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Crateús-Ce. Quinta-feira, 14 de outubro de 2010 - Ano XIV - N o 306 - R$ 2,50 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] A Secretaria de Educação de Crateús, que tem à frente a professora Aurineide Aguiar, vem investindo sistematicamente na qualificação de seus profissionais e na implantação e execução de vários projetos educacionais entre os quais o projeto “Biblioteca Itinerante como Espaço de Lazer”. Pág. 08 O Sebrae/CE em parceria com a Prefeitura Municipal de Crateús e o Banco do Nordeste, realizou de 07 a 09 de outubro a XXIII FENECRAT, com o tema GERANDO OPORTUNIDADES NO SERTÃO. Pág. 09 A solenidade de inauguração do novo prédio da Câmara Municipal de Tamboril ocorreu na noite do último dia 7, quando estiveram presentes o presidente da Câmara, vereador Ramiro Júnior,o prefeito Jeová Mota, vereadores e várias lideranças políticas locais e regionais. Pág. 08 13 ANOS Jornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia. SECRETARIA INVESTE NA QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS SEBRAE REALIZA A XXIII FENECRAT CÂMARA MUNICIPAL INAUGURA NOVA SEDE Poda? corta essa! MEIO AMBIENTE EDUCAÇÃO TAMBORIL LEIA NESTA EDIÇÃO: Editorial: Cai o último dos coronéis - Pág. 2 Elio Gaspari : O debate do aborto, Mirian Cordeiro 2.0 - Pág. 13 Kamila Fernandes: O ocaso de um líder - Pág. 11 Leonardo Boff : A pobreza da democracia - Pág. 02 Ruth Norjosa: Receita de professor - Pág. 05 Dilma X Serra: Comentário - Pág. 04 Leia matéria de Edilson Macedo- Pág. 05 A criança é o mistério da vida, é a maravilha que recebemos, é a dádiva oferecida pelo Criador. Nessa pureza, nessa perfeição e nessa energia que encerra o valor da criança, enaltecemos a grandiosidade do nascimento, o ato mais justo e mais completo de Deus. Na chegada ao mundo ela precisa encontrar a verdadeira sintonia da acolhida, da serenidade e do equilíbrio, para que possa projetar a harmonia, o sorriso e o caminhar nos diversos chamamentos da vida. Leda Rocha de Oliveira Entre preservar a vida da árvore e mostrar uma placa comercial, optou-se pelo sacrifício da árvore

Edição Nº 306

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Quinta-feira, 14 de outubro de 2010

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Page 1: Edição Nº 306

Crateús-Ce. Quinta-feira, 14 de outubro de 2010 - Ano XIV - No 306 - R$ 2,50www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

A Secretaria de Educação de Crateús, que tem à frente a professora Aurineide Aguiar, vem investindo sistematicamente na qualificação de seus profissionais e na implantação e execução de vários projetos educacionais entre os quais o projeto “Biblioteca Itinerante como Espaço de Lazer”. Pág. 08

O Sebrae/CE em parceria com a Prefeitura Municipal de Crateús e o Banco do Nordeste, realizou de 07 a 09 de outubro a XXIII FENECRAT, com o tema GERANDO OPORTUNIDADES NO SERTÃO. Pág. 09

A solenidade de inauguração do novo prédio da Câmara Municipal de Tamboril ocorreu na noite do último dia 7, quando estiveram presentes o presidente da Câmara, vereador Ramiro Júnior,o prefeito Jeová Mota, vereadores e várias lideranças políticas locais e regionais. Pág. 08

13 ANOSJornalismo, Ética, Liberdade, Compromisso e Democracia.

SECRETARIA INVESTE NA QUALIFICAÇÃO DE PROFISSIONAIS

SEBRAE REALIZA A XXIII FENECRAT

CÂMARA MUNICIPAL INAUGURA NOVA SEDE

Poda? corta essa!MEIO AMBIENTE

EDUCAÇÃO

TAMBORIL

LEIA NESTA EDIÇÃO:Editorial:Cai o último dos coronéis - Pág. 2

Elio Gaspari:O debate do aborto, Mirian Cordeiro 2.0 - Pág. 13

Kamila Fernandes:O ocaso de um líder - Pág. 11

Leonardo Boff:A pobreza da democracia - Pág. 02

Ruth Norjosa:Receita de professor - Pág. 05

Dilma X Serra:Comentário - Pág. 04

Leia matéria de Edilson Macedo- Pág. 05

A criança é o mistério da vida, é a maravilha que recebemos, é a dádiva oferecida pelo Criador. Nessa pureza, nessa perfeição e nessa energia que encerra o valor da criança, enaltecemos a grandiosidade do nascimento, o ato mais justo e mais completo de Deus. Na chegada ao mundo ela precisa encontrar a verdadeira sintonia da acolhida, da serenidade e do equilíbrio, para que possa projetar a harmonia, o sorriso e o caminhar nos diversos chamamentos da vida.

Leda Rocha de OliveiraEntre preservar a vida da árvore e mostrar uma placa comercial, optou-se pelo sacrifício da árvore

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2 Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010Página

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EditorialCai o último dos coronéis

Caiu o último dos coronéis da política do Ceará – Tasso Jereissati. Caiu por ter se tornado frágil e por faltar-lhe, hoje, a competência que antes lhe sobrava para eleger até postes e decidir eleições. Não foi competente para montar a estratégia de sua própria campanha. Não caiu – espatifou-se. O último dos coronéis do Sertão não teve fôlego para se reeleger ao Senado. Despencou nas pesquisas e caiu humilhado, sem postura estóica e sem amparo. Dado, por alguns, como estadista, provou que de estadista nada possuía além do poder econômico da fortuna, construída a partir de sua entrada na política em 1986. Estadista não cai nun-ca; sai de cena com honras e méritos e passa a pertencer à História. Tasso não saiu de cena. Foi retirado dela e ba-nido pelas urnas dos grotões do Ceará, (logo dos grotões!) onde, por mais de 20 anos, reinou soberano e absoluto com o aparato dos súditos ante o seu autoritarismo e poderio. As urnas da Capital jamais lhe deram qualquer resultado positivo. As do inte-rior, nesta eleição, colocaram a última pá de cal sobre a sua vida política. Enterraram-na em cova funda. Queria o senador reeleger-se de graça

com o apoio do governador Cid Gomes e de seu irmão o deputado Ciro Gomes, numa parceria familiar. Não queria disputar uma eleição, queria a nomeação para o Senado. Sentia-se credor do governo pelo apoio dado ao mesmo através da bancada do PSDB na Assembléia Legislativa. Lula pisou no freio e disse não. O presidente impôs a candidatura de Pimentel jun-to à de Eunício para derrotá-lo. Colocou uma pedra como barreira intransponível no seu caminho. Tasso nunca suou tanto a camisa numa cam-panha eleitoral, como agora, em busca da reeleição. Não logrou êxito. Amargou frago-rosa e inconsolável derrota e sacrificou a eleição de deputa-do de Marcos Cals, candidato de araque a governador. Caiu como caem os frutos amadu-recidos. Deve ter sido, no ínti-mo, gozado por Lúcio Alcân-tara, a quem traiu na eleição passada. Neste malogrado episódio eleitoral, culpou os irmãos Cid e Ciro Gomes e o presidente Lula. Queixou-se do poderio e da corrupção, logo ele, tão familiarizado com essas coisas. Declarou-se oposto ao modelo de política que a família Ferreira Gomes está fazendo, e disse que os irmãos não são mais nem a sombra dos jovens idealistas

do passado. Que desculpa boba para justificar a derrota! Os irmãos Ferreira Gomes foram e são mais competen-tes. Tasso falou asneiras e bo-bagens. Não teria dito o que disse, caso tivesse contado com as bênçãos dos dois para se reeleger ao Senado. Os irmãos Ferreira Gomes têm uma história bem diferente da história de Tasso. Eles não enriqueceram na política. Não são donos de fábricas nem de grandes empreen-dimentos imobiliários. Não são negociantes nem em-presários. Nunca precisaram quebrar bancos; pelo con-trário, sanearam banco que-brado. Nunca se utilizaram politicamente de privilégios arrancados de bancos oficiais. Nunca construíram fortuna. Apenas, são politicamente corretos e competentes. O senador Tasso foi infeliz nas desculpas para justificar sua derrota e o seu melancólico adeus à política. Vai ele, ago-ra, como declarou, se dedicar aos netos e à formação de novas lideranças políticas. Por certo, fará falta a muitos amigos e compadres, mas, o Ceará ficará politicamente melhor sem a sua presença e influência no cenário político. Só uma inesperada vitória de Serra poderá ressucitá-lo.

Artigo Leonardo [email protected]

Tempos de campanha elei-toral oferecem ocasião para fazermos reflexões críticas sobre o tipo de democracia que predomina entre nós. É prova de democracia o fato de que mais de cem milhões tenham que ir às urnas para escolher seus candidatos. Mas isso ainda não diz nada acerca da qualidade de nossa democracia. Ela é de uma pobreza espantosa ou, numa linguagem mais suave, é uma “democracia de baixa intensidade” na expressão do sociólogo português Bo-aventura de Souza Santos. Por que é pobre? Valho-lhe das palavras de uma cabeça brilhante que, por sua vasta obra, mereceria ser mais ouvida, Pedro Demo, de Brasília. Em sua Introdução à sociologia (2002) diz enfati-camente: “Nossa democracia é encenação nacional de hipocrisia refinada, repleta de leis “bonitas“, mas feitas sempre, em última instância, pela elite dominante para que a ela sirva do começo até o fim. Político é gente que se caracteriza por ganhar bem, trabalhar pouco, fazer nego-ciatas, empregar parentes e apaniquados, enriquecer-se às custas dos cofres públi-cos e entrar no mercado por cima... Se ligássemos demo-cracia com justiça social, nos-sa democracia seria sua pró-pria negação” (p.330.333).

Essa descrição não é cari-cata, salvo as poucas exce-ções. É o que se constata dia a dia e pode ser visto pela TV e lido nos jornais: escândalos da depredação do bem públi-co com cifras que sobem aos milhões e milhões. A impu-nidade grassa porque crime é coisa de pobre; o assalto cri-minoso aos recursos públicos é esperteza e “privilégio” de quem chegou lá, à fonte do

poder. Entende-se porque, em contexto capitalista como o nosso, a democracia pri-meiro atende os que estão na opulência ou têm capacidade de pressão e somente depois pensa na população atendida com políticas pobres. Os corruptos acabaram por corromper também muitos do povo. Bem observou Capistrano de Abreu em carta de 1924: ”Nenhum método de governo pode servir, tratando-se de povo tão visceralmente corrupto com o nosso”.

Na nossa democracia, o povo não se sente represen-tado nos eleitos; depois de uns meses nem mais sabe em quem votou. Por isso não está habituado a acompanhá-lo e a fazer-lhe cobranças. Ao lado da pobreza material é condenado à pobreza po-lítica, mantida pelas elites. Pobreza política, mantida pelas elites. Pobreza política é o pobre não saber as razões de sua pobreza, é acreditar que os problemas dos pobres podem ser resolvidos sem os pobres, só pelo assistencia-lismo estatal ou pelo clien-telismo populista. Com isso, se aborta o potencial mobi-lizador do povo organizado que pode exigir mudanças, temidas pela classe política, e reclamar políticas públicas que atendam a suas deman-das e direitos.

Mas sejamos justos. De-pois das ditaduras militares, surgiram em toda América Latina democracias de cunho social e popular que vieram de baixo e por isso fazem políticas para os de baixo, elevando seu nível. A macro-economia capitalista segue, mas tem que negociar. A rede de movimentos sociais, especialmente o MST, colo-cam o Estado sob pressão e

sob controle, dando sinais de que a democracia pode melhorar.

Vejo dois pontos básicos a serem conquistados: primei-ro, a proposta de Boaventura de Souza Santos que é de forjar uma “democracia sem fim”, em todos os campos, especialmente na economia, pois aqui se instalou a ditadu-ra dos patrões. Ela é mais que delegatícia, é um movimento aberto de participação, a mais ampla possível.

O segundo é uma idéia que defendo há anos: a democra-cia não pode ser antropocên-trica, só pensando nos huma-nos como se vivêssemos nas nuvens e sozinhos, sem nos darmos conta de que come-mos, bebemos, respiramos e estamos mergulhados na na-tureza da qual dependemos. Então, importa articular os dois contratos, o social com o natural; incluir a natureza , as águas as florestas, os so-los, os animais como novos cidadãos que têm direitos de existir conosco, especial-mente os direitos da Mãe Terra. Trata-se então de uma democracia sócio-cósmica, na qual os seres humanos convivem com os demais seres, incluindo-os e não lhes fazendo mal. O PT do Acre nos mostrou que isso é pos-sível ao articular cidadania com florestania, quer dizer, a floresta respeitada e incluída no bem viver dos povos da floresta.

Utopia? Sim, no seu me-lhor sentido, mostrando o rumo para onde devemos caminhar daqui para frente, dadas as mudanças ocorridas no planeta e no encontro inevitável dos povos.

A pobreza da democracia

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 569 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Fundada em 30 de maio de 1997

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

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Dr. André LandimDoenças da Pele e Alegria

Dr. Gustavo Henrique BezerraOtorrinolaringologia - Videolaringoscopia

Dr. Kevin CarneiroBioquímico

Dr. Nenzé BezerraUrologia e Cirurgia Laparoscópica

Drª. Christianne Taumaturgo D. SoaresEndocrinologia

Drª. Maria de Jesus SoaresGinecologia e Obstetrícia

Dr. WaetanUltrassonografia

Dr. Gerardo JrOrtopedia e Traumatologia

Drª. Déborath Lúcia de O. DinizNeurologista - CRM 5041 - E-mail: [email protected]

Dr. Paulo NazarenoEndoscopia e Cirurgia Laparoscópica

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3Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010 Página

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Política[CrônicadaCidade]

Admiro profundamente o músico brasileiro Milton Nascimento. Ele pertence a uma estirpe musical que soube aliar, com fulguran-te talento, a boa música e o bom conteúdo. Letra e melodia se misturando em um baile de grandeza, itinerário telúrico, exer-cício reflexivo, eflúvio de excelência.

Dentre suas canções, tenho especial predileção por “Coração Civil”. Ela aborda um tema que me é caro: a utopia. Admire-mos a letra, produto de uma parceria de Milton e Fernando Brant: “Quero a utopia, quero tudo e mais/ Quero a felicidade nos olhos de um pai/ Quero a alegria muita gente feliz/ Quero que a justiça reine em meu país/ Quero a liberdade, quero o vinho e o pão/ Quero ser amizade, quero amor, prazer/ Quero nossa cidade sempre en-solarada/ Os meninos e o povo no poder, eu quero ver

São José da Costa Rica, coração civil/ Me inspire no meu sonho de amor Brasil/ Se o poeta é o que sonha o que vai ser real/ Vou sonhar coisas boas que o homem faz/ E espe-rar pelos frutos no quintal/ Sem polícia, nem a milícia, nem feitiço, cadê poder?/ Viva a preguiça, viva a ma-lícia que só a gente é que sabe ter/ Assim dizendo a minha utopia eu vou le-vando a vida/ Eu vou viver bem melhor/ Doido pra ver o meu sonho teimoso um dia se realizar”.

A Utopia – cujo berço etimológico é a união dos radicais gregos οὐ, ‘não’ e τόπος, ‘lugar’; portanto, o ‘não-lugar’ ou ‘lugar que não existe’ - tem como significado mais comum a idéia de um território ou mundo ideal, imaginário, fantástico – produto da usina de sonhos da mente humana. (O termo foi popularizado por Tho-mas More, pois serviu de título para uma de suas obras escritas em latim

por volta de 1516. Se-gundo a versão de vários historiadores, More se fascinou pelas narrações extraordinárias de Améri-co Vespúcio sobre a recém avistada ilha de Fernando de Noronha, em 1503. Thomas More decidiu então escrever sobre um lugar novo e puro onde existiria uma sociedade perfeita.)

O fato é que vi com muita alegria, na recente dis-puta de primeiro turno da eleição presidencial, a ressurreição da utopia na política. A líder desse mo-vimento pascal foi Marina Silva, a candidata do PV.

Marina é descendente de cearenses. Nasceu nas florestas do Acre e viveu na carne e na alma, no coração e na consciência, os estertores da extrema pobreza, os astres e desas-tres da vida pública. Sen-tiu no peito as flechas da adversidade, leu os signos das matas e adquiriu a noção mais correta de al-deia global. Descobriu no pulmão do planeta como construir uma proposta de oxigenação da política nacional.

Sua maior contribuição, ao nosso sentir, não foi a de trazer ao púlpito do debate eleitoral a imperio-sa agenda da compatibili-dade do desenvolvimento com respeito ao equilíbrio do meio ambiente. Seu mais importante contribu-to foi, indiscutivelmente, o da higienização da prédica política. A necessidade premente e a importância cardeal da eliminação des-se discurso tóxico “entre PT e PSDB, agredindo-se mutuamente, sem conse-guir ver mérito em nada um no outro; é a política velha, de ter de destruir o outro, ter de desqualificá-lo”.

Esse respeito pelo outro, embora suas idéias sejam absolutamente contrárias às nossas, é uma das prin-cipais facetas daquilo que se convencionou chamar

de ética. Marina entrou e saiu da disputa sem recorrer ao desespero, ao vale-tudo, à máxima de que ‘em política, o feio é perder’. Em verdade, o feio – na política e na vida – não é perder uma batalha, mas abrir mão da dignidade, da construção de princípios, do culto aos valores essenciais.

Na nossa Crateús, como em quase todas as urbes do território nacional, ain-da prevalece esse modo corrosivo de agir político. Porém, impende questio-nar: - Por que, para me eleger, tenho que explorar os defeitos do outro ao invés de apresentar mi-nhas qualidades?... - Por que, ao assumir o poder, tenho que seguir a mesma rota obsessiva de buscar desqualificar os anteces-sores?...

Embora já tenhamos todos transigido com essa prática, julgo que pode-mos dela nos libertar e construir alternativas. Há algum tempo suscitei esse debate íntimo e bradei em outra crônica: ‘Abramos as pálpebras embaçadas, sacudamos a poeira das decepções, revigoremos o espírito, desbravemos novos caminhos, recupe-remos a utopia, lancemos um outro olhar sobre o fazer político e mar-chemos na rota de uma cidade que cultue a justiça e a fraternidade. Crateús merece!’

Alguém pode dizer que isto é sonho, devaneio, utopia! Pode ser. Mesmo assim, prefiro seguir na mesma estrada de Edu-ardo Galeano: “A utopia está lá no horizonte. Aproximo-me dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcan-çarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar”.

[Observatório]

Júnior Bonfim

www.juniorbonfim.blogspot.com

A ressureição da utopia! Um casal amigo, que pos-sui casa de veraneio em Guaramiranga, na Serra de Baturité, resolveu ir curtir por lá o feriado prolongado próximo passado. Em lá chegando, deparou-se com a família do caseiro, que tinha votado na Dilma no primeiro turno, agora exi-bindo propaganda do Serra. Seu Raimundo, o patriarca, foi inquirido pela patroa: - O que houve? Vocês mudaram o voto? A resposta: - É, doutora, nós estamos ana-lisando... e, pensando bem, as propostas do homem são melhores. O salário mínimo de R$ 600,00, para o pobre, é excelente...

SEGUNDO TURNOVia de regra, convencio-

nou-se dizer que segundo turno é outra eleição. Em parte, sim. Prova é o que está acontecendo em nível nacional. A primeira pesqui-sa divulgada após o inicio deste segundo round trouxe números inimagináveis até bem pouco tempo. Uma di-ferença de apenas 07 (sete) pontos separa Dilma de Serra. E mais: o indicativo de uma onda verde-amarela. Serra está à frente da petista em todas as regiões do País, à exceção do Nordeste. Isto significa que teremos uma disputa acirradíssima.

O DEBATE Exemplo maior dessa ele-

vação de temperatura foi o debate promovido pela rede Bandeirantes no domingo passado. Diferentemente daquela mãezona doce e bem produzida, com ares de ternura e equilíbrio, Dilma estava surpreendentemente furiosa, tensa, agressiva. Segundo sondagem realiza-da pelo portal IG, Serra foi o vencedor do debate. 54% dos participantes da enquete disseram que o tucano teve desempenho melhor; 38% dizem que trocaram o voto para ele após o embate. O PSDB conquistou, no pri-meiro turno, os estados mais populosos e com maior fatia orçamentária da federação (São Paulo, Minas Gerais e Paraná). Isso deu ânimo novo aos seus aliados. Elei-tos, ninguém teme mais o efeito Lula, que intimidou o País de ponta a ponta no primeiro turno.

CEARÁO Ceará foi um dos esta-

dos onde o efeito Lula se fez devastador. Ninguém discu-tiu a trajetória dos principais candidatos. O grande debate sobre a escolha dos nomes

do Ceará no Senado foi de que não pode existir repre-sentante de oposição. Todos têm que estar alinhados, aliados do poder e dizendo amém ao governante maior. Essa precariedade do em-bate pode ser resumida em uma frase de Lula: “quem vota nium vota nioto, quem vota nioto vota nioto e num precisa mais votar em nin-guém”. Com isso, desban-cou Tasso – aquele que, na visão do governador Cid, “é o maior homem público do Ceará” – e elegeu a dupla Eunício-Pimentel.

CRATEÚS O resultado da eleição

em Crateús ficou aquém do esperado, tanto no campo da situação como na seara da oposição. O Prefeito Carlos Felipe, há dois anos, obteve 24.381 sufrágios, 63% dos votos válidos. Agora, só conseguiu transferir 8.077 votos (22,67%) para o seu candidato a estadual, dou-tor Pierre, e 5.493 votos (15,53%) para o federal, João Ananias. O PSDB, em que pese ter obtido o melhor desempenho – Domingos Neto, 7.707 votos (21,79%) e Nenen Coelho, 11.906 vo-tos (33,42%) – ficou abaixo da expectativa. Hermínio Rezende – que correu por uma espécie de terceira via – abiscoitou 5.317 votos (14,92%). Todos, portanto, têm que realizar uma autocrí-tica, rever posturas e traçar novos rumos para o pleito municipal de 2012. Há uma sensação de esgotamento de todas essas repetitivas prédi-cas e práticas. Talvez seja o momento de reformularmos todos os modelos vigentes (vide Crônica ao lado).

ALERTASegundo o Jornal Diário

do Nordeste da última terça-feira (12.10.10), “o quadro de Risco Dengue incluindo os 184 municípios do Ceará, divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) classifica 46,7% das cidades com risco Alto e Muito Alto de transmissão da doença para 2011”. Dentre os muni-cípios com risco muito alto está Crateús. O fato é muito preocupante e deve servir de alerta para as autoridades municipais.

CRÍTICASSou crítico da Administra-

ção Municipal. Sem qual-quer fresta de mágoa ou ressentimento, até porque meu coração nunca hos-pedou ódio. Sempre busco me despir de sentimentos

menores. Faço observações e comentários independen-tes porque, imagino, seja esta uma forma diferente de contribuir com a cidadania da minha terra. Por isso esforço-me para juntar, a cada ponderação crítica, uma sugestão pertinente, um caminho propositivo.

PROCURADORIA E LICITAÇÃO

A Procuradoria Geral do Município e a Comissão Permanente de Licitação são dois setores que têm sido alvo de petardos na atual Administração. São duas áreas estratégicas, essenciais ao funcionamento gover-namental. A Procuradoria cuida do suporte jurídico, do balizamento legal da Ad-ministração. Pela Licitação passam todos os procedi-mentos para aquisição de serviços, compras e obras em geral. Ou seja, todos os negócios públicos. Resumin-do: a Procuradoria é o altar onde se realiza a liturgia da legalidade; a Comissão de Licitação é a vidraça onde a população divisa se existe transparência na gestão.

PROCURADORIA E LICITAÇÃO II

Há poucos dias, o Procura-dor-Chefe foi exonerado, de-nunciando que há problemas nesse setor. Por outro lado, é voz corrente na cidade que existe direcionamento em determinados procedimentos licitatórios. Por via oblíqua um mesmo grupo controla essa área. Solução: 1. Para a Procuradoria, Concurso Público. Além de cumprir a Constituição, estaria se instituindo um quadro per-manente e qualificado de Procuradores. Ganharia o município e, por conse-qüência, a população. 2. A Comissão de Licitação, coração pulsante da coisa pública, deve ser melhor re-munerada, para ficar imune às investidas escusas. Aliás, os membros da Comissão de Licitação, além de ade-quada capacitação, merecem ganhar equivalência salarial ao primeiro escalão, a fim de que ajam com independência e transparência.

PARA REFLETIR“Quando o governo é

formado de homens justos e honestos, o povo vive feliz.” (Livro dos Provérbios)

SaboresCaseirosBiscoito de maizena

Marguê Freire

Ingredientes:500 gramas de maisena, 1 lata de leite condensado, 2 gemas de ovos e 120 gramas de manteiga.

Modo de fazer:Misture tudo. Faça bolinhas

com as mãos, coloque-as no tabuleiro, e amasse-as de leve com um garfo para dar uns risquinhos nos biscoitos. Coloque numa assadeira e leve ao forno regular.

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Política “Serra na TV, de gravata vermelha e saudando a ‘todos e todas’. Daqui a pouco vira petista”Vereador Acrísio Sena (PT)Flagrando postura camaleônica do tucano José Serra

Os primeiros sinais do se-gundo turno não são muito animadores. Não estamos nem nos referindo à cam-panha execrável da internet, marcada pelo gangterismo (calúnias, difamações, men-tiras deslavadas, com ataques pessoais à candidatura que se quer eliminar), mas, sim aos próprios parâmetros do deba-te, que sofrem um retrocesso inimaginável, como se nada tivesse adiantado os últimos 21 anos de regime constitu-cional democrático. Começa quando se quer dividir o Brasil entre os que são “do bem” (nos quais se incluem os formuladores desta abomi-nável classificação), e os que são “do mal” (a candidatura adversária e seus seguidores). A última vez que os brasi-leiros ouviram esse linguajar foi durante as duas décadas de regime ditatorial. Os “do bem” eram os que apoiavam o regime ditatorial; os “do mal” eram os “subversivos”, que resustiam à truculência do regime.

LÓGICAO retrocesso prossegue

com a pauta da “defesa da democracia e da liberdade de imprensa”. Ora, isso é o programa de 46 anos atrás, quando se instalava a ditadura. Parece que alguém ficou em coma, numa UTI, durante esse período e despertou agora. Mais: o recuo retrocede ao século XVI, com o troar de uma guerra religiosa, dos “crentes” contra os “desal-mados ateus”. As “grandes” questões do Brasil, segundo essa pauta, seriam o aborto e o casamento gay – e esta

seria a inominável ameaça trazida à Nação por um dos disputantes – acusam os ad-versários. De nada adianta chamar a atenção para o fato de que ambos os candidatos já declararam mil vezes que não cogitam tratar desses assuntos nos seus governos, caso sejam eleitos. Vejam porque toma-ram essa prudente decisão.

DESPISTEPrimeiro - como bem ad-

vertiu Ciro Gomes -, essas coisas não são questões de interesse direto de nenhum presidente da República. Se-riam, no máximo, de compe-tência do Congresso, se este tivesse o desatino de enfrentar assunto tão polêmico e sensí-vel. Podem dormir tranqüilos, pois ninguém quer vestir essa “camisa de quatro varas”, já que não perderam o juízo. Ja-mais buscariam se “queimar” perante uma parte conside-rável da sociedade brasileira. Portanto, esse assunto foi trazido à baila apenas como despiste, para desviar a aten-ção da questão principal: qual o projeto que cada uma das forças em disputa tem para o Brasil e quais interesses fun-damentais envolvidos neles, bem como, qual a composi-ção social das forças que os sustentam? Esse é o debate que estão querendo camuflar com essa história de aborto e de guerra teocrática. Muita gente caiu na esparrela.

DISPUTAGrosso modo (pois a re-

alidade é mais complexa), enfrentam-se, agora, dois blocos de forças: o centro-direita (que quer voltar aos

referenciais neoliberais do governo FHC), e o centro-esquerda (que quer prosseguir o programa do governo Lula). Ambos os blocos já gover-naram o País por oito anos, cada um, e têm um balanço concreto a oferecer à avalia-ção dos eleitores. Não se trata mais apenas de teses, mas de realizações concretas. O centro-direita dá ênfase maior ao mercado, tem uma política externa de alinhamento com as grandes potências capita-listas, um modelo econômico liberal, anestesiante e menos sensível às políticas públicas de inclusão social.

TUTELAO centro-esquerda privi-

legia a transformação social, sua política externa é de apro-ximação com os países emer-gentes e de não dependência em relação ao bloco hege-mônico capitalista, e, apesar de considerar o mercado im-portante, faz um contraponto com uma política de inclusão social. O centro-direita se diz social-democrata, mas, na verdade, é liberal, tem como núcleo central o grande em-presariado parceiro do capital internacional, é privatista e a favor da redução do Estado. O centro-esquerda se diz socialista, mas, na verdade, é social-democrata e seu núcleo gira em torno de uma aliança de sindicatos, empresários na-cionais, movimentos sociais, pastorais eclesiais; defende o fortalecimento das estatais, sem dispensar os laços com o capital internacional, mas ten-tando colocá-lo sob tutela.

Vetores do retrocessoPONTO DE VISTA POLÍTICO Valdemar Menezes

Jornalista A campanha com vistas ao 2º turno da eleição para presi-dente da República está sendo levada num clima de autên-tica baixaria, pelos tucanos, principalmente, na internet, com a candidata Dilma sendo massacrada por causa de seu passado como lutadora contra o regime de exceção que im-plantou a ditadura no Brasil, de 1964 a 1985.

Dilma foi, sim, uma guerri-lheira e isto é o que enobrece o seu currículo. É o seu pas-sado que inspira confiança e dá a certeza de que, eleita ou não, ela é uma grande brasi-leira. Foi presa política por três anos, sofreu as maiores torturas e nunca delatou seus companheiros. Não desejou a nenhum deles o mesmo destino do cárcere imundo que experimentou nos porões da ditadura militar, tendo a tortura, a humilhação e a covardia de carrascos por companheiras.

José Serra, à época do golpe militar, era líder estudantil e presidia a UNE. Frouxo, fugiu para o Chile. Não teve a coragem, nem ele e nem Fer-nando Henrique Cardoso, de quem se envergonha de citar o nome na campanha eleitoral, de enfrentar, nas ruas, a ilega-lidade da ditadura militar. Do Chile, fugiu de outra ditadura, a de Pinochet e foi enfrentar

moleza e estudar em outros países. Hoje, ele se vangloria de ter sido exilado político por 14 anos, sem nunca ter enfrentado uma sessão de tortura, sem nunca ter levado um choque naquela região, sem nunca ter desfilado nu diante de carrascos impla-cáveis. Serra não sabe o que é um saco d’água na cabeça nem um choque elétrico nos testículos quando pendurado num pau-de-arara. Negando o passado, passou da esquerda para a direita e nunca, sequer, participou de um ato de pro-testo onde pudesse estar em jogo sua integridade física. Foi sempre frouxo, covarde e traidor. Agora, desrespeita o passado e a história de Dilma Rousseff, que não pode ser comparada com a dele, que

é de covardia, de baixaria e de frouxidão. O hoje depu-tado Fernando Gabeira, que pulou também da esquerda para a direita, pelo menos, tem algo que lhe salva a bio-grafia: liderou o seqüestro de um embaixador americano no Brasil, em troca da libe-ração de presos políticos da ditadura militar. Esses presos políticos, sim, se tornaram verdadeiros exilados políticos. Serra e Fernando Henrique se auto-exilaram, traíram e se avacalharam. É na coragem que Dilma supera Serra. É a sua coragem que faz o brasileiro gritar sonoro o seu nome. Eleita ou não, a história de Dilma é uma história de honra que ficará para sempre emoldurada para receber a re-verência do povo brasileiro.

A campanha com vistas ao 2º turno da eleição para presi-dente da República está sendo levada num clima de autên-tica baixaria, pelos tucanos, principalmente, na internet, com a candidata Dilma sendo massacrada por causa de seu passado como lutadora contra o regime de exceção que im-plantou a ditadura no Brasil, de 1964 a 1985.

Dilma foi, sim, uma guerri-lheira e isto é o que enobrece o seu currículo. É o seu pas-sado que inspira confiança e dá a certeza de que, eleita ou não, ela é uma grande brasi-leira. Foi presa política por três anos, sofreu as maiores torturas e nunca delatou seus companheiros. Não desejou a nenhum deles o mesmo destino do cárcere imundo que experimentou nos porões da ditadura militar, tendo a tortura, a humilhação e a covardia de carrascos por companheiras.

José Serra, à época do golpe militar, era líder estudantil e presidia a UNE. Frouxo, fugiu para o Chile. Não teve a coragem, nem ele e nem Fer-nando Henrique Cardoso, de quem se envergonha de citar o nome na campanha eleitoral, de enfrentar, nas ruas, a ilega-lidade da ditadura militar. Do

Chile, fugiu de outra ditadura, a de Pinochet e foi enfrentar moleza e estudar em outros países. Hoje, ele se vangloria de ter sido exilado político por 14 anos, sem nunca ter enfrentado uma sessão de tortura, sem nunca ter levado um choque naquela região, sem nunca ter desfilado nu diante de carrascos impla-cáveis. Serra não sabe o que é um saco d’água na cabeça nem um choque elétrico nos testículos quando pendurado num pau-de-arara. Negando o passado, passou da esquerda para a direita e nunca, sequer, participou de um ato de pro-testo onde pudesse estar em jogo sua integridade física. Foi sempre frouxo, covarde e traidor. Agora, desrespeita o passado e a história de Dilma Rousseff, que não pode ser

comparada com a dele, que é de covardia, de baixaria e de frouxidão. O hoje depu-tado Fernando Gabeira, que pulou também da esquerda para a direita, pelo menos, tem algo que lhe salva a bio-grafia: liderou o seqüestro de um embaixador americano no Brasil, em troca da libe-ração de presos políticos da ditadura militar. Esses presos políticos, sim, se tornaram verdadeiros exilados políticos. Serra e Fernando Henrique se auto-exilaram, traíram e se avacalharam. É na coragem que Dilma supera Serra. É a sua coragem que faz o brasileiro gritar sonoro o seu nome. Eleita ou não, a história de Dilma é uma história de honra que ficará para sempre emoldurada para receber a re-verência do povo brasileiro.

DILMA X SERRA (comentário)

Marina ataca apetite do PV por cargos - 2º turno

Artigo Plínio BortolottiJornalista

Jornalista, quando se meta-morfoseia em comentarista, costuma agir com lógica parecida com do ex-ministro Rubens Ricúpero (“O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”). No caso, trata-se do seguinte: articulistas e colunistas, que têm a tarefa de comentar a conjuntura, costumam fazer conjecturas sobre o que pode acontecer.

Mais erram do que acer-tam. Porém, as conjecturas equivocadas costumam ser esquecidas e aquelas que terminam por bater com a realidade são resgatadas com destaque em outras colunas, normalmente com exorta-ção do tipo “eu falei”. Por isso, muitas vezes, tem-se a impressão de que alguns jor-

nalistas são craques em fazer análises corretas.

Digo isso, pois, na edição desta segunda-feira publi-quei um artigo mostrando que havia destacado, com um ano de antecedência, o tamanho do problema que a Verde Marina Silva seria para o PT.

Como gosto de equilíbrio, conto-lhes outra história. A todos que me perguntavam (muita gente ainda pensa que jornalista tem opinião defini-tiva – e certa – sobre tudo) a respeito da campanha para o Senado, a minha resposta era: “Tasso tem a eleição garantida; a briga será pela segunda vaga“. Falhei mise-ravelmente: o senador Tasso Jereissati não conseguiu a reeleição.

Isso não quer dizer, como comentam por aí, que a car-reira política de Tasso esteja encerrada. Políticos têm uma estranha capacidade de rege-neração. E a do senador, se ele quiser, nem será tão de-morada, pela sua importância política – e, mais ainda, assim se José Serra (PSDB) sair-se vencedor do 2° turno contra Dilma Rousseff (PT).

O que me soou um tanto deslocada, partindo do se-nador, foi a explicação que ele deu para a sua derrota. Queixou-se do rolo com-pressor governista. Claro que isso não é um negócio bonito de se ver, mas o engraçado é que ninguém ouviu Tasso Je-reissati reclamar quando era ele que pilotava a patrol.

Previsões

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5Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010 Página

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Cidade

Artigo Ruth Norjosa

IngredientesPorções diárias de paciênciaDoses renováveis de cora-gemBastante sabedoria e com-promissoInfinito amor e respeitoPitadas diárias de curiosidade e imensurável equilíbrioMotivação a gostoFé em Deus

Modo de fazerTenha fé em Deus se qui-

ser enfrentar com paciência a sua luta diária. Esqueça o medo e experimente doses renováveis de coragem. Elas servem para colorir o teu co-tidiano e torná-lo vivo. Pin-cele-o com bastante sabedo-ria, compromisso e fuja das “armadilhas da mata escura”.

Sinta infinito amor e respeito e ajude a cultivar as prímulas, begônias, acácias, dálias, tuli-pas, cravos, hortênsias, rosas, violetas, calêndulas... Só é preciso ter cuidado com os espinhos de algumas espécies que não estão em extinção, mas que são tão singulares! Acrescente pitadas diárias de curiosidade e tenha “so-nhos sempre verdadeiros”. Relaxe com Piaf, Osvaldo, Chico, Hydn, Barreto, Ban-deira, Drummond, Villaça, Sales... Assista a filmes, ouça músicas, leia, dance, pinte, inclusive o sete, e assim você atingirá imensurável equilíbrio. Regue o seu Ser à base de motivação e não se perca nesse universo caótico que te cerca. Seja professor,

mantenha a luz do conhe-cimento acesa e permaneça “Caçador de si mesmo”. E não esqueça nunca o prin-cipal: compartilhe o saber com seus alunos. Confie no Criador e disso brotará um Brasil menos seco e árido, com menos desigualdades e solidário ao próximo... com Eus que se pluralizam justamente por serem tão singulares. Só não exagere nos ingredientes e nas horas dedicadas ao plantio, se-não o Outono não passará. Lembre-se sempre de que você também é único espe-cial, sobretudo para o nosso Pai. Agradeça-lhe e retribua regando suas Sementes, pois muitas florescerão.

Receita de professor

Percebe-se, com naturalida-de, um halo de crescimento continuado na cidade de Crateús. Isso significa rees-truturar a matriz de segurança pública que no município, se faz, imediatamente, uma necessidade.

Baseado nesta premissa que, de fato, se trata de uma realidade estadual, ou até mesmo nacional, investir em segurança pública tornou-se imperativo.

Crateús, tomada como cidade-pólo, neste sentido, se fez inserida no programa de expansão do Ronda do Quarteirão, quando em sua instalação recepcionou cari-nhosamente 40 jovens poli-ciais que ingressavam na car-reira militar e desencadeariam sua missão pilotando quatro novas e potentes viaturas da marca Hilux. Na primeira fase, ficaram assim divididas: três áreas de atuação, mais

um veículo reserva, não se deixando área descoberta sob qualquer hipótese.

Agora, numa segunda fase, chegam mais 15 novos policias e a quinta viatura. Resumindo, a cidade passa a ser patrulhada pela quarta composição do Ronda, diminuindo, sob todos os aspectos, o tempo de aten-dimento ao cidadão.

A política de cuidados para com a comunidade, continua a mesma: estar o mais pró-ximo possível do protegido, conhecer o seu nome, família, rotina e tudo mais que possa influenciar num atendimento personalizado, além de olhos escancarados para aqueles deliberadamente à margem da lei, a serem “copiados” dia e noite, sem cessar.

Pode-se dizer que Crateús tem se tornado um projeto vivo de produção de segu-rança pública de qualidade, admitindo-se, sem reservas,

a mais absoluta inserção do Programa na intimidade das famílias locais e em seus res-pectivos projetos pessoais que possam requerer a proteção do Estado.

Por fim, queremos melho-rar a cada diálogo. Vamos fazer juntos, partindo do princípio de que o modelo só se mantém novo se houver a participação de todos. Este é o Ronda do Quarteirão, a Polícia da Família, a Polícia da Boa Vizinhança.

Novos policiais para o Ronda em Crateús Artigo Edilson Macedo

Na minha cidade, uma das mais quentes do País, sombra de árvore incomoda. Não sei em qual época vivemos, se somos cegos, se não temos juízo ou, se simplesmente somos um povo de gosto duvidoso. Pergunto a mim se os assassinos de nossas árvores não viajam, não visitam cidades civilizadas, não assistem à televisão ou se tão somente perderam o que a nossa espécie tem de mais significativo – o ato de raciocinar.

Como é bom passear por cidades onde as árvores são respeitadas e podem crescer livremente de acordo com seus modelos arquitetônicos já definidos geneticamente na própria semente; passear e descansar em praças que mais parecem bosques natu-rais – reduto de descanso da correria louca que as cidades grandes nos impõem; cami-nhar por longas avenidas onde os canteiros são gra-mados e coloridos por flores e pássaros.

Se assisto à televisão, se vejo filmes, se visito outras cidades, nunca deixo de per-ceber e me deliciar com os jardins, os bosques, a beleza de logradouros públicos re-pletos de árvores intocáveis, plenas, naturais, seja qual for a estação do ano. Em Crateús o que vemos são árvores retorcidas, mortas, trucidadas pela nossa insani-

dade. Não bastasse a tortura pela sede que lhes impomos, machados e goivas trabalham incansavelmente aos olhos e conivência de todos e do poder público. Diariamente assistimos a retirada incon-teste de galhos e ramos das árvores que teimam em so-breviver à nossa brutalidade e ignorância. Quem paga pelo serviço? Melhor seria se pagássemos um carro pipa para aguar nossas árvores e jardins...

Recentemente foram plan-tadas inúmeras mudas de árvores nativas em praças e avenidas de nossa cidade; poucas, porém, sobrevivem. Plantar pequenas mudas num verão escaldante como o nosso e não regar é o mesmo que parir no deserto e não amamentar. Mas se os números contam, somos homenageados com o título de Município Selo Verde – e que viva a barbárie e a lâmina afiada de nossas mentalida-des atrofiadas!

Na verdade, em vez de Selo Município Verde, me-recíamos mesmo era pro-cesso brabo, punição por desrespeito, mau gosto e crime ambiental em era de aquecimento global.

Uma vez, passando pela antiga PRAÇA DOS PI-RULITOS, que outrora foi PRAÇA DA ESTAÇÃO e outrora ainda PRAÇA CAS-TELO BRANCO e hoje

PRAÇA GENTIL CARDO-SO, me deparei com um pé de tamboril impiedosamente ceifado. Diante de minha indignação quanto à bruta-lidade imposta desnecessa-riamente àquela árvore, o podador, ainda de facão em punho, tentou atenuar minha revolta me assegurando que aquilo não era uma árvore, mas um pé de pau lá do mato e que havia nascido ali espontaneamente. Como argumentar a tamanho des-preparo? Lembrei do velho e bom Platão, na República, quando afirma que não se pode entregar o comando de um navio a quem não sabe fazer navegar um navio...

Escrevo por indignação, quase convencido de que ninguém é capaz, nestas pa-ragens brabas deste insólito e belo sertão, de impedir o des-calabro a que estamos obri-gados a assistir diariamente, para nosso desconforto, para o mal do Planeta e, enfim, para atestar aos visitantes da cidade a nossa ignorância em matéria de educação am-biental, de ética e de estética. “Quem destrói, danifica, lesa ou maltrata por qualquer modo ou meio, plantas de or-namentação de logradouros públicos ou em propriedades privadas alheias, comete crime ambiental penalizado nos termos do Art.49, da Lei 9.605/98”.

Poda? Corta essa!

Cláudio Mendonça – Major PM Coordenador do Ronda do Quartei-rão - Zona Norte do Estado do Ceará

BRASÍLIA. Ao lado de lideranças do Nor-deste, a candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, anunciou que o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE)) integrará, a partir de agora, a coordenação política de sua campanha. “Tenho muita admiração e respeito pelo deputado Ciro Gomes e tenho certeza que ele tem uma grande contribuição para dar”, disse.Dilma afirmou que o segundo turno é

um momento importante para o cidadão poder conhecer melhor as propostas dos candidatos. Ela ressaltou que o Nordeste é um dos focos de sua cam-panha e destacou as conquistas feitas pelo presidente Lula na região, como a ampliação do Bolsa Família, do Luz para Todos e do aumento do investimento em infra-estrutura . “O Nordeste antes era o problema, hoje é parte da solução”, disse.

FUNCIONALISMO. De janeiro a setem-bro, o governo já demitiu 289 servidores envolvidos em irregularidades, afirma a Controladoria-Geral da união (CGU). Ou-tros 35 perderam o cargo comissionado e 35 tiveram a aposentadoria cassada. Desde o início do governo Lula, em 2003, 2.752 funcionários foram expulsos

por envolvimentos em práticas ilícitas. A CGU mostra que 2.358 servidores foram demitidos, 219 funcionários comissiona-dos foram destituídos dos cargos e 175 tiveram a aposentadoria cassada. O principal motivo de expulsão foi o uso do cargo para obtenção de vantagens.

JUSTIÇA. O governador Cid Gomes (PSB) recebeu no Palácio Iracema, a lista tríplice do quinto constitucional do Ministério Público Estadual, da qual será definido o novo desembargador do Es-tado. A lista foi entregue pelo presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-CE), o desembargador Ernani Barreira.

Os três nomes foram definidos pelo Pleno do TJ-CE, dia 21 de setembro e contempla os procuradores Paulo Fran-cisco Banhos Ponte, José Valdo Silva e Marcos Tibério Castelo Aires. De acordo com a assessoria do governador, Cid irá definir o nome do desembargador até o fim da próxima semana.

“A Petrobras tem uma visão para o futuro. É preciso olhar para o longo prazo. Europa, EUA, Japão vão reduzir sua capacidade de refino, mas o Brasil e Índia vão aumentar o consumo do petróleo”Sérgio Gabriele – Presidente da Petrobras

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 511 - CentroFone/Fax: (88) 3691.1717NOVA RUSSAS: Rua Pe. Francisco Rosa, 1311 - CentroFone: (88) 3672.0308SANTA QUITÉRIA: Rua Cel. Manoel Alves, 157 - CentroFone: (88) 3628.0374ARARENDÁ: Rua Francisco Mourão Lima, s/n- Centrovizinho ao mercadinho Manoel DinhoFone: (88) 3633.1203FORTALEZA: Rua Pe. Luiz Filgueiras, 550 - AldeotaFone: (85) 3221.4355

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6 Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010Página

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RegionalInforme Publicitário Nova Russas

Nova Russas melhora segurança pública

Programa de atendimento às gestantes nutrizes, desnutridas ou em risco nutricional

Informe Publicitário Ararendá

Área 1213 - 8802 5067 OU 190

Área 1212 - 8802 5066 OU 190Área 1211 - 8802 3535 OU 190

Informe Publicitário Independência

O prefeito Marcos Alberto esteve presente, dia 1º deste, à solenidade de entrega de cinco motocicletas para o Departamento Municipal de Trânsito – (DEMUTRAN). O evento foi realizado pela manhã, na Praça do Mercado Velho, e contou com a pre-sença da Guarda Municipal, de agentes do Pró-Cidadania, de secretários municipais, empresários e do povo em geral, que conferiram a ação do Governo Municipal obje-tivando a melhoria da Segu-rança Pública.

O coronel PM Durval Ta-vares é o atual diretor do DEMUTRAN, e coordena as ações dos agentes do progra-ma Pró-Cidadania. Na ocasião ele destacou a importância do governo municipal ao equipar os profissionais da Segurança Pública com instrumentos capazes de melhorar a quali-dade dos serviços. “As motos farão parte do patrimônio público do município; elas serão importantes no traba-lho de fiscalização e inspeção do trânsito e na preservação dos logradouros públicos. Dotar a Guarda Municipal e

os agentes da cidadania com equipamentos é obrigação dos governos, mas, para isso, é preciso que tenhamos go-vernos comprometidos com a Segurança Pública, declarou o coronel.

O prefeito Marcos Alberto, ao encerramento do evento, entregou oficialmente as chaves das cinco motos aos agentes da Guarda Munici-pal e parabenizou o coronel Durval Tavares, destacando que a segurança está entregue nas mãos de um profissional sério e conhecedor do ofício. Por fim, o prefeito destacou a importância da organização do trânsito de Nova Russas, no sentido de evitar a incidên-

cia de casos de acidentes com vítimas fatais ou que ficam paralíticas para o resto da vida. As cinco motocicletas vão se juntar às viaturas da Polícia e do Pró-Cidadania e irão contribuir para a melho-ria da Segurança Pública do município.

O programa atende mais de 100 mamães, conforme crité-rios preconizados, cadastra-das no Programa de Atendi-mento as gestantes carentes, desnutridas, nutrizes ou em risco nutricional de Indepen-dência, que participam deste importante acompanhamen-to. O programa foi implan-tado desde 2006 pela equipe da Secretaria de Trabalho e Assistência Social, a frente a primeira Dama -Teresinha de Jesus Lima, em parceria com a SMS, tendo apoio do prefeito Valdi Coutinho. As diretrizes do programa vão desde o cadastro, participar do programa Bolsa Família, a partir do sétimo mês de gestação, onde tem acompa-nhamento de profissionais; psicólogos, assistentes so-ciais, enfermeiros, dentistas etc. A metodologia aplicada é participativa, com palestras em reuniões mensais em cada unidade mais próxima da residência, com distribuição de material educativo, orien-tações para o não uso do bico

e chupeta, indicação sobre os 10 passos para o aleitamento meterno, exibição de slides, higienização, orientação so-bre imunização para mamães e crianças, além das orienta-ções sobre a importância do aleitamento materno que é estimulado até os dois anos de idade do bebê com a dis-tribuição de sextas básicas a cada uma, durante os 6 meses de acompanhamento. Estas ações têm contribuído muito para melhoria de vida destas

mãezinhas e das crianças no município.

Colaborou F. Souza

A equipe do Canafístula Sport Clube (CSC) ganhou o quarto título do Campeona-to Martmag de Futebol, em partida disputada no estádio José dos Santos Neto, dia 19 de setembro último, contra a equipe do NB de Nova Betâ-nia, quando esteve presente o prefeito Marcos Alberto para conferir o placar de 1 X 0 para o CSC. A partida teve início às 17hs com recorde de público, e com a torcida demonstrando sua paixão pelo futebol.

O árbitro Antonio de Fáti-ma apitou a partida e foi au-xiliado por Carlito e Luis do Muringue. O gol da vitória foi marcado por Ranieri.

O prefeito Marcos Alberto, que fez a entrega dos troféus, parabenizou as duas equipes por terem chegado à grande final do Campeonato Mart-mag de Futebol. A determi-nação e a tradição conduzi-

ram o NB de Nova Betanha a uma final de campeonato no-varrussense, e, a organização e a competência do trabalho em grupo levaram, mais uma vez, o CSC a conquistar o mais um título da competição. “Parabéns as duas equipes pelo brilhantismo de terem superado 30 equipes e hoje estarem participando da festa da final. Quero parabenizar o empresário Paulo Magalhães pela organização da com-petição que eleva o nosso futebol amador e contribui significativamente para o engrandecimento do futebol profissional. São ações como essas, de parceria, que elevam a qualidade do futebol cea-rense”, declarou o prefeito.

Marcos Alberto apro-veitou a oportunidade para parabenizar a organização pela homenagem feita ao desportista Gonçalo Ferro Sousa (Caboquinho), grande

incentivador do esporte, fa-lecido este ano, e que teve o troféu de campeão batizado com o seu nome.

O empresário Paulo Ma-galhães, na qualidade de organizador, agradeceu às 32 equipes que iniciaram a competição, aos árbitros que atuaram ao longo do campe-onato, aos atletas, gandulas, mesários, às emissoras de rádio que cobriram os even-tos, e ao prefeito Marcos Alberto, pelo apoio dado ao Campeonato Martmag e, principalmente, ao público que sempre lotou os estádios. Paulo parabenizou, ainda, as equipes que chegaram à final e homenageou os finalistas do Campeonato Comercial Manoelito, 2º Quadro, que teve como campeão o Barce-lona de Lajedo e vice a equipe de Miguel Antonio.

Com o aumento de casos de Dengue em vários estados brasileiros, preocupando o MS, o Ceará, até o mês de setembro, aparece com mais de 9 mil casos confirmados e três óbitos. Daí a preocu-pação da Secretaria de Saúde de Independência para com a intensificação de ações de controle do mosquito Aedes

Aegipty. Até o mês de junho, apenas três casos foram regis-trados. Daí, então, surgiram, em virtude do fluxo de pes-soas durante o mês de julho (festejos de Sant’Ana), bem como a alta infestação e inci-dência de casos humanos em municípios da região, concor-reu para que o município re-gistrasse, até o momento, 184

casos suspeitos com 60 casos humanos confirmados, o que é deveras preocupante.

O Prefeito Valdi Coutinho, através da Secretaria de Saú-de, em parceria com a 15ª CRES - Crateús e NUVET-SESA realizou um plano de intensificação de ações para debelar o problema até o mês de dezembro. Foram pulve-rizadas 100% das residências da sede municipal e feito tra-tamento focal em depósitos suspeitos. Os mais diversos segmentos da sociedade fo-ram convidados a se darem as mãos para o controle efetivo do mosquito transmissor da Dengue, baixando o índice para menos de 1% como pre-coniza o MS, em menos de 50 dias. “Combater e Controlar o Mosquito Transmissor da Dengue é Missão de Cada Um”.

O município de Ararendá, comandado pelo prefeito José Adriano, proporcionou expressiva votação aos seus candidatos a cargos eletivos na Eleição de 2010. Empe-nhados em apresentar um bom resultado eleitoral em prol de candidatos compro-metidos em ajudar a adminis-tração municipal, o prefeito José Adriano, juntamente com o líder político Vicente Mourão e a ex-prefeita Tânia

Mourão, e com vereadores que dão sustentação à ad-ministração de Ararendá, mostraram mais uma vez a liderança na política local e obtiveram êxito dando vitória aos seus candidatos.

O governador Cid Gomes (PSB) obteve 2.449 votos; o deputado José Pimentel (PT), candidato ao Senado, foi sufragado com 4.089 vo-tos, seguido pelo deputado Eunício Oliveira, com 3.278

votos. O deputado federal eleito Domingos Neto re-cebeu 2.659 votos e, Patrícia Sabóia, candidata a deputado estadual, 2.407 votos. Dilma Rousseff, candidata do PT a presidente da República, foi sufragada no município com 4.323 votos. Deputado Esta-dual, Patricia Saboia (PDT) - 2.407 votos, Deputado Fe-deral, Domingos Neto (PSB) 2.659 votos, Presidente

Dilma (PT) - 4.323 votos.

Eleições 2010

Canafístula é tetra em Nova Russas

Independência intensifica ações de combate ao mosquito da dengue

Guarda municipal atua na fiscalização do trânsito de Nova Russas

Equipe do Canafístula levanta mais uma vez o título do Campeonato Martmag de Futebol 2010.

Agente pulverizando ambiente contra o mosquito

Teresinha de Jesus, primeira dama e secretária de Assistência Social

Mães participantes do Programa de Atendimento às gestantes

Prefeito Marcos Alberto no ato de entrega das motocicletas

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7Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010 Página

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RegionalInforme Publicitário Monsenhor Tabosa

Merecida premiação

“Na minha vida, falta tragédia, falta drama. Por exemplo, eu nunca broxei”ZiraldoCartunista e escritor

Monsenhor Tabosa e mais 10 municípios da região dos Inhamuns receberam, através do PARISC, a Certificação de Eco-eficiência Ambiental conferida pela Organização ICID + 18, responsável pela 2ª Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regi-ões Semi-Áridas. A ICID+18 foi realizada em Fortaleza no

período de 16 a 20 de agosto de 2010 e reuniu representes de cerca de 100 países. Valdir Coutinho presidente do PA-RISC fala que à premiação recebida pelos municípios foi justa e merecida, em primeiro lugar pela coragem de cada município em se inscrever e participar do Pacto, depois, por que cada um dos 11 municípios realmente fez al-

guma coisa a mais e de forma respeitosa estão contribuindo para a melhoria da sustenta-bilidade ambiental.

Além de Monsenhor Ta-bosa, receberam a certifica-ção os seguintes municípios: Independência, Acopiara, Quiterianópolis, Tauá, Arnei-roz, Aiuaba, Parambú, Novo Oriente, Pique Carneiro, Crateús e Catarina.

A cidade de Monsenhor Tabosa sediou a VX As-sembléia Ordinária do Pacto Ambiental dos Inhamuns Sertões de Crateús - PARISC. O evento aconteceu no dia 24/09/2010, no auditório do CRAS, e contou com a participação de prefeitos da região, secretários munici-pais e diversas entidades que apóiam as ações do Pacto. A cerimônia foi aberta ofi-cialmente pelo presidente

do Pacto Ambiental, Valdi Coutinho, prefeito de In-dependência. Além de pre-feituras, o Pacto conta com apoio e parceria de outras instituições: universidades ce-arenses, fundações da região, federações, da EMATER-CE, SEMACE, SEBRAE, Sindicatos Rurais, Ministério Público, DENOCS, EM-BRAPA, MDA e IBAMA.

Durante o evento foram abordados temas importantes

como: coleta seletiva do lixo, lixões, aterros sanitários con-sorciados, reflorestamento, resíduos sólidos, etc. Des-taque para dois projetos de sustentabilidade ambiental: Projeto Aduba Sertão, de-senvolvido no município de Independência e o projeto Palma Forrageira Adensada, implantado e desenvolvido no município de Monsenhor Tabosa.

Monsenhor Tabosa recebe certificação internacional

Prefeito de Independência, Valdi Coutinho, ao lado do prefeito José Souto, de Monsenhor Tabosa abriu a XV Assembléia do Pacto Ambiental do Inhamuns e sertões de Crateús.

Prefeito José Souto exibe certificado de premiação

Artigo Frei Betto

Se votares nas reformas de que o Brasil tanto necessita, não serão os eleitos que te agradecerão, e sim os teus filhos e as gerações futuras.

Nas Eleições deste ano, não te submetas ao desen-canto, à inércia, à frustração, fraudando o teu voto como moeda sem valor. Amesqui-nhar o voto é abrir ainda mais espaço à corrupção, ao caudilhismo e à tirania e rejeitar a democracia como meio legítimo e pacífico de conquistas sociais.

Nas eleições deste ano, não te iludas com o marketing que aplica aos candidatos um arsenal de cosméticos capaz de torná-los todos simpáti-cos, confiáveis, dispostos ao mais imaculado desempenho caso se elejam. Nem te deixes enganar pela retórica dos palanques, das promessas enganosas, das frases de efeito, dos compromissos tão altruístas quanto os de quem dá esmolas para se ver livre dos pedintes. Investiga teu candidato, conhece-lhe os atos, as idéias, a vida pre-gressa e, sobretudo, a ética de suas atitudes e escolhas.

Nas eleições deste ano, não te deixes saturar de nojo pela política e de repúdio às insti-tuições, pois são elas que nos permitem o acesso a direitos, liberdade e cidadania sem trilhar a sofrida via do con-flito armado, do terrorismo, da quebra da convivência democrática.

Lembra que todos os de-talhes de tua vida resultam da qualidade da política que predomina no país: o alimen-to que ingeres, o transporte que utilizas, o salário que re-cebes, a cultura que respiras, a segurança de que desfrutas. Se a política serve à maioria, reduzem-se as desigualdades sociais, o desemprego, a violência, a miséria e a fome. Pois tudo isso é provocado pela política que serve à

minoria, privilegia o sistema financeiro e os credores da dívida pública, favorece a ganância dos oligopólios e o estéril gigantismo do lati-fúndio.

Tomara que os teus candi-datos sejam pessoas imbuídas dessa ousada visão humanis-ta que forjaram Tiradentes, padre Cícero, Chico Mendes, irmã Dulce, Francisco Cân-dido Xavier, Betinho, dom Luciano Mendes de Almeida e todos aqueles que tomba-ram sob a ditadura militar em defesa da democracia.

Nas eleições deste ano, não te deixes embalar pelo entusiasmo fácil, pelas frases de efeito em vinhetas televisi-vas, pela música envolvente, pelo discurso enfático. Nem permitas iludir-te por im-pressões superficiais.

Debate com teus amigos, lê análises, convoca candi-datos e partidos à sabatina, reflete, tem clareza do pro-jeto de nação que alimenta teus sonhos. Se te mantiveres indiferente e repudiares a campanha, outros haverão de escolher por ti, e pode ser que elejam quem haverá de contrariar teus direitos e anseios.

Nas eleições deste ano, avalia o teu município, o teu Estado, a tua nação. Do que necessita nosso povo? O que macula nossos direitos de cidadania?

Quais as causas do desem-prego, da fome, da miséria, da violência e das drogas? Por que metade das crianças que chegam à quarta série é analfabeta? Por que o peso dos impostos, a falta de moradia e saneamento, de saúde e educação? Quem elege os políticos corruptos? Seja o teu voto expressão de tua fome de justiça, de teu respeito pelos direitos humanos, de teu projeto de Brasil independente, livre de discriminações e injustiças.

Nas eleições deste ano,

não cometas o erro de dar teu voto a quem defendeu a ditadura, meteu a mão no dinheiro público e jamais beneficiou os que labutam arduamente pela sobrevivên-cia. Nem aos arrivistas, aos alpinistas sociais e aos que multiplicam seu patrimônio familiar à custa do poder público.

A depender de teu voto, pode ser que, na próxima eleição, o Brasil esteja mais endividado, aviltado, confli-tado e colonizado. Mas pode ser que se aprimore o espaço democrático, robusteça-se a cidadania, ampliem-se a participação popular e o controle da sociedade sobre o poder público.

Nas eleições deste ano, se for nulo o teu voto, nula serão também as tuas quei-xas e estarás condenado à amargura cívica. À margem do processo político, teu protesto inócuo haverá de favorecer aqueles que me-recem ser banidos da vida política. À tua omissão elei-toral agradecerão os que se locupletam com recursos públicos e promovem tráfico de influências, nepotismo e maracutaias.

Contudo, se votares nas re-formas de que o Brasil tanto necessita, como a agrária, e na redução do desemprego e na conquista do desenvol-vimento sustentável, com plena soberania nacional, não serão os eleitos que te agradecerão, e sim os teus fi-lhos e as gerações vindouras, pois por elas e nelas estarás votando.

CARLOS ALBERTO LI-BÂNIO CHRISTO , o Frei Betto, 62, frade dominicano e escritor, é autor de, en-tre outras obras, “A Mosca Azul - Reflexão sobre o Poder”. Foi assessor especial da Presidência da República (2003/2004).

Valoriza o teu voto

“Nossa regulamentação de radiodifusão é de 1962, quando eram poucas as pessoas que tinham TV, e celular não existia nem em sonho”Franklin MartinsMinistro da Secretaria de Comunicações, sobre a idéia de se criar um órgão de auto-regulamentação para o setor no Brasil

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Crateús - Ce

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8 Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010Página

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Cidade

A solenidade de inaugu-ração do novo prédio da Câmara Municipal de Tam-boril ocorreu na noite do último dia 7, quando estive-ram presentes o presidente da Câmara, vereador Ramiro Júnior,o prefeito Jeová Mota, os vereadores Pedro Calixto, Roseângela, Bibi, Giovane, Venceslau, Pitotô, lideran-ças políticas locais e vários presidentes de câmara da região, convidados e pessoas do povo.

A solenidade teve início com o hasteamento da ban-deira. Em seguida, houve o descerramento da placa inaugural e uma apresentação cultural de um grupo de flau-tas. As dependências da nova sede ficaram completamente lotadas.

O novo prédio da Câmara de Tamboril leva o nome do pai do atual presidente Rami-ro Junior. Abrindo a sequên-cia de falas a representante do homenageado, Gláucia Teixeira, expôs a alegria da família pela homenagem. A Câmara de Tamboril hoje denominada de Edifício José Ramiro Teixeira Jorge car-rega a marca de um homem que foi um idealizador e um exemplo de força e determi-nação. Essas características estão imbricadas nos parla-mentares que compõem o

Poder Legislativo.O prefeito de Tamboril

Jeová Mota parabenizou o povo de Tamboril pela con-quista da nova sede do Poder Legislativo. Ele enalteceu a iniciativa do vereador Ramiro Júnior pela realização da obra e parabenizou os parlamen-tares que, a partir de agora, passam a ocupar uma sede que faz jus ao respeito e a dignidade dos vereadores que integram a Câmara Municipal de Tamboril.

Jeová lembrou a emoção que sentiu quando de sua posse como prefeito naquela Casa, em 1º de janeiro de 2005, quando se investiu da alta honraria a que pode as-pirar um homem do povo e filho da terra. Destacou que naquele momento falava aos parlamentares como um se-meador de sonhos e hoje era capaz de reconhecer no rosto de cada um dos presentes que sua luta não foi em vão. As sementes foram plantadas e hoje os frutos começam a aparecer e, juntos, Poder Executivo e Poder legislativo caminham para atender um chamado do destino para construir um Tamboril mais justo e igualitário.

O presidente da Câmara Ramiro Junior falou do sen-timento de gratidão a todos que contribuíram direta ou

indiretamente para concre-tização daquele sonho de uma nova sede para o Poder Legislativo. As instalações são amplas e modernas para melhor servir a população. Sempre foi esse o nosso pro-pósito e vai continuar sendo, enquanto exercermos cargos públicos.

Ramiro fez referências aos vereadores de Tamboril que trilharam caminhos difíceis antes de chegarem àquele momento de festividade. Por isso, fez questão de ho-menagear, de forma solene, Félix Farias, Antonio Mota, Francisco Araujo Filho, João Pereira Torres, Alexandre Martins de Holanda, Fran-cisco Martins de Holanda, Anastácio Gomes Cavalcan-te, Cirilo Custódio de Sousa e José Jorge de Sousa que foram verdadeiros pilares da democracia de Tamboril e ajudaram a construir a sua história. Ramiro Junior agradeceu a Deus, à família e ao prefeito Jeová Mota, pelo apoio em todas as horas, aos seus pares e, principalmente, ao povo de Tamboril, por acreditar no seu trabalho. Fi-nalizou seu discurso dizendo que as palavras convencem, mas o exemplo arrasta mul-tidões.

A Secretaria de Educação de Crateús, que tem à frente a professora Aurineide Aguiar, vem investindo sistematicamente na qualifi-cação de seus profissionais e na implantação e execução de vários projetos educacionais entre os quais o projeto “Biblioteca Itineran-te como Espaço de Lazer”. Este projeto tem como objetivo o acesso à linguagem escrita a todos os leitores de diferentes idades, com interesses distintos e que procuram a leitura por motivos diversos. A missão é a de cultivar o hábito da leitura. O bibliotecário é um cupi-do para fazer alunos e livros se enamorarem. Este projeto tem atualmente a participação de 17 escolas, onde acontece: contação de história, jogos educativos, produção de texto, entre outras atividades.

A Secretaria de Educação de Crateús, juntamente com as secretarias dos municípios de Ararendá e Novo Oriente, estão promovendo o Curso de Formação Executivos da Educação, uma proposta de estudo sobre gestão edu-cacional pautada em ações democráticas e sustentáveis. O Curso é ministrado por

técnicos do Conselho Esta-dual de Educação. A primeira etapa teve início no dia 20 de maio de 2010 e será con-cluída no dia 2 de dezembro próximo.

A proposta de estudo, que é realizada quinzenalmente, destina-se a formar diretores escolares nos três municípios, com ênfase nas seguintes

temáticas: 1) Escola no con-texto contemporâneo; 2) A Educação e o gestor escolar; 3) Meio ambiente; 4) Intera-ção, escola, família e comuni-dade; 5) Currículo, contexto e concepção; 6) Gestão edu-cacional e suas dimensões no contexto escolar; 7) A pessoa no contexto escolar.

O PAIC tem o objetivo de alfabetizar todas as crianças do Estado do Ceará na idade certa. Este programa con-templa os 184 municípios do Ceará e, em Crateús, atende turmas da educação infantil ao 2º ano, no total de 238 turmas.

Em parceria com o Gover-no do Estado, a Secretaria

de Educação do Município participa de Encontros com formadores e multiplica esses encontros realizando planeja-mentos e formações mensais com os professores da rede municipal. Esses encontros promovem momentos de estudo, discussões, planeja-mentos e ações para melhoria dos trabalhos pedagógicos

a serem realizados em salas de aula, cuja meta é alcançar resultados satisfatórios em relação à aprendizagem dos alunos.

As últimas formações fo-ram realizadas no mês de setembro, envolvendo 212 professores. Outras forma-ções estão agendadas para este mês de outubro.

Neste projeto, o computa-dor entra como ferramenta tecnológica. Ele está pre-sente em 19 escolas públicas municipais. Os alunos são inseridos na Informática com noções básicas e avançadas, nos mais diversos programas que o micro disponibiliza. O

aprimoramento acontece no contra-turno com educadores capacitados que têm acom-panhamento da Secretaria de Educação e participam de uma formação continuada mensal. Neste projeto os resultados são visíveis, bem como é visível também a

aceitação pelo público aten-dido. Não há idade específica para o estudo. A comunidade escolar é motivada a partici-par. Em destaque, é possível citar o PAPI – Programa de Atendimento à Pessoa Idosa com Inclusão Digital.

Câmara Municipal inaugura nova sede

Secretaria investe na qualificação de profissionais

EDUCAÇÃOTAMBORIL

Inclusão digital

PAIC – Programa Alfabetização na Idade Certa

Executivos da Educação

Secretaria Aurineide Aguiar comanda umas das mais importan-tes secretarias do município - a da Educação

Presidente da Câmara Ramiro Júnior descerra placa de inauguração da nova sede do Legislativo de Tamboril

Gláucia Texeira fala representan-do o homenagiado José Ramiro Teixeira Jorge

Prefeito Jeová Mota parabenizou o povo de Tamboril pela conquista da nova sede do Legislativo Municipal

Vereador-presidente Ramiro Júnior ex-terna o sentimento de gratidão a todos que contribuiram para construção da nova sede da câmara municipal

A família Campelo Bezerra foi abalada pelo falecimento da matriarca Raimunda Campelo Bezerra (Mundinha Campe-lo)(foto), no último dia 6, em Brasília, onde residia com a maioria de seus filhos. Natural de In-dependência, Dona Mundinha era viúva de João Amaro Be-zerra (João Coleta), com quem teve 11

filhos, e contava 96 anos. Partiu em plena lucidez, rodeada pelo carinho familiar. Por muitos anos residiu em Crateús, onde foi professora e onde nasceu a maioria de seus filhos. Em Brasília as-sistiu à ascensão da imensa prole e ao destaque de sua família na Capital Federal.

São seus filhos Luiz Valdir, José Vanlôr, An-tônio Valmir, João Estenio, Carlos, Evandro, Valdira, Tereza, Telma, Eliane e Kátia. Além de seus 11 filhos (todos vivos), Dona Mundinha deixa 36 netos, 42 bisnetos e 9 tataranetos.

Aos 100 anos incompletos (fal-taram-lhe quatro meses), faleceu Vicente Américo Magalhães, natu-ral de Cajazeiras, na Paraíba. Seu passamento ocor-reu na cidade de João Pessoa, ca-pital desse estado, onde estava resi-dindo, no dia 27 de setembro último. Vicente Américo

morou em Crateús por 42 anos e aqui explorou o ramo de hotelaria e de padaria. Era casado com Valdelice Moreira Magalhães, que deixa viúva, e com quem teve os filhos José Américo Moreira, João Américo, Anacleto, Cândida, Maria do Socorro, Eridan e Daniel, que lhe deram 11 netos e quatro bisnetos. A morte de Vicente Américo Magalhães foi pranteada não apenas pelos seus familiares, mas por grande quantidade de amigos que deixou em Crateús e no Estado da Paraíba.

Notas de Falecimento

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CidadeO Sebrae/CE em parceria

com o Prefeitura Municipal de Crateús e o Banco do Nordeste, realizou de 07 a 09 de outubro a XXIII FENE-CRAT, com o tema GERAN-DO OPORTUNIDADES NO SERTÃO.

Este evento que já é suces-so superou os resultados da última feira. A edição 2010 da FENECRAT contou com mais expositores e maior diversidade de produtos em exposição.

Os visitantes puderam comprovar as melhorias da estrutura física do evento, o aumento da área de circu-lação e área total da feira, tudo para maior conforto e mobilidade, de visitantes e expositores nesta feira que já se consolidou como grande vitrine empresarial da região, e agora insere definitivamente a cidade de Crateús no roteiro comercial do Estado.

Uma das propostas desta edição da FENECRAT foi o resgate do importante papel da produção artesanal da região, através da Ilha do Artesanato como destaque do evento. E comprovando a vocação multisetorial da feira, aconteceram paralelamente ao evento principal, as mini-feiras da AGRICULTURA FAMILIAR e do AGRONE-GÓCIO.

A FENECRAT trouxe ain-da a empresários e ao público em geral, o projeto SUPER-MERCADO CONCEITO, onde os visitantes puderam conhecer o funcionamento padrão de um supermerca-

do, montado num espaço de apenas 78 m². Neste projeto foi possível ao público conhe-cer as principais tendências de inovação do segmento varejista. Além de conhecer a loja, os visitantes puderam usufruir do atendimento de consultoria especializada em varejo, que forneceu os dados a todos os interessados em empreender no setor ou mo-dernizar o seu negócio.

As atrações culturais tam-bém deram um brilho espe-cial ao evento, que procurou, em sua abertura, prestigiar os movimentos sócio- culturais da região. O público pode conhecer melhor o trabalho desenvolvido pela equipe da Escola Padre Bonfim, que apresentou o Coral Infantil Vozes da Esperança, cantan-do o Hino de Crateús, entre outras canções. O Balé Carlo-ta Colares também abrilhan-tou a Fenecrat, com belíssima apresentação de suas bailari-nas. Ainda no primeiro dia da feira o público pode conferir na pauta cultural do evento, o projeto do Ponto de Cultura da Associação Ribuliço Eco-art, numa apresentação lúdica

e empolgante, que uniu mú-sica, circo e consciência am-biental. Nos demais dias de feira, a pauta cultural trouxe Silvio Holanda e os alunos no Projeto AABB Comunidade, em apresentação musical e o lançamento da banda DE-GRAU, com seu estilo que mescla MPB e Pop Rock.

O tradicional desfile de moda também prendeu a atenção do público, que pode conferir o que há de melhor em roupas e acessórios na região, através do casting da Vogue Models.

E em seu encerramento a FENECRAT, mais uma vez escolheu a Garota Fenecrat, que representa a simpatia e a beleza das mulheres da região.

A festa de encerramento ocorreu na Cabana Mendes, que este ano trouxe a dupla sertaneja Rodrigues e Rami-res, para abrilhantar a festa.

A FENECRAT 2010 cer-tamente foi sucesso e nos deixa a todos com excelentes expectativas para a edição 2011 (Colaborou Leiliane Rodrigues Almeida - analista técnica).

Não consegui lhe ver, mes-tre Araújo, naquela urna cheia de pétalas brancas. Apurei mais a vista. Prestei mais atenção. Não. Você não estava ali. José Araújo de Castro nasceu em Crate-ús e disso ele se orgulhava. Falava do Rio Poti com ter-nura e medo. Lembrava as cheias, quase levando tudo. E a fartura que espalhava pelo sertão. Depois a cidade grande, Fortaleza, onde veio tentar a vida. Sempre morou no bairro de Otávio Bonfim, junto aos frades franciscanos. Pouca gente sabe, mas a raiz mais profunda era a fé cristã. Se ele não estivesse em casa, era porque tinha saído para alguma reunião ou rezar na Igreja de Nossa Senhora das Dores.

Mas sua grande paixão mesmo era a família. A es-posa Maria dos anjos que ele chamava carinhosamente de “minha nega”. E, amor quase igual, à filha Ana Paula. Os olhos do homem brilhavam quando falava da carreira extraordinária da filha como advogada e professora uni-versitária. Com a esposa, trocava conversas e escon-dia as doenças. Não queria preocupá-la.

O sentimento público o fez político. Ganhou todas as eleições em que se apresen-tou como candidato. Vinha dos tempos da resistência democrática, o Modebra. Na época, ele não podia se mani-festar brizolista. Dava cadeia. Depois, criado o PDT, foi pioneiro no Ceará. Tornou-

se o eterno secretário geral. Conhecia toda a estrutura do partido e toda a legislação eleitoral. Por extrema modés-tia, preferia agir nos bastido-res, sem arrogância.

Nunca largou o bastão. Vi-rou símbolo do partido. Mas o tempo foi enfraquecendo o corpo/carcaça do velho mili-tante. O PDT foi perdendo o ímpeto, virando uma sigla de aluguel. Isso jamais abalou as suas convicções. Estava sem-pre encontrando alento para resistir e não se entregar.

Mestre, em verdade, eu não lhe vi ali, naquele caixão. Não é possível... Um homem como você não morre, se en-canta. As sementes são feitas para gerar o amanhã.

Sebrae realiza a XXIII FENECRAT

Um guerreiro não morre

Representando o prefeito Carlos Felipe, Romildo Marçal faz a abertura da XXIII FENECRAT

Banda Degrau faz show no estilo MPB e pop rock

Belas modelos desfilaram na passarela da XXIII FENECRAT

Foto

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Artigo Antonio Mourão Cavalcante

“Erramos todos nós. Quem mais duramente sabe disso é Lula. Ele, o nosso campeão, o mais popular dos nossos quadros, nunca ganhou eleição no 1º turno”Ciro GomesSobre votação de Marina e se Lula articulou para ele não ser candidato

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CidadeO EMPRETEC é um

programa que foi concebido pelas Nações Unidas, baseado em uma série de pesquisas com empreendedores de sucesso de diversos países. Hoje, o programa existe em 32 países e no Brasil é realiza-do pelo SEBRAE em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvi-mento (PNUD) estando em operação no País há mais de 15 anos.

É um seminário voltado para atuais e futuros empre-sários e tem como objetivo estimular e desenvolver as características individuais do empreendedor através de uma metodologia vivencial especialmente desenvolvida para este fim.

Sua abordagem se dá pelas 10 características empreen-dedoras (CCEs) que são: Busca de oportunidades e iniciativa, Persistência, Com-prometimento, Exigência de

qualidade e eficiência, Correr riscos calculados, Estabele-cimento de metas, Busca de informação, Planejamento e monitoramento sistemático, Persuasão e rede de contatos, Independência e autocon-fiança.

O Empretec tem como objetivo proporcionar aos participantes uma avaliação franca e completa de seu potencial empresarial: refor-çar a tendência e habilidade do empresário para detectar oportunidades de negócios; estabelecer metas desafiado-ras; melhorar sua eficiência; aumentar seus lucros em situações complexas; satis-fazer seus clientes; fornecer produtos e serviços de alta qualidade; utilizar múltiplas fontes de informação; desen-volver planos de negócios; formar e sustentar decisões frente a adversidades; calcular e correr riscos; aumentar seu potencial pessoal; adaptar-se a

mudanças rápidas e a incerte-zas; reforçar a autoconfiança dos participantes; dar apoio e assessoramento aos partici-pantes na implantação de seus planos de negócios.

A capacitação EMPRE-TEC será promovida pelo SEBRAE de Crateús, e acon-tecerá no período de 08 a 13 de novembro de 2010.

INFORMAÇÕES GERAISPara a inscrição e pré-se-

leção o candidato deverá preencher ficha de inscrição no Sebrae de Crateús.

Rua Padre Mororó (Prox ao terminal Rodoviário)

(88) 3691-2060

O goleiro Bruno Fernandes de Souza e a ex-namorada Fernanda Gomes de Castro voltaram a passar mal dia 06, durante a audiência judicial em Vespasiano (região metro-politana de Belo Horizonte). A sessão, acompanhada pelos acusados de envolvimento no desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-amante, de Bruno, foi presidida pela juíza Ana Paula Ferreira de Freitas.

Fernanda reclamou que estava sentindo falta de ar e pediu para deixar a audiên-cia. Bombeiros constataram que ela estava com a pressão baixa. Após ser medicada, ela retornou à sala da juíza.

Bruno também enfrentou problemas e reclamou de mal-

estar. Ele pediu para deixar a sala e foi ao banheiro, onde vomitou. Atendido pelos bombeiros, ele confirmou que está tomando antidepressivos e que tem se alimentado pou-co na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Ele disse que tem pouco apetite

e parou de se exercitar.Anteontem, pouco antes de

outra audiência em Ribeirão das Neves, Bruno passou mal, desmaiou duas vezes e foi submetido a exames no hospital João 23, em Belo Horizonte. (das agências de notícias)

Dentro dos projetos es-tratégicos estipulados para o 40° Batalhão de Infantaria de Crateús, “Guardião do Berço de Sampaio” foi inau-gurado, dia 01 deste, a Sala de Comando e Controle, possibilitando maior acom-

panhamento das frações empregadas na Operação Eleição 2010.

Na oportunidade, o Co-mandante da Unidade, Cel. Erasmo de Albuquerque Souza Filho, salientou a im-portância da existência, numa

estrutura como a do 40º BI, de equipamentos focados para a missão, bem como a concentração de informa-ções operacionais imposta pelo Comandante da 10ª Região Militar.

Na manhã de sábado, dia 02 de outubro, a tropa do 40º BI deslocou-se para o município de Fronteiras, no Estado do Piauí, a fim de dar

cumprimento ao chamado da Justiça Eleitoral, para garan-tir a eleição e a votação nos municípios de Alegrete do Piauí, Pio IX, São Julião e

Caldeirão Grande do Piauí. A tropa, adestrada e preparada, cumpriu a missão constitu-cional.

“No Brasil de hoje todo cidadão é considerado culpado até demonstrar, de forma insofismável, a sua capacidade de suborno”Millôr Fernandes – Humorista

SEBRAE promoverá o EMPRETEC em Crateús

Goleiro e ex-namorada passam mal

40º BI inaugura sala de comando e controle

Operação Eleições 2010

Se Serra ganharEnfrentei uma campanha

dificílima no meu estado, concorrendo contra todos os partidos e todas as máquinas e o presidente da República

pessoalmente. Perdi as elei-ções, mas faço declaração do fundo do meu coração. Não tenho nem um pouco de demagogia. Se José Serra ganhar a Presidência, me

sinto mais vitorioso do que se tivesse ganhado o Senado Federal. Pelo Brasil. (Tasso Jereissati – Candidato derro-tado ao Senado)

Fala MarinaQuem estiver oferecendo

cargo não entendeu nada do que as urnas disseram. As pessoas que votaram na gente

têm uma coisa de postura, de valores que foi identificada. Isso deve ser mantido como referencial. Nós sabemos que esse movimento é maior

do que nós. Não podemos nos apequenar. (Marina Sil-va – Candidata derrotada à Presidência)

A falta de TassoDepois de ter trabalhado

por muitos caminhos e em todos os portos para derro-tar Tasso Jereissati no Ceará, Ciro Gomes disse que ele “fará falta”.

Entre 1980 e 2002 a família Ferreira Gomes, poderoso clã de Sobral, governou a cidade em cinco ocasiões. Tasso desmunicipalizou os

Gomes e abriu caminho para que Ciro governasse o Esta-do. Em 2006 seu irmão, Cid, foi para a cadeira, reelegen-do-se no dia 3. Com isso, os Ferreira Gomes acumularam, pelo voto, uma proeminên-cia na política cearense só comparável à das famílias da República Velha. O deputado federal mais votado do Ceará, com 246 mil votos e 22 anos,

é o filho do vice-governador eleito e atual presidente da Assembléia Legislativa. Atrás dele veio José Nobre Guima-rães, do PT, nacionalmente famoso desde 2005, quando um de seus assessores foi preso com R$ 200 mil numa mala e US$ 100 mil na cueca. Ciro Gomes tem razão, Tasso fará muita falta. (Elio Gaspari – Jornalista)

Rolo compressorO que soou deslocada,

partindo do senador, foi a explicação que ele deu para a sua derrota. Queixou-se do

rolo compressor governista. Claro que isso não é um ne-gócio bonito de se ver, mas o engraçado é que ninguém ou-viu Tasso Jereissati reclamar

quando era ele que pilotava a patrol. (Plínio Bortolotti – Jornalista)

Revogando o povoSó agora o TRE de São

Paulo, interessado em favore-cer alguma legenda, descobre que Tiririca é analfabeto e quer anular o voto de mais de um milhão de brasileiros que o sufragaram nas urnas. Ale-gam que é analfabeto, pode

trabalhar, pagar impostos, não pode votar. Por que só agora descobriu isso? Para desmoralizar os eleitores? E Paulo Maluf que obteve meio milhão de votos? E Jáder Barbalho que conquistou votação para ser senador? Só agora a Justiça Eleitoral

descobriu que é inelegível? Muito rápida, né? Por que não fez tal descoberta antes do pleito? É porque quer menosprezar o voto popular? Não dar para entender nem aceitar. (Lustosa da Costa – Jornalista)

MarquetômetroPara quem tem interesse

em medir a taxa de empulha-ção que separa o que Nosso Guia diz na televisão e aquilo que realmente acontece em seu governo:

As famílias de 18 militares brasileiros que morreram enquanto serviam ao País du-

rante o terremoto de janeiro no Haiti não receberam, até hoje, um ceitil do que Lula prometeu. Seriam R$ 500 mil de indenização para cada viúva e R$ 510 mensais para cada filho em idade escolar. Na semana passada, nove fa-miliares de militares mortos no Haiti entraram com uma

ação na 15ª Vara Federal de Brasília contra a seguradora do Bradesco e a Fundação Habitacional do Exército para que lhes seja pago um seguro por morte em serviço e não por causas naturais. (Elio Gaspari – Jornalista)

Marina, morena, você encantou

Queria muito que Marina se lembrasse da prática e do discurso do PSDB que dominaram toda a cena eco-nômica da década de 90. Máxima valorização do ca-pital financeiro e estrangeiro, olhares postos no altar do mercado externo; desprezo por programas sociais de

distribuição de renda direta, porque o Estado precisa passar ao largo do povo; ser-viço público jogado às traças sem contratação, porque o funcionário público era visto como um vírus.

Nos últimos dias tenho pensado sinceramente que a nossa política é tão deficiente que a gente não pensa nos políticos como defensores de idéias que se transfor-

mam em práticas políticas, econômicas e sociais na hora de governar. O encanto que Marina despertou em tanta gente, inclusive em mim, não pode agora evaporar. Seria oportuno e muito bom que ela dissesse logo em qual dos projetos de governos passou a se identificar. A Marina sabe que não existe neutra-lidade na política. (Regina Ribeiro – Jornalista)

Voto e religiãoMisturar religião com po-

lítica é encrenca. Em 1932, a seção cearense da Liga Elei-toral Católica transformou-se em partido político e conse-guiu eleger a maior bancada de deputados federais pelo Estado. Seu slogan, criado

por um padre, era o seguinte: “Um voto para a LEC é um voto para Jesus Cristo”. Dois anos antes, autorizado pelo bispo de Fortaleza, o padre assumira a direção do setor de educação da Ação Inte-gralista Brasileira no Ceará. A AIB era um movimento

nacional, inspirado no regime fascista de Mussolini. Ele se chamava Hélder Câmara e mais tarde viria a ser o pon-tífice do clero de esquerda brasileiro. (Elio

Gaspari – Jornalista)

“Há remédios que não fazem efeito no dia seguinte. Você toma um antibiótico e às vezes tem que tomar uma semana para que tenha efeito”Guido MantegaMinistro da Fazenda, sobre a valorização do real frente ao dólar mesmo depois do aumento do IOF

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GeralRio de Janeiro. O presi-

dente Luiz Inácio Lula da Silva disse acreditar que boa parte dos votos dados à can-didata derrotada do PV, Ma-rina Silva, serão transferidos para Dilma Rousseff (PT) no segundo turno. Para Lula, os eleitores deixaram claro que querem uma mulher na presidência da República, pelo fato de que Dilma e Marina, somadas, tiveram 67% dos votos válidos.

Elogios Ele elogiou Marina, a quem

se referiu como uma “compa-nheira extraordinária”, e disse entender que a senadora ainda vai demorar um tempo para tomar posição em relação ao segundo turno.

“Convidei a Marina para ser minha ministra, e ela saiu quando quis. Entendi isso, assim como entendi quando ela quis sair do PT”, afirmou, após participar da expansão do Cenpes (Centro de Pes-quisas da Petrobras).

Lula, no entanto, não men-cionou se vai pedir o apoio de Marina. Sobre a polêmica em torno da posição de Dilma na questão do Aborto, Lula disse

que é comum haver jogo sujo na reta final de campanha.

“Sofri isso em 89, o sub-mundo da política é assim“, observou o presidente, ao lembrar as acusações feitas pelo então adversário Fer-nando Collor, de que teria proposto um aborto para uma antiga namorada. Lula reiterou que Dilma é con-traria ao aborto, e ressaltou que essa posição ficará ainda mais explícitada na campa-nha. Questionado sobre a intenção de o PSDB expor o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula dis-se apoiar a medida. Para ele, isso vai servir para que haja

uma comparação entre seu governo e o de FHC, neste segundo turno. O presidente disse que pretende participar ativamente da campanha de Dilma, e que o segundo turno é positivo para a consolidação das propostas.

“Agradeço por duas coisas na minha carreira: não ter ganho em 89, e ter ido para o segundo turno em 2006. Se ganho no primeiro turno, com 51 % dos votos, sempre ia ter uma contestação. Foi importante ir para o segundo turno e ter uma maioria mais expressiva, “ complementou o presidente.

O prefeito do município de Santa Quitéria, Francisco das Chagas Magalhães Mesquita, e o vice-prefeito, Eduardo Sobral Monte e Silva, tiveram os mandatos cassados pelo Pleno do Tribunal Regional eleitoral na sessão do dia 05 de outubro de 2010, no julgamento de um recur-so contra a decisão do juiz eleitoral do município que julgou procedente uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME).

Na sessão do dia 08 de setembro, o juiz relator do processo, Jorge Luís Girão

Barreto, votou pelo improvi-mento do recurso do prefeito e vice-prefeito, cassando os mandatos por suposta com-pra de votos, com apreensão de dinheiro. O voto do relator foi acompanhado pela desem-bargadora Edite Bringel e pe-los juízes Francisco Luciano Lima e Raimundo Nonato Silva Santos. Na ocasião, o juiz Cid Marconi pediu vista.

Na sessão do dia 05 de ou-tubro, Marconi acompanhou o voto do relator, negando provimento ao recurso. O juiz Tarcísio Brilhante proferiu um voto divergente, dando

provimento ao recurso, mas foi voto vencido, sendo o re-sultado do julgamento cinco votos contra um.

A Corte decidiu, então, por maioria, pelo improvimento do recurso, mantendo a des-continuação dos mandatos de Chagas e Monte e Silva, dos cargos de prefeito e vice-prefeito, respectivamente, declarando–os inelegíveis pelo prazo de oito anos e or-denando a posse do presiden-te da Câmara Municipal, até que se realize nova eleição e os eleitos sejam empossados, posteriormente.

Entre janeiro e setembro deste ano, o Programa de Mi-crocrédito Produtivo Orien-tado Urbano (Crediamigo) contratou mais de 1,1 milhão de empréstimos junto a mi-croempreendedores da área de atuação do Banco do Nordeste do Brasil (BNB). Isto significa uma injeção de R$ 1,4 bilhão na economia informal da região, segundo a instituição. Foi divulgado também que o programa atingiu a marca de R$ 614,3 milhões, representando um

crescimento de 47% nos últi-mos 12 meses.

A Inadimplência global do Crediamigo também caiu. Era de 1,16% em dezembro de 2009 e reduziu 1% em setembro deste ano.

O Crediamigo possui 671.074 clientes ativos. A meta do BNB é ter um mi-lhão de clientes na carteira ativa em 2011. O programa também pretende atingir, ainda este ano, 18,4% do mer-cado elegível de microcrédito nordestino, composto por

3,9 milhões de pessoas. Para alcançar este objetivo, o BNB tem apostado na inauguração de novos postos de atendi-mento e na ampliação de sua área de atuação, incluindo as cidades de São Gonçalo (RJ), e de Vitória (ES). Conhecido como o maior programa de microcrédito produtivo orientado da América do Sul, o Crediamigo já desembolsou R$ 9,1 bilhões para microem-preendedores nordestinos, desde 1998.

Lula: Dilma herdará votos

Prefeito tem mandato cassado

Crediamigo cresce 47% em 12 meses

Artigo

Artigo

Kamila FernandesJornalista

Walter GomesJornalista

O jogo político implica sempre a existência de vito-riosos e derrotados, assim como todo jogo. E o resul-tado geralmente é determi-nado não pela qualidade do time, mas pelas articulações construídas ao longo do tempo, com uma tendência a fortalecer quem já tem força e a enfraquecer os já fracos. Tasso Jereissati (PSDB) se beneficiou dessa lógica du-rante 24 anos -, período em que deteve o poder não só do Governo do Estado, como um ótimo trânsito no governo federal, mas também de grande parte das prefeituras no Ceará, tendo na oposição apenas um PT minúsculo, cujo poder de ação se restringia pratica-mente a Quixadá e Icapuí. Só que, como tudo na vida, o poder nasce, cresce, chega

a seu auge e se retrai, dando lugar a um novo grupo po-deroso, que necessariamente passa pelas mesmas fases. E é esse momento histórico que presenciamos no Ceará hoje: o ocaso de Tasso e seu grupo e o surgimento de outro, bastante heterogêneo, mas que tem como cimento a liderança de Lula.

Esse resumo, contudo, não deve servir para apagar tudo o que foi construído ou destruído nesse passado recente. Pelo contrário. É um momento em que inclusive os méritos desse líder que sai de cena agora devem ser re-vistos – como o rompimento com um certo patriarcalismo arcaico que ocupava todos os espaços possíveis do gover-no, um emprego de um olhar mais profissional às relações do serviço público, a criação

dos agentes de saúde e de obras importantes como o Castanhão, o Porto do Pe-cém, a eletrificação rural pro-piciada pelo Projeto São José. Ah, mas Tasso é “coronel”, é autoritário, não dialogou com os movimentos sociais e ignorou demandas como a dos servidores públicos, que passaram anos sem receber aumento. Sim, mas, mesmo diante de todos esses argu-mentos, é um imenso equí-voco tripudiar do tucano, com “enterros” e festas por sua derrota. Na Democracia, é preciso saber vencer, e isso inclui respeitar a história dos derrotados. Até por-que, como a alternância de poder é algo absolutamente saudável e necessário na De-mocracia, cedo ou tarde os vencedores de hoje serão os perdedores de amanhã.

Dilma Rousseff, vencedora do primeiro turno, e José Ser-ra, escalado para enfrentá-la no segundo, procuram o ca-minho para chegar a Marina Silva. Ambos se consideram aptos, e talvez sejam. Via fi-siologismo, nem pensar. Já o apoio do PV é outro assunto. Mesmo assim, a questão é cercada de complicadores. Os verdes formam mais que um partido. Eles fazem parte de uma confederação, cujo denominador comum é a defesa do meio ambiente.

A divisão embaralha o processo das articulações. Nos três mais importantes estados do País, os núcleos de influência agem indepen-

dentemente. Em São Paulo, onde o presidente nacional do PV, o potiguar José Penna, se elegeu deputado federal, a opção é por Serra. No estado há a aliança histórica entre os pevistas e os tucanos. Em minas Gerais, a ligação com a social - democracia é antiga. A ponte que liga um grupo ao outro é o senador eleito Aécio Neves. No Rio de Ja-neiro, o deputado Fernando Gabeira, candidato derrota-do no embate pelo Executivo estadual, apóia o projeto eleitoral do tucanato.

É eleitoralmente emble-mática a adesão de Marina à candidata do PT ou ao postulante do PSDB. Há um

detalhe sublinhado, entre-tanto: só parte mínima dos quase 20 milhões de votos conquistados pela Mulher da Floresta aceita voz de co-mando. Os eleitores verdes seguem uma idéia ou uma rebeldia, como a ex-petista e senadora acriana em fim de mandato. Por isso, foi seguida pela multidão forma-da por jovens, profissionais liberais, empresários, artistas e intelectuais.

Cada um, porém, sabe o que vai fazer dia 31. Para ganhar o voto do PV ideoló-gico, Dilma e Serra precisam abrir a mente para entender o pensamento dos idealistas e dos rebeldes.

O ocaso de um líder

Nada de toma lá dá cá (Dilma X Serra)

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12 Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010Página

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Geral Área 1213 - 8802 5067 OU 190

Área 1212 - 8802 5066 OU 190Área 1211 - 8802 3535 OU 190

Os resultados das eleições no Ceará concretizaram um novo mapa político para o Estado. Um mapa político muito menos concentrado do ponto de vista partidário se compararmos com a década de 1990, hegemonizada pelo senador Tasso Jereissati. An-tes, era o PSDB, o maior par-tido do Ceará. Quando Tasso e Ciro Gomes estavam juntos, a coalisão entre os dois líderes deu a cara da política cearen-se. Hoje, com a contagem dos votos, o quadro político e partidário que assumirá as cadeiras parlamentares em ja-neiro de 2011, apresentar-se-á diluído entre diversas forças. Na cabeça de uma coalizão muito ampla, está Cid Gomes, mas o governador terá que governar com um grupo de partidos que conseguiu fazer a grande maioria das cadeiras para o parlamento estadual e a bancada federal. Ago-ra é esperar o resultado do segundo turno presidencial para que o novo desenho seja concluído. Se Dilma Rousseff (PT) ganhar, Cid será um go-vernador da base aliada que se obrigará a fazer política com

seus parceiros que também terão significativo peso junto ao Palácio do Planalto. Se José Serra (PSDB) vencer, o qua-dro político local ganhará um desenho ainda imprevisível. No mínimo, a possível vitoria do tucano provocará um forte realinhamento de forças no Ceará. Tasso ganhará muito peso enquanto Cid, Ciro, o PT e o PMDB e todos os partidos da coalizão governista vão ser obrigados a encontrar linhas próprias (e talvez individuais) de atuação no Estado.

PARTIDOS DIVIDEM PODER COM CID

Quando Tasso Jereissati governava o Ceará, o desenho político tinha uma lógica sim-ples. O tucano mantinha uma relação direta com a cúpula do poder em Brasília. Tanto que a bancada federal cearense estava condicionada a exercer um papel de coadjuvante. Aqui, o processo era definido a partir de conversas entre o governador e seu aliado Ciro. Não havia partidos ou outros líderes de peso a serem ou-vidos nas decisões mais im-portantes. Com Cid Gomes,

que chegou ao poder baseado numa coligação partidária ampla, as circunstâncias pas-saram a ser diferentes. O PT teve a sua força. Não era à toa. Afinal, era (e ainda é) a sigla do poder em Brasília. Além disso, emergiu a liderança da petista Luizianne Lins. A prefeita de Fortaleza, com sua linha de atuação política bas-tante autônoma em relação a Cid Gomes, atuou como uma espécie de contrapeso na rela-ção com o grupo político do governador. Lembrem-se do caso estaleiro. Lembrem-se da imposição da candidatura de José Pimentel (PT) para o Senado. E lembrem–se dos primeiros suplentes luizian-nistas de cada um dos sena-dores eleitos. Com Cid e sua coalizão, o PMDB também se estabeleceu como força de relevo após passar os anos Tasso amargando a condição de partido menor e sem força. Trocando em miúdos, se o então governador Tasso de-tinha e exercia o poder numa relação pessoal com Ciro, o governador Cid o exerce dividindo-o com diversas forças políticas.

A Justiça de São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) condenou oito pro-fessoras de uma creche a quatro anos de prisão pela acusação de tortura conti-nuada contra crianças. As professoras da Escola de Educação Infantil Caminho do Futuro, conhecida como Creche Caminho do Futuro, foram alvo de investigação da Polícia após serem apontadas como responsáveis por agres-sões cometidas contra alunos do berçário e maternal, com

até dois anos de idade. A decisão foi tomada na última terça-feira.

Segundo informações da Secretaria de Estado da Se-gurança Pública, a acusação foi feita por funcionários da própria creche. Após as denúncias, câmeras foram instaladas e registraram as agressões em novembro do ano passado.

As imagens mostram as professoras arrastando e empurrando as crianças. Em um dos vídeos, uma das pro-

fessoras incentiva a agressão entre as crianças.

A pena das professoras foi aumentada porque a juíza entendeu que as professoras exerciam trabalho análogo ao de servidor público. Elas também não poderão exercer funções públicas por oito anos.

As acusadas já haviam sido demitidas pelo envolvimento nas agressões, mas negaram os maus-tratos. Elas podem recorrer da decisão em liber-dade. (das agências)

São Paulo. O fenômeno Ti-ririca, além da votação maciça de 1,35 milhões de eleitores, mostra que a composição de pelo menos uma parcela da Câmara dos Deputados está diretamente vinculada ao su-cesso ou fracasso de figuras carismáticas, sem nenhum histórico político.

A bancada de deputados federais por São Paulo terá, a partir de 2011, três novos representantes: Otoniel Lima (PRB), Vanderlei Siraque (PT) e o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz (PC do B).

Os três devem agradeci-mento tanto aos eleitores de Tiririca, que compensaram uma votação que os deixaria de fora do Congresso se o

palhaço não concorresse, quanto ao sistema do coefi-ciente eleitoral, um cálculo complexo que visa a balancear a distribuição de votos em eleições proporcionais.

Por esse sistema, Vanderlei Siraque, o último içado para o Congresso por Tiririca, con-seguiu se eleger apesar de ter recebido apenas 93.314 votos. O número é menor do que outros 10 candidatos, todos eles do PSDB ou DEM.

Entre eles estão sete can-didatos que tentavam a ree-leição na Câmara, como os tucanos Silvio Torres, Walter Feldman e Antonio Carlos Pannunzio.

Tiririca, no entanto, pode não assumir seu mandato, em fevereiro. A Justiça Eleitoral

aceitou denúncia do Minis-tério Público Eleitoral contra o palhaço, que supostamente não sabe ler nem escrever. A lei impede a candidatura de analfabetos.

O juiz responsável pela análise do caso concluiu, a partir de laudo técnico, que há “discrepância de grafias” na carta apresentada por Tiririca à Justiça para provar que é alfabetizado.

Outro caso de puxador de voto, mais ainda em espera, é o deputado Paulo Maluf (PP), que teve sua tentativa de con-tinuar na Câmara impugnada pela Lei da Ficha Limpa. Caso a Justiça o libere, seus 497 mil votos sob judice seriam sufi-cientes para eleger a si próprio e a mais um companheiro.

São Paulo. Convidado para ser um dos coordenadores da campanha da petista Dilma Rousseff à Presidência da República, o deputado Ciro Gomes (PSB-Ce) considera uma “calhordice” a mistifica-ção religiosa em torno do de-bate do aborto. Apesar de ter sido afastado da corrida pre-sidencial por decisão do PSB, a mando do Planalto, Ciro garante não ter guardado res-sentimento. “Eu sou um dos eleitores que potencialmente poderia ter votado na Marina por tudo que aconteceu. Não votei porque sou militante, meu partido tomou alinha-mento”, afirma. Reconheceu ainda que a mudança do seu título de eleitor do Ceará para São Paulo foi o “maior erro” que cometeu na vida.

Ao referir –se ao tema do aborto que dominou o deba-te político semanas antes do primeiro turno, Ciro afirmou que o assunto foi usado em prol da candidatura de Serra. “O pior é trazer para a luta política brasileira um homem como o Serra, qualificado, preparado, experiente, ho-mem de valor, e o PSDB trazer em socorro de sua débâcle eleitoral a calhordice da mistificação religiosa. É grave para o País. O Brasil tem uma tradição que o mundo in-teiro admira, que é a tolerân-cia religiosa, é o Estado laico. Aí a imundície está tomando conta, essa coisa do ódio re-ligioso, da intolerância trazida para a política“, afirmou.

Ciro não acredita que a dis-seminação, principalmente na internet, de que Dilma seria

favorável ao aborto atrapa-lhou a sua eleição em primeiro turno. Entende que a petista falou com muita clareza que não é a favor do aborto. “A questão é posta em si em termos calhordas, desonestos. Ninguém é a favor do aborto. Isso é um assunto da intimi-dade da mulher, da família, de seu conjunto de valores morais, éticos, religiosos e uma ação de saúde. Essa é a única discussão possível. O presidente da República tem zero poder nesse assunto. Só quem pode regulamentar esse assunto é monopolisticamen-te o Congresso“, observou o deputado.

Ciro avaliou ainda que, a mãe da liberdade de imprensa é o Estado republicano laico e que os aiatolás, os talibãs e os seus afins não permitem a liberdade de imprensa, não permitem que as mulheres tenham liberdade. “É isso que estamos querendo trazer para o Brasil? É violar essa

conquista centenária do povo brasileiro, por oportunismo? Indagou.

CARDEALSem manifestar preferência

partidária, o cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer, defendeu que os candidatos à Presidência da República tenham um “po-sicionamento claro” sobre a questão do aborto e avaliou como “parte do jogo demo-crático” a presença do tema na campanha eleitoral.

Na opinião do religioso, é importante que o assunto seja debatido pelos presidenciá-veis, posto que “os eleitores querem saber”. Ele descarta punição a religiosos que con-trariarem a determinação da CNBB de não se manifesta-rem sobre questões partidá-rias, uma vez que “são livres para se manifestar“. Para o cardeal, é “legítimo“ que haja divergência de posições”.

Desenho local espera 2° turno

Professoras de creche condenadas por tortura

Votos de Tiririca elegem mais três

PONTO DE VISTA Fábio [email protected]

Artigo Adísia Sájornalista

É, pelo visto a moda está pegando, ou seja, para enganar o Fisco um monsenhor carre-gava dinheiro onde o cearense usou “pela primeira vez na história deste país”: na cueca. Para vergonha, primeiro dele, que foi exibido para os poli-ciais federais do Aeroporto, depois para a imprensa e finalmente para nós, seus con-terrâneos, que o consideramos sem imaginação conseqüente. Ora, nós nos temos como inteligentes e, de repente, um nosso conterrâneo é flagrado em ato de pobreza intelectual de dá dó.

No meio do caminho desta “estória” uns políticos de Bra-sília foram pegos com a mão na massa, ou seja, recebendo propinas e as colocando nas meias, nos bolsos das calças e

em peças mais íntimas de seus vestuários. Digo ”peças mais íntimas“ porque uma deputa-da também guardou o que lhe coube na divisão do bolo em lugares onde mulheres mais pudicas tudo fazem para não serem vistos...

Agora foi a vez de um monsenhor, isto é, graduado membro do clero católico ser preso no aeroporto do Rio de Janeiro conduzindo 52 mil euros não declarados. As cé-dulas foram divididas: 45 mil euros em uma de suas malas, camuflados entre enlatados e outros sete mil nas meias e na cueca do sacerdote. E tudo seria levado para Portugal...

Pelo que a imprensa divulga o monsenhor Abílio era suces-sor do padre Steckel, afastado em 2009 depois que veio à

tona uma lista de gastos, entre outros, móveis e apartamento de luxo. Monsenhor Abílio era o encarregado de moralizar as contas da Arquidiocese...

Voltemos ao local do “cri-me” e imaginemos Mons. Abílio, se de batina, jogando-a fora para ser vistoriado, se de terno e gravata, tirando peça por peça e, como Adão, apalpado aos olhos de todos. Ele vai responder em liberda-de, mas sob sua cabeça pesa condenação de seis anos de prisão. Subirá ao púlpito para pregar e fazer sermão - “meus irmãos...” – sob aplausos, apupos ou bancos vazios? Perguntinha final: quem pode atirar pedras na bispa Sonia Hernandez, com personagens a la Monsenhor Abílio?

Se a moda pega

Ciro: mistificação do tema aborto é “calhordice”

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Geral“Segurança pública com investimento e inovação continuará como uma das prioridades de governo”Cid GomesSobre segurança, uma das questões que mais foram questionadas pelos adversários na campanha

PIMENTA NEVES

Senador eleito pela coliga-ção apoiada pelo presidente Lula, José Pimentel (PT) afirmou que a campanha pró-Dilma Rousseff (PT) no Ceará neste segundo turno será “mais simples e una” e que ninguém, entre os aliados sequer vislumbra a possibi-lidade de derrota da petista para José Serra (PSDB).

“Quarenta e sete pontos percentuais. faltam apenas três. Portanto, seria muita incompetência da nossa par-te”, disse o senador eleito, referindo-se ao percentual conseguido de Dilma nas urnas, no dia 3 de outubro. Para se eleger, no próximo dia 31, são necessários 50% dos

votos válidos mais um. Pimentel falou durante vi-

sita à sede do O POVO. Para ele, foi muito positiva a escolha do deputado federal Ciro Gomes (PSB), irmão do governador reeleito Cid Gomes (PSB), para integrar o núcleo da coordenação da campanha da petista.

O senador eleito minimizou a polêmica sobre a questão do aborto, que para alguns foi o que garantiu o segundo turno nestas eleições – por essa interpretação, Marina Silva (PV), terceira colocada na disputa, teria herdado vo-tos da petista por encampar a bandeira contra o aborto. “Quando você está nas ruas,

não é esse o debate. O debate é: eu vou ter escola de quali-dade para os meus filhos? A economia vai gerar mais em-pregos?”, disse. “A Dilma é a favor da vida, é cristã católica. Acabou de batizar seu neto”. (Thiago Paiva)

Artigo Elio Gaspari

Vinte e um anos depois da noite em que Miriam Cordeiro, a ex-namorada de Lula, sur-preendeu o País acusando-o de ter sugerido que abortasse a criança que viria a ser sua filha Lurian, a palavra maldita voltou à agenda da sucessão presidencial. Em 1989, a ques-tão do aborto foi fertilizada pelo comando da campanha de Fernando Collor. Desta vez, reapareceu com o mesmo formato oportunista, trazida pela infantaria do tucanato. Nos dois casos, ninguém mos-trou-se interessado em discutir o assunto ao longo dos meses anteriores à eleição. O pro-pósito, puramente eleitoral, sairá da agenda depois do dia 27. Até lá, terá emburrecido o debate, rebaixado a campanha e tisnado a biografia dos bene-ficiários da baixaria.

Há 19 anos tramita na Câ-mara um projeto que dá à mu-lher o direito de interromper voluntariamente uma gravidez. Em 2008, por unanimidade, ele foi rejeitado na Comissão de Seguridade Social e Família. Pelo andar da carruagem, se não morrer antes, levará anos para chegar ao Plenário. Se é quando isso acontecer, caberá ao Congresso decidir.

Flertando com a transfor-mação do aborto numa “bala de prata” eleitoral, o tucano José Serra expôs sua posição: “Nunca disse que sou contra o aborto porque eu sou a favor, ou melhor, nunca disse que sou a favor, porque sou contra“. Em seguida, expôs a ferida petista: “O que está em questão nessa campanha não é ser contra ou a favor. É a men-

tira.” O comissariado petista e Dilma Rousseff defenderam programática e pessoalmente a descriminalização do aborto.

Chegou-se a um conflito de oportunismos. O dos tucanos, que só lembraram do assunto na reta final da campanha, e o dos petistas que, na mesma reta, mudam de opinião.

Afora o oportunismo, o nível da discussão abortou a inteligência. Dilma Rousseff disse que “as mulheres ricas têm acesso a clínicas, mulheres pobres usam agulha de tricô.” Propagou a lenda produzida pelo filme “Pixote”, de 1981. Mesmo há 30 anos essa prática era desprezível. Hoje, nem pensar. A forma mais comum de aborto se dá com o uso da droga Cytotec. Em tese, sua comercialização é proibida. Na prática, custa em torno de R$ 400 e pode ser comprada pela internet. Estima-se que de cada dez abortos, sete sejam feitos com Cytotec.

Em 1990, o professor Lau-rence Tribe, de Harvard, pu-blicou um livro intitulado “Aborto – O choque de abso-lutos”. (Entre os seus pesqui-sadores estava um estudante de Direito chamado Barack Obama.) Tribe mostra que o aborto divide as sociedades e, sem uma certeza religiosa, não há como sair do debate seguro de que um lado está certo e o outro, errado. O aborto não é apenas uma questão de saúde pública, como a dengue. Trata-se de um conflito entre o direito do feto à vida e o direito da mulher à liberdade de interromper sua gravidez. (Sempre até o terceiro mês da

gestação). Em 1973, a Corte Suprema

dos Estados Unidos decidiu, por sete a dois, que as mulhe-res têm esse direto. No mesmo dia, julgaram dois casos. Uma das mulheres abortou. A outra perdeu o prazo e concebeu uma menina. Passaram –se 37 anos, a mãe mudou de idéia e tornou-se uma militante con-tra o aborto. A filha defende a decisão da Corte, que teria evitado seu nascimento.

No Brasil de hoje é impro-vável que o Supremo Tribunal Federal reconheça o direito das mulheres de interromper a gravidez. Também é imprová-vel que o Congresso vote uma lei nesse sentido. A candidata Marina Silva, a única a expor uma posição que faz sentido, é contra o aborto, mas remeteria a questão a um plebiscito, no qual a proposta dificilmente seria aprovada.

Sobrou o lixo: a instru-mentalização do tema para satanizar adversários políti-cos. Collor fez isso com rara maestria.

A baixaria circula na cam-panha presidencial de um País onde a rede pública de saúde do estado de São Paulo mantém, desde 1986, o Pro-grama de Atenção Integral à Adolescente. Para júbilo in-ternacional, entre 1998 e 2008 a internação de adolescentes por conta de abortos caiu de 10 mil por ano, para 8.700. Mais: a gravidez de jovens de 10 a 20 anos caiu 38%, foi para 94 mil. Reduziu-se à metade os casos de segunda gravidez nessa faixa de idade.

O debate do aborto, Miriam Cordeiro 2.0

Artigo Rodolfo EspínolaJornalista

O campeão brasileiro de votos nas últimas eleições foi um cearense radicado em São Paulo. Seu nome, Francisco Everardo Oliveira da Silva, o popular e carismático Tiri-rica, de 45 anos, palhaço de profissão, que saiu do pleito com mais de 1,3 milhões de votos acumulados nas urnas do maior e mais esclarecido colégio eleitoral do Brasil, o de São Paulo. Consagrado por sua irreverência infantil, até abobalhada, e quase sem gas-tar um tostão, superou, desde o impossível Paulo Maluf ao truculento Maguila, aplicando-lhes uma humilhante surra de votos. Não escaparam ixclusive, nordestinos que até então tinham eleições garan-tidas pelo ilustrado e gozador eleitorado paulista, como o forrozeiro piauiense Frank Aguiar, o pentacampeão Vam-

peta, baiano de nascimento e “paulista de coração”, até seu conterrâneo José Genuíno, campeão de votos na eleição de 2006, que não foi feliz nesta última eleição. Aguiar ficou em 118° e Vampeta em 185°, lá na rabada. O ingênuo Tiririca, o homem da Florentina, nascido na Itapipoca, explodiu com exatos 1.353.820 votos, um recorde, uma marca digna de registro no livro Guinness World Records, derrotando mulheres semi-peladas e mos-trando exuberantes seios – as mulheres melão e pêra – e até um homossexual (nada contra) que se apresentava nu, numa invulgar apelação. Agora, a Justiça de São Paulo está tentando encontrar um motivo para impedir que o Tiririca chegue à Câmara Fe-deral, usurpando-lhe os seus votos, sob o argumento de ser

analfabeto. E deu-lhe 10 dias para provar o contrário. Mas alguns alfabetizados com ficha suja já preparam seus ternos para, liberados pela Justiça, que possam circular lépidos e fagueiros pelos corredores da Câmara Federal com menos perigo que um palhaço que diverte as platéias. Das duas uma: ou o juiz que pretende anular os votos do Tiririca quer aparecer por meio de uma canetada (e se candidatar em 2012) ou de uma hora para outra, como num ataque de lucidez, os 1.353.820 eleitores paulistas do Tiririca criaram juízo. Enquanto isso, na Itapi-poca, o palhaço mais votado do Brasil continua atacando de “Florentina, Florentina de Jesus, não sei se tu me amas, pra que tu me seduz”...

O mais votado

A Justiça de São Paulo de-cidiu que o jornalista Pimenta Neves deverá pagar indeni-zação de R$ 220 mil aos pais da também jornalista Sandra Gomide, assassinada por ele há 10 anos. O valor reajustado ultrapassa os R$ 400 mil. A defesa já declarou que recorrerá para reduzir o valor.

O julgamento que deter-minou a indenização havia começado no dia 23 de agosto,

quando dois desembargadores votaram a favor da família, acatando o pedido de R$ 150 mil para cada um dos pais da jornalista. Foi concluído, com o voto do terceiro desembarga-dor. Na ocasião, ficou decidido ainda que o valor seria reduzido para R$ 110 mil para cada um dos pais.

O desembargador Vito Gu-glielmi disse que considerava o valor pedido pelos pais exa-

gerado. O advogado de Neves, José Alves de Brito Filho, afirmou que seu cliente está sem condições de pagar a inde-nização. Segundo ele, Pimenta Neves tem ganho mensal de cerca de R$ 2.800. Pimenta Neves matou Sandra com dois tiros pelas costas no dia 20 de agosto de 2000 e confessou o crime quatro dias depois. Ele já está solto. (das agências)

Justiça define indenização

Pimentel: eleição será “mais simples e una”

TRÁFICO. A Polícia Federal (PF) rea-lizou uma operação contra o tráfico de drogas, que teria desarticulado uma suposta quadrilha de narcotraficantes internacionais que atuava no Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná. Foram cumpridos 15 mandatos de prisão e 15 de busca e apreensão

em Gravataí (RS), Gramado (RS), Ponta Porã (MS), Dourado (MS), Três Lagoas (MS) e Campo Grande (MS).Durante as investigações foram apre-endidos cerca de 82 kg de cocaína, 30 carros, R$ 35 mil em dinheiro, de R$ 20 a R$ 30 mil em cheques e quatro armas.

Rua Ubaldino Souto Maior, 1230 - São Vicente, Crateús-CE - Fones: (88) 3691.1080 / 3691.5777

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14 Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010Página

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Cultura

Hermenegildo, urgente! Sar-cástico e irreverente, irônico, mordaz e inteligente, fazendo um mô pra vocês. ELEI-ÇÕES 2010. Eis as manchetes do blog do Cagazuma: “Gru-po não consegue dar a Nenen os votos aventados”. Pois é: pegaram os votos do Nenen como quem pega uma saca de feijão, aventaram ao vento para tirar a palha seca. Ou será que os votos aventados ao Nenen estavam de avental e não passaram na urna? Outra: “Crateús não tem nada para comemorar. Saiu desta eleição mais curral do que entrou”. Antigamente, curral era um espaço fixo para prender o gado. Hoje, o curral é móvel e se movimenta na época da eleição, entrando e saindo. Quer dizer: o cara chega à seção e diz: “meu curral tá lá fora e precisa entrar pra votar; depois, meu curral precisa sair porque já votou. Falta ao Ca-gazuma dizer quantos currais entraram e quantos saíram. Precisa também explicar se

curral foi empregado como substantivo ou como adjetivo, porque, hoje, eu amanheci muito curral, curralzim da vida.

Masss, o Cagazuma afir-mou no seu blog: “Eu poderia está vivendo nababescamente atrelado a uma teta do go-verno”; mas esqueceu-se de completar: “igualzim a minha mulher, em Crateús e Forta-leza”. Eu também poderia. Masss, porém, contudo, no entanto, ninguém me chamou para ocupar uma vaga vitalícia no TCE ou no TCM. Acho até que mereço, pois, nunca seqüestrei ou arrombei cofre joiadim de jóias no jardim/quintal de casa de primo.

Masss, Cagazuma ativou a bipolaridade e entrou na deprê, por conta que seus prognósticos pesquisatórios eleitorais não bateram com os percentuais da realidade. Quando o bonitão dele, Tas-so, tava em primeiro, com 63% para o Senado, as carrea-tas e os comícios nem haviam

começado e as fotografias já estavam no blog antecipando a vitória. Aí, veio o Lula e apimentou o prato do Gale-guim, agora dos zói cinzento. Botou Pimentel, pimentão, pimenta malagueta, pimenta de cheiro, pimenta longa, pimenta do reino, Pimenta Neves e até spray de pimenta, e o homem caiu de 63% pra 23%, só 40 pontos, ficando na rabada. Ô Cagazuma do pé frio!!! Ele disse que Dr. Pierre tava correndo atrás do vento e, de repente, o homem fica na primeira suplência, com o pé na AL. De repente, Dr. Pierre tira 1.800 votos do bebê coelho dentro da casa dele. Para quem “pitonizou” 18.500 votos para o deputado de Novo Oriente, em Crateús, caiu do cavalo. Ô azarão!!! E agora José? Sem o Loiro, sem o Galego e sem o Marcão? Vai terminar chupando manga. Vai se mandar fotografar ao lado do merdeca. Acho que ele, de saudade e desgosto, vai se acabar na mão, feito colher de pedreiro. Acuda ele, ó tur-ma do Pio XII!!! Acuda ele na cama de mata-pasto!!! Façam fila pra acudir ele!!!

Masss, falta ainda o segun-

do turno pra ele ficar atrás da torcida do Zé Serra. Aí, ele vai a São Paulo, a Brasília e vai percorrer o território Nacional para fotografar o Serra. Agora, o Serra pra ele é a última esperança; é tudo, a começar pela cabeça lisa, igual a dele Cagazuma. Ele adora uma cabeça lisa e adora sentir cabeçadas no céu da boca. Alô Cagazuma, olha pra baixo e vê a ruma!!!

Bem me ensinava meu professor de latim clássico: Cavillationem cavilatione re-péllere licet. É lícito repelir a astúcia com outra astúcia.

Masss, o Galegão, o esta-dista do Iguatemi, caiu por causa de duas palavras má-gicas: “nium” e “niôto”, ou seja: quem vota nium vota niôto. Ô estadista fraco!!!! Não conheço nium e niôto mais fraco do que ele. Bastou um gostim e um cheirim de pimenta, e o tempero de duas palavrinhas, pra o estadista fi-car estonteado e botar a culpa da derrota nusôtro. Inda vai, Cagazuma?

Ademã que vou em frente. Os cães ladram, mas a cara-vana passa.

Conta-se que a Igreja Ma-triz e suas adjacências, um dia, foram iluminadas a partir de um gasômetro. Confesso que não alcancei este tempo, e creio que, de contam nos dedos da mão, quem, por acaso, o alcançou. Posterior a esse tempo, a cidade, ainda pequena, passou a ser ilumi-nada a energia elétrica, a partir de um locomóvel, máquina a vapor montada sobre ro-das, importada da Inglaterra, pelo pioneiro empreendedor Firmino Rocha Aguiar, em 1930.

Firmino Aguiar, até os dias atuais é tido como o maior empreendedor de Crateús, ou talvez do Ceará. Homem de pouca instrução, porém, de larga visão, tinha o espírito de um Delmiro Gouveia. Com recursos próprios, posteou a cidade e distribuiu a rede elé-trica para iluminação das resi-dências. Montou uma usina e, a partir dela, passou a fabricar implementos agrícolas e uti-litários como enxada, foice, facões, alavancas, martelos, chocalhos e, em sua usina, até engenhos para moagem de cana eram fabricados. O

grande empreendedor insta-lou em Crateús uma fábrica de redes e outra de sabão arsenical, este destinado ao tratamento de peles e couros. Também, implantou aqui uma fábrica de bebidas e outra de produtos a partir do ferro fundido. Abriu um armazém de compra e exportação de gêneros, de mamona e al-godão, bem como, montou, ainda, uma grande loja de ferragens e outros produtos. Nos anos de 1960, mudou-se para Fortaleza, onde conti-nuou explorando o ramo de ferragens.

Na gestão do prefeito João Afonso de Almeida Vale, na década de 1950, a Prefeitura chamou para si a iluminação da cidade e instalou, no Barrocão, no antigo Salão Paroquial, na esquina da Rua Dr. João Tomé com a Firmi-no Rosa, uma usina de luz e força, geradas a partir de um grande motor movido a óleo diesel, para iluminar a cidade. Lembro-me que, a 18 de ja-neiro de 1951, a iluminação pública chegava ao bairro da Ilha, já preparado com postes de madeira e de trilho. Outros

bairros também foram ilumi-nados, mas, a iluminação teve vida efêmera. No Barrocão, a usina de luz e força fun-cionou até 1960. O prefeito Raimundo Bezerra de Melo mudou a usina para a Rua Dr. Moreira da Rocha, esqui-na com a atual Rua Coronel Totó, onde funcionou até o final daquela década, quando chegou a Crateús a energia de Paulo Afonso. Nessa época, a CENORTE passou a gerir a iluminação pública perma-nente, beneficiando toda a cidade.

Ao tempo de Firmino Aguiar e da Prefeitura, a cida-de contava apenas com a ilu-minação no período de 18hs às 22hs. Quinze minutos antes de ser desligado o motor, as famílias eram avisadas através de um sinal pelo qual as luzes se apagavam e imediatamente acendiam. Nesta ocasião, preparavam-se as lamparinas, candeeiros, velas ou lampiões, porque o fornecimento de energia elétrica daquela noite dia seria paralisado.

Na mesma época, o 4° BEC possuía energia elétrica permanente, movida por um

grande gerador a óleo diesel, e fornecia a energia consu-mida pela Rádio educadora de Crateús.

Eram tempos rústicos, no entanto, não se ouviam la-mentações das pessoas, que encaravam com naturalidade aquelas dificuldades, mas, sempre na esperança de que o progresso, aos poucos, che-garia à nossa cidade.

Foi um tempo em que as noites pareceram mais natu-rais, com o apagar das luzes e com a presença da lua ilu-minando as ruas calmas da cidade, cujo silêncio, muitas vezes, era quebrado pela voz de seresteiros apaixonados que, ao som do violão, can-tavam para suas namoradas modinhas encantadoras em inesquecíveis serenatas.

A cidade se recolhia cedo em busca do benfazejo e ne-cessário descanso, e as noites pareciam mais longas. Muitos chefes de família acordavam cedo e, à luz de lamparina, iniciavam a labuta do dia. Estas são lembranças de uma época que o tempo levou e que vivem perdidas no meio das idades.

O motor da luz

Toda cidade tem seus tipos e apelidos inesquecíveis e Crateús não foge à regra. Os apelidos de pessoas de hoje eu não os conheço. Os de ontem, vou citar os que permaneceram em minha memória, mas não vou dar nome aos bois, para que não surja alguém melindrado que venha a ficar ofendido com a publicação. Muitos já se foram e poucos permanecem neste rol que se segue:

Antônio Sungão, Cris-to Rei, Cafuíca, Pirulito, Tampão, Deó, Zé do Bura-co, Galo, Cafuringa, Poda, Pote, Tobinha, Pinzão, Rai-mundão, Zé Meio Quilo, Piriqueca, Polega, Caro-chinha, Militão, Manzape, Sutil, Mambira, Caneco de Sola, Paca, Zé Pamonha, Bicudo, Gia, Punhal, Safroa, Tororó, Capote, Mucuim,

Popeline, Prego Dourado, 29/30, Cadilac, Manteiga, Doistões, Papagaio, Piriri-guá, Buca, Zé Bodim, Capão, Chico Budu, Mão Pelada, Leoprica, Lacreste, Rocha, Laura, Pingo de Leite, Maria Frescura, Maria Preá, Bola Sete, Banda Vermelha, Boca Preta, Peito de Moça, Ca-chorrão, Cheirosa, Nagibe, Barrão, Paçoca, Zé Miolo, Catrevagem, Touro Preto, Mocòzinho, Toicin, Gaguim, Cacrica, Troncho, Macam-bira, Zé Dedão, Pombinho, Pirão, Figão, Pé de Quiba (1) Adubado, Cãozinho, Bode Inglês, Sabacó, Fueba, Mané Galinha. Acredito que ou-tros aparecerão ainda, para completar uma centena de apelidos de pessoas que al-cancei ou com quem convivi ao tempo de minha infância e adolescência em Crateús.

Amiga Beth Viana, cole-cionadora de casos verídicos, conta casos do Crateús de “anteontem” vividos por ela. Conta que o João, irmão da Maria do Leal, era deficiente físico que andava com a ajuda de duas muletas. Ela, aos três dias de resguardo da primeira filha, certo dia, após cair uma chuva fina, se encontrava contemplando seu jardim. Na ocasião, João passava pela calçada ainda molhada da chuva, quando, de repente, viu o João se es-patifando no chão, tamanho foi o escorrego das muletas no cimento molhado da cal-çada. Foi uma queda brusca

de todo o corpo no chão. Ao presenciar o mal acontecido, Beth se apressa em socorrê-lo: pega no pescoço dele e vai levantando-o aos poucos e falando: “vamos, seu João, eu estou aqui para lhe ajudar”. Neste exato momento, sua fi-lhinha recém-nascida come-çou a chorar e ela lembrou-se que a menininha só tinha três dias de nascida, soltou o pobre João na calçada e foi acudir a filha que chorava no berço. Daí ouviu do João aquele lamento: “meu Deus, que ajuda desgraçada! João caiu duas vezes. A primeira, sozinho. A segunda, com a ajuda da Beth.

Antigos apelidos

Ajuda desgraçada

Flávio Machado

FlashdoPassado - César Vale

AfrouxandooRiso - César Vale

Crateús de Ontem

Deus pede estrita conta do meu tempo,É forçoso do tempo já dar conta:Mas como dar, sem tempo, tanta contaEu que gastei sem conta tanto tempo!

Para dar minha conta feita a tempo,Dado me foi tempo e não fiz conta;Não quis, sobrando tempo fazer conta;Quero hoje fazer conta e falta tempo.

Ó vós que tendes tempo sem ter conta,Não gasteis esse tempo em passa-tempo,Cuidai, enquanto é tempo, em fazer conta.

Mas, oh! Se os que contam com seu tempoFizessem desse tempo alguma conta.Não choravam, sem conta, o não ter tempo.

O tempoLaurindo Rabelo

CantinhodaPoesia

INDENIZAÇÃO. O Tribunal de Jus-tiça do Rio Grande do Sul aumen-tou o valor da indenização que um supermercado foi obrigado a pagar para uma cliente que encontrou uma

mosca em um pão de queijo vendido pelo estabelecimento. Em primeira instância, o 4° Juizado Especial Cível de Porto Alegre condenou o Grupo Zaffari ao pagamento de R$ 500 de

indenização. As duas partes recor-reram. Agora, os magistrados da 2ª Turma Recursal Cível mantiveram a condenação e aumentaram o valor para R$ 1.500.

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Lia Barroso Brandão AragãoPERIODONTIA - CRO-CE: 4874

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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15Crateús - quinta-feira, 14 de outubro de 2010 Página

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GeralPara homenagear a signi-

ficativa data do Dia do Pro-fessor, que transcorre a 15 de outubro, fazemos publicar uma singela carta de uma ex-aluna saudosa à sua primeira professora, ao tomar conhe-cimento de que a escolinha onde aprendera a conviver com outras crianças e também aprendera as primeiras letras iria fechar suas portas defi-nitivamente. A carta é datada de 1º de abril de 2007 e revela a gratidão da aluna pelo que para ela significou a primeira escola e ainda a saudade do convívio no sadio ambiente da escolinha. Leia:

Oi Tia BetyEspero que esta carta a

encontre muito bem, pois é isso que eu desejo. Primeiro, gostaria de agradecer pela foto, fiquei extremamente feliz em recebê-la. E segun-do, agradecer por tudo que a senhora fez por mim e por

todos os alunos que passaram pelo Topo Gigio. Sou grata por tudo.

Fiquei muito triste ao saber que o Topo Gigio foi fechado e não me conformo com isto, pois sei que não irá existir nenhuma escola igual, que se preocupe tanto com os seus alunos e que os trate como filhos. As lembranças são tantas, que não sei nem por onde começar e tão alegres, que meus olhos já se enchem de lágrimas...

Lembro-me daquele longo banco de espera, onde muitas vezes esperei o meu pai vir me pegar; lembro também das mesinhas e cadeirinhas onde tantas vezes eu brinquei de massinha de modelar; lembro da minha sala de alfabetiza-ção, das professoras, dos alu-nos sentados no chão um ao lado do outro, que momento maravilhoso era aquele. Lem-bro dos filtros de água e que cada um tinha o seu copo...

lembro daquela escada que dava para aquele pátio lindo e ensolarado onde tantas vezes eu brinquei, lembro das árvo-res, dos “soins”, lembro dos alunos enfeitados cantando o Hino Nacional, lembro do seu carinho e de todos quan-do eu ficava doente, lembro que inclusive nessas horas eu ficava deitada no sofá da sua sala, lembro do cheirinho do “extensil” e daquela maquini-nha que os fazia e que várias vezes eu ajudei a rodar, o que era um divertimento para mim. Lembro das aulas de dança, de balé... das filas para a cantina... lembro de todas as salas de aula por que passei com muito carinho... lembro das aulas de reforço.., lembro dos meus amigos. Quem não estudou na Escolinha Topo Gigio não foi feliz.

Com carinhoCamila

15 de Outubro – Dia do ProfessorComunicandoCrateús e as eleições

O resultado do último pleito eleitoral foi de pleno favorecimento para Crateús, o que deixou eufórico o prefeito Carlos Felipe que, a partir do próximo ano poderá contar, no plano federal, com os senadores Inácio Arruda, Eunício Oli-veira e José Pimentel, além dos deputados federais João Ananias, Chico Lopes, José Guimarães, Gorete Pereira e Domingos Neto. No plano estadual, com os deputados Lula Morais e Hermínio Resende, sem deixar de lado a fortíssima influência e prestígio do vice-governador eleito Domingos Filho e do seu filho, o deputado federal eleito Domingos Neto. Com esses nomes ao alcance, o prefeito Carlos Felipe ficará em situação privilegiada jun-to ao governo de Cid Gomes e, possivelmente, ao de Dil-ma Rousseff, se esta vier a ser eleita presidente da Repúbli-ca no próximo dia 31, como tudo está a indicar.

Dr. PierreA entrada de Dr. Pierre

na disputa por uma vaga na Assembléia Legislativa, pelo PCdoB, valeu-lhe uma pri-meira suplência do partido naquela Casa. Ainda verde na política, sem contar com recursos, e fazendo uma campanha franciscana, foi sufragado com mais de 13 mil votos. A candidatura de Dr. Pierre teve ainda o méri-to de inviabilizar a reeleição do deputado Nenen Coelho (PSDB) que, ao contrário de Dr. Pierre, teve uma campa-nha mais longa e contou com recursos de grande monta. Pierre foi além do esperado ao puxar 1.800 votos de Ne-nen Coelho, de dentro de seu impenetrável reduto – Novo Oriente.

Nenen CoelhoO deputado Nenen Coe-

lho, apesar de seu carisma e tenacidade, não repetiu nesta

eleição a consagradora vo-tação obtida em Crateús no pleito passado. Sua campa-nha foi bem elaborada e bem conduzida, mas, apesar disso, as urnas não corresponderam ao esperado. Crateús e Novo Oriente tinham no deputado uma ótima representação e um excelente trabalho em prol dos dois municípios, que ficam desfalcados do operoso parlamentar. Com isso, o deputado Hermínio Resende vai preencher o vá-cuo deixado pelo insucesso do seu colega na Assembléia Legislativa e, assim, poderá fortificar e melhorar suas bases eleitorais e continuar marchando ao lado do pre-feito Carlos Felipe.

O fenômeno Domingos Neto

O deputado federal eleito Domingos Gomes de Aguiar Neto (Domingos Neto) é o que se pode chamar de fe-nômeno eleitoral no Ceará, ao se eleger campeão de vo-tos, sufragado com mais de 246 mil votos nesta eleição. Mas o fenômeno não reside propriamente na jovem e promissora liderança política da região dos Inhamuns e dos Sertões de Crateús; ela reside, principalmente, na força política de seu pai, o deputado Domingos Filho, presidente do Poder Legisla-tivo e vice-governador eleito do Ceará. Domingos Filho, inegavelmente, é um dos maiores e mais competentes políticos do Ceará. Inteligen-te, destemido, eloqüente, leal, servidor, popular e altamente prestigiado, com certeza, vai consolidar fortíssima lide-rança em toda a região do Centro-Oeste do Ceará.

Domingos Neto (II)Chama-nos a atenção, por

primeiro, os 22 anos de idade do recém-eleito deputado federal Domingos Neto, le-vando-nos a acreditar seja ele o mais jovem parlamentar na Câmara Alta do País. Depois

disso, a exatidão do cálculo antecipado da votação que receberia no Estado: em torno de 250 mil votos.

O jovem deputado foi sufragado em Crateús com 7.700 votos que, com certe-za, serão honrados por ele quando no exercício do man-dato. Isto significa que mais uma porta se abre em Brasília para o município de Crateús. É mais uma importante força política a favor de nosso mu-nicípio e, de resto, a favor de toda a região Centro-Oeste do Ceará. Domingos Neto vai integrar a bancada do Ceará, levando a tiracolo a orientação e a experiência política de seu pai, que será, sem dúvida, seu tutor neste primeiro mandato.

Troca de chapaEm Crateús voltou a antiga

prática da troca de chapas nestas eleições. Antigamente o eleitor era enganado até na fila de votação com o cabo eleitoral trocando sua chapa por outra. Hoje, a história se repete com outros artifícios. Uma candidata a deputado federal com larga folha de serviços prestados ao nosso município foi tremendamen-te prejudicada, apesar de eleita, por outro candidato, também eleito, desconhecido em Crateús, e que não pre-cisava, para se eleger, usar o tal artifício. Na realidade, ele não teve conhecimento da safadeza feita em seu nome. Cabos eleitorais mandaram imprimir milhares de santi-nhos da deputada, trocando o número dela pelo número do outro candidato e foram passando a cola sem o me-nor escrúpulo. Esta patifaria rendeu cerca de 2.000 votos a menos para a candidata e 2.000 votos a mais para o ou-tro candidato. Com certeza, a tramóia rendeu boa soma de dinheiro aos responsáveis, já conhecidos da população. O caso foi abafado, até porque os dois candidatos foram eleitos.

“Na nossa democracia, o povo não se sente representado nos eleitos; depois de uns meses nem mais sabe em quem votou”Leonardo Boff – Teólogo e escritor

Artigo Isis Celiane RodriguesAcademia de Letras de Crateús

Agora é fato: um palhaço chega ao Congresso Nacional eleito pelo povo brasileiro com mais de 1,3 milhão de votos. Para isso, não precisou apre-sentar uma única proposta, fa-zer uma simples promessa ou se valer de um daqueles belos discursos cheios de palavras complicadas e desprovidas de qualquer significado. Em sua campanha, usou como estra-tégia de marketing apenas o deboche, que é o seu objeto de trabalho, assumindo des-conhecer as atribuições de um Parlamentar e reconhecendo, sem qualquer constrangimen-to, que seu objetivo maior ao entrar na política seria ajudar, em primeiro lugar, a sua fa-mília.

O palhaço Tiririca, cearense, natural da cidade de Itapipoca, quebrou todos os protocolos e escancarou o que fica nas entrelinhas do atual cenário político brasileiro: a ridicu-larização do Parlamento e o desrespeito aos interesses do povo. O povo, por sua vez, demonstrando uma profunda insatisfação com uma política que não agrada, resolveu man-dá-lo ao Congresso Nacional

sob forma de protesto. Se durante a campanha Ti-

ririca já incomodava os vete-ranos da política pela maneira como conduzia sua propa-ganda eleitoral, limitando-se a fazer piadas e trocadilhos com a eleição, sem apresentar uma proposta sequer, que dirá o desconforto que lhes causará agora, depois de eleito como o deputado federal mais votado em todo país, tendo alcançado tal façanha não como o cida-dão Francisco Everardo Oli-veira Silva, mas apenas como o palhaço Tiririca.

Embora forçoso, devemos reconhecer que se o cenário político deste País fosse outro, se houvesse de fato respeito e compromisso daqueles que são eleitos pelo povo em di-rimir ou diminuir as mazelas sociais, muito provavelmente um palhaço não seria sufi-cientemente pretensioso para pleitear qualquer mandato eletivo. Tiririca nada mais é do que um retrato da nossa polí-tica, caracterizado e assumido: é um palhaço, o que não o torna mais desrespeitoso com a população brasileira do que outros tantos parlamentares,

mas certamente causa mais vergonha alheia.

Resta-nos agora questionar se mandar um palhaço ao Par-lamento é mesmo uma forma correta de protestar contra o sistema, ou se não correspon-de a uma maneira ainda mais absurda de ser conivente com o descaso e o desinteresse polí-tico pelas questões sociais.

Por sua vez, toda oportu-nidade que outros tantos Ti-riricas espalhados pelo Brasil tiverem de aproveitar-se da fragilidade humana e do ce-ticismo da população quanto a uma melhoria de vida pelas vias governamentais, ela será muito bem empregada para re-tirar do povo qualquer possibi-lidade de transformação social, através da principal arma que ainda lhes resta: o voto.

Ao assumir sem qualquer pudor a que veio, ocupando uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília,Tiririca representará uma ferida aberta na honra de todos aqueles que terão que se deparar cons-tantemente com sua imagem refletida na face caracterizada do palhaço.

Um palhaço no Parlamento

Músicos sem formação aca-dêmica devem se inscrever, desde a semana passada, na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB);. A decisão é da 7ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). Ela entendeu que qualquer pessoa que se proponha a exercer a profissão em um de seus gêneros ou especialida-des deve se registrar na OMB. A idéia, segundo a entidade, é organizar a atividade profis-sional, criando mecanismos de defesa aos artistas e ao próprio mercado.

De acordo com o relator

do caso, desembargado Lu-ciano Tolentino Amaral, a regulamentação da atividade musical não entra em choque com o livre exercício profis-sional. A Constituição consi-dera a atividade musical uma expressão independente de censura e ou licença e diz que o seu exercício ou qualquer outro tipo de ofício deve ser também livre.

Segundo o TRF-1, a ativi-dade musical deve ter registro para todos os que a exercem. Dessa forma, de acordo com os magistrados, não haverá incompatibilidade em relação

aos princípios da isonomia e do equilíbrio da profissão. (Das agências)

Justiça: músico sem diploma deve se registrar

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Pela Lei de Deus, tornaram-se marido e mulher os primos Amália e Alexandre Almeida Vale; ela, filha de Fátima e Lourival Aguiar Vale; ele, de Lúcia e Júlio Aguiar Vale (in memoriam). A cerimônia religiosa aconteceu na Igreja de São Raimundo, lotada de convidados, foi belíssima; a recepção, no Salanda’s Buffet, obedeceu ao estilo e ritual jovem, com várias brincadeiras, e envolveu também momentos de intensa emoção.

Lúcia conduz o filho Alexandre ao altar

O beijo dos nubentes após o Sim

Fátima e Paulo Basílio (sgt. Lima) fizeram festinha íntima para comemorar o Nat da dileta filha Amanda, dia 06. Amanda é uma jovem disciplinada, muito bonita e dedicada aos estudos.

Sônia Linhares, de nossa melhor sociedade, passou pelo calendário dia 02, quando recepcionou muitos amigos em sua mansão.

Claudinha Freire mar-cou idade nova dia 02 e comemorou na intimidade familiar, ao lado de Dedé e da querida filha Laís.

Hoje, 14, é dia de abraçar meu querido irmão Raimundo Aguiar Vale, pela sua passagem pelo calendário. Rai-mundo deixou a Capital Federal e voltou às origens, vindo residir em Fortaleza, onde se encontram quase todos os seus familiares.

Médico e ex-prefeito Paulo Nazareno teve todo o feriado do dia 12 para festejar seu Nat e o Dia da Criança, e para atender a centenas de tele-fonemas. Paulo afirma que largou a política, mas ficou com os seus micróbios.

Deputado presidente da AL e vice-governador eleito, Domingos Filho, celebrou a vida, dia 09, a vitória nas urnas e a magnífica estréia do filho Domingos Neto nesta eleição para de-putado federal, quando foi campeão de votos. Apenas 246 mil. A festa foi em sua terra, Tauá, e reuniu o mundo político da região.

Nota socialAgradeço de coração aos amigos e familiares que me cumprimentaram por oca-sião da data de meu aniversário, dia 07 de outubro. De tantas palavras lindas, carinhosas e incentivadoras que ouvi, eu jamais irei esquecer. Valeu!

Os irmãos Francisco, Raimundo, Luiz, César e Gabriel Aguiar Vale prestigiaram o evento.

Lourival leva ao altar a filha Amália Amália e Alexandre sobem o altar