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EDUCAÇÃO ESPECIAL (MULTIDEFICIÊNCIA)
Eduardo Ribeiro Alves2008
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(Decreto – Lei 3 / 2008)
Criança/jovem com multideficiência
Possui acentuadas limitações no funcionamento cognitivo, associadas a limitações noutros domínios, nomeadamente no domínio motor e / ou sensorial (visão ou audição), as quais põem em risco o acesso ao desenvolvimento e à aprendizagem e a leva a requerer apoio permanente. Pode ainda apresentar acentuadas limitações em saúde física, que a leva a exigir cuidados de saúde especiais
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Multideficiência
Cognitivas
Visuais MotorasAuditivas
Criança/jovem com multideficiência
A sua condição biológica básica pode impedi-la de participar nas interacções sociais, elas próprias promotoras de desenvolvimento, se o canal de comunicação com os parceiros mais competentes não funcionar
O desenvolvimento pode ficar comprometido, não como consequência da deficiência, mas pela não participação nas interacções sociais.
Mais do que um défice primário, a criança pode desenvolver um défice secundário – um défice social – porque a sua capacidade de aprender a partir das interacções sociais está limitada
A trajectória desenvolvimental é alterada devido ao impacto que a deficiência tem nas experiências sociais da criança
As consequências negativas da deficiência são potenciadas pela lacuna nas interacções sociais
Não é obrigatório que assim aconteça! É mais fácil intervir nas experiências sociais do que na deficiência biológica original.
MULTIDEFICIÊNCIA
Eduardo Ribeiro Alves 6
Dec_Lei 3 / 2008
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Estabelece a possibilidade de os
agrupamentos de escolas criarem
unidades de ensino estruturado para
a educação de alunos com
perturbações do espectro do autismo
e de unidades de apoio especializado para
a educação de alunos com multideficiência
e surdocegueira congénita.
COOPERAÇÃO e PARCERIA Os agrupamentos de escola devem desenvolver parcerias com
instituições particulares de segurança social e com centros de recursos
especializados visando:
Avaliação especializada;
Execução de actividades de enriquecimento curricular;
Ensino de Braille, do treino visual, da orientação e mobilidade e terapias;
O desenvolvimento de acções de apoio à família;
A transição da escola para o emprego;
A preparação para integração em centros de
actividades ocupacionais.
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MEDIDAS EDUCATIVAS
Apoio pedagógico personalizado; Adequações curriculares
individuais; Adequações no processo de
matrícula; Adequações no processo de
avaliação; Currículo específico individual; Tecnologias de apoio.
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Adequações no processo de matrícula Os alunos com NEE permanentes podem:
- Frequentar, jardim de infância ou escola independentemente da área de residência. - Beneficiar, em situações excepcionais e devidamente fundamentadas, do adiamento da matrícula no 1º ano
de escolaridade obrigatória. - Beneficiar, de matrícula por disciplinas nos 2º e 3º ciclos e secundário, desde que assegurada a
sequencialidade do regime educativo comum. - As crianças e jovens surdos têm direito ao ensino bilingue, devendo ser dada prioridade à sua matrícula nas
escolas de referência. - As crianças e jovens cegos ou com baixa visão podem matricular-se e frequentar escolas de referência. - As crianças e jovens com perturbações do espectro do autismo podem matricular-se e frequentar escolas
com unidades de ensino estruturado.
- As crianças e jovens com multideficiência e com surdocegueira podem matricular-se e frequentar escolas com unidades especializadas.
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Adequações no processo de
avaliação Podem consistir na alteração de:
tipo de provas; instrumentos de avaliação e certificação; formas e meios de comunicação; periodicidade, duração e local.
Os alunos com currículos específicos individuais não estão sujeitos ao regime de transição de ano escolar nem ao processo característico do regime educativo comum, ficando sujeitos os critérios definidos no PEI.
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Currículo específico individual
Substitui as competências definidas por cada nível de educação e ensino.
Pressupõe alterações significativas no currículo podendo traduzir-se em:
Introdução, substituição e ou eliminação de
objectivos e conteúdos, em função do nível
de funcionalidade do aluno; Inclui conteúdos que promovem à autonomia
pessoal e social do aluno e dá prioridade ao
desenvolvimento de actividades de cariz
funcional centradas nos contextos de vida, à
comunicação e à organização do processo de
transição para a vida pós-escolar;12
Tecnologias de apoio
Entende-se por dispositivos facilitadores que procuram melhorar a funcionalidade e reduzir a incapacidade do aluno e assim permitir o desempenho de actividades e a participação social e profissional.
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Unidades de apoio especializado à multideficiência
Aprendizagens significativas (aprendizagens interessantes, motivadoras e úteis);
Autonomia quanto possível, em termos pessoais e sociais;
Melhor qualidade de vida.NÚCLEO DE APOIOS EDUCATIVOS 14
Criança/jovem com multideficiência
É importante frequentarem diferentes ambientes de aprendizagem, como por exemplo: a sala da turma, os espaços exteriores da escola, o espaço da unidade especializada, os espaços da comunidade, de forma a possibilitar a aplicação das competências adquiridas em diferentes ambientes
NÚCLEO DE APOIOS EDUCATIVOS 15
As unidades especializadas são um recurso pedagógico especializado dos agrupamentos/escolas destinado aos alunos com multideficiência ou com surdocegueira congénita e visam a participação activa destes alunos no seu processo de aprendizagem e a vivência de experiências de sucesso.
A frequência específica destes ambientes educativos , deve ser articulada com o trabalho que se desenvolve na escola.
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Justificação das Unidades Especializadas:
1. A educação de alunos com multideficiência e com surdocegueira congénita exige recursos humanos e materiais específicos, escassos e de difícil generalização.
2. A criação de unidades especializadas possibilita uma melhor gestão desses recursos humanos e materiais e permite a respectiva concentração e potencialização.
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Justificação das Unidades Especializadas (cont.)
3- A diversidade de competências dos alunos a que deve corresponder uma variedade de estratégias que ajude a vivenciar experiências de sucesso;
4- A necessidade de aceder à informação, a oportunidades para se desenvolver e se envolver activamente nas aprendizagens e nas interacções sociais.
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Sala de Apoio Recurso especializado, que apoia a inclusão de alunos com acentuadas limitações, que permanecem ali menos de 80% do tempo lectivo.
Sala de Apoio Permanente Recurso especializado destinado a apoiar a inclusão de alunos com acentuadas limitações, que permanecem ali 80% do tempo lectivo ou mais.
Unidade Especializada em MultideficiênciaRecurso especializado destinada a apoiar, exclusivamente, a inclusão dos alunos com multideficiência e com surdocegueira congénita e que ali permanecem 80% do tempo lectivo ou mais.
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CONCEITOS
As respostas educativas têm de se adequar à especificidade de cada aluno;
A comunicação é o eixo central de toda a intervenção;
A aprendizagem deve centrar-se em experiências da vida real.
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Pressupostos:
Consequentemente: Ambientes organizados e estruturados
facilitadores da procura de informação e da compreensão do mundo envolvente;
Ambientes educativos motivadores com oportunidades de aprendizagem diversificadas;
Oportunidades para interagir activamente com o ambiente (pessoas e objectos) que rodeiam o aluno.
Aceder a informação significativa, isto é, a informação que seja útil e corresponda aos seus interesses, motivações e necessidades, bem como aos da sua família;
Tempo para manipular e explorar os objectos e materiais e dar sentido ao que se passa à sua volta;
O aluno deverá estar envolvido activamente na totalidade das actividades que realiza.
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Recursos humanos…
Profissionais com formação especializada em educação especial, de preferência na área da multideficiência;
Auxiliares de Acção Educativa; Profissionais das terapias e da
psicologia, conforme as necessidades.
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Recursos materiais:(comunicação)
Interruptores multisensoriais; Digitalizadores da fala; Soluções informáticas
integradas; Software de causa efeito; Brinquedos adaptados.
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Recursos materiais:(mobilidade e posicionamento)
Standing-frame; Cadeiras de rodas; Multiposicionadores; Rampas; Andarilhos.
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Recursos materiais:(Higiene e alimentação)
Bancada para mudança de fraldas;
Adaptação de sanitários e lavatórios;
Colheres adaptadas; Rebordos para os pratos.
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“As crianças
nãoprecisam de
serprotegidas
umasdas
outras.”Jorge Barbosa
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CONCLUSÃO
“O mau estado em que se
encontra a Educação
Especial, resulta da
experiência secular de
segregação.”(idem)http://
homepage.mac.com/jbarbo00
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http://eduardus.do.sapo.
pt
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Sugestões (download)
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