Upload
truongngoc
View
216
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
OS REBENTINHOS
Abertura
Nascer, romper do sol, novo sonhar, enfim,
tudo a dizer que a vida é bela e tem encan-
to!
De facto, assim, no olhar das crianças e no
coração dos adultos que se deixam habitar
por um coração puro é sempre possível
acreditar que o amanhã será um novo dia, e
que o ontem já passou, o que importa é
viver o hoje na simplicidade e no amor
ousado, que nos projecta num depois aber-
to à surpresa, e nos leva a dizer que cada
dia é sempre um novo dia.
“Os Rebentinhos” é um meio de comunica-
ção entre as crianças que frequentam a
Creche, o Jardim de Infância e o ATL do
Centro Social Paroquial de Alfeizerão e a
Família, os Encarregados de Educação, o
quadro de pessoal Técnico e Geral, que
estão ao serviço da nossa Instituição, a
Direcção, a Escola e o meio social envol-
vente. Este elo de ligação pretende ser um
espaço de partilha da vida interna, activi-
dades realizadas nas salas, trabalhos lecti-
vos, momentos lúdicos, acções culturais e a
vida familiar e escolar. Os pais, sem esque-
cer os avós também podem colaborar atra-
vés de textos, histórias ou poesia. Assim,
“Os Rebentinhos” pode ser uma mesa de
partilha onde todos ao colocar a migalha do
seu viver, que amassada com o fermento
do amor de tantas coisas que vivemos em
comum, nos dêem a alegria de saborear
esse pão quentinho e fresquinho, e que
ganhará força de memória da história que
somos todos nós.
O ano lectivo de 2010-2011, na história da
Instituição do Centro Social Paroquial,
ficará sempre na nossa memória, dos adul-
tos, mas sobretudo das crianças, pois
pudemos viver e celebrar a inauguração
das novas instalações, a funcionar agora na
Rua da Alegria nº 2. O edifício, num total
de 2.200 m2, plantado em rés-do- chão, na
beleza das suas cores, na abundância da
entrada de tanta luz através das clara-
bóias, das janelas e portas agigantadas,
testemunham que os seus “inquilinos”,
meninos e meninas, “Os Rebentinhos”,
serão o nosso amanhã e o futuro da nossa
Comunidade. Efectivamente, com a obra
construída e a sua abertura no início do
ano lectivo, em Setembro de 2010, e inau-
gurada oficialmente em Outubro, na coin-
cidência do aniversário dos 40 anos da
fundação, enche-nos de uma alegria e gra-
tidão a todos aqueles que a sonharam e
finalmente viram a sua concretização.
De facto, quando o sonho se torna realida-
de, o coração canta a sinfonia da alegria,
porque quando Deus quer e o homem sonha
a obra nasce.
Como Presidente desta Instituição quero
selar aqui em texto uma palavra de grati-
dão a todos aqueles que olham com simpa-
tia e acompanham com amor os passos do
Centro Social Paroquial, os corpos sociais,
direcções, funcionários, benfeitores e ami-
gos, famílias e instituições.
No tempo de crise que vivemos, não se
pode parar, mas acreditar na solidariedade
e realizar pequenos gestos de amor e par-
tilha, de certo que nessa onda de amor
todos iremos navegar.
DESTAQUE:
“Os
Rebentinhos”
serão o nosso
amanhã e
o futuro
da nossa
Comunidade
MAIO 2011
Ano I, Nº1
Edição Especial
Organização:
Órgãos Sociais 2
História 2
Objectivos 3
Respostas
Sociais 3
Recursos
Humanos 4
Instalações 4
Reportagens 5
Inquietações 6
Noticias das
Salas 7
Vitaminas 12
O Centro Social Paroquial de Alfeizerão é uma
Instituição Particular de Solidariedade Social
(IPSS), canonicamente erecta, com personalidade
Jurídica no foro canónico e
civil dirigida pelos Orgãos
Sociais: Direcção e Conselho
Fiscal.
Foto: Conselho Fiscal - Leonel
Ribeiro, José Faustino e Carlos
Moutinho
O Centro Social Paroquial de Alfei-
zerão, com sede na Rua da Alegria,
nº 2 da Freguesia de Alfeizerão,
concelho de Alcobaça é uma Instituição Parti-
cular de Solidariedade Social, pertencente à
Paróquia de S. João Baptista de Alfeizerão,
sem fins lucrativos, que visa a promoção e
entreajuda de todos os habitantes da fregue-
sia.
O Centro Social Paroquial de Alfeizerão foi
inaugurado em 16 de Julho de 1972 pelo Páro-
co ao serviço da Paróquia de então, Padre
Manuel Francisco Borges.
Na prossecução dos seus objectivos, a Insti-
tuição foi criada para exercer actividades
educativas, de recreio, de assistência, de saú-
de entre outras como:
Cooperando com as famílias na educa-
ção física, intelectual, espiritual e moral dos
seus filhos através das valências Creche e
Jardim de Infância;
Apoio aos jovens na idade escolar (1º
ao 4º Ano), na organização e orientação das
Actividades dos Tempos Livres;
Assistência à população em colaboração
com os Centros de Saúde e outros organismos
públicos;
Apoio à população activa através de
programas de promoção de desenvolvimento
social e cultural.
A Creche teve o seu início no ano lectivo
1988/1989.
De 1990 a 1999 teve a funcionar o Serviço de
Apoio Domiciliário à 3ª idade, concretamente
até Maio de 1999.
Em Janeiro do ano 2000 foi inaugurada pelo
anterior pároco da Freguesia, Padre António
Gomes Marques, a sala para acolher crianças
com idades entre os 4 meses e a aquisição de
marcha, denominada Berçário.
O carácter institucional implica o desenvolvi-
mento de uma cultura, de um clima que reflec-
te normas e valores, uma história, uma heran-
ça cultural e social próprias, ou seja, uma
identidade. Contudo, temos presente a neces-
sidade de mudança e adaptação aos novos
desafios da educação e às novas necessidades
História
Organização
ORGÃOS SOCIAIS
Inauguração do novo edifício na ocorrência do 40º Aniversário
da Fundação do Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 2
Foto: Direcção - Sónia,
Fátima, Pe. Joaquim, Luísa e
Sandra
Ano I, Nº1
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
OS REBENTINHOS Página 3
Objectivos
O Centro Social Paroquial de Alfeizerão tem
como objectivo principal o apoio à família, à
infância e juventude, e abrange toda a área
geográfica da freguesia de Alfeizerão, conce-
lho de Alcobaça. Para tal, desenvolve as
valências Creche, Educação Pré-Escolar e
CATL, proporcionando-lhe actividades educa-
tivas e de apoio à família, designadamente
actividades de animação sócio-educativa, pro-
longamento de horário e de alimentação. O
financiamento é assegurado mediante acordos
de cooperação celebrados com o Centro Dis-
trital de Solidariedade e Segurança Social de
Leiria e as comparticipações pagas pelas famí-
lias dos utentes.
do meio em que o Centro está inserido.
Com o objectivo de continuar com a sua mis-
são e porque as instalações onde funcionava,
para além de algumas condicionantes que
impediam os respectivos licenciamentos,
sofrendo do facto de não terem sido criadas
especificamente para o efeito, a Instituição
iniciou no ano 2002, um processo para aquisi-
ção de um terreno destinado às novas instala-
ções, processo este que só terminou em 2006
com escritura de compra e venda e com o lan-
çamento da primeira pedra a ter lugar em
Novembro de 2008.
Iniciada a construção em Junho de 2009, com
o actual pároco, Padre Joaquim Vieira Gonçal-
ves, o sonho acabou por concretizar-se no dia
1 de Setembro de 2010 com a abertura das
novas instalações, as quais para além do mani-
festo ganho de qualidade, permitiram aumen-
tar o espectro das crianças - utentes e conse-
quentemente, responder de forma mais eficaz
às necessidades da vila de Alfeizerão.
CRECHE:
A Creche é dirigida às crianças
dos 4 meses aos 3 anos. Neste
momento a Instituição tem:
duas salas de Berçário com capacidade de
dezasseis bebés, compostas por sala de ber-
ços, sala parque, fraldário e uma copa de leite
comum a ambas; duas salas de um ano e duas
salas de 2 anos.
JARDIM DE INFÂNCIA:
O Centro Social Paroquial tem em funciona-
mento três salas para as idades de educação
pré-escolar, idade dos 3 aos 6 anos. As crian-
ças estão divididas por grupos homogéneos o
que facilita o seu desenvolvimento e a aquisi-
ção de novos conhecimento.
CENTRO DE ACTIVIDADES DE TEMPOS
LIVRES (C.A.T.L.):
Esta resposta social apoia as famílias das
crianças que frequentam a escola do 1º Ciclo
de Alfeizerão, dos 6 aos 11 anos, que necessi-
tam de utilizar os horários de ponta (manhã
7:30h-9:00h e tarde 17:30h-18:30h) bem
como as interrupções lectivas e férias.
SERVIÇO DE REFEIÇÕES - Escola do 1º
Ciclo de Alfeizerão:
Em parceria com a Câmara Municipal de Alco-
baça o Centro serve o almoço às cerca de 75
crianças que frequentam a escola do 1º Ciclo
de Alfeizerão.
Respostas Sociais
CRECHE:2 Berçários, 2 Salas de 1 ano, 2 Salas de 2 anos
JARDIM DE INFÂNCIA: Sala dos 3, dos 4 e dos 5 anos
CATL e Serviço de Refeições Escola 1º Ciclo de Alfeizerão
Instalações
Em Setembro de 2010
o sonho tornou-se rea-
lidade com a mudança
de instalações da Rua
Luís de Camões para a
Rua da Alegria, esta
mudança significou um
aumento de capacida-
de, bem como uma
melhoria de qualidade
das instalações.
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 4
No início de cada ano lectivo são delineados os
objectivos a serem alcançados com as crian-
ças, com a equipa técnica, com as famílias e
com a comunidade.
Com alguma periodicidade e sempre que
necessário, são realizadas reuniões com a
equipa pedagógica onde são lançadas novas
propostas de actividades, debatidos temas e
discutidos casos de crianças. Com uma perio-
dicidade mais alargada, também são realizadas
reuniões com a Encarregada Geral e Directora
Técnica.
Aqui vivem-se momentos de trabalho apaixo-
nantes, que exigem algum esforço, mas que
proporcionam também imensa alegria, parti-
lhada num ambiente de amizade e franca
camaradagem, dedicação ao ensino e educação.
Encontra-se aqui uma equipa pedagógica dedi-
cada, estável, experiente, atenta e de espírito
inovador, pronta a contribuir para a aquisição
do conhecimento e a formação de competên-
cias, e para ajudar nos momentos de dificulda-
de. Esta Instituição pode orgulhar-se dos seus
valores humanistas, de solidariedade, de tole-
rância e, portanto, de cariz cristão.
Apostamos nas nossas crianças e na formação
dos seus Educadores, caminhando em direcção
ao futuro, com base em valores de tolerância,
respeito e igualdade, valores transmitidos pela
equipa de trabalho.
Recursos Humanos
Alda, Andreia, Patrícia, Cila,
Teresa, Rosita e Carla
Zeca, Margarida, Manuela, Teresa,
Sónia, Isabel e Mª João
Antónia, Edite, Cláudia,
Rute, Ana Maria, Márcia,
Catarina, Ana Saloio e
Patrícia Alexandra
Carlos
Ano I, Nº1
As crianças da Sala dos quatro anos e dos cin-
co anos estão a abordar o tema da alimentação
no seu projeto pedagógico. A fim de aprofun-
darem o Ciclo do Pão, visitaram, nos dias 4 e 6
de Abril, o Moinho de Vento do Centro Cénico
da Cela. Conheceram, assim um dos sistemas
tradicionais de moagem que recorre à energia
eólica.
No dia 11 de Abril, foi a vez do CATL também
efetuar a mesma visita.
Fomos recebidos pelo Senhor Jorge, que ama-
velmente, se predispoz a desfraldar as velas
do moinho e a explicar às crianças como os
cereais eram moídos na mó e assim se obtinha
a farinha. O Senhor Jorge também mostrou no
interior do moinho, umas fotografias do seu
avô que era moleiro e dono de um dos moinhos
dessa localidade. Mostrou também alguns uten-
sílios que se usavam antigamente, como, por
exemplo, um candeeiro a petróleo, pois na
altura não havia eletricidade.
Foram umas manhãs enriquecedoras em ter-
mos pedagógicos e lúdicos!
Queremos deixar um bem-haja ao Senhor
Jorge e à Direção do Centro Cénico da Cela
pela disponibilidade e simpatia que demons-
traram durante as nossas visitas!
Reportagens
SALA 4 ANOS: VISITA AO MOINHO DA CELA
Nas férias da Páscoa, dia 18 de Abril, as crian-
ças do A.T.L. foram à Quinta Pedagógica
"Pequena Terra", em Valado dos Frades.
Quando chegamos formamos duas equipas e
fizemos jogos Ecológicos divertidos.
Fomos acompanhados por monitores, que nos
explicaram várias coisas.
Vimos diferentes animais de diversas raças e
até demos uma volta no amiguinho burrito, que
se chamava Chico Cabeludo porque tinha muito
pêlo e também era orelhudo.
No final fizemos "monstrinhos " com material
natural e reciclado.
Almoçamos lá e depois regressamos.
Maria João Rodrigues
ATL: UM DIA NA QUINTA “PEQUENA TERRA”
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 5 OS REBENTINHOS
A ida para o Infantário marca o início de uma
etapa diferente e devem ser tidos em conta
alguns aspectos.
Quando chega esta altura, muitos Pais vivem
dias de angústia e incerteza. Será que ele(a)
vai gostar? Será que o (a) vão tratar bem?
Será que vai ficar triste ou chorar?
A relação com os Pais é algo que não se pode
substituir, mas a relação com outras crianças
também não. Na “escolinha” a criança prepara-
se para viver em sociedade. Aprende a cumprir
regras de maneira diferente, aprende a ser
autónoma, a dominar o seu comportamento, a
gerir conflitos e a dividir a atenção da Educa-
dora com outras crianças sem que a sua vonta-
de seja sempre satisfeita. Aprende a brincar,
a partilhar, a saber esperar pela sua vez, a
perder, a comparar-se com os outros e a
conhecer os seus pontos fortes e pontos fra-
cos.
A criança não deve ser levada para o Jardim de
Infância sem que antes se explique o que é,
quais as actividades que fazem, etc. As expli-
cações devem ter sempre uma componente
positiva: “Vais conhecer outros meninos, vais
ter com quem brincar, há muitos brinquedos
giros…” Expliquem também que haverá duas
amigas grandes que estarão lá para cuidar
delas, ajudá-las e ensinar muitas coisas….e que
depois das brincadeiras, no final do dia, quando
saírem do trabalho a vão buscar.
Para as crianças que pela primeira vez deixam a
sua família (ou para as famílias que pela primei-
ra vez deixam o seu filho/a esta pode ser uma
fase realmente assustadora.
Uma das perguntas mais frequentes é quanto
tempo demorará a adaptar-se. Para esta ques-
tão não existe uma resposta certa. O tempo
que demorará dependerá das características
da criança, mas sobretudo da forma como os
Pais vão conseguir, ou não, gerir esta mudan-
ça.
No primeiro dia, caso se sinta confortável
para o fazer, poderão entrar um pouco na
sala com o (a) vosso (a) filho (a), conversar
com a Educadora e despedirem-se da crian-
ça. Devem evitar fugir quando a criança, por
segundos, desvia a sua atenção, pois decerto
que esta gostaria de se ter despedido e
poderá ficar com a sensação que a abandona-
ram. Deverão evitar também despedidas pro-
longadas. Calmamente expliquem que terão
de ir trabalhar, mas que no final do dia vol-
tarão para a levar novamente para casa, des-
pedem-se e saem tranquilamente.
É natural que nos primeiros dias exista algum
choro, pois a criança encontra-se perante
uma situação nova que a deixa desconfortá-
vel. Geralmente, assim que o familiar se
afasta, a criança pára o choro e envolve-se
nas brincadeiras que decorrem na sala.
Há muitos Pais que perguntam o que é
melhor, ir logo o dia inteiro ou apenas meio
dia, para se ambientar. Mais uma vez, não
existem respostas certas ou erradas. Depen-
derá muito da criança. Há crianças para
quem a adaptação é mais fácil se estiverem o
dia inteiro a acompanhar a rotina, mas para
outras é preferível meio dia, devido aos
níveis de ansiedade. Esta informação só
poderá ser dada depois da criança iniciar as
suas idas para a “escolinha” onde a Educado-
ra responsável deverá estar atenta e sinta
necessidade de alterar alguma coisa na sua
rotina.
Inquietações
ADAPTAÇÃO AO INFANTÁRIO
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano I, Nº1 Página 6
Na nossa salinha somos 10 reguilas, 7 meninos e
3 meninas. Temos entre os 16 meses e os 2
anos.
Como já somos crescidos comemos o mesmo que
os meninos mais velhos e começámos a comer
sozinhos , apesar de alguns de nós ainda preci-
sarem de um bocadinho de ajuda.
Depois de termos a barriguinha cheia, chega a
hora de dormirmos a sesta, como estamos a
crescer precisamos muito de descansar. Todos
dormimos desde as 12h30m até às 15h e acor-
damos sempre bem dispostos e cheios de ener-
gia.
Agora que chegou o calor é também o momento
certo para deixarmos as fraldas. Já todos
vamos ao bacio várias vezes por dia, mas ainda
ninguém deixou de as usar.
Certamente que muito em breve surgirão mais
novidades para contar porque de dia para dia
nos desenvolvemos um pouco mais.
Noticias das Salas: Sala 1 ano - ROTINAS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 7
Outubro 2010
Maio 2011
Sala de Actividades
OS REBENTINHOS
Por ter sido tão curiosa,
Esta menina arriscou.
Deixou-se ir pela floresta
E um susto apanhou.
Era uma vez uma menina muito
simpática que vivia numa linda
casinha, perto da floresta.
Tinha o cabelo louro e cheio de
caracóis, por isso a mãe tratava
-a por Caracóis de Ouro. Como
era muito curiosa, sempre que
ia brincar para o jardim da sua
casa, imaginava-se a andar pela
floresta.
Adorava ir passear
Na floresta misteriosa…
Ver tudo o que há por lá,
Já que sou tão corajosa!
A mãe avisava-a várias vezes
dos perigos que lá poderia
encontrar, mas ela não lhe dava
importância e, um dia, decidiu
aventurar-se. Queria ver os
pássaros que acordavam de
manhã e sabia que ali as arvores
pareciam verdadeiros gigantes.
Começou a andar pela floresta,
até que chegou a uma casa mui-
to estranha e diferente de
todas as que já tinha visto.
Esta casa tem três portas
Nunca vi nenhuma assim:
Grande, média e pequena…
Esta última é que é p´ra mim.
Rodou a maçaneta da porta mais
pequena e entrou. Na sala muito
arrumadinha, a mesa estava
posta e, em cima dela, havia
três tigelas com sopa: uma
grande, uma média e outra
pequena. Também á volta da
mesa havia uma cadeira grande,
uma média e uma pequena. Cara-
cóis de Ouro pensou:
Mas quem viverá nesta casa?
Tudo o que vi até agora tem
estes três tamanhos… Isto é
mesmo esquisito!
Como já tinha saído de casa há
muito tempo, a menina estava
cheia de fome e achou que o
melhor era comer uma destas
sopas. Não sabia que tigela
devia escolher, provou-as e
depois decidiu:
A sopa grande está fria
E a média muito quente…
Só me sobra a pequena:
Que deve estar excelente!
Sentou-se na cadeira pequena e
deliciou-se com esta sopa mara-
vilhosa. Mas uma vez, não se
enganou: a tigela e a cadeira
pequena eram feitas à sua
medida. Comeu tudo até ao fim
e ficou de tal forma satisfeita,
que depois só lhe apetecia dor-
mir uma sesta. Olhou à sua volta
e percebeu que havia umas
escadas que a podiam levar ao
andar de cima. Pensou imediata-
mente:
Talvez lá em cima haja um quar-
to com uma bela caminha onde
eu possa descansar um bocadi-
nho!
Seguiu as escadas, entrou no
quarto e ficou novamente sur-
preendida:
Mais uma vez três caminhas!
Mas que casa original!
Tem tudo em três tamanhos,
Nunca se viu nada igual…
Caracóis de Ouro experimentou
as três camas:
A grande é muito dura, a média
é mole de mais… A pequena
parece ser a mais quentinha e
confortável!
Deitou-se na cama pequena e
adormeceu, logo de seguida,
num sono profundo.
Os donos da casa eram três
ursos: o pai urso, muito grande,
a mãe ursa, que era média e, o
filho, um pequeno ursinho.
Tinham ido apanhar amoras para
fazerem uma tarte para o lan-
che. Mas já eram horas de
regressar e, mal entraram em
casa, a mãe percebeu que
alguém lá tinha estado:
Alguém andou por aqui…
O que se terá passado?
Não deixamos nada assim,
Está tudo desarrumado!
Tudo estava remexido: as
cadeiras fora do sítio, as colhe-
res da sopa estavam espalhadas
pela mesa e uma das tigelas
completamente vazia.
O ursinho
disse:
História Infantil: SALA DA CRECHE CONTA A HISTÓRIA “Caracóis de Ouro e os Três Ursos”
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Página 8 Ano I, Nº1
Vejam, já não tenho sopa para
comer! A minha tigela não tem
nada, está vazia!
A mãe respondeu:
Não te preocupes… Vamos des-
cobrir o que se passou e quem
foi o ladrão que roubou a tua
sopa!
Deram uma volta pela sala e
pela cozinha, levantaram almo-
fadas, viram atrás das cortinas,
abriram as gavetas, mas nada,
não havia ninguém por ali! Até
que o pai sugeriu:
Talvez seja melhor vermos lá
em cima no quarto!
Os três sugiram rapidamente,
abriram a porta do quarto e o
pai percebeu o que tinha acon-
tecido:
Afinal na nossa casa
Não foi ladrão que entrou…
Foi esta linda menina
Que muito nos assustou!
Ao ouvi-los falar, Caracóis de
Ouro acordou e quando perce-
beu que tinha três ursos à sua
frente, disse assustada:
Desculpem ter entrado na vossa
casa… É que andava a brincar na
floresta e acabei por vir dar
aqui. Não resisti e acabei por
entrar…
Percebendo que Caracóis de
Ouro estava com medo, o ursi-
nho disse-lhe:
Tem calma, não te vamos fazer
mal… Sá queríamos saber o que
se tinha passado em nossa casa!
O pai urso continuou:
E se quiseres, podemos levar-te
até à tua casa e sempre que te
apetecer, podes vir visitar-nos.
O que achas?
Caracóis de Ouro ficou muito
contente com o convite e acei-
tou-o de imediato. Depois, mui-
to satisfeita, despediu-se do
pai urso, da mãe ursa e do ursi-
nho. Apesar de ter apanhado um
valente susto, tinha valido a
pena pelos novos amigos que
tinha acabado de fazer.
Até breve, meus amigos!
Foi um dia inesquecível…
Voltarei quando puder
E sempre que for possível.
História Infantil: “Caracóis de Ouro e os Três Ursos”
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
OS REBENTINHOS Página 9
1. Diga-nos o seu nome e outros dados em for-
ma de apresentação que considera importantes.
O meu nome é Alda Maria Mendes Cordeiro, sou natural de
Leiria onde cresci e me formei.
2. Há quantos anos é funcionária nesta Instituição?
Encontro-me a exercer funções nesta Instituição, como
Educadora Social na valência do A.T.L., desde a conclusão
da minha formação profissional, já lá vão 30 anos.
3. O que sente pelo facto de ser a funcionária mais
antiga?
Sinto-me mais velha pois já trabalho com filhos de antigos
alunos, mas por outro lado realizada e mais enriquecida. Foi
aqui que construí uma parte da minha vida. Fiz amigos que
nunca vou esquecer.
4. A inauguração das novas instalações e a abertura do
presente ano lectivo nas mesmas, o que significou para
si?
Significou um futuro um bocadinho mais risonho, para
esta Instituição que me acolheu. Perspectiva a continui-
dade do seu crescimento, desde que esteja presente a
vontade, a união, a determinação e o querer por parte de
todos os colaboradores desta grande Instituição.
5. Num olhar de memória, partilhe algo que a marcou
ao longo da sua experiência de educadora social.
Ao longo destes anos vivi várias situações marcantes.
Destaco particularmente a queda do Márcio na altura
com 6 anos (hoje um jovem), nos baloiços. Queda que
embora parecesse simples o deixou inanimado. Ainda
está presente na minha memória tudo o que foi feito a
seguir, mas terminou com um final feliz.
6. No momento de crise, qual a sua inquietação?
É preocupante a crescente diminuição da taxa de natali-
dade, o que poderá vir a afectar negativamente o futuro
das diferentes valências desta instituição.
Olho de forma apreensiva mas esperançosa para os
novos desafios que aí virão.
Série de Entrevistas:
Centro Social Paroquial 26 Funcionários
Os meninos dos 3 anos fizeram uma sopinha deliciosa
com alguns legumes e massinhas. Todos os ingredientes
da nossa sopa foram trazidos pelas crianças.
Depois de preparados os legumes, conversámos sobre a
importância da água na lavagem dos alimentos e na sua
confecção, escolhemos também um nome para a sopa.
Surgiram alguns nomes engraçados, sendo eleito a sopa
laranja.
Receita da sopa laranja
Ingredientes:
Batatas
Curgetes
Cenouras
Cebola
Alho
Abóbora
Espinafre
Massas
Azeite
Sal
Água
Preparação: Primeiro prepara-se os legumes, tira-se
a casca e lavam-se muito bem com água, de seguida
cortam-se aos pedacinhos e põem-se na panela com
água e sal. Depois vai ao lume até ficarem bem cozi-
dos. Quando os ingredientes estiverem bem cozidos,
trituram-se com a varinha e colocam-se os espina-
fres, ao ferver juntam-se umas massinhas. Depois de
tudo cozinhado rega-se com um fio de azeite e está
pronta a servir.
Que saborosa estava a nossa sopa!
Hum! Não querem experimentar?
*Esta actividade teve como objectivo a importância
da água na nossa alimentação, uma vez que esta é o
tema do nosso Projecto Pedagógico.
Receita: SALA DOS 3 ANOS FEZ UMA SOPA
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
Ano I, Nº1 Página 10
SUDOKU
SALA DA CRECHE: SOPA DE LETRAS
Passatempos: SALA DOS 5 ANOS ENCONTRA AS 5 DIFERENÇAS
Centro Social Paroquial de Alfeizerão
OS REBENTINHOS Página 11
Querem descobrir palavras relacionadas com a vida na minha escolinha?
As palavras que estão escondidas nesta sopa de letras são:
abraços brincar
descobertas miminhos
amigos carinho
educar pre-escolar
aprender centro social paroquial
ensinar segurança
creche família
sorrisos bebes
criança imaginação
beijinhos cuidados
jogos
Vitaminas:
Não vos preocupeis
«Por isso vos digo: Não vos inquieteis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer ou beber, nem quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir. Porventura não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que o vestido?
Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as.
Não valeis vós mais do que elas?
Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração de sua vida?
Porque vos preocupais com o vestuário?
Olhai como crescem os lírios do campo: não trabalham nem fiam! Pois Eu vos digo: Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qual-quer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada ao fogo, como não fará muito mais por vós, homens de pouca fé? Não vos inquieteis, dizendo: 'Que comeremos, que beberemos, ou que ves-tiremos?, Os pagãos, esses sim, afadigam-se com tais coisas; porém, o vos-so Pai celeste bem sabe que tendes necessidade de tudo isso. Procurai primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, e tudo o mais se vos dará por acréscimo.
Não vos inquieteis, portanto, com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã já terá as suas preocupações. Basta a cada dia o seu problema.»
(Lc 12,22-31)
6- Hoje, apenas hoje, farei uma boa acção, e não
direi a ninguém.
7- Hoje, apenas hoje, farei ao menos uma coisa que
me custe fazer, e se me sentir ofendido nos meus
sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.
8- Hoje, apenas hoje, executarei um programa por-
menorizado, talvez não o cumpra perfeitamente,
mas ao menos escrevê-lo-ei, e fugirei de dois males,
a pressa e a indecisão.
9- Hoje, apenas hoje, acreditarei firmemente,
embora as circunstâncias mostrem ao contrário,
que a Providência de Deus se ocupa de mim, como se
não existisse mais ninguém no mundo.
10- Hoje, apenas hoje, não terei nenhum temor, de
modo especial não terei medo de gozar o que é belo,
e de crer na bondade.
Decálogo da Serenidade, Beato João XXIII
Que fazer?
1- Procurarei viver pensando apenas no dia de hoje,
exclusivamente neste dia, sem querer resolver
todos os problemas da minha vida de uma só vez.
2- Hoje, apenas hoje, procurarei ter o máximo cui-
dado na minha convivência, cortês nas minhas manei-
ras, a ninguém criticarei, nem pretenderei melhorar
ou corrigir à força ninguém, senão a mim mesmo.
3- Hoje, apenas hoje, serei feliz. Na certeza de que
fui criado para a felicidade, não só no outro mundo,
mas também já neste.
4- Hoje, apenas hoje, adaptar-me-ei às circunstân-
cias, sem pretender que sejam todas as circunstân-
cias a se adaptarem aos meus desejos.
5- Hoje, apenas hoje, dedicarei 10 minutos do meu
tempo à uma boa leitura, recordando que assim como
o alimento é necessário para a vida do corpo, a boa
leitura é necessária para a vida da alma.
Rua da Alegria, nº2
2460—151 ALFEIZERÃO
PREÇO: 1,50 SONHOS
Tel: 262 999 341
Fax: 262 980 470
Correio electrónico:
Centro Social
Paroquial de
Alfeizerão
Publicação Trienal