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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 N° 49 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 28 DE MARÇO A 4 DE ABRIL DE 2011 | NAS BANCAS RS 1,00 Oi não aceita tarifa baixa PÁG. 4 Indicadores* Indicadores* Câmbio* Câmbio* MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) (*) FECHAMENTO: 28 DE MARÇO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 28 DE MARÇO DE 2011 Produção de petróleo e gás cresceu 1,7 % Pão de Açúcar terá que vender lojas Devolução do IR de 2011 só em 2012 Câmara pode acabar com prisão especial Brasil derrota Estados Unidos na OMC A PRODUÇÃO média de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em fevereiro, foi de 2.603.953 barris equivalentes de óleo, por dia (boed). Esse resultado ficou 1,7 % acima do volume registrado no mesmo mês de 2010 e foi 2,2% menor que o volume total extraído em janeiro deste ano. PÁGINA 8 O GRRUPO PÃO de Açú- car terá de se desfazer de algumas lojas da Casas Bahia ou do Ponto Frio no Distrito Federal e em cidades de São Paulo, de Goiás e do Rio de Janei- ro. Neste último, estão incluidas duas cidades da Baixada Fluminense: Nova Iguaçu e São João de Meriti. Essa é a reco- mendação da Secretaria de Acompanhamento Econô- mico (Seae) do Ministério da Fazenda, que analisou a compra da Casas Bahia e do Ponto Frio pelo Gru- po Pão de Açúcar. O rela- tório, concluído somente agora, serve de subsídio para a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão regulador dos processos de concentração econômica, que dará a palavra final so- bre o caso. PÁGINA 4 O IMPOSTO DE Ren- da retido a mais nos três primeiros meses de 2011 será devolvido aos contri- buintes somente em 2012, disse o subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa. Segundo ele, os valores descontados a mais antes da correção da tabela em 4,5% serão compensados na declaração de ajuste de 2011, que só será en- tregue no ano que vem. Segundo ele, o governo deixará de arrecadar R$ 9,372 bilhões por causa da correção. Ainda se- gundo Sandro Serpa, o impacto fiscal será de R$ 1,612 bilhão em 2011, A REFORMA do Có- digo de Processo Penal está entre os destaques das sessões extraordi- nárias desta semana na Câmara dos Depu- tados. A proposta põe m à prisão especial, desfrutada por políticos que estejam exercendo mandato, promotores, delegados de polícia, ministros de Estado, sacerdotes e diploma- dos. A informação é da colunista Priscila Ricarte, que faz sua es- tréia como correspon- dente do Capital em Brasília. PÁGINA 5 BANCO DE IMAGENS A ORGANIZAÇÃO Mundial do Comércio decidiu que algumas taxas impostas pelos EUA sobre importações de suco de laranja brasileiro violam as leis do comércio internacional. PÁGINA 2 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,660 1,662 0,12 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,580 1,720 0,00 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,294 5,296 0,06 Dólar Austrália 1,024 1,024 0,17 Dólar Canadá 0,977 0,977 0,36 Euro 1,408 1,408 0,04 Franco Suíça 0,916 0,917 0,30 Iene Japão 81,700 81,720 0,37 Libra Esterlina Inglaterra 1,599 1,599 0,33 Peso Chile 480,250 480,750 0,37 Peso Colômbia 1.878,000 1.879,000 0,37 Peso Livre Argentina 4,025 4,065 0,00 Peso MÉXICO 11,972 11,976 0,15 Peso Uruguai 19,150 19,350 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 67.192,82 0,85 Dow Jones 12.197,88 0,19 Nasdaq 2.730,68 0,45 IBX 21.839,81 0,68 Merval 3.313,18 1,07 Poupança 28/03 0,542 Poupança p/ 01 mês 0,555 Juros Selic meta ao ano 11,75 TR mês 0,129 Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88 AG. PETROBRAS

Edição Nº 49

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Jornal Capital - Edição nº 49

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1CAPITAL28 de Março a 4 de Abril de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 � N° 49 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 28 DE MARÇO A 4 DE ABRIL DE 2011 | NAS BANCAS � RS 1,00

Oi não aceita

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(*) FECHAMENTO: 28 DE MARÇO DE 2011(*) FECHAMENTO: 28 DE MARÇO DE 2011

Produção de petróleo e gás cresceu 1,7 %

Pão de Açúcar terá que vender lojas

Devolução do IR de 2011 só em 2012

Câmara pode acabar com prisão especial

Brasil derrota Estados Unidos na OMC

A PRODUÇÃO média de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em fevereiro, foi de 2.603.953 barris equivalentes de óleo, por dia (boed). Esse resultado fi cou 1,7 % acima do volume registrado no mesmo mês de 2010 e foi 2,2% menor que o volume total extraído em janeiro deste ano. PÁGINA 8

O GRRUPO PÃO de Açú-car terá de se desfazer de algumas lojas da Casas Bahia ou do Ponto Frio no Distrito Federal e em cidades de São Paulo, de Goiás e do Rio de Janei-ro. Neste último, estão incluidas duas cidades da Baixada Fluminense: Nova Iguaçu e São João de Meriti. Essa é a reco-mendação da Secretaria de Acompanhamento Econô-

mico (Seae) do Ministério da Fazenda, que analisou a compra da Casas Bahia e do Ponto Frio pelo Gru-po Pão de Açúcar. O rela-tório, concluído somente agora, serve de subsídio para a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão regulador dos processos de concentração econômica, que dará a palavra fi nal so-bre o caso. PÁGINA 4

O IMPOSTO DE Ren-da retido a mais nos três primeiros meses de 2011 será devolvido aos contri-buintes somente em 2012, disse o subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa. Segundo ele, os valores descontados a mais antes da correção da tabela em

4,5% serão compensados na declaração de ajuste de 2011, que só será en-tregue no ano que vem. Segundo ele, o governo deixará de arrecadar R$ 9,372 bilhões por causa da correção. Ainda se-gundo Sandro Serpa, o impacto fi scal será de R$ 1,612 bilhão em 2011,

A REFORMA do Có-digo de Processo Penal está entre os destaques das sessões extraordi-nárias desta semana na Câmara dos Depu-tados. A proposta põe fi m à prisão especial, desfrutada por políticos que estejam exercendo

mandato, promotores, delegados de polícia, ministros de Estado, sacerdotes e diploma-dos. A informação é da colunista Priscila Ricarte, que faz sua es-tréia como correspon-dente do Capital em Brasília. PÁGINA 5

BANCO DE IMAGENS

A ORGANIZAÇÃO Mundial do Comércio decidiu que algumas taxas impostas pelos EUA sobre importações de suco de laranja brasileiro violam as leis do comércio internacional. PÁGINA 2

Moeda Compra (R$)

Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,660 1,662 0,12Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,580 1,720 0,00

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,294 5,296 0,06Dólar Austrália 1,024 1,024 0,17Dólar Canadá 0,977 0,977 0,36Euro 1,408 1,408 0,04Franco Suíça 0,916 0,917 0,30Iene Japão 81,700 81,720 0,37Libra Esterlina Inglaterra 1,599 1,599 0,33Peso Chile 480,250 480,750 0,37Peso Colômbia 1.878,000 1.879,000 0,37Peso Livre Argentina 4,025 4,065 0,00Peso MÉXICO 11,972 11,976 0,15Peso Uruguai 19,150 19,350 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 67.192,82 0,85Dow Jones 12.197,88 0,19Nasdaq 2.730,68 0,45IBX 21.839,81 0,68Merval 3.313,18 1,07

Poupança 28/03 0,542Poupança p/ 01 mês 0,555

Juros Selic meta ao ano 11,75TR mês 0,129

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

AG. PETROBRAS

CAPITAL 28 de Março a 4 de Abril de 201122

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ENDEREÇOS ELETRÔNICOS:[email protected]@[email protected]

TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

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Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

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A ORGANIZAÇÃO Mun-dial do Comércio (OMC) decidiu que algumas taxas antidumping impostas pelos Estados Unidos sobre im-portações de suco de laranja brasileiro violam as leis do comércio internacional. O re-latório fi nal com o parecer fa-vorável ao Brasil foi divulga-do dia 25, em Genebra, para todos os países associados da OMC. O relatório é resultado de um apelo feito pelo Brasil na OMC em 2008, no qual denunciou a ilegalidade dos critérios adotados pelos Esta-dos Unidos para defi nir a prá-tica de dumping no suco de laranja produzido no país. A OMC acatou os argumentos do Brasil e considerou que método de cálculo, chamado zeroing, aplicado pelos ame-ricanos, “é incompatível” com a acordo antidumping. O texto aponta que “uma

metodologia de comparação que ignora transações, que se tivessem sido levadas em conta resultariam em uma margem menor de dumping, deve ser considerada injusta”.

Com isso, a organização recomendou que os Estados Unidos tomem as medidas necessárias para tornar suas exigências compatíveis com o Acordo Antidumping. A decisão do painel deve ser aplicada pelo Órgão de So-lução de Controvérsias da OMC entre 20 e 60 dias a contar de hoje. A data pode ser alterada se houver recur-so ao Órgão de Apelação do organismo multilateral. Além do Brasil, a União Europeia e oito países (Canadá, Japão, Equador, Tailândia, México, Coreia, Vietnã e China) abri-ram painéis contra os Estados Unidos na OMC sobre o mesmo assunto.

Brasil vence mais uma disputacomercial contra os EUA na OMC

BANCO DE IMAGENS

DIVULGALÇAO

Deputado pede fi scalização doTCE sobre empresa de radares

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

Dilma deixa para traz o”tatibitati” de LulaAO VOTAR A FAVOR de uma investigação da ONU sobre denúncias de desrespeito aos Direitos Humanos no Irã, a Pre-sidente Dilma Rousseff marcou uma mudança do eixo da nossa política ex-terna desde o Governo Lula, que apoiava sempre os países estrangeiros que ofereciam qualquer tipo de resistência ao governo dos EUA, como é o caso da Bolívia, Venezuela, Cuba, Irã e diversos países africanos, comandados há décadas por ditadores.

Dilma Rousseff anun-ciou que uma das variá-veis na política externa no seu Governo seria o integral respeito aos Direitos Humanos, colo-cando no index os países sob governos autoritários, mesmo os que, a exem-plo do que ocorreu no Brasil a partir de 1964, tenham aparente demo-cracia, com parlamento funcionando, mas uma fe-roz repressão à oposição e a prática da censura e pressão econômica sobre a imprensa local.

A decisão de convidar para o almoço com Obana, no Itamary, todos os ex-presidentes da república

eleitos pelo voto direto e secreto, mostrou uma face-ta nova do Governo, o de demostrar uma necessária e fundamental distensão política, ao contrário dos oito anos do Governo Lula. E o convite para Fernando Henrique Cardoso e Ita-mar Franco participarem da mesa principal foi um recado para Lula: amigos sim, mas sem submissão. O enfrentamento das cen-trais sindicais na discussão do novo salário mínimo e de mudanças na tabela do Imposto de Renda retido na fonte deu bem uma mostra do estilo Dilma de governar: aceita discutir projetos, nunca capitular diante de chantagens, ex-plícitas ou não.

O mais recente “efeito Dilma” foi a rapidez na substituição da presiden-te da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Coelho. Tão logo vazou o pedido de demissão, feito a portas fechadas no gabinete do Ministro Guido Mantega, da Fa-zenda, a presidente não perdeu tempo discutindo nomes e determinou que Maria Fernanda fosse imediatamente substitu-ída pelo vice-presidente

da Caixa, Jorge Hereda, que já conhece a institui-ção por dentro e os seus problemas, principalmen-te depois da desastrada compra de parte do Banco PanAmericano, decidida por Lula e com o único propósito de salvar o patrimônio pessoal do empresário Silvio San-tos, diante do rombo de mais de R$ 4 bilhões no banco administrado por um parente do sorridente apresentador de TV e dono do SBT, entre outros negócios. Estivesse Lula no Palácio do Planalto, a economista Maria Fer-nanda sangraria em praça pública enquanto Lula estaria dando entrevistas, dizendo que não sabia do rombo no PanAmerica-no, não conhecia Silvio Santos e que estava em busca de um nome aceito pelo mercado, vale dizer, empreiteiras, Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e BMG, entre outros de menor porte.

Durante a campanha eleitoral, muita gente torcia o nariz para a can-didata do PT por entender que, eleita, seria um jo-guete nas mãos de Lula e seus companheiros.

Em noventa dias de Go-verno, Dilma Rousseff conseguiu se livrar da pecha de teleguiada do ex-presidente e, criada em Minas Gerais, soube aplicar na prática a teo-ria de que os mineiros, em especial na Política, sempre trabalham calados e em silencio. Assim, sem alardes e sem bravatas descabidas, a Presiden-te Dilma Rousseff vem imprimindo a sua marca de governar, cobrando resultados e agindo rá-pido, como no caso da mudança de postura no Irã, sem deixar de criticar a intervenção estrangeira na crise da Líbia, em que civis vem morrendo na luta entre Kadaffi e os seus opositores.

O Brasil espera que as difi culdades que o Gover-no vai enfrentar nos pró-ximos meses não sejam sufi cientes para mudar o perfi l de Dilma Rousseff, nem tisnar a Esperança que rebrotou no coração dos brasileiros: desen-volvimento econômico e o combate à infl ação, um terrível imposto pago preferencialmente pelos pobres, até os que vivem da caridade pública.

A confi ança do consumidor na economia brasileira di-minuiu em março deste ano, depois de crescer em feve-reiro. O Índice de Confi ança do Consumidor (ICC), me-dido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), passou de 122,6 pontos em fevereiro para 120,1 pontos em mar-ço, reduzindo-se em 2,0%.

O resultado foi infl uenciado pela queda de 3,8% do Ín-dice de Expectativas, que passou de 111,0 para 106,8 pontos no período. O valor alcançado em março fica abaixo da média histórica de 107,8 pontos.

De acordo com a FGV, a proporção dos consumi-dores que preveem melho-

ra na situação econômica nos próximos seis meses reduziu-se de 30,9% para 29,2%, enquanto a dos que projetam piora elevou-se de 17,0% para 21,3%. Já a avaliação dos consumido-res sobre o momento atual subiu 0,2% de um mês para o outro. O Índice de Situa-ção Atual em março foi de

145,0 pontos ante 144,7 em fevereiro. Segundo a FGV, a parcela de consumido-res que consideram boa a s i tuação econômica em sua cidade aumentou de 34,1% para 34,7%. A proporção daqueles que classificam a si tuação como ruim diminuiu de 18,1% para 17,3%.

Confi ança do consumidor na economia diminui em março

O LÍDER DO PTRB na Câmara, deputado Au-reo (RJ) protocolou no Tribunal de Contas do Estado - TCE pedido de fi scalização em todos os contratos dos municípios do Estado do Rio de Ja-neiro e as empresas de instalação de radares. O programa “Fantástico” do dia 13 de março, com o objetivo de demonstrar o retrato escandaloso de como funciona a indústria das multas no Brasil, di-vulgou reportagem com o

titulo “Máfi a das multas e lombadas eletrônicas fatu-ra R$ 2 bi por ano”. Nele foram citadas a seguin-tes empresas: Engebrás, ACT,Kopp-Vera Cruz, Perkons, Datapron, Con-silux, Consladel, Splice e CSP. Segundo o deputado, “o fato é grave e de inte-resse nacional, haja visto que os contratos de pres-tação de serviços fi rmados estão espalhados por todas as unidades da federação e dão mostras de conterem graves irregularidades”.

BANCO DE IMAGENS

O ÍNDICE NACIONAL de Custo da Construção - Mer-cado (INCC-M), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Funda-ção Getulio Vargas (FGV), atingiu 0,44%, em março, resultado maior do que o de fevereiro (0,39%). Desde o começo do ano, o índice acumula alta de 1,21% e, nos últimos 12 meses, de 7,45%. O INCC é um dos subcomponentes do Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M). As taxas subiram em índices superiores aos do mês anterior em quatro das sete capitais onde a pes-quisa é realizada: Salvador, com 0,62% ante 0,41%; Brasília, com 0,15% ante 0,04%; Belo Horizonte, com 0,54% ante 0,31%; e Porto Alegre, com 1,02% ante 0,24%. Nas demais, as correções ocorreram com variações menores: São Paulo, com 0,34% ante 0,46%; Rio de Janeiro, com 0,35% ante 0,42%; e Recife com 0,33% ante 0,92%.

A taxa do setor da mão de obra aumentou na média

em mais do que o dobro (de 0,12% para 0,27%) e acumula em 12 meses alta de 9,36%. Esse crescimento foi influenciado, princi-palmente, pelos reajustes salariais concedidos em duas localidades, Salvador e Porto Alegre. Na capital gaúcha, os profissionais receberam adicionais pre-vistos no acordo coletivo da categoria, que elevaram os ganhos na média em 1,30%. Na capital baiana, as correções tiveram variação média de 0,56%.

No segmento materiais, equipamentos e serviços, o índice perdeu força, passando de 0,65% para 0,60%. Nos últimos 12 meses, a variação alcançou 5,72%. O que mais tem en-carecido são as instalações elétricas, embora tenham apresentado percentual menor do que em fevereiro (de 2,56% para 1,30%). Desde o começo do ano, esses serviços acumulam um aumento de 5,89% e, nos últimos 12 meses, de 18,29%.

Construção civil fi ca mais cara,puxada pela mão de obra

33CAPITAL28 de Março a 4 de Abril de 2011

ANUNCIELigue: 2671-6611 / [email protected]

AG. PETROBRAS/GERALDO FALCÃO

A PETROBRAS vendeu 7,8 milhões de m³/d de gás natural em leilão eletrônico realizado na quinta-feira (24), para fornecimento no período de abril a julho de 2011. O volume correspon-de a 78% dos 10 milhões de m³/d ofertado. Todas as companhias distribuidoras de gás participaram e fi zeram lances, convergindo para um preço que foi 38% menor do que o preço médio dos contratos de longo prazo. Também em abril entram em vigor os primeiros contratos de venda de gás formatados para atender especifi camente ao mercado secundário, outra modalidade que disponibiliza para as indústrias volumes de gás que não estão sendo consumidos pelas usinas ter-melétricas. Nesta nova dinâ-mica de mercado, conforme são conhecidos os despachos das termelétricas, a Petrobras confi rma o direcionamento de volumes de gás para estes contratos, a preços competi-tivos em relação à alternativa do energético empregada nestas indústrias.

Cerca de 2,5 milhões de m³/dia já estão contratados para operar nesta nova eta-pa do mercado secundário. Somados aos 7,8 milhões

de m³/d comercializados no 12° leilão de gás, o merca-do de curto prazo atingirá 10,3 milhões de m³/d, um crescimento de 9,5% em relação às vendas de curto prazo para o período an-terior (dezembro de 2010 a março de 2011). A ex-periência adquirida desde o primeiro leilão de gás realizado em abril de 2009 permite à Petrobras inovar continuamente para melhor atender às expectativas dos consumidores. Ao conciliar as necessidades energéticas da indústria com a dinâmi-ca do mercado de geração

elétrica, a Petrobras man-tém seu compromisso de oferecer às distribuidoras, em condições competitivas, o gás natural que as usinas termelétricas não vão con-sumir, por meio de leilões e contratos de alocação de curto prazo a menores pre-ços em relação aos contratos fi rmes de longo prazo.

A criação deste mercado secundário de gás natural no Brasil foi possível devido aos investimentos realiza-dos pela Petrobras para au-mentar a produção nacional de gás natural; diversifi car as fontes de suprimento a

partir dos terminais de re-gaseifi cação de gás natural liquefeito em Pecém e na Baía de Guanabara; e ampliar a infraestrutura de transporte (gasodutos, estações e sis-temas de compressão, city gates). Estes investimentos aumentam a oferta de gás natural e a fl exibilidade no atendimento aos segmentos termelétrico e não termelétri-co. A Petrobras reafi rma que o objetivo dessas novas mo-dalidades de comercialização é fazer com que a redução de preço chegue à porta de quem efetivamente usa o gás natural, o consumidor fi nal.

Petrobras promove novo leilão de Gás Natural

COM O TEMA “Bus-cando oportunidade de negócios para pequenas e médias empresas nacio-nais”, a Petrobras abre o Ciclo 2011 da ação De-senvolvimento de Poten-

ciais Fornecedores, para atendimento aos itens com baixa competitividade em seu cadastro. O 1° Encon-tro vai acontecer no dia 16 de junho, durante a Feira Brasil Offshore, em

Macaé. O evento é uma parceria entre Petrobras, Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), Sebrae, Rede Petro - Bacia de Campos e Firjan. As empresas

interessadas podem se ins-crever até o dia 14 de abril, por telefone, no número da ONIP (22) 2796-6118, ou pelo e-mail [email protected], endereçado à Fer-nanda Falquer.

Estatal negocia com pequenas e médias empresas

Doenças das artérias periféricas

ROBERTO DAIUB ALEXANDRE é médico cardiologista concursado da Prefeitura de Duque de Caxias, médico-chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital de Clínicas de Teresópolis (Unifeso) e médico plantonista da emergência do Hospital das Clínicas Mario Lioni, em Duque de Caxias

A DOENÇA ARTERIAL oclusiva inclui a doença das artérias coronárias, que pode provocar um infarto e a doença arterial periférica, que afeta a aorta abdominal e os seus ramos principais, assim como as artérias das pernas.

As pessoas com a doença arterial periférica têm, habitualmente, aterosclerose, uma doença na qual a gordura se acumula por baixo do revestimento da parede arterial e estreita gradualmente a artéria.No entanto,uma oclusão arterial parcial ou completa pode ser o resultado de outras causas, como um coágulo sanguíneo.

Quando se processa o estreitamento de uma artéria, as partes do organismo que ela irriga recebem um fl uxo sanguíneo insufi ciente. A consequente diminuição da provisão de oxigénio (isquemia) pode manifestar-se subitamente (isquemia aguda) ou de forma gradual (isquemia crónica) causando principalmente dor no local da lesão.

Para ajudar a prevenir a doença arterial periférica, deve reduzir-se o número de fatores de risco da ate-rosclorose, como o hábito de fumar, a obesidade, a hipertensão e os valores altos de colesterol. Outra causa importante de doença arterial periférica é o diabetes, e por isso um tratamento adequado dessa doença pode retardar o desenvolvimento da insufi ciência arterial periférica.

Uma vez que a doença arterial se manifeste, o ob-jetivo principal é o tratamento das complicações (dor nas pernas ao caminhar, angina de peito, arritmias do coração , insufi ciência cardíaca, infarto agudo do miocárdio e insufi ciência renal).

CAPITAL 28 de Março a 4 de Abril de 201144

O ESTADO DO RIO po-derá criar um programa destinado à inserção no mercado de trabalho de adolescentes das unidades de internação provisória do Departamento Geral de Ações Sócio-educativas (Degase). O programa, aprovado pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), autoriza o Estado a incen-tivar a adesão de empresas através de benefício fi scal. Tanto as empresas quanto os próprios adolescentes aspirantes a uma coloca-ção no mercado de traba-lho deverão se inscrever. O texto, do ex-deputado Mário Marques, também prevê cota de 20% para os jovens em relação ao total de empregados das empresas que aderirem ao projeto. Caso tenha apenas quatro funcionários, um deverá ser do programa, que será coordenado pela Secretaria de Estado da Casa Civil.

A proposta foi defendida em plenário pela presiden-te da comissão de Assuntos da Criança, Adolescente e Idoso, deputada Claise Maria Zito (PSDB), para quem o programa acaba

com a discriminação da qual eles são vítimas. “O mercado de trabalho já é difícil para quem se qua-lifi ca, para esses jovens é ainda mais. Esse projeto dá uma oportunidade, é uma luz no fi m do túnel, para eles”. O texto será enviado ao governador Sérgio Ca-bral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.COMISSÃO - Realizar duas audiências públicas, uma sobre o respeito ao idoso nos transportes co-

letivos e outra sobre as condições estruturais dos Conselhos Tutelares do es-tado. Essas foram algumas das decisões tomadas pela Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) na quinta-feira (24), du-rante reunião que apresen-tou o colegiado às entida-des que atuam no setor. De acordo com a presidente da comissão, deputada Claise Maria Zito (PSDB), essa aproximação com

os entes que atuam nes-se âmbito foi proveitosa. “Hoje pudemos apresentar o nosso trabalho e ouvir as reivindicações dos setores para que possamos pautar nossa atuação de acordo com medidas que visem a melhoria das condições de vida para as crianças, adolescentes e idosos do nosso estado. Audiências públicas já foram marca-das e vamos aprofundar a discussão dos temas que foram apresentados”, ex-plicou a parlamentar.

Claise Maria Zito defende primeiro emprego para jovens infratores

DIVULGAÇÃO

O GRUPO PÃO DE AÇÚ-CAR terá de se desfazer de algumas lojas da Casas Bahia ou do Ponto Frio no Distrito Federal e em cidades do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Goiás. Essa é a recomendação da Secretaria de Acompanhamento Eco-nômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que analisou a compra da Casas Bahia e do Ponto Frio pelo Grupo Pão de Açúcar. Depois de quase um ano e meio de análise, a Seae divulgou o relatório sobre a operação. O documento serve de subsídio para a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão regulador dos proces-

sos de concentração eco-nômica, que dará a palavra fi nal sobre o caso. O Cade também vai receber um rela-tório da Secretaria de Defesa Econômica do Ministério da Justiça.

De acordo com o documen-to da Seae, a operação ofere-ce risco para a concorrência em 12 localidades: Ceilândia, Planaltina e Recanto das Emas, no Distrito Federal; Novo Gama, cidade goiana no entorno de Brasília; Cam-pos, Nova Iguaçu e São João de Meriti, no estado do Rio; Guarulhos, Jandira, Jundiaí, Praia Grande e Taboão da Serra, em São Paulo. Nesses mercados, o órgão avalia ser

necessário que as lojas de pelo menos uma das marcas (Casas Bahia ou Ponto Frio) sejam vendidas. Além das lo-jas, a Seae recomenda a ven-da de ativos como carteira de clientes e cadastros em cada uma das cidades listadas. O órgão autorizou que a marca com menor participação seja vendida, mas apenas para empresas entrantes ou com menos de 20% de partici-pação no mercado de cada localidade.

A Seae recomendou ain-da que o Cade determine a venda de centros de distri-buição em três unidades da Federação: Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Fede-

ral. O órgão do Ministério da Fazenda, no entanto, não especifi cou as localidades nem a parcela dos centros de distribuição que devem ser vendidos.

Em dezembro de 2009, o Grupo Pão de Açúcar anunciou a compra da Casas Bahia. Anteriormente, no entanto, o mesmo grupo ha-via comprado cerca de 70% da Globex, controladora de outra grande rede de varejo, o Ponto Frio. O negócio uniria as operações das duas empre-sas com a do Extra Eletro (do Grupo Pão de Açúcar) sob a administração de uma única sociedade para aumentar a efi ciência do negócio.

Pão de Açúcar terá que vender lojas em Meriti e Nova Iguaçu

A PROPOSTA DA Agên-cia Nacional de Teleco-municações (Anatel) de reduzir da tarifa mensal da telefonia fixa para as pessoas de mais baixa ren-da foi criticada pela ope-radora de telefonia Oi, durante audiência pública sexta-feira (25), na sede da agência em Brasília. O representante da Oi, Jorge Correa, pediu que a agência prorrogue o prazo da consulta pública sobre o assunto, marcada para terminar no dia 1º de abril. Correa defendeu o uso de recursos do Fundo de Universalização das Tele-comunicações (Fust) para garantir a sustentabilidade econômica das operadoras que forem obrigadas a ofertar serviço fi xo mais barato nas comunidades mais pobres, na proposta de regulamento do Acesso

Individual Classe Especial (Aice), que é objeto da consulta pública.

O objetivo da Anatel é que o Aice benefi cie famí-lias com renda per capita de, no máximo, R$ 120 e que tenham pelo menos um de seus membros ins-crito no Programa Bolsa Família. A Oi quer mais tempo para avaliar “os impactos técnicos, opera-cionais e fi nanceiros que deverá ter a oferta de te-lefones para a baixa renda com preço menor do que o praticado atualmente”.

O plano básico residen-cial do telefone fi xo custa R$ 40,24 por mês com tributos (sem taxas e im-postos cai para R$ 28,72). Pelo Aice atual, que conta com 139 mil assinantes de baixa renda, o custo total é de R$ 24,14 (sem tributos é de R$ 17,23).

Oi critica proposta de telefone fi xo mais barato

A ETAPA ESTADUAL do Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho (PSQT) contem-plou três empresas da Baixa-da Fluminense: a Essencis, a AlfaRio Química e a Indús-tria de Radiadores Nobres. As vencedoras estaduais agora concorrem à fase na-cional. O Prêmio busca o fortalecimento do exercício da responsabilidade social empresarial. O PSQT está na sua 14° edição e inova em relação às edições anteriores ao incentivar a sustentabi-lidade. Entre as categorias estão cultura organizacional, gestão de pessoas, educação e desenvolvimento socioam-biental, que são analisadas nas modalidades Micro e Pequenas Empresas (MPEs), médias e grandes empresas. O resultado da etapa nacional do Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho está previsto para o próximo dia 5 de abril.

A Essencis Soluções Am-bientais, que faz parte do Con-selho Empresarial da Firjan de

Duque de Caxias, foi campeã estadual na categoria Desen-volvimento Socioambiental - média empresa. Também atuante no Conselho da Firjan Caxias, a Alfa Rio Química (empresa que produz o Lu-minol no Brasil) ganhou o primeiro lugar em Inovação e segundo em educação e de-senvolvimento entre as MPEs. Já a Indústria de Radiadores Nobres venceu em Ambiente de Trabalho Seguro e Saudá-vel, também entre as Micro e Pequenas Empresas.

Para Richard Kessedjian, diretor da Alfa Rio Quími-ca, o PSQT faz com que as empresas busquem melhorar. “Ganhar este prêmio é um incentivo para continuarmos inovando e aprimorando nossos recursos técnicos e humanos”, disse. O diretor administrativo da Radiado-res Nobres, Sandro Souza, concorda com opinião de Ri-chard e afi rmou que o PSQT traz mais desenvolvimento para as empresas.

Empresas da Baixada vencem Prêmio Sesi Qualidade no Trabalho

55CAPITAL28 de Março a 4 de Abril de 2011

O MINISTÉRIO do De-senvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) vai investir este ano R$ 11 milhões no programa de construção de restaurantes populares. Os estados e os municípios com mais de 100 mil habitantes vão poder contratar até R$ 1,8 milhão para a instalação dessas unidades. Eles têm prazo até o dia 13 de abril para apresentar propostas ao MDS, que oferece o fi nan-ciamento para construção do prédio e aquisição de eletrodomésticos, móveis e utensílios, entre outros.

Existem atualmente no país 67 bancos de alimen-tos, 406 cozinhas comuni-tárias e 89 restaurantes po-pulares, todos sob a gestão e a manutenção dos estados e municípios. São atendidos trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes, aposentados, moradores de rua e famílias em situação de risco de insegurança alimentar e nutricional. Os beneficiados pagam entre R$ 1 e R$ 2 por refeição e também têm direito de par-ticipar de atividades comu-

nitárias, de cooperativismo, e de receber atendimentos na área de saúde e educação alimentar. Nesses espaços há palestras, ofi cinas e cam-panhas educativas, além de outros eventos de natureza cultural, como shows e ou-tras apresentações.

Os serviços já existentes vão contar também com recursos de até R$ 100 mil, cada um, para moderniza-ção. As propostas devem ser

enviadas por meio do Siste-ma de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. O resultado pro-visório será divulgado no dia 29 de abril e o fi nal, em 25 de maio. Todas as infor-mações estão detalhadas no edital, disponível na página do MDS na internet.

A pontuação vai priorizar as propostas relativas a áre-

as com maior concentração de populações em situação de pobreza e extrema pobre-za, devendo pesar também favoravelmente a oferta de atividades de formação e qualifi cação profi ssional na área de alimentação, nutrição e gastronomia para as famílias inscritas no Ca-dastro Único (base de dados dos benefi ciários dos pro-gramas sociais do governo federal).

Governo investirá R$ 11 milhões em restaurantes populares

BANCO DE IMAGENS

PRISCILLA RICARTE, jornalista, é correspondente do Capital em Brasília

Reforma do processo penal poderá ser votada essa semana

PRONTO PARA SER votado no Congresso, o Projeto de Lei 4.208/01 - conhecido como reforma do código de processo penal - está entre os destaques das sessões extraordinárias desta semana. A proposta põe fi m à prisão especial, desfrutada por políticos que estejam exercendo mandato, promotores, delegados de polícia, ministros de Estado, sacerdotes e diplomados. De autoria do Exe-cutivo, ele prevê ainda a criação de mais oito medidas cautelares, dentre as quais, destacam-se: a proibição do indiciado de se aproximar de lugares e pessoas que te-nham envolvimento em seu processo; e a suspensão do exercício de função pública se houver risco de seu uso para a prática de novas infrações.

Apesar da pressão do governo pela aprovação, muitos parlamentares defendem a inclusão de assuntos que não constam no PL. De acordo com o deputado João Campos (PSDB/GO), é essencial que conste na matéria a possibili-dade de prisão preventiva nos casos de violência doméstica de forma geral, e não mais apenas para a mulher, como de-termina a Lei Maria da Penha. Campos, que apresentou uma emenda ao projeto original, destacou também a importância de o mandado ser cumprido em qualquer parte do Brasil. “Isto contemplaria o pleito de todas as polícias, já que a regra atual só permite o cumprimento do mandado na área de competência do juiz processante”, disse.

Para o deputado Delegado Protógenes (PCdoB/SP), também deve ser incluído na proposta alterações de pena para o crime de corrupção. “A pena para corrupção deve-ria se tornar equivalente a de crimes contra a vida, ou seja, de 12 a 30 anos”. Protógenes defendeu ainda a instalação de uma Comissão Especial destinada a apreciar o projeto.

Apesar da pauta do Plenário estar trancada por várias medidas provisórias, a matéria deverá ser votada na quinta-feira (31), se houver acordo entre os líderes dos partidos.

QUASE 45% (R$ 179 milhões) - do total de R$ 400 milhões destinados pelo Programa Emergen-cial de Reconstrução do Estado do Rio de Janeiro (BNDES PER RJ) - já estão empenhados para ajudar as empresas da Região Serrana. Do to-tal de 1.278 operações destinadas a 1.255 em-presas, R$ 84,7 milhões já foram desembolsados pelo banco. A maior parte destes recursos (46%) foi para empresas de Nova Friburgo, município mais afetado pela tragédia. Em seguida, vêm Petrópolis (30%) e Teresópolis (9%). O balanço, relativo à data de 23 de março, foi pas-

sado dois dias depois pelo BNDES, em reunião na sede da Secretaria de Es-tado de Desenvolvimento Econômico, Energia, In-dústria e Serviços, com representantes da Investe Rio, Firjan, Fecomércio e Sebrae/RJ.

O secretário Julio Bue-no, responsável pela arti-culação entre os agentes financeiros envolvidos na operação, considera que o resultado é mui-to positivo e mostra o empenho e velocidade com que os pedidos de financiamento são re-cebidos, analisados e aprovados pelo BNDES. “No momento, apenas 1% dos pedidos de finan-

ciamento que chegaram ao BNDES ainda está em análise e 48% já estão aprovados, dependendo apenas da contratação. As informações que re-cebemos dão conta de que é a primeira vez na história do BNDES em que uma linha especial de financiamento tem uma performance tão positiva, em tão curto espaço de tempo. Se compararmos fevereiro e março, os valores libera-dos mais que triplicaram: R$ 18,7 milhões durante todo o mês passado con-tra R$ 66 milhões nos 23 dias deste mês. Isso sem contar que tivemos o período do Carnaval,

com recesso bancário”, ressalta Julio Bueno.

A maior parte (98%) dos recursos aprovados até agora foi para micro e pequenas empresas, num total de R$ 133,1 milhões, em 1.249 operações, sen-do que R$ 60,2 milhões já foram desembolsados. O setor de comércio e serviços continua na li-derança do número de financiamentos aprova-dos: 1.010 operações, com 79% aprovados (R$ 134,8 milhões), sendo R$ 59,5 milhões. Em seguida, vem o setor in-dustrial: 267 operações, sendo 21% já aprovadas (R$ 44 milhões) e R$ 25,2 milhões já liberados.

Crédito para recuperar empresas da Região Serrana chega a R$ 179 milhões

CAPITAL 28 de Março a 4 de Abril de 201166

Atualidade

O TEATRO Municipal Raul Cortez fi cou lota-do na noite da última quinta-feira (24), na exibição de gala do concorrido fi lme “5 x Favela, Agora por nós mesmos”. O evento contou com a presen-ça do cineasta Cacá Diegues e de diretores da obra. A iniciativa foi do Cineclube Mate com Angu e apoio da Secretaria de Cultura e Turismo da cidade. O fi lme é o primeiro lon-ga-metragem brasileiro totalmente concebi-do, escrito e realizado por jovens moradores de favelas. São cinco episódios assinados por sete diretores. O trabalho foi seleciona-do para o Festival de Cannes, onde teve sua pré-estreia mundial no dia 18 de maio do ano passado.

Com a presença do Secretário de Cultura Gutemberg Cardoso, aconteceu um movoi-mentado debate depois da exibição, quando os diretores e o cineasta responderam perguntas. Ao encerrar o encontro,

Cacá Diegues propôs, para surpresa de todos, que o governo “pare de patrocinar produtores e passe a dar atenção aos consumidores”, referin-do-se às poucas salas de exibição existentes no País. “Hoje para se ir a um cinema, geralmente em Shoppings, se gasta muito. Uma das saídas também poderia ser a criação de um ‘vale cul-tura’, sugeriu Cacá, sob aplausos.

Uma próxima exibi-ção está sendo acertada entre a Secretaria e o Cineclube para o mês de abril, quando deverá ser apresentado o ba-dalado documentário “Lixo Extraordinário”, de Lucy Walker. Ele foi realizado entre agos-to de 2007 e maio de 2009, acompanhando o trabalho do artista plástico Vik Muniz em um dos maiores aterros sanitários do mundo: o Jardim Gramacho, em Duque de Caxias, que será desativado até o fi nal do ano. O trabalho já obteve vários prêmios e participou de festivais internacionais.

Público lota exibição de gala do fi lme

“5 x Favela” em Caxias

Cacá Diegues com o Secretário Gutemberg Cardoso, diretores e membros do Cineclube

Mate com Angu

JOSU

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N O V E P O L I C I A I S rodoviár ios federa is fo rampresos na ma-nhã de sexta-feira (25) du ran t e a Ope ração Pisca-Alerta , da Po-l í c i a Federa l . En t re os detidos, está o ex-chefe da 3ª delegacia

de Polícia Rodoviária Federal em Itaguaí. A informação é do dele-gado da Polícia Fede-ral, Fábio Galvão. Os presos - oito policiais e um empresário - são suspeitos de part ici-par de um esquema de

corrupção, cobrança de propina e desvios de conduta de policiais rodoviár ios federa is responsáveis pela fis-calização da rodovia BR-101 na região de Angra dos Reis, Ita-guaí, Paraty e Manga-

ratiba. O ex-delegado preso é apontado como o chefe da quadrilha.

A i n d a d e a c o r d o c o m F á b i o G a l v ã o , 18 pessoas foram de-nunciadas pelo esque-m a . D e s t e s , 1 5 s ã o da PRF e outros três

são empresários. Dos dez mandados de pri-são expedidos,um não pôde ser cumprido por-que o pol icial havia sido assassinado no dia 4 de março, em Duque de Caxias. Os federais ainda buscam por mais

um acusado de partici-pação no crime.

Em nota, a Pol ícia Rodoviária Federal in-formou que realiza pro-gramas correc ionais para reduzir casos de corrupção dentro da própria instituição.

Operação prende ex-chefe de delegacia da PRF em Itaguaí

A FUNDAÇÃO para o Desenvolvimento Tecno-lógico e Políticas Sociais-Fundec, inaugurou uma Unidade de Educação para o Trabalho e Alfa-betização Digital com Cidadania (UNET/ADC), nesta segunda-feira (28) nas dependências do 15º Batalhão de Polícia Mili-tar, em Duque de Caxias. Segundo a Prefeitura, a população das comunida-des de seu entorno - Man-gueirinha e Centenário, fortes candidatas a possuir as primeiras Unidades de Polícia Pacificadora da Baixada Fluminen-se - poderão freqüentar o batalhão em busca de acesso gratuito à internet com navegação orientada, fazer pesquisas, criar e enviar e-mails e tirar 2ª via de contas. Além disso, poderão fazer cursos de

introdução ao universo di-gital e BROffi ce - versão nacional do Open Offi ce, programa gratuito para editor de textos, planilha de cálculo e criador de apresentações, entre ou-tras funções.

Durante a inauguração, o comandante do 15º BPM, Coronel Sérgio Mendes, falou de sua satisfação em mais esta parceria com

a Prefeitura “A polícia deve fazer muito mais do que apenas confrontar a marginalidade. Esta é uma grande oportunidade de trazer a cidade para dentro do batalhão, auxiliando na formação da cidadania dos moradores e tirando eles da informalidade, levando-os para o merca-do de trabalho, enquanto estes conhecem o dia-a-

dia de nossos policiais e, quem sabe, estimula al-guns deles a ingressar em nossos quadros”. “Para usar a UNET/ADC, basta que o morador se cadastre levando um comprovante de residência. Tem apenas de ser morador de Caxias, ter mais de seis anos de idade e ser alfabetizado”, explicou a presidente da Fundec, Roberta Barreto.

Fundec implanta UPP Digital no quartel do 15º Batalhão

TEVE INÍCIO NA semana passada o projeto “Reta-lhos da Vida, Retalhos da Vila”, curso de capacitação profi ssional para mulheres dos bairros Vila Operária e Amapá, em Duque de Caxias. A aula inaugu-ral do curso aconteceu na Casa da Mulher Caxiense e contou com a presença de representantes da Firjan, do Instituto Renner, do Ca-xias Shopping e da ONG Ascac (Associação Cristã de Apoio à Criança), que juntos viabilizam o projeto. O curso oferece aulas de modelagem de bolsas com retalhos de couro para 30 mulheres indicadas pela prefeitura do município. Serão formadas três tur-mas, cada uma com dez alunas. A carga horária do curso é de 120h e inclui au-las de empreendedorismo. O objetivo é que elas se

tornem profi ssionais autô-nomas, a partir da comer-cialização dos produtos que aprenderão a confeccionar.

Na cerimônia, a Coor-denadora de Projetos da Assessoria de Responsa-bilidade Social do Sistema Firjan, Simone Klein, ex-plicou como se deu a for-

mação do curso. “A Firjan tem uma parceria com a Fundação Interamericana – IAF. Com esta união, pro-movemos projetos sociais com as empresas e ajuda-mos a melhorar a gestão de ONGs. Nesta empreitada temos a Renner, através do seu Instituto, que junto

conosco patrocina o pro-grama”, disse. De acordo com Cristiano Feliciano, representante do Instituto Renner, o projeto está de acordo com o lema da Ins-tituição. A Casa da Mulher Caxiense cede o espaço e a ONG Ascac é responsável pelas aulas.

Firjan promove curso de capacitação para mulheresPMDC/DIVULGAÇÃO

PMDC/DIVULGAÇÃO

77CAPITAL28 de Março a 4 de Abril de 2011

País

Internacional

O EX-PRESIDENTE dos Estados Unidos Bill Clin-ton defendeu a entrada do etanol brasileiro no mercado americano. Se-gundo ele, o governo do presidente Barack Oba-na deveria ainda rever a política de subsídios ao etanol fabricado naquele país para tornar a compe-titividade mais igual com importantes países produ-tores, não só o Brasil, mas a República Dominicana, que também usa a cana-de-açúcar como principal fonte de biocombustível. Durante palestra no Fó-rum Social de Sustenta-bilidade, que terminou neste sábado em Manaus,

Clinton elogiou o etanol brasileiro, considerado por ele como de melhor qualidade que o produto fabricado nos Estados Unidos, feito à base de milho. Ao lembrar recente visita de Obama ao Brasil, quando encontrou-se com a presidente Dilma Rous-seff, o ex-presidente des-tacou que o encontro po-deria ter sido uma grande oportunidade para os dois países fechar um acordo para a entrada do etanol em território americano.

- O presidente Obama esteve no Brasil e será importante um acordo no sentido de o etanol brasi-leiro entrar nos Estados

Unidos. Vocês produzem etanol de forma mais inte-ligente que a gente - disse ele, pregando a erdução dos impostos para o pro-duto entrar no mercado americano. Depois de ter participado um dia antes de um seminário na Nigéria, Clinton aprovei-tou o evento em Manaus para dizer que o Brasil terá, com a exploração de petróleo, uma fonte inesgotável para o desen-volvimento do país. “O nível de segurança nacio-nal, de independência e de liberdade para explorar o petróleo que vem no futu-ro será muito importante para o Brasil”, disse ele.

- Se eu pudesse, fecharia todos os aterros na face da terra. Colocaria as pesso-as que não têm empregos para ir aos aterros para tirar materiais recicláveis e pegava o lixo para gerar energia” - disse Clinton, aplaudido pelo público. O comentário foi feito quan-do o ex-presidente falou sobre meio ambiente.

Clinton defende etanol brasileiro durante fórum em Manaus

BANCO DE IMAGENS

O PRESIDENTE da Ve-nezuela, Hugo Chávez, viaja nesta semana a pa-íses da América do Sul. Ele pretendia estar em Brasília segunda-fiera (28), mas, de acordo com assessores do governo, a incompatibilidade na agenda do venezuelano com as atividades da pre-sidenta Dilma Rousseff gerou o adiamento do en-contro. Ainda não há data para a visita ao Brasil. Ao longo da semana, Chávez irá à Argentina, ao Uru-guai, à Bolívia e à Colôm-bia. As informações são da Agência Venezuelana de Notícias (AVN).

De acordo com a asses-soria, o presidente visi-tará os quatro países em busca do fortalecimento da integração regional. Ele anunciou a viagem pela região no domingo (27), durante o programa de rádio e televisão Alô Presidente 373, que é transmitido da sede do governo, o Palácio de Mirafl ores, em Caracas. No programa, Chávez reiterou as críticas aos ataques na Líbia pro-movidos pelas forças da coalizão internacional e agora liderados pela Or-ganização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Chávez visita quatro países daAmérica Latina e adia viagem ao Brasil

O PATRULHAMENTO das fronteiras passará a usar ainda este ano dois veículos aéreos não tripulados (Vant), disse o superintenden-te da Polícia Federal em São Paulo, Roberto Troncon Filho. “Os dois equipamentos estarão trabalhando este ano. Um imediatamente e outro estará no país até a metade deste ano”. Troncon Filho partici-pou de um debate sobre segurança pública, em São Paulo, e falou dos investimentos do go-verno federal no com-bate à criminalidade nas áreas de fronteira. Segundo ele, os aviões são exemplos desses investimentos.

O policial disse que, sem a ajuda dos Vants,

é impossível para a PF e para as Forças Arma-das vigiarem os 23 mil quilômetros de frontei-ras do Brasil. “Ainda que as Forças Armadas fossem fazer só a segu-rança de fronteiras, é impraticável”, afi rmou. O superintende da PF também defendeu a in-tegração entre as várias forças policiais do país, além de acordos entre as nações vizinhas, para melhorar o combate à criminalidade. “O Brasil está buscando cada vez mais a cooperação entre órgãos públicos não só em nível nacional, mas com países vizinhos para otimizar o nosso traba-lho. Torná-lo inteligente sem prejudicar a inte-gração dos povos, que é objetivo de todos”, disse.

Aviões não tripuladosvão vigiar as fronteiras

O DELEGADO-GERAL da Polícia Civil do Esta-do de São Paulo, Marcos Carneiro Lima, afi rmou semana passada que um novo desafi o está surgin-do no combate ao crime organizado. Segundo ele, quadrilhas estão cada vez mais se infi ltrando na po-lítica e ganhando espaço na estrutura de governos do Brasil. Lima disse, em entrevista dia 24, que alguns crimes registrados em São Paulo, nos últi-mos meses, demonstram esse fenômeno. O chefe da Polícia Civil paulista afi rmou que o assassinato do prefeito de Jandira, Braz Paschoalin, em de-zembro, é exemplo claro da entrada do crime no meio político. “A morte

do prefeito de Jandira é a ponta do iceberg”, afi r-mou Lima, durante um debate sobre segurança pública na capital paulis-ta. “O crime organizado está entrando no Estado por meio da política.”

O delegado citou tam-bém a prisão de um can-

didato a deputado federal por São Paulo, por suspei-tas de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Claudinei Alves dos Santos foi preso em setembro, pouco an-tes das eleições. “Isso [a prisão de Claudinei] foi detectado a 30 quilôme-

tros da Praça da Sé [região central de São Paulo]. É muito preocupante que isso possa estar ocorrendo em outras regiões do Bra-sil, onde não há um efeito da polícia tão grande coi-bindo esse tipo de ação”, afi rmou.

Segundo o delegado, o combate ao envolvimento do crime com a política depende de um trabalho conjunto de vários órgãos. De acordo com Marcos Lima, em São Paulo, o Ministério Público (MP) tem colaborado com essas investigações. “Não é a Polícia Civil isolada, a Polícia Militar isolada ou o MP isolado. Os três jun-tos vão combater o crime organizado, cada vez mais ousado e grave”.

“Crime organizado está infi ltrado na política”, afi rma delegado paulista

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O MINISTRO DA Jus-tiça, José Eduardo Car-dozo, af irmou que o Brasil precisa de um sistema nacional de in-

formações sobre cri-mes. Segundo ele, esse sistema tem que reu-nir informações sobre ocorrências policiais de

todos os estados e deve servir como base para a elaboração de políticas públicas consistentes de combate à violência.

“Nós precisamos orga-nizar um sistema nacio-nal de informações que permitam ao governante ter a análise, se possível

em tempo real, da ocor-rência da criminalida-de”, afirmou Cardozo. O ministro participou dia 24 de um seminário

sobre segurança pública promovido pela Funda-ção Armando Alvares Penteado (Faap), em São Paulo.

Ministro defende criação de sistema nacional de indicadores sobre crimes

CAPITAL 28 de Março a 4 de Abril de 201188

A TRANSPETRO recebeu sexta-feira (25), as propos-tas técnicas e comerciais relativas à licitação de oito navios de transporte de pro-dutos derivados de petróleo do Programa de Moderni-zação e Expansão da Frota (Promef). Apresentaram propostas o Estaleiro Ilha S.A. (Eisa) e o Estaleiro Mauá, ambos no Rio de Janeiro. A Comissão de Licitação analisará inicial-mente as propostas técnicas,

de acordo com as exigências do edital. Posteriormente, serão abertas as propostas comerciais.

Os resultados serão anun-ciados em data ainda a ser defi nida. Ao término desta licitação, encerra-se tam-bém o processo de contrata-ção dos 49 navios das duas primeiras fases do Promef, que fez renascer a indústria naval brasileira em bases mundialmente competiti-vas. Com o programa, a ex-

pectativa é de que a frota da Transpetro chegue a mais de 110 navios em 2014. Hoje, o Brasil já possui a quarta maior carteira de encomen-da de navios petroleiros do mundo.

Até agora, o Promef en-comendou 41 navios, com investimento de R$ 9.6 bilhões junto aos estalei-ros Atlântico Sul (EAS), Promar, Mauá, Eisa e Su-perpesa. Em 2010, foram lançados ao mar três navios

do programa: o suezmax João Cândido, pelo EAS, e os navios de produtos Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda, pelo estaleiro Mauá. O programa de cons-trução naval da Transpetro, um dos principais projetos estruturantes do PAC (Pro-grama de Aceleração do Crescimento), já gerou mais de 15 mil empregos diretos. Ao longo do Promef serão criados 40 mil empregos diretos e 160 mil indiretos.

Transpetro recebe propostas para licitação de oito navios

AG. PRETROBRAS

A PRODUÇÃO média de petróleo e gás natural da Petrobras, no Brasil e no exterior, em fevereiro, foi de 2.603.953 barris equivalentes de óleo, por dia (boed). Esse resul-tado ficou 1,7 % acima do volume registrado no mesmo mês de 2010 e foi 2,2% menor que o volume total extraído em janeiro deste ano. Consi-derados apenas os campos no Brasil, a produção média de petróleo e gás alcançou 2.353.340 bar-ris de óleo equivalente por dia (boed), indicando um aumento de 1,8% em relação a fevereiro do ano passado. Esse volu-me fi cou 2,8% abaixo da produção de janeiro deste ano, devido a paradas programadas da produção em algumas plataformas, durante o mês.

A produção exclusi-va de petróleo dos cam-pos nacionais chegou a 2.019.508 barris diários. Esse resultado refl ete um acréscimo de 1,6% sobre fevereiro de 2010 e um decréscimo de 2,4% em relação à produção de janeiro deste ano. A pro-dução de gás natural dos campos nacionais atingiu, em fevereiro, 53 milhões

e 75 mil metros cúbicos diários. Isso corresponde a um aumento de 2,8% em relação ao mesmo mês do ano passado. Com as paradas programadas de plataformas, o volume de gás produzido em feverei-ro foi 5,5% inferior ao de janeiro deste ano.

O volume de petróleo e gás natural dos campos situados nos países onde a Petrobras atua chegou a 250.613 boed em feve-reiro. O resultado indica um crescimento de 4,8% sobre janeiro deste ano, devido à maior demanda pelo gás boliviano e à normalização da produ-ção após manutenção de planta de tratamento na Bolívia. Quando com-parado com fevereiro de 2010, houve um acrés-cimo de 0,9%, princi-palmente em função da entrada em produção de novos poços nos campos de Agbami e Akpo, am-bos na Nigéria.

A produção de gás na-tural no exterior foi de 16 milhões e 671 mil metros cúbicos, registrando um acréscimo de 11,2% em relação ao volume de ja-neiro de 2011 e de 1,3% em comparação com fe-vereiro de 2010.

Produção de petróleo e gás cresceu 1,7 % em fevereiro