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Ano 3 - Edição 3 | Maio/junho 2013 Cartellone Ponte sobre o Rio Pastaza, uma das obras da Cartellone no mundo em foco Iniciada a cobertura dos primeiros prédios do Residencial Colinas, em Blumenau. Página 5

Edição Maio/Junho/2013

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Ano 3 - Edição 3 | Maio/junho 2013

Cartellone

Ponte sobre o Rio Pastaza, uma das obras da Cartellone no mundo

em foco

Iniciada a cobertura dos primeiros prédios do Residencial Colinas, em Blumenau.Página 5

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Editorial

Junho trouxe como grande novidade a Copa das Confederações. Considerada um “aperitivo” para a Copa do Mundo

de 2014, este torneio da FIFA serviu para testar os novos estádios e as obras de in-fraestrutura, mobilidade urbana e outros, necessários à realização da Copa. A maio-ria destas obras é considerada um legado do Torneio para o País Sede, mas em nosso caso, lamentavelmente encontram-se bas-tante atrasadas e algumas até comprometi-das em termos de prazo. É o caso dos ae-roportos, linhas de metrô e BRT´s, além de hotéis, principais deficiências que o Brasil vem enfrentando nas últimas décadas.

Considerada como uma oportunidade de ouro para as construtoras pela grande quantidade de projetos a executar, a Copa não tem confirmado essas expectativas. Esperemos que a criatividade entre em campo junto às seleções para mitigar es-sas deficiências.

No âmbito de nossos projetos, toda a con-centração em aprovar nosso GERIC para impulsionar as obras do MCMV.

José Julião Terbai Júnior Diretor Presidente

A publicação do artigo abaixo é suges-tão da contadora Juliane, em função de uma atualização na legislação tri-

butária, em vigor desde abril/2013. Muitas empresas que possuem as duas ativida-des (de construtora e incorporadora) ainda têm dúvida sobre a forma de apuração do INSS Patronal. “Mas, explica Juliane, a pri-meira análise é sobre qual a atividade pre-ponderante da empresa”. Ela pode exercer as duas atividades, desde que estejam dis-criminadas em seu contrato social, como é o caso da Cartellone, mas a nova regra só vale para empresas que tenham como atividade fim a construção civil. A mudan-ça é que agora as construtoras devem recolher o INSS Patronal sobre 2% do fatu-ramento, e não mais os 20% sobre a folha de pagamento.Saiba qual a diferença entre as duas categorias empresariais.

A construtora é mais fácil de entender: uma empresa que tem como única res-ponsabilidade a construção do edifício. Não faz nada além disso. Normalmente ela é contratada pela incorporadora para essa finalidade. Como não há muita diferença percebida entre as principais construtoras, seu trabalho está bem definido e seu ris-co é menor por ser uma contratada, suas

margens (lucros) costumam ser inferiores às das incorporadoras. A construtora não planeja, nem vende, nem divulga, nem fi-nancia, nem projeta o empreendimento.

Já a incorporadora é a empresa que arti-cula o negócio imobiliário. Ela identifica as oportunidades, faz estudos de viabilida-de, adquire o terreno, formata o produto a ser desenvolvido. A incorporadora tem três principais fornecedores: o financiador (quem empresta o dinheiro para a realiza-ção do empreendimento, em geral bancos comerciais); a construtora, que vai realizar a obra; e consultorias de planejamento imobiliário, que dão orientações e subsí-dios para que o empreendedor coloque no mercado um produto adequado e realize um bom negócio. Além desses, precisa também de empresas de pesquisa de mer-cado, marketing, publicidade e propagan-da, escritórios de projeto (arquitetos e en-genheiros) e outras consultorias diversas. A incorporadora é quem corre mais riscos com o empreendimento, por isso é quem tem as maiores margens de lucro. Ela é a responsável pelo empreendimento, portan-to se o consumidor tem algum problema é com ela que deve reclamar.Ricardo Trevisan – arquiteto e urbanista

Copa do mundo, uma oportunidade para as construtoras

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CARTELLONE EM FOCO é uma publicação interna bimensal da Cartellone do BrasilRua Comendador Araújo, 323, 6º andar, Centro – Curitiba, PR CEP: 80.240-000

Informações:Tel.: (41) 3078.2731 [email protected] www.cartellone.com.br

Jornalista Responsável: Maria Júlia Jacubiak – DRT 857 Projeto Gráfico e Diagramação: Elize Garcia Design Studio

A diferença entre construtora e incorporadora

Sistema de Gestão Integrado

Recursos Humanos

A Cartellone dá boas vindas ao

mais novo membro da equipe,

Otávio Domingues Neto, con-

tratado no início de maio como

estagiário de Informática.

O que é ser sustentável?É saber usar os recursos naturais para a satisfação das necessida-des presentes sem comprometer a satisfação das necessidades das gerações futuras.

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Sistema de Gestão Integrado

V isando se adaptar às exigências do novo referencial normativo do PBQP-H, alte-rado em dezembro/2012, a Cartellone

desenvolveu os três indicadores voltados à sus-tentabilidade nos canteiros de obras - consumo de água e de energia e geração de resíduos.

Os novos indicadores, desenvolvidos por Arnaldo Tacla, têm por objetivo medir men-salmente o consumo de recursos naturais por trabalhador e a quantidade de resíduos descartados na obra. Por exemplo, em maio

foi consumido 2,08 m3 de água por cada operário da obra do Residencial Colinas. O nível consumo máximo estabelecido pela Cartellone é de até 15m3.

“Além de dar sequência à melhoria contínua do SGI, garantir a certificação da Cartellone e contribuir com o meio ambiente, o atendi-mento às normas do PBQP-H é uma exigên-cia da Caixa Econômica Federal para a libe-ração de financiamentos do Programa Minha Casa Minha Vida”, explica Arnaldo.

Indicadores da QualidadePara atender a ISO 9001, a Cartellone tam-bém mantém indicadores da Qualidade que vêm sendo alimentados com informações mensais em todos os setores, de acordo com a norma. Inclusive, em maio o setor da Qualidade recebeu informações da obra de Blumenau que puderam ser registradas como oportunidade de melhoria, uma atitu-de proativa que somou ganhos ao processo da empresa.

A atualização desses indicadores garante a certificação do PBQP-H nivel A

Cartellone desenvolve indicadores para o Meio Ambiente

Certificação do PBQB-H nível A. Obras do Residencial ColinasAuditoria interna Dias 8, 9 e 10 de julho

Auditoria externa De 19 a 21 de agosto

Consumo de energia elétrica por trabalhador de agosto/2011 a maio/2013

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Apague a luz. Todos os colaboradores são responsáveis pelo ambiente de trabalho da empresa. Sendo assim,

no final do expediente, se você é o último a sair da sala, certifique-se de que as janelas estão fechadas e apague a luz. Caso seja o último a sair da empresa, verifique se não tem alguém trabalhando em outros setores, ou mesmo no banheiro, feche tudo, apague todas as luzes, e só depois ligue o alarme. A questão é colocada por Arnaldo, que já ficou trancado no escritório quatro vezes. “A pessoa achou que não havia mais ninguém trabalhando, ligou o alarme e saiu. É insu-

portável ficar aqui dentro com o alarme liga-do”, reclama ele, que remenda ainda: além de fazer todas essas verificações, a pessoa deve desligar também as impressoras.

Se-pa-re o lixo orgânico e o reciclável. A auditoria cobrou a separação correta e já estamos atendendo a não conformidade, mas é bom lembrar. Desperdício de recursos, seja de qualquer natureza, contribui para a ineficiência, observe:

• Fez duas ou mais cópias, ao terminar o

trabalho, programe a impressora para fazer uma cópia. Assim evita que alguém, sem saber, acabe fazendo um número de cópias maior que o desejado.

• Fazer uso de um copo descartável por dia para tomar água, também conta ponto para a sustentabilidade.

• A caixa de descarga dos banheiros tem dois botões – um para meia descarga (me-nor volume de água) e dois para descarga completa. O sistema foi concebido para otimizar o uso da água.

Práticas que têm seu último efeito no Meio AmbienteSão dicas do Setor da Qualidade e de Arnaldo, que contribuem para o cumprimento das metas

Sistema de Gestão Integrado

Esta foi a ferramenta escolhida, com 47% dos votos, para fazer a comunicação in-terna da Cartellone. A pesquisa ficou no ar durante duas semanas e teve como objeti-vo saber como os colaboradores preferem dar sugestões, fazer críticas, elogios e/ou apontar melhorias. Veja como participar:

1) Como vai funcionar esse canal?Para os colaboradores da obra será feita uma caixa de sugestão e para os do escri-tório a ferramenta é o canal do Google.

2) Quem é responsável por receber as informações e dar retorno?A equipe do SGI.

3) Qual a periodicidade de verificação do canal de comunicação?Na última sexta-feira de cada mês.

4) Quando será dado retorno para a empresa sobre o que foi apresentado?Até uma semana depois da leitura e análi-se das informações.

5) Como acessar o canal?Você receberá em seu e-mail o link CLIQUE AQUI

6) Ao dar uma sugestão, é necessário se identificar?Fica a seu critério.

O que é o quê na Qualidade?Não conformidade – é o não atendi-mento aos itens:

• À norma de certificação (ISO 14.000, ISO 9001 e PBQP-H)• À Legislação • Ao requisito do cliente externo ou interno• Ao procedimento escrito pela empresa.

Todos têm a responsabilidade de apontar e comunicar uma não conformidade.

Ação preventiva – deve ser tomada para evitar a ocorrência de uma não conformidade.

Oportunidade de melhoria – é quando a empresa já está atendendo ao requisito, porém tem condições de melhorar, evitando gerar uma não conformidade.

Google é o nosso canal de comunicação

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Já estão em andamento os trabalhos de terraplanagem e fundação da fá-brica de cal, bem como a aquisição

de equipamentos para preparação de cal-cário agrícola. A nova fábrica deve entrar em operação assim que liberada a Licen-ça Ambiental, o que deve acontecer ainda este ano. Também continua em tramitação o processo de liberação das Licenças Am-bientais da Mina do Futuro.

Aumento. Começou em abril a venda de brita em maior escala à empresa Barbosa Melo, num volume de aproximadamente 30 mil toneladas/mês, completando um volume total de 170 mil toneladas. Por mês, o salto nas vendas foi de 14 para 44 mil toneladas.

Viver Minas inicia terraplana-gem para instalar a fábrica de cal

Completados dois meses do início da colheita, os trabalhos estão dentro da programação estabelecida, entretanto,

ainda é baixo o nível de sacarose retido na cana em parte da plantação. Esse problema é causado, entre outros fatores, por ventos e temporais que derrubam os canaviais, e com a cana tombada não é possível tirar a pontei-ra ou palmito, que contém menos sacarose e acaba sendo moído junto, diminuindo assim o nível de açúcar.

A previsão é que até o final de julho seja colhi-da toda a cana tombada (20 a 30% do plan-tio), e iniciada colheita da área não atingida por ventos.

A safra de 2013 começou efetivamente em 22 de abril, com cinco frentes de corte, co-lheita e transporte, sendo três delas adminis-tradas pela Bevap, e as outras subempreita-das para as empresas Ibá e Bracana, uma fornecedora da Bevap.

Dos 13 blocos previstos para o conjun-to Residencial Colinas, três já estão com a alvenaria estrutural concluída

nos quatro pavimentos, e foi iniciada agora a fundação de mais três prédios. A contra-tação do financiamento junto à Caixa Econô-mica deve ser assinada até o final de julho.

Boa notícia. O projeto arquitetônico do Conjunto Residencial Itajaí também já foi aprovado. Agora só falta a Licença Am-biental de Operação para a prefeitura emi-tir o alvará de construção.

Colheita da cana de açúcar movimenta a Bevap

Três novos prédios começam a ser construídos

Obras

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Para quem gosta de atalhosPara Kamila estes atalhos ajudam na digita-ção e diminuem o uso do mouse.

Ctrl + B – para salvar o documentoCtrl + L – ajuda na busca de palavras no texto do word que tiver abertoCtrl + O – abre uma nova página do wordCtrl + Q – justifica o texto. Para alinhar um texto mais longo, o documento deve ser selecionado

Alerta para o uso das redes socias

As redes sociais já estão incorpo-radas em nossa vida pessoal e profissional, e são importantes,

porém, comenta Terbai, “é preciso critério e cuidados com a exposição que esse uso pode causar”. As redes só existem e são úteis porque pessoas e empresas alimentam e atualizam seus perfis com informações. Nesse caso, o critério está ligado ao tempo gasto com essa atividade e ao horário em que é realizado – aqui cabe o bom senso. Não é proibido acessar as redes, mas é uma atividade que deve ser evita-da no horário de trabalho.

Outro aspecto diz respeito às infor-mações postadas. Aqui a regra é válida para todos os aspectos da vida – cuidados com exposições desneces-sárias, problemas no uso indevido de informações e comentários que possam respingar em seu ambiente de trabalho.

Dicas de Español

Convênios oferecidos pela Cartellone

Informática

Visando a saúde e o bem estar de seus funcionários e dependentes, em maio a Cartellone fez convênio

com o FixMov, empresa especializada em Pilates. O benefício extensivo ao bolso é de 10% de desconto na mensalidade, e não é obrigado ter um mínimo de funcionários matriculados. A contrapartida da conve-niada é divulgação do estúdio aos seus funcionários ativos e inativos.

O pagamento das mensalidades é de responsabilidade do funcionário.

Mensalidade para alunos com convênio:1 Aluno por aula = R$ 410,002 Alunos por aula = R$ 215,003 Alunos por aula = R$ 150,004 Alunos por aula = R$ 115,00

Outros convêniosA Cartellone também mantém convênio

com a instituição educacional Uninter e o restaurante Nelbe. Bem aproveitado pelo pessoal que almoça fora de casa, o benefício no restaurante é de 10%, e para usá-lo basta apresentar a identificação funcional ou cartão alimentação. Na Unin-ter o desconto na mensalidade também é de 10% para qualquer curso, e vale para funcionários e dependentes. O interessa-do só precisa apresentar a identificação funcional.

Revisando o verbo GUSTAR

Em Espanhol o verbo gostar (gustar) é usado de maneira diferente do Por-tuguês. Aqui dizemos: Gosto de ver

TV. Em Espanhol essa mesma frase fica assim: (a mí) me gusta ver la tele.

A mí me gusta la computadora.A ti te gusta bailar.A él /ella/ usted le gustan las canciones mexicanas.A nos otros(as) nos gusta la comida mexicana.A vos otros(as) os gustan los coches.A ellos / ellas /ustedes les gustan los viajes al exterior.

Verbo gustar no singular - uso do GustaA mí me gusta la escuela.A tí te gusta el cine. A él /ella/ usted le gusta el libro. A nosotros(as) nos gusta la película nueva. A vosotros(as) os gusta la nueva maestra. A ellos / ellas /ustedes les gusta bailar.

Verbo gustar no plural - uso do GustanA mí me gustan las vacaciones de verano. A tí te gustan los documentales de la televisión.A él /ella/ usted le gustan las fiestas de cumpleaños . A nosotros(as) nos gustan los juegos del ordenador. A vosotros(as) os gustan los fines de semana.

A ellos / ellas /ustedes les gustan las flores del jardin.

Atenção. O verbo gustar somente é singu-lar ou plural se o substantivo for também, e não tem relação com o pronome pesso-al. Em espanhol não é necessário colocar a preposição “de” com o verbo gustar, mas o pronome indireto é obrigatório com este verbo.

Outras formas de expressar graus de gostos:¿Te gusta ir al cine?Me encanta Me agrada¡Me gusta mucho!Me gustaMás o menos No me gusta ¡ No me gusta nada!Lo odio

Exemplos de Gosto e Não gostoErrado: Juan gusta de comer chocolate ou Juan gusta de chocolateCerto: A Juan Le gusta comer chocolate ou A Juan le gusta el chocolate

Me gusta mi coche nuevo

No me gusta mi coche nuevo

Me gusta ir de compras

No me gustan las colas del super

Me gustan mis nuevos libros

No me gusta mi trabajo

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Quem está no comando da ginástica la-boral no escritório da Cartellone é Bruna Osten, que iniciou na última semana de

abril, em substituição à Pâmela. Formada em Educação Física e Pilates, Bruna segue uma linha que visa benefícios físicos ao longo do dia. “Faço sempre aquecimento articular e alongamentos para todo o corpo, nada fica de fora! É um momento de conversa e descontra-ção, ao mesmo tempo em que cuidamos do bem estar. Gosto muito desse tipo de exercí-

cios no trabalho, pois acredito serem os mais eficientes para redução de dores no corpo, e simples de serem executados”, explicou.

A ginástica laboral é importante para bem estar físico e mental e deve ser praticada por todos os colaboradores, e não apenas pelas mulhe-res, como vem acontecendo ultimamente.

Bruna também comunica que a Semana da Saúde Cartellone será de 8 a 12 de julho.

Ginástica Laboral

Benefícios físicos ao longo do diaQuem é Quem

Variedades

Contratada em janeiro/2012 como Auxiliar Contábil da Cartellone, Dayanne Priscilla Machado é o

braço direito da Contadora Juliane. Ela tem 23 anos e no final do ano se forma em Ciências Contábeis, “depois vou tirar umas férias de escola, mas por pouco tempo, pois quero fazer especialização, só que ainda não decidi em que área”.

Dayanne gosta de curtir a família, sair com amigos e ver filmes, mas ultimamente sua vida está focada nos estudos – a apresen-tação do TCC está chegando. Mas isso não assusta Dayanne, que além de estu-diosa, é ótima profissional e companheira de trabalho. Fala pouco de si, e talvez nem precise, pois seu conteúdo é visível no trabalho e na sua postura. “Ela não se expõe, não emite opinião desnecessária, é concentrada e cumpre bem suas tarefas”, conta Juliane, que só tem observações positivas em relação a sua auxiliar.

A Day, como é chamada, também é res-ponsável por levar os colegas de trabalho a um vício: tomar cafezinho após o almoço. Mas tem de ser um café bem elaborado, na cafeteria. “A gente acaba de almoçar e lá vem ela com a perguntinha: vamos tomar um cafezinho?”, comenta Juliane.

Antes da Cartellone Dayanne fez estágio em três escritórios de Contabilidade e não tem boas lembranças. “Aqui é bem melhor, tenho adquirido experiência, gosto do tra-balho e do pessoal”, diz ela, que pretende continuar na empresa.

OAbrimos nesta edição um espaço para mostrar as principais obras da JCCC. A empresa foi fundada em

1918 e hoje atua em diversos segmentos de mercado, porém seu grande lastro está na construção civil, área em que vamos pautar as publicações.

Inauguramos a sessão com a Ponte sobre Rio Pastaza, no Equador, construída entre 2004 e 2006 para ligar as províncias de Puyo e Morona Santiago (equivalentes a estados brasileiros). Com 302 metros de comprimento, a ponte é estaiada com sis-tema VSL, que permite maior espaço sem colunas, ideal para cobrir grandes vãos sem apoios intermediários.

A escolha da ponte foi em função da história que envolveu a obra, colocando a Cartellone nas manchetes internacionais à

época. Quem nos conta essa saga no meio da selva amazônica equatoriana é Gerardo Adaro, que viveu “na pele” momentos difíceis, e também inusitados.

Como a ponte seria construída dentro da comunidade indígena Shuar (da família dos Jibaros), e os índios precisavam chamar a atenção do Governo, resolveram sequestrar os funcionários da Cartellone ali instalados para trabalhar na obra. Na verdade, conta Adaro, “eles só queriam ver atendidas as suas reivindicações – posto de saúde, escolas, etc. – que o Governo prometeu mas não cumpriu, e acabaram deflagrando uma greve que atingiu outros setores da sociedade”. A iniciativa fez parte de um movimento nacional que durou uma semana e quase derrubou o presidente do Equador, Alfredo Palácios.

Obras da Cartellone no mundo e suas histórias

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As negociações foram tensas e envolveram a Presidência do País, os Ministérios da Defesa e de Relações Exteriores e a Igreja, mas no final tudo acabou bem, quando o Exército chegou com helicópteros para resgatar os reféns, eles já estavam bem entrosados na comunidade e até jogavam futebol.

Adaro conseguiu montar dois times indígenas do Boca Juniors (A x B), com as cores da camisa invertidas . Nesse período os índios aprenderam jogar futebol e viram televisão pela primeira vez, só não perceberam o que significa internet.

Amizade selada com cháSegundo Adaro, foram dias de convivência forçada, mas com respeito e tolerância. Apesar da tensão, a semana foi rica em experiências e episódios que agora parecem engraçados. Ele conta que para poderem conviver pacificamente com os índios tiveram de tomar uma bebida chamada chicha, a base de mandioca e saliva, preparada pelas índias. Sim, saliva das índias, que depois de mastigar bem a mandioca cuspiam-na em uma grande panela até formar um volume de líquido viscoso, que depois de fermentado e prepa-rado à moda Shuar, foi servido como “chá da amizade”. Difícil de engolir, mas apesar disso, Adaro continua vivo e saudável.

Esses são algumas experiências entre as várias ocorridas, e quem quiser saber mais, é só pedir que o Adaro conta.

Gerardo Adaro é engenheiro civil, trabalha na Cartellone há 22 anos, sendo três anos no Brasil, e já acompanhou muitas obras pelo mundo, mas seguramente nunca viveu uma experiência tão marcante quanto na constru-ção da Ponte sobre Rio Pastaza.

Como foi a semana

Trabalhavam no local 250 funcionários de países latino-americanos quando chegou a notícia de que o canteiro da obra seria invadido pelos índios e que todas as vias de acesso ao projeto tinham sido interdita-das. Como soubemos a tempo, diz Adaro, conseguimos retirar a maioria dos operários – que caminharam quilômetros no meio da selva até chegar a lugares seguros – e ficamos em 22 funcionários. Eles cercaram o canteiro durante dois dias e depois inva-diram o alojamento armados com arcos, flechas e lanças com dardos envenenados. Eram 500 índios, entre homens, mulheres e crianças, com a cara pintada e preparados para a guerra.

É importante citar que grande parte da população do Equador é formada por índios, e que os Jibaros são mundialmente conhecidos como reduzidores de cabeças – praticantes de um ritual que consiste em reduzir a cabeça do inimigo vencido na disputa por um território, e quanto maior o número de cabeças maior a hierarquia do cacique ou xamã da tribo. Mas apesar de primitivos, comenta Adaro, não são violentos, só atacam quando ameaçados ou agredidos em seus direitos. São generosos,

porém muito rigorosos, a transgressão de um costume pode levar a pessoa a castigos cruéis e até mesmo à morte. Isso vale para índios e estrangeiros.

Boca JuniorsComo diretor da obra, Adaro conseguiu ganhar a confiança dos índios, apoiando suas reivindicações junto ao Governo, mas, explica ele, “éramos reféns e não podíamos nos comunicar com ninguém, porém não se importavam que usássemos o compu-tador e, é claro, a internet”. Era assim as notícias saiam da selva para a imprensa do mundo todo. E sob os holofotes da mídia, o Governo foi obrigado a atender às reivindi-cações da comunidade Shuar.

Curiosidade

A Cartellone esteve representada na Copa das Confederações.Fábio assistiu ao jogo no Maracanã, e deu sorte!

Os índios chegaram armados

A carcereira de Adaro

Os dois times do Boca