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IRINNEWSBLOG.WORDPRESS.COM - EDIÇÃO 2 - SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011 - 4 PÁGINAS Delegadas britânicas oferecem apoio financeiro ao Jammu e à Caxemira diante da possibilidade de se tornarem independentes Página 3 UNSC debate possível independência de Caxemira AGNU discute metas previstas na Declaração do Milênio OMC abre discussões com o tema poluição Página 4 Ministro brasileiro deixa sala de sessão Página 4 http://irinnewsblog.wordpress.com/ França e Alemanha encabeçam discussão sobre políticas de crédito Acesse Delegação alemã afirma que privatização pode ajudar países pobres Página 2 Países levantam o debate sobre as políticas de crédito para conter a crise Página 4 Consilium discute políticas de crédito para países abalados pela crise Delegado alemão propõe uma privatização gradual Foto: Assessoria do CS/ Isabel Filgueiras http://youtube.com/tvsonu2011/

Edição 2 dawn

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IRINNEWSBLOG.WORDPRESS.COM - EDIÇÃO 2 - SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011 - 4 PÁGINAS

Delegadas britânicas oferecem apoio financeiro ao Jammu e à Caxemira diante dapossibilidade de se tornarem independentesPágina 3

UNSC debate possível independência de Caxemira

AGNU discute metas previstas na

Declaração do Milênio

OMC abre discussões com o tema poluição Página 4

Ministro brasileiro deixa sala de sessão Página 4

http://irinnewsblog.wordpress.com/

França e Alemanha encabeçam

discussão sobre políticas de crédito Acesse

Delegação alemã afirma que privatização pode ajudar países pobresPágina 2

Países levantam o debate sobre as políticas de crédito paraconter a crise Página 4

Consilium discute políticas de crédito para países abalados pela crise

Delegado alemão propõe uma privatização gradual

Foto: Assessoria do CS/ Isabel Filgueiras

http://youtube.com/tvsonu2011/

2 DAWN SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

EDITORIAL

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (UNSC) abor-dou, em sua primeira reunião, a disputa entre o Paquistão e a Índia pelo domínio da região da Caxemira. O conflito existente entre os dois países iniciou logo após a emancipação do subcon-tinente indiano e a consequente formação dos dois Estados. Essa situação resultou em diversas lu-tas armadas como a Guerra de Kargil, em 1999, marcada como conflito nuclear.

O fato de a Caxemira possuir uma população predominante-

AGNU

Alemanha propõe políticas de privatização como solução para países em desenvolvimento e acusa países árabes de negligenciarem igualdade entre sexospor Aline MouraNova Iorque

Divergências culturais e ideoló-gicas marcaram o primeiro dia de discussão da Assembleia Geral das Nações Unidas (AGNU), realiza-da ontem. Com a participação de 24 delegações, a assembleia teve como pauta o cumprimento das metas estabelecidas na Declaração do Milênio, acordo que prevê me-lhorias em áreas como educação, saúde, direitos humanos, igual-dade de gêneros e meio ambien-te. Muitas delegações declararam não poder atingir as metas até 2015, prazo final estabelecido no acordo, por conta de crises que atingem seus países, herdadas de fatores históricos como a explo-ração econômica por parte de países europeus.

A delegação alemã, após o re-corrente pedido de outras dele-gações por ajuda internacional, declarou-se a favor de uma re-estruturação da política interna dessas nações, como primeiro passo de uma solução. “A Alema-nha prioriza o capital social por-que paga impostos, gera emprego

desenvolvidos, e acusou os países árabes, principalmente o Irã, de não respeitarem os direitos das mulheres e a igualdade entre os sexos, um dos temas principais propostos pela Declaração do Mi-lênio. “A Alemanha respeita a cul-tura árabe, mas também advoga os direitos humanos. Deve haver uma vontade política e social para que as mulheres aglutinem direi-tos humanos e igualdade entre sexos”, disse Carlos.

Em resposta, a delegação da Liga Árabe declarou ser inviável

Direito de Escolha

mente muçulmana é utilizado pelo Paquistão para justificar seu interesse na região. Por ou-tro lado, a Índia afirma que tem direito ao território pelo fato de este ter sido inicialmente governado por um líder hindu. Embora tenham sido realizadas algumas discussões na tentativa de resolver a situação, em mo-mento algum permitiram que o povo da região pudesse escolher o destino de sua terra.

A recente afirmação da dele-gada britânica durante a sessão do UNSC causou alvoroço não

EditoraAline Lima

DiagramaçãoAline Lima

RepórteresAline MouraNina RibeiroRochelle Guimarães

e renda. O Estado, da maneira como está em alguns países, está cheio de funções. Quando tem muita coisa para fazer, acaba não fazendo nada. A Alemanha pro-põe que haja uma privatização de maneira gradual para que o Estado possa investir em educação, saúde e segurança”, disse Carlos Magno Gomes Rocha, representantes da delegação alemã.

O delegado alemão disse ainda que a obrigação do cumprimen-to dos Objetivos do Milênio não pode ficar somente sobre países

só pelo fato de disponibilizar a ajuda financeira para o país, mas também por mostrar outra pos-sibilidade para o destino de Jam-mu e Caxemira: a independência. Para se chegar a um consenso, é fundamental haver debates sobre o assunto, analisando, junto aos caxemires a melhor solução, seja ela se unir ou não à Índia ou ao Paquistão, ou mesmo a indepen-dência . Um povo tem o direito de decidir sobre o destino da sua comunidade e não há razão para agir diferente no caso de Jammu e Caxemira.

Impasse cultural e ideológico marcou o primeiro dia de reunião da AGNU

uma mudança drástica na cultura de seus países membros, princi-palmente por conta do apoio que a população dá a essas práticas. “As mulheres árabes não participaram da revolução feminista ocidental e não possuem esse discernimento de revolução. Muitas defendem a pena de morte por apedrejamen-to, a submissão e o uso do véu e da burca”, explica Gabriela Cavalcan-te, membro da delegação árabe.

A delegação acusou os países ocidentais e orientais sem tradi-ção islâmica de negligenciarem seus problemas internos de gê-neros, dando visibilidade so-mente a questões intrínsecas da cultura muçulmana. “É comum no Brasil mulheres serem assas-sinadas por ciúme. No Japão, existe a política do filho único e, geralmente, existe preferência por meninos. As meninas são abandonadas ou sacrificadas. Isso também é um tipo de vio-lência que eles não colocam em evidência”, afirma Marina Lima, delegada da Liga Árabe.

EXPEDIENTE

Delegado da Alemanha propõe uma privatização gradual como solução aos países subdesenvolvidos

DAWN 3 SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

Reino Unido propõe suporte econômico à Caxemira

UNSC

Diante de um possível processo de independência de Jammu e Caxemira, a delegada britânica manifestou seu interesse em apoiar economicamente a nova nação

por Nina RibeiroNova Iorque

Nas primeiras discussões do Conselho de Segurança das Na-ções Unidas (UNSC), realizadas ontem, as delegadas do Reino Unido, Renata Baltar e Camila Silveira, colocaram seu país a disposição para ajudar a Caxe-mira em sua economia.

A independência de Jammu e Caxemira foi uma das possibilida-des consideradas pelas delegacias entre as discussões. O futuro da nação pareceu incerto a alguns, pois a área não é desenvolvida e dispõe majoritariamente de ati-vidades rurais como economia. “Será mais um país pobre no mundo”, disse Nadja Nogueira, delegada do Paquistão. Este con-texto bastou para o Reino Unido se manifestar: “Apesar de nossas diferenças culturais e religiosas, podemos dar um bom suporte aos caxemires”, disse Renata Bal-tar, delegada britânica.

A Índia reinvindica seu direi-to total sobre a região e não acre-dita que a intervenção dos bri-tânicos possa ser positiva. “Será mais uma colonização”, afirma a delegada Priscilla Saraiva. Os re-presentantes de Portugal apoia-ram a frente de proteção indiana e se referiram à proposta feita pela delegada Baltar como uma “regressão” histórica e política.

A disputa pelas terras da Ca-xemira, que há mais de 60 anos vem sendo mantida por paquis-taneses e indianos, culminou em baixas historicamente reconheci-das. Ainda no debate da SONU, a atmosfera de hostilidade per-cebida atualmente na Caxemira foram preocupações de países

como Colômbia, Portugal e Brasil. “Esta já é uma situação de guerra. Devemos fazer algo”, re-fletiu o delegado brasileiro João Lucas Carneiro.

Retirar as tropas presentes na região da Caxemira, tanto do Paquistão, como da Índia, foi considerada pelos delegados como primeira e urgente ação a ser colocada em prática para que os danos sejam minimizados.

No entanto, a Índia disse que suas tropas se retiram em metade sob a condição de que a Organização das Nações Unidas (ONU) utilize tropas dos países membros para realizar as mis-sões de paz, garantindo assim segurança aos indianos na ocor-rência de novos conflitos. A Ín-dia também se manteve contra o plebiscito, através do qual a po-pulação decidiria o futuro destas terras. A delegada indiana Pris-cilla Saraiva argumentou que os resultados recairiam a favor dos

paquistaneses, uma vez que 95% dessas pessoas são muçulmanas.

O Paquistão argumentou que as terras de maioria muçul-mana devem ser de sua posse, seguindo regra utilizada no ano de 1947, quando o subconti-nente indiano foi dividido em Índia e Paquistão. Alysson Be-zerra, delegado do país, teme que uma divisão do território em duas ou mais partes pode descaracterizar a identidade do povo caxemire.

Por fim, os representantes concluíram que a aplicação de um plebiscito entre a popu-lação da Caxemira se faz ne-cessária. “O plebiscito dará as pessoas a chance de votar pela decisão de seu futuro”, disse o delegado Maurício de Olivei-ra Neto, da Colômbia. Os as-pectos relativos ao caráter das perguntas que irão compor esta ferramenta de consulta ainda serão definidos.

O marco alemão e o franco francês foram mortos e sepulta-dos com a promessa de integra-ção e centralização européia e o sonho de bater a libra inglesa e o dólar americano, mas nem tudo são flores.

Bastou pouco mais de dez anos para os primeiros, mas gra-ves, problemas aparecerem, vide as recentes cenas de violência na Grécia para todo o mundo ver.

Em suma, a crise na Grécia é resultado de problemas fiscais, já que gastou mais dinheiro do que conseguiu arrecadar com os impostos. Assim, a relação do endividamento sobre PIB ul-trapassou significativamente o limite de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht de 1992, que criou a zona do euro.

A desconfiança de que os governos da região teriam difi-culdade para honrar as dívidas fez com que os investidores te-messem por suas ações, títulos públicos e privados europeus, eclodindo a crise.

Como sabemos a crise não é fardo apenas da Grécia, mas também de Portugal, Irlanda, Itália. E o que fazer com um País que desvirtua as regras do Trata-do que criou a Zona do Euro? Alguns mencionam a exclusão destes do bloco, será? Muito im-provável, excluindo esses países seria impossível alcançar uma das aspirações, a de criar orga-nismos de centralização para superar a libra inglesa e o dólar americano, mas convenhamos que na atual circunstância tor-na-se ainda mais penoso.

Por ora, Grécia, Irlanda e Portugal receberam pacotes de ajuda, parcialmente financiadas pelo FMI e precisam ser fiéis às medidas de austeridade adotadas. Contudo, indubitavelmente este cenário serviu para distanciar ainda mais os países mais fortes dos mais fracos. E essa tensão representa risco, com possíveis implicações regionais e globais, mas isso só o tempo dirá.

ARTIGO

por Andreza GaldinoAdvogada

Tempo rei

Delegadas chinesa e britânica debatem sobre o conflito entre Paquistão e Índia.

Foto: Assessoria do CS/ Isabel Filgueiras

4 DAWN SEXTA-FEIRA, 2 DE SETEMBRO DE 2011

Consilium levanta o debate sobre as políticas de crédito para conter a crise

por Rochelle GuimarãesBruxelas

“Não somos instituição filantrópica”, declarou a França, ontem, no primeiro dia de discussões do Conselho da União Européia (Consilium), enquanto debatia sobre os pacotes econômicos, propostos pelo Banco Central Europeu (BCE), para os países que estão em uma situação financeira deficitária.

Uma das propostas sugeridas pelo BCE consistia em conceder crédito aos países que estão em uma posição econômica extremamente frágil, a exemplo da Grécia, de Portugal e da Irlanda. A medida tem como finalidade amenizar a crise que assola a maioria dos países europeus.

França, Alemanha e outros países que forneceram crédito àqueles mais prejudicados pela crise exigem garantias de que essa ajuda financeira será ressarcida. Alemanha questionou se os países que solicitaram empréstimos estão realmente aplicando medidas, como corte de gastos, para manter a economia estável. O ministro alemão, Lauro Campos, defendeu que os pacotes econômicos devem ser bem utilizados.

A ministra francesa, Juliana Cavalcante, afirmou que seu país encontra-se prejudicado financeiramente, pois precisa

retirar recursos de suas próprias reservas para prestar assistência econômica àqueles mais prejudicados como a Grécia.

Os países encabeçados pela França e pela Alemanha exigem esclarecimentos sobre a real situação financeira daqueles que receberam auxílio. Grécia e Espanha, países em grave crise, concordam que as garantias devam ser dadas e que precisam ser adotadas medidas para manter a economia sólida.

A Grécia foi acusada, por alguns integrantes do bloco, de sonegar informações fiscais, a fim de esconder a sua real situação financeira. O ministro grego, Rahym Costa, por outro lado, afirmou que o país adota sérias medidas de austeridade e rigorosos métodos de fiscalização. Declarou que a Grécia segue normas para evitar a evasão fiscal, como o aumento da faixa etária para a concessão da aposentadoria.

Até o momento, nenhum representante se posicionou categoricamente a favor da exclusão de países da zona do euro. Porém alguns ministros reiteraram que é necessário haver medidas rígidas que evitem a evasão fiscal e que assim os recursos sejam utilizados com responsabilidade.

prejudiciais ao meio-ambiente que os problemas encontrados no seu país.

Durante a sessão, os delega-dos ainda discutiram sobre as condições de trabalho nos ca-naviais brasileiros e milharais americanos, ressaltando o des-respeito aos direitos humanos dos trabalhadores.

A delegação norte-ameri-cana propôs parceria entre os dois países para o intercâmbio de práticas e técnicas em torno da produção de biocombustí-veis. Como feito no desenvol-vimento de motores com tec-nologia flex, que funciona com álcool e gasolina.

CONSILIUM

Estados Unidos da América (EUA) e Brasil, principais in-teressados na problemática do etanol, debateram sobre as bar-reiras ambientais impostas ao produto brasileiro pelo merca-do norte-americano.

O delegado brasileiro, Hayl-ton de Souza, acusou os EUA de poluírem e desperdiçarem seus lençóis freáticos durante a produção de etanol a base de milho e beterraba.

Em resposta, Erick Esmeral-do, representante da delegação norte-americana, argumentou que as queimadas praticadas pelos cultivadores de cana-de-açúcar no Brasil são mais

OMC abre discussões com o tema poluição

por Rochelle GuimarãesGenebra

OMC

UNASUL

Os ministros brasileiros Ar-thur Carneiro e Felipe Soares relembraram a Guerra do Para-guai durante o primeiro debate da União das Nações Sul-ameri-canas (Unasul). De acordo com a assessoria de imprensa do Co-mitê, o ministro argentino Pe-dro Eufrásio avaliou como con-traditório o posicionamento do Brasil sobre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), comparado à opinião expressa em 2008.

A avaliação argentina foi concebida a partir do docu-

Ministro brasileiro deixa sala de sessão

por Nina RibeiroQuito

mento de trabalho elaborado pelo Brasil sobre o tema “De-fesa das Fronteiras da Améri-ca do Sul”. No escrito, estão presentes como estratégias o combate cooperativo ao tráfico de drogas sul-americano e o re-conhecimento das FARC como grupo terrorista. O Brasil res-pondeu a versão dos argentinos lembrando-os de sua parceria pela derrota do Paraguai. Após isso, os representantes do Para-guai rebateram a fala do Brasil, o que culminou na saída dos brasileiros da sessão.

Consilium discute políticas de crédito para países em crise

Países discutem políticas de crédito

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