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Apresentação sobre o tema da surdez e suas representações sociais.
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Educao de SurdosCultura, lngua e identidades
Sobre a nomenclaturaSurdo-mudo?? Apague esta idia!!!
Deficiente Auditivo: apresenta restos auditivos e, atravs do aumento do volume do som e ensino de articulao da voz, possui uma identidade ouvinte. O sujeito DA no est na cultura surda, no usa a lngua de sinais, no requer intrpretes. Vive a condio da surdez como deficincia, conduzido a passar a vida atrs da cura da surdez, atravs do aprendizado de leitura labial e da fala.
Surdo: uma questo de Identidade. O surdo est na cultura Surda, utiliza LS como forma de comunicao e expresso, sua comunicao visual e usa o intrprete como mediador na comunicao com ouvintes que no conhecem a LS.
Representaes sobre a surdez e os surdos....Representaes clnico-teraputicas: o surdo visto como um deficiente auditivo que deve ter sua deficincia removida atravs de terapias da fala e sesses de oralizao, a fim de que se parea, o mais possvel com os que ouvem. Nega, assim, a existncia das identidades surdas.
Representaes sobre a surdez e os surdos....Representaes scio-antropolgicas: os surdos constituem um grupo minoritrio de pessoas que se agrupam para discutir e opinar sobre suas vidas, porque possuem de uma cultura visual para o entendimento e apreenso do mundo, o que se traduz pelo reconhecimento, legalizao e utilizao da lngua de sinais, da cultura, troca de significados e da identidade surda. A LS o principal marcador surdo, juntamente com o olhar, a presencialidade e a cultura visual.
A Educao de Surdos deve configurar-se, ento:como uma oposio aos discursos e as prticas clnicas hegemnicas
como um reconhecimento poltico da surdez como diferena
Filosofias Educacionais para SurdosO Oralismo - um dos recursos que usa o treinamento de fala, leitura labial, etc. usado dentro das medotologias orais, dentre as quais destacam-se a verbotonal, a oral, o modelo materno reflexivo, o perdoncini, entre outros.
A Comunicao Total - Inclui todo o espectro dos modos lingsticos: gestos criados pelas crianas surdas, lngua de sinais, fala, leitura orofacial, alfabeto manual, leitura e escrita... Usa muito, tambm, a modalidade mista, que mistura a lngua portuguesa e a lngua de sinais, resultando num Portugus sinalizado que no uma lngua.
O Bilingismo - Tem como pressuposto bsico que o surdo deve ser bilinge, ou seja, deve adquirir como lngua materna a lngua de sinais, que considerada a lngua natural dos surdos e, como segunda lngua, a lngua oficial de seu pas.
A Pedagogia do Surdo - uma modalidade querida e sonhada pelo povo surdo, visto que a luta atual dos surdos pela constituio da subjetividade ao jeito surdo de ser. Neste espao no h a sujeio ao que do ouvinte, no ocorre mais a hibridao; ocorre a aprendizagem nativa prpria do surdo.
O Processo Intercultural - um processo coerente com a necessidade de adquirir habilidades e competncias, face necessidade de o sujeito surdo posicionar-se frente s diferentes culturas e suas peculiaridades. O procedimento parte do conceito segundo o qual todos ns nos localizamos em vocabulrios culturais e, sem eles, no conseguimos produzir enunciaes enquanto sujeitos culturais (Hall 2003, p. 83). Em vista de o processo intercultural requerer produes para as trocas, defesas e afirmaes, este procedimento dispe o sujeito surdo para a mediao cultural.
LNGUA DE SINAISSinais: uma manifestao da lngua: individual; concreta; difere por ter uma produo/percepo que se d atravs de modalidade gestual-espacial.
1960: incio das investigaes sobre as lnguas de sinais, com William Stokoe, pesquisando as lnguas de sinais norte-americanas; neste ano, Stokoe escreve a obra Estruturas das Lnguas de Sinais e em 1965, Dicionrio da ASL.
1987: Criao da Federao Nacional de Educao e Integrao de Surdos (FENEIS), em 16/05/1987, sob a direo de surdos.
1999: LIBRAS oficializada no Rio Grande do Sul (lei n 11045 de 31/12/1999)
2005: Decreto n 5626/05- Regulamenta a Lei 10436 que dispe sobre a Lingua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
CULTURA SURDAPara Stuart Hall (1997), a cultura determina uma forma de ver, de interpelar, de ser, de explicar, de compreender o mundo
Para PERLIN (2002), so visveis as transformaes atuais que se processam na cultura surda:
Referente a lngua: a presena de entendedores/ usurios de lngua de sinais no mercado, o atual ensino de lngua de sinais, a presena do intrprete, a existncia do professor de lngua de sinais,
Na pedagogia de surdos: presena do professor surdo, a nova profisso do professor de surdos (ouvinte), mudanas curriculares,
As artes surdas, as pesquisas sobre os surdos (estudos surdos), os pesquisadores surdos a presena nas universidades,
O modo de vida das famlias surdas, o estilo de vida, o aumento de mulheres surdas que residem sozinhas,
Novas tecnologias como; centrais telefnicas, celular digital, porteiros luminosos, tv com closed caption, facilidades para a vida dos surdos.
As polticas de incluso e excluso sociais e educacionaisA incluso no ocorre somente nas escolas; pode ocorrer tambm nos restaurantes, nos shoppings, nos trabalhos, nos rgos pblicos, nas lojas, nas igrejas e em outros ambientes de interao humana.
Em 1994 teve incio uma poltica educacional de incluso de surdos nas escolas de ouvintes. Esta poltica est centrada na Declarao de Salamanca, segundo a qual as escolas regulares inclusivas devem acolher todas as crianas, independente de suas condies fsicas, intelectuais, sociais, emocionais ou lingsticas.