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RECICLE INFORMAÇÃO: Passe este jornal para outro leitor ou indique o site Cidadania e Meio Ambiente Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org A Associação tem como princi- pal objetivo interferir nas mudanças com- portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien- tal, sustentabilidade e paz social, refloresta- mento, incentivo à agricultura orgânica, hor- tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta- gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul- gado através deste veículo de interação. Projetos integrados: Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula- res de cada região. Inicialmente iremos for- mar turmas que terão a finalidade de multi- plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti- vas comunidades. Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti- co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ- nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci- mento adquirido em cada comunidade. Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali- dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for- mação de cooperativas ou grupos preserva- cionistas em suas comunidades. Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú- sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen- te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res- ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos. # SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco 0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa Edição 47 Ano IV Outubro Distribuição Gratuita Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê Pará (PA) >>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 08 Dia do professor Dia das crianças Dia das bruxas Comunidade x Escola x Família Nossos Filhos Flúor - Perigo Professor e Educação Relacionamentos / Pais e Filhos Planeta Terra Festas e Tradições Educar em um mundo globalizado Todos pela educação E agora José? NOVOS AUTORES (regulamento) Avaliando-nos Mundo e história Reflexões Interessante lembrar que a primavera fica entre a rigidez do inverno e a aridez do verão. Talvez por isto seja a estação da esperança, tão brindada por artistas e românticos. Esperança que está abrigada, viva e nativa nas raízes e nos caules das plantas e árvores. Para inflamar a esperança, a natureza recorre ao que o passado tem de bom, a essência, o que dá aprendizado e significado para ir adiante. Assim como a decomposição das folhas, frutos e flores do passado fornecem o húmus para o novo crescimento na pri- mavera seguinte, devemos nos ligar ao que é verdadeiro e nutritivo para o crescimento individual e do mundo. O húmus na natureza, equivale a humildade do ser, por isto a origem das palavras são próximas. Humildade é saber do seu real valor e notar que o verdadeiro, ao receber energia, fará a vida acontecer de uma maneira mais plena, bela e digna de uma primavera constante. Não pense no inverno em que viveu. Mentalize o frescor do verde e as cores que a árvore da vida lhe dará neste nosso acontecer, neste novo nascer, ou talvez renascer para a vida. Filipe de Sousa Administre sua família O que falta na educação Bocejar? - Fique á vontade E Outubro se comemora: 01 – Dia Internacional do Idoso. 03 – Dia Nacional do Dentista. 04 – Dia Internacional dos Animais. 04 – Dia Universal da Anistia. 05 – Dia da Ave. 05 – Dia Mundial do Professor. 06 – Dia do Início da Semana da Criança. 08 – Dia pelo Direito à Vida. 10 – Dia da Honestidade. 10 – Dia Mundial da Saúde Mental. 11 – Dia do Deficiente Físico. 12 – Dia da Criança. 12 – Dia das Américas. 12 – Dia de Nossa Senhora Aparecida. 12 – Dia do Descobrimento da América. 12 – Dia do Mar. 15 – Dia do Professor. 20 - Dia do Poeta 25 - Dia Democracia 29 - Diana Nacional do Livro Você sabia ? Prima quem? Em um passado muito longínquo, o ano era dividido apenas em duas partes: veris (bom tempo) e hiems (mau tempo). Mas, a partir do século 17, os estudiosos começaram a divi- dir o ano em quatro estações e batizaram cada uma delas com um nome originado do latim.Veja o que significam: Primavera: A palavra originas-e de primo vere, que quer di- zer princípio da boa estação. Verão: Vem da expressão latina veranum tempus, que signi- fica tempo da frutificação. Outono: Originou-se de tempus autumnus, que é o mesmo que tempo de ocaso. Inverno: De tempus hibernus, quer dizer tempo de hibernar.

e Meio Ambiente Formiguinhas do ValeOutubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02 ... período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias

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Page 1: e Meio Ambiente Formiguinhas do ValeOutubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02 ... período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias

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Formiguinhas do Vale www.formiguinhasdovale.org

A Associação tem como princi-pal objetivo interferir nas mudanças com-portamentais da sociedade que o momento exige, no que tange a preservação ambien-tal, sustentabilidade e paz social, refloresta-mento, incentivo à agricultura orgânica, hor-tas comunitárias e familiares, preservação dos ecossistemas, reciclagem e composta-gem do lixo doméstico além, de incentivar a preservação e o conhecimento de nossas culturas e tradições populares. Formalizado através do Projeto Social ‘EDUCAR - Uma Janela para o Mundo’ e multiplicado e divul-gado através deste veículo de interação.

Projetos integrados: • Projeto “Inicialização Musical” Este projeto tem por finalidade levar o conhecimento musical, a crianças e adultos com o fim de formar grupos multiplicadores, sempre incentivando a música de raiz de cada região, ao mesmo tempo em que se evidenciam as culturas e tradições popula-res de cada região. Inicialmente iremos for-mar turmas que terão a finalidade de multi-plicação do conhecimento adquirido, no projeto, em cada Escola e em suas respecti-vas comunidades.

• Projeto “Viveiro Escola Planta Brasil” Este projeto visa a implantação de um Viveiro Escola, especializado em árvores nativas das Matas Atlântica e Ciliares. Nele nossas crianças irão aprender sobre os ecossistemas estudados, árvores nativas, técnicas de plantio e cuidados; técnicas de compostagem e reciclagem de lixo domésti-co, etc. Tudo isto, integrando-se o teórico à prática, através de demonstrações de como plantar e cuidar, incentivando e destacando também, a importância da agricultura orgâ-nica, hortas comunitárias e familiares. Serão formadas turmas que terão a finalidade de se tornarem multiplicadoras do conheci-mento adquirido em cada comunidade.

• Projeto “Arte&Sobra” Neste Projeto Social iremos evidenciar a necessidade da reciclagem, com a finali-dade de preservação dos espaços urbanos e, como fator de geração de renda. Também serão formadas turmas multiplicadoras de conhecimento, que terão como função a for-mação de cooperativas ou grupos preserva-cionistas em suas comunidades.

• Projeto “SaciArte” Este projeto é um formador de grupos musicais onde as culturas regionais e a mú-sica de raiz sejam o seu tema. Primeiramen-te será formado um grupo composto por crianças, adolescentes e adultos com res-ponsabilidade de participação voluntária, no grupo da comunidade da Região Cajuru na Zona Leste de São José dos Campos.

# SEJA UM VOLUNTÁRIO. Conheça !!! Fale conosco

0xx12 - 9114.3431 Acesse: http://www.formiguinhasdovale.org

Este veículo, transcende a sala de aula como proposta para reflexão, discussão, interação e aprendizagem sobre temas dos projetos desenvolvidos pela OSCIP“Formiguinhas do Vale”, organização sem fins

lucrativos , com ênfase em assuntos inerentes à sustentabilidade social e ambiental. Filipe de Sousa

Edição 47 Ano IV Outubro Distribuição Gratuita

Vale do Paraíba Paulista - Litoral Norte Paulista - Região Serrana da Mantiqueira - Região Bragantina - Região Alto do Tietê

Pará (PA) >>> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> Página 08

Dia do professor

Dia das crianças

Dia das bruxas

Comunidade x Escola x Família

Nossos Filhos

Flúor - Perigo

Professor e Educação

Relacionamentos / Pais e Filhos

Planeta Terra

Festas e Tradições

Educar em um mundo globalizado

Todos pela educação

E agora José?

NOVOS AUTORES (regulamento)

Avaliando-nos

Mundo e história

Reflexões

Interessante lembrar que a primavera fica entre a rigidez do inverno e a aridez do verão.

Talvez por isto seja a estação da esperança, tão brindada por artistas e românticos.

Esperança que está abrigada, viva e nativa nas raízes e nos caules das plantas e árvores. Para inflamar a esperança, a natureza recorre ao que o passado tem de bom, a essência, o que dá aprendizado e significado para ir adiante.

Assim como a decomposição das folhas, frutos e flores do passado fornecem o húmus para o novo crescimento na pri-mavera seguinte, devemos nos ligar ao que é verdadeiro e nutritivo para o crescimento individual e do mundo.

O húmus na natureza, equivale a humildade do ser, por isto a origem das palavras são próximas.

Humildade é saber do seu real valor e notar que o verdadeiro, ao receber energia, fará a vida acontecer de uma maneira mais plena, bela e digna de uma primavera constante.

Não pense no inverno em que viveu. Mentalize o frescor do verde e as cores que a árvore da vida lhe dará neste nosso acontecer, neste novo nascer, ou talvez renascer para a vida.

Filipe de Sousa

Administre sua família

O que falta na educação

Bocejar? - Fique á vontade

E Outubro se comemora: 01 – Dia Internacional do Idoso. 03 – Dia Nacional do Dentista. 04 – Dia Internacional dos Animais. 04 – Dia Universal da Anistia. 05 – Dia da Ave. 05 – Dia Mundial do Professor. 06 – Dia do Início da Semana da Criança. 08 – Dia pelo Direito à Vida. 10 – Dia da Honestidade. 10 – Dia Mundial da Saúde Mental. 11 – Dia do Deficiente Físico. 12 – Dia da Criança. 12 – Dia das Américas. 12 – Dia de Nossa Senhora Aparecida. 12 – Dia do Descobrimento da América. 12 – Dia do Mar. 15 – Dia do Professor. 20 - Dia do Poeta 25 - Dia Democracia 29 - Diana Nacional do Livro

Você sabia ? Prima quem?

Em um passado muito longínquo, o ano era dividido apenas em duas partes: veris (bom tempo) e hiems (mau tempo). Mas, a partir do século 17, os estudiosos começaram a divi-dir o ano em quatro estações e batizaram cada uma delas com um nome originado do latim.Veja o que significam:

Primavera: A palavra originas-e de primo vere, que quer di-zer princípio da boa estação. Verão: Vem da expressão latina veranum tempus, que signi-fica tempo da frutificação. Outono: Originou-se de tempus autumnus, que é o mesmo que tempo de ocaso. Inverno: De tempus hibernus, quer dizer tempo de hibernar.

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 02

Gazeta Valeparaibana é um jornal gratuito distribuído mensalmente em mais de 80 cidades, do

Cone Leste Paulista, que é composto pelas seguintes regiões:

Vale do Paraíba Paulista, Serrana da Mantiqueira, Litoral Norte Paulista, Bragantina e Alto do Tietê.

Editor: Filipe de Sousa - FENAI 1142/09-J

Diretora Administrativa: Rita de Cássia A. S. Lousada

Diretora Pedagógica dos Projetos: Elizabete Rúbio

Tiragem mensal: Distribuído por: “Formiguinhas do Vale”

Filiados à FENAI - Federação Nacional de Imprensa

Gazeta Valeparaibana é um MULTIPLICADOR do Projeto Social

“Formiguinhas do Vale” e está presente

mensalmente em mais de 80 cidades do Cone

Leste Paulista, com distribuição gratuita em

cerca de 2.780 Escolas Públicas e Privadas de

Ensino Fundamental e Médio.

“Formiguinhas do Vale” Uma OSCIP - Sem fins lucrativos www.formiguinhasdovale.org

Dia do professor 15 de Outubro O Dia do Professor é comemorado no

dia 15 de outubro.

Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consa-grado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: des-centralização do ensino, o salário dos pro-

fessores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A ideia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a ideia de organi-zar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outu-bro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pe-reira e Claudino Busko, a ideia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outu-bro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feria-do: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenida-des, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Rádio web CULTURAonline

Prestigie, divulgue, acesse, junte-se a nós. A Rádio web CULTURAonline, prioriza a Educação, a boa Música Nacio-nal e programas de interesse geral sobre sustentabilidade social, cidadania e nas temáticas: Educação, Escola, Pro-fessor e Família. Uma rádio onde o professor é valorizado e tem voz e, a Edu-cação se discute num debate aberto, crítico e livre.

Acessível nos links: www.gazetavaleparibana.com www.formiguinhasdovale.org

A palavra Hallowen tem origem na religião católica. É uma contração da expressão "Ali Halliows Eve",

no inglês atual, "All Hallows Eve", que significa "Véspera do Dia de Todos os Santos".

O Halloween, conhecido no Brasil como Dia das Bruxas, é comemorado na noite de 31 de outubro. No aspecto religioso, essa ocasião é conhecida como a vigília da Festa de Todos os Santos, dia 1º de novembro. Estudiosos de folclore acredi-tam que os costumes populares do Halloween exibem traços do Festival da Colheita, realizado pelos romanos em honra à Pamona (deusa das frutas), e também do Festival Druída de Samhain (Senhor da Morte e Príncipe das Trevas).

De acordo com a crença, Samhain reunia as almas dos que tinham morrido durante o ano para levá-los ao céu dos druí-das, nesse exato dia. Para os druídas, Samhain era o fim do verão e o Festival dos Mortos. O dia 31 de outubro marca também o término do ano céltico.

Período Pré-Cristão

Acreditava-se que os espíritos dos mortos voltavam para vi-sitar seus parentes à procura de calor e provisões, pois o inverno aproximava-se e, junto a ele, o reinado do Príncipe das Trevas. Os Druídas invocavam forças sobrenaturais para acalmar os espíritos maus.

Estes raptavam crianças, destruíam plantações e matavam os animais das fazendas. Acendiam-se fogueiras nos topos das colinas nas noites de Samhain. As fogueiras talvez fossem acesas para guiar os espíritos às casas dos seus parentes ou para matarem ou espantarem as bruxas. A inclusão de feiti-ceiras, fadas e duendes nesses rituais originou-se da crença pagã de que, na véspera do Dia de Todos os Santos, havia uma grande quantidade de espíritos de mortos que levavam avante uma oposição aos ritos da igreja de Roma, e que vi-nham ridicularizar a celebração de Todos os Santos, com fes-tas e folias próprias deles mesmos. Supunha-se que fantas-mas " frustrados" pregavam peças nos humanos e causavam acontecimentos sobrenaturais.

Período Cristão

Com o passar dos tempos, a comemoração do Halloween tornou-se alegre e divertida, sem todos aqueles vestígios sombrios e tenebrosos da tradição céltica, tornando-se mais conhecida na América após a emigração escocesa, em 1840. Alguns dos costumes trazidos pelos colonos foram manti-dos, mas outros foram mudados, a fim de que houvesse a-daptação às novas maneiras de viver.

Como exemplo, temos as Jack-O-Lanterns que, feitas com nabos primitivamente, passaram a ser feitas com abóboras. Essas Jack-O-Lanterns são um dos símbolos mais conheci-dos do Halloween e têm sua origem entre os irlandeses.

Jack-O-Lantern

Conta a lenda que um homem chamado Jack não conseguiu entrar no céu porque era muito avarento, e foi expulso do inferno porque costumava pregar peças no diabo. Foi, então, condenado a vagar eternamente pela terra carregando uma lanterna para iluminar seu caminho.

Dia das bruxas “Halloween”

. O verdadeiro mestre, sente-se feliz Quando percebe que o caminho que

Ele abriu tem sido trilhado por muitos. O mestre tem a sua realização no aprendizado

Do pupilo, da passagem da experiência.

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 03

Comunidade, Escola e Família

A afirmação de que é possível construir com base sólida uma escola participativa, cidadã atendendo a comunidade em que está inseri-da, não é algo de sonho, mas de muito traba-lho entre a gestão, seus docentes e a comuni-dade.

Vou relatar minha experiência como empreen-dedor social. Surgiu de uma professora de ma-temática que fizéssemos uma festa Julina na escola à noite para arrecadar fundos à 1ª for-matura no bairro. Esta ideia foi passada a to-dos os professores do1º ao 9º ano pela coor-denadora da escola e o envolvimento foi geral. Da ideia inicial, surgiram outras que completa-riam o projeto..

Os alunos ficaram empolgados e querendo a-judar; foi organizada uma gincana de alimen-tos, a qual iria reverter à festa com o arrecada-do, comida ,bebida, doces entre outros quitu-tes.

Logo que foi lançada a gincana os alunos co-meçaram a automaticamente envolver a comu-nidade local, e a arrecadação foi um sucesso, não só na variedade como na qualidade dos alimentos arrecadados. . Os docentes e os alunos formaram uma qua-

drilha, enfeites diversos e, a escola; a nossa festa começou bem antes do evento ser aberto ao bairro todo.

Mas o meu olhar era exatamente como o gru-po se completava, sabia trabalhar no coletivo, a escola realmente passou a ser um elemento único em prol de seu objetivo e assim unindo- se professores, alunos, pais, comunidade e gestão.

A comunidade assim como os pais dos alunos se propuseram a confeccionar doces, bolos, etc. a nossa merendeira que iria estar de férias no dia da festa, se prontificou de trabalhar este dia para os nossos alunos; tivemos o apoio da prefeitura municipal com iluminação, cozinha piloto entre outros.

Tivemos reuniões para distribuição das tarefas, como para decidir o valor que tudo seria vendi-do no dia; os alunos ansiosos para a chegada da festa, pois esta escola esta instalada no bairro há seis anos e fazia sua primeira festa aberta a comunidade.

Bem, chegada à hora da festa um dia marcan-te em nossas vidas; era uma experiência nova em estar na escola com direção e professores não para falar sobre educação, mas para fes-tejar uma união entre escola, família e comuni-dade que acabava de acontecer. A imagem era impressionante realmente tem momento que nos diz mil palavras e ações que nos edu-cam mais que mil tarefas.

Quando demos conta estava toda a escola to-mada de convidados importantes, sim a nossa comunidade e pais dos alunos eram nossos principais convidados desta noite.

O sucesso previsto tinha virado realidade, em frente de nossos olhos, uma arrecadação óti-

ma, a comunidade nos parabenizando pela ini-ciativa e já cobrando mais eventos desta forma os pais contentes com alegria no olhar de estar em uma festa cujo retorno iria ajudar a eles mesmos.

A reflexão que faço e venho repetindo este ato de parar e olhar os acontecimentos vividos, tem uma essência muita nobre que é valorizar as atitudes de cada um, a participação seja ela qual for, mas, não é só isso. Além de toda a satisfação, é sim um treino para nós educado-res em saber valorizar, já que somos tão des-valorizados no nosso país.

Saber que podemos modificar a educação mesmo que seja somente na nossa escola, na nossa comunidade, no nosso bairro. Faça, ten-te e idealize se isto acontecendo em todas as escolas do país não mudaria?

O momento é propício e pontual, onde cada vez mais as empresas buscam cumprir com o seu papel no que tange “á responsabilidade social das empresas”

Assim, trazê-las para projetos onde se ligue seu nome a atividades, festas e projetos com cunho sócio cultural, ambiental, etc. além de serem pontuais, são com certeza formas de mudança de paradigmas, que nos podem tra-zer a autonomia necessária para inovar.

Acredito que venham após minha reflexão ou-tras duvidas, mas a respostas esta em nós mesmos, reflita mais, pesquise mais, pense mais, sonhe mais e tente trabalhar em equipe os resultados são sempre melhores.

Além do mais está na hora de passar da sim-ples retórica á ação.

Filipe de Sousa

Todos sabemos que programas sobre educação onde se abordem verdades e se discuta o assunto de forma imparcial, suprapartidari-amente e com ética são raros na mídia convencional. São raros porque infelizmente não dão IBOPE e a mídia convencional

busca imagem e IBOPE, pois so-mente assim conseguirá patroci-nadores e valorizará seus espaços publicitários.

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“Do Rio que tudo arrasta, se diz que é violento. Mas ninguém

diz quão violentas são as margens que o comprimem”.

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“Não dá para ficar de braços cruzados, esperando que outros

resolvam. Isso é para os covardes e para os acomodados”

( Filipe de Sousa )

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Pagina 04

Certa ocasião eu afirmei que vivemos dias tenebrosos. Dias em que assisti-mos a desconstrução da família. A sociedade quer nos impor um novo conceito de família, com novos valo-res e princípios.. Creio que isto se deve pelo simples fato de que nós pais transferimos a nossa responsa-bilidade de educar nossos filhos a outros. Ora entregamos a criação dos nos-sos filhos à escola, ora à igreja e, as-sim, muitos pais se eximem de suas responsabilidades. A responsabilidade da criação dos filhos é dos pais. Obviamente a escola deve ter parti-cipação na formação do caráter de nossos filhos. Contudo, ninguém po-de substituir de modo adequado ou completo o papel que cabe a nós pais e, nós,pais, jamais devemos a-brir mão da educação dos nossos filhos. Nesta tarefa a nós delegada, deve-mos então exercê-la de forma res-ponsável e firme. Baseados no mo-delo dos valores adquiridos, encon-tramos, neste versículo, três manda-mentos básicos. Propositadamente quero apresentar estes mandamentos na ordem inver-tida. O primeiro mandamento é: ENSINAR. Em nosso texto usaremos a palavra “admoestação”, que pode ser traduzida por “instrução”. Esta palavra se refere primariamente ao que se diz à criança. Está implícito aqui também que devemos dar aos nossos filhos um exemplo de vida e conduta. Nossos filhos são reflexos do que somos. E, acima de tudo, nossa instrução deve levá-los a um relacionamento harmonioso com a sociedade. O segundo mandamento é: DISCIPLINAR. O termo que é em-pregado aqui é Paidéia, que traz o conceito de instruir, educar por meio de disciplina. A disciplina nem sem-pre é agradável no momento em que a aplicamos, mas depois produz fru-

tos excelentes. Podemos usar este termo também, no sentido de “instruir na justiça”. É uma educação mediante regras e normas, recompensas e, se necessá-rio, castigos. No passado assistimos uma discipli-na severa, exagerada. No presente vemos uma reação que nos leva a permissividade e, perplexos, temos visto o resultado disto. O Dr. Lloyd-Jones sabiamente nos diz: “O oposto da disciplina errada não é a ausência de disciplina mas, sim, a disciplina certa, a disciplina verdadeira (...) o oposto de nenhuma disciplina não é a crueldade mas, sim, a disciplina equilibrada, a disci-plina controlada (...) Ao disciplinar uma criança, você deve ter primeira-mente controlado a si mesmo (...) Que direito tem você de dizer ao seu filho que ele precisa de disciplina quando obviamente está precisando dela também? O autocontrole do seu próprio gênio, é uma condição prévia essencial no controle dos outros”. O terceiro mandamento é:

AMAR. Os filhos precisam da ternura e da segurança do amor. O encoraja-mento positivo de pais amorosos e compreensivos faz que a personali-dade da criança floresça e que seus dons desenvolvam. Há muitas manei-ras de expressar amor, de dizer aos filhos que os amamos. “Os filhos não devem ter a prioridade em tudo, mas não podemos deixar as necessida-des deles em último lugar”. Precisamos dedicar um tempo para estarmos com eles, brincarmos jun-tos, de prestar atenção nas reações de nossos filhos. É necessário ex-pressar esse amor através do conta-to físico. Um abraço, um beijo, um colo, um carinho., são pequenos ges-tos que podem tornar seu filho, um cidadão amoroso. Mas cuidado nas medidas ao aplicar o que aqui indicamos já que entre todos os mandamentos que conhece-mos o mais importante são os limites.

Filipe de Sousa

Comunicar-se é sempre um desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcan-çar os resultados que buscamos e atingir o público alvo escolhido de uma forma objetiva e, que ao mesmo tempo, se apresente perante o ouvinte ou o leitor como honesta e verdadeira, a informação ou a opinião. Por quê?

Porque a bondade que nunca repreende não é bondade: é passividade;

Porque a paciência que nunca se esgota não é paciência: é subserviência;

Porque a serenidade que nunca se desmancha não é serenidade: é indiferen-ça;

Porque a tolerância que nunca replica não é tolerância: é imbecilidade"

Porque a verdade tem que ser norma.

Numa reunião com o Presidente da Suíça, Dilma apresenta os seus

Ministros: - Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro da Educação, este é o Ministro da Cultura, este é o Ministro da Justi-ça... E assim foi. Chegou a vez do Presidente da Suíça:

-Este é o Ministro da Saúde, este é o Ministro da Fazenda, este é o Ministro da Justiça, este é o Ministro da Educação, este é o Ministro da Marinha... Nessa altura, Dilma começa a rir. - Desculpe Sr. Presidente, mas para que o senhor tem um Ministro da Marinha, se o seu país não tem mar? E o Presidente da Suíça responde: -Quando Vossa Excelência apresentou os Ministros da Justiça, da Educação e da Saúde, eu não ri!

Nossos Filhos Avaliando-nos Há poucos meses, ao avaliar

as dificuldades que enfrentava para atingir

minhas metas, me deparei com algumas afirmativas:

“Não é possível competir com um sistema que oferece avaliações e me-tas, baseados em práticas duvidosas, mas isto não se sustentará. Em bre-ve, ele quebrará e ocuparemos nosso espaço de direito e a verdade apare-cerá.”

Analisando bem, estas afirmativas me questionei qual a minha responsabili-dade sobre isso e na verdade me as-sustei com a minha própria passivida-de.

Trata-se de um caso típico de “terceirização da culpa”, a transferên-cia de deficiências internas por meio da “auditoria por suposição” da critica aos outros.

Em vez de focarmos energia, talento e inteligência em avaliações de nos-sas convicções ainda há a tendência, em muitos de nós, em nos dedicar-mos à criação de cenários negativos nos outros.

Como dizia Pirandello: “Perdemos o contato com o chão e, consequente-mente, a consciência de nossas pró-

prias estaturas, deixando espaço para que o outro crie corpo a cada dia.”

É mais fácil buscar justificativas exter-nas, elegendo um alvo que nos inco-moda e afasta-nos da realidade.

Hoje, o que “dá ibope”, certamente, não são a educação e a cultura, mas os “violência e sensacionalismo”. Ou seja, aqueles gerados pela estratégia de posicionamento no mercado, pela leitura correta de nichos a serem ex-plorados, pelo diferencial de pensa-mentos que o sistema nos quer fazer acreditar.

Enfim, a continuidade da mediocrida-de imposta a nossos cidadãos.

Henry Ford já ensinava que qualquer um sabe queixar-se, afirmando que “não devemos encontrar defeitos, mas soluções”.

Acredito que entre elas estão a cria-ção de antídotos às políticas instituí-das.

O caminho está em “avaliar nos ou-tros as qualidades que eles possam ter e procurar em nós os defeitos que, certamente, temos”. A prática deste conceito de Benjamin Franklin pode levar-nos a uma reavaliação constan-te de nossas escolhas e decisões, o que nos torna capazes de irmos além.

Filipe de Sousa

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 05

A família é a referência fundamen-tal para a criança. O ambiente fa-miliar é o primeiro espaço de con-vivência do ser humano; é no lar que se aprende e se incorpora va-lores éticos e onde são vivencia-das experiências afetivas, repre-sentações, juízos e expectativas. Os pais têm um papel fundamental nos primeiros anos de vida dos fi-lhos. O aprendizado e o desenvol-vimento começam bem antes da educação formal.

A gestação e os três primeiros a-nos de uma criança são as fases de maior desenvolvimento e apren-dizado. Neste período ocorre o processo de formação de aptidões sensoriais, motoras, emocionais, cognitivas ou psicossociais. Esta é a fase em que a criança aos poucos evolui de uma situação ini-cial de absoluta dependência para uma dependência do meio ambien-te, ou seja, de sua família. Além dos cuidados essenciais de calor, higiene e alimentação, para que os bebês desenvolvam seus sentimentos, pensamentos e estru-tura emocional, necessitam de um ambiente familiar que lhes transmi-ta confiança, amor, atenção, afei-ção, oportunidades para brincar e fazer descobertas.

Dessa forma, a família é a primeira e mais importante referência para o bebê e são esses vínculos esta-belecidos que influenciam sua ca-pacidade para formar novas rela-ções humanas. Quando uma criança completa seis anos, seu cérebro já desenvolveu amplos contornos de sua auto-estima, senso de moralidade, res-ponsabilidade, empatia, capacida-de de aprendizado e outros aspec-tos de sua personalidade. A criança precisa e depende do cuidador; se ela é negligenciada e maltratada, não desenvolve suas capacidades básicas.

A tarefa de orientar e cuidar da e-ducação dos filhos não pode ficar exclusivamente a cargo de profes-sores a partir da fase da creche ou da pré-escolar. Princípios, valores, respeito e ética devem vir de casa e começa a ser formada ainda na fase de bebê. A educação formal é um comple-mento que deve fazer parte da for-mação do indivíduo. O papel da família também inclui a atenção especial com a educação formal das crianças. Se interessar pelo desempenho do filho na escola bem como com a forma com que se relaciona com as pessoas de seu convívio é uma tarefa importante a ser desempe-nhada pelos pais; isso ajuda a ter uma percepção mais ampla sobre a formação da criança como pes-soa. Hoje em dia os pais passam muito tempo fora de casa e controlam menos as influências sobre os fi-lhos. O tempo que estão com os filhos deve ser um tempo melhor usado, devem antecipar-se, chegar antes, prever, ou seja, educar no futuro. Educar com o exemplo diário é educar no presente. Corrigir os filhos quando fazem al-go mau também é educar. Se fala muito hoje em dia em “Todos pela educação” e em mi-nhas constatações vejo cada dia e com grande preocupação que este “Todos” está sendo cada vez mais entendido, com os outros, não nos incluindo no termo. A família vem se transformando com o passar dos tempos, porém, seja qual for sua formação a famí-lia deve e tem a obrigação consti-tucional de desempenhar funções educativas, transmitir valores cultu-rais, fornecer modelos de forma-ção para o indivíduo viver social-mente e estabelecer suas relações de forma ética e respeitosa. A família é o primeiro grupo de me-diação do indivíduo com o mundo social e é responsável pela sua sobrevivência física e mental.

É no seio familiar que também de-ve se concretizar o exercício do ECA, dos direitos da crianças e do adolescente, como cuidados es-senciais para possibilitar seu cres-cimento e desenvolvimento saudá-veis tanto físico como espiritual. Os pais são para os filhos os pri-meiros modelos de como os adul-tos se comportam, de como ser homem ou ser mulher e, assim, a criança incorporará a cultura que a família reproduzir na sua forma de viver e, com seus exemplos. Mas nos dias de hoje, com a inser-ção da mulher no mercado de tra-balho a família passou a dividir a função do formar e do educar com instituições educacionais como: creches, pré-escolas e escolas e isso acontece em todas as classes sociais. Isto fez com que aos poucos a res-ponsabilidade passasse a ser transferida para o Todos pela... educação de nossos filhos, que aliando-se a uma absurda corrida em busca do ter. Esquecemo-nos cada vez mais de nossa responsa-bilidade perante aqueles que hoje formamos como reizinhos. Numa absoluta forma de compensarmos a ausência, colocando em risco o seu futuro como cidadãos. A escola acabou se tornando uma das instituições sociais de maior importância em mediar esta rela-ção entre indivíduo e sociedade caracterizando a transmissão cul-tural, de valores morais, de com-portamento e socialização, é uma instituição que trabalha a serviço da sociedade. Mas, em todo esse processo é muito importante que família e es-cola sejam parceiras, comprome-tendo-se com a educação das cri-anças e adolescentes mantendo-se sempre em estreitos laços, bus-cando compreender o processo de educação como algo a ser partilha-do e de responsabilidade mútua. De acordo com Silva: “A escola não deveria viver sem a família e nem a família deveria viver sem a escola. Uma depende da outra na tentativa de alcançar o maior obje-tivo, qual seja, o melhor futuro para o filho e educando e, automatica-mente, para toda a sociedade.”

Mas nem sempre é assim, em mui-tos casos os pais não conversam com as crianças em casa e não comparecem de forma efetiva quando são solicitados, pela Esco-la. Todos, literalmente todos educado-res, formais ou não, pais e família devem se interrogar sobre o traba-lho que vem sendo feito, pois de-vemos todos nos preocupar com o desenvolvimento saudável e ético bem como com a qualidade de vi-da de nossas crianças, amanhã futuros cidadãos. Mas neste jogo de empurra que se torna este assunto entre família e escola, surge uma grande “vilã” com cara de boa moça neste pro-cesso de aprendizagem que é a MÍDIA convencional e seus inte-resses escusos e não muito bem definidos. Ela invade nosso cotidiano e entra em nossas casas chamando a atenção de nossos filhos, para o mundo em que vivemos hoje, onde a maioria de nossas crianças e a-dolescentes por falta de opções, passam a maior parte do tempo, a saber: a TV ou no computador na-vegando pela internet. Ali estão a qualquer horário e a qualquer momento na grande mai-oria dos programas, apelo sexual, incitação à violência e ridiculariza-ção das pessoas, em horários im-próprios para exibição desse tipo de conteúdo, ou na internet onde você entra em um site de culinária por exemplo e lá esta uma foto de uma mulher se mostrando com uma roupa imprópria ou até mes-mo sem roupa. Em propagandas, desenhos, nove-las, programas de humor, letras de músicas entre outros meios hoje em dia, existe incitação a violência, ao desrespeito e principalmente apelo sexual. Então aqui e só aqui, a família e a escola são elementos separados pois, só os pais têm como contro-lar o que seu filho assiste dentro de seus domínios. Mas no resto todos estamos inseridos na tarefa de educar e de formar. Filipe de Sousa

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 06

Educação no mundo globalizado Defendendo a Escola Pública

Atualmente, somos personagens de um mundo no qual as transfor-mações nos âmbitos social, cultu-ral, político e econômico se pro-cessam com impressionante rapi-dez e força. A globalização apresenta-se co-mo uma nova e única regra para a vida; o progresso avança tendo nas tecnologias cada vez mais complexas e primorosas, suas maiores aliadas. Novas formas de comunicação e aproximação entre as pessoas surgem, e as economias tornam-se cada vez mais intrinsecamente ligadas e dependentes umas das outras. Diante da atual configuração mundial, como agir, qual posição tomar? Acredito que a reflexão sobre os prós e contras das tec-nologias, e dos novos espaços que influenciam na formação da subjetividade humana é necessá-ria e importante. Precisamos reavaliar nosso papel enquanto seres ainda humanos e

profissionais protagonistas de um mundo pós-moderno. É fundamental pensar, em que medida o avanço tecnológico pro-move melhorias e facilita a vida, e em que dimensão exclui, segrega, diferencia, torna-se instrumento de subordinação e dominação. No Brasil, assim como em outros países do chamado terceiro mun-do, o analfabetismo é um fator preocupante, a fome e o desem-prego um dos maiores desafios a serem vencidos, o trabalho infantil e a miséria, um obstáculo à esco-larização mínima. A tecnologia torna-se, diante des-te cenário, fator pouco aproveitá-vel uma vez que faltam ainda con-dições mínimas de sobrevivência à grande maioria da população. Desta forma, quase que natural-mente, as vantagens da tecnolo-gia ficam restrita aos países de-senvolvidos que ditam as regras e manipulam a vida de seus subor-dinados da melhor maneira que os convier. É no mínimo difícil construir algo sem alicerce. Como tirar proveito das vanta-gens tecnológicas se, muitos pe-quenos cidadãos não dispõe ain-da de uma base cultural mínima, que por direito lhe deve ser asse-gurada, acrescentada à suas pró-prias experiências e à sua cultura primeira, nos termos de Snyders? Como fica o papel da escola e do profissional da educação diante deste mundo novo?

A escola pública é uma conquista que tem suas origens na Revolu-ção Francesa, é um fato histórico de enorme importância, mas isto não a exime de problemas a se-rem resolvidos e de questões a serem exploradas. Uma das críticas que esta escola enfrenta, diz respeito à atualidade de seus conteúdos. O mundo globalizado trouxe con-sigo novas exigências, e, portan-to, a escola, inserida neste mundo deve preparar o aluno para co-nhecê-lo e nele atuar; isto signifi-ca que a escola deve permitir ao aluno o acesso às tecnologias. Concordo, a escola precisa evolu-ir enquanto realidade social. Mas é fundamental que ela não esque-ça a cultura clássica, aquele lega-do em cujo bojo se encontra o que há de mais universal e per-manente das produções huma-nas. A escola precisa encontrar entre o novo e a tradição, o seu equilíbrio. Conforme Álvaro Vieira Pinto, a educação é por natureza contradi-tória, pois implica simultaneamen-te conservação e criação. Portanto não há necessidade de se incorrer no erro de criar situa-ções artificiais com as crianças para que o saber se manifeste, conforme os termos de Perre-noud. Acredito que a escola é capaz de trazer para a sala de aula o atual, o novo, o real, mas ao mesmo tempo, de valorizar igualmente

aquilo que, por resistir ao tempo tornou-se o saber clássico, ao qual todos devem indistintamente ter acesso. Em outras palavras, e lembrando Forquin, a “oferta cultural escolar” não pode ser independente de uma “demanda cultural social”, mas que não pode estar à mercê desta demanda e nem se regular por ela, seguindo suas exigências e contradições. É justamente por isto que a esco-la persiste, e por tal equilíbrio e autonomia o professor não perde o seu valor e mestria: pela capaci-dade que cada escola tem de, a-inda de acordo com Forquin, en-cerrar em si mesmo o mosteiro e a cidadela. Nós professores somos um dos principais agentes a lutar para que, lembrando o sociólogo Her-ber t de Souza , a pós-modernidade não produza um mundo menor que a humanidade. Autora: Keity Jeruska Alves dos Santos Zadorosny Editoração: Filipe de Sousa Referências Bibliográficas:

FORQUIN, J. C. Escola e Cultura: as bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. PINTO, Á. V. Sete lições sobre edu-cação de adultos. Rio de Janeiro: Ática, 2000. SNYDERS, G. Alunos Felizes. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. PERRENOUD, P. Escola e Cidadani-a: o papel da escola na formação para a democracia. Porto Alegre: Art-med, 2004.

Olavo foi transferido de projeto. Logo no primeiro dia, para fazer média com o novo chefe, saiu-se com esta: - Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Silva. Disseram que ele... Nem chegou a terminar a frase, e o chefe, apartou: - Espere um pouco, Olavo. O que vai me contar já passou pelo crivo das Três Peneiras?

- Peneiras? Que peneiras, Chefe?

- A primeira, Olavo, é a da VERDADE. Você tem certeza de que esse fato é absolutamente verdadeiro. - Não. Não tenho, não. Como posso saber? O que sei foi o que me contaram. Mas eu acho que... E, novamente, Olavo é interrompido pelo chefe: - Então sua história já vazou a primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira que é a da BONDADE. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem a seu respeito?

- Claro que não! Deus me livre, Chefe! - diz Olavo, assustado. - Então, - continua o chefe - sua história vazou a segunda peneira. Vamos ver a terceira peneira, que é a da NECESSIDADE. Você acha mesmo necessário me contar esse fato ou mesmo passá-lo adiante?

- Não chefe. Pensando desta forma, vi que não sobrou nada do que eu iria contar. - fala Olavo, surpreendido. -Pois é Olavo! Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras - diz o chefe sorrindo e continua: - Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo das Três Peneiras: Enviado por: Prof. Francisca Alves

VERDADE - BONDADE – NECESSIDADE

Lembre-se sempre....

PESSOAS INTELIGENTES FALAM SOBRE IDEIAS

PESSOAS COMUNS FALAM SOBRE COISAS

PESSOAS MESQUINHAS FALAM SOBRE PESSOAS

Para pensar

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 07

Planeta Terra

Começa na nossa casa O conceito de sustentabilidade vem ao longo do tempo sendo ampliado, conforme a própria evolução da hu-manidade. Até chegarmos ao concei-to mais utilizado atualmente que trata da solidariedade intergerações, de tal modo que o bem estar das gerações atuais não pode comprometer as o-portunidades e necessidades das ge-rações futuras, passamos por várias etapas. Inicialmente o conceito de sustentabilidade relacionava-se qua-se que exclusivamente às questões ambientais, não sendo levadas em consideração as dimensões econômi-cas e sociais.

Desta forma que esta chamada era quase como um grito de guerra das organizações não governamentais voltadas para as questões ambien-tais.

Sérgio Buarque em 1994, também conceituou o desenvolvimento sus-tentável como o “Compromisso com o futuro e a solidariedade entre gera-ções”. Resumidamente o autor nos chama para o cuidado, com o outro, com a terra, com a vida. Isto nos faz pensar que a sustentabilidade social começa em casa.

Provocador o tema, mas extrema-mente educativo. Hoje, vivenciamos um cenário onde as empresas priva-das estão incorporando às suas es-tratégias de gestão critérios ambien-tais para todas as etapas do processo produtivo e ainda levando em consi-deração as dimensões sociais como critérios para a seleção e monitora-mento de seus bens e serviços e o compromisso formal com a valoriza-ção da diversidade.

Mas sustentabilidade não é só cuidar das plantinhas e das nascentes.

Sustentabilidade está se tornando um tema, cada vez mais, recorrente, po-rém, várias vezes, tratado com super-ficialidade sem, de fato, trazer para a discussão seus benefícios e traduzin-do-se na maioria das vezes, como simples práticas ambientais para pro-teção do planeta.

E isso ocorre em, praticamente, todos os setores.

No supermercado, quando nos são oferecidos produtos ditos sustentá-veis, apenas porque possuem emba-lagem reciclável, ou então, ao buscar-mos um imóvel e nos deparamos co-mo diferenciais de sustentabilidade apenas caixas coletoras de pilhas. Absurdos, sim, mas que são levados a sério por milhares de pessoas moti-vadas pela boa vontade.

A sustentabilidade tem várias faces, a começar pela sustentabilidade indivi-dual. O objetivo da sustentabilidade individual é a felicidade. Para tanto, há a necessidade e de atendimento a alguns parâmetros de renda, alimen-tação, moradia, mobilidade etc...

Quando vista sob a ótica da família, a sustentabilidade, além da felicidade busca a harmonia da convivência. Se estamos pensando em um condomí-nio, em uma comunidade ou bairro, a sustentabilidade para ser alcançada passa a ter o objetivo da qualidade de vida e do respeito mútuo.

Quando se fala em sustentabilidade da cidade, outros aspectos como saú-de, transporte, educação, resíduos, poluição passam a estar incorpora-dos. Quando falamos em sustentabili-dade da humanidade estamos tratan-do de assuntos ligados à segurança alimentar, de energia, de água, de paz e de preservação dos recursos para as futuras gerações.

E o que seria a sustentabilidade em-presarial? Sustentabilidade empresarial é sinôni-mo de garantir rentabilidade e pereni-dade da empresa com equilíbrio entre decisões econômicas e o respeito pela sociedade. Muitas vezes, con-funde-se sustentabilidade empresarial deixando de lado o componente eco-nômico e parte-se para ações não

sustentáveis focadas apenas nos as-pectos socioambientais.

Sustentabilidade corporativa significa gerar valor para a empresa e para a sociedade. Essa confusão de concei-tos é que tem feito com que algumas empresas se encontrem frustradas com seus esforços na direção do que ela entendia, erradamente, como sus-tentabilidade.

Outro erro comumente cometido é o da dispersão de ações ditas sustentá-veis sem uma coordenação que gere uma resultante em benefício da em-presa. Assim, cabe reforçar alguns pontos chaves para os empreendedores que buscam a sustentabilidade de seus negócios: Eficiência. No caso dos lojistas, a escolha de um ponto em um shopping que tenha uma gestão sustentável é fundamental, com equipamentos efici-entes, como elevadores, escadas e metais sanitários. Com isso estará buscando ter maior rentabilidade para seu negócio, pelos menores custos condominiais, e maior responsabilida-de para com seus clientes e para com a sociedade, pelos menores impactos ambientais. Evitar desperdícios. Avalie bem an-tes de comprar, para minimizar os riscos de encalhe de mercadorias. Os maiores inimigos da sustentabilidade empresarial são a baixa produtividade e os desperdícios. É o óbvio, mas às vezes nos esquecemos deles e deci-dimos por impulsos emocionais. Ouvir os clientes é uma obrigação para ga-rantir que seus produtos e serviços sejam desejados.

Aprazibilidade. Desenvolva um am-biente que seja atraente para os cli-entes, agradável e aprazível. Atraia os clientes pela aprazibilidade de sua loja. Fornecedores responsáveis. Escolha fornecedores que também estejam engajados de forma séria em garantir produtos menos tóxicos, extraídos e produzidos com responsabilidade so-cioambiental. Regionalidade. Dê preferência para

produtos produzidos em sua região. Isso colabora para aumentar o nível de emprego e reduzir os problemas sociais e a criar um ambiente mais agradável de convivência.

Evite a compra de produtos artesa-nais produzidos em outros países.

A compra de produtos de baixa tecno-logia de outros países diminui o reco-lhimento de impostos e estimula o desemprego e a falta de infra-estrutura pública.

Garantia de Sustentabilidade. Mate-rialize seu discurso de responsabilida-de para com seus clientes destacan-do a oferta de produtos que tenham a sustentabilidade garantida por selos de terceira parte, no caso da madeira, FSC ou Cerflor; para equipamentos eletroeletrônicos, o Selo Procel, para materiais de construção e decoração, o Selo Sustentax de Qualidade e Sus-tentabilidade. Comunicação. Informe o consumidor destas iniciativas. O cliente precisa ter a percepção de que tudo está sen-do feito para que ele se sinta muito bem no ambiente e que será informa-do para que tome a melhor decisão para ele. Mas, atenção: tenha práti-cas consistentes para comunicar. Não crie falsas expectativas e jamais se deixe levar pela maquiagem verde.

E, finalmente, lembre-se: sua obriga-ção como empresário é garantir ren-tabilidade e perenidade para o seu negócio, com visão de curto, médio e longo prazos.

Não se esqueça que investidores e consumidores já estão dando prefe-rência para aqueles que conseguem gerar o lucro de forma responsável para a sociedade visando mitigar ris-cos para todas as partes.

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 8

O Pará é uma das 27 unidades federativas do Brasil. É o segundo maior estado do país com uma extensão de 1.247.689,515 km², pouco maior que Angola, dividido em 144 municípios (com a criação de Mojuí dos Campos), está situa-do no centro da região norte e tem como limites o Suriname e o Ama-pá a norte, o oceano Atlântico a nordeste, o Maranhão a leste, To-cantins a sudeste, Mato Grosso a sul, o Amazonas a oeste e Rorai-ma e a Guiana a noroeste.

É o mais rico e mais populoso es-tado da região norte, contando com uma população de 7.321.493 habitantes. Sua capital, Belém, reúne em sua região metropolitana cerca de 2,1 milhões habitantes, sendo a se-gunda maior população metropoli-tana da região Norte. Outras cida-des importantes do estado são, Abaetetuba, Altamira, Ananindeu-a, Barcarena, Cametá, Castanhal, Itaituba, Marituba, Marabá, Para-gominas, Parauapebas, Reden-ção, Santarém e Tucuruí. O relevo é baixo e plano; 58% do território se encontra abaixo dos 200 metros. As altitudes superio-res a 500 metros estão nas serras de Carajás, Caximbo e Acari. Os rios principais são, rio Amazo-nas, rio Tapajós, rio Tocantins, rio Xingu, rio Jari e rio Pará.

História

O Forte do Presépio, fundado em 1616 pelos portugueses, deu ori-gem a Belém, mas a ocupação do território foi desde cedo marcada por incursões de Neerlandeses e Ingleses em busca de especiarias. Daí a necessidade dos portugue-ses de fortificar a área.

No século XVII, a região, integra-da à capitania do Maranhão, co-nheceu a prosperidade com a la-voura e a pecuária. Em 1751, com a expansão para o oeste, cria-se o estado do Grão-Pará, que abriga-rá também a capitania de São Jo-sé do Rio Negro (hoje o estado do Amazonas).

Em 1821, a Revolução Constitu-cionalista do Porto (Portugal) foi apoiada pelos paraenses, mas o levante acabou reprimido. Em 1823, o Pará decidiu unir-se ao Brasil independente, do qual esti-vera separado no período colonial, reportando-se diretamente a Lis-boa. No entanto, as lutas políticas continuaram. A mais importante delas, a Caba-nagem (1835), chegou a decretar a independência da província do Pará. Este foi, juntamente com a Revolução Farroupilha, no Rio Grande do Sul, o único levante do período regencial onde o poder foi tomado, sendo que a Cabanagem foi a única revolta liderada pelas camadas populares.

A economia cresceu rapidamente no século XIX e início do século XX com a exploração da borracha, pela extração do látex, época esta que ficou conhecida como Belle Époque, marcada pelos traços ar-tísticos da Art Nouveau. Nesse período a Amazônia experimentou dois ciclos econômicos distintos com a exploração da mesma bor-racha.

Estes dois ciclos (principalmente o primeiro) deram não só a Belém, m a s t a m b é m a M a n a u s (Amazonas), um momento áureo no que diz respeito à urbanização e embelezamento destas cidades. A construção do Teatro da Paz (Belém) e do Teatro Amazonas (Manaus) são exemplos da rique-za que esse período marcou na história da Amazônia.

O então intendente Antônio Le-mos foi o principal personagem da transformação urbanística que Be-

lém sofreu, onde chegou a ser co-nhecida como Paris N'América (como referência à influência da urbanização que Paris sofrera na época, que serviu de inspiração para Antônio Lemos). Nesse perí-odo, por exemplo, o centro da ci-dade foi intensamente arborizado por mangueiras trazidas da Índia. Daí o apelido que até hoje estas árvores (já centenárias) dão à ca-pital paraense.

Com o declínio dos dois ciclos da borracha, veio uma angustiante estagnação, da qual o Pará só sa-iu na década de 1960, com o de-senvolvimento de atividades agrí-colas no sul do Estado. A partir da década de 1960, mas principal-mente na década de 1970, o cres-cimento foi acelerando com a ex-p l o r a ç ã o d e m i n é r i o s (principalmente na região sudeste do estado), como o ferro na Serra dos Carajás e do ouro em Serra Pelada.

O Pará teve um elevado número de imigrantes portugueses, espa-nhóis e japoneses. Estes povos têm suas trajetórias contadas em um espaço permanente, a “Sala Vicente Salles” do “Memorial dos Povos”, situado em Belém. Os lu-sitanos foram seguidos pelos es-panhóis, que chegaram à capital quase que exclusivamente por questões políticas, graças às dis-putas pela Península Ibérica.

Em seguida vieram os italianos e seu poder desbravador marítimo. Após deixar sua contribuição para o surgimento da cidade de Belém, os japoneses estabeleceram-se no interior agrário, fixando-se em municípios como Tomé-açu. A maioria da população é parda, de-

vido à grande herança genética indígena e, em menor parcela, a-fricana.

Etnias

O Pará teve um elevado número de imigrantes portugueses, espa-nhóis e japoneses. Estes povos têm suas trajetórias contadas em um espaço permanente, a “Sala Vicente Salles” do “Memorial dos Povos”, situado em Belém.

Os lusitanos foram seguidos pelos espanhóis, que chegaram à capi-tal quase que exclusivamente por questões políticas, graças às dis-putas pela Península Ibérica.

Em seguida vieram os italianos e seu poder desbravador marítimo. Após deixar sua contribuição para o surgimento da cidade de Belém, os japoneses estabeleceram-se no interior agrário, fixando-se em municípios como Tomé-açu.

A maioria da população é parda, devido à grande herança genética indígena e, em menor parcela, a-fricana.

Dialetos

O Pará tem pelo menos dois diale-tos de destaque: o dialeto paraen-se tradicional, usado na capital Belém, no nordeste do Pará, Oes-te do estado, e em boa parte do território estadual; enquanto outro sotaque é utilizado na região su-deste do Pará (Região de Cara-jás): um dialeto derivado de mistu-ras de nordestino, mineiro, capixa-ba, goiano e gaúcho.

Dialeto paraense tradicional: tem como característica mais dis-tintiva o raro uso do pronome de tratamento "você", sobretudo nas intimidades, substituindo "você" por "tu": "tu fizeste", "tu és", "tu chegaste", muitas vezes chegan-do a omitir o pronome "tu", verbali-zando expressões apenas como: "chegaste bem?", "já almoçaste?". O "r" e o "s" são pronunciados de maneira semelhante à do Rio de Janeiro. Tal dialeto é considerado brando (à exceção da letra "s") e possuidor de menos vícios de lin-guagens, comparado aos outros do Brasil, e decorre da forte influ-ência portuguesa na linguagem. Também é conhecido como Ama-zofonia.

Fonte: Wikipédia Editoração: Filipe de Sousa

Pará (PA)

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 9

Como se não bastasse a onda de vio-lência e criminalidade que atinge o país todo e o mundo, temos ouvido nos últimos tempos, muitas notícias de filhos que matam seus próprios pais em situações de extrema cruel-dade. Problemas e dificuldades famili-ares são expostos nas páginas crimi-nais dos principais jornais.

Pais e mães com filhos adolescentes ou pré-adolescentes têm recorrido a profissionais como psicólogos, psiqui-atras e educadores, na procura de respostas e conselhos sobre o que fazer com seus filhos quando esses costumam apresentar problemas co-mo: comportamentos socialmente ina-dequados, dificuldades de relaciona-mento interpessoal, bem como pro-blemas de adaptação escolar e a-prendizagem. As maiores queixas fi-cam entre os comportamentos sociais inadequados e dificuldades de convi-vência familiar. A situação anda to-mando uma tal proporção, que alguns pais começam a trancar a porta de seus quartos, na hora de dormir, e enquanto outros vão mais longe ain-da, blindando as paredes e portas de seus quartos.

Horrorizados, muitos se perguntam “o que estará acontecendo com nossos jovens?” E, penso eu, que a questão poderia ser pensada de outra forma: “O que estará acontecendo com nos-sos pais e mães que parecem estar esquecidos de sua função de educa-dores desses jovens?”

Olhando um pouco para trás, perce-bemos que a partir da década de 60 e da revolução sexual, tivemos o início de uma transformação nos costumes e valores válidos em nossa socieda-de. Entre tantos outros conceitos questionados, os modos de educação mais repressores foram postos em cheque, e começou a se erguer a bandeira da educação mais liberada para prevenir os “traumas” que uma educação muito repressora poderia causar na vida emocional dos filhos.

Ainda, com o desenvolvimento das

pesquisas na área da psicologia e psi-canálise, enfatizando a importância da influência do ambiente na forma-ção de um indivíduo, a questão da educação dos filhos tem merecido um maior cuidado por parte de educado-res, psicólogos e estudiosos de várias áreas. Muitas são as teorias novas que surgem sobre o que fazer, como proceder, tudo na tentativa de orientar os pais nessa difícil tarefa.

Com isso, tivemos uma mudança de panorama.

Se pelas gerações antigas a criança era tratada como um “mini-adulto”, sem direito a desejos e vontades, sem direito a quaisquer cuidados es-peciais em respeito à sua condição de criança, parece-me que as gerações mais jovens, talvez tenham pecado pelo excesso, no sentido inverso, pas-sando a tratar a criança como um “rei no trono”.

Tudo passaria a ser motivo de trauma para a criança e para o adolescente. Se uma criança apanhava, era casti-gada, ou apenas repreendida, já se poderia considerar isso como motivo de trauma.

É claro que não estou falando aqui a favor de prática de maus-tratos contra a criança ou o jovem, e isso é uma questão seriíssima que vem sendo tratada com muito mais respeito, nos últimos tempos, graças também a es-sa transformação social que se ope-rou, e que mereceria outro momento de discussão. Mas, nem de longe, podemos pensar que pais e mães não possam repreender seus filhos. Essa é uma função muito importante no processo de educação. A educação é feita com base no afeto que se trans-mite ao filho, e com base no limite que se pode dar a ele também. A cri-ança precisa conhecer o amor, a ami-zade, o respeito e a consideração, mas também, quais são os limites que ela tem de respeitar, entre a vida dela e a do outro, para que ela possa tor-nar-se um ser humano apto para a vida em comunidade.

A atenção e o respeito que devem ser dados à criança não podem provocar uma inversão na ordem das gerações entre pais e filhos. Esse é o pior des-serviço que um pai pode prestar a um filho.

Os pais precisam colocar limites para seus filhos crescerem. A criança é um ser com uma quantidade enorme de energia, que precisa, desde cedo, ser bem canalizada. Ela precisa aprender a gerenciar essa energia adequada-mente e, para tanto, precisa de um enquadramento e um direcionamento que, principalmente, aos pais cabe dar. Hoje em dia, também é muito comum ouvirmos que pais e mães precisam ser amigos de seus filhos. Aqui, igual-mente, é preciso ter cuidado com a inversão de ordem.

É muito importante que pais e mães possam ser amigos de seus filhos, mas, antes de qualquer outra coisa, por amor a seus filhos, os pais têm o dever de educá-los, de colocar limi-tes, estabelecer proibições. O que se espera de pais amigos de seus filhos, inclusive o que os próprios filhos pre-cisam são de pais e mães mais próxi-mos, mais disponíveis, abertos a es-cutá-los, a discutir e orientá-los naqui-lo que eles lhes solicitarem, ou naqui-lo que os pais entenderem necessário fazê-lo. Mas, precisam igualmente de pais que saibam dizer não, estabele-cer o que é certo e o que é errado, e quais os limites que precisam ser seri-amente respeitados.

Se os pais se comportam somente como amigos de seus filhos, podemos nos perguntar “quem estará fazendo o papel dos pais em seu lugar?” E esse é um grande perigo, pois a criança e o jovem precisam de orien-tação adequada e segura, além de alguém que apenas os ouça e os a-conselhe como um amigo faria. Preci-sam, sim, de alguém que funcione como um porto seguro para onde re-correr, quando surgem os problemas e não sabem o que fazer, mas preci-sam que esse porto seguro seja sufi-

cientemente firme e forte para orientá-los quando não sabem como proce-der, para repreendê-los quando esti-verem errados e para ensiná-los a respeitar a si mesmos, e aos outros, preparando-os para a vida em comu-nidade. Quando se inverte o sentido dessa relação, com os filhos colocados em um trono, ou tratados como um rei, e com os pais deixando de cumprir sua função de educadores, as crianças crescem sem orientação, sem limites, sentindo-se sozinhas e desconecta-das de sua própria família, sem uma verdadeira identificação com esses pais, pois lhes faltam um modelo for-te, seguro e afetivo, que elas possam admirar, seguir, amar e respeitar.

Para educar um filho não há fórmula ou manual que se possa seguir, pois cada filho e cada pai e mãe são úni-cos em sua natureza. Todos precisam ser respeitados. Nós escolhemos com quem vamos nos casar, de quem va-mos ser amigos, mas não escolhe-mos nossos filhos e nossos pais. Ape-nas temos que conviver com eles, e essa convivência nem sempre é fácil. Porém, uma coisa é certa, e precisa ser lembrada: Educar é também frus-trar; é dizer não e contrariar a vontade do filho, quando necessário. Não há como escapar disso, sob pena de o próprio filho sofrer as conseqüências em sua saúde física e mental. Não há como ser bom pai ou boa mãe só es-perando serem amados por seus fi-lhos. É preciso, muitas vezes, supor-tar a frustração de ser odiado por seu filho num dado momento, para o pró-prio bem dele no futuro, ainda que isso, na maioria das vezes, custe mui-to caro aos corações dos pais e mães.

Autora:Ana Claudia Ferreira de Oliveira Psicóloga Clínica, Psicoterapeuta Psicanalista

e Advogada em São Paulo/Brasil. Colunista e

colaboradora em temas de qualidade de vida,

saúde, comportamento e educação do jornal ´

Folha da Cidade ´ e Rádio ´ Nova Regional

FM ´, ambos do interior de São Paulo

Editoração: Filipe de Sousa

Relacionamentos > Pais e Filhos

Administre sua família... Que o teu ensinamento, seja conforme aquilo que você dese-ja para o mundo..

Que os mais velhos sejam sóbrios, graves, prudentes, for-tes na fé, cari-

dade, na paciência.

Assim também as mulheres de mais idade mostrem no seu exte-rior uma compostura santa, não sejam maldizentes nem intempe-rantes (que não tem sobriedade), mas mestras de bons conselhos.

Que saibam ensinar às jovens a amarem seus maridos, a quere-

rem bem seus filhos, a serem pru-dentes, castas, cuidadosas da ca-sa, bondosas, submissas a seus maridos, para que a palavra de Deus não seja desacreditada.

Você, esposa, precisa repetir es-sa palavra muitas vezes, porque aqui está todo o ensinamento de que sua família precisa para não falir.

E você não vai deixar a sua famí-lia falir, pois é o alto investimento que Deus fez na Terra. A sua fa-mília está na sua mão.

Não é só ‘colocar o umbigo’ no fogão e achar que cumpriu a sua missão, ou sair para trabalhar e

se preocupar em ficar bem arru-mada… Mas saber ensinar as jo-vens.

Você, homem, tem toda a liberda-de nos seus negócios, nas suas viagens, mas precisa estar firme nos bons costumes e na ética. Assim toda vez que seu filho olhar você verá seu exemplo.

O nosso exemplo constrói nos nossos filhos os homens e mulhe-res novos para o mundo novo

Constrói cidadãos novos, que se-rão no futuro cidadãos de bem que no seu conjunto farão uma sociedade de paz, solidária e res-peitosa.

Os dias conturbados de hoje, a sociedade violenta de hoje, po-dem ser motivação para mudan-ças e se tornarem também um tempo favorável para escolher-mos os rumos.

Preparemos então nossas famí-lias para dias melhores, para tem-pos melhores, ao invés de dele-garmos, assumamos que formar e educar são funções que perten-cem a cada um de nós. Que cará-ter, tradições e bons costumes bem como o respeito e a forma de conviver em sociedade se apren-de em casa.

Filipe de Sousa

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 10

Professores... A eterna luta por dignidade.

Leio na internet que professores da rede pública estadual mineira se acor-rentaram a um monumento em uma Praça de Belo Horizonte e ali fazem greve de fome para exigir que o go-verno do Estado (PSDB) lhes pague o piso nacional determinado por lei fe-deral.

A luta dos professores, mestres e de-mais funcionários ativos e atuantes nas Escolas nada mais são que rei-vindicações justas para uma classe formadora de futuros cidadãos, futu-ros políticos, futuros empreendedores e, sobretudo cidadãos de bem. Enfim, uma classe responsável pela forma-ção social de um país.

Há não muito tempo, em São Paulo, assim como em diversas partes do Brasil, os mestres foram à rua aos milhares protestar por salários decen-tes. O governo do Estado (PSDB) ati-rou sua polícia hidrófoba contra mani-festantes que foram espancados sem dó nem piedade, como se fossem cri-minosos.

O salário que o governo mineiro não quer pagar a esses professores revol-tosos é de pouco mais de mil reais –

não é brincadeira, o valor é esse mes-mo!

Repito aqui, portanto, uma história que já contei, mas que precisa ser contada tanto quanto possível na es-perança de que sirva para indicar aos professores um caminho, já que os pais dos alunos da escola pública vi-vem no mundo da lua.

À época da última paralisação de pro-fessores paulistas, uma de minhas filhas hospedava uma amiga france-sa, professora universitária que veio ao Brasil em intercâmbio com a USP. Quando a moça soube que haveria manifestação ali perto (minha filha mora perto da Avenida Paulista), quis ir ver.

Quanto ao tamanho da manifestação, achou extremamente pequena para um país deste tamanho, apesar de ter reunido dezenas de milhares de do-centes. Mas o que mais a espantou foi não ter visto os pais dos alunos e os próprios unidos aos mestres no protesto.

Celine, a jovem docente francesa, co-mentava que se os professores da rede pública de seu país fossem mal pagos como os do nosso, os pais dos alunos quebrariam tudo e paralisari-

am o país, pois lá quase todo mundo estuda em escola pública, como aqui.

Paulistas, mineiros, enfim, o povo de todas as unidades da federação não se revolta contra os governos estadu-ais e municipais. A mídia convencio-nal, que no Brasil é toda de direita, não estimula os pais dos alunos a a-poiarem os professores porque estes são sindicalizados e a direita odeia sindicatos, porque Sindicato é sinôni-mo de união e a união, faz a força.

Em vez de os professores saírem so-zinhos à rua enquanto a mídia entre-vista madames motorizadas e revolta-das com os manifestantes porque pa-raram o tráfego de seus carros de lu-xo – obviamente porque têm seus fi-lhos na rede privada de ensino –, de-veriam conscientizar os pais dos alu-nos da necessidade de valorização do professor, para o futuro de seus fi-lhos.

Uma paralisação das redes públicas estaduais e municipais que reunisse professores, alunos, pais e mestres obrigaria esses governos irresponsá-veis a investirem de verdade em Edu-cação, porque dinheiro há.

Mas é mais fácil contarem com a mí-dia para demonizar os professores.

A imprensa tradicional fica ao lado de governadores corruptos e irresponsá-veis como os de São Paulo e Minas Gerais porque compram publicidade oficial ou assinaturas da Veja, do Es-tadão, da Folha, do Estado de Minas etc. com a única finalidade de retribui-ção, no financiamento de suas vulto-sas campanhas eleitorais. E o futuro do país que se dane.

Não adianta professores se acorren-tarem a monumentos e fazerem greve de fome para ganhar pouco mais de mil reais. Têm que começar a prepa-rar paralisação que conte com pais dos alunos. Aí quero ver o Alckmin ou o Anastásia mandarem suas polícias agredi-los.

Se fala tanto em avaliação de alunos e professores, proponho que se avali-em os políticos; um a um, que vocês caros ouvintes, baseados em dados reais, avaliem cada Vereador, Cada deputado, cada Senador, Cada Go-vernador, cada Ministro, Cada Secre-tário, em suas competências no de-sempenho do cargo público para que foram indicados ou avalizados pelo nosso voto.

E que tal avaliarmos também como é empregada a verba da educação?

Edição: Filipe de Sousa

O que falta na educação ?

Eu fico abismado com esse nosso País no tocante à educação.

Realmente eu não entendo como tanta gente afirma que “educação” é fundamental. Que educação é essencial. E fica apenas nesse discurso. Na hora d o “ v a m o s v e r ” , c o n t i n u a t u d o na mesma. Fala-se em inclusão digital, na necessi-dade do computador na escola, em moderniza-ção… Fala-se, fala-se… Enquanto isso, têm esco-las até sem lousa, sem carteiras, sem o próprio giz. Há professores sem tempo para planejar aulas, pro-fessores “taxistas”, professores sem estímulo para progredirem em sua formação, porque não há in-centivo para isso. Parece-me que há uma crise de imobilidade, uma falta de ação, a ausência de um projeto educacional sério que me deixam perplexo. E ainda têm aqueles que acham que melhorar o salário do professor não resolverá nada. Ainda há os que pensam em edu-cação como sacerdócio. É claro que é preciso que se goste daquilo que se faz. E acredito que existam muitos professores que realmente trabalham só mesmo movidos por um ideal. Mas esse não é o caminho. Espontaneismo e ideal não são um proje-to. Está passando da hora de que haja mesmo um MOVIMENTO NACIONAL, vindo do povo, da popu-lação, reivindicando o direito a uma educação com dignidade e qualidade para todos. É preciso um despertar para a ação engajada de toda a socieda-de buscando essa educação que tantos falam que é importante mas que continua relegada ao ostracis-mo. Sei que já existiram vários “Planos Decenais de Educação” (mas creio que todos eles ficaram ape-nas no papel e hoje são letra morta)… Precisamos pensar o futuro do país. Mas esse futu-ro não pode continuar sendo adiado, pois sabemos que a realidade está aí HOJE, AGORA, JÁ, neste exato momento exigindo uma POLÍTICA SÓLIDA e definida de investimentos em educação. Nosso país é um dos mais caros do mundo em taxação, em impostos. E também, creio, um dos quais onde es-se dinheiro pouco retorna para beneficiar os tributa-dos. Os recursos se perdem nos descaminhos da cor-

rupção, do mal uso, dos desvios de verbas, das a-plicações em “sei lá o quê” (muito desse dinheiro talvez viaje para o bolso de uma elite que usa esses recursos em benefício próprio). Novas eleições es-tão a caminho. Novos dirigentes serão escolhidos (prefeitos, vereadores… deputados…). E, tenho certeza, a educação estará no discurso de todos os pretendentes aos “empregos” de político. Mas, infe-lizmente, constarão apenas nas plataformas políti-cas eleitoreiras. O discurso educacional elege, mas, até aqui não tem conseguido mudar a face da educação brasilei-ra. Felizmente, a sociedade está acordando para a importância de alertar a todos quanto à necessida-de de um voto consciente. As redes sociais estão mais atentas. Recentemente tivemos um exemplo brilhante de movimento popular consequente de muitos municí-pios que conseguiram impedir o aumento do núme-ro de postos de vereadores. Com a coleta de mui-tas assinaturas, com a união de várias forças soci-ais, conseguiu-se convencer de que os municípios precisam mais de viadutos, de hospitais, de esco-las, de segurança, do que do aumento do número de vereadores. É preciso um “saneamento” político. Um processo de depuração que faça uma “drenagem linfática” nas gorduras quantitativas, na quantidade de “representantes do povo” e de seus “gordos salá-rios”. Precisamos mais qualidade política do que de quantidade de políticos. Precisamos de mais ética, de mais justiça e equidade na aplicação das verbas naquilo que é realmente essencial à sociedade. Su-giro que se comece pela melhoria dos salários dos professores. Que tal equiparar o salário dos educadores da edu-cação básica ao patamar daqueles que trabalham no ensino superior? Poderia não ser a solução. Mas já seria um come-ço. Seria, pelo menos, um crédito, um aceno na di-reção de uma boa vontade com a educação. É claro que outras medidas precisam ser tomadas ao mes-mo tempo. Investimento em equipamentos escola-res, numa busca de condições para a implantação da escola de tempo integral (claro que com profes-

sores também de tempo integral e dedicação exclu-siva… com salários condizentes a isso, óbvio!!!). Muita coisa pode e precisa ser feita. Mas, não acre-dito em soluções que venham de cima para baixo, como uma benesse. É preciso um despertar das forças sociais e um tra-balho hercúleo de convencimento para a aplicação de verbas sólidas em educação. Deflagrar uma a-ção consciente, que consiga mobilizar grandes con-tingentes da população, de diversos segmentos, em todos os quadrantes do país, em todas as esferas, em todos os âmbitos, para orquestrar uma sinfonia educacional que não se perca nos ouvidos como mero “canto de sereia”. Que seja um eco verdadeiro, um ato de fé que se concretize em destinar verbas diretamente para a educação com TRANSPARÊNCIA, MONITORA-MENTO DE SUA APLICAÇÃO PELA POPULA-ÇÃO. Enfim, que não seja destinada apenas a engordar estatísticas, ou maquilagem numéricas (como vem acontecendo com certas divulgações de falsos a-vanços do país, avanços que não correspondem ao que realmente está acontecendo em nossas esco-las, com os nossos educadores e, claro, principal-mente com nossos alunos.) Nunca se falou tanto em educação. E, parece que, de novo, estamos vivendo uma época em que há um certo anestesiamento, uma certa banalização em torno desses discursos. Por que? Porque nos-sos ouvidos estão cansados de ouvir a cantilena que nunca se concretiza. Como se apenas palavras bastassem. Chega de falácias, de promessas, de “planos” que ficam apenas no papel.

A educação precisa é de RECURSOS e não de dis-cursos. Que tal 10% do PIB já? Seria um bom co-meço. Falar nisso, já pensou como e em quem vai votar nas próximas eleições?

Eduque o seu voto. Ele poderá representar o diferencial para uma edu-cação digna para o nosso País. Autor: José de Castro, mineiro-potiguar, é jornalista e escritor, ex-professor da UFRN.

Professor e a educação

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Setembro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 11

Bocejar pode ser um mecanismo de resfria-mento do cérebro, sugere um estudo reali-zado na universidade de Princeton, nos Es-tados Unidos.

A pesquisa reforça a tese de que a tempe-ratura dos cérebros é regulada com a troca de calor com o meio ambiente por meio dos bocejos.

Os pesquisadores documentaram a fre-quência dos bocejos em 160 voluntários no

Estado americano do Arizona durante um verão e um inverno. Eles concluíram que as pessoas tendem a bocejar duas vezes mais no inverno, quan-do a temperatura externa é muito menor do que a dos seus corpos.

Isto porque o ar mais quente do verão, quando a temperatura é parecida com a dos corpos, não proporcionaria tanto alí-vio para cérebros superaquecidos.

Andrew Gallup, que liderou a pesquisa, diz que a temperatura cerebral é influenciada pela quantidade de processamentos que o cérebro tem que fazer, a temperatura do sangue e a velocidade com que este san-gue corre pelo órgão.

Ele diz que cérebros superaquecidos tam-bém causam a sensação de tontura, o que explicaria porque bocejamos quando esta-mos com sono.

"Quando sua temperatura é mais alta você

tende a se sentir mais cansado. Pouco an-tes de dormir, a temperatura do seu corpo é a mais alta do dia", diz ele.

Ele diz que o estudo "é o primeiro que mostra que bocejos variam de acordo com a estação do ano".

"As implicações são intrigantes, não só em termos de conhecimento básico de fisiolo-gia, mas para entendermos melhor doen-ças como esclerose múltipla e epilepsia, que são geralmente acompanhadas por bo-cejos frequentes e disfunção termorregula-tória."

Um estudo anterior em ratos, publicado no ano passado e que teve a participação de Gallup, indicou que os bocejos são defla-grados pelo aumento rápido na temperatu-ra do cérebro, que diminui após a ativida-de. Fonte: BBC Brasil

Saúde

Tópicos para reflexão e mobilização

: A maioria dos países com menor ta-xa de cáries são africanos, onde a maioria da população possui dieta pautada em alimentação natural, pouco processada e o consumo de açúcar é extremamente baixo. - Pesquisa realizada pela Organização Mundi-al de Saúde revela que em países onde não há a fluoretação das águas de abastecimento o declínio de dentes careados na população é igual ou maior que nos países que inserem flúor em seus reservatórios. - Empresas de alumínio, para não arcar com as despesas de resíduos industriais contendo fluoreto, vendem o produto. - Os fluorssilicicos são resíduos de indústrias de fertilizantes e também contém contaminan-tes como o Arsênico, Mercúrio, Chumbo e ou-tros. Para onde vão estes resíduos? - Segundo a Associação Canadense de Médi-cos para o Meio Ambiente, a incidência de e-feitos tóxicos da fluoretação foi subestimada. Estudos mostram que o fluoreto é uma poten-cial imunotoxina, neurotoxina, embriotoxina e prejudicial para tecidos ósseos, incluindo os dentes. O excesso de flúor causa uma doença dental chamada fluorose. - Dentes desmineralizados podem ser adequa-damente tratados com aplicação tópica de flú-

or por um dentista. - 3.673 profissionais já assinaram um docu-mento para o fim da fluoretação da água. Den-tre os signatários encontra-se: Arvid Carlsson, Nobel de Medicina (2000), que declarou: "Nações que ainda praticam fluoretação de água deveriam envergonhar-se de si mesmas. - A Organização Mundial de Saúde alerta que casos iniciais de Fluorose osteoarticular po-dem ser diagnosticados como reumatóides ou osteoartrite. - Sendo cumulativo, somente 50% do Flúor ingerido diariamente é excretado pelos rins, o restante fica acumulado nos ossos, glândula pineal (levando à calcificação da mesma) e outros tecidos. - O Flúor altera enzimas onde o magnésio é um importante co-fator e carreia Alumínio para o cérebro, agravando o Alzheimer. - O Flúor induz dano na região do hipocampo cerebral, área ligada à hiperatividade e déficits cognitivos. - O Flúor acumula em ossos, tornando-os que-bradiços e aumenta a taxa de fraturas de baci-as em idosos. Dezenas de estudos de labora-tórios têm demonstrado que o Flúor é mutagê-nico e que é uma substancia carcinogênica. - Acumulando-se na glândula pineal, o Flúor reduz a produção de melantonina, hormônio importante na indução do sono e cuja redução pode levar ao inicio precoce da puberdade.

- Anteriormente, no século XX, o Flúor era prescrito por um certo numero de médicos eu-ropeus para reduzir a atividade da glândula tireóide, para aqueles que sofriam de hipertire-oidismo” (Merck Index, 1960, pg. 952, Wald-bott e colaboradores, 1978, pg 163). - O Flúor é, portanto, um depressivo tireoidia-n o , p o d e n d o l e v a r a hipotireoidismo e consequentemente a distúr-bios relacionados a ele, como depressões, fa-diga, aumento de peso, dores musculares, au-m e n t o d e c o l e s t e r o l e doenças cardíacas. - Alguns países onde não há fluoretação das águas: Alemanha, Hungria, Bélgica, Japão, Holanda, Áustria, Noruega, China, Dinamarca, Finlândia, Suécia.* Livros: O flúor e outros vilões da humanidade; Fluoride in Drinking Water; The fluoride deception; Fluoride – the aging factor; Saúde e beleza fore-ver; Fluoride – drinking ourselves to death?*

Colaboração: *Dra. Tatiana Cristina Sandy Reis *Cirurgiã-Dentista / Clínica Geral, Terapia Neural e Odontologia Neurofocal Hipnologia Condicionativa / Recondicionamento mental Especialista em Agricultura Orgânica / Biodi-nâmica, Fundadora e Coordenadora da Asso-ciação Ipê (entidade de saúde integral, sócio-ambiental e cultural).

Edição: Filipe de Sousa

Saúde x Flúor

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 12

Novos Autores - CULTURAonline Cortinas de renda

Lembras-te era junto a elas Que ouviamos a música

Besame Mucho,em que me pedias Beijos e eu os dava cheia de amor E é como dizia a música,tu o dizias

Beija-me muito, tenho medo seja última vez

Era um tempo de grande amor, o primeiro

Todo mundo girava à nossa volta Eramos os únicos no Universo Eram tuas férias junto a mim

Nos olhavamos,dois jovens enamorados Eram lindos teus olhos amendoados

Falavam coisas de amor Tua boca pedia meus beijos

E eu os dava com muito amor Outros tempos,o amor era recatado Mas mesmo assim o vivemos forte Mas o Universo fez outra escolha

E foste para outro amor,outros beijos Mas aquele quadro junto a uma Janelas com cortinas de renda

Jamais se apagará de mim E quando ouço a música...vivo

Com o mesmo amo raqui dentro Aquele momento...quem sabe

Fosse a despedida do nosso amor Onde estás,

verás essas cortinas de renda Brilhando junto das estrelas.

Sara Rosa

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O amor que nunca fiz

O amor que nunca fiz Tem o aconchego

De uma sala com velas espalhadas E o aroma de incenso de alecrim

O amor que nunca fiz

Tem o aroma de flores do campo Misturadas ao aroma do jasmim

Que enfeita meu jardim

O amor que nunca fiz Tem a grandeza das estrelas

A força do sol O encanto da lua

A delicia da brisa que vem pela janela Numa noite de verão Tem a cor do arco-íris

O esvoaçar das borboletas A docilidade da cantiga de ninar.

O amor que nunca fiz

Tem sabor de saudade Que meu peito invade E dilacera o coração.

Tem gosto amargo de clemência Pedindo pela não ausência

Do amado que não me quis.

O amor que nunca fiz Tem sabor de espera

De uma suave quimera Enraizada em mim.

Anna Mel (1/11/2009)

Não foi por acaso

Nosso amor, não foi por acaso. Muito menos coincidência

Foi construção Vontades cheias de fé

Merecimentos conquistados.

Um dia, plantei uma semente Em solo fértil e bem cuidado

A deitei na terra A cobri com ternos lençóis

e folhas secas, lençóis Lá no jardim da minha mente

E reguei pacientemente.

Soube esperar Porque amar é isso

É ser paciente Persistente... Saber esperar.

Assim vi essa semente Crescer Forte

Serena Vibrante em suas cores.

E hoje que nem criança Deito a seu lado

Em colo plntado... Cuidado. Onde gozo de sua sombra

Deslumbrado e sereno. Desfrutando

Dessa semente plantada Cuidada.. Acariciada

Mantida, preservada... E muito amada.

Jokafi -------------------------------------------

Mariposa

É tão bom viver assim Sonhando com castelos belos

Sente-se até o frescor do lugar As estrelas parecem maiores

O silencio é cortado delicadamente Pelas águas que correm lentamente Para não estragar a magia do lugar.

Tudo aqui é paz Tudo flui harmoniosamente

Nas noites e dias Assim vivo de sonhos Vivendo lentamente.

Sou a mariposa que se apaixonou pela estrela

Mas fica tão longe de mim Não sei se minhas asinhas

Poderão aguentar Tão longe voar

Mas não vou desistir Deste amor que parece impossível

Voarei todas as noites Cada vez mais alto

E quem sabe conseguirei À minha amada estrela chegar

E então lá pousarei E eternamente ficarei.

Anna Mel

REGULAMENTO

1. Tema: “PALAVRAS NA PRIMAVERA” 2. Objetivo: Repensar a PRIMAVERA, incentivando o jovem a trabalhar a ques-tão sob nova óptica, baseada no valor da vida, no respeito aos di-reitos e à dignidade da pessoa humana. O próprio apelo do tema se mostra vital para construir a compreensão e o respeito pelo es-paço comunitário, que nada mais é do que nosso “Lar social”. Des-tarte, o aprendizado da participação comunitária, da solidariedade, a coordenação das idéias e a expressão dos sentimentos na lin-guagem poético-literária levarão os participantes a reconhecerem e partilhar os dons da vida. 3. Justificativa: Não nos cabe mais manter uma postura contemplativa. A vida mo-derna nos impele a sairmos da reflexão. A busca da participação comunitária na resolução dos problemas sociais que nos afligem é um aprendizado diário que deve ser praticado e incentivado por todos nós, quer na qualidade de cidadãos, quer na de agentes pú-blicos. A cidadania, entendida como o cumprimento dos deveres e o exercício dos direitos de cada um de da sociedade como um todo é um dos aspectos mais marcantes da Democracia. O Concurso de Poesia vem facilitar a prática da participação e fornecer um canal de comunicação ao cidadão, aprisionado pela violência na sua roti-na de vida. A prevenção da violência se faz de modo prático e coe-rente com a necessidade cidadã de expor seus sentimentos usan-do as mais diversas formas de expressão. Ademais, nada como um tema de tal modo abrangente pelo apelo. l 4. Da Participação: Podem participar do Concurso de Poesias, alunos regularmente matriculados em escolas de ensino Médio e Faculdades, cidadãos comuns, poetas e escritores. 5. Da Poesia e Entrega: a. Cada concorrente poderá concorrer com apenas uma poesia, em uma lauda (no máximo trinta linhas) - referência básica; b. A poesia será avaliada quanto à originalidade, criatividade, coe-são e coerência temática; c. Deverão ser enviadas as obras para o email [email protected], com cópia para [email protected] 1) Uma cópia da poesia digitada em Software Word ou mais recente, acompanhada de um mini-currículo, em fonte Times New Roman, Tamanho 12, com espaçamento duplo, no Formato de papel tamanho A-4 com identificação do autor/concorrente na parte inferior (nome, endereço, telefone e correio eletrônico). 6 – Da Avaliação: A rádio “CULTURAonline”, a Diretora do Projeto Liane Rochek e o Editor Filipe de Sousa, serão os responsáveis pela ampla divulga-ção do tema, pela orientação e preparação dos autores, pela avali-ação inicial, orientação e pela seleção dos três melhores trabalhos – Posteriormente encaminhados para a redação do jornal Gazeta Valeparaibana, que se encarregará de fazer a publicação. 7 – Do Julgamento: O Coordenador da Comissão de Julgamento será o Jornalista UBI-RAJARA DE OLIVEIRA, Diretor do Jornal da Gente. Um júri composto por todos os profissionais da rádio, se encarre-gará então de decidir quais os classificados na seguinte ordem: 1º. 2º e 3º Lugar. 8 -Prazos e Cronograma: - Dia 03 de Outubro de 2011 - Lançamento do concurso. - Dia 05 de Outubro de 2011 – Início da divulgação do Concurso nos programas da rádio. - Dia 21 de Dezembro de 2011 (Término da Estação Primave-ra) – Data limite para recebimento das obras. - Mês Janeiro de 2012 – Julgamento. - 01 de Fevereiro de 2012 – Divulgação dos vencedores a-través do jornal Gazeta Valeparaibana e entrega das premi-ações. 9. Da Premiação: 1º. Colocado Troféu Formiguinhas do Vale de Literatura. 2º. Colocado uma placa de prata 3º. Colocado uma placa de prata Importante: Os três primeiros colocados ganharão um espaço por doze meses na página “Novos Autores” da Gazeta Valeparai-bana, onde poderão postar mensalmente uma poesia, crônica ou texto de sua autoria, o qual deverá ser aprovado pelo Editor res-ponsável. 10 - Prescrições Diversas: A decisão do júri é soberana, não cabendo recurso em qualquer instância. As poesias inscritas e ou selecionados poderão ser utilizadas pela Comissão julgadora e organizadora do concurso, objetivando a divulgação dos trabalhos comunitários executados, sem fins co-merciais. Os coordenadores do concurso representarão, para todos os fins, os atos referentes ao desenvolvimento do concurso, exposição dos trabalhos, seleção, classificação final e premiação. Poderão ocorrer alterações no decorrer do concurso, desde que haja concordância da maioria dos representantes da comissão e não acarretem prejuízos aos participantes.

Comissão Organizadora

Programa: Novos Autores Quintas-Feiras das 20 às 22 ho-ras

www.formiguinhasdovale.org Concurso Literário Emails para envio:

[email protected] [email protected]

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 13

E AGORA JOSÉ? O poema de Carlos Drummond de Andrade, “E Agora José” foi publicado em 1942, e continua muito atual. Neste poema, Drummond apresenta “José”. Um cidadão que vive resistindo às precari-edade das condições de trabalho, à implantação e afirmação de condutas autoritárias, à desigualda-de de privilégios concedidos à sociedade...

Foi inspirado neste poema, e contextualizando os problemas (que não mudaram muito, ou melhor, ficaram mais evidentes) que criamos o programa “E Agora José?”, exibido ao vivo todos os domin-gos das 18h às 20h na web-rádio CULTURAonli-ne da Gazeta Vale Paraibana.

Nesses poucos mais de 6 (seis) meses do progra-ma “E agora José?” como temos visto, ouvido e tratado de diversos assuntos a respeito da edu-cação em nosso país e que nos deixam pasmos. Como é que podemos imaginar um país que se diz emergente, que é tratado como emergente, mas que tem a qualidade da educação de um pa-ís subdesenvolvido? Cuja educação nunca foi tra-tada como prioridade?

Nós já estamos cansados de saber, mas o desca-so está tão escabroso que chega a doer. Vale lembrar que na época do “José” do Drummond, a escola pública era para poucos (elite), e que quando abriu-se a escola pública “para todos” re-solveram sucateá-la e diferenciar a educação de qualidade para poucos e a escola “domesticadora e produtora de mão de obra barata” para todos.

As tendências pedagógicas oriundas do movimen-to da Escola Nova, no Brasil, foram largamente utilizadas para desconstruir tudo o que se espera-va deste movimento. A vitrine que seria uma es-cola da liberdade se tornou uma doutrina da pro-dução em massa de uma sociedade anestesiada e iletrada.

Governos e mais governos já se passaram e tan-tos outros passarão e não conseguimos divisar um porto seguro. Temos a impressão que as Se-cretarias da Educação e seus secretários asse-melham-se às Escolas de Samba, pois cada um tem o seu enredo, suas fantasias e alegorias.

Cantam, dançam na esperança de ganharem o 1º lugar.

E nós? Meros, professores espectadores, ainda continuamos torcendo para ver no que irá dar. Quando é que de espectadores passaremos a fazer parte da “troupe”. Sim, sermos atores, parti-cipativos. Quando é que irão perguntar para nós como resolver esse “imbróglio” educacional?

São bilhões de reais investidos (ou desviados?) e qual o retorno disso? Quase nenhum. Investiu-se em Salas de Informática (que não funcionam) e qual o resultado? Sofrível. Haja visto que, o servi-ço oferecido depende da toda magnânima Telefô-nica, campeã de reclamações no PROCON.

O interessante é que só o governo não sabe dis-so. Investiram em bônus para o professor por co-tas (chamada erroneamente de mérito) e qual o resultado? Nulo! Vale lembrar que o berço desta mirabolante ideia (Nova Iorque) já a aboliu, pois descobriu o óbvio: Agraciar professores por em-purrar alunos para série seguinte não traz resulta-dos qualitativos.

E aí nos perguntamos: continuamos sendo o quintal desse que se propaga o “salvador do mun-do”? Até quando? Será que nossos pedagogos de plantão não são competentes o suficiente? Ou não são ouvidos? Prá que importar ideias? Os resultados são pífios, insuficientes para a manu-tenção do sistema. O próprio mercado de trabalho reclama da qualidade dos alunos que soltamos todos os anos.

Perguntamos: E AGORA JOSÉ? Claro, iremos copiar, copiar e copiar (fazemos o que aprende-mos na escola). Se lá acabou, aqui também irá terminar, afinal temos que ser coerentes com nos-so espelho.

Os nobres representantes do povo votam o au-mento dos seus próprios salários, muitas vezes na calada da noite. Daí acharmos interessante a reflexão, pois para seu deleite, é fácil organizar reformas orçamentárias, aliás, muito dinheiro, a julgar pela quantidade de impostos que se paga nesta república de Josés. Mas, para a educação não se propõem emendas orçamentárias.

Nós professores já não aguentamos mais séculos e séculos de descaso com a carreira do magisté-rio. Observamos alguns pipocos de greves. Mas falta uma organização nacional junto à população.

Por hora, acreditamos que professor é uma espé-cie em extinção e de alguma forma deveríamos ser protegidos. Basta verificar a quantidade de cursos de licenciaturas que não conseguem for-mar turmas.

O programa E agora José, desde o início, se pro-pôs a falar e expor as feridas, mesmo que elas doam, mas acreditamos que a dor também faz parte do aprendizado. E se algum dia todos esses problemas forem resolvidos, de alguma forma re-solvidos e nós fizermos a pergunta:

E agora José?

Iremos responder:

José, agora você é um cidadão livre. Pronto para ir aonde quiser. Da maneira que quiser. Com quem quiser. Agora sim José, você é um brasilei-ro. Comece a sonhar

Quanto à nós? Professores Ivan e Omar? Iremos para casa. Fecharemos nossos microfones para sempre e dormiremos o sono dos justos, pois não mais se justificará o programa.

PROGRAMA E AGORA JOSÉ

Autores:

Prof.Ivan Claudio Guedes

Prof. Omar de Camargo.

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NOTA DA REDAÇÃO:

Este programa é uma produção independente de responsabilidade editorial de seus apresentado-res, que vai ao ar todos os Domingos das 18h às 20h pela CULTURAonline, acessível, pelos links:

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Todos pela educação

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A Gazeta Valeparaibana, um veículo da OSCIP “Formiguinhas do Vale”, organização sem fins lucrativos, somente publica matérias, relevantes, com a finalidade de abrir discussões e reflexões dentro das salas de aulas, tais como: educação, cultura, tradições, história, meio ambiente e sustentabilidade, responsabilidade social e ambi-ental, além da transmissão de conhecimento.

Assim, publica algumas matérias selecionadas de sites e blogs da web, por acreditar que todo o cidadão deve ser um multiplicador do conhecimento adquirido e, que nessa multiplicação, no que tange a Cultura e Sustentabilidade, todos devemos nos unir, na busca de uma sociedade mais justa, solidária e conhecedora de suas respon-sabilidades sociais.

No entanto, todas as matérias e imagens serão creditadas a seus editores, desde que adjudiquem seus nomes nas matérias publica-das. Caso não queira fazer parte da corrente, favor entrar em conta-to. < [email protected] > JUNTE-SE A NÓS.

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 14

12 de Outubro - Dia de algumas crianças

As desigualdades econômica, étni-ca, regional e urbano-rural, entre outras, não só impedem o acesso a bens como determinam o suces-so de crianças e jovens brasilei-ros, consolidando as diferenças.

Os números estatísticos do IBGE refletem o posto do Brasil de país com maior concentração de renda do continente. E mais: as dificulda-des de crianças e adolescentes de hoje em ter acesso a educação e saúde representam o fantasma de manutenção dessa desigualdade.

Cerca de 29 milhões de brasileiros negros menores de 18 anos, por exemplo, têm duas vezes mais chances de serem pobres do que os brancos.

O Norte e o Nordeste apresentam os piores índices. Lá, os jovens têm quatro vezes mais possibilida-de de morrer antes de completar um ano de idade e 16 vezes mais chances de não aprender a ler e a escrever na comparação com a-queles que vivem nas regiões Sul e Sudeste.

Cerca de 8.200 crianças nascem por dia no Brasil. Num país insis-tentemente desigual, cada um desses meninos e meninas já vem ao mundo com mais ou menos chances de superar a pobreza de acordo com sua etnia, a renda de sua família, a escolaridade de sua mãe e a região onde nasceu.

O relatório Situação da Infância e Adolescência Brasileiras, lançado pelo UNICEF traz dados sobre as diferenças de acesso a serviços de saúde e educação entre crian-ças pobres e ricas, que vivem em áreas rurais ou urbanas, que cres-cem no sul ou no norte do país e mostra como estes fatores deter-minam as oportunidades que a-quele bebê, que acaba de nascer, terá na vida.

Desses 8.200 brasileiros que nas-cem por dia, cerca de 1.500 são da região nordeste.

Cada uma deles terá um quarto da chance de completar o primeiro ano de vida dos nascidos no sul ou no sudeste. “Quase metade deles serão negros e terão duas vezes mais chance de não fre-quentar o ensino fundamental, em comparação com as crianças brancas”.

Dois “Brasis”

A pobreza infantil varia também de acordo com o local onde a criança e o adolescente vivem, já que a renda segue concentrada princi-palmente nos Estados do sudeste e sul. No Maranhão, 75% das cri-anças e dos adolescentes são po-bres, contra 22% dos que moram em São Paulo. Crianças mara-nhenses têm, portanto, mais de três vezes mais possibilidade de ser pobres do que crianças paulis-tas.

O percentual de crianças e adoles-centes vivendo em domicílios sem infra-estrutura adequada também tende a ser maior nos Estados do nordeste e norte e menor no sul e sudeste.

No Acre, quase metade das crian-ças e dos adolescentes vive em domicílios sem acesso à água po-tável, contra 1,7% em São Paulo. Isso significa que as crianças que moram no Acre têm 29 vezes mais possibilidade de não ter abasteci-mento de água do que as crianças que moram em São Paulo.

No Piauí, metade das crianças e adolescentes vive em domicílios sem acesso a saneamento ade-quado, contra 0,9% no Distrito Fe-deral.

Comparativamente às demais cri-anças e adolescentes do país, a-queles que moram em Estados da região norte ou nordeste têm qua-tro vezes mais chances de morrer antes de completar um ano de ida-de e 16 vezes mais possibilidade de não ser alfabetizados.

Um círculo vicioso

Crianças pobres estão inseridas em ciclos de pobreza e exclusão. Quando esse paradigma não é rompido, elas serão pais e mães de crianças também pobres. As-sim, crianças mal nutridas cres-cem e se tornam mães mal nutri-das que acabam dando à luz be-bês com baixo peso; pais que ca-recem de acesso a informações

cruciais tornam-se incapazes de alimentar e cuidar de suas crian-ças de forma saudável e pais anal-fabetos têm mais dificuldades de ajudar no processo de aprendiza-gem de seus filhos.

Para se transformar esse círculo negativo em positivo, a redução da iniquidade e da pobreza deve ter uma atenção maior para com a infância”, aponta o texto. Como recomendação, o documento acre-dita que o primeiro passo é o au-mento dos investimentos públicos, principalmente do Estado, em á-reas que afetam mais diretamente as crianças e adolescentes, como a saúde e a educação.

Atualmente, mesmo se os recur-sos disponíveis fossem canaliza-dos para a infância e adolescên-cia , não seriam suficientes.

Mas tamanho investimento de na-da serviria se não se preocupasse em ser aplicado de forma a acabar com desigualdades como as raci-ais e regionais. Uma pequena mu-dança na distribuição de renda, por exemplo, pode ter um efeito importante no crescimento ou na diminuição da pobreza. E assim fazer com que todo o ano não ti-véssemos que entender que o Dia das Crianças, no Brasil, não é pa-ra todas as crianças.

A desigualdade social acontece quando a distribuição de renda é feita de forma diferente sendo que a maior parte fica nas mãos de poucos. No Brasil a desigualdade social é uma das maiores do mun-do. Por esses acontecimentos e-xistem jovens vulneráveis hoje principalmente na classe de baixa renda, pois a exclusão social os torna cada vez mais supérfluos e incapazes de ter uma vida digna.

Filipe de Sousa ---------------------------------------------

Integra de uma carta recebida de um adolescente.

< enviada á redação >

Muitos jovens de baixa renda crescem sem ter estrutura na fa-mília devido a uma série de conse-qüências causadas pela falta de dinheiro sendo: briga entre pais, discussões diárias, falta de estu-do, ambiente familiar precário, e-ducação precária, más instala-ções, alimentação ruim, entre ou-tros.

A desigualdade social tem causa-do o crescimento de crianças e jovens sem preparação para a vi-da e muitos deles não conseguem oportunidades e acabam se tor-nando marginais ou desocupados, às vezes não porque querem, mas sim por não sobrarem alternativas. Outro fator que agrava essa situa-ção é a violência que cresce a ca-da dia.

Podemos perceber que o ódio que faz com que uma pessoa se torne violenta sempre tem razões anteri-ores.

Na maioria das vezes que vemos depoimentos de pessoas envolvi-das com violência, as mesmas ti-veram na infância situações onde o pai era ausente ou se presente espancava a mãe, a miséria fazia com que os pais vendessem dro-gas por um prato de comida, pais entregavam filhos para adoção ou até mesmo abandonavam os filhos ao invés de tentar reverter à situa-ção.

Na maioria dos casos, as pessoas hoje violentas, foram vítimas de abuso sexual quando mais jovens e essa série de situações trazem embutidos o desejo de vingança não só dos malfeitores, mas tam-bém das autoridades que sabem de todos esses possíveis aconteci-mentos e não tomam posição.

Hoje traficantes têm tomado o po-der da maioria das cidades brasi-leiras e prejudicado cidadãos de bem com o intuito de atingir as au-toridades.

A cada dia que passa pessoas são mortas, espancadas e abusa-das para que alguém excluído do mundo mostre que alguma coisa ele sabe fazer, mesmo que isso seja ruim.

O fato é que, as autoridades deste País são as principais causadoras desse processo de desigualdade que causa exclusão e gera violên-cia.

É preciso que os responsáveis por este País projetem uma vida mais digna e uma boa educação para essa camada da população tão abandonada e desprotegida, que pensem mais em educar do que em procurar bodes expiató-rios. Fonte: ocultada (menor de idade)

Não esqueça Dia 12 de Outubro programa especial na CULTURAonline - Crianças a raiz de nossa futura sociedade - a partir das 10h

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Outubro 2011 Gazeta Valeparaibana Página 15

Festas e tradições Aqui, é particularmente importante fixarmos esta data de 17 de Outubro de 1717, porque existia dúvi-das sobre a data exata da chegada de Sua Excelên-cia, o Governador da Capi-tania, a Guaratinguetá. A mencionada Revista do Patrimônio Histórico e Ar-tístico Nacional, publican-do o Diário completo da

viagem, eliminou definitivamente todas as contro-vérsias sobre a data.

Na véspera, a Câmara Municipal contratou diver-sos pescadores para trazerem uma boa quantida-de de peixes, que seriam preparados para o ban-quete, que foi elaborado com todo o requinte, ob-jetivando agradar o Governador e sua comitiva.

Acesso ao Porto de Itaguaçú

PREPARATIVOS

Estavam no anoitecer do dia 16 de Outubro de 1717 e a temperatura era agradável, com uma suave brisa que agitava as ramadas das árvores. Os pescadores fizeram seus preparativos, coloca-ram as canoas no Rio Paraíba e remaram em busca dos peixes, fazendo os primeiros lanços de rede no porto de José Correia Leite.

Com bastante habilidade e perícia, lançavam e recolhiam a rede em diversos lugares, mas os pei-xes não apareciam. As horas corriam ligeiras, o r e -

lógio já marcava 23 horas, sem que as redes dos barcos espalhados em diferentes áreas, conse-guissem trazer um peixe sequer.

Desiludidos, quase todos os pescadores abando-naram a pescaria aproximadamente a meia-noite, certos de que aquele dia não era próprio para a pescaria, como diziam: " os peixes tinham sumido do rio". Só permaneceu um barco, com Domingos Alves Garcia, seu filho João Alves e Felipe Pedro-so, cunhado de Domingos e tio de João.

PORTO DE ITAGUAÇÚ

Já rompia o dia com o clarão dos primeiros raios de sol, e os três pescadores estavam bem distan-tes do local onde iniciaram a pescaria. Aproxima-vam-se do porto de Itaguaçu, sem que seus esfor-ços tivessem sido recompensados com uma boa quantidade de peixes. O Rio Paraíba que era o sustento deles, nunca tinha se portado assim, tão hostil. Mas não podiam desanimar, porque preci-savam do dinheiro que receberiam com a venda dos peixes. Tinham sérios compromissos à serem atendidos e também, não é todo dia que chega um visitante ilustre em Guaratinguetá para ensejar-lhes a oportunidade de comercializar muitos pei-xes. Era uma chance que precisava ser aproveita-da. Por causa da visita do Governador da Capita-nia, tinham sido recomendados pelo pessoal da Câmara: "se levassem muitos peixes seriam bem remunerados".

João Alves, o mais jovem, chegou a exclamar: "será que pescaram todos os peixes do rio e es-queceram de nos avisar?" E no silêncio da madru-gada só se ouvia o riso humorado dos três, que sem compreenderem o que acontecia, comenta-vam o fato com tranquilidade de espírito e plena aceitação da ocorrência , sem apelações, impro-périos ou qualquer manifestação rancorosa. Sem dúvida, precisavam dos peixes e lutavam tenaz-mente para conseguí-los, mas aceitavam com dig-nidade o fracasso da pescaria.

Agora estavam no porto de Itaguaçú ... O suor brotava de suas fontes morenas, queimadas pelo sol, enquanto perseverantemente insistiam na fai-na de lograr êxito na pescaria. E aí aconteceu o imprevisível...

O rio Paraíba, que nasce em São Paulo e desá-gua no litoral fluminense, era limpo e piscoso em 1717, quando os pescadores Domingos Garcia,

Felipe Pedroso e João Alves resgataram a ima-gem de Nossa Senhora Aparecida de suas águas. Encarregados de garantir o almoço do conde de Assumar, então governador da província de São Paulo, que visitava a Vila de Guaratinguetá, eles subiam o rio e lançavam as redes sem muito su-cesso próximo ao porto de Itaguaçu, até que reco-lheram o corpo da imagem. Na segunda tentativa, trouxeram a cabeça e, a partir desse momento, os peixes pareciam brotar ao redor do barco.

Durante 15 anos, Pedroso ficou com a imagem em sua casa, onde recebia várias pessoas para rezas e novenas. Mais tarde, a família construiu um oratório para a imagem, até que em 1735, o vigário de Guaratinguetá erigiu uma capela no alto do Morro dos Coqueiros.Como o número de fiéis fosse cada vez maior, teve início em 1834 a cons-trução da chamada Basílica Velha. O ano de 1928 marcou a passagem do povoado nascido ao redor do Morro dos Coqueiros a município e, um ano depois, o papa Pio XI proclamava a santa como Rainha do Brasil e sua padroeira oficial.

A necessidade de um local maior para os romei-ros era inevitável e em 1955 teve início a constru-ção da Basílica Nova, que em tamanho só perde para a de São Pedro, no Vaticano. O arquiteto Benedito Calixto idealizou um edifício em forma de cruz grega, com 173m de comprimento por 168m de largura; as naves com 40m e a cúpula com 70m de altura, capaz de abrigar 45 mil pes-soas. Os 272 mil metros quadrados de estaciona-mento comportam 4 mil ônibus e 6 mil carros. Tu-do isso para atender cerca de 7 milhões de romei-ros por ano.

Editoração: Filipe de Sousa

. CULTURAonline Acessível pelos sites: www.gazetavaleparaibana.com e ou

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Deus, para a felicidade do homem, inventou a fé e o a-mor. O Diabo, invejoso, fez o homem confundir fé com

religião e amor com casamento.

Machado de Assis

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MUNDOMUNDOMUNDOMUNDO

Mecha de cabelo pode desvendar mistério de imigração

humana a partir da Austrália Uma mecha de cabelos ajudou uma equipe internacional de pesquisadores a desven-dar o genoma de aborígenes australianos e reescrever a história da imigração dos hu-manos pelo mundo.

O DNA retirado dos cabelos doados por um jovem aborígene a um antropólogo britâni-co em 1923 demonstrou que aborígenes australianos foram o primeiro grupo a se separar de outros grupos humanos moder-nos, há cerca de 70 mil anos. E isto desafia a teoria que afirma que houve uma única fase de diáspora, vinda da África.

Enquanto as populações de aborígenes cruzavam a Ásia e a Austrália, o restante dos humanos permaneceu na região do norte da África e no Oriente Médio até 24 mil anos atrás, saindo apenas depois disto para colonizar a Europa e Ásia.

Mas, os aborígenes tinham se estabelecido na Austrália há 25 mil anos e, portanto, es-tavam há mais tempo no local onde vivem atualmente do que qualquer outra popula-ção conhecida.

A pesquisa, publicada na revista Science, também destaca as novas possibilidades de, no futuro, comparar os genomas de vá-rios indivíduos para rastrear a imigração de

pequenos grupos.

Diferenças

Restos arqueológicos encontrados na Aus-trália tiveram a idade calculada em cerca de 50 mil anos, o que determinava a idade má-xima dos assentamentos de aborígenes no continente.

Mas a história da jornada deste grupo e sua relação com povos da Ásia e Europa ainda não tinha sido desvendada.

Anteriormente se pensava que os grupos humanos modernos tinham se dispersado em apenas uma onda a partir da África e do Oriente Médio e, devido às distâncias en-volvidas, os europeus modernos teriam se separado dos asiáticos e dos australianos em primeiro lugar.

Mas, estas informações do DNA retiradas da mecha de cabelo aborígene mostravam que os australianos iniciaram sua jornada bem antes.

Ao examinar as pequenas diferenças entre o DNA de aborígenes e de outros humanos antigos, os cientistas mostraram que os indígenas australianos ficaram isolados pe-la primeira vez há 70 mil anos.

François Balloux, do Imperial College de Londres e que participou da pesquisa, des-creveu como "uma população se expandiu pela costa devido à fartura de recursos na região. Eles podiam andar quase pelo cami-nho todo, pois o nível do mar era bem mais baixo". Apenas uma pequena viagem pelo mar era necessária para alcançar a Austrá-lia a partir da Ásia.

Mas, qualquer vestígio arqueológico desta jornada, que durou cerca de 25 mil anos, deve estar perdido no fundo do mar, devido ao aumento do nível das águas.

Parque dos Dinossauros

Técnicas de análise de DNA como as que foram usadas neste estudo poderão ser u-sadas de forma mais ampla para analisar as imigrações humanas.

A equipe internacional de cientistas agora

planeja examinar mais profundamente a imigração dos humanos modernos a partir da África além de tentar descobrir como e quando as Américas foram colonizadas.

Balloux afirmou que está animado com o potencial desta técnica, descrevendo-a co-mo um tipo de ciência que é "quase (como a mostrada no filme) Parque dos Dinossau-ros".

A pesquisa foi feita a partir de uma mecha de cabelo doada por um jovem aborígene a um antropólogo britânico em 1923.

Os pesquisadores decidiram examinar a mecha de cabelo e não outro tipo de resto por razões legais, já que cabelo não é clas-sificado como tecido humano.

"O mais importante para nós que a pesqui-sa fosse aceitável de um ponto de vista so-cial e moral", disse François Balloux.

Para surpresa dos cientistas, todos os con-sultados apoiaram a pesquisa. Balloux afir-mou que, no passado, grupos indígenas sempre foram "extremamente sensíveis a respeito das motivações de cientistas oci-dentais" neste tipo de pesquisa.

Mas, o último estu-do foi publicado com "forte apoio" do Conselho de Terra e Mar de Goldfields, a orga-nização que repre-senta os proprietá-

rios tradicionais de partes da Austrália oci-dental, aborígenes

Fonte: BBC Brasil

Responsabilidade Social

Edição nº. 47 Ano IV - 2011

Sustentabilidade Social e Ambiental - Educação - Reflorestamento - Desenvolvimento Sustentável