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Preparaªo para o Exame de Economia A Fiz este apanhado de matØria, com a finalidade bvia de me preparar para o exame de Economia A, no ano de 2008. Andou perdido pelo meu computador, atØ que o encontrei novamente, decidindo, publica-lo na Web, por achar que pode ser de utilidade para alguØm, como foi para mim. Os dois primeiros temas desta preparaªo para exame de economia, sªo um apanhado de perguntas, tanto de escolha mœltipla como de resposta aberta, retirados do site do GAVE. Os restantes captulos foram feitos tendo em base, apontamentos tirados nas aulas e resumos retirados de livros de economia, bem como, pesquisas feitas na Web. Espero que este resumo, vos possa ajudar de alguma forma a atingir os objectivos a que se vªo propor no final do ano lectivo. Desde jÆ vos desejo boa sorte e um ptimo estudo. pdfMachine Is a pdf writer that produces quality PDF files with ease! Produce quality PDF files in seconds and preserve the integrity of your original documents. Compatible across nearly all Windows platforms, if you can print from a windows application you can use pdfMachine. Get yours now!

Econiomia a- Exame

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Page 1: Econiomia a- Exame

1

Preparação para o Exame de Economia A

Fiz este apanhado de matéria, com a finalidade óbvia de me preparar para o exame de

Economia A, no ano de 2008. Andou perdido pelo meu computador, até que o encontrei

novamente, decidindo, publica-lo na Web, por achar que pode ser de utilidade para

alguém, como foi para mim.

Os dois primeiros temas desta preparação para exame de economia, são um apanhado

de perguntas, tanto de escolha múltipla como de resposta aberta, retirados do site do

GAVE.

Os restantes capítulos foram feitos tendo em base, apontamentos tirados nas aulas e

resumos retirados de livros de economia, bem como, pesquisas feitas na Web.

Espero que este resumo, vos possa ajudar de alguma forma a atingir os objectivos a

que se vão propor no final do ano lectivo.

Desde já vos desejo boa sorte e um óptimo estudo.

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Page 2: Econiomia a- Exame

2

I

1. Bens livres são aqueles que... Existem na natureza em quantidades ilimitadas.

2. O consumo das famílias depende, entre outros factores... Do preço dos bens e do

rendimento das famílias. 3. Incluem-se na população activa... Os desempregados e a população empregada.

4. Comprou-se por duzentos euros um casaco que foi pago utilizando-se um cartão

de débito. Nesta operação... Foi utilizado papel-moeda, que serviu de unidade de medida de valor.

5. Um mercado de monopólio caracteriza-se pela existência de... muitos vendedores

e alguns compradores.

6. Os rendimentos primários, recebidos pelos agentes económicos em

consequência da sua participação no processo produtivo, são constituídos

por...salários, juros, subsídios e remessas.

7. O poder de compra das famílias resulta da relação do seu rendimento disponível

com...o grau de satisfação das suas necessidades.

8. O rendimento disponível das famílias aumenta (permanecendo tudo o resto

constante) se...diminuir o valor dos impostos directos.

9. Constituem recursos das Empresas não Financeiras...as indemnizações pagas

pelas Instituições Financeiras.

10. A diferença entre Produto Nacional e Produto Interno corresponde ao valor...do

Saldo dos Rendimentos com o Resto do Mundo.

11. Em Portugal, nos anos mais recentes, a Balança de Serviços tem registado

saldos positivos, devido, sobretudo, ao contributo positivo da rubrica�viagens e turismo.

12. Em Portugal, os recebimentos do Fundo de Coesão, provenientes da União

Europeia, são registados na...Balança de Capital.

13. Um saldo orçamental positivo das Administrações Públicas significa que...as receitas do Estado são superiores às suas despesas.

14. Actualmente, em vários países da Europa, os sistemas de Segurança Social

correm risco de ruptura financeira. Um dos factores responsáveis por esse facto

pode ser...a diminuição da população empregada.

15. Numa união aduaneira, os países membros têm autonomia para definir os

impostos alfandegários a aplicar às importações de países terceiros. Esta afirmação é...falsa, porque, numa união aduaneira, existe uma pauta aduaneira comum

relativamente a países terceiros.

16. São países fundadores da CEE...a França, a Itália e a Holanda.

17. Com a coesão económica e social, um dos objectivos da União Europeia,

pretende-se...aproximar o nível de vida dos cidadãos europeus.

18. A distribuição é uma actividade económica que engloba...o comércio e os

transportes. 19. O automóvel é uma necessidade primária. Esta afirmação é...falsa, porque o

automóvel é um bem e não uma necessidade.

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Page 3: Econiomia a- Exame

3

20. A Lei de Engel relaciona...o rendimento das famílias com as suas estruturas de

consumo.

21. Numa empresa com 100 trabalhadores e 10 máquinas, são produzidas

mensalmente 500 Unidades do bem X. Se a empresa contratar mais um

trabalhador, mantendo-se tudo o resto constante, a produção eleva-se para 507

unidades mensais. A produtividade marginal do trabalho é de...7 unidades mensais.

22. Quando se aumentou a dimensão de uma empresa, verificou-se que os seus

custos médios de produção diminuíram. Diz-se, então, que se

obtiveram...economias de escala.

23. A quantidade de moeda que se dá em troca de uma unidade de um bem que se

compra designa-se por...preço.

24. A desmaterialização da moeda tem estado associada...ao aparecimento de novos tipos de moeda.

25. Segundo a lei da oferta...a quantidade oferecida de um bem aumenta quando o seu preço aumenta.

26. Numa empresa que fabrica automóveis, a compra de uma máquina-ferramenta

corresponde a um investimento...material.

27. Constitui exemplo de um fluxo real das Administrações Públicas para as

Famílias... os serviços de saúde prestados pelos hospitais públicos às Famílias.

28. Cada sector institucional agrupa as...unidades institucionais que têm comportamento

económico semelhante.

29. Suponha que o PIB do país B, apesar de, em termos reais, não se ter alterado,

apresentou os valores de 5000 u.m., em 2004, e de 8000 u.m., em 2005. Esta

diferença de valores significa que o seu cálculo foi efectuado...a preços correntes.

30. Um dos factores que podem contribuir directamente para o aumento do volume

das exportações de um país é...a desvalorização da moeda desse país.

31. O valor de um investimento directo realizado em Portugal por uma empresa

residente em Espanha regista-se na...Balança Financeira portuguesa.

32. As políticas económicas e sociais conjunturais têm como horizonte temporal...o curto prazo.

33. Duas das medidas que o Estado pode utilizar para reduzir o défice orçamental

são...o aumento dos impostos indirectos e a diminuição das transferências para as

Famílias.

34. Na actual União Europeia, o PIB per capita dos diversos Estados-membros,

medido na mesma unidade monetária, apresenta valores muito diferentes. Este

facto revela que, na União Europeia, não existe...coesão económica e social.

35. O alargamento da União Europeia a dez novos países, ocorrido em 2004, teve

como consequência imediata, entre outras...o aumento do número de deputados no

Parlamento Europeu.

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Page 4: Econiomia a- Exame

4

II

1. Relacione o «aumento da concorrência internacional» com o papel da

Organização Mundial de Comércio (sucessora do GATT).

� O principal objectivo da OMC é o de reduzir os entraves às trocas internacionais (liberalização das trocas), o que tem promovido o aumento da concorrência

internacional; � A participação crescente no mercado mundial, impulsionada pela OMC, de países com

estruturas de custos de produção mais baixos (como a China e outros países asiáticos),

tem provocado o aumento da concorrência internacional, diminuindo os preços de

importação de vários bens não petrolíferos. 2. Para além do petróleo existem outros recursos naturais escassos.

Explique em que consiste o «problema económico», tendo em conta os conceitos de

escassez e de escolha.

� O «problema económico» reside na necessidade de gerir os recursos existentes (escassos) para satisfazer as necessidades humanas (ilimitadas), fazendo escolhas sobre a utilização daqueles; � A escassez resulta do facto de as necessidades humanas serem múltiplas e ilimitadas face a recursos que são limitados; � A necessidade de escolha decorre da necessidade de optar por uma dada utilização dos

recursos disponíveis que podem ter usos alternativos. 3. Explique de que forma a «convergência dos rendimentos das famílias

portuguesas com a média europeia» se reflectirá nas suas estruturas de

consumo.

� A convergência dos rendimentos das famílias portuguesas com os da média europeia

significa que o seu rendimento médio vai aumentar; � Esse aumento de rendimento vai implicar alterações na estrutura de consumo das famílias; � O peso das despesas em alimentação tenderá a diminuir face ao total das despesas, podendo aumentar, em contrapartida, por exemplo, o peso das despesas em lazer e cultura. 4. Justifique, a necessidade de aumentar os níveis de investimento imaterial em

Portugal, tendo em atenção a importância deste tipo de investimento na

actividade económica.

� Os níveis educacionais são deficientes, e assim tenderão a continuar, dada a situação

de partida, e como se pode constatar pela baixa participação da população portuguesa em acções de Educação ou Formação, quando comparada com a da União Europeia (em Portugal, essa participação não chega aos valores médios da U.E. � O investimento em Investigação e Desenvolvimento é muito baixo, em Portugal, a despesa total em I&D, em percentagem do PIB, nunca chegou a 1%, enquanto os valores médios europeus rondaram os 2%); � Nível baixos de investimento imaterial, como é o caso em Portugal, não permitem melhorar a qualidade dos produtos oferecidos, nem a produtividade, nem, consequentemente, a competitividade das empresas;

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Page 5: Econiomia a- Exame

5

� Portugal deveria aumentar o seu nível de investimento imaterial, contribuindo para a modernização das suas estruturas produtivas, tendo em vista responder aos desafios que se colocam à sua economia, num mundo em crescente concorrência global.

5. Um dos objectivos da intervenção do Estado na actividade económica é

promover uma maior equidade na distribuição dos rendimentos.

Explicite o sentido do texto abaixo transcrito tendo em conta o objectivo do Estado

acima referido.

�Na actualidade, as debilidades estruturais de que a economia portuguesa sofre, como

os deficientes níveis educacionais e a insuficiente transformação das estruturas

produtivas, entre outras, tornam difícil responder aos desafios que se colocam à nossa

economia.�

� A distribuição dos rendimentos que resulta da acção do mercado é frequentemente caracterizada por um elevado grau de desigualdade; � O aumento do desemprego faz crescer um grupo vulnerável no interior da população,

contribuindo para aumentar as desigualdades existentes na distribuição dos

rendimentos; � Cabe ao Estado adoptar políticas sociais, de modo a promover uma maior equidade na distribuição dos rendimentos, tendo em vista uma maior coesão social; � Para promover uma maior equidade social, o Estado pode implementar políticas

sociais de redistribuição dos rendimentos e de apoio aos desempregados (como políticas

activas de emprego e de requalificação profissional). 6. Justifique a seguinte afirmação:

O PIB pode ser calculado a preços correntes ou a preços constantes, mas apenas

uma série de valores do PIB calculado a preços constantes permite conhecer a

evolução real da produção. � O PIB a preços correntes é calculado valorizando-se os bens e serviços produzidos aos preços do ano em causa, enquanto o PIB a preços constantes é calculado valorizando-se os bens e serviços produzidos aos preços de um ano tomado como base; � Uma série de valores do PIB calculado a preços correntes reflecte não só a evolução

das quantidades produzidas, mas também a evolução dos preços; � Uma série de valores do PIB calculado a preços constantes elimina o efeito da variação dos preços, o que permite conhecer a evolução das quantidades produzidas, no período em análise, ou seja, a sua evolução real.

7. Segundo dados divulgados pelo INE, a taxa de desemprego em Portugal, em

2005, foi de 7,6%. Explicite o significado deste valor.

A resposta explicita o significado do valor da taxa de desemprego, em 2005, em Portugal, referindo que, em média, em cada 100 indivíduos activos, 7,6 se encontravam

desempregados. 8. O mercado de monopólio é uma das formas que os mercados podem assumir.

Caracterize o mercado de monopólio, tendo em conta:

� O número de vendedores;

� A capacidade de controlo sobre o preço.

A resposta que caracteriza o mercado de monopólio relativamente ao número de

vendedores e à capacidade de controlo sobre o preço, referindo, nomeadamente, a

existência de: � Um vendedor (uma única empresa);

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Page 6: Econiomia a- Exame

6

� Um controlo (quase) absoluto sobre a determinação do preço (dada a existência de um

único vendedor). 9. Caracterize, relativamente às liberdades garantidas, o Mercado Único que a

Comunidade Europeia (actual União Europeia) instituiu.

A resposta caracteriza o Mercado Único que a Comunidade Europeia instituiu, referindo

que este garante a liberdade de circulação de... � Bens; � Serviços; � Capitais; � Pessoas.

10. Apresente dois factos que evidenciem o designado «fenómeno de terciarização

da estrutura produtiva».

� A transferência de mão-de-obra dos sectores primários e secundário para o sector

terciário (o aumento do peso do sector terciário na estrutura sectorial do emprego); � O crescente contributo do sector terciário para o valor do PIB; � A crescente integração de actividades terciárias nos outros sectores de actividade económica (primário e secundário); � O crescente recurso às novas tecnologias da informação e da comunicação, permitido

pelo desenvolvimento tecnológico.

11. Explique, tendo em atenção o texto abaixo, o papel do Estado na redistribuição

do rendimento.

� (�) Por sua vez, o rendimento disponível dos particulares (em termos reais) cresceu

cerca de 1%, em 2004, continuando, entre outros factores, as transferências para as

famílias a contribuir de forma importante para esse rendimento disponível (o que

reflecte o peso significativo das prestações sociais pagas pelas administrações públicas

às famílias).�

� A intervenção do Estado nesta área tem como objectivo corrigir desigualdades

resultantes da repartição operada pelo mercado (repartição primária); � Através da aplicação de impostos directos progressivos, o Estado efectua uma forma

de correcção das desigualdades verificadas; � Através de transferências internas (por exemplo, das prestações sociais pagas às

Famílias), o Estado efectua uma outra forma de correcção das desigualdades. 12. Relacione crédito com consumo privado, tendo em atenção o texto abaixo.

� (�) No entanto, a manutenção do nível reduzido das taxas de juro, bem como o

alargamento dos prazos de amortização dos empréstimos e a introdução de novos

produtos no mercado de crédito ao consumo permitiram que o consumo privado

continuasse a crescer (�).�

� O crédito influencia o consumo das Famílias, na medida em que estas a ele podem

recorrer para fazer face a despesas de consumo � quanto maior for o recurso ao crédito

(tudo o resto constante) mais elevado será o consumo privado (transferindo consumos

futuros para o presente); � O nível reduzido das taxas de juro torna o crédito mais barato, constituindo um

incentivo ao mesmo; � O alargamento dos prazos de pagamento dos empréstimos é outro factor de incentivo

de recurso ao crédito; � A existência de novos produtos no mercado de crédito ao consumo incentiva

igualmente o crédito, logo o consumo.

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Page 7: Econiomia a- Exame

7

13. O valor da taxa de cobertura das importações pelas exportações, em 2005, foi

de 76,5%. Explicite o significado deste valor.

A resposta deverá explicitar que o valor significa que apenas 76,5% do valor das importações foi pago (coberto) pelo valor das exportações.

III

Os agentes económicos e o circuito económico Agente Económico: É um indivíduo ou uma entidade que intervém na actividade

económica exercendo pelo menos uma função económica.

Agentes Económicos

Agentes

Económicos

Elementos representativos do comportamento económico

Função Principal

Principais

Recursos Aspectos Relevantes

Famílias Consumir

Remunerações do

trabalho e rendimentos provenientes da posse dos factores capital e recursos naturais

Procuram maximizar o seu bem-estar

Empresas

não-

financeiras

Produzir bens e prestar serviços

Receitas provenientes das vendas

- São incluídas as empresas

individuais que pela sua dimensão apresentem

comportamentos idênticos às

sociedades -Todas as empresas públicas ou

privadas produtores de produtos não-financeiros

Instituições

financeiras

Financiar os restantes sectores Segurar, tornar colectivos os riscos individuais

-Montante dos juros recebidos -Prémios de seguros

- São financiadas através da

captação de poupanças dos

outros agentes económicos -Garantem o pagamento de indemnizações no caso da

ocorrência do risco coberto

Estado

Fornecer serviços

não

comercializáveis à

sociedade Satisfazer necessidades colectivas

Pagamentos obrigatórios,

impostos, taxas�

- Procuram assegurar o máximo

bem-estar de toda a população -Aplicam politica de redistribuição do rendimento

Resto do

Mundo

- Proporcionar o escoamento de excedentes de produção -Obter os bens ou os serviços

produzidos em quantidades insuficientes ou não

Receitas provenientes das vendas e despesas resultantes das compras

Possibilitam o aumento do bem-estar interno

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Page 8: Econiomia a- Exame

8

produzidos internamente

Economias Abertas e Fechadas

Abertas: Os agentes económicos residentes no país estabelecem operações económicas

com agentes económicos não residentes

Fechadas: Os agentes residentes não estabelecem operações comerciais com os não

residentes Rendimento disponível dos particulares

É constituído pelo valor do consumo efectuado e pela poupança realizada nesse período

Fluxos Reais ou Monetários

Reais: Operações em que circulam bens e serviços entre os agentes económicos

Monetários: Circulam meios de pagamento, moeda, cheques e ordens de transferência Contabilidade Nacional

Conceito: É a representação quantificada da economia de um país de acordo com

normas convencionais e codificadas -Permite comparar a evolução registada ao longo dos tempos de uma economia e no

mesmo período de tempo entre economistas diferentes. -É um razoável instrumento de avaliação da situação económica de um país, mas é

muito limitado -Estabelece a equivalência entre o Produto, o Rendimento e a despesa. Necessidade da Contabilidade Nacional:

Fornece-nos uma representação simplificada e quantificada do funcionamento de uma

economia num determinado período de tempo. Através da contabilidade nacional

ficamos a conhecer os principais responsáveis e as operações realizadas pelos mesmos

na actividade económica, bem como os mecanismos essenciais para preverem a sua evolução futura. Objectivos da Contabilidade Nacional:

-proporcionar a informação necessária para a comparação entre economias -estudar a evolução de uma economia ao longo dos tempos -fornecer os dados necessários à previsão económica e à tomada de decisão Utilidade da Contabilidade Nacional:

-Compreender e eventualmente criticar a informação económica actual Entidades responsáveis pela Contabilidade Nacional:

-INE (Instituto Nacional de Estatística) -BP (Banco de Portugal)

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Page 9: Econiomia a- Exame

9

Sectores Institucionais

Sociedades não financeiras: são todas as sociedades públicas e privadas

residentes no país. São produtoras de bens e serviços comercializáveis não

financeiros. Sociedades financeiras: são as sociedades residentes no país prestadoras de serviços

de intermediação financeira ou exercendo actividades auxiliares financeiras.

Administrações públicas: são todas as unidades residentes produtoras de bens e

serviços não comercializáveis. Possibilitam a redistribuição do rendimento e da riqueza nacional.

Famílias: são as pessoas ou grupo de pessoas com a função de consumir. Instituições sem fins lucrativos ao serviço das famílias (ISFLSF): são as

entidades jurídicas ou sociais com o fim de produzir bens ou serviços sem fins lucrativos.

Resto do mundo: são as unidades institucionais não residentes que efectuam

transacções com as unidades residentes num país.

Território Económico e Unidades Institucionais

Território Económico: É todo o espaço delimitado pela sua fronteira geográfica,

espaço aéreo e águas territoriais, enclaves territoriais no estrangeiro (embaixadas, bases

militares) e outras instituições que o país possui.

Unidades Institucionais: São residentes quando têm uma actividade económica

reconhecida no país por um período igual ou superior a um ano. Óptica do Produto

Permite-nos conhecer o valor do produto por sector institucional e/ou sector da actividade O cálculo do valor do produto realiza-se utilizando um dos seguintes métodos:

Método dos valores acrescentados

Método dos produtos finais

1O problema da múltipla contagem consiste em registar várias vezes o valor do mesmo

bem ou processo de transformação ao longo do cálculo do valor do produto. Óptica do Rendimento

Permite-nos conhecer o valor atribuído como remuneração dos factores de produção.

Óptica da Despesa

Permite-nos conhecer os gastos efectuados pelos diferentes sectores institucionais

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Page 10: Econiomia a- Exame

10

Fórmulas da despesa Interna e Despesa Nacional Despesa Interna

Despesa Interna: Consumo privado + consumo público + investimento + exportações -importações E sabendo que: Exportações Líquidas = Exportações � Importações Teremos:

Despesa Interna = Consumo privada + consumo público + investimento + exportações

líquidas Despesa Nacional

Despesa Nacional = Consumo privado+ Consumo público + investimento +

exportações � importações + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da

empresa com o resto do mundo Despesa Nacional = Despesa Interna + Saldo dos rendimentos do trabalho, da propriedade e da empresa com o resto do mundo Limitações da Contabilidade Nacional

Economia paralela Economia ilegal Auto consumo Não avalia parte ambiental PIB não é ecologia

Externalidades

Conceito: Impacto (pos ou neg) causado por um processo produtivo sobre o bem-estar da sociedade sem que esta tenha contribuído para o mesmo. Podem ser: Positivas: Criação de emprego e consequente desenvolvimento. Negativas: Concentração de marginalidade e poluição

Produto a preços constantes ou correntes

Produto a preços Constantes: Mede as variações do produto em quantidade entre

períodos diferentes, pois utiliza os mesmos preços que são constantes para valorizar as

quantidades produzidas em anos diferentes.

Produto a preços Correntes: Utilizamos os preços do próprio ano para valorizar as

quantidades produzidas nesse ano. Os valores a preços correntes não nos permitem

distinguir se a evolução registada no produto foi imputável à variação nos preços ou à

variação nas quantidades Rendimento Disponível dos Particulares

Conceito: É o rendimento colocado à disposição das famílias de um país

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Page 11: Econiomia a- Exame

11

Fórmulas

PIB =Consumo+Gastos+Investimentos + Exportações � Importações PNB=PIB+Rendimento do exterior � Rendimento ao exterior PNB = PIB + Saldo do rendimento c/ exterior PNB = PNL + Amortizações

PIB cf = PIB � Impostos Indirectos+Subsídios

PNB cf = PNB � Impostos Indirectos+Subsídios

PNL= PNB � Amortizações

PNL cf = PNB cf � Amortizações

PIL = PIB � Amortizações

PIL cf = PIL+Subsídios � Impostos Indirectos

RN = DN = PNB Rendimento Nacional Bruto = PIB pm + Saldo

Rendimento disponível = RN � ID � SS � Transf.

DI = PIB Procura Interna = C + G + I

Procura Global = Procura Interna + Exp.

IV

As Relações Económicas com o Resto do Mundo

Comércio Interno e Externo

Interno

� Realizado dentro do país � Envolve os agentes económicos residentes

Externo

� Trocas de bens, serviços e capitais � Realizada entre agentes económicos residentes e não residentes

O Comércio Externo existe porque:

� A produção dos diferentes bens e serviços exige diferentes recursos � Os vários recursos estão distribuídos pelo mundo de forma desigual � A mobilidade/deslocação dos factores de produção é reduzida

A Balança de Pagamentos

É um documento que regista todas as operações de um país com o exterior É um documento de análise e contabilidade É constituída por ter componentes relativamente homogéneas: balança

corrente, balança de capitais e a balança financeira

Importações/Exportações

O comércio externo comporta estes dois tipos de fluxos:

-importações (mercadorias, serviços e capitais) -exportações (mercadorias, serviços e capitais)

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Page 12: Econiomia a- Exame

12

As exportações representam a entrada de divisas no país e são registadas a crédito,

enquanto as importações dão origem a uma saída de divisas do país e são registadas a

débito. Balança de Capitais

Definição:

Regista os fluxos entre residentes e não residentes de transferências de capitais e as

aquisições/cedências de activos não produzidos, não financeiros.

Balança Financeira

Definição

Regista todos os fluxos que envolvem mudança de titularidade entre residentes e não

residentes de activos/passivos financeiros e os fluxos de criação/extinção de

activos/passivos. A balança financeira comporta cinco tipos de operações: -investimento directo

-investimento de carteira

-derivados financeiros

-outro investimento

-activos de reservas A Balança Corrente

Definição

Integra as transacções entre residentes e não residentes de mercadorias, de serviços,

de rendimentos do trabalho e de investimentos e de transferências de natureza corrente.

Os restantes fluxos da balança corrente são registados: -na balança de serviços

-na balança de rendimentos

-na balança de transferências correntes

Balança Corrente

Serviços Rendimentos Transferências

Correntes Comercial

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Page 13: Econiomia a- Exame

13

A Balança Comercial

Definição

Regista as Exportações e importações de mercadorias Evolução

Nos últimos anos, assistimos ao decréscimo das indústrias tradicionais e ao acréscimo

das indústrias de produção de �máquinas� e de �matéria de transporte� no conjunto das

exportações portuguesas

Balança de Serviços

Definição:

Regista as exportações e as importações de serviços, nomeadamente transportes,

seguros, viagens e turismo.

Balança de Rendimentos

Definição:

Regista as exportações e as importações de rendimentos do trabalho e de

investimento Balança de Transferências Correntes:

Definição:

Registam-se as transferências públicas (cooperações entre países, indemnizações�),

correntes, privadas (dádivas aos particulares, remessas dos emigrantes e

imigrantes�) Divisas

Definição

-Meios de pagamento utilizados no comércio internacional (ex: euro e reservas de ouro). -Nem todas as moedas nacionais são aceites nas trocas internacionais, por estarem

sujeitas a flutuações frequentes ou porque se verifica uma instabilidade económica

nesses países. -As divisas utilizadas pelos importadores são moedas fortes, ou seja, com uma elevada procura no comércio internacional. -Actualmente o dólar e o euro são divisas fortes com boa aceitação nas relações

económicas internacionais

Exemplo:

-Na zona Euro, os pagamentos são efectuados em euros. -Em situações de comércio entre a zona Euro e um país fora desta zona, é necessário

fazer pagamentos na moeda do país em causa, numa aceite internacionalmente ou em

ouro proveniente das reservas dos bancos centrais� Taxa de Câmbio

Pode ser representada de duas formas diferentes: -É o nº de unidades de moeda estrangeira que se pode adquirir com uma unidade de

moeda nacional (ex: 1,58 dólares para adquirir 1 �) -É o nº de unidades de moeda nacional que é necessário dar para adquirir uma unidade estrangeira.

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Page 14: Econiomia a- Exame

14

O valor da taxa de câmbio está dependente da política de desvalorização da moeda. Se o

euro se desvalorizar, significa que é necessário entregar mais � para adquirir o mesmo

montante de dólares ou libras esterlinas. A política de desvalorização da moeda torna as exportações mais competitivas e pode

contribuir para reduzir o défice da balança comercial A taxa de câmbio pode ser determinada no mercado cambial, através da conjugação da

oferta e da procura de moeda estrangeira, sem a intervenção do estado � Regime de

câmbios Flexíveis � Permite o equilíbrio sistemático das contas de um país com o

exterior. Sempre que há um desequilíbrio das relações económicas externas a taxa de câmbio

será alterada e contribui para a determinação de uma nova situação de equilíbrio.

Regime de câmbios fixos:

O estado intervém no mercado cambial e fixa administrativamente a taxa de câmbio. Actualmente, nos estados da zona Euro, compete ao banco central Europeu definir a politica monetária e cambial, pelo que os estados membros não podem seguir a politica

de desvalorização da moeda como faziam antigamente para incentivar o comércio

externo.

Organização Mundial do Comércio

Foi criada em resultado dos acordos do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas

e Comércio)

Intervém em áreas como:

-Redução tarifária -Redução das subvenções -Redução das barreiras

Definição:

É uma organização que abrange muitos países do Mundo. Procura definir regras para o comércio externo e controlar a sua aplicação. Tem como objectivo fundamental a liberalização do comércio e elevação dos níveis de

vida. Para proporcionar a liberalização do comércio externo, a OMC aplica os princípios: -Da reciprocidade: se um país concede facilidades no acesso ao seu mercado por parte

de bens provenientes de outro, então este deverá proporcionar o inverso -Da não discriminação: sempre que um país concede mais facilidades no acesso ao seu

mercado aos bens provenientes de outros, então esta situação deverá estender-se a todos os restantes países a quem adquire bens.

Proteccionismo Económico

Politica comercial oposta ao liberalismo económico que, embora defendendo o

comércio entre países, impõe determinadas restrições, de modo a defender a economia

nacional da concorrência interna e sobretudo da concorrência externa

Importações

Barreiras Alfandegárias

-Barreiras Tarifárias (ex.: Direitos aduaneiros) -Barreiras não tarifárias (ex.: Contingentes)

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Page 15: Econiomia a- Exame

15

Exportações

-Subsídios à exportação -Dumping (Económico, social, fiscal e ecológico) -Desvalorização da moeda

A política proteccionista, no âmbito das importações, caracteriza-se pela aplicação de

barreiras alfandegárias limitando a entrada de bens e serviços produzidos noutros países.

Liberalismo Económico

Segundo o liberalismo económico, deve ser colocada a ênfase na liberdade de iniciativa económica, na livre circulação da riqueza, na valorização do trabalho humano

e na economia de mercado (defesa da livre concorrência, do livre cambismo e da lei da

procura e da oferta como mecanismo de regulação do mercado), opondo-se assim ao intervencionismo do Estado e à adopção de medidas restritivas e proteccionistas

defendidas pelo Mercantilismo. Dumping

É a forma mais comum de comportamento ilegal de concorrer no mercado internacional

quando os bens são vendidos a preços inferiores ao seu custo de produção ou mais

baratas do que no mercado interno dos países exportadores. Esta prática visa eliminar

concorrentes, aumentar a quota de mercado dos países exportadores, mas origina

prejuízos materiais à indústria dos países importadores. É o dumping económico.

Podemos falar ainda em dumping: -social

-ecológico

-monetário

-fiscal

Quando os bens são vendidos a preços mais baixos do que no mercado interno dos

países exportadores, em consequência baixos ordenados e más condições de trabalho

falta de legislação que obrigue as empresas a não poluir o ambiente, manipulação das

taxas de câmbio e evasão fiscal e facilidades fiscais.

O dumping social (exploração da mão-de-obra) surge quando os baixos custos de produção com base na mão-de-obra barata, permite fixar preços mais baixos

aumentando a competitividade à custa de um problema social. Será dumping monetário quando as autoridades monetárias manipulam as taxas de

câmbio para que os produtos sejam mais competitivos ao nível internacional.

Fórmula

Taxa de Cobertura:

Exportações x 100

Importações

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Page 16: Econiomia a- Exame

16

V

A intervenção do Estado na economia O Estado é uma comunidade humana dotada de uma determinada forma de organização

do poder político que é exercida num território, tendo como objectivo garantir a segurança, justiça e bem-estar dos cidadãos.

Elementos por que é composto o Estado: � Povo � Território � Órgãos de soberania

Funções do Estado são as seguintes: Legislativa � elaborar as leis que regulam a vida colectiva Executiva � deriva da necessidade de cumprir e fazer cumprir as leis Judicial � a intervenção em matéria de resolução de conflitos. Para levar a cabo cada uma destas funções, a Estado dispõe de entidades, singulares ou

colectivas, designadas por órgãos de soberania: Presidente da Republica Assembleia da Republica Governo Tribunais

O Estado intervém em diversas esferas. O peso e as formas que tem assumido essa

intervenção têm-se alterado de alguma forma às situações especificas de cada contexto

nacional e/ou internacional. As 3 grandes esferas de intervenção do Estado são:

o Política � o Estado criou diversos mecanismos com vista ao controlo de execução das leis e das medidas adoptadas.

Ex.: Procurador-geral da Republica e Procuradoria da Justiça o Social � com vista a garantir o bem-estar de toda a população, em especial dos

mais carenciados. Ex.: subsídios às famílias e o rendimento social de inserção o Económica � o Estado pode intervir com vista à sua estabilidade e garantir o seu

bom funcionamento, regulamentando a actividade económica ou assegurando o crescimento económico e estimulando ou participando com a iniciativa privada

no crescimento e no desenvolvimento do pais e das regiões. Ex.: subsídios regiões e atrair a fixação de empresas em zonas desfavorecidas Funções económicas e sociais do Estado As sociedades actuais, cada vez mais complexas, caracterizadas pela inflação

constante, pelo desemprego elevado, pelo desemprego elevado, pela pobreza e pele exclusão social, exigem que o Estado desempene um conjunto de funções

económicas e sociais, com o objectivo de garantir. o Eficiência o Equidade o Estabilidade

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Page 17: Econiomia a- Exame

17

Eficiência

Os agentes económicos a efectuar escolhas racionais e eficientes, isto é, aquelas que

permitam um elevado grau de satisfação a um baixo custo. Na realidade o

mecanismo de mercado nem sempre funciona como a solução mais eficiente,

gerando-se ineficiências ou desperdícios, que se designam falhas de mercado. Ex.: poluição provocada pelas fábricas O Estado tem de intervir de forma a corrigir as falhas de mercado e a garantir a eficiência da economia. Consideram-se falhas de mercado a concorrência imperfeita, as externalidades e os

bens públicos.

VI

Preços e Mercados

Mercado

É qualquer situação em que os vendedores e os compradores ajustam o preço e a

quantidade do bem a transaccionar É o ponto de encontro entre a procura e a oferta Mercados em que participa a empresa O mercado é o local, físico ou virtual, onde se dá a interacção entre consumidores e

produtores. Agora poderemos reformular esta definição dizendo que o mercado é o local onde a oferta interage com a procura. É inerente ao funcionamento dos mercados que existam condições de concorrência. Para

que se verifique a concorrência deve ser preenchido um conjunto de condições de concorrência

Mecanismo de Mercado

Como funciona?

Como é que se efectua a harmonização

entre a oferta e a procura e como é que

se ajustam os preços de mercado? :

Num sistema de mercado, cada mercadoria e cada serviço tem um preço. Há

medida que os compradores tentam adquirir mais de um bem, os vendedores

aumentam o preço para racionar uma oferta limitada. Se por outro lado há

excesso de oferta, os vendedores, ansiosos por se verem livres dos stocks do

bem, diminuirão o seu preço.

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Page 18: Econiomia a- Exame

18

A Procura e a Lei da Procura

Lei e Curva da Procura

A Procura de um determinado produto é definida como o agregado

das intenções de aquisição desse produto por parte dos consumidores. A lei da procura relaciona a quantidade procurada de um produto com o respectivo preço, e pode ser enunciada da seguinte forma: a

quantidade procurada de um bem aumenta quando o preço desce, e

desce quando o preço aumenta.

Procura Agregada

Representa a soma das quantidades procuradas individualmente para cada nível de

preços. Corresponde à soma das procuras individuais. Ex.: A quantidade procurada pelo mercado não depende só dos preço da sagres, mas dos

preços de outras marcas de cerveja, das cervejas sem álcool, do rendimento e das

preferências dos consumidores.

Procura com aquisição

Não devemos confundir procura com aquisição. A procura

traduz apenas as intenções de aquisição. Para um dado preço

existe uma quantidade procurada, mas essa procura só se

traduzirá em aquisições se existir quantidade suficiente de bens no mercado, equivalente ou superior à quantidade procurada.

No caso de não existirem bens em quantidade suficiente, parte

da procura ficará por satisfazer. Este comportamento da quantidade procurada, variando

inversamente ao preço, é bastante intuitivo: podemos aceitar com facilidade que o aumento do preço de um produto se traduza numa diminuição da procura desse produto.

Este comportamento dos consumidores pode ser explicado tanto pelo "efeito rendimento" como pelo "efeito substituição" Efeito Rendimento

O efeito rendimento actua através da limitação imposta ao consumidor pelo facto do seu

rendimento ser limitado. No caso de gastar todo o seu rendimento com um determinado conjunto de produtos e um deles subir de preço, isso implica que o consumidor já não

tenha rendimento para comprar a mesma quantidade: terá de comprar menos. Para compreendermos melhor este "efeito rendimento" consideremos um sistema com dois produtos, produto A e produto B, relativamente aos quais o consumidor reparte todo o seu rendimento � trata-se de uma simplificação da realidade, já que normalmente

o consumidor lida com a aquisição de um maior número de produtos.

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Page 19: Econiomia a- Exame

19

Apesar de utilizarmos aqui apenas dois produtos, a análise é válida para qualquer outra

quantidade. A recta da figura representa a restrição orçamental, ou

seja, os pontos de possíveis combinações do produto

A e do produto B que o consumidor pode adquirir com todo o seu rendimento. No extremo superior da recta encontramos a situação em que todo o rendimento é utilizado para a aquisição do produto A.

No extremo inferior da recta encontramos a situação em que todo o rendimento é

utilizado para a aquisição do produto B. Os outros pontos da recta representam

combinações de quantidades do produto A e do produto B. Em todos os pontos da recta o consumidor utiliza todo o seu rendimento. Não é possível ao consumidor situar-se num ponto à direita de recta, porque o seu

rendimento não é suficiente. Mas é possível ao consumidor situar-se num ponto para a esquerda da recta, o que significaria que não estava a utilizar todo o seu rendimento.

Mas vamos considerar apenas os pontos da recta.

No caso de aumentar o preço de um destes produtos

(por exemplo, do produto A) o consumidor já não pode

comprar a mesma quantidade desse produto: o que se traduz graficamente numa deslocação da restrição

orçamental para a esquerda. No caso de diminuir o preço de um

destes produtos (por exemplo, do produto B) o consumidor poderá

comprar uma maior quantidade desse produto, o que se traduz graficamente numa deslocação da

restrição orçamental para a direita, conforme se

pode ver agora na figura seguinte. Efeito Substituição

O efeito substituição ocorre quando, em resposta ao aumento do preço de um produto, o

consumidor substitui a aquisição deste produto por outro que ele considere como

substituto do primeiro. Um produto que substitui outro designa-se como bem substituto ou sucedâneo. A capacidade dum bem para substituir outro varia de consumidor para consumidor. Para algumas pessoas a compra de uma revista pode ser um bom substituto para a compra de jornais; neste caso, se o preço dos jornais aumentar, este consumidor pode substituir a

sua aquisição por revistas - e neste caso o "efeito substituição" faz com que diminua a

procura de jornais.

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Page 20: Econiomia a- Exame

20

Normalmente, no comportamento dos consumidores, a lei da procura actua através de

uma conjugação do "efeito rendimento" com o "efeito substituição".

Deslocações da Procura

Graficamente, a lei da procura traduz-se em deslocações ao longo da curva. No entanto podem igualmente ocorrer deslocações da curva. Vejamos o exemplo do gráfico

seguinte, onde a curva da procura, inicialmente na posição D1, sofre uma deslocação

para a direita, para a posição D2. Qual o significado desta deslocação. Na posição D2, a quantidade procurada é

sistematicamente maior, para todos os possíveis preços, do que acontecia na posição

inicial D1. Causas possíveis para esta alteração de comportamento podem ser as seguintes:

- Aumento do número de consumidores, consequentemente a quantidade procurada é

maior; - Aumento do rendimento médio dos consumidores; - Variação dos gostos dos consumidores, no sentido do produto em causa ser agora mais

atractivo (e por isso os consumidores estão dispostos a comprar maiores quantidades, para os mesmos preços); - Variação nos preços de produtos relacionados com este; estes produtos relacionados

podem ser bens sucedâneos ou bens complementares. Bens sucedâneos, como já vimos, são bens substitutos. Neste caso, se aumentar o preço

de um bem sucedâneo, parte dos consumidores desloca a

procura desse bem cujo preço aumentou para este cuja curva da

procura se desloca para a direita; No caso dos bens complementares, que são bem que "se

completam", ou seja, que são consumidos conjuntamente (caso do café e do açúcar, pão e manteiga,

automóveis e gasolina, por exemplo),

o aumento do consumo dum destes bens arrasta consigo o aumento do consumo do outro, e assim se justifica a deslocação da curva da procura para a direita. A deslocação da curva da procura da esquerda pode ser visualizada na figura seguinte. Neste caso, o significado da deslocação da curva para a posição D2 é que a quantidade

procurada do bem é agora sistematicamente menor, para todos os possíveis preços, do

que acontecia na posição inicial D1. As causas possíveis para esta situação podem ser exactamente as opostas das que

referimos acima.

Lei e Curva da oferta

A Oferta de um determinado produto é definida como o agregado

das intenções de venda desse produto por parte dos produtores (empresas). A lei da oferta relaciona a quantidade oferecida de um produto com o respectivo preço, e pode ser enunciada da seguinte

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Page 21: Econiomia a- Exame

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forma: a quantidade oferecida de um bem aumenta quando o preço sobe, e diminui

quando o preço desce.

Oferta Agregada

Representa a soma das quantidades oferecidas individualmente para cada nível de

preços. A quantidade oferecida no mercado depende dos factores que determinam a

quantidade oferecida pelos vendedores individuais.

Deslocações da Oferta

Não devemos confundir oferta com vendas. A oferta traduz apenas as intenções de

venda. Para um dado preço existe uma quantidade oferecida, mas essa oferta só se

traduzirá em vendas se existir procura suficiente, equivalente ou superior à quantidade

oferecida. No caso de não existir procura suficiente, parte da oferta ficará por vender. A figura seguinte representa graficamente a lei da oferta. A variável P representa o

preço, e a variável Q representa a quantidade oferecida. A lei da oferta é representada

pela linha S. Neste caso é uma recta, por mera simplificação, embora o gráfico da oferta

real dos diversos produtos tenda a ser uma linha curva � e por isso também se usa a

expressão curva da oferta como sinónimo de "lei da oferta". O facto da curva da oferta ter declive positivo significa que as duas variáveis, Preço e

Quantidade, andam sempre no mesmo sentido: quando uma desce a outra também

desce, e inversamente. Na figura seguinte, ao preço P1 corresponde a quantidade Q1, e

ao preço P2 corresponde a quantidade Q2. Podemos facilmente ver como a uma subida do preço (de P1 para P2) corresponde uma subida da quantidade (de Q1 para Q2).

Este comportamento da quantidade oferecida, variando no mesmo sentido do preço, é bastante intuitivo: podemos aceitar

com facilidade que o aumento do preço de um produto se

traduza no acréscimo da oferta desse produto. Graficamente, a lei da oferta traduz-se em deslocações ao longo da curva. No

entanto podem igualmente ocorrer deslocações da curva.

Vejamos o exemplo do gráfico seguinte, onde a curva da oferta, inicialmente na posição S1, sofre uma deslocação para a

direita, para a posição S2. Qual o significado desta deslocação? Na posição S2, a

quantidade oferecida é sistematicamente maior, para todos os

possíveis preços, do que acontecia na posição inicial S1. Causas possíveis para esta alteração de comportamento podem

ser as seguintes: - Diminuição dos custos de produção. Podendo produzir os

mesmos produtos a um preço mais baixo, as empresas poderão

colocar maior quantidade desses produtos à venda, e mesmo assim obter lucros suficientes à sua actividade. A diminuição dos

custos de produção pode ter origens diversas: descida dos preços

das matérias-primas, descida do preço da mão-de-obra, progressos tecnológicos ou melhorias organizativas que permitam produzir mais com os mesmos custos.

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Page 22: Econiomia a- Exame

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- Condições climatéricas favoráveis que se traduzem e maiores níveis de produção para

os mesmos custos. A deslocação da curva da oferta da esquerda pode ser visualizada na figura seguinte. Neste caso, o significado da deslocação da curva para a posição

S2 é que a quantidade oferecida do bem é agora sistematicamente

menor, para todos os possíveis preços, do que acontecia na

posição inicial S1. As causas possíveis para esta situação podem ser exactamente as

opostas das que referimos acima � aumento dos custos de produção ou condições climatéricas desfavoráveis.

A estrutura dos mercados

Formas de mercado

Concorrência Perfeita Monopólio Oligopólio Concorrência Monopolística

Mercados de Concorrência perfeita

Nº Produtores: inúmeros

Controlo sobre o preço: nulo

Bens produzidos: homogéneos

Concorrência: muita

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem homogéneos

e muitos compradores. Os preços resultam da interacção entre a oferta e a procura (a empresa não tem poder

para fixar os preços)

Para que se verifique a concorrência perfeita deve ser preenchido um conjunto de condições, sendo as principais as seguintes:

- Atomização do mercado, ou seja, que exista um grande número de consumidores e um grande número de produtores, e que nenhum deles tenha dimensão suficiente para

influenciar o mercado; - Transparência do mercado, no sentido de que todos os consumidores e todos os produtores devem ter um conhecimento perfeito de todos os preços; é por este motivo

que a legislação obriga à afixação dos preços dos produtos, nas montras dos

estabelecimentos, nas bancas do peixe, etc. - Mobilidade dos factores de produção; o mecanismo de mercado pressupõe a fácil

reconversão e deslocalização dos factores produtivos, capital e força de trabalho, para os

sectores que mais oportunidades lucrativas ofereçam aos produtores. - Homogeneidade dos produtos; no caso de não existir homogeneidade, ou seja, no

caso dos produtos serem diferenciados, o funcionamento do mercado aproxima-se duma situação de monopólio, onde cada produtor tende a ser o "monopolista" do seu próprio

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Page 23: Econiomia a- Exame

23

produto. Um exemplo desta diferenciação, ou falta de homogeneidade, encontra-se nas calças de ganga (jeans) que, embora basicamente semelhantes, são objecto de

diferenciação por meio de características secundárias ou da "marca", permitindo a

existência de preços muito diferenciados e impedindo que haja uma concorrência

perfeita; esta tendência para a diferenciação mais ou menos artificial dos produtos é

uma característica das economias modernas. Quando se verificam condições de

concorrência perfeita, o preço de mercado

tende a situar-se no ponto onde a oferta é

igual à procura. Este preço toma a

designação de preço de equilíbrio.

Conforme podemos ver na figura seguinte, o preço de equilíbrio corresponde ao ponto

onde a curva da procura se cruza com a curva da oferta:

Preço de Equilíbrio

Equilíbrio significa estabilidade, e o preço de equilíbrio representa, de facto, um ponto de estabilidade do mercado. Poderemos compreender melhor este conceito de estabilidade se procurarmos saber o que é que se passa se o preço de mercado (aquele

que efectivamente ocorre no mercado num dado momento) não for um preço de

equilíbrio. Vejamos o caso da figura seguinte, onde o preço P1 se encontra acima do preço de

equilíbrio. Para este preço não existe igualdade entre oferta e procura. O que acontece é

que a oferta é superior à procura. E o motivo é fácil de compreender: a um preço mais

elevado, os produtores estão dispostos a

vender mais, mas os consumidores estão

dispostos a comprar menos. Nesta situação

de oferta superior à procura vão ficar

muitos bens para vender pelo que se trata de uma situação insustentável. O resultado

é que o preço tenderá a descer para o ponto

de equilíbrio. Vejamos agora a hipótese do preço de

mercado se situar abaixo do preço de equilíbrio, situação representada na figura

seguinte. Neste caso a procura é superior à oferta, precisamente porque o preço é

aliciante para os consumidores mas indesejável para os produtores. Trata-se de uma situação insustentável, porque rapidamente os produtos se esgotarão no mercado. O

preço tenderá agora a subir para o ponto de equilíbrio. Contudo o preço de equilíbrio não é sempre o mesmo: ele pode modificar-se em resposta a deslocações das curvas da oferta e da procura, deslocações cujas causas já

analisámos noutra parte deste capítulo. Vejamos o caso da figura seguinte, em que a curva da oferta sofre uma deslocação de para a direita, de S para S1. Isto determina a fixação de um novo preço

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Page 24: Econiomia a- Exame

24

de equilíbrio, P1, que se situa abaixo do preço de equilíbrio anterior. Se a curva da oferta se deslocar para a esquerda, o novo preço de equilíbrio estará acima

do anterior, conforme se pode ver na figura seguinte, onde a curva da oferta se desloca de S para S2. Vejamos agora o que acontece com as deslocações da curva da

procura. A deslocação da curva da procura para a direita, de D

para D1, representada na figura seguinte, traduz-se por uma subida do preço de equilíbrio No caso da curva da procura se deslocar para a esquerda, de D para D2, o resultado será

a descida do preço de equilíbrio, conforme se pode ver na figura seguinte.

Concorrência Imperfeita (monopólio, oligopólio e concorrência monopolística)

Os preços dependem do poder que a empresa tiver no mercado: - Monopólio: total poder - Oligopólio: algum poder - Concorrência monopolística: pouco poder

O monopólio

É o mercado em que existe um único produtor ou vendedor

Nº Produtores: um

Controlo sobre o preço: total Bens produzidos: único

Concorrência: nenhuma

Oligopólio

É o mercado em que existem poucos produtores ou vendedores de bens diferenciados ou

de bens idênticos. Nº Produtores: alguns

Controlo sobre o preço: limitado

Bens produzidos: pouco diferenciados

Concorrência: pouca

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Page 25: Econiomia a- Exame

25

Concorrência Monopolística

É o mercado em que existem muitos produtores ou vendedores de um bem parecido,

mas não idêntico, e muitos compradores.

Nº Produtores: muitos

Controlo sobre o preço: pouco

Bens produzidos: diferenciados

Concorrência: bastante

Tipos de Mercado Aspectos positivos Aspectos negativos

Concorrência

perfeita

-O preço é definido através do confronto entre a

oferta e a procura em mercados de bens homogéneos. -O mercado apresenta condições a

transparência, a atomicidade, a homogeneidade,

a mobilidade dos factores de produção, a livre

entrada e saída de mercado

-A atomização e a pequena

dimensão das empresas são só

factores que dificultam o investimento em pesquisa e melhoramento dos bens. -É o mercado que afecta de

melhor forma os recursos existentes.

Monopólio

-O preço é estipulado pelo monopolista -As barreiras tecnológica legal e a dimensão do

mercado impedem a entrada de novos concorrentes. -O monopolista, ao obter lucros elevados, pode destiná-los a aumentar o investimento na empresa, ao contribuir para a inovação

tecnológica e para a melhoria na qualidade dos

bens

-A capacidade do monopolista controlar o preço pode lesar os

interesses do consumidor, ao exigir preços mais elevados e ao apresentar bens sem grande evolução qualitativa. -O poder de mercado do monopolista não é absoluto, é

limitado pela intervenção do

estado e pela existência de bens

substitutos

Oligopólio

-O controlo sobre o preço de mercado que cada

oligopólio tem depende da reacção dos seus

concorrentes -Há possibilidade dos oligopólios estabelecerem

acordos entre si com objectivo de controlar o preço. -No mercado oligopólios as empresas podem

oferecer produtos diferenciados ou não

diferenciados.

-A capacidade do oligopólio

controlar o preço pode lesar os

interesses do consumidor fixando preços mais elevados e

apresentando bens sem grande evolução qualitativa. -A possibilidade dos oligopólios

estabelecerem acordos entre si, com o objectivo de aumentar os preços e os lucros, pode obrigar

o consumidor a pagar preços

mais elevados pelo bem.

Concorrência

monopolística

-Muitos vendedores sem capacidade para controlar preços -Produtos diferenciados

-A atomização e a pequena

dimensão das empresas são

factores que dificultam o investimento em pesquisa e melhoramento na qualidade dos bens

Fusões e Aquisições A concorrência que se tem vindo a desenvolver entre as diversas empresas, tem

conduzido à concentração no sentido de alargarem os seus mercados e aumentarem a sua dimensão. É usual destacar-se: -concentração horizontal (realizada no mesmo ramo de actividade) -concentração vertical (reunir diversas empresas de ramos diferentes)

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Page 26: Econiomia a- Exame

26

Para se defenderem em situações de crise, as grandes empresas têm estabelecido

acordos e fusões. Assim, assiste-se a uma diversificação funcional da produção que se tem acentuado com

a diversificação geográfica da produção, originando as empresas multinacionais ou

transnacionais.

As formas adoptadas pelas empresas para defenderem da concorrência são

variadas

- A fusão de empresas ou trust

O trust resulta da fusão de várias empresas, dando origem a uma nova empresa que

utiliza os meios de produção e os trabalhadores nas diversas empresas iniciais. Os objectivos do trust consistem na instauração de um monopólio, pois visa eliminar as

empresas concorrentes e na racionalização das empresas, procurando reduzir os custos

de produção, através de uma maior dimensão -As aquisições

- Anexação - Prática das O PV (oferta Pública de venda): uma empresa se oferece no mercado para ser comprada por outras, colocando à venda no Mercado de Bolsa parte ou a totalidade

do seu capital. - Operações públicas de aquisição (OPA) são operações financeiras que permitem a uma

empresa a aquisição de outra, cotada em bolsa, através de uma proposta pública, aos

accionistas da última, de compra das suas acções a um preço mais elevado do que o seu

valor de mercado. - Esta situação, todavia, torna-se problemática para os consumidores, em virtude de

poder originar situações de monopólio e de oligopólio onde a vontade dos consumidores

pode ser abafada face aos interesses e expectativas dos grandes empresários, - Este processo de concentração também pode atrair alguns problemas para os países,

uma vez que os interesses das economias nacionais podem ser adquiridas por empresas estrangeiras com o risco dos interesses estrangeiros poderem vir a impor-se como decisivos.

VII

Rendimentos e repartição dos rendimentos

A actividade produtiva e a formação de rendimentos

O facto de vivermos em sociedade exige uma repartição dos rendimentos, que não é

nada mais do que dar a cada pessoa o resultado do seu trabalho em uma qualquer unidade monetária ou qualquer outra forma de pagamento. Para que a produção se concretize é necessária a participação de dois factores

fundamentais, são eles o trabalho e o capital. É na realização do processo produtivo que se geram os rendimentos.

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Page 27: Econiomia a- Exame

27

Repartição Funcional do Rendimento

A repartição funcional do rendimento mostra-nos como são remunerados os diferentes intervenientes no processo produtivo, tendo em atenção as funções por eles

desempenhadas. Factor Trabalho -Trabalhador -Salário

Factor Capital

-Empresário -Proprietário de Imóveis -Detentor de capital/dinheiro

-Lucro -Rendas -Juros

Salário

O salário corresponde à parte do rendimento que é auferido pelo trabalhador em troca

do trabalho realizado no processo produtivo. Neste caso fala-se em salário directo, ou seja, na quantidade de moeda que o empresário paga aos trabalhadores. Algumas famílias recebem, por vezes, transferências do estado, sob a forma de

subsídios, como o de desemprego, de doença, etc. Neste caso trata-se de um salário

indirecto pois não derivou de uma participação directa no processo produtivo. No entanto, temos de distinguir entre salário nominal e salário real. Salário Nominal e Real

O salário nominal é a quantidade de moeda que o trabalhador recebe pelo trabalho prestado num determinado período de tempo. O salário real corresponde à quantidade

de bens e serviços que o trabalhador pode adquirir com o salário nominal. O salário real

traduz, assim, o poder de compra dos trabalhadores. A remuneração do factor capital no processo produtivo assume as formas de:

- Juros,

- Rendas

- Lucros.

Juro

O juro constitui a remuneração que os detentores de capital auferem pelos empréstimos

dos seus capitais. Esta remuneração varia consoante: - A taxa de juro fixada, - A duração (tempo) do empréstimo - O montante do capital emprestado. Renda

A renda, actualmente, corresponde aos rendimentos recebidos pelos proprietários dos

prédios urbanos em virtude da sua cedência a terceiros. Lucros

O lucro designa a remuneração dos empresários como contrapartida da sua iniciativa e dos riscos assumidos nos investimentos realizados. O lucro é variável e depende do resultado da actividade produtiva da empresa. O lucro é o resultado da diferença entre o

preço de venda e o preço de custo dos produtos produzidos. L = PV � PC.

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Page 28: Econiomia a- Exame

28

Medição das desigualdades da Repartição dos rendimentos � Curva de Lorenz

Curva de Lorenz: Gráfico utilizado pelos analistas económicos para realçar, sobretudo,

a desigualdade da repartição do rendimento ou da riqueza. O método proposto traduz-se na construção de uma curva de distribuição do rendimento ou da riqueza relacionando a

% das famílias (valores acumulados) com a % do rendimento ou riqueza (valores acumulados). A análise da curva de Lorenz permite aos governantes tomar medidas para

reduzir as assimetrias existentes através das chamadas políticas de redistribuição do

rendimento.

O Rendimento Nacional per capita

RNC= Rendimento Nacional/População total

O Rendimento nacional per-capita indica-nos uma média, partindo de uma hipótese de

igualdade se o rendimento fosse distribuído equitativamente por todos os elementos de

uma população, qual seria o valor recebido por cada pessoa? Repartição Pessoal do Rendimento

A repartição pessoal do rendimento permite-nos analisar como é que os rendimentos se distribuem pelos agregados familiares de uma dada comunidade. Através da análise

podemos apreciar o grau de desigualdade dessa distribuição, as desigualdades salariais.

O rendimento pessoal disponível é um indicador do rendimento pessoal. Como sabemos, as famílias têm por principal função consumir. Os seus recursos são

constituídos, fundamentalmente, pelas remunerações pagas pelos outros sectores institucionais.

O rendimento das famílias tem origem nas receitas provenientes:

- Da actividade produtiva: salários, juros, rendas, lucros; - Das transferências internas: as prestações sociais feitas pela Administração Pública

e Privada (pensões, abonos, diversos subsídios, etc.); - Das transferências externas: nestes têm especial relevância as remessas dos emigrantes e outras; No entanto, as famílias têm que pagar impostos sobre o rendimento (impostos directos) e outras contribuições sociais à Administração Pública. Deste modo, o seu rendimento ficará diminuído.

O Rendimento Disponível das Famílias é, então, constituído pelo total dos rendimentos recebidos pela participação na actividade produtiva e pelas transferências

(internas e externas) depois de subtraídos os impostos directos e as contribuições

sociais. Rendimento Pessoal Disponível = Rendimento do Trabalho +Rendimentos do Capital + Transferências � Impostos Directos � Contribuições Sociais

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Page 29: Econiomia a- Exame

29

Desigualdades Salariais

Redistribuição dos rendimentos

A repartição do rendimento pode ser analisada, quer segundo a óptica da repartição

funcional, quer ainda através da repartição pessoal. É o processo, através do qual o estado e outras instituições procedem à recolha de

rendimentos e à sua respectiva transferência, de forma a garantir um melhor nível de

vida a todos os cidadãos, corrigindo assim as desigualdades provocadas pela repartição

primária dos rendimentos. Na repartição pessoal verificamos a existência de desigualdades de rendimentos. Para reduzir as desigualdades existentes na repartição dos rendimentos, torna-se necessário

garantir a toda a comunidade, independentemente dos rendimentos provenientes da actividade exercida por cada um, um conjunto de prestações sociais consideradas

fundamentais. Cabe, assim, ao Estado proceder a uma redistribuição dos rendimentos. Para isso, o

estado actua de duas formas: -Verticalmente: reduzindo as desigualdades provocadas pela repartição primária dos

rendimentos, através dos impostos directos -Horizontalmente: ao efectuar transferências para as famílias mais carenciadas,

através, por exemplo, de subsídios. O processo de redistribuição dos rendimentos levado a cabo pelo estado tem, de uma forma geral, os seguintes objectivos: - Corrigir as desigualdades provocadas pela repartição dos rendimentos. - Cobrir colectivamente os riscos individuais - Pôr à disposição de toda a população um conjunto de bens e serviços sociais. A redistribuição realiza-se através de diferentes instituições, como por exemplo, a Administração Pública Central e Local, a Segurança Social e o Fundo de Desemprego e outras organizações. Estas instituições canalizam as transferências quer para as empresas quer para as famílias, sob diversas formas, nomeadamente para as famílias: - Fornecimento de bens e serviços colectivos, gratuitamente ou através de pagamento

parcial; - Pensões e subsídios vários; para as empresas: - Subsídios à produção em determinados sectores;

Dimensão da

empresa

Região do país

Idade Qualificação

Habilitação

Ramo e sector de actividade

Sexo

Desigualdades

salariais

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Page 30: Econiomia a- Exame

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- Isenção de impostos; O essencial da redistribuição é feito através da Segurança Social. As desigualdades provocadas pela repartição primária do rendimento levam a que

o estado intervenha. Para isso são desenvolvidas várias políticas de redistribuição

levadas a cabo pelo estado, das quais se referem:

-Politica de Preços: aplicação de impostos indirectos sobre o consumo de bens e

serviços consumidos pelas classes de rendimentos mais elevados. Atribuição de

subsídios aos bens ou serviços de primeira necessidade de forma a torna-los mais acessíveis a população com menores recursos, como a saúde e educação. -Politica Social: criação de sistemas de segurança social, que garante a protecção dos

cidadãos em situações de invalidez, desemprego ou velhice. -Politica fiscal: aplicação de impostos directamente sobre os rendimentos das pessoas

ou indirectamente sobre os bens e serviços

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