8
www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 44 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00 China já é a 2ª potência econômica PÁG. 7 Câmara vai votar novo mínimo INSS suspende benefícios Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 14 DE FEVEREIRO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 14 DE FEVEREIRO DE 2011 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Indicadores* Indicadores* Comperj vai incorporar empresas Exportação de carne bovina deverá aumentar pelo menos 25% este ano COM A DECISÃO, tomada em Assembleia Geral Extraordinária pelos acionistas da Petrobras, ficam incorporadas à Petrobras as empresas Comperj Petroquímicos Básicos (UPB) e Comperj Pet S.A. (PET), que integram a atual estrutura societária do Complexo Petroquímico do RJ. PÁGINA 5 2011 DEVERÁ ser muito bom para o setor de carne bovina do país. A previsão do Fórum Permanente de Pe- cuária de Corte é de que as exportações do produto somem dois milhões de toneladas neste ano, um aumen- to de 25%. A União Europeia vem retomando as compras de carne bovina in natura brasileira. PÁGINA 5 O NÚMERO chega a 10,3 mil benefícios excluídos da folha de pagamentos de ja- neiro. São pessoas que há mais de 60 dias não apare- ceram nas agências bancá- rias para sacar o dinheiro depositado. A medida tem o objetivo de evitar fraudes e pagamentos indevidos, como os feitos a segurados já falecidos. PÁGINA 7 O GOVERNO está con- fiante que vai conseguir aprovar esta semana o va- lor de R$ 545 para o salário mínimo este ano. Segundo o governo, não há “plano B” para isso. PÁGINA 7 AG. PETROBRAS BANCO DE IMAGENS Publicado o orçamento federal PÁGINA 7 A SECRETARIA DE Habi- tação de Duque de Caxias tem novo titular. É o ex- deputado estadual Marco Figueiredo, que assumiu o cargo anunciando investi- mentos de R$ 26 milhões para a localidade de Nova Esperança, no segundo distrito. Segundo Figuei- redo, a verba virá de uma parceria firmada entre ele e o secretário Estadual de Habitação, Leonardo Pic- ciani, que esteve presente à cerimônia de posse do novo Secretário, realizada na Praça Roberto Silveira na manhã de segunda-feira (14). Figueiredo disse que ficou surpreso com o con- vite feito pelo prefeito Zito e que abriu mão de dirigir um órgão do estado para trabalhar em Duque de Ca- xias. Ele disse que o déficit habitacional na cidade é de 20 mil unidades e pretende trabalhar duro para vencer esse desafio. Ex-deputado assume Habitação em Caxias Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,667 1,669 0,11 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,610 1,780 0,55 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,528 5,531 0,53 Dólar Austrália 1,002 1,003 0,13 Dólar Canadá 0,988 0,988 0,00 Euro 1,348 1,348 0,47 Franco Suíça 0,970 0,970 0,32 Iene Japão 83,280 83,330 0,20 Libra Esterlina Inglaterra 1,60, 1,604 0,18 Peso Chile 469,500 469,800 0,57 Peso Colômbia 1.896,500 1.898,500 0,56 Peso Livre Argentina 4,000 4,040 0,00 Peso MÉXICO 12,057 12,061 0,24 Peso Uruguai 19,450 19,650 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 66.557,55 1,22 Dow Jones 12.268,19 0,04 Nasdaq 2.817,18 0,28 IBX 21.475,93 1,20 Merval 3.508,93 1,41 Poupança 14/02 0,578 Poupança p/ 01 mês 0,508 Juros Selic meta ao ano 11,25 TR 14/02 0,008 Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 Grande Rio e David Brazil: uma paixão que virou caso de amor eterno PÁGINA 4 Câmara revoga homenagem após denúncia do Capital PÁGINA 2

Edição Nº 44

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal Capital - Edição nº 44

Citation preview

Page 1: Edição Nº 44

1CAPITAL15 a 21 de Fevereiro de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 44 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00

China já é a 2ª potência econômica

PÁG. 7

Câmara vaivotar novo mínimo

INSS suspende benefícios

Câmbio*Câmbio*

(*) FECHAMENTO: 14 DE FEVEREIRO DE 2011(*) FECHAMENTO: 14 DE FEVEREIRO DE 2011

MO

EDA

S C

OTA

DA

S EM

DO

LAR

(USA

)M

OED

AS

CO

TAD

AS

EM D

OLA

R (U

SA)

Indi

cado

res*

Indi

cado

res*

Comperj vai incorporar empresas

Exportação de carne bovina deverá aumentar pelo menos 25% este ano

COM A DECISÃO, tomada em Assembleia Geral Extraordinária pelos acionistas da Petrobras, fi cam incorporadas à Petrobras as empresas Comperj Petroquímicos Básicos (UPB) e Comperj Pet S.A. (PET), que integram a atual estrutura societária do Complexo Petroquímico do RJ. PÁGINA 5

2011 DEVERÁ ser muito bom para o setor de carne bovina do país. A previsão do Fórum Permanente de Pe-cuária de Corte é de que as exportações do produto somem dois milhões de toneladas neste ano, um aumen-to de 25%. A União Europeia vem retomando as compras de carne bovina in natura brasileira. PÁGINA 5

O NÚMERO chega a 10,3 mil benefícios excluídos da folha de pagamentos de ja-neiro. São pessoas que há mais de 60 dias não apare-ceram nas agências bancá-rias para sacar o dinheiro depositado. A medida tem o objetivo de evitar fraudes e pagamentos indevidos, como os feitos a segurados já falecidos. PÁGINA 7

O GOVERNO está con-fi ante que vai conseguir aprovar esta semana o va-lor de R$ 545 para o salário mínimo este ano. Segundo o governo, não há “plano B” para isso. PÁGINA 7

AG

. PET

RO

BRA

S

BAN

CO

DE

IMA

GEN

S

Publicado o orçamento

federalPÁGINA 7

A SECRETARIA DE Habi-tação de Duque de Caxias tem novo titular. É o ex-deputado estadual Marco Figueiredo, que assumiu o cargo anunciando investi-mentos de R$ 26 milhões para a localidade de Nova Esperança, no segundo distrito. Segundo Figuei-redo, a verba virá de uma parceria fi rmada entre ele e o secretário Estadual de Habitação, Leonardo Pic-ciani, que esteve presente

à cerimônia de posse do novo Secretário, realizada na Praça Roberto Silveira na manhã de segunda-feira (14). Figueiredo disse que fi cou surpreso com o con-vite feito pelo prefeito Zito e que abriu mão de dirigir um órgão do estado para trabalhar em Duque de Ca-xias. Ele disse que o défi cit habitacional na cidade é de 20 mil unidades e pretende trabalhar duro para vencer esse desafi o.

Ex-deputado assume Habitação em Caxias

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,667 1,669 0,11Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,610 1,780 0,55

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,528 5,531 0,53Dólar Austrália 1,002 1,003 0,13Dólar Canadá 0,988 0,988 0,00Euro 1,348 1,348 0,47Franco Suíça 0,970 0,970 0,32Iene Japão 83,280 83,330 0,20Libra Esterlina Inglaterra 1,60, 1,604 0,18Peso Chile 469,500 469,800 0,57Peso Colômbia 1.896,500 1.898,500 0,56Peso Livre Argentina 4,000 4,040 0,00Peso MÉXICO 12,057 12,061 0,24Peso Uruguai 19,450 19,650 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 66.557,55 1,22Dow Jones 12.268,19 0,04Nasdaq 2.817,18 0,28IBX 21.475,93 1,20Merval 3.508,93 1,41

Poupança 14/02 0,578Poupança p/ 01 mês 0,508

Juros Selic meta ao ano 11,25TR 14/02 0,008

Salário Mínimo (Federal) R$ 540,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Grande Rio e David Brazil: uma paixão

que virou casode amor eterno

PÁGINA 4

Câmara revoga homenagem

após denúnciado Capital

PÁGINA 2

Page 2: Edição Nº 44

CAPITAL 15 a 21 de Fevereiro de 201122

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:[email protected]@[email protected]

TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

DEPARTAMENTO COMERCIAL:(21) 2671-6611 / 9287-1458 / 7854-7256 ID 8*21653

Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Karla Ferreira, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

Filiado À ADJORI - Associação de Jornais do InteriorFiliado À ADJORI - Associação de Jornais do Interior

Na internet: www.jornalcapital.jor.brNa internet: www.jornalcapital.jor.br

Criatividade: chave da economia

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

O SÉCULO XXI já começou. Reconhecê-lo através de decisões políticas é um alento. A criação da Secretaria de Economia Criativa, pelo Ministério da Cultura, aponta para este sentido. Ao criar esta estrutura em nível federal, abre-se uma janela para reconhecer e mapear a cadeia produtiva desta indústria, que movimenta mais de R$ 380 bilhões no País (16,4% do PIB). Outra expectativa é que se replique nos Executivos estaduais o debate sobre a importância de buscar a sustentabilidade econômica dos projetos culturais, a partir do reconhecimento do impacto econômico que geram.

No estado do Rio, a Secretaria de Cultura lançou recente-mente o edital Rio Criativo. Serão selecionados 28 projetos culturais para que sejam incubados por até 18 meses. Os dois núcleos, no Rio de Janeiro e em São João de Meriti, darão consultoria nas áreas jurídica, de elaboração de planos de negócios, planejamento estratégico, além de capacitação em empreendedorismo. Concorrem projetos de audiovisual, arquitetura e restauro, artesanato, artes cênicas, música, artes plásticas, cultura popular, TV, design, radio, gastronomia, jogos, moda, mercado editorial, educação, software aplicado à economia criativa, turismo, publicidade e eventos.

Como reconhece a própria ministra, os incentivos fi scais na área da cultura acabaram por criar uma distorção e uma dependência dos artistas. Em entrevista ela afi rmou que a lei não permite um trabalho permanente: “os artistas vivem de elaborar “n” projetos para ver em qual edital vai emplacar. Uma exposição que vai durar um mês, o artista fi ca três em pré-produção, depois em pós-produção, fazendo aquilo render o máximo. Isso não é vida”, exemplifi ca.

Nosso País - e o Rio de Janeiro é a síntese disso - pre-cisa aliar cultura e economia. Aqui, a chamada indústria criativa tem destaque na área do audiovisual, de artes visuais e software e emprega 2,4% dos trabalhadores formais do estado (82 mil pessoas). Além disso, somos os mais bem remunerados, com renda média 64% superior à média fl uminense. A Economia Criativa pode crescer ainda mais se profi ssionalizada. Já estamos construindo caminhos para isso.

O Governo do Estado e a “Síndrome da Mariposa”JORNALISTA DE pro-fissão e governador por desastrada e desavisada indicação do casal Garo-tinho, Sérgio Cabral tem uma obsessão pela mídia, o que poderíamos chamar de “Síndrome da Mariposa”. Na tragédia do Rèveillon de 2009 na Ilha Grande e no Morro da Carioca, em Angra dos Reis, o governa-dor estava em sua luxuosa residência de Mangaratiba, a menos de 60 quilômetros de distância, mas levou dois dias para aparecer em Angra dos Reis para acompanhar os trabalhos de resgates dos corpos das vítimas dos desmorona-mento. Em 2010, estava novamente ausente no momento em que a Defesa Civil chegava ao Morro do Bumba, em Niterói, para resgatar corpos e remover famílias que ainda estavam em casas em área de risco, um monturo de lixo de um desativado lixão da prefei-tura local, comandada há décadas pelo PDT e o PT.

O governador estava de férias na Europa quando houve os desmoronamen-tos na região serrana do Rio, na madrugada de terça (12 de janeiro), mas só chegou a Nova Fri-

burgo na sexta (14) para acompanhar a presidente Dilma Rousseff na visita as áreas afetadas pela chuva, pois Sérgio Cabral viajara no início daquela fatídica semana para a Europa, em gozo de merecidas fé-rias depois de ser reeleito. Em todas as aparições do sorridente governador, lá estavam os refl etores, câmeras e microfones de rádios e jornais, inclusive do exterior. Em momento algum ele foi solidário com as vítimas, embora esteja clara a responsabili-dade do Governo em todas essas tragédias, pois eram tragédias anunciadas com antecedência, inclusive pelo INMET (Instituto Na-cional de Meteorologia).

Em todas essas ocasi-ões, o governador sempre deixou claro que a culpa das tragédias era dos go-vernos anteriores, isto é, do próprio Sergio Cabral - que está sem seu segundo mandato - e dos seus pa-drinhos políticos Anthony e Rosinha Garotinho, por não cumprirem, nem fazer cumprir as leis que proí-bem construções em áreas de risco, inclusive nas margens de cursos d”água, com se vê por toda a região

metropolitana. Outra ma-nifestação do governador foi prometer a liberação de recursos para socorro das vítimas, a reconstrução de casas e a revitalização da economia local, em espe-cial nas áreas de turismo, como Angra dos Reis (Ilha Grande), Petrópolis (Itai-pava), Teresópolis e Nova Friburgo, ou de agricultura familiar, como Vale de São José do Rio Preto e Sumidouro. Em todos os casos, as vítimas ainda não receberam sequer o aluguel social de R$ 400 por mês, como prometido.

O maior parceiro político do governador, o prefeito Eduardo Paes, segue o mesmo fi gurino: só traba-lhar diante dos holofotes da mídia. Até hoje, deze-nas de famílias do morro do Urubu, em Quintino, cujas casas desmoronaram com as chuvas de abril de 2010, continuam sem ter onde morar. Já no caso da Cidade do Samba, destru-ída parcialmente por um incêndio criminoso - laudo do Corpo de Bombeiros de 2010 apontava falhas gravíssimas no sistema anti-incêndio - o prefeito Eduardo Paes anunciou um socorro imediato de

R$ 3 milhões para aju-dar as escolas de samba Grande Rio (que perdeu tudo), União da Ilha e Por-tela a refazerem fantasias, adereços e carros alegó-ricos. Nenhuma restrição à ajuda ao Carnaval, que atrai milhares de turistas, inclusive do exterior, ge-rando empregos diretos (desde a confecção das fantasias até a movimen-tação no setor hoteleiro), além de gerar preciosas divisas para equilibrar as contas públicas e garantir à classe média alta a chance imperdível de comprar quinquilharias em Miami, Nova York ou Paris.

Para nossos governantes - que sofrem da “Síndrome da Mariposa”, que são atraídas pela luminárias, mesmo que morram queimadas - mais importante do que governar e garantir a segurança da população é aparecer nos telejornais, de preferência chorando, para demonstrar solidariedade, mas nunca para pedir desculpas por te-rem fracassado em suas ad-ministrações, como o povo sempre crédulo espera.

Certamente, eles con-tinuarão alheios ao so-frimento do povo até a próxima eleição!!

COM A SAFRA pratica-mente encerrada, foram moídas nas usinas da Re-gião Centro-Sul 556,19 milhões de toneladas de cana-de-açúcar até o dia 31 de janeiro, segundo balanço divulgado dia 10 pela União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica). O volume é 2,63% maior do que o total processado na safra 2009/10. Já o crescimento da produção de açúcar foi de 16,86%, com a fabricação de 33,4

milhões de toneladas do produto. O etanol registrou um aumento de 7% na pro-dução, com 25,34 bilhões de litros. Como apenas sete destilarias ainda estão tra-balhando, esses números já são considerados como fi nais para a safra. O cres-cimento na produção foi possível devido à melhora da qualidade da matéria-prima medida pela quan-tidade de açúcares totais recuperáveis (ATR) por tonelada de cana.

Moagem de cana-de-açúcar supera em 2,63% safra anterior

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

APÓS SESSÃO muito tensa, na qual o presidente da casa, Dalmar Lírio Mazinho, exi-bia em plenário a última edi-ção do Capital, que publicou, com exclusividade, a promul-gação da Resolução nº 2342, que presta homenagem, com um “Título de Benemérito da Comunidade”, ao vereador Jonas É Nós, preso no dia 21 de dezembro pela polícia, a Câmara, por iniciativa do próprio presidente, após pedir o esvaziamento das galerias, realizou uma reunião fecha-da, com o fi m de revogar a referida resolução. A notícia da revogação, da qual o Capi-tal não tomou conhecimento oficialmente por parte do Legislativo, foi publicada no blog do jornalista Alberto Marques no dia seguinte à sessão, realizada no dia 8.

Essa parece ter sido a me-lhor solução encontrada para tentar minimizar a repercus-são do assunto, que pegou a todos de surpresa, inclusive alguns vereadores. A expli-cação dada pelo vereador, reproduzida no blog, na ver-dade, não esclarece em nada a tal homenagem. O fato é que a notícia caiu como uma bomba nos meios políticos da Baixada Fluminense e não havia outro caminho a não ser sua cassação. A tentativa de

explicar a homenagem a um vereador que está na cadeia - um acúmulo de projetos na última sessão do ano - não convenceu ninguém.

Informações obtidas nos bastidores do Poder Le-gislativo dão conta de que é grande a insatisfação de alguns vereadores com a re-ação e as declarações feitas pelo presidente para tentar justifi car a outorga do título ao vereador preso. E o pior, essas informações condu-zem, ainda, a um questio-namento da permanência de Mazinho na presidência da

Câmara, até mesmo por sua duvidosa reeleição, pois o desgaste da imagem do Le-gislativo junto aos eleitores não é pouca coisa. Há, in-clusive, muitos defensores de sua substituição pelo 1º Secretário, Moacyr Rodri-gues da Silva, o Moacyr da Ambulância, que teria a missão de separar o joio do trigo e promover, de fato, a transparência dos atos e ações do Poder Legislati-vo, para que a sociedade e os contribuintes venham a tomar conhecimento de suas atividades cotidianas. Essa

seria, ao que parece pelas conversas dos bastidores políticos, a melhor saída. E Moacyr, de imediato, como garante a Constituição Fe-deral, retomaria a circulação de jornais nas dependências do Legislativo, mesmo os que estampam críticas ao Poder, acabando com o cerceamento da informação e permitindo que os servido-res do Legislativo possam ter acesso a todos os veí-culos de comunicação, sem necessidade de “autorização prévia”, como determina Mazinho.

Câmara volta atrás e cassa homenagem a vereador preso

ALB

ERT

O E

LLO

BO

Page 3: Edição Nº 44

33CAPITAL15 a 21 de Fevereiro de 2011

Direito EmpresarialDireito EmpresarialARTHUR SALOMÃO*

Goodyear e Pirelli são acusadas de fraude com ICMS

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

TRABALHE CONOSCO!Representante comercial, publicitário.

Tel: 21 [email protected]

Transtorno de Personalidade Boderline (TPB) - parte 1

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

TRANSTORNO CARACTERIZADO por desre-gulação emocional,e relações caóticas. Pessoas com personalidade boderline (TPB), podem possuir um humor instável e tendência a um comportamento briguento, também acompanha-do por impulsividade sobretudo autodestrutiva, manipulação e chantagem emocional, bem como sentimentos crônicos de vazio e tédio.Indivíduos borderlines podem ser pessoas que cresceram com um grande sentimento de não ter recebido atenção suficiente.

Eles geralmente agem como crianças revol-tadas, e buscam caminhos para procurar essa falta de atenção em suas relações; porém, esses caminhos são essencialmente imaturos e anor-mais.Esses indivíduos são aparentemente vistos como “rebeldes”, “problemáticos” ou geniosos e temperamentais, no entanto, na realidade possuem um grave distúrbio. É frequentemente confundido com depressão, transtorno afetivo bipolar ou portador de psicopatia, sendo con-siderado um dos mais complicados transtornos de personalidade, com grande dificuldade de diagnóstico e de tratamento.

O TPB é um grave distúrbio que afeta seriamente toda a vida da pessoa acometida causando prejuí-zos significativos tanto ao próprio indivíduo como as pessoas que se relacionam com ele. Os sintomas aparecem durante a adolescência e se concretizam nos primeiros anos da fase adulta (em torno dos 20 anos) e persistem geralmente por toda a vida, com tendência a diminuição dos sintomas com o decorrer dos anos.

A QUINTA-FEIRA PAS-SADA, 10 de fevereiro, se transformou na data da primeira conquista alcan-çada em prol da população da Baixada Fluminense na Assembléia Legislativa através da deputada Claise Maria Zito. Em seu primei-ro mandato, a parlamentar de Duque de Caxias re-força o seu compromisso pela garantia dos direitos das famílias, ao assumir a presidência da Comissão de assuntos da criança, do adolescente e do idoso. Ela foi indicada pelo pre-sidente da Alerj, deputado Paulo Melo, a presidir a Comissão, graças ao traba-lho desenvolvido à frente da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos de Duque de Caxias e, já em seu primeiro discurso no Plenário, reforçou a conti-nuidade desse trabalho.

- Os problemas sociais em nosso município foram de-safios enormes, mas certa-mente os problemas a serem

encarados em nosso estado são ainda maiores. Estes pro-blemas passam pela criança, pelos adolescentes e pelos idosos, afetando o pilar da sociedade, que é a família, enfi m, atingem todos aqueles que, por algum motivo, estão excluídos do contexto social - assinalou Claise. Sua atuação, porém, não ficará restrita a essa Comissão. A deputada foi escolhida ainda membro titu-lar de outras três importantes

Comissões: Educação, Saúde e Defesa dos Direitos da Mu-lher, reforçando mais uma vez sua vocação em fortalecer a garantia dos direitos femininos perante a sociedade.

- Como primeira-dama em Duque de Caxias, pude observar a necessidade em fortalecer este segmento na vida pública e liderei um movimento feminino incentivando as mulheres a inserirem-se na busca de

espaços na sociedade e no contexto político - disse a parlamentar, que comple-tou: “Esta nova fase que fl oresce em minha vida cer-tamente refletirá no futuro de grande parte da sociedade fl uminense, já que pretendo representar os interesses de todos aqueles que me con-fi aram seu voto e cumprir o que me compete, buscando sempre surpreender com iniciativas inovadoras”.

Claise Maria Zito preside Comissãoda criança, do adolescente e do idoso

A deputadaClaise Maria Zito e o presidente da

Alerj, Paulo Melo

DIVULGAÇÃO

O MINISTRO DO TURIS-MO, Pedro Novais, reuniu-se em Brasília, no dia 10, com os prefeitos de Nova Friburgo, Dermeval Barboza, Petrópolis, Paulo Mustrangi, e de Teresó-polis, Jorge Mario Sedlacek, para defi nir ações voltadas à recuperação da infraestrutura turística dos três municípios da região serrana do Rio de Janeiro, devastada por fortes

chuvas e avalanches de terra no mês passado. De acordo com o ministro, a recuperação da infraestrutura turística da região serrana prevê obras de melhorias nos três municí-pios, realização de cursos de capacitação profi ssional para as vítimas das enxurradas e promoção dos atrativos da região. Segundo Novais, a enxurrada causou prejuízos de

cerca de R$ 30 milhões para Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis.

A tragédia que abalou os municípios serranos do Rio de Janeiro há um mês provocou uma queda de 90% na ocupa-ção dos hotéis da região. Por meio de campanha iniciada pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis no Rio de Janeiro, esse processo começa

a ser revertido, informou à Agência Brasil o presidente da entidade, Alfredo Lopes de Souza Júnior. A campanha visa ao incremento do turismo na região. Durante todo o mês de fevereiro, são oferecidos descontos especiais de 50% nas diárias, para incentivar os visitantes a voltar a frequentar as cidades atingidas pelas chu-vas de janeiro.

Encontro discute recuperação da infraestrutura turística da região serrana

O TOTAL DE EMPRESAS abertas na Junta Comercial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja) no primeiro mês deste ano cresceu 13% em comparação a janeiro do ano passado, totalizando 2.871 novas companhias registra-das. O presidente do órgão, vinculado à Secretaria Es-tadual de Desenvolvimento Econômico (Sedeis), Carlos De La Rocque, atribuiu a expansão ao crescimento da economia fluminense. “É um número que está sempre surpreendendo a gente. Esse crescimento não para”, disse em entrevista à Agência Brasil. O comér-cio de roupas e acessórios seguiu liderando o número de estabelecimentos abertos em janeiro, com 262 novos negócios.

De La Rocque avaliou que a tendência é de continuida-

de do processo de aumento de empresas abertas.”A ten-dência é aumentar, porque vem aí a Copa do Mundo, as Olimpíadas”. Ele acredita que em fevereiro, entretan-to, por conta da tragédia ocorrida na região serrana fluminense, o número de empresas abertas deverá sofrer uma diminuição. No ano passado, informou que a abertura de companhias no estado evoluiu 8,7%, englobando 41.025 novos negócios. O presidente da Jucerja afi rmou que a im-plantação do Registro Mer-cantil Integrado (Regin) em todos os municípios do Rio de Janeiro reduzirá o tempo de abertura de empresas, que hoje é de 72 horas, para cerca de 48 horas. “Nós es-tamos nos preparando para a informatização total da Jucerja”.

Crescimento impulsiona aberturade novas empresas no estado

O MINISTÉRIO PÚBLI-CO do Estado de São Paulo investigou empresas bene-fi ciadoras de borracha na-tural da região de São José do Rio Preto e descobriu um esquema fraudulento em que a Goodyear e a Pirelli receberam mais de R$ 101 milhões de crédito indevido de ICMS (Im-posto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços).

Foram denunciadas 11 pessoas, dentre eles ad-vogados, ex-funcionários da Goodyear, “laranjas”, funcionários das empre-sas do grupo criminoso e um médico que seria res-ponsável pelas empresas. A audiência de instrução

foi marcada para o pró-ximo mês e os acusados responderão pelos crimes de estelionato, falsidade ideológica, corrupção ati-va, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Até o meio do ano de 2009, como forma de in-centivo, o Estado de São Paulo concedia isenção de ICMS para o produtor rural que plantasse se-ringueiras, extraísse sua seiva e vendesse para in-dústria de benefi ciamento de borracha, responsável por transformar a seiva em produto bruto - o chamado GEB. Depois, a indústria de benefi cia-mento de borracha vende o GEB para as indústrias

pneumáticas, que o utili-zam como matéria-prima para fabricar pneus e ou-tros produtos.

Empresas beneficiado-ras criaram um esque-ma, no qual adquiriam a borracha natural pro-veniente de produtores do Estado de São Paulo - ou seja, por operação na qual não havia a in-c idência de ICMS –, mas inseriam o imposto nas vendas de GEB que rea l izavam. O grupo criminoso inseria dados falsos nas notas fiscais de vendas de GEB para a Goodyear e para a Pi-relli, criando falsamente tributo exigível que não existia, já que a borracha

natural era proveniente do próprio Estado de São Paulo. Assim, as empre-sas recebiam 18% a mais na venda do seu produto.

Até o momento não há prova do dolo da Goo-dyear e da Pirelli. Para os promotores, o esquema criminoso foi criado pelas empresas beneficiadoras de São José do Rio Preto, visando vantagem indevi-da com prejuízo aos cofres do Estado São Paulo.

A Goodyear e a Pirelli afi rmaram que, para elas, não havia importância comprar produto com ou sem ICMS, pois, no fi nal do mês, todo o valor do ICMS que pagavam era creditado para elas.

O MERCADO INTERNO aquecido e as perspectivas favoráveis ao Rio de Janeiro fi zeram com que a confi ança empresarial no estado ini-ciasse o ano em alta, com 62,3 pontos no indicador que vai de zero a 100, em que 50 pontos representam a estabi-lidade. Algumas regiões esti-

veram acima da média, como o Leste Fluminense (68,5) e a Baixada I (67,9), puxados pela construção civil e pelos investimentos no Comperj. Os dados estão na Nota Téc-nica Índice de Confi ança do Empresário Industrial Flu-minense (Icei-RJ), relativa ao quarto trimestre de 2010

e divulgada pelo Sistema Fir-jan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).

Para o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Gui-lherme Mercês, os resulta-dos refletem o ambiente de grandes investimentos no estado e o ritmo forte do mercado de trabalho, que

tem gerado saldo positivo de empregos há 20 meses consecutivos. O Icei-RJ é formado pela avaliação das condições atuais e pelas expectativas dos empresá-rios em relação à economia brasileira, à economia do Estado do Rio e à própria empresa.

Confi ança da indústria do Rio inicia 2011 em alta

Page 4: Edição Nº 44

CAPITAL 15 a 21 de Fevereiro de 201144

PROMOTOR DE EVEN-TOS e repórter de progra-mas de TV, o pernambuca-no David Brazil veio para o Rio de Janeiro em 1987, onde atua como promoter da Escola de Samba Aca-dêmicos do Grande Rio. Assim como os demais membros da Escola, na conversa com a repor-tagem do Capital ainda aparentando estar abatido pela tragédia que foi o in-cêndio que queimou todo o barracão da Escola. “Essa é com certeza uma das maiores tristezas da minha vida. Só quem ama e se envolve com uma escola o ano inteiro sabe do que estou falando”, disse logo no início da entrevista, garantindo que a grande “vinha para ser a campeã do carnaval de 2011”.

Mas garante que, mesmo com tudo o que aconteceu, a Escola “virá com muita garra e alegria e vai con-tagiar até os que torcem contra a nossa tricolor”. E completa: “Pela força de vontade da comunidade e da diretoria, vamos abalar a Sapucaí”. Brazil prome-

te também ir “com tudo”. Ele confirmou que virá em cima de um carro ale-górico menor, no formato de um boi, no enredo que fala sobre Florianópolis e suas lendas. “Eu viria em cima de um boi, que pegou fogo. Mas o Jayder e o Helio disseram que vão refazer tudo de novo. Que querem me ver trepado no boi de qualquer jeito. Mi-nha fantasia ganhou até um nome especial: o domador de boiola-ta-tá”, brincou.

David Brazil nunca passou por outra Escola, apesar de vários convites recebidos. Ele informou que desfi lou apenas uma vez pelo Sal-gueiro e outra na Beija Flor. “Tenho um carinho enorme por elas e seus diretores sempre me trataram com o maior carinho e respeito”, lembrou, acrescentando que ingressou na Grande Rio há cerca de quatorze anos. “Fui convidado pelo advogado Silvio Guerra, que tinha a ala dos artistas. Aceitei e me apaixonei pela escola já no primeiro ano”, revelou. “Antes era uma grande pai-xão. Depois do incêndio, vi

que a paixão tinha se trans-formado em amor, e bota amor nisso”, completou o promoter, que trabalha na escola envolvido com assuntos relacionados a imprensa, divulgação e aos artistas e personalidades que nela desfi lam.

Antes de encer ra r a conversa, o Capital lem-brou que muitos apaixo-nados pelo carnaval di-zem que David Brazil “é a cara da Grande Rio”. E, como tal, pediu que ele deixasse uma men-sagem para todos que

torcem pela Acadêmicos do Grande Rio.

- Me sinto orgulhoso de ser visto como a cara da Grande Rio, assim como minha amada Susana Viei-ra, uma das fundadoras da Escola. Agradeço sempre o carinho de todos da comu-

nidade e da diretoria. Só tenho que agradecer o enor-me carinho e respeito que eles tem por mim. Grande Rio, nós somos guerreiros, que venha 2012. Bbbeijos minhas coisas ricas que eu-zinho amo muito”, encerrou o promoter.

David Brazil, um grande “caso de amor” com a Grande Rio

BANCO DE IMAGENS

UM TERMO DE co-operação técnica para qualificação de mão de obra local na área de construção civil foi as-s inado segunda-fe i ra (14), com o objetivo de reconstruir as moradias destruídas pelas chuvas na Região Serrana. O anúncio foi feito dia 11 pelo secretário de Tra-balho e Renda, Brizola Neto, após acompanhar o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em visita às áreas atingidas pelas enchentes de janeiro na serra. Lupi e Brizola Neto foram recepciona-dos pelo prefeito de Pe-trópolis, Paulo Mustran-

gi. O encontro marcou a definição de um plano de ações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por intermédio da Secretaria Estadual de Trabalho e Renda, para a reconstrução das cidades atingidas.

- Já tivemos contato com o Sindicato das Em-presas da Construção Ci-vil para conseguir nosso objetivo, que é absorver a mão de obra local. Enfati-zamos a parceria com as prefeituras e o Ministério do Trabalho para trazer principalmente qualifi-cação e requalifi ção pro-fissional. Sabemos que vamos ter uma grande de-

manda por trabalho - afi r-mou o secretário Brizola Neto. Na ocasião, Lupi anunciou outras medidas, como a abertura de linha de crédito especial, atra-vés do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), que destinará R$ 500 milhões para as prefei-turas. O objetivo é soer-guer áreas públicas, como ruas, colégios, hospitais e praças. Os recursos serão financiados pelo Banco do Brasil.

Para municípios de até 50 mil habitantes, o limite será de R$ 10 milhões; de 50 a 100 mil, a pos-sibilidade será de sacar R$ 20 milhões; de 100 a

300 mil, o aporte será de 300 milhões; já a partir de 300 mil habitantes, o município poderá receber R$ 50 milhões de recur-sos do Governo. Outra ação anunciada por Lupi atende a área de qualifi -cação profi ssional, com a execução de programas como o ProJovem, que deverá benefi ciar 12 mil trabalhadores. Para Nova Friburgo, serão destina-das 1,5 mil vagas. Pe-trópolis deverá ter 2 mil vagas, e Teresópolis vai qualifi car mil alunos na área de construção civil em aproximadamente 300 horas-aulas. Tudo deverá custar R$ 15 milhões.

Região Serrana terá plano de qualifi cação profi ssional

O CRESCIMENTO das áreas cultivadas com al-godão, feijão, soja e arroz, infl uenciado principalmen-te pela menor influência do fenômeno La Ninã so-bre essas culturas, levou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a projetar uma colheita de 153 milhões de toneladas de grãos na safra 2010/2011. Segundo a estatal, a má distribuição das chuvas foi menos prejudicial do que o esperado. O valor estimado pela Conab no quinto le-vantamento para esta safra, divulgado hoje (9), conso-lida a possibilidade de um novo recorde de produção, com aumento de 2,6%, ou 3,8 milhões de toneladas em relação ao ciclo pas-sado, de 149,2 milhões de toneladas. Na comparação com o levantamento ante-

rior, anunciado há um mês, o crescimento foi de 2,4%, ou 3,6 milhões de toneladas.

A área plantada deve c r e s c e r 3 , 1 % , a b r a n -gendo 48,8 milhões de hectares. Os principais destaques em aumento de área cul t ivada são as culturas de algodão ( 5 6 , 1 % ) , f e i j ã o p r i -meira e segunda safras (8,4%), soja (2,8%) e ar-roz (2,5%), contribuindo muito para o aumento da produção. O quinto levan-tamento da safra de grãos 2010/2011 foi realizado en-tre os dias 16 e 21 de janeiro por 58 técnicos da Conab. Eles colheram informações com representantes de coo-perativas e sindicatos rurais, órgãos públicos e privados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além de parte do Norte e Nordeste.

Conab prevê safra recorde de grãos

BANCO DE IMAGENS

“Depois do incêndio, vi que a paixão tinha se transformado em amor, e bota amor nisso”

Page 5: Edição Nº 44

55CAPITAL15 a 21 de Fevereiro de 2011

O Valor da InformaçãoAnuncie: 21 2671-6611

Estar bem informado é o que faz a diferença!

EM ASSEMBLEIA Geral Extraordinária realizada dia 31, os acionistas da Petrobras aprovaram as propostas de incorporação à Petrobras das empresas Comperj Petroquí-micos Básicos S.A. (UPB) e Comperj Pet S.A. (PET), que integram a atual estru-tura societária do Complexo Petroquímico do Rio de Ja-neiro (Comperj), sob a for-ma de subsidiárias integrais da Petrobras. Foi também aprovada proposta de refor-ma do Estatuto Social, com alterações e exclusões de artigos, parágrafos e incisos tendo como objetivo, entre outros, a sua atualização após a operação de capitalização, quando a Companhia teve o seu capital social subscrito aumentado.

Com a incorporação a UPB, cuja fi nalidade é a produção de insumos petroquímicos, em Itaboraí (RJ) passará a ser uma Unidade de Operação da Petrobras, alinhado-se à estratégia da Companhia, no segmento de refino, de aumentar a capacidade de processamento visando equi-líbrio com o crescimento de sua produção de petróleo e o atendimento das demandas do mercado em volume e

qualidade de produtos. Já a incorporação da PET, cujo objetivo é a produção de resina de polietileno, vai proporcionar simplifi cação da estrutura societária do Comperj, redução de custos e realocação de investimen-tos no projeto.

A incorporação é resultado de alterações nas perspectivas inicialmente previstas para o projeto, diante de eventos de natureza econômica, merca-dológica e de custos, o que levou a uma nova confi gu-ração do empreendimento, transformando o complexo em um programa constituído de três etapas e com um novo cronograma.

O EMPREENDIMENTOO Comperj tem o início de operação da primeira fase da Refi naria previsto para o fi nal de 2013, com capacidade de processamento de 165 mil barris de petróleo por dia. Na segunda fase da Refi naria, prevista para 2018, será atin-gida capacidade total de 330 mil barris de petróleo por dia. As Unidades Petroquímicas têm início de operação pre-visto para 2017 e produzirão produtos petroquímicos, tais como: eteno, propeno, benze-no, para-xileno, polietilenos e polipropileno. Serão produ-zidos pela Refi naria: diesel, GLP, querosene, nafta, coque e enxofre, a fi m de suprir o

mercado nacional e fornecer matéria-prima para as Unida-des Petroquímicas. Estima-se que o empreendimento vai gerar um total de mais de 200 mil empregos diretos, indiretos e por efeito renda.

O Compert transformará o perfi l socioeconômico da região de infl uência do em-preendimento que inclui os municípios de Cachocieras de Macacu, Casimiro de Abreu, Guapimirim, Itabo-raí, Magé, Maricá, Niterói, Nova Friburgo, Ri Bonito, Rio de aneiro, São Gonçalo, Saquarema, Silva Jardim, Tanguá e Teresópolis. Os investimentos previstos são de US$ 8,38 bilhões.

Aprovada incorporação das empresas do Comperj

AG. PETROBRAS

O ANO DE 2011 tem tudo para ser muito bom para o setor de carne bovina do país, de acordo com informações apresenta-das pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), no dia 10. A previsão do Fórum Permanente de Pecuária de Corte da instituição é de que as exportações de carne bovina somem 2 milhões de toneladas neste ano, um aumento de 25% em relação a 2010, quando foi embarcado 1,6 milhão de toneladas. Além disso, a arroba do boi gordo está em seu patamar mais elevado, com as cotações da BM&F Bovespa indicando preços acima de R$ 100 até o se-gundo semestre.

A União Europeia vem retomando lentamente as compras de carne bovina in natura brasileira, pro-duto que sofreu embar-go, no início de 2008, por inadequações no sistema nacional de rastreabilida-de do gado. A diminuição drástica das exportações para o bloco econômico, no entanto, está sendo com-pensada pelo crescimento de mercados que importam carnes menos nobres, a um preço menor, como Rússia, Hong Kong e países do Oriente Médio. Assim, o Brasil conseguiu, no ano passado, vender US$ 3,86

bilhões em carne bovina in natura, aumento de 27% sobre 2009.

Embora os custos de produção tenham aumen-tado cerca de 21% durante 2010, o preço da arroba do boi sofreu valorização de 40%, recuperando a mar-gem de lucro do produtor. Na comparação entre o mês de janeiro dos últimos anos, o valor da arroba pas-sou de R$ 74,24 no início de 2008 para R$ 80,81 em 2009, R$ 75,09 no ano pas-sado e R$ 101,85 em 2011.

Mato Grosso do Sul, o estado, o segundo maior produtor nacional de gado, obteve, na semana passada, da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o status de livre de afto-sa com vacinação para a área na fronteira com o Paraguai e a Bolívia, a única de seu território que ainda não tinha o re-conhecimento. Durante o congresso internacional, os participantes devem visitar propriedades pecuárias e conhecer melhor o siste-ma de criação de gado no país. “Queremos mostrar a realidade brasileira indo às propriedades, mostrando que estamos cumprindo a parte social e também ambiental”, afi rmou o pre-sidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado, Eduardo Riedel.

Ano deve ser bom para setorde carne bovina, avalia a CNA

Page 6: Edição Nº 44

CAPITAL 15 a 21 de Fevereiro de 201166

Atualidade

A BIBLIOTECA Pública Governador Leonel Bri-zola, localizada no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Duque de Caxias, vai abrir sexta-feira (dia 18), às 10h, a exposição de fotografias “Obama: O cara que Poucos Conhe-cem”, composta de 20 fotos que mostram o pre-sidente norte-americano em situações informais. A cerimônia de abertura é para convidados e autori-dades. A exposição, além de mostrar o lado cidadão de Barack Obama, oferece àqueles que já o admiram a oportunidade de vê-lo descontraído ao lado da família e dos amigos.

A exposição é uma ini-ciativa da Embaixada dos Estados Unidos e conta com o apoio da Prefeitu-ra de Duque de Caxias, através da Secretaria de Cultura e Turismo. A ex-posição fi cará aberta ao

público, gratuitamente, de 21 a 28 de fevereiro, de segunda a sexta-feira, das 9h à s18h À abertura estarão presentes, além do Prefeito José Camilo Zito e dos Secretários de Cultura e Turismo, Gutemberg Cardoso, e de Educação Roseli Duarte, o Cônsul e Diretor da Seção de Imprensa, Edu-

cação e Cultura, Mark Pannell, e o Vice Consul Quentin Barber.

Um grupo de 20 alunos do Colégio Municipal Expedicionário Aquino de Araújo estará presen-te. Um dos alunos fará a leitura de um trecho do histórico discurso de Martin Luther King na escadaria do Monu-

mento a Lincoln, em Washington, no dia 28 de agosto de 1963, diante de mais de 250 mil pessoas, após a Marcha para Wa-shington por Emprego e Liberdade. Aos alunos será permitido fazer per-guntas ao Cônsul. A foto abaixo, de Pete Souza, é uma das que estarão presentes à mostra.

Biblioteca Leonel Brizola terá exposiçãode fotos do presidente Barack Obama

DIVULGAÇÃO/PETE SOUZA

O COMPLEXO do Ale-mão vai ganhar acesso gratuito à internet. O anúncio ofi cial foi feito segunda-feira (14) pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Alexandre Cardoso. A iniciativa é do Programa Rio Estado Digital cujo objetivo não é apenas levar internet de graça e sem fio para a po-pulação, mas fazer da rede um instrumento educacional e de serviço para que os moradores possam consultar sites de pesquisas, de notí-cias, ou seja, ter acesso à informação. De acordo com o secretário, duas universidades estarão no comando da ação a Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ) e a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) que firmaram parceria com o Governo do Es-tado para a instalação de 257 antenas que cobrirão 14 favelas do conjunto. “A internet servirá para pesquisas escolares e cursos online no portal

do programa”, destaca o secretário.

Com um custo estima-do entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões, o progra-ma Rio Estado Digital no Complexo do Alemão será dividido em cinco áreas que ainda serão defi nidas. A expectativa é de que o sinal seja liberado, na primeira área, em junho deste ano. O programa atende várias comunidades do rio e seis municípios da Baixada: São João de Meriti, Duque de Caxias (60% da população), Belford Roxo (60%), Nova Iguaçu (20%), Mesquita (20%), e Niló-polis (20%). Com inves-timentos de mais de R$ 20 milhões, o Rio Estado Digital já registra mais de 28 mil acessos por dia. A implantação do programa conta com apoio do IME , da UFF e da Coppe/UFRJ (Coordenação dos Programas de Pós Gra-duação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro), além da PUC e da Uerj.

O MINISTÉRIO do De-senvolvimento Agrário anunciou a liberação de R$ 71 milhões em cré-dito para a recuperação da agricultura familiar na região serrana flu-minense, afetada pelas fortes chuvas de janei-ro. Os produtores rurais receberão empréstimos diretos de R$ 63 milhões e as prefeituras dos mu-nicípios atingidos de R$ 8,3 milhões. O dinheiro estará disponível a partir desta semana no Banco do Brasil. A intenção é ajudar a 6,5 mil agri-

cultores familiares que tiveram prejuízos com as enxurradas.

Segundo a Secretaria de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro, a região serrana, onde 93% dos produtores são agricultores familiares, responde por quase 30% da economia agrícola fl uminense. O re-passe de R$ 8,3 milhões às prefeituras será feito a fun-do perdido, para a recupe-ração de áreas produtivas e compra de equipamentos, como retroescavadeiras, para liberar as estradas da zona rural na região.

Internet gratuita e sem fi ochegará ao Complexo do Alemão

A DEVASSE DETERMI-NADA pelo chefe da Polí-cia Civil, Alan Turnowski, na Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Or-ganizadas, a Draco, que está acontecendo desde a manhã de segunda-feira (14), pode ter desdobra-mentos surpreendentes no meio político do Estado. Segundo Turnowski, fo-ram encontrados alguns documentos que embasam a denúncia recebida de que policiais daquela unidade estariam recebendo dinhei-ro para arquivar inquéritos contra Prefeituras. Segundo o policial, agora, a denún-cia passa a ter um “valor maior”, uma vez que foi encontrado um documento original com assinatura de autoridades da Draco au-torizando o arquivamento

de uma investigação sobre fraude em licitações. “Va-mos apurar tudo, inclusive com a quebra de sigilos telefônicos e fiscais para saber se de fato houve o pagamento de propina”, afi rmou Turnowski em uma entrevista para uma grande rede de televisão.

A Draco foi fechada na tarde de domingo (13), depois que Turnowski re-cebeu uma denúncia de que agentes ali lotados teriam participado de procedi-mentos ilícitos e arquivado alguns inquéritos sob o pretexto de receber alguma vantagem econômica de empresários e até de pre-feituras. Na manhã do dia seguinte, policiais armados impediam a entrada e saída de pessoas não autorizadas para evitar a evasão de do-

cumentos da delegacia. O chefe de Polícia Civil disse que a devassa na Draco irá continuar até que se apurem todas as denúncias. De acordo com ele, até o mo-mento foram encontrados inquéritos arquivados há dois anos na delegacia com investigação parada e armas sem numeração. “A Polícia Civil entra numa nova fase. Não adianta apresentar resultados à população, ela exige lisura dos agentes”, disse Turnowski.

A Corregedoria de Polícia Civil vai apurar o fato de existirem dois documentos com o mesmo número e informações diferentes so-bre um suposto esquema de corrupção envolvendo uma prefeitura da Região dos Lagos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira pelo cor-

regedor Gilson Soares, que chegou a afi rmar que a exis-tência dos dois documentos é, no mínimo, estranha. O documento apontava que po-liciais da delegacia estariam recebendo dinheiro para não serem instaurados inquéritos contra a prefeitura, com data de 16 de agosto de 2008.

Turnowski afi rmou que vai pedir ao Tribunal de Contas a quebra dos sigilos fi scais e telefônicos de empresários e funcionários da prefeitura que podem ser os respon-sáveis pelo pagamento de propinas em função da frau-de nas licitações. O correge-dor já havia afi rmado que Turnowski tinha recebido denúncias de que policiais da especializada participaram de procedimentos ilícitos não só com empresários, mas também com prefeituras.

Crise na Polícia: Documentos podem comprometer PrefeiturasGoverno libera R$ 71 milhões para

agricultura familiar na região serrana

Page 7: Edição Nº 44

77CAPITAL15 a 21 de Fevereiro de 2011

Internacional

País

O GOVERNO do Japão divulgou segunda-feira (14) o balanço econômico de 2010 e confi rmou a perda do posto de segunda maior economia mundial para a China. De acordo com da-dos ofi ciais, o Produto Inter-no Bruto (PIB) do Japão em 2010 fi cou em US$ 5,474 trilhões. Já a China fechou o ano com um acumulado de US$ 5,8786 trilhões. A que-da nas exportações e no con-sumo interno, desencadeada pela recessão de 2008/2009, prejudicou o desempenho do Japão. Já a China teve excelente desempenho no setor manufatureiro.

Segundo os dados di-vulgados pelo governo, a economia japonesa teve uma retração de 1,1% na taxa anualizada nos três últimos meses de 2010. O crescimento recuou 0,3% em relação ao trimestre anterior. Foi a primeira vez, em quatro trimestres,

que a economia registrou uma contração. Assim, o PIB anual teve expansão de 3,9%. O ritmo de re-cuperação do Japão foi lento demais para segurar a posição de segunda maior economia mundial, posto que o país ocupou por mais de 40 anos.

Mas o governo diz que o fato não abala a confi an-ça dos japoneses. “Não estamos competindo por rankings, mas trabalhan-do para melhorar a vida dos cidadãos”, disse o ministro de Política Eco-nômica do Japão, Kaoru Yosano. Yosano afi rmou

ainda que o crescimento chinês é uma boa notícia não só para o Japão, mas para os vizinhos asiáti-cos. “Isso [o crescimento da China] pode ser a base de um desenvolvimento da economia regional, ou seja, da Ásia Oriental e do Sudeste”, sugeriu.

China supera Japão como 2ª potência econômica mundial

BAN

CO

DE

IMA

GEN

S

MAIS DE 10,3 MIL be-nefícios da Previdência Social foram excluídos da folha de pagamentos de janeiro. São pessoas que há mais de 60 dias não apareceram nas agências bancárias para sacar o dinheiro depositado. A medida tem o objetivo de evitar fraudes e paga-mentos indevidos, como os feitos a segurados já

falecidos. O desbloqueio do cartão para saque é feito pelo próprio segu-rado nas agências da Pre-vidência Social, que deve apresentar um documento de identifi cação com foto, como a carteira de identi-dade ou de motorista. Os bancos fazem o bloqueio dos depósitos que não são sacados no prazo de dois meses e devolvem os va-

lores ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A Previdência divul-gou um alerta sobre as normas de segurança que devem ser seguidas pelos benefi ciários ao usarem o cartão. Um dos cui-dados é que a senha não seja fornecida a outras pessoas. Assim como nos cartões bancários, a senha também não deve

conter sequências fáceis de serem descobertas, como datas de nasci-mento, de telefone ou números relacionados ao portador. Outro cui-dado é que, em caso de difi culdade para retirar dinheiro, o usuário pro-cure um funcionário do banco e nunca peça ajuda a estranhos que estejam no local.

INSS exclui mais de 10 mil benefíciosda folha de pagamentos de janeiro

AS RESERVAS inter-nacionais do Brasil ul-trapassaram a marca simbólica de US$ 300 bilhões, de acordo com o Banco Central (BC). É a primeira vez na história

do país que o volume de divisas internacionais alcança esse patamar. O valor exato, divulga-do pelo BC, é de US$ 300,271 bilhões, mais de meio trilhão de reais. As

reservas no encerramen-to de 2010 estavam em US$ 288,57 bilhões. De lá para cá a autoridade monetária foi induzida a comprar mais dólares no mercado à vista e a con-

tratar operações de com-pra no mercado futuro (swap cambial reverso) com o objetivo de con-ter a desvalorização da moeda norte-americana ante o real.

Reservas internacionais do Brasil ultrapassam US$ 300 bilhões

A LEI ORÇAMENTÁ-RIA de 2011 foi publi-cada no Diário Oficial da União do dia 10. O governo anunciou, no dia anterior, um corte recorde de R$ 50 bi-lhões no Orçamento para ajustar a economia, com redução do déficit nominal e manutenção da inflação sob controle. É o primeiro contingen-ciamento do governo

Dilma Rousseff. Com o corte, o governo esperar reduzir as despesas de R$ 769,9 bilhões para R$ 719,9 bilhões. Com isso, buscará cumprir a meta de superávit primário (receitas menos despesas excluindo pagamento de juros), reduzindo as despesas em R$ 81,8 bilhões ante os R$ 49,8 bilhões previstos ante-riormente.

O corte deixou os ser-vidores públicos insa-tisfeitos. De acordo com o diretor executivo da Confederação dos Tra-balhadores no Serviço Público Federal (Con-dsef), Sérgio Ronaldo da Silva, a redução de gastos afeta diretamente a estrutura do serviço públ ico. A categoria está preparando uma mobilização, prevista

para quarta-feira (16), na Esplanada dos Mi-nistérios, em Brasília, para protestar contra a medida. “Será o primei-ro recado. Conseguimos unir 23 entidades na-cionais. Se o governo não recuar, haverá mais pressão na Esplanada, as mobilizações serão contínuas e até pode ha-ver greve”, disse Silva.

Governo publica Lei Orçamentária de 2011 no Diário Ofi cial

O GOVERNO está con-fiante que vai conseguir aprovar esta semana na Câmara dos Deputados o valor de R$ 545 para o salário mínimo este ano, contrariando a oposição e as centrais sindicais que consideram baixo o valor. Na reunião da coordenação política com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto, na segunda-feira (14), o governo bateu o martelo e, de acordo com o ministro de Relações Insti-tucionais, Luiz Sérgio, “não há plano B” para a questão do mínimo.

A aprovação do novo valor do mínimo é o pri-meiro embate do governo da presidenta Dilma Rous-seff com o Congresso, e a reunião da coordenação política serviu para traçar estratégias para vencer a queda de braço com a oposição. O assunto foi o único tratado na reu-nião. Para convencer os deputados e garantir que não haverá dissidências, fi cou acertada uma reunião com os líderes da base na Câmara para amanhã, ao meio-dia. Além disso, já está marcada uma comis-são geral com a presença do ministro da Fazenda,

Guido Mantega, para deba-ter o assunto na Casa. Dos 513 deputados, 388 são de partidos da base aliada.

- Não existe plano B. O que estamos votando não é somente um valor. Estamos votando uma política de va-lorização do mínimo que já se mostrou vitoriosa - disse o ministro, ao sair da reu-nião. “O valor de R$ 545 é o estabelecido, vinculado à política, não pode haver ex-ceções”, enfatizou Luiz Sér-gio. O acordo para reajustar o valor do salário mínimo prevê o cálculo da infla-ção do ano anterior, 2010 nesse caso, mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes, ou seja, referente à de 2009. O governo alega que está cumprindo o acordo, mas as centrais sindicais querem que neste ano, o governo trate com “excepcionalida-de” o reajuste, pois o PIB de 2009 apresentou variação negativa, afetado pela crise econômica internacional.

Ao sair da reunião, Luiz Sérgio disse que a correção da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física (IRPF) é possível, mas o governo quer tratar o assunto atrelado à votação do mínimo.

Ministro afi rma: “Não háplano B para o salário mínimo”

Page 8: Edição Nº 44

CAPITAL 15 a 21 de Fevereiro de 201188

A REUNIÃO DE instalação do Fórum de Desenvolvi-mento Econômico, realiza-da dia 10, no Palácio do Pla-nalto, durou cerca de duas horas sob o comando da presidenta Dilma Rousseff, mas nada foi divulgado pelo Palácio do Planalto sobre o encontro em si. Coordenado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, a reunião contou com a participação de toda a equipe econômi-

ca do governo, além dos ministros da Agricultura, da Ciência e Tecnologia, da Educação, da Previdência e do Trabalho e Emprego, além de representantes dos bancos ofi ciais.

Aguardado com expectati-va, o Fórum de Desenvolvi-mento Econômico foi aberto às 15h30 e terminou por volta de 17h30. A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto informou que o mi-

nistro Mantega falaria sobre a reunião e os objetivos do Fórum, mas isso não acon-teceu. Um segundo aviso da assessoria de imprensa, às 19h30, informou que o ministro da Fazenda despa-chou demortadamente com a presidenta da República e, por uma questão de agenda, deixou o palácio sem dar a entrevista prometida.

Na primeira reunião mi-nisterial do governo Dilma,

dia 14 de janeiro, foram criados os fóruns de Infra-estrutura, de Erradicação da Pobreza, de Direito e Cidadania e do Desenvol-vimento Econômico. Todos com o objetivo de monitorar o andamento de projetos do governo e de melhorar a gestão dos gastos públicos. Os fóruns agrupam os 37 ministérios e secretarias especiais por afi nidade de áreas.

Dilma Rousseff instala Fórum de Desenvolvimento Econômico

FABIO RODRIGUES POZZEBOM

O GOVERNO DECIDIU isentar do pagamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) as doações feitas aos muni-cípios do Rio de Janeiro

em estado de calamida-de pública. O decreto foi publicado dia 11 no Diário Oficial da União.

A redução é válida por seis meses . De acor-

do com o decreto, nas notas fiscais de saída com a redução de alí-quotas deverá constar a expressão “saída com alíquota zero do IPI”,

o número do CNPJ re-ferente ao município favorecido e referência a esse decreto, que en-trou em vigor em 11 de fevereiro.

Governo isenta de IPI produtos doados para o Rio de Janeiro