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O diretor-geral da empresa Águas de Gondomar responde em exclusivo às questões do Vivacidade > Págs. 24 e 25 Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected] Ano 10 - n.º 115 - fevereiro 2016 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira PUB PUB Ourindústria 2016: certame regressa ao Multiusos de 17 a 20 de março > Pág. 18 Sociedade Taça de Europa 2016: Gondomar recebeu a elite do ténis de mesa europeu > Pág. 37 Desporto “Não Podiam Trabalhar com Fome”: livro de Daniel Vieira recorda a revolta dos mineiros de São Pedro da Cova, em 1946 > Págs. 8 e 9 Reportagem Vivacidade Município e Fundação Júlio Resende celebram contrato-programa de apoio ao Lugar do Desenho > Pág. 21 Cultura ENTREVISTA A JAIME MARTINS: “Podemos fazer melhor mas estamos sempre a procurar essa possibilidade” “Percebo que as pessoas não gostem de ver um buraco tapado com cubos mas muitas vezes também é fácil chutar para nós” Repavimentações: “Tive uma excelente relação com o executivo anterior e tenho também com o executivo atual” Relação com o Município: “A ETAR cumpre na totalidade todos os requisitos legais e isso desmistifica a questão da poluição do rio Tinto” ETAR do Meiral: Conclusão da rede de saneamento em Melres e Medas: “Há o compromisso de concluir esse processo até ao final de 2016”

Edição de fevereiro de 2016

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O diretor-geral da empresa Águas de Gondomar responde em exclusivo às questões do Vivacidade > Págs. 24 e 25

Visite-nos em: www.vivacidade.org - E-mail: [email protected]

Ano 10 - n.º 115 - fevereiro 2016 Diretor: Miguel Almeida - Dir. Adjunto: Pedro Santos Ferreira

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Ourindústria 2016: certame regressa ao Multiusos de 17 a 20 de março> Pág. 18

Sociedade

Taça de Europa 2016: Gondomar recebeu a elite do ténis de mesa europeu> Pág. 37

Desporto

“Não Podiam Trabalhar com Fome”: livro de Daniel Vieira recorda a revolta dos mineiros de São Pedro da Cova, em 1946> Págs. 8 e 9

ReportagemVivacidade

Município e Fundação Júlio Resende celebram contrato-programa de apoio ao Lugar do Desenho> Pág. 21

Cultura

ENTREVISTA A JAIME MARTINS:

“Podemos fazer melhor mas estamos

sempre a procurar essa possibilidade”

“Percebo que as pessoas não gostem de ver um buraco tapado

com cubos mas muitas vezes também é fácil chutar para nós”

Repavimentações:

“Tive uma excelente relação com o executivo anterior

e tenho também com o executivo atual”

Relação com o Município:

“A ETAR cumpre na totalidade todos os requisitos legais e

isso desmistifica a questão da poluição do rio Tinto”

ETAR do Meiral:

Conclusão da rede de saneamentoem Melres e Medas:

“Há o compromisso deconcluir esse processo até ao

final de 2016”

2 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Editorial

PRÓXIMA EDIÇÃO17 de março

O que significa a paz cristã? Para se poder dar uma resposta cabal a esta pergunta, tem que saber-se para quem ela é direcio-nada. Se for dirigida aos cristãos, não existe uma resposta concreta, porque eles simplesmente sen-tem-na. Encontrar palavras para explicar sentimentos, é tarefa di-fícil, senão impossível na maior parte das vezes.

Uma outra resposta pode ser encontrada, quando a pergunta é dirigida de uma forma generaliza-da, obtendo-se simplesmente, que ela é a vivência que se sente social-mente, quando nessa sociedade são praticados os valores cristãos.

É certo que para muitos, pode ficar um discernimento vago, um não saber bem o que é que se quer com isso dizer, mas então, só quando se é transportado para outras sociedades, onde outros valores são aí praticados, a visão ficará decididamente clarificada.

As sociedades são o produto e o resultado das ideias e os valores praticados por quem as constrói. Esta é uma consideração referen-te à multidão e não ao indivíduo.

Individualmente os homens são todos iguais, em todas as religiões, em todas raças, em todos os siste-mas políticos, no que se refere a virtudes e defeitos. Todos os ho-mens são feitos da mesma massa.

Os diferentes conceitos polí-ticos de desenvolvimento e orga-nização sociais têm, perante este homem, efeitos diferentes, que se poderão constatar no espectro que vai do capitalismo agressivo, ao comunismo contranatura e re-dutor das liberdades.

O cristianismo nasceu em Jerusalém, dentro do Império Romano que impunha à força da espada a sua Paz, possuidor da sua própria essência de pensamento, assim como no seio do Judaísmo, fechado no seu conceito religioso. Daí partiu, aberto a todas as so-ciedades, oferecendo o seu valor a todo o mundo.

Um continente deste mundo, a Europa, recebeu-o, nos seus conceitos sociais em vigor pelos seus diferentes povos, passando a ser fator de catadupa, de desen-volvimento, e bem-estar.

A “Pax Christiana” tem, toda-

via, um problema: a exigência de amor a Deus que, implica logo de seguida, o amor ao próximo. Esse problema revela-se no ataque fe-roz de todos aqueles que odeiam, e não lhes convém, este tipo de valores. Esses são aqueles que, têm minado ao longo de séculos, o ideal proposto pelo cristianismo para o bem das sociedades. Não admira, pois, o convite à conver-são insistentemente proposto pe-los místicos, ao longo dos tempos.

Incrivelmente, virá a consti-tuir uma outra, a causa da deca-dência dos europeus, e dos seus valores na Europa que, acabou por lhe roubar o elam e a imbuir o seu entendimento: a prosperidade a que chegou.

No nosso tempo, Deus virou as costas ao seu continente queri-do. Abandonou-o á sua sorte, tal como o fez aos israelitas, após es-tes o terem cruxificado e deixado de o reconhecer.

Claro que os cristãos sabem que esta decisão não vem de Deus, mas sim dos homens, pois o do-mínio do mundo e o livre arbítrio lhes pertence. ■

Pax ChristianaJoão Neves Pinto

Pelo segunda época conse-cutiva de pesca da lampreia e do sável, o Município abre aos pescadores o Posto de Registo e Controlo de Pescado de Val-bom, situado em Ribeira de Abade. A medida constitui um importante incentivo aos pes-cadores.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Caros Leitores,

Não se duvida que são os eventos que trazem os forasteiros às terras e que Gondomar, com exceção das festas do concelho e de uma ou ou-tra freguesia que atrai mais pessoas à sua festa local, não tem tido um grande resultado na atração de tu-ristas.

Tendo em conta os principais re-cursos que o concelho tem – um pavilhão multiusos muito bem lo-calizado e construído (mesmo que o investimento tenha sido consi-derado faraónico), uma oferta de restaurantes de qualidade e de bom preço e a competência dos gondo-marenses em bem receber as pes-soas – seria expectável que houves-se melhor resultado.

Um dos eventos que mais atrai as pessoas ao concelho tem sido a Festa do Sável e da Lampreia, que vai na sua 25ª edição, e cujos res-ponsáveis têm conseguido renovar e adaptar aos novos tempos. Com tantos bons concorrentes, especial-mente na lampreia, o sucesso que

Gondomar tem tido é reconhecido e bem merece esse reconhecimento por toda a longa história desta festa.

Mas, do ponto de vista operacio-nal, é urgente que se defina um pla-no estratégico de desenvolvimento sustentado para o concelho que, se existe, é como se não existisse do ponto de vista da comunicação e do seu reconhecimento pelos muníci-pes e outras entidades. E não ve-nham dizer que são os programas eleitorais dos partidos….

Por falar em partidos, Gondomar vai receber o congresso do CDS-PP nos próximos dias 12 e 13 de mar-ço no referido pavilhão multiusos. As pessoas ligadas á organização dizem que o pavilhão é excecional para o tipo de evento em que con-siste um congresso de um grande partido político, por isso, espere-mos que outros sigam o exemplo do CDS-PP e tragam para a nossa terra três mil pessoas de fora que vão utilizar os nossos restaurantes e serviços associados.

Claro que vão ter que marcar ho-tel no Porto ou em Gaia! ■

SUMÁRIO:

BrevesPágina 4

ReportagemVivacidadePáginas 8 e 9

SociedadePáginas 6 a 20

CulturaPáginas 21 a 27

DestaquePáginas 24 e 25

PolíticaPáginas 28 a 34

DesportoPáginas 35 a 38

Empresas & NegóciosPágina 39 e 40

OpiniãoPáginas 41 a 43

LazerPáginas 44 e 45

EmpregoPágina 46

Na Rua Cimo da Serra, em S. Cosme, podem ver-se pedre-gulhos depositados junto ao passeio num terreno por ha-bitar. O cenário não é digno e recomenda-se mais atenção a casos como este.

FICHA TÉCNICA

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal: 250931/06

Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação: Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial: Serafim Ribeiro (Tel.: 910 600 079)Paginação: Carina Moreira

Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de ComunicaçãoSocial, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do MonteTel.: 910 600 078 / 919 275 934

Colaboradores: Ana Portela, André Cam-pos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Germana Rocha, Guilher-mina Ferreira, Henrique de Villalva, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodri-gues, João Pedro Sousa, José António Fer-reira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Luís Monteiro, Luís Pinho Costa, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nó-voa, Rui Oliveira, Salomé Ferreira, Sandra Neves e Tiago Nogueira.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio: www.vivacidade.orgFacebook: facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Foto DR

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4 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Breves

Colóquio “Resistênciaaos Antibióticos”

No dia 26 de fevereiro, realiza-se, no Hospi-tal-Escola da Universidade Fernando Pessoa, o colóquio subordinado ao tema “Resistência aos Antibióticos: o estado da arte da investigação para a prática clínica”. O colóquio é de entrada e participação livre.

Dia Internacional da Mulher comemorado em Gondomar

A Câmara Municipal de Gondomar e a Associação das Donas de Casa de Gondomar vão associar-se, a 8 e março, para organizar um almoço comemorativo do Dia Internacional da Mulher, na Quinta da Azenha de Baixo. As inscrições no evento decorrem até ao dia 1 de março na sede da associação, no Mercado Mu-nicipal de S. Cosme.

“Vamos saber o que comer”A Liga dos Amigos do Centro de Saúde de

Foz do Sousa vai organizar nos dias 27 e 28 de fevereiro duas atividades inseridas no colóquio “Vamos saber o que comer”. Estão previstas ações de rastreio à hipertensão, diabetes e vi-sual, formações práticas e uma palestra sobre a importância da alimentação na prevenção. As atividades têm lugar na sede do Gens Sport Clube.

Aulas de dança contemporânea no FIDES

O FIDES – Orfeão de Valbom vai dispo-nibilizar uma aula aberta de dança contempo-rânea na sede da associação. A aula realiza-se no dia 4 de março, pelas 18 horas. As inscrições estão abertas ao público.

31.º Festival de Patinagem Artística em Fânzeres

O Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres vai organizar o 31.º Festival de Patinagem Ar-tística no dia 5 de março, pelas 18h30, no Pa-vilhão Municipal de Fânzeres. Estão previstas atuações de diversos clubes convidados e cam-peões europeus e mundiais da modalidade.

“Sexualidade sem risco” nas escolas do concelho

A Câmara Municipal de Gondomar está a realizar uma campanha de sensibilização so-bre a “Sexualidade sem Risco”. Entre fevereiro e março os alunos do 9.º ano de sete escolas do concelho vão poder assistir à palestra “Sexuali-dade, HPV e Cancro do Colo do Útero”.

Lúcia Moniz no Auditório Municipal de Gondomar

A atriz e cantora Lúcia Moniz vai atuar no Auditório Municipal de Gondomar, a 4 de mar-ço, pelas 21h30. O espetáculo está inserido no ciclo de conversas-concerto do Conta-me His-tórias. A entrada tem um custo de 2,5 euros.

Palestra “A Estrelada Educação”

O formador e terapeuta Nuno Quelhas vai dar uma palestra subordinada ao tema “A Es-trela da Educação”, no dia 26 de fevereiro, pelas 21h30, na Escola Secundária de Gondomar.

Gens SC festeja91.º aniversário

O Gens Sport Clube vai comemorar o 91.º aniversário do clube a 5 de março, na sede da coletividade. O jantar comemorativo, organi-zado em conjunto com o Grupo de Amigos do Gens, tem início às 20h30. O jantar está sujeito a reserva.

Campos de Férias regressam à Lipor

Os campos de férias regressam à Lipor de 21 a 24 de março, ocorrendo no período de fé-rias escolares. Segundo a instituição, o principal objetivo é “ocupar de uma forma pedagógica e, ao mesmo tempo, lúdica os tempos livres dos jovens, incutindo neles valores ambientais e so-ciais”.

Rio Tinto na corrida para o “Hino da Fruta”

Os alunos do 4.º D da Escola Básica da Boa-vista/Lourinha, de Rio Tinto, fizeram o “Hino da Fruta” para “espalhar magia, saúde e solida-riedade pelo país”. A votação decorre até dia 10 de março no site www.heroisdafruta.com e vai apurar os três mais votados, bem como o mais partilhado de cada distrito.

“Semana das Ciências” no Agrupamento Infanta D. Mafalda

O Agrupamento de Escolas Infanta D. Ma-falda, Rio Tinto, dinamizou várias atividades inseridas na “Semana das Ciências” entre os dias 22 e 26 de fevereiro. A palestra “Os Ecos-sistemas Ribeirinhos – o Rio Tinto” foi o pon-to alto da iniciativa dirigida aos professores e alunos.

O Republicano estreianova peça

“O Republicano em Palco” é a mais recente revista à portuguesa do grupo de Teatro Ama-dor do Centro Republicano e Democrático de Fânzeres. A estreia está marcada para 5 de mar-ço no salão paroquial de Fânzeres, pelas 21h30. O espetáculo tem entrada paga e conta com a participação especial do grupo juvenil do Espa-ço Dança.

“Como criar uma empresa ao menor custo possível”

A ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários com o apoio da Câmara Munici-pal de Gondomar realizou, a 18 de fevereiro, no edifício GoldPark, um workshop subordinado ao tema “Como criar uma empresa ao menor custo possível”. O workshop teve como princi-pal objetivo proporcionar aos participantes co-nhecimentos das ferramentas low cost aos quais podem recorrer. Sónia Brochado dinamizou a iniciativa.

Festival de Comédiaem Valbom

No dia 4 de março, o Centro Social e Cul-tural de Valbom recebe, pelas 22 horas, os hu-moristas António Raminhos, Hugo Sousa e Alexandre Santos. O encontro está inserido no Festival de Comédia.

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Fanfarra de Gondomar soprou nove velasA Associação Cultural Recreativa Fanfarra

de Gondomar celebrou nove anos de existência a 14 de fevereiro. A cerimónia contou com o hastear das bandeiras junto à sede da associa-ção e um convívio no refeitório social da União das Freguesias de Gondomar, Valbom e Jovim.

José António Macedo, presidente da União de Freguesias de Gondomar, Valbom e Jovim, marcou presença na cerimónia.

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Dia da amizade no “Urbanitos”Os mais jovens clientes do Jardim de Infân-

cia “Urbanitos”, da APPC de Gondomar, come-moraram no dia 12 de fevereiro o Dia da Ami-zade. Para além de uma decoração especial na entrada do espaço, com fotografias e mensagens personalizadas de todas as crianças, auxiliares e educadoras, os “Urbanitos” fizeram um périplo por todas as instalações da “Villa Urbana” na APPC Gondomar.

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Clube Gondoclássicos de Portugalcomemorou 7.º aniversário

O Clube Gondoclássicos de Portugal feste-jou o seu sétimo aniversário, a 14 de fevereiro, em convívio com amigos e associados na sede da associação. Recorde-se que o Clube Gondo-clássicos de Portugal é uma associação sem fins lucrativos, fundada em fevereiro de 2009, que conta com mais de 300 sócios.

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Representação angolana no CINDORO presidente do Conselho de Adminis-

tração da Agência Reguladora do Mercado do Ouro da República visitou o CINDOR no início de fevereiro. Segundo fonte do Centro de Formação Profissional de Ourivesaria e Relojoaria, a visita lançou sementes para uma cooperação que “não tardará a dar os seus frutos”.

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Lipor distinguida com o prémio Excelência no TrabalhoA Lipor foi distinguida como Vencedora

Sectorial na categoria das médias empresas do sector público, no Prémio Excelência no Trabalho. Segundo fonte da Lipor, a distinção representa “o resultado da dedicação, envol-vimento e empenho coletivo de todos sempre em busca da excelência”.

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Luís Portela falou sobre “A Vida, a Morte e a Ciência”O auditório da Biblioteca Municipal de

Gondomar recebeu, a 29 de janeiro, Luís Portela, presidente da Bial. O convidado deu uma palestra subordinada ao tema “A Vida, a Morte e a Ciência”. Luís Filipe Araújo, vice--presidente do Município, e Salvato Trigo, reitor da Universidade Fernando Pessoa, as-sociaram-se à iniciativa.

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6 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Sociedade

Sável e lampreia para degustaraté marçoA 25ª edição da Festa do Sá-vel e da Lampreia está a de-correr até ao dia 20 de março. O evento gastronómico con-ta com a participação de 24 restaurantes de Gondomar e deslocou-se, este ano, para Gramido.

Iniciou a 19 de fevereiro a XXV Fes-ta do Sável e da Lampreia de Gondomar. O evento mudou-se para Gramido e está mais próximo do rio Douro, local de cap-tura do sável e da lampreia. A festa assenta na promoção do fim de semana gastronó-mico, realizado entre os dias 19 a 21 de fevereiro, e do concurso gastronómico, no dia 10 de março.

“Este festival conta já com 25 anos e esta é uma data assinalável. Por isso, qui-semos também diferenciar a edição deste ano e contamos com a unanimidade dos restaurantes participantes no concurso gastronómico para deslocalizar o evento para Gramido”, revela Carlos Brás, verea-dor do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo da Câmara Municipal de Gondomar.

A continuidade do concurso gastro-nómico foi posta à consideração dos 24 restaurantes e mereceu a aprovação de todos os concorrentes. “Existiam algumas dúvidas sobre a continuidade da prova gas-tronómica mas ficou decidido que deveria existir”, afirma o autarca.

Segundo Carlos Brás, a gastronomia representa “um dos vetores estratégicos para a autarquia”. “A gastronomia transmi-te a nossa tradição e o caso da lampreia é um bom exemplo disso mesmo”, conclui o vereador.

Lampreia à bordalesa esável frito em competição

À semelhança das edições anteriores, haverá prémios para os três restaurantes melhores classificados nas categorias Lam-preia à Bordalesa e Sável Frito. O júri do concurso será encabeçado pelo chef Hélio Loureiro. A prova gastronómica realiza-se a 10 de março. A entrega de prémios está marcada para as 17h, na Quinta do Passal.

“Estamos a trabalhar nacertificação da lampreia”

Para Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, a Festa do Sável e da Lampreia é de “grande im-portância económica” para o concelho. O edil gondomarense vai ser júri do concurso gastronómico e destaca a aposta da autar-quia na gastronomia. “Estamos a trabalhar na certificação da lampreia”, recordou ao Vivacidade. ■

Texto: Pedro Santos Ferreira

> Carlos Brás, vereador do Desenvolvimento Económico e Empreendedorismo da Câmara Municipal de Gondomar

> O fim de semana gastronómico mudou-se para Gramido > Marco Martins marcou presença na inauguração do evento

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8 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Reportagem Vivacidade

Texto: Pedro Santos Ferreira

Daniel Vieira:

“Não é possível perceber São Pedro da a importância das minas de carvão“Não Podiam Trabalhar com Fome” será apresentado no dia 26 de fevereiro, pelas 21h30, no auditório da Escola Profissional de Gondomar

Daniel Vieira, 30 anos, natural de São Pedro da Cova, mes-tre em História Contemporâneo, prepara-se para lançar o li-vro “Não Podiam Trabalhar com Fome”, obra que revisita a revolta contra as precárias condições existentes nas minas de São Pedro da Cova, que deu origem a uma greve histórica, em 1946. A investigação foi apresentada pelo autor, em 2011, no âmbito do mestrado em História Contemporânea pela Fa-culdade de Letras da Universidade do Porto, é agora editada pela Lugar da Palavra. Ao Vivacidade, Daniel Vieira salienta o contributo para a “preservação da memória” que o livro pre-tende dar e recorda os motivos que levaram os mineiros a lutar contra a exploração.

Este livro resulta de um trabalho acadé-mico que explora o impacto da greve mi-neira de 1946. O que o levou a escolher este tema?

Daniel Vieira (DV) – A escolha deste tema deriva do caráter afetivo à freguesia de onde sou natural – São Pedro da Cova - ao facto de ter tido avós que trabalharam nas minas, de manter, ainda hoje, ligação com pessoas que trabalharam nas minas e de ter crescido com relatos extremamente duros do violento trabalho mineiro. Além disso, criei também um sentimento de in-justiça pela exploração violenta, baixos sa-lários e condições de miséria da população de São Pedro da Cova naquela época. Tudo isso levou-me a escolher este tema para a dissertação de mestrado.

A investigação é centrada no caso concre-to da greve de 1946. O que o levou a optar por este acontecimento?

DV – Academicamente procuro sem-pre centrar os meus trabalhos no estudo da freguesia de São Pedro da Cova e, mais concretamente, no movimento operário na freguesia. Ao longo dessa investigação que fui fazendo detetei sempre a existência de vários protestos ocorridos durante o século XX nas minas de São Pedro da Cova, com particular destaque para as greves de 1923 e de 1946. A greve de 1923 teve impacto internacional e originou a solidariedade dos mineiros ingleses com os portugueses, contudo, esse tema já se encontra retrata-do na bibliografia do movimento operário

português. Escolhi, no entanto, a greve de 1946 como alvo do meu estudo porque é o primeiro grande protesto no período do Estado Novo.

Nesse período – anos 40 - que impor-tância tinham as minas de São Pedro da Cova para o país?

DV – As minas de São Pedro da Cova foram das mais importantes do país. Cer-ca de 70% da produção nacional de carvão saía daqui e as minas empregavam pessoas da freguesia e de outras zonas mineiras. Em 1943 é lançado o decreto da mobiliza-ção e as minas contam, nesse período, com a presença do Delegado do Ministério da Guerra. Há uma mobilização militar e mui-tos dos que já tinham abandonado os tra-balhos no fim dos anos 30 são obrigados a regressar. Cria-se assim um ambiente social de protesto e aí surge a greve de 1946.

A greve teve início no dia 27 de fevereiro e prolonga-se até ao dia 1 de março...

DV – O protesto teve significado sobre-tudo nos dia 27 e 28 de fevereiro de 1946, mas ainda há registos da greve até aos dias 3 e 4 de março.

O que levou os mineiros à organização dessa greve?

DV – A mobilização forçada dos ope-rários foi certamente um dos motivos. Esse fator, associado ao contexto nacional e in-ternacional de pressão ao regime, baixos salários, fome, os acidentes de trabalho dos > Documentos encontrados no arquivo da PIDE

do Arquivo Nacional da Torre do Tombo

> Cinco anos após a dissertação de mestrado, a investigação de Daniel Vieira é editada em livro

mineiros. Este período cruza-se também com uma fase de reorganização do Parti-do Comunista Português (PCP) que ganha influência nacional. Foi possível confirmar a existência da ação do partido que veio também a destacar a greve nos seus meios de comunicação. O próprio Álvaro Cunhal refere a luta mineira como um exemplo a seguir contra o fascismo.

Que operários é que se associaram a esta greve?

DV – Essencialmente os mineiros e en-chedores. A adesão à greve está patente nos registos diários da Companhia das Minas. É interessante verificar que os capatazes não aderiram à mobilização de protesto, só os operários, que tinham os salários mais baixos.

9VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Cova sem estudarpara a freguesia

> Foto retirada do Arquivo do Museu Mineiro de S. Pedro da Cova

> Foto retirada do Arquivo do Museu Mineiro de S. Pedro da Cova

Foto PSF

Foto DR

Que consequências teve esta greve?DV – A greve teve, de facto, consequên-

cias. Na consulta dos cadastros e do arqui-vo do Museu Mineiro pude verificar que um mês depois da greve há um aumento de salários a rondar os 15%. Os mineiros não tinham todos os mesmos salários mas exis-te um aumento salarial.

Como é que os agentes da PIDE lidam com esta greve?

DV – Na consulta dos ficheiros da PIDE é possível verificar a detenção de 31 operários durante esta greve. Nenhum de-les tinha tido qualquer cadastro. Estas 31 detenções têm um profundo impacto local. A documentação da PIDE sobre este pro-cesso vai até 1948, ou seja, dois anos após a greve.

Os mineiros eram alvo de várias san-ções. Há registos de casos de repressão?

DV – Sim. Os acidentes de trabalho eram muito frequentes. Durante um ano, mais de 60% dos mineiros teve, pelo me-nos, um acidente de trabalho. Além disso, havia uma exploração feroz e um horário de trabalho muito pesado.

É justo afirmar que as minas mudaram a freguesia?

DV – Não tenho dúvidas que não é pos-sível perceber São Pedro da Cova sem estu-dar a importância das minas de carvão para a freguesia. Daqui retiraram-se milhares de toneladas de carvão e o processo revolu-cionário do 25 de abril na freguesia, vem na sequência da marca desumana deixada pelas minas. É verdade que as minas em-

pregaram muita gente também. Isso deixou uma marca profunda na população.

A edição do livro, cinco anos após a dis-sertação da tese de mestrado, serve para recordar a história dos grevistas minei-ros?

DV – Um povo sem história é um povo sem memória e sem memória não há futu-ro. Com a edição deste livro procuro dar um contributo para a preservação da me-mória sobre a exploração do homem. De-dico esta obra aos mineiros que ousaram sonhar e lutar por melhores condições de vida e a todos os que lutam pela preserva-ção da memória em São Pedro da Cova.

A obra será lançada 70 anos após a greve de 1946, no dia 26 de fevereiro, no auditó-rio da Escola Profissional de Gondomar. O que está a ser preparado para esse mo-mento?

DV – Haverá uma apresentação do li-vro. Quero tornar esse momento num de-bate e num contributo para a história e para as novas gerações. Está também previsto um momento cultural com músicas alusi-vas às minas de São Pedro da Cova. A esco-lha do local também está relacionada com o bairro mineiro, onde habitaram muitos dos operários.

Quantos exemplares serão editados?DV – Serão editados cerca de 400

exemplares desta obra.

As receitas do livro vão reverter a favor de uma causa solidária?

DV – Não tenho objetivos comerciais com este trabalho. A investigação estava concluída, surgiu a possibilidade de editar o livro e vou torná-lo público. Este é um contributo para a preservação da memória e decidi, por isso, que as receitas do livro reverterão integralmente a favor da Liga dos Amigos do Museu Mineiro que preten-de preservar a memória das Minas de São Pedro da Cova.

Este poderá ser o ponto de partida para novos trabalhos de investigação sobre a história da freguesia?

DV – A minha atividade a tempo in-teiro nunca me impediu de fazer outras coisas, designadamente, estudar e investi-gar. Continuo a fazer o doutoramento em Ciência Política e continuarei a investigar o movimento operário de São Pedro da Cova em diferentes períodos históricos. Não po-nho de parte a possibilidade de retomar o tema. ■

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10 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Sociedade

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USG em 2.º lugar noXII Concurso de Cultura Geral da RUTIS

José Alberto Reis atuaem S. Pedro da Cova

A equipa da Universidade Sénior de Gondomar classificou-se em 2.º lu-gar no XII Concurso de Cultura Ge-ral da RUTIS. O concurso realizou--se a 29 de janeiro, no CineTeatro, em Vila Pouca de Aguiar.

O cantor José Alberto Reis vai atuar a 27 de fevereiro na cripta da Igreja Matriz de S. Pedro da Cova.

Mais de 450 pessoas marcaram presença na 12ª edição do Concurso de Cultura Geral – O Saber Não Tem Lugar, onde 20 equipas tiveram de responder a diversas questões de diferentes áreas como História, Geografia, Português, Matemática, entre outras dis-ciplinas. A equipa da Universidade Sénior de Gon-domar (USG), constituída pelos alunos Lino Castro, José Gandra e José Santos, arrecadou o 2.º lugar no concurso que teve lugar em Vila Pouca de Aguiar.

Além das universidades vencedoras, o concurso contou ainda com a participação das universidades da Golegã, Pinhel, Santarém, Vila Pouca de Aguiar,

Após as obras de remodelação da cripta da Igre-ja Matriz de S. Pedro da Cova, o Município vai rea-lizar um concerto que marca a inauguração da mais recente infraestrutura da paróquia. José Alberto

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Paços de Ferreira, Seixal, Loures, Alenquer, Caldas da Rainha, Odivelas, D. Dinis (Famalicão), Eugé-nio de Andrade (Porto), Ponte de Sôr, Penamacor e UGIRT - Universidade da Grande Idade de Rio Tinto.

Gondomar foi o único concelho do país que teve classificadas nos cinco primeiros lugares duas uni-versidades seniores. Recorde-se que, durante três anos consecutivos, a USG venceu o Concurso de Cultura Geral promovido pela Rede de Universida-des da Terceira Idade – RUTIS que, no próximo ano, irá realizar-se em Rio Tinto. ■

POSTO DE VIGIAManuel TeixeiraJornalista e Professor Universitário

Austeridade socialista embrulhada em celofane

1 – Ainda na primeira quinzena de março deverá ser publicado e entrar em vigor o Orçamento de Estado para o corrente ano. Em cir-cunstâncias normais, este documento, fundamental para a governação do país, é apresentado pelo Governo ao Parlamento até ao dia 15 de outubro. Este ano tal não aconteceu apenas porque as eleições legis-lativas e o processo de constituição do novo Governo atrasou todo o calendário orçamental.

Nas últimas semanas o país político tem-se agitado em torno des-te documento. Sabendo-se das promessas eleitorais feitas por Antó-nio Costa, e dos compromissos assumidos pelo líder socialista com os partidos à sua esquerda para viabilização do Governo no Parlamento, toda a gente aguardava pelas grandes novidades que o orçamento ha-veria de consagrar. Curiosidade que aumentou ao serem conhecidas as grandes linhas da versão submetida à análise da União Europeia.

2 – Depois de duras negociações em Bruxelas, António Costa foi obrigado a ceder em aspectos fundamentais do documento original. Mas ainda assim conseguiu o benefício da dúvida da Comissão Eu-ropeia, que acabaria por dar luz verde a uma versão revista, com o compromisso de, se necessário, o Governo introduzir ao longo do ano alterações que permitam respeitar as metas orçamentais negociadas com Bruxelas.

Seja como for – lá para o verão as contas já serão bem mais cla-ras – a verdade é que o Orçamento de Estado para 2016 volta a con-sagrar sérias políticas de austeridade, ainda que, na linguagem oficial do Governo de António Costa, esta expressão seja substituída apenas por “orçamento restritivo”. Enquanto Passos Coelho optou pelo agra-vamento dos impostos directos, Costa escolheu os impostos indirectos para aliviar a sobrecarga dos rendimentos do trabalho.

3 – Onde vai o Governo recolher dinheiro? Fundamentalmente à estrada. Aumentando os impostos sobre os combustíveis, e vários ou-tros sobre os veículos circulantes. Para além da estrada, Costa decidiu também apresentar uma fatura especial aos fundos imobiliários, em sede de IMI, e às operações bancárias. Num e noutro caso, no fim da linha será sempre o cidadão a pagar a conta. Mas, temos de convir, de forma bem mais dissimulada.

A austeridade de Costa aparece assim, aos olhos dos cidadãos, em-brulhada em celofane, que é como quem diz, mais agradável no pacote global. E em política, tal como na vida, os olhos também comem, e as aparências iludem. Não fora a severidade global dos media, e Costa até poderia gabar-se de passar o rubicão com invejável tranquilidade perante a opinião pública, que não na opinião publicada! ■

Reis foi o artista convidado pela Câmara Municipal para marcar a ocasião.

O espetáculo tem um custo de entrada de sete euros, valor que reverterá para ajudar a equipar a cripta da freguesia mineira.

Recorde-se que a cripta foi também inaugurada pela paróquia a 20 de março e pelo palco passou já a atriz Ana Bola, com a peça “Ana Bola Sem Filtro”.

As obras de remodelação representaram um in-vestimento de 85 mil euros. ■

José Alberto Reis deu o seu primeiro espetá-culo em 1983, assinou contrato com a EMI – Valentim de Carvalho, em 1985, e lançou, em 1989, o álbum “Abraça-me Assim” que se tornou disco de prata. O músico conta ain-da com uma participação no Festival RTP da Canção, tendo ficado em 4.º lugar com um inédito de Carlos Paião. Em 1994, o disco “Alma Rebelde” repete a distinção de prata e torna-se disco de ouro, dois anos mais tarde.Em 2006, comemorou 20 anos de carreira no Coliseu do Porto.

O músico:

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Sociedade

A 1ª Gala Laços Solidários, realizada a 29 de janeiro, no Multiusos de Gondomar, deu a conhecer as boas práticas na área da Educação Especial no Município.

No dia 13 de fevereiro foi inaugurada a “Casa D’Ouro”, um apartamento de autono-mia especializada da Gondo-mar Social, Associação de In-tervenção Comunitária.

No âmbito das comemorações dos 100 anos da Escola Secun-dária de Gondomar, o depar-tamento de Língua Materna vai realizar um lanche-conví-vio comemorativo, no dia 27 de fevereiro, a partir das 15 horas.

A Sala D’Ouro do Multiusos de Gon-domar foi o local escolhido para a 1ª edi-ção da Gala Laços Solidários. A iniciativa esteve associada a uma causa solidária e contou com a participação de João Couto, vencedor da sexta edição do programa te-levisivo “Ídolos”, do projeto A_Ju_Dança, que promove a dança inclusiva através do

A “Casa D’Ouro”, situada em Rio Tinto, foi inaugurada por Marco Martins, presi-dente da Câmara Municipal de Gondomar, e Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. O equipamento tem capacidade para cinco jovens do sexo feminino que passaram pelo modelo tera-pêutico de intervenção da casa de acolhi-mento residencial especializado Coração D’Ouro, sediada em Baguim do Monte, e cujo edifício, propriedade da Câmara Municipal de Gondomar, foi comodatado com a associação.

Através do apoio da equipa técnica da Gondomar Social, as jovens vivem au-tonomamente e de forma independente no apartamento, sendo responsáveis por toda a gestão doméstica e económica, bem

A iniciativa inserida nas comemora-ções do centenário da Escola Secundária de Gondomar (ESG) destina-se a antigos alunos, professores, funcionários e amigos da instituição. A festa tem como objetivo “promover reencontros há muito deseja-dos”, informa a escola em comunicado.

“Pretende-se que seja uma tarde em movimento, com diversas atividades, em diferentes espaços, dinamizadas por an-tigos alunos: karaoke, desfile de moda e de penteados, pilates e música são apenas algumas delas”, refere a nota enviada à im-prensa local.

Gala Laços Solidários promove boas práticasna Educação Especial

“Casa D’Ouro”inaugurada em Rio Tinto

ESG promove reencontros na comemoração do centenário

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desenvolvimento pessoal, da inclusão so-cial e da sensibilização da sociedade, da Associação Social de Silveirinhos, institui-ção particular de solidariedade social com sede em S. Pedro da Cova, da Orquestra Geração D’Ouro, projeto dinamizado pela Três por Quatro Associação Cultural, e o Grupo de Danças de Salão dos Bombeiros Voluntários de Gondomar.

Durante a gala foram entregues os pré-mios relativos ao concurso “Uma Masco-te para a Educação Especial”, que visava a criação de uma figura que possa vir a ser usada como mascote aliada à sensibiliza-ção para a temática da educação especial no Município. ■

como pela definição dos seus projetos de vida.

Na inauguração Marco Martins enal-teceu a importância das respostas sociais para o desenvolvimento do Município, reafirmando a aposta da autarquia no do-mínio da ação social e nos jovens como ge-ração potenciadora do futuro.

A bênção da residência coube ao páro-co Camilo Neves e entre outras presenças contou com a do Presidente da Câmara Municipal de Gondomar e do Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. ■

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Está ainda prevista uma visita guiada às novas instalações da ESG a que se seguirá um momento de perguntas e respostas so-bre a história e a atualidade da escola.

Durante a tarde haverá a apresentação da Arca do Tempo, onde os ex-alunos irão deixar uma mensagem, um objeto ou uma fotografia para os alunos do futuro. A arca só será aberta daqui a 25 anos.

Os interessados poderão ainda deixar a sua marca numa tela que irão assinar e que será depois encaixilhada. ■

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Grupo Teatro Vai Avante:amadores com amor ao teatroFundado em setembro de 2003, o Grupo de Teatro do Vai Avan-te conta já com sete peças ence-nadas e prepara-se para apre-sentar uma nova ainda este ano. Ao Vivacidade, os atores mostram-se orgulhosos pelo percurso traçado e com a dedi-cação à arte de representar.

A Associação Social Recreativa Cultu-ral e Bem Fazer “Vai Avante”, sediada em São Pedro da Cova, criou, em 2003, uma secção de teatro por vontade dos funcioná-rios e associados da instituição. O grupo – inicialmente formado por 12 pessoas - co-meçou a ensaiar e encenou a primeira peça representada em palco: “O Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente.

Doze anos depois são vários os espe-táculos contabilizados, divididos por sete peças diferentes, encenadas pelo grupo de teatro.

“Temos tido sucesso no teatro amador e isso deve-se à nossa dedicação e adapta-ção às personagens das nossas peças. Esta-mos nisto por amor e somos sempre nós que tratamos de tudo, desde a peça, aos en-saios, planeamento e cenários”, conta Lídia Ferreira, do Grupo de Teatro Vai Avante.

Este ano há nova peça para os segui-dores do grupo mas a escolha ainda não está feita. Ao Vivacidade, a dirigente da Associação Vai Avante, confessa, contudo, que “não está nada definido”. “A escolha da próxima peça é um processo demorado e tem que ser adaptado aos atores”, refere.

Desde 2003, o grupo ensaia todas as segundas-feiras na sede do Vai Avante.

5.º Encontro de Teatro Amador encerra a 5 de março

O 5.º Encontro de Teatro Amador Arte e Ato encerra a 5 de março, pelas 21h30, com a peça “Crimes Exemplares”, levada a palco pelo grupo Pé no Charco, com ence-nação de Filipe Gaspar. O encontro de tea-tro realiza-se no Auditório Municipal de Gondomar e é organizado pela Associação Vai Avante. ■

Peças encenadas pelo grupo“Auto da Barca do Inferno”de Gil Vicente;“O Colar” de Sophia Mello Breyner;“A Excomungada” de Oscar Wilde;“Mar” de Miguel Torga;

“A Birra do Morte” de Vicente San-ches;“Casa de Pais” de Francisco Ventura;“Uma Bomba Chamada Etelvina” de Henrique Santana e Ribeirinho;

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> Atores do Grupo Teatro Vai Avante

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Catarina Moreira: “Não estava à esperade ficar tão bem classificada”Catarina Moreira, 21 anos, foi eleita, este mês, Miss Universi-ty Europe na China. Ao Viva-cidade, a jovem estudante de nutrição assume a importância do título e de estar sempre bem apresentada.

Já tinha sido Miss Elegância, na Tur-quia, e voltou a ser distinguida como Miss University Europe, desta vez na China. Ca-tarina Moreira, gondomarense de 21 anos, é estudante da licenciatura de Ciências da Nutrição da Universidade do Porto e está na moda desde tenra idade, após incentivo dos pais. “Desde pequena que fui incenti-vada a ir a castings e desfiles de moda. A minha altura jogava a meu favor e do nada apeteceu-me entrar para este mundo das misses”, começa por contar ao nosso jor-nal.

O primeiro concurso em que parti-cipou – Miss República Portuguesa – foi

finalista e fez um estágio intensivo com passagem por Lisboa, Óbidos e Tunísia. “Fiquei no top 10 e fui convidada a repre-sentar Portugal no Miss Princess of Globe, na Turquia. Este foi o meu primeiro con-curso internacional e fiquei em segundo lugar com o prémio Miss Elegância”, recor-da Catarina Moreira.

A estudante universitária admite que sai dos concursos internacionais “mais en-riquecida” e salienta a importância de es-tar “sempre bem apresentada, maquilhada e vestida” para ter sucesso no mundo da moda.

Sobre a mais recente distinção interna-cional, Catarina Moreira confessa-se sur-preendida pela eleição entre as concorren-tes do continente europeu. “Quando soube fiquei sem reação. Ainda nem acredito. A Europa era o continente que levava mais concorrentes a concurso e torna-se difícil acreditar que fui distinguida entre tantas raparigas bonitas”, afirma a Miss Universi-ty Europe.

No entanto, o título traz também a responsabilidade de “representar Portu-

gal e Gondomar”. O próximo objetivo da gondomarense é ser eleita apresentadora do concurso Miss University Europe 2017, cargo que irá disputar com as ven-cedoras dos restantes continentes.

Entretanto, Catarina Moreira promete concentrar-se nos estudos e terminar a licenciatura em Ciências da Nutrição. “Este ano vou dedicar-me aos es-tudos porque quero con-cluir a licenciatura. Tenho também outros projetos e gostava de enveredar na

área da televisão e da comunicação”, conclui a estudante.

“Gondomar sempre apoiou o meu percurso”

Catarina Moreira leva Gon-domar no coração sempre

que representa o país no es-

trangeiro. “Gondomar sempre apoiou o meu

percurso e isso é muito importante para mim.

Agora é a minha vez de retribuir e espero que isso tenha conse-

quências positivas”, refere ao Vivacidade. ■

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Sociedade

O arquiteto Eduardo Souto de Moura vai expor a sua obra no Centro Cultural de Rio Tinto, a convite da Associação para o Desenvolvimento Integrado de Rio Tinto. A inauguração da mostra será no dia 12 de março.

A Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha Portuguesa (DGCVP) dispõe de um novo serviço agrega-do ao gabinete de psicologia. O Eye Movement Desensitization and Re-processing (EMDR) é o novo méto-do da DGCVP.

Eduardo Souto de Moura regressa ao Centro Cultural de Rio Tinto para expor as obras da sua autoria. A exposição do arquiteto reconhecido na-cional e internacionalmente, será promovida pela Associação para o Desenvolvimento Integrado de Rio Tinto (ADIRT), em parceria com o pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Gondomar.

O novo método da DGCVP trata-se de uma téc-nica de dessensibilização e reprocessamento de ex-periências emocionalmente traumáticas por meio de estimulação bilateral do cérebro, que promove a comunicação entre os dois hemisférios cerebrais.

Assim, o EMDR procura recriar o que acontece naturalmente durante o sonho ou o sono na fase Rapid Eye Movement (REM) e pode ser encarado como uma terapia de base fisiológica, que ajuda a

Souto Moura expõe noCentro Cultural de Rio Tinto

Delegação de Gondomar da Cruz Vermelha dispõe de novo serviço de psicologia

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Segundo Maria José Guimarães, responsável da ADIRT, a exposição surge no âmbito da vontade de “chamar a Rio Tinto grandes nomes das Artes, em geral, e da arquitetura, em particular”.

A mostra será inaugurada a 12 de março e ficará patente até 6 de maio.

UGIRT organiza Concurso de Cultura Geral da RUTIS em 2017

A Universidade da Grande Idade de Rio Tinto (UGIRT) foi convidada pela Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) a organi-zar a 13ª edição do Concurso de Cultura Geral da RUTIS em 2017.

Na mais recente edição do concurso, a UGIRT ficou classificada em 4.º lugar num grupo de 20 universidades concorrentes. O concurso realizou-se em Vila Pouca de Aguiar. ■

pessoa a encarar e viver os traumas de uma forma nova e sem os efeitos perturbadores. O método psi-coterapêutico tem eficácia comprovada por vários estudos científicos que avaliam os resultados como “duradouros e a longo prazo”. ■

Casos em que a terapia poderá ser aplicada:- PTSD/TEPT - Traumas e stress-pós-traumático, como por exemplo, resultante de abusos sexuais ou violação, assaltos, violência, sequelas de guerra e de desastres naturais, etc.- Dor Crónica

- Luto e depressão- Fobias e perturbação de pânico- Dependência química e adições- Instalação de recursos positivos- Melhoria nos desempenhos

É desta vez...este tem que ser o

ano de Dicaprio!

VIVA CINEMAMário AugustoJornalista / Apresentador de TV

É desta vez, este tem que ser o ano de Dicaprio. A haver surpresas - mas não creio - que seja na categoria de melhor ator. O Dicaprio tem ganho tudo o que há para ganhar e já vai sendo altura da Aca-demia se render ao ator que desde miúdo tem adiado o Óscar. O seu desempenho no filme “Renascido” é feito na medida certa para essa vitória.

O “Renascido” é para mim um dos projetos mais arrojados do ano, no entanto, na categoria de melhor filme não tenhas tantas cer-tezas que possa ganhar - mas merece. Se por um lado o Inarritu está bem posicionado como realizador - tem ganho tudo o que há para ganhar – por outro, o facto de ter ganho no ano passado na catego-ria de melhor filme e melhor realizador, pode afastá-lo da vitória. Poucas vezes isso aconteceu em 88 anos dos prémios da Academia.

O que poderia acontecer era dividirem o Óscar de melhor filme para um e melhor realizador para outro candidato. Aí há hipótese do “Renascido” vencer, caso contrário será derrotado.

Analisando a tendência da bolsa de apostas o que está mais perto de vencer nesta na ultima semana é “O Caso Spotlight”. Pensando bem é uma produção mais ao gosto dos votantes.

Ainda olhando a lista de melhor realizador a Academia, por ve-zes, surpreende ao acertar contas com algum nome.

Nas senhoras, se por um lado a Cate Blanchett andava a ser apontada como possível vencedora por “Carol”, as coisas inverte-ram-se com o crescente interesse e pelo trabalho da jovem atriz Brie Larson em “Brooklyn”. Diz-se, em Hollywood, que só ela para tirar o favoritismo a Cate Blanchett. É curioso porque na lista de candidatas há veteranas, jovens estreantes e até repetentes na cerimónia. Mes-mo assim, como sempre acontece, a coisa resolve-se sempre entre dois nomes.

Nos secundários não é tão fácil. Se por um lado temos a Kate Winslet com um bom trabalho em “Steve Jobs”, a baralhar as contas está Jennifer Jason Leigh pelo desempenho nos “Oito Odiados”. A atriz conseguiu uma das poucas nomeações do filme do Tarantino. É uma atriz que anda um pouco perdida em Hollywood e que Ta-rantino recuperou. O Óscares podem confirmar essa recuperação.

Na categoria de melhor ator secundário, também não há grandes dúvidas sobre o vencedor do Óscar. Sylvester Stallone está de discur-so escrito e se não ganhar será uma derrota pesada. Nas categorias secundarias há sempre uns ajustes de falhas antigas da Academia. Stallone, ganhando, talvez reforme o Rocky Balboa. Assim espero.

Será mais uma noite em branco e de glamour para os cinéfilos. Eu nunca falho, a trabalhar ou a assistir ao espetáculo. Desde 1986, já fiz todo o tipo de coberturas para a Antena 1, Antena 3, TSF, RTP, SIC e já lá estive vários anos a fazer reportagem. Agora já me deixei dessas maratonas. Tudo tem uma época e acho que os Óscares já fo-ram um evento de muito stress e adrenalina no local. Hoje já não iria para a festa a não ser que fosse convidado, para me divertir. Prefiro ver a festa e pensar: eu já ali estive a bater palmas. ■

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Ana Sofia Martins, Mariana Pacheco, Luís Borges e Pedro Lima são alguns dos convidados

Óscares no Parque Nascente:glamour e celebridades regressamao centro comercialA noite mais glamorosa de Hollywood regressa ao Par-que Nascente no dia 28 de fe-vereiro. A 10ª edição do even-to contará com as habituais estrelas portuguesas de televi-são e terá como tema da festa a Moda.

A Grande Noite dos Óscares está a chegar ao Parque Nascente. O evento anual que marca a 88ª cerimónia dos Ós-cares regressa ao centro comercial de Rio Tinto para a 10ª edição.

As estrelas também vão desfilar no Parque Nascente (PN). A festa contará com a presença de conhecidas figuras públicas portuguesas da área da televisão e da moda que irão desfilar na passadeira vermelha do PN exibindo as tendências para 2016. Ana Sofia Martins, Mariana Pacheco, Luís Borges, Pedro Lima, José Fidalgo, Cláudia Borges e Cláudia Jac-ques são os convidados da organização para celebrar a grande noite da sétima arte.

Este ano, a Moda será o tema da fes-ta. Segundo o comunicado enviado à imprensa, durante a festa “não se discu-tem apenas os melhores filmes do ano, mas também os vestidos mais elegantes e as celebridades com mais glamour que desfilam pela passadeira vermelha mais famosa do mundo”.

À margem da iniciativa estão tam-bém previstas “muitas surpresas” para quem tiver oportunidade de marcar pre-sença no centro comercial. Até ao dia 25 de fevereiro estará disponível um passa-tempo único que irá oferecer um convite duplo com acesso à zona VIP da Noite dos Óscares no Parque Nascente.

“Os visitantes deverão deslocar-se ao centro comercial até ao dia 25, entre as 19h00 e as 21h00 e tirar uma fotografia no photowall “#oscaresnoparque”. Esta fotografia será tirada exclusivamente pelas promotoras do centro comercial e posteriormente submetida na página de Facebook do Parque Nascente. A foto-grafia que tiver mais “likes” será a gran-de vencedora”, informa a organização do evento.

“Ponte de Espiões”de Steven Spielberg;“Mad Max: Estrada da Fúria” de George Miller;“O Renascido” de Alejandro González Inarritu;“Spotlight”de Tom McCarthy;“Perdido em Marte”de Ridley Scott;“A Queda de Wall Street” de Adam McKay;“Room” deLenny Abrahamson;“Brooklyn” deJohn Crowley;

Nomeados nacategoria de Melhor Filme:

Além do acesso exclusivo à zona VIP, onde o vencedor pode desfrutar do cocktail de gala e estar com as celebridades, este irá tam-bém receber um cartão presente no valor de 75 euros.

Inscrições duplas abertas ao público

As entradas duplas já estão disponí-veis para oferta. O Parque Nascente tem 1150 entradas para oferecer, sem qual-quer custo associado. A inscrição deverá ser feita através do website: http://noi-tedeoscaresparquenascente.last2ticket.com.

A confirmação será efetuada por e--mail e os convidados terão oportunida-de para levantar a sua pulseira uma hora antes do início do espetáculo, para evitar as habituais filas de espera para um dos eventos mais mediáticos do ano. O início da festa está marcado para as 21 horas. ■

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Festas a São Brás: procissãotrouxe milhares às ruas de BaguimA procissão em honra a São Brás, realizada a 3 de feverei-ro, foi o ponto alto das festivi-dades de Baguim do Monte. A habitual missa solene contou este ano com a presença de D. António Francisco dos San-tos, bispo do Porto.

As Festas a São Brás arrancaram a 31 de janeiro com a cerimónia de entroniza-ção dos novos confrades e confreiras da Confraria Gastronómica “Rojões e Pa-pas de Sarrabulho” de Baguim do Monte. Após a cerimónia seguiu-se o tradicional convívio com os pratos típicos da fregue-sia na Quinta da Igreja, em Fânzeres.

No dia 2 de fevereiro coube a Paulo Ribeiro, da Banda Lusa, atuar no Lar-go de São Brás. O concerto contou com cerca de 100 pessoas no local central da freguesia.

Já no dia 3 de fevereiro, ponto alto das festividades, realizou-se um concerto da Banda Musical de S. Cipriano (A Nova) de Resende, pela manhã. Seguiu-se a tra-dicional missa solene celebrada por D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto. Pela hora de almoço reuniu-se o júri do 17.º Concurso Gastronómico Ro-jões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte, no Largo de São Brás, para a pro-va dos pratos dos 15 restaurantes e cafés

em competição. Para a tarde ficou reser-vada a procissão que trouxe milhares de pessoas às ruas de Baguim.

Churrasqueira de Baguimconquistou prémio combinado do concurso gastronómico

No dia 5 de fevereiro realizou-se a entrega de prémios do 17.º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarra-bulho. A Churrasqueira de Baguim foi

distinguida com o prémio combinado e arrecadou ainda o 1.º prémio na catego-ria “Papas de Sarrabulho”.

A distinção máxima da categoria “Ro-jões” foi para a Tentação das Bifanas.

Paulo Araújo, responsável pela ir-mandade, destacou a “aposta ganha” no concurso gastronómico. “Vamos conti-nuar a defender a nossa receita e espera-mos um dia vir a realizar um evento de grande envergadura”, afirmou o confrade.

> D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto, foi o convidado de honra das Festas a São Brás

Premiados do 17.º Concurso Gastronómico

Prémio CombinadoChurrasqueira de Baguim

Papas de Sarrabulho:1.º - Churrasqueira de Baguim2.º - Café Lareira3.º - Bem Me Quer

Rojões:1.º - Tentação das Bifanas2.º - Restaurante O Cardeal3.º - Art’ Rocha

Por sua vez, Carlos Brás, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, desta-cou a importância da gastronomia e dis-pôs-se a ampliar o concurso. “O Municí-pio está disposto a ampliar a divulgação deste prato típico de Baguim do Monte”, referiu o autarca. ■

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Carnaval festejado a rigor em Fânzeres e São Pedro da Cova

No dia 5 de fevereiro as crian-ças de todas as escolas e jar-dins de infância de Fânzeres saíram à rua vestidas a rigor para comemorar o Carnaval. O tema do desfile foram os “Palhaços”. Em S. Pedro da Cova, o Vai Avante repetiu a iniciativa.

As principais ruas de Fânzeres foram percorridas por milhares de crianças no dia 5 de fevereiro. Os milhares de alunos e alunas dos jardins de infância e das esco-las da freguesia juntaram-se para desfilar mascarados de palhaços, ninjas, animais, piratas, entre outras personagens do ima-ginário infantil.

Este ano, o tema do desfile organiza-do pela União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova foi destinado aos “Pa-lhaços”.

Associação Vai Avanteresponsável pelo desfile emS. Pedro da Cova

Em São Pedro da Cova, o desfile ficou a cargo da Associação Vai Avante. No dia 9 de fevereiro, associados, funcionários, dirigentes e utentes da associação enfren-taram a chuva e saíram à rua mascarados para festejar o Carnaval. A marcha partiu da sede da instituição e terminou perto do edifício da Junta de Freguesia local.

Durante a noite realizou-se o tradicio-nal Enterro do João.

Na “Villa Urbana”, Valbom, também houve festa

Na “Villa Urbana” da Associação do Porto de Paralisia Cerebral, em Valbom, também houve festa de carnaval. Prince-sas, ninjas, bruxas, freiras, padres, milita-res e outras máscaras marcaram a come-moração do entrudo na instituição.

Crianças, jovens e adultos juntaram-se em festa e, durante a manhã, as crianças do grupo “Urbanitos” realizaram um cor-tejo por toda a “Villa”. De tarde, realizou-se um baile e um lanche partilhado e uma aula de zumba dinamizada pelo professor Zurk. ■

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Ourindústria 2016: certame regressa ao Multiusos de 17 a 20 de marçoA 18ª edição da Ourindústria vai realizar-se entre os dias 17 e 20 de março, no Multiusos de Gondomar. A mostra con-tará, este ano, com um desfile de moda profissional, novos stands e uma embaixadora do evento, a apresentadora Luciana Abreu.

A Ourindústria, feira gondomarense dedicada à ourivesaria, cumpre este ano a 18ª edição do evento. José Fernando Morei-ra, vereador das Feiras, Mercados e Eventos

Promocionais da Câmara Municipal de Gondomar, assume, pelo terceiro ano

consecutivo, a responsabilidade de organizar o certame “inteiramente

dedicado aos ourives”.“Desde a primeira edição

percebi que havia a neces-sidade de melhorar alguns aspetos e foi essa a minha orientação. Sabemos que as mudanças são sempre com-plicadas mas com alguma

perseverança, diálogo e os parceiros que tenho tido tudo

ficou mais fácil”, afirma o vereador. Este ano, o evento vai realizar-se

entre os dias 17 e 20 de março, no Mul-tiusos de Gondomar. Entre as principais novidades estão a parceria estabelecida com a Real Companhia Velha, a aposta na

profissionalização do desfile de moda, a al-teração da data do evento – antecipado uma semana – e a presença assegurada da apre-sentadora Luciana Abreu.

“Entendemos que ter fabricantes e ar-mazenistas de nível nacional aqui presen-tes é o objetivo pretendido”, acrescenta José Fernando Moreira.

Quanto ao número de expositores, a 18ª edição traz uma redução do número de stands – 72 para 65 – para permitir uma “melhor circulação e disposição dos exposi-tores, que terão stands mais abertos e inte-rativos”. A segurança do recinto voltará a ser assegurada pela empresa SPDE com quem o Município tem trabalhado nas edições ante-riores do evento.

José Fernando Moreira dispõe nova-mente de uma verba de 80 mil euros para a organização e divulgação da Ourindústria 2016. “O orçamento é sempre um constran-gimento para nós mas temos conseguido inovar e melhorar o evento”, conclui o ve-reador.

> José Fernando Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocionais

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Foto Arquivo Vivacidade

Programação Ourindústria 2016:

17 de março - Inauguração: 20h; 18 de março - Dia dedicado aos profissionais: 10h às 20h;19 de março - Dia dedicado aos profissionais: 10h às 20h; Apresentação pública da “Rota da Filigrana”: 17h; Desfile de Jóias : 21h30;20 de março - Dia aberto ao público: 14h às 20h;

Real Companhia Velhaassocia-se ao evento

A Real Companhia Velha vai associar--se, este ano, à Ourindústria. A empresa produtora de vinhos vai dispor de um espaço lounge onde será promovido o vi-nho da novela “Coração de Ouro” da SIC.

Ourindústria 2017 começaem 2016

Ao nosso jornal o vereador da Câma-ra Municipal de Gondomar reforça a im-portância das parcerias celebradas com o CINDOR e a Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP) para o su-cesso do evento. José Fernando Moreira, assume, contudo, a “falta de planeamento em edições anteriores. “Este certame vai ter uma grande inovação.

A organização da Ourindústria 2017 vai começar em parceria com a CINDOR e a AORP já a partir de abril de 2016”, afirma o autarca. ■

> O desfile de moda é o ponto alto do terceiro dia do evento

19VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

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Sociedade

Gestrintuna lançou“Tuna D’Ouro” no Multiusos de Gondomar

A GestrinTuna, tuna da As-sociação Cultural e Artística Radicarium (ACAR), lançou no dia 20 de fevereiro o segun-do disco do grupo académico, intitulado “Tuna D’Ouro”.

Onze faixas, quatro originais, inte-gram o novo cd da GestrinTuna. “Tuna D’Ouro” é o nome do álbum lançado este mês no âmbito do 10.º aniversário da ACAR.

O disco – o segundo registo gravado - foi apresentado ao vivo na Sala D’Ouro do Multiusos de Gondomar perante ami-gos, familiares e conhecidos dos músicos da tuna. O evento contou ainda com a participação do humorista Óscar Branco e da cantora e ex-concorrente do “The Voice Portugal”, Patrícia Teixeira.

“Um grupo de formadores uniu-se e deu origem à tuna”

“A tuna nasceu após um desafio entre homens e mulheres da Actual Gest. Um grupo de formadores uniu-se e deu ori-gem à tuna, mesmo sem lugar para en-saiar”, começa por dizer Antenor Areal, diretor pedagógico e gestor da Actual Gest.

Com o sucesso da tuna e o número crescente de espetáculos surgiu a necessi-dade de criar uma associação que supor-tasse a atividade do grupo, assim é funda-da a ACAR, “que suporta a tuna”.

Atualmente, o grupo ensaia às quin-tas-feiras na Ala Nun’Álvares de Gondo-mar.

A GestrinTuna já atuou em Itália, Es-panha e várias localidades de Portugal. “Tocamos essencialmente no Norte do país mas este ano vamos ao Alentejo”, conclui Antenor Areal. ■

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Alinhamento doTuna D’Ouro

1 – Tinta Verde2 – Invicta Cidade3 – O Teu Calor é Fogo Posto4 – Elsa5 – Ai se os Meus Olhos Falassem6 – Capas da Saudade7 – Ilhas de Bruma8 – Medley Beatles9 – A Fofa10 – Santa Maria dos Mares11 – Festa com a Gestrintuna

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> O CD foi apresentado no Multiusos de Gondomar

20 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Sociedade

Fernando Duarte:40 anos de causa públicaO “quase eterno” presidente da direção da Associação Social “Vai Avante” foi homenagea-do. Juntaram-se políticos, di-rigente associativos e amigos. Muitos.

Quarenta de dedicação à causa pública se-rão merecedores de homenagem? Uma vida inteira ligado ao associativismo merece des-taque? Pode, alguém, ser “premiado” por ajudar a ajudar os outros?Mais de três centenas de pessoas responde-ram afirmativamente a todas estas questões. E, em festa, marcaram presença no jantar de homenagem a Fernando Fernandes Duarte, o “quase eterno” presidente da direção da Associação Social “Vai Avante”.A Quinta da Igreja, em Fânzeres, foi o local escolhido para se juntarem muitos amigos, dirigentes associativos, empresários, políti-cos (atuais e que já estiveram em funções), bem como uma vasta comitiva de funcio-nários da instituição liderada por Fernan-do Duarte. A noite de 22 de fevereiro teve como “aperitivo” uma atuação do Grupo de Dança “Roda Viva”. Depois, foi o jantar. E, à “sobremesa”, apenas três intervenções...Eram muitos os que pretendiam deixar pa-lavras de elogio a Fernando Duarte. E mui-tos mais foram os que enviaram mensagens escritas (a justificar ausências imprevistas). Além de lembranças, igualmente em quan-tidade.Fernando Duarte não conseguiu esconder alguma comoção. Afinal, como o próprio frisou, “estou rodeado de amigos, de pessoas com as quais, uma a uma, podia contar-vos e convosco partilhar as aventuras que tive-mos”. Afinal sempre são quatro décadas de dedicação à causa pública. Com os últimos 24 anos como responsável pela Associação

Social “Vai Avante” – uma instituição que, em curto período, passou de uma ativida-de praticamente residual para o estatuto de uma das maiores coletividades do concelho de Gondomar.“Mas se pensam que esta homenagem, que assinala o fim de um ciclo, implica que irei deixar de vos chatear e de manter a minha atividade diária, estão muito enganados!”, disse Fernando Duarte. Aliás, “ameaçou”, a antecipação da reforma como funcionário da Câmara de Gondomar “até me deixa mais disponível para futuras lutas”. Até políticas, acrescentaria.Como balanço destes 40 anos, e numa muito curta frase, o homenageado dis-se “ter conquistado muitos ami-gos”, a grande maioria presente no jantar.Coube a dois desses amigos, em representação de centenas, dizerem curtas palavras. Fran-cisco Laranjeira, da comissão organizadora da homenagem, classificou-a como “justa pelo trabalho exemplar do Duarte – um trabalho do qual todos os gondomarenses se podem orgulhar”. Mário Gonçalves, presidente da Assembleia Geral da Associação “Vai Avante”, recordou o percurso partilhado. E, principalmen-te, as “lutas” que fizeram cres-cer o movimento associativo de Gondomar, a instituição que lideram e, principalmente, “a nossa amizade e o ‘sacerdócio’ de querer sempre trabalhar pelos outros e ajudar a fazer um mundo melhor”.Dirigindo-se especificamente aos muitos dirigentes associativos presentes, Fernando Duarte incentivou-os a “não desistirem do propósito de defender e promover a cultura, desporto e ação social”. E, complementou, “não se deixem substituir ou desanimar pe-los que optam por contratar empresas para

prestar o mesmo tipo de serviços”.Fernando Duarte veio de Pias (Monção) para Gondomar ainda muito jovem. Tudo porque partiu um Galo de Barcelos... Já no Porto fez muito, em distintas áreas. O currí-culo, vasto, foi elencado. Assim como se re-cordaram imagens de muitos anos de ativi-dade profissional e de vida pessoal. Em dia de homenagem fez questão de ter a família ao lado. “Sim, porque foram eles os grandes

prejudicados da minha paixão pelo mo-vimento associativo”, afirmou Fernan-do Duarte. A mulher,

G u i -lhermina Cou-

to, e os filhos, “já estão habituados a uma relativa ausência...”Ficou por sa-ber se pagou o Galo de Barcelos quebra-do. ■

> O homenageado discursou perante cerca de 300 pessoas > A iniciativa realizou-se na Quinta da Igreja, em Fânzeres

Texto e fotos: Rui Barbosa

21VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Cultura

Município garante apoio financeiroà Fundação Júlio ResendeA Câmara Municipal de Gon-domar aprovou no dia 3 de fevereiro, por unanimidade, a celebração de um contrato--programa com o Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende. A medida visa o “apoio ao desenvolvimento das atividades culturais” da instituição.

De acordo com a minuta de contrato aprovada na última reunião pública reali-zada no edifício da Junta de Freguesia de Covelo, o objetivo do Município e da Fun-dação Júlio Resende, sediada em Valbom, assenta na promoção de “sinergias que em tudo contribuam para o engrandecimento cultural da comunidade municipal”. As-sim sendo, a autarquia compromete-se a potenciar as atividades desenvolvidas pela instituição que tem vindo a debater-se, nos últimos anos, com dificuldades económi-co-financeiras.

O problema pôs em causa o cumpri-mento dos objetivos estatutários da funda-ção, onde se prevê, também, que a Câmara Municipal de Gondomar esteja representa-da no Conselho de Fundadores.

A Fundação Júlio Resende tem como objetivos a manutenção e divulgação do espólio de desenhos doados pelo pintor Júlio Resende, reunidos ao longo da sua vida; contribuir para dar ao “desenho” o relevo que o pintor e o grupo de funda-dores lhe atribuem no conjunto das artes plásticas e constituir um polo dinamizador da vida cultural e artística da região e no país, tendo como referência a figura de Jú-lio Resende.

O contrato-programa foi celebrado a 17 de fevereiro.

“Vamos convidar a CMG a no-mear um representante que será integrado no Conselho de Administração”

Ao Vivacidade, Guilherme Figueiredo, presidente do Conselho de Administração, admite a possibilidade de vir a integrar um representante do Município no Conselho de Administração da fundação. “O presi-dente Marco Martins já disse que iria in-dicar o vice-presidente Luís Filipe Araújo para ocupar esse cargo e queremos abrir aqui uma nova etapa de vida da relação en-tre a Fundação e a Câmara”, diz ao nosso jornal.

O responsável pelo Lugar do Desenho lamenta, contudo, o afastamento da autar-quia no passado e considera a solução “tar-

dia e limitada, apesar de ser importante”. “A Câmara afastou-se e olhou para nós como um centro de custos e não como um cen-tro de participação e desenvolvimento. No entanto, foi-nos dito que a Câmara estava disponível para ser parceira e para incluir a fundação como elemento fundamental da comunidade. Este protocolo visará isso mesmo e representa um ponto de partida”, afirma Guilherme Figueiredo.

O problema financeiro da fundação chegou a levantar a hipótese da instituição

> Guilherme Figueiredo, presidente do Conselho de Administração da instituição

> O contrato-programa foi celebrado a 17 de fevereiro > O Lugar do Desenho está sediado em Valbom

> Espaço dedicado a exposições temporárias > Local de merchandising da Fundação Júlio Resende

suspender a atividade e sair de Gondomar. “Essa possibilidade chegou a estar em cima da mesa até percebermos que existia uma mudança de paradigma da parte do Muni-cípio”, refere o presidente do Conselho de Administração.

O contrato-programa celebrado com a autarquia prevê um apoio anual de 36 mil euros, além da manutenção dos jardins e potenciação das atividades culturais pro-movidas pela fundação.

Até à data, segundo Guilherme Figuei-

redo, o Lugar do Desenho “não era con-siderado como parceiro do Município”. O responsável recorda o incumprimento do protocolo celebrado com o Município, em 2005, “que só foi liquidado pelo executivo liderado por Marco Martins”. Em causa es-taria uma verba de 125 mil euros que co-bria “as despesas do mestre Resende com a construção das oficinas artísticas”.

Em 2017, o Lugar do Desenho come-mora o centenário do nascimento do pin-tor Júlio Resende. ■

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22 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Cultura

Foto PSF

“Não nos rendemos aos lobbys musicais”Entrevista Efeito Positivo FX+:

Armindo Sousa, guitarrista, Fernando Oliveira, teclista, Domingos Nascimento, ba-terista, Paulo Góis, baixis-ta, Rui Poças, guitarrista, e Carlos Silva, vocalista, são os elementos da banda Efei-to Positivo FX+, sucessora dos Roudiney, banda forma-da nos anos 90, que prima pela criação de músicas pop rock cantadas em português. Em exclusivo ao Vivacidade, o grupo revela a intenção de lançar um disco em 2016.

Como surgiram os Efeito Positivo?Armindo Sousa (AS) – Este projeto

vem na sequência de um anterior, os Rou-diney, dos anos 90. Esse foi o primeiro nome da banda, atribuído pelo Fernando e o Carlos. Nós, os outros elementos, que não estavam na banda, éramos os que di-ziam mal deles [risos]. Na altura o projeto era muito marcado pela tendência musical electrónica que se vivia na altura. A banda chegou a passar na rádio e fizeram um ál-bum com muita coragem.

Os elementos que não pertenciam aos Roudiney eram os críticos da banda?

AS – Não, não [risos]. Nós sempre tive-mos uma opinião muito crítica em relação aos Roudiney e não nos identificávamos muito com aquele tipo de música, mas éra-mos amigos.

Fernando Oliveira (FO) – Acabaram por se render a nós e, mais tarde, juntar-se ao projeto.

A música dos Roudiney era feita no com-putador Commodore...

FO – Nessa altura esses computadores tinham ferramentas fantásticas e nós (Fer-nando e Carlos) éramos uma banda de es-túdio improvisado.

No entanto, os Roudiney separam-se e a banda acaba...

FO – Foi a fase das namoradas, casa-mentos e falta de tempo. Em 2002, eu e o Armindo começamos a lançar a ideia do projeto que temos hoje. Entretanto, sem-pre segui a música electrónica.

AS – Nesse período de inatividade foram lançadas as ideias para o FX+. Em 2008, surgem os FX+ já reinventados. O Rui juntou-se a nós e resolvemos encon-trar um novo nome para a banda. Fizemos uma lista com os nomes que tínhamos em mente e o Efeito Positivo foi o escolhido porque é isso que queremos sentir e fazer sentir.

Quais foram as influências que vos uni-ram?

AS – Cada um de nós têm influências diferentes e isso acaba por tornar-nos uma máquina defeituosa com peças que se en-caixam. Procuramos misturar as referên-cias do rock português – UHF, Xutos e ou-tros – e tentamos encontrar algo diferente nesse registo. Não somos uma banda com um estilo certo.

Carlos Silva (CS) – Estamos dentro do pop/rock mas temos a capacidade de co-municar com o público.

Nas vossas músicas procuram sempre passar uma mensagem?

AS – Sem dúvida.Domingos Nascimento (DN)

– Julgo que o virtuosismo de cada um não tem significado nesta banda. No todo é que acontece aquilo que é pedi-do na música. Queremos que as nossas músicas tenham simplicidade, que sejam bem execu-tadas e que façam sen-

Texto: Pedro Santos Ferreira

tir alguma coisa a quem as ouve.

Neste momento estão a trabalhar numa nova música...

AS – Estamos a preparar-nos para lan-çar o novo tema, intitulado “Convergên-cia”. É uma música importante pela forte mensagem que carrega. O vídeo está pra-ticamente pronto mas falta-nos trabalhar o áudio. No final de fevereiro estará pronta a ser lançada nas redes sociais.

Esse tema vem na sequência do “Acor-da”?

AS – Vem. Não estão diretamente li-gadas mas integram o mesmo contexto social. O “Acorda” já vem na sequência do “Impossível”.

DN – São vivências pessoais.AS – Aí está um bom nome para o nos-

so álbum, “Vivências” [risos].

Já têm algum trabalho publicado?AS – Temos um EP e 18 originais nos-

sos. Temos trabalhado vários temas para gravarmos um álbum.

Quando é que poderão vir a lançar o dis-co?

AS – Gostaríamos que fosse este ano. A ideia da música “Convergência” foi des-pertar o interesse na nossa banda. Senti-mos que temos alguma coisa de especial nos nossos concertos e as pessoas ficam ligadas a nós.

Entretanto já atuaram na Festa do Avan-te e tocam em várias casas do Porto...

AS – Sim, no Hard Club, em vários fes-tivais, no Mary Spot, em Matosinhos, e te-mos andado por aí. Entretanto já fomos novamente contactados para participar- mos na Fes-

ta do Avante deste ano. Vamos ter um

c o n -cer-t o

com cerca de 45 minutos.

A vossa essência é em cima do palco?AS – É onde se faz sentir o nosso efeito

positivo. DN – Isso tem a ver com as próprias

músicas e com a forma que são tocadas. Quando é na hora e em palco são mais reais.

Nas redes sociais a banda é muito ativa. Pretendem dar continuidade a essa es-tratégia?

AS – A componente visual e os nossos vídeos são muito importantes. Assumimos a realização e a produção de tudo o que fa-zemos. Essa é também uma característica importante porque permite-nos definir o nosso próprio caminho. Não nos rende-mos aos lobbys musicais.

Vão iniciar este ano com um concerto na discoteca Margem, em Foz do Sousa, a 27 de fevereiro. Tencionam manter estes concertos?

AS – É o nosso concerto de início de ano. Vai servir para testarmos as novas músicas em palco. São estas oportunidades que nos fazem crescer.

Gostariam de atuar mais vezes em Gon-domar?

AS – Sem dúvida. Gondomar tem boas infraestruturas mas falta alguma dinâmica. Há um certo padrão de espetáculo e não se foge muito disso. Existem boas bandas no concelho mas raramente tocam em Gon-domar. Nós temos feito alguns concertos porque temos uma componente social a que nos associamos sempre. Felizmente te-mos os materiais e uma pequena máquina que nos permite ter essa autonomia.

Estão também inseridos no concurso EDP Live Bands. Qual é a vossa expecta-tiva para este concurso?

AS – É a segunda vez que participamos e a votação está a decorrer online. Prova-velmente não vamos vencer mas o facto de estarmos lá já é uma vitória porque fomos escolhidos. ■

> Fernando Oliveira e Armindo sousa, em cima, Paulo Góis, Carlos Silva e Domingos Nascimento, em baixo, formam a banda Efeito Positivo FX+

23VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Cultura

O músico mexicano Carlos Santana visita Portugal nos dias 26 e 27 de julho. O pri-meiro concerto é em Gondo-mar, no pavilhão Multiusos.

No dia 13 de fevereiro foi inaugurada a exposição “Re-lembrar José Germano”, mos-tra dedicada ao artesão no Auditório Municipal de Gon-domar.

O guitarrista Carlos Santana vai apre-sentar as músicas de “Santana IV” em Por-tugal, nos dias 26 e 27 de julho. A tour pas-sa pelo Multiusos de Gondomar (dia 26) e Meo Arena (dia 27).

Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, inaugurou a mais recente exposição de José Germano, artesão gon-domarense. A mostra visa reconhecer pu-blicamente o significado e valor da obra do autor e estará patente ao público até ao

Carlos Santana no Multiusos a 26 de julho

“Relembrar José Germano” no Auditório Municipal de GondomarFoto D

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Os concertos estão inseridos na divul-gação do álbum que será editado em abril e que marca o regresso aos palcos da banda dos anos 70.

Esta será a quinta e sexta vez que Car-los Santana marca presença em Portugal, tendo atuado por cá pela última vez em 2010, no então Pavilhão Atlântico.

Os bilhetes estão à venda nos locais ha-bituais e variam entre os 30 e os 56 euros para Gondomar e os 40 e 46 euros para Lisboa. ■

próximo dia 26 de março.Nascido em Gondomar (São Cosme), a

29 de outubro de 1936, filho de um ourives e de uma agricultora, José Germano cedo ajudou o pai na oficina de ourives e aca-bou por seguir a tradição familiar. Durante a reforma, o artesão decidiu alimentar a inspiração criativa e explorar outros mate-riais, esculpindo o granito, de pedras reti-radas ao mar, e mais tarde o cobre e o latão.

Aos 74 anos, em 2011, José Germano fez a sua primeira exposição individual, durante as Festas do Concelho, vindo a fa-lecer a 23 de janeiro de 2015. ■

In Skené apresentam “aD hOMINEm”no Auditório Municipal de Gondomar“aD hOMINEm” é a mais re-cente peça do grupo In Skené – Teatro de Amadores. O es-petáculo está em cena até dia 27 de fevereiro no Auditório Municipal de Gondomar. Ao Vivacidade, Sofia Araújo, en-cenadora, destaca “o desafio de pegar numa história ver-dadeira”.

“El Bálsamo de Dios”, de Carlos Boves, foi o ponto de partida do grupo In Skené – Teatro de Amadores para a mais recente peça intitulada “aD hOMINEm”. O espe-táculo é uma tradução e adaptação da en-cenadora Sofia Araújo e traz ao Auditório Municipal de Gondomar uma leitura iné-dita, no qual Homem e Poder enfrentam--se numa luta intemporal, com base na história real de Cayetano Ripoli, o último executado da inquisição espanhola.

“Temos vindo a trabalhar peças de época e queremos fazer passar a mensa-

gem que não há injustiça, intolerância ou outros sentimentos restritos a uma época e que o ser humano não muda assim tan-to”, afirma Sofia Araújo, em entrevista ao Vivacidade.

Elenco da peça:

Adelino MoreiraAna Catarina VigárioAndrés OtaizaMafalda DuartePedro FerreiraTiago MoreiraXavier Neves

Para a encenadora, a peça “torna-se atual” pelos sinais de intolerância religiosa vividos atualmente. “A adaptação resulta de uma tentativa de cruzar a atualidade com o passado, tudo isto com o pressupos-

preços do espetáculoNormal – 4 euros;Estudante/Escolas – 2 euros;Sócio In Skené – 2 euros;

Dia do espectador (25 de fevereiro) – 2 euros;

to de fazer refletir sobre a repressão, neste caso religiosa”, esclarece Sofia Araújo.

A peça “aD hOMINEm” estará em cena até ao dia 27 de fevereiro.

“Procuramos encontrar nas personagens o que existe em nós”

Para o grupo que vai representar a peça em cima do palco, a missão principal re-side na capacidade de “encontrar nas per-sonagens o que existe em nós”. O elenco, composto por sete atores salienta ainda a atualidade da peça como um fator diferen-ciador do espetáculo. ■

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> Elenco responsável pela peça

24 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

nacional. Nestas ùltimas renegociações já procedemos a uma alteração estrutural em função da indicação da ERSAR. A empresa não pode aumentar significativamente o pre-ço da água, no entanto, o tratamento tem o seu custo.

Uma das medidas mais recentes é, também, o alargamento do horário de atendimento geral e pagamentos às segundas-feiras, que

nistração da Região Hidrográfica (ARH) do Norte e está em processo de licenciamento.

O que está previsto nessa solução definiti-va?

JM – Estamos a falar de uma solução que tem que ser planeada com antecedência por-que a tubagem existente é muito específica e só pode ser fabricada por encomenda. É um grande investimento e neste momento a so-lução está à espera da aprovação.

Quanto tempo poderá demorar esse pro-cesso?

JM – A nossa expectativa é que demore cerca de três meses a ficar resolvido de forma definitiva. É uma obra específica que precisa de técnica e de materiais próprios.

Desde que assumiu o cargo de diretor geral da empresa quais foram as prioridades que definiu?

JM – A empresa tinha já uma estratégia definida. O meu antecessor implementou essa política e, no meu primeiro ano, dei con-tinuidade a esse percurso. Estávamos a tra-balhar na certificação da qualidade da água e à medida que fomos avançando comecei a adequar a empresa à minha estratégia.

Começa a dar o seu cunho pessoal à em-presa em 2012?

JM – Sim, no primeiro ano houve uma continuidade com o que estava definido. No segundo ano estudei a estratégia da empresa e das linhas estratégicas e fiz algumas adap-tações.

O que falta cumprir?JM – Gostava de uniformizar a empresa.

É muito difícil gerir uma empresa com a di-mensão da AdG tendo dois locais distintos – sede e parque operacional. Trabalhamos muito bem mas dávamos um passo enorme se estivéssemos todos unidos.

Esse objetivo é concretizável?JM – Julgo que sim. Os acionistas e a au-

tarquia têm essa noção.

Há financiamento previsto para essa uni-formização?

JM – Não está prevista a construção de uma nova sede. Tem que haver primeiro um acordo entre as partes.

Destaque

Texto: Pedro Santos Ferreira

Gostava de uniformizar a

empresa

A água é100% segura

Jaime Martins é desde 2011 o diretor-geral da empresa Águas de Gondomar, SA, (AdG) con-cessionária responsável pelo fornecimento de água e sanea-mento no concelho. Em en-trevista ao Vivacidade, Jaime Martins assume que há mar-gem para melhorar o trabalho da empresa e esclarece diferen-tes casos relacionados com a AdG.

A queda da ponte velha de Foz do Sousa é o caso mais recente a envolver a ação da em-presa Águas de Gondomar (AdG). Após a cedência do pilar da travessia o coletor pú-blico de saneamento da AdG foi afetado. Que consequências teve para os clientes afetados e para o rio Sousa?

Jaime Martins (JM) – Em tempos, em conjunto com a Câmara Municipal, já tí-nhamos abordado este assunto. A empresa ia monitorizando o nosso coletor e o que aconteceu foi que à medida que íamos fazen-do esse controlo, percebemos também que o pilar estava a ceder e começamos a preparar uma solução definitiva, que ia ser feita para podermos desativar aquele coletor. A intem-périe precipitou esta situação, a ponte caiu e ao cair pôs o coletor em descarga direta para o rio Sousa.

No entanto, a água proveniente do sanea-mento estava já diluída dentro do coletor e o nosso procedimento de emergência per-mitiu-nos resolver rapidamente o problema. Face ao caudal do rio estamos a falar de um impacto nulo. Contudo, a água já passa pela ponte nova e esse coletor serve ainda poucos clientes. Naquela zona temos um potencial de 400 clientes e neste momento ainda não estão todos ligados à rede de saneamento. Só cerca de 180 pessoas é que estão ligadas. Es-tamos a falar de clientes de uma zona rural com caudais diminutos.

Neste momento está implementada a solu-ção provisória que garante o escoamento dos efluentes através da conduta elevatória da nova ponte de Foz do Sousa. Quando é que essa solução passará de provisória a definitiva?

JM – Há uma solução definitiva que esta-va prevista implementar. Já foi comunicada à Câmara Municipal de Gondomar e à Admi-

Entrevista a Jaime Martins:

O atual edifício da empresa dá resposta a todas as necessidades da empresa?

JM – Tem que dar. Quando cheguei ha-viam condições de trabalho que não satisfa-ziam os requisitos e procurei dar condições dignas quer aos utentes quer aos funcioná-rios. O atendimento ao público foi uma das nossas prioridades. Ainda assim, reconheço que existem algumas limitações físicas mas não as conseguimos suprir por falta de espa-ço.

Recentemente a empresa tem garantido um conjunto de certificações no que diz respeito à qualidade da água. Esse objetivo está concluído?

JM – Obtivemos o certificado da quali-dade da água em 2013 e estamos a preparar--nos para pedir a certificação ambiental e a certificação de segurança. É um processo que implica uma mudança interna mas quere-mos garantir essa certificação integrada.

Em Gondomar é seguro beber água da tor-neira?

JM – A água é 100% segura. No nosso site estão disponíveis as análises diárias à água.

Em relação às perdas de água, o que está a ser feito pela empresa?

JM – Creio que atingimos um patamar de excelência. Queremos continuar a redu-zir mas estamos com cerca de 15% de perdas de água, há três anos consecutivos, e o nível de referência é de cerca de 20%. Em 2009, a AdG tinha 35% de perdas de água, ou seja, 35% da água que comprávamos era desper-diçada. Neste momento estamos no top cin-co nacional.

É possível melhorar este indicador?JM – Admito que sim.

Em maio de 2015, um estudo da DECO colocou Gondomar entre os 10 municípios com a fatura de água mais elevada. Como é que explica os valores cobrados pela em-presa?

JM – A empresa funciona com um proje-to financeiro que foi instituído com os pres-supostos traçados em 2001. No entanto, em 2001, julgava-se que Gondomar ia ter um grande crescimento e as previsões macroe-conómicas da altura não se confirmaram. Houve, por isso, necessidade de ajustar um reequilíbrio em 2009 e em 2014 porque esses pressupostos não se verificaram.

O preço da água está definido desde o início. A Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) regula o setor e está a preparar um regulamento do tari-fário da água para ser uniformizado a nível

“As Águas de Gondomar preocupam-seo mais rapidamente possível

25VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Freixo, devidamente tratado, e descarregado no rio Douro, em vez de ser descarregado no rio Tinto.

Havia então um problema por corrigir?JM – São opiniões... Julgo que essa era

uma falsa questão.

Considera que a AdG esteve envolvida nes-te processo?

JM – Claro que sim. Esta ideia foi de-senvolvida em conjunto com a Câmara de Gondomar. Os projetos desenvolvem-se em parcerias e estivemos envolvidos.

Em dezembro de 2014, a empresa cobrou taxas de licenciamento a cerca de 600 clien-tes em Foz do Sousa. O pagamento dessas taxas está totalmente liquidado?

JM – O que fizemos, junto da Câma-ra Municipal de Gondomar, foi ceder a um pagamento em 72 prestações. Contudo, no nosso regulamento está prevista a cobrança em apenas 48 prestações. Essas pessoas estão a pagar entre 30 a 40 euros por mês e temos 80% das taxas liquidadas.

Os restantes 20% não querem pagar?JM – Não, porque entendem que têm di-

reito a não pagar.

O presidente da União de Freguesias de Melres e Medas, José Andrade, assumiu como compromisso eleitoral a rede de sa-neamento integral naquele território até 2017. Será possível cumprir esse objetivo?

JM – Nós temos um compromisso e te-mos que prestar contas à concedente – Câ-mara Municipal de Gondomar. Todos os meses há uma reunião de acompanhamento da concessão onde são aflorados os assuntos mais pertinentes e no nosso plano de inves-timentos está previsto que o saneamento no plano de investimentos ficasse concluído até ao final deste ano. A consulta está feita e o concurso vai sair em breve. A ideia é que até ao final do ano o processo seja executado. Esse assunto está a ser tratado com a autar-quia.

Prato preferido? Papas de sarra-bulho e arroz de lulasBebida? Gosto de um bom vinho e uma boa cervejaTinto ou branco? TintoCarro que usa? Um Toyota Aven-sis, mas o carro dos meus sonhos é um Porsche 911. Ando a juntar para comprar. Computador? Macintosh, da Apple.Telemóvel? iPhone.Cor preferida? Vermelho.País preferido? Portugal.Cidade? Braga.Local de férias preferido? Menor-ca.Clube? SL Benfica.Música? Dire Straits.Filme? BraveheartÍdolo de infância? O Thor, da Mar-vel.Político de referência? Ventura Leite, do Partido Socialista.

Respostas num segundo

“Más repa-vimentações?

Por vezes é fácil dizer que a

culpa é nossa”

passou a estar disponível aos clientes até às 19h30. Foi uma iniciativa importante para a empresa?

JM – Essa medida foi dirigida às pessoas que têm vidas mais ocupadas. Muitas vezes era quase impossível vir aqui pagar a fatura e nós queremos que as pessoas acreditem em nós e na nossa prestação de serviço.

Outro serviço que nos diferencia são as nossas marcações. Se dizemos ao cliente que aparecemos às 11 horas, às 11 horas estamos no local. Abrimos a água instantaneamente ao sábado e ao domingo, após a regulariza-ção do pagamento. Vamos também lançar uma aplicação para smartphone que vai dar ao cliente toda a informação sobre a sua con-ta: horários, alertas, leituras, ver os consu-mos, entre outras opções.

Qual é a data prevista para o lançamento dessa aplicação?

JM – O lançamento estava previsto para janeiro de 2016 mas não foi possível. Quere-mos lançar o aplicativo o mais rapidamente possível. É mais uma forma de prestarmos um bom serviço ao cliente.

Qual é o estado da relação da empresa Águas de Gondomar com a Câmara Muni-cipal de Gondomar?

JM – Tive uma excelente relação com o executivo anterior e tenho também com o executivo atual. Este executivo é mais ativo e reporta todos os casos que estão mal.

Existe, portanto, uma parceria mais ativa?JM – Sim, e isso é importante para nós.

Somos os primeiros a agradecer que nos re-portem e façam fiscalização. A fiscalização não nos incomoda. Temos uma boa relação com o Município, com a ERSAR e até com a DECO.

Por norma, dão resposta às reclamações dos clientes?

JM – Esse é um dos aspetos mais im-portantes. Temos uma média de prazo de resposta de 10 dias úteis ao cliente. Nenhum utente fica sem resposta.

A construção de um novo intercetor do Rio Tinto para a ETAR do Meiral é uma solu-ção para a despoluição do rio?

JM – Solução? Quando cheguei a ETAR do Meiral tinha um passivo grande e a esta-ção estava em incumprimento dos requisi-tos ambientais. O equipamento era topo de gama em 1982 mas hoje já não o é. Foram investidos cerca de quatro milhões de euros e a ETAR está novamente com tecnologia de ponta. Este investimento resulta de um projeto cofinanciado no âmbito do POVT/QREN. A ETAR cumpre na totalidade todos os requisitos legais e isso desmistifica a ques-tão da poluição do rio Tinto. Cumprimos o que nos é pedido e, por vezes, chegamos a ter melhores resultados do que a ETAR do Freixo.

Nega, portanto, a existência de um proble-ma de poluição no rio Tinto...

JM – Até aqui dizia-se que o problema era esse, depois passou a ser a dimensão da carga hidráulica... Nunca estamos satisfeitos.

A medida encontrada em parceria pelos municípios de Gondomar e do Porto pare-ce-lhe positiva?

JM – Sim, de resto vai de encontro ao que tinha sugerido aos autarcas. O que vai acon-tecer é que o caudal proveniente da ETAR do Meiral vai ser desviado para a ETAR do

Porque é que só agora é que foi possível realizar este investimento?

JM – O PDM anterior colocava-nos sé-rias dificuldades de construção e negociação dos terrenos. Essas dificuldades estão a ser ultrapassadas com o apoio do Município e há o compromisso de concluir esse processo até ao final de 2016.

As reparações nas ruas e as más repavimen-tações da empresa motivam várias queixas dos gondomarenses. É possível melhorar este procedimento?

JM – A AdG preocupa-se em resolver os problemas o mais rapidamente possível. Por vezes é fácil dizer que a culpa é nossa. Quando assumi funções tinha uma ameaça da Estradas de Portugal (EP) e as relações entre a empresa e a EP eram péssimas. Essa situação foi resolvida e temos vindo a cum-prir cada vez mais com as repavimentações. Neste momento temos um prazo máximo de quatro dias úteis. Percebo que as pessoas não gostem de ver um buraco tapado com cubos mas muitas vezes também é fácil chutar para nós.

Quantas repavimentações realizam por ano?

JM – Milhares de repavimentações.

A AdG tem uma equipa capaz de dar res-posta às exigências dos gondomarenses?

JM – A equipa com quem trabalho é muito capaz. Estão todos focados na em-presa e lutamos todos pelo mesmo objetivo. Tenho funcionários fenomenais e equipas dedicadas.

Vai para casa todos os dias de consciência tranquila?

JM – Vou, mas muito tarde [risos]. Saio todos os dias às 21, 22 horas. Acho que pode-mos fazer melhor mas tenho noção que esta-mos sempre a procurar essa possibilidade. ■

em resolver os problemas

26 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Cultura

No dia 20 de fevereiro foi inaugurada a exposição tem-porária “Duas Faces” no Mu-seu Mineiro de São Pedro da Cova.

Para celebrar o Dia de São Va-lentim, popularmente conheci-do por Dia dos Namorados, a Câmara Municipal de Gondo-mar organizou uma exposição na Casa Branca de Gramido.

A exposição dos fotógrafos Hugo Mou-ra e Pereira Lopes está patente no Museu Mineiro de São Pedro da Cova, desde dia 20 de fevereiro. A mostra recorda as emoções das lembranças de alguns dos antigos ope-rários mineiros das Minas de Carvão de São Pedro da Cova e do Pejão, respetivamente.

A exposição temporária “Duas Faces”

A exposição “Do Amor à Arte”, inaugu-rada no dia 1 de fevereiro, na Casa Branca de Gramido, marcou a comemoração do Dia de São Valentim em Gondomar.

O Município organizou uma exposição de corações de filigrana na Loja Interativa de Turismo de Gondomar com o objetivo de “valorizar e divulgar um dos ícones do

Museu Mineiro recebe exposição fotográfica “Duas Faces”

“Do Amor à Arte” celebrou São Valentimem Gramido

Foto DR

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relembra ainda a “valiosíssima contribuição do carvão explorado nestas minas para a economia nacional, mas focando o esforço realizado pelas suas comunidades mineiras para dar resposta às necessidades de um país”, informa o Museu Mineiro de São Pe-dro da Cova.

Segundo a instituição, a mostra tem como objetivo “afirmar a importância das gentes que formaram uma nova cultura e uma nova identidade, muito típica das co-munidades mineiras espalhadas por todo o Mundo”.

A exposição poderá ser visitada até o próximo dia 21 de abril. ■

concelho, a filigrana de Gondomar”.A mostra contou com a associação de

treze artesãos locais que aceitaram o de-safio do Município. Cada um dos artesãos têm expostos dois corações de filigrana, um tradicional e outro contemporâneo.

A mostra “Do Amor à Arte” estará pa-tente ao público até 31 de março. ■

Dramático Beneficente de Rio Tintocomemorou 80.º aniversárioO Grupo Dramático Benefi-cente de Rio Tinto comemo-rou no dia 5 de fevereiro o 80.º aniversário da coletivi-dade. Ao nosso jornal, Fran-cisco Nogueira, da Comissão de Cultura, destaca o traba-lho cultural da coletividade riotintense.

O teatro é a marca identitária do Dra-mático Beneficente de Rio Tinto desde a fundação da coletividade que cumpriu, este mês, 80 anos de atividade.

A cerimónia comemorativa realizou--se a 5 de fevereiro na sala de espetáculos do Dramático e contou com a presença de Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, e Joaquim Figueiredo em represen-tação da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. A iniciativa serviu também para distinguir os sócios da coletividade com 25 e 50 anos de casa.

“Ficamos sempre gratos quando as

> Marco Martins discursou na cerimónia

entidades responsáveis elogiam o nosso trabalho. Todos o fizeram e nós ficamos orgulhosos por isso”, refere Francisco No-gueira, responsável pela Comissão da Cul-tura.

A ocasião serviu também para a dire-ção do Dramático reforçar o pedido de in-tervenção das autarquias na sala de espe-táculos. “Precisamos de remodelar a nossa sala de espetáculos. Temos uma parceria com a Junta de Rio Tinto, que associou-se ao Festival de Teatro de Rio Tinto, e ficou prometida a continuação das obras de re-modelação na sala de teatro. Além disso, precisamos de renovar o soalho do palco”, refere.

“Reconheço que esta associa-ção é uma referência enorme”

Ao Vivacidade, o encenador das peças de teatro e revista à portuguesa do Gru-po Dramático e Beneficente de Rio Tinto classifica a coletividade como “uma refe-rência enorme” no concelho.

“Já passamos por vários palcos do Por-to, Matosinhos, Gaia, Maia, Amarante, Paredes, Marco de Canaveses, entre ou-tros. Somos também dos poucos grupos a atuar com uma banda de música ao vivo e não abdicamos disso”, destaca Francisco Nogueira.

O responsável pelo grupo de teatro

“Mãos à Obra Porto” em cena há dois anos

O Grupo Dramático Benefi-cente de Rio Tinto tem levado a revista “Mãos à Obra Porto” a vários palcos do país. Na opinião do encenador o es-petáculo é a “peça mais mar-cante da carreira e a melhor revista que fiz até hoje”.

conta já com sete revistas à portuguesa encenadas e revela a intenção de criar uma nova “ainda este ano”. A próxima peça do Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto será da responsabilidade de João Sousa.

“Em princípio, a nova peça deverá es-trear no próximo Festival de Teatro de Rio Tinto. Fazer uma revista não é o mesmo que adaptar um texto. Há um processo muito complexo e demorado porque te-mos que fazer sketches, letras de música e ligar todos os elementos”, conclui Francis-co Nogueira. ■

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27VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

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Albertino Valadaresrenova mandato na ARGOAlbertino Valadares, presi-dente da direção da Associa-ção Artística de Gondomar (ARGO), renovou o manda-to para o biénio 2016/2017, a 13 de fevereiro, na sede da ARGO.

“O que me motiva a continuar são as pessoas que me acompanham ao longo destes 10 anos”, começa por dizer Alber-tino Valadares. O presidente da direção da ARGO foi novamente eleito para o cargo durante o biénio 2016/2017 e tem como objetivo principal a “continuidade do trabalho desempenhado pela associa-ção”.

O pintor é presidente da Associação Artística de Gondomar há 12 anos e promete manter a aposta nas exposições bienais organizadas pela coletividade. “Este ano temos o regresso do prémio Arte.Erótica, em março, e do prémio

Artistas.Gondomar, inserido nas Festas do Concelho. Além disso, temos sempre exposições patentes na nossa sede – na Biblioteca de Fânzeres – e mantemos co-laborações ativas com as Juntas de Fân-zeres e de Rio Tinto”, afirma Albertino Valadares.

O dirigente associativo considera, no entanto, que uma eventual mudança da ARGO para um local mais central “po-deria ser benéfica para a coletividade”.

A ARGO tem atualmente cerca de 160 associados ativos.

Prémio Arte.Eróticaregressa em março

No dia 5 de março o prémio Arte.Eró-tica regressa ao concelho. A exposição bienal contará este ano com a participação de 96 autores e um total de 83 trabalhos expostos na Casa Branca de Gramido. A mostra vai contar também com exposi-ções individuais de Carlos Cos-ta e Aurélio Mesquita.

“Era bom que o pelouro da Cultura

tivesse em atenção as nossas atividades e que não deixasse perder a qualidade dos catálo-gos de exposição que fazemos. No prémio Arte.Erótica vamos ter um apoio de três mil euros mas metade será para o prémio, o que nos deixa pouca margem para fa-zermos a elaboração de um bom catálo-go”, lamenta Alber-tino Valadares.

O prémio para os artistas p r e m i a d o s mantém-se nos 1500 euros. ■

Cultura

28 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Política

Amadeu de Sousa: “Não vou ser um livrode reclamações”

Parlamento defendeu remoção integral dos resíduos depositados em São Pedro da Cova

Amadeu de Sousa é o primei-ro Provedor Municipal de Gondomar. O advogado foi empossado a 3 de fevereiro à margem da reunião públi-ca do Município, na Junta de Freguesia de Covelo.

PCP, PSD, PS, CDS-PP, BE e PEV defenderam, no dia 11 de fevereiro, no Parlamento, a remoção integral e definitiva dos resíduos perigosos deposi-tados em São Pedro da Cova.

Após a definição do enquadramento re-gulamentar, que consta do Estatuto do Pro-vedor Municipal, e aprovada a contratua-lização para prestação de serviço naquela atividade, Amadeu de Sousa foi empossado por Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

“Um provedor deve lutarpara que se faça justiça omais rapidamente possível”

Em entrevista ao Vivacidade, Amadeu de Sousa mostra-se satisfeito com a contra-tação da autarquia para exercer o cargo de Provedor Municipal. “É um desafio muito aliciante e uma missão superior de cida-dania local. Acredito que vou enriquecer e espero também prestar o meu contributo à autarquia e aos gondomarenses. A minha

Os seis partidos com assento parlamen-tar apresentaram projetos de resolução a exigir uma solução para os problemas am-bientais em São Pedro da Cova, onde foram depositadas milhares de toneladas de resí-duos industriais provenientes da Siderurgia Nacional. O caso remonta a 2001/2002.

Diana Ferreira, deputada do PCP, lamen-tou os “graves prejuízos para a população” e o crime ambiental com “consequências para a saúde pública”. A deputada comunista pe-diu a remoção da totalidade dos resíduos e a requalificação ambiental e cultural do espaço envolvente ao local onde foram depositados os resíduos, além do “apuramento de todas as responsabilidades pelo crime ambiental”.

Para Germana Rocha, do PSD, “apenas o anterior Governo PSD-CDS deu início à remoção dos resíduos”. Já a deputada Isabel Santos, do PS, considerou “absolutamente

> Amadeu de Sousa tomou posse na última reunião pública

independência vai estar intocável e foi sem-pre isso que me norteou”, começa por dizer o provedor.

No exercício do cargo o advogado será responsável pela mediação das reivindi-cações dos munícipes e terá a obrigatorie-dade de dar resposta às reclamações num prazo de 30 dias. Desta forma, estará em contacto direto com o edil gondomarense e vereadores para prestar “a melhor resposta possível”. “Terei como função receber, ana-lisar e resolver as queixas e reclamações dos munícipes. A função deve garantir também a defesa dos direitos dos cidadãos e das em-presas deste concelho. Vou fazer ainda a

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Biografia doProvedor Municipalde Gondomar

Amadeu de Sousa nasceu em 1959 e é advogado com escri-tório no Porto. Licenciado em Direito, no ramo de Ciências Jurídicas, desde 1985, pela Universidade Livre do Porto fez ainda uma pós-graduação em Direito Administrativo e Admi-nistração Pública, no Instituto Superior de Tecnologia Empre-sarial, no Porto. Foi deputado da Assembleia Municipal de Gondomar (e líder da bancada do CDS/PP) de 2001 a 2005 e, atualmente, integrava a Assem-bleia da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Val-bom e Jovim, eleito como inde-pendente pelo PS.

ligação com os serviços e titulares da Câma-ra, tendo sempre noção das minhas compe-tências e da minha função”, afirma Amadeu de Sousa.

Contudo, o Provedor Municipal de Gondomar esclarece que não será “um livro de reclamações” e acrescenta que poderá ser solicitado para questões relacionadas com o cumprimento de prazos de obras e outras medidas “mas esse não será o objetivo”.

Amadeu de Sousa garante ainda que a confidencialidade das denúncias estará ga-rantida e deixa a porta aberta para o “con-tacto direto e informal” dos gondomarenses. “Importa esclarecer que os gondomarenses

não devem abdicar dos seus instrumentos jurídicos após as reclamações dirigidas ao provedor”, conclui. ■

inquestionável o impacto negativo que as áreas mineiras abandonadas têm nas popu-lações”, propondo também a requalificação ambiental de toda a área envolvente.

Os restantes partidos apontaram na mes-ma direção.

Recorde-se que entre outubro de 2014 e maio de 2015 esteve em curso uma empreita-da de remoção monitorizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regio-nal do Norte, num investimento superior a 13 milhões de euros, 85% provenientes de fundos europeus. No entanto, em abril do

ano passado foi confirmada a existência de mais resíduos para além dos calculados.

“Naturalmente, sentimosque valeu a pena lutar”

Ao Vivacidade, Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, mostra-se satisfeito com a unanimidade verificada a 11 de fevereiro na Assembleia da República (AR).

“É uma etapa extremamente positiva para a freguesia de São Pedro da Cova. O caminho percorrido foi longo e quem esteve,

em 2009, na AR e ouviu as intervenções dos partidos eleitos sobre este problema verificou que ele era constantemente negado. Após esta solução, naturalmente, sentimos que va-leu a pena lutar”, refere o autarca.

Daniel Vieira espera agora ver a intenção de remoção integral dos resíduos perigosos refletida no Orçamento de Estado. “Há uma pressão sobre o Governo para resolver este caso, contudo, é fundamental que o Minis-tério do Ambiente faça uma calendarização das ações a tomar para a resolução do proble-ma”, conclui o presidente da UF de Fânzeres e São Pedro da Cova. ■

> Os resíduos estão depositados na freguesia desde 2001/2002

29VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

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> O acidente ocorreu na manhã do dia 10 de fevereiro

Ponte de Foz do Sousa caiu dias antes de ser desmanteladaO acidente deu-se por volta das 6 horas da manhã do dia 10 de fevereiro e ficou a dever-se ao aumento do caudal do rio. A Câmara Municipal de Gondomar antecipou, no dia seguinte, o início do desmantelamento da antiga ponte de pedra sobre o rio Sousa.

A ponte de pedra na Foz do Sousa fi-cou destruída devido à subida do caudal do rio. A travessia cedeu parcialmente e afetou o coletor público de saneamento que se encontrava suspenso sob o seu ta-buleiro. A infraestrutura quase centenária estava fora de serviço desde 2008 e ficava frequentemente submersa no rio Sousa.

Após o acidente, o Município decidiu iniciar o desmantelamento da travessia, procedimento que estava já decidido e marcado para o dia 15 de fevereiro. “Face ao colapso de parte da infraestrutura, a autarquia antecipou o início da operação, que deverá prolongar-se por cerca de duas semanas”, informou o Município no dia 11 deste mês.

Entretanto, foi já implementada uma solução provisória pela empresa Águas

de Gondomar que instalou um sistema de bombagem que impede a descarga direta dos efluentes para o rio Sousa, “embora o número de clientes ligados à rede pública de saneamento, naquele local, seja reduzi-do e de impacto ambiental praticamente nulo.

Associada à antiga ponte da Foz do Sousa existia uma conduta de saneamento das Águas de Gondomar, cabos telefóni-cos, uma conduta das Águas do Porto (já desativada) e medidores técnicos da Agên-cia Portuguesa do Ambiente (retirados no dia 5 de fevereiro). “As entidades tinham sido notificadas da decisão de desmante-lamento da antiga travessia”, acrescenta a nota informativa da autarquia.

Recorde-se que a alguns metros da ponte velha existe já uma nova, construída em 2008.

Águas de Gondomardesvaloriza impacto ambiental

Em comunicado, a empresa Águas de Gondomar (AdG) desvalorizou o eventual impacto ambiental do acidente. “Sendo diminuto o número de clientes ligados à rede pública de saneamento e, por conse-guinte, bastante reduzido e diluído o cau-dal descarregado diretamente no rio Sou-sa”, o impacto de tais descargas no meio ambiente é “praticamente nulo”, conclui a nota. ■

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Política

30 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Política

OPINIÃO

DECO lança novoportal para acolher

queixas dos transportes

A DECO está a receber reclamações dos utilizadores de transportes públicos num novo portal. Entre os objetivos da ação está a aprovação de uma Carta de Direitos dos Passageiros.

Qualquer reclamação de uma transportadora rodoviária, ferroviária, aérea, marítima ou fluvial pode, a partir de hoje, ser encaminhada pelos consumidores para o novo portal.

A DECO quer reunir todas as queixas por atrasos, cancelamentos, supressão de horários e percursos e ainda preços elevados, que estão entre as reclamações mais frequentes de quem anda habitualmente de transportes públicos.

A DECO preparou já uma Carta dos Direitos dos Passageiros de Transporte Público Coletivo, que integra um conjunto de reivindicações que reforçam os direitos dos utilizadores destes serviços. Entre elas está o direito ao reembolso do preço da viagem em caso de atraso ou cancelamento, independentemente do tipo de título adquirido. Recorde-se que os portadores de passes não conseguem, atualmente, ser ressarcidos do dinheiro perdido sempre que ficam impossibilitados de utilizar os meios de transporte abrangidos pelo seu título.

O documento criado pela DECO reivindica ainda o acompanhamento dos passageiros com deficiência ou mobilidade reduzida, em função das suas necessidades, bem como a disponibilização de canais de comunicação especiais e céleres para estes passageiros.

No novo portal, os consumidores podem juntar-se à DECO e subscrever esta carta, acentuando o seu descontentamento para com o serviço prestado pelos operadores e reivindicando melhorias nos seus direitos, tendo em vista benefícios claros na qualidade de vida dos cidadãos.

Mais informações em www.queixasdostransportes.pt

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Exmo (a) Senhor (a) Dador (a) de Sangue e Sócio (a) da Associação de Dadores de Sangue de Gondomar (A.D.S.G.)

De acordo com o artigo 13 a) dos Estatutos da A.D.S.G. convoco a Assembleia Geral Ordinária para o dia 12 de Março, pelas 21 horas, no Salão Paroquial de S. Cosme (Junto à Igreja Paroquial) com a seguinte ORDEM DO DIA:

1. Leitura e aprovação da Ata da última Assembleia Geral;2. Apreciação e votação do Relatório, Balanço e contas da Direção e o parecer do Conselho Fiscal, relativos ao ano de 2015;3. Conhecimento das atividades realizadas no último ano;4. Apresentação e eleição dos novos Corpos Sociais, para o triénio 2016-2019;5. Plano de atividades e orçamento para 2016;

OBSERVAÇÕES:

1. Se à hora indicada, não houver número suficiente de sócios (art.º2), a Assemnleia funcionará com qualquer número de sócios, 30 minutos depois;2. Após a ordem do dia, haverá 30 minutos de debate, não deliberativo, de ideias ou problemas exclusivamente para o bem da Associação;3. Todas as deliberações tomadas, só produzirão efeito se forem votadas dentro da ordem do dia, por maioria absoluta dos presentes (art.º 14).

Gondomar, 20 de Fevereiro de 2016O Presidente da Assembleia Geral A.D.S.G.

(Fernando Jorge Marçal)

Convocatória de Assembleia Geral

Jornal Vivacidade 25/02/2016

Associação de Dadores de Sangue de GondomarRua Ala Nun’ÁlvaresMercado de S. Cosme, loja 194420-014 GondomarTelefone/Fax: +351 22 464 77 03E-mail: [email protected]

A Câmara Municipal de Gondomar organizou, a 19 de fevereiro, o Encon-tro Nacional da Rede Territorial Por-tuguesa das Cidades Educadoras.

O Encontro Nacional da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras realizado no Auditório Municipal de Gondomar foi subor-dinado ao tema “Gondomar Cidade Educadora: Caminhos para a Inclusão na Construção de uma Geração D’Ouro”.

Gondomar promoveu Encontro Nacional da Rede de Cidades Educadoras

A Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras conta atualmente com 54 cidades-membro ¬e tem como objetivo promover os princípios da Carta das Cidades Educadoras, no âmbito dos municípios, além de fomentar o de-bate das atividades que emanem no desenvolvi-mento dessas normas ao nível de cada município integrado na organização.

O evento realizado no Auditório Municipal de Gondomar promoveu o debate sobre o refor-ço da aposta municipal na educação. ■

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31VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

PolíticaPUB

Município condenado a pagar 2,9 milhões

Orçamento Participativo 2015: há 19 projetos candidatos em votação

A Câmara Municipal de Gon-domar está em vias de pagar mais uma indemnização, desta feita, de 2,9 milhões de euros. A indemnização refere-se a um contrato celebrado em 2003.

Desde o dia 15 de fevereiro que já é possível votar online e es-colher o projeto favorito dos 19 que concorrem ao Orçamento Participativo (OP) 2015. A vo-tação dura até 15 de março.

Em causa está uma suposta violação de um contrato celebrado em 2003, pelo ante-rior executivo com a empresa que construiu e gere o parque de estacionamento subter-râneo no Largo Luís de Camões, em S. Cos-me.

O executivo liderado por Marco Mar-tins, presidente do Município, vai contestar a decisão do Tribunal Arbitral, mostrando--se o edil revoltado com “mais uma surpre-sa desagradável deste género”.

O autarca encara a possível condenação

São 19 as propostas apresentadas no âm-bito do Orçamento Participativo 2015 que estão em votação até ao próximo dia 15 de março.

Após o período de análise técnica, que confirmou a conformidade das propostas apresentadas com as Normas de Funciona-mento, o OP’15 entra agora numa fase de-cisiva.

As propostas em votação podem ser consultadas na plataforma do OP, no site da Câmara Municipal de Gondomar. Po-dem participar na eleição os cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos, desde que recenseados no concelho. O portal do OP é a ferramenta essencial para proceder à vo-tação e tem obrigatoriedade de registo na plataforma.

Após o período de votação seguir-se-á o anúncio público dos projetos vencedores e, por fim, o terceiro ciclo do projeto, que pre-vê a execução dos projetos vencedores.

Segundo fonte do Município, a plata-forma do OP registou um aumento do nú-mero de inscritos “de 374 para 424 registos de cidadãos”. Ao todo foram submetidas a apreciação técnica 33 propostas, mais 13 do que as 20 apresentadas na primeira edição do OP.

como “uma pancada no orçamento munici-pal” e mostra-se “surpreendido com a má--fé” da empresa queixosa e com o pedido constituído pelo Tribunal Arbitral.

A empresa de Alberto Couto Alves pede ao Município uma indemnização de 2,9 milhões de euros mais juros de mora, alegando que o Município “não cumpriu as obrigações que resultaram do caderno de encargos, tendo permitido a existência de estacionamento ilegal num raio de 200 metros durante os primeiros oito anos de exploração do parque subterrâneo e, por outro, tolerou por nove anos a coexistência de um parque de estacionamento não licen-ciado na zona em causa”.

O procedimento, segundo a empresa, traduziu-se “numa perda muito significa-tiva das receitas estimadas pelo consórcio, contribuindo para a sucessiva acumulação de prejuízos pela empresa ao longo dos anos”. ■

Este ano, a obra escolhida terá um orça-mento de 150 mil euros.

Recorde-se que em novembro de 2015 foi inaugurada a primeira obra com verba do OP, o campo de jogos do Agrupamento de Santa Bárbara. ■

Propostas admitidasa votação

A - Campo de vólei no Monte Crasto(S. Cosme)B - Cobertura no polidesportivo do Crasto (Baguim do Monte)C - Coberto da EB Boavista/Lourinha (Rio Tinto)D - Educação inclusiva (S. Cosme)E - Espaço coberto na EB1 da Lagoa(Valbom)F - Ligação segura ao passadiço(Valbom)G - Melhoria de segurança (Rio Tinto)H – Miúdos ativos (Fânzeres)I – “Nasce Águas” – espaço de lazer(S. Cosme)J – Parque infantil (Lomba)K – Parque intergeracional (S. Pedro da Cova)L – Parque intergeracional Bairro Minei-ro (S. Pedro da Cova)M – Pavimento na EB1 de Vila Verde (S. Pedro da Cova)N – Piscina fluvial de Gramido (Valbom)O – Pulmão pedonal (S. Cosme)P – Reabilitação das “praias” (Valbom)Q – Requalificação da Quinta das Frei-ras (Rio Tinto)R – Repavimentação da Rua Alegre (S. Cosme)S - Skatepark (Baguim do Monte)

32 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Política

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O Município reabriu a 1 de fevereiro o Posto de Registo e Controlo de Pescado de Val-bom, em Ribeira de Abade. O posto vai estar em funciona-mento até 30 de abril.

Pela segunda época consecutiva de pes-ca da lampreia e do sável a Câmara Munici-pal de Gondomar, em parceria com os pes-cadores, a Docapesca e a Vianapesca, abriu o Posto de Registo e Controlo de Pescado de Valbom, em Ribeira de Abade.

Segundo o comunicado da autarquia, o objetivo do Município é “proporcionar con-dições de descarga e registo das capturas aos pescadores do rio Douro”. “Fica demonstra-do que a pesca, embora seja uma atividade sazonal, deve ser respeitada como qualquer outra atividade económica. Só nas primei-ras horas de funcionamento do posto, foram efetuados sete registos, tendo-se apresenta-do em Ribeira de Abade, além de pescado-res de Gondomar, artesãos de Arnelas e de

Posto de Registo e Controlo de Pescadoaberto até 30 de abril

Avintes, Vila Nova de Gaia”, informa a nota municipal. O ato de abertura contou com a presença de Carlos Brás, vereador do De-senvolvimento Económico.

“Os pescadores mostram-se satisfeitos com esta medida”

Ao Vivacidade, Carlos Brás reforça o “importante apoio municipal” com a aber-tura do Posto de Registo e Controlo de Pes-cado de Valbom.

Segundo o autarca, o balanço é “clara-mente positivo”, tendo sido registadas cerca de duas mil lampreias em 2015.

“Os pescadores de Ribeira de Abade mostram-se satisfeitos com a medida que atrai também pescadores de outras fregue-sias e concelhos”, afirma o vereador. ■

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33VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Política

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A Câmara Municipal de Gon-domar aprovou, a 17 de feve-reiro, a constituição da Asso-ciação de Municípios Parque das Serras do Porto para de-senvolver e concretizar o proje-to Pulmão Verde.A Junta de Freguesia de

Rio Tinto e o Centro Social de Soutelo assinaram a 18 de fevereiro o protocolo de financiamento do Projeto “A Escolha é Tua! E6G” na FIL, em Lisboa. A verba prevista no programa é de cerca de 194 mil euros.

Após aprovação em reunião do execu-tivo camarário, a proposta de criação do Parque das Serras, que vai ser constituída pelos municípios de Gondomar, Valongo e Paredes, segue agora para a Assembleia Municipal.

Segundo nota enviada à imprensa, a Associação de Municípios Parque das Ser-ras do Porto tem como finalidade a “cria-ção e gestão do Parque das Serras do Porto, bem como a promoção ambiental, a valo-rização da natureza e da vida ao ar livre”. O Município acrescenta ainda que o Parque das Serras “pode promover políticas con-

Foi na qualidade de entidade promo-tora que a Junta de Rio Tinto e o Centro Social de Soutelo, como entidade gestora,

Município aprova criação da Associação deMunicípios Parque das Serras do Porto

Junta de Rio Tinto renovou protocolo do Projeto“A Escolha é Tua! E6G”

juntas de turismo, lazer, animação, forma-ção, emprego, inclusão, sustentabilidade, inovação, competitividade e internaciona-lização da economia”.

O projeto engloba a utilização susten-tável do território, através das suas poten-cialidades naturais, nas serras de Santa Jus-ta, Pias e Castiçais, mas também nas serras das Flores, Santa Iria e Banjas. ■

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assinaram o protocolo de financiamento do Projeto “A Escolha é Tua! E6G”, num to-tal de financiamento de 193.995,06 euros.

O projeto visa promover a valoriza-ção dos percursos escolares e formativos e o desenvolvimento sociocomunitário integrado das comunidades locais de Rio Tinto, através de “dinâmicas preventivas de combate aos ciclos de pobreza e exclusão social, tendo como público-alvo os jovens e crianças entre os seis e os 18 anos.

As áreas de intervenção do projeto se-rão os Conjuntos Habitacionais das Areias, Padre Vidinha, Ponte, Nossa Senhora dos Aflitos e Triana, em Rio Tinto. ■

34 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

* Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Hérnias discais da coluna vertebral, haverá alternativa à cirurgia?

A cirurgia da hérnia discal e outras patologias da coluna vertebral, lombar e cervical, tem indicações muito precisas e só em situações restritas se deve executar, pois as complicações são variadas de uma cirurgia com um risco sempre a considerar.

Assim sendo, deve-se procurar outras alternativas ao tra-tamento cirúrgico. Mesmo uma simples dor lombar e cervical, leva a uma incapacidade e mau estar dos doentes muito comum, provocando mesmo um número considerável de baixas por doença.

Além da medicação específica e tratamento de fisioterapia, sempre a base de um tratamento das lombalgias e cervicalgias, vão aparecendo outro tipo de tratamentos mais específicos com meios de ação curiosos e em alguns casos, com marcada eficá-cia.

É o caso da acupunctura, que embora seja uma técnica mile-nar com muitos seguidores no Oriente, foi adaptada pela medi-cina ocidental e nomeadamente europeia, com os conhecimen-tos da neurologia e neuro psiquiatria. É realmente uma técnica interessante com resultados muito positivos, que o facto de ter muitos cépticos por ser “uma chinesice” segundo eles, tem-se revelado uma arma terapêutica muito importante.

O mesmo se pode dizer de outra técnica agora a despertar nos últimos tempos, a ozonoterapia, que se baseia na infiltração de ozono, gás medicinal, já há muitos anos conhecido, mas gra-ças ao desenvolvimento de geradores portáteis que produzem facilmente esse produto se passou a usar em consultórios e clí-nicas. Sendo ainda uma novidade, levantam-se as dúvidas sobre a eficácia e a segurança na sua aplicação.

Quanto à eficácia é óbvio que são necessários estudo cientí-ficos em larga escala para testar a sua eficácia. No entanto, a ex-periência que temos até hoje é que se trata de uma técnica muito eficaz principalmente em cervicalgias, lombalgias e outras pato-logias osteo articulares. Quanto à segurança, são já conhecidas as doses eficazes e de segurança controladas pelos tais aparelhos.

Lembrem-se que o ozono é O3, logo derivado de uma mo-lécula de oxigénio, O2, mais uma de O. Sendo o oxigénio o pro-duto mais importante para o normal funcionamento das nossa células, faz sentido a importância na normal biologia das nossas células. O nosso cérebro pode funcionar muito tempo com bai-xa de glicose, mas sem oxigénio não resiste.

Só o futuro poderá demonstrar as enormes potencialidades deste tratamento, mas veremos...

Até breve, estimados leitores… ■

VIVA SAÚDEPaulo Amado*Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

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Política

> Junta de Freguesia de Covelo

> Rua Dr. Profírio de Andrade

> Entrada da Quinta das Freiras

A Polícia Judiciária está a investi-gar as causas de uma dívida da ex-tinta Junta de Freguesia do Covelo à Caixa Geral de Aposentações (CGA) que, com juros, se aproximará dos 150 mil euros.

A Junta de Rio Tinto realizou, este mês, diversas obras de melhoramen-to e reparação na freguesia.

Em causa está um alegado desvio de verbas. António Leão, o último tesoureiro da extinta Junta de Freguesia de Covelo – que foi agregada com a freguesia da Foz do Sousa – denunciou uma dívida da autarquia à CGA que, com juros, se aproximará dos 150 mil euros. O caso está a ser investigado pela Polícia Judiciária.

Isidro Sousa, presidente da União de Freguesias da Foz do Sousa e Covelo, não acredita nos desvios. “A situação só foi detetada em 2013, quando a nova Junta tentou inscrever os funcionários na CGA e a sua admissão foi recusada pela existência de uma dívida. Soubemos, depois, que a situação se ar-rastava há cerca de 10 anos. Ou seja, durante uma década os descontos dos funcionários nunca che-garam à CGA. Fui a Lisboa negociar o pagamento em prestações, a última das quais terá que ser paga durante este ano”, afirmou o autarca.

Isidro Sousa estranhou o silêncio da CGA du-rante todo este tempo e garantiu ainda que o in-cumprimento nunca foi comunicado à Junta de

A Junta de Freguesia de Rio Tinto procedeu à reparação de passeios na Rua Dr. Porfírio de An-drade, à pintura da sinalização horizontal na Rua da Castanheira, a reparações do piso em betumi-noso na Praça da Estação e à pintura de uma nova passadeira para peões na Rua de Quintã.

As obras integram a estratégia de melhoramen-to e renovação da sinalização implementadas pela autarquia nos vários locais da freguesia.

PJ investiga desvio de 150 mil euros da Junta de Covelo

Junta de Rio Tinto realiza várias obras na freguesia

Covelo. “Julgo que [as verbas]foram canalizadas para

obras e outras despesas. A situação está em vias de resolução e os 12 funcionários da Junta podem es-tar tranquilos”, assegurou o autarca.

Recorde-se que Silvino Paiva, o último presi-dente da extinta Junta de Covelo, integra agora o executivo liderado por Isidro Sousa. ■

Quinta das Freiras encerrada aopúblico após o mau tempo

Após o mau tempo e ventos fortes registados no dia 6 de fevereiro a Quinta das Freiras encerrou ao público. A intempérie provocou a queda e danos em cerca de 20 árvores. Os serviços da Proteção Civil de Gondomar e da Junta de Rio Tinto proce-deram ao encerramento do recinto até que sejam reparados todos os danos, retiradas as árvores caí-das e avaliada a segurança das restantes.

Registaram-se ainda danos em vários equipa-mentos na via pública, na zona da Feira de Rio Tin-to e Rebordãos e em diversas habitações, causando apenas danos materiais. ■

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35VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Desporto

TABELACLASSIFICATIVADE FUTEBOLCNS - Fase SubidaZona NorteP.12345678

EquipaFafeGondomarEstarrejaVizelaVilaverdense FCBragançaFC Pedras RubrasAnadia

Pontos44433310

ÙÙ

Próximos jogos (28/02):Estarreja - Gondomar

CNS - FaseManutenção - Série C

Próximos jogos (28/02):Sousense - Tirsense

EquipaSC SalgueirosVila RealCinfãesTirsenseSC CoimbrõesSousenseAmaranteSobrado

Pontos201715141312129

P.12345678

ÙÙÙ

Próximos jogos (06/03):SC Rio Tinto - Valadares GaiaPadroense - S. Pedro da Cova

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

ÙÙ

P.123456789

1011121314151617181920

EquipaAliança de GandraValadares GaiaRebordosaParedesSC Rio TintoPedrouçosOliv. DouroAliados LordeloLeçaPadroenseLixaBarrosasAD GrijóVila MeãBaiãoFC VilarinhoS. Pedro da CovaCandalSerzedoPerafita

Pontos5452474743363533323232292827242323232221

Ù

Gondomar e Sousense comcalendário definido para a 2ª fase

Luz e Vida Gondomarense: seis títulos conquistados em janeiro

Já são conhecidos os calendá-rios do Gondomar Sport Clube e do União Desportiva Sou-sense para a 2ª fase do Cam-peonato de Portugal Prio. O sorteio realizou-se a 19 de fe-vereiro.

A Associação Recreativa Luz e Vida Gondomarense encer-rou o mês de janeiro com sete títulos na bagagem. A equipa feminina de infantis, Beatriz Pereira e Henrique Neves es-tiveram em destaque.

As equipas que representam o concelho de Gondomar no Campeonato de Portugal Prio têm o calendário definido para a 2ª fase da competição. O Gondomar Sport Clube – agora a disputar a Fase Subida da Zona Norte – tem na agenda competitiva os desafios com o Fafe, FC Pedras Rubras, Estarreja, Vilaverdense FC, Vizela, Anadia e Bragança.

Francisco Couto, campeão norte em benjamins A, Filipa Moreira, campeã do norte em benjamins A, Beatriz Pereira, campeã regional e vice-campeã do norte em infantis, Henrique Neves, campeão regional e do norte em iniciados, a equipa feminina de infantis, campeã regional e do norte e a equipa masculina de iniciados, campeã regional, deram, em janeiro, seis novos títulos à Associação Luz e Vida Gondomarense, resultado da participação no Campeonato Regional de Corta-Mato, em Paredes, e no Campeonato do Norte de Corta-Mato, em Felgueiras.

Para David Fernandes, treinador e presidente da Associação Recreativa Luz e Vida Gondomarense, os sucessos representam “mais um marco histórico para a associação”.

O próximo jogo dos gondomarenses é fora, contra o Estarreja, a 28 de fevereiro. A equipa liderada pelo técnico Luís Alberto tem quatro pontos somados após um empate com o Fafe (0-0) e uma vitória caseira frente ao FC Pedras Rubras (1-0). O Gondomar ocupa o 2.º lugar da tabela.

Por sua vez, a equipa de Foz do Sousa começou por receber e vencer o

“Há muito anos que não se conseguiam conquistar tantos títulos e pódios. Temos feito um excelente trabalho. No ano passado só tínhamos alcançado um pódio e, este ano, conseguimos treze, sendo sete deles o lugar mais alto. Só isso reflete o nosso trabalho, o empenho dos atletas e a excelente atitude dos pais. Não nos

Amarante (1-0) e sofreu uma derrota contra o Vila Real (1-0). Seguem-se os confrontos com o Tirsense, Sobrado, SC Coimbrões, Cinfães e SC Salgueiros.

O grupo do treinador Hélder Nunes está atualmente no 6.º lugar da tabela com um total de 12 pontos acumulados entre a 1ª e 2ª fase do campeonato.

Recorde-se que o Sousense disputa a Fase Manutenção da Série C. ■

> Equipa de Infantis Femininas no pódio

> Ao centro, a atleta Beatriz Pereira > Henrique Neves equipado com luvas

podemos esquecer que a pista que agora temos em Valbom tem sido uma mais-valia no planeamento e gestão do nosso treino e, por isso, temos de deixar uma palavra de agradecimento à Câmara Municipal de Gondomar por esta aposta”, refere o responsável pela associação de atletismo. ■

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36 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Desporto

Sporting emgestão instala-se de novo

no cadeirão

VIVA DESPORTOTiago NogueiraJornalista / estudante de psicologia

Depois de um mau resultado e de uma exibição apagada frente ao Bayer Leverkusen, o Sporting reagiu da melhor forma ao vencer, em casa, o Boavista por 2-0 num jogo de extrema importância. A gestão que Jorge Jesus realiza no plantel leonino é nociva para as competições europeias, mas, de facto, funciona na Liga Portuguesa e na qualidade do jogo sportinguista.

Tal como o Arouca já tinha feito num passado recente, os pupilos de Miguel Leal entraram fortíssimos no jogo deste fim-de-semana frente ao FC Porto e o jovem Iuri Medeiros demonstrou, uma vez mais, a sua enorme qualidade, marcando um golo e realizando uma assistência primorosa. Depois de uma importante vitória frente ao rival SL Benfica, estar a perder por 2-0, em casa, com o Moreirense era algo que ninguém esperaria. O ambiente estava tenso, as bandeiras iam sendo agitadas ao ritmo do vento, mas a crença dos adeptos não as acompanhava. Quando a grande maioria já se preparava para mais um desaire em pleno Estádio do Dragão, eis que o reerguer portista aconteceu. Layún, Suk e Evandro apontaram a cambalhota no marcador e colocaram em delírio os milhares de adeptos presentes no grande palco da Invicta. “Estamos vivos”, era a frase do momento e, de facto, foi um triunfo moralizador para o que resta do campeonato, apesar de ter realçado as grandes fragilidades defensivas da equipa orientada por José Peseiro.

O Benfica, depois de uma grande vitória frente ao Zenit para a Liga dos Campeões, realizou uma exibição tímida na Mata Real. No entanto, a vitória acabou por acontecer com alguma naturalidade, sendo que o momento do jogo pertenceu ao craque da equipa contrária. O talentoso gondomarense Diogo Jota, depois de driblar incrivelmente dois adversários, rematou com tremenda classe por cima de Júlio César e encheu de ilusão a alma dos adeptos pacenses. Rui Vitória teve aqui um duro teste, pois após uma partida de Champions é sempre complicado jogar fora de portas, ainda mais num Estádio como o do Paços de Ferreira. Esta prova foi, portanto, passada com distinção, mas o grande desafio está marcado para o dia 5 de março, onde as águias viajam até Alvalade para disputar o que muitos apelidam de “jogo do título”. Os clássicos têm sido o calcanhar de Aquiles deste treinador. Poderá ser este o verdadeiro grito de revolta ou será que o problema acentuar-se-á?

Esta jornada ficou também marcada pelo famoso derby do Minho. Assistimos a um verdadeiro espetáculo de futebol, com seis golos marcados e muita emoção à mistura. Otávio foi a grande figura do encontro, fez duas assistências, marcou um golo e a sua exibição foi um hino ao futebol. Classe pura do brasileiro emprestado pelo Porto, tem uns pés abençoados, uma relação com a bola tremenda e é mais uma prova de que o campeonato Português está recheado de talento. É preciso apenas saber valorizar. ■

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Fundada a 24 de janeiro de 2008, a Associação Valboense de Dança – Dancingstar conta atualmente com cerca de 350 atletas integrados no “espírito familiar” da coletividade. Ao Vivacidade, Maria João Correia, presidente da direção, reforça a von-tade de querer “crescer ainda mais”.

Começou por ser uma associação de dança com quatro grupos de atletas, mas isso foi apenas o início da Associação Valboense de Dança – Dan-cingstar. Hoje, cerca de 350 atletas ensaiam as suas coreografias diariamente na Escola Primária da Giesta, em Valbom. O edifício da antiga escola pri-mária é a sede da associação, desde 2013, e contou com o envolvimento de todos os elementos (atletas, dirigentes e até pais) para a recuperação e remode-lação da infraestrutura.

“Recuperamos a escola com o apoio de todos. As obras foram feitas em três meses e represen-taram um investimento de cerca de 40 mil euros, porque o equipamento estava todo vandalizado. Além disso, tivemos ainda o desafio de criar uma sala para ensaios na parte de cima e contamos com o aval da Câmara de Gondomar”, começa por expli-car Maria João Correia, presidente da direção.

Ao Vivacidade, a instrutora de dança e funda-dora da associação recorda também as dificulda-des iniciais do projeto que passou por um período conturbado até encontrar um espaço fixo para os ensaios.

Dancingstar quer crescer com a captação de mais atletas

Foto PSF

“Numa primeira fase ensaiávamos na sede dos Leões Valboenses. Entretanto, encontramos uma loja com 70 m2 e com a ajuda dos pais e das atletas conseguimos fazer aí um autêntico milagre, porque o espaço era pouco”, lembra a professora.

Contudo, a restrição reforçou a vontade de cres-cer que ficou concluída com a instalação na mais recente sede. “Esta escola garantiu a solidificação da nossa associação”, afirma a presidente da asso-ciação Dancingstar.

Os próximos objetivos da dirigente são fazer crescer a coletividade com a captação de novos atle-tas, sobretudo, “entre os três e os seis anos” e abrir um grupo dedicado ao balé, modalidade que, no entender de Maria João Correia, “é a base da dança”.

Aniversário comemorado noMultiusos de Gondomar

No dia 13 de fevereiro, a associação de dança celebrou oito anos de existência com a realização de um sarau no Multiusos de Gondomar. O evento intitulado “Dançar em Português” apresentou vá-rias coreografias dos diferentes escalões e estilos de dança ministrados na Dancingstar.

Participação no “Got TalentPortugal” deu frutos

O grupo ‘Dancingstar’ participou no “Got Ta-lent Portugal” 2015. Para Maria João Correia a ida ao concurso de talentos “trouxe notoriedade e reco-nhecimento dos gondomarenses”. ■

Modalidades da Associação Dancingstar

A Associação Valboense de Dança – Dancingstar tem ao dispor dos inte-ressados vários estilos de dança dos 3 aos 25 anos. Aerodance, Zumba, Kizomba e Ritmos Latinos são as ou-tras modalidades da coletividade. A mais recente abertura é a disciplina de karaté.

> Na foto: Maria João Correia

> Coreografia apresentada do sarau “Dançar em Português”

37VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Desporto

O Clube Ornitológico de Gondomar arrecadou 82 me-dalhas no 64.º Campeonato do Mundo de Ornitologia. A competição realizou-se de 21 a 24 de janeiro, em Matosi-nhos.

O Clube Ornitológico de Gondomar destacou-se na mais recente edição do Campeonato do Mundo de Ornitologia, realizada em Matosinhos. Na competição estiveram representados 2980 expositores e criadores de aves, dos quais 2420 vieram de 23 países de quatro continentes (Europa, Ásia, América e África).

No pódio o Clube Ornitológico de

Clube Ornitológico de Gondomar arrecadou82 medalhas no campeonato do mundo

Gondomar arrecadou 82 medalhas – 25 de ouro, 26 de prata e 31 de bronze – distribuídas por 25 criadores, nas mais diversas secções, desde canários de cor, canários de porte, exóticos e psitacídeos.

Em comunicado, a coletividade de Gondomar promete “continuar a trabalhar para levar o nome do clube e da cidade de Gondomar a toda a parte do mundo através da ornitologia”. ■

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Entre os dias 5 e 7 de fevereiro o Multiusos de Gondomar re-cebeu a elite do ténis de mesa europeu. Os melhores atletas estiveram em competição na Taça da Europa. João Mon-teiro foi o melhor português em prova tendo conquistado o 2.º lugar na prova.

João Monteiro saiu derrotado frente ao alemão Dimitrij Ovtcharov, por 4-2, na final da Taça da Europa de ténis de mesa. O mesatenista português - 15.º no ranking europeu e 45.º no ranking mundial - foi o melhor representante nacional em competição mas saiu derrotado pelos parciais de 11-6, 11-5, 11-8, 8-11, 11-13, 11-7, perante o campeão da Europa, n.º 1 do ranking europeu e 4.º do Mundo.

“Queria vencer, mas não foi possível. No sexto set houve um momento em que acreditei que iria conseguir empatar, mas ele voltou a afastar-se e venceu. Agradeço o apoio do público e da minha família, que me veio apoiar”, afirmou o futuro representante olímpico português.

João Monteiro foi 2.º classificadona Taça da Europa

Importa, contudo, salientar que a prestação do atleta vale o passaporte para a Taça do Mundo, agendada para outubro.

No setor feminino, a vitória foi para a espanhola Yanfei Shen, que derrotou a turca Melek Hu, por 4-1 (4-11, 11-7, 11-9, 11-7, 11-5). ■

500 pessoas assistiram à finalNo último dia de prova, o Multiu-sos de Gondomar registou a melhor afluência dos três dias de competi-ção, com cerca de 500 pessoas pre-sentes nas bancadas. Antes da prova a Federação Portuguesa de Ténis de

Mesa tinha dito que gostava de con-tar com duas mil pessoas nas ban-cadas.Recorde-se que o preço dos bilhetes ficou estabelecido entre os 15 (um dia) e os 20 euros (três dias).

> João Monteiro a disputar a final da Taça da europa

> Marcos Freitas foi eliminado no arranque da prova > Tiago Apolónia ficou em sétimo lugar na competição

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38 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Desporto

Escola Desportiva e Cultural de Gondomarsagrou-se campeã distrital da 1ª divisão feminina

Gondomar Cultural: “Não estamos só vocacionados para o desporto”

A Escola Desportiva e Cultural de Gondomar sagrou-se cam-peã distrital da 1ª divisão femi-nina da Associação Futebol do Porto (AFP). Ao nosso jornal, João Paulo Cruz, presidente da direção, apontou a “aposta na formação” como fator diferen-ciador da equipa.

A Gondomar Cultural – As-sociação de Desenvolvimento Desportivo, Cultural e Educa-tivo realizou a 5 de fevereiro a III Gala da coletividade. A ini-ciativa foi o mote da entrevista a José Santos, presidente da di-reção do Gondomar Cultural.

A festa do título estava reservada para o jogo em atraso da 18ª jornada contra o Barranha SC, contudo, após a derrota do Póvoa Futsal frente ao Escolas Arreigada por 1-0, as atletas da Escola Desportiva e Cultural de Gondomar (EDCG) festeja-ram mais cedo a conquista da 1ª divisão feminina da Associação Futebol do Porto.

O título garante à equipa a presen-ça na Taça Nacional e a possibilidade de tentar regressar ao Campeonato Nacional Feminino, competição que o conjunto gondomarense integrou em 2014/2015 tendo sido despromovido aos campeona-tos distritais.

Fundada a 15 de janeiro de 1998, a as-sociação Gondomar Cultural, sediada jun-to à Casa da Juventude de Rio Tinto, ini-ciou a sua atividade inserida no programa de férias desportivas promovidas pelo Mu-nicípio. Entre as modalidades desportivas praticada estavam o andebol, o voleibol, o tiro ao arco e o judo. Contudo, nem só de desporto vivia a associação também voca-cionada para a componente educativa. “Te-mos uma grande quantidade de programas de componente educativa implementada nas escolas e, atualmente, temos trabalha-do o programa Escola a Tempo Inteiro nos estabelecimentos de ensino do concelho”, começa por referir João Santos, presidente da direção do Gondomar Cultural.

No entanto, é no desporto que assenta o sucesso da coletividade que tem crescido

> (À esquerda) Atletas da Escola Desportiva e Cultural de Gondomar

“Após a despromoção, no ano passa-do, assumimos logo o compromisso de subir novamente ao campeonato nacio-nal. Com os reforços que asseguramos e a nossa qualidade sabíamos que este ia ser um campeonato acessível mas ainda te-mos um longo caminho a percorrer e com uma margem de erro mínima”, refere João Paulo Cruz, presidente da EDCG.

O responsável máximo pela coletivi-dade espera assegurar a subida na próxi-ma fase da época e acompanhar o êxito desportiva com um percurso vencedor na Taça de Portugal. “Na Taça passamos quatro eliminatórias e estamos nos oita-

“de forma sustentada”. Atualmente, estão contabilizados cerca de 250 atletas nas vá-rias modalidades (andebol, voleibol e polo aquático) e um total de 130 praticantes fe-derados.

Entre as conquistas mais recentes estão o campeonato nacional de polo aquático nos escalões juvenis e iniciados, a subida de divisão para o escalão nacional de ande-bol e a subida da 3ª para a 2ª divisão nacio-nal da equipa de voleibol feminino.

“Somos criteriosos na escolha do nosso corpo técnico. Essa é uma mais valia para o clube e para os jovens que beneficiam da

vos-de-final. Vamos jogar com o Grupo Desportivo Valverde, campeão distrital de Castelo Branco, e queremos vencer”, afirma o dirigente desportivo.

Questionado sobre o sucesso no es-calão feminino, João Paulo Cruz aponta a qualidade da formação, dos técnicos e dos treinos como fatores diferenciadores do clube. “Somos muito exigentes na pre-paração e fazemos um esforço financeiro para treinarmos duas vezes por semana. Aliás, muitos clubes já vieram cá buscar as nossas atletas. Isso entristece-nos, por um lado, mas também nos deixa orgulho-sos porque sabemos que temos qualida-

nossa atividade. Neste momento começa-mos a beneficiar da aposta na formação”, afirma o dirigente.

Há, contudo, espaço para crescer, de acordo com José Santos. O presidente da direção lamenta, no entanto, a falta de es-paço para treinar no concelho. O problema está a ser tratado com o Município e a as-sociação poderá vir a beneficiar da cons-trução de um novo pavilhão em Rio Tinto “até ao final de 2016”. Caso venha a concre-tizar-se, a expansão poderá fazer regressar as modalidades descontinuadas (tiro com arco e judo). Entre os desejos do presidente

de”, acrescenta o presidente.

“Manter a base da equipafoi fundamental para obtero título”

Vítor Fonseca, treinador e coordena-dor do futsal feminino da EDCG, explica a conquista do título ao Vivacidade. Se-gundo o técnico, “manter a base da equipa foi fundamental para obter o título”. “Logo após a descida de divisão assumimos o compromisso de regressar. Sabemos que não é fácil. Não basta ser campeão distri-tal mas o primeiro objetivo está consegui-do”, recorda Vítor Fonseca. ■

da direção está também o eventual regres-so da prática de ciclismo.

III Gala comemorou méritos desportivos na Secundária de Rio Tinto

Pela terceira vez a “família” do Gon-domar Cultural uniu-se no auditório da Escola Secundária de Rio Tinto para dis-tinguir as equipas e atletas premiados na época passada. “É nesta iniciativa que ve-mos o crescimento do clube”, refere José Santos.

A cerimónia contou com a presença de José Lourenço Pinto, presidente da Asso-ciação Futebol do Porto, Sandra Almeida e a vereadora do Desporto do Município. Ao Vivacidade, José Santos lamentou ainda a ausência do representante da Junta de Rio Tinto. ■

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> Os prémio de Mérito foram entregues na gala do clube

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39VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Empresas & Negócios

“O Kim Kim é uma referência em Gondomar e até fora do concelho”Manuel Ferraz é proprietário do restaurante Kim Kim, es-paço situado na Rua D. An-tónio Castro Meireles, em Ba-guim do Monte. A casa está aberta desde 1981 e é já uma referência na restauração do concelho.

“Antes de ser o Kim Kim este estabe-lecimento chamava-se Olguim e era um café. Depois é passado a dois Joaquins que tomam conta disto, daí o Kim Kim”, co-meça por explicar Manuel Ferraz, sócio--gerente do restaurante desde o dia 1 de junho de 1981.

O estabelecimento – que começou por chamar-se “Olguim” – era um café antes de ser conhecido por “Kim Kim”. “Se-gundo dizem, o café Olguim tinha mau ambiente e houve a necessidade de criar um novo nome. Nessa altura os sócios-ge-rentes convidaram-me para vir trabalhar como funcionário e, oito meses depois, fizeram-me a proposta de tomar conta do estabelecimento, tinha eu 24 anos”, recor-da o proprietário.

O início da gerência de Manuel Fer-raz ficou marcado pela criação de novos hábitos no antigo salão de jogos, na cafe-taria e na clientela. “Foi complicado criar novos hábitos. Tentei implementar essas

mudanças um ano depois da minha che-gada e tive que correr com alguma clien-tela porque nessa altura nem entravam aqui senhoras. Mais tarde, as pessoas que tinham ido embora começaram a trazer as esposas e o espaço tornou-se mais bem frequentado. Hoje entram aqui mais se-nhoras do que homens”, afirma Manuel Ferraz.

Em 1990, o salão de jogos dá lugar a um espaço próprio para eventos: ca-samentos, batizados e reuniões. “Nessa altura captamos a atenção do pessoal da zona industrial, fizemos parcerias com a rede do Parque Escolar, com a instalação da TV Cabo em Baguim e com a Metro do Porto”, refere o sócio-gerente.

Atualmente, Manuel Ferraz considera o restaurante “uma referencia em Gondo-mar e até fora do concelho”. “Temos clien-tes que vêm de todo o lado e com as redes sociais torna-se mais fácil divulgar o nos-

so espaço. Recentemente um emigrante que está nos Estados Unidos reservou o nosso espaço para um aniversário, tudo foi tratado através do Facebook”, explica ao Vivacidade.

Oferta variada desegunda a sábado

No restaurante há uma vasta oferta de pratos ao dispor do cliente. “Temos

sempre quatro a cinco pratos dentro do menu do dia, para além da lista. O menu do dia engloba sempre pratos rápidos para servir os trabalhadores. Todos os dias são diferentes e temos sempre três pratos de carne e dois de peixe. O preço é de seis euros por pessoa com bebida in-cluída, café e sopa”, refere Manuel Ferraz.

O restaurante Kim Kim tem capaci-dade total para receber cerca de 140 pes-soas.

Jogos da sorte, serviços Payshop e Pagaqui são“apostas ganhas”

Os jogos da sorte surgiram no Kim Kim há cerca de 20 anos. Para o proprie-tário a medida foi “uma aposta ganha”, bem como os serviços Payshop e Paga-qui. “A ideia foi criar mais um atrativo para chamarmos as pessoas a este espa-ço”, acrescenta Manuel Ferraz. ■

Domingo é dia de descanso

Há cerca de um mês o res-taurante Kim Kim começou por fechar o serviço de res-tauração. Contudo, o espaço aceita marcações de eventos para mais de 20 pessoas.

Especialidades doKim Kim

Entre as especialidades da casa estão o famoso baca-lhau à zé do pipo, bacalhau à braga, filetes de polvo, en-tre outros pratos ao dispor do cliente.

40 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Empresas & Negócios

Tentação das Bifanas alargouestabelecimento de Baguim

Alunos do Paulo VI debatem a educaçãoe empregabilidade em Portugal

A Tentação das Bifanas aumen-tou a capacidade do estabele-cimento de Baguim do Monte em cerca de 50 pessoas. O novo espaço representa o mais recen-te investimento de João Silva, sócio-gerente da empresa.

Os alunos dos cursos de huma-nidades e economia do ensino secundário do Colégio Paulo VI regressam, a 26 de feverei-ro, ao auditório do Hospital--Escola da Universidade Fer-nando Pessoa, para debater a educação e a empregabilidade em Portugal. O debate está in-tegrado no VI Fórum Económi-co e Social.

Após a abertura do estabelecimento da Maia, a Tentação das Bifanas dá mais um passo na expansão das suas instalações. João Silva, proprietário da empresa, mos-tra-se satisfeito com a mais recente expan-são, um novo espaço que acrescenta a ca-pacidade para receber cerca de 50 clientes no estabelecimento de Baguim.

“Temos mais 50 lugares com um aspeto moderno e que vêm dar resposta às nossas necessidades, sobretudo ao fim de semana. Além disso, demos um aspeto mais mo-derno a esta sala”, afirma João Silva sobre a sala inaugurada no dia 19 de fevereiro.

A acompanhar a abertura estão tam-bém quatro novos pratos ao dispor dos clientes. Três estão em segredo mas um de-les é um novo cachorro especial.

O novo espaço vem dar resposta “aos

Pelo sexto ano consecutivo os alunos do 10.º e do 11.º ano dos cursos de huma-nidades e de economia do Colégio Paulo VI unem-se para organizar o VI Fórum Económico e Social. Este ano, o encontro está subordinado ao tema “A Educação, Qualificação e Empregabilidade em Por-tugal: Horizonte 2030” e volta a realizar-se no auditório do Hospital-Escola da Uni-versidade Fernando Pessoa.

Durante a manhã estão previstas pa-lestras dos oradores Júlio Pedrosa, ex--ministro da Educação, David Justino,

clientes habituais que estão cada vez mais entusiasmados”. “Este vai ser um espaço mais procurado por pessoas que querem estar aqui mais tempo, mas estará sempre disponível para todos”, refere o responsá-vel.

Entre as novidades está ainda a criação de um fraldário, uma infraestrutura que a

Tentação das Bi-fanas não contemplava.

Ao Vivacidade, João Silva sublinha a intenção de expandir o sucesso da empresa para o Porto “num futuro próximo”. “Es-tou convencido que não fico por aqui. Este projeto tem três anos e a cada dia que passa tem-se desenvolvido”, conclui. ■

“Evento surgiu da necessidade de um reforço de identidade”

“O Fórum nasceu de uma ne-cessidade de contribuir para um reforço de identidade e sentimento de autoestima dos alunos de humanidades e economia que, por vezes, são considerados uns parentes pobres do ensino. Entende-mos que era benéfico criar-mos um evento com impacto na escola e também na co-munidade”, explica Vítor Fon-tes. Para as próximas edições estão previstas visitas de es-tudo para os alunos.

ex-ministro da Educação e presidente do Conselho Nacional de Educação, e Fátima Claudino, coordenadora da Comissão Na-cional da UNESCO em Portugal. De tarde tem a palavra Jorge Gaspar, presidente do Conselho Diretivo do Instituto do Empre-go e Formação Profissional (IEFP), e a tra-dicional mesa redonda com antigos alunos do colégio.

“O Fórum é uma oportunidade para os alunos enriquecerem o seu percurso aca-démico. Este tema foi trabalhado por eles e há um conhecimento consistente em rela-ção ao que vai ser discutido. Para o colégio é um momento fantástico que temos con-

seguido repetir anualmente”, afirma Dulce Machado, diretora da instituição.

Este ano o Fórum integra, pela primei-ra vez, o projeto do Paulo VI para a Rede Mundial de Escolas da UNESCO, “um passo importante”, considera Vítor Fontes, professor de Geografia e membro da orga-nização.

“O Fórum é um processo de responsa-bilidade e autonomia, para além do conhe-cimento e aprendizagem que confere. Um aspeto importante deste evento é a abertu-ra do mesmo à sociedade civil e a outras instituições”, recorda o docente.

O VI Fórum Económico e Social conta

com o apoio do Hospital-Escola da Uni-versidade Fernando Pessoa, da Comissão Nacional da UNESCO (Portugal), da As-sociação de Professores de Geografia, da Câmara Municipal de Gondomar e da Eu-rope Direct (Porto). ■

41VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Opinião: Vozes da Assembleia da República

Sobre a TAP e as salsichas frescas da francesinhaLuís Monteiro | BE

Alguém chame a política! Roubaram-nos a TAP e ainda tiveram coragem de dizer que pagaram por ela. Levaram décadas de investimento público na companhia e dizem, agora, que deixaremos de ter uma companhia de bandeira – a ideia é tornar low-cost. Low-cost para baixar a qualidade e cortar rotas, low-cost também nos salários.

Rui Moreira tem sido uma das principais figuras contra as decisões da TAP e do Governo sobre este assunto. Na passada semana, o alcaide de Vigo exigiu um pedido de desculpas ao autarca portuense, depois deste ter proferido uma declaração acerca do aeroporto de Vigo:

«Vigo sente-se como a salsicha fresca

dentro de uma francesinha, com um aeroporto miserável e que percebeu que há um senhor americano em Lisboa que tem uns aviões a hélice parados.»

A discussão sobre a pertinência de reverter a privatização é a premissa ausente em todo o discurso do presidente da Câmara Municipal do Porto. Se, por um lado, Rui Moreira tem sido uma das principais caras contra a desvalorização do aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, por outro, os argumentos que tem utilizado (onde a salsicha fresca da francesinha se tornou a cereja no topo do bolo) desviam o debate da verdadeira problemática, criando um mal-estar entre regiões, mas deixando a discussão pela rama.

O combate político não se centra numa quezília entre as cidades do Porto e Vigo, nem num qualquer regionalismo bacoco que põe o Porto contra Lisboa sem apurar o verdadeiro problema. Só a reversão da privatização e o retorno da transportadora aérea nacional de novo para a esfera pública vai garantir que possamos, novamente, tomar decisões sobre a estratégia da mesma. Para garantir de novo uma estratégia que aposte no Norte é preciso que a TAP seja pública. Está na hora de pressionar este governo a assumir as suas responsabilidades, anulando a privatização.

Onde estava Rui Moreira quando o governo de Passos anunciou a privatização da TAP? Não se pode jogar

com um pau de dois bicos: ora reclama junto do Governo e dos novos donos da TAP uma estratégia que defenda o Porto, ora negoceia com a Ryanair novos voos e novas rotas para a região, criando, como sabemos, dificuldades também à própria TAP, mesmo quando ainda era pública.

A esperança para resgatar a TAP novamente para a esfera pública reaparece com a posição da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), onde alega que que há “indícios fundados” de irregularidades na privatização da TAP, apoiada nas imposições decorrentes do Regulamento 1008/2008 no que respeita ao requisito de controlo efetivo da parte nacional do Estado-membro da EU. ■

O estado da educaçãoGermana Rocha| PSD

O Ministro da Educação, em apenas 40 dias arrasou tudo o que o seu antecessor fez nos últimos quatro anos, curioso é que só veio dar explicações sobre o assunto depois de tudo estar destruído e através de comunicado veiculado pelos órgãos de comunicação social.

Mas, porquê tanta pressa? É que a pressa normalmente não é boa conselheira. Este ímpeto reformista tem muito de político e pouco de pedagógico, efetuado obvia-mente a reboque de ideologias. É que, as iniciativas respeitantes à eliminação dos exames nacionais do Ensino Básico foram apresentadas à Assembleia da Re-pública pelo PCP e BE, e não pelo Parti-do Socialista, quando António Costa, no

Parlamento, se tinha pronunciado pela manutenção dos exames do 6.º e do 9.º ano, ou seja, para bom português, meia palavra basta. Decidir sem ouvir é grave, mas decidir sem ponderar é no mínimo irresponsável.

O sistema educativo envolve milhares de professores e alunos, famílias, funcio-nários, vários órgãos dirigentes e consul-tivos, o que pressupõe que não se pode alterar as regras a meio do ano letivo sem uma prévia e ampla reflexão que envolva os vários agentes intervenientes, causan-do, por isso, mais uma vez, a tão inde-sejada instabilidade, no desempenho da comunidade educativa, fator perturbador do sucesso escolar.

O Conselho Nacional de Educação, ouvido no Parlamento defendeu que as mudanças na Educação devem aconte-cer de forma gradual e que só é possível fazer aferição das aprendizagens no final de cada ciclo e, não a meio, como o ago-ra proposto pelo Ministro da Educação. Também o Conselho de Escolas, a FNE, a CONFAP, lançam reparos ao modelo ago-ra adotado.

Entretanto, dados divulgados pelo INE, evidenciam uma descida muito acentuada da taxa de abandono escolar precoce, que atingiu no ano passado 13,7%, quase me-nos 4% do valor verificado em 2014, sen-do que em 2010, esse valor era de 28,3%.

O que significa que, a implementação,

em concreto, de 12 anos de escolaridade obrigatória e a aposta no ensino voca-cional, com o envolvimento de todos os agentes, nomeadamente com a comuni-dade escolar e com as autarquias locais produz de facto resultados muito positi-vos, num caminho que se pretende seja de recuperação do Sistema Educativo.

Mas, contrariamente ao apregoado, a mais recente versão do Orçamento do Es-tado, reduz o investimento na Educação, acentuando as assimetrias entre o Litoral e o Interior e encoraja o divórcio entre o En-sino Superior e a Ciência. Um Orçamento híbrido, que, de errata em errata atropela a “Geringonça” até ao Juízo Final. ■

ConfusãoCecília Meireles | CDS

A política portuguesa vive tempos de confusão.

Começámos com um Governo formado por uma coligação, algo desengonçada, de várias forças políticas que não tinham ga-nho as eleições. Agora começamos a ver estas forças em ação, e a perceber que o seu discurso é muito diferente dos seus atos.

Em primeiro lugar, vemos que o dis-curso de um tempo novo se transformou rapidamente num enorme problema de credibilidade. Em poucas semanas, assisti-mos a vários cenários macroeconómicos,

ou seja, aquilo que o Governo em várias versões daquilo que o Governo espera que aconteça com a economia portuguesa este ano. A par disto, tivemos também novas medidas, erratas e um enorme cenário de incertezas variadas. Tudo visto e pondera-do, sabemos apenas que pouca ou nenhu-ma confiança podemos ter nas previsões do Governo.

Depois, há também um sério problema de coerência. Passamos rapidamente de promessas de tudo repor, reverter e revo-gar já e imediatamente, para um aumento significativo de impostos. Aquilo que foi

reposto por um lado, rapidamente está a desaparecer por outro. É verdade que Portugal passou por um período muito difícil nos últimos anos e que esse período exigiu medidas muito difíceis. Mas agora esperávamos virar de vez essa página, ou seja, gradualmente ir revertendo as medi-das excecionais e recuperando rendimen-tos. E fazer isto de forma gradual significa exatamente que isso é feito de forma defi-nitiva, para sempre, e sem andar a trocar umas medidas por outras. Ao invés disto, e de um virar de página, aquilo que o Go-verno parece querer fazer é voltar ao prin-

cípio do livro e aos erros que nos levaram ao abismo da pré-bancarrota e ao período de ajustamento.

E quais são as consequências de tudo isto? Para já, a perda de credibilidade ex-terna de Portugal que tanto nos custou a recuperar. Os juros pagos pelo País (e, consequentemente, pelos contribuintes) dão já sinais de preocupação e instabilida-de. Mas, mais do que isso, estamos a pôr em causa a confiança dos agentes econó-micos, ou seja, daqueles que realmente in-vestem e criam postos de trabalho. ■

42 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Opinião: Vozes da Assembleia da República/Municipal

O processo da TAPJosé Luís Ferreira | PEV

A decisão do anterior Governo

PSD-CDS, de entregar aos privados uma empresa como a TAP, re-presentou um erro colossal. Um erro para o futuro da TAP, para a nossa economia e para os portugueses.

Mas para além disso, a privatização da TAP acabou por ser um processo gros-seiramente ilegal. Ilegal, não só, porque o Governo PSD-CDS, consumou o negó-cio da venda quando estava em gestão, e portanto, sem poderes para o fazer, mas também porque deu garantias bancarias ao negócio, passando por cima dos res-petivos requisitos legais e por fim, porque vendeu a TAP a compradores, que nos ter-

mos do direito comunitário, estão inibidos de a comprar, uma vez que se exige que o controle efetivo esteja nas mãos de nacio-nais ou europeus, o que claramente não é o caso.

Estamos, portanto, diante de um pro-cesso muito pouco claro e tão pouco transparente, que nem conseguimos ver onde ficou o interesse público no meio disto tudo. Mas é sobretudo um processo carregado de ilegalidades e se é um pro-cesso ilegal, a sua anulação, seria o único caminho possível.

Reconhecendo que o atual Governo, ao manter a maioria do capital no sector pú-blico, aumentou, naturalmente as possibi-lidades de controlo público das decisões

que vierem a ser tomadas pela Adminis-tração da TAP, ainda assim, temos muitas reservas sobre os poderes do Governo para impedir, por exemplo, o desvio de rotas para outras empresas de transporte aéreo, nomeadamente para as empresas onde um dos sócios da Geteway tem in-teresses, estamos a falar da eventual parti-lha ou desvio de rotas e estamos a falar de eventuais acordos comerciais que possam beneficiar outras empresas em prejuízo da TAP.

A nosso ver, portanto, o único caminho que permite acautelar e garantir o futuro da TAP, para fazer renascer o interesse público neste processo e para que a TAP esteja ao serviço do País, da nossa econo-

mia e dos portugueses seria a anulação do processo de privatização.

Relativamente à supressão de rotas por parte da TAP, da cidade do Porto para várias capitais europeias e também da in-tenção da TAP em suspender as ligações da noite entre Lisboa e Porto, apenas duas notas. A primeira para referir que estamos a falar de consequências do negócio do Governo anterior que permitiu a supres-são das rotas e a segunda para dizer que a solução encontrada pelo governo atual para responde ao problema da TAP, não é afinal solução porque como se vê, no caso do aeroporto da cidade do Porto, o Governo encontra-se inibido de impedir a supressão das rotas da TAP. ■

Serviço Público – STCPJoana Resende | PS

Neste mesmo es-paço, em dezembro de

2014, chamava a atenção sobre um assunto que visava todos os cidadãos da Área Me-tropolitana do Porto: a Subconcessão da Operação de Manutenção da STCP e do Metro do Porto. O concurso público para a subconcessão tinha sido lançado a 8 de agosto de 2014, e elaborado sem ter em conta as necessidades da população, bem como a qualidade do serviço, da empresa e das condições dos trabalhadores.

O caderno de encargos do concurso ti-nha como base a rede atual que está de-satualizada, desajustada, e em prejuízo para a maioria dos concelhos limítrofes

ao Porto, como é o caso de Gondomar. Previa ainda uma redução de cerca de 8% no serviço público, a execução de menos dois milhões de quilómetros na rede, não havendo espaço para a revisão de traçados ou tarifas.

Em setembro de 2015, a subconcessão das empresas foi lançada pelo Governo de Passos Coelho (PSD/CDS-PP), que atri-buiu à britânica National Express, que de-tém a espanhola Alsa, a STCP e à francesa Transdev o Metro do Porto.

No entanto, nove dias depois de ter en-trado em funções, o atual Governo sus-pendeu “com efeitos imediatos” o proces-so. Os contratos aguardavam visto prévio

do Tribunal de Contas para entrarem em vigor. E a 15 de fevereiro, as administra-ções da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) anularam esta segunda-feira os contratos de subconcessão à Transdev e à Alsa, res-petivamente, devido a “invalidades diver-sas”, disse à Lusa fonte oficial das empresas.

O Governo prepara-se agora para entre-gar a gestão dos STCP, a empresa de trans-portes coletivos do Porto, já sem passivo, às seis autarquias do Grande Porto, à se-melhança do que ocorreu com a Carris em Lisboa. Ao que tudo indica, o Ministério do Ambiente admite mesmo avançar com uma contribuição financeira para assegu-

rar a cobertura do défice de exploração durante os primeiros anos.

Nas palavras do Presidente do nosso concelho, “a gestão, independentemente da forma jurídica passará para quem no dia-a-dia está no terreno e sente as neces-sidades das populações”, e por isso deve-mos congratular esta decisão estratégica para o bem estar da nossa população.

Será certo que, com a redefinição da rede, haverá linhas rentáveis e outras que serão deficitárias. Mas isto é o verdadeiro serviço público. Aquele que sustenta e ser-ve a sua população, os seus contribuintes. Aquele que garante o verdadeiro serviço do Estado. ■

Prolongamento da linha do Metro até GondomarDiana Ferreira | PCP

O alargamento da linha do Metro

do Porto é uma justa aspiração de muitas populações do distrito do Porto, há já vários anos.

A atual rede de metro está incompleta e não serve as necessidades das populações enquanto não forem concretizados os devidos prolongamentos.

Há 14 anos a população da Trofa ficou sem o comboio e com a promessa (nunca cumprida) de, no seu lugar, ser garantida a mobilidade com o alargamento da linha do Metro do Porto.

Há mais de 10 anos que os concelhos de Gondomar e Vila Nova de Gaia esperam que o metro chegue a Gondomar e a Vila

D’Este.No caso de Gondomar, o prolongamento

da linha é fundamental, uma vez que este concelho constitui um dos principais polos urbanos do distrito do Porto, sendo dos piores servidos em termos de transportes públicos e cuja ligação à rede de metro permitiria a garantia de mobilidade à população, contribuindo ainda para a dinamização da economia local.

O PCP tem acompanhado esta matéria e tem estado solidariamente presente: junto da população da Trofa que tanto tem reivindicado a construção da linha do metro até à Trofa e demonstrando a indignação sentida pela profunda injustiça que tem sido alvo, bem como não deixando

cair no esquecimento a necessidade do prolongamento da linha do metro até Gondomar e Vila D’Este, tendo-as inscrito como compromissos eleitorais e propostas a apresentar.

Considerando o direito à mobilidade destas populações e entendendo que os prolongamentos das linhas até à Trofa, Gondomar e Vila D’Este são da mais elementar justiça para responder às necessidades da região, o PCP, honrando a palavra dada, entregou na Assembleia da República uma iniciativa legislativa para responder a estas aspirações, recomendando ao Governo a construção da ligação do ISMAI à Trofa, até ao final de 2017, bem como que sejam tomadas as

medidas necessárias para a planificação que conduza ao prolongamento da Linha D (Amarela) até Vila D’Este (Vila Nova de Gaia) e da Linha F (Laranja) até Gondomar.

Sucessivos governos têm adiado a concretização destes prolongamentos, escudando-se em variados pretextos – o anterior Governo PSD/CDS utilizou a troika estrangeira como desculpa, chegando a mantê-la mesmo quando a troika já não estava por cá e tinham anunciado “cofres cheios” ao país.

Já basta de desculpas: o prolongamento da linha do metro até à Trofa, Gondomar e Vila D’Este tem que ser uma prioridade, considerando o que significa para estas populações e para a economia regional. ■

43VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

Na passada semana foram apresentados na Assembleia da República projetos de resolução de um gravíssimo problema ambiental que se arrasta há demasiado tempo.

Como é do conhecimento público, partir de maio de 2001, e durante mais de um ano, foram depositados milhares de toneladas de resíduos tóxicos nas antigas minas de carvão de São Pe-dro da Cova provenientes da unidade da Side-rurgia Nacional da Maia.

As minas, que fazem parte do património, do imaginário e da memória da região, chega-ram a dar trabalho a cerca de duas mil pessoas. Estavam fechadas desde março de 1970.

A deposição de resíduos, na altura conside-rados inertes, fez-se com a concordância da Câmara de Gondomar, ao que se sabe, com a ideia de uma requalificação ambiental e paisa-gística. Afinal, os resíduos não eram inertes e

não houve qualquer requalificação ambiental e paisagística.

Só o envolvimento da população, e de alguns partidos políticos, de associações defensoras do meio ambiente e, da Junta de São Pedro da Cova permitiram desencadear através da Comissão de Coordenação da Região Norte um estudo de quantificação e caracterização dos depósitos. O estudo foi levado a cabo pelo LNEC – o Laboratório Nacional de Engenharia Civil. Concluído em 2011 tornou evidente uma situação que configura um crime ambiental. Segundo o LNEC, haveriam 88 mil toneladas de resíduos de elevada perigosidade. Foi assi-nalada a presença de chumbo, crómio, zinco e de outros metais pesados, substâncias tóxicas que exigiam tratamento prévio e deposição em aterro apropriado.

Na operação que se seguiu foram removidas

para o centro integrado da Chamusca não 88 mil toneladas, mas 105 mil toneladas de resí-duos.

Quer isto dizer que, afinal, o LNEC se tinha enganado nas contas, alegadamente pelo facto “da planta topográfica – e estou a citar – não corresponder à topografia do terreno na fase de deposição de resíduos.” O volume era muito superior ao calculado e, portanto, o problema persiste, pondo em sério risco quer o ecossiste-ma quer a saúde pública.

Na verdade, continua sem se saber ao certo a dimensão do que permanece oculto e ameaça contaminar, designadamente, as águas subter-râneas das áreas envolventes.

A Assembleia Municipal de Gondomar, por proposta do Bloco de Esquerda, aprovou uma moção exigindo uma solução rápida, técnica e ambientalmente apropriada, indo, de resto ao

encontro de outras tomadas de posição no mesmo sentido.

Também no Parlamento o Bloco de Esquer-da viu aprovada a sua resolução que reitera a urgência de medidas que de uma vez por todas ponham cobro a este crime ambiental. Desig-nadamente que a Assembleia da República recomende ao Governo para insistir junto das entidades competentes, por forma a dar segui-mento aos trabalhos de remoção e tratamento dos resíduos perigosos ainda existentes nas escombreiras das antigas minas de São Pedro da Cova. Mas tal não chega pois é necessário esclarecer integralmente a situação e, se for caso disso, apurar responsabilidades e daí tirar as consequências inerentes.

COMO DIZ O DITADO A “CULPA NÃO PODE MORRER SOLTEIRA”. ■

Este crime não pode ficar impune!Rui Nóvoa | BE

A líderPedro Oliveira | CDS-PP

Tudo leva a crer que o CDS já encontrou o seu novo líder: a líder Assunção Cristas.

Certamente que no Congresso se perfila-rão outras candidaturas que, a acontecer, não passarão contudo de meras aproximações à liderança, sem veleidades a conseguir outro in-tuito que o mero protagonismo perante os seus pares.

É que os verdadeiros potenciais candidatos à liderança, aqueles que reúnem condições pes-soais e políticas para enfrentarem a candidata Assunção Cristas, como e designadamente, Nuno Melo e Anacoreta Correia, já lhe mani-festaram apoio abrindo-lhe caminho para uma vitória anunciada conseguida sem lutas fratri-cidas mas antes eivada do consenso entre os

melhores.Aliás, essa tem sido a grande revelação da

Dra. Cristas, ou seja, tem demonstrado uma ampla capacidade de gerar apoios e absorver na sua candidatura as diferentes preocupações de quem, pensando o partido, entende haver espaço para uma diferente evolução na hierar-quização de prioridades, na apresentação dos caminhos que o partido deve trilhar em função da realidade social que o País atravessa.

A Dra. Assunção Cristas tem-se desdobrado, país fora, a dizer a militantes e simpatizantes, ao que vem, tendo deixado um halo de muita es-perança a todos que a ouvem pois, sem cortar com a identidade que tem feito o partido, tem sido veemente na ingência de o CDS reposi-

cionar estratégias e readquirir a confiança dos portugueses, aproximando o discurso da prá-tica e defendendo que, para isso, o partido tem que mostrar-se mais autónomo, mais ousado, mais livre de correr riscos em prol daquilo que propõe, daquilo em que acredita.

Confesso que a primeira impressão da candi-datura da Dra. Cristas não me empolgou e, pelo contrário, deixou-se mesmo céptico uma vez que, surgindo ab initium como forte e ganha-dora, não percebia nela a necessária dinâmica e elan psicológico capazes de catapultar o par-tido para patamares maiores. A sua prestação enquanto ministra não me foi reveladora e nem mesmo particular, apesar da boa imagem que teimava em gerar. Contudo um acompanha-

mento atento e uma avaliação objetiva desta sua candidatura têm-me inculcado as certezas que não tinha, têm-me seduzido no estilo que oferece e têm-me naturalmente convencido na abrangência do discurso com o qual me tenho vindo a identificar.

Não será claramente uma tarefa fácil aquela que espera a anunciada líder, considerando a crescente suspeição que os portugueses votam à política e aos políticos.

No entanto, creio reunir a crença, a sensi-bilidade e o tão importante savoir faire, para enfrentar tais dificuldades e dar a devida conti-nuidade ao excelente trabalho que o atual líder desenvolveu no partido. ■

A polémica em torno do futuro Parque Urbano de Rio Tinto – O Presidente da CMG assim o quis

António Valpaços | CDUA recente entrevista que o Presidente da Câ-

mara Municipal concedeu ao jornal “Nós Aqui” sobre o futuro Parque Urbano de Rio Tinto, por conter um conjunto de inverdades e pela persistência que demonstra em não assumir o enorme erro político que cometeu, merece, da minha parte, as seguintes considerações:

- Refere que a Câmara Municipal (CM) to-mou a decisão mais acertada ao adquirir as duas parcelas de terreno pertence à Quinta da Boavista pelo valor de 825,00 mil euros caso contrário, ou avançava para a concretização do Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto que previa a construção de quatro torres de onze pisos no terreno da antiga feira e ainda imóveis de nove pisos na encosta junto ao Cen-tro Paroquial de Rio Tinto ou teria que avançar para a expropriação dos terrenos em causa;

- O Presidente da CM não fala a verdade porque se esquece, ou quer fazer esquecer, que a 26/07/2011 a CCDRN emitiu parecer des-favorável ao referido Plano de Pormenor pelo que esta nunca seria uma opção;

- O Presidente da CM não fala a verdade quando refere que a opção pela expropriação dos terrenos sairia mais cara à CM em primeiro lugar porque se esquece, ou quer fazer esque-cer, que nos terrenos em causa já foi construída uma estrada, arruamentos, ligações de sanea-mento à custa do erário público, em segundo lugar porque adquiriu terrenos, classificados como Reserva Agrícola Nacional, avaliados como solo apto para construção e, por último, porque se esquece, ou quer fazer esquecer, que os proprietários estranhamente esperaram mais de 17 anos para reclamar a existência de

um “compromisso municipal” para a aquisição dos terrenos em causa que, como já dei conta neste espaço, não é verdade que exista tal com-promisso.

Posto isto até chega a ter certa graça ouvir dizer o Presidente da CM que as negociações com a Lar D’Ouro, Lda. “foram complicadas” e que “foi muito difícil” chegar ao valor de 825 mil euros. E, de certa forma, ainda mais hila-riante se torna se tivermos em conta que a CM deu capacidade construtiva aos restantes ter-renos que fazem parte da Quinta da Boavista. Como bem foi presenteada a Lar D’Ouro, Lda! Naturalmente que toda a graça cai por terra porque é do uso de dinheiro público que se trata. Porque estamos a falar de uma clara falta de transparência em todo este processo no qual o Presidente da CM persiste publicamente em

justificar a sua decisão com um conjunto de inverdades, continua a tentar enganar os gon-domarenses.

Por fim, a referência do Presidente da CM de que o Movimento em Defesa do Rio Tinto é o “braço armado do Partido Comunista” tem tanto de descabida como de ridícula pelo que imagino que se tratará somente de (mais) uma infeliz declaração se bem que, de certa forma, até consigo compreender o contexto em que o Sr. Presidente da CM se deva encontrar porque apesar de não estarmos nem no PREC nem na Guerra Fria este “negócio” faz lembrar aquelas negociatas do antigamente, aquelas em que um dia um certo juiz considerou que não lhe pare-cia apropriado que a CM servisse de agência de mediação imobiliária. ■

44 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Lazer

Ingredientes: Pataniscas. 200 gr Salmão fumado. 1 cebola pequena picada. 3 ovos. 150g de farinha com fermento. Coentros picados. Pimento vermelho aos cubinhos. Pimenta q.b.. Sal fino q.b.. Óleo e azeite para fritar

Ingredientes: Arroz. 1 cebola. 2 dentes de alho. Azeite q.b.. 1 chávena de arroz carolino. 2 tomates maduros pelado sem sementes. 50 g de polpa de tomate. 100 ml de vinho branco de qualidade. Sal e pimenta . 1 folha de louro. 1 raminho de coentros

Preparação:Parta os ovos para um recipiente.Bata-os e junte a farinha.Mexa bem.Junte a cebola picada, o salmão em tiras os coentros picados, pimento aos cubinhos, a pimenta, sal caso seja necessário.Misture tudo bem.Coloque 2/3 de óleo numa frigideira e 1/3 de azeite a aquecer.Depois do óleo quente, coloque colheres de patanisca a fritar.

Num tacho, coloca-se o azeite. Junta se a cebola e os alhos picados e deixa-se refo-gar. Acrescenta-se o louro e os coentros e deixei alourar mais um pouquinho. Refres-ca-se com o vinho e deixar o álcool evapo-rar. Adicionar o tomate cortado em cubos pequeninos assim como a polpa e deixar refogar mais um pouco. Acrescentar 3 a 4 chávenas de água aos poucos e temperar de sal e pimenta. Depois de começar a fer-ver, juntar o arroz e deixar cozer cerca de 18 minutos (após começar a ferver). Retificar os temperos.

Chef João Paulo Rodrigues* docente na Actual Gest

SOLUÇÕES:

Amor: Poderá ser invadido pela saudade, viva mais focado no presente. A felicidade espera por si, aproveite-a!Saúde: Procure fazer uma vida mais salutar. Cuidar da sua saú-de não é uma questão de querer. É um dever. Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir nos negócios.

Amor: Esqueça o seu passado afectivo e parta em direcção à felicidade. Que o futuro lhe seja risonho!Saúde: Andará mais impaciente nesta altura.Dinheiro: Financeiramente tudo se apresenta estável.

Amor: Evite as discussões com alguém que lhe é muito queri-do. Agora é tempo para desenvolver a paciência e a vontade de partilhar.Saúde: Previna-se contra gripes. Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só terá a ganhar com isso.

Amor: Saiba desculpar e pedir desculpa. O seu par apreciará a sua atitude. Siga a sua intuição, siga o caminho do amor!Saúde: Faça mais exercício físico. Olhe mais pela sua circulação sanguínea. Dinheiro: Tente poupar algum dinheiro. Mais tarde poderá pre-cisar dele.

Amor: Dê mais atenção à sua família. Ela também necessita de si. Que o Amor seja uma constante na sua vida!Saúde: Poderá ter dificuldades em dormir. Dinheiro: Se pretende abrir um negócio não o faça já. Espere por dias melhores.

Amor: É uma boa altura para os nativos solteiros iniciarem um relacionamento estável. Procure intensamente sentimentos sóli-dos e duradouros, espalhando em seu redor alegria e bem-estar!Saúde: O descanso e o exercício físico são fundamentais para conseguir aguentar a pressão exercida sobre si durante este mês.Dinheiro: Planifique a sua vida profissional para que possa ser mais organizado e rentabilizar o seu trabalho.

Amor: Ponha as cartas na mesa e evite esconder a verdade. Enfrente os seus medos e as suas dúvidas e será feliz!Saúde: É possível que se sinta psicologicamente esgotado. Des-canse mais.Dinheiro: É possível que tenha alguns problemas com o seu pa-tronato.

Amor: Altura ideal para efectuar a mudança que tanto necessi-ta de fazer. É tempo de um novo recomeço!Saúde: Canalize a sua energia para actividades de lazer. Faça apenas aquilo que realmente gosta.Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dos seus rendi-mentos, para conseguir melhorar a sua situação económica.

Amor: Poderá ser surpreendido pelo seu par. Aproveite a sur-presa. Viva o presente com confiança!Saúde: Tente manter a calma, pois o seu sistema nervoso anda um pouco frágil.Dinheiro: Este é um momento favorável, aproveite para fazer o que já tinha planeado.

Amor: Mês de grande harmonia entre o casal. Aproveite ao máximo os momentos de alegria para agradecer a Deus tudo o que tem!Saúde: Modere o seu estado de ansiedade. Dinheiro: Êxitos a nível pessoal e profissional.

Amor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sacrifícios para manter o bem-estar familiar. Rejeite pensamentos pessimistas e derrotistas. Dê mais de si.Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indisposição que o conduzirá à redução do seu ritmo diário. Dinheiro: Poderá ter as condições necessárias para se dedicar a um projecto deixado na gaveta.

Amor: Sentir-se-á liberto para expressar os seus sentimentos e amar espontaneamente. Que o Amor seja uma constante na sua vida!Saúde: Estará melhor do que habitualmente.Dinheiro: Boa altura para pedir aquele aumento ao seu chefe.

HORÓSCOPO

Maria HelenaSocióloga, taróloga e apresentadora

PATANISCAS DE SALMÃO FUMADO COM ARROZ DE TOMATE E COENTROSRECEITA CULINÁRIA

210 929 [email protected]

É frequente falar-se de “exames de rotina” ou “análises gerais”. Estes exames, incentivados pelos médicos durante décadas, baseiam-se num pensa-mento simples: se detetarmos e curarmos as doen-ças antes mesmo de darem qualquer queixa, vivere-mos certamente mais e melhor. Já diz o ditado que “prevenir é o melhor remédio”. Será mesmo assim?

Quando fazemos um exame, é comum pensar-mos que ele virá “positivo” se estivermos doentes, senão virá “negativo”. A realidade é mais complexa: um exame pode ser positivo em pessoas com doença (chamados verdadeiros positivos) mas também em pessoas sem doença (falsos positivos); pode ser ne-gativo em pessoas sem doença (verdadeiros negati-vos) ou com doença (falsos negativos).

Mais, nem sempre um verdadeiro positivo preci-sa de tratamento. Mas se se deteta uma doença não se tem que tratá-la? Os exames que hoje usamos são

tão potentes que permitem detetar a mais pequena das alterações, muitas das quais nunca viriam a dar problemas. Tratar essas “doenças” não tem qualquer benefício, pelo contrário pode até causar doença e encurtar a vida graças a efeitos laterais dos trata-mentos. A estes diagnósticos e tratamentos desne-cessários chamamos sobrediagnóstico e sobretrata-mento.

O problema é que, perante uma alteração num exame, habitualmente não sabemos se estamos pe-rante um falso positivo, um verdadeiro positivo que não beneficia de tratamento (e pode até ser prejudi-cado por ele) ou um verdadeiro positivo que precisa-mos tratar para melhorar a qualidade e esperança de vida. Sabemos só que o resultado é “positivo”. Numa tentativa de esclarecer esse resultado, frequente-mente fazem-se exames mais complexos, os quais podem ter complicações e contribuir para diagnósti-

cos e tratamentos desnecessários.Assim, regra geral só devem ser pedidos exames

quando há uma queixa que o médico não consegue esclarecer de outra forma. Só num pequeno número de situações é que poderá ser necessário um exa-me apesar de não haver queixas, por exemplo, no rastreio do cancro do intestino a partir dos 50 anos; nessas situações, diagnosticar e tratar a doença an-tes de haver queixas é vantajoso para a maioria das pessoas.

Em conclusão, numa pessoa sem queixas são poucos os exames que trazem benefícios para a sua saúde e possibilitam viver mais e melhor. A saúde depende mais do estilo de vida do que do resultado de qualquer exame. Da próxima vez que for ao seu médico, pergunte-se (e pergunte-lhe): preciso mes-mo fazer exames? Afinal, prevenir nem sempre é o melhor remédio. ■

VIVA PREVENIDOLuís Pinho CostaMédico Interno de Medicina Geral e Familiar na USF Fânzeres

Prevenir nem sempre é o melhor remédio

No médico:- Sr. Dr., então o meu marido que tal está?Responde o médico:- Precisa de muito descanso e tranquilidade. Vou receitar este calmante.- E que quantidade devo dar-lhe? – pergunta a mulher.E diz o médico:-Não é para ele… é para si!

Um homem queria telefonar para uma farmácia, mas enganou-se e ligou para uma sapataria. Diz o empregado:- Daqui fala da sapataria, em que lhe posso ser útil?- Xii enganei-me no número. – Responde o homem.E o empregado:- Não faz mal que nós trocamos!

Foto DR

45VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Lazer

LELO e ZEZINHA

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

Próxima Edição - 17 de março

EXPOSIÇÕESAté 28 de fevereiro“Feio, de volta à Casa de Gramido”, pintura de Feio, na Casa Branca de Gramido

Até 28 de fevereiro“Do Sopro para o Caule”, de Tiago Madaleno, no Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende

Até 28 de fevereiro“Impressões”, desenhos múltiplos de Manuel Casal Aguiar, no Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende

Até 29 de fevereiro“Sementes D’Ouro”, exposição agríco-la, na Casa Branca de Gramido

Até 5 de marçoPintura de Fernando Rocha, no Centro Cultural de Rio Tinto

De 29 de fevereiro a 11 de marçoExposição de Pintura da Universidade Sénior de Gondomar, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 13 de marçoCamélias “Flor da Aristocracia”, foto-grafia de Júlio Pereira, na Biblioteca Municipal de Gondomar

21h30, 26 de fevereiroApresentação do livro “A Ponto Sobre o Rio Mandovi”, de Melo Marques, na Biblioteca Municipal de Gondomar

9h às 12h30, 27 de fevereiroColheita de Sangue, no Centro Social e Cultural de Valbom

21h30, 4 de marçoLúcia Moniz no Conta-me Histórias, no Auditório Municipal de Gondomar

MÚSICA21h30, 27 de fevereiroConcerto José Alberto Reis, na Cripta da Igreja de S. Pedro da Cova

DIVERSOS

Android fragmentadoVIVA TEC | Fábio Silva

21h30, 24 a 27 de feve-reiro“aD hOMINEm”, no Auditório Municipal de Gondomar

16h30, 27 de fevereiro“Representação de uma História”, pela Universidade Sénior de Gondomar

TEATRO

Envie a sua foto para [email protected]

Local: Areja, LombaVIVA FOTO | Câmara Municipal de Gondomar

No início de fevereiro, a Google apresentou o relató-rio mensal sobre a fragmentação do Android. Por “frag-mentação”, entende-se que os utilizadores deste sistema operativo utilizam diferentes versões do mesmo, em vez da mais recente.

Com os últimos dados, a Google admite que apenas 1,2% dos utilizadores têm acesso ao Android “Marsh-mallow” (6.0). No entanto, a coroa continua no antigo “Kit-Kat” (4.4), lançado em 2013, com 35,5%. Segue-se o “Lollipop” (5.0/5.1), com 34.1%.

A desfragmentação não acontece apenas no Android. iOS e Windows Phone também possuem utilizadores em versões mais antigas dos seus sistemas. Contudo, os nú-meros não são, de todo, tão gritantes como os da em-presa de Mountain View. A causa reside na forma como o Android é distribuído e atualizado. Enquanto Apple e Microsoft asseguram as suas atualizações, a Google deixa os updates a cargo das marcas que produzem os equipa-mentos. Ora, empresas como a Samsung, que lançaram smartphones Android em grande quantidade, têm de-monstrado pouca capacidade em atualizar os seus tele-móveis (exceto os de topo e alguns média-gama). Aliás, não seria de admirar que alguns equipamentos nunca tenham visto uma única atualização.

Para resolver o problema da fragmentação, em 2015, a Google garantiu um período de 18 meses em que os seus dispositivos (Nexus) terão atualizações garantidas. A empresa terá aconselhado as restantes marcas a fazer o mesmo. Bem, parece que o pedido não passou apenas disso.

Até 13 de março“Uma camélia entre os olhos e os lábios”, no Clube Gondomarense

Até 26 de marçoRelembrar José Germano, no Auditó-rio Municipal de Gondomar

Até 21 de abrilDuas Faces, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

46 VIVACIDADE FEVEREIRO 2016

Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

MOTORISTA PESADOS

588638042

Tempo completo.

Gondomar

Transporte internacional (França, Itália, Bélgica e Luxemburgo)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

SERRALHEIRO CIVIL

588644707

Tempo completo.

Rio Tinto

Experiência mínima de 3 anos. 1 vaga para ser-ralheiro que trabalhe c/ alumínio e 1 vaga para serralheiro -ferro

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

MARCENEIRO

588647188

Tempo completo. Contrato a termo incerto.

Gondomar

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

VETERINÁRIO

588595569

Tempo completo. Contrato a termo certo.

S. Cosme

Medida Estímulo Emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

TÉCNICO DE CONTABILIDADE

588650296

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com exp. Em SAGE, Infologia, Lançamentos Contabilísticos. Com carta de condução. Medida Estímulo Emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

CORTADOR BALANCÉ (CALÇADO)

588651721

Tempo completo. Contrato a termo.

Baguim do Monte

Preferencialmente com alguma experiência no setor do calçado ou na área de marroquinaria.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

COSTUREIRA MALHAS

588648448

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Experiência máquina ponto preso, corte e cose e recobrimento.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

GASPEADEIRA

588651733

Tempo completo. Contrato a termo.

Baguim do Monte

Preferencialmente com alguma experiência no setor do calçado ou na área de marroquinaria.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

PRESTADOR DE CUIDADOS A ANIMAIS

588636383

Tempo completo. Contrato a termo.

Baguim do Monte

Para Pet Shop, com conhecimentos de tosquia e estética canina. Preferencialmente com experiência.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

TÉC. MANUTENÇÃO MÁQUINAS SETOR TEXTIL

588650305

Tempo completo. Contrato a termo.

Rio Tinto

Com alguma habilidade com eletricidade e conhecimentos de soldadura (eléctrodo).

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

DISTRIBUIDOR DE MERCADORIAS

588642153

Tempo completo. Contrato sem termo.

Jovim

C/ carta de condução. Medida Estímulo emprego.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS

588645562

Tempo completo. Sem termo.

Gondomar

C/ experiência em gabinete de contabilidade. Medida Estímulo Emprego.

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

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