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1 ECONOMIA ECOLÓGICA Prf.: Anderson Antonio Denardin ECONOMIA DA POLUIÇÃO INTERNALIZAÇÃO DOS CUSTOS DE CONTROLE: A SOLUÇÃO CUSTO-EFETIVA Trata-se da busca e análise de alternativas de abatimento da poluição que atinjam metas estabelecidas ao menor custo possível. O processo pode ser visualizado da seguinte forma: - O Estado, seja por constituição, seja por leis ordinárias, assume efetivamente o domínio, a propriedade, dos bens ambientais (ar, água) aos quais é impossível ou inconveniente alocar direitos de propriedade privada; - A sociedade, de forma descentralizada, fixa padrões de qualidade para os diversos corpos receptores, a serem atingidos a longo prazo e que corporificam usos desejados desses corpos, exigindo sua melhora ou, ao menos, a manutenção da qualidade atual. - O Estado, tendo em vista as metas estabelecidas, passa a exercer a outorga de uso dos mencionados bens ambientais no sentido de racionar e racionalizar sua utilização;

Economia ambiental

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ECONOMIA ECOLÓGICA

Prf.: Anderson Antonio Denardin

ECONOMIA DA POLUIÇÃO

INTERNALIZAÇÃO DOS CUSTOS DE CONTROLE: A SOLUÇÃO CUSTO-EFETIVA

Trata-se da busca e análise de alternativas de abatimento da poluição que atinjam metas estabelecidas ao menor custo possível. O processo pode ser visualizado da seguinte forma:

- O Estado, seja por constituição, seja por leis ordinárias, assume efetivamente o domínio, a propriedade, dos bens ambientais (ar, água) aos quais é impossível ou inconveniente alocar direitos de propriedade privada;

- A sociedade, de forma descentralizada, fixa padrões de qualidade para os diversos corpos receptores, a serem atingidos a longo prazo e que corporificam usos desejados desses corpos, exigindo sua melhora ou, ao menos, a manutenção da qualidade atual.

- O Estado, tendo em vista as metas estabelecidas, passa a exercer a outorga de uso dos mencionados bens ambientais no sentido de racionar e racionalizar sua utilização;

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ECONOMIA DA POLUIÇÃOINTERNALIZAÇÃO DOS CUSTOS DE CONTROLE: A SOLUÇÃO CUSTO-EFETIVA- A sociedade, de forma descentralizada, fixa padrões de qualidade para os diversos corpos receptores, a serem atingidos a longo prazo e que corporificam usos desejados desses corpos, exigindo sua melhora ou, ao menos, a manutenção da qualidade atual;

- O Estado, tendo em vista as metas estabelecidas, passa a exercer a outorga de uso dos mencionados bens ambientais no sentido de racionar e racionalizar sua utilização;

- O Estado, na maioria dos casos, passa a utilizar instrumentos econômicos de indução dos agentes ao uso mais moderado dos recursos ambientais (finalidade incitativa) e, em certos casos, forma um fundo de financiamento às intervenções necessárias para a manutenção/melhoria de recursos (finalidade de financiamento).

O Estado tem o dever de monitorar permanentemente a qualidade e a quantidade dos recursos hídricos, a fim de verificar o alcance gradual dos padrões de qulidade estabelecidos.

ECONOMIA DA POLUIÇÃOA COBRANÇA (O PRINCÍPIO POLUIDOR-PAGADOR)

O estabelecimento de um preço para a utilização do meio receptor em sua capacidade assimilativa de resíduos força os agentes poluidores a uma moderação no uso, racionando o recurso ambiental entre as diversas utilizações ao mesmo tempo em que possibilita assegurar o seu uso sustentável a longo prazo.As principais funções do PPP:

- A incitatividade;

- A de financiamento.

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ECONOMIA DA POLUIÇÃOINCITATIVIDADE

Considere um curso d’água no qual um grande número de agentes está lançando um determinado poluente X;Existem 5 setores de atividade – S1, S2, S3, S4, S5, que lançam 120.000 ton/ano do poluente X, mais ou menos em iguais proporções (24.000 Ton/ano).Com a tecnologia de abatimento disponível, esses setores podem abater algo em torno de 75% de sua carga poluidora, ou seja 18.000 ton/ano por setor, aos seguintes custos anuais: (R$/ano) S1- 18.000; S2 – 27.000; S3 – 54.000; S4 – 90.000; S5 – 126.000.Supõe-se que a autoridade ambiental deseja estabelecer um programa de quatro anos para abatimento de 30% da carga poluidora do poluente X, isto é, 36.000 ton/ano.Supondo que a autoridade fixe a tarifa em R$ 2/ ton/ano para o dejeto do poluente X.

ECONOMIA DA POLUIÇÃOINCITATIVIDADEResultado:

- S1 prefere tratar 18.000 ton/ano, pois sua despesa nessa hipótese (R$ 18.000 ano, pelo abatimento + R$ 12.000 pelo despejo residual, pagando a tarifa, totalizando R$ 30.000) é menor do que R$ 48.000/ano que despenderia se despejasse todos os seus resíduos, pagando a tarifa.

- S1 tratando 18.000ton/ano – custo = R$18.000 e pagando a tarifa pelos 6.000 ton/ano remanescente (R$12.000), totalizando R$30.000, que éinferior aos R$48.000 ano pagando a tarifa.

- S2 também prefere tratar, pois tratando 18.000 ton/ano e vertendo as 6000 residuais totaliza 39.000, também menor do que R$ 48.000/ano que gastaria despejando integralmente os seus resíduos, pagando a tarifa.

- S2 tratando 18.000ton/ano – custo = R$27.000 e pagando a tarifa pelos 6.000 ton/ano remanescente (R$12.000), totalizando R$39.000, que éinferior aos R$48.000 ano pagando a tarifa.

- S3, S4, S5, por terem um custo de tratamento, por ton/ano, superior à tarifa, preferem despejar integralmente seus resíduos, pagando a tarifa.

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ECONOMIA DA POLUIÇÃO

ANÁLISE CUSTO BENEFÍCIO

CERTIFICADOS NEGOCIÁVEIS DE POLUIÇÃO

BENS INTERNACIONAIS E PLANETÁRIOS

ECONOMIA ECOLÓGICA

Prf.: Anderson Antonio Denardin

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VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Um bem ou serviço ambiental é de grande relevância na medida em que garante o suporte às funções que asseguram a sobrevivência das espécies. De um modo geral, todas as espécies de animais e vegetais dependem dos serviços ecossistêmicos dos recursos naturais para sua sobrevivência.

Tais valores intrínsecos (próprio, interior, inerente ou peculiar) atribuídos aos bens ou recursos ambientais, podem ser traduzidas em termos de “valores morais, éticos ou econômicos”.

Do ponto de vista econômico, o valor relevante de um recurso ambiental é aquele valor importante para a tomada de decisão, ou seja, para um economista o valor econômico de um recurso ambiental é a contribuição do recurso par o bem-estar social.

VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Definição: a valoração econômica ambiental busca avaliar o valor econômico de um recurso ambiental através da determinação do que éequivalente, em termos de outros recursos disponíveis na economia, que estaríamos dispostos a abrir mão de maneira a obter uma melhoria de qualidade ou quantidade do recurso ambiental. Em resumo, a valoração econômica de recursos ambientais é uma análise de trade-off (escolha entre opção).

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VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Objetivo:

O principal objetivo da valoração econômica ambiental é estimar os custos sociais de se usar recursos ambientais escassos ou, ainda, incorporar os benefícios sociais advindos do uso desses recursos. Os economistas procuram estimar valores ambientais em termos monetários de maneira a tornar esse valor comparável com outros valores de mercado, de forma a permitir a tomada de decisão envolvendo tais recursos. Ou seja, permite a inclusão dos benefícios e custos ambientais na análise de custo/benefício social.

VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Relevância:

A valoração econômica ambiental é fundamental para a gestão de recursos ambientais, bem como para a tomada de decisões que envolvem projetos com grande impacto ambiental.

Também, permite inserir de forma mais realista o meio ambiente nas estratégias de desenvolvimento econômico, sejam estas locais, regionais ou nacionais.

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ASPECTOS METODOLÓGICOS DA VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Valoração econômica total de bens ambientais:

O “valor econômico total” de um recurso ambiental compreende a soma dos valores de uso e do valor de existência (valor de não-uso) do recurso ambiental.

Os “valores de uso” compreendem a soma dos valore de uso direto, valores de uso indireto e valores de opções.

O “valor da existência” ou valor de não-uso de um recurso ambiental está relacionado à satisfação pessoal em saber que o objeto está lá, sem que o indivíduo tenha vantagem direta ou indireta dessa presença.

ASPECTOS METODOLÓGICOS DA VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTALValoração econômica total de bens ambientais:

O “valor de uso direto” do recurso ambiental estárelacionado ao montante relativo à extração e exploração direta do recurso. Ex.: exploração de madeira ou o valor relativo ao consumo dos frutos que uma floresta pode proporcionar.Os “valores de uso indireto” são aqueles advindos das funções ecológicas do recurso ambiental ou aqueles derivados de uso espacial correspondente ao ambiente do recurso. Ex.: o bem-estar proporcionado pelo recurso ambiental floresta de forma indireta (qualidade da água, ar puro, beleza cênica etc...) representaria o valor de uso indireto do recurso.Os “valores de opção” se relacionam à quantia que os indivíduos estariam dispostos a pagar para manter o recurso ambiental para o futuro, isto é, representa a disposição de pagar do indivíduo pela opção de usar ou não o recurso no futuro. Ou seja, não há uso direto ou indireto no presente, mas poderá haver no futuro.

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ASPECTOS METODOLÓGICOS DA VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

Em resumo, o valor econômico total de um recurso ambiental é representado pela soma de todos os seus valores de uso direto e indireto, mais o seu valor de opção e o seu valor de existência

ASPECTOS METODOLÓGICOS DA VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTALAgregação TemporalNa análise de custo-benefício envolvendo recursos ambientais, em que devemos considerar as preferências das pessoas em relação ao recurso analisado, devemos incluir, na análise, as preferências da geração atual em relação ao benefício ambiental no presente, bem como as preferências desta em relação aos benefícios futuros. De forma equivalente, custos incorridos no presente e no futuro devem ser refletidos na tomada de decisão. “Esta representa a racionalidade do uso do desconto temporal na análise custo-benefício envolvendo recursos ambientais.”Ex.: Aquecimento global. A solução do problema envolve elevados custos sociais presentes (desenvolvimento econômico, geração de riqueza e mudança no padrão de consumo), porém, tem seus principais benefícios no futuro.

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

Definição: o método de valoração indireto são aqueles que inferem o valor econômico de um recurso ambiental a partir da observação do comportamento dos indivíduos em mercados relacionados com o ativo ambiental, sejam estes de bens complementares ao consumo do recurso ambiental ou de bens substitutos ao mesmo.

Neste caso a valoração econômica de recursos ambientais pode ser feita através da abordagem da “preferência revelada”, na qual o indivíduo revela suas preferências através da compra de certos bens de mercado associados ao uso ou consumo do bem ambiental (métodos de custo de viagem e de preços hedônicos).

MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”O MÉTODO DO CUSTO DE VIAGEM

Definição: o método do custo de viagem estima o valor de uso recreativo através da análise dos gastos incorridos pelos visitantes desse lugar.

Trata-se de um método de pesquisa que, em geral, utiliza questionário aplicados a uma amostra de visitantes do lugar de recreação para levantar dados como o lugar de origem do visitante, seus hábitos e gastos associados à viagem. Desses dados, pode-se calcular custos de viagem e relacioná-los (junto com outros fatores) a uma freqüência de visitas, de modo que uma relação de demanda possa ser estimada.

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

O MÉTODO DO CUSTO DE VIAGEM

A função de demanda por visitas ao lugar de recreação é, então, utilizada para estimar o valor de uso desse recurso.

A partir dessas curvas de demanda, é possível estimar a elasticidade-preço da demanda por visitas recreativas e, portanto, pode-se aprimorar as ações de gestão simulando variações de custos e prevendo os impactos no fluxo de visitas e na geração de receitas.

MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

PREÇOS HEDÔNICOS

Definição: O método de preços hedônicos pretende estimar um preço implícito por atributos ambientais característicos de bens comercializados em mercados, através da observação desses mercados reais nos quais os bens são efetivamente comercializados.

Metodologia: estima-se uma função de preços hedônicos, na qual o valor de mercado é a variável dependente e as variáveis explicativas são as características que determinam este preço, incluindo-se a característica ambiental a ser analisada. Em seguida, calcula-se preços implícitos para a variável ambiental de interesse e, finalmente, estima-se a curva de demanda pelo recurso ambiental empregando os preços marginais calculados a partir da função hedônica, em uma estimativa da função de disposição marginal a pagar.

Ex.: mercado imobiliário

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

CUSTO DE REPOSIÇÃO

Definição: este método consiste em estimar o custo de repor ou restaurar o recurso ambiental danificado, de maneira a restabelecer a qualidade ambiental inicial.

Metodologia: é utilizado o custo de reposição ou restauração como uma aproximação (proxi) da variação da medida de bem-estar relacionada ao recurso natural.

Ex.: Montante gasto para recuperar a qualidade ambiental da Baía de Guanabara, alterada a partir do derramamento de óleo da Petrobrás ocorrido em janeiro de 2000.

MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

GASTOS DEFENSIVOS

Definição: também chamado de método dos custos evitados, procura estimar os gastos que seriam incorridos em bens substitutos para não alterar a quantidade consumida ou a qualidade do recurso ambiental analisado. O bem de mercado substituto do recurso ambiental, não deve gerar outro benefício aos indivíduos além de substituir o recurso ambiental analisado e deve ser um substituto perfeito do recurso ambiental.

Ex.: quanto se gasta com a compra de água potável quando o consumo da água de reservatórios é prejudicada por poluição ou acidente.

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

PRODUTIVIDADE MARGINAL

Definição: o método da produtividade marginal é aplicável quando o recurso ambiental analisado é fator de produção ou insumo na produção de algum bem ou serviço comercializado em mercado. Este método visa achar uma ligação entre uma mudança no provimento de um recurso ambiental e a variação na produção de um bem ou serviço de mercado.

Ex.: os custos e os níveis de produção de alguns produtos agrícolas podem ser afetados pela redução da qualidade do solo (propriedade física e química) por causa do aumento da poluição atmosférica. Os efeitos dessa mudança nos custos e na quantidade produzida da commodity agrícola serão observados pelos indivíduos através do sistema de preços, possivelmente pela observação de preços mais altos no mercado de produtos agrícolas.

MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

TRANSFERÊNCIA DE BENEFÍCIOS

Definição: a transferência de benefícios ambientais é definida como a transposição de valores monetários relacionados a um recurso ambiental, estimados em um determinado lugar através de técnicas de valoração econômica ambiental, para outro lugar ou ambiente em estudo, considerando-se nesse procedimento as diferenças sócio-econômicas entre os dois locais em análise. A hipótese por trás da transferência de benefícios é a de que existe um tipo similar de comportamento das pessoas em relação ao recurso ambiental que são refletidos nos valores revelados ou expressos pela pessoa através das técnicas de valoração econômica ambiental.

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO INDIRETO”

CAPITAL HUMANO OU PRODUÇÃO SACRIFICADA

Definição: a teoria do capital humano supõe que uma vida perdida representa um custo de oportunidade para a sociedade equivalenteao valor presente da capacidade desse indivíduo de gerar renda. Logo, no caso de morte prematura, esse valor presente representaria a renda ou a produção perdida, que poderia ser considerada como uma aproximação para o valor de uma vida estatística. O valor da vida estatística pode ser definido como a soma dos valores individuais associados à redução do risco de uma morte na sociedade.

MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO DIRETO”VALORAÇÃO CONTINGENTE

Definição: o método de valoração contingente consiste na utilização de pesquisas amostrais para identificar, em termos monetários, as preferências individuais em relação a bens que não são comercializados em mercados.

Metodologia: especificamente na valoração econômica ambiental, perguntamos às pessoas o quanto elas avaliam situações hipotéticas envolvendo uma mudança em quantidade ou qualidade de um recurso ambiental. São criados mercados hipotéticos do recurso ambiental – ou cenários envolvendo mudanças no recurso – e as pessoas expressam suas preferências através da disposição a pagar para evitar a alteração na qualidade ou quantidade do recurso ambiental.

OBS: A grande vantagem do método de valoração contingente sobre os demais métodos de valoração econômica ambiental éque esse método é o único que permite a estimação de “valores de existência” ou de não-uso.

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO DIRETO”RANQUEAMENTO CONTINGENTE

Definição: no método de ranqueamento contingente, os indivíduos recebem um conjunto de cartões, cada qual descrevendo uma situação diferente ou alternativas hipotéticas, com respeito ao recurso ambiental e outras características que seriam argumentos na função utilidade do entrevistado.

Ex.: Nível de Congestionamento e taxa de admissão de um parque. As pessoas são chamadas a organizar seus cartões em ordem de preferência, e os valores relativos aos recursos podem ser inferidos a partir desse ranqueamento contingente, utilizando-se as taxas marginais de substituições entre qualquer das características e o recurso ambiental. Se algum dos outros bens ou características tiver preço de mercado, então é possível calcular a disposição a pagar do entrevistado pelo recurso ambiental.

MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

“MÉTODO DIRETO”RANQUEAMENTO CONTINGENTE

Definição: no método de ranqueamento contingente, os indivíduos recebem um conjunto de cartões, cada qual descrevendo uma situação diferente ou alternativas hipotéticas, com respeito ao recurso ambiental e outras características que seriam argumentos na função utilidade do entrevistado.

Ex.: Nível de Congestionamento e taxa de admissão de um parque. As pessoas são chamadas a organizar seus cartões em ordem de preferência, e os valores relativos aos recursos podem ser inferidos a partir desse ranqueamento contingente, utilizando-se as taxas marginais de substituições entre qualquer das características e o recurso ambiental. Se algum dos outros bens ou características tiver preço de mercado, então é possível calcular a disposição a pagar do entrevistado pelo recurso ambiental.

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MÉTODOS DE VALORAÇÃO ECONÔMICA AMBIENTAL

CONCLUSÕES:A valoração econômica ambiental é uma ferramenta fundamental para a formulação e a avaliação de políticas públicas orientadas ao desenvolvimento sustentável e à preservação dos recursos ambientais.No Brasil, em particular, ainda são poucas as experiências com autilização de métodos de valoração econômica ambiental para apoiar a formulação de políticas, se comparado aos casos americanos e europeu.

Exemplos:Programas de valoração econômica ambiental de parques nacionais, desenvolvido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (IBAMA) e apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).Estudos de casos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).Levantamento dos custos associados à saúde humana provocados pela poluição atmosférica, realizado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb – São Paulo)