.

6. Com as respostas assim obtidas vai-se completando a grelha-síntese.

7. Por último, pretende-se que os alunos justifiquem porque se ape-lidou o século XVII de o Século de Luís XIV.

8. Como verificação das aprendiza-gens propõe-se que os alunos respondam por escrito à rubrica O Que Interessa Saber.

Caderno de Atividades

Manual (pp. 35 e 36)

Quadro da sala de aula

Manual (pp. 23, 26, 27 e 36) e-Manual

• Conhecer e sin-tetizar os dados mais importan-tes da vida e atuação de Luís XIV.

• Caracterizar a personalidade deste rei absoluto.

• Relacionar a sua atuação com o apogeu do Antigo Regime em França e na Europa (con-texto histórico anteriormente abordado).

• Reconhecer e comprovar a importância de Luís XIV no seu tempo.

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34 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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11. Kirchner, Toilette. Mulher ao Espelho, 1912-1920, óleo sobre tela,

100,5 x 75,5 cm (Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Georges Pompidou, Paris)

A impressão imediata que este quadro nos transmite, quando o observamos, é a de desequilí-brio, de instabilidade. Tudo parece concebido nesse sentido.

A postura da mulher é de uma certa firmeza, mas o seu frente a frente com o espelho inclinado está numa perspetiva no mínimo forçada. E não é a ordem dos objetos que está alterada, é a composi-ção da obra.

Curiosamente, o único objeto que possui uma estrutra vertical, o toucador, está de tal modo dese-nhado que, apesar da sua forma retangular e conse-quentemente estável, nos parece distorcido; isto porque as horizontais e verticais do retângulo azul que ele forma no 1.º plano não são de modo algum paralelas aos bordos da tela, provocando-nos assim a sensação de desequilíbrio.

Apercebemo-nos também que há um movi-mento arredondado que parte do cotovelo es- querdo da mulher, segue em direção ao espelho e

continua através dele até ao toucador (linha a-b). Este movimento está reforçado visualmente pela forma interna do toucador (linha c-d); este movi-mento é o responsável maior pela sensação de desestabilização que o quadro nos transmite.

Contudo, a composição do quadro orienta-se sobretudo por triangulações, isto é, um sistema de encontros de linhas oblíquas. Os braços da mulher penteando os cabelos formam uma forte diagonal que atravessa a tela do canto superior esquerdo para o canto inferior direito (linha a-b). A tela encon-tra-se igualmente atravessada por uma diagonal contrária, a que vai das pernas da mulher ao canto direito do espelho (linha c-d). Outra oblíqua deses-tabilizante é a formada pelo espelho, assente, em posição precária, sobre um livro (linha e-f ).

A figura da mulher é composta por uma série de “triângulos”: um formado pelos braços levanta-dos e pelo tronco visto de costas e apertado num corpete branco, também ele triangular (triângulo

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94 Ideias & Imagens | Guia do Professor

T E S T E

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1.1 Escolha a opção que se refere à legenda correta para os números I e II das figuras acima representadas.

A. I – Capitel; II – Friso.

B. I – Frontão; II – Tímpano.

C. I – Entablamento; II – Capitel.

D. I – Tímpano; II – Frontão.

1.2 Distinga quatro diferenças entre a ordem dórica e a ordem jónica, recorrendo à observação das figuras 1 e 2.

2. Observe a figura 3 e selecione a opção que define a técnica de criação artística reproduzida.

Estrutura de ordem dórica. Estrutura de ordem jónica.

GRUPO I

1. Observe as figuras 1 e 2.

1 2

Painel da Imperatriz Teodora (pormenor), Igreja de S. Vital, Ravena, c. 547.

3 A. Pintura sobre gesso, com pigmentos dissolvidos em água, em que a tinta, absorvida pelo gesso, se inte-gra na parede.

B. Desenho composto por pequenos pedaços de mate-riais coloridos (tesselas), aplicados sobre estuque ou argamassa fresca, na decoração de superfícies arquitetónicas.

C. Decoração, com desenho e pintura, de documentos manuscritos, de rolos de papiro ou de livros.

D. Pintura com pigmentos dissolvidos em cera quente que se aplica sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou metal.

Tímpano

Faixa

Faixa

Moldura de cornijaMoldura de cornija

Acrotério

Mútulos

Dentículos

II

I

I

II

LacrimalMépola

Arquitrave

ArquitraveTríglifo

Friso

Taenia

Ábaco

Ábaco

Voluta

Gorjal

Gotas

Aneletes

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17. Evolução das artes plásticas (pintura e escultura) no século XX – Síntese cronológica esquemática

SIMBOLISMO(S)(1860-1910)

FAUVISMO(1905-1908)

CUBISMO(1907-1914)

NOVA OBJETIVIDADE(c. 1920-1940)

NEORREALISMO(S) REALISMO SOCIAL

Transvanguarda italiana ou

Neoexpressionismos

• Novo Realismo• Pop Art (c. 1955-1980)

• Hiper-Realismo (Anos 70)

Analítico

ORFISMO (1912-14)

PURISMO (1920-25)

Sintético

Cezanniano

DADAÍSMO (1916-1922)

SURREALISMO (1917-1939/40)

Pintura metafísica(1911-1920)

Suprematismo

(1915/16-1920/21)

Neoplasticismo (1917-1945)

Grupo “A Ponte” (1905-1913)

Grupo “O Cavaleiro Azul”

(1910-1914/18)

INFORMALISMOS (1945-1960/70)

CONSTRUTIVISMO (1915-1930)

FUTURISMO (1910-17 e 1920-40)

OP ART(1955-70)

Arte Acontecimento(Anos 50…)

ARTE CONCEPTUAL

(Anos 60)

• Expressionismo Abstrato (Após 1947…)

• Abstração Geométrica (Anos 50…) Arte Povera

(Após 1967)

Lírico ou ExpressivoABSTRACIONISMO

(1918-1939/40)

SECÇÃO ÁUREA (1912-14)

Performance

Land Art

Body Art

Arte Minimal (Anos 60…)

Happening

Instalação

1.º Modernismo 2.º Modernismo Pós-Modernismo Arte Contemporânea Atual (c. 1880-1914/18) (c. 1919-1960) 1960 1970 1980 1990 2000 2010

1.ª Guerra Mundial 2.ª Guerra Mundial

1.o Expressionismo(1905-1914/18) • Action Painting ou

Gestualismo

• Pintura Matérica

• Arte Bruta

• Pintura Espacialista

NOVA(S) FIGURAÇÃO(ÕES) (1947/50-1980)

Geométrico

• Abstração Pós-Pictórica (Anos 60…)

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– Ligação estreita entre o Manual e o Caderno de Atividades, facilitada através do símbolo Ca .

– Questões facilitadoras e motivadoras da exploração dos documentos (mapas, cronologias, textos e imagens).

• Vertente prática reforçada com: – Análises de Obra – exemplos práticos

de exploração mais aprofundada de algumas obras de arte.

Manual• Texto renovado – explicativo e didaticamente organizado.

• Contextualização espaciotemporal de cada módulo mais detalhada e visualmente apreensível.

1

• Exemplos diversificados de alguns planos de aula.

Guia do Professor• Propostas de planificação

pedagógico-didática do Programa, anual e trimestrais.

3

• Testes de consolidação: – um por cada módulo; – elaborados com base na

estrutura e tipologia das provas do exame nacional;

– com respetivas cotações e critérios de correção para permitir a autoavaliação.

Caderno de Atividades• Nova estrutura.

• Atividades em ligação estreita com o Manual.

• Fichas de atividades orientadas para a exploração detalhada do Manual.

• Atividades direcionadas para a aquisição e compreensão dos conteúdos, bem como para o desenvolvimento de competências:

– redigir conceitos/definições; – elaborar sínteses; – ler e interpretar mapas

e textos; – ler obras de arte; – aplicar critérios de análise

e interpretação/avaliação das obras de arte.

• Análises de Obra complementares.

2

174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

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9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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175Tronco específico · A arte do século XIX

esses efeitos, assumiu o “inacabado” como forma plástica, o rugoso em bruto, resultante do modo como o escultor atuava com os instrumentos que se utilizavam na escultura – o escopro e o martelo. A suavidade dos corpos de mármore é resultado de polimentos conseguidos com água, esmeril e lixas aplicados na dosagem certa para obter o aveludado da pele. Exemplos claros deste modo de trabalhar são as esculturas Daneide e O Beijo [97 e 98]. Nestas, as formas dos corpos ainda estão presas à matéria de que são feitas.

A ligação do escultor ao barro ou à cera de modelar é de grande intimidade. Através das mãos, a massa dúctil do barro sujeita-se às emoções que o artista sente. As obras ficam indelevelmente marca-das com as emoções que o escultor quer transmitir, como no caso de O Pensador [99] e do Retrato de Balzac. Ca

Entre as suas obras, contam-se estátuas individuais (como os retratos de Balzac e de Victor Hugo), grupos escultóricos (como Os Burgueses de Calais) e relevos como os de A Porta do Inferno, peça que não chegou a completar. Algumas obras individuais como o Pensador e As Três Graças foram projetadas para encimar A Porta do Inferno.

Rodin sintetizou as influências vindas do Realismo, do Simbolismo, do Expressio-nismo e até do Impressionismo (se é lícito falar de Impressionismo em escultura). Acima de tudo, foi um escultor ímpar, que deixou marcas nos seus discípulos, como Camille Claudel (1864-1943) e Antoine Bourdelle (1861-1929).

97. Auguste Rodin, Daneide, 1885, mármore, 35 x 72 x 77 cm (Museu Rodin, Paris)As delicadas curvas do corpo feminino conjugam-se com a cabeleira fluida que cai sobre o bloco de mármore fazendo a ligação entre a figura e o suporte.

98. Rodin, O Beijo, 1882-98, 184 x 111 x 119 cm (Museu Rodin, Paris)O casal enlaçado são Paolo e Francesca, heróis de Dante na Divina Comédia. Tal como outras figuras de Rodin, a peça foi concebida, inicialmente, para a Porta do Inferno.

99. Rodin, O Pensador, 1880-1904, bronze, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm (Museu Rodin, Paris)Esta obra foi concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa talvez Dante, refletindo sobre a sua criação poética e simboliza o Homem criador, em geral.

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174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

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9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

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9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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175Tronco específico · A arte do século XIX

esses efeitos, assumiu o “inacabado” como forma plástica, o rugoso em bruto, resultante do modo como o escultor atuava com os instrumentos que se utilizavam na escultura – o escopro e o martelo. A suavidade dos corpos de mármore é resultado de polimentos conseguidos com água, esmeril e lixas aplicados na dosagem certa para obter o aveludado da pele. Exemplos claros deste modo de trabalhar são as esculturas Daneide e O Beijo [97 e 98]. Nestas, as formas dos corpos ainda estão presas à matéria de que são feitas.

A ligação do escultor ao barro ou à cera de modelar é de grande intimidade. Através das mãos, a massa dúctil do barro sujeita-se às emoções que o artista sente. As obras ficam indelevelmente marca-das com as emoções que o escultor quer transmitir, como no caso de O Pensador [99] e do Retrato de Balzac. Ca

Entre as suas obras, contam-se estátuas individuais (como os retratos de Balzac e de Victor Hugo), grupos escultóricos (como Os Burgueses de Calais) e relevos como os de A Porta do Inferno, peça que não chegou a completar. Algumas obras individuais como o Pensador e As Três Graças foram projetadas para encimar A Porta do Inferno.

Rodin sintetizou as influências vindas do Realismo, do Simbolismo, do Expressio-nismo e até do Impressionismo (se é lícito falar de Impressionismo em escultura). Acima de tudo, foi um escultor ímpar, que deixou marcas nos seus discípulos, como Camille Claudel (1864-1943) e Antoine Bourdelle (1861-1929).

97. Auguste Rodin, Daneide, 1885, mármore, 35 x 72 x 77 cm (Museu Rodin, Paris)As delicadas curvas do corpo feminino conjugam-se com a cabeleira fluida que cai sobre o bloco de mármore fazendo a ligação entre a figura e o suporte.

98. Rodin, O Beijo, 1882-98, 184 x 111 x 119 cm (Museu Rodin, Paris)O casal enlaçado são Paolo e Francesca, heróis de Dante na Divina Comédia. Tal como outras figuras de Rodin, a peça foi concebida, inicialmente, para a Porta do Inferno.

99. Rodin, O Pensador, 1880-1904, bronze, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm (Museu Rodin, Paris)Esta obra foi concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa talvez Dante, refletindo sobre a sua criação poética e simboliza o Homem criador, em geral.

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Polít

ica,

Eco

nom

ia,

Soci

edad

e

Muitos palcos, um espetáculo (O tempo e o espaço)

2. Evolução histórico-cultural do século XVII (síntese cronológica)

1600 1620 1640

Barroco

Pens

amen

to, L

etra

s, A

rte

• Fundação da Companhia das Índias Orientais, em Londres (1600) • Bolsa e Banco de Amesterdão (1608 e 1609) • 1610-1643 – Governo de Luís XIII, rei de França • Início da Guerra dos 30 Anos (1618) • 1624-1640 – Peste endémica em França • Sublevação de camponeses

em França (1636 e 1639)

• Caravaggio, A Virgem da Serpente (1601) • Monteverdi, Orfeu (1607) • Rubens, Descida da Cruz (1611) • El Greco, Assunção da Virgem (1614) • Francis Bacon, Novum Organon (1620) • Harvey, circulação do sangue (1628)

1. Diferentes matizes políticos na Europa do século XVII

Reinos

Impérios

Repúblicas

Sacro Império Romano-Germânico

IRLANDA

ESCÓCIA

INGLATERRA

REINO DEFRANÇA

SUÍÇA

PAÍSES BAIXOSESPANHÓIS

REINO DEESPANHA

Nápoles(REINO DE ESPANHA)

REINO DEPORTUGAL

DINAMARCA

HOLANDASAXÓNIA

BRANDEBURGO

SUÉCIA

IMPÉRIO RUSSO

CONFEDERAÇÃOPOLÓNIA-LITUÂNIA

CRIMEIA

IMPÉRIO OTOMANO

VALÁQUIA

TRANSILVÂNIA

MOLDÁVIA

BOÉMIA

ÁUSTRIA

HUNGRIABavária

Veneza

Génova

Sabóia

Burgúndia

FlorençaEstadosPapais

0 300 km

DATAS

24

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• Sublevação na Catalunha (1640) • Restauração da independência em Portugal (1640) • Reforma geral da moeda em França (1640) • Fronda. Primeira grande crise

universal – miséria (1648) • Tratado de Vestefália (1648)

• Condenação de Galileu (1632)• 1632-1704 – Vida de J. Locke • Primeiro teatro lírico permanente em Veneza (1637) • Rembrandt, A Ronda da Noite (1642)

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3. A França no tempo de Luís XIV (com base em: Atlas Histórico da Pré-História aos Nossos Dias, Ed. Intercultural, Lda.)

Sena

Reno

Róda

no

Garona

Canal do Midi

Loire

Loire

Sona

Danúbio

Nu--pieds

Lustrucus

Torreben

Sabotiers

Croquants

Croquants

Croquants

CroquantsTrad--avisés

Audijos

Trad-avisésCroquants

Trad-avisésCroquants

BarcelonnetteAvinhão(papado)

Roures

Camisardos

ParisVERSALHES

PAÍSES BAIXOSESPANHÓIS

ARTÉSIA

SACRO IMPÉRIO

FRANCOCONDADO

DUCADODE

LORENA

CONFEDERAÇÃOHELVÉTICA

DUCADODE SABÓIA

ROSSILHÃO

Mar Mediterrâneo

OCEA

NO AT

LÂNTIC

O

A extensão do território

O descontentamentopopular

FronteirasAquisições de Luís XIVFronteiras em 1715Canais

Forti�cações de Vauban

Grandes revoltascamponesas

0 100 km

Barroco

• Crise económica em França (1661-1662) • Colbert, tarifas aduaneiras (1664) • 1665-1666 – Grande peste e incêndio de Londres • 1667-1668 – Guerra da Devolução (França e Espanha) • Tripla Aliança – nações protestantes contra a França (1668) • Sublevação na Hungria (1671) • Grande epidemia em Espanha (1676) • 1679-1684 – Auge da hegemonia francesa na Europa

•1657-1661 – Le Vau, Palácio de Vaux-le-Vicomte (França) • Observatório de Paris (1667) • Sinagoga portuguesa em Amesterdão (1671) • Reconstrução da Catedral de São Paulo, Londres (1675) • La Fontaine, Fábulas (1678) • França, primeiras bailarinas em cena (1681) • Vida de Bach (1685-1750) • Vida de Montesquieu (1689-1755)

25

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Analise/Reflita1. Que século e que áreas geográ-

ficas estão abrangidos pelos assuntos deste módulo? (docs. 1, 2 e 3)

2. Que conclusões consegue obter nestes documentos sobre a vida nesse tempo/espaço, nos planos político, social, económico e cultural? (doc. 2)

3. Que significado atribui à expressão “muitos palcos, um espetáculo”? Que “palcos” são estes? E qual será o espetáculo?

1660 1680 1700 1714

• França perde controlo do mar (1692) • 1693/1694 – Crise económica em França • Início do ciclo do ouro no Brasil (1694) • Pânico financeiro na Inglaterra (1696) • Tratado de Methuen (Portugal/Inglaterra) (1703) • Ocupação de Madrid pela França (1706) • Revoltas populares na Rússia (1708) • Crise económica francesa (1709)

• Ópera italiana em Espanha (1700) • Primeiro jornal diário em Inglaterra (1702) • Fundação de Sampetersburgo (Rússia) (1703) • Construção dos primeiros pianos (1709) • 1712-1778- Vida de J. J. Rousseau • 1715-1784 Vida de Diderot • Ludovice, Real Edifício

de Mafra (1717)

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e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)4 e-Manual do Aluno5

e-Manual PremiumTodo o projeto Ideias & Imagens em formato digital:

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• com um menu para aceder a todos os recursos módulo a módulo:

– 5 PowerPoint® Didáticos – um por módulo para estudo de aspetos específicos do Programa

– materiais do Guia do Professor em formato editável (Word®)

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O acesso à versão definitiva do e-Manual Premium é exclusivo do Professor adotante e estará disponível a partir de setembro de 2014.

e-Manual do Aluno O acesso ao e-Manual do Aluno é disponibilizado, gratuitamente, na compra do manual em papel, no ano letivo 2014-2015, e poderá ser adquirido autonomamente através da Internet.

4

5

• Pequeno dicionário de conceitos, termos e autores (em complemento dos já incluídos no manual).

• Testes tipo exame: – segundo a estrutura das

provas do exame nacional; – incluem conteúdos dos 10.º

e 11.º anos, visando a preparação para o exame nacional;

– com cotações e critérios de correção.

– elaborar sínteses compreensivas da matéria programática.

• Guiões para facilitar a exploração dos PowerPoint® Didáticos de apoio ao Manual.

100T E S T E

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Porto Editora

Módulo 8A cultura da Gare3

GRUPO I

1. A França foi um dos países onde mais se fizeram sentir as alterações que se verificaram no período com-preendido entre os finais do século XVIII e meados do século XIX.

1.1 Cite três razões que justifiquem esta afirmação.1.2 Que transformações fizeram de Paris uma cidade moderna e cosmopolita?1.3 Que atividades de lazer se desenvolveram no mundo urbano?

2. A máquina a vapor e as vias-férreas “diminuíram” as distâncias. Muitos quilómetros foram construídos por toda a Europa.

2.1 Quais os contributos deste meio de transporte para o desenvolvimento económico?2.2 Que implicações teve na sociedade e na demografia?

GRUPO II

1

Joseph Paxton, Palácio de Cristal, 1850-51.

1. Para a construção do Palácio de Cristal, usado na Primeira Exposição Universal (1851), reali-zada em Londres, usaram-se novos materiais e técnicas construtivas, possibilitadas pelo ferro e pelo vidro. Joseph Paxton tinha os conheci-mentos e a prática necessários ao fabrico deste grande empreendimento.

1.1 Qual a formação de Joseph Paxton que lhe possibilitou a construção de um edifício com as características do Palácio de Cristal?

1.2 Qual a utilidade das Exposições Universais?1.3 O Palácio de Cristal foi a primeira construção modular. Quais as vantagens desse tipo de construção?1.4 Esta construção é considerada como o primeiro passo do primado da tecnologia sobre a tradição.

Explique.

2. Gustave Eiffel utilizou o ferro para a construção da torre com o seu nome que foi símbolo da Exposição Universal de 1889, em Paris.

2.1 Quem foi Eiffel?2.2 A Torre Eiffel foi o maior expoente em

construções que utilizaram os novos materiais (ferro e vidro). Porquê?

2

Implantação da Torre Eiffel no terreno da exposição.

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Teste 3 · Módulo 8: A cultura da Gare

3

Caspar David Friedrich, Viajante junto a um Mar de Névoa, óleo sobre tela, 1818, 98 x 77 cm.

GRUPO III

1. Baudelaire, poeta francês, definiu o Romantismo desta maneira, em 1846:

1.1 Analise a obra da imagem 3, seguindo os princípios enunciados por Baudelaire.

1.2 Assinale com um V ou F (verdadeira ou falsa) as frases que se seguem. a) A racionalidade e a exatidão são as características mais evidentes do Romantismo. b) O Romantismo rompeu, por completo, com as ideias do passado clássico. c) A pintura romântica é antinaturalista. d) O Romantismo colocou em evidência o indivíduo e a sua personalidade. e) O Romantismo fez o regresso ao antigo. f) A sensibilidade, a paixão e a imaginação são apanágio do artista romântico. g) A obra de arte romântica é autónoma e única.

O Romantismo não reside na escolha dos temas, nem na verdade exata, mas na maneira de sentir. Quanto a mim, o Romantismo é a expressão mais recente e mais atual do belo.Quem diz Romantismo diz arte moderna, isto é, intimidade, espiritualidade, cor, aspira-ção ao infinito, expressos através de todos os meios artísticos.

4 5

Eugéne Boudin, Praça de São Marcos, em Veneza, 1895, óleo sobre tela, 21 x 38 cm (coleção Durand-Ruel, Paris).

Millet, As Respigadoras do Trigo, 1857, óleo sobre tela, 83 x 111 cm.

2. Observe as imagens 4 e 5.

2.1 A que movimentos pertencem? Justifique.2.2 Caracterize-as quanto à forma, à cor e à composição.

3. Tendo como base os princípios impressionistas, o Neoimpressionismo foi substancialmente diferente ao nível da conceção e realização plástica.

3.1 Quais as diferenças fundamentais?3.2 O que entende por técnica pontilhista?

4. Auguste Rodin foi o maior e mais inovador escultor deste período. A sua obra mais conhecida – O Beijo – mantém ainda características clássicas. É, no entanto, no Pensador ou em Balzac que se revela mais inova-dor. Qual a importância de Rodin na história da escultura? Justifique/comprove.

Cotações

GRUPO I 1.1 15 pontos; 1.2 5 pontos; 1.3 10 pontos; 2.1 10 pontos; 2.2 10 pontos.

GRUPO II 1.1 5 pontos; 1.2 10 pontos; 1.3 10 pontos; 1.4 10 pontos; 2.1 5 pontos; 2.2 10 pontos.

GRUPO III 1.1 20 pontos; 1.2 7 pontos; 2.1 10 pontos; 2.2 15 pontos; 3.1 15 pontos; 3.2 8 pontos; 4. 25 pontos.

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106

(1) Lembramos que, para além dos critérios específicos aqui enunciados, a correção deve ainda ter em conta as competências de comunicação escrita em língua portuguesa (composição bem estruturada, sem erros de sintaxe e de pontuação/ortografia) e as competências

específicas da disciplina, verificáveis no uso correto de conceitos e vocabulário próprio, na aplicação de me-todologias de leitura/análise das diferentes obras de arte, etc. As respostas devem ainda referenciar os tex-tos e imagens patentes no enunciado.

Critérios para correção (1)

GRUPO I1.1 Começou por ser, em 1618, uma rebelião entre a nobreza

protestante da Boémia e os católicos de Habsburgo. Mas a intervenção da França e da Suécia, que pretendiam dominar a Casa dos Habsburgo, tornou-a também numa questão política. Degenerou numa guerra europeia e num massacre horrível. Terminou com a Paz de Vestefália que deu a supremacia à França.

1.2 1. – b; 2. – e; 3. – c: 4. – a; 5. – d.2.1 a) monárquico; b) parlamentar; c) absolutista;

d) oligárquico/plutocrático.2.2 Regime político do Antigo Regime caracterizado pela

existência de uma monarquia onde o rei tem o poder absoluto e, por isso, não está submetido a nenhum controlo e concentra em si todos os poderes.

3.1 Corte que era governada por um rei absolutista; era o centro do poder e da administração central bem como da convivialidade.

3.2 Como o absolutismo se tornou moda nesta altura, Luís XIV, com a sua ação política, económica, social, artística e cultural, tornou-se o modelo a copiar por todos os reis europeus.

3.3 Os cortesãos viviam bajulando e sendo bajulados, adaptando-se oportunisticamente, como acontece com o camaleão cuja cor muda de acordo com o ambiente.

GRUPO II 1.1 Foi o documento que finalizou e trouxe a paz aos países

beligerantes na Guerra da Sucessão de Espanha.1.2 1. – f; 2. – d; 3. – d; 4. – a; 5. – g.2.1 Entre a riqueza e o luxo; e entre e a guerra e suas

consequências.2.2 As muitas guerras em que se envolveu Luís XIV

contribuíram para as revoltas e para a pobreza vigentes durante todo o seu reinado mas foram o postulado lógico do seu tipo de governo.

3.1 No IV ato desenrola-se esta cerimónia que é uma brincadeira, uma palhaçada, mas também uma humilhação subtil ao Sr. Jordão. No meio de danças, cantares e muitos gestos teatrais e linguajares à turco, o Sr. Jordão é nomeado Mamamuchi.

3.2 O objetivo de Molière nesta sátira, como na maioria das suas obras, era o de criticar os desejos de grandeza da burguesia, que queria aparentar o que não era. Molière valia-se da burguesia para, indiretamente, ridicularizar a realeza e a nobreza.

GRUPO III 1.1 O Barroco define-se, na generalidade, pelo fim da

estaticidade e da simetria racionalistas e pela busca da fantasia e do movimento que impressiona e excita, daí a necessidade da tensão, desequilíbrio e dinamismo de linhas, formas, volumes, causadoras do fascínio dos sentidos e da força da mensagem.

1.2 As plantas apresentam grande diversidade de formas, desde a igreja-salão à oval. A preferência é para a nave única, segundo duas tipologias: retangular alongada; e a elítico-longitudinal e a elítico-transversal.

1.3 As igrejas exibem interiores muito decorados, com paredes ondulantes, cobertas por mármores policromados, estuques, pinturas a fresco, em tromp- -l'œil ou sobre telas, talha dourada, azulejos… que se expandem por abóbadas e cúpulas e cujas composições sinuosas descrevem temas religiosos e imaginativos.

2.1 A obra escultórica de Bernini apresenta os seguintes aspetos técnico-formais: estrutura compositiva – as composições são livres, segundo esquemas complexos e em posições movimentadas e instáveis de sentido ascendente; parecem ser captadas num instantâneo fotográfico (é o caso de David a lançar a funda); tratamento das formas – a anatomia das figuras (ver rosto e corpo de David), as proporções e os pormenores caprichosos são trabalhados com realismo e naturalismo; as texturas são tratadas com virtuosismo e mestria dando a perfeita ideia de diferentes materiais (ver em Apolo e Dafne a textura dos corpos, do loureiro e das folhas, tudo em mármore); técnicas /processos de execução – o ato de desbastar, modelar e cinzelar de Bernini explorou de tal modo os gestos, as expressões faciais e corporais que conseguiram mostrar a expressividade e o dramatismo até à exaustão (O Êxtase Místico de Santa Teresa). O processo de execução é o clássico.

2.2 A escultura barroca tinha por objetivo a valorização do pathos, da paixão ou da emoção e, por isso, procurou a representação exata do momento da ação captada e congelada, agarrando assim o espectador. São momentos exemplares aquele em que Apolo toca em Dafne e ela se transforma em loureiro e o lançamento da funda por David.

3.1 A pintura barroca caracteriza-se por grande diversidade temática, como são exemplo os temas religiosos, profanos, mitológicos, retratos, paisagens, cenas de género e natureza-morta. A composição na pintura segue de perto os modos de representação da escultura, com o objetivo de apanhar o momento, a ação. Usando a linha oblíqua, curvilínea ou reta, enquadra os temas abaixo da linha do horizonte, de modo a atrair o olhar do observador, tirando partido dos fundos escuros e dos jogos de luz. A expressividade é conseguida pelo contraste e pelo tratamento da luz, das cores e das formas sinuosas e agitadas. Feita para o espetáculo e para a mensagem, a pintura está submetida aos princípios propostos pelas regras da Contrarreforma – captar o cristão pela emoção e não pela razão.

3.2 Em A Descida da Cruz, de Rubens encontra-se o sentido da encenação na estrutura compositiva em diagonal da obra, na luz focal e nas cores branca do pano e no corpo de Cristo, na posição forçada de São João, cujas vestes vermelhas exaltam o cenário. Os efeitos dramáticos são conseguidos pelo cruzamento dos olhares, pelas expressões dolorosas dos rostos, pelo tratamento das formas à Miguel Ângelo (corpos fortes e musculados), pelo tenebrismo à Caravaggio (a envolvência escura e pouco trabalhada) e pelo direcionamento do nosso olhar para a ação, dada a inexistência de pormenores supérfluos. Tudo isto num suave movimento helicoidal, que é acentuado pela irrequietude dos panejamentos e pela agitação dos personagens.

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Page 3: e-Manual Premium - Abre Horizontes- Porto Editora · Uma aula fora da escola no âmbito da ... Propostas de planificação pedagógico-didática do Programa da disciplina 13 ... na

• Orientações complementares para:

– levar mais longe a interpretação de obras de arte de várias modalidades;

Guia do Professor 3Caderno de Atividades2Manual1

39F I C H A Manual pp. 111-115

Módulo 7 A pintura e a escultura neoclássicas25

1. Tenha em consideração tudo o que estudou sobre a pintura neoclássica e responda.

1.1 Quais as fontes de inspiração desta pintura? Como chegavam ao conhecimento dos pintores essas fontes?1.2 Que temáticas tratou com mais frequência? Justifique.1.3 Como trabalhou preferencialmente as formas, as cores, a luz e as composições? 1.4 Que efeitos pretendia provocar? Porquê?1.5 Porque se diz que esta pintura foi “académica”?

2. Observe atentamente a imagem 1 e leia o texto.

1

Jacques-Louis David, A Morte de Sócrates, 1787, óleo sobre tela, 129,5 x 196,2 cm (Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, EUA). A obra mostra o último momento da vida do velho filósofo grego Sócrates que havia sido condenado à morte por ingestão de cicuta por corromper a juventude. No seu cárcere, rodeado por discípulos que o tinham ido visitar, sugerindo-lhe inclusive a fuga, Sócrates alega o poder maior das leis da democracia e estende a mão para a taça do veneno.

Texto

O que vemos? Um espaço e, nesse espaço, um assunto para reflexão. E é isto exatamente o que o pintor pretende.A imagem estabelece na pintura uma ambiguidade que tanto nos orienta para a informação, como para o prazer, como para o pensamento, ou, melhor, simultaneamente para os três, sem que o olhar possa dominar esta simultaneidade.Basta que a verosimilhança abra espaço para o pensa-mento em vez de o dispersar ilustrativamente para as coi-sas: a verosimilhança é, assim, a virtude da imagem e a forma da beleza.

Bernard Noël, David, Paris: Librairie Flammarion, 1989

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2.1 Segundo o texto, David mostra-nos na obra um espaço e um assunto. Identifique-os.

2.2 Ainda segundo o texto, a maneira como David nos apresenta o assunto visa: informar, dar prazer e pensar. Explicite estas “funções” dizendo o que informa a obra, porque nos faz pensar e que prazer nos pode proporcionar.

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8 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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Planificação a longo prazo:

Proposta de planificação anual do Programa

Per

íod

os

esco

lare

s

Tema/ Conteúdos

programáticos

Atividades extra--aula a desenvolver

(em coordenação com

o PAA da escola)

Metas finais a atingir/ Competências a desenvol-

ver nos alunos

Ges

tão

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tem

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e 90

min

)

Avaliação (tipo e momentos

de aplicação)

1.º P

erío

do

Módulo inicial/ Motivação

• Narrativas da aprendizagem

• Casos Práticos

Uma aula fora da escola no âmbito da arte contemporânea:

• num museu

ou

• numa galeria

ou

• num ateliê ou estúdio de artista contempo- râneo

Do domínio cognitivo:

• Conhece os conteúdos infor-mativos dos módulos temáticos abrangidos.

• Situa no tempo e no espaço os assuntos abrangidos por cada módulo.

• Compreende a ação individual (biografias) como determinante na apreciação dos diversos processos históricos, culturais e artísticos.

• Integra o tempo breve de um acontecimento marcante com o contexto em que se inscreve.

• Destaca as características fun-damentais da cultura de um povo, época ou local.

• Conhece a produção artística mais importante de cada época/estilo e seus autores principais.

• Contextualiza no tempo e no espaço as obras de arte e rela-ciona-as com a sua época histó-rica e com os seus autores.

• Relaciona a História da Cultura com a da Arte, compreendendo a sua interdependência.

• Compreende e explica os con-ceitos básicos do programa temático.

• Reconhece o objeto artístico como produto e agente do pro-cesso histórico-cultural em que se enquadra.

Do domínio das capacidades/ competências:

• Conhece e utiliza corretamente o vocabulário específico de cada época/arte.

3 + 2

Avaliação

diagnóstica

Módulo 6

A cultura do Palco• Tronco comum

• Tronco específico

• Casos Práticos

Uma aula fora da escola no âmbito da arte barroca:

• numa igreja

ou

• num palácio

ou

• num museu

Visita de estudo de um dia ao Real Edifício de Mafra

13 + 2

Avaliação formativa ao longo das aulas

Avaliação sumativa no final do Módulo 6

Módulo 7

A cultura do Salão• Tronco comum (tempo, espaço, local, sínteses, biografia, aconteci-mento e Caso Prá-tico 1)

• Arte rococó – arquitetura, escultura, pintura

• Arte rococó, da Europa para o Mundo

Visionamento de um filme sobre a sociedade aristocrática de Antigo Regime

7 + 1

Avaliação formativa ao longo das aulas

Avaliação sumativa no final do período

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131. Propostas de planificação pedagógico-didática do Programa da disciplina

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dito

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Planificação a curto prazo:

Proposta para um plano de uma aula (Módulo 6)

Tema/

SumárioConteúdos

Linha de exploração pedagógico-didática

Recursos/

MateriaisAprendizagens

pretendidas

A biografia de Luís XIV, o Rei-Sol

• Aspetos relevantes do percurso de vida de Luís XIV

• Características dominantes da sua personalidade

• A sua atuação como governante

• A sua importância na História da França e da Europa do seu tempo

1. O professor corrige as perguntas do Caderno de Atividades referen-tes à aula anterior (sobre o tempo e o espaço deste Módulo)

2. Depois, lança as questões: Quem foi Luís XIV? Já viram filmes ou já leram sobre ele? Com que opinião ficaram? E o que se passava na França de Luís XIV? Os alunos vão respondendo.

3. Em seguida, o professor propõe a leitura silenciosa do texto da bio-grafia, solicitando que sublinhem o que consideram importante para dar resposta às questões levantadas.

4. Preenchimento de uma grelha--síntese (entretanto esquemati-zada pelo professor no quadro), com as conclusões obtidas pelas alunos.

5. Depois, partindo da análise de imagens e textos pré-seleciona-dos, o professor procura construir com os alunos o retrato físico e psicológico do rei, interpretando a sua atuação e os seus objetivos.

6. Com as respostas assim obtidas vai-se completando a grelha-síntese.

7. Por último, pretende-se que os alunos justifiquem porque se ape-lidou o século XVII de o Século de Luís XIV.

8. Como verificação das aprendiza-gens propõe-se que os alunos respondam por escrito à rubrica O Que Interessa Saber.

Caderno de Atividades

Manual (pp. 35 e 36)

Quadro da sala de aula

Manual (pp. 23, 26, 27 e 36) e-Manual

• Conhecer e sin-tetizar os dados mais importan-tes da vida e atuação de Luís XIV.

• Caracterizar a personalidade deste rei absoluto.

• Relacionar a sua atuação com o apogeu do Antigo Regime em França e na Europa (con-texto histórico anteriormente abordado).

• Reconhecer e comprovar a importância de Luís XIV no seu tempo.

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34 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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11. Kirchner, Toilette. Mulher ao Espelho, 1912-1920, óleo sobre tela,

100,5 x 75,5 cm (Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Georges Pompidou, Paris)

A impressão imediata que este quadro nos transmite, quando o observamos, é a de desequilí-brio, de instabilidade. Tudo parece concebido nesse sentido.

A postura da mulher é de uma certa firmeza, mas o seu frente a frente com o espelho inclinado está numa perspetiva no mínimo forçada. E não é a ordem dos objetos que está alterada, é a composi-ção da obra.

Curiosamente, o único objeto que possui uma estrutra vertical, o toucador, está de tal modo dese-nhado que, apesar da sua forma retangular e conse-quentemente estável, nos parece distorcido; isto porque as horizontais e verticais do retângulo azul que ele forma no 1.º plano não são de modo algum paralelas aos bordos da tela, provocando-nos assim a sensação de desequilíbrio.

Apercebemo-nos também que há um movi-mento arredondado que parte do cotovelo es- querdo da mulher, segue em direção ao espelho e

continua através dele até ao toucador (linha a-b). Este movimento está reforçado visualmente pela forma interna do toucador (linha c-d); este movi-mento é o responsável maior pela sensação de desestabilização que o quadro nos transmite.

Contudo, a composição do quadro orienta-se sobretudo por triangulações, isto é, um sistema de encontros de linhas oblíquas. Os braços da mulher penteando os cabelos formam uma forte diagonal que atravessa a tela do canto superior esquerdo para o canto inferior direito (linha a-b). A tela encon-tra-se igualmente atravessada por uma diagonal contrária, a que vai das pernas da mulher ao canto direito do espelho (linha c-d). Outra oblíqua deses-tabilizante é a formada pelo espelho, assente, em posição precária, sobre um livro (linha e-f ).

A figura da mulher é composta por uma série de “triângulos”: um formado pelos braços levanta-dos e pelo tronco visto de costas e apertado num corpete branco, também ele triangular (triângulo

1

2

B

D

C

H

G

F

E

A

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94 Ideias & Imagens | Guia do Professor

T E S T E

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Porto Editora

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1.1 Escolha a opção que se refere à legenda correta para os números I e II das figuras acima representadas.

A. I – Capitel; II – Friso.

B. I – Frontão; II – Tímpano.

C. I – Entablamento; II – Capitel.

D. I – Tímpano; II – Frontão.

1.2 Distinga quatro diferenças entre a ordem dórica e a ordem jónica, recorrendo à observação das figuras 1 e 2.

2. Observe a figura 3 e selecione a opção que define a técnica de criação artística reproduzida.

Estrutura de ordem dórica. Estrutura de ordem jónica.

GRUPO I

1. Observe as figuras 1 e 2.

1 2

Painel da Imperatriz Teodora (pormenor), Igreja de S. Vital, Ravena, c. 547.

3 A. Pintura sobre gesso, com pigmentos dissolvidos em água, em que a tinta, absorvida pelo gesso, se inte-gra na parede.

B. Desenho composto por pequenos pedaços de mate-riais coloridos (tesselas), aplicados sobre estuque ou argamassa fresca, na decoração de superfícies arquitetónicas.

C. Decoração, com desenho e pintura, de documentos manuscritos, de rolos de papiro ou de livros.

D. Pintura com pigmentos dissolvidos em cera quente que se aplica sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou metal.

Tímpano

Faixa

Faixa

Moldura de cornijaMoldura de cornija

Acrotério

Mútulos

Dentículos

II

I

I

II

LacrimalMépola

Arquitrave

ArquitraveTríglifo

Friso

Taenia

Ábaco

Ábaco

Voluta

Gorjal

Gotas

Aneletes

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53

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17. Evolução das artes plásticas (pintura e escultura) no século XX – Síntese cronológica esquemática

SIMBOLISMO(S)(1860-1910)

FAUVISMO(1905-1908)

CUBISMO(1907-1914)

NOVA OBJETIVIDADE(c. 1920-1940)

NEORREALISMO(S) REALISMO SOCIAL

Transvanguarda italiana ou

Neoexpressionismos

• Novo Realismo• Pop Art (c. 1955-1980)

• Hiper-Realismo (Anos 70)

Analítico

ORFISMO (1912-14)

PURISMO (1920-25)

Sintético

Cezanniano

DADAÍSMO (1916-1922)

SURREALISMO (1917-1939/40)

Pintura metafísica(1911-1920)

Suprematismo

(1915/16-1920/21)

Neoplasticismo (1917-1945)

Grupo “A Ponte” (1905-1913)

Grupo “O Cavaleiro Azul”

(1910-1914/18)

INFORMALISMOS (1945-1960/70)

CONSTRUTIVISMO (1915-1930)

FUTURISMO (1910-17 e 1920-40)

OP ART(1955-70)

Arte Acontecimento(Anos 50…)

ARTE CONCEPTUAL

(Anos 60)

• Expressionismo Abstrato (Após 1947…)

• Abstração Geométrica (Anos 50…) Arte Povera

(Após 1967)

Lírico ou ExpressivoABSTRACIONISMO

(1918-1939/40)

SECÇÃO ÁUREA (1912-14)

Performance

Land Art

Body Art

Arte Minimal (Anos 60…)

Happening

Instalação

1.º Modernismo 2.º Modernismo Pós-Modernismo Arte Contemporânea Atual (c. 1880-1914/18) (c. 1919-1960) 1960 1970 1980 1990 2000 2010

1.ª Guerra Mundial 2.ª Guerra Mundial

1.o Expressionismo(1905-1914/18) • Action Painting ou

Gestualismo

• Pintura Matérica

• Arte Bruta

• Pintura Espacialista

NOVA(S) FIGURAÇÃO(ÕES) (1947/50-1980)

Geométrico

• Abstração Pós-Pictórica (Anos 60…)

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M

– Ligação estreita entre o Manual e o Caderno de Atividades, facilitada através do símbolo Ca .

– Questões facilitadoras e motivadoras da exploração dos documentos (mapas, cronologias, textos e imagens).

• Vertente prática reforçada com: – Análises de Obra – exemplos práticos

de exploração mais aprofundada de algumas obras de arte.

Manual• Texto renovado – explicativo e didaticamente organizado.

• Contextualização espaciotemporal de cada módulo mais detalhada e visualmente apreensível.

1

• Exemplos diversificados de alguns planos de aula.

Guia do Professor• Propostas de planificação

pedagógico-didática do Programa, anual e trimestrais.

3

• Testes de consolidação: – um por cada módulo; – elaborados com base na

estrutura e tipologia das provas do exame nacional;

– com respetivas cotações e critérios de correção para permitir a autoavaliação.

Caderno de Atividades• Nova estrutura.

• Atividades em ligação estreita com o Manual.

• Fichas de atividades orientadas para a exploração detalhada do Manual.

• Atividades direcionadas para a aquisição e compreensão dos conteúdos, bem como para o desenvolvimento de competências:

– redigir conceitos/definições; – elaborar sínteses; – ler e interpretar mapas

e textos; – ler obras de arte; – aplicar critérios de análise

e interpretação/avaliação das obras de arte.

• Análises de Obra complementares.

2

174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

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9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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175Tronco específico · A arte do século XIX

esses efeitos, assumiu o “inacabado” como forma plástica, o rugoso em bruto, resultante do modo como o escultor atuava com os instrumentos que se utilizavam na escultura – o escopro e o martelo. A suavidade dos corpos de mármore é resultado de polimentos conseguidos com água, esmeril e lixas aplicados na dosagem certa para obter o aveludado da pele. Exemplos claros deste modo de trabalhar são as esculturas Daneide e O Beijo [97 e 98]. Nestas, as formas dos corpos ainda estão presas à matéria de que são feitas.

A ligação do escultor ao barro ou à cera de modelar é de grande intimidade. Através das mãos, a massa dúctil do barro sujeita-se às emoções que o artista sente. As obras ficam indelevelmente marca-das com as emoções que o escultor quer transmitir, como no caso de O Pensador [99] e do Retrato de Balzac. Ca

Entre as suas obras, contam-se estátuas individuais (como os retratos de Balzac e de Victor Hugo), grupos escultóricos (como Os Burgueses de Calais) e relevos como os de A Porta do Inferno, peça que não chegou a completar. Algumas obras individuais como o Pensador e As Três Graças foram projetadas para encimar A Porta do Inferno.

Rodin sintetizou as influências vindas do Realismo, do Simbolismo, do Expressio-nismo e até do Impressionismo (se é lícito falar de Impressionismo em escultura). Acima de tudo, foi um escultor ímpar, que deixou marcas nos seus discípulos, como Camille Claudel (1864-1943) e Antoine Bourdelle (1861-1929).

97. Auguste Rodin, Daneide, 1885, mármore, 35 x 72 x 77 cm (Museu Rodin, Paris)As delicadas curvas do corpo feminino conjugam-se com a cabeleira fluida que cai sobre o bloco de mármore fazendo a ligação entre a figura e o suporte.

98. Rodin, O Beijo, 1882-98, 184 x 111 x 119 cm (Museu Rodin, Paris)O casal enlaçado são Paolo e Francesca, heróis de Dante na Divina Comédia. Tal como outras figuras de Rodin, a peça foi concebida, inicialmente, para a Porta do Inferno.

99. Rodin, O Pensador, 1880-1904, bronze, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm (Museu Rodin, Paris)Esta obra foi concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa talvez Dante, refletindo sobre a sua criação poética e simboliza o Homem criador, em geral.

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174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

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9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

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9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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175Tronco específico · A arte do século XIX

esses efeitos, assumiu o “inacabado” como forma plástica, o rugoso em bruto, resultante do modo como o escultor atuava com os instrumentos que se utilizavam na escultura – o escopro e o martelo. A suavidade dos corpos de mármore é resultado de polimentos conseguidos com água, esmeril e lixas aplicados na dosagem certa para obter o aveludado da pele. Exemplos claros deste modo de trabalhar são as esculturas Daneide e O Beijo [97 e 98]. Nestas, as formas dos corpos ainda estão presas à matéria de que são feitas.

A ligação do escultor ao barro ou à cera de modelar é de grande intimidade. Através das mãos, a massa dúctil do barro sujeita-se às emoções que o artista sente. As obras ficam indelevelmente marca-das com as emoções que o escultor quer transmitir, como no caso de O Pensador [99] e do Retrato de Balzac. Ca

Entre as suas obras, contam-se estátuas individuais (como os retratos de Balzac e de Victor Hugo), grupos escultóricos (como Os Burgueses de Calais) e relevos como os de A Porta do Inferno, peça que não chegou a completar. Algumas obras individuais como o Pensador e As Três Graças foram projetadas para encimar A Porta do Inferno.

Rodin sintetizou as influências vindas do Realismo, do Simbolismo, do Expressio-nismo e até do Impressionismo (se é lícito falar de Impressionismo em escultura). Acima de tudo, foi um escultor ímpar, que deixou marcas nos seus discípulos, como Camille Claudel (1864-1943) e Antoine Bourdelle (1861-1929).

97. Auguste Rodin, Daneide, 1885, mármore, 35 x 72 x 77 cm (Museu Rodin, Paris)As delicadas curvas do corpo feminino conjugam-se com a cabeleira fluida que cai sobre o bloco de mármore fazendo a ligação entre a figura e o suporte.

98. Rodin, O Beijo, 1882-98, 184 x 111 x 119 cm (Museu Rodin, Paris)O casal enlaçado são Paolo e Francesca, heróis de Dante na Divina Comédia. Tal como outras figuras de Rodin, a peça foi concebida, inicialmente, para a Porta do Inferno.

99. Rodin, O Pensador, 1880-1904, bronze, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm (Museu Rodin, Paris)Esta obra foi concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa talvez Dante, refletindo sobre a sua criação poética e simboliza o Homem criador, em geral.

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Polít

ica,

Eco

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Soci

edad

e

Muitos palcos, um espetáculo (O tempo e o espaço)

2. Evolução histórico-cultural do século XVII (síntese cronológica)

1600 1620 1640

Barroco

Pens

amen

to, L

etra

s, A

rte

• Fundação da Companhia das Índias Orientais, em Londres (1600) • Bolsa e Banco de Amesterdão (1608 e 1609) • 1610-1643 – Governo de Luís XIII, rei de França • Início da Guerra dos 30 Anos (1618) • 1624-1640 – Peste endémica em França • Sublevação de camponeses

em França (1636 e 1639)

• Caravaggio, A Virgem da Serpente (1601) • Monteverdi, Orfeu (1607) • Rubens, Descida da Cruz (1611) • El Greco, Assunção da Virgem (1614) • Francis Bacon, Novum Organon (1620) • Harvey, circulação do sangue (1628)

1. Diferentes matizes políticos na Europa do século XVII

Reinos

Impérios

Repúblicas

Sacro Império Romano-Germânico

IRLANDA

ESCÓCIA

INGLATERRA

REINO DEFRANÇA

SUÍÇA

PAÍSES BAIXOSESPANHÓIS

REINO DEESPANHA

Nápoles(REINO DE ESPANHA)

REINO DEPORTUGAL

DINAMARCA

HOLANDASAXÓNIA

BRANDEBURGO

SUÉCIA

IMPÉRIO RUSSO

CONFEDERAÇÃOPOLÓNIA-LITUÂNIA

CRIMEIA

IMPÉRIO OTOMANO

VALÁQUIA

TRANSILVÂNIA

MOLDÁVIA

BOÉMIA

ÁUSTRIA

HUNGRIABavária

Veneza

Génova

Sabóia

Burgúndia

FlorençaEstadosPapais

0 300 km

DATAS

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• Sublevação na Catalunha (1640) • Restauração da independência em Portugal (1640) • Reforma geral da moeda em França (1640) • Fronda. Primeira grande crise

universal – miséria (1648) • Tratado de Vestefália (1648)

• Condenação de Galileu (1632)• 1632-1704 – Vida de J. Locke • Primeiro teatro lírico permanente em Veneza (1637) • Rembrandt, A Ronda da Noite (1642)

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3. A França no tempo de Luís XIV (com base em: Atlas Histórico da Pré-História aos Nossos Dias, Ed. Intercultural, Lda.)

Sena

Reno

Róda

no

Garona

Canal do Midi

Loire

Loire

Sona

Danúbio

Nu--pieds

Lustrucus

Torreben

Sabotiers

Croquants

Croquants

Croquants

CroquantsTrad--avisés

Audijos

Trad-avisésCroquants

Trad-avisésCroquants

BarcelonnetteAvinhão(papado)

Roures

Camisardos

ParisVERSALHES

PAÍSES BAIXOSESPANHÓIS

ARTÉSIA

SACRO IMPÉRIO

FRANCOCONDADO

DUCADODE

LORENA

CONFEDERAÇÃOHELVÉTICA

DUCADODE SABÓIA

ROSSILHÃO

Mar Mediterrâneo

OCEA

NO AT

LÂNTIC

O

A extensão do território

O descontentamentopopular

FronteirasAquisições de Luís XIVFronteiras em 1715Canais

Forti�cações de Vauban

Grandes revoltascamponesas

0 100 km

Barroco

• Crise económica em França (1661-1662) • Colbert, tarifas aduaneiras (1664) • 1665-1666 – Grande peste e incêndio de Londres • 1667-1668 – Guerra da Devolução (França e Espanha) • Tripla Aliança – nações protestantes contra a França (1668) • Sublevação na Hungria (1671) • Grande epidemia em Espanha (1676) • 1679-1684 – Auge da hegemonia francesa na Europa

•1657-1661 – Le Vau, Palácio de Vaux-le-Vicomte (França) • Observatório de Paris (1667) • Sinagoga portuguesa em Amesterdão (1671) • Reconstrução da Catedral de São Paulo, Londres (1675) • La Fontaine, Fábulas (1678) • França, primeiras bailarinas em cena (1681) • Vida de Bach (1685-1750) • Vida de Montesquieu (1689-1755)

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Edi

tora

Analise/Reflita1. Que século e que áreas geográ-

ficas estão abrangidos pelos assuntos deste módulo? (docs. 1, 2 e 3)

2. Que conclusões consegue obter nestes documentos sobre a vida nesse tempo/espaço, nos planos político, social, económico e cultural? (doc. 2)

3. Que significado atribui à expressão “muitos palcos, um espetáculo”? Que “palcos” são estes? E qual será o espetáculo?

1660 1680 1700 1714

• França perde controlo do mar (1692) • 1693/1694 – Crise económica em França • Início do ciclo do ouro no Brasil (1694) • Pânico financeiro na Inglaterra (1696) • Tratado de Methuen (Portugal/Inglaterra) (1703) • Ocupação de Madrid pela França (1706) • Revoltas populares na Rússia (1708) • Crise económica francesa (1709)

• Ópera italiana em Espanha (1700) • Primeiro jornal diário em Inglaterra (1702) • Fundação de Sampetersburgo (Rússia) (1703) • Construção dos primeiros pianos (1709) • 1712-1778- Vida de J. J. Rousseau • 1715-1784 Vida de Diderot • Ludovice, Real Edifício

de Mafra (1717)

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e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)4 e-Manual do Aluno5

e-Manual PremiumTodo o projeto Ideias & Imagens em formato digital:

• com recursos associados em contexto às páginas do e-Manual;

• com um menu para aceder a todos os recursos módulo a módulo:

– 5 PowerPoint® Didáticos – um por módulo para estudo de aspetos específicos do Programa

– materiais do Guia do Professor em formato editável (Word®)

– imagens extra em complemento às do Manual.

O acesso à versão definitiva do e-Manual Premium é exclusivo do Professor adotante e estará disponível a partir de setembro de 2014.

e-Manual do Aluno O acesso ao e-Manual do Aluno é disponibilizado, gratuitamente, na compra do manual em papel, no ano letivo 2014-2015, e poderá ser adquirido autonomamente através da Internet.

4

5

• Pequeno dicionário de conceitos, termos e autores (em complemento dos já incluídos no manual).

• Testes tipo exame: – segundo a estrutura das

provas do exame nacional; – incluem conteúdos dos 10.º

e 11.º anos, visando a preparação para o exame nacional;

– com cotações e critérios de correção.

– elaborar sínteses compreensivas da matéria programática.

• Guiões para facilitar a exploração dos PowerPoint® Didáticos de apoio ao Manual.

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Porto Editora

Módulo 8A cultura da Gare3

GRUPO I

1. A França foi um dos países onde mais se fizeram sentir as alterações que se verificaram no período com-preendido entre os finais do século XVIII e meados do século XIX.

1.1 Cite três razões que justifiquem esta afirmação.1.2 Que transformações fizeram de Paris uma cidade moderna e cosmopolita?1.3 Que atividades de lazer se desenvolveram no mundo urbano?

2. A máquina a vapor e as vias-férreas “diminuíram” as distâncias. Muitos quilómetros foram construídos por toda a Europa.

2.1 Quais os contributos deste meio de transporte para o desenvolvimento económico?2.2 Que implicações teve na sociedade e na demografia?

GRUPO II

1

Joseph Paxton, Palácio de Cristal, 1850-51.

1. Para a construção do Palácio de Cristal, usado na Primeira Exposição Universal (1851), reali-zada em Londres, usaram-se novos materiais e técnicas construtivas, possibilitadas pelo ferro e pelo vidro. Joseph Paxton tinha os conheci-mentos e a prática necessários ao fabrico deste grande empreendimento.

1.1 Qual a formação de Joseph Paxton que lhe possibilitou a construção de um edifício com as características do Palácio de Cristal?

1.2 Qual a utilidade das Exposições Universais?1.3 O Palácio de Cristal foi a primeira construção modular. Quais as vantagens desse tipo de construção?1.4 Esta construção é considerada como o primeiro passo do primado da tecnologia sobre a tradição.

Explique.

2. Gustave Eiffel utilizou o ferro para a construção da torre com o seu nome que foi símbolo da Exposição Universal de 1889, em Paris.

2.1 Quem foi Eiffel?2.2 A Torre Eiffel foi o maior expoente em

construções que utilizaram os novos materiais (ferro e vidro). Porquê?

2

Implantação da Torre Eiffel no terreno da exposição.

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Teste 3 · Módulo 8: A cultura da Gare

3

Caspar David Friedrich, Viajante junto a um Mar de Névoa, óleo sobre tela, 1818, 98 x 77 cm.

GRUPO III

1. Baudelaire, poeta francês, definiu o Romantismo desta maneira, em 1846:

1.1 Analise a obra da imagem 3, seguindo os princípios enunciados por Baudelaire.

1.2 Assinale com um V ou F (verdadeira ou falsa) as frases que se seguem. a) A racionalidade e a exatidão são as características mais evidentes do Romantismo. b) O Romantismo rompeu, por completo, com as ideias do passado clássico. c) A pintura romântica é antinaturalista. d) O Romantismo colocou em evidência o indivíduo e a sua personalidade. e) O Romantismo fez o regresso ao antigo. f) A sensibilidade, a paixão e a imaginação são apanágio do artista romântico. g) A obra de arte romântica é autónoma e única.

O Romantismo não reside na escolha dos temas, nem na verdade exata, mas na maneira de sentir. Quanto a mim, o Romantismo é a expressão mais recente e mais atual do belo.Quem diz Romantismo diz arte moderna, isto é, intimidade, espiritualidade, cor, aspira-ção ao infinito, expressos através de todos os meios artísticos.

4 5

Eugéne Boudin, Praça de São Marcos, em Veneza, 1895, óleo sobre tela, 21 x 38 cm (coleção Durand-Ruel, Paris).

Millet, As Respigadoras do Trigo, 1857, óleo sobre tela, 83 x 111 cm.

2. Observe as imagens 4 e 5.

2.1 A que movimentos pertencem? Justifique.2.2 Caracterize-as quanto à forma, à cor e à composição.

3. Tendo como base os princípios impressionistas, o Neoimpressionismo foi substancialmente diferente ao nível da conceção e realização plástica.

3.1 Quais as diferenças fundamentais?3.2 O que entende por técnica pontilhista?

4. Auguste Rodin foi o maior e mais inovador escultor deste período. A sua obra mais conhecida – O Beijo – mantém ainda características clássicas. É, no entanto, no Pensador ou em Balzac que se revela mais inova-dor. Qual a importância de Rodin na história da escultura? Justifique/comprove.

Cotações

GRUPO I 1.1 15 pontos; 1.2 5 pontos; 1.3 10 pontos; 2.1 10 pontos; 2.2 10 pontos.

GRUPO II 1.1 5 pontos; 1.2 10 pontos; 1.3 10 pontos; 1.4 10 pontos; 2.1 5 pontos; 2.2 10 pontos.

GRUPO III 1.1 20 pontos; 1.2 7 pontos; 2.1 10 pontos; 2.2 15 pontos; 3.1 15 pontos; 3.2 8 pontos; 4. 25 pontos.

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(1) Lembramos que, para além dos critérios específicos aqui enunciados, a correção deve ainda ter em conta as competências de comunicação escrita em língua portuguesa (composição bem estruturada, sem erros de sintaxe e de pontuação/ortografia) e as competências

específicas da disciplina, verificáveis no uso correto de conceitos e vocabulário próprio, na aplicação de me-todologias de leitura/análise das diferentes obras de arte, etc. As respostas devem ainda referenciar os tex-tos e imagens patentes no enunciado.

Critérios para correção (1)

GRUPO I1.1 Começou por ser, em 1618, uma rebelião entre a nobreza

protestante da Boémia e os católicos de Habsburgo. Mas a intervenção da França e da Suécia, que pretendiam dominar a Casa dos Habsburgo, tornou-a também numa questão política. Degenerou numa guerra europeia e num massacre horrível. Terminou com a Paz de Vestefália que deu a supremacia à França.

1.2 1. – b; 2. – e; 3. – c: 4. – a; 5. – d.2.1 a) monárquico; b) parlamentar; c) absolutista;

d) oligárquico/plutocrático.2.2 Regime político do Antigo Regime caracterizado pela

existência de uma monarquia onde o rei tem o poder absoluto e, por isso, não está submetido a nenhum controlo e concentra em si todos os poderes.

3.1 Corte que era governada por um rei absolutista; era o centro do poder e da administração central bem como da convivialidade.

3.2 Como o absolutismo se tornou moda nesta altura, Luís XIV, com a sua ação política, económica, social, artística e cultural, tornou-se o modelo a copiar por todos os reis europeus.

3.3 Os cortesãos viviam bajulando e sendo bajulados, adaptando-se oportunisticamente, como acontece com o camaleão cuja cor muda de acordo com o ambiente.

GRUPO II 1.1 Foi o documento que finalizou e trouxe a paz aos países

beligerantes na Guerra da Sucessão de Espanha.1.2 1. – f; 2. – d; 3. – d; 4. – a; 5. – g.2.1 Entre a riqueza e o luxo; e entre e a guerra e suas

consequências.2.2 As muitas guerras em que se envolveu Luís XIV

contribuíram para as revoltas e para a pobreza vigentes durante todo o seu reinado mas foram o postulado lógico do seu tipo de governo.

3.1 No IV ato desenrola-se esta cerimónia que é uma brincadeira, uma palhaçada, mas também uma humilhação subtil ao Sr. Jordão. No meio de danças, cantares e muitos gestos teatrais e linguajares à turco, o Sr. Jordão é nomeado Mamamuchi.

3.2 O objetivo de Molière nesta sátira, como na maioria das suas obras, era o de criticar os desejos de grandeza da burguesia, que queria aparentar o que não era. Molière valia-se da burguesia para, indiretamente, ridicularizar a realeza e a nobreza.

GRUPO III 1.1 O Barroco define-se, na generalidade, pelo fim da

estaticidade e da simetria racionalistas e pela busca da fantasia e do movimento que impressiona e excita, daí a necessidade da tensão, desequilíbrio e dinamismo de linhas, formas, volumes, causadoras do fascínio dos sentidos e da força da mensagem.

1.2 As plantas apresentam grande diversidade de formas, desde a igreja-salão à oval. A preferência é para a nave única, segundo duas tipologias: retangular alongada; e a elítico-longitudinal e a elítico-transversal.

1.3 As igrejas exibem interiores muito decorados, com paredes ondulantes, cobertas por mármores policromados, estuques, pinturas a fresco, em tromp- -l'œil ou sobre telas, talha dourada, azulejos… que se expandem por abóbadas e cúpulas e cujas composições sinuosas descrevem temas religiosos e imaginativos.

2.1 A obra escultórica de Bernini apresenta os seguintes aspetos técnico-formais: estrutura compositiva – as composições são livres, segundo esquemas complexos e em posições movimentadas e instáveis de sentido ascendente; parecem ser captadas num instantâneo fotográfico (é o caso de David a lançar a funda); tratamento das formas – a anatomia das figuras (ver rosto e corpo de David), as proporções e os pormenores caprichosos são trabalhados com realismo e naturalismo; as texturas são tratadas com virtuosismo e mestria dando a perfeita ideia de diferentes materiais (ver em Apolo e Dafne a textura dos corpos, do loureiro e das folhas, tudo em mármore); técnicas /processos de execução – o ato de desbastar, modelar e cinzelar de Bernini explorou de tal modo os gestos, as expressões faciais e corporais que conseguiram mostrar a expressividade e o dramatismo até à exaustão (O Êxtase Místico de Santa Teresa). O processo de execução é o clássico.

2.2 A escultura barroca tinha por objetivo a valorização do pathos, da paixão ou da emoção e, por isso, procurou a representação exata do momento da ação captada e congelada, agarrando assim o espectador. São momentos exemplares aquele em que Apolo toca em Dafne e ela se transforma em loureiro e o lançamento da funda por David.

3.1 A pintura barroca caracteriza-se por grande diversidade temática, como são exemplo os temas religiosos, profanos, mitológicos, retratos, paisagens, cenas de género e natureza-morta. A composição na pintura segue de perto os modos de representação da escultura, com o objetivo de apanhar o momento, a ação. Usando a linha oblíqua, curvilínea ou reta, enquadra os temas abaixo da linha do horizonte, de modo a atrair o olhar do observador, tirando partido dos fundos escuros e dos jogos de luz. A expressividade é conseguida pelo contraste e pelo tratamento da luz, das cores e das formas sinuosas e agitadas. Feita para o espetáculo e para a mensagem, a pintura está submetida aos princípios propostos pelas regras da Contrarreforma – captar o cristão pela emoção e não pela razão.

3.2 Em A Descida da Cruz, de Rubens encontra-se o sentido da encenação na estrutura compositiva em diagonal da obra, na luz focal e nas cores branca do pano e no corpo de Cristo, na posição forçada de São João, cujas vestes vermelhas exaltam o cenário. Os efeitos dramáticos são conseguidos pelo cruzamento dos olhares, pelas expressões dolorosas dos rostos, pelo tratamento das formas à Miguel Ângelo (corpos fortes e musculados), pelo tenebrismo à Caravaggio (a envolvência escura e pouco trabalhada) e pelo direcionamento do nosso olhar para a ação, dada a inexistência de pormenores supérfluos. Tudo isto num suave movimento helicoidal, que é acentuado pela irrequietude dos panejamentos e pela agitação dos personagens.

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Page 4: e-Manual Premium - Abre Horizontes- Porto Editora · Uma aula fora da escola no âmbito da ... Propostas de planificação pedagógico-didática do Programa da disciplina 13 ... na

• Orientações complementares para:

– levar mais longe a interpretação de obras de arte de várias modalidades;

Guia do Professor 3Caderno de Atividades2Manual1

39F I C H A Manual pp. 111-115

Módulo 7 A pintura e a escultura neoclássicas25

1. Tenha em consideração tudo o que estudou sobre a pintura neoclássica e responda.

1.1 Quais as fontes de inspiração desta pintura? Como chegavam ao conhecimento dos pintores essas fontes?1.2 Que temáticas tratou com mais frequência? Justifique.1.3 Como trabalhou preferencialmente as formas, as cores, a luz e as composições? 1.4 Que efeitos pretendia provocar? Porquê?1.5 Porque se diz que esta pintura foi “académica”?

2. Observe atentamente a imagem 1 e leia o texto.

1

Jacques-Louis David, A Morte de Sócrates, 1787, óleo sobre tela, 129,5 x 196,2 cm (Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, EUA). A obra mostra o último momento da vida do velho filósofo grego Sócrates que havia sido condenado à morte por ingestão de cicuta por corromper a juventude. No seu cárcere, rodeado por discípulos que o tinham ido visitar, sugerindo-lhe inclusive a fuga, Sócrates alega o poder maior das leis da democracia e estende a mão para a taça do veneno.

Texto

O que vemos? Um espaço e, nesse espaço, um assunto para reflexão. E é isto exatamente o que o pintor pretende.A imagem estabelece na pintura uma ambiguidade que tanto nos orienta para a informação, como para o prazer, como para o pensamento, ou, melhor, simultaneamente para os três, sem que o olhar possa dominar esta simultaneidade.Basta que a verosimilhança abra espaço para o pensa-mento em vez de o dispersar ilustrativamente para as coi-sas: a verosimilhança é, assim, a virtude da imagem e a forma da beleza.

Bernard Noël, David, Paris: Librairie Flammarion, 1989

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2.1 Segundo o texto, David mostra-nos na obra um espaço e um assunto. Identifique-os.

2.2 Ainda segundo o texto, a maneira como David nos apresenta o assunto visa: informar, dar prazer e pensar. Explicite estas “funções” dizendo o que informa a obra, porque nos faz pensar e que prazer nos pode proporcionar.

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8 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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Planificação a longo prazo:

Proposta de planificação anual do Programa

Per

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os

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Tema/ Conteúdos

programáticos

Atividades extra--aula a desenvolver

(em coordenação com

o PAA da escola)

Metas finais a atingir/ Competências a desenvol-

ver nos alunos

Ges

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min

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Avaliação (tipo e momentos

de aplicação)

1.º P

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Módulo inicial/ Motivação

• Narrativas da aprendizagem

• Casos Práticos

Uma aula fora da escola no âmbito da arte contemporânea:

• num museu

ou

• numa galeria

ou

• num ateliê ou estúdio de artista contempo- râneo

Do domínio cognitivo:

• Conhece os conteúdos infor-mativos dos módulos temáticos abrangidos.

• Situa no tempo e no espaço os assuntos abrangidos por cada módulo.

• Compreende a ação individual (biografias) como determinante na apreciação dos diversos processos históricos, culturais e artísticos.

• Integra o tempo breve de um acontecimento marcante com o contexto em que se inscreve.

• Destaca as características fun-damentais da cultura de um povo, época ou local.

• Conhece a produção artística mais importante de cada época/estilo e seus autores principais.

• Contextualiza no tempo e no espaço as obras de arte e rela-ciona-as com a sua época histó-rica e com os seus autores.

• Relaciona a História da Cultura com a da Arte, compreendendo a sua interdependência.

• Compreende e explica os con-ceitos básicos do programa temático.

• Reconhece o objeto artístico como produto e agente do pro-cesso histórico-cultural em que se enquadra.

Do domínio das capacidades/ competências:

• Conhece e utiliza corretamente o vocabulário específico de cada época/arte.

3 + 2

Avaliação

diagnóstica

Módulo 6

A cultura do Palco• Tronco comum

• Tronco específico

• Casos Práticos

Uma aula fora da escola no âmbito da arte barroca:

• numa igreja

ou

• num palácio

ou

• num museu

Visita de estudo de um dia ao Real Edifício de Mafra

13 + 2

Avaliação formativa ao longo das aulas

Avaliação sumativa no final do Módulo 6

Módulo 7

A cultura do Salão• Tronco comum (tempo, espaço, local, sínteses, biografia, aconteci-mento e Caso Prá-tico 1)

• Arte rococó – arquitetura, escultura, pintura

• Arte rococó, da Europa para o Mundo

Visionamento de um filme sobre a sociedade aristocrática de Antigo Regime

7 + 1

Avaliação formativa ao longo das aulas

Avaliação sumativa no final do período

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131. Propostas de planificação pedagógico-didática do Programa da disciplina

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Planificação a curto prazo:

Proposta para um plano de uma aula (Módulo 6)

Tema/

SumárioConteúdos

Linha de exploração pedagógico-didática

Recursos/

MateriaisAprendizagens

pretendidas

A biografia de Luís XIV, o Rei-Sol

• Aspetos relevantes do percurso de vida de Luís XIV

• Características dominantes da sua personalidade

• A sua atuação como governante

• A sua importância na História da França e da Europa do seu tempo

1. O professor corrige as perguntas do Caderno de Atividades referen-tes à aula anterior (sobre o tempo e o espaço deste Módulo)

2. Depois, lança as questões: Quem foi Luís XIV? Já viram filmes ou já leram sobre ele? Com que opinião ficaram? E o que se passava na França de Luís XIV? Os alunos vão respondendo.

3. Em seguida, o professor propõe a leitura silenciosa do texto da bio-grafia, solicitando que sublinhem o que consideram importante para dar resposta às questões levantadas.

4. Preenchimento de uma grelha--síntese (entretanto esquemati-zada pelo professor no quadro), com as conclusões obtidas pelas alunos.

5. Depois, partindo da análise de imagens e textos pré-seleciona-dos, o professor procura construir com os alunos o retrato físico e psicológico do rei, interpretando a sua atuação e os seus objetivos.

6. Com as respostas assim obtidas vai-se completando a grelha-síntese.

7. Por último, pretende-se que os alunos justifiquem porque se ape-lidou o século XVII de o Século de Luís XIV.

8. Como verificação das aprendiza-gens propõe-se que os alunos respondam por escrito à rubrica O Que Interessa Saber.

Caderno de Atividades

Manual (pp. 35 e 36)

Quadro da sala de aula

Manual (pp. 23, 26, 27 e 36) e-Manual

• Conhecer e sin-tetizar os dados mais importan-tes da vida e atuação de Luís XIV.

• Caracterizar a personalidade deste rei absoluto.

• Relacionar a sua atuação com o apogeu do Antigo Regime em França e na Europa (con-texto histórico anteriormente abordado).

• Reconhecer e comprovar a importância de Luís XIV no seu tempo.

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34 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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11. Kirchner, Toilette. Mulher ao Espelho, 1912-1920, óleo sobre tela,

100,5 x 75,5 cm (Museu Nacional de Arte Moderna, Centro Georges Pompidou, Paris)

A impressão imediata que este quadro nos transmite, quando o observamos, é a de desequilí-brio, de instabilidade. Tudo parece concebido nesse sentido.

A postura da mulher é de uma certa firmeza, mas o seu frente a frente com o espelho inclinado está numa perspetiva no mínimo forçada. E não é a ordem dos objetos que está alterada, é a composi-ção da obra.

Curiosamente, o único objeto que possui uma estrutra vertical, o toucador, está de tal modo dese-nhado que, apesar da sua forma retangular e conse-quentemente estável, nos parece distorcido; isto porque as horizontais e verticais do retângulo azul que ele forma no 1.º plano não são de modo algum paralelas aos bordos da tela, provocando-nos assim a sensação de desequilíbrio.

Apercebemo-nos também que há um movi-mento arredondado que parte do cotovelo es- querdo da mulher, segue em direção ao espelho e

continua através dele até ao toucador (linha a-b). Este movimento está reforçado visualmente pela forma interna do toucador (linha c-d); este movi-mento é o responsável maior pela sensação de desestabilização que o quadro nos transmite.

Contudo, a composição do quadro orienta-se sobretudo por triangulações, isto é, um sistema de encontros de linhas oblíquas. Os braços da mulher penteando os cabelos formam uma forte diagonal que atravessa a tela do canto superior esquerdo para o canto inferior direito (linha a-b). A tela encon-tra-se igualmente atravessada por uma diagonal contrária, a que vai das pernas da mulher ao canto direito do espelho (linha c-d). Outra oblíqua deses-tabilizante é a formada pelo espelho, assente, em posição precária, sobre um livro (linha e-f ).

A figura da mulher é composta por uma série de “triângulos”: um formado pelos braços levanta-dos e pelo tronco visto de costas e apertado num corpete branco, também ele triangular (triângulo

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94 Ideias & Imagens | Guia do Professor

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1.1 Escolha a opção que se refere à legenda correta para os números I e II das figuras acima representadas.

A. I – Capitel; II – Friso.

B. I – Frontão; II – Tímpano.

C. I – Entablamento; II – Capitel.

D. I – Tímpano; II – Frontão.

1.2 Distinga quatro diferenças entre a ordem dórica e a ordem jónica, recorrendo à observação das figuras 1 e 2.

2. Observe a figura 3 e selecione a opção que define a técnica de criação artística reproduzida.

Estrutura de ordem dórica. Estrutura de ordem jónica.

GRUPO I

1. Observe as figuras 1 e 2.

1 2

Painel da Imperatriz Teodora (pormenor), Igreja de S. Vital, Ravena, c. 547.

3 A. Pintura sobre gesso, com pigmentos dissolvidos em água, em que a tinta, absorvida pelo gesso, se inte-gra na parede.

B. Desenho composto por pequenos pedaços de mate-riais coloridos (tesselas), aplicados sobre estuque ou argamassa fresca, na decoração de superfícies arquitetónicas.

C. Decoração, com desenho e pintura, de documentos manuscritos, de rolos de papiro ou de livros.

D. Pintura com pigmentos dissolvidos em cera quente que se aplica sobre suportes de madeira, marfim, pedra ou metal.

Tímpano

Faixa

Faixa

Moldura de cornijaMoldura de cornija

Acrotério

Mútulos

Dentículos

II

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LacrimalMépola

Arquitrave

ArquitraveTríglifo

Friso

Taenia

Ábaco

Ábaco

Voluta

Gorjal

Gotas

Aneletes

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17. Evolução das artes plásticas (pintura e escultura) no século XX – Síntese cronológica esquemática

SIMBOLISMO(S)(1860-1910)

FAUVISMO(1905-1908)

CUBISMO(1907-1914)

NOVA OBJETIVIDADE(c. 1920-1940)

NEORREALISMO(S) REALISMO SOCIAL

Transvanguarda italiana ou

Neoexpressionismos

• Novo Realismo• Pop Art (c. 1955-1980)

• Hiper-Realismo (Anos 70)

Analítico

ORFISMO (1912-14)

PURISMO (1920-25)

Sintético

Cezanniano

DADAÍSMO (1916-1922)

SURREALISMO (1917-1939/40)

Pintura metafísica(1911-1920)

Suprematismo

(1915/16-1920/21)

Neoplasticismo (1917-1945)

Grupo “A Ponte” (1905-1913)

Grupo “O Cavaleiro Azul”

(1910-1914/18)

INFORMALISMOS (1945-1960/70)

CONSTRUTIVISMO (1915-1930)

FUTURISMO (1910-17 e 1920-40)

OP ART(1955-70)

Arte Acontecimento(Anos 50…)

ARTE CONCEPTUAL

(Anos 60)

• Expressionismo Abstrato (Após 1947…)

• Abstração Geométrica (Anos 50…) Arte Povera

(Após 1967)

Lírico ou ExpressivoABSTRACIONISMO

(1918-1939/40)

SECÇÃO ÁUREA (1912-14)

Performance

Land Art

Body Art

Arte Minimal (Anos 60…)

Happening

Instalação

1.º Modernismo 2.º Modernismo Pós-Modernismo Arte Contemporânea Atual (c. 1880-1914/18) (c. 1919-1960) 1960 1970 1980 1990 2000 2010

1.ª Guerra Mundial 2.ª Guerra Mundial

1.o Expressionismo(1905-1914/18) • Action Painting ou

Gestualismo

• Pintura Matérica

• Arte Bruta

• Pintura Espacialista

NOVA(S) FIGURAÇÃO(ÕES) (1947/50-1980)

Geométrico

• Abstração Pós-Pictórica (Anos 60…)

II11GP

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Cim

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M

– Ligação estreita entre o Manual e o Caderno de Atividades, facilitada através do símbolo Ca .

– Questões facilitadoras e motivadoras da exploração dos documentos (mapas, cronologias, textos e imagens).

• Vertente prática reforçada com: – Análises de Obra – exemplos práticos

de exploração mais aprofundada de algumas obras de arte.

Manual• Texto renovado – explicativo e didaticamente organizado.

• Contextualização espaciotemporal de cada módulo mais detalhada e visualmente apreensível.

1

• Exemplos diversificados de alguns planos de aula.

Guia do Professor• Propostas de planificação

pedagógico-didática do Programa, anual e trimestrais.

3

• Testes de consolidação: – um por cada módulo; – elaborados com base na

estrutura e tipologia das provas do exame nacional;

– com respetivas cotações e critérios de correção para permitir a autoavaliação.

Caderno de Atividades• Nova estrutura.

• Atividades em ligação estreita com o Manual.

• Fichas de atividades orientadas para a exploração detalhada do Manual.

• Atividades direcionadas para a aquisição e compreensão dos conteúdos, bem como para o desenvolvimento de competências:

– redigir conceitos/definições; – elaborar sínteses; – ler e interpretar mapas

e textos; – ler obras de arte; – aplicar critérios de análise

e interpretação/avaliação das obras de arte.

• Análises de Obra complementares.

2

174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

II11 © Porto Editora

9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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175Tronco específico · A arte do século XIX

esses efeitos, assumiu o “inacabado” como forma plástica, o rugoso em bruto, resultante do modo como o escultor atuava com os instrumentos que se utilizavam na escultura – o escopro e o martelo. A suavidade dos corpos de mármore é resultado de polimentos conseguidos com água, esmeril e lixas aplicados na dosagem certa para obter o aveludado da pele. Exemplos claros deste modo de trabalhar são as esculturas Daneide e O Beijo [97 e 98]. Nestas, as formas dos corpos ainda estão presas à matéria de que são feitas.

A ligação do escultor ao barro ou à cera de modelar é de grande intimidade. Através das mãos, a massa dúctil do barro sujeita-se às emoções que o artista sente. As obras ficam indelevelmente marca-das com as emoções que o escultor quer transmitir, como no caso de O Pensador [99] e do Retrato de Balzac. Ca

Entre as suas obras, contam-se estátuas individuais (como os retratos de Balzac e de Victor Hugo), grupos escultóricos (como Os Burgueses de Calais) e relevos como os de A Porta do Inferno, peça que não chegou a completar. Algumas obras individuais como o Pensador e As Três Graças foram projetadas para encimar A Porta do Inferno.

Rodin sintetizou as influências vindas do Realismo, do Simbolismo, do Expressio-nismo e até do Impressionismo (se é lícito falar de Impressionismo em escultura). Acima de tudo, foi um escultor ímpar, que deixou marcas nos seus discípulos, como Camille Claudel (1864-1943) e Antoine Bourdelle (1861-1929).

97. Auguste Rodin, Daneide, 1885, mármore, 35 x 72 x 77 cm (Museu Rodin, Paris)As delicadas curvas do corpo feminino conjugam-se com a cabeleira fluida que cai sobre o bloco de mármore fazendo a ligação entre a figura e o suporte.

98. Rodin, O Beijo, 1882-98, 184 x 111 x 119 cm (Museu Rodin, Paris)O casal enlaçado são Paolo e Francesca, heróis de Dante na Divina Comédia. Tal como outras figuras de Rodin, a peça foi concebida, inicialmente, para a Porta do Inferno.

99. Rodin, O Pensador, 1880-1904, bronze, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm (Museu Rodin, Paris)Esta obra foi concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa talvez Dante, refletindo sobre a sua criação poética e simboliza o Homem criador, em geral.

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174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

II11 © Porto Editora

9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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174 módulo 8 · A cultura da Gare

Análise de Obra De Onde Viemos? Quem Somos? Para Onde Vamos?, 1897, de Paul Gauguin

Paul Gauguin pintou esta enorme tela em apenas um mês, quando já se encontrava envelhecido e doente. Nesta obra, uma das mais belas e significativas que até então tinha realizado, interroga-se sobre o sentido da vida. Foi pintada no tempo em que viveu no Taiti, tendo, logo de seguida, tentado suicidar-se por envenenamento.

Esta pintura descreve as várias fases da vida humana, do nascimento à morte, executada à maneira oriental – numa estrutura inversa, com leitura da direita para a esquerda.

A leitura poderá iniciar-se a partir da representação da criança adormecida, no canto inferior direito, seguida de grupos de jovens indígenas (taitianos) de corpos dourados. Essa leitura culmina numa figura central: o jovem adulto colhendo uma fruta. À esquerda, estão representadas cenas do quotidiano. A última figura é a de uma anciã, de pele castanha, que simboliza o fim de um percurso, isto é, a morte. As figuras são executadas numa linguagem sintética, simbólica, rústica e elementar, quer nas de primeiro plano, quer nas do fundo, no qual se destaca a representação de um ícone nativo. São formas esquemáticas e planas, de cores vivas, contornadas com uma linha a negro, segundo as técnicas do sintetismo e do ”cloisonnisme”, com influência das estampas japonesas.

A Natureza é igualmente simbólica, antinatural, caprichosa e plana, não havendo sugestão de profundidade. A profundidade, quando existe, é sugerida pelos tons amarelos e quentes dos corpos no primeiro plano, contrastando com o fundo em azuis, ocres e terras. No segundo plano, as formas vegetais são sinuosas e fluidas, evocando a beleza do espaço natural e primitivo, e as cores exaltam essa exuberância. A cor é utilizada pura, privilegiando-se as cores complementares.

Perante esta tela, o nosso olhar é atraído pela figura “central”, devido à sua escala (é a imagem maior). Trata-se de um jovem adulto de braços erguidos para colher uma maçã, evocando os prazeres da juventude e a procura do conhecimento, numa alusão ao “Jardim do Paraíso” e ao “pecado original”.

A escultura da divindade está representada à esquerda, pintada de azul. Inspira-se nos relevos polinésios e é sinónimo do mundo espiritual.

Toda a tela está povoada de uma Natureza irreal, fazendo lembrar o “Jardim do Éden”. Nesta tela, que é uma alegoria, Gauguin coloca as interrogações do Homem perante o sentido da vida. São estas características que fazem com que Gauguin seja considerado um pioneiro do Simbolismo.

II11 © Porto Editora

9.5. A escultura: Rodin

A escultura, devido aos materiais e técnicas que utiliza para se expri-mir, teve uma progressão mais lenta que a pintura. Por essa razão conti-nuou a estar ligada à expressão clássica e académica. Nas últimas décadas do século XIX, o escultor francês Auguste Rodin (1840-1917) foi o grande renovador da escultura europeia. A sua formação seguiu os cânones do academismo romântico, tendo aprendido com Carpeaux e Barye. No entanto, o escultor que mais admirou e que mais o influenciou foi Miguel Ângelo. Com os escultores românticos aprendeu a extrair da pedra a emoção feita forma plástica e, com as esculturas dos escravos de Miguel Ângelo, a aplicar o inacabado. Foi um escultor de génio mas, acima de tudo, um modelador excecional, o que lhe permitiu fazer jogos de luz e sombra com os planos e as formas reentrantes e salientes. Para obter

Óleo sobre tela, 138 x 374 cm (Museu de Belas Artes de Boston, EUA)

Analise/Caracterize1. Como classifica os temas trata-

dos nas obras dos docs. 97 e 98?

2. Que adjetivos usaria para defi-nir o tratamento formal das mesmas?

3. Que lhe expressam essas obras e porquê?

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175Tronco específico · A arte do século XIX

esses efeitos, assumiu o “inacabado” como forma plástica, o rugoso em bruto, resultante do modo como o escultor atuava com os instrumentos que se utilizavam na escultura – o escopro e o martelo. A suavidade dos corpos de mármore é resultado de polimentos conseguidos com água, esmeril e lixas aplicados na dosagem certa para obter o aveludado da pele. Exemplos claros deste modo de trabalhar são as esculturas Daneide e O Beijo [97 e 98]. Nestas, as formas dos corpos ainda estão presas à matéria de que são feitas.

A ligação do escultor ao barro ou à cera de modelar é de grande intimidade. Através das mãos, a massa dúctil do barro sujeita-se às emoções que o artista sente. As obras ficam indelevelmente marca-das com as emoções que o escultor quer transmitir, como no caso de O Pensador [99] e do Retrato de Balzac. Ca

Entre as suas obras, contam-se estátuas individuais (como os retratos de Balzac e de Victor Hugo), grupos escultóricos (como Os Burgueses de Calais) e relevos como os de A Porta do Inferno, peça que não chegou a completar. Algumas obras individuais como o Pensador e As Três Graças foram projetadas para encimar A Porta do Inferno.

Rodin sintetizou as influências vindas do Realismo, do Simbolismo, do Expressio-nismo e até do Impressionismo (se é lícito falar de Impressionismo em escultura). Acima de tudo, foi um escultor ímpar, que deixou marcas nos seus discípulos, como Camille Claudel (1864-1943) e Antoine Bourdelle (1861-1929).

97. Auguste Rodin, Daneide, 1885, mármore, 35 x 72 x 77 cm (Museu Rodin, Paris)As delicadas curvas do corpo feminino conjugam-se com a cabeleira fluida que cai sobre o bloco de mármore fazendo a ligação entre a figura e o suporte.

98. Rodin, O Beijo, 1882-98, 184 x 111 x 119 cm (Museu Rodin, Paris)O casal enlaçado são Paolo e Francesca, heróis de Dante na Divina Comédia. Tal como outras figuras de Rodin, a peça foi concebida, inicialmente, para a Porta do Inferno.

99. Rodin, O Pensador, 1880-1904, bronze, 71,9 x 45,1 x 56,2 cm (Museu Rodin, Paris)Esta obra foi concebida para o centro do tímpano da Porta do Inferno. Representa talvez Dante, refletindo sobre a sua criação poética e simboliza o Homem criador, em geral.

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Polít

ica,

Eco

nom

ia,

Soci

edad

e

Muitos palcos, um espetáculo (O tempo e o espaço)

2. Evolução histórico-cultural do século XVII (síntese cronológica)

1600 1620 1640

Barroco

Pens

amen

to, L

etra

s, A

rte

• Fundação da Companhia das Índias Orientais, em Londres (1600) • Bolsa e Banco de Amesterdão (1608 e 1609) • 1610-1643 – Governo de Luís XIII, rei de França • Início da Guerra dos 30 Anos (1618) • 1624-1640 – Peste endémica em França • Sublevação de camponeses

em França (1636 e 1639)

• Caravaggio, A Virgem da Serpente (1601) • Monteverdi, Orfeu (1607) • Rubens, Descida da Cruz (1611) • El Greco, Assunção da Virgem (1614) • Francis Bacon, Novum Organon (1620) • Harvey, circulação do sangue (1628)

1. Diferentes matizes políticos na Europa do século XVII

Reinos

Impérios

Repúblicas

Sacro Império Romano-Germânico

IRLANDA

ESCÓCIA

INGLATERRA

REINO DEFRANÇA

SUÍÇA

PAÍSES BAIXOSESPANHÓIS

REINO DEESPANHA

Nápoles(REINO DE ESPANHA)

REINO DEPORTUGAL

DINAMARCA

HOLANDASAXÓNIA

BRANDEBURGO

SUÉCIA

IMPÉRIO RUSSO

CONFEDERAÇÃOPOLÓNIA-LITUÂNIA

CRIMEIA

IMPÉRIO OTOMANO

VALÁQUIA

TRANSILVÂNIA

MOLDÁVIA

BOÉMIA

ÁUSTRIA

HUNGRIABavária

Veneza

Génova

Sabóia

Burgúndia

FlorençaEstadosPapais

0 300 km

DATAS

24

II11 © Porto Editora

• Sublevação na Catalunha (1640) • Restauração da independência em Portugal (1640) • Reforma geral da moeda em França (1640) • Fronda. Primeira grande crise

universal – miséria (1648) • Tratado de Vestefália (1648)

• Condenação de Galileu (1632)• 1632-1704 – Vida de J. Locke • Primeiro teatro lírico permanente em Veneza (1637) • Rembrandt, A Ronda da Noite (1642)

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3. A França no tempo de Luís XIV (com base em: Atlas Histórico da Pré-História aos Nossos Dias, Ed. Intercultural, Lda.)

Sena

Reno

Róda

no

Garona

Canal do Midi

Loire

Loire

Sona

Danúbio

Nu--pieds

Lustrucus

Torreben

Sabotiers

Croquants

Croquants

Croquants

CroquantsTrad--avisés

Audijos

Trad-avisésCroquants

Trad-avisésCroquants

BarcelonnetteAvinhão(papado)

Roures

Camisardos

ParisVERSALHES

PAÍSES BAIXOSESPANHÓIS

ARTÉSIA

SACRO IMPÉRIO

FRANCOCONDADO

DUCADODE

LORENA

CONFEDERAÇÃOHELVÉTICA

DUCADODE SABÓIA

ROSSILHÃO

Mar Mediterrâneo

OCEA

NO AT

LÂNTIC

O

A extensão do território

O descontentamentopopular

FronteirasAquisições de Luís XIVFronteiras em 1715Canais

Forti�cações de Vauban

Grandes revoltascamponesas

0 100 km

Barroco

• Crise económica em França (1661-1662) • Colbert, tarifas aduaneiras (1664) • 1665-1666 – Grande peste e incêndio de Londres • 1667-1668 – Guerra da Devolução (França e Espanha) • Tripla Aliança – nações protestantes contra a França (1668) • Sublevação na Hungria (1671) • Grande epidemia em Espanha (1676) • 1679-1684 – Auge da hegemonia francesa na Europa

•1657-1661 – Le Vau, Palácio de Vaux-le-Vicomte (França) • Observatório de Paris (1667) • Sinagoga portuguesa em Amesterdão (1671) • Reconstrução da Catedral de São Paulo, Londres (1675) • La Fontaine, Fábulas (1678) • França, primeiras bailarinas em cena (1681) • Vida de Bach (1685-1750) • Vida de Montesquieu (1689-1755)

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Analise/Reflita1. Que século e que áreas geográ-

ficas estão abrangidos pelos assuntos deste módulo? (docs. 1, 2 e 3)

2. Que conclusões consegue obter nestes documentos sobre a vida nesse tempo/espaço, nos planos político, social, económico e cultural? (doc. 2)

3. Que significado atribui à expressão “muitos palcos, um espetáculo”? Que “palcos” são estes? E qual será o espetáculo?

1660 1680 1700 1714

• França perde controlo do mar (1692) • 1693/1694 – Crise económica em França • Início do ciclo do ouro no Brasil (1694) • Pânico financeiro na Inglaterra (1696) • Tratado de Methuen (Portugal/Inglaterra) (1703) • Ocupação de Madrid pela França (1706) • Revoltas populares na Rússia (1708) • Crise económica francesa (1709)

• Ópera italiana em Espanha (1700) • Primeiro jornal diário em Inglaterra (1702) • Fundação de Sampetersburgo (Rússia) (1703) • Construção dos primeiros pianos (1709) • 1712-1778- Vida de J. J. Rousseau • 1715-1784 Vida de Diderot • Ludovice, Real Edifício

de Mafra (1717)

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e-Manual Premium (exclusivo para o Professor)4 e-Manual do Aluno5

e-Manual PremiumTodo o projeto Ideias & Imagens em formato digital:

• com recursos associados em contexto às páginas do e-Manual;

• com um menu para aceder a todos os recursos módulo a módulo:

– 5 PowerPoint® Didáticos – um por módulo para estudo de aspetos específicos do Programa

– materiais do Guia do Professor em formato editável (Word®)

– imagens extra em complemento às do Manual.

O acesso à versão definitiva do e-Manual Premium é exclusivo do Professor adotante e estará disponível a partir de setembro de 2014.

e-Manual do Aluno O acesso ao e-Manual do Aluno é disponibilizado, gratuitamente, na compra do manual em papel, no ano letivo 2014-2015, e poderá ser adquirido autonomamente através da Internet.

4

5

• Pequeno dicionário de conceitos, termos e autores (em complemento dos já incluídos no manual).

• Testes tipo exame: – segundo a estrutura das

provas do exame nacional; – incluem conteúdos dos 10.º

e 11.º anos, visando a preparação para o exame nacional;

– com cotações e critérios de correção.

– elaborar sínteses compreensivas da matéria programática.

• Guiões para facilitar a exploração dos PowerPoint® Didáticos de apoio ao Manual.

100T E S T E

II11CA ©

Porto Editora

Módulo 8A cultura da Gare3

GRUPO I

1. A França foi um dos países onde mais se fizeram sentir as alterações que se verificaram no período com-preendido entre os finais do século XVIII e meados do século XIX.

1.1 Cite três razões que justifiquem esta afirmação.1.2 Que transformações fizeram de Paris uma cidade moderna e cosmopolita?1.3 Que atividades de lazer se desenvolveram no mundo urbano?

2. A máquina a vapor e as vias-férreas “diminuíram” as distâncias. Muitos quilómetros foram construídos por toda a Europa.

2.1 Quais os contributos deste meio de transporte para o desenvolvimento económico?2.2 Que implicações teve na sociedade e na demografia?

GRUPO II

1

Joseph Paxton, Palácio de Cristal, 1850-51.

1. Para a construção do Palácio de Cristal, usado na Primeira Exposição Universal (1851), reali-zada em Londres, usaram-se novos materiais e técnicas construtivas, possibilitadas pelo ferro e pelo vidro. Joseph Paxton tinha os conheci-mentos e a prática necessários ao fabrico deste grande empreendimento.

1.1 Qual a formação de Joseph Paxton que lhe possibilitou a construção de um edifício com as características do Palácio de Cristal?

1.2 Qual a utilidade das Exposições Universais?1.3 O Palácio de Cristal foi a primeira construção modular. Quais as vantagens desse tipo de construção?1.4 Esta construção é considerada como o primeiro passo do primado da tecnologia sobre a tradição.

Explique.

2. Gustave Eiffel utilizou o ferro para a construção da torre com o seu nome que foi símbolo da Exposição Universal de 1889, em Paris.

2.1 Quem foi Eiffel?2.2 A Torre Eiffel foi o maior expoente em

construções que utilizaram os novos materiais (ferro e vidro). Porquê?

2

Implantação da Torre Eiffel no terreno da exposição.

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Teste 3 · Módulo 8: A cultura da Gare

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Caspar David Friedrich, Viajante junto a um Mar de Névoa, óleo sobre tela, 1818, 98 x 77 cm.

GRUPO III

1. Baudelaire, poeta francês, definiu o Romantismo desta maneira, em 1846:

1.1 Analise a obra da imagem 3, seguindo os princípios enunciados por Baudelaire.

1.2 Assinale com um V ou F (verdadeira ou falsa) as frases que se seguem. a) A racionalidade e a exatidão são as características mais evidentes do Romantismo. b) O Romantismo rompeu, por completo, com as ideias do passado clássico. c) A pintura romântica é antinaturalista. d) O Romantismo colocou em evidência o indivíduo e a sua personalidade. e) O Romantismo fez o regresso ao antigo. f) A sensibilidade, a paixão e a imaginação são apanágio do artista romântico. g) A obra de arte romântica é autónoma e única.

O Romantismo não reside na escolha dos temas, nem na verdade exata, mas na maneira de sentir. Quanto a mim, o Romantismo é a expressão mais recente e mais atual do belo.Quem diz Romantismo diz arte moderna, isto é, intimidade, espiritualidade, cor, aspira-ção ao infinito, expressos através de todos os meios artísticos.

4 5

Eugéne Boudin, Praça de São Marcos, em Veneza, 1895, óleo sobre tela, 21 x 38 cm (coleção Durand-Ruel, Paris).

Millet, As Respigadoras do Trigo, 1857, óleo sobre tela, 83 x 111 cm.

2. Observe as imagens 4 e 5.

2.1 A que movimentos pertencem? Justifique.2.2 Caracterize-as quanto à forma, à cor e à composição.

3. Tendo como base os princípios impressionistas, o Neoimpressionismo foi substancialmente diferente ao nível da conceção e realização plástica.

3.1 Quais as diferenças fundamentais?3.2 O que entende por técnica pontilhista?

4. Auguste Rodin foi o maior e mais inovador escultor deste período. A sua obra mais conhecida – O Beijo – mantém ainda características clássicas. É, no entanto, no Pensador ou em Balzac que se revela mais inova-dor. Qual a importância de Rodin na história da escultura? Justifique/comprove.

Cotações

GRUPO I 1.1 15 pontos; 1.2 5 pontos; 1.3 10 pontos; 2.1 10 pontos; 2.2 10 pontos.

GRUPO II 1.1 5 pontos; 1.2 10 pontos; 1.3 10 pontos; 1.4 10 pontos; 2.1 5 pontos; 2.2 10 pontos.

GRUPO III 1.1 20 pontos; 1.2 7 pontos; 2.1 10 pontos; 2.2 15 pontos; 3.1 15 pontos; 3.2 8 pontos; 4. 25 pontos.

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Porto Editora

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(1) Lembramos que, para além dos critérios específicos aqui enunciados, a correção deve ainda ter em conta as competências de comunicação escrita em língua portuguesa (composição bem estruturada, sem erros de sintaxe e de pontuação/ortografia) e as competências

específicas da disciplina, verificáveis no uso correto de conceitos e vocabulário próprio, na aplicação de me-todologias de leitura/análise das diferentes obras de arte, etc. As respostas devem ainda referenciar os tex-tos e imagens patentes no enunciado.

Critérios para correção (1)

GRUPO I1.1 Começou por ser, em 1618, uma rebelião entre a nobreza

protestante da Boémia e os católicos de Habsburgo. Mas a intervenção da França e da Suécia, que pretendiam dominar a Casa dos Habsburgo, tornou-a também numa questão política. Degenerou numa guerra europeia e num massacre horrível. Terminou com a Paz de Vestefália que deu a supremacia à França.

1.2 1. – b; 2. – e; 3. – c: 4. – a; 5. – d.2.1 a) monárquico; b) parlamentar; c) absolutista;

d) oligárquico/plutocrático.2.2 Regime político do Antigo Regime caracterizado pela

existência de uma monarquia onde o rei tem o poder absoluto e, por isso, não está submetido a nenhum controlo e concentra em si todos os poderes.

3.1 Corte que era governada por um rei absolutista; era o centro do poder e da administração central bem como da convivialidade.

3.2 Como o absolutismo se tornou moda nesta altura, Luís XIV, com a sua ação política, económica, social, artística e cultural, tornou-se o modelo a copiar por todos os reis europeus.

3.3 Os cortesãos viviam bajulando e sendo bajulados, adaptando-se oportunisticamente, como acontece com o camaleão cuja cor muda de acordo com o ambiente.

GRUPO II 1.1 Foi o documento que finalizou e trouxe a paz aos países

beligerantes na Guerra da Sucessão de Espanha.1.2 1. – f; 2. – d; 3. – d; 4. – a; 5. – g.2.1 Entre a riqueza e o luxo; e entre e a guerra e suas

consequências.2.2 As muitas guerras em que se envolveu Luís XIV

contribuíram para as revoltas e para a pobreza vigentes durante todo o seu reinado mas foram o postulado lógico do seu tipo de governo.

3.1 No IV ato desenrola-se esta cerimónia que é uma brincadeira, uma palhaçada, mas também uma humilhação subtil ao Sr. Jordão. No meio de danças, cantares e muitos gestos teatrais e linguajares à turco, o Sr. Jordão é nomeado Mamamuchi.

3.2 O objetivo de Molière nesta sátira, como na maioria das suas obras, era o de criticar os desejos de grandeza da burguesia, que queria aparentar o que não era. Molière valia-se da burguesia para, indiretamente, ridicularizar a realeza e a nobreza.

GRUPO III 1.1 O Barroco define-se, na generalidade, pelo fim da

estaticidade e da simetria racionalistas e pela busca da fantasia e do movimento que impressiona e excita, daí a necessidade da tensão, desequilíbrio e dinamismo de linhas, formas, volumes, causadoras do fascínio dos sentidos e da força da mensagem.

1.2 As plantas apresentam grande diversidade de formas, desde a igreja-salão à oval. A preferência é para a nave única, segundo duas tipologias: retangular alongada; e a elítico-longitudinal e a elítico-transversal.

1.3 As igrejas exibem interiores muito decorados, com paredes ondulantes, cobertas por mármores policromados, estuques, pinturas a fresco, em tromp- -l'œil ou sobre telas, talha dourada, azulejos… que se expandem por abóbadas e cúpulas e cujas composições sinuosas descrevem temas religiosos e imaginativos.

2.1 A obra escultórica de Bernini apresenta os seguintes aspetos técnico-formais: estrutura compositiva – as composições são livres, segundo esquemas complexos e em posições movimentadas e instáveis de sentido ascendente; parecem ser captadas num instantâneo fotográfico (é o caso de David a lançar a funda); tratamento das formas – a anatomia das figuras (ver rosto e corpo de David), as proporções e os pormenores caprichosos são trabalhados com realismo e naturalismo; as texturas são tratadas com virtuosismo e mestria dando a perfeita ideia de diferentes materiais (ver em Apolo e Dafne a textura dos corpos, do loureiro e das folhas, tudo em mármore); técnicas /processos de execução – o ato de desbastar, modelar e cinzelar de Bernini explorou de tal modo os gestos, as expressões faciais e corporais que conseguiram mostrar a expressividade e o dramatismo até à exaustão (O Êxtase Místico de Santa Teresa). O processo de execução é o clássico.

2.2 A escultura barroca tinha por objetivo a valorização do pathos, da paixão ou da emoção e, por isso, procurou a representação exata do momento da ação captada e congelada, agarrando assim o espectador. São momentos exemplares aquele em que Apolo toca em Dafne e ela se transforma em loureiro e o lançamento da funda por David.

3.1 A pintura barroca caracteriza-se por grande diversidade temática, como são exemplo os temas religiosos, profanos, mitológicos, retratos, paisagens, cenas de género e natureza-morta. A composição na pintura segue de perto os modos de representação da escultura, com o objetivo de apanhar o momento, a ação. Usando a linha oblíqua, curvilínea ou reta, enquadra os temas abaixo da linha do horizonte, de modo a atrair o olhar do observador, tirando partido dos fundos escuros e dos jogos de luz. A expressividade é conseguida pelo contraste e pelo tratamento da luz, das cores e das formas sinuosas e agitadas. Feita para o espetáculo e para a mensagem, a pintura está submetida aos princípios propostos pelas regras da Contrarreforma – captar o cristão pela emoção e não pela razão.

3.2 Em A Descida da Cruz, de Rubens encontra-se o sentido da encenação na estrutura compositiva em diagonal da obra, na luz focal e nas cores branca do pano e no corpo de Cristo, na posição forçada de São João, cujas vestes vermelhas exaltam o cenário. Os efeitos dramáticos são conseguidos pelo cruzamento dos olhares, pelas expressões dolorosas dos rostos, pelo tratamento das formas à Miguel Ângelo (corpos fortes e musculados), pelo tenebrismo à Caravaggio (a envolvência escura e pouco trabalhada) e pelo direcionamento do nosso olhar para a ação, dada a inexistência de pormenores supérfluos. Tudo isto num suave movimento helicoidal, que é acentuado pela irrequietude dos panejamentos e pela agitação dos personagens.

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