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Set/15 “É proibido fotografar” #EuDivulgo Natureza Venha participar Todos podem! A gestão dos parques brasileiros ignora os milhares de fotógrafos de natureza amadores e a divulgação das redes sociais Em diversos parques é comum uma pessoa com câmera grande ser proibida de fotografar

É proibido fotografar

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Os amigos da natureza pedem que ICMBio, Fundação Florestal e outros órgãos passem a tratar a população como aliados, e não como infratores por princípio. Se não for pelo uso público dos parques, como salvar a natureza brasileira? Brazilian parks do not treat people as allies in conservation, and sometimes even forbid photograph. Meetings in September 2015 may be the start of change. Brasil, Natureza, Brazil, Nature, Birdwatching, #EuDivulgoNatureza, Parques Brasileiros, Brazilian Parks

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Page 1: É proibido fotografar

Set/15

“É proibido fotografar”

#EuDivulgo Natureza

Venha participar Todos podem!

A gestão dos parques brasileiros ignora

os milhares de fotógrafos de natureza

amadores e a divulgação das redes sociais

Em diversos parques

é comum uma

pessoa com

câmera grande

ser proibida de

fotografar

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Cartazes lançados em jun/2014, para a campanha “Se foto bonita divulga, por que os parques dificultam?” http://virtude-ag.com/liberdade/

Page 3: É proibido fotografar

Uma das panfletagens divulgadas no Facebook

Page 4: É proibido fotografar

Há anos os birdwatchers e fotógrafos,

especialmente os da AFNatura, têm lutado

pelo direito de fotografar e divulgar.

Em julho de 2015 uma das panfletagens de

fotógrafos amadores chamou a atenção do

presidente do ICMBio, o sr. Cláudio Maretti,

que abriu um canal de comunicação no próprio

Facebook. Esta revista traz a síntese dos

principais argumentos.

Os trechos em verde são transcrições de

alguns depoimentos das 140 pessoas que

se manifestaram no post do sr. Maretti. Os

trechos em roxo são comentários feitos por

birdwatchers em outras esferas de discussão.

Page 5: É proibido fotografar

A gestão dos parques brasileiros não

reconhece o poder que a população tem de

valorizar, promover e proteger uma área

natural. Em geral somos tolerados, tratados

com distanciamento, ou hostilizados, tratados

como infratores por princípio.

Agora há indícios de mudanças.

Nos dias 23 e 25 de setembro de 2015

ICMBio e Fundação Florestal farão reuniões

com amigos da natureza. Nossa expectativa é

que comecem as mudanças na relação com

as pessoas.

Os países que têm sucesso na gestão das

suas áreas naturais tratam a população como

aliados, conseguem atrair ou criar grupos de

colaboradores, e sabem que quanto mais

gente visitando e divulgando, melhor para o

parque.

Page 6: É proibido fotografar

É proibido fotografar e divulgar a natureza brasileira

O país com a maior biodiversidade do

planeta tem pouquíssimas publicações

e documentários sobre seu maior

tesouro. Se não bastasse o descaso

federal, a gestão dos parques públicos

inibe o envolvimento da população.

Não há sequer uma página sobre

fotografia nos sites das autarquias. A

Instrução Normativa do ICMBio enfatiza

as restrições e taxas, e a Portaria da

Fundação Florestal só fala de controle,

taxas e obrigações.

Dentro dos parques muitas pessoas

são proibidas de fotografar com base

no tamanho da câmera.

Page 7: É proibido fotografar

Por que as pessoas são proibidas de fotografar em parques públicos?

“Seu equipamento é

profissional e você não

pode fotografar sem

autorização”

Em geral esta é a abordagem dos

seguranças. E engana-se quem acha

que é um problema de empresa

terceirizada: em vários casos, são os

funcionários dos parques que mandam

os seguranças abordarem pessoas com

câmeras maiores do que compactas.

Mesmo quando o segurança fala de

forma polida, a sensação é sempre

de profundo desgosto.

Page 8: É proibido fotografar

“[E preciso] revisão dessa prática tão

equivocada de se proibir fotografia em

unidades de conservação, baseado no

tamanho do equipamento. Já fui

proibido de fotografar, nesse tipo de

local, simplesmente pelo tamanho da

lente, que na cabeça do segurança me

classificava como profissional. Oxalá

fosse assim!! Sou somente um amante

da natureza que adora fotografia e

nunca obtive lucro com uma foto que

seja. Mesmo que fosse profissional,

qual o crime a se cometer??”

Page 9: É proibido fotografar

“Adoro e quero sempre estar em

contato com a natureza, tenho orgulho

do meu país e quero mostrá-lo para o

mundo! Nosso país é maravilhoso! E

por conta do meu amor pela fotografia,

mais de aves, tive a oportunidade e o

prazer de conhecer lugares que nunca

imaginaria existir.

O que mais gosto é de poder fotografar

e me sinto muito bem fazendo isso.

Fico triste quando sou abordada por

seguranças perguntando se tenho

autorização para fotografar nos locais,

muitas vezes mais de uma vez por

manhã. A natureza é um patrimônio

público e merece ser mostrada!”

Page 10: É proibido fotografar

“Até hoje não tive muitos problemas

com a questão que se discute aqui,

mas os poucos que tive me deixaram

extremamente angustiado e, ao mesmo

tempo, revoltado por ter me sentido um

criminoso quando o que eu estava

fazendo não era nada mais do que

praticar um hobby extremamente

saudável e que deveria ser muito

incentivado pelos gestores públicos

deste país”.

“Presenciei no Parque do Povo e no

Jardim Botânico de SP, algumas

pessoas desejarem tirar fotos e serem

repreendidas por seguranças

despreparados e sem discernimento...

chega a ser uma situação no mínimo

ridícula e constrangedora.”

Page 11: É proibido fotografar

“Temos debatido muito essa questão

da proibição da fotografia em UC, onde

muita vezes somos barrados por

ingenuidade ou desconhecimento da lei

por parte das pessoas que nos

permitem o ingresso. Julgam-nos

profissionais simplesmente analisando

o porte do equipamento, que todos

sabem, a maioria de nós usa

equipamento potente por conta da

complexidade das fotos de aves.

Investimos muito dinheiro nesse hobby

e poucos ganham alguma coisa com

isso. É muito constrangedor saber que

nos países vizinhos (Peru, Uruguai e

Argentina) somos bem recebidos e

contamos com estrutura para exercer

esse hobby sem restrição, e em muitos

lugares no nosso País, somos barrados,

mal-tratados e muitas vezes

humilhados, quando não, sujeitos a

uma imensa burocracia que acaba com

o prazer de fotografar.”

Page 12: É proibido fotografar

A Lei 9.985 de 18 de julho de 2000

instituiu o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação – SNUC e

definiu que uma das finalidades dos

parques é turismo ecológico e

recreação em contato com a natureza.

Não existe turismo sem fotografia.

Isso vale para parques nacionais,

municipais, estaduais.

Veja ao lado a referência.

Page 13: É proibido fotografar

“Não há proibição alguma em se fotografar

dentro de parques. Ao contrário, a atividade

é uma daquelas para as quais os parques

são criados: turismo ecológico. Isso está

claro na Lei 9.985 de 18 de julho de 2000,

que instituiu o Sistema Nacional de

Unidades de Conservação – SNUC, onde

vários critérios são estabelecidos, e que

valem para todas as unidades de

conservação. No Art. 4o parágrafo XII

‘favorecer condições e promover a

educação e interpretação ambiental, a

recreação em contato com a natureza e o

turismo ecológico;’. No Art. 11o, que define

especificamente sobre parques, está lá

escrito: ‘O parque... tem como objetivo

básico... o desenvolvimento de atividades

de educação e interpretação ambiental, de

recreação em contato com a natureza e de

turismo ecológico.’ Essa característica,

definida pelo SNUC, vale para todos os

parques, independentes de serem federais,

estaduais ou municipais. A regra é a mesma

pra todos. Hoje em dia, não faz sentido

imaginar turismo ecológico sem fotografia,

seja com que equipamento for”

Page 14: É proibido fotografar

“A fotografia com fins comerciais

depende de autorização da unidade

gestora do parque, e isso também tá

definido em lei. O absurdo, nesse caso,

se resume em deduzir que um visitante

que queira entrar com equipamento

que parece ser mais caro só pode ser

um profissional e, portanto, vai entrar

na unidade com intenção de fazer fotos

comerciais. Eles não se importam que

um visitante tire fotos, desde que seja

com máquinas compactas ou

celulares”.

Page 15: É proibido fotografar

“Interessante essa ‘dedução’ por parte

dos fiscais e porteiros. Já que você tem

o recurso pra cometer o delito, eles

partem do pressuposto que você vai

cometê-lo, então proíbem logo na

entrada.

Isso me lembra aquele texto irônico

da mulher que estava com varas e

molinetes no barco e foi acusada de

pescar em lugar proibido. Ela disse que

não estava pescando. Mas o guarda

disse que ela estava com todo o

equipamento pra isso, mesmo que não

estivesse usando, e que iria multá-la

por isso. Então ela disse que ia acusar

o guarda de estupro. Ele argumentou

que não tinha feito nada com ela. E ela

rebateu da mesma forma, que ele tinha

todo o equipamento pra isso”.

Page 16: É proibido fotografar

Caburé-da-amazônia, Glaucidium hardyi,

Amazonian Pygmy-Owl

Robson C

zaban

Page 17: É proibido fotografar

Qualquer pessoa com um mínimo de

informação sabe que é absurdo achar

que a posse de uma câmera grande

significa que a pessoa é fotógrafo

profissional (ou achar que alguém com

um celular ou uma compacta não pode

fazer fotos comerciais).

Qualquer pessoa com um mínimo de

conexão com a realidade sabe que

quanto mais fotos circulando, melhor

para a divulgação de um lugar.

Ao restringir, taxar, complicar, proibir, os

gestores estão dizendo

“não me importo com a explosão

das câmeras digitais, ou os 90

milhões de usuários do Facebook.

Não me importo com a divulgação

da natureza brasileira”

Page 18: É proibido fotografar

Alguns parques têm gestores escla-

recidos que incentivam a fotografia.

Outros variam entre ignorar a fotografia

e as redes sociais, a complicar tudo,

como exigir que para tirar fotos de

natureza, a pessoa vá até o parque

para retirar uma autorização que valerá

apenas para o dia seguinte, e se quiser

fotografar de novo, precisa pedir nova

autorização.

“Não faz sentido restringir a visitação

dos observadores da natureza. Ao

menos no Parque Nacional da Serra do

Cipó incentivamos fortemente essa

visitação. Que visitem o Parque com

equipamentos de primeira linha (ou com

máquinas modestas), mas que o visitem

com sua imensa sede de conhecimento

e com sua grande vontade de colaborar

com a conservação!”

Page 19: É proibido fotografar

A maioria dos birdwatchers só tira fotos e

não deixa mais do que pegadas. As fotos

contribuem para a ciência cidadã, para a

divulgação, e em alguns casos ajudam a

evitar a destruição do lugar.

Cla

ud

ia K

om

esu

Page 20: É proibido fotografar

“Eu colaboro com o MMA, Ibama,

ICMBio e muitos órgãos ambientais de

todo o País há mais de 30 anos. E

sempre vi uma relação harmônica entre

esses órgãos e as pessoas que

realmente estão interessadas em

promover a conservação da natureza.

Asseguro: não há segmento mais

eficiente e ativo nesse aspecto do que

observadores e fotógrafos de aves.

Infelizmente, de um tempo para cá,

começaram a surgir regras e mais

regras que apenas têm tolhido a prática

e seu desenvolvimento na esfera

nacional. Não entendo os porquês

disso tudo. Imagens de nossa

biodiversidade têm papel excepcional

para a educação e são mecanismos

excepcionais para a conservação.”

Page 21: É proibido fotografar

Quando falamos dessas situações de

pessoas sendo proibidas de fotografar,

alguns supõem que é um problema de

leis antiquadas, mas não é.

O Decreto Estadual 25.341/1986, que rege

os parques estaduais diz:

“As atividades desenvolvidas ao ar livre,

passeios, caminhadas, escaladas,

contemplação, filmagens, fotografia,

piqueniques, acampamentos e similares

devem ser permitidos e incentivados, desde

que se realizem sem perturbar o ambiente

natural e sem desvirtuar as finalidades dos

Parques Estaduais”.

A Portaria da Fundação Florestal, a FF 175,

publicada em 2012 diz:

“Art. 13o – A utilização de imagens das

Unidades de Conservação sem a devida

autorização ou em desacordo com os termos

da autorização concedida, configura além de

infração administrativa, crime ambiental com

base nos artigos 40 c/c 52 e 68 da Lei no

9605 de 12 de fevereiro de 1998, e portanto

seu infrator fica sujeito às penalidades

cabíveis.”

Page 22: É proibido fotografar

O Decreto de 1986 era um texto a favor

do cidadão. A Portaria de 2012, assinada

pelo sr. Olavo Reino Francisco, não tem

menção positiva à população. Só fala de

cobrança de taxas, infrações, obrigações

de ceder material.

A portaria FF175/2012 é tão desumana,

que chega a ser compreensível que

funcionários dos parques estaduais

digam pras pessoas “proibido publicar no

Facebook”, ou obriguem as pessoas a

assinarem dois formulários quando elas

dizem que vão fazer divulgação do parque

num blog, ou informem por telefone que

se você quer fotografar natureza precisa

chegar tal horário, conversar com fulano,

e a autorização poderá ser concedida, ou

não, você só descobrirá na hora.

Page 23: É proibido fotografar

“Afastar-nos do nosso direito

inalienável de frequentar as UC é, além

de um anacronismo inaceitável, uma

medida burra, ao transformar um aliado

na luta pela preservação num

espectador alheio e frustrado”.

“(as) mídias sociais que diariamente

nos bombardeiam com milhões de

fotos belíssimas (muitas feitas em

celulares). Interessante notar que a

maioria esmagadora dessas imagens

que nos chegam são de locais e

parques de fora do nosso país, tão rico

em diversidade e beleza.”

Page 24: É proibido fotografar

“No mundo todo os parques modelo de

gestão são exatamente aqueles onde

há uma integração grande com a

população. (...) Fotografar a fauna e

flora não oferece quase impacto algum,

gera renda local (guias, pousadas,

restaurantes), gera orgulho local, e

propaga o conhecimento daquela UC.

Só se preserva aquilo que se conhece,

e nisso os fotógrafos, especialmente os

profissionais, têm papel fundamental.”

Page 25: É proibido fotografar

“Sou coordenador do maior site

brasileiro sobre mergulho, o Brasil

Mergulho, e tenho contato com vários

fotógrafos e cinegrafistas em todo o

Brasil. Já lidei com o ICMBio várias

vezes, participo de um grupo de

conservação da Laje de Santos em SP e

tenho alguns amigos gestores nesta

entidade.

A experiência me mostrou que essas

tentativas de proibição de captação de

imagens vêm afastando as pessoas da

natureza, fazendo com que muitas

acabem perdendo seu interesse no

assunto e, pior, divulgando ainda

menos a necessidade de conservação

das áreas. Tenho vários exemplos aqui

no Brasil...”

Page 26: É proibido fotografar

Pica-pau-lindo, Celeus spectabilis,

Rufous-headed Woodpecker

Cla

ud

ia K

om

esu

R

obson C

zaban

Page 27: É proibido fotografar

Um vazio cultural

Quantos livros e documentários sobre a

natureza brasileira, parques nacionais,

estaduais e municipais você já viu?

Não é só uma questão de interesse: se

você pesquisar na Livraria Cultura,

Amazon, Google, verá que um dos

motivos para lembrar de poucos ou

nenhum título é o fato de existirem

pouquíssimas publicações ou

documentários sobre o país com a

maior biodiversidade do planeta.

A valorização da natureza nunca foi

foco do governo federal. O desinteresse

é compreensível dada a importância

econômica do agronegócio. Entretanto,

a cada ano aumenta a quantidade de

brasileiros que entendem como o

modelo brasileiro está errado.

Page 28: É proibido fotografar

“Muito mais impactante do que clics de

fotógrafos (mesmo em uma eventual

demasia) é a total apatia da população

civil ante os avanços criminosos da

bancada ruralista que pouco a pouco

destrói a legislação de proteção

ambiental e que mira o desmonte da

regulamentação de várias UCs. E tal

apatia é alimentada pela falta de

informação. A divulgação ampla, geral e

irrestrita de nossas maravilhas naturais

protegidas em Parques Nacionais, entre

outros, pode ser uma forma de sacudir

muitos apáticos, e quem sabe enchê-

los de paixão por nosso patrimônio

natural, e de motivação para ajudar em

sua proteção.”

Page 29: É proibido fotografar

“Sabemos que não há interesse no

governo em fortalecer a gestão

ambiental no país, ao contrário, é

agressão atrás de agressão, então

afastar pessoas dos parques é uma

forma de colaborar com quem deseja a

extinção de muitos deles. Gente ligada

a empreiteiras adoraria a extinção dos

parques na Amazônia, o povo do

agronegócio sonha com toda a soja que

poderiam plantar sobre os parques do

Cerrado e os mineradores torcem para

o esquartejamento do Serra da

Canastra. Sem contar os demais”.

Page 30: É proibido fotografar

As autarquias proíbem e inibem a divulgação da natureza brasileira

Quando você planeja uma viagem para outro

país, encontra facilmente muitas imagens e

referências sobre os locais mais famosos.

No caso do Brasil, um dos maiores bancos

de imagem do mundo diz que não pode

aceitar fotos dos parques nacionais

brasileiros, nem mesmo para uso editorial:

Brazil National Parks

Content which has been shot in Brazil National

Parks are unacceptable for editorial or

commercial use without permission from IBAMA*

Some of these parks include:

• Brasilia National Park

• Iguacu National Park

• Tijuca National Park (including Pedra da

Gávea)

• Serra dos Orgaos

• Aparados da Serra

• Jardim Botanico

• Chapada Diamantina National Park http://www.shutterstock.com/blog/contributor-

resources/legal/stock-photo-restrictions/

[*o correto seria ICMBio]

Page 31: É proibido fotografar

A postura de buscar controle total e o

máximo de taxas impede o florescimento

de qualquer iniciativa de divulgação e de

trabalho em parceria com a população.

O Brasil tem milhares de fotógrafos

amadores. Com incentivo e parceria, os

gestores poderiam ter essas pessoas

como grandes aliados na divulgação dos

parques.

Em vez disso, os fotógrafos são tratados

ou como um visitante comum (e não

alguém com potencial para ser um

multiplicador), ou como infratores por

princípio.

Obs: Apesar da orientação oficial da Shutterstock, em

11/09/15 vimos que há diversos vídeos feitos em

parques nacionais brasileiros, à venda, entre US$ 19 a

US$ 79. Pesquise brazilian national parks.

Page 32: É proibido fotografar

Temos enfrentado a maior crise hídrica

da historia brasileira. Há fatores

climáticos com diversas variáveis, mas

ficou impossível negar que o problema

foi acentuado pelo desmatamento.

Gestores e população sabem que

o desmatamento traz diversas

consequências graves, mas quantas

pessoas estão dispostas a lutar pela

preservação do meio ambiente?

Page 33: É proibido fotografar

Como se importar com algo que você nem sabe que existe?

O engajamento por uma causa

depende de muitos fatores. Quando a

pessoa decide se engajar costuma ser

uma decisão motivada por um forte

caráter emocional. Muitos voluntários

de associações passaram pela doença

ou foram vítimas da violência e

injustiça que essas associações

combatem.

No caso do meio ambiente, como a

destruição da natureza deixa de ser

apenas mais uma das coisas erradas

no mundo para ser algo que você está

disposto a doar dinheiro, agir,

defender?

Page 34: É proibido fotografar

“Enquanto a paixão pela fotografia de

natureza, em especial das aves, não

havia entrado na minha vida eu mal

prestava atenção nos problemas para a

preservação das nossa biodiversidade.

Simplesmente, era algo que não fazia

parte do meu dia a dia!

Isso mudou radicalmente a partir do

momento em que a fotografia e

observação das aves passou a ser um

hobby associado ao convívio com a

natureza. Passei a prestar atenção nos

assuntos correlatos, na conservação

das florestas e de nossa enorme

biodiversidade. Mais do que isso,

passei a fazer palestras em parques

municipais da cidade do Rio de Janeiro

sobre observação de aves, onde na

parte introdutória chamo atenção para

a importância da preservação de

nossas matas e o papel de destaque

que o observador de aves passa a ter

nessa ação em prol da natureza.”

Page 35: É proibido fotografar

Há pelo menos uma forma infalível: você se apaixona pela natureza

Por algum motivo você começa a fazer

cada vez mais passeios em meio à

natureza, seja para caminhar, escalar,

fotografar, pedalar, observar. Não

acontece com todo mundo, mas várias

pessoas se enamoram pelo o que

veem.

O ambiente não é apenas uma forma

de conseguir um troféu, uma meta,

uma foto curtível, mais um check pra

lista de aves que você já viu: você

entende que aquele lugar está cheio de

vida e beleza. Passa a prestar atenção

nas notícias, denúncias. E entende que

a situação brasileira é péssima e cada

vez pior, e que se não agirmos a

natureza continuará sendo destruída

na taxa de dezenas de milhares de

quilômetros quadrados. http://www.oeco.org.br/noticias/28238-brasil-perdeu-

5-2-milhoes-de-hectares-de-unidades-de-conservacao/

Page 36: É proibido fotografar

“Uma das razões que fez eu me

apaixonar pela biologia foram as fotos

de gente como Araquém Alcântara,

Haroldo Palo, entre outros. Algumas

imagens estão na minha memória há

décadas, e meu desejo era buscar cada

uma delas. Algumas eu já tiquei na

minha lista. Mas essa lista de imagens

precisa ser renovada para que as novas

gerações sejam seduzidas da mesma

forma que eu fui.”

Page 37: É proibido fotografar

“Tenho compartilhado fotografias da

natureza em prol da saúde das pessoas

e como forma de resgatar algo que nos

seres humanos temos perdido a cada

dia que é um profundo e respeitoso

contato com a natureza. Quanto mais

restringirmos, mais contribuímos para

esse afastamento e talvez um dia, seja

tarde demais para revertermos esse

quadro.”

Page 38: É proibido fotografar

“Acho que o fotógrafo de aves hoje

acaba desempenhando um papel de

‘cientista cidadão’ ao divulgar e

incentivar a preservação da natureza

através da documentação das

maravilhas que ainda podemos

encontrar em nossas matas. São as

imagens e os vídeos que acabam

‘puxando’ muitas pessoas em prol da

conservação, à medida em que se

encantam com os animais e a flora.

Não faz o menor sentido burocratizar

uma atividade que, respeitando a

natureza, não gera impacto ambiental e

ainda ajuda a atrair mais pessoas para

o ‘time’ da conservação. Imagina se o

Brasil fosse um país com milhões de

observadores de aves, como é a

Inglaterra?”

Page 39: É proibido fotografar

“Há que se pensar em soluções

criativas para a educação ambiental,

colocar fotógrafos como parceiros das

UCs ministrando cursos de fotografia e

promovendo o espírito de preservação,

desenvolver atividades educativas com

público jovem usando inclusive a

fotografia profissional e amadora como

motivadores desse processo. Isso é tão

óbvio que frequentemente surge entre

amigos meus fotógrafos a indagação

sobre os verdadeiros motivos dessas

restrições.”

Page 40: É proibido fotografar

Os filhos de birdwatchers aprendem desde cedo a valorizar a natureza. Foto feita em uma das Passarinhadas de Apoio ao Tanquã.

Page 41: É proibido fotografar

Acreditamos que não está longe o fim

da proibição à fotografia de natureza.

Entretanto isso não é suficiente, não

queremos apenas ser tolerados.

A natureza sofre com as políticas

públicas que a cada ano diminuem as

verbas de investimento nos parques, e

vão destruindo os próprios parques.

O único caminho possível para

preservar a natureza é se unir à

população, criar envolvimento

emocional, fazer as pessoas gostarem

dos parques e se importarem com eles.

Page 42: É proibido fotografar

“Em Manaus temos o triste exemplo do Parque

Estadual Sumaúma. O parque fica no meio da

área mais populosa da cidade, o bairro Cidade

Nova. Antigamente o parque foi invadido por

casas irregulares do lado direito. Ninguém teve

que sair. Todas as invasões ainda estão lá.

Recentemente, uma parte do lado norte foi

desmatada para a construção de um shopping. E

agora, o lado esquerdo será todo derrubado para

a expansão de uma grande avenida. Aos poucos,

o parque vai sendo cortado, ficando cada vez

menor. Isso poderia ser evitado se a população

que frequentasse o parque se mobilizasse no

sentido de não permitir a sua destruição. Mas,

para isso, o parque deveria ter um grande

número de frequentadores. Só que não tem. E

não tem porque o parque não recebe recursos.

Fica a maior parte do tempo fechado para

reformas que nunca começam ou nunca

terminam (...) Quando participei de uma das

reuniões em que se debatia a questão de se

diminuir a área do parque para a expansão da

avenida, um dos argumentos que escutei,

favorável à avenida, era que esta iria trazer

muitos benefícios a toda a população, e o

parque, ao contrário, não era frequentado pelos

moradores locais. Se essa linha de raciocínio for

predominante, quanto menos gente frequentar

um parque, mais fácil acabar com ele”.

Page 43: É proibido fotografar

“Em parques que são sucesso de

público, como Itatiaia, Iguaçu, ou a

Água Mineral em Brasília (PN de

Brasília), é muito difícil que o governo

consiga aprovar qualquer coisa que vá

de encontro à manutenção dessas

unidades. A gritaria é geral. A

população rapidamente se mobiliza

para evitar o dano ao parque. Cada

frequentador é um defensor em

potencial daquela área. E, dentre esses

frequentadores, o pior tipo é aquele

mais esclarecido, que pode divulgar pra

todo mundo as belezas dos parques,

através das fotos tiradas de seus

equipamentos ditos profissionais. E que

vai divulgar na imprensa, na Internet,

nas redes sociais, todo crime que for

praticado lá dentro, ou mesmo no

entorno”.

Page 44: É proibido fotografar

“A fotografia da natureza, no seu

sentido mais amplo, possui um poder

magnético sobre a alma das pessoas e

tem muito a oferecer para o Brasil e

para os brasileiros; nossos parques são

um patrimônio que possuímos mas que

ainda desperdiçamos seu potencial na

burocracia, na falta de informação ou

vontade política.”

Page 45: É proibido fotografar

“Trabalho com turismo de base

comunitária junto a população do

entorno do PESM em Ubatuba.

Utilizando a observação de aves numa

comunidade tradicional conseguimos

transformar caçadores em fotógrafos e

guias exemplares. Aprendi com eles o

que passei a chamar de inclusão

ambiental. Hoje são defensores e

multiplicadores da preservação e

valorização da natureza”.

Page 46: É proibido fotografar

O Tanquã, em Piracicaba SP, já teria sido destruído se não fosse a mobilização pública, apoiada pela circulação de muitas fotos feitas no local

Cla

udia

Kom

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Page 47: É proibido fotografar

Quanto mais gente andando nos parques, mais fotos, mais divulgação, mais visitas. Além de menos caçadores e menos palimiteiros

Cla

udia

Kom

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Page 48: É proibido fotografar

Somos a favor do uso público dos parques

O presente texto tem foco no

birdwatching, mas somos a favor da

participação de todos os amante da

natureza, Quanto mais gente nos

parques, maior a valorização do meio

ambiente.

Lemos as notícias sobre a

Transcarioca, e a quantidade de

voluntários que apareceram no dia do

mutirão para demarcação das trilhas,

em 2014, (eram esperadas 300

pessoas, apareceram mil). Sem nem

precisar mencionar casos de outros

países, esse evento prova o que é

possível conseguir quando as pessoas

são tratadas como parceiros.

http://www.oeco.org.br/pedro-da-cunha-e-

menezes/29138-trilha-transcarioca-um-

trabalho-de-muitos/

Page 49: É proibido fotografar

“Chama o povo pra dentro das UCs!

Coloca todo mundo pra conversar e

vamos planejar a minimização dos

potenciais impactos dessas atividades,

rotacionar trilhas, determinar

capacidade de carga, estabelecer

calendário de atividades, etc. Eu troco

fácil um caçador ou um palmiteiro por

100 montanhistas - na hora! Que

nossos parques façam jus ao nome:

parque. Que recebam montanhistas,

observadores de aves, canoistas/

rafting, mergulhadores e até mesmo

pessoal de mountain bike pode ter

espaço se for bem planejado!”

Page 50: É proibido fotografar

“Fotógrafos da natureza também são

‘fiscais ambientais’, não se esqueçam!

Em primeiro lugar essa atividade é por

amor à natureza, e quem ama,

protege... Bem como outros grupos,

como espeleólogos amadores,

montanhistas, caiaqueiros...”

Page 51: É proibido fotografar

Somos a favor do fim das restrições aos fotógrafos de natureza profissionais

A grande maioria dos birdwatchers são

amadores que nunca terão qualquer

lucro com a atividade. Mas defendemos

o fim das restrições à fotografia

comercial, ou melhor, no mínimo que

fique bem clara a diferença entre

trabalho editorial e publicitário.

No caso de gravação de um comercial

de uma empresa como a Jeep faz

sentido haver cobranças de taxas. Mas

os regulamentos atuais tentam cobrir

qualquer atividade que envolva

dinheiro, mesmo a venda de uma foto,

mesmo a publicação de um livro. Essa

postura é um grande desincentivo à

divulgação dos parques, tanto que o

resultado é este vazio cultural.

Page 52: É proibido fotografar

“O ponto que talvez seja mais polêmico é

sobre o uso das fotografias e das taxas.

Creio que em publicações editoriais,

revistas, livros de arte, livros didáticos,

jornais e uso na internet a publicação

deveria ser livre de qualquer taxa ou

autorização, pois os valores recebidos

muitas vezes não pagam as despesas da

produção ou as viagens são custeadas com

recursos de projetos sempre deficitários e

com um esforço de anos para serem

viabilizados.

Em muitos casos as fotografias são

baixadas automaticamente de bancos de

imagem e o fotógrafo só irá saber do uso

em relatórios mensais. Fica inviável pedir

autorização para cada publicação.

Outro fato importante a ser levado em

conta é a divulgação das UCs sem custo

algum para o governo. Levando em

consideração que as publicações são caras

e empresas pagam para assessorias um

bom recurso para terem seus nomes

vinculados na mídia. Os resultados são

medidos em cm2. O custo de uma matéria

espontânea tem um valor ainda maior por

não ter um caráter oficial. Olhando por este

ângulo o ICMBio está na realidade

economizando um valor substancial com a

área editorial.“

Page 53: É proibido fotografar

“Vou tentar explicar que existe uma

distância quase infinita entre a

fotografia editorial e publicitária, e isso

parece que não é percebido por

autoridades. Apenas para exemplificar,

se uma foto editorial vale 50 reais, a

mesma fotografia na publicidade pode

valer 10.000 reais. Parece que pensam

que fotógrafos editoriais ganham como

publicitários, rios de dinheiro. Estamos

é atolados nas margens e bancos de

areia do jornalismo atual, profissão que

está sendo destruída pela era digital e

web. Por causa disso, a fotografia

editorial, como profissão, está quase

morta - ou já morreu. Com a fotografia

digital, todos são fotógrafos amadores

e profissionais ao mesmo tempo.”

Page 54: É proibido fotografar

“Ao contrário do que pensam alguns

gestores, o profissional de fotografia de

natureza não é rico e as vezes até

passa por dificuldades”.

Page 55: É proibido fotografar

“Todo dia fico pensando como seria

maravilhoso para o Brasil se ao invés

de usar drogas, álcool e fazer besteiras

nas ruas, os nossos jovens tivessem

outras paixões como a observação e

fotografia da natureza. (...) Por favor,

não deixe que a burocracia que

emperra este país também crie suas

raízes neste segmento! A divulgação da

nossa fauna e flora através de lindas

imagens compartilhadas na internet ou

mesmo publicadas em revistas e livros

SÓ traz benefícios para o futuro dessa

nação”.

Page 56: É proibido fotografar

“Assim como eu cresci encantado com

a nossa natureza colecionando álbuns

de figurinhas de animais e lendo

revistas sobre o tema, nossos jovens

também podem ter essa mesma

vivência e, quem sabe, fazer um

pouquinho mais para salvar nossa tão

ameaçada biodiversidade. Falo isso

não apenas como "birder" e fotógrafo,

mas também como professor. Além do

mais, como já foi dito, a fotografia é

uma GRANDE aliada da ciência, no

momento em que ajuda na divulgação

científica e ampliação do conhecimento

sobre biogeografia, ecologia, etc. Enfim,

apenas desejo que os Senhores que

estão no poder público repensem essa

questão, ou então discutam ainda mais

para conseguirmos chegar a um

consenso. Nossa natureza agradece!”

Page 57: É proibido fotografar

Corruíra-do-campo na Flona Floresta Nacional de Brasília DF, guiado por Jonatas Rocha e em companhia do Grupo Observaves, em 19/01/2014

Cla

udia

Kom

esu

Fe

rnando C

arv

alh

o

Page 58: É proibido fotografar

Fatos sobre os quais não pairam dúvidas

1. Fotografia divulga, promove,

registra, denuncia, mobiliza.

2. Fotos compartilhadas nas redes

sociais circulam entre milhares de

pessoas e são capazes de criar

interesse e engajamento.

3. Quanto mais fotos, mais divulgação

para um local.

4. Uma pessoa não pode ser

discriminada pelo tamanho da

câmera. A posse de um

equipamento que parece ser caro

não significa que ela é um

profissional.

Page 59: É proibido fotografar

5. Quanto mais bonita a foto, mais

atenção chama. Não faz o menor

sentido taxar os profissionais ou

pessoas com equipamentos mais

potentes.

6. Vender foto ou fazer um livro que

divulga o local não pode ser uma

atividade taxada como é agora. A

cobrança de taxas só faz sentido

para gravação de comerciais,

filmes, e outras grandes ações

publicitárias.

Page 60: É proibido fotografar

Periquito-rico Brotogeris tirica na saudosa RPPN

Guainumbi em São Luís do Paraitinga – SP, um dos

locais que incentivou em muitos o amor pela natureza

Cla

udia

Kom

esu

Page 61: É proibido fotografar

Agradecemos à SAVE

Brasil e ao Wikiaves pelo

apoio público à liberdade

para fotografar e divulgar a

natureza brasileira

Page 62: É proibido fotografar

“A SAVE Brasil (Sociedade para

Conservação das Aves do Brasil) gostaria de

parabenizar o sr. Cláudio Maretti por abrir o

diálogo sobre este assunto tão importante

tanto para a conservação das aves quanto

para as áreas naturais.

A observação de aves vem crescendo muito

nos últimos 10 anos. Atualmente estima-se

que existam 30 mil observadores de aves

no Brasil, sendo em sua maioria pessoas

que tem como hobby a fotografia de aves e

que disponibilizam as mesmas na

plataforma web WikiAves. Vale destacar,

que esses registros fotográficos estão

contribuindo com o conhecimento científico

sobre as aves brasileiras e sendo utilizados

inclusive pelo ICMBio durante oficinas de

avaliação do status de espécies de aves

ameaçadas. Além disso, as fotografias

podem ajudar a gerar listas de aves para

determinadas UCs e auxiliar com o

conhecimento ornitológico das unidades.

(Declaração da SAVE Brasil – continua)

Page 63: É proibido fotografar

A fotografia também tem um papel

muito importante para divulgar tanto as

aves quanto as unidades de

conservação, despertando o interesse

da população para conhecer as áreas

naturais. Estamos enfrentando um

momento crítico com a crise da

biodiversidade e um dos grandes

fatores contribuintes é a falta de

conexão entre as pessoas e a natureza,

fazendo com que elas não consigam

compreender a importância da

conservação das áreas naturais. As

aves aliadas à fotografia têm sido uma

fonte de inspiração para reconectar as

pessoas com a natureza.

(Declaração da SAVE Brasil – continua)

Page 64: É proibido fotografar

No Brasil temos diversos casos de

pessoas que não tinham ligação

nenhuma com meio ambiente e,

através da fotografia de aves, se

tornaram atuantes defensores da

conservação das espécies e seus

habitats. Um caso emblemático é a

grande mobilização dos observadores

de aves contrária às obras da barragem

de Santa Maria da Serra que causará o

alagamento do bairro Tanquã

(conhecido como “Pantanal Paulista”)

no município de Piracicaba, interior de

São Paulo. Inclusive, os dados que

embasaram a nota técnica enviada ao

Ministério Público relatando a

importância da área para a avifauna

foram levantados por observadores de

aves.

(Declaração da SAVE Brasil – continua)

Page 65: É proibido fotografar

Entendemos que uma das

preocupações com relação aos

observadores de aves fotógrafos é o

uso abusivo do playback, que em

alguns casos e para determinadas

espécies realmente pode ser danoso.

No entanto, não acreditamos que a

proibição seja o caminho, mas sim

campanhas educativas sobre o correto

uso do equipamento.

(Declaração da SAVE Brasil – continua)

Page 66: É proibido fotografar

A SAVE Brasil defende que os

observadores de aves devem ser vistos

e tratados como importantes aliados

para a conservação. Ter os

observadores como parceiros das

Unidades de Conservação pode trazer

inúmeros benefícios, como a divulgação

das belezas naturais do local e a

geração de renda para as comunidades

locais e para a própria UC. Os

observadores/fotógrafos também

contribuem com o conhecimento

ornitológico que pode auxiliar em

questões de manejo da UC, já que as

aves são ótimas indicadoras da

qualidade ambiental.

Os observadores de aves são um dos

maiores aliados na valorização, defesa

e disseminação do rico patrimônio

natural Brasileiro.

Colocamos-nos à disposição para

contribuir com a discussão.

Cordialmente,

Equipe da SAVE Brasil”

Page 67: É proibido fotografar

Uma imagem vale mais do que mil palavras.

Fotos aumentam o interesse pelo local. Qual o

sentido de restringir a fotografia?

Gavião-real Harpia harpyja, Parauapebas - PA

Cla

udia

Kom

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Page 68: É proibido fotografar

Reinaldo Guedes Sou fundador e

administrador do site WikiAves, a maior

comunidade online de observadores de

aves brasileiros e segundo site mais

acessado no mundo no segmento. Há

dois anos, em parceria com a Fundação

Boticário e a SAVE Brasil, criamos uma

funcionalidade no site com os limites

territoriais das Unidades de

Conservação segundo os dados do

próprio ICMBio. Exibimos as áreas das

UCs em um mapa interativo com o

objetivo de chamar a atenção dos

usuários e INCENTIVAR os

observadores a CONHECER e VISITAR

as UCs, esse foi o objetivo principal do

projeto. Paralelamente, criamos uma

página para cada UC

(Exemplo:http://www.wikiaves.com.br/

areas:pn_itatiaia:inicio) e passamos a

contabilizar os registros dos

observadores feitos nestas áreas,

trazendo estatísticas de número de

espécies, lista de espécies, número de

observadores, etc.

Page 69: É proibido fotografar

Vejo que alguns gestores do ICMBio estão

caminhando no sentido oposto e não

enxergam as vantagens de incentivar a

fotografia nestes locais. Para se ter uma

ideia da relevância da fotografia da

natureza, repare que o WikiAves foi citado

em DIVERSAS espécies da última Lista

Espécies Ameaçadas

do ICMBio (Exemplo:http://www.icmbio.gov.

br/.../lista.../5724-especie-5724.html). O

que mostra que o ICMBio já está se

beneficiando dos dados gerados pela

ciência cidadã, que no Brasil se projeta

principalmente através da fotografia. Além

dessa lista, existem diversas outras

publicações científicas se beneficiando dos

dados gerados pelos fotógrafos/

observadores, alguns deles podem ser

encontrados nas páginas de retrospectiva

do WikiAves. Somente de 2013 a 2014

foram 26 publicações que tomamos

conhecimento.

Aqueles que ainda acham que a fotografia

da natureza deve ser restringida devem

conhecer esses dados e repensarem sua

postura. http://www.wikiaves.com.br

Page 70: É proibido fotografar

Nossos objetivos

1 – Fim das restrições e proibições à

fotografia de natureza. Sabemos que

os parques precisam ter regulamentos,

e não achamos que as pessoas podem

fazer o que quiserem, na hora que

quiserem. Mas acreditamos que foi

possível explicar o quanto as restrições

à fotografia de natureza prejudicam a

própria natureza.

2 – Pedimos página nos sites das

autarquias dizendo que a fotografia de

natureza é bem-vinda e não há mais

discriminação contra o equipamento.

Sabemos que há dificuldades com

budget, mas imaginamos que uma

nova página no site é algo com custos

muito baixos.

Page 71: É proibido fotografar

3 – Pedimos o fim da abordagem feita

por seguranças, mesmo em parques

municipais que têm fotógrafos de

books. Não vamos opinar sobre quais

devem ser as regras para os fotógrafos

de books (o correto é que eles se

manifestem e dialoguem com os

gestores), só queríamos dizer que é

extremamente fácil discernir um

fotógrafo de natureza de um fotógrafo

de book. Portanto não há motivo para

um fotógrafo de natureza ser abordado

por um segurança. Enquanto as

pessoas continuarem sendo tratadas

dessa forma, será difícil desenvolver

laços com os parques.

Page 72: É proibido fotografar

4 – Início de uma mudança cultural:

queremos que os gestores reconheçam

que é preciso se unir à população.

Sabemos que não é um pedido simples

ou fácil, mas não vemos outro caminho

possível. Os parques precisam de mais

visitação, mais divulgação, mais gente

para se apaixonar pela natureza e lutar

pela preservação. Ou é isso, ou vamos

continuar tendo milhões de hectares

desafetados, fim da zona de

amortecimento, mineração dentro dos

parques, a cada ano menos verbas de

investimento na estrutura dos parques

e para fiscalização contra

desmatamento, palmiteiros e

caçadores.

Page 73: É proibido fotografar

5 – A boa vontade em atrair mais

birdwatchers e fotógrafos de aves para

os parques seria uma demonstração

importante do início da mudança

cultural. Vários parques abrem às 8h,

mas têm seguranças 24h. Se o gestor

tiver boa vontade, é possível fazer um

acordo para que os seguranças do

parque permitam que as pessoas

entrem mais cedo. Se houver questão

de compra de ingresso e ainda não

estiver implantada a sugestão de passe

anual, a pessoa pode pagar o ingresso

na saída.

Page 74: É proibido fotografar

6 – Reconhecimento que o pagamento

de taxas só faz sentido para a fotografia

publicitária, como em situações de

gravação de comercial de grandes

empresas.

Pequenos documentários, livros, venda

de fotos, cartaz, criação de brinquedos,

jogos, camiseta, são atividades que não

deveriam sofrer taxas.

Criem uma política que incentive as

pessoas a apresentarem o projeto ao

parque, e eventualmente firmar uma

parceria para a produção e venda do

produto. Mas deixem para trás essa

redação e postura de controle total, que

acaba com qualquer iniciativa.

Page 75: É proibido fotografar

7 – O uso do playback não é um

consenso nem entre os birdwatchers.

Mas esperamos que ele não seja

proibido. Não existem estudos que

comprovem que playback faz mal às

aves, e as decisões de uma autoridade

deveriam sempre se basear em

conhecimento. Devemos conversar

sobre as formas de usar o playback,

mas não podemos ignorar o quanto ele

atrai iniciantes.

Uma das autoridades ornitológicas dos

Estados Unidos defende a ideia de que o

playback talvez cause menos impacto do

que uma pessoa sentada quieta

esperando a ave aparecer

http://www.sibleyguides.com/2011/0

4/the-proper-use-of-playback-in-

birding/

Page 76: É proibido fotografar

8 – Muitas pessoas não gostam da

ideia de comedouros com frutas ou

bebedouros para beija-flores.

Mas gostaríamos que os gestores

considerassem quantas pessoas

poderiam se apaixonar pela natureza,

ao ver com os próprios olhos e de perto

belezas que elas nem imaginavam

existir.

As plantas atrativas são o cenário ideal,

mas para um iniciante, nada como ver

as aves no limpo, de perto, em

comedouros. Bebedouros higienizados

não causam mal a beija-flores, e no

caso dos comedouros, qual a diferença

entre comer banana ou mamão direto

da árvore ou numa tábua de madeira?

Page 77: É proibido fotografar

Graças aos bebedouros de água com açúcar

Page 78: É proibido fotografar

Nossas expectativas

Vários gestores das Unidades de

Conservação Federal são pessoas

esclarecidas, a favor da divulgação da

natureza e de atrair mais pessoas para

os parques. Talvez a mudança cultural

para se aproximar da população não

seja tão difícil. O ICMBio já teve um

diretor que era extremamente favorável

ao uso público dos parques, o sr. Pedro

Menezes, que não por acaso está

envolvido na criação da Transcarioca.

Esperamos também que o ICMBio

atenda aos pedidos da AFNatura para

que nossa natureza possa se beneficiar

do talento dos fotógrafos profissionais.

Page 79: É proibido fotografar

No caso dos parques estaduais e

municipais, apesar de também haver

gestores esclarecidos que incentivam a

fotografia e a visitação, há diversos

relatos da absurda proibição de

fotografar natureza. Essas atitudes, e

várias frases burocráticas que ouvimos,

combinam com a FF 175/2012.

Esperávamos uma luta difícil com as

unidades estaduais, mas para nossa

surpresa, a Ouvidoria da Fundação

Florestal deu uma resposta

extremamente positiva:

Page 80: É proibido fotografar

“Agradecemos o envio de sua mensagem e desde já

sinalizamos que as considerações feitas são

pertinentes, provocando uma reflexão institucional

sobre o assunto;

Com o intuito de termos um alinhamento da questão

em todas as Unidades de Conservação (UCs)

gerenciadas pela Fundação Florestal no Estado de São

Paulo, estamos interagindo com os Gestores de UCs

que tem uma abordagem diferenciada sobre o tema e

orientam seus colaboradores (monitores e vigilantes)

para que não só permitam a entrada dos observadores

de aves com seus equipamentos, mas também

indiquem os melhores locais dentro da Unidade para

observação de determinadas espécies, respeitando os

documentos de gestão e o zoneamento da unidade.

Citamos como exemplo o Núcleo Caraguatatuba do

Parque Estadual da Serra do Mar e o Parque Estadual

de Intervales;

Como resultado da interação supracitada

organizaremos uma proposta de ordenamento da

atividade de observação de aves, bem como

identificaremos as orientações necessárias às equipes

técnicas das diferentes UCs geridas pela Fundação

Florestal, para o melhor aproveitamento possível desta

atividade

Att,

Erika Faccin Casari

Ouvidora

[email protected]

Page 81: É proibido fotografar

Os representantes do ICMBio e da Fundação

Florestal planejam fazer reuniões com os

birdwatchers agora em setembro. A Fundação

Florestal, por meio do sr. Carlos Eduardo

Beduschi, nos disse que assumiu o compromisso

de iniciar até o final do ano um processo de

mudanças.

Sabemos que há forças contrárias, mas temos

esperança de que os gestores esclarecidos, que

sabem que é preciso se unir à população para

cuidar da natureza, conseguirão vencer com o

apoio de todos nós.

Para se manter a par do assunto, cadastre-se no

grupo “(Não) É proibido fotografar”

https://www.facebook.com/groups/7952334604

95803/

Page 82: É proibido fotografar

“Será que proibir fotografia e

desincentivar o uso público dos

parques é apenas uma simples

interpretação errada da lei ? Se for (e

eu espero que sim), bastaria uma série

de conversas entre as partes. O bom

senso irá prevalecer, a lei será

cumprida, e poderemos percorrer as

trilhas em paz. Mas, se não for, se o

objetivo por trás é nos fazer ir embora e

procurar outro lugar, pra que a área

verde seja apenas uma “poupança”

para futuras negociações políticas, sem

visitantes esclarecidos e com poder de

fogo, então essa briga vai longe, e está

só começando”.

Page 83: É proibido fotografar

Ariramba-de-cauda-ruiva, Galbula ruficauda,

Rufous-tailed Jacamar. No Parque Nacional de

Brasília-DF, que nós, que moramos aqui desde

de quase sempre, chamamos de Água Mineral.

Fern

ando C

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Page 84: É proibido fotografar

O playback e a nossa presença no meio ambiente causam distúrbios na natureza. Entretanto, acreditamos que homem e natureza precisam encontrar uma forma de conviver. A natureza intocada, sem a presença de pessoas, corre o grande risco de ser destruída sem que ninguém saiba ou se importe. É preciso achar um caminho em que as pessoas se encantem com a natureza, queiram sempre fazer passeios nos parques, e ao mesmo tempo minimizem os distúrbios que nossa presença causa.

Somos contra a proibição absoluta do playback. Além de nenhum estudo científico ter conseguido provar que ele faz mal às aves, o playback permite que as pessoas vejam de perto aves que de outra forma não veriam, ou veriam apenas como um ponto distante. Observar um animal silvestre de perto é uma das principais formas de se encantar e se tornar um defensor da natureza.

Qual o risco do playback? O receio no uso do playback é que ele interrompa a rotina das aves a ponto de colocar em risco sua sobrevivência. Mas isso é uma especulação que nunca foi provada. As pessoas que passarinham há anos e usam playback sabem que o comportamento mais comum é a ave aparecer, dar uma olhada em volta, e sumir. Ou então aparecer, mas logo perder o interesse na gravação e passar a buscar insetos ou frutinhas, ali, à vista de todos. Às vezes a ave some, você toca o playback de novo, ela volta, mas a aparição é mais fugaz ainda.

Adendo: algumas ideias para o debate sobre playback

Page 85: É proibido fotografar

Os birdwatchers que usam playback sabem que em geral, a primeira vez que a ave aparece é o momento em que ela vai se mostrar mais. As aves logo perdem o interesse na gravação. Nos poucos casos em que a ave não perde o interesse na gravação em alguns minutos, o birdwatcher consciente para de tocar e se afasta do local.

Em locais com alto índice de visita de birdwatchers com playback, como em alguns lugares de Manaus, as pessoas dizem “nem adianta tocar playback aqui”. As aves não se interessam mais, não aparecem mais. É uma demonstração de que o playback não coloca em risco a sobrevivência das aves. Se o playback fosse prejudicial, nesses locais com alto índice de pessoas usando playback as aves seriam avistadas sempre, cada vez mais esquálidas e fracas, porque não fazem nada na vida a não ser atender ao chamado da gravação. Em vez disso, o que está comprovado é que elas aprenderam a identificar o som da gravação e simplesmente não aparecem.

Um estudo feito no Equador, publicado em 2013, mostra a mesma coisa: aves que vão perdendo o interesse no playback, e uma das espécies chegou a fazer ninho perto de um dos locais em que se tocava o playback. http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0077902

Há birdwatchers que não usam o playback, ou usam muito pouco, mesmo sabendo que teriam muito mais fotos se usassem. Para algumas pessoas, é um prazer maior encontrar a ave ao acaso, ou ficar esperando a aparição das aves em frente a uma árvore com frutas, flores, ou áreas com água. Mas ninguém discorda que para um iniciante, o playback parece uma caixinha mágica, e que é improvável um iniciante ter a paciência que um veterano tem.

ideias para o debate sobre playback

Page 86: É proibido fotografar

Não há estudo que comprove que o playback faz

mal. Entretanto, há situações delicadas em que

deveríamos nos esforçar para diminuir ao máximo

nossa interferência no ambiente. Aves com filhotes,

aves ameaçadas de extinção são casos especiais, e

hoje a comunidade tem debatido o assunto. Alguns

defendem a proibição de usar o playback perto de

ninhos. Pais procurando comida pros filhotes têm

um trabalho insano, nesse caso devemos perturbar

o mínimo. Uma ave ameaçada como um pato-

mergulhão com filhotes deve ter o máximo de

sossego possível.

A comunidade de birdwatchers brasileiros é muito

recente, ainda mais comparando aos birdwatchers

no resto do mundo. Além de recente, temos uma

característica única: não há outro país em que o

principal acessório é a câmera e não o binóculo.

No mundo todo, a maioria dos birdwatchers associa

a atividade com um bom grau de competição, listas,

metas e objetivos. As pessoas gostam de fazer listas

das aves vistas em sua vida toda (sua Life List, de

onde vem o termo lifer para a ave que você vê pela

primeira vez), também fazem listas anuais, sazonais,

regionais, e alguns até fazem listas das aves vistas

na TV.

ideias para o debate sobre playback

Page 87: É proibido fotografar

O Wikiaves tem um ranking das pessoas com a

maior Life List no site, e na home a área de

destaque fica para as fotos mais votadas. O ópio da

busca pela popularidade e aclamação popular, seja

no Wikiaves ou no Facebook, pode levar um

birdwatcher a colocar a foto acima da ave. Querer

uma foto no limpo, sem galhinhos ou folhas

atrapalhando a estética ou tampando partes do

corpo da ave pode levar a pessoa a preparar o

ambiente: quebrar um galho ou uma folha para que

na hora que a ave volte, o local esteja mais limpo.

Em casos mais extremos, a pessoa pode pegar um

filhote do ninho para poder fotografá-lo de perto. É

uma situação muito rara, e quando acontece a

pessoa recebe tantas críticas que com certeza

nunca mais faz, e provavelmente vai querer apagar a

foto para sempre.

No Wikiaves os moderadores proíbem fotos e os

usuários são incentivados a denunciar fotos que

pareçam estar próximas demais das aves, cuja

aproximação não combina com o tipo de câmera

usado, principalmente se for de ninho ou filhotes.

A comunidade de birdwatchers no Brasil é recente,

mas vem amadurecendo e tem um grande potencial,

talvez o maior potencial do mundo considerando as

dimensões do país e o fato de sermos os campeões

em biodiversidade.

ideias para o debate sobre playback

Page 88: É proibido fotografar

É verdade que nem todo birdwatcher se torna um

defensor da natureza. Mas muitos se tornaram

defensores graças ao birdwatching, e num trabalho

de formiguinha queremos incutir na jovem

comunidade brasileira a ideia de que se você é

birdwatcher, se você sai quase todo final de semana

para passarinhar, você precisa agir pela preservação

da natureza.

Enquanto os parques públicos não

tratarem a população como aliados na

conservação, fica muito mais difícil

convencer as pessoas a doarem

dinheiro, trabalharem, promoverem os

parques. Um grande número de pessoas

visitando um local é a única forma de

garantir sua preservação.

ideias para o debate sobre playback

Page 89: É proibido fotografar

Saíra-sete-cores. Qual a diferença entre comer mamão no pé, ou de cima de uma tábua? Comedouros tornam a natureza mais concreta.

Cla

udia

Kom

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Page 90: É proibido fotografar

Adrian Eisen Rupp

Alex Cavati

Alexandre Gualhanone

Andre Freyesleben

Andre Mendes

Andrea Ferrari

Anelisa Magalhães

Anselmo d'Affonseca

Beatriz Pires Gomes

Bernardo Lacombe

Bertrando Campos

Carlos Augusto Rizzo

Carlos Otávio Gussoni

Cassiano Terra

Rodrigues

Celso Castro

Celso Paiva

Chris Lisboa

Claudia Brasileiro

Claudia Komesu

Claudio Frateschi

Claudio Lopes

Clecio Mayrink

Clóvise Genilza Cruvinel

Daniel Esser

Participantes da conversa no post do sr. Cláudio Maretti e também participantes ativos do grupo “(Não) É proibido fotografar”

Daniel Mello

Daniel Pohl

Daniele Bragança

Eden Fontes

Eduardo Abraços Bluhm

Eduardo Franco

Eduardo Pegurier

Emerson Panis Kaseker

Ernesto Godoy Trondle

Ernesto Lippmann

Estêvão Marchesini

Fabiano Ricardo Fazzio

Fabio Malerba

Fabio Olmos

Fernanda Fernandex

Fernando Carvalho

Fernando Straube

Fernando Henrique De

Sousa

Flávio Sousa

Flávio Zen

Gabriel Mello

Geiser Trivelato

Geraldo Pereira

Gilberto Sander Müller

Page 91: É proibido fotografar

Grace T. C. de Seixas

Gui Durante

Gustavo Massola

Gustavo Pedro De Paula

Guto Carvalho

Hector Bottai

Henrique Moreira

Iara Reinaldo

Ignacio Aronovich

Isabel Lira

Ivan Cesar

Jarbas Mattos

Jefferson Bob

Jefferson Leite

Jefferson Silva

Jeiel Carneiro

Joao Quental

João Souza

Joffre Oliveira

Jorge Espeschit

Jose Carlos Weiss

José Francisco Haydu

José Truda Palazzo Jr.

Juliana Carolina Pissouas Diniz

Juliane Tavares

Julio Cardoso

Kleber Silveira

Lis Leão

Lorena Castilho

Luccas Longo

Luciana Chiyo

Luciano Bonatti

Regalado

Luciano Marra

Manequinho Correia

Marcel Marcel

Marcelo Barreiros

Marcelo Camacho

Marcia Cunha de

Carvalho

Marco Cruz

Marco Silva

Marcos Amend

Marcos Araujo

Marcos Paiva

Marcos Tonizza

Maristela Camolesi

Martha Argel

Mathias Singer

Mauricio Merzvinskas

Melina Rangel de

Andrade

Page 92: É proibido fotografar

Moisés Perecin

Mônica Abreu

Nicodemos Rosa

Octavio Campos Salles

Paulo Fernando

Campana

Paulo Guerra

Pedro Labanca

Priscila Couto

Rafael Freitag

Ralph Antunes

Raphael Sombrio

Raquel Sousa

Reinaldo Guedes

Renata Leite Pitman

Renato Rizzaro

Roberto Negraes

Robson Czaban

Rodrigo Mayworm

Rodrigo Paranhos

Faleiro

Rodrigo Ribeiro

Ronaldo Lebowski

Roney Perez

Sandro Salomon

Sergio Coutinho

Sérgio Salvati

Silvia Faustino Linhares

Silvio Juraski

Sivonei Pompeo

Tales Oliver

Tatiana Pongiluppi

Thelma Gatuzzo

Tietta Pivatto

Toni Medina

Trindade Claudia

Uêdson Jorge Araújo

Rêgo

Ueslei Pedro Leal de

Araujo

Uruguay Birding

Vinicius Ribeiro Pontello

Vitor Bernardes

Valentini

Vitor Piacentini

Walther Grube

Willian Menq

Zé Edu

Zig Koch

Zuleika Beyruth

Guarany

Page 93: É proibido fotografar

A mudança é difícil no começo, depois se torna um caos, e no final é algo maravilhoso.

Robin Sharma

http://virtude-ag.com/liberdade

Page 94: É proibido fotografar

O que é #EuDivulgoNatureza?

Quer divulgar uma cidade, uma região, um

parque, um bioma, um grupo de animais, uma

causa ambiental ou até mesmo uma pousada ou

um local turístico que tem vários atrativos pra

quem gosta da natureza?

Acesse www.virtude-ag.com/eudivulgonatureza.

Esta revista eletrônica foi feita a partir de um

Powerpoint que usa o recurso do Slide Mestre –

o que facilita posicionamento de fotos, mudança

de tipo de letra, tamanho, cor. Depois basta

salvar como PDF e subir num site gratuito como

o ISSU ou o Yumpu. Instruções detalhadas no

link acima.

Page 95: É proibido fotografar

#EuDivulgoNatureza é uma iniciativa de

birdwatchers. Queremos convencer os gestores

das Unidades de Conservação que fotografia e

divulgação da natureza devem ser incentivas

em vez de restringidas, e que a população devia

se sentir bem-vinda nos parques.

Em julho de 2015 o presidente do ICMBio abriu

um canal de comunicação no Facebook dele:

https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid

=662011367264759&id=100003677040576.

Entramos em contato com a Fundação Florestal

e há perspectivas de reuniões com

representantes da sociedade até setembro, e

início de mudanças até o final do ano.

Mais informações: http://virtude-ag.com/entenda-

o-debate-com-icmbio-e-fundacao-florestal-ago15-por-

claudia-komesu/

#EuDivulgo Natureza

Venha participar Todos podem!