16
Dia Mundia do Livro SOCIEDADE. Escola Básica 2,3 Maria Alberta Meneres, na Tapada das Mercês, assinalou o dia com várias atividades. Objetivo é aumentar número de alunos a ler. Concelho, 4 I.ª Maratona BTT Sintra DESPORTO. Tiago Silva foi o vencedor da primeira edição da prova que contou com a participação de mil pessoas, entre portugueses e estrangeiros. Desporto, 11 Polícia condenado JUSTIÇA. Tribunal de Sintra condenou polícia a dois anos de prisão, com pena suspensa, por favorecimento pessoal na forma tentada de um alegado traficante de droga. Cacém, 13 PUB PUB PUB Das urgências de Bogotá para a Tapada das Mercês No novo equipamento de saúde da Tapada das Mercês foram colocadas duas médicas con- tratadas à Colômbia em abril do ano passado. A linguagem não é um problema e alguns utentes já querem trocar de médico de família. Concelho, 5 Operação da PSP em zonas sensíveis Ação policial fez parte de uma mega-operação nacional denominada “Portugal é Segurança”, que teve como objetivo aumentar o sentimento de segurança da popu- lação. Durante 24 horas, a Divisão de Sintra esteve nas zonas problemáticas. Concelho, 4 PUB

Edição 42

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Correio de Sintra

Citation preview

Page 1: Edição 42

Dia Mundia do LivroSOCIEDADE. Escola Básica 2,3 Maria Alberta Meneres, na Tapada das Mercês, assinalou o dia com várias atividades. Objetivo é aumentar número de alunos a ler. Concelho, 4 I.ª Maratona BTT SintraDESPORTO. Tiago Silva foi o vencedor da primeira edição da prova que contou com a participação de mil pessoas, entre portugueses e estrangeiros.

Desporto, 11

Polícia condenadoJUSTIÇA. Tribunal de Sintra condenou polícia a dois anos de prisão, com pena suspensa, por favorecimento pessoal na forma tentada de um alegado traficante de droga. Cacém, 13

PUB

PUB

PUB

Das urgências de Bogotá para a Tapada das MercêsNo novo equipamento de saúde da Tapada das Mercês foram colocadas duas médicas con-

tratadas à Colômbia em abril do ano passado. A linguagem não é um problema e alguns

utentes já querem trocar de médico de família. Concelho, 5

Operação da PSP em zonas sensíveis

Ação policial fez parte de uma mega-operação nacional denominada “Portugal é

Segurança”, que teve como objetivo aumentar o sentimento de segurança da popu-

lação. Durante 24 horas, a Divisão de Sintra esteve nas zonas problemáticas.Concelho, 4

PUB

Page 2: Edição 42

2 Correio de Sintra 25 de abril de 2012 A abrir

O Eurodeputado e fundador do Bloco de Esquerda, Miguel Portas, faleceu ao final da tarde de 24 de Abril, no Hospital ZNA Middelheim, em Antuérpia, vítima

de doença prolongada. Licenciado em Economia, o irmão do atual ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, foi também jornalista e escritor. Miguel Portas fica também ligado a Sintra, onde foi deputado na Assembleia Municipal.

Salta à vista...

A velha Europa está a mudar, não só nos seus aspetos mais

imediatos como o financeiro ou o económico, mas na sua essência. Temos hoje uma Europa menos tolerante, menos democrática e menos socialmente justa. Numa reflexão atenta ao que se passa em alguns países a braços com uma profunda crise económica, verificamos que, por exemplo, em Itália, impera, hoje, um governo liderado por alguém que não foi eleito democraticamente, mas por alguém que foi indicado possivelmente como o “salvador da pátria”. E o Povo aceitou, aparentemente, de uma forma serena, tal como aceitou ao longo dos anos os inúmeros desvarios de Berlusconi, elegendo-o sucessivas vezes. Com a Grécia, berço da sabedoria, passou-se mais ou menos a mesma coisa. Portugal não chegou a este extremo mas o que assistimos agora - uma austeridade para salvar o país da banca rota à custa – com o empobrecimento de todos nós, não foge muito ao que se passa nos países citados. Este fim-de-semana teve lugar a primeira volta da eleição do novo, ou talvez não, inquilino do Eliseu. E se não nos deve preocupar quem passa à segunda volta, devemos fazer uma profunda reflexão sobre um partido, que teve ou tem a sua génese nos ideais que nos levaram ao maior flagelo da velha Europa. E ainda por cima, num pais, onde o vocativo, Liberdade, foi sempre o

seu expoente máximo. Marine le Penn atingiu uns impensáveis 19 por cento num dos países mais multiculturalista do nosso velho continente, onde no nosso presente encontramos o tão admirado “melting pot” americano. Um retorno aos ideais do nacionalismo? Ou não será mais do que uma resposta de um povo que se sente desenraizado da sua identidade ao sentir que outros, de fora, é que ditam as regras? Por último vejamos a Islândia, um pais que se fechou sobre si mesmo para sair da crise profunda onde se viu mergulhada. Grupos de populares tomaram as rédeas, demitiram governo e responsabilizam judicialmente os seus elementos e apostaram no seu próprio desenvolvimento económico. Foi o seu próprio povo que tomou as rédeas do seu destino e ao fim de 2 anos os resultados estão á vista. O sistema democrático na Europa está em declínio? Esta deverá ser a pergunta que carece de uma resposta responsável e refletida. Muito mais do que nos questionarmos se os fragantes ideais nacionalista são ou não um perigo a combater. E se não for feita já, no imediato, uma profunda reflexão, sem dúvida que a Europa, poderá, a curto prazo, enveredar por tendências perigosas, num retrocesso nunca imaginado após a Segunda Guerra Mundial.

JOAQUIM JOSÉ REIS

editorialTendências perigosas na velha Europa?

VILA ALDA

LOCALIZAÇÃOSituada na Avenida General José Morais Sarmento, na Estefânea de Sintra, próximo do Mercado Municipal e da Escola Básica 2,3 de D. Fernando II.

NOTASEsta ruína está em avançado estado de degradação. Ainda é possível ver alguns azulejos com motivos florais no rebordo do telhado e no cume deste uma esfera branca.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃOReabilitação das fachadas e da cobertura, colocação de novo gradeamento e limpeza do logradouro.

http://www.sintraemruinas.blogspot.com/

SIN

TRA

EM R

UíN

AS

Page 3: Edição 42

PUB

Page 4: Edição 42

4 Correio de Sintra 25 de abril de 2012

CRIME. Depois de colocarem os coletes anti-bala e de verificarem todo o material necessário para a mega-operação policial que decorreu em todo o território nacional, três dezenas de operacionais entraram nas viaturas, abandonaram a esquadra de Rio de Mouro e partiram em direção às localidades onde existem vários grupos de jovens associados à criminalidade.

Esta ação policial fez parte de uma mega-operação denomi-nada “Portugal é Segurança”,

que a 24 de março teve como objetivo aumentar o sentimento de segurança da população e que durou 24 horas. Os comandos distritais levaram a cabo operações de fiscalização rodoviária, controlo de espaços públicos para pre-venção do crime, rusgas policiais em áreas críticas especialmente voca-cionadas para o controlo de armas e deteção de estupefacientes.

O Correio de Sintra acompanhou a ação policial da 3.ª esquadra da Divisão de Sintra (Rio de Mouro). O relógio mar-

cava 22:30, quando os 15 agentes da esquadra de Rio de Mouro, apoiados pelo mesmo número de elementos do Corpo de Intervenção, entraram num café, na Serra das Minas. No estabe-lecimento comercial encontravam-se dezena e meia de clientes, os quais foram alvo de identificação. Alguns dos homens foram levados para o exterior do café e colocados contra a parede a fim de serem revistados pelos ele-mentos policiais. Um jovem foi condu-zido à esquadra, uma vez que, sobre si, constava “um pedido de paradeiro”.

Passados pouco mais de vinte minutos, a caravana policial deslocou-se à zona da Rinchoa. Num outro café, foram revistadas e identificadas à volta de quatro dezenas de pessoas, perante a admiração de alguns dos moradores que iam espreitando pela janela. Foi encontrado estupefaciente na posse de alguns dos “revistados”.

A “normalidade” e a “rotina” da ope-ração policial acabariam por ser alte-radas, após uma chamada sobre ale-gados desacatos entre grupos de dife-rentes etnias, na freguesia de Mira

Sintra. As viaturas arrancaram a grande velocidade e quando chegaram ao local, os agentes identificaram alguns dos ale-gados intervenientes que, segundo as autoridades “acabaram por não pro-vocar a desordem pública”.

Em ritmo bem mais calmo, os agentes deslocaram-se novamente à Rinchoa para fiscalização de mais dois estabele-cimentos noturnos, tendo aí identificado 15 pessoas. Dois cidadãos foram enca-minhados à esquadra por não apresen-tarem documentos pessoais.

O proprietário de um dos estabeleci-mentos solicitou anonimato e lamentou ao Correio de Sintra que este tipo de operações policiais acabe por “afastar” os clientes.

Cerca da 01:00, a caravana policial “visitou” o “Bairro do Pica Pau Amarelo”, na Serra das Minas, onde apreendeu uma faca de cozinha de dimensões con-sideráveis na posse de um dos vários jovens identificados.

Segundo o subcomissário Gomes Figueiredo, da Divisão de Sintra, a ope-ração no concelho envolveu cerca de 130 agentes policiais, entre efetivos das respetivas esquadras e elementos da Unidade Especial de Polícia.

Esta operação permitiu às autori-dades fazer 15 detenções e identificar cerca de três centenas de cidadãos, em pouco mais de quatro horas.

Entre as detenções, seis ocor-reram por falta de carta de condução, quatro devido à condução sob o efeito do álcool, três por posse de estupefa-cientes (20 gramas) e dois suspeitos foram detidos por imigração ilegal. No total, nos oito locais diferentes de con-trolo, foram ainda levantadas 25 contra-ordenações de diversa ordem e fiscali-zadas centenas de viaturas.

De acordo com o subcomissário Gomes Figueiredo, os números dos resultados da ação policial são “nor-mais” tendo em conta o tipo de ope-ração que tinha o objetivo de “transmitir segurança à população, principalmente nos locais de grande aglomeração de pessoas”. Joaquim Reis

Mega-operação policial na noite de Sintra

DR

Concelho

PUB

Jovem acusada de es-faquear dezassete vezes continua detidaO Tribunal de Sintra adiou para 12 de junho o julgamento da jovem acusada de esfaquear 17 vezes uma menor de 14 anos, em Algueirão-Mem Martins. Na primeira sessão do julgamento a presi-dente do coletivo de juízes alegou que só faz sentido avançar com o processo quando estiverem concluídas duas perí-cias médicas.A jovem, que se encontra em prisão preventiva desde maio do ano passado, está acusada pelo Ministério Público de um crime de homicídio qualificado na forma tentada e de um crime de ofensa à integridade física qualificada.A 27 de maio de 2011, a jovem, que à data do crime tinha 17 anos, terá es-faqueado com um x-ato uma menor de 14 anos, alegadamente depois de uma discussão sobre um telemóvel. A primeira audiência do julgamento foi adiada pelo coletivo de juízes, uma vez que a defesa requereu duas perícias, uma de person-alidade e uma médico-psiquiátrica, que ainda não foram entregues ao tribunal.Durante a sessão, a presidente do cole-tivo de juízes disse que “não faz sentido dar início” ao julgamento sem que as perícias - uma de personalidade e uma médico-psiquiátrica - se encontrem no processo.No final da sessão, o advogado de defesa da jovem, Rodrigo Mendes Martins, disse aos jornalistas que “faz todo o sentido” o adiamento do julgamento, considerando que estas provas são importantes para o processo.Um jovem de 21 anos, que na data dos factos se encontrava no local e que ten-tou separar as menores, acabando por ser esfaqueado, foi arrolado como tes-temunha e recusou-se a prestar declara-ções aos jornalistas.No entanto, a mãe do jovem Diogo Fer-nandes lamentou que o jovem vá ficar “com uma grande cicatriz no braço para a vida inteira”.

Breves

Operação visou bairros considerados problemáticos e estabelecimentos comerciais.

Page 5: Edição 42

525 de abril de 2012

PUB

SOCIEDADE. Há um ano, a médica colombiana Rosa Castaneda trocou as urgências do hospital de Bogotá pelo centro de saúde de Algueirão-Mem Martins. Hoje, a língua não é uma barreira e só o sotaque marca as diferentes nacionalidades na unidade de Saúde da Tapada das Mercês.

Neste novo equipamento do agrupamento dos centros de saúde de Algueirão-Mem

Martins e Rio de Mouro, inaugurado em fevereiro, foram colocadas duas médicas contratadas à Colômbia em abril do ano passado.

A população da Tapada já está habituada a conviver com as bar-reiras linguísticas das cerca de vinte nacionalidades diferentes que ali coabitam e não estranham o sotaque, que alguns até consideram “engraçado”, das duas médicas.

Para Rosa Castaneda, as dife-renças das práticas clínicas entre os dois países são poucas, mesmo que a troca tenha englobado deixar um serviço de urgências da capital colombiana, Bogotá, onde moram oito milhões de pessoas, por uma lista de 1500 utentes das diferentes

especialidades.“Este é um trabalho de medi-

cina familiar, onde temos muitos pacientes. Tem sido um trabalho muito bom e temos todos os recursos para trabalhar. A única diferença é a cultura, mas um paciente é um paciente”, disse.

A médica faz um balanço positivo da experiência de um ano no nosso país e conta com o apoio de muitos utentes, que confidenciaram ao Cor-reio de Sintra preferir os cuidados

desta colombiana de 31 anos.Fernando Aleixo era, até há poucos

meses, um dos 46 mil utentes do Agrupamento de Centros de Saúde de Algueirão-Mem Martins/Rio de Mouro sem médico de família. Foi-lhe atribuída a médica colombiana e agora diz que “foi uma sorte”.

“Não desfazendo os outros médicos que tive, esta é doce, é cari-nhosa e é preocupada. Tive sorte em todos os aspetos. Pela sua simpatia, profissionalismo e coração enorme“,

disse Fernando Aleixo, que enfrenta um problema oncológico.

Vanessa Pereira é utente de uma médica portuguesa, mas já foi “aten-dida por uma das colombianas”. Esta utente adiantou que gostaria de trocar de médica de família.

“As doutoras que estão cá têm outros cuidados que, se calhar, os médicos portugueses não têm con-nosco. Analisam tudo ao pormenor e são mais simpáticas. Aconteceu-me já, por diversas vezes, entrar no consultório e o médico [português] passar a receita e nem sequer olhar para mim”, disse.

De acordo com a presidente do conselho clínico do Agrupamento de Centros de Saúde de Algueirão-Mem Martins/Rio de Mouro, Teresa Costa, a experiência que contemplou a vinda de médicos colombianos para Portugal tem sido “muito positiva”.

“Esta situação veio melhorar muito a acessibilidade dos nossos utentes. O nosso agrupamento tem 123 mil inscritos, cerca de 46 mil sem médico de família, e isto veio minimizar um pouco esta situação”, disse, adiantando que os médicos se adaptaram muito bem a Portugal, onde têm mais recursos do que na Colômbia. Joaquim Reis.

Das urgências de Bogotá para a Tapada das Mercês

DR

Vanessa Pereira pretende ser utente de uma das duas médicas colombianas.

Page 6: Edição 42

6 Correio de Sintra 25 de abril de 2012 Concelho

SOCIEDADE. Ana Raquel, 14 anos, faz da leitura um hábito diário. As boas notas destacam esta aluna da EB 2,3 Maria Alberta Meneres, na Tapada das Mercês, que contrasta com a maioria dos colegas, que raramente pegaram num livro.

A jovem, que a 23 de abril par-ticipou na celebração do Dia Mundial do Livro e dos Direitos

de Autor, explica que pegou “o bichinho da leitura” há muitos anos, incentivada pelos pais, e que essa influência é a res-ponsável pelas “boas notas” que um dia, espera, a façam enveredar na medi-cina. “Sei que muitos dos meus colegas nunca pegam num livro. Eu tenho o hábito de ler e ajuda porque reflete-se em muitos aspetos, como nas notas e vocabulário”, disse.

Esta escola assinalou o dia com a ini-ciativa “Sintra Para Para Ler”, com um programa que incluiu recitais de lei-tura, poemas e dança, precisamente para ajudar a derrubar a resistência

que muitos dos jovens têm à leitura. Segundo a professora de português, Ana Teresa Neto, os jovens portugueses continuam a ler pouco, uma realidade que as escolas tentam combater diaria-mente. “Os alunos trocam a leitura por tudo o que é digital e tecnológico. Eles de facto têm uma certa resistência no início mas depois alguns acabam por

se tornar em bons leitores. Se num uni-verso de 300 alunos por ano, 3 ou 4 se tornarem bons leitores parece-me um bom princípio”, disse.

Também Ana Raquel, de 15 anos, fez da leitura um hábito diferente dos da maioria dos colegas. Prefere autores clássicos como o inglês Shakespeare ou russo Stanislavski, para mais tarde

seguir uma carreira no teatro. “Acho que toda a gente devia ler

porque maneiras de ler acabam por ser maneiras de ser. E é muito importante para o nosso dia-a-dia, no contacto com as pessoas”, disse a jovem.

Para assinalar o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, uma turma do sétimo ano inaugurou na biblioteca escolar uma feira de livros solidária, para a qual angariou 1015 livros que serão vendidos a um euro.

Segundo a diretora do Agrupamento de escolas, Elizabete Moreira, a verba que resultar dessa venda reverterá para os alunos mais carenciados do esta-belecimento escolar, que representam um terço do total de 800 alunos desta escola. A responsável adiantou que as iniciativas que decorreram na escola pretendem demonstrar que o “livro não pode de maneira nenhuma ser substi-tuído pelas novas tecnologias”, apesar do “apelo tão forte” que estas têm junto dos jovens. JR

Escola assinala Dia Mundial do Livro

JR

Alunos dançaram, cantaram e recitaram excertos de livros para assinalar a data.

Petição contra reforma administrativaSOCIEDADE. Um grupo de cidadãos de Sintra lançou a “Plataforma Freguesias SIMtra”, que vai recolher assinaturas para exigir a suspensão da reforma da administração local que determina a extinção de freguesias.

Esta plataforma de cidadãos, constituída com o objetivo de defender o atual modelo de

organização territorial de Sintra, é com-posta na sua maioria por represen-tantes da CDU e do PS na Assembleia Municipal de Sintra e nas várias assem-bleias de freguesias locais. Numa pri-meira fase a recolha de assinaturas será feita junto dos autarcas mas, ainda em abril, a plataforma vai proceder a essa recolha junto da população, para em maio entregar na Assembleia da Repú-blica. Os membros da plataforma consi-deram que a aplicação dos critérios da reforma, que impõem uma redução de

55 por cento das freguesias urbanas do concelho e 35 por cento das rurais, vai potenciar a falta de proximidade entre os cidadãos e os eleitos locais.

A plataforma defende ainda que, ao reduzir de vinte para onze ou doze as freguesias do concelho, algumas das futuras juntas de freguesia ficarão com mais de cinquenta mil moradores, enquanto outras terão territórios dema-siado extensos. “Aplicando esta lei vamos criar em Sintra alguns mons-tros em termos geográficos. É absurdo o que está proposto. Há um conjunto de contradições que não se compadecem com a aplicação da reforma”, disse António Luís Lopes, representante do PS na Assembleia Municipal de Sintra, e membro fundador da plataforma, durante a apresentação. O vereador da CDU na câmara de Sintra, Pedro Ven-tura, considerou que a nova reforma “é um erro”, justificando que se o principal

objetivo do Governo passa pela redução de custos com estas entidades, então não se justifica. “As freguesias repre-sentam 0,098 por cento do Orçamento do Estado. E esta lei em Sintra é invi-ável dada a atual dimensão das fre-guesias, que já são muito grandes e

com muita população”, disse. Os repre-sentantes da plataforma temem ainda que a reforma da administração local provoque o encerramento de serviços públicos como esquadras e centros de saúde e o despedimento de funcioná-rios das atuais juntas de freguesia.

PUB

Plataforma já recolheu três mil assinaturas contra extinção das freguesias.

JR

Page 7: Edição 42

725 de abril de 2012 Correio de SintraPUB

Page 8: Edição 42

8 Correio de Sintra 25 de abril de 2012

Page 9: Edição 42

925 de abril de 2012 Correio de SintraPUB

Page 10: Edição 42

10 Correio de Sintra 25 de abril de 2012PUB

Page 11: Edição 42

1125 de abril de 2012 Correio de Sintra

BTT. Tiago Silva foi o vencedor da primeira edição da prova, embora Marco Almeida (Perna Longa) tenha sido o primeiro atleta a percorrer os 75 quilómetros da maratona, em 3 horas, 41 minutos e 11 segundos.

A Apesar da pouca experiência na modalidade, o atleta decidiu participar numa das mais difí-

ceis provas em BTT do concelho para fomentar a prática do desporto, “inde-pendentemente da idade ou do peso”. “Perdi 15 quilos em poucos meses mas vim para mostrar o exemplo. É possível para qualquer pessoa praticar des-porto”, disse Marco Almeida ao Correio de Sintra. Depois de percorrer locais como a Tapada de Monserrate, a mata envolvente ao Convento dos Capu-chos, a Aldeia do Penedo, o Alto do Monge, a Pedra Amarela, o Vale da Mula e a Quinta do Pisão, o ciclista chegou à praça Dom Fernando II, em Sintra, pouco antes das 12:00. Foram no total 75 quilómetros de maratona e muitas subidas inclinadas. “É uma prova muito difícil e é neces-sário conhecer muitas técnicas especí-ficas para não se encontrar tantas difi-culdades. Por exemplo, pouco antes da chegada, temos uma subida com cerca de um quilómetro e 23 por cento de inclinação”, sublinhou o ciclista. Apesar de ter sido o primeiro a pisar a linha de

chegada, Marco Almeida não foi, no entanto, o ciclista mais rápido. Para o atleta, a classificação “não tem grande importância”, por ter encarado a prova como “um treino de grande qualidade”.

“Só tenho cinco meses de experi-ência em BTT, por isso, ter sido o pri-meiro a chegar deixa-me satisfeito e fico orgulhoso com o quarto lugar da classificação. Agora é continuar a praticar, trabalhar e obter bons resul-tados”, disse.

Com 3 horas, 32 minutos e 11 segundos, Tiago Silva arrecadou a medalha de ouro da maratona de 75 quilómetros, embora tenha sentido muitas dificuldades ao longo do tra-

jeto. “Foi muito difícil passar os dez primeiros quilómetros porque havia muitos atletas. Mas depois desfrutei do bom percurso, das descidas rápidas e das subidas com alcatrão”, explicou o ciclista. A prova que se realizou a 1 de abril contou com a participação de mil participantes, oriundos de norte a sul do país – cerca de 80 equipas eram representantes do concelho –, de países europeus e do Brasil, tendo sido necessário seis meses de organização para o planeamento e preparação da iniciativa. “Um evento desta enverga-dura exige muito tempo. É preciso gerir um conjunto vasto de áreas para que tudo corra pelo melhor no dia do evento.

Foram seis meses de intenso trabalho mas vale a pena quando vemos par-ticipantes de todas as idades a res-ponderem ao nosso desafio”, revelou o diretor da prova, Hugo Sousa. Esti-veram presentes antigos ciclistas de estrada como o Vítor Gamito e o Ricardo Martins, a campeã mundial de XCM de 2003, a polaca Magda-lena Balana e o antigo selecionador nacional de andebol, Mats Olsson. A iniciativa nasceu pelo gosto de Hugo Sousa por pedalar na Serra de Sintra e a vontade de partilhar a paixão do BTT numa competição. “Queríamos que as pessoas pudessem pedalar na serra e praticar algum desporto, desfrutando das paisagens extraor-dinárias que o local oferece. A mara-tona tem o mérito de aliar a aventura ao lazer”, sublinhou Hugo Sousa. O diretor da prova adiantou ainda que não foram registados incidentes relevantes. “Sur-giram apenas algumas quedas, nor-mais numa competição de BTT, mas tínhamos um dispositivo de prevenção e resposta integrado, no âmbito da proteção e socorro, adequado ao risco acrescido e identificado, com elevado grau de prontidão”, disse. Não que-rendo revelar o valor do orçamento, o diretor da prova apenas o considerou “elevado”. “Uma prova destas assim o exige, mas no final sentimos que valeu a pena o esforço”, sublinhou.

Alexandre Oliveira Pereira

Desporto

AOP

Portugueses e estrangeiros na I Maratona de Sintra BTT

A maior parte dos atletas percorreram 75 quilómetros durante a prova.

PUB

Page 12: Edição 42

12 Correio de Sintra 25 de abril de 2012

MODALIDADES. Pela primeira vez nos seus 70 anos de história, os sócios do Progresso Clube elegeram uma mulher como presidente da direção. Dalila Viegas tomou posse a 30 de março e aposta na continuidade do trabalho realizado pelas últimas direções.

“Aderimos a este projeto para dar seguimento ao que já existe, de forma a melhorar a

situação do clube. Queremos agarrar naquilo que está bem para conti-nuar e naquilo que está mal para melhorar”, disse Dalila Viegas ao Correio de Sintra.

A presidente do clube de Algueirão adiantou que a antiga direção, lide-rada por João Paulo Teixeira nos últimos 15 anos, deixou algumas áreas para desenvolver.

“Temos pernas para andar, uma vez que o clube possui boas refe-rências, uma boa imagem e muitas pessoas com vontade de trabalhar”, sublinhou Dalila Viegas, adiantando que o projeto da atual direção passa pelo desenvolvimento de algumas áreas. “O clube está em cresci-mento, como na cultura, na dança, no número de praticantes, nas artes marciais e na própria divulgação. Há coisas que estamos a manter como

as instalações e o material e outras que temos que melhorar como a parte financeira”, explicou a presi-dente.

Fomentando “o espírito de con-vívio”, Dalila Viegas objetiva realizar aulas para pessoas da terceira idade e crianças, e aulas de formação para professores e funcionários do clube.

“Temos todo o material sinalé-tico necessário para qualquer emer-gência, mas possuirmos profes-sores formados é claramente uma mais-valia para o clube. Já ocorreu

a primeira formação sobre primeiros socorros, e já estão planeados os próximos módulos sobre casos de incêndio e emergência”, disse.

A nível financeiro, Dalila Viegas admitiu que o clube está a atravessar “uma fase mais fragilizada”. “Temos cerca de 400 sócios que pagam, logo, as receitas não são muitas. Entre a gestão e os gastos necessários que as anteriores direções fizeram, tivemos que reestruturar e rever as contas, e fazer cortes. Não temos cré-ditos, mas o clube tem um gasto ele-

vado por mês e neste momento não temos nenhum dinheiro ativo, são as contas correntes e mais nada. Que-remos progredir e não criar dívidas”, sublinhou.

A direção pretende ainda retomar as equipas de competição nas diversas artes marciais existentes no clube, com maior enfâse no Muay Thai e Bujutsu.

“Queremos dar asas a que isto aconteça, não só para dar moti-vação aos atletas e aos professores como também para trazer reconhe-cimento ao Progresso e à zona de Sintra. Já tivemos campeões e que-remos voltar a ter. Estamos ainda a apostar e investir na parte da cul-tura, criando demonstrações, espe-táculos e eventos que promovam as diversas áreas existentes no clube”, sublinhou.

Dalila Viegas adiantou ainda que o Progresso irá compilar os 70 anos de história do clube, de forma a “res-peitar o passado”.

O clube de Algueirão comemorou 70 anos, a 24 de março. Os festejos contaram com atuações de algumas atividades desenvolvidas e prati-cadas pelo clube e com a distinção de atletas, praticantes, dirigentes e sócios.

Alexandre Oliveira Pereira

Desporto

AOP

Nova direção tomou posse a 30 de março e vai apostar na continuidade.

Progresso Clube: Mulher presidente pela primeira vez na história

Casa das Seleções: Federação pondera Oeiras e deixa cair Sintra

PUB

FUTEBOL. Inicialmente prevista para o concelho de Sintra, a Casa das Seleções vai ser implementada no Alto da Boa Viagem, junto ao Complexo Desportivo do Jamor, em Oeiras.

Esperada em 2006, em Almargem do Bispo, numa área com cerca de 10 hectares,

a construção da Casa das Seleções nunca foi iniciada. Passados três anos, em 2009, o presidente da junta de fre-guesia, Rui Maximiano, exigiu que os terrenos disponibilizados para a infra-estrutura fossem devolvidos, uma vez que o prazo para a conclusão da obra já tinha expirado. Para o autarca, o atraso nas obras estava relacionado com as questões de financiamento do projeto. Após fazer correr muita tinta, a Casa das Seleções volta à ordem do dia, depois do vereador do Desporto da Câmara Municipal de Oeiras, Paulo Vistas, ter declarado que a Federação Portuguesa de Futebol e a secretaria de Estado do Desporto contactaram a autarquia para implementar a infraestrutura no Alto da Boa Viagem, junto ao Estádio Nacional.

Paulo Vistas adiantou algumas ideias sobre o projeto que inclui a construção de um pavilhão multiusos, a utilizar pelo torneio de ténis Estoril Open e pelas

seleções portuguesas de futsal, dois campos de futebol e duas unidades hoteleiras. “O pavilhão multiuso deveria ter uma vocação para acolher o ténis, mas também para acolher eventos de futsal e dar resposta ao total das neces-sidades para a instalação no Jamor, definitivamente, da Casa das Seleções”, disse o vereador. Paulo Vistas acres-centou que o projeto só poderá avançar se o Estado vender ao promotor alguns metros quadrados que viabilizem a construção de uma acessibilidade rodo-viária, tal como um viaduto.

Alexandre Oliveira Pereira

Page 13: Edição 42

1325 de abril de 2012

A Mercearia Solidária, projeto da Junta de Freguesia de Agualva, tem o objetivo de su-prir as necessidades imediatas dos cidadãos carenciados, mediante a recolha de géneros alimentares, quer através de campanhas de recolha de alimentos junto das grandes su-perfícies, quer através das dádivas de pessoas singulares, coletivas, associações e comércio. Rui Castelhano, presidente da Junta, garante que o apoio das grandes superfícies alimen-tares para este projeto é essencial, devido às grandes necessidades da freguesia e ao au-mento diário de solicitações de apoio dirigidos à Junta. O autarca agradeceu ao presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara, pela cedência do espaço de armazenamento dos alimentos e por todo o apoio demonstrado a este projeto.

Breves

PUB

Tribunal condena polícia por tentativa de favorecimentoJUSTIÇA. O Tribunal de Sintra condenou um agente da PSP de Agualva-Cacém a dois anos de prisão, com pena suspensa, pelo crime de favorecimento pessoal na forma tentada de um alegado traficante de droga. A defesa do agente anunciou que vai recorrer da decisão.

O agente Vítor Capelas estava acusado de um crime de favo-recimento pessoal, de dene-

gação de justiça e de prevaricação na alegada relação de amizade com um homem que em 2010 estava a ser investigado por tráfico de droga.

Segundo a acusação do Ministério Público, em 2010 o agente teria orde-nado a suspensão de escutas tele-fónicas ao alegado traficante, assim

como, mais tarde, o teria avisado de que as autoridades policiais iriam fazer buscas à sua residência.

De acordo com o coletivo de juízes, o tribunal validou as provas recolhidas em escutas telefónicas e deu como provado que o agente Vítor Capelas terá alertado o então suspeito de que as autoridades policiais iriam fazer as buscas no âmbito de uma investigação.

Durante a leitura do acórdão, a pre-sidente do coletivo de juízes considerou que, pelo facto de não se terem con-sumado as buscas domiciliárias à resi-dência do suspeito, o arguido só pode ser condenado pela “tentativa” de favo-recimento pessoal.

“A atuação do arguido é gravemente condenável a nível de ética. Houve uma certa promiscuidade na relação com essa pessoa. Deitou tudo a perder ao

nível da sua capacidade profissional”, considerou a presidente do coletivo de juízes. No final da sessão, a advogada de defesa, Helena Santos Silva, disse aos jornalistas que vai recorrer da sen-tença, considerando que os juízes con-denaram o arguido por uma “tentativa impossível de favorecimento”.

“Foi dado como não provado que iria haver buscas domiciliárias à resi-dência daquela pessoa. O envio da mensagem [de telemóvel] não interferiu com as buscas que de facto ocorreram [mas não à residência do suspeito] e onde houve detenções e apreensão de droga”, argumentou.

Caso as instâncias judiciais supe-riores mantenham a pena do Tribunal de Sintra, o agente pode ser expulso da Polícia de Segurança Pública.

REDAÇÃO

Agualva - Cacém

DR

Tribunal de Sintra decretou pena suspensa.

Vários incêndios no mesmo localSOCIEDADE. Pela quarta vez no espaço de três semanas deflagrou um incêndio na zona limite entre as freguesia do Cacém e de Rio de Mouro. A 28 de março, dezenas de homens e de viaturas de dez corporações de bombeiros combateram as chamas num terreno junto ao Atlético Clube do Cacém.

De acordo com o adjunto de operações do comando dis-trital de Lisboa da Proteção

Civil, Francisco Miguel, o incêndio, que teve início às 15:20 daquele dia numa zona de mato e de eucaliptal, foi comba-tido por 76 homens e 23 viaturas de dez corporações de bombeiros.

O responsável adiantou que a prio-ridade dos bombeiros foi impedir o avanço das chamas para uma zona onde se encontrava uma metalurgia e várias habitações.

Francisco Miguel acrescentou que no local estiveram equipas da PSP e da Polícia Judiciária a investigar as causas do incêndio, num procedimento que

adiantou “ser normal”.No local, o comandante dos bom-

beiros de Agualva-Cacém, Luís Pimentel, disse ao Correio de Sintra que este é o quarto incêndio em três semanas naquele local.

No dia seguinte, deflagrou um novo

incêndio no mesmo local, mas com menores proporções.

Os terrenos pertencem à empresa Pimenta e Rendeiro. Em 2010, dois jovens morreram numa lagoa artificial neste local.

REDAÇÃO

Incêndio deflagrou várias vezes num terreno junto ao Atlético do Cacém.

DR

Page 14: Edição 42

14 Correio de Sintra 25 de abril de 2012

OpiniãoQueluz - Belas

PUB

SOCIEDADE. Os partidos da Assembleia de Freguesia de Queluz redigiram e aprovaram uma moção única que exige ao governo a suspensão da lei da reforma administrativa, que contempla a agregação e extinção de freguesias até 2013.

Na reunião que decorreu a 10 de abril, a Coligação Mais Sintra (PSD e CDS-PP) apre-

sentou uma moção que visava altera-ções à lei. No entanto, Silvino Rodri-gues (presidente da concelhia do CDS-PP e líder da bancada da coli-gação) acabou por retirar a proposta, uma vez que o facto da Assembleia da República votar (e aprovar) a pro-posta de lei dois dias após a reunião, impedia que o documento ali che-gasse em tempo útil. Assim, os par-tidos que constituem a coligação do Governo propuseram uma fusão com uma outra moção da CDU e do PS, que visava somente a suspensão imediata da lei da reforma administrativa.

Depois de vários minutos em dis-

cussão, PS, Coligação Mais Sintra, CDU e BE aprovaram um documento que exige a suspensão da reforma da admi-nistração local.

Segundo Silvino Rodrigues, “acon-teceu democracia” na Assembleia de Freguesia de Queluz.

“Foi possível que todos os partidos políticos, desde a extrema-esquerda até ao centro direita, desde o BE até ao CDS, reunirem-se todos em volta de uma moção que na realidade defende, quanto a nós autarcas eleitos aqui na freguesia de Queluz, os interesses dos queluzenses e dos sintrenses”, disse.

O responsável admitiu o erro de levar à discussão uma moção que na prática não teria qualquer viabilidade, uma vez que não chegaria em tempo útil ao par-lamento.

“Todos temos momentos menos felizes e falhamos. Enquanto autarca assumo que falhei, porque eu deveria saber. E deveria ter pedido a convocação desta Assembleia mais cedo. Mas não falhámos (a bancada) quando pedimos que fosse realizada esta assembleia para discutir esta matéria importantís-

sima para Queluz”, disse Silvino Rodri-gues aos jornalistas.

O responsável adiantou: “ Falhámos nos timmings. Se esta Assembleia tivesse ocorrido na semana passada, estaríamos ainda a tempo. Mas o mais importante é que estivemos aqui a dar a cara pela população e a defender os seus interesses”.

Durante a reunião, o líder da ban-cada da CDU, Amavél Tenera consi-derou que a lei da administração local deve ser abandonada, dando lugar a uma nova lei. “Temos mais moradores em Queluz do que em muitos concelhos em Portugal”, disse.

Já a vogal do PS, Paula Alves, mos-trou-se contra a proposta de lei do Governo, considerando que “se não for o poder local, a democracia carece de muita legalidade”.

A reunião contou ainda com a pre-sença de vários populares que defen-deram a necessidade de discussão deste tema, que poderá por em causa a existência de uma ou duas das juntas de freguesia da cidade de Queluz.

Redação

Queluz contra extinção de freguesias

DR

Partidos da Assembleia de Freguesia de Queluz discutiram e aprovaram moção a exigir suspensão da lei da reforma administrativa.

Assalto em MassamáUm homem encapuzado e armado com uma faca assaltou, a 16 de abril, a de-pendência bancária do Montepio Geral de Massamá.De acordo com fonte da PSP, no perío-do da manhã, o homem entrou na de-pendência bancária e terá ameaçado uma funcionária que lhe terá entregue dinheiro, numa quantia ainda por apu-rar. Após o assalto, o homem fugiu apeado. A Polícia Judiciária esteve no local e encontra-se a investigar o crime.A dependência bancária do Montepio Geral encontra-se na Avenida 25 de Abril, a menos de um quilómetro de dis-tância da residência do primeiro-minis-tro, Pedro Passos Coelho.

Detido no aeroportoA Divisão de Sintra da PSP deteve um jovem de 19 anos, pela alegada auto-ria de vários crimes de roubo com arma branca, realizados em Massamá.O suspeito foi intercetado a 17 de abril no Aeroporto de Lisboa, quando se pre-parava para embarcar num avião com destino a Angola. De acordo com a PSP, esta detenção resultou de uma investi-gação policial que durou nove meses.Depois de presente a primeiro interro-gatório judicial, o Tribunal de Instrução Criminal de Sintra decretou a prisão preventiva ao arguido, a medida de coa-ção mais gravosa prevista na lei penal nacional.

Assalto a supermercadoQuatro homens armados assaltaram um supermercado em Monte Abraão, na noite de 17 de abril. Os suspeitos fugiram na viatura do proprietário, com 1.700 euros. O assalto ocorreu pouco depois das 23:00, com o dono do esta-belecimento a ser ameaçado com uma caçadeira.

Breves

Page 15: Edição 42

1525 de abril de 2012

Se o quotidiano de Sintra é marcado pela tensão entre a serra e suas faldas e os suburbanos depósitos de gente que como tumor cercam a vila ainda incólume, nesta muito ainda há a fazer, e para tanto, aqui se deixam algumas perguntas às quais muitos sintrenses gostariam de ver serem dadas respostas, sem serem as tradicionais “está em estudo” ou “vai ser resolvido em breve”- A saber:

Por onde anda o fontanário neomanue-lino que durante anos adornou o Largo Afonso de Albuquerque e que misteriosa-mente desapareceu há cinco anos sem ter sido reposto (o original ou uma réplica) nem dada explicação para o ocorrido?

Porque é que deixou de se publicar uma revista cultural à semelhança da saudosa “Vária”, criada em 1994, e que não deixou um substituto adequado? Falta em Sintra um veículo cultural condigno com suporte em papel, não obstante o contributo hoje dado pelos blogues e (poucos) sítios na Internet a tal fim destinados.

Porque demora a aprovação do novo Plano de Sintra? Esperemos que o inquérito público que antecederá a sua aprovação seja efectivamente um momento para ver-dadeira auscultação dos seus destinatários, e não um queijo gruyére por onde possam vir a escapar intervenções dissonantes, e novos hotéis Tivoli ou Portelas.

Para quando uma homenagem no Parque da Pena a Carlos de Oliveira Carvalho, seu

administrador florestal durante mais de 30 anos? Se D. Fernando foi o criador, sem o trabalho dedicado deste homem talvez tudo se tivesse perdido poucos anos depois.

Para quando a atribuição do nome de M.S.Lourenço, escritor e filósofo nascido em Sintra e falecido em 2009, a uma rua na freguesia de S.Martinho? Ou de um prémio literário?

Para quando a abertura do Hospital da Misericórdia na Vila (se é que vai abrir)? É lamentável que demore tanto tempo a encontrar uma forma de viabilizar o uso do edifício em pleno centro histórico.

Para quando a abertura de um parque de campismo e uma pousada de juven-tude, que há anos fazem falta em Sintra?

Santa Eufémia fechou, e o parque da Praia Grande, por exemplo, está num confran-gedor estado de abandon. As entidades não servem só para proibir, devem ser também pró-activas e promover soluções.

Para quando a introdução de acessos adequados para deficientes em todos os monumentos de Sintra?

Para quando a celebração de contratos-programa para parcerias estratégicas entre as entidades públicas e as associações e agentes culturais locais? Tratar os traba-lhadores da Cultura como parceiros e não como pedintes talvez ajudasse a criar um ciclo virtuoso de sustentabilidade de muitos

grupos de teatro e dança, por exemplo, e garantisse a regularidade da produção cul-tural local.

Para quando uma digna homenagem a João Melo Alvim, hoje já um dos decanos da vida cultural local e no ano em que o Chão de Oliva assinala o 25º aniversário? O retomar dos festivais de teatro, com um prémio final a que fosse atribuído o seu nome talvez fosse a forma adequada de Sintra o recordar. Em Sintra há um antes e um depois de João Melo Alvim e do Chão de Oliva.

Para quando o tratamento museológico dos monumentos romanos no Vale de S. Martinho? Ou estará o património arqueo-lógico condenado a ser tratado como lixo, como aconteceu em Pego Longo?

Para quando a revitalização, em prol das associações locais, do Centro de Arte Moderna, agora que perdeu a coleção Berardo e pouco lá acontece para lá do World Press Cartoon?

Para quando a recuperação do edifício do Hotel Netto, verdadeira gangrena em pleno centro histórico?

Para quando um Centro de Estudos do Romantismo em Monserrate?

Para quando a criação de um fundo de apoio à cultura com uma percentagem da cobrança das coimas e taxas provindas das atividades económicas?

Para quando uma campanha agres-siva de combate aos tags que vandalizam o património público e privado e dão uma imagem de incúria e desleixo?

Para quando a criação de hortas comuni-tárias em muitos baldios, agora que se pro-pugna o regresso à terra?

E, por fim, e para já, porque não submeter os abates e podas agressivas de árvores ao parecer vinculativo dum Conselho Muni-cipal de Ambiente onde tenham assento as instituições e representantes das comuni-dades locais?

Fernando Morais Gomes Associação Alagamares

Perguntas ao Vento...

“ aqui se deixam perguntas às

quais muitos sintrenses gostariam de ver serem dadas respostas...

PUB

TribunaTribunaQueluz contra extinção de freguesias

Seguradores formamaveriguadores testas de ferro

Várias empresas de seguros nacionais for-maram, nos últimos anos, averiguadores e peritas ‘testas de ferro’ para intimidar lesados de aci-dentes portadores de seguro todos os riscos, de forma a aceitarem um acordo que lhes permitem não indemnizar totalmente os assegurados. O Cor-reio de Sintra apurou que o caso existe há cerca de um ano e que são vários os processos abertos exis-tentes no tribunal sintrense. O fenómeno estende-se pelo território nacional e já são vários os casos conhecidos. A prática traduz-se pela formação, durante duas semanas, de indivíduos sem conheci-mentos na área de seguros, de forma a prepará-los para a negociação de propostas vantajosas para as seguradoras. Os lesados sentem-se obrigados a aceitar essas moções de indemnização ime-

diata de cerca de 60 a 70 por cento do valor dos estragos. Pelas informações obtidas pelo Correio de Sintra, os assegurados aceitam as propostas devido à conjuntura económico-financeira do país que não lhes permite avançar com um processo em tribunal. Se a proposta não for aceite pelos lesados, o caminho para recuperar o valor total das indemnizações é longo e demoroso, podendo chegar a atingir anos. Apesar de receberem o orde-nado mínimo, os averiguadores espalhados pelas diversas instituições do país usufruem de comis-sões elevadas e regalias monetárias. Esta prática atinge a maioria dos moradores das 20 freguesias do concelho e permite às seguradoras aumentar as receitas, poupando vários milhares de euros no seu património.

Desafio Total/MAZDA - Época 2012Depois de no ano passado se ter

estreado no Desafio Elf/Mazda, logo com um 2.º lugar na primeira prova — terminaria a época em 11.ª posição na classificação geral —, o Team Pedro Barroco ProTT pre-para-se para uma aposta forte nesta nova temporada do Desafio Mazda, apresentando uma nova imagem, uma equipa jovem e um suporte sólido. Aos comandos de uma BT-50 2.5, Pedro Barroco apresenta-se ao Desafio Total/Mazda com o objectivo de “alcançar a vitória do campeonato” nesta competição monomarca.

Page 16: Edição 42

PUB