269

ebook_estudando_logistica_a_partir_de_artigos_volume1.pdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • ESTUDANDO LOGSTICA A PARTIR DE ARTIGOS

    COLEO CASOS E ESTUDOS

    Ernandes Rodrigues (Organizador)

    Copyright 2014 by Ernandes Rodrigues 1 Edio Volume 1 fevereiro de 2014

    ___________________________ Capa

    Thyago Douglas Mendes de Almeida

    Reviso Departamento Editorial do NPEL

    Professora da Disciplina Ameliara Freire

    2014

    Ncleo de Pesquisas e Estudos em Logstica - NPEL

  • R696e Rodrigues, Ernandes (Org) Estudando logstica a partir de artigos. / Ernandes Rodrigues (org).

    Paulista: NPEL, 2013. 272 p. (Coleo casos e estudos ; 1)

    Inclui bibliografia.

    1. logstica . 2. artigos cientficos. 3. NPEL. I. Titulo.

    CDU 658.7

  • APRESENTAO

    Este livro o resultado do trabalho em conjunto entre os membros do Ncleo de

    Pesquisas e Estudos em Logstica NPEL, o qual coordenado pelo curso de Logstica da

    Faculdade Joaquim Nabuco, unidade Paulista, tendo como colaboradores professores,

    coordenadores de cursos, direo da Faculdade, e, principalmente, os alunos concluintes do

    curso de logstica em 2013.2, os quais com muito esforo e dedicao pesquisaram,

    escreveram e apresentaram os artigos aqui presentes como trabalhos de concluso da

    disciplina de Tpicos Integradores.

    O NPEL foi constitudo com o objetivo de trazer aos alunos do curso de Logstica da

    Faculdade Joaquim Nabuco, unidade Paulista, oportunidade de desenvolvimento prtico dos

    conhecimentos aprendidos durante o curso, alm de contribuir com os professores e alunos

    na produo cientfica. O Ncleo foi inaugurado no dia 25 de outubro de 2013 e iniciou suas

    atividades em 1 de novembro do mesmo ano.

    Este livro foi estruturado em vinte captulos, seguindo a ordem de apresentao dos

    trabalhos durante o perodo de 9 a 13 de dezembro de 2013. Os artigos, depois de

    apresentados, foram devolvidos aos alunos para a correo das consideraes feitas pela

    Banca de Avaliao, a qual foi composta pela professora da Disciplina, profa. Ameliara Freire,

    o coordenador do Curso de Logstica da Faculdade Joaquim Nabuco Paulista Centro, o prof.

    Ernandes Rodrigues e o orientador de cada equipe, quais podem ser consultados ao final do

    trabalho.

    Como o objetivo deste book apresentar o resultado dos trabalhos no seu formato

    original, no foram feitas nenhum tipo correo: gramatical, de formato, de uso das normas

    da ABNT e da prpria construo do artigo. Isto permitir que os alunos e professores utilizem

    o livro como um instrumento de ensino-aprendizagem para identificar os acertos e erros mais

    comuns aos alunos do nvel superior, sobretudo, os alunos dos cursos superiores de

    tecnologia em gesto, os quais possuem um tempo menor para a construo de novos

    conhecimentos. Outra vantagem permitir que os futuros alunos do curso na Faculdade

    possam ter acesso a tudo que j foi produzido, evitando repetio de pesquisas com os

  • mesmos resultados ou permitindo atualizao das informaes presentes nas pesquisas j

    publicadas.

    Tambm objetivo do livro permitir a construo de conhecimento e a produo

    cientfica, demanda emergente no Brasil, principalmente quando se observa o crescimento

    nacional e a formao de uma populao esprito pesquisador.

    Por fim, vrios professores podero fazer sugestes de pesquisas futuras, tomando

    como base a escassez de contedo acadmico e cientfico em algumas reas e as demandas

    de mercado e os insights presentes neste livro.

    Os alunos ao construrem suas pesquisas, assinaram um termo de compromisso com

    a verdade e a tica, responsabilizando-se por tudo que expuseram em seus trabalhos. A

    Faculdade e os membros participantes do NPEL no possuem qualquer responsabilidade

    sobre o contedo escrito por seus autores. Os termos assinados e os documentos originais

    encontram-se registrados na Coordenao do Curso.

    Contudo, o livro no poder ser comercializado, sendo distribudo gratuitamente

    pelas redes sociais, aplicativos mveis e meios eletrnicos, alm de estar disponvel para

    consulta na Biblioteca da Faculdade Joaquim Nabuco unidade Paulista Centro.

    Buscando evitar qualquer tipo de constrangimento, principalmente por haver artigos

    com falhas as normas cultas e cientficas, os nomes dos alunos-autores esto relacionados ao

    final do livro, mas sem referncia ao artigo cientfico. O mesmo acontece com os nomes dos

    professores orientadores, os quais apenas instruram os alunos sobre como pesquisar, como

    escrever e como apresentar os resultados, ficando sob responsabilidade do aluno a produo

    final do artigo.

    Esperamos que a leitura deste livro contribua para a sua formao, identificando os

    acertos e erros que por ventura voc tambm venham desenvolvendo. E, caso deseje ajudar

    a melhorar os artigos aqui presentes, entre em contato com o autor a partir do e-mail e faa

    as suas sugestes.

    Desejamos a voc uma boa leitura.

  • Sumrio

    1. TRANSPORTADORA RODOVIRIA DE CARGAS .................................................. ................ 7

    2. BENEFCIOS DA AUTOMAO EM UMA EMPRESA DE OPERADORES LOGSTICOS NO SEGMENTO

    DE TRANSPORTE DE PNEUS. ........................... ................................................... .................................... 18

    3. ANLISE DAS RODOVIAS ESTADUAIS E FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO: Um Estudo de

    caso sobre as Rodovias de Pernambuco. ............. ................................................... .............................. 33

    4. IMPLANTAO DO SISTEMA DE GERENCIAMENTO ADMINISTRATIVO E PRODUTIVO ................. 45

    5. MOBILIDADE DE VECULOS NA OPERAO DE CARGA E DESCARGA DE PRODUTOS NO CENTRO

    DE ABASTECIMENTO E LOGSTICA DE PERNAMBUCO (CEASA/PE). ............................................... ....... 57

    6. O ENDOMARKETING COMO FERRAMENTA DE GESTO E ESTRATGIA. ...................................... 71

    7. ANLISE DE GESTO DE ESTOQUE: ESTUDO DE CASO EM UMA EMPRESA DE PRODUTOS DE

    LIMPEZA DE AUTARQUIA PRIVADA SITUADA NA REGIO METROPOLITANA DE PAULISTA ................. 84

    8. TRANSPORTES RODOVIRIOS DE CARGAS .............. ................................................... ................... 96

    9. EFICINCIA NO PROCESSO DE COMPRAS EM PEQUENAS EMPRESAS ........................................ 107

    10. ANLISE DA EFICINCIA DO TRANSPORTE TERCEIRIZADO DE CARGA RODOVIRIO EM UMA

    EMPRESA DE EMBALAGEM SITUADA EM ABREU E LIMA ......................................................... .......... 118

    11. ARMAZENAGEM E MOVIMENTAO .................... ................................................... ............... 131

    12. TRANSPORTE RODOVIRIO DE CARGA ESPECIAL INDIVISVEL: Ps De Geradores De Energia

    Elica 140

    13. O PAPEL DO LDER COACH NA LOGSTICA COMO VANTAGEM COMPETITIVA ....................... 158

    14. LOGSTICA REVERSA: A Reciclagem De Garrafas Pets E Suas Possibilidades Sustentveis ..... 178

    15. Mobilidade Urbana: Transporte Pblico em Recife e RM (Regio Metropolitana) ................ 194

    16. LOGSTICA REVERSA- LATAS DE ALUMNIO .......... ................................................... ................ 201

    17. A IMPORTNCIA DA TECNOLGICA DA INFORMAO NA ARMAZENAGEM DE MATERIAIS

    PERMANENTE ........................................ ................................................... ........................................... 209

    18. PERDAS E DANOS DE CARGAS NO MODAL RODOVIRIO BRASILEIRO.................................... 222

    19. INFORMATIZAO: FATOR ESSENCIAL ............... ................................................... .................. 237

    20. ANLISE DOS PROFISSIONAIS DA REA DE LOGSTICA E A SATISFAO NO DESEMPENHO DE

    SUAS ATIVIDADES. .................................. ................................................... .......................................... 246

  • [ 7 ]

    1. TRANSPORTADORA RODOVIRIA DE CARGAS

    RESUMO.

    O modal rodovirio ainda o principal meio de transporte, este um fato que ocorre desde a dcada de 50, com expanso das indstrias dos mais diversos seguimentos (Rodrigues, 2005, p 147). A importncia desse tipo de transporte vem desde que o homem teve necessidade de transportar seus bens, e se tornou mais forte com a criao das primeiras formas de organizao de transportes feitas pelo homem, chamadas rodovias (Paulo Roberto Ambrsio Rodrigues) fazendo que o transporte (seja ele qual for) seja o principal componente da logstica. Com advento da Revoluo industrial, e com o crescimento econmico houve a necessidade de expandir suas mercadorias e diversificar essas trocas, aumentando assim a necessidade do homem de construir e aperfeioar veculos de diferentes velocidades e capacidades de carga para melhor atender suas necessidades. No decorrer desde analisar iremos citar sua importncia nos dias atuais, suas problemticas como vantagens e desvantagens do transporte rodovirio.

    Palavra Chave: Transporte, Logstica, prazo de entrega e Distribuio.

    ABSTRACT.

    The road system is still the main means of transportation; this is a fact that has occurred since

    the 50s, with the expansion of industries from various segments (Roberts, 2005, p 147). The

    importance of this type of transport is since man had need to transport their goods , and became

    stronger with the creation of the first forms of transport arrangements made by man , called "

    highways " ( Paulo Roberto Rodriguez Ambrsio ) making the transportation ( whatever it is )

    is the major component of logistics. With the advent of the Industrial Revolution, and economic

    growth was necessary to expand and diversify their merchandise these exchanges, thereby

    increasing the need for man to build and perfect vehicles of different speeds and load capacities

    to better meet your needs. In the course since we will analyze cite its importance today, their

    problems as advantages and disadvantages of road transport.

    Keyword: Transport, Logistics, delivery and Distribution.

    INTRODUO

    Segundo Ballou (2001, p.29). Para logstica acrescenta o conceito de ferramentas

    utilizadas pelo departamento de marketing de uma empresa (produto, local, tempo e condies)

    citando que a misso da logstica dispor a mercadoria ou o servio certo, no lugar certo, no

    tempo certo e nas condies desejadas ao mesmo tempo em que o fornece a maior contribuio

    possvel de valores s empresas. Atravs desse trabalho vamos mostrar a importncia do

    transporte rodovirio, os benefcios que esse meio pode trazer as empresas e ao consumidor

  • [ 8 ]

    final. Vendo tambm as possibilidades de integrao entre as sociedades, que produzem bens

    diferentes, permitindo a trocar e a expanso dos mercados. Conhecer as principais funes das

    transportadoras, que facilitam o acesso a produtos que no estariam disponveis. A matriz de

    transporte do nosso pas tem como foco o modal rodovirio e as grandes corporaes que se

    utilizam de operadores de transportes rodovirios para esvaziamento de todo tipo de cargas,

    uma relao entre cliente e fornecedor que no tem acessvel no lugar onde moram os produtos

    que necessitam e se os tm, os custos dificultam uma negociao em nvel regional.

    Segundo jornal Gazeta do povo apud portal Partner Consulting:

    [...] O forte ritmo da economia nos ltimos meses est provocando novos gargalos na logstica de transporte brasileira. Com a demanda aquecida por causa do consumo interno as empresas j sentem dificuldade para escoar sua produo. Por falta de caminhes, as transportadoras esto tendo que recusar clientes e o preo do frete j subiu, em mdia, 12% [...]

    PROBLEMTICA

    Esta na falta de informao para os processos de rotina do transporte rodovirio, realizar

    treinamento junto aos colaboradores, atender a necessidades do cliente dentro do prazo

    acordado, entre eles um dos principais problemas dentro do transporte so extravios de

    mercadorias, avarias de cargas, as pssimas condies de nossas estradas, a falta de informao

    da transportadora com o fornecedor ou destinatrio.

    A possibilidade de avarias aumenta com a quantidade de movimentao, fragilidade da

    mercadoria, o tempo de transito afeta diretamente no prazo da entrega. Assim o transporte

    rodovirio deve buscar eficincia e qualidade. A maioria das transportadoras gerenciada por

    seus parentes em cargos de gerente regional mais que no tem nenhuma experincia em

    transporte o que dificulta a implantao de tecnologia e processos mais eficientes o processos

    para padronizao de operao necessitam de investimento, treinamento e um perodo para

    adaptao, ou seja, mo de obra qualificada consolidao e carregamento para fins de

    transferncia de cargas fracionadas.

    Pesquisa feita com mais de 06 colaboradores de uma transportadora de cargas

    fracionadas

    JUSTIFICATIVA

  • [ 9 ]

    Pretende-se mostra a importncia do transporte rodovirio para observar os benefcios

    que o transporte rodovirio oferecer para quem optar por esse sistema. Alm de transporta as

    cargas, hoje as transportadoras fazem no s o transporte da carga mais tambm a logstica,

    diante de todo fato e informaes de modais e nossos conhecimento dentro dos modais

    percebesse que o modal rodovirio um dos mais utilizado no transporte de cargas, pois pela

    velocidade de carregamento e o percurso em tempo hbil dependendo do local de destino pode

    ser entregue at no mesmo dia. Para os demais modais exige uma series de situaes, como

    horrio de embarques, tempo de carregamento, local de entrega de difcil acesso, capacidade de

    modal no suporta a quantidade de cargas, alm de vrias documentaes exigidas para os

    embarques.

    OBJETIVO

    Objetivo Geral

    Sugerir melhorias nos processos operacionais, no que tange ao fluxo de volumes dentro

    de uma transportadora de grande porte. O objetivo demonstrar que o investimento em

    treinamento, profisses atuando com experincia em seus setores, bons gestores, melhoria no

    processo operacional, investimento em tecnologia, melhoria no nvel de servio e planejamento

    para a conquista de novos clientes e permanecia deles sustenta o bom nvel da transportadora

    nessa grande concorrncia de transportadora no mercado hoje.

    METODOLOGIA

    Apresente pesquisar envolve mtodos qualitativos. Houve tambm a utilizao de

    estudo de caso de uma empresa do ramo de transporte rodovirio de cargas fracionadas no

    intuito de demonstra os conceitos apresentados, Para esse estudo utilizamos mtodos de

    levantamento bibliogrficos, o estudo iniciou-se com a pesquisar de dados que mostrassem a

    importncia, e os problemas do transporte rodovirio.

    TRANSPORTE RODOVIRIO DE CARGAS

  • [ 10 ]

    Transporte Rodovirio aquele que se realiza em estradas de rodagem, com utilizao

    de veculos como caminhes e carretas. O transporte rodovirio pode ser em territrio nacional

    ou internacional, inclusive utilizando estradas. Com base em dados da empresa brasileira de

    planejamento de transporte GEIPOT (1970-1995, apud Ferreira e Malliagros, 1999) tem-se

    que no perodo 1950-1970, o setor de transporte rodovirio de mercadorias evoluiu de 49,6%

    para 69,8% na participao de carga transportada. Atingindo a maior parcela de participao

    em 1972 com 72,33% das mercadorias em trfego interurbano.

    A LOGSTICA

    Para Pereira (2005 apud Freitas, 2003), a logstica a chave da prosperidade das

    empresas, para ele o mercado atual exige uma maior eficincia por partes das empresas em suas

    respectivas logsticas, para que assim elas busquem ultrapassar os limites locais. As logsticas

    podem caracterizar como estratgia, pois o termo de origem militar e significa a arte de

    transportar, abastecer e alojar tropas. Com o passar do tempo, o significado foi se tornando mais

    amplo, passando a abranger outras reas como a gerncia de estoques, armazenagem e

    movimentao.

    O transporte uma das principais funes. Alm de representar a maior parcela dos

    custos logsticos na maioria das organizaes, tem papel fundamental no desempenho de

    diversas dimenses do servio ao cliente. Do ponto de vista de custos, representa em mdia

    cerca de 60% das despesas logsticas, o que em alguns casos pode significar duas vezes o lucro

    de uma companhia (Fleury, 200). O transporte corresponde a cerca de 6% do PIB nacional

    (lima, 2005 apud Wanke & Fleury, 2006).

    Nova definio para conceito de logstica

    Logstica o processo de planejar, implementar e controlar com eficincia e a custos mnimos, o fluxo e a estocagem de matrias-primas, matrias em processo produtos acabados e informaes relacionadas, do ponto de origem ate o ponto do consumidor, com o objetivo de se assegurar aos requisitos (CLM apud SEVERO FILHO, 2006).

    TRANSPORTE RODOVIRIO: SITUAO DO BRASIL

    Segundo dados da Confederao Nacional de Transportes, 2008, o transporte

    rodovirio detm a maior participao na matriz do transporte de cargas no Brasil, com 61,1%

  • [ 11 ]

    o que corresponde a 485,6 bilhes de TKU 2. Dados estes que no elucidam a eficincia total

    do modal rodovirio no Brasil, pois devido falta de infraestrutura adequada, nem sempre

    utilizado o modal mais adequado ao tipo de carga transportado. Diante da falta de

    disponibilidade de outros modais, o embarcador acaba utilizando o modal rodovirio, que

    apesar dos baixos valores de frete praticados, no teria como competir com uma ferrovia ou

    hidrovia, principalmente nas longas distncias. Logo os custos logsticos do pas poderiam ser

    menores caso houvesse maior participao dos demais modais, isto , maior equilbrio entre os

    modais de transporte. No entanto, pode se afirmar que o Brasil um pas extremamente

    dependente do modal rodovirio. Mesmo com a possvel tendncia ao aumento da participao

    dos outros modais. A infraestrutura rodoviria se apresenta intimamente relacionada com o

    processo de exportao. Esta infraestrutura representa o elo entre as reas de produo e de

    escoamento, alm de se constituir no ponto fundamental para o trfego dos bens de produo,

    envolvidos no processo de fabricao de produtos. NAZRIO et. AL (2000 apud OLIVEIRA;

    SILVA, 2007).

    Segundo Hara (2005, p. 40). No entanto, cerca de 30% de toda a extenso da malha

    viria brasileira est muito danificada pela falta de manuteno e apenas 96 353 quilmetros

    esto pavimentados. Alm disso, parte relevante das ligaes interurbanas no pas, mesmo em

    algumas regies de grande demanda, ainda se do por estradas de terra ou com estado de

    conservao precrio, especialmente nas regies Norte e Nordeste do pas, o que resulta em

    prejuzos para o transporte de cargas bem como acidentes e mortes. (DNIT). Departamento de

    infraestrutura de Transportes.

    CARACTERSTICA DO TRANSPORTE RODOVIRIO

    O transporte rodovirio um dos mais simples e eficientes dentre seus pares. Sua nica

    exigncia existirem rodovia (Rodrigues, 2003, p. 51). s. Oficialmente o transporte rodovirio

    so classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distncia entre eixos de acordo com

    Rodrigues (2003). Porm para facilitar vamos classific-los pelas finalidades a que se destinam.

    Tipos de Veculos

  • [ 12 ]

    O transporte de carga exercido predominante com veculos rodovirios denominados

    caminhes e carretas, sendo que ambos podem ter caractersticas especiais e tomarem outras

    denominaes (Keedi, 2003 p 101).

    De acordo com Rodrigues (2003), os veculos utilizados no transporte rodovirio so

    classificados por sua capacidade de carga, quantidade e distncia entre eixos.

    Caminho plataforma: Transporte de contineres e cargas de grande volume ou peso

    unitrio;

    Caminho ba: Sua carroceria possui uma estrutura semelhante dos contineres, que

    protegem das intempries toda a carga transportada.

    Caminho caamba: Transporte de cargas a granel, este veculo descarrega suas

    mercadorias por gravidade, pela basculao da caamba.

    Caminho aberto: Transporte de mercadorias no perecveis e pequenos volumes. Em

    caso de chuva so cobertos com lonas encerados.

    Caminho refrigerado: Transporte de gneros perecveis. Semelhante ao caminho ba

    possui mecanismos prprios para a refrigerao e manuteno da temperatura no

    compartimento de carga.

    Caminho tanque: Sua carroceria um reservatrio dividido em tanques, destinado ao

    transporte de derivados de petrleo e outros lquidos a granel.

    Caminho graneleiro ou silo: Possui carroceria adequada para transporte de granis

    slidos. Descarregam por gravidade, atravs de portinholas que se abrem.

    Caminhes especiais: Podem ser:

    Rebaixados e reforados: Para o transporte de carga pesada: (carreta heavy);

    Possuir guindaste sobre a carroceria (munk);

    Cegonhas, projetadas para o transporte de automveis;

    Semirreboques: Carrocerias, de diversos tipos e tamanhos, sem propulso

    prpria, para acoplamento a caminhes-trator ou cavalo mecnico, formando os

    conjuntos articulados, conhecidos como carretas.

  • [ 13 ]

    Conforme Keedi (2003), suas capacidades de transporte dependem de sua fora de

    trao, tamanho, bem como quantidade de eixos. O peso do veculo em si denominado de tara

    enquanto sua capacidade de carga a sua lotao, no ingls payload, sendo que somados

    representam o peso bruto total do veculo.

    Vantagens e Desvantagens do Transporte Rodovirio quadro 1

    Vantagens Desvantagens

    Maior disponibilidade de vias de acesso Maior custo operacional e menor capacidade

    de carga

    Possibilita o servio porta a porta Nas pocas de festas, provoca

    congestionamento nas estradas

    Embarques e partidas mais rpidos Desgasta prematuramente a infra-estrutura da

    malha rodoviria

    Favorece os embarques de pequenos lotes

    Facilidade de substituir o veiculo em caso de

    quebra ou acidente

    Maior rapidez de entrega

    Quadro 1: vantagens e desvantagens decorrentes da utilizao do modal rodovirio para

    transportes de cargas

    Fonte: Paulo Ambrsio Rodrigues (2011, p.54)

    rgo Regulador

    Cabe ANTT (Agencia Nacional de Transportes Terrestres), atribuio especifica e

    pertinentes ao transporte rodovirio de cargas, promover estudos e levantamentos relativos

    frota de caminhes, empresas constitudas e operadores autnomos, bem como organizar e

    manter um registro nacional de transportadores rodovirios de carga (RNTRC).

  • [ 14 ]

    Atribuies Gerais da ANTT

    Promover pesquisas e estudos especficos de trfego e de demanda de servios de

    transporte.

    Promover estudos aplicados s definies de tarifas, preos e fretes, em confronto com

    os custos e os benefcios econmicos transferidos aos usurios pelos investimentos realizados.

    Propor ao Ministrio dos Transportes os planos de outorgas, instrudos por estudos

    especficos de viabilidade tcnica e econmica, para explorao da infraestrutura e a prestao

    de servios de transporte terrestre.

    Elaborar e editar normas e regulamentos relativos explorao de vias e terminais,

    garantindo isonomia no seu acesso e uso, bem como prestao de servios de transporte,

    mantendo os itinerrios outorgados e fomentando a competio.

    Fiscalizar a prestao dos servios e a manuteno dos bens arrendados, cumprindo e

    fazendo cumprir as clusulas e condies avenadas nas outorgas e aplicando penalidades pelo

    seu descumprimento.

    Representar o Brasil junto aos organismos internacionais e em convenes, acordos e

    tratados na sua rea de competncia, observados as diretrizes do Ministro de Estado dos

    Transportes e as atribuies especficas dos demais rgos federais;

    PROBLEMATIZAO

    Custos Operacionais

    A noo de custos de operacionais faz referncia ao dinheiro que desembolsa uma

    empresa ou organizao para o desenvolvimento das suas atividades. Os custos operacionais

    correspondem aos salrios do pessoal, ao arrendamento, compra de provises, entre outros.

    Por outras palavras, os custos operacionais so as despesas destinadas a manter um ativo na sua

    condio existente ou a modific-lo para que volte a estar em condies apropriadas de trabalho.

    Custo fixo gasto que se opera sempre dentro das mesmas medidas, independentemente do

    volume da produo.

  • [ 15 ]

    O custo do transporte, segundo Bowersox (2001 apud Pires, 2003), o pagamento pela

    movimentao entre dois pontos geogrficos e as despesas relacionadas com o gerenciamento

    e a manuteno de estoque em transito. O mesmo autor salienta que os sistemas logsticos

    devem ser para utilizar o tipo de transporte que minimize o custo total do sistema.

    Perdas e Avarias

    De acordo com a pesquisa realizada por gestores de uma transportadora de cargas, um

    dos maiores fluxo de perdas e avarias dentro da transportadora e falta de treinamento junto aos

    funcionrios de como manusear uma carga, forma de arrumao, carregamento da carga correta

    dentro do veculo capacidade de peso que suporta a carga, boa arrumao, as estradas que no

    do condies de viajar.

    Um transportador comum tem a responsabilidade de movimentar o frete com

    expedio razovel e sem perdas ou danos. O conhecimento de embarque define

    especificamente os limites da responsabilidade do transportador. As perdas devido ao atraso ou

    s falhas no-razoveis em satisfazer as garantias programadas so recuperadas na extenso da

    perda de valor como um resultado direto do atraso.

    Prazo de entrega

    E o cumprimento de um acordo pr-estabelecido entre fornecedor e consumidor,

    estipulando data da entrega e horrios. O no cumprimento desse acordo pode trazer prejuzos

    para ambos, o consumidor sem seu material e o fornecedor com estoque cheio. Uma melhor

    adequao do veculo para cada produto, uma vistoria nos produtos, para saber a qualidade dos

    produtos antes de chegar ao consumidor, a boa arrumao da carga no veculo, um

    investimentos junto aos colaboradores de preveno de perdas no momento do carregamento

    ou descarregamento.

    Possveis Solues

    Solues que poderiam neutralizar ou minimizar esses problemas em relao aos:

  • [ 16 ]

    Custos Operacionais

    Em nossa opinio reduzir custos desnecessrios, utilizar tecnologia avanada para

    organizar produtos, para que a empresa saiba o que tem, e o que precisa assim ira eliminando

    custo desnecessrios com produtos, dividindo o custo do transporte de outros gastos.

    Prazo de entrega

    O cumprimento desde item traz mais credibilidade para a empresa, fazendo que sua

    marca cresa no mercado, trazendo confiana do consumidor ao ligar o produto a

    transportadora, hoje a utilizao de ndices em transporte est sendo muito utilizado dando

    como meta principal o DPE (data prevista de entrega).

    CONSIDERAES FINAIS

    O presente trabalho buscou evidenciar as principais caractersticas do modal rodovirio

    com o objetivo de mostra sua importncia para logstica em nosso dia-a-dia. Foram feitas

    algumas revises literrias baseadas na logstica especificamente voltada para o transporte de

    cargas fracionadas no modal rodovirio e a prestao deste servio, considerado foco central

    desta pesquisa. Foram feitos diversos levantamentos e pesquisas, para observar os mtodos

    utilizados pela empresa e o impacto que provocam clico como um todo.

    Os impactos encontrados a falta de informao, a falta de planejamento, falta de estrutura

    do galpo, falta de equipamentos para toda a operao, falta de treinamento e integrao entre

    os colaboradores. Os dados obtidos que depois de realizar treinamento operacional,

    instrumentos de trabalho de acordo com a necessidade da operao, investimento em tecnologia

    como site de acompanhamento e rastreamento da mercadoria, treinamento com reduo de

    perdas e risco de cargas.

    REFERNCIAS

  • [ 17 ]

    ANTT. Agencia Nacional de Transporte Terrestre. Disponvel em: . Acesso em: 17 dez. 2013.

    BALLOU. Logstica. In: BALLOU, Ronald H. (Ed.). Gerenciamento da Cadeia de Suplimentos. Porto Alegre: Atlas, 2001. p. 29.

    CONSULTING, Partner. Sobra Produo e Falta Transporte. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por: . em: 17 dez. 2013.

    HARA. Logstica. In: HARA, Celso Minoru. Livro. So Paulo: Alnea, 2005. p. 40.

    INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTE RODOVIRIO NA TRANSFERNCIA DE PRODUTOS. Bahia Ba: Http://www.revistas.unifacs.br/index.php/sepa/article/viewarticle/, 2007.

    KEENDI, Samir. Transporte, Unitizao e seguro internacionais. 2003. Disponvel em: . Acesso em: 14 dez. 2013.

    MELLIAGROS, Ferreira e. Evoluo do setor de infra-estrtura no Brasil. [mensagem pessoal] Mensagem recebida por: . em: 10 dez. 2013.

    RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrsio. Sistema de Transporte no Brasil. 2011. Disponvel em: . Acesso em: 17 dez. 2013.

    RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrsio. Sistema de Transporte no Brasil. 2005. Disponvel em: . Acesso em: 16 dez. 2013.

    RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrsio. Sistema de Transporte no Brasil. 2003. Disponvel em: . Acesso em: 16 dez. 2013.

    SEVERO FILHO, Prof Joo. Nosso portal de logstica, jun, 2006. Disponvel em: . Acesso em: 14 dez. 2013.

  • [ 18 ]

    2. BENEFCIOS DA AUTOMAO EM UMA EMPRESA DE OPERADORES LOGSTICOS NO SEGMENTO DE TRANSPORTE DE PNEUS.

    RESUMO.

    O atual cenrio, no qual o mercado de operadores logsticos est inserido, e as necessidades de manter-se competitivos esto levando as empresas a adotarem prticas que auxiliem o desenvolvimento das suas atividades, buscando com isso vantagem competitiva. Mediante a estes fatores, a automao logstica ser uma alternativa para se otimizar o tempo gasto com o carregamento e descarregamento, como tambm diminuir os custos agregados devido a encargos com mo de obra, que por sua vez ser reduzido com a ao de automatizar o setor de carga e descarga de uma empresa de operadores logsticos especializadas no transporte de pneus. Para que esse objetivo seja alcanado com xito, a automao de processos tem que ser realizada de maneira criteriosa e eficaz. Com a disseminao da tecnologia da informao nas operaes logsticas houve maior facilidade nos processos e a confiabilidade para desenvolver meios que favoream as operaes e agreguem valor a elas. O presente trabalho buscou trazer temas ligados a automao e assuntos agrupados que colaborem com o entendimento da abordagem de conceitos, definies da logstica, como tambm operadores logsticos e suas variaes alm de abordar a locomoo de pneus. Para apurar os dados foi realizado um estudo de caso com base na observao do setor de carga e descarga numa empresa de operadores logsticos no segmento de transporte de pneus localizada em Jaboato Dos Guararapes Pernambuco.

    Palavras-chave: Logstica, Automao, Operador Logstico.

    ABSTRACT:

    The current scenario in which the market for logistics operators are inserted, and needs to

    remain competitive are driving companies to adopt practices that help the development of their

    activities, seeking competitive advantage with it. Through these factors , logistics automation

    will be an alternative to optimize the time spent loading and unloading , as well as reduce the

    aggregate costs due to charges for labor , which in turn will be reduced with the action to

    automate the sector loading and unloading of a company specialized in transport logistics

    operators tires . For this objective to be achieved successfully, process automation has to be

    done judiciously and effectively. With the spread of information technology in logistics

    operations was greater ease and reliability in processes to develop means for supporting

    operations and add value to them. The present study sought to bring topics related to

    automation and grouped subjects to collaborate with the understanding of the concepts

    approach, definitions of logistics , as well as logistics operators and its variants in addition to

    addressing the mobility tires. To determine the data a case study was conducted based on the

    observation of the loading and unloading sector a company logistics operators in the transport

    segment of tires located in Jaboato Dos Guararapes - Pernambuco.

    Keywords: Logistics, Automation, Logistics Operator.

  • [ 19 ]

    CONSIDERAES INICIAIS

    Para que as atividades de carga e descarga sejam executadas com a eficincia esperada,

    a tecnologia tem um papel indispensvel, pois se processada corretamente no que remete s

    reais necessidades do processo envolvido, refletindo assim na qualidade das atividades

    desenvolvidas, influenciadas pela certeza das decises tomadas, como afirma Nogueira (2009),

    a informao com rapidez e preciso crucial para o bom desempenho dos processos

    logsticos, sendo que a mesma deve ser a base slida, onde os gestores analisam e estruturam

    suas decises.

    Desta forma, sabe-se que a partir da viso sistmica fornecida pela informao que

    so desenvolvidas ferramentas para aperfeioar o tempo gasto de modo a otimizar as realizaes

    das atividades desempenhadas.

    Elaborar um planejamento onde possa executar as operaes com o menor custo

    financeiro, e com melhor forma de utilizar o tempo, um dos papis primordiais da logstica, a

    agilidade nos processos logsticos est se tornando cada vez mais importante, como observam

    Bowersox e Closs (2008, p. 49) ao dizer que:

    Em termos de projeto e gerenciamento de sistemas logsticos cada empresa deve atingir

    simultaneamente pelo menos seis objetivos operacionais diferentes, os quais so determinantes

    bsicos do desempenho logstico, incluem: resposta rpida, varincia mnima, estoque mnimo,

    consolidao de movimentao, qualidade e apoio ao ciclo de vida.

    Mediante estas necessidades as empresas esto em busca de processos automatizados

    que acelerem o seu trabalho de escoamento de mercadorias utilizando estratgias as quais

    possam agregar valores de tempo s operaes desenvolvidas, como tambm afirmam

    Bowersox e Closs (2008, p. 50) que, a consolidao da movimentao abrange a adoo de

    programas inovadores que possibilitem o agrupamento de cargas pequenas e consequentemente

    uma movimentao consolidada.

    Adequar-se a padres tambm uma das vantagens da automao, pois mtodos podem

    ser adotados para unificar o modo o qual se desenvolvem as operaes que por sua vez sero

    realizadas de maneira mais qualitativa como afirma a Confederao Nacional de Transporte na

    revista techoje onde se encontrou o texto:

  • [ 20 ]

    a implantao de ferramentas de automao vital para manter o padro de qualidade dos servios prestados pelo setor. A eficincia dos sistemas logsticos depende da tecnologia da informao, e por meio de atividades automatizadas que a programao e a execuo do fluxo de mercadorias e as informaes na cadeia de suprimentos podem ocorrer de forma rpida e confivel, gerando reflexos positivos diretos na rentabilidade. As empresas acabam por otimizar o uso de seus recursos, j que a automao direciona a um processo de racionalizao em busca de eficincia. (AUTOMAO E LOGSTICA, 2013).

    Partindo desses pressupostos, quais os benefcios que a automao pode trazer a uma

    empresa no mercado de operadores logsticos no segmento de transporte de pneus?

    Este artigo buscou apresentar os benefcios da automao em uma empresa de

    operadores logsticos no segmento do transporte de pneus. A partir dos conceitos e definies

    que caracterizam as peculiaridades da automao, dos componentes que a integra com o sistema

    dos operadores logsticos, a identificao dos custos associados sua implantao no processo,

    os fatores que levaram sua utilizao e as dificuldades encontradas na sua implantao. Sendo

    estes tpicos de suporte para se chegar as anlises dos resultados.

    A partir de uma pesquisa de carter qualitativo descritivo, baseando-se no mtodo de

    estudo de caso, houve a observao no setor de carga e descarga de uma empresa no segmento

    de transporte de pneus. Pesquisa essa que facilitou para a verificao de questes que dizem

    respeito anlise dos impactos provocados pela implantao da automao nas atividades

    logsticas, referentes cultura e aos critrios de desempenho, alm de identificar a sua

    amplitude de uso.

    OPERADOR LOGSTICO

    Logstica: uma construo histrica

    Desde o seu surgimento o conceito da logstica vem se adequando as atuais necessidades

    mediante o cenrio por ela ocupado. De acordo com o Council of Logistics Management (Neto;

    Jnior 2002, p. 40),

    logstica a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econmico de matrias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informaes a eles relativas, desde o ponto de origem at o ponto de consumo, com o propsito de atender s exigncias dos clientes.

    Ballou (2006, p. 27) argumenta que a novidade no conceito de logstica deriva do

    conceito da gesto coordenada de atividades inter-relacionadas e do conceito de que a logstica

  • [ 21 ]

    agrega valor a produtos e servios essenciais para a satisfao do consumidor e o aumento das

    vendas. Entretanto, essa definio pressupe que a logstica faz parte do processo de

    Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, pois como diz o autor, a

    logstica trata de todas as atividades de movimentao e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisio da matria-prima at ao ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informao que colocam os produtos em movimento, com o propsito de providenciar nveis de servio adequados aos clientes a um custo razovel." (BALLOU, 2006, p. 27)

    Bowersox (1996, p. 34) esclarece que a logstica valoriza sua enftica colaborao na

    cadeia de suprimento no que remete a matrias primas e produtos acabados, compreendendo

    tanto sua movimentao interna quanto sua chegada ao cliente final. As operaes logsticas

    comeam com o carregamento inicial de materiais ou componentes de um fornecedor e

    terminam quando um produto processado entregue ao consumidor final.

    Deste modo, os conceitos abordados no que remete logstica afirma que sua utilizao

    dentro dos processos das organizaes de fato determinante para que o fluxo tanto das

    matrias primas quanto dos produtos acabados acontea de forma mais adequada, no mnimo

    possvel de tempo e com o melhor nvel de servio.

    Definies de Operadores Logsticos

    A especialidade do operador que est apto a executar as atividades logsticas de quem

    os contrata torna-se um enorme diferencial devido a adio no valor que se acopla ao produto

    e ou servio, conforme diz Cardoso,

    Operador Logstico o fornecedor de servios logsticos, especializado em gerenciar e

    executar toda ou parte das atividades logsticas nas vrias fases da cadeia de abastecimento de

    seus clientes, agregando valor aos produtos dos mesmos, e que tenha competncia para, no

    mnimo, prestar simultaneamente servios nas trs atividades bsicas de controle de estoques,

    armazenagem e gesto de transportes. (CARDOSO, 2013).

    Para Gardner (1994, p. 954) os anos 80 foram determinantes para a utilizao dos seus

    servios, pois foi nesta poca em que atividades logsticas foram contratadas de maneira

    independente como se pode observar nesta outra definio que,

    as denominaes provedores de servios logsticos terceirizados foram mais utilizadas at o incio da dcada de 80, para representar a subcontratao de elementos do

  • [ 22 ]

    processo logstico por perodo determinado, sem envolver atividades de gerenciamento, anlise e projeto. Aps uma pesquisa na literatura, fica posto que estas denominaes estejam relacionadas com as prticas de empresas que efetuam as aquisies de servios logsticos atravs de contratos, que estabelecem obrigaes e responsabilidades por ambas as partes. No entanto, os prestadores de servios logsticos continuam sendo entidades externas organizao. (GARDNER, 1994, p. 954).

    Fernanda (2006, p.33) diz que a Associao Brasileira de Movimentao e Logstica

    descreve a denominao de operadores logsticos e em que se enquadram suas atividades,

    contribuindo para a utilizao do termo de maneira adequada:

    A Associao Brasileira de Movimentao e Logstica (ABML) em publicao feita em

    fevereiro de 1999 na revista tecnologstica, com a inteno de definir corretamente a

    importncia do operador logstico de forma a evitar o uso de forma a evitar o uso indevido do

    termo, descreve operado logstico como: fornecedor de servios logsticos, especializados em

    gerenciar todas as atividades logsticas ou partes dela, nas vrias fases da cadeia de

    abastecimento de seus clientes, agregando valor ao produto dos mesmos, e que tenha

    competncia para, no mnimo, prestar simultaneamente servios nas trs atividades

    consideradas bsicas: controle de estoques, armazenagem e gesto de transportes.

    (FERNANDA,2006, p. 33)

    Logweb e Pastorello (2013) compartilham da idia que, a globalizao pode trazer

    vantagens ao mercado dos operadores logsticos, pois diante das dificuldades encontradas no

    que remete a cultura e geografia, o trabalho por eles realizado facilita para o cliente que a

    contrata pelo fato de desprender-se de detalhes que poderiam trazer-lhes futuros transtornos.

    Os operadores logsticos internacionais possuem vantagens neste cenrio, pois a

    presena global auxilia nas operaes internacionais. O fator estratgico, o de maior fora

    neste novo cenrio, pois o OL pode ajudar a direcionar os negcios do cliente em funo das

    dificuldades e diferenas geogrficas e culturais. (LOGWEB; PASTORELLO, 2013)

    Uma classificao de operadores logsticos bastante conhecidos a Third Party

    Logistics Provider ou 3PL em sua forma abreviada. Enquadra-se em algumas atividades que

    compreendem a gesto da cadeia de suprimentos de quem os contrata que. Terceirizar este tipo

    de servio pode ser uma estratgia para alcanar aumento de produtividade ou simplesmente

    dispor de um maior tempo para dedicar-se a reas idealizadas como complementa,

    3PL uma abreviatura de Third Party Logistics Provider, que poderia ser traduzido

    como Fornecedor de Logstica Terceirizada. Refere-se a empresas que fornecem servios de

  • [ 23 ]

    terceirizao das atividades de logstica ou gesto da cadeia de suprimento. Normalmente os

    3PLs integram atividades de armazenagem e transporte, que podem ser customizadas para as

    caractersticas de cada cliente. Entre as atividades que podem ser realizadas pelas 3PLs esto:

    Embalagem, armazenagem, transporte e distribuio, rastreamento de cargas e materiais, cross-

    docking ou uma combinao das atividades acima, podendo inclusive gerenciar toda a cadeia

    de suprimento de seu cliente. Os objetivos de se contratar uma 3PL variam: reduo de custos,

    permitir que a empresa se concentre no seu core business, aumento de eficincia e

    produtividade, expanso para novos mercados, etc. (PAIVA, 2013).

    Com base nos esclarecimentos das definies acima se entende que um operador

    logstico procede de forma a agregar valor s operaes por eles desempenhadas, pois

    relacionam-se com a empresa de modo a facilitar seus processos contribuindo para o seu

    diferencial no mercado.

    AUTOMAO

    Segundo citaes a automao uma importante tcnica que se desenvolvida de maneira

    correta torna atividade desempenhada mais eficiente, melhorando os processos, otimizando o

    tempo e o custo gastos nestas operaes, refletindo assim em sua competitividade.

    Para Black (1998. p.238), automatizar adequar-se a um sistema que administra as

    informaes e automatiza o processo em produtos e ou servios, principalmente por que este

    autor define automao como:

    tcnica de tornar um processo ou sistema automtico e refere-se tanto a servios executados como a produtos fabricados automaticamente e s tarefas de intercmbio de informaes, isto porque melhorias na eficincia dos processos tero um forte impacto nos lucros quando o sistema esta na pico de eficincia (BLACK, 1998, p.238).

    Luz e Kuiawinski da (2006, p. 3-4) afirmam que a maneira como a automao agregou

    valor s atividades e enfatiza as invenes que auxiliaram significativamente os processos

    dentro das organizaes, principalmente porque,

    desde 1945, muitas das novas invenes e desenvolvimentos tm contribudo significativamente para a tecnologia da automao. Del Harder cunhou a palavra automao por volta de 1946, em referncia a alguns dispositivos automticos que a Ford Motor Company havia desenvolvido para suas linhas de produo (GROOVER, 2001 apud Luz e Kuiawinski 2006). A partir do desenvolvimento da microeletrnica nos anos 50 e da ascenso da informtica, foi possvel que os processos de mecanizao desenvolvidos pudessem receber novos agregadores para o

  • [ 24 ]

    melhoramento dos processos de fabricao, introduzindo assim que os processos ditos mecanizados tornam-se a partir destas novas tecnologias descobertas como processos com automao.

    Pinheiro (2010) afirma que a necessidade da automao como uma soluo vivel para

    melhoramentos das atividades logsticas enfatizando os benefcios trazidos por sua

    implantao, contudo importante saber lidar com as necessrias mudanas, isto por que,

    evidente que a automao nos oferece vrias oportunidades de melhoria dos processos

    logsticos, porm imprescindvel que seja realizada uma adequada anlise de viabilidade, pois

    esta automao pode custar mais caro que seus benefcios e temos que nos assegurar que a

    soluo possa ser eficaz e no somente eficiente. Sendo assim, para que tenhamos sucesso na

    implantao de projetos de automao logstica so imprescindveis algumas habilidades, tais

    como: saber administrar o conhecimento, saber conviver com mudanas buscar mais

    competncia e por fim conectar-se com a nova era. (PINHEIRO, 2010).

    Existem, contudo, algumas dificuldades na aceitao da automao como processo de

    reduo de mo de obra, acarretando impactos sociais devido eliminao das atividades

    primrias as quais so desenvolvidas por mo de obra humana e com a automao a tendncia

    sua substituio pela utilizao de mquinas. Por outro lado, h contrariedades no que diz a

    aceitao da automao, pois como diz Lucena Junior (2007) dentro do mbito social, torna-

    se visvel que a maior dificuldade a nvel tico-social para a automao a eliminao de

    atividades primrias. Estas atividades, a princpio so executas por mo-de-obra humana, e

    tendem a ser substitudas por mquinas, realidade esta que tem sido cada vez mais enfrentada

    e com um grande valor social, visto pelo ngulo dos pases em desenvolvimento. Nestes pases

    ao contrrio dos modelos dos pases desenvolvidos, ainda possuem atividades sustentadas nica

    e exclusivamente pela falta opcional de automao (CARVALHO, 2003 apud Lucena Jnior

    2007). Dada esta realidade, enfrenta-se no Brasil um grande desafio no que diz respeito aos

    impactos sociais gerados pela automao, visto que no se possui uma poltica de tratamento

    do problema adequada, tratando o mesmo com mtodos paliativos sem atuao na fonte

    educacional (SOUZA, 2000 apud Lucena Junior, 2007) onde se encontra a raiz desta falta de

    desenvolvimento, acarretando desinteresse das autoridades governamentais pela automatizao

    de atividades profissionais. Dentro do mbito ambiental, no que diz respeito a automao, torna-

    se cada vez mais visvel o inter-relacionamento entre esses tpicos, dado a maior conscincia

    em responsabilidade social (AZEVEDO, 2004 apud Lucena Junior 2007) em relao ao meio

    ambiente, desde a sua utilizao para fins tecnolgicos mais banais, quanto os mais essenciais

  • [ 25 ]

    ao homem, como a gerao de energia eltrica. No contexto apresentado, dentro do tema

    automao, a correlao com meio ambiente interessante para ambas as partes, regulamentada

    na atual ISO 14.001, que estipula uma normalizao ambiental, alm de um conselho especfico

    que atendesse ambas as partes (INATOMI, 2000 apud Lucena jnior 2007) viabilizando normas

    de segurana mais precisas para a automao em termos de industrializao, que uma

    realidade iminente no Brasil e em termos ambientais, dado que existem rgos de cunho

    legislativo e pouco ostensivos, no que diz respeito s atividades voltadas para automao,

    indstria, processos e etc.

    Os conceitos nos mostram que a automao uma importante ferramenta utilizada na

    administrao das informaes, na qualidade dos produtos alm de agregar valor de tempo no

    carregamento e descarregamento dos produtos e baratear os custos com mo de obra, alm de

    outras particularidades que so de sua propriedade.

    MOVIMENTAO DE PNEUS

    Abordar alguns conceitos bsicos no que remete a locomoo de pneus tambm

    levantar termos e definies que norteiam o significado do transporte, buscando assim colaborar

    com o entendimento desta pesquisa.

    Transporte

    Rodrigues (2004 P.17) relata que no inicio da civilizao todos os pesos eram

    transportados pelo homem, no qual apresentavam limitaes que os impediam de ter agilidade

    e eficincia. Aps o inicio do escambo, que nada mais que a troca de mercadorias, notou-se

    que,

    Ao longo do tempo, em decorrncia de maiores dificuldades na negociao das trocas,

    inmeros materiais ento disponveis, foram utilizados como referencial de Valor (dinheiro),

    gerando crescentes demandas por transporte e impondo ao Homem que aprendesse a construir

    e aperfeioar veculos de diferentes velocidades e capacidades de carga (RODRIGUES, 2004,

    p. 17).

    Segundo Furtado (2007) Aps o inicio da agricultura, notou-se a necessidade de se criar

    meios de transporte mais eficiente. Diante das dificuldades o homem criou a roda e comeou a

  • [ 26 ]

    construir carroas puxadas por animais, dessa forma conseguiu alavancar a sua capacidade de

    carga, e conclui dizendo que,

    A inveno da roda foi uma verdadeira revoluo na histria do progresso tecnolgico,

    permitindo a transformao do movimento circular em movimento retilneo, ocorreu por volta

    de 3500 a.C., e pode ser creditada necessidade de vencer os obstculos ao deslocamento nas

    regies com predominncia de solo rochoso e vegetao fechada. Diante do problema, o homem

    passou a observar situaes em que o deslocamento se fazia mais difcil quando, porventura

    havia a presena de um objeto rolio ou mesmo pedras de superfcie mais arredondada.

    Portanto, percebe-se, que desde o inicio da civilizao sempre esteve presente

    necessidade de transportar mercadorias de maneira gil e eficaz. Porm, nota-se a necessidade

    de progredir para alcanar novos mercados. A inveno da roda foi um marco para esta

    projeo.

    Modais de transporte

    Atualmente na logstica, fcil de notar a necessidade de um sistema de transporte

    eficiente, que venha a agregar valor ao produto e reduzir os custos relacionados ao processo

    logstico, dessa forma (Bowersox; Closs, 2007, p. 40), afirmar que:

    No ponto de vista do sistema logstico, so necessrios trs fatores pra o desempenho

    do transporte que so eles: custo, velocidade consistncia. Sendo assim est especificado que o

    custo do transporte deve ser analisado de forma particular pelos administradores.

    (BOWERSOX; CLOSS, 2007, p. 40)

    Fiesp (2013) afirma que os cinco tipos de modais de transportes bsicos so o

    rodovirio, o ferrovirio, o aquavirio, o dutovirio e o areo. A Importncia relativa de cada

    tipo pode ser medida pela distncia coberta pelo sistema, pelo volume de trfego, pela receita e

    pela natureza da composio do trfego. O tipo de transporte que se escolhe , portanto um

    diferencial que refletir nos custos financeiros e de tempo para o setor logstico, cabendo

    abordagem:

    Os transportes de cargas possuem cinco tipos de modais, cada um com custos e

    caractersticas operacionais prprias, que os tornam mais adequados para certos tipos de

    operaes e produtos. Todas as modalidades tm suas vantagens e desvantagens. Escolha a

  • [ 27 ]

    melhor opo, analisando os custos, caractersticas de servios, rotas possveis, capacidade de

    transporte, versatilidade, segurana e rapidez (FIESP, 2013).

    Logo, uma anlise prvia das operaes, ou seja, um planejamento que considere as

    necessidades da organizao pode trazer conseqncias quanto utilizao destes modais, pois

    cada um tem suas peculiaridades e no que remete a locomoo de cargas de pneus os critrios

    utilizados so os mesmos, pois tem que ser levado em considerao a real necessidade da

    operao e suas variveis.

    ANLISE CIRCUNSTANCIAIS DA MOVIMENTAO DE CARGA E DESCARGA

    NA EMPRESA.

    O objeto de estudo foi rea de carga e descarga da empresa do setor de operadores

    logsticos, em questo, localizada na cidade de Jaboato dos Guararapes Pernambuco, que se

    encontra com deficincia no setor de carga e descarga. O elevado tempo gasto nas operaes e

    os altos custos com mo de obra despertou, com a observao, a necessidade de automatizar as

    operaes. A empresa possui nesta unidade uma equipe de 40 colaboradores, diretamente

    ligados a movimentao de mercadorias.

    A organizao foi observada durante o perodo de 3 meses, onde se encontrou a

    necessidade de otimizar o setor visando quebrar paradigmas, os quais esto ultrapassados para

    o atual cenrio de operadores logsticos, e adotar novas prticas que agreguem valor as

    atividades, mediante a necessidade de tornar a empresa mais competitiva no mercado.

    Conforme complementa, EAN Brasil (2013) Altamiro Borges Jr., da ASLOG, destaca as

    ferramentas de automao de processos ligadas gesto da armazenagem, de transportes,

    pedidos, estoque, atendimento e satisfao dos clientes nos servios prestados, entre as mais

    importantes do setor, e retifica a importncia da ferramenta de automao para outros setores,

    assim:

    A automao dos sistemas logsticos contribui de forma importante para as cadeias de

    suprimentos, uma vez que o fluxo eficiente e contnuo das informaes imprescindvel para a

    eficcia das 7 inter-relaes nos elos. Entretanto, penso que a tecnologia no deve tornar-se um

    fim em si mesma, e no pode ser entendida pelas organizaes apenas como ferramenta de

    aplicao, mas fundamentalmente como processo a ser desenvolvido.

  • [ 28 ]

    Assim sendo, o intuito deste artigo automatizar o setor de carga e descarga de uma

    empresa do ramo de operadores logstico especializada no transporte de pneus. Com a

    ferramenta da automao aplicada gesto de processos notvel o quanto os mesmos se

    tornam mais eficientes e eficazes, com isso ressaltada a necessidade de uso da ferramenta

    tambm no processo logstico. O fato motivador para escolha da automao no processo

    logstico foi facilidade que a ferramenta poder trazer a empresa, bem como, a reduo nos

    custos aplicados a mo de obra utilizada. Tendo em vista todo o contedo absorvido durante o

    decorrer do curso de Logstica, no qual estamos cursando, nos sentimos incomodados com a

    ineficincia no processo de carga e descarga da empresa citada Brasil e Borges (2013), diz que

    a economia de tempo nas operaes est diretamente ligada satisfao das necessidades do

    consumidor: Estamos na era do tempo escasso, da velocidade no atendimento, e o consumidor

    ou cliente final no quer esperar muito. A logstica transfere velocidade s empresas.

    A empresa observada possui uma estrutura adequada ao desenvolvimento das atividades

    logsticas, contudo, no h um planejamento de aproveitamento do maquinrio que eles

    possuem para o setor de carga e descarga, deste modo s mercadorias que chegam ao depsito

    so descarregadas manualmente em racks especficos para alocar pneus, para ento serem

    armazenadas e posteriormente estocadas. Para o carregamento das carretas que tambm

    realizado manualmente, atravs da atividade de movimentao interna a carga movimentada

    para onde ser embarcada de acordo com a necessidade do pedido, chegando a plataforma de

    embarque, monta-se outro rack e os pneus so organizados da mesma maneira agora dentro da

    carreta para ento poder ser transportadas a seu destino, que pode por sua vez ser um cliente

    atacadista ou varejista, quando a carga destinada a exportao segue-se os padres exigidos e

    o destino ser o modal mais adequado de acordo com a necessidade de custo ou de tempo j pr

    estabelecidos.

    DISCUSSES E RESULTADOS

    Utilizando-se de observaes por parte dos pesquisadores foram levantadas questes de

    maior relevncia ao processo logstico de carga e descarga da empresa em questo. Aps a

    coleta das informaes que se deu atravs de observaes, adquiriram-se dados pertinentes os

    quais colaboraram de maneira significativa as questes ligadas aos problemas da pesquisa, que

    identificou a deficincia no setor de carga e descarga que afeta na qualidade dos servios

  • [ 29 ]

    oferecidos pela empresa de operadores logsticos em questo os quais englobam altos custos

    com mo de obra e tempo elevado para carregamento e descarregamento dos pneus. Esta

    situao repercute nas expectativas do mercado de operadores logsticos, pois o tempo de

    resposta dos clientes se eleva e os custos podem refletir na competitividade da empresa diante

    seus concorrentes. Portanto, Pedro Moreira da empresa ABML complementa:

    A dinmica da globalizao nos remete a uma contnua reflexo sobre a concorrncia

    baseada no tempo, a necessidade de reduo dos ciclos operacionais e a descoberta de meios e

    iniciativas que melhorem a relao entre o tempo consumido em atividades que adicionam va-

    lor, e aquele com as atividades que adicionam custos. A logstica to importante, que pode

    ser uma espcie de diferencial entre bons e maus resultados de uma organizao.

    (AUTOMAO E LOGSTICA, 2013)

    Automatizar as operaes logsticas progredir para o processo decisrio das

    organizaes, pois ela, pois em ela enquadra-se em diversificados setores, integrando-os

    agregando positivos aspectos a organizao como um todo, acerca desse tema publicou em seu

    artigo Luz; Kuiawinski e referenciou Coriat (1989), o termo automao expandido a novos

    campos de aplicao, tais como tarefas de escritrio para a gesto da contabilidade, dos

    estoques, do pessoal e das contas permitindo no que se refere s fbricas, um salto,

    principalmente nas indstrias de processo contnuo.

    Com a globalizao fatores altamente inovadores chegaram para elevar os nveis da

    prestao dos servios logsticos, deste modo buscar inovao e evoluo imprescindvel para

    estar preparado para a competitividade no setor de operadores logsticos, melhorando as

    estratgias para alcanar um diferencial no mercado.

    CONSIDERAES FINAIS

    A construo desta pesquisa possibilitou inmeras descobertas no mbito da logstica e

    a afirmao de termos j conhecidos devido formao acadmica, sendo assim, o modo com

    o qual a empresa de operadores logsticos em questo desenvolve suas atividades de carga e

    descarga no est contribuindo para sua competitividade no cenrio em que est inserida, pois

    medida que a humanidade evolui as necessidades de respostas rpidas tornam-se um fator

    determinante na contratao dos servios, contudo os servios por ela oferecidos tm qualidade,

  • [ 30 ]

    pontualidade, gerenciamento eficiente, mas o que se buscou com essa interveno foi

    inovao dos processos do setor de carga e descarga, para agregar valores aos servios

    realizados, somando assim com isso mais competitividade no mercado.

    Investir na automao pode trazer inmeros benefcios a empresa, e com um custo de

    investimento bastante reduzido, pois ela j dispe de maquinrio e mo de obra especializados

    para aplicar a ferramenta de automao em seu setor de carga e descarga, a reduo com custos

    ligados a e mo de obra seria bastante relevante para traduzir em um preo mais competitivo, e

    a otimizao do tempo poupado nas atividades agregaria de modo a poder realizar mais

    atividades durante a carga horria de trabalho.

    Chegou-se tambm a uma concluso de que para obter xito no desempenho da

    atividade de automatizar o setor de carga e descarga, seria necessrio um novo planejamento

    de realizaes dos processos, pois hoje para a atividade de carregamento e descarregamento

    dos veculos a empresa utiliza a mo de obra de trs ajudantes de movimentao de cargas e

    um conferente, que recebem dos operadores de empilhadeiras os racks com os pneus

    armazenados de forma tranada, desfazem as tranas e as refazem dentro do veculo

    (carregamento), para o processo de descarregamento, o veculo chega com os pneus tambm de

    forma tranada, e sofrem o processo inverso do carregamento, vale salientar que para cada

    movimentao (carga e descarga) necessrio em mdia trs horas. Como soluo, sugeramos

    o carregamento no ponto origem com os racks, sem a necessidade de desfazer as tranas para

    arrumao dos pneus dentro do veculo, dessa forma tambm no ser necessria a

    movimentao manual dos pneus no destino, que por sua vez sero descarregados atravs das

    empilhadeiras e seguiriam imediatamente para a rea de armazenamento, bem como o inverso

    ser verdadeiro para a atividade de carregamento. Com a automao dos processos, a empresa

    no somente ir reduzir seus custos com a mo de obra utilizada, como tambm conseguir

    reduzir para 40 minutos o tempo gasto para a realizao das atividades, o que equivale a 87%

    de economia de tempo.

    A automao nas atividades logsticas, pouco tem sido explorada exigindo assim que

    outros artigos podero ser construdos para investigar melhores meios de realizar atividades de

    carga e descarga, bem como armazenagem, movimentao de mercadorias e transporte no

    estado de Pernambuco, este que j um polo de desenvolvimento da regio nordeste e um

    abrigo a enumeras empresas de operadores logsticos, sendo assim um vasto campo a ser

    explorado de contedo, inovaes e necessidades de constantes evolues.

  • [ 31 ]

    REFERNCIAS

    AUTOMAO E LOGSTICA: Automao, Fundamental. So Paulo: Ietec Virtual, 2013. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2013.

    AUTOMAO E LOGSTICA: Automao, Fundamental. So Paulo: Ietec Virtual, 2013. Disponvel em: . Acesso em: 22 set. 2013.

    AUTOMAO E LOGSTICA: Automao, Fundamental. So Paulo: Ietec Virtual, 2013. Disponvel em: . Acesso em: 11 nov. 2013.

    BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos: Logstica Empresarial. 5 Ed. Porto Alegre: Bookman, 2006. 27 p.

    BLACK. JT.O Projeto da Fbrica com Futuro. Porto Alegre: Bookman, 1998 P.218.

    BOWERSOX.; CLOSS. - Logistical management: the integrated supply chain process. Singapura: McGraw-Hill, p. 34 1996.

    BOWERSOX; CLOSS. Logstica empresarial: o processo de integrao da cadeia de suprimento: objetivos operacionais, p. 40 Atlas, 2007.

    BOWERSOX; CLOSS. Logstica empresarial: o processo de integrao da cadeia de suprimento: objetivos operacionais, p. 50 Atlas, 2008.

    BOWERSOX; CLOSS. Logstica empresarial: o processo de integrao da cadeia de suprimento: objetivos operacionais, p. 49 Atlas, 2008.

    CARDOSO, Ftima. Operadores Logstico. Disponvel em: . Acesso em: 27 de set. 2013.

    FERREIRA, Fernanda Augusta. O operador logstico e a terceirizao dos servios logsticos: terceirizao dos servios logsticos. 2013. P.33 f. Monografia (Especializao) - Curso de Tecnologia da Logstica Com nfase em Transporte, Departamento de Centro Tecnolgico, Faculdade de Tecnologia da Zona Leste, So Paulo, 2006. Cap. 3.

    FIESP Federao Das Industrias do estado de So Paulo. Modais de transporte. Disponvel em: . Acesso em: 24 nov. 2013.

    FURTADO, Silvio Zigomar. Uma anlise da logstica de transporte do Brasil e sua eficincia no desenvolvimento para o pas. 2007. 134 f. Tese (Doutorado) - Curso de Tecnologia da Produo Com nfase Industrial, Faculdade de Tecnologia de Taquaritinga, Taquaritinga, 2006.

    GARDNER, R. William; JOHNSON, C. Lee. Third-party Logistics in The Logistics Handbook, p954 1994.

  • [ 32 ]

    LOGWEB, Portal; PASTORELLO, Mauricio Barbosa. Globalizao amplia o mercado. Noticia de 10 de setembro de 2004. Disponvel em: . Acesso em: 12 nov. 2013.

    LUCENA JUNIOR, Cleonor Neves ; Leonardo Duarte ; Nairon Viana ; Vicente Ferreira de et al. OS dez maiores desafios da automao industrial: as perspectivas para o futuro.: dcimo desafio: impactos sociais e ambientes gerados pela automao. in: congresso de pesquisa e inovao da rede norte nordeste de educao TECNOLGICA, 2., 2007, Joo Pessoa - PB. os dez maiores desafios da automao industrial: as perspectivas para o futuro. Joo Pessoa, 2007. p. 01 - 10.

    LUZ, Gilberto Barbosa da; KUIAWINSKI, Darci Luz. Mecanizao, Autonomao e Automao Uma Reviso Conceitual e Crtica: Automao. In: SIMPEP, 2006, Bauru, Sp. 2006. P.03- 04.

    LUZ, Gilberto Barbosa da; KUIAWINSKI, Darci Luz. Mecanizao, Autonomao e Automao Uma Reviso Conceitual e Crtica: Automao. In: SIMPEP, 2006, Bauru, Sp. 2006. P. 05.

    Neto Ferraes; Jnior Kehne. Council of Logistics Management. p.40, 2002

    NOGUEIRA, Amarildo. A Importncia da TI nos Processos Logsticos: Tecnologia da

    Informao: A base slida dos processos logsticos. Disponvel em:

    . Acesso em: 25 maio 2009.

    PAIVA, Luiz de. 3 PL Bsico. Disponvel em: . Acesso em: 13 nov. 2013.

    PINHEIRO, Lester Carlos. A importncia da automao na logstica. Disponvel em: . Acesso em: 13 out. 2013.

    RODRIGUES, Paulo. Introduo aos sistemas logsticos no Brasil e logstica internacional, p. 17 aduaneiras, 2007.

  • [ 33 ]

    3. ANLISE DAS RODOVIAS ESTADUAIS E FEDERAIS NO ESTADO DE PERNAMBUCO: Um Estudo de caso sobre as Rodovias de Pernambuco.

    RESUMO

    Utilizando - se o mtodo de pesquisa qualitativa, do qual os resultados obtidos demonstram que as concesses rodovirias e o sistema de pedgios no so de carter satisfatrio e vivel para alguns, visvel onde a malha rodoviria privatizada em nosso pas. Porm uma soluo de melhoria a cobrana do pedgio, pois seriam evitadas outras complicaes como as dificuldades com a pavimentao, os buracos, diminuio dos custos dos produtos transportados, uma segurana maior nas rodovias privatizadas. Devido ao cenrio crtico e a falta de interesse do poder pblico sobre as malhas rodovirias brasileiras, fica claro a questo e a discusso de se pensar em privatizar as rodovias, pois a precariedade em que encontramos as estradas hoje cada vez mais alarmante. Com a concesso das vias pblicas s concessionrias passam a ter todas as responsabilidades, pela manuteno e conservao das estradas, onde ser cobrado dos motoristas o valor do pedgio do trecho percorrido, taxa essa que dado como servio de conservao da via pblica, o pedgio sobre o peso dos eixos dos carros. Outra forma que poderia ser feito seria o Governo do Estado contratar uma empresa privada para fazer os servios em determinada rodovia, como a manuteno, com preveno de acidentes, fiscalizando sem ter que pagar pedgio, tirando como exemplo os automveis da polcia militar e a administrao do IMIP em Pernambuco, que so empresas privadas com contratos com um determinado tempo, e que se responsabilizam pelos servios prestados populao. A privatizao do trecho Recife-Caruaru da BR-232 no teria cobrana de pedgio. A garantia de que no haveria pagamento de tarifas pelos motoristas foi dada pelo governo, aps o JC revelar o incio do processo de privatizao da rodovia, por meio de uma parceria pblico-privada (PPP). A concesso ser de 25 anos, com investimento total de R$ 495 milhes da futura concessionria, que ter que recuperar e requalificar totalmente a BR-232 nos primeiros 2 anos de contrato. Mas como envolve obras de manuteno e operao, mais uma srie de servios durante, a PPP ter durao de 25 anos. A previso que as obras comecem em janeiro de 2014 (Sandes, G., 2013). Essa uma forma muito significante, pois a populao tem todo o direito de buscar essa forma, onde o que so pagos com tantos impostos sendo utilizado para assegurar uma boa qualidade na rodovia do Estado. Esse exemplo poderia ser seguido nas outras rodovias e no s na BR - 232.

    Palavras-chaves: Privatizao, logstica, mobilidade urbana e rodovias.

    ABSTRACT

    Using - the qualitative research method, which the results obtained demonstrate that the toll

    road concessions and the system are not satisfactory and feasible for some character, is visible

    where the road network is privatized in our country. But it is a solution to improve the collection

    of tolls, other complications would be avoided because the difficulties with the flooring, holes,

    decrease the cost of goods transported increased security in privatized highways. Due to the

    critical scenario and lack of interest of the government on Brazilian highway networks, it is

  • [ 34 ]

    clear the issue and discussion of considering privatizing highways because the precariousness

    in which we find the roads today is increasingly alarming. With the granting of public roads

    concessionaires shall have all the responsibilities for the maintenance and upkeep of the roads

    , where motorists will be charged the amount of the toll the distance covered , which rate given

    as the conservation service of public roads , the toll on the weight of the axes of the cars.

    Another way that could be done would be the State Government to hire a private company to

    do the services in a given highway, such as maintenance, with accident prevention, monitoring

    without having to pay toll, taking as an example the cars of the military police and the

    administration of IMIP in Pernambuco, which are private companies with contracts with a

    given time, and are responsible for services rendered to the population. The privatization of the

    stretch - Caruaru Recife BR- 232 would not toll collection. The assurance that there would be

    no payment of fees for drivers was given by the government, after JC reveal the beginning of

    the privatization of the highway through a public- private partnership ( PPP ). The grant will

    be 25 years, with total investment of U.S. $ 495 million of future utility, which will have to

    recover and fully upgrade the BR -232 in the first 2 years of the contract. But as work involves

    maintenance and operation, plus a number of services during the PPP will last 25 years. It is

    expected that the works start in January 2014 ( Giovanni Sande , 2013 ) . This is a very

    significant way, since the population has every right to seek this form, where they are paid

    many taxes being used to ensure good quality in the state highway . This example could be

    followed in other roads and not only in BR - 232.

    Keyword: privatization, logistics, urban mobility and highways.

    CONSIDERAES INICIAIS

    A m conservao das Rodovias em Pernambuco est aumentando a cada dia. O trfego

    nas rodovias, principalmente as BR232 e BR101, onde passam milhares de veculos, em

    especial os transportes pesados, carregando mercadorias que tem alto valor agregado, faz que

    essas cargas chegam avariadas em seu destino final. Recente estudo realizado pela

    Confederao Nacional do Transporte (CNT) mostra que o estado geral das rodovias do Pas

    deficiente, alm dos constantes acidentes ocorridos pela falta de estrutura e conservao das

    estradas, em que pneus so danificados, famlias perdem suas vidas, entre outros problemas.

    (CNT, 2010).

    Os problemas brasileiros no se resumem extenso de estradas pavimentadas. A

    Confederao Nacional do Transporte (CNT) mostra que o estado geral das rodovias do Pas

    deficiente. Quase 60% do trecho avaliado foram considerados em mau estado, com problemas

    principalmente na geometria da via e na sinalizao, alm da m conservao da pavimentao

    (CNT, 2010).

  • [ 35 ]

    O asfalto sem condies, falhas na estrutura, falta de conservao e o descomedimento

    de peso dos caminhes so alguns dos fatores que afetam os nveis estruturais das rodovias

    nacionais. Estudos apontam que 1% de carga acima do limite em um eixo isolado aumenta em

    4,32% o desgaste do pavimento. Ou seja, se a sobrecarga for de 5% no caminho, uma rodovia

    projetada para permanecer dez anos tem sua vida til reduzida para 8,1 anos. J se o peso

    exceder 20%, a durabilidade do pavimento vai cair para apenas 4,5 anos (REIS, 2011). A

    fiscalizao nas estradas a principal forma de se evitar esse tipo de problema. Em 2010, as

    rodovias federais do Brasil tinham em operao 70 postos de pesagem (41 com equipamentos

    fixos e 29 com mveis), o que corresponde a um posto a cada 814 km de estrada. Nesse mesmo

    ano, quase dez milhes de caminhes e nibus passaram pelos postos de pesagem, sendo que

    nove milhes foram avaliados nas balanas de preciso e 7% foram multados por excesso de

    peso. A imagem pssima e as dificuldades de manuteno para conservar as rodovias e tambm

    o aumento no custo operacional dos caminhes. O exagero de buracos leva os autos a reduzirem

    a velocidade, reduzindo o nmero de viagens possveis por dia e, consequentemente,

    aumentando o custo por viagem. Alm disso, quanto pior o estado de conservao da rodovia,

    maior o desgaste do veculo e maiores os custos variveis, como combustvel, peas, pneus,

    lubrificao e lavagem (REIS, 2011). Segundo a CNT (2010), o custo operacional da frota

    nacional poderia ser reduzido em cerca de 25% caso todas as rodovias pavimentadas do Brasil

    estivessem em timo estado de conservao.

    Privatizao no soluo para os problemas. Os Deputados concordam com a

    privatizao das estradas de Pernambuco, aprovada recentemente pela assembleia legislativa

    com o mesmo argumento dizendo que o estado no tem condies de fazer a manuteno das

    estradas e que a privatizao ser a soluo para esse problema segundo Sergio Goiana (2012).

    Diante do exposto, surgiu a seguinte inquietao: Como melhorar as rodovias

    federais, estaduais e municipais do Estado de Pernambuco?

    Objetivo Geral

    Apresentar as possibilidades de melhoria para as rodovias federais e estaduais de Pernambuco.

    Objetivo Especfico

    Descrever a dificuldade de mobilidade urbana

  • [ 36 ]

    Apresentar o processo de privatizao de rodovias

    JUSTIFICATIVA

    A privatizao acontece porque o governo comercializa empresas estatais para a

    iniciativa privada (empresas nacionais, grupos de investimentos, multinacionais). Desta forma

    a empresa torna-se privada. Geralmente, a privatizao acontece quando uma empresa estatal

    no est gerando os lucros necessrios para concorrer no mercado ou quando ela est passando

    por problemas financeiros. A privatizao ocorreu e est ocorrendo em diversos pases do

    mundo, pois uma das caractersticas do mundo globalizado em que vivemos.

    Na viso de Moacyr Duarte (2000), nestes anos iniciais de implantao, o programa de

    concesses de rodovias tem alcanado resultados bastante animadores. Em relao qualidade

    dos servios, ele revela que as ltimas pesquisas mostram uma satisfao crescente por parte

    da populao. De acordo com levantamento feito pelo Data Folha para o Ministrio dos

    Transportes, a maioria (77%) dos usurios das rodovias federais concedidas aprova o programa

    de concesso.

    Segundo o Eng Adriano Murgel Branco (2000), ex-secretrio de Transportes de So

    Paulo e autor de vrios livros (entre eles "Segurana Rodoviria"), as estradas no podem mais

    ser concebidas apenas com o nico objetivo de permitir o mximo fluxo de trfego possvel,

    mas sim com vistas primordialmente segurana, pois numa estrada insegura ser

    necessrio baixar a velocidade comprometendo sua capacidade. "Portanto, imperioso

    reformular os conceitos bsicos envolvidos nos transportes, alm do necessrio

    desenvolvimento tecnolgico dos veculos, das fontes de energia e das estradas", defende ele.

    Branco sustenta tambm que importante que o Brasil elabore um planejamento

    estratgico partindo da implantao imediata de dispositivos de segurana simples e de baixo

    custo, tais como o aprimoramento ou a intensificao da pintura e sinalizao nas estradas, da

    instalao de defensas e placas de sinalizao e da aplicao de faixas causadoras de vibrao

    nas laterais das pistas. "Etapas mais demoradas devem contemplar reformas mais profundas das

    vias existentes, alargamentos, duplicaes e construes novas". Dependendo do caso, salienta

    ele, a aplicao de recursos eletrnicos e de informtica para o gerenciamento extremamente

    recomendvel.

  • [ 37 ]

    O Governo Estadual e tambm o Governo Federal sem as devidas qualidades para

    manter nossas estradas em boas condies. Por causa desta situao viemos aqui tentar mostrar

    alguma sada para essa situao gritante que so nossas rodovias.

    Essa pesquisa e importante, por expor a necessidade urgente em que nosso Estado passa

    com as suas rodovias sem manuteno e os vrios acidentes diariamente acontecidos. Com a

    privatizao mostrar que o pedgio garante uma estrutura permanente de manuteno

    preventiva das estradas, preservando longo prazo os investimentos realizados, estradas no

    pedagiadas esto mais expostas pela dependncia oramentria do Estado, deteriorao

    crescente, aumentando os custos dos transportes e o preo dos produtos transportados.

    Tecnicamente, privatizao a venda de patrimnio pblico e concesso, um contrato

    que, no final, reverte de volta o patrimnio ao governo. Mas a troca de acusaes sobre

    entreguismo fez governantes como o ex-presidente Luiz Incio Lula da Silva, a presidente

    Dilma e tambm Eduardo Campos, no passado, chamaram de privatizao o que hoje exigem

    que seja tratado apenas como concesso. Isso ocorre em casos como os leiles de rodovias de

    Dilma ou o acesso virio ao Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, parceria pblico-privada (PPP)

    que tem quase 100% de aprovao dos usurios, segundo pesquisas de opinio.

    MOBILIDADE URBANA

    Para Carlos Alberto Bandeira Guimares (2012), professor da Faculdade de Engenharia

    Civil, arquitetura e Urbanismo da Unicamp especializado em transportes, um transporte pblico

    acessvel e de qualidade a melhor alternativa para o transporte nas reas urbanas. O transporte

    individual ineficiente tanto do ponto de vista de transporte como em termos ambientais e os

    nmeros crescentes da frota de automveis tem provocado uma forte reduo na mobilidade

    das cidades.

    A partir da afirmativa acima, conclui-se que o governo est tentando solucionar os

    problemas descongestionamentos nas vias, optando pela melhoria na qualidade dos transportes

    coletivos, dando assim um maior conforte durante o percurso de destino como tambm

    agilidades no trnsito. Mas para que a populao comece a procura mais pelos transportes

    coletivos, o governo implantar algumas medidas para diminuir a quantidades de carros

    individuais nas ruas, onde tais medidas so o rodzio de carros, j utilizado em So Paulo, os

  • [ 38 ]

    pedgios j implantados em alguns estados, onde significa pagaram imposto para utilizao de

    alguns trechos das vias, com isso aumentando cada vez mais impostos pagos pela populao.

    A proposta do governo incentivar a populao deixar seus carros em casa e passar a usar os

    transportes coletivos, diminuindo assim tambm os congestionamentos como a poluio do ar.

    A Confederao Nacional da Indstria (CNI, 2012) acaba de concluir um extenso

    estudo sobre os efeitos provocados pelos problemas de mobilidade na produtividade do pas. O

    setor est preocupado com o tempo que seus funcionrios perdem para chegaram nas fbricas

    e escritrios, os atrasos nas entregas nas mercadorias e o prejuzos atividade intelectual, quase

    sempre concentrada nos centros urbanos. Segundo dados da (CNI, 2012) mostram que grande

    parte do desgaste do ser humano que perdido nos enormes congestionamentos, no transito

    durante todo o percurso de suas residncias at o trabalho, como tambm o tempo que

    caminhoneiros levam para entregar os insumos e produtos dos clientes e das indstrias, a causa

    disso tudo esta nos enormes congestionamentos e engarrafamentos enfrentado por grande parte

    da populao dos dia a dia, isso levou as empresas reverem os prejuzos que estavam tendo em

    relao ao trnsito, como o tempo perdido que os trabalhadores passavam parados, atrasos nas

    entregas, avaria de produtos, e a qualidade do bem estar dos seus funcionrios, causando assim

    grande impactos para o comercio e a indstria brasileira. A proposta que a (CNI, 2012) destaca

    em sua pesquisa a utilizao do transporte coletivo de alto rendimento para os deslocamentos

    rotineiros. Com o crescimento do Brasil, grande parte da populao passou a procurar por

    transporte prprio, isto devido a pssima qualidade dos transportes coletivo, gerando assim

    grandes impactos na mobilidade urbana. Com isso agora o governo quer investir forte nos

    transportes coletivo, propor um transporte de qualidade e eficincia para a populao, para

    tentar assim diminuir a quantidade de veculos circulando na cidade e com isso resolver a

    situao dos congestionamentos.

    PRIVATIZAO: VANTAGENS E DESVANTAGENS

    Segundo Paulo Roberto Bertaglia (2009) as perspectivas futuras do transporte no Brasil

    dependem do sucesso dos programas de privatizao, dos investimentos em recuperao e de

    novas rodovias. As pssimas condies das rodovias exigem investimentos rpidos para que os

    padres de qualidade possam ser superiores e para que o pas se torne mais competitivo, de

    modo que possa baixar os custos logsticos.

  • [ 39 ]

    Realmente preciso investimentos imediatos para que o Estado e o Pas tenha um

    crescimento positivo, desenvolvendo junto aos pases de primeiro mundo, onde as coisas se

    realizam frequentemente.

    A precariedade da infraestrutura rodoviria brasileira tambm tem impacto negativo nas

    emisses de gases de efeito estufa (GEE) e de poluentes na atmosfera. Quanto maior a qualidade

    do pavimento rodovirio, menor a variao de velocidade e o tempo da viagem, reduzindo o

    nvel de emisso de GEE. Segundo Bartholomeu (2006), as emisses caem entre 0,01% e 0,2%

    em rodovias com melhores condies de pavimentao.

    Essas redues se tornam ainda mais significativas na medida em que o setor de

    transportes apontado como o terceiro maior poluidor no Brasil e no mundo, atrs apenas da

    Mudana no Uso da Terra e das Indstrias. Em 2005, o setor foi responsvel por 6,4% e 13,5%

    das emisses, respectivamente, sendo que o modal rodovirio contribui com a maior parte

    (88,6%) dos gases lanados pela atividade de transportes na atmosfera brasileira.

    Embora boa parte da produo nacional seja movimentada atravs das rodovias, o Brasil

    ainda carece de uma infraestrutura rodoviria como a disponibilizada nas principais potncias

    mundiais. Problemas como pistas no asfaltadas ou com asfalto em ms condies, m

    sinalizao e traado inadequado interferem na movimentao dos caminhes, prejudicando

    questes como confiabilidade e consistncia, alm de afetar o consumo dos veculos, a emisso

    de gases de efeito estufa e o custo logstico total.

    Por isso que o pedgio tem suas vantagens, pois as rodovias so bem conservadas com

    uma infraestrutura de qualidade, com sinalizaes e placas informativas, como tambm seguro

    de reboque e o mais importante segurana nas vias. Apesar dessas condies o usurio tem que

    arcar com o custo do pedgio, que o de ida e vinda. Contudo s em ter uma rodovia em boas

    condies de trfego j de grande importncia.

    Segundo Kleber Fossati Figueiredo, Paulo Fernando Fleury e Peter Wanker (2010), um

    das coisas necessrias para o processo de privatizao criar um sistema regulatrio eficiente

    para o transporte rodovirio, que restrinja as prticas operacionais condenveis, e reduza

    significativamente o processo de informalidade que se observa no dias de hoje.

    O Consultor legislativo especialista em transporte, Rodrigo Borges (2005), diz que, nos

    pases desenvolvidos, existem rotas alternativas para quem no quer pagar pedgio, mas isso

  • [ 40 ]

    no acontece no Brasil. Normalmente, em pases de 1 mundo, sempre h uma alternativa no

    pedagiada, tem vrias estradas pedagiadas com todo conforto, acesso, porm, o estado mantm

    alguma rota alternativa onde talvez no tenha todos os benefcios da pedagiada, mas com

    condies razoveis. No Brasil, difcil fazer essa avaliao porque grande parte das estradas

    que no esto concessionadas, o estado muito ruim segundo Adriana Magalhes (2005).

    Segundo Maurcio Lima (1999), a privatizao das rodovias tem duas vantagens. A

    primeira: o governo pode transferir verbas para outras atividades. A segunda: as rodovias

    melhoraram porque a iniciativa privada, para justificar os lucros que tem no negcio, precisa

    conservar as pistas em um padro mais elevado do que o seguido anteriormente. Acaba

    custando mais caro para os motoristas porque h mais postos de pedgio espalhados pelas

    rodovias, mas segundo os estudiosos do assunto esse sistema mais justo. Quem usa as estradas

    paga por sua conservao. Falta agora parar de cobrar os impostos que eram usados na

    conservao das rodovias, mas isso as autoridades no fazem.

    PROCESSO DE MELHORIA NAS RODOVIAS: EXEMPLOS MUNDIAIS

    Com o programa de concesso de rodovias federais, foram repassadas iniciativa

    privada a Via Dutra, a ponte Rio-Niteri, a BR-040, a BR-116 e a BR-290. Um exemplo de

    parceria com o setor privado foi a construo da ponte internacional entre So Borja (RS) e

    Santo Tom, na Argentina, com 1400 metros de extenso, iniciativa conjunta dos governos

    brasileiro e argentino, inaugurada em dezembro de 1997, constituindo-se numa nova opo de

    ligao no mbito do Mercosul.

    O corredor rodovirio entre Minas Gerais e Rio Grande do Sul a maior obra de

    duplicao rodoviria em execuo no mundo, o que compe o principal eixo de ligao entre

    o Norte e o Sul do Brasil, abrangendo at mesmo o acesso aos pases do Mercosul. Essa obra

    de conexo regional estratgica e envolve a duplicao da rodovia Ferno Dias, ligando Belo

    Horizonte a So Paulo, com 564 km de extenso. O segundo trecho, que corresponde