EAD-Enfermagem a Distância-Material do curso[Urgência e Emergência]

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    URGNCIA E EMERGNCIA Siga as instrues abaixo para navegar no ambiente virtual do Ead e obter xito no curso. Aps a inscrio, o usurio tem 30 dias para concluir o curso e emitir o certificado. Para fazer a avaliao digite seu e-mail e senha, na rea do usurio (IDENTIFICAO), clique em ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS INSCRIES e, por fim, clique no cone AVALIAO. O usurio dever responder a avaliao existente na ltima pgina do material do curso e transcrever as respostas para o gabarito existente no site. Uma vez confirmada s respostas, a avaliao no ser mais disponibilizada. Em seguida, voc pode emitir o Certificado. Para emitir o certificado, em outro momento, digite seu e-mail e senha, na rea do usurio, clique em ENTRAR, depois clique em MINHA CONTA, depois em MINHAS INSCRIES e, por fim, clique no cone CERTIFICADO. O arquivo ser visualizado no formato PDF, para que voc possa salvar ou imprimir. Observao: No ato da avaliao o usurio recebe um e-mail informando o seu percentual de acerto. Para emitir o certificado, o usurio precisa obter pontuao igual ou superior a 6,00 na avaliao. Boa sorte!

    1. Apresentao

    O cenrio brasileiro com relao ao atendimento nas urgncias e emergncias tem crescido no pas nos ltimos anos. Isso tem sido influenciado pela criao de Polticas Pblicas voltadas para atender a populao nessas situaes. Portanto, de relevncia pblica estabelecer normas e protocolos de atendimento, padronizando assim as condutas adotadas nas situaes de urgncia e emergncia, atentando tambm para a regionalizao e o contexto do

    cuidar devido s propores continentais do Brasil. O atendimento aos portadores de quadros agudos, de natureza clnica, traumtica ou psiquitrica, deve ser prestado por todas as portas de entradas do SUS, ou seja, pelo conjunto das unidades bsicas de sade e suas equipes de Programa Sade da Famlia, pelas unidades de atendimento pr-hospitalar fixa e mveis e pelas unidades hospitalares, possibilitando a resoluo dos problemas de sade dos pacientes ou transportando-os responsavelmente a um servio de sade hierarquizado e regulado.

    1.1. Objetivos Atualizar o profissional de enfermagem e os graduandos em enfermagem acerca urgncias e emergncias mais comuns no Brasil. Descrever os protocolos mais utilizados no pas para atendimento das urgncias e emergncias clnicas ou violncia. Descrever a escala de classificao de risco utilizada nas Unidades de Pronto Atendimento do pas. Esclarecer dvidas a cerca do Atendimento de Emergncia Pr-Hospitalar - SAMU.

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    1.2. Premissas As principais causas de mortalidade na populao na regio metropolitana, nas faixas etrias entre 15 e 49 anos, so os acidentes e a violncia. So tambm as mais importantes causas de incapacitao fsica permanente ou temporria nessa populao, levando-se em conta as perdas econmicas, previdencirias e grande dispndio em tratamento das complicaes na sade dos pacientes. As complicaes podem ser evitadas, uma vez que boas partes das complicaes ocorrem em funo de atendimentos realizados de forma inapropriada durante a fase aguda. Esse quadro apontou a necessidade de estruturar melhor os atendimentos de urgncia e emergncias nas grandes capitais do pas. Tendo como objetivo o atendimento imediato dos pacientes de forma a torn-lo resolutivo e eficaz.

    2. Urgncia X Emergncia

    Emergncia quando h uma situao crtica, gravssima, com ocorrncia de perigo; incidente; imprevisto. No mbito da medicina, a circunstncia que exige uma cirurgia ou interveno mdica de imediato, caso contrrio, o paciente pode morrer ou apresentar uma seqela irreversvel. O atendimento feito imediatamente. Urgncia caracterizada como um evento grave, que deve ser resolvido urgentemente, mas que no possui um carter imediatista, ou seja, quando h uma situao que no pode

    ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco at mesmo de morte. Na medicina, ocorrncias de carter urgente necessitam de tratamento mdico e muitas vezes de cirurgia, contudo, possuem um carter menos imediatista. O atendimento deve ser dado nas primeiras 24 horas.

    3. Campo de atuao do enfermeiro no atendimento de urgncia e emergncia

    O (A) enfermeiro (a) que atua na rea de Urgncia e Emergncia necessita de um treinamento especfico para identificar problemas de sade dos pacientes em situao de crise. Faz-se necessrio estabelecer prioridades, monitorar e avaliar continuamente os pacientes em situao de crise. Existem diversas reas de atuao para o enfermeiro trabalhar tanto na urgncia quanto na emergncia. So diversos locais onde os profissionais de enfermagem podem atuar como, por exemplo:

    Unidades de atendimento pr-hospitalar (SAMU);

    Unidades de sade 24 horas; Pronto socorro; Unidades de terapia intensiva; Unidades de dor torcica; Unidade de terapia intensiva neonatal

    Os profissionais de enfermagem devem estar atentos e preparados para atuarem em situaes de urgncia e emergncia, pois a capacitao profissional, a dedicao e o conhecimento terico e prtico, iro fazer a diferena no momento crucial do atendimento ao paciente. Muitas vezes estas habilidades no so treinadas e quando ocorre a situao de emergncia, o que vemos so profissionais correndo de um lado para outro sem

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    objetividade, com dificuldades para atender o paciente e ainda com medo de aproximar-se da situao. Por outro lado, quando temos uma equipe treinada, capacitada e motivada, o atendimento realizado muito mais rapidez e eficincia, podendo na maioria das vezes, salvar muitas vidas. A enfermagem trabalha diariamente com pacientes em risco de morte e que dependem deste cuidado para que mantenham suas vidas. As aes da equipe de enfermagem visam sempre assistncia ao paciente da melhor forma possvel, expressando assim, a qualidade e a importncia da nossa profisso.

    4. Tipo de urgncias e emergncias

    Os primeiros socorros ou socorro bsico de urgncias so as medidas inicias e imediatas dedicada vtima, fora do ambiente hospitalar, executada por qualquer pessoa treinada para garantir a vida, proporcionando bem-estar e evitando agravamento das leses existentes. O socorrista deve agir com bom senso, tolerncia e calma.

    Anlise primria:

    Verifique nvel de conscincia Abra as vias respiratrias Verifique a respirao Verifique os batimentos cardacos Aplicar colar cervical (trauma)

    Afogamento

    O afogamento a segunda causa mais comum de mortes no-intencionais em crianas com menos de 14 anos.

    Os fatores associados ao afogamento incluem a ingesto de lcool, a incapacidade de nadar, leses ao mergulhar, hipotermia e exausto.

    No se deve abandonar prematuramente os esforos para salvar o paciente. Uma reanimao bem sucedida com recuperao neurolgica integral j ocorreu em paciente de quase-afogamento depois de uma submisso prolongada em gua fria.

    Depois da reanimao, a hipxia e a acidose so as principais complicaes apresentadas por uma pessoa que quase se afogou; elas tornam necessria a interveno imediata no Servio de Emergncia.

    As alteraes fisiopatolgicas e as leses pulmonares decorrentes dependem do tipo de lquido aspirado (gua doce ou salgada) e do volume aspirado.

    A aspirao de gua doce acarreta edema pulmonar e, portanto, a incapacidade de expandir os pulmes.

    A aspirao de gua salgada acarreta edema pulmonar pelos efeitos osmticos do sal no interior do pulmo.

    Tratamento: Os objetivos teraputicos incluem manter a perfuso cerebral e uma oxigenao adequada, para impedir danos adicionais aos rgos vitais.

    A reanimao cardiopulmonar imediata o fator com maior influncia na sobrevida.

    A prioridade maior na reanimao controlar a hipxia, a acidose e a hipotermia.

    A preveno e o tratamento da hipxia so realizados assegurando-se uma via area e uma respirao adequada e

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    melhorando, assim a ventilao, o que ajuda a corrigir a acidose respiratria e a oxigenao.

    Depois de um quase afogamento o paciente corre risco de complicaes como leses cerebrais hipxicas ou isqumicas, sndrome da angstia respiratria aguda, leso pulmonar secundria aspirao e uma parada cardaca com risco de morrer.

    Sncope/ Desmaio

    Acontece quando h uma reduo do fluxo de sangue no crebro. Sem oxigenao adequada, o metabolismo do crebro reduz-se o que causa perda breve e transitria da conscincia.

    Sintomas: Inconscincia, suor excessivo,

    respirao bastante fraca e batimentos cardacos lentos.

    O que fazer: Sentar a pessoa e pr a sua cabea entre suas prprias pernas, pedindo que ela respire profundamente. Molhar seus lbios com gua fresca.

    O que no fazer: Faz-la ingerir lquidos. Cuidados: Manter a pessoa sentada por

    algum tempo, mesmo depois de passados os sintomas.

    Choque eltrico

    o fenmeno da passagem da corrente eltrica pelo corpo quando em contato com partes energizadas.

    Sintomas: Paralisia e convulses. O que fazer: Desprender a pessoa da

    fonte de energia com um material isolante (madeira, borracha). Deitar a vtima de costas, afrouxar sua roupa e verificar seus sinais vitais.

    O que no fazer: Encostar na pessoa enquanto ela estiver ligada fonte de energia.

    Cuidados: Sinalizar o local para evitar novos acidentes.

    Convulso

    Sintomas: Espasmos incontrolveis,

    lbios azulados, olhos virados para cima, inconscincia e salivao abundante.

    O que fazer: Deitar a pessoa de costas. Retirar de seu corpo os objetos que podem feri-la. Levantar seu queixo para facilitar a respirao. Colocar um pano torcido entre seus dentes, para evitar mordidas na lngua.

    O que no fazer: Molhar ou tentar imobilizar a vtima.

    Cuidados: Afastar os objetos que podem machucar enquanto a vtima se debate. Depois de as convulses terminarem, manter a pessoa deitada por alguns minutos.

    Envenenamento pela pele

    Sintomas: Ardncia, coceira e erupes. O que fazer: Lavar rapidamente a regio

    com gua corrente, enquanto as roupas contaminadas so retiradas.

    O que no fazer: Deixar que o veneno seja absorvido.

    Cuidados: Proteger-se usando luvas e evitando inalar o veneno. Identificar o produto.

    Envenenamento por aspirao

    Sintomas: Sufocamento e inconscincia. O que fazer: Deitar a vtima de costas,

    com a cabea mais baixa do que o corpo, para facilitar a respirao. Imobiliz-la. Afrouxar as roupas.

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    Agasalh-la. Arejar o ambiente e fazer com que ela respire ar puro.

    O que no fazer: Permitir que a vtima tome bebida alcolica. Provocar vmito.

    Cuidados: Descobrir qual foi o veneno aspirado e encaminhar, imediatamente, a pessoa para o atendimento mdico, tendo cuidado com a ventilao no trajeto.

    Envenenamento por ingesto

    Sintomas: Desconforto, convulses e

    indigesto. O que no fazer: Provocar vmito na

    pessoa que estiver inconsciente ou tiver tomado: soda custica, desinfetantes, amonacos, cidos, derivados de petrleo ou alvejantes.

    Cuidados: Encaminhar, imediatamente, a vtima para o atendimento mdico, levando o veneno e a embalagem para ser examinada.

    Estado de choque

    Sintomas: Pulsao fraca e rpida, pele

    fria, palidez, fraqueza, suor excessivo, frio e inquietao.

    O que fazer: Deitar a pessoa, com a cabea no mesmo nvel ou mais baixa do que o corpo. Afrouxar a roupa da vtima, conservando a agasalhada. Retirar qualquer objeto da boca. Caso no haja fratura, levantar suas pernas cerca de 30 cm do cho.

    O que no fazer: Oferecer lquidos pessoa semi-inconsciente ou inconsciente.

    Cuidados: Quando houver vmitos, virar a cabea da vtima para o lado.

    Ferimento aberto ou perda de membro

    So leses que acometem as estruturas superficiais ou profundas do organismo com grau de sangramento, lacerao e contaminao varivel. Atentar para: Priorizar o controle do

    sangramento. O que fazer: Cobrir o ferimento com

    uma compressa limpa e mida que deve ser presa por uma atadura. Levar o membro amputado para o hospital.

    O que no fazer: Tentar colocar dentro do corpo os rgos externos que estejam fora da cavidade abdominal. Tocar neles com as mos.

    Cuidados: No apertar demais a atadura. Colocar o membro amputado em um saco plstico limpo e lacrado. Lev-lo para o hospital dentro de uma vasilha com gua gelada. No pr gelo diretamente na parte amputada.

    Ferimento leve

    Sintomas: Dor local e sangramento leve. O que fazer: Fazer uma compressa com

    um pano limpo, coloc-la sobre a ferida e amarr-la com uma tira de pano para evitar a perda de sangue.

    O que no fazer: Usar p de caf, pano queimado, papel ou outros objetos para estancar o ferimento.

    Cuidados: Trocar o curativo com frequncia e mant-lo limpo e seco.

    Ferimento profundo

    Sintomas: Dor no local e sangramento

    abundante. O que fazer: Fazer uma compressa com

    um pano limpo, coloc-la sobre a ferida e amarr-la com uma tira de pano para evitar a perda de sangue.

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    O que no fazer: Usar p de caf, pano queimado, papel ou outros objetos para estancar o ferimento.

    Cuidados: Manter a compressa limpa e seca. Se no tiver um pano, fechar o ferimento com as mos.

    Fratura exposta

    Caracterizada pelo afloramento de osso

    por ruptura da pele e de tecidos adjacentes.

    Sintomas: Reduo da capacidade de mover o membro afetado, dor no local da fratura e sangramento.

    O que fazer: Deitar a vtima. Fazer uma compressa com um pano limpo, coloc-la sobre a ferida e amarr-la com uma tira de pano. Imobilizar o membro, usando duas talas (qualquer material rgido) amarradas com tiras de pano.

    O que no fazer: Tentar colocar o osso no lugar. Dar remdios vtima.

    Cuidados: No deslocar a vtima antes de imobilizar o membro afetado. Impedir que o tronco se curve.

    O tratamento apropriado e imediato da fratura pode determinar, em grande parte, a evoluo final do paciente e pode significar a diferena entre a recuperao e a incapacidade.

    Fratura fechada

    So aquelas em que a pele no sofre soluo de continuidade, ou seja, no apresenta nenhum ferimento mantendo-se ntegra. Sintomas: Reduo da capacidade de

    mover o membro afetado, dor no local da fratura e inchao da regio.

    O que fazer: Pr o membro acidentado na posio natural, sem forar ou causar desconforto para a pessoa. Imobilizar, usando duas talas (qualquer material

    rgido) amarradas com tiras de pano. Colocar gelo no local.

    O que no fazer: Usar talas que no tenham o comprimento suficiente para alcanar a parte superior e inferior da articulao.

    Cuidados: Acolchoar a parte interna das talas para evitar que a pele seja ferida. No apertar demais as ataduras ou as tiras de pano. Impedir que o tronco se curve.

    Hemorragia

    Estancar a hemorragia essencial para o

    cuidado e a sobrevida de pacientes em uma situao de emergncia ou desastre.

    Uma hemorragia pode acarretar a reduo do volume sanguneo circulante gerando o choque hipovolmico.

    Os sangramentos de menor gravidade, que so comumente venosos, geralmente cessam espontaneamente, a no ser que o paciente seja portador de um transtorno hemorrgico ou esteja tomando anticoagulante.

    O paciente avaliado quanto aos sinais e sintomas de choque: pele fria e mida, queda da presso arterial, taquicardia, retardo do enchimento capilar e reduo do volume urinrio.

    O objetivo do tratamento de emergncia controlar o sangramento, manter um volume sanguneo circulante adequado a oxigenao tecidual e impedir o choque.

    Pacientes que apresentam hemorragia esto em risco para parada cardaca ocasionada pela hipovolemia, com anxia secundria.

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    Hemorragia Externa Se um paciente apresentar uma

    hemorragia externa, deve-se fazer uma avaliao fsica rpida enquanto so cortadas as roupas do paciente na tentativa de identificar a rea da hemorragia.

    Uma presso firme realizada na rea do sangramento ou sobre a artria envolvida. Muitos sangramentos podem ser estancados ou, no mnimo, controlados pela aplicao da presso direta.

    aplicado um curativo compressivo firme e a parte lesada elevada para estancar sangramentos venosos e capilares se possvel. Se a rea lesada for uma extremidade, esta imobilizada para controlar a perda sangunea.

    Hemorragia interna

    Se o paciente no apresentar nenhum

    sinal externo de sangramento, mas apresentar taquicardia, hipotenso, sede, pele fria e mida, retardo no enchimento capilar suspeita-se de hemorragia interna.

    Sintomas: Manchas roxas na pele, pulsao fraca, suor excessivo, perda de cor, tontura, desmaio, nuseas e vmitos.

    O que fazer: Imobilizar a vtima e procurar atendimento mdico imediatamente.

    O que no fazer: Movimentar a vtima. Cuidados: Manter o paciente deitado

    com a cabea mais baixa do que o corpo, exceto quando houver suspeita de fratura craniana ou derrame cerebral.

    Leso craniana

    Sintomas: Depresso no couro cabeludo, paralisia de um lado do corpo, convulses e vmitos, dor de cabea persistente, perda da viso, escoriao em torno de um olho ou atrs de uma orelha e inconscincia.

    O que fazer: Deitar o acidentado. Afrouxar as roupas. Agasalh-lo. Se houver algum ferimento no couro cabeludo, pr uma compressa limpa sobre o local, prendendo com uma atadura.

    O que no fazer: Pressionar o crnio. Interromper a drenagem de sangue ou lquido claro pelo nariz, pelo ouvido ou pela boca.

    Cuidados: Em caso de sangramento no nariz, na boca ou no ouvido, voltar cabea para o lado ferido.

    Leso na coluna vertebral

    Sintomas: Perda da sensibilidade e

    dormncia ou incapacidade de movimentar os membros.

    O que fazer: Deitar a vtima, agasalh-la e imobiliz-la at que chegue o socorro mdico.

    O que no fazer: Deitar ou virar a vtima sob qualquer pretexto.

    Cuidados: Ficar atento respirao da pessoa acidentada. Se houver necessidade, fazer respirao artificial.

    Situao de Parada Cardio-respiratria: Na abordagem ao paciente em parada

    cardio-respiratria, as prioridades do cuidado de emergncia so a estabilizao, a proviso de tratamentos crtico e a transferncia imediata para uma unidade de terapia intensiva.

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    Uma abordagem sistemtica para estabelecer e tratar efetivamente as prioridades de sade, consiste na abordagem de avaliao primria e secundria.

    A avaliao primria consiste na estabilizao das condies que acarretam risco de vida para o paciente.

    A equipe do Servio de Emergncia trabalha de forma colaborativa e segue o mtodo de ABC da reanimao (A- Abertura de Vias Areas ; B- Respirao; C Circulao).

    Princpios da Reanimao: Estabelecer uma via area permevel; Fornecer uma ventilao adequada,

    empregando medidas de reanimao; Avaliar e restaurar o dbito cardaco,

    controlando hemorragias, prevenindo e tratando o choque e mantendo ou restaurando a circulao eficaz. Isso inclui preveno e tratamento de hipotermia.

    Avaliao secundria: testes diagnsticos e exames laboratoriais; insero de dispositivo de monitorizao; imobilizar fraturas suspeitas, limpeza e fechamento de feridas.

    Parada cardaca

    Sintomas: Ausncia de batimentos cardacos, contrao da faringe, dilatao das pupilas e colorao azulada da pele e dos lbios.

    O que fazer: Deitar a vtima. Imobilizar a cabea e o pescoo. Fazer massagem cardaca.

    O que no fazer: Aplicar a massagem sem ter a certeza de que o corao est parado.

    Parada respiratria

    Sintomas: Pupilas dilatadas e unhas, lngua e lbios cianticos.

    O que fazer: Desobstruir as vias respiratrias com os dedos cobertos por um pano limpo. Imobilizar a cabea e pescoo. Aplicar respirao artificial.

    O que no fazer: Aplicar a respirao artificial se a pessoa estiver sangrando ou vomitando.

    Picada de insetos, aranha, cobra ou

    escorpio Uma pessoa pode ter uma sensibilidade

    extrema aos venenos de insetos. A alergia ao veneno considerada como sendo uma reao mediada pelo IgE e constitui-se uma emergncia aguda.

    Embora picadas em qualquer rea do corpo possam desencadear a anafilaxia, picadas na cabea e pescoo ou mltiplas picadas so particularmente graves.

    Manifestaes Clnicas: urticria, prurido, mal-estar, edema de laringe, broncoespasmo, perda de conscincia, tontura, viso embaada, erupes e inchaos e vermelhido local. Podendo levar a morte.

    O que fazer: Imobilizar a vtima. Lavar o local com gua e sabo. Agasalhar a pessoa e mant-la calma. Procurar imediatamente auxlio mdico.

    O que no fazer: Tentar sugar o veneno. Aplicar receitas caseiras.

    Cuidados: Enquanto uma pessoa encaminha a vtima para o atendimento mdico, outra deve recolher o animal, para facilitar a identificao da espcie e do soro a ser utilizado.

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    Queimadura

    Sintomas: 1 grau - pele avermelhada, leso superficial e dor local suportvel. 2 grau - formao de bolhas, dor local e desprendimento da pele. 3 grau - viso de todas as camadas da pele e dores bem fortes.

    O que fazer: Deitar a pessoa, mantendo a cabea e o trax abaixo do resto do corpo. Cortar as roupas prximas ao local afetado. Retirar anis, colares e outros acessrios. Colocar um pano limpo e umedecido sobre a rea afetada, sem retir-lo do local (exceto em caso de queimaduras causadas por produtos qumicos).

    O que no fazer: Perfurar as bolhas. Tocar diretamente na queimadura. Passar pomadas, cremes ou remdios sem orientao profissional.

    Cuidados: No remover a roupa posta na queimadura. Se a queimadura tiver sido causada por produtos qumicos, lavar a rea, aplicando jatos de gua enquanto as roupas forem retiradas. Se a roupa estiver pegando fogo, abafar as chamas, utilizando um cobertor ou toalha de material natural.

    Toro, distenso e luxao

    Sintomas: Dor no local da toro ou do

    deslocamento. O que fazer: Pr o membro na posio

    natural, sem causar desconforto para o acidentado. Imobilizar, usando duas talas (qualquer material rgido) amarradas com tiras de pano.

    O que no fazer: Aplicar compressas da gua quente ou esquentar a regio afetada. Usar talas que no tenham o comprimento suficiente para alcanar a parte superior e inferior da articulao.

    Cuidados: Acolchoar a parte interna das talas para evitar que a pele seja ferida. No apertar demais as ataduras ou tiras de pano.

    5. Atendimento pr-hospitalar / SAMU

    O Ministrio da Sade, atravs da Portaria n 1864/GM , em setembro de 2003, iniciou a implantao do componente mvel de urgncia com a criao do Servio de Atendimento Mvel de Urgncia, SAMU-192.

    O SAMU - Servio de Atendimento Mvel de Urgncia um servio de sade, desenvolvido pela Secretaria de Estado da Sade, em parceria com o Ministrio da Sade e as Secretarias Municipais de Sade do Estado.

    responsvel pelo componente Regulao dos Atendimentos de Urgncia, pelo Atendimento Mvel de Urgncia da Regio e pelas transferncias de pacientes graves da regio.

    Faz parte do sistema regionalizado e hierarquizado, capaz de atender, dentro da regio de abrangncia, todo enfermo, ferido ou parturiente em situao de urgncia ou emergncia, e transportar-nos com segurana e acompanhamento de profissionais da sade at o nvel hospitalar do sistema.

    Alm disto, intermdia, atravs da central de regulao mdica das urgncias, as transferncias inter-hospitalares de pacientes graves, promovendo a ativao das equipes apropriadas e a transferncia do paciente.

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    5.1. Histrico do atendimento de urgncia e emergncia

    O Servio de Atendimento Mdico de

    Urgncia (SAMU) responsvel pelo atendimento de urgncias e emergncias no espao pr-hospitalar, ou seja, atendimentos em domiclios, em vias pblicas, enfim, qualquer lugar coberto pelo servio, o qual pblico e mantido com recursos do SUS.

    Esse servio elevou consideravelmente a qualidade de transporte dos pacientes aos hospitais, aumentando a expectativa de vida dessas pessoas e melhorando a qualidade do atendimento a pacientes de urgncias e emergncias.

    O mdico de urgncia trabalha dentro das Unidades de Suporte Avanado de Vida. O emergencista atendente de sade ou socorrista trabalha dentro da Viatura para Suporte Bsico da Vida. Ambos, indo at os atendimentos dos casos mais graves.

    5.2. Objetivos do SAMU:

    Assegurar a escuta mdica permanente para as urgncias, atravs da Central de

    Regulao Mdica das Urgncias, utilizando nmero exclusivo e gratuito;

    Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de sade, no que concerne s urgncias, equilibrando a distribuio da demanda de urgncia e proporcionando resposta adequada e adaptada s necessidades do cidado, atravs de orientao ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os municpios da regio de abrangncia;

    Realizar a coordenao, a regulao e a superviso mdica, direta ou distncia, de todos os atendimentos pr-hospitalares;

    Realizar o atendimento mdico pr-hospitalar de urgncia, tanto em casos de traumas como em situaes clnicas, prestando os cuidados mdicos de urgncia apropriados ao estado de sade do cidado e, quando se fizer necessrio, transport-lo com segurana e com o acompanhamento de profissionais do sistema at o ambulatrio ou hospital;

    Promover a unio dos meios mdicos prprios do SAMU ao dos servios de salvamento e resgate do Corpo de Bombeiros, da Polcia Militar, da Polcia Rodoviria, da Defesa Civil ou das Foras Armadas quando se fizer necessrio;

    Regular e organizar as transferncias inter-hospitalares de pacientes graves internados pelo Sistema nico de Sade (SUS) no mbito macrorregional e estadual, ativando equipes apropriadas para as transferncias de pacientes;

    Participar dos planos de organizao de socorros em caso de desastres ou eventos com mltiplas vtimas, tipo acidente areo, ferrovirio, inundaes, terremotos, exploses, intoxicaes coletivas, acidentes qumicos ou de radiaes ionizantes, e demais situaes de catstrofes;

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    Manter, diariamente, informao atualizada dos recursos disponveis para o atendimento s urgncias;

    Prover banco de dados e estatsticos atualizados no que diz respeito a atendimentos de urgncia, a dados mdicos e a dados de situaes de crise e de transferncia inter-hospitalar de pacientes graves, bem como de dados administrativos;

    Realizar relatrios mensais e anuais sobre os atendimentos de urgncia, transferncias inter-hospitalares de pacientes graves e recursos disponveis na rede de sade para o atendimento s urgncias;

    Servir de fonte de pesquisa e extenso a instituies de ensino;

    Identificar, atravs do banco de dados da Central de Regulao, aes que precisam ser desencadeadas dentro da prpria rea da sade e de outros setores, como trnsito, planejamento urbano, educao dentre outros.

    Participar da educao sanitria, proporcionando cursos de primeiros socorros comunidade, e de suporte bsico de vida aos servios e organizaes que atuam em urgncias;

    Estabelecer regras para o funcionamento das centrais regionais.

    5.3. Equipe do SAMU

    Todas as equipes trabalham em sistema de planto, com cobertura por 24 horas, todos os dias da semana, excetuando-se a equipe area, onde somente so realizados vos diurnos.

    Equipe da central de regulao Mdicos reguladores

    Tcnicos auxiliares de regulao mdica

    Controladores de Frota e Radioperadores

    Equipe das Unidades de Tratamento Intensivo Mvel (UTIM) Mdico Enfermeiro Motorista-socorrista Equipe do Helicptero de Suporte Avanado PRF-SAMU Mdico (SAMU) Enfermeiro (SAMU) Piloto (PRF) Tcnico de Operaes Especiais (PRF)

    Equipes das Unidades Mveis de Suporte Bsico

    Tcnico de Enfermagem

    Motorista-socorrista

    As Centrais de Regulao Mdica de Urgncia do SAMU-192 estabelecem a conexo com toda a rede de sade na macro-regio de abrangncia atravs de telefonia ou rdio. As Centrais de Regulao Mdica de Urgncia do SAMU-192, esto inter conectadas entre si atravs de telefonia. H interao entre as centrais de regulao, a Polcia Militar e o Corpo de Bombeiros.

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    5.4. Tipos de Unidades de Interveno da SAMU

    Os Tipos de Unidades e as Intervenes Unidades de Suporte Bsico de Vida do

    SAMU Cada Unidade Mvel de Suporte Bsico tem, alm de material de consumo onde inclui-se medicaes, no mnimo: rede de oxignio, prancha longa de madeira para imobilizao da coluna, colares cervicais, cilindro de O2, talas de imobilizao de fraturas e ressuscitador manual adulto e infantil (ambu).

    UTI mveis do SAMU Cada Unidade de Tratamento Intensivo Mvel (UTIM) tem, alm de material de consumo, no mnimo: uma incubadora para transporte, um aspirador cirrgico para ambulncia, um respirador a volume, um monitor multiparmetros, um oxmetro digital e bomba de infuso para seringas, alm de todo o material para imobilizao e medicamentos de cuidados intensivos.

    Helicptero de Suporte Avanado de Vida PRF-SAMU O Helicptero de Suporte Avanado de Vida PRF-SAMU, viabilizado atravs de um convnio entre a Polcia Rodoviria Federal e o SAMU tem, alm de material de consumo, no mnimo: um aspirador cirrgico, um respirador a volume, um

    monitor multiparmetros, um oxmetro digital e bomba de infuso para seringas, alm de todo o material para imobilizao e medicamentos de cuidados intensivos.

    6. Legislao sobre Urgncias e

    Emergncias no Brasil

    A Portaria 2048/2002 do Ministrio da Sade Regulamento Tcnico dos Sistemas Estaduais de Urgncia e Emergncia. Ela prope a implantao nas unidades de atendimento s urgncias do acolhimento e da triagem classificatria de risco.

    De acordo com esta Portaria, este processo deve ser realizado por profissional de sade, de nvel superior, mediante treinamento especfico e utilizao de protocolos pr-estabelecidos e tem por objetivo avaliar o grau de urgncia das queixas dos pacientes, colocando-os em ordem de prioridade para o atendimento.

    Mais que uma previso legal, a classificao de risco entendida como uma necessidade para melhor organizar o fluxo de pacientes que procuram as portas de entrada de urgncia/emergncia, garantindo um atendimento resolutivo e humanizados queles em situaes de sofrimento agudo ou crnico agudizado de qualquer natureza.

    Por questes histricas e tambm por encontrar dificuldades para o acesso ao sistema pblico de sade, a populao procura a urgncia como porta de entrada para resoluo de seus problemas.

    Estes servios so freqentemente criticados pela populao e seus trabalhadores sentem-se desmotivados com a presso por atendimento em

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    maiores quantidade e rapidez. Vrios trabalhos confirmam este cenrio caracterizado por um custeio elevado, grande demanda saturao dos servios, usurios e trabalhadores insatisfeitos e violncia cotidiana contra os trabalhadores.

    Muitos estudiosos do processo de organizao em sade, com formao e olhares diversos, vm pesquisando e apontando a necessidade da mudana do paradigma assistencial vigente como sada mais provvel e eficaz para os problemas citados.

    Nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), como tentativa de minimizar os efeitos da presso na porta de entrada, iniciativas isoladas foram tomadas por profissionais enfermeiros que atuavam como priorizadores do atendimento mdico, responsabilizando-se, durante seus plantes, pelo acesso do cidado consulta mdica.

    Portaria GM/ MS 1863/ 2003 Poltica Nacional de Ateno s urgncias a ser implantado em todas as unidades federais, respeitadas as competncias das trs esferas de gesto.

    Portaria GM/ MS1864/ 2003 Institui os Componentes pr-hospitalar mvel da Poltica Nacional de Ateno s Urgncias, por intermdio da implantao de Servios de Atendimento Mvel de Urgncia em municpios e regies de todo o territrio brasileiro SAMU- 192.

    Portaria 1020/2009 Estabelece as diretrizes para a implantao do componente Pr-hospitalar fixo para a organizao de redes loco - regionais de ateno integral as urgncias em conformidade com a Poltica Nacional de Ateno s urgncias.

    7. Classificao de risco

    Objetivos:

    Humanizar o atendimento mediante escuta qualificada do cidado que busca os servios de urgncia/emergncia;

    Classificar, mediante protocolo, as queixas dos usurios que demandam os servios de urgncia/emergncia, visando identificar os que necessitam de atendimento mdico mediato ou imediato;

    Utilizar o encontro com o cidado como instrumento de educao no que tange ao atendimento de urgncia/emergncia;

    Construir os fluxos de atendimento na urgncia/emergncia considerando a rede dos servios de prestao de assistncia sade.

    O profissional de sade, o usurio dos servios de urgncia/emergncia e a populao constroem estratgias coletivas que promovem mudanas nas prticas dos servios. O acolhimento uma destas estratgias.

    Tradicionalmente, o acolhimento no campo da sade identificado ora como uma dimenso espacial (recepo administrativa e ambiente confortvel), ora como uma ao de triagem administrativa e repasse de encaminhamentos.

    Entretanto, essas medidas, quando tomadas isoladamente dos processos de trabalho em sade, se restringem a uma ao pontual, isolada e descomprometida com os processos de responsabilizao e promoo de vnculo.

    Portanto, prope-se o acolhimento aliado aos conceitos de sistema e rede numa estratgia ampla, na promoo da

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    responsabilizao e vnculo dos usurios ao sistema de sade.

    QUEM FAZ O ACOLHIMENTO COM

    CLASSIFICAO DE RISCO? Equipe multiprofissional composta por:

    enfermeiro, auxiliar de enfermagem, servio social, equipe mdica, profissionais da portaria/recepo e estagirios.

    A QUEM SE DESTINA?

    Usurios que procuram as portas dos servios de urgncia/emergncia do sistema de sade da rede SUS no municpio de Belo Horizonte, no momento definido pelo mesmo como de necessidade aguda ou de urgncia. Observao importante: Nenhum paciente poder ser dispensado sem ser atendido, ou seja, sem ser acolhido, classificado e encaminhado de forma responsvel a uma Unidade de Sade de referncia.

    COMO SE APLICA O ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAO DE RISCO?

    um processo dinmico de identificao dos pacientes que necessitam de interveno mdica e de cuidados de enfermagem, de acordo com o potencial de risco, agravos sade ou grau de sofrimento. Esse processo se d mediante escuta qualificada e tomada de deciso baseada em protocolo, aliadas capacidade de julgamento crtico e experincia do enfermeiro. Ao chegar ao servio de urgncia demandando necessidade aguda ou de urgncia, o usurio acolhido pelos funcionrios da portaria/recepo ou estagirios e encaminhado para confeco da ficha de atendimento. Aps a sua identificao, o usurio encaminhado ao espao destinado Classificao de Risco onde acolhido pelo auxiliar de enfermagem e enfermeiro que, utilizando informaes da escuta qualificada e da tomada de dados vitais, se baseia no protocolo e classifica o usurio em:

    VERMELHO, ou seja, emergncia (ser atendido imediatamente na sala de emergncia);

    AMARELO, ou seja, urgncia (ser atendido com prioridade sobre os pacientes classificados como VERDE, no consultrio ou leito da sala de observao);

    VERDE, ou seja, sem risco de morte imediato (somente ser atendido aps todos os pacientes classificados como VERMELHO e AMARELO);

    AZUL, ou seja, quadro crnico sem sofrimento agudo ou caso social (dever ser preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Bsica de Sade ou atendido pelo Servio Social). Se desejar poder ser atendido aps todos os pacientes classificados como VERMELHO, AMARELO e VERDE.

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    CONDUTA A SER TOMADA:

    Os pacientes classificados como VERMELHO devem ser rapidamente encaminhados para a sala de emergncia, onde devero receber cuidados mdicos e de enfermagem imediatos. Existe um subgrupo de pacientes classificados como VERMELHO considerados PRIORIDADE I, que toda a equipe deve estar alerta para identific-los e encaminh-los sala de emergncia com acionamento de sinal sonoro.

    Os pacientes classificados como AMARELO devem aguardar atendimento mdico em sala de espera priorizada, assentados, onde devero estar sob superviso contnua de toda a equipe da Unidade. Devero ser reavaliados idealmente a cada 30min ou imediatamente em caso de alterao do quadro clnico, durante a espera para o atendimento mdico.

    Os pacientes classificados como VERDE tambm aguardam atendimento mdico em sala de espera, tendo sido orientados que sero atendidos aps os pacientes classificados como VERMELHO ou AMARELO. Devero ser reavaliados em caso de alterao do quadro clnico. Pacientes classificados como VERDE podem tambm receber encaminhamento unidade bsica de referncia pelo servio social, via contato telefnico, com garantia de consulta mdica e/ou cuidados de enfermagem, situao que deve ser pactuada previamente.

    Pacientes classificados como AZUL podero ser encaminhados, atravs de documento escrito, para o acolhimento na Unidade Bsica de Sade de referncia ou tero seus casos resolvidos pela Equipe de Sade.

    Observao importante: Todos os pacientes classificados como VERDE e AZUL, se desejarem, sero atendidos pela Equipe de Sade.

    OBSERVAES GERAIS:

    Alguns grupos de pacientes foram descritos no protocolo como situaes especiais. So eles: idosos, deficientes fsicos, deficientes mentais, acamados, pacientes com dificuldade de locomoo, gestantes, algemados, escoltados ou envolvidos em ocorrncia policial, vtimas de abuso sexual e pacientes que retornam em menos de 24h sem melhora. Esses pacientes devem merecer ateno especial da equipe da Classificao de Risco e, dentro do possvel, a sua avaliao deve ser priorizada, respeitando a situao clnica dos outros pacientes que aguardam atendimento.

    INDICADORES: Prope-se que sejam avaliados, entre outros, os seguintes indicadores:

    Percentual de usurios segundo classificao de gravidade (VERMELHO, AMARELO, VERDE e AZUL);

    Tempos de espera (chegada do paciente at a classificao, classificao at o atendimento mdico) e de permanncia de acordo com a classificao;

    Nmero de altas, transferncias, internaes e bitos de acordo com a classificao de gravidade;

    Nmero de consultas simples, consulta com terapia e consulta com observao de acordo com a classificao de gravidade.

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    URGNCIA E EMERGNCIA AVALIAO Ateno! Ao realizar avaliao se faz necessrio o preenchimento do gabarito em nossa pgina para que possamos avaliar seu rendimento e emitir o seu certificado. Clique no link abaixo e siga as instrues. http://www.enfermagemadistancia.com.br/conta-do-usuario.php Clique no boto Entrar na rea do usurio, digite seu e-mail e senha. Uma vez logado clique no boto Minha Conta, depois na aba Inscries e,

    por fim, clique no cone .

    1) A sncope caracterizada por:

    a) Aumento do fluxo sanguneo. b) Hemostasia sangunea c) Reduo do fluxo sanguneo no crebro. d) Hemorragia interna

    2) Aps um acidente traumtico, o

    paciente apresenta sinais de hipotenso e ao exame indica acentuada diminuio do nmero de glbulos vermelhos, da hemoglobina e do hematcrito. O paciente est apresentando um quadro de:

    a) Infarto b) Hemorragia c) PCR d) Desmaio

    3) Um trabalhador sofreu queimadura

    extensa dor determinado agente fsico. Qual cuidado o enfermeiro deve dar?

    a) Aplicar soro fisiolgico

    b) Aplicar Hidrocolide c) Aplicar xilocana d) Aplicar saf-gel

    4) No tratamento da emergncia vrios

    princpios so aplicados, exceto:

    a) Controlar hemorragia b) Manter vias areas abertas c) Avaliar o nvel de conscincia. d) Solicitar antibiograma

    5) Na assistncia a um paciente com crise

    convulsiva, o enfermeiro deve:

    a) Mant-lo em decbito ventral b) Mant-lo sentado c) Elevar sua cabea para que no se

    sufoque. d) Garantir a permeabilidade das vias

    areas.

    6) Aps um acidente com leso visvel da cabea, a vtima queixa-se de dor no pescoo. O enfermeiro deve:

    a) Imobilizar adequadamente a cervical. b) Mant-lo em decbito dorsal com

    cabeceira elevada a 45. c) Mant-lo em decbito dorsal com

    cabeceira elevada a 30. d) Perguntar ao paciente como ocorreu o

    acidente.

    7) Uma das estratgias do Ministrio da Sade no atendimento das urgncias e emergncias no pas foi utilizao da classificao de risco. Sobre este procedimento incorreto afirmar que:

    a) VERMELHO, ou seja, emergncia (ser atendido imediatamente na sala de emergncia).

    b) AMARELO, ou seja, urgncia (ser atendido com prioridade sobre os

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    pacientes classificados como VERDE, no consultrio ou leito da sala de observao).

    c) VERDE, ou seja, risco de morte imediato (ser atendido imediatamente).

    d) AZUL, ou seja, quadro crnico sem sofrimento agudo ou caso social (dever ser preferencialmente encaminhado para atendimento em Unidade Bsica de Sade ou atendido pelo Servio Social).

    8) Equipe presente na ambulncia de Suporte Bsico de Vida:

    a) Mdico, enfermeiro, condutor b) Tcnico de enfermagem e condutor c) Tcnico de Enfermagem, enfermeiro e

    condutor d) Condutor e mdico.

    9) Sobre as Portarias que regulamentam os

    servios de urgncia e emergncias no Brasil, assine a alternativa incorreta.

    a) Portaria GM/ MS 2.048/ 2002 b) Portaria GM/ MS 1863/ 2003 c) Portaria GM/ MS 1865/ 2002 d) Portaria GM/ MS 1020/ 2009

    10) Sobre os objetivos do SAMU, incorreto

    afirmas: a) Assegurar a escuta mdica permanente

    para as urgncias, atravs da Central de Regulao Mdica das Urgncias, utilizando nmero exclusivo e gratuito;

    b) Operacionalizar o sistema regionalizado e hierarquizado de sade, no que concerne s urgncias, equilibrando a distribuio da demanda de urgncia e proporcionando resposta adequada e adaptada s necessidades do cidado, atravs de orientao ou pelo envio de equipes, visando atingir todos os municpios da regio de abrangncia;

    c) Realizar a coordenao, a regulao e a superviso mdica, direta ou distncia, de todos os atendimentos pr-hospitalares;

    d) Impedir a realizao do atendimento mdico pr-hospitalar de urgncia, tanto em casos de traumas como em situaes clnicas.

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    REFERNCIAS: 1- BARRETO, S.S. M.; VIEIRA, S. R. V. e

    PINHEIRO, C. T. S. e Cols. Rotinas em Terapia Intensiva 3 ed Porto Alegre: Artmed, 2003.

    2- BELLATO, R; PEREIRA WR, MARUYAMA SAT,

    OLIVEIRA PC. A convergncia cuidado-educao-politicidade: um desafio a ser enfrentado pelos profissionais na garantia aos direitos sade das pessoas portadoras de estomias. Texto Contexto Enferm, Florianpolis 2006 abr-jun; 15 (2): 334-42.

    3- BRAGA, CP, CHRIZOSTIMO, MM.

    Sistematizao da assistncia de enfermagem: anlise do registro do enfermeiro. Enfermagem Brasil, julho-agosto, 2000; 5(4): 207-211.

    4- CIANCIARULLO, Tamara Iwanow (Org.).

    Instrumentos bsicos para o cuidar: um desafio para a qualidade de assistncia. 1 ed. So Paulo: Atheneu, 2004.

    5- KNOBEL, E. e Cols. Terapia Intensiva: enfermagem. So Paulo: Atneu, 2006.

    6- LIMA, E. X.; SANTOS, I. Atualizao de enfermagem em nefrologia. Rio de Janeiro: Sociedade Brasileira de Enfermagem em Nefrologia, 2004.

    7- SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G. Tratado de Enfermagem mdico-cirrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

    8- BELO HORIZONTE. Secretaria Municipal de Sade. Coordenao de Urgncia e Emergncia. Proposta de Regulao da Porta de Entrada das Unidades de Urgncia e Emergncia de Belo Horizonte. Belo Horizonte: SMSA, 2002. 8p.

    9- NORONHA, R. Projeto de Sistematizao: atendimento contnuo, regular e escalonado na 14- UPA Oeste. Belo Horizonte: UPA Oeste, 2003. 73p.

    10- ROCHA, A. F. S. Determinantes da Procura de Atendimento de Urgncia Pelos Usurios nas Unidades de Pronto Atendimento da Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte. Dissertao. Belo Horizonte: Faculdade de Enfermagem da UFMG, 2005. 98f.

    11- SANTOS JNIOR, E. A. Violncia no Trabalho: o retrato da situao dos mdicos das Unidades de Pronto Atendimento da Prefeitura de Belo Horizonte. Dissertao. Belo Horizonte: Faculdade de Medicina da UFMG, 2004. 145f.