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ANO 44 / Nº 3.974 / R$ 2,00 01 A 07 DE JUNHO / 2012 DIRETOR: JOSÉ HENRIQUE MARQUES Matrimônio Brígido Ibanhes: Sua história e literatura P.12 CULTURALMENTE FALANDO Sem alavancar candidatura, Marçal pode torcer para perder disputa no diretório Mario Missio Junior e Jaqueline Gomes Missio se casaram em belíssima cerimônia na Igreja Nossa Senhora Aparecida. P.07 SINUCA DE BICO ELIAS Dourados impressiona especialista internacional CIDADE P.08 A cientista peruana Soledad Requena pro- feriu palestra para servidores municipais a convite da vice-prefeita Dinaci Ranzi Amor e carinho fortalecem o bebê Criança feliz tem melhor desempenho durante a vida escolar, afirma pesquisa TRADIÇÃO Colônia Zanata prepara 55ª Festa de Santo Antônio Comemoração acontece no dia 10 de junho, domingo. A festa tem início às 9h da manhã e segue até à noite, com atração musical do grupo Som Matucho. P.05 EDITORIAL Rio + 20 será oportunidade de superar a ignorância P.02 TRÂNSITO Estacionamentos, pagos, necessitam de reparos Buracos e raízes de árvores atrapalham parada de veículos na área central. P.05 Temendo ficar sozinho na campanha eleitoral, o pré-candidato do PMDB, Marçal Filho, já estaria apostando na sua própria derrota na convenção do partido, que decidirá pela condidatura própria ou pela continuidade do apoio ao prefeito Murilo Zauith (PSB). P.03 SAÚDE P.09 Célia Flores, Dinaci Ranzi e Soledad JOSÉ HENRIQUE MARQUES ARQUIVO ABANDONO O empresário Rene Franco e o líder comunitário Valter Câmara, o Chocolate Ginásio Municipal retrata esquecimento da região nordeste de Dourados Em desuso, essa área de lazer e esportes se tornou ponto de prostituição e de uso de drogas. Opção de revitalização seria a construção de uma pista de caminhada. P.08 EDSON FREITAS Guaicurus ficará igual a MS-156 até 2014, garante André “Vamos deixar à Avenida no mesmo padrão da rodovia que liga Dourados a Itaporã”, reafirmou à folha o gover- nador. A MS-156 tem duas pistas, divididas por mureta de concreto e iluminada por super-postes. P.05 ARQUIVO

Edição 185

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De 01 a 07 de junho de 2012

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Page 1: Edição 185

ano 44 / nº 3.974 / R$ 2,00 01 a 07 de junho / 2012

diretor: José HenRique MaRques

MatrimônioBrígido Ibanhes: Sua história e literatura p.12

culturalmente falando

Sem alavancar candidatura, Marçal pode torcer para perder disputa no diretório

Mario Missio Junior e Jaqueline Gomes Missio se casaram em belíssima cerimônia na Igreja Nossa Senhora Aparecida. p.07

sinuca de bico

elia

s

Dourados impressiona especialista internacional

cidade p.08

A cientista peruana Soledad Requena pro-feriu palestra para servidores municipais a convite da vice-prefeita Dinaci Ranzi

Amor e carinho fortalecem o bebêCriança feliz tem melhor desempenho durante a vida escolar, afirma pesquisa

tradição

Colônia Zanata prepara 55ª Festa de Santo AntônioComemoração acontece no dia 10 de junho, domingo. A festa tem início às 9h da manhã e segue até à noite, com atração musical do grupo Som Matucho. p.05

editorial

Rio + 20 será oportunidade de superar a ignorância p.02

trânsito

Estacionamentos, pagos, necessitam de reparosBuracos e raízes de árvores atrapalham parada de veículos na área central. p.05

Temendo ficar sozinho na campanha eleitoral, o pré-candidato do PMDB, Marçal Filho, já estaria apostando na sua própria derrota na convenção do partido, que decidirá pela condidatura própria ou pela continuidade do apoio ao prefeito Murilo Zauith (PSB). p.03

saúde p.09

célia flores, dinaci ranzi e Soledad

josé henrique Marques

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qu

ivo

abandono

o empresário rene franco e o líder comunitário Valter câmara, o chocolate

Ginásio Municipal retrata esquecimento da região nordeste de DouradosEm desuso, essa área de lazer e esportes se tornou ponto de prostituição e de uso de drogas. Opção de revitalização seria a construção de uma pista de caminhada. p.08

edson freitas

Guaicurus ficará igual a MS-156 até 2014, garante André“Vamos deixar à Avenida no mesmo padrão da rodovia que liga Dourados a Itaporã”, reafirmou à folha o gover-nador. A MS-156 tem duas pistas, divididas por mureta de concreto e iluminada por super-postes. p.05

arquivo

Page 2: Edição 185

Rio + 20 será oportunidade de superar a ignorância

Jornalista responsável: José Henrique Marques - DRT/MS 192 CNPJ: 08.792.017/0001-30 - INPI Nº 013887 de 17/08/1974 - Cartório 1º Ofício nº 11/68Fundada em 08-03-1968 por Theodorico Luiz Viégas

A sanção do novo Código Florestal Brasileiro pela presidente Dilma Roussef, na semana passada, acirrou as discussões sobre a preservação do meio ambiente e sustentabilidade. Divididos, alguns especialistas acreditam que a nova lei é um retrocesso na política de preservação ambiental brasileira; outros afirmam que a lei foi longe demais e vai prejudicar a produção agropecuária no país. No meio, a grande multidão de brasileiros leigos, ainda desinformada sobre a realidade dos fatos que envolvem a discussão.

Nesse sentido, a Rio + 20, que reu-nirá no Brasil líderes de governos de todo o planeta, cientistas e membros de organizações não-governamentais para pensarem juntos uma nova maneira de conceber o desenvolvimento, terá papel educacional fundamental. Serão nove dias de intensos debates sobre as causas dos problemas ambientais mundiais e sobre novas formas de buscar desenvolvimento econômico com inclusão social para todos os povos.

O encontro global será uma oportu-nidade para o mundo, mas especialmente para o povo brasileiro, de atentar para a realidade global dos novos tempos, que exigem a superação de velhos dogmas de desenvolvimento (nutridos pelos setores mais conservadores e arraigados na massa de consumidores em foi transformada toda a humanidade), e que não mais coadunam com as necessidades dessa e das futuras gerações. Será uma oportunidade de su-perar a ignorância.

A mudança de conceitos e de hábitos não é fácil, mas é imprescindível, tanto do lado de quem produz quanto de quem consome. As duas pontas precisam aderir ao novo modelo que se está construindo. Aos governos caberá estimular políticas que orientem a inovação tecnológica nessa direção e que possibilitem o barateamento dos produtos feitos a partir de conceitos de produção sustentável. A Rio + 20 deverá ser um marco de mudança de paradigma para cada cidadão do mundo, sobretudo para os anfitriões.

01 a 07 de junho de 201202 Opinião

Editorial

frasE da sEmana

“Nós vamos lutar para manter o espaço que temos.”Tenente Pedro, Presidente do PT de Dourados, sobre a possibilidade de o partido perder a vaga de vice de Murilo Zauith.

clichÊ Luciano Martins costa

Na quarta-feira (23/5), o jornal O Estado de S. Paulo coloca à disposição do público o conteúdo digitalizado de seus 137 anos de história. Um dos destaques da reportagem que anuncia o lançamento são artigos sobre a abolição da escravatura, ocorrida em 13 de maio de 1888 e comentada na edição publicada dois dias depois.

Coincidentemente, a mesma edição de 23 de maio de 2012, que trata do resgate do acervo histórico do tra-dicional jornal paulista, traz também uma notícia atual, segundo a qual a Câmara dos Deputados acaba de aprovar uma proposta de Emenda Constitucional que determina a expropriação de proprie-dades rurais e urbanas onde forem constatadas situações de trabalho escravo.

O fato obriga a pensar em como construímos nossa trajetória como país, como a imprensa registra cotidia-namente essas mudanças e, sem grandes esforços, suscita a célebre frase de Karl Marx segundo a qual “a História se repete como farsa”.

A aprovação da lei que pune proprietários de terras que tratam os trabalhadores como escravos está em todas as edições dos jornais de quar-ta-feira (23), mas é preciso alguma reflexão para obser-var que a decisão imperial de 1888 não eliminou a servidão humana em território bra-sileiro.

Fiscalização insuFiciente Nesta segunda década do

século 21, foi preciso reunir a Câmara dos Deputados para determinar que os explorado-res de seus semelhantes terão suas terras expropriadas. E observe-se que 360 parla-mentares votaram a favor da medida, mas ainda houve 29

deputados votando contra.Não foi difícil para os

jornalistas que cobrem o Par-lamento identificar esses deputados que se opuseram à punição para os escravagistas da “pós-modernidade”. Os jornais explicam claramente que os votos contrários e a tentativa de esvaziar a sessão foram obra da chamada ban-cada ruralista, o mesmo grupo que se esforça para flexibili-zar a legislação de proteção do patrimônio ambiental e que também acaba de apro-var, numa subcomissão da Câmara, uma proposta para liberar a compra de terras no Brasil por estrangeiros, sem limite de extensão, bem como legalizar as terras já adquiridas por investidores de outros países.

Esses representantes do atraso institucional impuse-ram todo tipo de empecilho, exigindo, por exemplo, que fosse feita uma emenda ao Código Penal para melhor definir o que seja trabalho escravo.

Interessante refletir em que, passados mais de 120 anos, o perfil dos escrava-gistas se reproduz em seus sucessores, como se o fan-tasma do atraso insistisse em assombrar o Brasil contem-porâneo.

Atualmente, as viola-ções à legislação trabalhista que configuram condições degradantes, jornada exces-siva e outras circunstâncias semelhantes à escravidão estão descritas no artigo 149 do Código Penal e se repetem com muito mais frequência do que julga o cidadão leitor de jornais.

A fiscalização não al-cança nem uma fração das propriedades rurais do país e, além disso, há outras formas de escravidão mais ou menos toleradas, como a situação de adolescentes e jovens retira-

das de pequenas comunidades do interior e mantidas contra sua vontade em casas de prostituição.

a ilusão da modernidadeTambém não custa lem-

brar que, em 28 de janeiro de 2004, três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho foram assassi-nados em uma emboscada no município de Unaí, Minas Gerais, quando investiga-vam a ocorrência de trabalho escravo em fazendas da re-gião. Os supostos assassinos estão presos, mas os quatro acusados como mandantes, indiciados, seguem livres. Um deles é prefeito de Unaí, pelo PSDB.

A polícia comprovou a vinculação entre os assas-sinos e os mandantes, como pagamento por meio de de-pósito bancário, confissão dos jagunços e outras provas e evidências. Mas a Justiça tarda.

O acervo histórico do Estadão será sem dúvida um instrumento valioso para quem deseja estudar o proces-so histórico da construção da democracia brasileira. Talvez brotem desse conteúdo arti-gos e estudos interessantes que nos ajudem a entender como certas práticas contrá-rias à ideia de civilização se reproduzem pelos tempos afora.

A leitura diária dos jor-nais nem sempre provoca as reflexões adequadas sobre essa passagem do tempo e, eventualmente, até mesmo o discurso oficial nas páginas de opinião da imprensa induz a pensar que as forças do re-trocesso são muito mais pode-rosas do que imaginamos.

Um salto entre 1888 e 2012 pode nos convencer de que a modernidade do Brasil é uma ilusão.

Ontem & hoje: bancada ruralista continua escravagista

chargE

Vivia num país de céu cor de anil um rei que muito amava o seu povo. Queria que o seu povo fosse feliz. Mas o seu povo não era feliz. Não era feliz por-que não era inteligente. A prova de que não era inteligente estava no fato de que aquele povo não sabia e não gostava de ler. O rei passava seus dias e noites pen-sando: “Que fazer para que meu povo seja inteligente?” E como ele não sabia o que fazer para que seu povo ficasse inteligente o rei ficou triste.

Viviam naquele país dois espertalhões por profissão chapeleiros. Ficaram sabendo das razões da tristeza do rei. E maquinaram um plano para ganhar dinheiro às custas da tristeza do rei. Dirigiram-se ao palácio e se anunciaram: “Fizemos doutoramentos no exterior sobre a arte de tornar o povo inteligente.” O rei ficou felicíssimo. “Por favor, expli-quem-me essa ciência”, ele lhes disse. “Majestade, o que é que torna uma pessoa inteligente?” Com essa pergunta abriram um álbum de fotografias. “Veja essas fotografias. Estão aqui as pessoas mais inteligentes da história. Em primeiro lugar Merlin, o maior dos magos. Note que ele tem um chapéu de feiticeiro na cabeça”. Viraram a página e lá estavam as fotos dos doutores de Oxford e Harvard. Todos eles de chapéu na cabeça, penduricalho pendurado ao lado. “Veja agora”, disseram eles ao virar mais uma página, “o maior general de todos os tempos, Napoleão Bonaparte. Sabe V. Excelência a razão por que ele perdeu a batalha de Wa-terloo? Um espião inglês infil-trado lhe roubou o chapéu. Sem chapéu ele não pode competir com Wellington, que usava cha-péu. E veja agora os grandes gê-nios da humanidade: Sigmund

Freud, Winston Churchill, Santos Dummont, todos com chapéus na cabeça. Os chapéus dão inteligência. Propomos, então, um programa nacional: “Chapéus para todos”! Por pura coincidência somos chapeleiros e teremos prazer em ajudá-lo na sua cruzada contra a burrice. Montaremos muitas fábricas de chapéus e muitas lojas de chapéus. Todos poderão usar chapéus desde que, é claro, o governo ofereça bolsas aos po-bres deschapelados”. O rei ficou entusiasmadíssimo e lançou a campanha democrática “Cha-péus para todos”. Os “outdoors” se encheram de “slogans”. “É preciso usar chapéu para se ter um bom emprego”. “Prepare-se para o mercado de trabalho: use um chapéu”. “Garanta um futuro para o seu filho: dê-lhe um chapéu!”. Os pais, que queriam que seus filhos fossem inteligentes, faziam os maiores sacrifícios para lhes comprar chapéus. Havia festas para a cerimônia da “entrega dos chapéus”. Perante um auditório lotado anunciava-se o nome do jovem, o público explodia em palmas, ele se dirigia á mesa dos enchapeuzados e lá lhe era colocado um chapéu na cabeça. Os pais diziam então, aliviados: “Cumprimos a nossa missão. Nosso filho tem um chapéu. Seu futuro está garantido. Podemos morrer em paz.”

A indústria chapeleira progrediu. Até as cidades mais pobres anunciavam com or-gulho: “Também temos uma fábrica de chapéus...”

Agências internacionais, sabedoras da campanha “cha-péus para todos”, trataram de medir os resultados dessa técnica pedagógica. Fizeram pesquisas para avaliar o efeito dos chapéus sobre os hábitos de leitura do povo. Mas resultado

da pesquisa foi desapontador. O número de chapéus na cabeça não era proporcional ao número de livros lidos. O Rei ficou bravo. Mandou chamar os chapeleiros e pediu-lhes explicações. “Se-nhores, o povo continua burro. O povo não lê...” Os espertalhões não se apertaram. “Majestade, é que ainda não entramos na segunda fase do programa. Um chapéu não basta. É apenas preliminar. Sobre o chapéu preliminar as pessoas terão de usar um outro chapéu amarelo, um pós-chapéu. O rei acredi-tou. Tomou as providências para que todos pudessem ter pós-chapéus amarelos Daí pra frente quem só usava o chapéu preliminar não valia nada. Pra se conseguir um emprego era necessário se apresentar usando os dois chapéus: o preliminar e o pós, amarelo. Mas nem assim o povo aprendeu a ler. O resultado das pesquisas internacionais continuou o mesmo: o povo continuava a não gostar de ler. Aí os espertalhões explicaram ao rei que faltava o chapéu que realmente importava: o chapéu vermelho. Era preciso, então, usar o chapéu preliminar, sobre ele o pós amarelo, e sobre o pós amarelo o pós vermelho.

Aquele país ficou conhe-cido como o país dos chapéus. Todo mundo tinha chapéu, in-clusive os pobres. Os resultados da última pesquisa internacio-nal sobre os hábitos de leitura do povo do país dos enchapelados ainda não foram anunciados. Assim, ainda não se sabe sobre o efeito dos chapéus pós vermelho sobre os hábitos alimentares da inteligência do povo. Mas uma coisa já é bem sabida: de todos, os mais inteligentes são os chapeleiros...

PS: É o que eu penso da idéia de “universidade para to-dos”. (*)Filósofo e escritor.

O país dos chapeus linotipo rubeM aLves (*)

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Page 3: Edição 185

peemdebista em Dourados, oferecendo a ele a vice-pre-feitura, teria fracassado. Zé Teixeira teria preferido a oferta de Murilo, para o mesmo cargo.

Diante da reticência do governador, Há quem diga que Marçal fará “corpo mole” na con-venção parti-dária que de-verá homologar ou não seu nome como candidato. Ele, que afirmou durante a se-mana que não estaria vendo nenhum movimento de de-sarticulação da sua candi-datura dentro do Diretório, não estaria enxergando isso, justamente, por estar fazendo “vistas grossas” ao

trabalho que o vice-presi-dente Municipal, Antonio Nogueira, está fazendo en-tre os convencionais para conquistar votos contra a candidatura própria e pró

aliança com Murilo. Segun-do a fonte da folha, Geral-do teria “co-memorado” a escolha de Marçal (pela pesquisa) para

ser o candidato, porque teria percebido que a “em-preitada” seria “inglória”. Já Marçal, só estaria en-contrando uma “saída hon-rosa” que camuflasse sua desistência, na negativa da convenção à candidatura própria.

Marçal estaria se sen-

tindo entre a “cruz e a es-pada”. Depois de tirar da disputa o seu colega Geral-do Resende, conquistando o direito de ser candidato, desistir da disputa reper-cutiria mal junto à opinião pública, podendo transpa-recer que ele, Marçal, “ar-regou” em função de algum “acordão”. Mas se insistir na candidatura ele corre o risco de ficar sozinho no pa-lanque e sofrer um vexame eleitoral, que prejudicaria uma segunda empreitada futura. Marçal estaria se vendo em uma situação em que, “se correr o bicho pega e, se ficar, o bicho come”. Nesse caso, a sua salvação estaria na derrota da tese de candidatura própria dentro do Diretório, no próximo dia 29.

Pesquisa salvou Geraldo, convenção salvará Marçal

“Contrair dívidas é o mesmo que fazer dos outros donos dos nossos atos.” (Benjamin Franklin)

“O Conceito Grandioso da propaganda vai muito além da soma dos pontos de reconhecimento, dos índices de audiência e outros

indicadores superficiais do seu sucesso; ele está na esfera do mito, na qual medições não se aplicam.” (Leo Bogart)

“Lidere, siga... ou saia do caminho.” (Ted Turner)

José Henrique Marques

LideSerá que tudo continuará comodantes no quartel de Abrantes?

Uma densa nuvem de desconfiança persiste em Doura-dos quanto ao lançamento ou não da candidatura a prefeito do deputado federal Marçal Filho, do PMDB. Nem mesmo a interpretação pouco ortodoxa das tais pesquisas realizadas pelo Ibope deu firmeza aos reais propósitos do partido do governador André Puccinelli no maior e mais importante colégio eleitoral do Estado. Defensor de primeira hora da reedição da coligação com Murilo Zauith, do PSB, Pucci-nelli ainda não hipotecou, de forma convincente, apoio a Marçal e nem mesmo garante que ele será candidato.

Ao lavar as mãos no pleito de Marçal de atrair para seu palanque o DEM do deputado estadual Zé Teixeira, além de outras legendas importantes, Puccinelli continua a sinalizar que, de fato, seu candidato é Murilo. Em março, o governador afirmou que somente falaria da eleição em Dourados “em julho, depois da convenção”. Desde então vem cozinhando o galo. E não é que nessa semana o PMDB de Dourados prorrogou de 10 para 29 de junho sua convenção, praticamente “coincidindo-a” com a do PSB! Ou seja, Dou-rados continua a mercê de interesses de Campo Grande.

É por essa e por outras que cresce na sociedade dou-radense um sentimento de que “nada mudou no quartel de Abrantes”, porque está ficando implícito que o cheque-mate na candidatura peemedebista será dado pela ponta mais fraca do jogo político - os convencionais do partido. A eles, caberá o ônus da vergonha.

Afinal, o que levará os membros do diretório municipal a mudar radicalmente de postura, já que a grande maioria já posicionou a favor da candidatura própria e é liderada por Marçal Filho, pelo deputado federal Geraldo Resende e pela vereadora Délia Razuk? Irão contrariar os líderes e a própria pesquisa encomendada pelo PMDB onde a esmagadora maioria do eleitorado quer opções viáveis para votar?

Se o PMDB recuar não há dúvidas de a palavra subor-no virá à tona e isso seria desmoralizante para Dourados, um município que deu recente vexame nacional no caso Uragano. Oxalá, que Murilo Zauith não saia chamuscado. Se isso acontecer será o fim das poucas ilusões que sobra-ram de que é possível fazer política sem corrupção. Estará decretado o descrédito na Justiça e nas lideranças que não precisam se locupletar de dinheiro público.

RetrancaCoroas – Na tão falada

pesquisa do Ibope que pode sepultar as pretensões políticas da bancada federal de Doura-dos, uma curiosidade: o prefeito neo-socialista Murilo Zauith é rejeitado por 45% do eleitorado da faixa etária de 45 a 60 anos.

Trouxa – Depois de entregar para Passaia o “fiofó” da classe política e dos magistrados do Esta-do, o deputado bico-mole Ary Rigo caiu de novo na mesma armadilha. Mais uma vez foi gravado falando o que não devia agora para o pró-prio Artuzi. Haja uísque.

Postergado – O Diretório Nacional do PT prorrogou para outubro de 2013 as eleições diretas para eleição dos novos dirigentes nas três instâncias. Portanto, o embate entre Zeca e Delcídio pelo controle partidário do Estado está adiado.

Câmbio – O prefeito de Amambai Dirceu Lazarini (PR) será recompensado por abrir mão da reeleição em favor do ex-prefei-to Sergio Barbosa (PMDB). Assu-mirá alguma secretária estadual - tudo combinado entre Londres Machado e André Puccinelli.

Diálogos – Curioso o recen-te encontro entre Paulo Falcão e Antonio Nogueira. Não porque, por hora, divergem sobre a candidatura própria do PMDB. Mas, a conversa aconteceu no escritório do deputado Geraldo Resende, o chefe de Falcão.

Recuo – Interlocutores pró-ximos do senador Delcídio Amaral já duvidam que ele seja candidato ao governo. Avaliam que adota estratégia equivocada nos muni-cípios e, assim, vem colaborando com o governador Puccinelli no fechamento político do Estado.

Reflexão

[email protected]

torpedos

O ímpeto revolucionário é um antídoto contra a inércia, contra o espírito rotineiro e conservador, contra a submissão servil às

tradições seculares da corrupção

Telegráfica

Um peemedebista pró-ximo ao deputado federal Marçal Filho garante que está difícil para o pré-candi-dato alavancar sua candida-tura. Segundo o interlocu-tor, a pré-candidatura ainda não “empolgou” porque ainda há “dúvidas” de que ela se concretize. Segundo a fonte da folha, a principal causa da desconfiança é a falta de engajamento do go-vernador André Puccinelli. O governador, que nunca escondeu sua preferência pela coligação do PMDB com Murilo Zauith, estaria externando seu pessimis-mo para assessores, na Governadoria, dizendo que Marçal não ganha de Murilo nem se ele mesmo (André), for o vice.

A expectativa de Mar-çal era que o governador usasse seu poder de fogo para convencer o DEM e o PDT (entre os partidos grandes) a compor com o PMDB em Dourados, já que esses partidos são aliados de André no Governo do Estado e compõe a frente de aliança do PMDB na disputa pela Prefeitura da Capital. Mas o fato é que isso não está acontecendo. A tentativa de trazer o De-mocratas para o palanque

arquivo

01 a 07 de junho de 2012 03PolíticaSinuca de bicoColuna NascimeNto

Governador estaria externando

seu pessimismo em conversa com

assessores

Levando a vida que pe-diu a Deus depois da venda do hospital Mater Dei para a Cassems, mas não deixando de ali exercer a medicina quando não está apartando gado em sua fazenda no Mato Grosso, o peemedebis-ta Sebastião Nogueira Faria (foto) pode voltar à política depois de sua primeira elei-ção há vinte e quatro anos, como vice de Braz Melo, e, na sequência, da passagem de dois anos como suplente, pela Assembleia Legislativa. Esperando desde o ano pas-sado a melhor hora para as-sumir a Secretaria de Saúde, a convite de Murilo Zauith, Sebastião Nogueira é o nome de consenso de peemedebis-tas e aliados do prefeito para compor a chapa majoritária dos sonhos do governador André Puccinelli.

O nome do ex-deputa-do começou a ser sondado a partir do momento em que seu primo, Antônio No-gueira - até então tido como o preferido de Murilo e de

André para a vaga - arru-mou uma senhora encrenca com Zé Teixeira, por conta de uma queda de braço com o secretário de Obras, Jorge De Lúcia, protegido do deputado na prefeitura. Quando do segundo bar-raco armado por Antônio Nogueira, desta feita com o deputado Geraldo Resende, a vaga de vice praticamente caiu no colo de Sebastião. O anúncio só não aconteceu por conta da momentânea colocação do nome do de-putado Marçal Filho para a apreciação dos convencio-nais peemedebistas, como parte de um acordo para que o PMDB pudesse se livrar da também incô-moda pré-candidatura do federal Geraldo Resende, já que ambos estão pra lá de encalacrados com os quadrilheiros da Uragano e na iminência de serem processados pelo Supremo Tribunal Federal.

Em sua primeira expe-riência como vice-prefeito

PMDB tem nome de consenso para vice de Muriloapaziguar Valfrido silVa (*)

arquivo

Temendo ficar sozinho na campanha eleitoral, mas ao mesmo tempo com medo de ficar rotulado com a pecha de “amarelar” e fugir da disputa, o pré-candidato do PMDB, Marçal Filho, já estaria apostando na sua própria derrota na convenção do partido, que decidirá pela condidatura própria ou pela continuidade do apoio ao prefeito Murilo Zauith (PSB)

Falta de empolgação de André Puccinelli com a candidatura de Marçal Filho é visível

Sebastião Nogueira teve atuação discreta, chegando a assumir a prefeitura, por trinta dias, no período em que Braz Melo viajou à Europa para conferir o que sobrou da queda do Muro de Berlim. Voltando, agora, como companheiro de chapa para o segundo mandato de Murilo Zauith, pelo acordo costurado por quem entende do riscado, caberá a ele, não só pela fama de bom cirur-

gião, mas principalmente de bom gestor, tentar acabar com o nó górdio - das notas frias e calçadas - que tanto mal faz à saúde dos doura-denses desde a administra-ção petista, apertado com mais força ainda para resis-tir aos devaneios do Valdecir em suas maracutaias com o Hospital Evangélico, e, mes-mo depois da Uragano, pelo jeito afrouxado um tiquinho só. (*) blogueiro.

Sebastião Nogueira Faria, primo de Antônio Nogueira

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01 a 07 de junho de 201204 PolíticaArticulAção Valfrido SilVa

Marçal é boi de piranha na travessia para 2014Campograndenews

André Puccinelli usa potência máxima de sua máquina política para tentar fazer o maior número de prefeitos peemedebistas ou aliados

Logo que André Puc-cinelli assumiu o governo cruzei com Nelsinho Trad chispando de seu gabinete, onde acabara de passar por uma baita reprimenda por causa de alguma coisa que não estava caminhando a contento na periferia de Campo Grande. Diante desse jeitão pouco conven-cional do governador, um assessor ponderava que aquilo não acabaria bem, pois que o prefeito, eleito em detrimento de Edson Girotto, desde então o pre-ferido de André, começava a ganhar pelos - uma alusão à emancipação política do número um dos herdeiros de Nelsão Trad.

Depois de oito anos como prefeito de Cam-po Grande, Puccinelli começava a mil aquele por todos tão esperado primeiro mandato, talvez por isso esquecendo-se de algumas perfumarias, como, por exemplo, man-dar podar o pé de Chico Magro que fazia sombra ao gabinete da vice-go-vernadoria e, com isso, deixando Murilo Zauith ainda mais madorrento. Dessa ansiedade por co-locar logo o Estado nos trilhos surgiria um pro-blema de difícil solução, pois o ócio de Zauith alia-do ao estado de espírito e às ambições de Nelsinho estabeleceria um novo eixo político entre a ca-pital e o interior.

Mas como tem olhos de Lince, André sacou a disciplinada Simone Te-

DourADos

Crônica de uma traição anunciada

VS

Um dia depois de Ge-raldo Resende ter sugerido o voto aberto na convenção peemedebista que apontará os rumos do partido nas próximas eleições André Puccinelli vem a Dourados e promete retornar à cidade durante a campanha elei-toral “caso” Marçal Filho confirme a candidatura. Nem bem os releases da visita do governador começavam cair nas caixas de mensagens das redações de subordinados e insubordinados da imprensa, eis que nelas também podia se abrir uma “Carta Aberta” do vice-presidente do PMDB local, Antônio Nogueira, es-pinafrando o federal anteci-padamente defenestrado do processo em consequência do tiro pela culatra que foi a pesquisa do Ibope por ele sugerida.

Na chorosa missiva, Nogueira, que também se colocava como pré-candida-to, desde que o partido não se alinhasse com o então patrão Murilo Zauith, lembra as idas e vindas partidárias de Resende desde a primeira malsucedida eleição em que participou, para vereador, “mudanças de lado”, como faz questão de frisar, “sem-pre de forma oportunista e com a utilização de métodos desagregadores, deixando companheiros ao longo do caminho e esquecendo-se de formar um grupo político”. Por isso, continua, “tornan-do-se, como se diz nos meios políticos, INCONFIÁVEL”. Quem escreve que Resende é inconfiável, assim com maiúsculas, é o engenheiro Antônio Nogueira, o Blog não tem nada com isso. Mais, para ele o deputado “faz-se suportar” entre os maiorais da política, “agrega-se a eles e deles tira o seu sustento (de todas as maneiras)”. Será que esse “de todas as maneiras” colocado, assim, entre parênteses, é o que estou pensando?

Depois de descrever o companheiro de partido como menino birrento que quando quer uma coisa (como, por exemplo, essa obsessão por ser prefeito) esperneia, grita, chia e até chantageia, No-gueira atribui a Geraldo Re-sende a responsabilidade por toda a desgraça que se abateu sobre Dourados e que deu origem à operação Uragano. Primeiro, por ter “fugido do pau” diante do fenômeno eleitoral Ari Artuzi; depois, “na ânsia de ver resultados (em nenhum momento usou a palavra retorno) indo atrás de projetos, orçamentos, contatando e pressionando

empreiteiros”, para, em tom grave, acusar o parlamentar de “interferir psicologica-mente, via imprensa, nas lici-tações, causando verdadeiro pandemônio na execução das obras”, enumerando algumas delas, pra lá de suspeitas, como as da malfadada refor-ma da Praça Antônio João (esqueceu-se da obra mais reluzente de Resende, a Vila Olímpica, verdadeiro Elefan-te Branco do Jaguapiru).

O tom da crônica de uma “traição” anunciada é dado por Nogueira quando ele se contrapõe ao que con-sidera agora como incoerente proposta de voto aberto de Geraldo Resende em fa-vor de candidatura própria, anunciando “existir dentro do PMDB alguns compa-nheiros, que merecem ser respeitados, e querem man-ter a coligação com o PSB de Murilo”, já que um ano atrás o deputado foi o primeiro a defender a coligação com o atual prefeito e o consequen-te apoio à reeleição.

A carta aberta faz lem-brar os diálogos dos tempos em que os vereadores de Dourados iam para o ple-nário armados e, mesmo diante das formalidades regimentais, não vacilavam quando tinham que man-dar um adversário para a “pqp”. Depois de usar ao longo (e põe longo nisso) do texto o formal “Vossa Excelência”, mesmo quando se mostra ofendido, como quando diz que “vossa voz cacarejando vomita [coisas como] processo golpista”, uma referência àqueles que defendem a coligação com Zauith, Nogueira encerra com um seco “Passar bem”. Para quem conhece seu jei-tão “deixa-que-eu-chuto”, o mesmo significado das três letrinhas entre aspas aqui mesmo neste parágrafo.

Talvez tenha fugido à perspicácia sempre aguçada de Antônio Nogueira uma abordagem mais profunda quanto aos reais motivos da inusitada proposta de voto aberto, já que as convenções partidárias são regidas por voto secreto. Geraldo Resen-de, como se vê, exatamente por essa condição - de traidor - tão fortemente realçada na carta de Nogueira, está em busca de uma vacina, ou álibi, para lá na frente não ser apontado como o Judas desta história.

PS: A mala preta nem foi aberta e já se contabili-zam vinte e um (dos quarenta e cinco) votos pró Murilo na convenção peemedebista.

bet da prefeitura de Três Lagoas para, na posição de stand by, acabar com aquele namorico sob suas barbas. Como se não bas-tasse, aproveitando o clima de romantismo, sempre muito propício a traições, e depois da malsucedida tentativa de estuprar um ministro do governo petis-ta, engatou, ele próprio, um namoro, que era para ser e s c o n d i d o , com Delcídio do Amaral.

O p r o -blema é que quando resol-veu acabar com a roda de tereré à sombra do Chico Magro, com a desculpa de transformar em realidade o sonho dourado de Murilo de virar Senador, mas colo-cando Valdemir Moka em seu caminho, André aca-bou jogando o ainda vice também no colo do mesmo Delcídio. Isso no fervo da Uragano, em decorrência

do que aconteceria a inusi-tada aliança de Zauith com os arquirrivais petistas, mas para se tornar pleni-potenciário na terra de seu Marcelino o aí já ex-vice governador precisando abrir mão de sua condição democrata para alinhar-se a um partido mais à esquerda, da base gover-

nista em nível federal. Olha só o tamanho da encrenca. E tudo com-binado, claro, com o novo aliado.

A s s i m , num cenário

em que André Puccinelli usa potência máxima de sua máquina política para tentar fazer o maior núme-ro de prefeitos peemede-bistas ou aliados no interior para, com o reflexo disso, tentar emplacar Edson Gi-rotto já no primeiro turno na capital, o que daria ao ungido credenciais para disputar sua sucessão em

2014, sobrou para o pupilo Marçal Filho a condição de boi de piranha.

É que além da tão so-nhada eleição de Girotto para a prefeitura e, já na sequência, para o governo do Estado, a travessia do italiano até o pé da rampa do Senado pode depender das braçadas de Murilo Zauith, que não poderia estar na tropa do ponteiro pantaneiro Delcídio do Amaral. Isto, prevalecen-do o que seria o plano A de André, com Girotto, o B, que seria com Simone na cabeça ou o C, só então com Nelsinho Trad. Exa-tamente nesta ordem, a “jerônima” estratégia, não se descartando um plano um plano E, com o apoio do governador ao próprio Delcídio, para só então se descortinar tudo o que de tão esquisito vem aconte-cendo na política estadual desde 2010, com vistas a 2014, mas necessariamente passando por Dourados em 2012.

André sacou a disciplinada Simone Tebet

da prefeitura de Três Lagoas

Puccinelli e Delcídio: Olhos nos olhos... de um namoro que era pra ser às escondidas

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01 a 07 de junho de 2012 05CidadePalavra NascimeNto

André garante início e término da duplicação da Guaicurus até 2014

“Vamos deixar a Guai-curus no mesmo padrão da rodovia que liga Dourados a Itaporã, até 2014”, garantiu o governador André Pucci-nelli à reportagem da folha de dourados durante sua visita a Dourados, na sema-na passada. Segundo ele, o projeto de duplicação da Guaicurus será semelhante ao que foi executado pelo Governo do Estado na MS 156. A Guaicurus é o único acesso para cerca de 10 mil pessoas das comunidades de duas universidades (UFGD e UEMS), para o quartel do Exército, para o Aeroporto de Dourados, para o distrito de Itahum e para proprietá-rios rurais da região.

O projeto executado na rodovia de acesso à Ita-porã consta de duas pistas, divididas por mureta de concreto e iluminada por

arquivo

Vários protestos já foram feitos por usuários exigindo a duplicação urgente da via

Pastor Sérgio Nogueira (*)reflexão

Coluna

(*) Diretor da Faculdade Teológica Batista Ana Wollerman e coordena-dor do curso de Teologia a distância da UNIGRAN. Pastor da Igreja Batista Memorial Charles Compton em Dourados, membro da Mantenedora da Pes-talozzi e presidente da OSCIP-ABCDE que mantém 3 CEINs atendendo 341 crianças. Apresentador do Programa Reflexão na TV Grann Dourados.

[email protected]

Dia Dos NamoraDos

Namorar é cortejar, é demons-trar afeto e carinho pela pessoa a quem se ama. O dia dos namorados é es-pecial para quem é romântico, para quem gosta de de-monstrar seu afeto e seu amor. Assim como todos os dias deveriam ser o “dia das mães”, “dia dos pais”, da mesma forma, todos os dias deveriam ser “dia dos namorados”.

Quando um homem e uma mulher se apaixonam e ini-ciam um namoro, o tempo em que estão juntos parece que é congelado, isto devido à magia do sentimento. Mas quando estão longe um do outro, o tempo parece transformar-se numa eternidade, porque o desejo de reencontra-se com a pessoa amada aumenta a cada instante, o tempo não passa e os minutos se transformam em horas intermináveis.

Atualmente, entre os adolescentes e jovens, namorar parece uma palavra em desuso. Para estas faixas etárias é comum o “ficar”. Isto parece um tanto complicado, pois com o advento do “ficar”, os jovens deixaram de assumir um compromisso de fidelidade no relacionamento.

No namoro alguns ingredientes são importantes e necessários, como por exemplo a paixão. A paixão é o pri-meiro estágio do amor, quando os olhares se fixam mais na outra pessoa, quando os atributos físicos, os gestos, a linguagem chamam a atenção, quando a ausência provoca uma saudade quase incontrolável e o pensamento fica cativo o tempo todo.

Uma vez iniciado, o namoro se torna uma grande oportunidade para conhecer a outra pessoa. É necessário dedicar tempo para o diálogo. Através da conversa passa-mos a conhecer as idéias, os projetos, desejos, sentimentos e vontades daquela pessoa que nos despertou um sentimento todo especial.

Não existem regras para especificar o tempo ideal para o namoro. Pode ser um ano ou mais. Alguns casais namoram cinco ou seis anos até chegarem à maturidade e decidirem pelo casamento. Outros, talvez um tanto apressa-dos, optam pelo casamento com menos de um ano. O ideal é a compreensão de que o namoro não acaba nunca; e no noivado ou no casamento o namoro é o termômetro para aferir uma relação saudável e feliz.

Um casal precisa valorizar todas as oportunidades de manter a chama do namoro sempre acesa. Um casal enamorado transmite aos filhos segurança e estabilidade. Os filhos de um casal que namora no casamento conse-guem ter mais confiança e tendem a apresentar melhores resultados nos estudos e possuem emoções mais estáveis e menos irritabilidade.

Não existe uma cena mais bela na relação conjugal do que um casal de idosos, unidos pelos laços do amor e nutrindo a chama acesa da paixão, do cuidado e do carinho mútuo. O namoro deve permanecer sempre numa relação. O namoro é para a vida toda. Um casal pode ter pensamentos divergentes e as discussões podem até ser inevitáveis, mas a discordância é vencida quando o casal dialoga e namora. O namoro é uma estratégia poderosíssima para o casal vencer a crise da falta de comunhão.

super-postes. O trecho en-tre Dourados e Itaporã é de 18 quilômetros, enquanto que o trecho da Guaicurus a ser duplicado ainda não foi divulgado, porque, segundo o governador, “o traçado está sendo alterado pela Agesul em função do anel

viário”. Contudo, André garantiu que ainda este ano o projeto estará pronto.

Já são muitos os mor-tos em acidentes na rodo-via, o que provocou inúme-ros protestos organizados pelo Movimento de Defesa Popular de Dourados. Me-

nos de uma semana após a declaração do governador, mais uma pessoa morreu na Guaicurus vítima de acidente. Desta vez um ciclista que foi morto de-pois de chocar-se contra a carroceria de uma carreta, no domingo (27).

Uma volta rápida na região central de Doura-dos é suficiente para notar a situação precária que se encontram os locais desti-nados ao estacionamento de carros e motocicletas mantidos pela empresa responsável pela cobran-ça no município.

Parte dos canteiros centrais da avenida Joa-quim Teixeira Alves, onde proprietário de veículo é obrigado a desembolsar para estacionar, além dos buracos, existem também raízes de árvores que es-tão ‘jogando’ pedaços de calçadas para fora.

Em outra situação , uma vaga destinada à idosos próximo à diversas agências bancárias, está toda destruída, podendo ocasionar acidentes às pessoas que descem do veículo, por conta do des-nível da calçada.

O MS Já entrou em contato com a Caiuá As-sessoria, Consultoria e Planejamento, responsá-vel pela administração do serviço rotativo no muni-cípio. Segundo a gerente da empresa em Dourados, Oziliane Marchi, a Caiuá é responsável pela insta-lação e retirada do apa-relho que mede o tempo do veículo e das pinturas das vagas. “Entregamos do jeito que pegamos. Se na hora de tirar o equipa-mento, deixarmos buraco na calçada, vamos arru-mar, mas a manutenção

dos estacionamentos e dos canteiros não são responsabilidade nossa”, disse.

Mesmo “explorando” os locais, ela sustenta ain-da que, com as calçadas deterioradas, fica difícil até o trabalho de insta-lação de equipamentos ou pintura. “Em muitos casos fica difícil marcar as vagas, porque exis-tem calçadas que estão em péssimas condições”, contou.

Em contato com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, fomos informados que o secre-tário responsável pela pasta, Luís Roberto Mar-tins de Araujo, estava em reunião na prefeitura e não voltaria ao órgão.

Há um ano, a inten-ção da prefeitura era municipalizar os apare-lhos, considerando que o acordo era regido pela Lei Municipal 2822/2005 onde todos os equipamen-tos, obras e instalações da concessão seriam incor-porados ao patrimônio municipal. A medida ha-via sido anunciada poucos dias após municipalizar as lombadas eletrônicas, mas foi revista.

A prefeitura exigiu, no entanto, que o valor de repasse da Caiuá para os cofres públicos subis-se de 6% para 12% e que também tivesse acesso ao sistema de leitura dos equipamentos.

TrânsiTo

Estacionamentos pagos no centronecessitam de reparos urgentes

ms Já

Os organizadores da tradicional festa da Colônia Zanata, em Dourados, já estão preparando o even-to deste ano, inclusive já confirmaram que a atração artística será do grupo Som Matucho. De acordo com eles, a 55ª festa será realizada a partir das 9 horas do dia 10 de junho, um domingo, com a Santa Missa que mais uma vez será celebrada pelo padre Mário Otorino Panziera.

Na programação consta que continuará com o leilão das produções da colônia, como frango assado, paleta de leitoa assada, entre outros pratos.

Em seguida será servido o almoço com churrasco, be-bidas, leilão de gado e baile

ao vivo com o Som Matucho marcado para começar às 14 horas e o seu encerramento previsto para as 21 horas.

A Colônia Zanata para quem não sabe está situada na estrada que liga os dis-tritos de Indápolis a Lagoa Bonita, altura do quilômetro nove e a entrada fica a es-querda da rodovia.

Assim que a pessoa en-trar na estrada vicinal de acesso a Colônia, ela prosse-guira por mais três quilôme-tros para chegar até a portei-ra de entrada da fazenda.

A Colônia Zanata é co-nhecida em Dourados e re-gião por manter todos os anos esta festa que contará mais uma vez com a presença de um grande público.

Tradição

Colônia Zanata prepara a55ª Festa de Santo Antônio

Waldemar GoNçalves - russo

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Edson FreitasColuna

[email protected] a 07 de junho de 2012 Estampa06

AniversariantesErica Blanco, de Dourados, dia 07

Tamires Pudanosque, estudante de Itaquiraí, dia 02

Estela Marys, Assessora da vereadora Delia Razuk, dia 07. Parabéns

Destaque

O prefeito de Vicentina, Marcos Benedetti Hermenegildo, po-pular Marquinhos do Dedé (PMDB), e o ex-prefeito de Jateí, JoséCarlos Gomes, e presidente do PMDB no município.

Jogos do SESI iniciam fase municipal em Dourados O SESI Dourados realizou, no último dia 25, a abertura da fase municipal dos Jogos internos. O evento contou com a presença das delegações esportivas das indústrias e apresentações de dança dos alunos da Escola SESI e de crianças e jovens do Projeto Atleta do Futuro. Também foi realizada uma partida de futsal entre as equipes Usina Bunge Monteverde Indústria e Usina Bunge Monteverde Agrícola. A fase municipal dos jogos conta com 103 empresas inscritas e mais de 1200 competidores. Segundo a gerente do Sesi Dou-rados, Rosilene Moreira, os jogos acontecem durante os meses de junho e julho. Confira nas fotos deste colunista.

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EnfoqueFernanda Brito [email protected] 01 a 07 de junho de 2012 07

aniversariantes

No dia 28 de abril uniram suas vidas pelo sagrado matrimônio na Igreja Nossa Senhora Aparecida, Mario Missio Junior e Jaqueline Gomes Missio. A recepção aos convidados ocorreu no salão São João Batista, com um requintado jantar servido pelo Buffet Alencar. As imagens do evento foram captadas por Elias Fotos e Filmagens; a organização foi da Castro Cerimonial; e a decoração ficou por conta da Leia Estação e Decorações.

• A jornalista Francielle Oliveira ani-versaria no dia 05 de junho. Parabéns!

• O jornalista Cassius Rodrigues de Morais completa mais um ano de vida dia 04. Parabéns!

• Parabéns para o secre-tário de Planejamento da Prefeitura de Dourados, Gerson Schaustz, que aniversariou dia 29.

• Quem também estreia idade nova no dia 04 é o cinegrafista Betinho Esca-lante. Parabéns!

visitas à Folha

bodas de ouro de emídio e ramona

O casal Emídio e Ramona Assunção comemorou no sábado (26), 50 anos de casamento. A cerimônia com cerca de 500 pessoas foi realizada na chácara da família com as presenças de familiares e amigos, que participaram da cerimônia religiosa e de um almoço.

A vice-prefeita de Dourados Dinaci Ranzi esteve nesse jornal, recebida pelo jornalista Nascimento, em companhia de sua chefe de gabinete Célia Flores e da cientista social peruana Soledad Requena Spyer, que visitou Dourados onde proferiu palestras.

Ananias Costa, que é membro do Diretório Nacional do PT e coordenador da campanha a prefeito de Campo Grande do deputado federal Vander, esteve visitando a folha de dourados, onde foi recebido pelo jornalista José Henrique Marques e pelo articulista Ilson Boca Venâncio, à esquerda.

mario missio Junior e Jaqueline Gomes missio

- Os noivos Jaqueline e Mario Junior- A noiva com os pais José Gomes e Dirce Vieira- Mario Missio e Helena Missio os pais do noivo- O noivo com as madrinhas- A exuberante noiva Jaqueline

- A noiva com os padrinhos- Noiva, seus pais, irmãos José Gomes Juliana Jessica Jaqueline Dirce e Jobson- Os noivos na festa- Juliana, Jessica, noiva, Dirce, Luciana e Diva- Os noivos com os pajes e floristas

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01 a 07 de junho de 201208 Geral

Encravada no quadri-látero compreendido entre o Norte e Leste de Doura-dos, a região é uma das mais antigas do município, contudo, sofre com a falta de infraestrutura. Asfaltos deteriorados, falta de áre-as de lazer e de serviços públicos básicos, são as principais queixas do pre-sidente da Associação de Moradores de cinco gran-des bairros, Valter Câmara (o Chocolate), que há 38 anos é morador na região. Ícone de toda aquela área,

o Ginásio Municipal é o retrato do abandono em que vivem os milhares de moradores.

Segundo Chocolate, o Ginásio Municipal caiu em desuso desde que foi inaugurado o Jorjão – Giná-sio poli-esportivo que tem abrigado eventos esporti-vos e artísticos ultimamen-te. “Para se ter uma idéia, o telhado está quebrado e quando chove alaga a quadra; para realizar os jogos da Copa Morena de Futebol de Salão eles tive-

ram que colocar uma lona”, conta o líder comunitário que representa os bairros Vila Rosa, Vila Índio, Jar-dim Paulista, Chácara dos Caiuás e Jar-dim Ipiranga.

Sem po-der expandir-se, já que faz fronteira com o Parque Am-biental Laran-ja Doce, “a região foi sendo esquecida”, ressalta o em-presário Rene Franco, cuja

família tem propriedade na região há 30 anos e é pioneira no ramo de tintas na cidade. “Enquanto bair-

ros que ficam a cinco ou seis quilômetros do centro da cidade se valo-rizaram mais de dez vezes nos últimos anos, na nossa região o preço

do imóvel continua o mes-mo; isso é reflexo da falta de investimento em infraestru-

tura, em melhoria no atendi-mento dos serviços básicos que dessem mais qualidade de vida para quem mora aqui”, opina Rene.

Uma das soluções apontadas por Rene e por Chocolate para promover a melhoria da região, de imediato, é a revitalização do Ginásio Municipal, que segundo Chocolate se tornou ponto de prostituição e uso de drogas. “Esse lugar já foi local de muita diversão para os moradores e para toda Dourados, mas olha

no que se tornou?”, lamenta Chocolate.

Eles sugerem que o pátio externo do Ginásio seja transformada em uma área de lazer e que também seja feita uma pista de ca-minhada no entorno, além da reforma das instalações internas do Ginásio e do telhado. “É preciso atrair as famílias novamente para este local, para que elas ocu-pem este espaço e ele sirva a comunidade com propósitos melhores do que o que se vê hoje”, ressalta Rene.

Ginásio Municipal retrata esquecimento de uma regiãoAbAndono nascimento

fotos: edson freitas

So ledad R equena Spyer, cientista social pe-ruana, esteve em Doura-dos durante esta semana e proferiu palestra para servidores municipais das secretarias de Assistência Social, Saúde e Educação. Soledad, que trabalhou por dez anos na Unicef e já prestou consultoria para diversos governos estaduais e prefeituras bra-sileiras, veio a Dourados a convite da vice-prefeita Dinaci Ranzi e aproveitou para visitar a folha de dou-rados.

Soledad Requena co-nheceu os serviços públicos prestados pela Prefeitura de Dourados e disse ter

ficado “impressionada”. Segundo ela, Dourados representa bem a imagem que o Brasil tem, hoje, diante do mundo: “a Pre-feitura de Dourados está fazendo uma gestão muito eficiente; percebe-se a presença do Estado em praticamente todas as áre-as”, disse a cientista, que tem Mestrado em Políticas Sociais e Gênero.

A especialista tem vas-ta experiência internacio-nal e ressalta que as polí-ticas públicas do Governo Brasileiro, como as que en-controu em Dourados, tem feito do Brasil um modelo para o mundo nas áreas de política social e distri-

Ginásio Municipal se

tornou ponto de prostituição e uso

de drogas

Dourados impressiona especialista internacionalModelo nascimento

buição de renda. Ela conta que em recente encontro científico na Universidade de Sourbone, uma das mais importantes da França,

ouviu relato de pesquisas feitas por pesquisadores europeus que apontam o Brasil como exemplo de desenvolvimento econômi-

co-social para os países do Leste Europeu.

Contudo, Soledad aponta que ainda existe ca-rência na área da educação a ser superada. Para ela, a melhoria das condições sociais de qualquer nação passa, obrigatoriamente, pela melhoria da educação básica, onde, segundo ela, reside o maior gargalo para avanços do setor. E para superar a deficiência que existe na educação básica ela aponta como principais soluções dar mais moti-vação aos professores do ensino fundamental, com pagamento de melhores salários além de outros programas de valorização,

como cursos de qualifi-cação. “Quando o Brasil conseguir implantar uma Educação de qualidade ninguém segura esse país”, afirma.

A cientista peruana também enfatizou o papel fundamental do Brasil no processo de integração latino-americano. Segundo ela, os países da América do Sul, como o seu (Peru), querem e precisam da inte-gração econômica através do Unasul e do Mercosul. Mas também enfatizou a necessidade da busca de in-tegração cultural e científi-ca, onde as universidades devem exercer um papel preponderante, enfatiza.

O empresário Rene Franco e o líder comunitário Chocolate pedem a revitalização do Ginásio Municipal e melhorias em diversas ruas da região que estão tomadas por valetas

josé henrique marques

Soledad Requena trabalhou no UNICEF por 10 anos

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ConsCiênCia CósmiCaAdemar de Lima *Expansionista consciencial & pesquisador

Creilda Santos Alves*

Um dos desafios modernos na área da educação é aliar o que precisa ser repassa-do como ensinamento e despertar no aluno a vontade de correr atrás, de saber mais sobre aquilo que lhe foi transmitido.

Como proposta de uma das disciplinas que trabalhei esse semestre - Comporta-mento e Bem Estar Animal – foi repassado aos alunos a incumbência de trabalhar a Bioclimatologia, (ciência que lida com as relações entre o clima e a distribuição dos seres vivos na Terra), em animais de produção (bovinos,suínos, aves e ovinos) e demonstrar como melhorias poderiam ser efetivadas nesse sentido. Isso seria demonstrado através da construção de maquetes priorizando na sua execução material reciclado.

No quinto semestre a proposta era trabalhar com a Epidemiologia, matéria base e eles construíram maquetes, planta

baixa de unidades de Centro de Controle de Zoonoses para serem implantadas em municípios de pequeno, médio e grande porte. Trabalharam como profissionais.

A proposta da instituição chamada de ATPS – Atividade Práticas Supervisio-nada dá a linha mestre e o aluno executa com o objetivo de ampliar a formação e a vivência acadêmica favorecendo práti-cas de autoaprendizagem e autoestudo. Podemos afirmar com isso que o aluno consegue certa emancipação intelectual o que é muito interessante.

Para nossa satisfação surpreendeu o resultado. Saíram trabalhos belíssimos e divido aqui nesse espaço a alegria desse momento e concordando com Paulo Frei-re quando ele afirma que: “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção”.

(*) Médica Veterinária Professora da Faculdades Anhanguera Dourados.

Ensinar e aprender: isso se faz junto

(*) Anderson Vendruscolo, Carlos Eduardo Zanetti , Creilda Santos Alves, Cristiani Paula Souza, Kcleyr Gonçalves dos Santos, Robson Soares Capecci , Simoni Nunes Amaro, Winnie Batista Gonçalves.

01 a 07 de junho de 2012 09Saúde

Amor e carinho fortalecem a saúde do bebê

Inconsciente coletivo e karma coletivoSegundo o conceito

criado pelo psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, incons-ciente é a camada mais pro-funda da psique, constituído pelos atributos herdados, é nele que residem os traços funcionais, tais como ima-gens virtuais, que seriam comuns a todos os seres humanos. O inconsciente coletivo também tem sido compreendido como um arcabouço de arquétipos cujas influências se expan-dem para além da psique humana. É o depósito das “imagens primordiais”, que se referem ao primeiro, ao mais primitivo desenvolvi-mento da psique. Herdamos essas imagens do passado, que inclui os nossos an-tecessores humanos, pré-humanos, animais e talvez nossos registros de outros sistemas solares ou escalas evolutivas. São predispo-sições ou potencialidades

no experimentar e no res-ponder ao mundo tal como os nossos antepassados. Os conteúdos do inconsciente coletivo ativam padrões pré-formados de comporta-mento pessoal e social, que a pessoa seguirá desde o seu nascimento.

Segundo Sigmund Freud, seus conceitos de inconsciente propõem uma mente dividida em camadas ou níveis, dominada em certa medida por vontades primitivas que estão es-condidas sob a consciência e que se manifestam nos lapsos e nos sonhos.

Karma coletivo de-finido também como res-gate coletivo é o conceito que envolve a correção de rumo de um grupo de Espíritos que em alguma outra encarnação cometeu atos semelhantes – e muitas vezes em conjunto – de des-cumprimento da lei divina e

provas que proporcionam ao homem a ocasião de exercitar a inteligência, de mostrar sua paciência e sua resignação ante suas más ações diante de Deus, ao mesmo tempo em que lhe permitem desenvolver os sentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo”.

Estas definições nos remetem aos assuntos an-teriores onde mencionei sobre sincronicidade e transgeracionalidade o que nos comprova que estamos interligados por uma ener-gia que denominamos de amor ou ódio. Esta energia criada e recebida tem duas polaridades, a negativa que traduzimos como ódio e a positiva como energia de amor. Repare que muitos avatares que aqui estiveram disseram a mesma coisa e como estamos cristãos, me refiro à missão encarnató-

ria do Essênio de Luz onde ensinou tudo sobre o perdão e o amor, enfatizando que somente com o exercício prático desses atributos conseguiríamos anular de forma individual e coletiva o ódio criado e recebido e quando toda essa energia nociva estivesse nula, al-cançaríamos a ressurrei-ção, que segundo consta nos dicionários como: “ato ou efeito de ressurgir ou res-suscitar, retorno da morte à vida ou cura surpreendente e inesperada”. Assim sendo, posso afirmar através de minhas experiências que o retorno da morte à vida significa despertar, acordar do sono da ignorância, e como Deus é energia pura de amor nos permite ressur-gir para que recomecemos uma evolução consciente pautada no perdão (anula-ção dos karmas individuais e coletivos) e no amor.

Cuidado Da reDação

Desde a gestação, a boa nutrição é fundamental para o organismo funcionar corretamente. Nos seis primeiros meses, o bebê precisa ser alimentado somente com leite materno. Nada mais, nem mesmo água, pois leite contém todos os nutrientes necessários. Sugar o peito da mãe ainda exercita a musculatura da face e fortalece o vínculo entre mãe e filho.

Dormir bem também é imprescindí-vel. Segundo o médico Marcelo Masruha, professor de Neurologia Infantil na Uni-versidade Federal de São Paulo e secretá-rio geral da Sociedade Brasileira de Neu-rologia Infantil (SBNI), desde o início os pais devem treinar a criança a dormir no próprio quarto e sem interrupções. Nada de mamadeira ou água durante a noite.

Segundo o especialista, bebês não devem dormir de barriga para baixo, mas, acordados, devem passar alguns minutos nessa posição, pois ela estimula a muscu-latura em volta da coluna. Para uma boa estimulação motora, coloque o bebê em diferentes posições ao longo do dia.

O que jamais pode faltar na vida da criança são amor, carinho e atenção às suas necessidades. Nos primeiros três meses fora do útero, o chamado quarto trimestre da gestação, o conforto do cor-po da mãe faz falta. Segundo a pediatra Honorina de Almeida, especialista em desenvolvimento e consultora internacio-nal em aleitamento materno, o bebê tem temperamento próprio e precisa de tempo para se adaptar a esse novo mundo. Mas não há receita. “É uma relação puramente afetiva, sem regras. Os pais não devem ter medo de tomar decisões guiadas pelo que dita o coração”, diz.

O afeto é tão importante que interfere

que, portanto, para individu-almente terem a consciência tranqüilizada, precisam sanar o débito. Toda a pre-ocupação, nesse caso, está no trabalho dos mentores na reunião desses Espíritos de modo que juntos possam se reajustar frente à Lei Divina. O resgate de nossas ações contrárias à Lei Divi-na, ao bem e ao amor pode ocorrer de várias formas,

inclusive coletivamente. O objetivo, segundo “O Livro dos Espíritos”, questão 737, é “fazê-lo avançar mais depressa” e as calamidades “são freqüentemente ne-cessárias para fazerem com que as coisas cheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em alguns anos o que neces-sitaria de muitos séculos”. Na questão 740 diz que “são

Criança feliz tem melhor desempenho durante a vida escolar, afirma pesquisa

arquivo

até o desempenho escolar. Estudos mos-tram que as crianças que mantêm um forte vínculo com a família são mais curiosas e tendem a se interessar mais pelos estudos. “A afetividade é o motor do aprendizado”, diz a pedagoga Silvia Colello, professora de psicologia da educação na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Televisão e videogame não substi-tuem afeto e ainda aumentam o sedentaris-mo. A OMS recomenda passar no máximo duas horas por dia na frente da tela e aumentar a quantidade de brincadeiras e atividades que movimentem o corpo. Se-gundo o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional de 2009, 13% da população de 10 a 19 anos estão com sobrepeso e 3% com obesidade.

Atividade física regular e uma ali-mentação saudável [linkar para matéria Alimentação saudável, dentro da antessala saúde], rica, variada e equilibrada em proteínas, fibras e carboidratos e o mínimo possível de doces, refrigerantes, frituras e alimentos industrializados, são uma ótima receita de saúde. (*)Fontes: Caderneta de Saúde da Criança/ Ministério da Saúde - IBGE: Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE

Maquetes sendo construídas

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Mundo novo

No próximo dia 04 de junho, o prefeito Toninho Caval-cante e a vice Vânia Parize estarão recebendo o governador André Puccinelli, o secretário de Habitação Carlos Marum e a deputada Mara Caseiro, além de outras autoridades, para a inauguração de obras no município. Serão entregues 30 unidades habitacionais, três academias ao ar livre, um PSF rural do Assentamento Pedro Ramalho, um abrigo de ônibus na BR 163 próximo ao referido assentamento, além da inau-guração da Unidade Básica de Saúde. Também estão previstas visitas em outras frentes que vem transformando a cidade num canteiro de obras custeadas com recursos municipais, estaduais e federais.

IvInheMa - Condenado pelo crime de homicídio du-plamente qualificado, Cleber Renato Borin Ferro terá de pagar indenização por danos morais no valor de R$ 517 mil à família da vítima. A decisão é da Quarta Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça). O crime foi em 21 de abril de 2003, em Ivinhema. A vítima, Modesto Ventura Neto, era namorado da irmã do assassino, que não se conformava com o relacionamento. O réu atirou por trás, atingindo as costas e a cabeça da vítima, que não teve possibilidade de defesa. Em seguida, o réu também tentou matar o irmão da vítima, atirando três vezes, sem, contudo, conseguir atingi-lo. Ele acabou acertando o rosto da própria irmã. O assassino foi condenado a 18 anos de prisão.

Itaporã - Com abertura oficial programada às 19 horas de sexta-feira (01), no Ginásio de Esportes “Marcelo Carbo-naro Faleiros”, a 6ª Taça Cidade do Peixe de Futsal, inicia com dois jogos. Na primeira partida, Imobiliária Casa Branca enfrenta Auto Elétrica Jacaré, e em seguida, a equipe da La-goa joga contra Querina Confecções. Em sua 6ª edição, a Taça Cidade do Peixe de Futsal já é tradição no meio esportivo de Itaporã. Para este torneio, 17 equipes se inscreveram em 4 grupos. Na fase classificatória, as equipes jogam entre si no grupo, classificando os dois primeiros de cada grupo.

ItaquIraí – Mais uma etapa do Projeto GereLeite foi realizada no município com capacitações no planejamento da alimentação do rebanho bovino. O GereLeite é patroci-nado pela Petrobras e executado pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura. As capacitações aconteceram nas 20 Unidades Experimentais Participativas distribuídas nos assentamentos abordando planejamento da propriedade para produção de alimentação para o rebanho leiteiro, prin-cipalmente durante o inverno; e manejo de pastagens, com orientações sobre o momento correto de colocar os animais no piquete, a altura correta de corte do capim, e o resíduo que se deve deixar pós pastejo, foram os temas debatidos.

eldorado – A prefeita Marta Araújo (PT) está empe-nhada em solucionar o problema de falta de água que aflige os indígenas da Aldeia Cerrito. Para isso, se reuniu com Francisco Fernandes, que substitui Nelson Olazar - Chefe do Distrito Sanitário da Saúde Indígena, para tratar sobre a construção de poços artesianos para abastecimento de água potável para aquela comunidade indígena. De acordo com a prefeita Marta Araújo, que estava acompanhada do secretario de Saúde Geslei Nava, todos estão unindo forças para atender a população da aldeia o mais breve possível.

navIraí – A Prefeitura através da Fundação de Desporto e Lazer em parceria com a Federação de Motociclismo de Mato Grosso do Sul e o Moto Clube Pataxós do Asfalto realiza nos próximos dias 2 e 3 de junho, sábado e domingo na área do Balneário Municipal, a 1ª Etapa do Cross Country e 2ª etapa do Campeonato Estadual de MotoCross Nacional. O evento pretende reunir 95 pilotos de várias regiões do Estado, sendo 45 no Moto Cross e 50 no Cross Country. Os treinos livres acontecem às 9 da manhã no sábado para o Cross Country e a prova principal a partir das 15 horas. No domingo, treinos livres de Moto Cross às 9 da manhã e prova principal com início previsto para as 13 horas. Este ano, o estadual de Cross Country será disputado nas seguintes classes: Categoria Nacional – Para motocicletas de fabricação em série nacional; Categoria Open – Qualquer motocicleta off-road, nacional ou importada; Categoria Sênior – Pilotos que completarão 35 anos em 2012 e mulheres com idade a partir de 14 anos, podendo usar qualquer tipo de moto. Categoria Cadete – Para motocicletas de fabricação em série nacional, com motores 04 (quatro) tempos de até 200 cilindradas e motocicletas com motores 02 (dois) tempos de até 180 cilindra-das. E, por último, a interessante Categoria Quadriciclo – Para veículos de qualquer tipo/modelo ou cilindrada.

Municípios Em foco

01 a 07 de junho de 201210 Regional

Sítios arqueológicos revelam que passado humano do Estado ultrapassa 11 mil anos

Três Lagoas Perfilnews

Usina Raizen não compra cana de áreas em conflito

CaarapóMs JÁ

InforMatIvo

Câmara Municipal de Itaporã - Poder Legislativo - Mesa Diretora: Presidente: Roberto Marsura (PMDB) - 1º Secretário: Pedro Bomba (PR) - 2º Secretário: Edvaldo Bezerra (PTB) - Líder do Poder Executivo: Galdino (PSD) - Vereadores: Dico (DEM), Adriano Martins dos Santos (PDT), Gerson Escobar (PPS), Givanildo Rondina (PMDB) e Édio Barreto (PP).

CâMara de vereadores de Itaporã

Barreto pede quadras poliesportivas para Piraporã

inforMe PuBlicitário

O vereador Edio Barreto propôs que a Prefeitura realize estudos a fim de viabili-zar a instalação de uma praça com quadras poliesportivas no distrito de Piraporã. Ele argumenta que é grande o número de morado-res no distrito, mas que grande parte daquela comunidade não tem acesso ao lazer, esporte e ao entretenimento, justamente pela ausência de locais que proporcionem tal prática.

Ele lembra que “a prática de atividade

esportiva tem sido recomen-dada por médicos de muitas especialidades, como sendo, uma das providências mais saudáveis e eficazes para o tratamento e prevenção dos mais diversos distúrbios da saúde e, principalmente, o combate às doenças psíqui-cas, além de integrar a comunidade”.

divulgação

Édio Barreto

adriano e edvaldo pedem academia para PorciúnculaOs vereadores Adriano Martins e Edvaldo

Bezerra entraram com proposição junto à Prefei-tura, parlamentares do estado e diversos órgãos governamentais, pedindo a instalação de uma academia ao ar livre na Praça da Porciúncula no município de Itaporã.

Na justificativa os vereadores citam que a Praça da Porciúncula é um local apropriado para a prática de esportes e também para a disseminação da cultura. Com um amplo espaço físico a mesma vem ao longo de sua existência contribuindo com diversas melhorias na vida de muitas crianças

e adultos do município.

“Dessa forma aguar-damos junto à comunida-de do Bairro Porciúncula pela instala-ção de uma academia ao ar livre, no local já dis-ponível para tal, ou seja, um terreno vazio anexa à mesma”, afirma os vereadores.

fotos: divulgação

Edvaldo BezerraAdriano Martins

gerson escobar pede explicações sobre implantação de água encanadaO vereador Gerson Escobar solicitou

informações do secretário de Estado e Obras Públicas e de Transporte, Wilson Cabral Tavares, sobre o andamento dos serviços de instalação da rede de água encanada no dis-trito do Carumbé, que foram paralisadas após a rescisão do contrato.

“Toda a comunidade está preocupada com atual fonte de extração de água, uma vez que a mesma, não assegura total qualidade para seus usuários. Outro fator que tem deixa-do àquela comunidade ainda mais incomodada e ansiosa é que os poços naturais utilizados

até o presente instante estão secando”, afirma Gerson Escobar.

Assim, clamamos aos meios competentes por in-formações sobre a atual situação burocrática que encontram os serviços de instalação de água encana-da, informando também se há contrato com outra empresa executora da obra, visando consequentemente retomar e concluir com urgência as obras de instalação.

divulgação

Gerson Escobar

Durante as escavações foram encontrados materiais de antigos pescadores como, pedra lascada, raspadores pontas de lanças

Você sabia que há 7 mil anos, pescadores já habita-vam próximo ao rio Sucuriú e Ilha Comprida na região onde hoje é Três Lagoas (MS)? Isso e muito mais são descobertas feitas por meio do trabalho realizado pelos arqueólogos Emília Mariko Kashimoto e Gilson Rodolfo Martins, do Museu de Ar-queologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MuArq - UFMS). O trabalho deles se estende por todo o rio Paraná.

Conforme está registra-do em “Arqueologia e Paleo-ambiente do Rio Paraná em Mato Grosso do Sul” (2009), obra dos antropólogos, “es-ses sítios arqueológicos re-velam que a extensão do passado humano de Mato

A empresa Raízen Caarapó Açúcar e Ál-cool não comprará mais cana-de-açúcar de áre-as que estejam em dis-puta entre indígenas e produtores rurais cuja demarcação já foi con-cluída e homologada. Um Termo de Compro-misso de Cooperação com a Funai (Fundação Nacional do Índio) já teria sido assinado com essa finalidade. É o que noticia o jornal do Brasil On-line.

O documento esta-ria datado de 20 de abril. A Raízen teria feito esse “contrato” para os terri-tórios que se localizam na área de influência da unidade produtora e também valem para as Terras Indígenas Ta-quara e Guyraroká, que já estão identificadas e reconhecidas como de posse permanente dos índios mediante Por-taria do Ministério da Justiça.

A empresa ainda se propôs a exigir que nos contratos que vier a cele-brar com terceiros cons-te expressamente, para ambos os contratantes, a obrigação de respeitar os direitos indígenas. O Termo é válido por três anos.

“Mais do que isso, deverá servir de exem-plo e inspiração para que outras empresas, assim como todos os que pre-tendam desenvolver ati-vidades econômicas nas regiões em que existam terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, busquem a conciliação de seus objetivos econô-micos com o respeito aos ditames do desenvolvi-mento sustentável e aos imperativos da ética e do direito.

Esse é o caminho para a construção de uma sociedade justa, e o Termo de Coopera-ção aqui referido é uma comprovação de que é possível a busca desse objetivo conciliando in-teresses legítimos e pro-movendo a convivência pacífica, que é um ideal da humanidade”, escre-veu sobre o assunto o jurista Dalmo Dallari.

Grosso do Sul (MS), ultra-passa onze mil anos, sendo possível que no período paleoambiental denominado Pleistoceno, popularmente conhecido como “era do gelo”, o homem pré-histórico já estivesse caçando e cole-tando frutos e raízes nas dis-tintas paisagens estaduais”. “O povoamento dessa área (região hoje compreendida por Três Lagoas) começou há cerca de 7 mil anos com pescadores e caçadores-coletores ao longo dos rios Sucuriú, da Ilha comprida”, disse Emília.

Especificamente em

Três Lagoas, estão trabalhan-do com cerca de 70 sítios ar-queológicos desde 1993, um trabalho de quase 20 anos. Segundo Emília, “durante as escavações encontramos materiais de antigos pesca-dores como, pedra lascada, raspadores pontas de lanças, materiais utilizados há cerca de 7 mil anos”. Ainda de acordo com a arqueóloga, apesar de muitos materiais já terem sido decompostos, também foram encontradas cerâmicas que datam 1,2 mil anos. Estes povos também teriam sido agricultores se-gundo Emília.

Fragmento de cerâmica encontrada durante escavações

divulgação/eMília KashiMoto

arquivo

Mara Caseiro, Toninho Cavalcante, André e Vânia Parize

Page 11: Edição 185

9611-2431

01 a 07 de junho de 2012 11Entretenimento

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BATMAN - O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGEEstão bombando na internet todos os dias

imagens e VTs promocionais do novo filme do Homem Morcego. Tudo isso faz parte de uma estratégia de divulgar dia-a-dia o novo rolo do herói.

Um dos cartazes divulgados esta semana, traz pela primeira vez, o morce-gão e a Mulher Gato juntos. Pelo jeito, a heroína felina vai ter um papel de grande destaque na nova aventura de Batman. É esperar pra ver. Mas enquanto espera, curta a imagem dos dois amigos. Não! Inimigos. Certo, então ami-gos/inimigos. Parece coisa de ex-marido/ex-mulher.

E já que estamos falando de Batman, vale destacar que Christopher Nolan deu uma entre-vista ainda esta semana falando sobre o futuro do Coringa no filme:

“Não vamos falar do Coringa. Em respeito ao meu relacionamento com Heath e de todo o processo de filmagem que passamos em O Cava-leiro das Trevas, de maneira alguma eu tentaria explicar uma tragédia da vida real. Parecia muito inadequado para mim. Nós temos um conjunto novo de personagens e a continuação da história de Bruce Wayne (Christian Bale). Não precisamos envolver o Coringa.”

Vocês devem se lembrar que o ator Heath Ledger faleceu pouco antes do lançamento de Bat-man, O Cavaleiro das Trevas, onde fez o Coringa.

O Diretor disse ainda que teve dúvidas so-bre incluir a Mulher Gato neste terceiro filme.

Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressur-ge estreará em 27 de julho.

LES MISÉRABLESAnne Hathaway tem tudo que uma mulher

queria. É bonita, talentosa, interpreta e canta bem. Acha que to exagerando? Então vá nesse endereço no YouTube e confira você mesmo. LES MISERABLES - Official Trailer (2012) [HD].

Trata-se do filme Lés Misérables, uma adaptação de um musical da Brod-way que por sua vez é baseado na obra de Victor Hugo. Anne faz a prostituta Fantine e tem a companhia do Wolverine Hugh Jackman, do gladiador Russell Crowe e ainda a Chapeuzinho Vermelho do filme A Garota da Capa Vermelha, Amanda Seinfeld,

O ESPETACULAR HOMEM ARANHAO Aranha entrou de vez pelo cano. Pelo me-

nos em uma foto divulgada pelo diretor do filme O Espetacular Homem Aranha em seu Twiter. O diretor em questão é Marc Webb. Esse cara tem a responsabilidade de não deixar o nível dos filmes da Marvel cair. Pelos menos o nível de seus heróis principais. Seu filme está entre o mega-hiper-su-per-sucesso Os Vingadores de Joss Whedon que já estreou, claro e Batman – O Cavaleiros das Trevas Ressurge, de Christopher Nolan que vai estrear no final de julho. Tá fácil pra ele?

Ah, a foto. Você quer ver a foto. Olha o Aranha saindo do ralo aí:

G.I. JOE 2: A RETALIAÇÃOA Paramount adiou em nove meses o

lançamento de G.I. Joe 2: A Retalia-ção e disse que era para converter a superprodução para o formato 3D. Mas, segundo um site americano especializado, esta foi apenas uma desculpa dos executivos do estúdio para esconder a ver-dadeira razão por trás do adiamento: amplas refilmagens que irão alterar radicalmente o destino de um personagem.

O ator Channing Tatum, astro do original tinha curtas participações devi-do ao fato de seu personagem Duke morrer logo no começo do filme. Mas, parece que, a Paramount, diante da possível reação negativa dos espectadores, resolveu voltar atrás e ressuscitar o herói. E, claro que isso afetará muito o filme, que pre-cisará trazer de volta um personagem antes ausente dos dois últimos atos. Isto explica a necessidade de quase um ano adicional para o lançamento.

Imagine agora como ficará o filme com tantas mudanças no texto origi-nal.

HOMEM DE FERRO 3O vilão o Patriota de Ferro foi fotografado

esta semana no set de filma-gens de Homem de Ferro 3, segundo o site Cinema em Cena, de onde tiro esta notícia na íntegra:

Nos quadrinhos ele é o líder dos Dark Avengers, versão sombria dos Vingadores, e foi introduzido ao público em 2009. Erroneamente anunciado como herói americano, seu alter-ego, Norman Osborn, (Norman Osborn é também o alter ego do vilão Duende Verde do universo do Homem Aranha) passou a ser responsável por comandar uma força tarefa de super-heróis, sancionada pelo governo americano. Tendo acesso à tecnologia das Indústrias Stark, Osborn projetou uma armadura similar à do Homem de Ferro para representar o até então falecido Capitão América, mas o poder lhe sobe à cabeça. Como o Patriota de Ferro também faz parte do universo do Homem-Aranha, e os direitos da franquia pertencem à Sony Pictures, ele será “remodela-do” para aparecer em Homem de Ferro 3. Mas a Marvel resolveu isso logo e o personagem já foi visto no set do blockbuster. O site The Superficial teve acesso às primeiras imagens e informou ainda que o ator James Badge Dale, que interpretará Eric Savin no longa, é quem está por trás da armadura.

Assim, chega-se à conclusão que o cibor-gue Coldblood (alter-ego de E-ric) é na verdade a versão repaginada do anti-herói patriota. Sai-ba mais informações sobre o personagem aqui. Manobra similar deve ser utilizada com Man-darim, icônico vilão dos quadrinhos que deve ser interpretado por Ben Kingsley e sofrerá reformulação para não ofender os orientais (ele é conhecido por repudiar a cultura deles).

Veja a foto de Coldblood, também conhe-cido por Patriota de Ferro, no set de Homem de Ferro 3 e uma imagem das estórias em quadrinhos:

Por enquanto é só, pessoal. Semana que vem tem mais.

[email protected]íticas? Elogios? Sugestões?

O canceriano inicia a semana com um trânsito da Lua em Virgem e pre-cisará concentrar suas energias no ambiente

profissional. Arregace as mangas, toque os seus compromissos com vigor e determinação e poderá obter ótimos resultados de suas iniciativas.

Agora o geminiano tem oportunidade para iniciar muitas coisas novas, já que o Sol, ao ingressar em seu signo,

traz consigo a energia da renova-ção! Mercúrio, seu regente, tam-bém está alinhado com o seu sol, estimulando sua mente a produzir ideias novas e criativas.

Sua energia precisa ser canalizada na área pro-fissional, pois é neste campo que você obterá melhores resultados de

suas iniciativas. Com seus objetivos bem claros em sua mente, procure não se desviar de suas intenções, preenchendo o seu dia com ocupa-ções inúteis...

GÊMEOS

CÂNCER

ÁRIES Júpiter, o grande bené-fico, ainda transita nos últimos graus de seu signo e influencia prin-cipalmente os natos do

ultimo decanato, que podem aprovei-tar da presença desse planeta que traz muitas oportunidades de crescimen-to! Para os outros taurinos, a semana apode ser um pouco cansativa.

TOURO

O leonino precisa foca-lizar a área da comu-nicação, já que o Sol se encontra no signo de Gê-meos. Surpresas agra-

dáveis podem aparecer a qualquer momento e isso irá afastar suas in-certezas. Acredite em seu potencial, pois você tem tudo para conseguir alcançar o merecido sucesso!

LEÃO O virginiano começa a semana com o dia cheio de imprevistos e de in-cêndios para apagar! Você vai precisar de toda

a sua capacidade e de seu vigor físico para levar adiante os inúmeros com-promissos. Com tenacidade consegui-rá alcançar objetivos importantes e até mesmo conseguir promoções.

VIRGEM

O libriano pode se concentrar nos novos projetos onde o campo astral lhe será bastante favorável, ajudando-o

a construir bases solidas para um futuro promissor. Você sentirá a ne-cessidade de Plantar algo de raiz em sua vida: por que não pensar numa poupança ou investir num imóvel?

O escorpiniano preci-sará se manter firme e forte, pois terá alguma turbulência pela frente! A tensão promovida pela

quadratura entre seu regente, Plutão, e o planeta Urano, pode indicar a necessidade de uma reestruturação em seus projetos, pessoais e profis-sionais.

Neste período o sagita-riano tem dificuldade para refrear seu apetite e tem tendência a engordar ou a ter problemas com

o fígado! Por causa dos inúmeros compromissos do seu dia, você tem tendência a relaxar na sua dieta e dificuldade em manter uma atividade física regular.

LIBRA ESCORPIÃO SAGITÁRIO

O capricorniano, já na-turalmente prudente, pode aproveitar esse bom momento do seu campo astral para ini-

ciar ou reforçar uma poupança ou um investimento visando seu futuro. Mesmo se as coisas parecem andar de forma lenta, sua tenacidade o ajudará a alcançar seus objetivos.

Este é um período favo-rável ao aquariano que de maneira geral parece trilhar um caminho mais seguro desde que Netuno

deixou seu signo. Se confusão há, será na área financeira, mas você conseguirá contornar os assuntos mais difíceis com um pouco de criatividade.

Algumas situações lhe parecem muito confusas neste momento, mas a dificuldade que você en-frenta para solucioná-las

servirá para fortalecê-lo! Por essa razão, não se lamente e use toda a sua criatividade para contornar os obstáculos que a vida teima em lhe apresentar.

CAPRICÓRNIO AQUÁRIO PEIXES

Page 12: Edição 185

Brígido Ibanhes: Sua História e Literatura

Meu personagem de hoje revela uma realidade de quando se misturam raças e cultura diferentes, que no convívio da região fronteiriça, faz com que as origens se tornem indissociáveis e as raízes permaneçam sempre manifesta.

A sua história me faz lembrar minha mãe, filha de família vinda do leste da Euro-pa fugindo das guerras, se ins-talando no Paraguai na cidade de Concepcion. Os meus avós adquiriram um hotel onde mi-nha mãe nasceu e foi criada, entre os dois países.

Brígido, nascido na fron-teira do Brasil com Paraguai, em Bela Vista, às margens do Rio Apa, começou os estudos na escola San Jose, estudando o espanhol na escola e falando o Guarani na rua. Quando completou o primeiro período escolar mudou-se para a casa da tia para poder se matricular no colégio Perpétuo Socorro, do lado brasileiro.

Criou-se ouvindo as his-torias do avô e dos mais velhos sobre personagens regionais. A do capitão Silvino Jaques muito lhe chamava a atenção.

Sempre foi interessado nos estudos e principalmente na literatura (pois acreditava que se dominasse as línguas, compreenderia melhor o mun-do) logo chamou a atenção dos educadores pelo seu esforço e dedicação. Morava numa casa ao lado da comu-nidade católica - a sua mãe, Dona Affonsa, era devota e participava junto com outras mulheres das tarefas paro-quianas.

Este bom relacionamen-to com a Igreja contribuiu para proporcionar a oportunidade de se matricular no seminário assim que completasse o es-tudo. O seu pai lhe anunciou o convite do padre Raimundo com muita satisfação.

Brígido me disse que continuar estudando era o que mais desejava, mas viajar de avião e ficar três anos longe

arquivo

Culturalmente Falando Ilson Boca [email protected] a 07 de junho de 2012

12

imagem da Feira Livre

PoesiaCantinho da

Essa fotografia na parede é antigacomo antigas são lembranças boasde um tempo que passou.Ela me dói mas é uma dor amiga,ou talvez será saudade das pessoasque um instante feliz eternizou?Essa fotografia antiga na molduraonde sobram sorrisos e abraçoscomemorando um dia de alegria,deixou-se desbotar pela amarguraquando não mais se ouviram os passosde quem naquela imagem ainda sorria.Deixe ficar a foto do passadono lugar onde há muitos, muitos anos,alguns de nós ainda são lembrados,pois seu lugar na parede está marcado,por tantos sonhos, ilusões e planosque também acabaram desbotados.

RetRato na paRedeamaury Nicolini

Banca das compotas, doces, temperose mel na Feira Livre de Dourados

de casa o assustava, pois o seminário era em Ponta Gros-sa-PR. Mas ele foi.

A princípio foi muito di-fícil, sentia muita saudade da família e chorava muito, o con-solo da sua tristeza vinha dos primos Vitor Freitas “Kili`in” e Marcelino de quem era amigo desde pequeno e que já esta-vam no seminário. Conta que quando estava só, recordava as histórias de criança e a saudade aumentava.

Para se conformar se dedicava a leitura e como se-minarista estudava espanhol, latim, inglês, francês, e o alemão. Para os bons alunos como ele era permitido passar algum tempo na biblioteca lendo os clássicos da literatura nacional e mundial, ouvindo musicas clássicas e isso lhe fazia esquecer por algum tempo a saudade de casa.

Logo começou a colocar no papel o que via e sentia. As suas escritas começaram com sonetos e foi assim no segundo ano em um concur-so literário promovido pela direção do seminário no qual

se revelou se classificando em primeiro lugar, com o soneto “Noite Cigana”. O prêmio conquistado passou a ser o grande incentivo para conti-nuar se dedicando a escrita. Ganhou também e guarda consigo até hoje a famosa caneta tinteiro Park 51, foi o seu primeiro prêmio de reconhecimento.

Brigido permaneceu no seminário até o final do curso cientifico e faltando pouco para receber a batina aban-donou esse propósito retor-nando para Bela Vista.

Nesta época com 16 anos foi morar em São Paulo na Vila Mariana ficando, por lá até vir servir o exército. Logo após retornando a São Paulo e por três anos trabalhando na rua Libero Badaró, voltan-do para casa para atender um acamamento do pai.

Permaneceu em Bela Vis-ta trabalhando na tesouraria e na sequência foi aprovado em concurso para o Banco do Brasil indo morar em Patro-cínio-MG e depois em Santa Cruz-PE.

Rio de JaneiroFoi no Nordeste que,

percebendo o envolvimento do povo com as histórias do cangaço, sentiu-se mais pró-ximo das de Silvino Jaques e a cada dia esta história ia se materializando em sua mente, e as imagens de sua infância iam se fortalecendo em sua memória.

Foi morar em Sidrolândia e se sentiu muito perto da história do Capitão Silvino, dai começou a juntar todas as informações para começar a compor o seu livro, embora o ano não era propício (o ano era 1968 ano do Ato Institu-cional nº 5, conhecido como AI- 5 que cerceava os direitos e a tudo censurava).

Realizou pesquisas, en-trevistas que iam dando forma a sua obra. Quando atingiu os números viraram 86 ele ficou pronto, para em seguida ser apreendido, e foi só em 1992 que o advogado Mauricio Rasslan consegue a liberação do livro Silvino Jaques que finalmente chegou às mãos do leitor.

Com a experiência de vida foi se envolvendo na militância política e suas obras enfocavam muito essa vivên-cia, a das histórias dos mais velhos e memórias dos tempos da infância e adolescência.

Suas obras Marti, Sem a Luz do Seu Olhar, Ética na Politica, Entre o Sonho e a Realidade, A Morada do Arco-Íris, Cheru, O Pequeno Brasiguaio, Kyvy Mirim, Chão do Apá, Contos e Memórias da Fronteiras revelam a sua sinceridade com a litera-tura.

Companheiro incansável das lutas em favor das artes, muito contribuiu para a cria-ção do Conselho de Cultura e da Academia Douradense de Letras, a qual preside e que muito tem contribuído para a nossa Cultura.

Eu que há muito o tenho como companheiro nas lutas pela cultura lhe agradeço por esta conversa. ( Acesse: www-brigidoibanhesbrogspot.com)

“Eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundos, mas com tamanha intensidade que se

petrifica e nenhuma força consegue destruir” (C. Drummond de Andrade)

Para refletir

BoCa veNaNCio