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Esta edição: 16 páginas, mais Revista Cidade Opinião ......................... 2 Cidade....................... 3 a 11 Polícia .......................... 12 Esporte.................... 13 e 14 Geral..........................15 e 16 Editais ......................... 16 ALFENAS, SÁBADO, 23 DE AGOSTO DE 2014 - EDIÇÃO Nº 3009 INDICE ASSUNTO PÁG. Vários candidatos co- meçaram para valer suas campanhas pelas ruas de Alfenas. Comitês estão sendo montados, bandei- ras agitadas colorem as O período de estiagem propicia condições ide- ais para a ocorrência de queimadas e incêndios florestais, sendo que o mês de agosto é chama- do de período crítico. Em Alfenas, o número de queimadas tem preo- cupado e incomodado a Estiagem aumenta o número de queimadas O fogo atinge áreas de preservação perma- nente, degradando solos e destruindo matas Venício Scatolino Campanha está nas ruas praças. Já há carros de som, santinhos e carros adesivados. Além dos candidatos com base em Alfenas, de- zenas de outros postulan- tes aos cargos em disputa aportam aqui, em busca de votos. Muitas vezes, estes candidatos de fora nem se dão ao trabalho de vir aqui. PÁG. 5 Candidato ao Senado, Anastasia foi à praça, com políticos, falar com o povo A Secretaria Munici- pal de Meio Ambiente foi denunciada pelo Codema (Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente) por ter desmatado uma Área de Preservação Permanen- te (APP) no entorno do Córrego Pedra Branca. O secretário John Strauss alega que se baseou na lei estadual nº 20.922, de 16 de outubro de 2013, que permite a execução de intervenção em Área de Preservação Permanen- te em casos de urgência. Contudo, o presidente do conselho, Bruno Soares Corrêa de Oliveira, enfati- za que para fazer este tipo de intervenção é necessá- ria a autorização do órgão ambiental. Segundo ele, Secretaria de Meio Ambiente desmata área de preservação No local onde havia arbustos e ores, atualmente se veem mato seco e entulho Venício Scatolino população. De janeiro até meados de agosto, a corporação atendeu 61 chamados entre ocorrências de in- cêndios florestais, em vegetação às margens de rodovias, lotes vagos e pastagens. CIDADE - PÁG. 5 a ação da Prefeitura pode provocar o assoreamento no leito, sendo prejudicial inclusive aos imóveis da região. Afirma também que nenhuma lei estadual pode sobressair sobre uma matéria federal, neste caso o Código Florestal, que proíbe o desmatamento em torno de uma APP em perímetro urbano num raio de 30 metros do leito em direção à margem. CIDADE - PÁG. 5 Venício Scatolino A cidade e o campo estão cheios de o- res. É a tem- porada dos ipês oridos. Em especial os amarelos, estas árvores lindas nos pre- senteiam com a visão de suas ores, que nos enchem os olhos e ilumi- nam a alma. As ores dos ipês anunciam a pri- mavera que se aproxima e nos preparam para a nova estação. Árvore-símbolo do Brasil, o ipê embeleza a cidade Venício Scatolino Anderson Moreira da Silva, 30 anos, foi preso na manhã de quarta-feira, suspeito de praticar um furto na área central de Alfe- nas. Logo após ser abordado pela PM, passou mal e foi levado para a Santa Casa e, depois de medica- do, encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Horas depois, foi en- contrado morto na cela com seu próprio cinto. Inconformados, familiares e a própria namorada do rapaz têm dúvidas sobre o que se passou naquela manhã de quarta-feira. PÁG. 12 Suspeito de furto pode ter cometido suicídio Anderson Moreira da Silva morreu na Delegacia de Alfenas Venício Scatolino Caratê é vice Atletas da Liga Alfenense de Caratê conquistaram 67 medalhas e terminaram em segundo lugar na quarta etapa do campeonato mineiro de caratê interestilos, na cidade de Varginha. PÁG. 13 Sem o poeta Drummond, que se foi há 27 anos, mas com poesia,o tradicional Caderno L passa a se chamar Revista da Cidade e traz, na sua estreia, com nova dia- gramação, várias matérias interessantes. Além de uma matéria sobre o poeta maior, tem uma reportagem sobre o belo painel do Colégio Estadual (FOTO), Agen- da Cultural, Coluna Social, programação de TV e muito mais. Venício Scatolino

EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

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*Campanha está nas ruas; *Secretaria de Meio Ambiente desmata área de preservação; *Estiagem aumenta o número de queimadas; *Suspeito de furto pode ter cometido suicídio; *Caratê é vice;

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Page 1: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

Esta edição: 16 páginas, mais Revista Cidade

Opinião. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 Cidade.......................3 a 11Polícia... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12 Esporte....................13 e 14Geral..........................15 e 16Editais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

ALFENAS, SÁBADO, 23 DE AGOSTO DE 2014 - EDIÇÃO Nº 3009

INDICEASSUNTO PÁG.

Vários candidatos co-meçaram para valer suas campanhas pelas ruas de Alfenas. Comitês estão sendo montados, bandei-ras agitadas colorem as

O período de estiagem propicia condições ide-ais para a ocorrência de queimadas e incêndios florestais, sendo que o mês de agosto é chama-do de período crítico. Em Alfenas, o número de queimadas tem preo-cupado e incomodado a

Estiagem aumenta onúmero de queimadas

O fogo atinge áreas de preservação perma-nente, degradando solos e destruindo matas

Venício Scatolino

Campanha está nas ruaspraças. Já há carros de som, santinhos e carros adesivados.

Além dos candidatos com base em Alfenas, de-zenas de outros postulan-

tes aos cargos em disputa aportam aqui, em busca de votos. Muitas vezes, estes candidatos de fora nem se dão ao trabalho de vir aqui. PÁG. 5

Candidato ao Senado, Anastasia foi à praça, com políticos, falar com o povo

A Secretaria Munici-pal de Meio Ambiente foi denunciada pelo Codema (Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente) por ter desmatado uma Área de Preservação Permanen-te (APP) no entorno do Córrego Pedra Branca. O secretário John Strauss alega que se baseou na lei estadual nº 20.922, de 16 de outubro de 2013, que permite a execução de intervenção em Área de Preservação Permanen-te em casos de urgência. Contudo, o presidente do conselho, Bruno Soares Corrêa de Oliveira, enfati-za que para fazer este tipo de intervenção é necessá-ria a autorização do órgão ambiental. Segundo ele,

Secretaria de Meio Ambiente desmata área de preservação

No local onde havia arbustos e fl ores, atualmente se veem mato seco e entulho

Venício Scatolino

população.De janeiro até meados

de agosto, a corporação atendeu 61 chamados entre ocorrências de in-cêndios florestais, em vegetação às margens de rodovias, lotes vagos e pastagens.

CIDADE - PÁG. 5

a ação da Prefeitura pode provocar o assoreamento no leito, sendo prejudicial inclusive aos imóveis da região. Afirma também

que nenhuma lei estadual pode sobressair sobre uma matéria federal, neste caso o Código Florestal, que proíbe o desmatamento

em torno de uma APP em perímetro urbano num raio de 30 metros do leito em direção à margem.

CIDADE - PÁG. 5

Venício Scatolino

A cidade e o

campo estão

cheios de fl o-

res. É a tem-

porada dos

ipês fl oridos.

Em especial

os amarelos,

estas árvores

lindas nos pre-

senteiam com

a visão de suas

fl ores, que nos

enchem os

olhos e ilumi-

nam a alma. As

fl ores dos ipês

anunciam a pri-

mavera que se

aproxima e nos

preparam para

a nova estação.

Árvore-símbolo

do Brasil, o

ipê embeleza a

cidade

Venício Scatolino

Anderson Moreira da Silva, 30 anos, foi preso na manhã de quarta-feira, suspeito de praticar um furto na área central de Alfe-nas. Logo após ser abordado pela PM, passou mal e foi levado para a Santa Casa e, depois de medica-do, encaminhado à Delegacia de Polícia Civil. Horas depois, foi en-contrado morto na cela com seu próprio cinto. Inconformados, familiares e a própria namorada do rapaz têm dúvidas sobre o que se passou naquela manhã de

quarta-feira. PÁG. 12

Suspeito de furto pode ter cometido suicídio

Anderson Moreira da Silva morreu na Delegacia de Alfenas

Venício Scatolino

Caratê é viceAtletas da Liga Alfenense

de Caratê conquistaram 67

medalhas e terminaram em

segundo lugar na quarta etapa

do campeonato mineiro de

caratê interestilos, na cidade

de Varginha. PÁG. 13

Sem o poeta Drummond, que se foi há 27 anos, mas com poesia,o tradicional Caderno L passa a se chamar Revista da Cidade e traz, na sua estreia, com nova dia-gramação, várias matérias interessantes. Além de uma matéria sobre o poeta maior, tem uma reportagem sobre o belo painel do Colégio Estadual (FOTO), Agen-da Cultural, Coluna Social, programação de TV e muito mais.

Venício Scatolino

Page 2: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

Editorial

RONALDO SABÓIA, Compositor intér-prete e instrumentista - Alfenas – MG

E-mail: [email protected]

PADRE HOMERO HÉLIO DE OLIVEIRA, vigário paroquial na paróquia de Nossa Senhora Aparecida

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 20142

As campanhas políticas deste ano já estão nas ruas e parecem estar bem menos agressivas em termos de propagandas visuais e materiais do que em anos anteriores. Parece que os candidatos estão com um pé atrás em relação aos eleitores que já demonstraram que não estão nada satisfeitos com a atuação da classe no cenário político, em todas as verten-tes. O povo cansou de presenciar as baboseiras que os nobres candidatos divulgam em seus encartes e mate-riais de propaganda, com propostas impossíveis de serem realizadas. Isso é bom; essa tomada de consciência por parte dos candidatos nos alivia da poluição visual que entope as ruas, estradas e avenidas com painéis e papeladas de propaganda, numa ati-tude errônea. Atitude essa que, agora, eles perceberam não demonstrar competência e sim, pelo contrário: demonstra ostentação de riqueza, farra e desperdício com o erário e com o dinheiro do povo. Falo dinhei-ro do povo sim, pois esses gastos de campanha, muitas vezes, não batem com o que o candidato - caso eleito - vai receber durante todo mandato. E isso quer dizer que o candidato que gasta muito vai querer se ressarcir dos gastos de campanha, caso seja eleito.

Os candidatos precisavam en-tender que o povo não é bobo; hoje,

Nessa eleição, dê seu voto consciente!o eleitor está sim analisando o seu candidato. E o eleitor está certíssimo e deve seguir mesmo a linha de pen-samento e raciocínio de que candida-to que gasta muito é candidato sem compromisso com o povo. Candidato que gasta fortuna nas campanhas, comprando votos, pagando cabos eleitorais caríssimos, é candidato que vai dar as costas caso ganhe, porque aquele eleitor que recebeu do candi-dato, se tornou um eleitor comprado, este é um eleitor que vendeu o seu voto e não tem direito de cobrar nada de ninguém, principalmente de quem ele trabalhou, caso esse venha a ser eleito. E os candidatos forasteiros, aqueles candidatos que só aparecem na cidade somente em épocas de eleições, e o tipo claro de candidato que vai dar as costas para aquele povo o qual ele pagou para conquistar os votos. E isso é claro, pois eles estão correndo atrás de números e esses números, saíam de onde sair, eles vão buscar a qualquer preço.

Portanto, minha gente, fique atenta durante toda a campanha; não deixe se levar por falácias, não se deixe ser traído por espertalhões, porque de espertalhões eles só tem a malandragem. Não venda seu voto, dê preferência para os candidatos de sua região, porque é mais fácil você ter informações sobre ele. Verifi que,

investigue, procure saber se aquela pessoa que você escolheu realmente merece seu voto. O voto é um ins-trumento poderoso; o seu voto pode defi nir o seu futuro por pelo menos quatro anos, e quatro anos são muito tempo para você fi car chorando pelo erro cometido durante uma eleição dessa natureza.

Meus amigos e minhas amigas! Minha gente! Vote, mas nessa eleição dê seu voto consciente. Vote com a certeza do seu dever cumprido, vote certo! Um bom fi m de semana a to-dos e a todas; que Deus nos abençoe sempre!

Nota: Nessa última semana, nós moradores, amigos e companheiros todo povo que reside nas imediações do bairro Campinho e centro, nos sentimos encarecidamente a perda de um grande amigo. Faleceu o senhor Manoel Martins Barbosa. O nosso querido amigo e respeitado Mané Coelho.

Senhor Manoel, que chegou aos 100 anos e quase aos 101, pois com-pletaria em outubro o seu centésimo primeiro aniversário, deixará boas lembranças e saudades entre os seus parentes e amigos. Nós, solidários aos familiares, redemos os votos de sentimentos a todos. Que a alma do amigo, senhor Manoel Barbosa, des-canse em paz!

A incrível seleção de futebol da Alemanha promoveu uma histórica goleada na última Copa, dentro do campo como também fora. Em cam-po, foi a maior sofrida pela seleção brasileira em toda a sua trajetória. Fora de campo, deu também a maior goleada, em todas as demais sele-ções, na FIFA e também no governo do Brasil. Mesmo nas Copas anterio-res, a Federação Alemã de Futebol (DFB) promoveu ações sociais em benefício de comunidades carentes nos locais onde se hospedou.

Aqui no Brasil, a delegação e jogadores alemães visitaram uma aldeia Pataxó, em Santa Cruz de Cabrália, fazendo na oportunidade uma oferta de dez mil euros. Tam-bém visitaram uma escola municipal local, onde brincaram e interagiram com as crianças. Anteriormente, a

A maior goleada na história da CopaDFB já tinha auxiliado financeira-mente a escola, por meio de um pro-jeto chamado “Sonhos de Criança”. Não se contentando com o apoio já proporcionado, a delegação ainda anunciou novos investimentos no local, como, compra de mobiliário e reforma do único estádio do local, até mesmo em padrão “Copa”, o mesmo que a seleção germânica uti-lizara para o seu treinamento. Tudo em uma atitude puramente social e em retribuição e agradecimento também pela hospitalidade.

Mesmo infligindo o inusitado vexame à nossa seleção, a delegação toda deu prova de muita grandeza e espírito esportivo. Vejam o que afirmou um dos principais astros da seleção germânica: “Respeite a amarelinha com sua história e tradição. O mundo do futebol deve

muito ao futebol brasileiro, que é e sempre será o país do futebol. A vitória é conse-quência do traba-lho, viemos determinados, todos nós crescemos vendo o Brasil jogar, nossos heróis que nos inspiraram são todos daqui. Brigas nas ruas, confusões, protestos não irão resol-ver ou mudar nada, quando a Copa acabar e nós formos embora, tudo voltará ao normal, en-tão muita paz e amor para esse povo maravilhoso, um povo trabalhador e honesto, um país que eu aprendi a amar”. (Podol-ski - jogador).

Satisfeita e muito agradecida, depois de muita interação com os moradores do local, a delegação despediu-se com festa. Podemos dizer dos alemães: Seleção-Padrão de Susten-tabilidade da Copa do Mundo de 2014.

A ocorrência frequente de queimadas por todo o município, notadamente neste seco mês de agosto, está colocando o meio ambiente em risco. E se o meio ambiente está em perigo, toda a vida também está. Seres humanos, animais, plantas, todos perdem quando há desequilíbrio, poluição e falta de cuidado.

Vira e mexe a cidade fica coberta de fuli-gem, resultado de várias queimadas. Falta fiscalização, punição a infratores e cons-cientização da população. É incrível que em pleno século 21 ainda há quem defenda o uso do fogo para limpar áreas.

A questão se agrava com o tempo seco e também com o fato de o Corpo de Bombei-ros não poder atender a todas as ocorrên-cias. Por causa disso, muita vegetação arde por horas, até que o fogo se apague sozinho por não ter mais o que queimar.

As queimadas, todos sabem, podem cau-sar problemas respiratórios, empobrecem o solo, contaminam a água e fazem muitos organismos vivos imprescindíveis para o equilíbrio ambiental desaparecerem.

Ações conjuntas de prevenção, educação ambiental e combate são a melhor solu-ção para evitar que as queimadas causam tantos prejuízos. Para tal, é preciso que haja união de poderes, população e forças fiscalizadoras.

Mas não é apenas com queimadas que o meio ambiente vem sendo repetidamente desrespeitado em Alfenas. A vegetação às margens de córregos também são retiradas na maior sem-cerimônia, sem um estudo de impacto e sem se pensar em outras so-luções.

Em vez de desmatar uma margem a pre-texto de evitar que ali se escondam mal-feitores, seria muito melhor que houvesse mais patrulhamento nas ruas, de forma a deixar a população mais segura.

As plantas que ficam às margens de cur-sos d´água estão ali por um propósito, que é proteger estas fontes. A natureza, deixada quieta e em paz, forma a perfeita combi-nação de todos os seres viventes. O que atrapalha é a ação sem critério do homem.

Ele agride o meio ambiente indiscrimi-nada-mente, esquecendo-se que o maior agredido é ele mesmo. Se cada um prote-ger seu próprio entorno, a vida floresce e frutifica.

Meio ambienteem perigo

Um jornal de Alfenas para os alfenenses

Leia, anuncie e assineTel: 35 3299-3890

Page 3: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

3Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014

Majô de Souza

Da Redação

O I n c r a / M G ( I n s t i - tuto Nacional de Co-

lonização e Reforma Agrá-ria de Minas Gerais) está convocando interessados em serem assentados em Campo do Meio. O assen-tamento Nova Conquista II foi criado em março deste ano em terras da fazenda Ariadnópolis, hoje Cápia (Companhia Agropecuária Irmãos Aze-vedo).

O interessados deve ir à sede do Sindicato dos Agropecuaristas em Regi-me de Economia Familiar de Campo do Meio, que fica na rua Armando de Paula Meimberg, 517, nos dias 27 e 28 de agosto, de 8 às 12 e de 14 às 18 horas. A área tem 300 hectares e foi doada ao Incra pela Secretaria de Patrimônio da União em setembro de 2011. O lote foi para a União após ação de exe-cução fiscal por dívidas do antigo proprietário. No local, famílias que ocupam a área já plantam várias culturas .

DocumentaçãoQuem quiser se can-

didatar ao assentamento deve apresentar docu-mento de identidade, CPF, carteira de trabalho ou outro documento compro-batório da qualidade de trabalhador rural; Cadas-tro Nacional de Informa-ções Sociais (pode ser ob-tido em qualquer agência do INSS), folha resumo do CadÚnico (pode ser obtido na prefeitura) e atestado de antecedentes criminais (pode ser obtido

Em Campo do Meio

Incra cadastra interessados em assentamento

Em 2009, grupo sem terra foi retirado de área pela polícia

Crianças tentaram sensibilizar policiais com cartazes e fl ores

na delegacia civil); cópia da comprovação de estado civil e cópia de documento dos integrantes da família (certidão de nascimento e/ou documento de iden-tidade).

Quem não puder com-parecer na data e local aci-ma, pode fazer a inscrição na superintendência do Incra em Belo Horizonte, na avenida Afonso Pena, 3.500, bairro Cruzeiro, até o dia 4 de setembro.

História antigaA ocupação da área da

usina Ariadnópolis pelo MST (Movimento dos Sem Terra) conta uma história de aproximadamente 18 anos. Nas proximidades já existe um assentamento, chamado Primeiro do Sul, instalado e já legalizado na fazenda Jatobá. De-pois disso, foram criados nas adjacências vários acampamentos, que fo-ram desocupados pela Polícia por ordem judicial periodicamente. A última

aconteceu em 2009, mas os sem-terra voltaram.

Em 2003, terminou sem acordo a audiência de Justificação de Posse, en-volvendo um acampamen-to Sem-Terra e a Usina Ariadnópolis, realizada no fórum de Campos Gerais. A proposta dos acampa-dos era pela suspensão da Ação de Reintegração de Posse que a usina movia, até que fossem acertadas várias outras questões.

A usina alegava que ti-nha plantações de milho e cana-de-açúcar e que por isso não era improdutiva. Além disso, informou que os ocupantes da terra não cumpriram uma ordem de desocupação emitida em 2000 pela Justiça. E ainda, explicou que as ter-ras estariam penhoradas pela Justiça do Trabalho em favor de quase mil ex--funcionários. A falta de acordo fez com que o juiz de Campos Gerais reme-tesse o processo a Belo Horizonte, para a Vara de

Fotos: Arquivo

Em 2003, mais uma reunião entre sem terrae empresários terminou sem acordo

Conflitos Agrários.Em outubro de 2005,

a Justiça determinou a desocupação das terras e a reintegração de posse aos proprietários da usina. Na antiga Ariadinópolis exis-tiam nove assentamentos, sendo que dois estavam com medida liminar de desocupação: o acampa-mento Tiradentes, que foi ocupado em 2001, e o Irmã Doroty, que foi ocu-pado em 1º de outubro de 2005. Em maio de 2009, um grupo de 98 famílias foi despejado pela Polícia Militar de quatro acampa-mentos Sem-Terra, com os nomes de Sidney Dias, Irmã Doroty, Tiradentes e Rosa de Luxemburgo.

Na ocasião, a Comissão Pastoral da Terra infor-mou que a PM utilizou 210 soldados armados com re-vólveres, metralhadoras, helicóptero, cachorros, cavalaria, três UTIs mó-veis, carro do Corpo de Bombeiros, atirador de elite, além de policiais de

Operações Especiais da Tropa de Choque. Ainda segundo a comissão, a polícia destruiu as planta-ções com máquinas e fogo. Apenas o acampamen-to Tiradentes iria colher 1.800 sacas de feijão. Du-rante a operação, crianças sem-terra tentaram ofere-cer flores aos policiais.

Em novembro de 2011, aproximadamente 600 trabalhadores Sem-Terra fizeram uma ocupação simbólica da sede da Cá-pia em Campo do Meio. Foi um ato político desti-nado a chamar a atenção das autoridades para que faça a desapropriação da

área e a destine à reforma agrária.

Em 2012, o Incra rece-

beu a área da Superinten-

dência do Patrimônio da

União em Minas Gerais.

Aproximadamente 180

famílias vivem no local.

Elas plantam principal-

mente milho, arroz, feijão,

banana e hortaliças.

A área total da antiga

Ariadnópolis é de 3.880

hectares. Vários grupos li-

gados ao MST e à Fetaemg

(Federação dos Trabalha-

dores na Agricultura do

Estado de Minas Gerais)

querem a destinação total

da área à reforma agrária.

Page 4: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

4 Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014

Cláudia Cabral

Reportagem local

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente

desmatou recentemente uma Área de Preserva-ção Permanente (APP) no entorno do Córrego Pedra Branca, que pode resultar em inúmeros pro-blemas e prejuízos para o meio ambiente, e em processos civil e crimi-nal para os responsáveis pela intervenção. O trecho desmatado, coberto com intensa vegetação com árvores, arbustos e fo-lhagens, fica na Rua José Constâncio da Sil-veira, divisa com o bairro Jar-dim Aeroporto. Conforme o presidente do Codema (Conselho Municipal de Defesa e Conservação do Meio Ambiente), Bruno Soares Corrêa de Olivei-ra, para fazer este tipo de intervenção é imprescin-dível autorização do órgão ambiental. Segundo ele, a ação da Prefeitura pode provocar o assoreamento no leito, sendo prejudicial inclusive aos imóveis da região. Caso parecido é o que ocorreu no bairro Jar-dim Boa Esperança que também teve o córrego assoreado e desmatado e como consequência várias casas se racharam e caí-ram com o deslizamento do barranco por causa da falta de vegetação.

A ação feita pela Se-cretaria de Meio Ambien-te, esclarece Bruno de

Secretaria do Meio ambiente desmata área de preservação no Pedra Branca

Oliveira, fere ao Código Florestal que proíbe o desmatamento em torno de uma APP em períme-tro urbano num raio de 30 metros do leito em direção à margem. Oli-veira ressalta que não foi feito nenhum pedido ao Codema para retirar a vegetação daquele trecho e ele, presidente da enti-dade, só ficou sabendo da intervenção porque estava passando pelo local quan-do viu funcionários da Al-fenas Ambiental, empresa contratada pela Prefeitura para a limpeza urbana, cortando a vegetação.

O secretário de meio ambiente, John Strauss, alega que a limpeza foi necessária devido a várias reclamações da direção da Escola Pontual, localizada ao lado da área e tam-bém de moradores, sobre a “presença de animais peçonhentos e focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti”, assaltos,

Escola Pontual utiliza área de preservação permanente sem autorizaçãoÁrea de preservação permanente protegida por lei federalfoi desmatada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente

Onde havia verdes arbustos e fl ores amarelas hoje virou local de lixo e entulho

usuários de drogas e que ainda um homem nu, cor-reu atrás das crianças da escola, segundo informou a Secretária Municipal de Educação, Kátia Goyatá.

Strauss afirma que se baseou no artigo 12 da lei estadual nº 20.922 de 16 de outubro de 2013 que dispensa a autorização do órgão competente para a execução de intervenção em Área de Preservação Permanente em casos de urgência. Acrescenta ainda que somente espécimes com porte arbustivo e her-báceos de fácil regenera-ção, como leucenas, aça--peixe e barbatimão foram suprimidas.

O presidente do Code-ma explica que é um erro acreditar que a vegetação alta em torno dos córre-gos ajuda na proliferação de animais peçonhentos e estes possam vir a sair daquele local em direção às casas. “Muito pelo contrá-rio, existe ali um ambiente

equilibrado e alimento para eles. O problema é quando o homem interfere neste ambiente e provoca a saída desses animais à procura de alimento”. Quanto à legislação utilizada para justifi car a ação da Prefei-tura, o presidente ressalta que nunca uma lei estadu-

al pode prevalecer sobre uma matéria discutida em âmbito federal. O Codena acionou a Polícia Militar do Meio Ambiente que lavrou um boletim de ocorrência que deverá ser encaminha-do ao Ministério Público do Meio Ambiente.

Denúncias sobre quem

Fotos: Venício Scatolino

degradar o meio ambiente podem ser feitas ao Co-dema, localizado na Rua Juscelino Barbosa, 1.091, sala 2, ao lado do Banco Bradesco, ou pelo telefone 3698-1394. As reuniões do órgão são realizadas todas as últimas terças-feiras de cada mês.

Contrastes: de um lado, belas paisagem na beira do lago; porém, em outra foto, após desma-tamento feito, um aspecto desagradável, sem fl ores e um atentado ao meio ambiente

Paulo Henrique Corsini

ELEIÇÃO 2014 POMPILIO DE LOURDES CANAVEZ DEPUTADO ESTADUAL Coligação Minas para Todos PT-PMDB-PRB-PROS CNPJ 20.576.424/0001-06 - Valor: R$ 540,00

Venício Scatolino

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5Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014

Da Redação

O presidente do Atléti- co, Alexandre Kalil,

desistiu de concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados. Em coletiva na tarde de quinta-feira, dia 21, o dirigente disse que a decisão foi tomada após o tema ser discutido com a família. Ele negou que tenha abdicado de concor-rer para evitar puxar votos para Marina Silva, que as-sumiu o lugar de Eduardo Campos na chapa, após a morte do socialista em um acidente de avião na sema-na passada. “Não teve nada com Marina [Silva], Aécio [Neves], nada. O único que liguei para dar satisfação

Kalil desiste de candidatura

foi o professor Anastasia. Ninguém manda em mim. Coisa que reuni com meus filhos. Não tem a menor

Majô de Souza

Reportagem local

Aos poucos, Alfenas vai sendo envolvida na

campanha eleitoral. Ban-deiras coloridas e carros de som com jingles de candi-datos circulam pelas ruas. Fachadas recebem placas anunciando apoios e os primeiros comitês estão

Eleições 2014

Campanha está na rua

abertos. Nos semáforos de vá-

rios pontos da cidade, pro-fissionais contratadas,de várias idades, portam ban-deiras de candidatos. A distribuição de panfl etos, jornais e santinhos, é ge-ral, sujando praças e ruas.

O primeiro candida-to a fazer uma ação nas ruas foi Pompilio Canavez,

Pompilio Canavez inaugurou comitê e fez caminhada até a feira

Anastasia visitou Alfenas na segundae cumprimentou populares na praça

candidato à reeleição que inaugurou comitê no do-mingo, dia 17, seguindo depois em passeata até a feira livre. Ele tomou café e cumprimentou feirantes e consumidores. Suas pro-postas, histórico político e propostas circulam pela cidade em um informativo de campanha, em carros de som e horário eleitoral

gratuito de rádio e TV. Alfenas já recebeu o

primeiro candidato ao Se-nado, Antônio Anastasia (PSDB), que esteve aqui na segunda-feira, dia 18. Acompanhado de candi-datos a deputado federal, ele caminhou na praça Getúlio Vargas. Presentes os candidatos a reeleição à Câmara Federal , Geral-

Dica ao eleitorO primeiro turno das eleições está marcado para o dia 5 de outubro. Caso ocorra segundo turno - apenas nos municípios com mais de 200 mil eleitores e cargos majoritários - este será em 26 de outubro. Estão em disputa os cargos de deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República, nesta ordem.

Fotos: Venício Scatolino

do Thadeu, Bilac Pinto e Carlos Melles; o deputado estadual Carlos Mosconi, candidato agora a fede-ral, e o Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mi-neiro, que posteriormente desistiu da candidatura. Presentes também outros candidatos e lideranças da região.

O candidato ao governo de Minas pelo PT, Fer-nando Pimentel, deverá vir a Alfenas na próxima semana, em dia e horário e serem marcados.

Como acontece em to-das as eleições, uma gran-de variedade de candidatos vem buscar votos em Alfe-nas. Alguns recebem apoio de pessoas e entidades infl uentes. Outros contam

apenas com um ou outro cabo eleitoral. Entre estes candidatos de fora, alguns nem se dão ao trabalho de vir à cidade, enquanto ou-tros comparecem, princi-palmente durante visita de candidatos majoritários.

A maioria dos candida-tos de outras regiões que vem aqui buscar voto, não conhecem o município, os problemas e demandas. O que desejam é conseguir votos, ainda que poucos, mas que, somados, ajudam a aumentar as chan-ces de eleição.

Alfenas tem um vários exemplos de candidatos “de fora”, que chegam aqui com apoio de políticos lo-cais, conseguem 300, 400 ou 500 votos, são eleitos e nunca mais aparecem.

sacanagem nisso, foi algo que eu e meus três fi lhos resolvemos. Eles têm or-gulho de serem filhos do presidente do Atlético, mas não do deputado federal”, esclareceu.

Durante a coletiva, o atleticano disse que se sen-tia feliz por estar abando-nando a política. “Chamei a todos porque acho im-portante que a torcida do Atlético saiba que hoje eu sou um cara tão feliz, tão alegre, porque não serei mais candidato a deputado federal. Me dá alívio muito grande, tranquiliza, leveza no coração, não nasci para ser político, nasci para ser presidente do Atlético”, disse.

Kalil esteve em Alfe-nas na segunda-feira

Venício Scatolino

Page 6: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 20146

Pesquisadores, jornalistas e pessoas com histórias sobre idosos, já podem inscrever seus trabalhos nas respectivas catego-rias dos “Prêmios Longevidade Bradesco Seguros”. Inscrições e informações no site http://www.premiosdalongevidade. com.br/ - no período de 24/7 a 5/9/2014.

Os Prêmios Longevidade fazem parte de um conjunto de ações mais abrangentes desen-volvidas pelo Grupo Bradesco Seguros desde 2006, com o in-tuito de difundir a importância de se conquistar um envelhe-

História sobre idosos pode dar prêmioscimento ativo e saudável, com bem-estar.

Desde a primeira edição, os Prêmios Longevidade Bradesco Seguros contam com a consul-toria do médico e gerontólogo Alexandre Kalache, ex-diretor do Departamento de Envelhe-cimento e Saúde da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS) e uma das maiores autoridades internacionais em longevidade e envelhecimento populacional. Depois de 35 anos no exterior, Kalache voltou a sua terra natal onde preside o Centro Inter-

nacional de Longevidade Brasil (International Longevity Centre Brazil - ILC-BR).

Em sua quarta edição em 2014, o Prêmio traz uma importante novidade: além das tradicionais modalidades de Jornalismo e Histórias de Vida, está sendo lançado este ano o prêmio Pes-quisa em Longevidade, voltado à comunidade acadêmica.

Além do site, mais informa-ções na Secretaria dos Prêmios Longevidade, pelo telefone (11) 3677-0452 e e-mail premiosda-longevidade@ tv1rp.com.br.

Majô de Souza

Reportagem local

Na quarta-feira, dia 20,

o secretário de Esta-

do da Sedese (Secretaria

de Estado de Trabalho e

Desenvolvimento Social)

Eduardo Bernes e o sub-

secretário e presidente

do Conselho Estadual de

Trabalho, Emprego e Ren-

da Hélio Rabelo estiveram

em Alfenas, numa visi-

ta de incentivo à criação

do Conselho Municipal

de Trabalho, Emprego e

Renda. Eles vieram a con-

vite da Acia (Associação

Comercial e Industrial de

Alfenas), com apoio da

Secretaria Municipal de

Desenvolvimento Econô-

mico e Câmara Municipal.

Após uma passagem

rápida pela Prefeitura,

eles se encontraram com

empresários, profi ssionais

liberais e trabalhadores na

sede da associação. Edu-

ardo Bernes explicou que

está percorrendo o Estado

para incentivar a criação

dos conselhos municipais.

Segundo ele, a proposta

é coordenar ações inte-

gradas entre governo do

Estado, governo munici-

pal, empregadores e em-

pregados, “congregando

as políticas públicas para

Sedese incentiva criação

de conselhos de trabalho,

emprego e rendagerarmos mais trabalho,

emprego e renda.”

O secretário acredita

que um dos maiores gar-

galos do setor é a falta de

capacitação profissional

para o trabalho. “É uma

queixa tanto dos empre-

sários quanto dos traba-

lhadores.” Ele ressaltou

que é preciso diminuir a

distância entre a oferta

e a procura de emprego.

“Muitas vezes, os cursos

oferecidos por uma cida-

de ou entidade não têm

qualquer conexão com o

que o mercado daquela

localidade precisa”, disse.

O subsecretário Hélio

Rabelo afi rmou que a cria-

ção do conselho tripartite -

com participação do poder

público, empresariado e

empregados - democratiza

as ações. O próximo pas-

so, explicou, será o envio

de projeto de criação do

conselho municipal pelo

Executivo á Câmara de

Vereadores.

“O conselho tem de ter

apoio de todos, da Pre-

feitura, da Câmara, da

Associação comercial, mas

também com participação

efetiva de empregados.

Nós da Sedese daremos

todo o suporte necessário”,

disse o subsecretário.

Rabelo disse que o con-

Representantes do poder público, empresários e empregados receberam Bernes e Rabelo na Acia

Eduardo Bernes: “Muitas vezesos cursos oferecidos não têm

conexão com o mercado”Hélio Rabelo: “Quanto mais gente empregada, menor a violência”

selho municipal deve ser

ativo, deliberativo e com

poder de decisão. “Temos

de debater com a socie-

dade, sempre, e atingir

todos os segmentos da

sociedade.” Ele ressaltou

que “quanto mais gente

empregada, menor a vio-

lência.”

Além disso, ressaltou

que Minas Gerais está com

taxa de desemprego de 6%,

“enquanto vários países

estão com 15%, 20%, 30%.

Mas nós podemos melho-

rar mais ainda”, revelou.

O presidente da Acia,

Francisco Rodrigues da

Cunha Neto, lembrou que

há grande oferta tanto de

mão de obra quanto de em-

prego, “mas a difi culdade

é a qualifi cação profi ssio-

nal.” O secretário muni-

cipal de Desenvolvimento

Econômico, Fausto Costa,

exaltou a oportunidade de

integrar diferentes setores,

“interando oferta de em-

prego e empregados, mas

com qualidade.”

CursosBernes anunciou a rea-

lização de cursos em Alfe-

nas, em parceria com o Se-

nac. Haverá 38 vagas para

programador de internet,

40 para operador de caixa,

20 para manicure e pedi-

Fotos: Venício Scatolino

Se for criado o Conselho Municipal de Trabalho, Emprego e Renda, ele vai se somar a outros 17 existentes na cidade. Alguns são ativos, enquanto outros existem praticamente apenas no papel.

Os conselhos existentes na cidade são: Conse-lho Municipal Saúde - CMS, Conselho M. do Idoso, Conselho M. dos Direitos da Mulher, Conselho M. de Pessoas com Defi ciência - COMDALF, Conselho M. Habitação, Conselho M. da Cidade, Conselho M. de Segurança Pública - CONSEPA, Conselho M. de Conservação e Defesa Meio Ambiente - CODE-MA, Conselho M. da Juventude, Conselho M. dos Esportes, Conselho M. Turismo, Conselho M. do Fundeb, Conselho M. Alimentação Escolar - CAE, Conselho M. Antidrogas - COMAD, Conselho M. dos Direitos da Criança e Adolescente - CMDCA, Conselho M. da Assistência Social - CMAS, Con-selho M. Políticas Culturais e Conselho Tutelar.

Muitos conselhos

Da Redação

Com o objetivo de ela- borar um amplo perfi l

e posteriormente traçar políticas de fortalecimento dos Conselhos dos Direi-tos da Criança e do Ado-lescente de todo o país, a Coordenação-geral da Política de Fortalecimento de Conselhos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda) realizam o Pri-meiro Cadastro Nacional dos Conselhos de Direi-tos.

A partir desta segun-da-feira (11), até 05 de outubro, um conselhei-ro ou servidor de cada Conselho Estadual e Mu-nicipal deverá entrar no link disponibilizado na página da SDH para preencher o formulário.

A SDH e o Conanda

Conselhos Tutelares terão cadastro nacionalpretendem fazer o le-vantamento das formas e condições de funciona-mento dos conselhos. O objetivo é conhecer as ca-racterísticas da sua com-posição, o perfi l dos con-selheiros, a identifi cação dos principais problemas encontrados pelos conse-lhos nos seus municípios para seu pleno funciona-mento e cumprimento de suas funções. Além disso, verifi car o relacionamen-to com órgãos públi-cos e entidades locais, o grau de participação dos conselhos nas políticas públicas e seu reconhe-cimento nas comunidades onde atuam.

Após o encerramento do período de cadastra-mento, a SDH e o Conanda vão organizar uma publicação com o nome, endereço, telefone de todos os Con-selhos e disponibilizar esse documento entre todos para o compartilha-mento

de informações e troca de

experiências.

Outras informações e

orientações entrar em con-

tato com a Coordenação-

-geral da Politica de For-

talecimento de Conselhos:

(61) 2027-3961 ou 2027-

3854 - e-mail: marcelo.

[email protected].

cure, 30 par espanhol e 30

para depiladores.

MesaA mesa dos trabalhos

da reunião foi composta pelos secretário e subse-cretário, prefeito Maurí-lio Peloso, presidente da Acia, vereador Dr. Batata e Cione Donizete Silva, do Sindicato dos Empregados do Comércio de Varginha e região.

Após os cumprimentos e saudações, foi feita uma apresentação pela Sedese sobre a importância da criação do Conselho Muni-cipal de Trabalho, Empre-

go e Renda.

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7Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014

JORNAL DA PRAÇACOMIDA ‘DI BUTECO’ - A paróquia São Sebas-tião e São Cristóvão vai realizar hoje, sábado, dia 23, o seu Comida ‘Di Buteco’ com Forró Bingo (mú-sica ao vivo). O evento acontecerá no Alfenas Tênis Clube, a partir de 20 horas. No cardápio, mandioca frita, moela, jiló, costelinha de porco, feijão tropei-ro, torresmo, calabresa com cebola e amendoim e muito mais. Haverá também bingos e na rodada especial o sorteio de uma TV. O valor do ingresso é R$ 25 (bebidas à parte). A direção espiritual é do padre André A. Silva. Convites antecipados podem ser adquiridos na secretaria da paróquia. Informa-ções pelo telefone: 35 3292-7020.

Moradores ainda reivindicam asfalto

Moradores pedem há anos que ruas sejam asfaltadas no bairro Santa Clara

Maria Helena Marcolino mostra a lona que foi obrigada a colocar no telhado

para não chover nos móveis

Vizinhas, Camila e Letícia fazem parte das várias famílias que invadiram

imóvel no bairro Santa Clara

Casa onde funciona a AssociaçãoHabitacional está fechada

Fotos: Venício Scatolino

Cláudia Cabral

Reportagem local

Moradores do Santa Clara estão cansados

de esperar pelo asfalto que nunca chega. Com a chuva escassa, algumas pessoas fi cam constantemente do-entes por causa do pó. Em maio, um grupo de mo-radores fechou a entrada do bairro para chamar a atenção das autoridades. Há 15 dias um novo ato foi organizado pedindo providências.

Além da falta de infra--estrutura, há outros pro-blemas como a invasão de casas por pessoas de-sempregadas que aguar-dam na fi la por um imóvel dentro dos programas de habitação oferecidos pelo Governo Federal. É o caso da jovem Camila Isabel Souza Ferreira que junto com o marido invadiram uma das unidades. O ca-sal cansou de esperar por um apartamento popular. “Soube que algumas casas do Santa Clara foram ocu-padas e resolvemos arris-car”. A família está no local há quatro meses.

O casal passou então a conviver com diversos pro-blemas: falta de luz, água e asfalto. Para assistir TV ou tomar banho a solução é ir para a casa de familiares. Como não tem dinheiro para pagar aluguel, acei-tam essa realidade.

Além deste casal, outras famílias vivem situação semelhante. Letícia Duarte Silva e o marido também são invasores e moram com dois fi lhos. A fi lha, de um ano, está doente por causa da poeira. O pó é um problema, a chuva também. Quando chove não há como sair de casa por causa do barro.

Mas nem todos são in-vasores. A dona de casa Maria Helena Marcolino conseguiu, por meio de um programa do Governo Fe-deral, um imóvel no bairro há quatro anos, quando a

No Santa Clara

Associação Ha-bitacional autorizou a ocupação sem a infraestrutura pronta. Por enquanto, dona Maria não paga pela casa, mas foi obrigada a arcar com algumas melhorias para poder se mudar. O telhado da sua residência está em situação precária e, por isso, foi obrigada a colocar uma lona para não chover nos móveis.

A população local rei-vindica a continuação do asfalto e o término das casas, pois, mesmo sendo construídas com recursos do Governo Federal não foram terminadas.

O atual secretár io , Francisco da Cunha Neto, informou que recente-mente foi entregue um imóvel dentro do projeto que é por conta da Pre-feitura e que outros dois serão concluídos para colocar duas famílias do

bairro que terão suas ca-sas demolidas para a aber-tura de uma rua.

São dois projetos do Governo Federal para a construção no bairro Santa Clara: o Crédito Solidário, ligado à Asso-ciação Habitacional com 96 unidades e o Uriap II, por conta da Prefeitura, com 29 casas. Destas, 16 estão concluídas e nove estão inacabadas.

Em maio, a Superin-tendência Regional da Caixa Econômica Federal, em Poços de Caldas, soli-citou da Associação Ha-bitacional de Alfenas um relatório da obra. A CEF ainda aguarda o relatório e só depois poderá tomar as providências necessá-rias.

De acordo com a As-sessoria de Imprensa da Caixa, a associação en-tregou uma planilha or-

A construção das casas no bairro foi iniciada em 2009. Os imóveis deveriam ser ocupados por moradores deslocados do antigo “Corredor do Pinheirinho”, transformado em um bairro de fato. O local seria revitalizado com a abertura de ruas e reforma e construção de casas, além de doação de escrituras aos mora-dores que ainda não as têm.

As casas foram construídas com o propósito de revitalizar o bairro numa parceria da Prefeitura com o Governo Federal. Em 2012 foi autorizada a entra-da dos benefi ciários nas moradias com a informação de que a Associação Habita-

cional não tinha condições fi nanceiras para continuar a obra. Algumas casas não tinham telhado, fi ação elétrica, cai-xa de água, portão, vidros nas janelas e torneiras. Grande parte deste material de construção que estava guardado nas casas foi roubado.

Em entrevista no início do ano o então Secretário Municipal de Habitação, José Luiz Bruzadelli, disse que a Prefeitura cumpriu sua parte, com exceção do as-falto. Segundo ele, a fi rma responsável pelo serviço, fez parte do trabalho e parou porque a Caixa Econômica Federal não liberou o pagamento.

çamentária no dia 24 de julho. O documento, no entanto não esclarece os serviços necessários para a conclusão da obra. No dia 6 de agosto, a Caixa encaminhou um novo ofí-cio à associação, mas não teve retorno.

A reportagem tentou contato por telefone com o presidente da Associação, Francisco Dias Alencar, mas o celular estava desli-gado. A casa onde funcio-na a entidade, localizada na Rua Marcial Júnior, 290, está fechada. O tele-fone 3292-1377 também não atende.

Também foi procurado para falar sobre o assunto o Secretário Municipal de Planejamento, Luiz Mar-cos Leite Moraes, mas não foi encontrado.

Em 2009

FESTA - SANTA LUZIA - Começa no último fi nal de semana de agosto - dias 29, 30 e 31 - a festa em louvor a Santa Luzia, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima. Na programação religiosa, santa missa dia 30 de agosto, às 16 horas; haverá terço todos os dias da festa e também terço dos homens. Na parte recreativa e social, completo serviço de bar, com música, pula-pula e brincadeiras; haverá ainda bingo todos os dias. A renda será revertida em prol do revestimento da cozinha do salão de Santa Luzia. E a festa prossegue, depois, por mais dois fi nais de semana - dias 5 a 7 e 12 a 14.

Page 8: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 20148

Denise Prado

Reportagem local

Sem prevenção e fi sca- lização, as queimadas

avançaram este mês de agosto em Alfenas, com o fogo destruindo a vege-tação, colocando em risco os moradores, poluindo o meio ambiente e causando danos à saúde. Nem sem-pre o Corpo de Bombeiros pode atender as chama-das, por estarem em outro atendimento, por falta de caminhão ou por falta de água, como aconteceu recentemente com um chamado no Bairro Jardim Vista Alegre. A situação é grave não só em Alfenas, mas em todo Estado.

De acordo com o Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o núme-ro de queimadas cresceu 53,3% nos últimos cinco anos e saltou de 26,2 mil para 40,4 mil. No sul de Minas, o número de quei-madas tem aumentado drasticamente, principal-mente neste mês de agosto que é considerado o perío-do mais crítico.

Para o IEF (Instituto Estadual de Florestas), inverno seco, quente e poucas chuvas são a com-binação perfeita para que o fogo se alastre por todo o Estado, não esquecendo ainda da desinformação da população. Muitas pes-soas ainda não têm cons-ciência sobre os perigos que uma queimada pode provocar. Esta desinfor-mação pode ser percebida em quase todas as cida-des mineiras, já que as queimadas são práticas comuns, principalmente na zona rural.

No sul de Minas não é diferente. Em Poço Fundo, o fogo em um terreno vago no bairro Mãe Rainha to-mou grandes proporções neste mês. Moradores chegaram a tentar apagar o fogo, mas o tempo seco e a baixa umidade fez com que ele se espalhasse ra-pidamente, tornando im-possível contro-lá-las. O controle só se deu depois que praticamente todo o lote já havia sido tomado pelas cinzas.

Em Varginha foram detectados vários focos de incêndios em lotes va-gos e avenidas, chegando a atrapalhar o trânsito. Motoristas reclamam das queimadas às margens das rodovias que atravessam o sul de Minas.

Período de estiagem e queimadasincomodam e preocupa população

Em Alfenas, o fogo tem se tornado uma constante onde há vegetação

Em AlfenasDe acordo com o 2º

Pelotão do Corpo de Bom-beiros de Alfenas, des-de janeiro até meados de agosto, a corporação aten-deu 61 chamados entre ocorrências de incêndios fl orestais, em vegetação às margens de rodovias, lotes vagos e pastagens.

Um dos incêndios de maior proporção ocorreu próximo ao bairro Vista Grande, em uma área de plantação de eucaliptos e pastagens, chegando pró-ximo ao Sítio São Jorge, localizado às margens da estrada vicinal Alfenas/Cascalho.

De acordo com o co-mandante da corporação, Gilney Ferreira Oliveira, a queimada atingiu uma área de aproximadamente dez hectares, “não ha-vendo outros danos além dos prejuízos ambientais provocados pela queima da vegetação”, comentou o ofi cial.

Quanto às ações do Corpo de Bombeiros, o comandante disse que de-vido às condições do local, incêndio em copa de vege-tação de grande porte e ao horário (19h30), “não foi possível o ataque direto ao fogo, sendo feito o monito-ramento do incêndio a fi m de evitar sua proliferação para outras áreas”.

EstiagemO período de estiagem é

o mais crítico à ocorrência de incêndios florestais, uma vez que o fogo encon-tra as melhores condições para a sua propagação - vegetação seca e ar seco. Grande parte dessas ocor-

rências se dá por origem criminosa ou pelo descui-do no manejo do fogo em ações de limpeza de pasto.

Para o Corpo de Bom-beiros, os incêndios em lotes vagos ocorrem, em muitos casos, pela ação dos proprietários em lim-par seus lotes utilizando fogo, o que não é uma pratica permitida pelo Código Florestal Brasi-leiro. O incêndio fl orestal está tipifi cado no Código Penal como crime de inco-lumidade pública, devido ao fato de atingir direta-mente a qualidade do ar. Há previsão de pena de reclusão de dois a quatro anos e multa, conforme o Artigo 41 da Lei Federal n° 9605/98, Lei de Crimes Ambientais.

O comandante explica que em ocorrências de in-cêndios fl orestais, o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, no que diz respeito ao combate, realiza ataque direto com o uso de aba-fadores, bombas costais e caminhão de combate a incêndios quando possível, monitoramento, constru-ção de aceiros e combate com o uso de aeronaves dependendo da proporção do incêndio.

Nos últimos anos o Pe-lotão de Alfenas tem re-alizado preventivamente vistorias visando identi-ficar os lotes vagos com potencial risco de incên-dio, e encaminhado esses Boletins de Ocorrências para a Secretaria Munici-pal do Meio Ambiente que repassa essas informações ao Setor de Posturas para demais providencias ca-bíveis.

Uma prática muito co-mum que provoca quei-madas é conhecida como “capina preguiçosa”. O fogo é ateado no mato para aumentar a área de pasto para gado. Ela é permitida, desde que feita com autorização e orientação do IEF (Insti-tuto Estadual de Flores-tas). Para esta prática, é imprescindível observar alguns aspectos de se-gurança para se evitar que o fogo passe dos li-

Capina preguiçosamites estabelecidos. O fogo ateado sem controle gera incêndios que atin-gem áreas de preservação permanente, degradando solos, destruindo matas e prejudicando animais.

A queimada realizada sem permissão implica punição com multa ou até mesmo pena de três meses a um ano de prisão ao infrator, conforme o artigo 26 da Lei Federal nº 4.771 do Código Flo-restal Brasileiro.

Um dos incêndios que tomou grandes proporções ocorreu neste mês próximo à Vista Grande

A moradora do bairro

Jardim Alvorada, Irene

Aparecida Corrêa, disse que

há alguns meses, o Corpo de

Bombeiros esteve nas ime-

diações olhando os terrenos

baldios e nas pastagens,

“mas a prefeitura vem e co-

loca o mata-mato. Ai é festa

para a molecada colocar

fogo no capim seco”.

Situação parecida ocor-

reu este mês no bairro Vista

Alegre e, segundo os mora-

dores, foi o quinto incêndio

em dois meses. Desta vez,

depois de queimar a vege-

tação, o fogo atingiu cerca

de 20 árvores.

Segundo uma morado-

ra, a Secretaria do Meio

Ambiente havia colocado

matamato e não tirou os ca-

pim e galhos secos. Segundo

ainda a moradora, várias

pessoas ligaram, na ocasião,

para o Corpo de Bombeiros

que disse não ser possível

naquele momento, pois não

havia água.

Agência FAPESP - Além de alterar o ciclo de chu-vas, prejudicar a recarga de aquíferos subterrâneos e, consequentemente, reduzir os recursos hídricos dispo-níveis para o abastecimen-to humano, o des-mate da vegetação que recobre as bacias hidro-gráficas tem forte impacto sobre a quali-dade da água, encarecendo em cerca de 100 vezes o tratamento necessário para torná-la potável.O alerta foi feito pelo pesquisador José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia .

“Em áreas com floresta ripária [contígua a cursos d’água] bem protegida, bas-ta colocar algumas gotas de cloro por litro e obte-mos água de boa qualidade para consumo. Já em locais com vegetação degradada, é preciso usar coagulantes, corretores de pH, flúor, oxidantes, desinfetantes, algicidas e substâncias para remover o gosto e o odor. Todo o serviço de filtragem prestado pela floresta pre-cisa ser substituído por um sistema artificial e o custo passa de R$ 2 a R$ 3 a cada mil metros cúbicos para R$ 200 a R$ 300. Essa conta precisa ser relacionada com os custos do desma-tamen-to”, afirmou Tun-disi.

Além disso, expl icou Tundisi, o escoamento da água das chuvas ocorre mais

Desmatamento eleva em 100 vezes o custodo tratamento da água

lentamente, diminuindo o processo erosivo. Parte da água se infiltra no solo por meio dos troncos e raízes, que funcionam como biofil--tros, recarrega os aquíferos e garante a sustentabilidade dos mananciais.

“Em solos desnudos, o processo de drenagem da água da chuva ocorre de forma muito mais rápida e há uma perda considerável da superfície do solo, que tem como destino os corpos d’água. Essa matéria orgâ-nica em suspensão altera completamente as caracte-rísticas químicas da água, tanto a de superfície como a subterrânea”, explicou Tundisi.

De acordo com o pes-quisador, a mudança na composição química da água é ainda mais acentuada quan-do há criação de gado ou uso de fertilizantes e pesticidas nas margens dos rios. Ocorre aumento na turbidez e na con-centração de nitrogênio, fós-foro, metais pesados e outros contami-nantes - impactando fortemente a biota aquática.

Tundisi lembrou que, além de garantir água para o abastecimento humano, os ecossistemas aquáticos oferecem uma série de outros serviços de grande relevância econômica, como geração de hidroeletricidade, irrigação, transporte (hidrovia), turis-mo, recreação e pesca.

Venício Scatolino

Page 9: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

9Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014

Everton Marques

Assessoria de Comunicação da

UNIFENAS

Desde o início do ano, a seca na região su-

deste, a cada dia, ganha mais espaço na mídia. Os debates sobre a questão se tonaram rotineiros, até mesmo nos eventos organizados pela UNI-FENAS; principalmente aos ligados ao meio rural. Em março, o Sulmilho (Encontro Sul Mineiro de Produtores de Milho) chamou a atenção para a queda da produtividade do milho. Em abril as palestras do Seminário UNIFENAS Rural desta-caram a importância da água na agricultura e, esta semana, na quarta-feira, 20 de agosto, durante o lançamento dos anais do Seminário, novamente a questão da água esteve presente como centro das atenções.

O professor Rogério Ramos do Prado, diretor de extensão e assuntos comunitários da Univer-sidade, propôs não um debate, mas uma conversa informal sobre a questão da água. Instigado a falar sobre as consequências da seca na região, Raul Maria Cassia, gerente regional da Emater de Alfenas, que corresponde a 25 municí-pios, destacou o impacto da seca na piscicultura, na produção do leite, na produtividade do milho e, principalmente, no café. Considerado o ouro ver-de da região, o café, que ocupa uma área de 180 mil hectares, teve uma queda de aproximada-mente 30%. “Esse evento

Água, ou a sua falta, no centro dos debates

[climático], quanto ao de sul de Minas, foi muito impactante, economica-mente falando, e vai trazer reflexos até 2015”, afirma Raul.

As perspectivas para o próximo período chuvoso também não são muito otimistas. Embora as pre-visões apontem chuvas boas, o representante da Emater acredita que não serão suficientes para a recuperação total dos ma-nanciais: “O que vai afetar e afeta aqui, nessa região, os aquicultores. Nós es-tamos com 80% ou mais dos tanques redes fora da água.” E completa dizendo que junto ao agricultor a questão é de cautela: “O produtor está demorando a adquirir seus fertilizan-tes, suas sementes, espe-

Terminada a conversa sobre a seca na região, houve a entrega dos Anais do 12º Seminário UNI-FENAS Rural. Alunos e professores receberam a publicação, que corres--ponde aos resumos dos trabalhos apresentados durante o seminário ocor-rido em abril. De acordo com o professor José Car-los de Campos, coorde-nador do programa, “os resumos são de cunho técnico-profi ssional”.

Com mais de dez anos de atuação, o Unifenas Rural é um programa de extensão universitária que leva assistência técnica a pequenos e médios pro-dutores rurais. O trabalho é desenvolvido por alunos do curso de Agronomia, orientados por professo-res. Estudantes de outros cursos da Universidade também contribuem, de-pendendo dos problemas ou difi culdades levantadas

Lançamento dos Anais

Estudantes de Agronomia envolvidos com a extensão universitária

nas propriedades rurais. “Seu papel é oferecer aos estudantes o treinamento profi ssional, consequen-temente dar visibilidade à Universidade [por meio da extensão] e benefi ciar a comunidade de modo geral”, disse o coorde-nador.

Os alunos que já pas-saram pelo programa destacam que o ganho acadêmico é signifi cativo. Como destacou Ta-tiane Cristina Brava, acadê-mica do 4º período de Agronomia, o programa “adiciona conhecimen-to para os alunos e tem uma grande relevância para o currículo profis-sional”. O seu colega de curso, Rafael Santana, que está no 6º período, concorda e destaca tam-bém a contribuição para os produtores: “ajuda-os a desenvolverem técnicas novas para solucionar os seus problemas”.

Os professores Rogério Prado e José Carlos de Campos juntamente com Raul Maria Cassia, gerente regional da Emater Alfenas

Os anais foram entregues na Sala de Eventos Professor Edson Antônio Velano,

no câmpus da UNIFENAS

Fotos: Galvone Oliveira

rando uma definição do tempo, com relação a fazer os seus investimentos para a construção do novo ano agrícola que inicia”.

Questionado se houve falta de planejamento para prever tal seca, o gerente da Emater disse que o setor agropecuário da região está preparado para enfrentar secas nos meses de junho, julho e agosto. “É normal, na nossa região, não chover nessa época, mas em janei-ro e fevereiro, por mais que a gente fale de planejamen-to, planejar um combate à seca, uma adequação para isso, seria um pouco alar-mista da minha parte falar que estamos preparados e ou que faltou planejamento para isso. Acredito que tem sim que ser construído um planejamento, mas que

começasse agora e que a gente construa ano a ano, a cada safra, inclusive que provoque novas políticas--públicas e de pesquisa com relação a variedades, manejo etc.”

Com relação ao café, uma das medidas a serem tomadas, segundo Raul ,está no manejo integra-do das ervas daninhas e do mato na formação de matéria orgânica no solo e outras tecnologias que minimizem a evaporação excessiva e as temperaturas dessa região. Ele destaca que não é da noite para o dia que as tecnologias se adéquam e se adaptam dentro da agricultura. “No-vas variedades provavel-mente vão surgir, novos manejos também. Isso, junto com o conhecimento

do agricultor, com a exten-são rural e principalmente com a pesquisa, buscando um alinhamento. Quei-ramos que não ocorram

novas intempéries fora de época, como foi essa de ja-neiro e fevereiro, que está completamente extempo-rânea para nossa região.”

Page 10: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 201410

Rosângela Fressato

Assessoria de Comunicação

da UNIFENAS

A L i g a d e C i ê n c i a s Morfológicas promo-

veu uma mesa redonda para debater os temas “Importância da ana-tomia na formação do profissional de saúde”, “Bases da anatomia e seus pilares de sustentação acadêmica” e também “Uso prático na atuação profissional”.

O presidente da Liga, Hélio Teixeira Dias, conta que a finalidade do en-contro foi integrar os aca-dêmicos e os professores em um ambiente cultural multiprofissional intera--tivo, onde há espaço para perguntas, depoimentos e

Mesa redonda propõe crescimento pessoal e profi ssional

crescimento pessoal e pro-fissional na Universidade. “Abordamos a Anatomia no contexto acadêmico e profissional, seus desa-fios, pilares e futuro”.

Compuseram a banca de trabalhos os professo-res Ronaldo Alves, Maria Cristina Resck, Dr. Ronan Santos, Marcelo Sechi--nato, além dos convida-

Reprodução

Profi ssionais convidados e membros da Liga

Rosângela Fressato

Assessoria de Comunicação da

UNIFENAS

O curso de Psicologia da UNIFENAS, câm-

pus de Alfenas, promove, no período de 25 a 27 de agosto, o seu 13º Congres-so, cujo tema central será “Os desafios da contem-poraneidade na ciência e profissão”.

A comissão organiza-dora do evento comenta que, ao comemorar 30 anos na formação de pro-fissionais da Psicologia do sul de Minas, o curso de Psicologia câmpus de Alfenas, uma vez mais, se propõe a uma reflexão sobre os desafios e com-promissos de uma ciência e profissão que sempre se

Congresso Psicologia debate os desafi os da contemporaneidade

deparam com inúmeras possibilidades de inserção e relação com a socieda-de. Este evento científi-co reunirá professores, ex-professores, alunos, egressos e profissionais da Psicologia em um con-texto de refl exão, debate e partilha de investigação sobre a necessidade de atualização e desenvolvi-mento de competências dos psicólogos para fazer face aos desafi os da con-temporaneidade em qua-tro domínios específicos de atuação profissional: na Saúde, na Educação, na Família e na Comunidade.

As palestras proferidas durante o Congresso são “A Psicologia Jurídica: campos de estágios e ati-vidades possíveis para a

inserção da psicologia na área”; “Experiência psi-canalítica e experiência religiosa: aproximações e distanciamentos”; “Moti-vação através da psicologia positiva”; “A culpa é das estrelas. São que não... psicanálise e responsabi-lidade”; “Luto: cuidando das perdas”; “Guerra as drogas? Crack é possível entender”; e “Qualidade de vida no trabalho: concei-tos, aplicações e desafi os”.

Haverá ainda apresen-tação de trabalhos, grupos de discussão e minicursos.

O encontro começa às 13 horas, no Salão de Eventos Professor Edson Antônio Velano. A apre-sentação solene ocorre às 20 horas.

dos professor Dr. Geraldo Fernandes e professor Dr. Clemente Pinto. De acordo com Hélio Dias, a Liga maneja trabalhos que visam à orientação de alunos de escolas mu-nicipais e frequentadores de Unidades de Saúde da Família sobre as doenças mais comuns e frequentes na região de Alfenas.

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 201410

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11Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014 11

Marilson Ottoni

Reportagem local

“Quem espera que a vida/Seja feita de ilusão/

Pode até ficar maluco/Ou morrer na solidão/É preciso ter cuidado/Pra mais tarde não sofrer/É preciso saber viver”. Esses são versos de “É preciso saber viver”, de Roberto Carlos, música que abre o primeiro CD do Coral “Vo-zes da Esperança”, lançado no dia 20, na Apae. O coral, formado por cerca de 50 alunos, foi fundado em

ESPERANÇA SEMPRE

2008 na Escola Estadual de Educação Especial e Apae de Alfenas. O CD tem dez músicas de Rober-to Car-los, Tim Maia, Roupa Nova e Gonzaguinha.

“Por causa das neces-sidades especiais destes alunos, o coral desenvolve a socialização, interação, me-morização, treina a mente e também promo-ve a disciplina entre eles, além de inúmeras outras vantagens”, destaca a idea-lizadora e coordenadora do coral, Rosângela de Olivei-ra Rodrigues, que também

O coral ‘Vozes da Esperança’ ensaiou durante bom tempo e gravou primeiro CDO CD, por questões autorais, não será vendido e apenas distribuído

Fotos: Isabella Alves

é a regente do coral. Ela acrescenta que tudo co-meçou como uma simples atividade de sala de aula e os alunos e pais foram se empolgando. Em 2011, foi realizada uma parceria com o Centro Municipal de Mú-sica Professora Walda Tiso Veiga, trabalhando com Júlio César Paz e depois com o professor de música Hudson Car-valho.

“Percebo que o coral faz parte da vida deles, este é um momento mui-to especial. Fortalece a

amizade, integração e a autoestima dos alunos. Para mim é uma realiza-ção pessoal, estou me re-alizando através deles”, comemora o músico.

Para os membros do coral, Letícia Marques, Ali-ne Pereira e Fábio Júnior Mar-celino, é um momento de alegria. “Como diz o ditado, quem canta seus males espanta. Para nós, este coral é tudo”, afi rmam estes alunos especiais e perseverantes.

Para a diretora da Es-cola Estadual Esperança,

Kelly Miranda, a união que o coral proporciona é o maior destaque de tudo. “Estamos muito felizes e aqui é o primei-ro passo”. O diretor da Apae Alfenas, Evaldo Alvez, explica que o que chama a atenção dele é a felicidade dos alunos. “Esta é a nossa maior recompensa. Eles fi cam muito felizes por fazerem parte de algo”.

A direção da escola, da Apae e a coordenadora Rosângela Rodrigues faz questão de desta-

car a parceria de vários profissionais como da psicóloga Luciana Alves, a fonoaudióloga Sarah Souza, o professor de percussão Rogério Mi-quelino e o professor Lenin Carvalho.

Por questões de di-reitos autorais, o cd do Coral Vozes da Espe-rança não será vendido, apenas distribuído, mas o objetivo já foi alcança-do, proporcionar alegria e autoestima para quem está ensinando que “é preciso saber viver”.

Os alunos do 1° ano do ensino médio, da Escola

Estadual Doutor Napoleão Sales, visitaram a redação do Jornal dos Lagos, nos dias 6 e 20 de agosto, para conhecer como funciona a rotina de pro-dução de um jornal impresso. A

Alunos da Dr. Napoleão Sales visitam o Jornal dos Lagosprofessora Wilma Maria Vieira de Moraes acompanhou os 78 alunos das duas turmas do 1° ano. A visita foi realizada pela disciplina Comunicação Apli-cada, que faz parte do projeto do Governo Estudal chamado REM – Reinventando o Ensino

Médio. O projeto disponibiliza um horário da grade escolar para passeios guiados, que tem como temas: identifi cação territorial, sociabilidade e redes comunicativas.

A professora Wilma conta que ao conversar com os alunos sobre a visita, notou que foi uma experiência única. Eles aprenderam a importância da comunicação e se interessaram,

principalmente, pela edição do jornal, pois não imaginavam como funciona. As próximas visitas pela disciplina Comuni-cação Aplicada serão na Gráfi ca Atenas e na TV Alfenas.

A Escola Estadual Dr. Na-poleão Sales tem 28 anos de existência e atende turmas do 6° ao 3° ano do ensino médio e também turmas do EJA (Educa-ção de Jovens e Adultos).

Fotos: Isabella Alves

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Denise Prado

Editoria de Polícia

Familiares e namorada estão sem entender o

que realmente aconteceu com Anderson Moreira da Silva, 30 anos, na manhã de quarta-feira, dia 20. O rapaz foi supostamente acusado de praticar um furto na área central de Alfenas. Ao ser abordado pela polícia, ele passou mal e foi levado até a San-ta Casa. Horas depois, foi novamente encaminhado pela Polícia Militar até a Delegacia de Polícia Civil e colocado em uma cela, onde também suposta-mente pode ter cometido suicídio.

Em nota da assessoria da PM, a polícia informou que em virtude de um furto ocorrido no centro de Alfenas, tendo como vítima uma senhora de 75 anos, militares colheram as informações e saíram à procura do autor. Segun-do relato da equipe, o sus-peito correu em direção à Praça Fausto Monteiro e lá foi preso com R$ 110 e um comprovante ele-trônico de pagamento de despesa no bolso.

Segundo ainda a Polí-cia Militar, a vítima teria reconhecido o autor e afir-mado que o dinheiro que ele portava, assim como um ticket e o comprovante de despesa, seriam dela. A vítima teria relatado que foi surpreendida pelo acusado, na Rua Pedro Silvei-ra e que este teria “arrancado” a bolsa que trazia consigo.

Por telefone, o subco-mandante da 18ª Com-panhia de Polícia Militar Independente, tenente João Elísio de Souza Jú-nior, contou que a vítima teria ligado para número 190 informando que havia sido furtada. De posse das características, policiais abordaram o suspeito

Homem pode ter cometido suicídio em cela da Delegacia

que estava com dinheiro e alguns objetos.

Neste momento, o ra-paz começou a passar mal e, como ainda não havia sido localizada a vítima, a equipe policial o levou para a Santa Casa, onde foi medicado e e lá perma-neceu para medicação, já que tinha diabetes.

Algum tempo depois, a vítima esteve no Pos-to Policial localizado na sede da Guarda Municipal para prestar informações sobre o furto. Segundo tenente Souza, foi com o depoimento dela é que se teve certeza de que o autor seria o rapaz levado para o hospital.

A equipe da PM re-tornou à Santa Casa, por volta de 11 horas, e foi informada de que o pa-ciente seria liberado na-quele momento e que “ele mesmo assinou sua saída do hospital”, ressaltou o tenente, dizendo que o ra-paz foi encaminhado para a 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil.

Segundo o oficial, o delegado de plantão havia dito que receberia o preso, mas que o flagrante seria realizado às 14 horas. Policias disseram que che-garam a ver servidores da delegacia retirar o tênis e o cinto do acusado.

SuicídioPor volta de 13 horas,

no momento da transição entre um plantão e ou-tro da delegacia, quando se faz a conferência de presos (se houver), é que acharam o rapaz já sem vida e enforcado com a ajuda de seu próprio cinto.

A Perícia Técnica fez o seu trabalho e, em segui-da, o corpo foi levado para o IML e depois liberado para a família. O rapaz foi enterrado em Três Corações, onde moram os familiares.

De acordo com o de-legado Celso Ávila o caso está sendo apurado. Ele adiantou que no dia dos fatos, assim que o rapaz foi preso, ele foi colocado na cela localizada na sala usada pela PM para encer-rar uma ocorrência.

Como já havia outro homem preso, os dois ini-ciaram uma discussão, o que levou um investigador a transferir o rapaz para outra cela. O delegado afirma que todos os pro-cedimentos foram realiza-dos como, por exemplo, a retirada dos pertences, do tênis (por causa do cadar-ço) e cinto.

Na troca de plantões, quando se faz a confe-rência dos presos, ele foi encontrado morto com o próprio cinto. O delegado disse que o caso está sen-do apurado, mas adianta que, pela posição em que foi encontrado o tênis (frente à cela), acredita-se que ele tenha enrolado sua camiseta e puxado seus objetos até pegar o cinto.

Em entrevista, o de-legado disse ainda que tudo está sendo apurado e que a Polícia Civil está à disposição da família para quaisquer dúvidas. Ele adiantou que algumas informações dão conta de que o rapaz tinha histórico de droga e alguns furtos quando este morava em Três Corações. Tinha dí-vidas, empréstimos ban-cários, e se encontrava em depressão.

Anderson Moreira da Silva, que estava prestes a completar 31 anos em ou-tubro, mantinha relaciona-mento com Cristiane Telli-ni de Souza, 30 anos, há dez anos. Ele morava em Três Corações e há cerca de quatro meses veio para Alfenas, pois pretendiam concretizar o sonho de constituírem uma família.

Amigos, familiares e a namorada estão surpresos com o a notícia de suicídio. Anderson é descrito como uma pessoa reservada, tímido, religioso (Evan-gélico) e que “morria de medo de morrer” por conta do diabetes que oscilava o tempo todo.

A família de Cristiane e ela própria contam que o rapaz seguia uma rotina e que esta foi interrompida na quarta-feira. O casal dormia junto todos os dias. Quando acordavam iam para a casa de Cristiane e tomavam o café juntos, depois almoçavam e, de tarde, quando ela retorna-va do trabalho, se dirigiam para a casa dele.

Quanto à questão fi nan-ceira, Cristiane diz que ele não passava necessidade, pois era aposentado por conta do diabetes: “os ir-mãos dele e eu posso dizer que ele nunca pegou um centavo sequer de qual-quer pessoa”.

Inconformados, fami-liares e a namorada que-rem saber o que realmente aconteceu naquele dia, pois as dúvidas são muitas.

DúvidasNa delegacia, a namo-

rada de Anderson recu-perou o aparelho celular, carteira e o aparelho de medir níveis de glicemia, mas quando foi olhar o re-latório que fi ca gravado na memória, constatou que foi apagado. Ela lembra que ele media a glicemia até durante a madrugada.

Fazendo uma retros-pectiva, Cristiane dis-se que levantaram cedo (como de costume), to-maram o café juntos, se despediram e ela foi tra-balhar e ele acertar um serviço que faria durante as eleições.

Sempre preocupada como ele, por conta do diabetes, os dois troca-ram telefonemas o tempo todo. Ela ressalta que ele nunca saiu sem o aparelho da diabetes, pois tinha consciência de que uma alteração brusca poderia levá-lo à morte, comen-tando que ele já havia en-

Anderson Moreira da Silva, 30 anos, suspeito de praticar furto, teria cometido suicídio em uma cela da Delegacia de Polícia Civil

Não há registro das últimas medições feitas por Anderson sobre os níveis de glicemia

Relacionamento de dez anos

trado em coma uma vez e tinha medo de que isto se repetisse.

Às 8h46 ela fez a pri-meira ligação e uma hora depois, em nova ligação; ele teria dito que já havia resolvido a questão do tra-balho. Segundo Cristiane, pouco antes das 11 horas, em outra ligação, ele teria dito que estava passando mal (glicose teria subi-do muito, pois tinha que comer de três em três horas) e ele teria dito que avistara uma viatura e que pediria ajuda.

Logo depois, ligou no-vamente e disse que já se encontrava na Santa Casa e que estava tomando soro. No último contato, disse que o enfermeiro estava próximo e teria dito que tomaria mais soro e iria fazer um exame de sangue. Depois disto, o te-lefone “só dava desligado até que por volta de 16 ho-ras, o celular foi atendido por um delegado que me deu a notícia”. Outro fato que deixou a família indig-nada é que a notícia saiu até em um site de notícia antes de a família saber do ocorrido.

Para familiares, que já contrataram um advoga-do, e para a namorada, as dúvidas são muitas. De-pois de entrar em contato com Cristiane, a polícia passou a fazer várias per-

guntas e que “agora colo-cam como causas para o suicídio”.

A namorada disse que chegou a comentar com o delegado que uma vez, enquanto Anderson era dependente químico, este teria sido levado para a delegacia, mas que saiu poucas horas depois.

Disse também que ele fez um empréstimo, “mas não para ele, pois não precisava. Foi para o ir-mão dele e que pagava as parcelas em dia”. Quanto à questão da dependência química, “já fazia mais de dois anos que ele não usava mais droga, prin-cipalmente por causa do diabetes. Ele frequentou o CapsAD em Três Cora-ções”.

Finalizando, familiares acreditam que até a ver-são do furto e da prisão está meio confusa, “mas mesmo que tenha ocorri-do (ninguém é perfeito), Anderson não seria capaz de tirar a própria vida”. Uma das hipóteses men-cionada pela família é que ele pode ter passado mal novamente na cela (ele se encontrava iso-lado) e, como não havia ninguém para socorrê-lo, entrou em coma e morreu. Cristiane tem ainda uma dúvida: “porque havia três marcas (vergões) em seu pescoço?”

Cristiane Tellini de Souza (que preferiu não mostrar o rosto) tem dúvidas sobre a ocorrência envolvendo o namorado, assim como a causa de

sua morte, “pois ele tinha medo de morrer”

Fotos: Venício Scatolino

Editoria de Polícia

ALTEROSA - Um comer-ciante tomou uma decisão inusitada na tentativa de evitar que seu dinheiro fosse levado por assaltan-tes que invadiram uma agência bancária na ma-nhã de quarta-feira, dia 20, no Distrito de Cavacos, em Alterosa.

Marcos Dimas Pereira estava na fila de atendi-mento da agência bancária quando três homens enca-puzados quebraram a mar-retadas a porta da agência. Com medo de fi car sem o depósito que faria no valor de R$ 3 mil, o comerciante

Comerciante joga R$ 3 mil no lixo para escapar de assalto

jogou no lixo a carteira com o dinheiro.

No entanto, nenhum cliente chegou a ser abor-dado pelo trio. No momen-to do assalto, cinco pessoas aguardavam atendimento e outros três funcionários estavam dentro da agên-cia.

Toda a ação teria dura-do menos de um minuto. Os assaltantes fugiram em um carro preto com cerca de R$ 1 mil em dinheiro. A polícia acredita que as imagens da câmera de se-gurança da agência pode-rão ajudar na investigação (Informações G1 sul Minas).

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Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014 13

Valdir Cezário

Editoria de Esporte

Um grupo formado por 47 atletas repre-

sentou a Liga Alfenense de Caratê na quarta etapa do campeonato mineiro de caratê interestilos. A etapa foi disputada no domingo, dia 17 de agosto, na cidade de Varginha, no Clube dos Bancários. No total, a equipe alfenense conquistou 67 medalhas (24 de ouro, 19 de prata e 24 de bronze) e faturou o segundo lugar na classifi-cação final. Com o resul-tado, a Liga Alfenense de Caratê, somando as qua-tro etapas, continua na segunda colocação geral no campeonato mineiro. Ainda restam duas etapas para conclusão do certa-me: uma em Alfenas (ou-tubro) e a outra em Pouso Alegre (novembro).

“A cada etapa que dis-putamos conquistamos melhores resultados. Es-tamos no caminho certo e tenho certeza que no final vamos comemorar uma forte ascensão em todo o grupo. É sempre bom se sentir realizado a cada resultado obtido, apesar de que nosso trabalho é a longo prazo”, comemora o professor da Liga, Sid-ney Quintino Vieira. Ele afirma que os resultados em grupo, obtidos até agora, são frutos de um forte esforço mútuo. “Os nossos alunos se dedicam intensamente aos treinos e nós sempre estamos pro-curando inovar no nosso trabalho. Esse é o objeti-vo; essa é a nossa meta”, conta Quintino.

O campeonato mineiro interestilos é disputa-do nas categorias kata e kumitê. Para cada atleta a disputa está dividida por faixa e idades, seja individual ou em equipe. Há atletas que brilharam em todas as suas partici-pações e conquistaram o ouro. E esta façanha foi obtida pelas mulheres, que trouxeram a principal medalha, tanto no kata (luta imaginária) como no kumitê: Laís de Souza Matias, Rosân-gela de Carvalho Augusto, Heleni-ce Vieira da Silva, Jusione Pereira, Mônica Apareci-da dos Santos e Thamires Vitória Freitas dos Santos, que trouxe ouro no kumitê individual e por equipe e ainda prata individual no kata.

Ainda na relação de mulheres que se deram bem em Varginha, Lud--myla Carmo da Silva fa-turou três medalhas: duas de prata (kata e kumitê) e

Caratê é vice na quarta etapa do Mineiro

uma de ouro (kumitê por equipes). Larissa Cristina de Andrade trouxe ouro (kumitê) e prata (kata); Natália de Paula Garcia chegou em Alfenas com as medalhas de ouro (kata) e bronze (kumitê). Trou-xeram duas medalhas de prata nas duas categorias: Letícia Bento Araújo e Ma-ria Heloísa de Almeida. A atleta Gabriela de Oliveira foi prata (kata) e bronze (kumitê); Vitória de Oli-veira trouxe bronze (kata) e prata (kumitê), mesma premiação conquista por Luana de Almeida Perei-ra. Outros dois bronzes foram obtidos por Natália Apa-recida Casati. A atleta Isis Bianchini Paccine foi a Varginha, participou da categoria 55kg (13/14 anos), faixas branca/ama-rela, mas não trouxe me-dalhas.

MasculinoO grupo de atletas do

sexo masculino que repre-sentou Alfenas em Var-ginha foi bem maior: ao todo, 31 lutadores se divi-diram entre as categorias 23kg a 85kg, com idade entre seis ma 35 anos. O desempenho deles, de acordo com Sidney Quin-tino Vieira, foi suficiente para levar a equipe local no segundo ponto mais alto do pódio nesta etapa. “Assim como as mulheres, os homens se dedicam in-

tensamente aos treinos e a cada dia a evolução torna--se evidente”, explica.

Thales de Paula Garcia e Robson Jhon Miranda trouxeram ouro (kumi-tê) e prata (kata); Carlos Eduardo da Silva Miran-da e Augusto de Paula Garcia de Carvalho fatu-raram ouro (kata) e prata (kumi-tê). Já Guilherme Leonardo da Costa Órfão e Francisco César dos San-tos ganharam as medalhas de ouro (kumitê) e bronze (kata), e Guilherme Sil-va Souza veio com duas medalhas: ouro (kata) e bronze (kumitê). Lukas Silva Souza foi ouro no ku-mitê e Glaudison Au-gusto Soares dobrou medalha de prata nas duas moda-lidades. Washington Leal foi bronze no kata e prata no kumitê e as medalhas inversas foram para Felipe de Figueiredo Miranda. Matheus Souza foi ouro na luta imaginária, enquanto André Gomes dos Santos faturou a prata nesta mes-ma modalidade. O atleta Vitor Hugo Silva Cesário participou da categoria

30kg, 7/8 anos, faixas branca a amarela, e trou-xe medalha de bronze no kumitê.

Outros atletas ganha-ram medalha de bronze no kata e kumitê: Caio Pereira da Silva, William Mendes de Oliveira e João Carlos Miranda. Já Fer-nando de Oliveira e Wad-son de Souza Pereira faturaram bronze no kumitê por equi-pes, enquanto Guilherme Lucas Alves e Luacs Bento Araújo foram bronze no kumitê individual, e Diego Vitor Cordeiro ganhou a mesma medalha no kata. Participaram do campe-onato, mas não subiram no pódio: Lucas Leal da Silva, Luiz Carlos Vitorino da Silva, Matheus Augusto de Souza, Lucas Rodrigues Laudares Costa, Douglas Silva Mendes, Rodrigo José Moreira, Thiago Ra-fael dos Santos, Carlos Daniel Gomes Paulino e Leonardo de Oliveira.

Além da Liga Alfenense de Caratê, participaram atletas de outras 18 aca-demias, representando as cidades de Varginha,

Os 47 lutadores da Liga Alfenense de Caratê, o professor Sidney Quintino e auxiliares comemoram segundo lugar em Varginha

Três Corações, Pouso Ale-gre, Nepomuceno, Passos, São Tomé das Letras, São Gonçalo do Sapucaí, Elói Mendes, Carmo de Minas, Santana da Vargem, Ser-rania, Lambari, Lagoa da Prata, Três Pontas e São João del Rei.

Com o segundo lugar em Varginha, a Liga Al-fenense de Caratê conti-nua na segunda coloca-ção na classificação geral do campeonato mineiro inter-lestilos e tem am-plas possibilidades de se tornar campeã mineira da temporada. Ainda restam duas etapas e os alfenen-ses confiam na conquista do título. O primeiro lugar na quarta etapa em Vargi-nha ficou com a Academia Tatibana, de Lambari. A terceira colocação ficou para a Academia Hachi-

Atletas de 18 academias da região estiveram em Varginha para a disputa da quarta etapa do campeonato mineiro de caratê interestilos

O professor Sidney Quintino e Lucas Silvério, faixa marron, que atuou como árbitro, com o

troféu de vice-campeão da quarta etapa

Fotos: Divulgação/LAC

dokan, de Carmo de Mi-nas. A academia Corpo e Mente, de Varginha, terminou em quarto e a Seishikai, de Lagoa da Prata, ganhou a quinta colocação.

A próxima etapa - a quinta - do campeonato mineiro de caratê interes--tilos será em Alfenas, mês de outubro, em data a ser defi nida pela Fede-ração Mineira de Caratê Interestilos. “Gostaríamos de agradecer o apoio que temos recebido insensan-temente da Acia, Studio Fi-tness, Secretarias de Edu-cação e Cultura, Esporte e Juventude. Também da Escola Municipal João Januário de Magalhães (Caic), Escola Estadual Coronel Bento e ao projeto Trilhas Educativas”, agra-dece Sidney Quintino.

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Alfenas, sábado, 23 de agosto de 201414

Batendo bolacom o leitor

(*) Pedro A. Souza

(*) Cirurgião Dentista e Comentarista Esportivo da Cultura AM

***Campeonato Brasileiro, Série A:

-15ª rodada: 20 gols marcados, média de dois gols por partida.

Os mineiros: Cruzeiro 3 x 0 Santos e Figueirense 2 x 2 Atlético.

Os celestes fi zeram uma boa partida; os santistas estavam com

a pontaria descalibrada e com isso o placar foi justo. O Atléti-

co começou bem, fez um a zero, poderia ter ampliado; sofreu

empate, quando o time de Santa Catarina estava melhor fez o

segundo, mas os acréscimos sofreu o empate.

-16ª rodada (meio de semana): 21 gols marcados, média de 2,1

gols por jogo. A média seria baixa se não fosse a goleada do Co-

rinthians (5x2 no Goiás). Os mineiros: Flamengo 2 x 1 Atlético

e Cruzeiro 1 x 0 Grêmio. O Atlético repetiu o jogo anterior, com

o Figueirense, só que sofreu a virada e não conseguiu o empate.

O Cruzeiro, em noite de Fábio, enfrentou uma forte marcação

gaúcha, mas no fi nal fez o gol da vitória.

17ª rodada: hoje, dia 23, 18h30, Atlético x Internacional, em

Belo Horizonte; amanhã, dia 24, 18h30: Goiás x Cruzeiro, em

Goiânia. O Cruzeiro é o primeiro, com 36 pontos; o Atlético o

oitavo com 23 pontos.

***Campeonato Brasileiro, Série B:

-16ª rodada (os mineiros): Avaí 2 x 0 América; e BOA Esporte

2 x 1 Sampaio Corrêa.

-17ª rodada (meio de semana): América 2 x 0 Luverdense; e

Joinville 2 x 1 BOA Esporte.

-18ª rodada: ontem, sexta-feira, 19h30, o América enfrentaria

a Ponte Preta; e o BOA Esporte iria a Itápolis para enfrentar o

Oeste. Antes da rodada de ontem, o América ocupava a quarta

colocação com 29 pontos e o BOA Esporte estava em décimo,

com 24 pontos.

***Campeonato Brasileiro, Série C:

Na segunda rodada do returno (11ª no total de 18), o Tupim,

em casa, fi cou no um a um com o Juventude de Caxias do Sul.

O Tupi é o terceiro colocado no Grupo B com 17 pontos e joga

hoje, sábado, às 15 horas, com o Guaratinguetá, na cidade

paulista (rodada 3 do returno, 12ª no geral). O Guaratinguetá

é o quinto co m 15 pontos.

***Campeonato Brasileiro, Série D:

O Betim, no Grupo 4, foi goleado por 5x1 em Aracaju-SE, pelo

Confi ança. Tombense e Villa Nova folgaram. O returno começa

neste fi nal de semana e os três mineiros jogam. Serão mais

quatro rodadas.

Grupo 4: dia 24, 16 horas, Porto-PE x Betim.

Grupo 5: dia 24, 16 horas, Villa Nova x Estrela do Norte.

Grupo 6: dia 23, hoje, 19 horas, Grêmio Barueri x Tombense.

Betim e Villa Nova terão que somar de nove a dez pontos dos

12 que vão disputar. O Tombense, somando mais cinco, estará

classifi cado.

***Copa do Brasil (os mineiros), oitavas: O Atlético enfrenta-

rá o Palmeiras e o Cruzeiro e Santa Rita, do Estado de Alagoas.

O Galo joga fora o primeiro jogo nesse meio de semana e a

Raposa também nesse meio de semana joga a primeira em casa.

Desejo aos amigos leitores um abençoado fi nal de semana. De-

sejos bonsé que transmito. Conte aos amigos, espalhe por aí o

Jornal dos Lagos. Continue nos prestigiando no novo formato.

Editoria de Esporte

Este final de semana será bem movimen-

tado na 21ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, a OAB, de Al-fenas, com jogos de truco e peteca, além de uma suculenta feijoada que vai acontecer entre os nobres advogados.

OAB tem truco, peteca e feijoada

Editoria de Esporte

Hoje, sábado, e ama- nhã, domingo, a ci-

dade de Alfenas estará bem movimentada no que se refere ao futsal sub-15. O ginásio coberto do complexo esportivo do Sesi estará recebendo o 1º Circuito de Futsal Mascu-lino e Feminino da Liga do Alto do Rio Pardio, a Lidarp, para atletas nas-cidos entre 1999 e 2000.

Os jogos do masculino começam hoje, sábado, a

As atividades tiveram início na noite de ontem, dia 22, e se estenderão por este sábado, dia 23, a partir das 9 horas. O pre-ço da inscrição por dupla participante é de R$ 40, com direito a camiseta do evento e feijoada. A sede da OAB fica a Rua da Li-berdade, 129, bairro Vila Betânia.

Futsal da Lidarp movimenta Sesipartir das 9 horas. Na pri-meira partida, a seleção de futsal de Alfenas, que é comandada pelo profes-sor de Educação Física e treinador Diogo Martins, recebe a de Campestre. No segundo confronto, Caldas enfrenta Andradas e fechando o período da manhã, Poços de Caldas e Eloi Mendes.

Na parte da tarde, mais três jogos, a partir das 14 horas. Caldas versus Ban-deira do Sul. Em seguida, Andradas se defronta com

Campestre e o selecionado de Alfenas recebe o de Eloi Mendes no fechamento da primeira fase. Segun-do informa o diretor de esportes, os horários dos jogos serão obedecidos com rigor, com a tolerân-cia máxima de 15 minutos, podendo ocorrer o WO. Ele informa ainda que o município terá gasto com pagamento de arbitragem, coordenação e alimenta-ção.

No futsal feminino, que acontece amanhã, domin-

go, dia 24, a partir das 10 horas, apenas quatro equipes vão participar. No primeiro jogo, a seleção de Alfenas, comandada pelo treinador, Michel Douglas, recebe a Seleção de Botelhos. Em seguida, Guaxupé e Poços de Cal-das. No período da tarde, após às 14h30, mais dois jogos encerram esta fase da Lidarp. No primei-ro confronto, Guaxupé e Botelhos; e fechando a rodada, às 15h30, Alfenas e Machado.

Otávio Borba

Editoria de Esporte

Os tão esperados Jogos Escolares de Alfenas,

o Joesa, começam na pró-xima segunda-feira, dia 25, e a abertura novamente será realizada na Escola Municipal Antônio Joa-quim Vieira, o Polivalente, a partir das 14 horas. De acordo com a Superinten-dente de Esportes e Juven-tude, Zulmira Albergaria, 20 escolas se inscreveram e vão participar das se-guintes modalidades: tênis de mesa, xadrez, futsal, futebol, vôlei de areia e jogo de bete, em várias fai-xas etárias, nas categorias masculino e feminino.

“O Joesa vem para se fi rmar como a maior com-petição de esporte educa-cional, tanto que esse ano

Joesa tem abertura na segundacerca de 2.500 alunos es-tarão defendendo as cores de suas respectivas escolas e aprendendo lições de su-peração, tanto nas vitórias como também nas derro-tas”, afi rma Albergaria.

O Joesa deste ano está dividido em quatro mó-dulos que vão envolver estudantes com idade en-tre nove e 17 anos, que também vão disputar o troféu de melhor escola da competição. “Este troféu, que é itinerante, fi cará em posse da escola campeã até o próximo Joesa, quando será repassado ao outro vencedor no ano seguinte. É uma forma de estimular crianças, professores e di-retores para que o troféu permaneça na sua escola”, explica.

Zulmira Albergaria in-forma que para se chegar

ao campeão geral do Joesa, as pontuações ocorrerão da seguinte forma: pri-meiro lugar, 13 pontos; se-gundo: oito; terceiro: seis; quarto: quatro; e do quinto lugar para frente, a escola só recebe dois pontos, ou seja, só a participação da escola já pontua no resul-tado fi nal. Nas categorias individuais, a somatória dos resultados da escola será pontuada nos moldes da competição.

Outra novidade para este ano, informa a Secre-taria de Esportes, é que o desfi le de abertura também valerá pontuação geral. Quesitos como criativida-de, organização, disciplina e animação serão julgados, pontuados e somados à classifi cação geral das mo-dalidades.

Para Zulmira Alberga-

ria, “o Joesa é um fruto de parceria entre as Se-cretarias de Esportes e Juventude e Educação e Cultura, que tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento integral do aluno como ser social democrático e participati-vo, promovendo intercâm-bio sócio-esportivo entre os envolvidos”.

O secretario Fabiano Tamiett acrescenta que o Joesa, além de toda sua função social, estabelece um elo de identidade do educando com a sua unida-de de ensino. Kátia Goyatá, secretária de Educação e Cultura ressalta a impor-tância do esporte como ferramenta e o papel deci-sivo do esporte, juntamente com a educação, na busca por princípios e valores sociais, morais e éticos.

Editoria de Esporte

A Secretaria de Espor- tes, Lazer e Juventude

anuncia que vai realizar ainda neste segundo se-mestre duas competições simultâneas. Em entrevis-ta no programa esportivo Show do Esporte, da Rádio Cultura AM, o secretário Fabiano Tamiett disse que está preparando a Copa Alfenas Livre e também a Copa Alfenas Máster (Qua-rentão). As competições devem começar no fi nal do mês de setembro.

Esportes anuncia Copas Livre e MásterAs inscrições para as

duas competições poderão ser realizadas na sede da Secretaria de Esportes e Juventude (próximo ao Colégio Estadual), a partir da próxima terça-feira, dia 26. Terão preferência, segundo a organização, as oito primeiras equipes que entregarem devidamente preenchida a lista de ins-crição entre os dias 26 de agosto e 12 de setembro. Tais competições serão para atletas nascidos ou moradores de Alfenas.

Os dois congressos téc-

nicos estão marcados para o dia 17 de setembro, uma quarta-feira. Às 18h45 será o encontro para defi nir a categoria máster; e, em seguida, às 19h45 para a Livre. A taxa de inscrição é de R$ 250.

“Firmamos uma parce-ria com a Acia (Associação Comercial e Industrial de Alfenas) e vamos realizar as duas competições em conjunto”, informa Ta-miett. Ele conta que a equi-pe interessada deverá levar o formulário de inscrição devidamente preenchido

na Secretaria de Esportes. “Lá vamos conferir toda a lista e, em seguida, ex-pediremos um boleto que deverá ser pago na sede da Acia; a associação é que vai gerir a parte fi nanceira”, disse Edvaldo Cavalcante, coordenador de futebol da Secretaria.

A organização informa ainda que a idade mínima no livre é até 16 anos e no Máster, apenas atle-tas nascidos a partir do ano de 1974, sendo que o goleiro pode ser de 1984 para cima.

Editoria de Esporte

O atleta da Associação

Alfenense de Atletis-

mo, a Alfa, Washington

Claudino, mais uma vez

estará representando Al-

fenas na cidade de Poços

de Caldas, amanhã, do-

mingo, dia 24, onde vai

tentar o tricampeonato da

Prova de Poços. Claudino

já venceu em 2012 e 2013

Claudino busca o tri em Poços de Caldas

Claudino está pronto para duas provas

e espera repetir o feito e,

segundo ele, tem treinado

intensivamente para que

isto ocorra. “Não tenho

medido esforços, treino

sete dias por semana,

buscou o meu melhor

para que possa chegar e

bem nestas competições”,

ressalta.

De acordo com Clau-

dino, toda a verba das

inscrições e demais patro-

cinadores que esta compe-

tição receber, será doada à

Apae de Poços de Caldas.

E no próximo dia 31,

Claudino estará na cidade

de Campo do Meio, onde

vai participar de mais um

prova de 7km. “Será um

prova onde a velocidade

chega em torno de 19 e 20

km, exige um ritmo muito

forte do início ao fim”,

explica.

Reprodução

Page 15: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 2014 15

DR. HÉLIO MOREIRA(*) O autor é alfenense, nasceu em Gaspar Lopes e reside em Goiânia;

é membro da Academia Goiana de Letras; da Academia Goiana de Medicina; Instituto Histórico e Geográfi co de Goiás

[email protected]

www.academiagoianadeletras.orgBAÚ LITERÁRIO - DEIXE-ME CONTAR ENQUANTO ME LEMBRO!

CLOVIS PEREIRA, Alfenense e professor em São Paulo-SP

PÉROLAS DO CLOVIS

Todas as vezes que me lembro do campinho, intuitivamente volto minhas recordações justamente para o dia em que me despedi do mesmo.

O ano, 1957, o mês era abril.Levantei-me cedo, acredito que

ainda não eram 4 horas da madrugada; Lucy, minha irmã, já estava na cozinha preparando o café, o bolo havia sido feito na véspera e estava enrolado em um pano branco, bordado nas suas ex-tremidades (era talvez uma das últimas peças do enxoval do seu casamento).

Assustei ao ouvi-la movimentando--se, fui tranquilizado pela sua voz calma e pacienciosa;

- Pode ficar calmo, está com muito tempo ainda !

Alguns minutos após, o Netinho também se levantou e juntou-se a nós na modesta mesa colocada na cozinha.

Voltei a explanar-lhes meus planos e minhas expectativas futuras; senti que não os convencia de maneira definitiva; vi, porém fiz de conta que não obser-vara, que uma lágrima escorregava do canto do olho da Lucy; Netinho perma-necia calado, tentando não ser traído pela emoção do momento.

Revivi, em fração de segundos, os anos que morei naquela casa com eles; tentei fazer-me de “durão”, porém a emoção era tamanha que não me con-tive e chorei.

Os minutos passavam céleres e eu tinha que ir!

Despedimos com emoção, peguei minhas malas e caminhei em direção a novas emoções, à procura de nova vida.

A distância entre a nossa casa e a Praça Getúlio Vargas (local onde deve-ria apanhar o ônibus do Seu Carin) não era muito grande, 4 ou 5 quarteirões ? Não me lembro ao certo !

As ruas ainda estavam silenciosas, os postes luminosos dispostos de um

Campinho

O bairro do “Campinho” é aquela planície situada atrás

da Igreja Matriz (veja seta)

lado e de outro da rua, formavam uma alameda sombria e fria.

A cada esquina que vencia na minha caminhada, volvia meu rosto para trás e vislumbrava a figura da Lucy postada no alpendre da casa, imóvel, acenando com dificuldade e eu repetia o seu gesto, após descansar por alguns segundos minhas malas na calçada.

Lembro com emoção que a partir do segundo quarteirão, minha caminhada tornou-se mais difícil pelo choro, agora quase que convulsivo, repassei neste percurso os momentos de intensa mo-vimentação da minha vida com eles.

Vi a Márcia nascer, vi-a doente e mais vezes vi-a sadia.

Fiz compras no Empório do Senhor Messias, mesmo nas ocasiões em que o nosso crédito estava estourado (diga ao Sr. Messias que o Jóquinha ainda não pagou este mês ...).

Fui a vários bailes na casa do Se-nhor Benedito Tercete bem em frente a nossa, onde dançava o “xote”, com um som animado por uma eletrola que suas filhas tratavam com muito carinho, não deixando ninguém tocá-la.

Lembrei-me de momentos de ex-trema dificuldade econômica, quando tínhamos pouca ou nenhuma variação na alimentação (arroz, chuchu , feijão e ... pouca coisa mais).

Lembrei-me das muitas brincadei-ras com Netinho, quando ele tentava ensinar-me a “marchar”, utilizando um cabo de vassoura como se fora um fuzil: - Esquerda - direita, um, dois, um, dois ...

Quando cheguei na praça, nas ime-diações do posto de gasolina do Senhor Paschoal Patrocinio, olhei mais uma vez para trás, mais uma vez Lucy estava no seu posto, sentinela derradeira dos meus acenos.

Coloquei novamente o fardo das malas no chão, acenei com exagero,

“Seu” Egídio Ferreira, conhecido como ‘seu Egidinho padeiro’ era morador na avenida Afonso Pena, esquina com a rua Campos Gerais - hoje rua Joaquim Guarda. Pela manhã cruzava ruas alfenenses a bordo de uma carrocinha, entregando pães em domicílio, uma tradição em nossa cidade hoje, talvez extinta. Embora fosse por-tador de defi ciência física - era corcunda -, nunca deixou o trabalho e mantinha especial atenção aos fi lhos a quem incentivava na prática do futebol. Para ele os ‘meninos’ levavam jeito para a prática do esporte das multidões. Paulo Ferreira, vulgo Nhaque se despontou no futebol alfenense defendendo as cores do tradicional América FC. Vicente Ferreira - Macarrão - seguiu suas pegadas no América mas não se profi ssionalizou, exercendo a profi ssão de sapateiro, alegando gostar de Alfenas e não deixar suas amizades tradicionais. Macarrão foi um cra-que muito estimado pelos esportistas alfenenses e cidades vizinhas. Todos os clubes amadores faziam questão de possuir em suas fi leiras o alegre e descontraído craque que foi incentivador dos iniciantes e os conhecia pelo carinhoso apelido de ‘carinha’. Nos treinos, Macarrão instruía: “Vocês, ‘carinhas’ controlam a ‘pelota’ e passam pro ‘carinha’ que estiver livre de marcação que o resultado positivo aparece!” Macarrão era amigo de todos, um cra-que dentro e fora do gramado. Embora incentivado pelo mano Nhaque, jamais quis deixar Alfenas. Egidinho, o fi lho caçula do velho Egidinho padeiro foi excelente craque atuando em equipes amadoras de Alfenas e, incentivado pelo mano Nhaque, também recusava convite para tentar sorte em equipes profi ssionais, mormente no Estado do Rio de Janeiro. Nhaque, em pouco tempo atuando no futebol alfenense, recebeu e aceitou convite para se pro-fi ssionalizar, atuando no time do ‘Volta Redonda- RJ. Na década fi nal de 40, Volta Redonda era cidade em franco progresso movida pela ‘Usina Volta Redonda’ marco de progresso no Brasil. Nhaque se estabilizou na ‘cidade do aço’ e sempre vinha rever seus parentes e amigos, trazendo boas notícias e à procura de novos valores para sua equipe. Muitos foram incentivados pelo Nhaque e por motivos familiares, preferiam continuar em Alfenas. Paulo Ferreira, ‘Nhaque’, encerrou sua carreira futebo-lística em Volta Redonda e por lá fi cou. Alfenas deu ao futebol brasileiro muitos craques e Nhaque acredito ser o primeiro a se tornar profi ssional na arte. Depois vie-ram Ita -José Augusto - que despontou no futebol ainda jovem, sendo encaminhado,segundo informes ao Vasco da Gama pelo esportista Luizinho Amaral. Conheci Ita atuando na equipe dos ‘Congregados Marianos’ e no time do esportista Geraldo de Souza - Geraldo Faz favor- ou Geraldo fi lho do fazendeiro Pedro Arcanjo de Souza. ‘Faz favor’ era incentivador dos jovens iniciantes no futebol e, possuindo caminhão, aos domingos levava seus craques para competir com equipes jovens em cidades vizinhas. Do seu trabalho e incentivo, muitos craques foram revelados para diversas equipes amadoras de Alfenas e região. Em seguida, outros craques formados nas diversas equipes locais pontifi caram e se tornaram profi ssionais atuando em equipes das capitais: Belé, Reinaldinho, Fiico no Serrano de Petrópolis e outros. Em contrapartida outros craques como Macarrão, Egidinho, Maurico, Pascoalzi-nho, Resckinho, Leyr, Patinho e outros foram sondados e continuaram defendendo equipes em nossa cidade.

Embora distante, sou informado de que novos craques pintam no futebol alfenense e em breve, serão manchetes nos jornais. Faço votos que seja realidade para o futebol alfenense que, em remotas eras, era uma forja de craques; alguns se tornaram profi ssionais e Nhaque, foi quem abriu caminho. Estamos entendidos!

Nhaque, o primeiro craque de futebol alfenense que ser

tornou profi ssional

MÔNICA NAVES BARCELOS Farmacêutica Bioquímica Mestrado - Universidade Federal de Lavras (UFLA)

[email protected]

A meu sentir, a sociedade possui uma necessidade assustadora de se ter cada vez mais, o que reflete em problemáticas ambientais. Falar e fazer Educação Ambiental, particu-larmente, me atrai. Por isso, volta e meia, insisto nesta abordagem.

Na verdade, sempre exponho que há uma grande diferença entre fa-lar sobre o tema e fazer. Temos, há alguns anos, uma Política Nacional de Educação Ambiental e acho que é importante estarmos constantemente refletindo sobre o que ela tem repre-sentado, de fato, na prática. Neste sentido, por acreditar que a Educação Ambiental ainda é uma temática que gera dúvidas, especialmente quanto às atividades educativas escolares, como educadora elaborei o presente artigo de opinião.

Tenho sobre a Educação Ambiental a convicção de que é inevitável que, nos tempos atuais, ela deixe de fazer parte de nossas vidas. Mas para que ela seja significativa, é preciso que haja sensibilização dos seres humanos no que diz respeito a transformações em suas maneiras de viver, pensar e agir, criando assim, condutas cons-cientes e significativas.

Percebo dificuldades em se traba-lhar a Educação Ambiental nos espa-ços escolares. Comumente, as práticas educativas “caem” em armadilhas.

Educação Ambiental tem que ser refl exiva, crítica, propositiva, emancipatória

e não apenas comportamentalista

Um famoso estudioso da área, Mauro Guimarães, nomeia estas armadilhas como “armadilhas paradigmáticas”, ou seja, práticas educativas que se reduzem a modelos comportamen-talistas pré-estabelecidos, padroni-zados, não reflexivos e não críticos. Posso exemplificar: A reciclagem, em minha opinião, dependendo da forma como é abordada, é capaz de nos levar a acreditar que estamos fazendo nossa parte, enquanto que, na realidade, nada muda. Basta ouvirmos juntas as palavras lixo e Educação Ambiental que nos vem na mente que devemos reciclar, não é? Claro que a reciclagem é de suma importância. Não a descon-sidero de maneira nenhuma! Reciclar é fundamental! Entretanto, vejo-a como um pontapé inicial, que por si só não refletirá em nada na transformação da realidade. Outros aspectos devem ser considerados, que tornam a prática bem mais complexa: Cadê a reflexão crítica sobre os valores culturais da

sociedade de consumo, do consumis-mo, do industrialismo, do capitalismo, dos aspectos políticos e econômicos da questão do lixo? Quem me ajuda a questionar é Philippe Pomier Layrar-gues, outra grande identidade da Edu-cação Ambiental brasileira.

Penso que, dependendo da forma como a reciclagem é objetivada pode camuflar e levar a sensação de que o problema está sendo resolvido. Por-tanto, é uma prática que pode e deve ir além de uma coleta seletiva com-portamentalista. É uma prática que, se bem trabalhada, pode sensibilizar para conscientizar quanto ao reciclar mais em concomitância com o descartar menos lixo (uma vez que tudo aquilo que julgamos não nos servir mais, certamente, tem como destino o lixo). Isto sim é Educação Ambiental em sua plenitude: sem fórmulas, receitas ou roteiros prontos a seguir. Educar para o ambiente é considerar a realidade, numa perspectiva reflexiva, crítica, propositiva e emancipatória.

Em época de política, importante dizer que investir na formação inicial e continuada de professores é impor-tante! O professor é fundamental na contribuição para a conscientização quanto ao TER e construção do SER para que este detenha sensibilidade e atitude sobre a realidade vivida e que esta pode ser mudada.

houve retribuição na mesma proporção, enxuguei as lágrimas na manga da ca-misa e me aproximei de outras pessoas, também aguardando a porta do ônibus ser aberta.

Ali naquele momento iniciei uma longa viagem que modificou todas as diretrizes da minha vida, segui para São Paulo e dali para Curitiba.

Nas vezes que voltei a Alfenas, fui sempre ao Campinho; sinto, no entan-to, que agora estou pisando em terra estranha, não conheço mais ninguém. Senhor Messias nunca mais vi, houve modificação paisagística no bairro. O progresso substituiu as lembranças, onde existia a casa da “Tia Lidia” (an-tigo prostíbulo) surgiu outro empre-endimento, só faltava ser um convento de freiras.

Lazinho (diziam que era “gay”), não circula mais por lá, as filhas do Sr. Be-nedito Tercete já devem ter constituído famílias e não sei se ainda residem no Campinho.

Só ficaram recordações, só ficaram saudades de um tempo que não volta mais...

Page 16: EDIÇÃO COMPLETA - JORNAL DOS LAGOS - SÁBADO 23 DE AGOSTO 2014

EDITAIS DE PROCLAMAS

Alfenas, sábado, 23 de agosto de 201416

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASILESTADO DE MINAS GERAIS

REGISTRO CIVIL DE ALFENAS - MG

CERTIDÃO DO EDITAL DE PROCLAMAS

CERTIFICO que na data de 15 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta ser-ventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: KLEYNERS DE ALMEIDA SILVA e LISANDA ROCHA FERREIRA. Ele fi lho de Claudio de Almeida Silva e Cleonice Aparecida Candida Silva; e ela fi lha de Jorge Wanderley Mello Ferreira e Maria Manoela Rocha Ferreira; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 15 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 18 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta serventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: GESIEL LEMES e BE-ATRIZ DE JESUS MARQUES; ele fi lho de Lourdes Lemes; e ela fi lha de Antônio Miguel Marques e Natalina de Jesus Savioli Marques, e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 18 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 14 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta serventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de JOÃO BATISTA DOS SANTOS ROCHA e KÉTICIA TAINI DA COSTA; ele fi lho de João Carlos Rocha e Maria Isabel Pereira dos Santos Rocha; e ela fi lha de Davi Cândido da Costa e Francisca da Costa; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 14 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 16 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta serventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: WILTON PEREIRA BELITARDO e ALEXANDRA APARECIDA PERNAMBUCO; ele fi lho de Guilherme Rost Belitardo e Maria Helena Pereira; e ela fi lha de Carlos Ramiro Pernambuco e Gasparina das Graças Pernambuco; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 16 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 18 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta ser-ventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: THIAGO JOSÉ FERREIRA e FLÁVIA CRISTINA ROCHA DE AZEVEDO; ele fi lho de José Armando Ferreira e Zelia

1ª VARA CRIMINAL, DE ATOS INFRACIONAIS DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE E DE CARTAS PRECATÓRIAS CRIMINAIS DA COMARCA DE ALFE-NAS - MG. PROCESSO Nº 016.09.098751-8EDITAL DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA COM O PRAZO DE 30 DIAS Edital de Intimação do réu ELISANDRO VICTORINO, brasileiro, nascido aos 08/02/1976, fi lho de José Benedito Victorino e de Maria Conceição Santos Victorino, residente na Rua Paraná, 110, Vila Santa Luzia, nesta cidade de Alfenas, MG, estando atualmente em lugar incerto e não sabido.

A DRA DENISE LUCIO TAVELA, MMª. Juíza de Direito da 1ª Vara Criminal, de Atos Infracionais da Infância e da Juventude e de Cartas Precatórias Criminais da Comarca de Alfenas, MG, em pleno exercício do cargo, na forma da lei etc...

FAZ saber aos que virem o presente ou dele tiverem notícia que, por este Juízo e 1ª Vara Criminal desta cidade, tem em andamento um processo movido pela Justiça Pública contra ELISANDRO VICTORINO. Pelo presente, fi ca o réu ELISANDRO VICTORINO, intimado a efetuar o pagamento de multa no valor de R$ 102,87 (cento e dois reais e oitenta e sete centavos), no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de inscrição do débito, acrescido de multa de 10% (dez por cento), em dívida ativa e de registro no Cadastro Informativo de Inadimplência. E, constando dos autos que o réu está atualmente em lugar ignorado, incerto e não sabido, mandou, na melhor forma de direito, passar o presente pelo qual INTIMA-O através deste Edital de Intimação. Para conhecimento de todos será este publicado e afi xado no saguão do Fórum desta cidade. Dado e passado nesta cidade de Alfenas, MG, aos 20 de agosto de 2014. Eu,______________________ (WANDERLENA BECKER MUNHOZ FERNANDES MANSO RABELO), Escrivã Judicial conferi e assinei.

DENISE LUCIO TAVELAJuíza de Direito

das Dores Thiago Ferreira; e ela fi lha de Eduardo de Azevedo Galdino e Francisca Rocha de Azevedo; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 18 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 18 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta serventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: RAFAEL VITOR HERCULANO e GEISA MARIA DOS SANTOS; ele fi lho de Juscelino de Fátima Herculano e Erotildes da Costa Herculano; e ela fi lha de Edson José dos Santos e Jacqueline Lopes dos Santos; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 18 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 19 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta ser-ventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: TIAGO FURTADO SERRA e ANA CLÁUDIA RAMOS DE ARAÚJO; ele fi lho de Lucelio Tavares Serra e Marlene Furtado Serra; e ela fi lha de Gilberto Garcia de Araújo e Verônica Ramos de Araújo; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 19 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 19 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta ser-ventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: KEMERSON DE SOUZA e LARISSA ROCHA ARRUDA DE SOUZA; ele fi lho de João Batista de Souza e Conceição Aparecida de Souza; e ela fi lha de Diógenes José Arruda de Souza e Maria do Perpétuo Socorro Rocha; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 19 de agosto de 2014.

CERTIFICO que na data de 19 de agosto de 2014, foi afi xado no lugar de costume nesta serventia o EDITAL DE PROCLAMAS referente ao casamento de: ANTÔNIO THIAGO CHIARETTI SOARES e MICHELLE DONATO COSTA CAMPOS; ele fi lho de Antonio Soares Filho e Maria Helena Chiaretti Soares; e ela fi lha de Jairo Carlos Campos e Samia Nara da Costa Campos; e que será enviado à imprensa local para dar publicidade ao ato. Nada mais.O referido é verdade e dou fé. Alfenas-MG, 19 de agosto de 2014.

Aline da Silva DanzigerEscrevente autorizada

Alessandro MesquitaOfi cial do Registro Civil

JONATHAN DOMINGUES DE SOUZA (TATO)Pastor da Igreja Presbiteriana IndependenteGraduado em Teologia pelo CESUMAR e Graduando em Psicologia pela UNIFENAS

Continuando o texto da semana pas-sada, precisamos deixar as falhas para trás e seguir adiante. “O fracasso nunca precisa ser o fi nal de todas as coisas”. Um ditado popular diz: “Errar é humano, mas permanecer no erro é burrice”. Não devemos nos esconder atrás da verdade que errar é humano.

Não fomos criados somente para o erro. A bíblia diz que o homem foi criado para glorifi car a Deus. Você fracassou? Então, siga em frente. Você já aprendeu o que fazer para dar errado, então, faça agora do jeito certo.

Coloque em ordem sua vida. Peça perdão às pessoas que você machucou. Libere perdão para as pessoas que ma-

Vencendo o fracassochucaram você. O perdão nos liberta do passado e nos dá a oportunidade de viver algo novo. Por isso Jesus veio ao mundo, morreu na cruz e ressuscitou. Ele fez isso para que eu e você tivéssemos o direito ao perdão. Com o direito ao perdão temos a oportunidade de um novo recomeço em nossas vidas.

SONHE UM NOVO SONHO. Siga em frente, sonhe um novo sonho, ou às vezes você precisa somente realinhar o seu sonho. No livro de Eclesiastes 5.3 Deus nos diz: Porque dos muitos tra-balhos vêm os sonhos, e do muito falar, palavras néscias.

É interessante que o fracassado sem-pre está perdido em meio às palavras.

Aconteceu comigo, eu não merecia, a vida é difícil, nada dá certo, tudo de ruim sempre acontece comigo. Quem está afundado no fracasso não consegue perceber o mundo de oportunidades que estão a sua volta.

“Dos muitos trabalhos, vêm os so-nhos”. Se mexa, tome uma atitude. Levante-se dessa cama, pare de ter dó de si mesmo. Enfrente a vida, trabalhe, permita projetos e novos pensamentos ocuparem sua mente.

Romanos 8.31 nos diz; Se Deus é por nós quem será contra nós? Creia! Deus está zelando por sua vida. Então, mãos a obra! Vamos trabalhar e acabar com esse fracasso!

LUCIANA SIQUEIRA CARVALHOProfessora de pintura ateliê ‘Fisarte’

blog: lumaosquefazem.blogspot.com

Ninguém é capaz de mensurar, o tamanho da cruz do outro.Julgar as pessoas é a coisa mais fácil deste mundo.Afi nal, vivemos em um mundo de juízes e promotores de justiça,tanto humana quanto divina.São pessoas dotadas de um poder “Sobre-Humano”e totalmente “anti-Cristão”.Podem tudo! Criticar, julgar e até mesmo condenar.Mais, jamais... absolvem, perdoam e amam...São algozes do tempo presente.A Bíblia sabiamente nos ensina que:“Como posso ver um cisco no olho do meu irmão, se tem uma trave no meu?Transitamos entre telhados de vidro. Eu preciso cuidar da vida do outro de uma forma respeitosa.Somos seres humanos, dotados de uma alma sensível.È muito sério sair por aí, fazendo acusações infundadas, sem o mínimo respeito pela vida do outro e os seus pro-blemas.Tom Jobim dizia que:“Fazer sucesso no Brasil é ofensa pessoal.”Se é tão difícil assim respeitar o outro,e se a tua história não é tão interessante quanto a do outro.Lembre-se de uma coisa: “Você o único autor dela”Deixe o AMOR de Deus tomar conta de você, quebrante seu coração, seja menos duro com os outros e sobretudo consigo mesmo.Seja dócil!Não julgue!Perdoe...

Não julgue

CARMEN DOS SANTOS E OLIVEIRAPresidente do COMDALF - Conselho Municipal das Pessoas com Defi ciência de Alfenas/MG

O velho ditado diz: “Antes das leis, reformemos os costu-

mes”. Para que servem as leis se a sociedade para quem foram

feitas, não está preparada para usá-las, não as conhecem?

Pouco importa serem justas e necessárias se a sua aplicação

está distante de sua importância. A distância entre a infor-

mação, os costumes, as crenças e a credibilidade, faz com que

algumas leis “peguem” e outras não, mas minha intenção não

é a de criticar e, sim, a de esclarecer, despertar a consciência

sobre essa incompatibilidade, na questão da inclusão de todos,

numa sociedade que antes de ser obrigada a incluir, deveria

ser despertada para a cultura da inclusão, despertada para a

essência da lei que a tornou universal. Eu sei que a conquista

dessa cultura é lenta e progressiva, que deverá ser manifesta-

da nas ruas, nas escolas, no trabalho, no esporte, nos bares e

restaurantes, etc., enfim, que a mudança de comportamento

da sociedade deverá ser assumida por todos e que possamos

alcançar a aceitação da inclusão, não apenas porque é lei, mas

porque é justa e necessária. A inclusão é o privilégio de conviver

com as diferenças e ela é possível, é só acreditar.

Momentos de inclusão