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Os amigos da natureza pedem que ICMBio, Fundação Florestal e outros órgãos passem a tratar a população como aliados, e não como infratores por princípio. Se não for pelo uso público dos parques, como salvar a natureza brasileira? Brazilian parks do not treat people as allies in conservation, and sometimes even forbid photograph. Meetings in September 2015 may be the start of change. Brasil, Natureza, Brazil, Nature, Birdwatching, #EuDivulgoNatureza, Parques Brasileiros, Brazilian Parks
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Set/15
“É proibido fotografar”
#EuDivulgo Natureza
Venha participar Todos podem!
A gestão dos parques brasileiros ignora
os milhares de fotógrafos de natureza
amadores e a divulgação das redes sociais
Em diversos parques
é comum uma
pessoa com
câmera grande
ser proibida de
fotografar
Cartazes lançados em jun/2014, para a campanha “Se foto bonita divulga, por que os parques dificultam?” http://virtude-ag.com/liberdade/
Uma das panfletagens divulgadas no Facebook
Há anos os birdwatchers e fotógrafos,
especialmente os da AFNatura, têm lutado
pelo direito de fotografar e divulgar.
Em julho de 2015 uma das panfletagens de
fotógrafos amadores chamou a atenção do
presidente do ICMBio, o sr. Cláudio Maretti,
que abriu um canal de comunicação no próprio
Facebook. Esta revista traz a síntese dos
principais argumentos.
Os trechos em verde são transcrições de
alguns depoimentos das 140 pessoas que
se manifestaram no post do sr. Maretti. Os
trechos em roxo são comentários feitos por
birdwatchers em outras esferas de discussão.
A gestão dos parques brasileiros não
reconhece o poder que a população tem de
valorizar, promover e proteger uma área
natural. Em geral somos tolerados, tratados
com distanciamento, ou hostilizados, tratados
como infratores por princípio.
Agora há indícios de mudanças.
Nos dias 23 e 25 de setembro de 2015
ICMBio e Fundação Florestal farão reuniões
com amigos da natureza. Nossa expectativa é
que comecem as mudanças na relação com
as pessoas.
Os países que têm sucesso na gestão das
suas áreas naturais tratam a população como
aliados, conseguem atrair ou criar grupos de
colaboradores, e sabem que quanto mais
gente visitando e divulgando, melhor para o
parque.
É proibido fotografar e divulgar a natureza brasileira
O país com a maior biodiversidade do
planeta tem pouquíssimas publicações
e documentários sobre seu maior
tesouro. Se não bastasse o descaso
federal, a gestão dos parques públicos
inibe o envolvimento da população.
Não há sequer uma página sobre
fotografia nos sites das autarquias. A
Instrução Normativa do ICMBio enfatiza
as restrições e taxas, e a Portaria da
Fundação Florestal só fala de controle,
taxas e obrigações.
Dentro dos parques muitas pessoas
são proibidas de fotografar com base
no tamanho da câmera.
Por que as pessoas são proibidas de fotografar em parques públicos?
“Seu equipamento é
profissional e você não
pode fotografar sem
autorização”
Em geral esta é a abordagem dos
seguranças. E engana-se quem acha
que é um problema de empresa
terceirizada: em vários casos, são os
funcionários dos parques que mandam
os seguranças abordarem pessoas com
câmeras maiores do que compactas.
Mesmo quando o segurança fala de
forma polida, a sensação é sempre
de profundo desgosto.
“[E preciso] revisão dessa prática tão
equivocada de se proibir fotografia em
unidades de conservação, baseado no
tamanho do equipamento. Já fui
proibido de fotografar, nesse tipo de
local, simplesmente pelo tamanho da
lente, que na cabeça do segurança me
classificava como profissional. Oxalá
fosse assim!! Sou somente um amante
da natureza que adora fotografia e
nunca obtive lucro com uma foto que
seja. Mesmo que fosse profissional,
qual o crime a se cometer??”
“Adoro e quero sempre estar em
contato com a natureza, tenho orgulho
do meu país e quero mostrá-lo para o
mundo! Nosso país é maravilhoso! E
por conta do meu amor pela fotografia,
mais de aves, tive a oportunidade e o
prazer de conhecer lugares que nunca
imaginaria existir.
O que mais gosto é de poder fotografar
e me sinto muito bem fazendo isso.
Fico triste quando sou abordada por
seguranças perguntando se tenho
autorização para fotografar nos locais,
muitas vezes mais de uma vez por
manhã. A natureza é um patrimônio
público e merece ser mostrada!”
“Até hoje não tive muitos problemas
com a questão que se discute aqui,
mas os poucos que tive me deixaram
extremamente angustiado e, ao mesmo
tempo, revoltado por ter me sentido um
criminoso quando o que eu estava
fazendo não era nada mais do que
praticar um hobby extremamente
saudável e que deveria ser muito
incentivado pelos gestores públicos
deste país”.
“Presenciei no Parque do Povo e no
Jardim Botânico de SP, algumas
pessoas desejarem tirar fotos e serem
repreendidas por seguranças
despreparados e sem discernimento...
chega a ser uma situação no mínimo
ridícula e constrangedora.”
“Temos debatido muito essa questão
da proibição da fotografia em UC, onde
muita vezes somos barrados por
ingenuidade ou desconhecimento da lei
por parte das pessoas que nos
permitem o ingresso. Julgam-nos
profissionais simplesmente analisando
o porte do equipamento, que todos
sabem, a maioria de nós usa
equipamento potente por conta da
complexidade das fotos de aves.
Investimos muito dinheiro nesse hobby
e poucos ganham alguma coisa com
isso. É muito constrangedor saber que
nos países vizinhos (Peru, Uruguai e
Argentina) somos bem recebidos e
contamos com estrutura para exercer
esse hobby sem restrição, e em muitos
lugares no nosso País, somos barrados,
mal-tratados e muitas vezes
humilhados, quando não, sujeitos a
uma imensa burocracia que acaba com
o prazer de fotografar.”
A Lei 9.985 de 18 de julho de 2000
instituiu o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação – SNUC e
definiu que uma das finalidades dos
parques é turismo ecológico e
recreação em contato com a natureza.
Não existe turismo sem fotografia.
Isso vale para parques nacionais,
municipais, estaduais.
Veja ao lado a referência.
“Não há proibição alguma em se fotografar
dentro de parques. Ao contrário, a atividade
é uma daquelas para as quais os parques
são criados: turismo ecológico. Isso está
claro na Lei 9.985 de 18 de julho de 2000,
que instituiu o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação – SNUC, onde
vários critérios são estabelecidos, e que
valem para todas as unidades de
conservação. No Art. 4o parágrafo XII
‘favorecer condições e promover a
educação e interpretação ambiental, a
recreação em contato com a natureza e o
turismo ecológico;’. No Art. 11o, que define
especificamente sobre parques, está lá
escrito: ‘O parque... tem como objetivo
básico... o desenvolvimento de atividades
de educação e interpretação ambiental, de
recreação em contato com a natureza e de
turismo ecológico.’ Essa característica,
definida pelo SNUC, vale para todos os
parques, independentes de serem federais,
estaduais ou municipais. A regra é a mesma
pra todos. Hoje em dia, não faz sentido
imaginar turismo ecológico sem fotografia,
seja com que equipamento for”
“A fotografia com fins comerciais
depende de autorização da unidade
gestora do parque, e isso também tá
definido em lei. O absurdo, nesse caso,
se resume em deduzir que um visitante
que queira entrar com equipamento
que parece ser mais caro só pode ser
um profissional e, portanto, vai entrar
na unidade com intenção de fazer fotos
comerciais. Eles não se importam que
um visitante tire fotos, desde que seja
com máquinas compactas ou
celulares”.
“Interessante essa ‘dedução’ por parte
dos fiscais e porteiros. Já que você tem
o recurso pra cometer o delito, eles
partem do pressuposto que você vai
cometê-lo, então proíbem logo na
entrada.
Isso me lembra aquele texto irônico
da mulher que estava com varas e
molinetes no barco e foi acusada de
pescar em lugar proibido. Ela disse que
não estava pescando. Mas o guarda
disse que ela estava com todo o
equipamento pra isso, mesmo que não
estivesse usando, e que iria multá-la
por isso. Então ela disse que ia acusar
o guarda de estupro. Ele argumentou
que não tinha feito nada com ela. E ela
rebateu da mesma forma, que ele tinha
todo o equipamento pra isso”.
Caburé-da-amazônia, Glaucidium hardyi,
Amazonian Pygmy-Owl
Robson C
zaban
Qualquer pessoa com um mínimo de
informação sabe que é absurdo achar
que a posse de uma câmera grande
significa que a pessoa é fotógrafo
profissional (ou achar que alguém com
um celular ou uma compacta não pode
fazer fotos comerciais).
Qualquer pessoa com um mínimo de
conexão com a realidade sabe que
quanto mais fotos circulando, melhor
para a divulgação de um lugar.
Ao restringir, taxar, complicar, proibir, os
gestores estão dizendo
“não me importo com a explosão
das câmeras digitais, ou os 90
milhões de usuários do Facebook.
Não me importo com a divulgação
da natureza brasileira”
Alguns parques têm gestores escla-
recidos que incentivam a fotografia.
Outros variam entre ignorar a fotografia
e as redes sociais, a complicar tudo,
como exigir que para tirar fotos de
natureza, a pessoa vá até o parque
para retirar uma autorização que valerá
apenas para o dia seguinte, e se quiser
fotografar de novo, precisa pedir nova
autorização.
“Não faz sentido restringir a visitação
dos observadores da natureza. Ao
menos no Parque Nacional da Serra do
Cipó incentivamos fortemente essa
visitação. Que visitem o Parque com
equipamentos de primeira linha (ou com
máquinas modestas), mas que o visitem
com sua imensa sede de conhecimento
e com sua grande vontade de colaborar
com a conservação!”
A maioria dos birdwatchers só tira fotos e
não deixa mais do que pegadas. As fotos
contribuem para a ciência cidadã, para a
divulgação, e em alguns casos ajudam a
evitar a destruição do lugar.
Cla
ud
ia K
om
esu
“Eu colaboro com o MMA, Ibama,
ICMBio e muitos órgãos ambientais de
todo o País há mais de 30 anos. E
sempre vi uma relação harmônica entre
esses órgãos e as pessoas que
realmente estão interessadas em
promover a conservação da natureza.
Asseguro: não há segmento mais
eficiente e ativo nesse aspecto do que
observadores e fotógrafos de aves.
Infelizmente, de um tempo para cá,
começaram a surgir regras e mais
regras que apenas têm tolhido a prática
e seu desenvolvimento na esfera
nacional. Não entendo os porquês
disso tudo. Imagens de nossa
biodiversidade têm papel excepcional
para a educação e são mecanismos
excepcionais para a conservação.”
Quando falamos dessas situações de
pessoas sendo proibidas de fotografar,
alguns supõem que é um problema de
leis antiquadas, mas não é.
O Decreto Estadual 25.341/1986, que rege
os parques estaduais diz:
“As atividades desenvolvidas ao ar livre,
passeios, caminhadas, escaladas,
contemplação, filmagens, fotografia,
piqueniques, acampamentos e similares
devem ser permitidos e incentivados, desde
que se realizem sem perturbar o ambiente
natural e sem desvirtuar as finalidades dos
Parques Estaduais”.
A Portaria da Fundação Florestal, a FF 175,
publicada em 2012 diz:
“Art. 13o – A utilização de imagens das
Unidades de Conservação sem a devida
autorização ou em desacordo com os termos
da autorização concedida, configura além de
infração administrativa, crime ambiental com
base nos artigos 40 c/c 52 e 68 da Lei no
9605 de 12 de fevereiro de 1998, e portanto
seu infrator fica sujeito às penalidades
cabíveis.”
O Decreto de 1986 era um texto a favor
do cidadão. A Portaria de 2012, assinada
pelo sr. Olavo Reino Francisco, não tem
menção positiva à população. Só fala de
cobrança de taxas, infrações, obrigações
de ceder material.
A portaria FF175/2012 é tão desumana,
que chega a ser compreensível que
funcionários dos parques estaduais
digam pras pessoas “proibido publicar no
Facebook”, ou obriguem as pessoas a
assinarem dois formulários quando elas
dizem que vão fazer divulgação do parque
num blog, ou informem por telefone que
se você quer fotografar natureza precisa
chegar tal horário, conversar com fulano,
e a autorização poderá ser concedida, ou
não, você só descobrirá na hora.
“Afastar-nos do nosso direito
inalienável de frequentar as UC é, além
de um anacronismo inaceitável, uma
medida burra, ao transformar um aliado
na luta pela preservação num
espectador alheio e frustrado”.
“(as) mídias sociais que diariamente
nos bombardeiam com milhões de
fotos belíssimas (muitas feitas em
celulares). Interessante notar que a
maioria esmagadora dessas imagens
que nos chegam são de locais e
parques de fora do nosso país, tão rico
em diversidade e beleza.”
“No mundo todo os parques modelo de
gestão são exatamente aqueles onde
há uma integração grande com a
população. (...) Fotografar a fauna e
flora não oferece quase impacto algum,
gera renda local (guias, pousadas,
restaurantes), gera orgulho local, e
propaga o conhecimento daquela UC.
Só se preserva aquilo que se conhece,
e nisso os fotógrafos, especialmente os
profissionais, têm papel fundamental.”
“Sou coordenador do maior site
brasileiro sobre mergulho, o Brasil
Mergulho, e tenho contato com vários
fotógrafos e cinegrafistas em todo o
Brasil. Já lidei com o ICMBio várias
vezes, participo de um grupo de
conservação da Laje de Santos em SP e
tenho alguns amigos gestores nesta
entidade.
A experiência me mostrou que essas
tentativas de proibição de captação de
imagens vêm afastando as pessoas da
natureza, fazendo com que muitas
acabem perdendo seu interesse no
assunto e, pior, divulgando ainda
menos a necessidade de conservação
das áreas. Tenho vários exemplos aqui
no Brasil...”
Pica-pau-lindo, Celeus spectabilis,
Rufous-headed Woodpecker
Cla
ud
ia K
om
esu
R
obson C
zaban
Um vazio cultural
Quantos livros e documentários sobre a
natureza brasileira, parques nacionais,
estaduais e municipais você já viu?
Não é só uma questão de interesse: se
você pesquisar na Livraria Cultura,
Amazon, Google, verá que um dos
motivos para lembrar de poucos ou
nenhum título é o fato de existirem
pouquíssimas publicações ou
documentários sobre o país com a
maior biodiversidade do planeta.
A valorização da natureza nunca foi
foco do governo federal. O desinteresse
é compreensível dada a importância
econômica do agronegócio. Entretanto,
a cada ano aumenta a quantidade de
brasileiros que entendem como o
modelo brasileiro está errado.
“Muito mais impactante do que clics de
fotógrafos (mesmo em uma eventual
demasia) é a total apatia da população
civil ante os avanços criminosos da
bancada ruralista que pouco a pouco
destrói a legislação de proteção
ambiental e que mira o desmonte da
regulamentação de várias UCs. E tal
apatia é alimentada pela falta de
informação. A divulgação ampla, geral e
irrestrita de nossas maravilhas naturais
protegidas em Parques Nacionais, entre
outros, pode ser uma forma de sacudir
muitos apáticos, e quem sabe enchê-
los de paixão por nosso patrimônio
natural, e de motivação para ajudar em
sua proteção.”
“Sabemos que não há interesse no
governo em fortalecer a gestão
ambiental no país, ao contrário, é
agressão atrás de agressão, então
afastar pessoas dos parques é uma
forma de colaborar com quem deseja a
extinção de muitos deles. Gente ligada
a empreiteiras adoraria a extinção dos
parques na Amazônia, o povo do
agronegócio sonha com toda a soja que
poderiam plantar sobre os parques do
Cerrado e os mineradores torcem para
o esquartejamento do Serra da
Canastra. Sem contar os demais”.
As autarquias proíbem e inibem a divulgação da natureza brasileira
Quando você planeja uma viagem para outro
país, encontra facilmente muitas imagens e
referências sobre os locais mais famosos.
No caso do Brasil, um dos maiores bancos
de imagem do mundo diz que não pode
aceitar fotos dos parques nacionais
brasileiros, nem mesmo para uso editorial:
Brazil National Parks
Content which has been shot in Brazil National
Parks are unacceptable for editorial or
commercial use without permission from IBAMA*
Some of these parks include:
• Brasilia National Park
• Iguacu National Park
• Tijuca National Park (including Pedra da
Gávea)
• Serra dos Orgaos
• Aparados da Serra
• Jardim Botanico
• Chapada Diamantina National Park http://www.shutterstock.com/blog/contributor-
resources/legal/stock-photo-restrictions/
[*o correto seria ICMBio]
A postura de buscar controle total e o
máximo de taxas impede o florescimento
de qualquer iniciativa de divulgação e de
trabalho em parceria com a população.
O Brasil tem milhares de fotógrafos
amadores. Com incentivo e parceria, os
gestores poderiam ter essas pessoas
como grandes aliados na divulgação dos
parques.
Em vez disso, os fotógrafos são tratados
ou como um visitante comum (e não
alguém com potencial para ser um
multiplicador), ou como infratores por
princípio.
Obs: Apesar da orientação oficial da Shutterstock, em
11/09/15 vimos que há diversos vídeos feitos em
parques nacionais brasileiros, à venda, entre US$ 19 a
US$ 79. Pesquise brazilian national parks.
Temos enfrentado a maior crise hídrica
da historia brasileira. Há fatores
climáticos com diversas variáveis, mas
ficou impossível negar que o problema
foi acentuado pelo desmatamento.
Gestores e população sabem que
o desmatamento traz diversas
consequências graves, mas quantas
pessoas estão dispostas a lutar pela
preservação do meio ambiente?
Como se importar com algo que você nem sabe que existe?
O engajamento por uma causa
depende de muitos fatores. Quando a
pessoa decide se engajar costuma ser
uma decisão motivada por um forte
caráter emocional. Muitos voluntários
de associações passaram pela doença
ou foram vítimas da violência e
injustiça que essas associações
combatem.
No caso do meio ambiente, como a
destruição da natureza deixa de ser
apenas mais uma das coisas erradas
no mundo para ser algo que você está
disposto a doar dinheiro, agir,
defender?
“Enquanto a paixão pela fotografia de
natureza, em especial das aves, não
havia entrado na minha vida eu mal
prestava atenção nos problemas para a
preservação das nossa biodiversidade.
Simplesmente, era algo que não fazia
parte do meu dia a dia!
Isso mudou radicalmente a partir do
momento em que a fotografia e
observação das aves passou a ser um
hobby associado ao convívio com a
natureza. Passei a prestar atenção nos
assuntos correlatos, na conservação
das florestas e de nossa enorme
biodiversidade. Mais do que isso,
passei a fazer palestras em parques
municipais da cidade do Rio de Janeiro
sobre observação de aves, onde na
parte introdutória chamo atenção para
a importância da preservação de
nossas matas e o papel de destaque
que o observador de aves passa a ter
nessa ação em prol da natureza.”
Há pelo menos uma forma infalível: você se apaixona pela natureza
Por algum motivo você começa a fazer
cada vez mais passeios em meio à
natureza, seja para caminhar, escalar,
fotografar, pedalar, observar. Não
acontece com todo mundo, mas várias
pessoas se enamoram pelo o que
veem.
O ambiente não é apenas uma forma
de conseguir um troféu, uma meta,
uma foto curtível, mais um check pra
lista de aves que você já viu: você
entende que aquele lugar está cheio de
vida e beleza. Passa a prestar atenção
nas notícias, denúncias. E entende que
a situação brasileira é péssima e cada
vez pior, e que se não agirmos a
natureza continuará sendo destruída
na taxa de dezenas de milhares de
quilômetros quadrados. http://www.oeco.org.br/noticias/28238-brasil-perdeu-
5-2-milhoes-de-hectares-de-unidades-de-conservacao/
“Uma das razões que fez eu me
apaixonar pela biologia foram as fotos
de gente como Araquém Alcântara,
Haroldo Palo, entre outros. Algumas
imagens estão na minha memória há
décadas, e meu desejo era buscar cada
uma delas. Algumas eu já tiquei na
minha lista. Mas essa lista de imagens
precisa ser renovada para que as novas
gerações sejam seduzidas da mesma
forma que eu fui.”
“Tenho compartilhado fotografias da
natureza em prol da saúde das pessoas
e como forma de resgatar algo que nos
seres humanos temos perdido a cada
dia que é um profundo e respeitoso
contato com a natureza. Quanto mais
restringirmos, mais contribuímos para
esse afastamento e talvez um dia, seja
tarde demais para revertermos esse
quadro.”
“Acho que o fotógrafo de aves hoje
acaba desempenhando um papel de
‘cientista cidadão’ ao divulgar e
incentivar a preservação da natureza
através da documentação das
maravilhas que ainda podemos
encontrar em nossas matas. São as
imagens e os vídeos que acabam
‘puxando’ muitas pessoas em prol da
conservação, à medida em que se
encantam com os animais e a flora.
Não faz o menor sentido burocratizar
uma atividade que, respeitando a
natureza, não gera impacto ambiental e
ainda ajuda a atrair mais pessoas para
o ‘time’ da conservação. Imagina se o
Brasil fosse um país com milhões de
observadores de aves, como é a
Inglaterra?”
“Há que se pensar em soluções
criativas para a educação ambiental,
colocar fotógrafos como parceiros das
UCs ministrando cursos de fotografia e
promovendo o espírito de preservação,
desenvolver atividades educativas com
público jovem usando inclusive a
fotografia profissional e amadora como
motivadores desse processo. Isso é tão
óbvio que frequentemente surge entre
amigos meus fotógrafos a indagação
sobre os verdadeiros motivos dessas
restrições.”
Os filhos de birdwatchers aprendem desde cedo a valorizar a natureza. Foto feita em uma das Passarinhadas de Apoio ao Tanquã.
Acreditamos que não está longe o fim
da proibição à fotografia de natureza.
Entretanto isso não é suficiente, não
queremos apenas ser tolerados.
A natureza sofre com as políticas
públicas que a cada ano diminuem as
verbas de investimento nos parques, e
vão destruindo os próprios parques.
O único caminho possível para
preservar a natureza é se unir à
população, criar envolvimento
emocional, fazer as pessoas gostarem
dos parques e se importarem com eles.
“Em Manaus temos o triste exemplo do Parque
Estadual Sumaúma. O parque fica no meio da
área mais populosa da cidade, o bairro Cidade
Nova. Antigamente o parque foi invadido por
casas irregulares do lado direito. Ninguém teve
que sair. Todas as invasões ainda estão lá.
Recentemente, uma parte do lado norte foi
desmatada para a construção de um shopping. E
agora, o lado esquerdo será todo derrubado para
a expansão de uma grande avenida. Aos poucos,
o parque vai sendo cortado, ficando cada vez
menor. Isso poderia ser evitado se a população
que frequentasse o parque se mobilizasse no
sentido de não permitir a sua destruição. Mas,
para isso, o parque deveria ter um grande
número de frequentadores. Só que não tem. E
não tem porque o parque não recebe recursos.
Fica a maior parte do tempo fechado para
reformas que nunca começam ou nunca
terminam (...) Quando participei de uma das
reuniões em que se debatia a questão de se
diminuir a área do parque para a expansão da
avenida, um dos argumentos que escutei,
favorável à avenida, era que esta iria trazer
muitos benefícios a toda a população, e o
parque, ao contrário, não era frequentado pelos
moradores locais. Se essa linha de raciocínio for
predominante, quanto menos gente frequentar
um parque, mais fácil acabar com ele”.
“Em parques que são sucesso de
público, como Itatiaia, Iguaçu, ou a
Água Mineral em Brasília (PN de
Brasília), é muito difícil que o governo
consiga aprovar qualquer coisa que vá
de encontro à manutenção dessas
unidades. A gritaria é geral. A
população rapidamente se mobiliza
para evitar o dano ao parque. Cada
frequentador é um defensor em
potencial daquela área. E, dentre esses
frequentadores, o pior tipo é aquele
mais esclarecido, que pode divulgar pra
todo mundo as belezas dos parques,
através das fotos tiradas de seus
equipamentos ditos profissionais. E que
vai divulgar na imprensa, na Internet,
nas redes sociais, todo crime que for
praticado lá dentro, ou mesmo no
entorno”.
“A fotografia da natureza, no seu
sentido mais amplo, possui um poder
magnético sobre a alma das pessoas e
tem muito a oferecer para o Brasil e
para os brasileiros; nossos parques são
um patrimônio que possuímos mas que
ainda desperdiçamos seu potencial na
burocracia, na falta de informação ou
vontade política.”
“Trabalho com turismo de base
comunitária junto a população do
entorno do PESM em Ubatuba.
Utilizando a observação de aves numa
comunidade tradicional conseguimos
transformar caçadores em fotógrafos e
guias exemplares. Aprendi com eles o
que passei a chamar de inclusão
ambiental. Hoje são defensores e
multiplicadores da preservação e
valorização da natureza”.
O Tanquã, em Piracicaba SP, já teria sido destruído se não fosse a mobilização pública, apoiada pela circulação de muitas fotos feitas no local
Cla
udia
Kom
esu
Quanto mais gente andando nos parques, mais fotos, mais divulgação, mais visitas. Além de menos caçadores e menos palimiteiros
Cla
udia
Kom
esu
Somos a favor do uso público dos parques
O presente texto tem foco no
birdwatching, mas somos a favor da
participação de todos os amante da
natureza, Quanto mais gente nos
parques, maior a valorização do meio
ambiente.
Lemos as notícias sobre a
Transcarioca, e a quantidade de
voluntários que apareceram no dia do
mutirão para demarcação das trilhas,
em 2014, (eram esperadas 300
pessoas, apareceram mil). Sem nem
precisar mencionar casos de outros
países, esse evento prova o que é
possível conseguir quando as pessoas
são tratadas como parceiros.
http://www.oeco.org.br/pedro-da-cunha-e-
menezes/29138-trilha-transcarioca-um-
trabalho-de-muitos/
“Chama o povo pra dentro das UCs!
Coloca todo mundo pra conversar e
vamos planejar a minimização dos
potenciais impactos dessas atividades,
rotacionar trilhas, determinar
capacidade de carga, estabelecer
calendário de atividades, etc. Eu troco
fácil um caçador ou um palmiteiro por
100 montanhistas - na hora! Que
nossos parques façam jus ao nome:
parque. Que recebam montanhistas,
observadores de aves, canoistas/
rafting, mergulhadores e até mesmo
pessoal de mountain bike pode ter
espaço se for bem planejado!”
“Fotógrafos da natureza também são
‘fiscais ambientais’, não se esqueçam!
Em primeiro lugar essa atividade é por
amor à natureza, e quem ama,
protege... Bem como outros grupos,
como espeleólogos amadores,
montanhistas, caiaqueiros...”
Somos a favor do fim das restrições aos fotógrafos de natureza profissionais
A grande maioria dos birdwatchers são
amadores que nunca terão qualquer
lucro com a atividade. Mas defendemos
o fim das restrições à fotografia
comercial, ou melhor, no mínimo que
fique bem clara a diferença entre
trabalho editorial e publicitário.
No caso de gravação de um comercial
de uma empresa como a Jeep faz
sentido haver cobranças de taxas. Mas
os regulamentos atuais tentam cobrir
qualquer atividade que envolva
dinheiro, mesmo a venda de uma foto,
mesmo a publicação de um livro. Essa
postura é um grande desincentivo à
divulgação dos parques, tanto que o
resultado é este vazio cultural.
“O ponto que talvez seja mais polêmico é
sobre o uso das fotografias e das taxas.
Creio que em publicações editoriais,
revistas, livros de arte, livros didáticos,
jornais e uso na internet a publicação
deveria ser livre de qualquer taxa ou
autorização, pois os valores recebidos
muitas vezes não pagam as despesas da
produção ou as viagens são custeadas com
recursos de projetos sempre deficitários e
com um esforço de anos para serem
viabilizados.
Em muitos casos as fotografias são
baixadas automaticamente de bancos de
imagem e o fotógrafo só irá saber do uso
em relatórios mensais. Fica inviável pedir
autorização para cada publicação.
Outro fato importante a ser levado em
conta é a divulgação das UCs sem custo
algum para o governo. Levando em
consideração que as publicações são caras
e empresas pagam para assessorias um
bom recurso para terem seus nomes
vinculados na mídia. Os resultados são
medidos em cm2. O custo de uma matéria
espontânea tem um valor ainda maior por
não ter um caráter oficial. Olhando por este
ângulo o ICMBio está na realidade
economizando um valor substancial com a
área editorial.“
“Vou tentar explicar que existe uma
distância quase infinita entre a
fotografia editorial e publicitária, e isso
parece que não é percebido por
autoridades. Apenas para exemplificar,
se uma foto editorial vale 50 reais, a
mesma fotografia na publicidade pode
valer 10.000 reais. Parece que pensam
que fotógrafos editoriais ganham como
publicitários, rios de dinheiro. Estamos
é atolados nas margens e bancos de
areia do jornalismo atual, profissão que
está sendo destruída pela era digital e
web. Por causa disso, a fotografia
editorial, como profissão, está quase
morta - ou já morreu. Com a fotografia
digital, todos são fotógrafos amadores
e profissionais ao mesmo tempo.”
“Ao contrário do que pensam alguns
gestores, o profissional de fotografia de
natureza não é rico e as vezes até
passa por dificuldades”.
“Todo dia fico pensando como seria
maravilhoso para o Brasil se ao invés
de usar drogas, álcool e fazer besteiras
nas ruas, os nossos jovens tivessem
outras paixões como a observação e
fotografia da natureza. (...) Por favor,
não deixe que a burocracia que
emperra este país também crie suas
raízes neste segmento! A divulgação da
nossa fauna e flora através de lindas
imagens compartilhadas na internet ou
mesmo publicadas em revistas e livros
SÓ traz benefícios para o futuro dessa
nação”.
“Assim como eu cresci encantado com
a nossa natureza colecionando álbuns
de figurinhas de animais e lendo
revistas sobre o tema, nossos jovens
também podem ter essa mesma
vivência e, quem sabe, fazer um
pouquinho mais para salvar nossa tão
ameaçada biodiversidade. Falo isso
não apenas como "birder" e fotógrafo,
mas também como professor. Além do
mais, como já foi dito, a fotografia é
uma GRANDE aliada da ciência, no
momento em que ajuda na divulgação
científica e ampliação do conhecimento
sobre biogeografia, ecologia, etc. Enfim,
apenas desejo que os Senhores que
estão no poder público repensem essa
questão, ou então discutam ainda mais
para conseguirmos chegar a um
consenso. Nossa natureza agradece!”
Corruíra-do-campo na Flona Floresta Nacional de Brasília DF, guiado por Jonatas Rocha e em companhia do Grupo Observaves, em 19/01/2014
Cla
udia
Kom
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Fatos sobre os quais não pairam dúvidas
1. Fotografia divulga, promove,
registra, denuncia, mobiliza.
2. Fotos compartilhadas nas redes
sociais circulam entre milhares de
pessoas e são capazes de criar
interesse e engajamento.
3. Quanto mais fotos, mais divulgação
para um local.
4. Uma pessoa não pode ser
discriminada pelo tamanho da
câmera. A posse de um
equipamento que parece ser caro
não significa que ela é um
profissional.
5. Quanto mais bonita a foto, mais
atenção chama. Não faz o menor
sentido taxar os profissionais ou
pessoas com equipamentos mais
potentes.
6. Vender foto ou fazer um livro que
divulga o local não pode ser uma
atividade taxada como é agora. A
cobrança de taxas só faz sentido
para gravação de comerciais,
filmes, e outras grandes ações
publicitárias.
Periquito-rico Brotogeris tirica na saudosa RPPN
Guainumbi em São Luís do Paraitinga – SP, um dos
locais que incentivou em muitos o amor pela natureza
Cla
udia
Kom
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Agradecemos à SAVE
Brasil e ao Wikiaves pelo
apoio público à liberdade
para fotografar e divulgar a
natureza brasileira
“A SAVE Brasil (Sociedade para
Conservação das Aves do Brasil) gostaria de
parabenizar o sr. Cláudio Maretti por abrir o
diálogo sobre este assunto tão importante
tanto para a conservação das aves quanto
para as áreas naturais.
A observação de aves vem crescendo muito
nos últimos 10 anos. Atualmente estima-se
que existam 30 mil observadores de aves
no Brasil, sendo em sua maioria pessoas
que tem como hobby a fotografia de aves e
que disponibilizam as mesmas na
plataforma web WikiAves. Vale destacar,
que esses registros fotográficos estão
contribuindo com o conhecimento científico
sobre as aves brasileiras e sendo utilizados
inclusive pelo ICMBio durante oficinas de
avaliação do status de espécies de aves
ameaçadas. Além disso, as fotografias
podem ajudar a gerar listas de aves para
determinadas UCs e auxiliar com o
conhecimento ornitológico das unidades.
(Declaração da SAVE Brasil – continua)
A fotografia também tem um papel
muito importante para divulgar tanto as
aves quanto as unidades de
conservação, despertando o interesse
da população para conhecer as áreas
naturais. Estamos enfrentando um
momento crítico com a crise da
biodiversidade e um dos grandes
fatores contribuintes é a falta de
conexão entre as pessoas e a natureza,
fazendo com que elas não consigam
compreender a importância da
conservação das áreas naturais. As
aves aliadas à fotografia têm sido uma
fonte de inspiração para reconectar as
pessoas com a natureza.
(Declaração da SAVE Brasil – continua)
No Brasil temos diversos casos de
pessoas que não tinham ligação
nenhuma com meio ambiente e,
através da fotografia de aves, se
tornaram atuantes defensores da
conservação das espécies e seus
habitats. Um caso emblemático é a
grande mobilização dos observadores
de aves contrária às obras da barragem
de Santa Maria da Serra que causará o
alagamento do bairro Tanquã
(conhecido como “Pantanal Paulista”)
no município de Piracicaba, interior de
São Paulo. Inclusive, os dados que
embasaram a nota técnica enviada ao
Ministério Público relatando a
importância da área para a avifauna
foram levantados por observadores de
aves.
(Declaração da SAVE Brasil – continua)
Entendemos que uma das
preocupações com relação aos
observadores de aves fotógrafos é o
uso abusivo do playback, que em
alguns casos e para determinadas
espécies realmente pode ser danoso.
No entanto, não acreditamos que a
proibição seja o caminho, mas sim
campanhas educativas sobre o correto
uso do equipamento.
(Declaração da SAVE Brasil – continua)
A SAVE Brasil defende que os
observadores de aves devem ser vistos
e tratados como importantes aliados
para a conservação. Ter os
observadores como parceiros das
Unidades de Conservação pode trazer
inúmeros benefícios, como a divulgação
das belezas naturais do local e a
geração de renda para as comunidades
locais e para a própria UC. Os
observadores/fotógrafos também
contribuem com o conhecimento
ornitológico que pode auxiliar em
questões de manejo da UC, já que as
aves são ótimas indicadoras da
qualidade ambiental.
Os observadores de aves são um dos
maiores aliados na valorização, defesa
e disseminação do rico patrimônio
natural Brasileiro.
Colocamos-nos à disposição para
contribuir com a discussão.
Cordialmente,
Equipe da SAVE Brasil”
Uma imagem vale mais do que mil palavras.
Fotos aumentam o interesse pelo local. Qual o
sentido de restringir a fotografia?
Gavião-real Harpia harpyja, Parauapebas - PA
Cla
udia
Kom
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Reinaldo Guedes Sou fundador e
administrador do site WikiAves, a maior
comunidade online de observadores de
aves brasileiros e segundo site mais
acessado no mundo no segmento. Há
dois anos, em parceria com a Fundação
Boticário e a SAVE Brasil, criamos uma
funcionalidade no site com os limites
territoriais das Unidades de
Conservação segundo os dados do
próprio ICMBio. Exibimos as áreas das
UCs em um mapa interativo com o
objetivo de chamar a atenção dos
usuários e INCENTIVAR os
observadores a CONHECER e VISITAR
as UCs, esse foi o objetivo principal do
projeto. Paralelamente, criamos uma
página para cada UC
(Exemplo:http://www.wikiaves.com.br/
areas:pn_itatiaia:inicio) e passamos a
contabilizar os registros dos
observadores feitos nestas áreas,
trazendo estatísticas de número de
espécies, lista de espécies, número de
observadores, etc.
Vejo que alguns gestores do ICMBio estão
caminhando no sentido oposto e não
enxergam as vantagens de incentivar a
fotografia nestes locais. Para se ter uma
ideia da relevância da fotografia da
natureza, repare que o WikiAves foi citado
em DIVERSAS espécies da última Lista
Espécies Ameaçadas
do ICMBio (Exemplo:http://www.icmbio.gov.
br/.../lista.../5724-especie-5724.html). O
que mostra que o ICMBio já está se
beneficiando dos dados gerados pela
ciência cidadã, que no Brasil se projeta
principalmente através da fotografia. Além
dessa lista, existem diversas outras
publicações científicas se beneficiando dos
dados gerados pelos fotógrafos/
observadores, alguns deles podem ser
encontrados nas páginas de retrospectiva
do WikiAves. Somente de 2013 a 2014
foram 26 publicações que tomamos
conhecimento.
Aqueles que ainda acham que a fotografia
da natureza deve ser restringida devem
conhecer esses dados e repensarem sua
postura. http://www.wikiaves.com.br
Nossos objetivos
1 – Fim das restrições e proibições à
fotografia de natureza. Sabemos que
os parques precisam ter regulamentos,
e não achamos que as pessoas podem
fazer o que quiserem, na hora que
quiserem. Mas acreditamos que foi
possível explicar o quanto as restrições
à fotografia de natureza prejudicam a
própria natureza.
2 – Pedimos página nos sites das
autarquias dizendo que a fotografia de
natureza é bem-vinda e não há mais
discriminação contra o equipamento.
Sabemos que há dificuldades com
budget, mas imaginamos que uma
nova página no site é algo com custos
muito baixos.
3 – Pedimos o fim da abordagem feita
por seguranças, mesmo em parques
municipais que têm fotógrafos de
books. Não vamos opinar sobre quais
devem ser as regras para os fotógrafos
de books (o correto é que eles se
manifestem e dialoguem com os
gestores), só queríamos dizer que é
extremamente fácil discernir um
fotógrafo de natureza de um fotógrafo
de book. Portanto não há motivo para
um fotógrafo de natureza ser abordado
por um segurança. Enquanto as
pessoas continuarem sendo tratadas
dessa forma, será difícil desenvolver
laços com os parques.
4 – Início de uma mudança cultural:
queremos que os gestores reconheçam
que é preciso se unir à população.
Sabemos que não é um pedido simples
ou fácil, mas não vemos outro caminho
possível. Os parques precisam de mais
visitação, mais divulgação, mais gente
para se apaixonar pela natureza e lutar
pela preservação. Ou é isso, ou vamos
continuar tendo milhões de hectares
desafetados, fim da zona de
amortecimento, mineração dentro dos
parques, a cada ano menos verbas de
investimento na estrutura dos parques
e para fiscalização contra
desmatamento, palmiteiros e
caçadores.
5 – A boa vontade em atrair mais
birdwatchers e fotógrafos de aves para
os parques seria uma demonstração
importante do início da mudança
cultural. Vários parques abrem às 8h,
mas têm seguranças 24h. Se o gestor
tiver boa vontade, é possível fazer um
acordo para que os seguranças do
parque permitam que as pessoas
entrem mais cedo. Se houver questão
de compra de ingresso e ainda não
estiver implantada a sugestão de passe
anual, a pessoa pode pagar o ingresso
na saída.
6 – Reconhecimento que o pagamento
de taxas só faz sentido para a fotografia
publicitária, como em situações de
gravação de comercial de grandes
empresas.
Pequenos documentários, livros, venda
de fotos, cartaz, criação de brinquedos,
jogos, camiseta, são atividades que não
deveriam sofrer taxas.
Criem uma política que incentive as
pessoas a apresentarem o projeto ao
parque, e eventualmente firmar uma
parceria para a produção e venda do
produto. Mas deixem para trás essa
redação e postura de controle total, que
acaba com qualquer iniciativa.
7 – O uso do playback não é um
consenso nem entre os birdwatchers.
Mas esperamos que ele não seja
proibido. Não existem estudos que
comprovem que playback faz mal às
aves, e as decisões de uma autoridade
deveriam sempre se basear em
conhecimento. Devemos conversar
sobre as formas de usar o playback,
mas não podemos ignorar o quanto ele
atrai iniciantes.
Uma das autoridades ornitológicas dos
Estados Unidos defende a ideia de que o
playback talvez cause menos impacto do
que uma pessoa sentada quieta
esperando a ave aparecer
http://www.sibleyguides.com/2011/0
4/the-proper-use-of-playback-in-
birding/
8 – Muitas pessoas não gostam da
ideia de comedouros com frutas ou
bebedouros para beija-flores.
Mas gostaríamos que os gestores
considerassem quantas pessoas
poderiam se apaixonar pela natureza,
ao ver com os próprios olhos e de perto
belezas que elas nem imaginavam
existir.
As plantas atrativas são o cenário ideal,
mas para um iniciante, nada como ver
as aves no limpo, de perto, em
comedouros. Bebedouros higienizados
não causam mal a beija-flores, e no
caso dos comedouros, qual a diferença
entre comer banana ou mamão direto
da árvore ou numa tábua de madeira?
Graças aos bebedouros de água com açúcar
Nossas expectativas
Vários gestores das Unidades de
Conservação Federal são pessoas
esclarecidas, a favor da divulgação da
natureza e de atrair mais pessoas para
os parques. Talvez a mudança cultural
para se aproximar da população não
seja tão difícil. O ICMBio já teve um
diretor que era extremamente favorável
ao uso público dos parques, o sr. Pedro
Menezes, que não por acaso está
envolvido na criação da Transcarioca.
Esperamos também que o ICMBio
atenda aos pedidos da AFNatura para
que nossa natureza possa se beneficiar
do talento dos fotógrafos profissionais.
No caso dos parques estaduais e
municipais, apesar de também haver
gestores esclarecidos que incentivam a
fotografia e a visitação, há diversos
relatos da absurda proibição de
fotografar natureza. Essas atitudes, e
várias frases burocráticas que ouvimos,
combinam com a FF 175/2012.
Esperávamos uma luta difícil com as
unidades estaduais, mas para nossa
surpresa, a Ouvidoria da Fundação
Florestal deu uma resposta
extremamente positiva:
“Agradecemos o envio de sua mensagem e desde já
sinalizamos que as considerações feitas são
pertinentes, provocando uma reflexão institucional
sobre o assunto;
Com o intuito de termos um alinhamento da questão
em todas as Unidades de Conservação (UCs)
gerenciadas pela Fundação Florestal no Estado de São
Paulo, estamos interagindo com os Gestores de UCs
que tem uma abordagem diferenciada sobre o tema e
orientam seus colaboradores (monitores e vigilantes)
para que não só permitam a entrada dos observadores
de aves com seus equipamentos, mas também
indiquem os melhores locais dentro da Unidade para
observação de determinadas espécies, respeitando os
documentos de gestão e o zoneamento da unidade.
Citamos como exemplo o Núcleo Caraguatatuba do
Parque Estadual da Serra do Mar e o Parque Estadual
de Intervales;
Como resultado da interação supracitada
organizaremos uma proposta de ordenamento da
atividade de observação de aves, bem como
identificaremos as orientações necessárias às equipes
técnicas das diferentes UCs geridas pela Fundação
Florestal, para o melhor aproveitamento possível desta
atividade
Att,
Erika Faccin Casari
Ouvidora
Os representantes do ICMBio e da Fundação
Florestal planejam fazer reuniões com os
birdwatchers agora em setembro. A Fundação
Florestal, por meio do sr. Carlos Eduardo
Beduschi, nos disse que assumiu o compromisso
de iniciar até o final do ano um processo de
mudanças.
Sabemos que há forças contrárias, mas temos
esperança de que os gestores esclarecidos, que
sabem que é preciso se unir à população para
cuidar da natureza, conseguirão vencer com o
apoio de todos nós.
Para se manter a par do assunto, cadastre-se no
grupo “(Não) É proibido fotografar”
https://www.facebook.com/groups/7952334604
95803/
“Será que proibir fotografia e
desincentivar o uso público dos
parques é apenas uma simples
interpretação errada da lei ? Se for (e
eu espero que sim), bastaria uma série
de conversas entre as partes. O bom
senso irá prevalecer, a lei será
cumprida, e poderemos percorrer as
trilhas em paz. Mas, se não for, se o
objetivo por trás é nos fazer ir embora e
procurar outro lugar, pra que a área
verde seja apenas uma “poupança”
para futuras negociações políticas, sem
visitantes esclarecidos e com poder de
fogo, então essa briga vai longe, e está
só começando”.
Ariramba-de-cauda-ruiva, Galbula ruficauda,
Rufous-tailed Jacamar. No Parque Nacional de
Brasília-DF, que nós, que moramos aqui desde
de quase sempre, chamamos de Água Mineral.
Fern
ando C
arv
alh
o
O playback e a nossa presença no meio ambiente causam distúrbios na natureza. Entretanto, acreditamos que homem e natureza precisam encontrar uma forma de conviver. A natureza intocada, sem a presença de pessoas, corre o grande risco de ser destruída sem que ninguém saiba ou se importe. É preciso achar um caminho em que as pessoas se encantem com a natureza, queiram sempre fazer passeios nos parques, e ao mesmo tempo minimizem os distúrbios que nossa presença causa.
Somos contra a proibição absoluta do playback. Além de nenhum estudo científico ter conseguido provar que ele faz mal às aves, o playback permite que as pessoas vejam de perto aves que de outra forma não veriam, ou veriam apenas como um ponto distante. Observar um animal silvestre de perto é uma das principais formas de se encantar e se tornar um defensor da natureza.
Qual o risco do playback? O receio no uso do playback é que ele interrompa a rotina das aves a ponto de colocar em risco sua sobrevivência. Mas isso é uma especulação que nunca foi provada. As pessoas que passarinham há anos e usam playback sabem que o comportamento mais comum é a ave aparecer, dar uma olhada em volta, e sumir. Ou então aparecer, mas logo perder o interesse na gravação e passar a buscar insetos ou frutinhas, ali, à vista de todos. Às vezes a ave some, você toca o playback de novo, ela volta, mas a aparição é mais fugaz ainda.
Adendo: algumas ideias para o debate sobre playback
Os birdwatchers que usam playback sabem que em geral, a primeira vez que a ave aparece é o momento em que ela vai se mostrar mais. As aves logo perdem o interesse na gravação. Nos poucos casos em que a ave não perde o interesse na gravação em alguns minutos, o birdwatcher consciente para de tocar e se afasta do local.
Em locais com alto índice de visita de birdwatchers com playback, como em alguns lugares de Manaus, as pessoas dizem “nem adianta tocar playback aqui”. As aves não se interessam mais, não aparecem mais. É uma demonstração de que o playback não coloca em risco a sobrevivência das aves. Se o playback fosse prejudicial, nesses locais com alto índice de pessoas usando playback as aves seriam avistadas sempre, cada vez mais esquálidas e fracas, porque não fazem nada na vida a não ser atender ao chamado da gravação. Em vez disso, o que está comprovado é que elas aprenderam a identificar o som da gravação e simplesmente não aparecem.
Um estudo feito no Equador, publicado em 2013, mostra a mesma coisa: aves que vão perdendo o interesse no playback, e uma das espécies chegou a fazer ninho perto de um dos locais em que se tocava o playback. http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0077902
Há birdwatchers que não usam o playback, ou usam muito pouco, mesmo sabendo que teriam muito mais fotos se usassem. Para algumas pessoas, é um prazer maior encontrar a ave ao acaso, ou ficar esperando a aparição das aves em frente a uma árvore com frutas, flores, ou áreas com água. Mas ninguém discorda que para um iniciante, o playback parece uma caixinha mágica, e que é improvável um iniciante ter a paciência que um veterano tem.
ideias para o debate sobre playback
Não há estudo que comprove que o playback faz
mal. Entretanto, há situações delicadas em que
deveríamos nos esforçar para diminuir ao máximo
nossa interferência no ambiente. Aves com filhotes,
aves ameaçadas de extinção são casos especiais, e
hoje a comunidade tem debatido o assunto. Alguns
defendem a proibição de usar o playback perto de
ninhos. Pais procurando comida pros filhotes têm
um trabalho insano, nesse caso devemos perturbar
o mínimo. Uma ave ameaçada como um pato-
mergulhão com filhotes deve ter o máximo de
sossego possível.
A comunidade de birdwatchers brasileiros é muito
recente, ainda mais comparando aos birdwatchers
no resto do mundo. Além de recente, temos uma
característica única: não há outro país em que o
principal acessório é a câmera e não o binóculo.
No mundo todo, a maioria dos birdwatchers associa
a atividade com um bom grau de competição, listas,
metas e objetivos. As pessoas gostam de fazer listas
das aves vistas em sua vida toda (sua Life List, de
onde vem o termo lifer para a ave que você vê pela
primeira vez), também fazem listas anuais, sazonais,
regionais, e alguns até fazem listas das aves vistas
na TV.
ideias para o debate sobre playback
O Wikiaves tem um ranking das pessoas com a
maior Life List no site, e na home a área de
destaque fica para as fotos mais votadas. O ópio da
busca pela popularidade e aclamação popular, seja
no Wikiaves ou no Facebook, pode levar um
birdwatcher a colocar a foto acima da ave. Querer
uma foto no limpo, sem galhinhos ou folhas
atrapalhando a estética ou tampando partes do
corpo da ave pode levar a pessoa a preparar o
ambiente: quebrar um galho ou uma folha para que
na hora que a ave volte, o local esteja mais limpo.
Em casos mais extremos, a pessoa pode pegar um
filhote do ninho para poder fotografá-lo de perto. É
uma situação muito rara, e quando acontece a
pessoa recebe tantas críticas que com certeza
nunca mais faz, e provavelmente vai querer apagar a
foto para sempre.
No Wikiaves os moderadores proíbem fotos e os
usuários são incentivados a denunciar fotos que
pareçam estar próximas demais das aves, cuja
aproximação não combina com o tipo de câmera
usado, principalmente se for de ninho ou filhotes.
A comunidade de birdwatchers no Brasil é recente,
mas vem amadurecendo e tem um grande potencial,
talvez o maior potencial do mundo considerando as
dimensões do país e o fato de sermos os campeões
em biodiversidade.
ideias para o debate sobre playback
É verdade que nem todo birdwatcher se torna um
defensor da natureza. Mas muitos se tornaram
defensores graças ao birdwatching, e num trabalho
de formiguinha queremos incutir na jovem
comunidade brasileira a ideia de que se você é
birdwatcher, se você sai quase todo final de semana
para passarinhar, você precisa agir pela preservação
da natureza.
Enquanto os parques públicos não
tratarem a população como aliados na
conservação, fica muito mais difícil
convencer as pessoas a doarem
dinheiro, trabalharem, promoverem os
parques. Um grande número de pessoas
visitando um local é a única forma de
garantir sua preservação.
ideias para o debate sobre playback
Saíra-sete-cores. Qual a diferença entre comer mamão no pé, ou de cima de uma tábua? Comedouros tornam a natureza mais concreta.
Cla
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Kom
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Adrian Eisen Rupp
Alex Cavati
Alexandre Gualhanone
Andre Freyesleben
Andre Mendes
Andrea Ferrari
Anelisa Magalhães
Anselmo d'Affonseca
Beatriz Pires Gomes
Bernardo Lacombe
Bertrando Campos
Carlos Augusto Rizzo
Carlos Otávio Gussoni
Cassiano Terra
Rodrigues
Celso Castro
Celso Paiva
Chris Lisboa
Claudia Brasileiro
Claudia Komesu
Claudio Frateschi
Claudio Lopes
Clecio Mayrink
Clóvise Genilza Cruvinel
Daniel Esser
Participantes da conversa no post do sr. Cláudio Maretti e também participantes ativos do grupo “(Não) É proibido fotografar”
Daniel Mello
Daniel Pohl
Daniele Bragança
Eden Fontes
Eduardo Abraços Bluhm
Eduardo Franco
Eduardo Pegurier
Emerson Panis Kaseker
Ernesto Godoy Trondle
Ernesto Lippmann
Estêvão Marchesini
Fabiano Ricardo Fazzio
Fabio Malerba
Fabio Olmos
Fernanda Fernandex
Fernando Carvalho
Fernando Straube
Fernando Henrique De
Sousa
Flávio Sousa
Flávio Zen
Gabriel Mello
Geiser Trivelato
Geraldo Pereira
Gilberto Sander Müller
Grace T. C. de Seixas
Gui Durante
Gustavo Massola
Gustavo Pedro De Paula
Guto Carvalho
Hector Bottai
Henrique Moreira
Iara Reinaldo
Ignacio Aronovich
Isabel Lira
Ivan Cesar
Jarbas Mattos
Jefferson Bob
Jefferson Leite
Jefferson Silva
Jeiel Carneiro
Joao Quental
João Souza
Joffre Oliveira
Jorge Espeschit
Jose Carlos Weiss
José Francisco Haydu
José Truda Palazzo Jr.
Juliana Carolina Pissouas Diniz
Juliane Tavares
Julio Cardoso
Kleber Silveira
Lis Leão
Lorena Castilho
Luccas Longo
Luciana Chiyo
Luciano Bonatti
Regalado
Luciano Marra
Manequinho Correia
Marcel Marcel
Marcelo Barreiros
Marcelo Camacho
Marcia Cunha de
Carvalho
Marco Cruz
Marco Silva
Marcos Amend
Marcos Araujo
Marcos Paiva
Marcos Tonizza
Maristela Camolesi
Martha Argel
Mathias Singer
Mauricio Merzvinskas
Melina Rangel de
Andrade
Moisés Perecin
Mônica Abreu
Nicodemos Rosa
Octavio Campos Salles
Paulo Fernando
Campana
Paulo Guerra
Pedro Labanca
Priscila Couto
Rafael Freitag
Ralph Antunes
Raphael Sombrio
Raquel Sousa
Reinaldo Guedes
Renata Leite Pitman
Renato Rizzaro
Roberto Negraes
Robson Czaban
Rodrigo Mayworm
Rodrigo Paranhos
Faleiro
Rodrigo Ribeiro
Ronaldo Lebowski
Roney Perez
Sandro Salomon
Sergio Coutinho
Sérgio Salvati
Silvia Faustino Linhares
Silvio Juraski
Sivonei Pompeo
Tales Oliver
Tatiana Pongiluppi
Thelma Gatuzzo
Tietta Pivatto
Toni Medina
Trindade Claudia
Uêdson Jorge Araújo
Rêgo
Ueslei Pedro Leal de
Araujo
Uruguay Birding
Vinicius Ribeiro Pontello
Vitor Bernardes
Valentini
Vitor Piacentini
Walther Grube
Willian Menq
Zé Edu
Zig Koch
Zuleika Beyruth
Guarany
A mudança é difícil no começo, depois se torna um caos, e no final é algo maravilhoso.
Robin Sharma
http://virtude-ag.com/liberdade
O que é #EuDivulgoNatureza?
Quer divulgar uma cidade, uma região, um
parque, um bioma, um grupo de animais, uma
causa ambiental ou até mesmo uma pousada ou
um local turístico que tem vários atrativos pra
quem gosta da natureza?
Acesse www.virtude-ag.com/eudivulgonatureza.
Esta revista eletrônica foi feita a partir de um
Powerpoint que usa o recurso do Slide Mestre –
o que facilita posicionamento de fotos, mudança
de tipo de letra, tamanho, cor. Depois basta
salvar como PDF e subir num site gratuito como
o ISSU ou o Yumpu. Instruções detalhadas no
link acima.
#EuDivulgoNatureza é uma iniciativa de
birdwatchers. Queremos convencer os gestores
das Unidades de Conservação que fotografia e
divulgação da natureza devem ser incentivas
em vez de restringidas, e que a população devia
se sentir bem-vinda nos parques.
Em julho de 2015 o presidente do ICMBio abriu
um canal de comunicação no Facebook dele:
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid
=662011367264759&id=100003677040576.
Entramos em contato com a Fundação Florestal
e há perspectivas de reuniões com
representantes da sociedade até setembro, e
início de mudanças até o final do ano.
Mais informações: http://virtude-ag.com/entenda-
o-debate-com-icmbio-e-fundacao-florestal-ago15-por-
claudia-komesu/
#EuDivulgo Natureza
Venha participar Todos podem!