16
Crateús-Ce. Terça-feira, 10 de maio de 2011 - Ano XIV - N o 317 - R$ 2,50 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] N0VA RUSSAS ECOLOGIA SAÚDE O Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do ministro Ari Pargendler, em decisão monocrática, negou, no último dia 27 de abril, o pedido de suspensão de liminar e de sentença ao prefeito afastado, de Nova Russas, Marcos Alberto Martins Torres, que visava anular a decisão do desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), José Arísio Lopes da Costa, e assim retornar ao cargo do qual foi afastado pelo juiz substituto da Comarca de Nova Russas, Daniel Carneiro. Assumiu o vice- prefeito Paulo César Evangelista. Pág. 07 Para celebrar o Dia Nacional da Caatinga, 28 de abril, a Associação Caatinga, órgão mantenedor da Reserva Natural Serra das Almas, no município de Crateús, realizou o evento “No Clima da Caatinga” alusivo à data, nas dependências do Espaço Ouro Verde. Pág. 04 A Secretaria de Saúde agendou evento para o lançamento da campanha de vacinação contra a gripe, que ocorreu na noite do último dia 27 de abril, nas dependências do Teatro Rosa Morais. Pág. 04 AINDA QUE,FESTEJADA PARTICULARMENTE PELOS ESTADOS UNIDOS, A MORTE DE OSAMA BIN LADEN NÃO REPRESENTA O FIM DA AMEAÇA TERRORISTA.O MEDO DA REPRESÁLIA SERÁ ELEVADO A PATAMARES PRÓXIMOS AOS DA ÉPOCA DO 11 DE SETEMBRO. LEIA NESTA EDIÇÃO A OPINIÃO DOS JORNALISTAS ELIO GASPARI, PLÍNIO BORTOLOTTI E JOSÉ FLÁVIO SARAIVA SOBRE A MORTE DO INIMIGO Nº 1 DOS ESTADOS UNIDOS. PÁGINA 12 POLUIÇÃO SONORA MARTIRIZA A CIDADE COMEMORADO DIA NACIONAL DA CAATINGA SECRETARIA LANÇA CAMPANHA DE VACINAÇÃO Este jornal tem sido, ao longo do tempo, o único instrumento de luta a sair em defesa da população de Crateús, quando, seguidas vezes, tem se manifestado com rigor, contra a poluição sonora que martiriza a cidade. Desde 2005, quando da promulgação da Lei do Silêncio pela Assembléia Legislati- va do Ceará, que estamos na linha de frente, no combate ao excessivo volume de som dos veículos que fazem propaganda sonora volante pelas ruas centrais da cidade, prin- cipalmente. Ao apelarmos para uma atitude do Ministério Público e da Justiça, o então juiz da 2ª Vara da Comarca de Crateús, Magno Gomes de Oliveira, baixou a Por- taria 013/2005 regulamentando o funciona- mento dos carros de som e tomando outras providências. A ação positiva da Portaria do Judiciário foi sentida apenas nos pri- meiros dias, caracterizando a negligência e o pouco caso dos órgãos da fiscalização do trânsito (incluindo-se aí a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal), bem como a impotência da autoridade judicial e do Ministério Público. A propaganda sonora volante, em Cra- teús, bem como outros instrumentos de poluição sonora como os paredões de som embutidos no porta-malas dos carrões, es- tão enlouquecendo os habitantes da cidade que, de dia e de noite, sofrem na pele os inúmeros e maléficos efeitos causados pelo contínuo e excessivo volume de ruídos que recebem. A poluição sonora já se tornou um sério problema de saúde pública e a autoridade municipal precisa estar também envolvida no seu combate. O jornal Diário do Nordeste, de 30 de abril último, estampou esta manchete, no caderno regional: “Sertão Central: Justiça determina multa para coibir poluição so- nora”. Referia-se a cidade de Quixadá que, igualmente a Crateús, enfrenta a seriedade do problema da poluição sonora, e o juiz Neuter Marques Dantas Neto, da 1ª Vara da Justiça daquela comarca estabeleceu multa diária de R$ 1 mil à Prefeitura de Quixadá, por descumprimento da fiscaliza- ção de emissão de sons e ruídos superiores aos estabelecidos na resolução Nº 204, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), além de impor o uso de decibelímetros e treinamento para agentes de trânsito e policiais civis e militares, medidas com as quais pretende coibir a poluição sonora naquele município. O barulho é um dos fatores de maior perturbação da paz social, em nossos dias, estando por trás de grande parte dos regis- tros de violência no meio urbano. Além de induzir atritos entre os membros da cole- tividade (ocorrendo até crimes de morte por conta de uma reclamação), prejudica terrivelmente a saúde física e mental das pessoas. Assim, usar um som eletrônico não deve ser considerado um direito indi- vidual absoluto, mas estar limitado pelas exigências da vida urbana. Isso se aplica, particularmente, aos donos de carros de som, de estabelecimentos comerciais e de automóveis equipados com paredões de som. Ninguém deve ser obrigado, dentro de sua própria casa, a ouvir sons impostos de fora. Nem de ter de compartilhar do gosto musical, nem dos estados de humor de quem quer que seja, se está no recinto do próprio lar. Portanto, Ministério Público, Prefeitura e outras instâncias devem agir em favor do direito de privacidade dos cidadãos, com o fim de pacificarem a cidade. Paulo César Evangelista, vice-prefeito de Nova Russas em exercício STJ NEGA PEDIDO DE SUSPENSÃO DE LIMINAR A PREFEITO E VICE ASSUME

Edição Nº 317

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Crateús-Ce. Terça-feira, 10 de maio de 2011 - Ano XIV - No 317

Citation preview

Page 1: Edição Nº 317

Crateús-Ce. Terça-feira, 10 de maio de 2011 - Ano XIV - No 317 - R$ 2,50www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

N0VA RUSSAS

ECOLOGIA

SAÚDE

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do ministro Ari Pargendler, em decisão monocrática, negou, no último dia 27 de abril, o pedido de suspensão de liminar e de sentença ao prefeito afastado, de Nova Russas, Marcos Alberto Martins Torres, que visava anular a decisão do desembargador presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), José Arísio Lopes da Costa, e assim retornar ao cargo do qual foi afastado pelo juiz substituto da Comarca de Nova Russas, Daniel Carneiro. Assumiu o vice-prefeito Paulo César Evangelista. Pág. 07

Para celebrar o Dia Nacional da Caatinga, 28 de abril, a Associação Caatinga, órgão mantenedor da Reserva Natural Serra das Almas, no município de Crateús, realizou o evento “No Clima da Caatinga” alusivo à data, nas dependências do Espaço Ouro Verde. Pág. 04

A Secretaria de Saúde agendou evento para o lançamento da campanha de vacinação contra a gripe, que ocorreu na noite do último dia 27 de abril, nas dependências do Teatro Rosa Morais. Pág. 04

AINDA QUE, FESTEJADA PARTICULARMENTE PELOS ESTADOS UNIDOS, A MORTE DE OSAMA BIN LADEN NÃO REPRESENTA O FIM DA AMEAÇA TERRORISTA. O MEDO DA REPRESÁLIA SERÁ ELEVADO A PATAMARES PRÓXIMOS AOS DA ÉPOCA DO 11 DE SETEMBRO. LEIA NESTA EDIÇÃO A OPINIÃO DOS JORNALISTAS ELIO GASPARI, PLÍNIO BORTOLOTTI E JOSÉ FLÁVIO SARAIVA SOBRE A MORTE DO INIMIGO Nº 1 DOS ESTADOS UNIDOS.PÁGINA 12

POLUIÇÃO SONORA MARTIRIZA A CIDADE

COMEMORADO DIA NACIONAL DA CAATINGA

SECRETARIA LANÇA CAMPANHA DE VACINAÇÃO

Este jornal tem sido, ao longo do tempo, o único instrumento de luta a sair em defesa da população de Crateús, quando, seguidas vezes, tem se manifestado com rigor, contra a poluição sonora que martiriza a cidade.

Desde 2005, quando da promulgação da Lei do Silêncio pela Assembléia Legislati-va do Ceará, que estamos na linha de frente, no combate ao excessivo volume de som dos veículos que fazem propaganda sonora volante pelas ruas centrais da cidade, prin-cipalmente. Ao apelarmos para uma atitude do Ministério Público e da Justiça, o então juiz da 2ª Vara da Comarca de Crateús, Magno Gomes de Oliveira, baixou a Por-taria 013/2005 regulamentando o funciona-mento dos carros de som e tomando outras providências. A ação positiva da Portaria do Judiciário foi sentida apenas nos pri-meiros dias, caracterizando a negligência e o pouco caso dos órgãos da fiscalização do trânsito (incluindo-se aí a Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal), bem como a impotência da autoridade judicial e do Ministério Público.

A propaganda sonora volante, em Cra-teús, bem como outros instrumentos de poluição sonora como os paredões de som embutidos no porta-malas dos carrões, es-tão enlouquecendo os habitantes da cidade que, de dia e de noite, sofrem na pele os inúmeros e maléficos efeitos causados pelo contínuo e excessivo volume de ruídos que recebem. A poluição sonora já se tornou um sério problema de saúde pública e a autoridade municipal precisa estar também envolvida no seu combate.

O jornal Diário do Nordeste, de 30 de abril último, estampou esta manchete, no caderno regional: “Sertão Central: Justiça determina multa para coibir poluição so-nora”. Referia-se a cidade de Quixadá que,

igualmente a Crateús, enfrenta a seriedade do problema da poluição sonora, e o juiz Neuter Marques Dantas Neto, da 1ª Vara da Justiça daquela comarca estabeleceu multa diária de R$ 1 mil à Prefeitura de Quixadá, por descumprimento da fiscaliza-ção de emissão de sons e ruídos superiores aos estabelecidos na resolução Nº 204, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), além de impor o uso de decibelímetros e treinamento para agentes de trânsito e policiais civis e militares, medidas com as quais pretende coibir a poluição sonora naquele município.

O barulho é um dos fatores de maior perturbação da paz social, em nossos dias, estando por trás de grande parte dos regis-tros de violência no meio urbano. Além de induzir atritos entre os membros da cole-tividade (ocorrendo até crimes de morte por conta de uma reclamação), prejudica terrivelmente a saúde física e mental das pessoas. Assim, usar um som eletrônico não deve ser considerado um direito indi-vidual absoluto, mas estar limitado pelas exigências da vida urbana. Isso se aplica, particularmente, aos donos de carros de som, de estabelecimentos comerciais e de automóveis equipados com paredões de som. Ninguém deve ser obrigado, dentro de sua própria casa, a ouvir sons impostos de fora. Nem de ter de compartilhar do gosto musical, nem dos estados de humor de quem quer que seja, se está no recinto do próprio lar.

Portanto, Ministério Público, Prefeitura e outras instâncias devem agir em favor do direito de privacidade dos cidadãos, com o fim de pacificarem a cidade.

Paulo César Evangelista, vice-prefeito de Nova Russas em exercício

STJ NEGA PEDIDO DE SUSPENSÃO DE LIMINAR A PREFEITO E VICE ASSUME

Page 2: Edição Nº 317

2 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Editorial

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 569 - CEP 63700-000, Crateús-Ce - Fone/Fax: (088) 3692.3810

Fundada em 30 de maio de 1997

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Miliane Silva

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.José Bonfim de Almeida JúniorSebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

Assessor para assuntos especiais:Francisco Oton Falcão JucáTel.: (85) 3254.5353 / (85)99812637Fax: (85) 3254.8000

Importante:As opiniões assinadas não refletem obrigatoriamente o pensamento do jornal.

Assinaturas ou renovações:Através do E-mail: [email protected] ou pelo telefone (88)

3692.3810.Assinante de qualquer localidade enviar comprovante de depósito bancário por fax ou e-mail:

BradescoM. Duarte da Silva - MEAgência: 997-0 - Conta: 16165-9

Banco do BrasilM. Duarte da Silva - MEAgência: 0237-2 - Conta: 28.765-2

Impressão:Gráfica e Editora Premius

Tiragem por edição: 2.000 exem-plares.

Crateús:Assinatura anual R$ 60,00

Outras localiadadesAssinatura anual R$ 100,00Assinatura semestral R$ 60,00

Rua Cel. Lúcio, 221 - Centro - TeleFax: (88) 3691.1476 - Crateús-Ce

Dr. André LandimDoenças da Pele e Alegria

Dr. Gustavo Henrique BezerraOtorrinolaringologia - Videolaringoscopia

Dr. Kevin CarneiroBioquímico

Dr. Nenzé BezerraUrologia e Cirurgia Laparoscópica

Drª. Christianne Taumaturgo D. SoaresEndocrinologia

Drª. Maria de Jesus SoaresGinecologia e Obstetrícia

Dr. WaetanUltrassonografia

Dr. Gerardo JrOrtopedia e Traumatologia

Drª. Déborath Lúcia de O. DinizNeurologista - CRM 5041 - E-mail: [email protected]

Dr. Paulo NazarenoEndoscopia e Cirurgia Laparoscópica

Rua Ubaldino Souto Maior, 1230 - São Vicente, Crateús-CE - Fones: (88) 3691.1080 / 3691.5777

Respeito aos espaços públicos

Ainda que, com bastante atraso, a Guarda Municipal de Crateús, em parceria com a Secretaria de Infra-Estrutura vem de tomar uma das mais sensatas e urgentes providências, no sentido de coibir o eterno abuso de comerciantes que insistem em expor suas mercado-rias no espaço público das calçadas, que é destinado exclusivamente à circulação de pedestres.

A medida saneadora de-corre do Ofício Circular nº 038/2011 expedido aos comerciantes e entrou em vigor no dia 05 deste mês, prometendo fazer valer o di-reito de ir e vir das pessoas, fiscalização contínua, além de promessa de aplicação de penalidades previstas no Código de Obras e Posturas Municipais e na lei de Uso e Ocupação do Solo. A me-dida também se estende aos

comerciantes que ocupam o leito de ruas, seja com mercadorias ou com mesas e cadeiras, o que fica claro pelos termos do Ofício.

Diante de tão eficaz e lou-vável iniciativa da Guarda Municipal e da Secretaria de Infra-Estrutura, espera-se que a mesma possa ter igual valia, estendendo-se ao comércio noturno de casas de pasto e lanchonetes que utilizam o espaço público de calçadas e até mesmo ruas como extensão de seus pró-prios negócios, bem como para os que fazem uso de calçadas como oficinas de conserto ou lava-jato de carros e de motos.

Acreditamos que a oportu-na providência seja mesmo para valer e que não há de abrir exceções ou preceden-tes para que este ou aquele infrator possa continuar usu-fruindo de espaços públicos

destinados aos pedestres que, há anos, são impedidos de circular por calçadas onde determinados comerciantes mantêm seus negócios, por simples capricho, ou por en-tenderem que, em nome da ganância, podem prejudicar toda a cidade.

Entendemos que esta pro-vidência ainda foi de muita brandura, quando chega a permitir o uso de um terço da calçada para a exposição de mercadorias, e quando deixa de se referir ao abuso da propaganda sonora à por-ta de certos estabelecimentos comerciais, que tanto preju-dica, não apenas o ouvido do transeunte, mas também o do vizinho ao lado, que se obriga a escutar, durante dois expedientes o falatório ou o repertório musical que lhe é imposto.

Artigo Deoclides Beserra

O Governador Cid Go-mes prometeu durante um comício realizado em Crateús, no dia 16 de se-tembro de 2010, construir o Hospital Regional dos Inhamuns. Reeleito com ampla maioria de votos, sua promessa de construir este Hospital Regional começa a tomar forma e o primeiro passo foi a criação da nova macrorregião de saúde do Estado, para atender as re-giões do Sertão Central e os Inhamuns, que compreende uma população estimada em 612 mil pessoas. O pró-ximo passo será a escolha da cidade que irá sediar esta obra. Onde há gente, há política, tudo é organizado em torno de objetivos. E como tudo é organizado em torno de objetivos, a cidade que irá sediar o Hospital Regional também será escolhida atendendo a este fim. Na primeira reunião com o Governador Cid Gomes, os critérios de escolha foram colocados de maneira clara para todos os prefeitos que compõem a nova macrorregião de saúde. A escolha da cidade se daria sobre a que aglo-merasse o maior número de população regional, isto é, que atendesse ao maior número de pessoas. Por este critério, este Hospital Regional não estava des-tinado a ser instalado em nossa região, pois os muni-

cípios em volta de Crateús somam somente um terço da população daquela ma-crorregião. Os prefeitos de Tamboril, de Ipu e de Nova Russas conversaram com o Prefeito Carlos Felipe, e todos, sabendo que este Hospital Regional não seria aqui construído, optaram por continuar sendo refe-renciados pelo Hospital Regional de Sobral.

Rui Barbosa já dizia – “Política e politicagem não se confundem, não se parecem, não se relacionam uma com a outra. Antes se negam, se excluem, se repulsam mutuamente. A política é a arte de gerir o Estado, segundo princípios definidos, regras morais, leis escritas ou tradições respeitáveis. A politicagem é a indústria destinada a explorar a beneficio de interesses pessoais”.

O Governo do Estado fez política com “P” maiúscu-lo. Podemos até achar, o que é natural, pelo bem que temos por Crateús, que este hospital deveria ser cons-truído aqui, mas ele será construído onde há maior necessidade. A escolha, no dia 09 de maio, recairá en-tre as cidades de Quixadá e Quixeramobim, pois, além da localização privilegiada, contam com todos os quesi-tos para sediar este Hospital Regional, que terá entre 200 e 250 leitos e será si-

milar ao Hospital Regional do Cariri. Em cada uma das microrregiões estão sendo implantadas Policlínicas. São, no total, 21, e mais 17 Centros de Especialidades Odontológicas e, em parce-ria com o Governo Federal, serão instaladas 32 Unida-des de Pronto Atendimento (UPAs), que funcionarão 24 horas, além da univer-salização do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU).

Em Crateús, a politica-gem acerca deste assunto foi e continua sendo o tema predileto de algumas pes-soas. O motivo pelo qual a cidade não se candidatou para sediar o Hospital Re-gional é um caso típico des-te tipo de ação política, com o bate- boca nas rádios e nas rodas dos caldeirões. A população que deveria ser privilegiada na obtenção de informações verdadeiras e honestas é tratada por certos políticos inescru-pulosos, com a verdadeira politicagem. Crateús não é diferente de outras cidades de nossa região. Sofremos com o mesmo abuso de autoridade que permite a estes senhores o acesso aos meios de comunicação para dizerem o que bem lhes apetece, tendo por único objetivo o ganho pessoal em detrimento do bem co-letivo da população.

Hospital Regional: Política e politicagem

Page 3: Edição Nº 317

3Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Política[CrônicadaCidade]

Diviso aleatoriamente as pessoas que escolho para abrilhantar esta Coluna. Algumas, em função de posições que ocupam no gramado social, são am-plamente conhecidas; ou-tras, por razões que não me compete perquirir, optaram por buscar assento na ar-quibancada do anonimato. Quiçá porque assimilaram, como Gandhi, a liturgia da natureza: trabalham conti-nuamente, mas em silêncio.

É o caso de Eliel Machado da Ponte, um cidadão que conheci na década de 1970, quando pilotava um ônibus da Viação Machado. Vindo das Três Lagoas do Coreaú, Eliel se fez um ser humano fácil em meio às dificuldades da vida. Filho de agricultores pobres, sua primeira escola foi a roça – onde aprendeu que é necessário paciência e perseverança para colher a fartura natural. Jamais esqueceu o frugal alimento que lhe era oferecido na mesa do sofrimento: o fei-jão, a farinha e a rapadura – símbolo da dureza que se transforma em doçura.

Com apenas 11 janeiros teve cortado o cordão do afeto maternal: Florência Carneiro Portela, sua geni-tora, desencarna por oca-sião de um parto. Logo que completa 18 anos, o filho de Francisco Machado da Ponte segue a marcha indepen-dente da vida. Trabalhando com os primos Raimundo Machado e Milton Macha-do, empresários do ramo de transportes, faz progressos: começa na função de cobra-dor e ajudante de bagagens, depois vira motorista.

Laborando no percurso Crateús a Independência, conhece a mulher que iria tornar cativo o seu coração: Elzafá Pedrosa Machado. Convolaram núpcias em 1975 e, com a chegada de herdeiros, se dedicaram in-

teiramente à formação dos mesmos: Magidiel e Ismael Pedrosa Machado, pois o caçula, Gebnnel, prematura-mente (com apenas dez dias de vida) foi levado para outra dimensão.

Em que pese as enormes barreiras postas na sua estra-da da sua vida, Eliel sempre alimentou firmemente o so-nho de formar os filhos. E na direção desse sonho pilotou como um sábio. Ou como um mestre, na melhor esteira do ensinamento Budista: “O Mestre na arte da vida faz pouca distinção entre o seu trabalho e o seu lazer, entre a sua mente e o seu corpo, entre a sua educação e a sua recreação, entre o seu amor e a sua religião. Ele dificilmente sabe distinguir um corpo do outro. Ele simplesmente persegue sua visão de excelência em tudo que faz, deixando para os outros a decisão de saber se está trabalhando ou se divertindo. Ele acha que está sempre fazendo as duas coi-sas simultaneamente.”

Em 1996, transporta o filho mais velho, Magidiel, para a Capital Alencarina, a fim de que pudesse dar concreção ao mais profundo desejo de sua alma. No ano seguinte repete o gesto com o outro filho, Ismael. Nesse mesmo ano, enfrenta uma grave intempérie: perde o emprego! Mas não perde a fé, essa inexplicável força que remove montanhas e gera luz onde reina a escuridão. A mão Divina o abençoou e um novo emprego surgiu, na Empresa Gontijo. Faltan-do apenas dois anos para a graduação dos seus pupilos, passa a trabalhar na Empresa Barroso, onde laborou até obter a aposentadoria.

Homem de sólidas crenças, Eliel conseguiu voar ao topo do monte do discernimen-to: aprendeu que a vida

é passageira e que, nessa viagem fugaz, nossa melhor ação é lançar sementes do bem à beira do caminho e cavar masmorras às pai-xões ilusórias. Virou obreiro da messe Espírita e, como Allan Kardec, “reconhece o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para domar as suas más inclinações”.

Antenado com os cam-pos infinitos da percepção dos valores essenciais, tem seguido a bússola do des-prendimento da matéria e conseqüente dedicação às causas do espírito, concen-trando energia na valoriza-ção interior e no serviço ao próximo.

A partir desse desabro-char íntimo da sensibilidade, recolheu da realização do sonho de ver os filhos ba-charéis em direito, em julho de 2002 (Magidiel e Ismael pontificam entre os mais promissores causídicos das plagas do Poty) o sinal da oportunidade de se dedicar com mais afinco ao ideal de servir ao semelhante. Passa a trabalhar voluntariamente na Creche José Maria Ca-merino, dedicando tempo e trabalho, atenção e afeto para a comunidade do bairro Fátima II.

Em 2006, elege a meta de construir um Centro Espírita no bairro Cidade 2.000 como o seu grande propósito. Em 15 de dezembro do mesmo ano, inaugura um grande templo Espírita, dotado de moderna infra-estrutura e à altura do vigoroso traba-lho social que realiza junto àquela comunidade.

Eliel renasce em cada de-safio e se mantém colhendo frutos de prosperidade, pois descobriu a norma funda-mental: “Nascer, morrer, renascer ainda e progre-dir sempre, tal é a lei”. (Allan Kardec)

[Observatório]www.juniorbonfim.blogspot.com

Eliel Machado da Ponte

Alcatra ao molho de vinhoMarguê Freire

Ingredientes:1 peça de alcatra de 1,400 gramas, 3 colher (sopa) de farinha de trigo, 2 cebolas picadas, 2 dentes de alho, Sal e pimenta-do-reino moída, 1 xícara de manteiga e ½ garrafa de vinho tinto seco.Modo de preparo:Fritar o alho e a cebola em ½ xícara de manteiga; Acrescentar a farinha, mexer sempre. Reservar. Numa panela de ferro, dourar a carne no restante da manteiga; Juntar o sal, a pimenta, a cebola e o alho já fritos, adicionar o vinho e deixar cozinhar em fogo brando por 30 minutos; Cortar a carne no sentido perpendicular às fibras, arrumar em uma travessa com o molho e servir.

Vamos iniciar nossa coluna hoje passeando pela fonte dos bons ensinamentos: os filósofos. Platão concluiu que os males do homem só chega-riam ao fim quando fôssemos governados por filósofos. O filósofo é o amigo do saber. Saber – que tem a mesma raiz latina de sabor – tem menos a ver com cultura dos livros e mais com a cultura das luzes. Sabedoria é saber sentir e saborear a vida verdadeira. É deixar-se banhar pela lumino-sidade do bem. É ter sensibi-lidade para experimentar um tempero diferente. É ousar. Aristóteles, discorrendo sobre a virtude, afirmou que virtuo-so era quem mantinha eqüi-distância entre dois vícios, um por excesso e outro por falta. Em A Tranqüilidade da Alma, Sêneca mostra a importância do equilíbrio do humor na vida das pessoas. Indagado por um amigo (Aneu Sereno) a respeito de uma questão existencial, uma espécie de inconstância da alma que o incomodava, responde: “o objeto de tuas aspirações é, aliás, uma grande e nobre coisa, e bem próxima de ser divina, pois que é a ausência da inquietação”. Em seguida, Sêneca diz o que entende por tranqüilidade: “Vamos, pois, procurar como é possível à alma caminhar numa conduta sempre igual e firme, sorrindo para si mesma e compra-zendo-se com seu próprio espetáculo e prolongando indefinidamente esta agradá-vel sensação, sem se afastar jamais de sua calma, sem se exaltar, nem se deprimir. Isto será tranqüilidade”.

O FOCO Nas últimas edições temos

rabiscado cenários para a eleição municipal vindoura, inclusive mencionando pos-síveis postulantes. De pronto, alguns reagem aos nomes como se qualquer cidadão que, em tese, preenche as condições de elegibilidade não pudesse lançar o seu nome. Porém, hoje quero redirecionar a discussão. O que é essencial, estratégico e relevante se colocar a respeito do assunto? Normalmente a campanha é um momento culminante da realização de um debate que deveria ser per-manente: a cidade e o campo, a vida e sonhos das pessoas. Para onde caminhamos? O que queremos? Pensar sobre a nossa existência, o conserto dos problemas e os contornos do futuro – eis o que importa. No entanto, ao invés desse debate maiúsculo, via de regra nos perdemos em ques-

tões menores. No lugar de projetos, discutimos pessoas, fulanizando uma conferência que deveria ser impessoal. É aí que se insere a lição dos filósofos: precisamos dos eflúvios da sabedoria, do equilíbrio sensato e da tranqüilidade da alma para conduzir esse processo pelos trilhos da sensatez. Libertar-se das altas temperaturas ver-bais, do discurso contaminado pela grosseira rivalidade, da cegueira tóxica que nos im-pede de enxergar méritos nos contendores.

OS POLOSInvariavelmente, temos

assentado as disputas no binô-mio presente versus passado. A próxima refrega eleitoral precisa ser feita com esteio em outra polarização: o presente e o futuro. Avaliar o presente projetando um futuro melhor. Traduzindo: a oposição pre-cisa analisar a atual gestão sem os arroubos da incon-seqüência, sem disseminar o ódio contra o atual gestor. Carlos Felipe teve algum me-recimento – reconheçamos. É trabalhador – aplaudamos. A controvérsia não repousa sobre a pessoa dele, mas so-bre o projeto de governo que implantou. O que se contesta, então? Dentre outras coisas, um modelo administrativo que priorizou a partidarização ao invés da profissionalização da Administração Pública. Profissionalizar significa prio-rizar a competência técnica e não a afinidade eleitoral/par-tidária. (É inadmissível, nos dias atuais, que uma Prefeitu-ra do porte da nossa funcione sem um quadro de advogados-procuradores concursados. O Procurador Geral pode até ser nomeado sem concurso, porém o corpo técnico não). Outro ponto: Como se ad-mitir que um governo que se reivindica de esquerda tenha uma relação de intolerância, desrespeito e, à vezes, até de truculência com os servidores, em especial os professores?... Enfim, se nos detivéssemos a elencar a pauta de debate, com certeza o espaço seria pequeno. O importante é que se olhe a Educação, a Saúde, a Cultura, a Instituição, a Infra-estrutura etc. sobre os olhos da realidade atual e com vistas aos avanços que almejamos. Só depois de pontuarmos corretamente essa primeira etapa do processo, é que se pode passar para a segunda: a definição de nomes.

NOMESNomes é que não faltam.

E quando os mencionamos

queremos apenas mostrar que esse interesse das pessoas em oferecer sua contribuição é salutar para o município. O nome de Paulo Nazareno repercutiu rapidamente. O ex-vereador Antonio Luiz Mourão externou que toparia ser o vice de Nazareno. Sus-tenta que comporiam uma dupla imbatível. Márcio Ca-valcante ligou protestando o fato de seu nome não ter sido divulgado. Diz que é candi-dato a Prefeito. Argumenta que está bem posicionado nas pesquisas e que realizou um grande trabalho à frente do legislativo municipal. Até amigos do ex-Deputado Fede-ral Antonio Cambraia exibem a avaliação de que Crateús está necessitando de um ges-tor equilibrado e experiente, com boas relações internas e externas. Cambraia, escolhido o melhor Prefeito do Brasil quando governou Fortaleza, poderia ser convidado a dar sua contribuição a Crateús. Enfim, essa fartura de postu-lantes é positiva.

À MODA TWITTER O doutor José Arteiro apre-

sentou, sexta-feira (06.05), o livro Jitiranas de Luz, do poeta Dideus Sales. Notada a ausência do alto escalão da Prefeitura. Vanderlei inaugu-rou moderno salão de eventos, altos do Restaurante... Os ‘camilianos’ (representantes da Instituição São Camilo) assumiram o Hospital São Lucas. Que essa intervenção cirúrgica na saúde local seja bem sucedida... Zé Vanlor e Vânia, por ocasião da festa de bodas de ouro, consegui-ram congregar uma legião de amigos e, principalmente, a confraria familiar, liderada por Estênio e Valmir Campe-lo... Este último, o decano da mais alta Corte de Contas do País, agradeceu efusivamente a Crônica de sua vida aqui publicada...

PARA REFLETIR “O importante é viver bem,

não viver por muito tempo; e muitas vezes vive bem quem não vive muito. Ninguém se preocupa em ter uma vida virtuosa, mas apenas com quanto tempo poderá viver. Todos podem viver bem, nin-guém tem o poder de viver muito. Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só, uma vida”. (Sêneca)

Page 4: Edição Nº 317

4 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Cidade

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 511 - CentroFone/Fax: (88) 3691.1717NOVA RUSSAS: Rua Pe. Francisco Rosa, 1311 - CentroFone: (88) 3672.0308SANTA QUITÉRIA: Rua Cel. Manoel Alves, 157 - CentroFone: (88) 3628.0374ARARENDÁ: Rua Francisco Mourão Lima, s/n- Centrovizinho ao mercadinho Manoel DinhoFone: (88) 3633.1203FORTALEZA: Rua Pe. Luiz Filgueiras, 550 - AldeotaFone: (85) 3221.4355

“Em São Paulo, está chegando a hora de o PT voltar a governar”Luiz Inácio Lula da SilvaEx-Presidente

Secretaria lança campanha de vacinação

Oxi: nova droga é mistura de cocaína, cal e querosene

Comemorado Dia Nacional da Caatinga

A Secretaria de Saúde agendou evento para o lan-çamento da campanha de vacinação contra a gripe, que ocorreu na noite do último dia 27 de abril, nas dependências do Teatro Rosa Morais. A campanha recomenda a vacina contra o vírus “Influenza” a ser aplicada em crianças com até dois anos de idade, em gestantes e em pessoas com mais de 60 anos. Segundo o secretário de Saúde Diego Lima, a meta é atingir o índice mínimo de 90% de pessoas vacinadas durante o período da campanha que se estenderá até o dia 13 de maio.

O secretário apresentou resultados positivos de sua pasta no ano de 2010, como a redução de 40% nos índi-ces de infestação da Den-gue, além da redução para 11/1000, da TMI, Taxa de Mortalidade Infantil no mu-

nicípio, índice comparável com o dos países da Europa, enquanto o índice nacional se mantém em 27 mortes por cada 1.000 crianças nascidas.

O prefeito Carlos Felipe enfatizou o trabalho e com-promisso dos profissionais de saúde na obtenção dos índices positivos acima, ressaltando que o ano de 2011 ficará marcado na his-tória do município de Cra-teús, quando estão previstos grandes acontecimentos, tais como as inaugurações da UPA 24horas, da Poli-clínica Regional, com 13 especialidades, e do Centro Regional de Especialidades Odontológicas.

Durante o evento, foi de-monstrada em audiovisuais a programação da vacinação contra a gripe e os locais de atendimento; também foram mostrados os números sobre a Dengue, bem como sobre a

Taxa de Mortalidade Infan-til do município. Diversos Certificados de Reconhe-cimento foram entregues aos profissionais de saúde responsáveis pela signifi-cativa baixa nos índices de mortalidade infantil, entre os quais, médicos, enfermeiros, etc.

O Teatro Rosa Morais, palco do evento, esteve lotado, tendo comparecido à Mesa dos Trabalhos, o prefeito Carlos Felipe, a secretária de Assistência Social e primeira dama do município, Luciene Rolim Bezerra, vereadores Lou-renço Torres, Adriano das Flores e Márcio Cavalcante, este último, dando o tom político do evento quando instado a se pronunciar na ocasião; secretário de Saú-de Diego Lima, médico e suplente de deputado Pierre Aguiar, entre outros.

Oficialmente, ainda não há registro de que a nova droga tenha chegado ao Ceará. Mas só a possibilidade assusta: o chamado oxi é ainda mais letal do que o crack. Também vicia mais rápido e é mais barato. “É uma droga muito pesada. É cocaína mistura-da com querosene e cal”, explica o psicólogo Osmar Diógenes, especialista em Dependência Química e co-

ordenador do Instituto Volta a Vida.

O oxi entrou no Brasil pelo Acre e já teria se espalhado por outros estados. “Aqui, no Ceará, ainda não tem ne-nhum registro oficial. Nem a Polícia Civil nem a Federal apreenderam esse tipo de droga no Estado. Isso não quer dizer que ela não exista. As pessoas podem até estar usando sem saber”, alerta o

delegado Pedro Viana, titular da Delegacia de Narcóticos (Denarc).

A suspeita é porque o oxi parece com o crack. Também é em formato de pedra e pode ser fumado em cachimbo. “O oxi é só um pouco mais claro”, compara Osmar Di-ógenes. O especialista tam-bém desconfia que a nova droga esteja sendo vendida em Fortaleza como se fosse

crack.“O preço do crack baixou

de uma hora para outra. Em alguns locais, tem pedra sen-do vendida a R$ 2”, comenta o psicólogo. O valor normal é entre R$ 4 e R$ 6. “Isso deixa a gente desconfiado”, emenda. Vender oxi como se fosse crack seria uma es-tratégia dos traficantes para disseminar a droga.

O diretor do Instituto Volta

a Vida lembra que, no caso do crack, também houve es-tratégia para difundir o con-sumo da droga. “O usuário procurava pela maconha e eles diziam que não tinham, empurrando o crack.”

Segundo Osmar Dióge-nes, apenas um dos jovens que recebem tratamento no Instituto Volta a Vida relatou já ter consumido oxi. “Foi um, paciente que chegou

de Brasília e tinha usado (a nova droga) lá. Perguntei se já tinha visto aqui em Fortaleza, mas ele disse que não. Só tinha ouvido falar que estava sendo vendido para o lado do Icaraí (em Caucaia)”, diz.

Para celebrar o Dia Na-cional da Caatinga, 28 de abril, a Associação Caatin-ga, órgão mantenedor da Reserva Natural Serra das Almas, no município de Crateús, realizou o evento “No Clima da Caatinga” alusivo à data, nas depen-dências do Espaço Ouro Verde, com a participação de toda a equipe envolvida na tarefa de manutenção e conservação da Natureza, numa área correspondente a 6.146 hectares, e com a pre-sença do prefeito de Crateús, Carlos Felipe, do secretário de Meio Ambiente, Van-derley Marques, secretário de Governo Elder Leitão, e de Cultura, Aldo Costa, do promotor de Justiça José Arteiro Goiano, dos verea-dores Adriano das Flores e Lourenço Torres, e vários

convidados da municipali-dade, além de representantes de diversas comunidades e associações comunitárias que vivem ou trabalham no entorno da Reserva Serra das Almas.

A Associação Caatinga tem como principais diri-gentes, João Bosco Carbo-gim, que proferiu palestra sobre o histórico da Reserva Natural Serra das Almas e a importância do bioma caatinga, único em regiões semi-áridas do mundo; Ro-drigo Castro, que palestrou durante a apresentação de importante audiovisual mos-trando a beleza, a riqueza e a biodiversidade contidas na área da Reserva, e por Ever-ton Torres de Melo, gerente da Reserva, que deu as boas vindas aos convidados para o evento.

O prefeito Carlos Felipe falou sobre o trágico mo-mento vivido pela huma-nidade que, nos últimos 10 anos, teve os nove anos mais quentes do Planeta, ao tem-po em que observou que o nome de Crateús está sendo projetado nacionalmente através do Projeto da Reser-va Serra das Almas.

O promotor de Justiça José Arteiro, em rápidas palavras, disse da preocu-pação e do envolvimento do Ministério Público nas ques-tões ambientais, e encerrou suas palavras citando que “a Natureza, em seu silêncio, geme em dores de parto”.

O secretário de Meio Am-biente, Vanderley Marques, falou dos projetos da sua secretaria recém-implantada e fez outras considerações.

Prefeito Carlos Felipe entrega ao pediatra dr. Nonato Melo, Certificado de Reconhe-cimento

Secretário de Saúde Diego Lima Médico traumatologista Pierre Aguiar João Bosco Carborgim fez histórico da Reserva Natural Serra das Almas

Everton Torres de Melo, gerente da Reserva Natural

Rodrigo Castro mostrou em áudio-visual a riqueza e a biodiversidade da Caatinga

Page 5: Edição Nº 317

5Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Cidade

Secretaria inaugura novas instalações

Projeto Estação da Leitura chega a Crateús

Crédito rural: Banco do Nordeste dispõe de condições para liquidar 64 mil operações

A Secretaria de Gestão Administrativa, que tem à frente a secretária Aurinei-de Aguiar, entrou para um novo tempo no “Governo Vida Nova para Crateús”, ao inaugurar suas novas ins-talações e também um novo modelo de atendimento ao público, significando que a modernização foi ali im-plantada em prol do servidor municipal que, a partir de então, usufruirá da rapidez e do conforto que chegou através das mudanças.

A Secretaria passou por completa reforma física, elétrica, tecnológica e de acessibilidade, em busca da satisfação e da comodidade ao servidor municipal, e instalou uma rede de compu-tadores disposta em guichês

e no atendimento, imprimiu o uso de fardamento, do cartão de identificação, além da completa informatização dos serviços.

A secretária Aurineide Aguiar, que antes já havia implantado na administra-ção municipal o contrache-que “on line”, um benefício estendido aos servidores municipais de modo geral, conseguiu uma parceria com a Caixa Econômica Federal e implantou o cartão Cons-trucard – cartão de crédito para aquisição de material de construção, exclusivo, para os servidores públicos municipais, além de contar com a oferta dos serviços da Caixa Econômica, como empréstimos consignados e outros.

Por ocasião do evento de inauguração que ocorreu no último dia 2, Aurineide Aguiar ressaltou a coopera-ção de inúmeros funcioná-rios, com cuja ajuda pode contar; dos parceiros, do prefeito Carlos Felipe, além das sugestões que recebeu de amigos para a implan-tação da reforma geral da Casa.

O evento ocorreu em cli-ma de muita alegria, conten-tamento e de simplicidade, nas dependências da “nova” secretaria, e foi prestigiado por Romildo Marçal, chefe do Gabinete do prefeito Carlos Felipe, que o repre-sentou e em seu nome se pronunciou, e por muitos amigos da secretária.

Após instalar 62 bibliote-cas infantis nas zonas rurais dos municípios cearenses, o Projeto Estação da Leitura, idealizado pela Fundação Deusmar Queirós e execu-tado pela APDMCE, com apoio do UNICEF, retoma suas ações em 2011. Até ju-lho, cinco bibliotecas serão entregues às comunidades de Crateús, Quixelô, Qui-xeré, Tabuleiro do Norte e Ererê. A primeira delas foi inaugurada no dia 27 último, no Hospital de Referência São Lucas, em Crateús.

O evento contou com a presença da médica Célia Costa Lima, primeira dama do município de Limoeiro do Norte e presidente da Associação das Primeiras Damas dos Municípios do Ceará (APDMCE) que, jun-

tamente com o prefeito Car-los Felipe, a primeira dama de Crateús Luciene Rolim Bezerra e o secretário de Saúde Diego Lima, implan-taram o Projeto Estação da Leitura, numa sala da Pedia-tria do Hospital São Lucas. Também compareceram ao evento o vice-prefeito Mauro Soares, que acumula o cargo de secretário de Edu-cação, o diretor da Guarda Municipal, cel. Francisco Bezerra, o secretário de Cultura Aldo Costa, signi-ficativa parcela de médicos e funcionários do Hospital São Lucas e convidados.

Implantar bibliotecas in-fantis em hospitais públicos e associações comunitárias situadas em distritos da zona rural é o objetivo do Projeto. A atividade visa favorecer

crianças que não têm aces-so à bibliografia infantil básica, despertando-as para o prazer da leitura. Essas bibliotecas têm um acer-vo diversificado, escolhido por faixa etária, conforme critérios pedagógicos. Os livros atendem crianças até 7 anos, entre 8 e 10 anos; e 10 a 12 anos.

A biblioteca de Crateús é a primeira s ser instalada em um hospital público. As crianças que estão interna-das, independente da sua gravidade, agora podem contar também com os livros como companhia que, cer-tamente, irá contribuir bas-tante com a recuperação e o ambiente alegre e saudável que toda criança precisa para manter uma boa saúde e um bom desenvolvimento.

Lei 12.249/2010 permite a remissão e liquidação de dívidas rurais com até 85% de descontos.

Fortaleza - Com a publica-ção da Lei 12.249/2010, em 14/06/10, e do Decreto nº 7.339, em 21/10/2010, pode-rão ser liquidadas, com con-dições especiais, as dívidas rurais contratadas no Banco do Nordeste, até 15 de janei-ro de 2001 e com valor até R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), pelos mutuários do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricul-tura Familiar (PRONAF), bem como pelos mini, pe-quenos e médios produtores rurais, suas cooperativas e associações.

São cerca de 64 mil opera-ções de produtores rurais do Estado do Ceará, que serão beneficiados com a remissão

ou a concessão de rebates, que podem chegar a 85% do valor da dívida, para efeito de liquidação, conforme detalhamento a seguir:

REMISSÃO:PRONAF “B” - operações

contratadas até 31 de dezem-bro de 2004, com recursos liberados no valor de até R$ 1.000,00 (mil reais);

DEMAIS OPERAÇÕES - operações enquadráveis no art. 2º da Lei nº 11.322/2006 (renegociadas ou não), desde que, em ambos os casos, estejam lastreadas atual-mente pelas fontes FNE, recursos mistos do FNE com outras fontes, outras fontes do crédito rural cujo risco seja da União, ou qualquer fonte quando contratadas no âmbito do PRONAF e cujo saldo devedor, por mutuário, seja de até R$ 10.000,00

(dez mil reais), atualizado de acordo com as regras específicas para cada uma das situações.

REBATE PARA LIQUIDAÇÃO:

PRONAF “B” - opera-ções contratadas entre 02 de janeiro de 2005 e 31 de dezembro de 2006, pelo valor de até 1.500,00 (mil e quinhentos reais), terão rebate de 60% para fins de liquidação;

DEMAIS OPERAÇÕES - operações enquadráveis no art. 2º da Lei nº 11.322/2006 (renegociadas ou não), que não foram enquadradas na remissão, por não atende-rem ao requisito referente a saldo devedor, terão rebates variando de 45% a 85%, a depender da localização do empreendimento (dentro ou fora do semi-árido).

Para pleitear a liquidação da sua operação, com os re-bates previstos, o mutuário deverá procurar sua agência de relacionamento no Banco do Nordeste e verificar a possibilidade de enquadra-mento na Lei 12.249/2010. Já nos casos de remissão, o cliente receberá uma cor-respondência do Banco, não havendo necessidade de contato prévio.

“Dentre as vantagens des-ta medida para o produtor rural, destacamos a possi-bilidade de recuperar a sua capacidade produtiva por meio de novos financia-mentos junto ao BNB após a regularização de sua dívida com base na referida Lei”, afirma o Gerente da agência Crateús-CE, Edmundo So-ares Neto.

GESTÃO ADMINISTRATIVA CRIANÇA

Secretária Aurineide Aguiar fala sobre a reforma da secretaria e do novo modelo de atendimento ao público

Chefe de gabinete Romildo Marçal repre-sentou o prefeito Carlos Felipe

Presidente da APDMCE Célia Costa Lima inaugura Sala de Leitura no Hospital São Lucas

Secretária de Ação Social, Luciene Rolim, prefeito Carlos Felipe e secretário de Saúde Diego Lima

Serviço oferece recompensa por paradeiro

O Disque–Denúncia do Rio de Janeiro recebeu, entre quarta feira e a tarde de ontem, 14 ligações com possíveis informações sobre a advogada Heloísa Borba Gonçalves, 61 suspeita de envolvimento em quatro homicídios e duas tentati-vas de homicídio, além de outros crimes.

Foram quatro denúncias recebidas na terça, sete quarta feira e três ontem, até por volta das 15h. O serviço oferece R$ 11 mil de recompensa pela denúncia que leve à mulher. É o maior valor já oferecido pelo Dis-que-Denúncia do Rio.

A desconfiança do envol-vimento de Heloísa Gon-çalves na morte de dois de

seus ex-maridos e de um ex-companheiro rendeu à advogada o apelido de viúva-negra – tipo de aranha que mata o macho após a cópula.

Mãe de seis filhos, a ad-vogada foi casada quatro vezes. O primeiro marido a morrer assassinado, o secu-ritário Irineu Duque Soares, foi morto a tiros em 1983, no meio da rua, em Magé, ao lado de Heloísa.

Ela foi denunciada pela morte de outro marido, Jorge Ribeiro, assassinado em 92. Heloísa também é a principal suspeita da morte do ex-namorado, o pedreiro Wargih Murad.

VIÚVA-NEGRA

Page 6: Edição Nº 317

6 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Regional

AMILIAR COMEMORA PRIMEIRO ANIVERSÁRIO

SECRETARIA DE SAÚDE E HEMOCE REALIZAM CAMPANHA DE DOAÇÃO DE SANGUE

FUNASA LIBERA VERBAS PARA CONSTRUÇÃO DE 64 CASAS

Área 1213 - 8802 5067 OU 190

Área 1212 - 8802 5066 OU 190Área 1211 - 8802 3535 OU 190

Informe Publicitário Independência

Jovens do CRAS comemoram a páscoa

Câmara Municipal de Ararendá realiza sessão dedicada à Mães

Chuvas geram expectativa de boa safra

A Secretaria de Assistên-cia Social através do Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS, movida pelo Espirito Pascal, comemorou a Páscoa na tarde de segunda feira (25/04), com alunos do Projeto Juventude Atitude, referenciados pelo CRAS. O evento que contou com a presença da secretária da pasta Cléa Teixeira, e do coordenador do CRAS, Cristiano Soares, aconteceu no auditório da entidade mantenedora e reuniu cerca de 100 jovens e alguns pais de alunos.

O projeto Juventude Ati-tude atende e incentiva ao esporte e à cultura crianças e adolescentes do município de Monsenhor Tabosa, nas modalidades: capoeira, fu-tebol de salão, balé e grupo

de dança, sendo atendidos pela capoeira 70 alunos, que contam com apoio e parceria da Associação Abadá Capo-eira. No futsal, são 30 os alunos que participam das aulas semanalmente. A prio-ridade é para integrantes do Programa Bolsa Família.

A secretária lembrou a importância da Páscoa e ressaltou a necessidade da participação dos pais junto aos filhos, nas diversas ati-vidades desenvolvidas pelo CRAS. Cristiano Soares lembrou a Ressurreição de Jesus e a aproximação das pessoas neste período. Referiu-se à valorosa equipe que compõe o CRAS, cujo trabalho tem sido voltado para garantir atendimento adequado ás famílias tabo-enses.

A Câmara Municipal de Ararendá realizou, no domin-go, dia 08, sessão especial de significativa importância, para prestar homenagem às mães do município de Ararendá, no dia a elas consagrado. A

iniciativa partiu da vereadora Chaguinha Hora (foto), presi-dente da Casa, que foi apoiada pelos demais vereadores. A sessão especial foi realizada às 16h de ontem para a mere-cida homenagem.

Até abril último, foi re-gistrado no município de Independência cerca de 770 mm de chuvas que beneficia-ram as diversas lavouras, e foram suficientes para gerar

uma expectativa de grande safra. A espera de boa safra deverá também ser creditada à distribuição a tempo, de se-mentes, por parte do Governo Estadual e ao Programa Adu-

ba Sertão no município, que beneficia grande quantidade de agricultores que ousaram plantar sementes no mês de janeiro e que estão com a safra garantida, e os que

plantaram em fevereiro e que também se encontram diante de uma expectativa muito boa, mesmo com a estiagem de março que ameaçou o plantio.

Segundo o secretário de Agricultura Nonato Sobrinho, a safra de 2011 no município, sem dúvida, será recordista como a de 2006, e poderá se firmar como a maior dos úl-

timos cinco anos. O prefeito Valdi Coutinho, que também se destaca como agropecua-rista mostra-se confiante com o atual quadro de chuvas e de expectativa de grande safra.

Agricultores familiares do municí-pio de Monsenhor Tabosa, integrantes da Feira Municipal Agroecológica da Agricultura Familiar – FEMAAF co-memoraram na manhã de 16 de abril último o primeiro ano de atividades da Feira no município.

A feira funciona em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Instituto para o Desenvolvimento da Economia Familiar – IDEF, com a FETRAECE, Projeto Dom Helder Câmara; Prefeitura Municipal, Banco do Nordeste, Governo do Estado e Governo Federal.

Os principais objetivos são o aumento da renda familiar, o resgate da cultura, fomento do desenvolvimento da pro-dução local, a comercialização direta ao consumidor, a prática da economia solidária (preço justo sem concorrên-cia) e o fortalecimento da agricultura familiar.

A Feira conta com 36 sócios e é coordenada pela Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares, sendo realizada no Centro Comercial a cada 1º sábado do mês. A Feira abre também espaço para agricultores não sócios. Uma diversidade de produtos é comer-cializada, tais como frutas, hortaliças,

verduras, derivados do leite, animais vivos, “plantas medicinais”, comidas típicas e artesanatos. Ao todo, 10 co-munidades da zona rural participam ativamente da feira, que conta com 25 garantidores, que são agricultores re-ferência nas respectivas comunidades. (Colaborou Dorismar Rodrigues)

O Governo Municipal de Independência, através da Secretaria de Saúde, em parceria com o HEMO-CE - Unidade Sobral, realizou campanha de doação de sangue, dia 29 de abril último, nas dependências do Rutilo Esporte Clube, que resultou na coleta de 152 bolsas aptas, cinco inaptas, e na realização de 33 cadastros de doadores de medula óssea, com o comparecimento aproximado de 200 voluntários. (Colaborou F. Sousa)

Dentro do programa de Combate à Doença de Cha-gas, a FUNASA liberou re-cursos para a construção de 64 casas de alvenaria no município de Independência, em substituição a casas de taipa, para evitar a presença do inseto Barbeiro. Com a liberação dos recursos, o município entrou com a sua contrapartida e deu início à construção das referidas casas previamente identificadas em diversas localidades no interior.

O município é considerado como dos maiores em infes-tação do inseto transmissor da Doença de Chagas, com índice acima de 45% e com incidência de casos. Por isso é considerado como área de

risco. O prefeito Valdi Cou-tinho, nas suas três gestões conseguiu recursos para a melhoria habitacional, que gerou a substituição de cerca de 500 casas de taipa, em parceria com a FUNASA, be-neficiando em torno de duas mil pessoas.

Recomendação da FUNA-SA alerta que as famílias também devem fazer a sua parte, mantendo as casas mais cuidadas, para que não venham a abrigar o inseto.

Segundo o secretário de Infra-Estrutura Edval Pimen-tel, outro importante projeto já está sendo desenvolvido no município, abrangendo a construção de 60 casas conse-guidas pelo governo munici-pal, junto à Caixa Econômica

Federal – pelo programa “Minha Casa Minha Vida”, beneficiando cerca de 250 pessoas, além de propiciar a geração de emprego e renda.

Informa Coutinho Neto, do setor de Finanças do Mu-nicípio de Independência,

que os recursos investidos no projeto, em parceria com a FUNASA são no valor R$ 789.253,10. Os demais recur-sos são do Governo Federal, e o município entra com a doação dos terrenos para a construção das casas.

Informe Publicitário Monsenhor Tabosa

Modelo de casa da FUNASA para substituição de casa de taipa por de alvenaria

Barracaa expõem produtos da agricultura familiar

Voluntários fazendo doando sangue

COMUNICADO SEMACE COMUNICADO SEMACE

P G ARAUJO DE PAULO-METorna público que requereu à Superin-tendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE a Regularização de Licença de Operação para Panificadora no Mu-nicípio de Crateús, na Av. Benony Mou-rão Filho, 708 – Bairro Venâncios – CEP 63700-000.Foi determinado o cumprimento das exi-gências contidas nas Normas e Instru-ções de Licenciamento da SEMACE.

EMPRESA GONTIJO DE TRANSPORTES LTDATorna público que recebeu da Superintendência Estadual do Meio Ambiente – SEMACE a Regula-rização da Licença de Operação referente a abas-tecimento, lavagem e manutenção de veículos da empresa, localizada na Rua Dom Pedro II, n° 2256, Bairro Fátima II, no Município de Crateús / CE. CNPJ 16.624.611/0123-19, CEP: 63.700-000. Foi determinado o cumprimento das exigências contidas nas Normas e Instruções de Licenciamen-to da SEMACE.

Page 7: Edição Nº 317

7Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Regional

Torneio do Trabalhador 2011

HISTÓRICO

GABINETE DO PREFEITO:COMUNICADO

Projeto “Fazendo Arte” produz frutos

STJ nega pedido de suspensão de liminar a prefeito e vice assume

A Prefeitura de Novo Oriente através das Secre-tarias de Educação e a de Cultura, Turismo e Des-porto, desenvolve o projeto Fazendo Arte, uma ação que fortalece e valoriza a cultura local. O projeto destina-se a

ensinar crianças e adolescen-tes na arte de tocar violão, enfatizando a música como forma de mantê-los inseri-dos num mundo criativo e artístico, fora das drogas e longe da violência. Através deste projeto, muitos jovens

se profissionalizaram e hoje fazem parte da Banda de Música do Município, e outros são instrumentistas lotados em bandas de forró da região.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), através do ministro Ari Pargendler, em decisão monocrática, negou,

no último dia 27 de abril, o pedido de suspensão de limi-nar e de sentença ao prefeito afastado, de Nova Russas,

Marcos Alberto Martins Tor-res, que visava anular a deci-são do desembargador presi-dente do Tribunal de Justiça

do Ceará (TJCE), José Arísio Lopes da Costa, e assim re-tornar ao cargo do qual foi afastado pelo juiz substituto

da Comarca de Nova Russas, Daniel Carneiro.

A Secretaria de Cultura, Turismo e Desporto realizou nos dias 30/04 e 01/05 de 2011 o Torneio do Traba-lhador, no Ginásio Polies-portivo José Airton Ximenes Coutinho, contando com a participação de 22 equipes e com grande presença de público, havendo premiação

em dinheiro para campeão e vice, além de troféus e me-dalhas. A equipe campeã foi a “Moleques Maneiros” do bairro Lagoa do Tigre Norte, sendo vice-campeã a equipe “Cabra Macho”, do Centro da cidade. A Secreta-ria de Cultura vem mantendo os eventos tradicionais do

esporte e pondo em prática novas idéias que, com cer-teza, muito têm contribuído para a valorização e o desen-volvimento do esporte local. A Secretaria tem á frente o Professor Jaime Alexandre e o sub-secretário Antonio da Silva Oliveira (Borbo-rema).

Em 13 de dezembro de 2010, o juiz Daniel Carneiro, atendendo ao pedido formu-lado na Ação de Improbidade Administrativa interposta pelo Ministério Público Es-tadual, através da PROCAP – Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pú-blica afastou, liminarmente, o prefeito Marcos Alberto.

No dia seguinte, o prefeito foi reintegrado ao cargo por força de liminar concedida pelo então presidente do TJCE, Desembargador Er-nani Barreira Porto.

O Ministério Público Esta-dual, através da procuradora-geral, Dra. Socorro França, entrou então, junto ao Tri-bunal de Justiça do Ceará,

com um agravo regimental para derrubar a liminar con-cedida ao prefeito Marcos Alberto. No dia 14 de abril, o atual presidente do TJCE, Desembargador José Arísio Lopes da Costa, atendendo à solicitação do Ministério Público, cassou a liminar antes concedida pelo seu antecessor e tornando válida

novamente a decisão do juiz Daniel Carneiro, que havia afastado o prefeito Marcos Alberto.

No dia 15 de abril, a Câma-ra Municipal de Nova Russas deu posse ao vice-prefeito Paulo César Evangelista e, neste mesmo dia, o prefeito afastado, Marcos Alberto, in-gressou no Superior Tribunal

de Justiça (STJ) com um pe-dido de suspensão de liminar e de sentença, visando anular a decisão do desembargador presidente do TJCE, José Arísio Lopes da Costa, para retornar ao cargo.

Na manhã do dia 27 de abril, o STJ, em decisão monocrática dada por seu presidente, ministro Ari Par-

gendler, negou e indeferiu o pedido do prefeito afastado Marcos Alberto, ensejan-do a posse do vice-prefeito Paulo César Evangelista, que permanecerá à frente do Executivo Municipal de Nova Russas.

Sirvo-me do presente para, na condição de prefeito em exercício do Município de Nova Russas, e em respeito à sociedade civil organizada de minha terra natal, esclarecer à população o seguinte:

01. Que, na quarta-feira, 27-04-2011, o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ministro Ary Parden-gler, despachando Processo de Pedido de Suspensão de Liminar, ajuizado pelo pre-feito afastado do Município, Marcos Alberto Martins Tor-

res, em decisão fundamenta-da de seis laudas, entendeu que: “O interesse público estaria melhor protegido com a manutenção do afas-tamento do Senhor Prefeito Municipal, tendo desta forma indeferido a pretensão”.

02. A decisão do ministro presidente do STJ encerra a fase judicial de liminares do Processo de Improbidade Administrativa iniciado na Comarca de Nova Russas em novembro de 2010, retornan-do desta forma a discussão às

questões de mérito, que po-derá levar anos, em função do elevado número de réus, não impedindo o prefeito afasta-do de recorrer ao Pleno do Superior Tribunal de Justiça, da decisão do Presidente, cujos recursos, atualmente, estão sendo apreciados numa faixa de 12 meses.

03. Desta forma, convido todos os servidores públicos municipais, sem exceção, a se fazerem presentes em seus postos de trabalho, para prestarem atendimento digno

e eficaz à população de nossa Cidade.

04. Finalmente, já deter-minei o início do pagamento da folha salarial, começando com os 40% e 60% da Edu-cação, dando prosseguimento com as demais secretarias, à medida do ingresso de recursos nos cofres Munici-pais, bem como, determinei os respectivos descontos, a partir da data acima, dos dias paralisados dos servidores faltosos.

05. Reafirmo o meu po-

sicionamento de não perse-guição a qualquer servidor. Entretanto, não abro mão de indicar os membros de minha equipe administrativa, nem tampouco de proceder a cortes na despesa pública, na indicação de cargos de 2º e 3º escalões do Governo Municipal, cujas nomeações serão feitas somente para os cargos essenciais, estrita-mente necessários e a partir do mês de Maio.

Certo do entendimento e do atendimento ao convite feito,

e de que os esclarecimentos ora prestados surtiram os efeitos desejados, conclamo a todos os novarrussenses a se unirem em torno de uma administração voltada para o bem e o interesse de nossa Cidade e de todos que amam nossa terra e que aqui convivem.

Paulo César Evangelista.Prefeito em Exercício doMunicípio de Nova Rus-sas.

Informe Publicitário Novo Oriente

NOVA RUSSAS

Paulo César Evangelista, vice-prefei-to de Nova Russas em exercício

Crianças e adolescentes aprendem a arte de tocar violão Equipe do “Moleques Maneiros”, campeã do Torneio do Trabalhador

“Nós vivemos um quadro pluripartidário, multipartidário. Quando você tem mais de 30 partidos, você não tem mais de 30 ideologias”Geraldo AlckminGovernador de São Paulo, ao defender a redução no número de legendas

Page 8: Edição Nº 317

8 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Artigos “EU TARDO, MAS NÃO FALTO. PIOR É QUEM TARDA E FALTA...”Pe. Geraldinho

Pensamento

Artigo Cheyla MotaPsicóloga e Psicopedagoga

A vingança é um sentimento cego e voraz, que só se dissipa após o seu objetivo final ser atingido, dando lugar a um va-zio indescritível (não que eu o tenha sentido, mas acredito que assim seja). Ela ultrapas-sa a ética e todos os princí-pios religiosos, acometendo a todos que são levados pela vontade de fazer justiça com as próprias mãos- homens e nações inteiras que vivem no ódio eterno, muitas vezes em nome de “Deus”. Após a conclusão do ato vingativo, não existe inércia, e como de toda ação advêm uma reação, o ciclo de reações é negativo e gerador de mais vingança. Ir-mãos que não se falam, famí-lias que se digladiam, nações que se perpetuam em guerras, para quê? Até onde?

Na antiga Babilônia, a lei era clara: tomou, levou; olho por olho, dente por dente; cas-tigo-espelho; ou simplesmen-te retaliação. A lei do talião “lex talionis”, já descrita no Código de Hamurabi em 1780 a.C. parece não ter terminado. Cada vez mais vemos provas que as pessoas parecem estar

perdendo a capacidade de per-doar, de deixar que a justiça faça sua parte, talvez por des-crédito nesta, ou por falta de amor no coração. As relações estão estremecidas em todas as esferas: familiares, sociais e políticas.

Parece-me que a atitude de oferecer a outra face, está fora de moda! Ou todos se esqueceram da mensagem que Jesus Cristo nos deixou? Na época do Judaísmo havia uma cobrança rígida e as leis eram severas, os primeiros cristãos foram massacrados e punidos com a vida. Mas a herança de Jesus foi maior, a do amor e do perdão.

Preocupo-me com as rea-ções que virão com a morte de Bin Laden. A nação americana está em festa por ter vingado o causador da morte de quase três mil pessoas inocentes. Mas, todos se esquecem que foram os Estados Unidos que treinaram Bin Laden para combater a antiga União Sovi-ética. E o que dizer dos milha-res de mortos de Hiroshima e Nagasaki que morreram com a queda da bomba atômica

lançada pelos americanos no final da Segunda Guerra Mun-dial? Em reação a invasão pelos japoneses à Pearl Habor. Em reação a...

A psicanálise avalia o per-dão verdadeiro, quando este leva a um sentimento de com-pensação, isto é, um perdão completo, resolução completa do problema. Do contrário, projeções e formações reati-vas podem minar aquele sen-timento incompleto, o perdão “da boca para fora”, apenas por que o padre disse que temos que perdoar, não vale. Pois ele tem que ser gerado e libertado pela verdade da expressão: “Eu te perdoo”.

Acredito ser melhor op-tar pelo perdão do que pelo talião, pela paz do que pela guerra. Não existem heróis ou vilões, apenas pontos de vista Cristãos, Judaicos ou Muçulmanos. Tenho certeza de que pela vingança nada se concluirá bem, apenas haverá mais sofrimento e morte de inocentes, e a morte de ne-nhum homem deve ser motivo de festa.

Roma. Seis anos após sua morte, o papa João Paulo II foi proclamado be-ato, pelo seu sucessor, Bento XVI, em uma cerimônia assistida por 1,5 milhão de pessoas na Praça São Pedro, no Va-ticano.

“Com a nossa autoridade, concedemos que o venerável servo de Deus João Paulo II seja chamado de beato e que se possa celebrar a sua festa todos os anos, no dia 22 de outubro, nos lugares e conforme as regras estabelecidas pelo direito”, declarou o pontífice. Seguiram-se oito minutos de palmas.

Na janela principal da fachada da Ba-sílica de São Pedro, uma cortina correu devagar para mostrar um rosto sorridente e ainda cheio de juventude de João Paulo II, com uma auréola de santo aplicada em fundo de céu azul. A freira francesa Marie Simon Pierre, beneficiada pelo milagre aprovado para a beatificação, depositou junto ao altar uma relíquia de seu benfeitor - uma ampola com sangue colhido no hospital, em seus últimos dias de vida.

“Giovanni Paolo, Giovanni Paolo!”, gritaram os compatriotas poloneses, num entusiasmo contagiante que a multidão ecoou. A julgar pelas bandei-ras vermelhas e brancas, os poloneses eram maioria na praça, cerca de 80 mil peregrinos.

As brasileiras Elinete Passos e Apare-cida Aurora Cordeiro, mineiras de Teófi-lo Otoni, que moram na Itália, na região

do Piemonte, contam que dormiram na calçada para acompanhar a cerimônia, que começou às 10h (5h, no horário de Brasília).

“Valeu a pena, porque em 1997 eu beijei a mão de João Paulo II e ganhei a bênção dele”, afirmou Elinete.

Bento XVI também parecia emociona-do em beatificar o seu antecessor, com quem ele trabalhou durante 23 anos. “Passaram-se já seis anos desde o dia em que nos encontrávamos nesta praça para celebrar o funeral do papa João Paulo II. Já naquele tempo, sentíamos pairar o perfume da sua santidade”, afirma o papa em sua homilia. “Ele abriu a Cristo a sociedade, a cultura os sistemas políticos e econômicos, invertendo com a força de um gigante uma tendência que podia parecer irreversível”, acrescentou.

Talião ou Cristão

Bento XVI beatifica João Paulo II

Page 9: Edição Nº 317

9Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Geral

“O Sebrae espera uma Secretaria com atuação agregadora e profissional junto aos pequenos negócios e às instituições que operam no setor”

“Mesmo com um número reduzido de parlamentares, o partido não deixará de fiscalizar o governo. Nós vamos insistir para continuar oferecendo uma oposição ao País”

Alci PortoNo seu discurso de posse, cuja soleni-dade levou a Brasília seus companhei-ros do Sebrae-Ce, dirigentes de asso-ciações cearenses ligadas ao comércio, como a CDL

Senador José Agripino, presidente nacional do DEM, ao comentar sobre a onda de adesões do seu partido ao PSD, criado pelo prefeito Kassab

“O PSDB, se não tomar cuidado, vai ser varrido do mapa, e o nosso principal adversário, que é o PT, está feliz da vida com o que está acontecendo em São Paulo”Floriano Pesaro – Líder do PSDB na Câmara Municipal de São Paulo

Secretária de Educação de Novo Oriente, Maria Coelho, foi bastante cumprimentada pelo seu nat dia 19/04, e ganhou festa com café da manhã, surpresa, de funcionários da Secretaria. A festa culminou com um jantar à noite, com grande presença de amigos.

Laysla Maria, meiga e bonita jovenzinha, é filha do casal Val e Gleison Bonfim. Ela festejou sua troca de idade domingo último, dia 8, ao lado de familiares e amiguinhas.

NOTA SOCIALCasal Antônio Diogo e Astrogilda, dono do maior conceito moral e familiar de Nova Russas, comemorou bodas de ouro, dia 18 de abril, com missa solene na Igreja Matriz e bela recepção no Grê-mio Recreativo, onde compareceram incontáveis amigos pra o abraço.

Page 10: Edição Nº 317

10 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Política “Não estou na Assembléia pela mão generosa do governo. Voto aqui de acordo com minha consciência”Deputado Ely AguiarE sua posição frente aos governos Cid e Luizianne

Deputado Professor Teodoro destaca Dia do Trabalho

Assembléia aprova requerimentos do deputado Vanderley Pedrosa

Protestos contra beatificação de João Paulo II nos EUA

A Assembléia Legislativa aprovou no Mês de Abril de 2011 vários requerimentos do Deputado Vanderley Pedrosa, nas áreas de infra-estrutura, social, tecnologia, educação, saúde, emprego. Importante requerimento de autoria do Deputado Vander-ley Pedrosa (Requerimento nº1092/2011) solicita a refor-ma e ampliação do Aeroporto do Município de Canindé, onde se faz necessária, de-vido ao grande fluxo de ae-ronaves naquele local, tendo em vista o desenvolvimento da Região do Sertão Cen-tral, compreendendo vários municípios em pleno desen-

O Dia da Educação, come-morado a 28 de abril, e o 1º de Maio, Dia do Trabalho, tem muito mais a ver do que a simples proximidade de datas. A analogia feita pelo deputado Professor Teodoro (PSDB), na terça-feira 3, ser-viu de gancho para debater a educação para o trabalho. “É que sem educação, não há como comemorar o tra-balho”, justificou.

De acordo com o parla-mentar, não se pode defender uma educação unicamente voltada para o trabalho, mas é certo que, havendo boa educação, haverá trabalho.

O parlamentar falou da importância de se investir mais e melhor em educação, uma vez que, segundo ele, o país surge com uma forte economia e por falta desse investimento, corre risco de apagão de mão de obra. “É o que há de mais competitivo no mercado que se reinventa constantemente com o anún-cio de novas tecnologias”.

Teodoro concorda que, historicamente, o Brasil já deu um grande avanço na educação. Conforme ele, até pouco tempo, menos de uma década, era quase uma utopia a meta de colocar 98% das crianças no Ensino Fundamental. No entanto,

ainda é grande o número de evasão, e apenas 50% dessas crianças vão terminar o ensi-no médio.

O tucano citou matéria da Revista Veja digital, que fala sobre o percentual de jovens desocupados, isto é, que não estudam nem trabalham, vem-se mantendo constante desde 2001 – sempre em torno de 15%. Mas o número dos que não trabalham, mas estudam, diminui aos pou-cos. Era de 12% em 2001 e chegou a 10% em 2008.

Na ocasião, o deputado destacou o movimento es-tudantil: A EDUCAÇÂO TEM QUE SER 10. Isto é, os recursos destinados à educação devem correspon-der a 10% do PIB nacional. “Ou isso ou vamos continuar patinando nessa corrida pelo desenvolvimento econômico e justiça social”, disse.

Em aparte, o deputado Fer-

nando Hugo (PDSB) disse que a história da educação brasileira tem dois momen-tos: um antes da criação do Fundef, durante o Governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e outro vivido atualmente.

O líder do Governo, depu-tado Antonio Carlos (PT), afirmou que o Estado está atento à necessidade de capa-citar a mão de obra, ao passo que cria novas oportunida-des de emprego. De acordo com o petista, o Executivo está atraindo empresas para o Complexo Portuário do Pecém e, ao mesmo tempo, criando novas escolas profis-sionalizantes.

O deputado Ferreira Ara-gão (PDT) disse que o Brasil precisa incentivar mais o professor. “É uma profissão que não tem mais o atrativo de antes, e sofre com a carên-cia de novos profissionais”.

Grupos de apoio a vítimas de abuso sexual por religio-sos fizeram protestos nos EUA e Europa contra a be-atificação de João Paulo II, sob cujo pontificado foram feitas as primeiras grandes revelações de escândalos na área. ”É um absurdo honrar aquele que essencialmente, por esconder e proteger os culpados, sancionou a malfeitoria“, disse Barbara Blaine, presidente da Snap (Rede de Sobreviventes de Abusos de Padres).

Maior grupo do gênero no mundo, com 10 mil mem-bros, a Snap foi fundada em 1988 - bem antes de o

grande escândalo america-no de pedofilia de padres estourar, em 2001 nos EUA. “Em mais de 25 anos, esse homem tão poderoso não fez quase nada para proteger nossas crianças”, disse ela, que foi abusada em sua in-fância. O grupo fez protestos em 70 cidades americanas.

Não fez ato em Roma, talvez para evitar o fiasco de 2005, quando conseguiu juntar grande número de jor-nalistas para um ato contra o cardeal americano Bernard Lewis, acusado de acobertar o escândalo e que ia oficiar uma das missas prepara-tórias para o conclave que

elegeu Bento XVI, quando apenas Bárbara e uma cole-ga se fizeram presente.

O tema é talvez o mais sensível para o papa, que re-petidamente pede desculpas públicas pelos incidentes. Em 2010, um novo escân-dalo surgiu na Bélgica, com a sede da Igreja Católica local sendo invadida pela polícia.

Desta vez, contudo, fo-ram tomadas medidas mais rigorosas para punir padres culpados. “Mas ele se re-cusa a abrir os arquivos do Vaticano”, lembra o vatica-nista Marco Politi. “É uma chaga“, diz.

Lei Maria da Penha: Projeto permite queixa de testemunhaO Senado aprovou projeto que permite a terceiros registrar queixa em favor de mulheres agredidas pelos companheiros. Com a mudança, qualquer testemunha da agressão pode dar parte da ocorrência a polícia em favor da mulher agredida, com base na Lei Maria da Penha. Ao ser criada, a lei previa a “incondicionali-dade”, permitindo a terceiros registrar as queixas. O STJ interpretou que a própria mulher deveria registrar a ocorrência contra o agressor. O projeto, aprovado em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça, segue direto para análise da Câmara Federal sem a necessidade de ser votado no plenário.

volvimento econômico de grande importância para o Estado do Ceará, além de ser importante instrumento para o desenvolvimento do turismo, principalmente do turismo religioso, já consagrado como um dos principais do Estado.

Segundo o Deputado Van-derley Pedrosa, fortalecer o turismo no interior do Estado dará mais oportuni-dades de emprego e renda, proporcionando, portanto, melhor qualidade de vida para a população daquela região.

Maria da Penha será tema de filmePersonagens que têm atu-

ação de reconhecida impor-tância se tornam históricos. Seus nomes remetem não apenas a si próprios, mas carregam junto uma idéia capaz de transcender tempo e espaço.

Personagens como a bio-farmacêutica cearense Ma-ria da Penha, 66, que se notabilizou pelo combate à violência contra a mulher, o que resultou na lei que leva o seu nome. Agora, a história da mulher que lutou por si própria e ao mesmo tempo por todas as outras será contada nas telas de cinema, em filme previsto para ser

rodado em 2012.O filme, que terá dire-

ção de Cidinha de Paula, é um projeto da atriz Naura Schneider, que, além de interpretar Maria da Pe-nha, participará também na produção do longa. No ano passado, Naura já havia lan-çado outra produção sobre a vida de Maria da penha, o documentário O Silêncio das Inocentes que, após muitas pesquisas e varias entrevistas ofereceu um relato emocio-nante e ao mesmo tempo dramático de mulheres que sofreram com agressões de seus parceiros.

Antes, Maria da Penha já

havia lançado a biografia Sobrevivi... Posso Contar. Para a próxima produção, a primeira versão do texto já está pronta e foi escrita pelo americano Harold Apter, que foi roteirista de Jornada nas Estrelas. A produção foi autorizada pelo Ministério da Cultura (MinC) a captar R$ 4,5 milhões por meio das leis de incentivo.

Na opinião de Maria da Penha, o filme poderá con-tribuir ainda mais para o co-nhecimento da lei e ajudar na mudança de comportamento que vem sendo verificada desde a criação da lei. “Acho interessante e muito impor-

tante porque é uma maneira a mais de mostrar essa história para as pessoas”, considera, dizendo ainda estar muito feliz com a idéia do filme.

Segundo ela, sua história é uma síntese de inúmeros outros casos que acontecem diariamente com muitas mu-lheres. Por isso, ela afirma que o filme poderá “contri-buir na questão da identifi-cação do que eu passei, pois foi um fato real, não é apenas uma conversa ou algo que acontece por acaso, porque isso é muito freqüente”.

O caso de Maria da Penha é emblemático da situação com a qual milhares de mu-

lheres sofrem diariamente. Em 1983, ela foi atingida por um tiro nas costas, que a deixou paraplégica. O acusado pelo crime foi o então marido de Maria, o colombiano Marco Antonio Heredia Vivero.

Após quase duas décadas de luta na Justiça, inclu-sive levando a questão à Organização dos Estados Americanos (OEA), Maria conseguiu a condenação do ex marido em 2002, faltando apenas seis meses para que o crime prescrevesse (quando o crime já não pode mais ser punido pela lei).

A luta de Maria da Penha

pra prendê-lo resultou pos-teriormente na criação da lei federal número 11.340, logo batizada de Lei Maria da Penha, que pune com mais severidade quem pratica violência doméstica contra a mulher.

Atualmente, a biofarma-cêutica se dedica também ao Instituto Maria da Penha (www.institutomariadape-nha.org.br) que tem a missão de ampliar e criar mecanis-mos para coibir e prevenir a violência doméstica e fami-liar contra a mulher.

Page 11: Edição Nº 317

11Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

CidadeSebrae promoverá o Empretec em Crateús

“É lógico que continuo saindo sem calcinha. Só não sento na primeira fila”Luana Piovani – Atriz

A diferençaA Ponte JK, sobre o lago Paranoá, em Brasília, uma das maiores do País e um belo

postal da capital brasileira, que o ex-governador Roriz garantiu ser “a mais bonita do mundo e talvez do Brasil”, com apenas seis anos de construída, por um preço astronô-mico, está parcialmente interditada, por causa de graves defeitos na estrutura. Outras obras parecidas, como a Ponte Hercílio Luz, de Florianópolis, construída em 1926, e a Golden Gate, de São Francisco, em 1937, nunca tiveram quaisquer problemas estruturais. A diferença... (Rangel Cavalcante – Jornalista)

“É uma afronta”Até que saia oficialmente a escolha do novo presidente do Banco do Nordeste,

muito ainda haverá de especulação. Em mais uma dessas, “a bancada do Nordeste não aceita o nome de Miguel Terra Lima que foi escolhido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega”, segundo notícia do jornal O Globo. Com destaque, a nota acrescenta que governadores, senadores e deputados nordestinos consideram a indicação “uma afronta” porque Terra Lima é de outro banco, o BB, e de outra região. Ele é de Santa Catarina. E conclui dizendo que “o ministro Mantega, no entanto, insiste”. (Edilmar Norões – Jornalista)

ÉticaO senador Renan Calheiros, aquele que renunciou à presidência do Senado para

escapar da cassação por corrupção, é um dos novos integrantes da Comissão de Ética daquela casa do Congresso Nacional. E para botar mais ética nisso, serão seus companheiros no colegiado os senadores Lobão Filho, Romero Jucá, João Alberto (aquele que garante ter feito um governo 90 por cento honesto no Maranhão), entre outros. (Rangel Cavalcante – Jornalista).

Notas políticasEu quero ver como é que vai ficar, com a tal reforma política, a imoralidade cog-

nominada – aposentadoria de ex-governadores. Ou seja, o sujeito é eleito governador para quatro anos de mandato, ganha regiamente durante o período, tem tudo às custas do contribuinte, e quando volta para casa, tal qual um cidadão comum, fica recebendo uma aposentadoria pelo resto da vida como se fosse governador atual. Pode haver uma imundície ou algo mais torpe num assalto ao bolso popular?

Pra que precisam certos ex-governadores, alguns riquíssimos, de um dinheirinho que poucos brasileiros, mesmo dando duro de 12 horas de jornada? Dizem que Adauto, Ciro e Tasso não recebem e, se recebem, repassam a entidades filantrópicas. Também dizem que outros ex recebem e têm quatro-cinco aposentadorias de outras fontes mais ou menos ociosas, com amparo em leis igualmente imorais. Eles fanatizam o velho princípio: o pior dos males e o pior dos crimes é a pobreza. Oh!

Imprensa livreSobre o recente episódio envolvendo o truculento senador Roberto Requião (PMDB-

PR) e um repórter brasiliense, que teve seu gravador arrancado pelo parlamentar, quem melhor analisou o caso foi o jornalista Ricardo Noblat. Ele afirmou em seu blog: “Salvo em ditaduras, onde a imprensa não é livre, jornalista tem o direito de perguntar o que quiser e a quem quiser. Assim como qualquer cidadão. Se o alvo das perguntas se sentir ofendido por elas, deve procurar a Justiça e processar o autor”. É simples assim. Não há outra forma legal de proceder. Legal e civilizada! (Inês Aparecida – Jornalista)

Assassinatos covardes e cruéisO que a OTAN fez ajudada pelas tropas do farsante Berlusconni em Trípole merece o

repúdio de todo o mundo civilizado, pois ficou caracterizado um ataque militar contra civis, vitimando o filho caçula e três netos do presidente líbio Muammar Kadafi, que um dia antes havia anunciado intenção de fazer acordo de cessar-fogo. Repete-se o que aconteceu no Iraque, uma covardia inominável.

A OTAN, a Itália, os Estados Unidos e outros países belicistas deverão ser respon-sabilizados por qualquer desdobramento que advir dessa barbárie. (Neno Cavalcante – Jornalista)

Vilões mundiaisA morte de Osama Bin Laden serviu, mais uma vez, para os Estados Unidos posarem

de heróis e de potência acima da moral e da justiça. Na concepção dos americanos, “eles” a Al-Qaeda, os seguidores de Laden, são a encarnação do mal, acusados de matar milhares de pessoas inocentes no ataque às torres gêmeas em 2001.

Mas esquecem que a terra de Tio Sam já foi responsável por massacres em massa, como no Vietnã e Iraque, este último centro de uma guerra cujas causas foram inven-tadas pelo Governo Bush, na qual morreram crianças e outras vítimas do egoísmo que chamam de política. Além daquele país financiar as ditaduras, diga-se repressão e torturas, na América Latina, e de impor suas regras em países alheios. Afinal, quem são os americanos para se alardearem pregadores da paz mundial, principalmente quando a paz para eles significa se curvar às suas exigências e a seus interesses?

E afinal, quem foi que disse que Laden foi a última figura “do mal” existente? Enquanto houver ganância, desrespeito entre as nações e tentativa de impor sua hegemonia sobre territórios alheios, sempre haverá vilões mundiais, do ocidente ao oriente. (Regina Marshall – Jornalista)

Jogo de cena... Para fechar o capítulo do PT: a reabilitação de Delúbio Soares mostra que o par-

tido jamais se arrependeu das irregularidades cometidas no escândalo que explodiu em 2005. A expulsão do ex-tesoureiro foi mera forma de dar satisfação à opinião pública até a poeira baixar.

No mínimo, houve confesso e generalizado crime de caixa dois, fraude contábil que não pode ser tratada como coisa menor. Isso no mínimo, considerando-se o que foi admitido. Com a readmição do bode expiatório, cai também por terra a tese de que Delúbio agiu sozinho, como se apregoou à época. Se assim fosse, seus então aliados seriam vítimas, iriam se sentir traídos e não aceitariam seu retorno. Mas, pelo contrário, foram eles os patronos da volta triunfal. Além de toda cara de pau que o gesto representa, trata-se de uma trapalhada política que apenas traz problemas para a presidente Dilma Rousseff. (Érico Firmo – Jornalista)

Eliane Novais destaca homenagem da AL a Roberto Amaral

O EMPRETEC é um programa que foi concebido pelas Nações Unidas, baseado em uma série de pesquisas com empreendedores de sucesso de diversos países. Hoje o programa existe em 32 países e no Brasil é realizado pelo SEBRAE em parceria com o Programa das Nações Uni-das para o Desenvolvimento (PNUD), estando em operação no País há mais de 15 anos.

É um seminário voltado para atuais e futuros empresários e tem como objetivo estimular e desenvolver as características individuais do empreendedor através de uma metodologia vivencial especialmente desen-volvida para este fim.

Sua abordagem se dá pelas 10 características empreendedoras (CCEs) que são: a busca de oportunidades e iniciativas, a

persistência, o comprometimen-to, a exigência de qualidade e efi-ciência, correr riscos calculados, estabelecimento de metas, busca de informação, planejamento e monitoramento sistemático, Persuasão e rede de contatos, Independência e autoconfiança.

O EMPRETEC tem como objetivo proporcionar aos par-ticipantes uma avaliação franca e completa de seu potencial empresarial, que é o de reforçar a tendência e habilidade do em-presário para detectar oportuni-dades de negócios; estabelecer metas desafiadoras; melhorar sua eficiência; aumentar seus lucros em situações comple-xas; satisfazer a seus clientes; fornecer produtos e serviços de alta qualidade; utilizar múltiplas fontes de informação; desenvol-ver planos de negócios; formar

e sustentar decisões frente a adversidades; calcular e correr riscos; aumentar seu potencial pessoal; adaptar-se a mudanças rápidas e a incertezas; reforçar a autoconfiança dos participantes; dar apoio e assessoramento aos participantes na implantação de seus planos de negócios.

Informações gerais:A capacitação do EMPRE-TEC promovido pelo Sebrae de Crateús acontecerá de 13 a 18/06/2011Para a inscrição e pré-seleção o candidato deverá preencher ficha de inscrição e seleção no Sebrae de Crateús, com ende-reço à Rua Padre Mororó, pró-ximo ao Terminal Rodoviário.Telefone: (88) 3691.2060

A deputada Eliane Novais ocupou a tri-buna do Plenário 13 de Maio, na quarta-feira (04/05), para desta-car a sessão solene de entrega da Medalha de Mérito Parlamentar Virgílio Távora ao vice-presidente do Diretório Nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB), Roberto Amaral. A solenidade aconteceu na última sexta-feira (06/05), às 19 horas, no Plenário 13 de Maio, da Assembléia Legislativa do Ceará.

Eliane Novais res-saltou que a Medalha já foi instituída na As-sembléia, porém nunca havia sido entregue a nenhum parlamentar do Estado. “Cearense, Roberto Amaral é um dos grandes nomes do pensamento político. Professor universitá-

rio, escritor, cientista político, jornalista e ensaísta, autor de mais de 20 livros, Amaral é dono de uma rica e intensa trajetória polí-tica no País”, afirmou a deputada.

Na ocasião, foram lançados os livros: “So-cialismo e Democra-cia” e “Ciência, Tec-nologia e Soberania Nacional - Dificuldades para Construção de um Projeto Nacional”, de autoria do socialista.

A deputada pontuou, ainda, que como atu-al vice-presidente do PSB, Amaral, junta-mente com a Fundação João Mangabeira – que tem Carlos Siqueira como presidente, tem dado importante contri-buição ao debate sobre a reforma política. “A reforma política é fun-damental para a verda-

deira consolidação da democracia e é condi-ção para a implantação de todas as grandes reformas que precisam ainda ser refeitas neste País”, disse.

DIREITOS HUMANOS

Além disso, Eliane Novais destacou que também na sexta-feira a secretária de Direitos Humanos da Presidên-cia da República, Maria do Rosário, chegou a Fortaleza para conhe-

cer as ações da Co-ordenadoria Estadual de Direitos Humanos. Ela participou de uma audiência pública, pro-movida pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania, na Casa, onde fez um balanço das políticas de direitos humanos do Gover-no Federal. O debate foi marcado para as 15h30 e foi realizado no Complexo de Co-missões Técnicas da Assembléia.

RadiodifusãoMinistério vai mudar regras para outorga de rádio e TVPara evitar a atuação de laranjas no setor da radiodifusão, o Ministério das Comunicações adotará novos critérios para outorgas de emissoras de rádio e TV. O intuito é fazer com que o vencedor de licitação tenha como provar que tem condições econômicas para manter o serviço. Levantamento feito e publicado pela Folha de S. Paulo mostrou que empresas abertas em nome de laranjas são usadas para conseguir outorgas de rádio e TV nas licitações feitas pelo governo federal.

Page 12: Edição Nº 317

12 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Artigos Área 1213 - 8802 5067 OU 190

Área 1212 - 8802 5066 OU 190Área 1211 - 8802 3535 OU 190

Artigo Artigo

Artigo

Elio Gaspari Plínio Bortolotti

José Flávio Sombra Saraiva

Os dois homens mais procurados nos últimos 100 anos foram Osama Bin Laden e Adolf Eichman. O gerente dos campos de ex-termínio nazistas foi acha-do na Argentina por um cego, e o chefe da Al-Qaeda escondia-se no Paquistão que só um cego não via.

Convertendo o cenário para o Brasil, Bin Laden vivia em Resende, na serra fluminense, a quinhentos metros da Academia Mi-litar das Agulhas Negras. Sua casa era oito vezes maior que as proprieda-des da vizinhança e estava cercada por um muro de 4 metros de altura. Afora essa excentricidade, um vizinho mais curioso poderia ter percebido que ela não pro-duzia lixo. Se procurasse identificar o morador, sa-beria que a propriedade não tinha telefone nem cabo de Internet.

É preciso muita boa von-tade para se acreditar que Bin Laden não dispunha de algum tipo de proteção do poderoso aparelho de se-gurança paquistanês. Tanto para ele como para o go-verno americano, teria sido muito melhor se tivesse morrido numa caverna de Tora Bora. O terrorista pre-servaria a aura de ascetismo e os americanos ficariam

livres da embaraçosa expo-sição dos militares paquis-taneses como um aliado corrupto e traiçoeiro. Eles formam uma casta equipa-da com algumas dezenas de bombas atômicas.

Serão necessárias algu-mas semanas para que se saiba exatamente como os quatro helicópteros ameri-canos chegaram a Abbotta-bad e o que sucedeu dentro da casa. A cabeça do terro-rista valia US$ 27 milhões em prêmios. Em menos de 48 horas derreteram-se as histórias segundo as quais Bin Laden estava armado e usou as mulheres como es-cudos. Houve tiroteio com guarda-costas? O governo americano levou meses para reconhecer que Che Guevara foi executado por militares bolivianos com o beneplácito da CIA. De qualquer forma, jogando-se o corpo de Bin Laden no mar, queimou-se o arquivo. Como 24% dos americanos acreditam que Obama é um muçulmano enrustido e 7% acham que Elvis Presley está vivo, será natural que milhões de pessoas vejam nessa história mais uma lorota do Grande Satan.

A operação que matou “Geronimo” entrará para a galeria da audácia militar. Vai-se saber como operava

o agente que campanava a propriedade em Abbottabad e registrou a chegada do Suzuki branco do pombo-correio. (No início dos anos 90 um agente da CIA vigiou um sujeito em Kartum, no Sudão. Ele só veio a saber que era o terrorista Carlos, o “Chacal”, quando o cap-turaram.)

Obama presidiu com ab-soluto sucesso uma ope-ração que, em ponto bem menor, assemelha-se ao desastre que marcou a hu-milhação do poderio ame-ricano. Em 1979, a milícia iraniana ocupou a embai-xada dos Estados Unidos em Teerã e aprisionou seus 52 funcionários. Um ano depois, o presidente Jimmy Carter autorizou uma am-biciosa operação militar. Seis helicópteros deve-riam baixar nos jardins da embaixada e um comando libertaria os reféns. Deu tudo errado. Pegaram até tempestade de areia, um he-licóptero explodiu e a tropa regressou, para glória do aiatolá Khomeini. Meses depois, Carter perdeu a re-eleição para Ronald Reagan e o partido democrata ralou doze anos de amargura. O que era errado para Carter deu certo para Obama.

1) É óbvio que a ordem era para matar Osama Bin Laden; se capturado vivo, os Estados Unidos teriam um problema sem tamanho nas mãos.2) O fato de o corpo ter su-mido, supostamente atirado no mar, nada tem a ver com o cuidado que o governo dos EUA diz ter com as tradições islâmicas; assim fosse o comportamento americano seria diferente em Guantânamo, e os tris-tes episódios na penitenci-ária de Abu Ghraib (Iraque) não teria acontecido.3) Ainda é obscuro o papel do Paquistão no ataque a Bin Laden; mas parece es-tranho que, depois de uma ação estrangeira em seu território, seja o governo paquistanês que tenha de vir a público se explicar, abdicando de seu papel de nação soberana.

4) Nenhuma declaração do governo americano sobre o que aconteceu dentro da casa na qual Bin Laden foi morto é digna de crédito, como se verdade fosse. O que os Estados Unidos oferecem é uma versão dos fatos, sujeitos a veri-ficação.5) Os Estados Unidos são um país guerreiro; cada uma de suas gerações teve a sua guerra. Com Bin Laden morto, arrumar-se-á outra face para simbolizar o inimigo.

Esses aspectos, ao meu ver, mereceriam mais aten-ção de uma cobertura jorna-lística, que é intensiva, mas repetitiva, e muito crédula nas versões oficiais.

Agora, o mais chocante foi a festa, tipo final de campeonato, que varreu os Estados Unidos, depois da morte de Bin Laden.

Partamos do principio de que, por vezes, provocar a morte de alguém é necessá-rio - no caso de autodefesa, por exemplo. Ou quando se está em um campo de batalha e se é obrigado a fazer e a responder ao fogo inimigo. Mas daí a “come-morar” mortes soa como algo obsceno.

Ao fim de toda guerra há comemorações, mas o que se festeja é justamente o fim da matança, a chegada da paz, uma celebração à vida. O que se viu nos EUA foi o inverso disso: uma festa macabra, comanda-da por um Prêmio Nobel da Paz, Barack Obama. Desculpem-me, mas essa “comemoração” me fez lembrar o lema fascista do franquismo: “Abaixo a in-teligência. Viva a morte!”

A alegoria do título, a lem-brar “cabra“ valente e into-cável do cinema nacional, vincula o pajé árabe e radi-cal à sua caçada sangrenta nos arredores de Islamabad. Bin Laden, o mais procura-do terrorista do planeta, foi morto pelos marinheiros de luxo dos EUA, sem licença e documento de autorização do Paquistão. Os governan-tes daquele país tomaram conhecimento da caçada no meio da operação em curso. E dois dias antes, enquanto a jovem nova duquesa de Cambridge recebia as bên-çãos da Rainha Elizabeth, Obama e seus amigos da CIA já detalhavam o ataque

ao terrorista.O “guerreiro sagrado ára-

be”, na linguagem dos radi-cais do Hamas da Palestina, foi pego de surpresa em sua mansão na periferia da capital paquistanesa. Herói para muitos, chegou a ga-nhar fotos em camisetas de jovens radicais no Ocidente. Foi quase o Robin Hood dos xiitas radicais. O homem que se fez personagem da moda, mercantilizada na imaginação do nacionalis-mo radical árabe–islâmico, será substituído pelo novo líder do Al Qaeda, o oculista egípcio que não dará paz aos EUA e seus aliados.

Desde o outubro de 2001,

com a invasão do Afeganis-tão, os EUA caçavam, por entre os talibãs, o inimigo número 1 dos ianques. Bush pagou o preço do fracasso da missão e perdeu os EUA para Obama. Mas Obama parecia não querer cuidar dos grandes temas da segu-rança nacional.

Imaginava-se que Bin Laden ainda habitava as intransponíveis montanhas frias do Afeganistão, como um inexpugnável novo Vie-tnã, onde mais de 20 mil mi-litares da colisão ocidental já foram mortos desde 2001. E os russos já haviam sido humilhados ao se retirarem militarmente do mesmo

território nos anos 1980. Havia enfim a imagem da quase impossibilidade de captura do grande chefe do terrorismo.

E agora? Quais as conse-qüências da segunda- feira sangrenta na periferia de Islamabad? Bom para os radicais terroristas. E bom para Obama. Este se imporá sobre os conservadores nor-te-americanos, cimentando o chão da sua candidatura para a reeleição. A leva de jovens que se amontoaram nas cercas da Casa Branca demonstra que Obama pode reverter rejeição de setores moderados e republicanos. Essa gente reclamava do

desinteresse de Obama pela segurança internacional dos ianques. E faltam apenas um ano e meio para as eleições presidenciais.

Bom para Al Qaeda, que dá sequência, com o pretex-to da imolação de seu líder, ao discurso de vítima do imperialismo cultural e ma-terial do ocidente. O reforço da nova hierarquia do mais importante agrupamento ter-rorista conhecido no mundo permitirá a elevação de novas lideranças. Os novos líderes da Al Qaeda usarão a morte de Bin Laden como símbolo da necessidade de continuar o combate.

Finalmente, ao contrário

do argumento do presidente Obama em pronunciamento Histórico após o fim da caçada, o mundo não está mais seguro e melhor. Está mais inseguro e injusto. Nem a justiça foi feita em favor daqueles que foram espoliados pela violência das colonizações violentas, nem os valores ocidentais cativam grande parte da população mundial.

Muito ainda assistiremos nesse filme velho do “cabra marcado para morrer“. Cau-tela e prudência deveriam ser as mensagens políticas dos verdadeiros líderes em momento delicado da polí-tica internacional.

Obama fez o gol que Carter tomou

Festa macabra

Terrorista marcado para morrer

Page 13: Edição Nº 317

13Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Artigos“Não há nenhum indício de que o caso da escola em Realengo/RJ tenha por fundamento uma organização terrorista”José Eduardo Cardozo – Ministro da Justiça

DROGASA imprensa anuncia a chegada entre nós de uma nova droga, mais perversa, traiçoeira e

letal do que o destruidor crack. A droga em alusão é o “Oxi”. Com a chegada no mercado de novas drogas, cada vez mais destruidoras do que as que já vêm matando há bastante tempo os jovens desta e de outras nações, é chegada a hora de descruzarmos os braços e enfren-tarmos esta batalha de vida e morte contra aqueles que disseminam esses alucinógenos no meio da nossa sociedade. O tráfico montou uma máquina da morte que aperfeiçoa-se dia a dia, matando cada vez mais rápido. Demo nos as mãos, pais e mães brasileiros, formemos uma corrente de solidariedade em volta de nossos filhos. Cada vez mais devemos oferecer-lhes o nosso amor incondicional, respeitoso, generoso e cheio de compaixão, certos de que esse nosso amor emana da divindade. Aproximemo-nos mais e mais de nossos rebentos antes que os arautos da destruição deles tomem conta. Procuremos conhecer os nossos filhos como são realmente e não como gostaríamos que eles fossem, ajudando-os sempre a superar as suas dificuldades e colocando limites nas suas vidas. Tenhamos um olhar de amor, que respeita, valoriza o seu jeito de ser, levando-o a descobrir o ser especial que ele é. Conheçamos os seus amigos e conversamos com eles. Oremos a família reunida numa corrente de amor, sem egoísmo, ou vaidade e com a certeza de que a Divindade estará co-nosco. Chegará o dia certamente que a força das nossas orações e nosso amor conseguirão fazer surgir uma sociedade radiosa de fraternidade.

Delza Maria Barata Alencar – Fortaleza – Ce

CONTO DE FADASCom todo o respeito ao imaginário popular, as historinhas pra crianças, etc, mas essa

coisa de festejar o casamento da “nobreza” britânica, em pleno início do século XXI e do terceiro milênio, quando a humanidade começa a despertar para a necessidade de se reduzir as desigualdades sociais, tornar o mundo mais igualitário, soa como um acinte às pessoas de bom senso. Sobretudo porque, no caso da realeza britânica, que vem espoliando todo o mundo há séculos, tendo criado até mesmo organismos como os corsários ingleses, que tinham como objetivo piratear, assaltar e matar quem estivesse no caminho (ou no mar), em benefício da coroa britânica, se torna uma grande piada. De mal gosto. Que eles queiram festejar hegemonia desse império, tudo bem. Mas, daí, empurrar goela abaixo, via mídia, para os “súditos” de outros continentes, é muita malandragem. Pior que tudo é que muita gente aceita o fato com a maior naturalidade. Uns até choram de emoção. Me poupem!

Francisco A. Alencar - Fortaleza-CE

PREPOTÊNCIAVejam o que provoca a imunidade parlamentar: o senador Roberto Requião (PMDB-PR)

só faltou dar uma porrada num repórter da Band quando perguntado se ele abriria mão de sua aposentadoria como ex-governador, aposentadoria que recebia e foi revogada pelo Tri-bunal de Justiça do Paraná. Tomou o gravador do repórter e, depois de deletar a entrevista, o devolveu sem o cartão de memória. O jornalista tentou dar queixa à Polícia Legislativa, que se recusou a fazer registro da ocorrência. Certamente, o povo brasileiro gostaria de saber o que levou o senador a ficar com o cartão de memória. Ficou para analisar todo o conteúdo dele ou usá-lo como um objeto de sua propriedade? Um desvio de conduta ina-ceitável para qualquer parlamentar, principalmente para aquele que, como o Sr. Requião, vive do poder por mais de três décadas.

Leônidas Marques – Volta Redonda - RJ

Carta Artigo

Artigo

Pedro Henrique Saraiva Leão

Rangel CavalcanteJornalista

Nosso neologismo vale como combinação de sur-dez e insensatez. A pro-pósito, antigamente, os aniversários natalícios, bo-das, eram comemorados em casa, nos salões de algumas mansões ou em seus jardins, intervalados com declamações, récitas, pequenos dramas, ou ao som de música de fundo em LPs.

Com o advento dos apar-tamentos (ou “apertamen-tos”, como parecem alguns) tais passaram a realizar-se nos bufês. Belíssimas e onerosas recepções, onde imperam o bom gosto, a estonteante decoração, com bolos e docinhos artistica-mente expostos, vinho e uísque da melhor procedên-cia, contudo, todos ensurde-cedoramente barulhentos, exigindo mesmo protetores auriculares para evitar (ou retardar) a surdez.

Deles voltamos quase sempre roucos de tanto fa-lar alto aos moucos de tão pouco ouvir. Não adianta perguntar algo a alguém a quem ali dissemos ou gritamos alguma coisa, pois este responderá não ter ouvido bem.

Para (Michel Eyquem de) Montaigne (1533-1599) – criador do gênero ensaio

em literatura – o exercício mais frutífero e natural da mente é a conversa, e afirmou, se pudesse esco-lher, perderia a visão ou a fala, mas nunca a audição. Hoje, seguramente, já teria perdido as duas últimas nos retumbantes bufês de For-taleza. O famoso pensador francês aludia ao bate-papo, á charla, ao “cavaco” dos portugueses, à “causerie”, dos franceses, ao “chat” dos americanos, ao “Plauderei” dos alemães.

Sabe-se que nos ouvidos, as células ciliares órgão de Corti (anatomista italiano) só podem suportar sons até 85 dB (decibéis) ou 4000 Hz (Hertz). E já foi decibélicamente constata-do que uma banda de rock atinge 100 dB, imaginem, superiores a uma pista de aeroporto, mesmo com tampões auriculares, ta-manho sem barulho, seu clangoroso alarido.

Segundo o professor Se-bastião Diógenes, da Facul-dade de Medicina da UFC, figura solar da Otorrinola-ringologia nacional, as au-dições repetidas superiores a 85 dB, por várias horas – como demoramos nesses bufês – começam a produzir surdez, cujo sintoma inicial é o zumbido permanente;

seguem-se as laringites, os nódulos nas cordas vocais, a rouquidão crônica. Junte-se a hipertensão arterial, e os distúrbios hormonais.

A estes efeitos do som alto, soma-se o nível tam-bém acusticamente elevado da pressão sobre os ouvi-dos, em ambientes fecha-dos, como quase todos os bufês. Acresce que estu-diosos da ótica no homem estão especulando acerca da impotência sexual por mecanismos labirínticos ainda poucos conhecidos.

O barulho altissonante lembra-me uma sentença que vi inscrita no mármore do Anfiteatro de Anatomia da Faculdade de Medicina de Heildelberg, perpetrada pelo poeta (Friedrich Jo-hann Christof von) Schiller (1759-1805): “Onde há muito barulho não impera a clareza”.

O título deste artigo re-conhece, portanto, uma das chamadas doenças da civi-lização: a insensurdez, e os malefícios acima descritos. Não obstante, mercê das excelências mencionadas, os bifês continuam sendo um bom lugar para surdos-mudos. Mas, cuidado, pois tapem bem os ouvidos da próxima vez!

Vocês já notaram que pra-ticamente ninguém sente que existe um governo federal, uma presidente da Repúbli-ca? Salvo alguns ministros atarefados com problemas mais graves que afetam dire-tamente a população, poucos são os personagens do poder ocupando largos espaços nos meios de comunicação. O que pode parecer um go-verno inerte e que não faz nada representa, na verdade, um bom sintoma de que

o consulado da presidente Dilma Rousseff pretende ser algo muito diferente dos de seus antecessores, especialmente do último. Nada de pirotecnia e espa-lhafatos. Nos países ditos civilizados, a gente pouco vê os governantes, sejam reis, primeiros-ministros ou presidentes, todo dia nas pri-meiras páginas dos jornais e dominando os noticiários da televisão e do rádio. Eles simplesmente trabalham.

Praticamente nenhum país democrático contrata agên-cias de publicidade para fazer propaganda dos seus governos. Isso é típico das ditaduras, que fazem do culto da personalidade dos seus líderes uma das princi-pais pilastras de sustentação. Governo bom é aquele do qual a gente nem sente a presença nem a ausência. Sabe apenas que ele existe por que as coisas funcionam. O Estado cumpre o seu papel

Insensurdez

A gente nem sente de gerente dos interesses do cidadão. Ninguém precisa cobrar nada sem vigiar. Pa-rece que dona Dilma pensa assim. Nesses primeiros meses de governo tem mos-trado competência no leme do país. Sem alarde, sem gabolices, sem piadas de mau gosto e, sobretudo, com humildade, ela vem levando o barco com muita com-petência, principalmente quando se trata de enfrentar as sequelas do populismo assistencialista dos últimos oito anos, como a inflação,

a falta de recursos para investimentos, a destruição da infra-estrutura viária, portuária, aeroportuária, além da saúde, educação e segurança.

O ponto alto é a forma como ela vem conseguindo conter a voracidade dos aliados que lhe garantem a maioria no Congresso, aquele amontoado de com-panheiros habituados a sa-quear os cofres públicos.

A viagem à China mostra o estilo novo de governo, a que o país não estava acos-

tumado. Os resultados fo-ram bons para o Brasil, que abriu novas brechas para vender ao maior mercado consumidor do mundo, des-de a carne suína aos aviões. Isso é resultado. Sem ban-car o voltairiano Cândido, temos razões para começar a confiar na companheira. Sempre dentro do principio de que quanto menos se nota a presença do governo e do governante melhor ele deve ser.

Page 14: Edição Nº 317

14 Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

CulturaDr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsPRÓTESE E CLÍNICA GERAL - CRO-CE: 4875

Dr Breno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO DENTISTA - CRO-CE: 6028

Drª Lia Barroso Brandão AragãoPERIODONTIA - CRO-CE: 4874

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

Hermenegildo, urgente! Sarcástico e irreverente, irô-nico, mordaz e inteligente, fazendo um mô pra vocês. Brasil vai melhorar! Agora é Maria com Maria, Zé com Zé e João com Raimundo. E vão substituir o fela da puta pelo fi de gay com gay. Tá danado de bom seu Luiz!!! E o Obama tá pensando que matou o Ozama. Matou só um. O restante vai atrás do presidente. O aquecimento global vai aumentar, porque a vingança será maligna.

E com o casamento da ple-béia Kate Middleton tem iní-cio a cornagem real do Reino Unido. É que o sogro dela é o Duque da Cornualha.

Blogueiro Kagazuma Sal fez visita à América, que não é a do Norte, nem a do Sul ou Central, mas a América da Freguesia de São Gonçalo da Serra dos Cocos, reduto inexpugnável da família Mourão no Século XIX, palco histórico de inúmeras contendas e morticínios.

Relata o blogueiro que sua intenção foi a de passar os

dias santificados no bucólico lugarejo, descansando do exaustivo labor da mantença do blog do Kagazuma, bem como da exaustiva espera pela clientela fujona do con-sultório, local tornado em central de reclamações por parte de aleijados bucais, co-nhecidos como maribondos boca-torta, tal a imperícia profissional do desafortu-nado blogueiro e aleijador de bocas.

Masss, deixando de lado os queixumes e os desapru-mos, o blogueiro Kagazuma passou a traçar paralelo entre a Catedral de Crateús e o templo católico em constru-ção na minúscula América, capaz de abrigar o catolicis-mo serrano. Diz ele que o piso da Catedral de Crateús teve o seu piso trocado, ou seja: trocaram o piso do piso, e que, parte do mesmo piso foi doada por um adúltero. Queixou-se que o dinheiro dos leilões realizados na América estava engordando os cofres da Diocese e des-tinando-se à construção de

um piso na capela do lugar Catingueiras, em Crateús, tudo não passando de ver-dadeiro saque à população americana. Também, num rasgo de alucinação, o ob-tuso blogueiro revelou que na igreja da América não havia um Cruzeiro; mesmo assim, ele não foi capaz de meter a mão no bolso para doar um Real às obras daquele templo. Exibindo frutos de suas observações serranas, mostrou a foto de um galo em meio à floresta e, sobre o mesmo tascou uma invulgar manchete: NESTE TERREIRO TEM DONO, e sobre o galináceo nada mais disse. Também mostrou uma galinha junto a um cano de água servida, reclamando da falta de esgoto e do lixo amontoado da América.

Masss, seu olho de lince fotografou, no emancipável distrito de Matriz, um colé-gio em construção, maior que qualquer outro na nossa região. Também citou que América e “São Gonçalo” aguardam emancipação po-lítica e vão disputar as terras intermediárias da planície de Nova Fátima. Ipueiras vai perder a serra.

Masss, tais comentários vão endereçados ao Pa-

triota Crateuense, conheci-do e revelado anônimo de Novo Oriente, cuja mulher se relaciona febrilmente com outros anônimos na terra do feijão de corda. Patriota e Kagazuma são feijões do mesmo saco e compartilham das mesmas fuleragens, juntamente com o apalpador testicular, o corre-doido de Nova Russas, alcunhado de professor Tim, fabricante e vendedor de falsos diplomas e de títulos de benemerência. Professor Tim é o mesmo que se pos-tava no oitão do restaurante de Mr. Magalhães, na beira do Curtume, à espera das sobras comestíveis. É o mes-mo que correu nu atrás de uma moça, e o mesmo que afanava frutas no caminhão da Serra Grande.

E aqui se despede o sarcás-tico Hermenegildo, depois de despir a máscara dos palhaços do blog do Kaga-zuma, não sem antes apelar para os ensinamentos de seu professor de latim clássico: Delicta paria multa com-pensatione tolluntur. Delitos iguais dissolvem-se por mú-tua compensação.

Ademã que vou em frente; os cães ladram, mas a cara-vana passa.

Foi para bem longe o sau-doso tempo que ensejava a juventude viver os alegres, pacatos e descontraídos mo-mentos que hoje relembra-mos com saudade, e que, na mente, são revividos com a mais terna felicidade.

As tertúlias eram entre-tenimentos que aconteciam em casas de família, por oca-sião de aniversário de algum familiar. Havia sempre uma jovem que se encarregava de organizar e anunciar o even-to e fazer os alvissareiros convites. Eram momentos que se transformavam em verdadeira alegria e enseja-vam novas amizades, namo-ros e conversas descontraí-das. Com o surgimento dos clubes sociais, as tertúlias passaram a se realizar nestes novos locais.

Normalmente, com dois ou três dias de antecedên-cia, os convites eram feitos verbalmente. Na noite do evento, rapazes e moças interessados naquelas brin-cadeiras, felizes se dirigiam à casa amiga, alegres por tomarem parte de mais um festivo acontecimento.

Pessoas mais antigas afir-

mam que esse costume vem de tempos idos e acontecia na residência do coronel Francisco Mariano. Era cha-mado de sarau. Com o passar do tempo e com o advento das vitrolas e radiolas, pas-sou a acontecer em casas de famílias e, posteriormente, nos clubes sociais. Coronel Mariano residiu na bela casa da Rua Carlos Rolim, esquina com a Rua João Thomé, que depois passou para o seu filho Frutuoso Lins Cavalcante.

As tertúlias das quais par-ticipei aconteciam à noite e ao som das famosas radiolas. A ocasião era tida para dan-çar ou para ouvir músicas românticas da época. Eram momentos alegres e festivos que foram transformados em saudade.

Naquele tempo ouviam-se sucessos dos Trios Irakitan e Nagô, de Ivonildo e seu Conjunto, dos Brasas 6, de Renato e Seus Blue Caps, além dos forrós de Noca do Acordeon e do inesquecível Luiz Gonzaga.

Tornou-se tradição a reu-nião de amigos, em certas ocasiões, para conversar,

dançar, comemorar ou ouvir sucessos musicais de déca-das já tão distantes, que eram semelhantes aos Rádio- Bai-les, que vieram depois com a Rádio Educadora.

Era comum nestes eventos a presença de José Bezerra Filho, José Bandeira, Milene Freire, dos irmãos Toinho e Carlos Ramos, Ticuá, Anto-nio do Jaime, Antonio, José e Miguel (filhos de Dona Toinha Batista), Humber-to Fontenele, dos irmãos José e Raimundo do Adau-to, de Caraúba, Raimundo Aragão, Ismar Melo, José, Paulo e Toizinho Basílio, de Melquíades Machado, de meus irmãos Izautônio, Nilton e Aldenor Machado, de Deglauci Melo, Evandro e Edilberto (filhos de seu Dôra), de Lima Neto, Chico Mourão, Eduardo Sabóia, Carlos Umberto Barbosa, Gerardo Santiago, Luis e Edmilson Rosa, Clodomar Sabóia, Francílio Maga-lhães, Carlos Alberto, (filho do seu Clóvis Barbeiro), de Edi Pinto, das irmãs Dagmar, Dulcimar, Dalbamar e Deris-mar Carvalho, de Maria da Gloria e Luzia Monteiro,

das irmãs Edilva, Socorro, Fátima e Gorete Bezerra, de Nilza (de Laerte Melo), Cristina, Helena e Dolores Torres, Aretuza Carvalho, de minhas primas Ritinha, Izaura, Gracinha e Terezinha Machado. Cito, ainda , mi-nha comadre Tereza Mota, Nivaldo e Vivaldo (filhos de Tenente Dos Anjos), Geral-do Bezerra, Cabo Dourado, Lemar e Lemilson Martins, João Francisco (Cici irmão de Lourinho), José Aguiar, Antonio Francisco Mar-ques, Antonio Elias Soares, José Wilmar Sabóia e tantos outros jovens que viveram momentos tão agradáveis e festivos. Este espaço seria pequeno se todos os nomes tivessem que ser citados.

Tempos bons foram vivi-dos por pacatos jovens de nossa sociedade, quando amizades e responsabili-dades eram encaradas por mentes conscientes de obri-gações e comportamento decentes, que deixavam tranqüilos os pais de família que, apesar de tudo, nunca se esqueciam de ditar reco-mendações e cuidados para seus filhos.

No tempo das tertúlias

São bem poucos os crateuenses que sabem responder à pergunta acima, e bem poucos os que podem respondê-la dando um “eu!” como resposta.

Pirulito era uma destas pessoas que costumavam surgir em cidades chamadas fim de linha para o trem, como um dia foi Crateús. Era um tipo alto, esguio, moreno, cabelo curto, de fala e de andar atrapalhados e com bem pouqui-nho juízo, para não chamá-lo de “doido”. Tinha paixão pelos caminhões e a mania de ser ajudante. Situando-nos no tempo, estamos no fim da década de 1940 até o final da década de 1950. Pirulito chegou a Crateús trazido pela mão do honrado cidadão José Arteiro Rosa, natural de Tamboril, e radicado entre aquela cidade e esta. Era um protegido de José Arteiro, que o alimentava, vestia e dava pouso. Levava a vida em cima do seu caminhão, viajando entre Crateús, Tamboril e Santa Quitéria, indo e voltando, sempre em cima da carroceria, sobre sacos de mamona ou outro qualquer produto. Quem o conheceu sabe que ele tinha uma especialidade dentro de sua loucura – a de matar o bode. Qualquer um chegava-se a ele e pedia: Pirulito mata o bode! Ele, então, com os dedos da mão entre as pálpebras, arregalava os olhos, franzia o couro da testa, dava duas ou três fungadas, abaixava um pouco a cabeça, dava uma tapa na nuca e passava a tremer, fingindo ser um bode que acabasse de levar uma machadada na cabeça. Que Deus o tenha e ao seu protetor.

O poeta cearense de Itapagé, Quintino Cunha, famoso na profissão de advogado, pela sabedoria e como repentista, certa vez, adentrando a casa comercial de um amigo, em Acopiara, onde residiu, soltou um estrondoso espirro que assombrou um grupo de senhoritas que ali estava a fazer compras. Uma delas atreveu-se a fazer pequeno comentário sobre o barulho do espiro, dizendo:

- Bode espirrou, é sinal de chuva.- Quando vê cabra também! Respondeu Quintino.

Quem conheceu “pirulito”?

O bode

Flávio Machado

FlashdoPassado - César Vale

AfrouxandooRiso

Crateús de Ontem

O homem quando menino é só quimera,não sabe ainda o que lhe espera.Qualquer que seja o berço de seu sono,o sonho é o mesmo em qualquer teto,e se perguntado o que vai ser quando homem,quer ser médico, advogado ou arquiteto.

Há um tempo em que o mundo não lhe pesa,seus pais carregam nos ombros o fardo.Quando pobre, descobrirá mais tardeque não poderá ser arquiteto, médico ou advogado.Ver-se-á obrigado a dividir com os pais a carga,e ao descobrir-se já exausto, pouco terá estudado.

E se nasce em meio a privilégios,quaisquer sonhos ou ambições lhe assentam,edificados em bases que os pais sustentam.Não são absurdos seus desejos, não são meros deva-neios.Terá nesta vida todos os meiospra ser quando homem o que desejou menino

A vida é este circulo viciosoque condena, desde cedo, a humanidade.Com seus determinismos sociais,marca com ferrete a sociedade.Restará sempre indelével uma ferida.Restarão poucos com êxito na vida.

Determinismos sociais

CantinhodaPoesia

Isis Celiane

Page 15: Edição Nº 317

15Crateús - Terça-feira, 10 de maio de 2011 Página

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

Geral

Implante DentárioRua Firmino Rosa, 1088 - Tel.: 3691.0700 / 3691.3057

Crateús - Ce

Poeta Dideus Sales, que representa Crateús no cenário da poesia nordestina como destacado vate, lançou, na terra natal, sua 13ª obra poético-literária, GITIRANAS DE LUZ, uma viagem pelos caminhos e veredas de nosso encantado sertão, ora verdejante, molhado e viçoso. O lançamento aconteceu no salão de eventos do Restaurante O Wanderley, sexta-feira 06, prestigiado pela Academia de Letras de Crateús, com a obra sendo apresentada por um de seus confrades, o promotor de Justiça José Arteiro Soares Goiano. Incontáveis amigos prestigiaram o lançamento cultural. Gitiranas de Luz, que foi lançado em Aracati e Crateús, percorrerá por Fortaleza, Brasília, Rio e São Paulo.

ComunicandoAbatedouro Municipal

Foi denunciado no rádio irregularidades no anda-mento da obra de constru-ção do Abatedouro Munici-pal – falta de pontualidade no pagamento de pedreiros e serventes – o que é uma lástima, pois quem trabalha precisa receber pelo servi-ço prestado, fonte de seu sustento.

Soube-se mais tarde que a obra está sendo tocada por outra empresa que não a que ganhou a licitação, mas por uma subempreiteira, fato que nos chama a atenção para uma realidade inacei-tável: o comprometimento da qualidade da construção, a falta de segurança geral dos operários que constro-em a obra, que trabalham sem carteira assinada e que vão depender de repasse de dinheiro e do humor do subempreiteiro para quitar seus compromissos.

Sub-empreita é uma figu-ra incômoda de inaceitável concordância por parte do município, situação que foge ao controle de prefeitu-ras, mal que elas não podem evitar e têm que sofrer e tolerar, vez que são obri-gadas a licitar obras com a participação de diversos concorrentes e ganha quem oferecer o melhor preço, não tendo, pois, como o mu-nicípio deixar de acatá-la.

A construção do Abate-douro Municipal caiu na situação de vício de empre-sas que ganham licitações e não têm o menor interesse em construir nada. Tão so-

mente ganham a licitação e querem receber, de pronto, a diferença entre o valor licitado e o valor da sub-empreita, dinheiro limpo e seco, ganho sem qualquer prestação de serviço. De-pois, elas ainda se eximem de toda a responsabilidade pela a construção da obra. Em conseqüência, não raro, as obras são mal construí-das, mal acabadas, recebem materiais de qualidade infe-rior, quando não, duvidosa, sofrem paralisações e atra-sos no prazo para conclusão e desgastam a administração municipal.

Assim como existe a fi-gura da empresa viciada em ganhar licitação para nada construir, também existe igual vício em empresas subempreiteiras que ofere-cem o chamado “toco” para construir a obra no lugar da outra. É uma maneira fácil de enganar o Fisco e a Pre-vidência Social; de enganar prefeituras e, sobretudo, de enganar e fazer passar vexa-mes os trabalhadores.

Prefeituras precisam en-contrar meios para reagir a estes tipos de enroladas e exigir que obras municipais devam ser construídas por quem ganhou a licitação; precisam fiscalizar a qua-lidade do material empre-gado, a situação previden-ciária dos peões e liberar dinheiro de acordo com a correta medição de serviços executados. Têm, ainda, que retirá-las do cadastro de empresas prestadoras de serviços.

Nossas CalçadasHá, em Crateús, o pés-

simo costume de se cons-truir batentes em cima das calçadas, bem como o de construir rampas sobre as mesmas para dar acesso a garagens, o que deixa a calçada inclinada e dificulta a passagem do pedestre. Há pessoas que constroem e deixam entre sua calçada e a do vizinho um traiçoeiro batente. Outros revestem a calçada com cerâmica lisas, quando deveriam empregar o piso antiderrapante para evitar que pessoas, sobretu-do as idosas, venham a es-corregar quando as mesmas estiverem molhadas. Há os que constroem colunas para sustentação de marquises para aumentarem a área da construção na parte superior ou para estenderem o pró-prio comércio, e, ainda, os que colocam barras de trilho ou vigas em concreto como proteção a estabelecimentos comerciais.

Ora! Tudo isso são irre-gularidades gritantes, que aborrecem e desrespeitam as pessoas e estão a mostrar o descaso de sucessivas ad-ministrações municipais e o pouco caso que elas fazem do Código de Posturas do Município. Ninguém con-corda com tal descaso nem com a falta de fiscalização. Por outro lado, a suntuosi-dade da sede do CREA-CE local está postada em senti-do contrário ao da eficiência na prestação do serviço obrigatório de fiscalizar construções irregulares.

Lançamento Cultural

“Todas as propostas passarão pela aprovação direta da presidente Dilma antes de serem enviadas ao Congresso”Ministro Paulo BernardoSobre o marco regulatório das Comunicações

Gazeta SaúdeIsaac Furtado - cirurgião plástico

A dificuldade em lidar com dois conceitos de cará-ter tão pessoal, como a esté-tica e a paixão, é que torna este assunto tão fascinante. A importância da estética na investigação filosófica é compartilhada com a ética e a lógica, que caminham mais nos trilhos da razão. A origem grega aisthesis significa “percepção através dos sentidos e/ou dos senti-mentos”. Logo, a beleza não é apenas a imagem impressa na retina, mas, elaborada e fixada de forma prazerosa, apaixonante, no córtex ce-rebral. A complexidade de enquadramento dos padrões de beleza é que, talvez, te-nha retardado a criação do conceito “estética”. Que, só foi utilizado em 1750, pelo filósofo Alexander Baum-garten, ao nomear a obra Aesthetica, abordando a disciplina que procurava sistematizar as diversidades da beleza de forma racional. Thomas Mann, no livro “Morte em Veneza” falava que das quatro virtudes (bondade, beleza, sabedoria e verdade), onde, a única que era percebida por meio dos sentidos, era a beleza.

O assunto é universal, impossível de não ser co-mentado por qualquer ser

humano, independente de sua cultura, classe social, ou instrução. Mesmo com o conceito: “beleza não se discute”, não ficamos apá-ticos (ausentes de paixão), e ao comentarmos sobre a beleza existe sempre uma primeira impressão proces-sada em nossa mente, que automaticamente responde: é belo, ou é feio. Mas, base-ado em que experiência nós emitimos este comentário de forma tão imediata? Que necessidade temos de nos embelezarmos com os ter-nos Armani, usados pelos homens de negócio de Wall street, ou trajando apenas um estranho batoque labial, usado pelos índios Caiapós? Com piercings, tatuagens, pinturas de guerra, cosmé-ticos e cirurgias plásticas? Desde quando o Homo sa-piens admira suas obras ru-pestres e o seu semelhante? Será que este sentimento nos remete mais remotamente? Três milhões e meio de anos atrás, aos olhos de Lucy, que aceitava seu parceiro pela estrutura forte, propor-cional e bela, com o intuito de perpetuar sua espécie. Assim, como fazem as aves com suas plumas coloridas, os alces com seus enormes chifres simétricos, para im-

pressionar suas fêmeas. E desta forma, desde que foi desenvolvida a reprodução sexuada para multiplicação das espécies, a beleza é im-prescindível e ligada à boa saúde de qualquer animal ou vegetal? Mas quando a paixão foi adicionada a este sentimento de atração física na evolução do homem?

Nos dias de hoje, aquilo que vemos no nosso seme-lhante não é apenas a ação da evolução das espécies, mas da nossa espécie capaz de realizar um face-lift, pa-ralisar rugas de uma senhora de meia-idade, ou apenas na capacidade de apreciar a beleza do sorriso de um bebê, ou a serenidade nos cabelos muito brancos de nossas avós. Esta beleza, que nos afeta de maneira apaixonante, é antropológi-ca e divina, é cultural e gené-tica, é moderna e imemorial. Na mitologia Grega, Paris, no julgamento daquela que seria eleita a mais bela, ab-negou o poder e a sabedoria oferecidos pelas concorren-tes, elegendo Afrodite, que lhe prometera a mulher mais bela, Helena. E assim, foi a origem mítica da primeira guerra, Tróia.

Estética e paixão I

ServidoresSenado proíbe transferênciade concursadosO Senado baixou ato administrativo que proíbe a transferência de servidores concursados para os gabinetes de senadores, de mem-bros da Mesa Diretora, lideranças partidárias ou comissões.Na prática, a medida reduz as negociações entre funcionários e senadores para que sejam cedidos aos gabinetes e órgãos políticos da Casa – o que deixa setores administrativos com defasagem de funcionários.

“É preciso despertar a sociedade para a morosidade da Justiça”

Valdetário MonteiroPresidente da OAB, justificando o pro-testo (vigília de 24 horas em frente ao Fórum) pelos advogados

Page 16: Edição Nº 317

Vânia e José Wanlôr Bezerra receberam a sociedade de Crateús e ilustres convidados, para a celebração de suas bodas de ouro matrimoniais, ocorridas dia 23 de abril, nos salões da AABB local, com a presença, em peso da família Campelo Bezerra, vinda de Brasília. O casal é detentor de uma prole composta por sete filhos, 22 netos e nove bisnetos. A big festa primou pela ambientação e organização.

Mega-empresário Fernando Linhares baixou na terrinha durante a Semana Santa, para curtir o sossego de sua fazenda Curralinho, em companhia da amada Vanda Lúcia. Na Sexta-Feira recebeu a irmã Sônia Freire, juntamente com seu filho Dedé Freire, a nora Cláudia, o genro Paulo Edson, netas, e este repórter, para almoço íntimo. Fernando é uma máquina de trabalho e, antes de tudo, é um cavalheiro.

Empresário do ramo de auto-peças Francisco Fontenele Siqueira, radicado em Crateús há 22 anos, ganhou idade nova ontem, dia 9, quando emplacou 65 anos e foi bastante cumprimentado. A data foi comemorada no meio familiar. Fontenele tem presença constante no meio radiofônico da cidade de Crateús, como observador dos fatos e da História em diversas áreas. Atualmente ensaia seu regresso à terra natal, Independência.

Dia 1º de maio marcou a idade nova de Ângela Machado Carvalho, secretária de Administração e Finanças de Independência, cujo trabalho e desempenho da função, levam a administração de Valdi Coutinho ao patamar mais alto da eficiência e do compromisso.

Vânia e José Wanlôr

Vânia e José Wanlôr com os filhos Rômulo, Christiane, Roberto, Hélida, Marcíria, Lyana e Robério.

José Wanlôr e Vânia com os filhos, netos e bisnetos, noras e genros

Vânia e José Wanlôr ao centro, ladeados pela irmã Tereza e o marido Lecir Manuel, Evandro e Carla, Valdir Campelo e Marisalva, Valdira, Eliane e Regina Telma.

José Wanlôr, Eliane, Vânia, Ana Vale e Regina Telma

Estenio Campelo e Ana Cristina, Kelly e Carlos Campelo

Estenio Campelo e Ana Cristina, Marisalva e Valmir Campelo

Valmir Campelo e Marisalva com Francisca Maria e Júnior Bonfim

Ministro Carlos Alberto Reis de Paula e Eliane, Ana Cristina e Estenio Campelo

Raquel Martins e Hermilson Rodrigues

Cheyla Mota e Isaac Furtado

Vânia e José Wanlôr com Wilson Lopes Martins

Guilherme Campelo, Andréa e Marcelo Feitosa

Solange Leitão, que se inclui no rol das mais elegantes damas de nossa sociedade, passou pelo calendário, dia 29 de abril, festejando a data na intimidade do lar, ao lado do maridão Elder Leitão e dos filhos Suane e Elder Filho.

Wilson Cláudio e Rosângela

Elma Benevides e José Wellington

Valdira e Marisalva Campelo

Leudinha e César Vale