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O jornal EDUCOMUNICA é uma produção experimental dos alunos do 2º período do Curso de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdisciplinar em Comunicação II (PIC II). A produção do nosso jornal começa com o levantamento das pautas limitadas ao espaço da FACED, que podem ser eventos, estudos, projetos, fatos, entre outros. Após isto, começa a busca por entrevistados, que vai desde o contato com pessoas relevantes para a reportagem e a produção de perguntas até a compatibilidade de horários.
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EDUCOMUNICA
Alunos participam de treinamento para cobertura de guerraA “Operação Treme-Terra” objetiva re-velar a nova face das Forças Militares Brasileiras para a população e desen-volver atividades como coletiva de im-prensa, reportagem de guerra, táticas de defesa e sobrevivência em um con-flito entre países. Nove estudantes do curso de Comunicação Social: Habilita-ção em Jornalismo da Universidade Fe-deral de Uberlândia (UFU) participa-ram da operação. Página 11
Pedagogia recebe nota máxima em avaliação do MEC Página 10
História de vida de idosos é tema de Projeto da UFUPágina 2
Seminário Regional debate processo avaliativoPágina 8
Pesquisa resgata pilares do Ensino Infantil em UDI Página 5
CEPAE inclui alunos com deficiência no ensino superiorPágina 4
ENTREVISTA
Secretária Rosane de Oliveira expõe etapas atribuladas da vida Página 12
Colegiados da FACED discutem novas diretrizes curricularesAs graduações de Pedagogia e Comuni-cação Social: Habilitação em Jornalismo, e pós-graduação em Educação, mestra-do e doutorado, organizam-se em co-missões para discutir os novos projetos pedagógicos com base nas diretrizes re-passadas pelo MEC. O objetivo das co-missões é considerar o profissional que se pretende formar com o intuito de avaliar e aprimorar os cursos oferecidos pela Faculdade de Educação (FACED). O EDUCOMUNICA entrevistou Mara Rúbia Alves Marques, diretora da faculdade, e os presidentes de cada grupo responsá-vel pela discussão sobre a implantação do novo projeto político pedagógico.Páginas 6 e 7
Curso de Jornalismo elege novo C.A.A eleição da nova chapa do Centro Aca-dêmico gera expectativas entre os alunos. A nova gestão, eleita com 80% dos votos, acredita que a integração entre as turmas trará benefícios ao curso. Entre as princi-pais propostas da “Chapa ComunicAção” estão conseguir espaço físico e filiar-se à Executiva Nacional dos Estudantes de Co-municação Social (ENECOS). Página 3
Novos equipamentos propiciam melhoriasPágina 9
Faculdade de Educação: análise curricular no Jornalismo, Pedagogia e Pós-Graduação
Simulação de linha de defesa militar contra invasão civil
Ano II – nº 3 - dezembro, 2010
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Maioria compareceu às urnas: abstenção de 20%
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EDUCOMUNICA Ano II – n° 3 UFU
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Editorial
O jornalista tem como função social levar informação à população, tendo compromisso com a verdade. Este jor-nal executa essa função no âmbito da Faculdade de Educação (FACED), que engloba os cursos de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo e de Pedagogia, sendo destinado aos seus técnicos, docentes e discentes.
O segundo período de graduação de um estudante de jornalismo da UFU é acompanhado de uma rotina desgastante. A produção do nosso jornal começa com o levantamento das pautas limitadas ao espaço da FACED, que podem ser eventos, estu-dos, projetos, fatos, entre outros. Após isto, começa a busca por entre-vistados, que vai desde o contato com pessoas relevantes para a reportagem e a produção de perguntas até a com-patibilidade de horários. A coleta de informações não se limita às entrevis-tas, mas se estende a outras fontes, tornando o trabalho mais árduo. As fo-tos são essenciais na composição da matéria, logo, uma foto não basta. De-pois de todo esse processo começa a construção do texto, suas correções e, finalmente, a diagramação.
Nesta edição há dois temas relevan-tes para elucidar o debate sobre a for-mação do jornalista e do pedagogo. O primeiro aspecto é entender que a pre-paração conceitual para jornalista é fun-damental, motivo pelo qual devemos defender a permanência do curso na Comunicação Social para que a profis-são não caia no tecnicismo e continue desempenhando sua função. No curso de Pedagogia a discussão é a mesma: defender o propósito para o estudante não se transformar em mero reprodutor das técnicas de ensino, mas que as compreenda e as aplique na prática.
No caso da Universidade Federal de Uberlândia, onde o Jornalismo é vinculado à FACED, a retirada da sua formação humanista o desvincularia de sua proposta inicial, que é a de promover educação através da comu-nicação.
EXPEDIENTEO jornal EDUCOMUNICA é uma produção experimental dos alunos do 2º período do Curso de Comunicação Social: Habilitação em Jor -
nalismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdisciplinar em Comunicação II, sob orientação do Prof. Dr. Gerson de Sousa. Planejamento Gráfico e Editoração: Ricardo Ferreira de Carvalho. Bolsista: Elisa Chueiri. Coordenadora do curso de Comunicação Social: Profa. Dra. Adriana Cristina Omena dos Santos. Diretora da FACED: Profa. Dra. Mara Rúbia Alves Marques. Tiragem: 250 exemplares. Impressão: Agência de Notícias – Jornalismo/UFU.
Idosos conquistam espaço em Projeto de ExtensãoProfessores da UFU gravam histórias de vida em visita a asilo
Karla Mariana Fonseca – Luiza de castro – Natália Nascimento – Renato Faria
O projeto de extensão “Narrativas de vida: A constituição identitária dos idosos”, do programa “Conexões de Saberes” iniciou-se, neste semestre, com o objetivo de ouvir histórias de vida de idosos residentes no Asilo São Vicente e São Paulo no bairro Fundinho. A pro-posta é fortalecer a identi-dade de cada idoso.
Os encontros devem resultar nas produções de um vídeo-documentário e de um livro com o contar das narrativas dos idosos desde a infância até a chegada ao asilo.
O início do projeto aconteceu pela iniciativa da professora do Ins-tituto de Letras da Universidade Fe-deral de Uberlândia (UFU), Maria Aparecida Resende Ottoni, coorde-nadora do projeto. “Narrativas de vida” conta com a participação de mais dois professores da instituição, Gerson de Sousa e Maria Cecília de Lima, e de duas bolsistas do curso de Enfermagem, Alline Kalita Ber-nardes e Patrícia Talita de Moura Oliveira.
O projeto acontece em parceria com a ação intitulada “Saúde bucal e geral das pessoas que se encon-tram no processo de envelhecimen-to”, coordenado pela professora Terezinha Rezende Carvalho de Oliveira da Escola Técnica de Saú-de (ESTES-UFU).
Os pesquisadores mostram-se ani-mados e relatam como cada encontro proporciona uma mudança positiva em suas vidas. “Saio diferente a cada encontro do projeto. É uma lição de vida”, confessa Maria Aparecida. “Nós não sofremos. Diante daquele sofrimento contado ali, percebemos
como nossa vida é boa”, completa. C
Pesquisadores durante visita ao asilo
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UFU Ano II – n° 3 EDUCOMUNICA
Promover a integração entre os
alunos, obter um espaço físico para o
Centro Acadêmico (C.A.) e filiar-se à
Executiva Nacional dos Estudantes
de Comunicação Social (ENECOS).
Essas são as principais propostas da
chapa Comunicação, eleita no dia 22
de outubro, com 80% dos votos pelos
estudantes do curso de Comunicação
Social da UFU.
A presidente da comissão eleitoral,
Andrêssa dos Santos, ressalta que a
votação ocorreu de forma tranquila.
“A maioria dos eleitores, cientes da
importância de se eleger uma nova
chapa para o C.A. do curso, compare-
ceu às urnas”, analisa. A abstenção de
20% é considerada um aspecto positi-
vo pelo presidente da antiga e da atual
chapa, Francklin Tannús. “A ausência
dos eleitores está relacionada ao curto
tempo disponível para votação”, de-
clara. A eleição aconteceu em dois pe-
ríodos: das 12 às 14 horas e das 18 às
19 horas.
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Propostas do novo C.A. entusiasmam alunosA representatividade da antiga gestão causou insatisfação entre os estudantes
Ana Clara Macedo – Karina Mamede – Mariana Goulart – Nayla Gomes
Alunas do curso de Jornalismo participam do processo eleitoral: chapa eleita com 80% dos votos
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Luiz Cézar questiona representatividade do Centro Acadêmico
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O processo eleitoral permitiu o
debate sobre a representatividade do
Centro Acadêmico. “Para mim, a
relação entre os alunos e o Centro
Acadêmico, até o
momento, é ine-
xistente”, declara
o aluno da segun-
da turma Luiz Cé-
zar Cordeiro. O
presidente da chapa defende: “A pri-
meira gestão trabalhou dentro do
possível”. E acrescenta: “mas o fato
de existir apenas uma turma fez com
que ele perdesse a função de repre-
sentar o curso.”
Com a entrada de novas turmas,
Tannús acredita que o curso se cons-
trua de forma heterogênea. Ele com-
pleta dizendo que a presença de alu-
nos das duas turmas irá facilitar o
trabalho do Centro Acadêmico. “O
C.A., como enti-
dade representati-
va, poderá
cumprir melhor
suas funções”.
Aluna da se-
gunda turma e integrante da chapa
ComunicAção, Jessica Marquês rati-
fica que a união de três alunos da
primeira turma e de seis da segunda
é uma forma de o C.A. cumprir suas
propostas. Com a vitória dos novos
representantes as expectativas são
positivas. C
“Para mim a relação entre os alunos e o Centro
Acadêmico, até o momento, é inexistente.”- Luiz Cézar
EDUCOMUNICA Ano II – n° 3 UFU
O Centro de Ensino, Pesquisa, Atendimento e Extensão em Educa-ção Especial (CEPAE) da Universi-dade Federal de Uberlândia (UFU) promove, desde 2004, a inclusão de pessoas com diferentes deficiências no ensino superior. O objetivo é pro-porcionar atendimento educacional especializado a esses alunos para ga-rantir os direitos de estudos na uni-versidade.
O centro é destinado aos professo-res dos diversos cursos da UFU envol-vidos com educação especial e oferece atendimento educacional especializado direcionado aos alunos com deficiência da UFU. A coordenadora Lázara da Silva ressalta que o trabalho é oferecer suporte pedagógico aos alunos sem in-vadir a carreira acadêmica deles. “A gente entra em contato com o aluno,
entra em contato com o curso, se apre-senta e deixa em aberto esse canal de comunicação”, explica. “Mas ele é que tem que nos procurar para que a gente agende o serviço”.
O atendimento a esse aluno ocor-re de formas variadas. “A gente tem mantido intérpre-te de língua de si-nais, com um aluno surdo do curso de química”, diz Lá-zara. Na biblioteca do campus Santa Mônica, o centro mantém estagiários bolsistas para auxiliar os acadêmicos com deficiência nas pesquisas e no deslocamento. A coordenadora reve-la que o CEPAE possui um acervo com depoimentos e relatos dos alu-nos sobre a importância do centro
para o sucesso acadêmico. A maioria diz sentir suas chances de sucesso au-mentadas com o apoio recebido, ex-plica Lázara.
O órgão oferece cursos a distância para os professores da educação bási-ca sem limitar o atendimento educa-cional especializado ao ensino superior. Um grupo de profissionais lançou, recentemente, um livro de pesquisas na área. A obra, editada em libras e com arquivo eletrônico, está em processo de construção com o objetivo de garantir a acessibilidade para todos. O centro conta com o apoio do governo federal, por meio do “Projeto Incluir”, que favorece o oferecimento de formação continua-da, atividades culturais, cursos e eventos para proporcionar apoio be-néfico aos alunos da UFU.
A proposta do CEPAE é congre-gar professores, prioritariamente da UFU, para desenvolver trabalhos de pesquisa, ensino e extensão na área de educação especial. O espaço desti-nado ao atendimento especializado
localiza-se na Fa-culdade de Edu-cação (FACED) e oferece suporte pedagógico e as-sessoria aos cur-
sos com alunos portadores de deficiência transtornos globais do de-senvolvimento e altas habilidades/su-perdotação e público da educação especial segundo a Política Nacional de educação Especial do Ministério da Educação e Secretaria de Educa-
ção Especial. C
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Centro inclui pessoas com deficiência na UFUCEPAE oferece suporte pedagógico aos alunos durante a carreira acadêmica
Andrêssa dos Santos – Clarice Sousa – Marcos Vinícius Reis – Maria Tereza Borges
Lázara da Silva: o objetivo do CEPAE é garantir os direitos aos alunos deficientes
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“Os alunos sentem suas chances aumentadas com o
apoio recebido” – Lázara da Silva
UFU Ano II – n° 3 EDUCOMUNICA
A utilização do jornal na educa-
ção infantil como recurso no proces-
so de alfabetização das crianças é
uma das práticas implementadas pelo
pedagogo e pensador francês Célestin
Freinet.
Freinet é o principal sujeito de es-
tudo da pesquisadora Raquel Pereira
Soares, aluna da graduação em Peda-
gogia. Ela constata a falta de conhe-
cimento de professores do ensino
infantil sobre as técnicas criadas
pelo pedagogo. “Muitos professores
não sabem, mas usam as técnicas de-
senvolvidas por Freinet”, comenta
Soares.
Exemplo dis-
so são as visitas
técnicas, conheci-
das como aula-
passeio. Esta consiste em aproveitar
momentos extraclasse e “trazer as ex-
periências que o passeio proporciona
às crianças para a sala de aula, para
fugir um pouco do uso das cartilhas”.
Os murais para exposição de tra-
balhos e a produção de textos, a par-
tir de correspondências entre alunos
da mesma escola ou de escolas dife-
rentes, são técnicas desenvolvidas
pelo francês.
A pesquisadora destaca a influên-
cia do pensador no planejamento de
aulas ministradas no período de cria-
ção das primeiras escolas de ensino
infantil em Uberlândia.
Célia Maria do Nascimento Tava-
res relata que profissionais da educa-
ção, no início da década de 1980, se
reuniam para
discutir as técni-
cas e o pensa-
mento de
Freinet. “Isso
ajudou a moldar os primeiros passos
da Educação Infantil em Uberlândia”,
garante Tavares, hoje assessora de
educação infantil da Secretaria Muni-
cipal de Educação (SME), e ex profes-
sora de Pré-escola à 4ª série do Ensino
Fundamental.
Raquel Soares acredita que a pe-
dagogia de Célestin Freinet contri-
bui para a quebra do ensino
tradicional. “Na época, eu acredito
que Freinet representava a busca
pelo novo, uma nova forma de pen-
sar a educação”, finaliza. C
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Precursor do uso de jornal em sala de aula é revisitadoTécnicas de Célestin Freinet são utilizadas até hoje na Educação Infantil para alfabetização
Augusto Ikeda – Bruna Isa Sanchez – Lucas Martin – Luiz Cézar Cordeiro
“Freinet representava a busca pelo novo” - SoaresB
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“Muitos professores não sabem, mas usam as técnicas
desenvolvidas por Freinet.” - Soares
Saiba mais sobre FreinetCélestin Freinet nasceu em Gars, França, no ano de 1896. Aos 24 anos, começou a
ensinar nos Alpes Marítimos para crianças em fase de alfabetização. Entre os anos de
1921 e 1924, o francês passou a observar as crianças, seus hábitos e aquilo que mais
lhes interessava aprender, o que contribuiu para o desenvolvimento de suas técnicas
de ensino para a educação infantil, centradas no indivíduo. Entre os anos de 1926 e
1928, ele utilizou jornais produzidos em sala de aula para divulgar suas técnicas na
associação de ensino para leigos e, em 1947, fundou a ICEM, uma cooperativa de en-
sino, reunindo, na França, 20 mil participantes. Em 1956, Freinet lançou uma campa-
nha nacional por “25 alunos por sala de aula”. O pedagogo francês morreu em 1969,
na pequena cidade de Vence.Pedagogo Francês Célestin Freinet
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EDUCOMUNICA Ano II – n° 3 UFU
Os cursos presenciais da Faculda-de de Educação (FACED) da Univer-sidade Federal de Uberlândia (UFU) passam por reestruturação curricular. Os professores e alunos das gradua-ções de Pedagogia e de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo e da Pós-Graduação em Educação orga-nizam-se em comissões para discutir, com mais ênfase, este ano, as mudan-
ças no projeto pedagógico.As discussões dos grupos consis-
tem em analisar as implicações políti-cas presentes em cada área. A diretora da FACED, Mara Rúbia Al-ves Marques, explica que o projeto curricular engloba pressões ou inte-resses externos à universidade, pre-sente na sociedade ou no governo. As modificações levam em consideração
“o profissional que se quer formar ao final do período da graduação”, enfa-tiza a diretora.
A mudança do projeto pedagógico baseia-se em duas diretrizes curricula-res internas da universidade. Os cur-sos que formam profissionais da educação fundamentam-se no docu-mento “Projeto institucional de for-mação e desenvolvimento profissional da educação”. As unidades acadêmi-cas com formação em bacharel pau-tam-se nas “Orientações gerais para a elaboração de projetos pedagógicos de cursos de graduação”. Esses docu-mentos são frutos da discussão institu-cional interna devido à exigência do Ministério da Educação (MEC) em re-formular os projetos pedagógicos de graduação.
O curso de Pedagogia, coordenado pela professora Geovana Ferreira Melo Teixeira, discute as mudanças, dentro do colegiado, com o intuito de redi-mensionar o projeto pedagógico e, na sequência, avaliar e aprimorar o curso. A graduação completou, em março passado, 50 anos e há quatro
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Cursos discutem propostas de mudança curricularProjeto ético, político e pedagógico busca adequações da faculdade à sua realidade
Angélica Guimarães – Cíntia Sousa – Gisllene Rodrigues – Jessica Marquês
Mara Rúbia expõe as diretrizes da UFU: frutos da discussão interna da FACED
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Proposta curricular será definida pelo perfil do alunoA comissão do curso Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo, presidida pela pro-
fessora Sandra Garcia, se reúne desde agosto com o objetivo de analisar o projeto pedagó-gico e as novas diretrizes para o curso de Jornalismo determinadas pelo MEC.
Sandra explica que a definição do projeto curricular e as atividades necessárias das dis-ciplinas devem levar em conta os seguintes critérios: o contexto geral onde a universidade está inserida; as necessidades da comunidade e a comunicação global; e o perfil de aluno e jornalista que se quer formar.
Para ampliar a discussão, os integrantes da comissão pretendem realizar uma assembleia com professores e alunos do Jornalismo para discutirem e delimitar as principais dificuldades e mudanças no projeto político pedagógico do curso. A comissão tem o prazo de um ano para realizar o processo de reestruturação e conta com o apoio de três docentes e duas alunas.
Sandra: mudança curricular tem prazo de um ano
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UFU Ano II – n° 3 EDUCOMUNICA
passou por sua última reestruturação no projeto pedagógico. Além do perfil profissional, Geovana acrescenta que o colegiado se preocupa com três di-mensões importantes: o saber, o saber-fazer e o ser. Essas concepções devem-se basear na necessidade do aluno em compreender a relação entre o ensino e a escola. (leia matéria ao lado)
O curso de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo elabora a reestruturação do projeto pedagógico com objetivo de reorganizar o planeja-mento do curso conforme as novas exigências da realidade acadêmica. A reestruturação curricular coincide com a discussão do MEC, em âmbito naci-onal, na proposta de modificar os pro-jetos pedagógicos dos cursos de Jornalismo.
A Comissão do MEC é presidida
por José Marques de Melo e tem o ob-jetivo em atribuir à formação jornalís-tica um viés tecnicista e desvincular o jornalismo da comunicação social. O professor Marcel Mano, membro da comissão da reestruturação da gradua-ção em Comunicação Social, aponta que a maior dificuldade é “atender as exigências legais e avançar para mini-mizar os impactos negativos de uma formação puramente tecnicista.” (leia matéria na página 6)
A inserção de alunos de diferen-tes regiões nos programas de Pós-Graduação em Educação, mestrado e doutorado, provocou a necessida-de de reformular o projeto pedagógi-co das linhas de pesquisas. Carlos Henrique de Carvalho, coordenador da Pós-Graduação, espera que as modificações se consolidem, no de-correr de 2011, e o novo currículo esteja à disposição dos discentes, em
2012. (leia matéria abaixo). C
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Marcel é convidado da comissão de Jornalismo
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Pós-Graduação objetiva transversalidade nas disciplinasO coordenador da Pós-Graduação, Carlos Henrique, defende que a proposta da reforma é
deixar o curso com disciplinas mais transversais. “É importante pensar no programa, e não es-pecificamente na linha, e na formação do pesquisador na área de educação”, explica.
Os professores dos programas de mestrado e doutorado têm a perspectiva de consolidar, até 2011, as mudanças no projeto político pedagógico e estabelecer novo currículo nas disci-plinas das três linhas de pesquisas: História e historiografia da educação, Políticas e gestão em educação e Saberes e práticas educativas.
A proposta de modificar o projeto pedagógico surgiu a partir do movimento interno entre os pro-fessores, ressalta Carlos Henrique. O grupo promove, em dezembro, um seminário para discutir as modificações no projeto curricular pedagógico. O evento será ministrado por Elizabeth Fer-nandes de Macedo, coordenadora adjunta da Capes e professora da pós-graduação da UERJ.
Carlos Henrique: a mudança leva em consideração o perfil do aluno
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Pedagogia almeja três aspectos na formação do alunoAs mudanças no projeto político pe-
dagógico do curso de Pedagogia de-vem permear três aspectos da forma-ção discente: o saber, o saber-fazer e o ser. Essa é a principal ênfase da coordenadora do curso de pedago-gia, Geovana Teixeira. Ela explica que o saber consiste em dominar os fundamentos e as metodologias con-cernentes à formação. No segundo item, saber-fazer, o aluno necessita transpor o seu conhecimento acadê-mico e colocar em prática a relação
indissociável entre teoria e prática. O ser, terceiro, abrange o relacionamento tanto do trabalho docente quanto o de gestão da docência.
Anualmente, os estudantes avaliam o curso e analisam a atuação dos docen-tes e as disciplinas. A proposta desse redimensionamento é estudar os proble-mas no projeto pedagógico, implantado em 2006, e atender as novas normas repassadas pelo MEC. O colegiado da Pedagogia, responsável pelo novo pro-jeto, percebeu a necessidade da mudança curricular devido às assembleias re-alizadas com os docentes e os discentes. As reuniões começaram este ano. “Falta interesse dos alunos na discussão sobre a mudança”, ressalta Geovana Teixeira. O colegiado é formado por professores da graduação e uma aluna.
Geovana: interesse dos alunos é pequeno
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EDUCOMUNICA Ano II – n° 3 UFU
A qualidade precária do ensino bra-sileiro na escola pública e na particular é um dos pontos discutidos pelo profes-sor Luiz Carlos de Freitas, da Universi-dade de Campi-nas (Unicamp). Freitas, um dos destaques, minis-trou a palestra “As Políticas Públicas de Avaliação e a Qualidade de Ensino” no I Seminário Regional de Avaliação e no III Semi-nário Municipal de Literatura e Língua Portuguesa realizado nos dias 26, 27 e 28 de outubro, em Uberlândia.
O Seminário comemorou os dez anos do GEPAE (Grupo de Estudos e Pesquisas em Avaliação Educacional), que integra a FACED (Faculdade de
Educação). A escola pública, para Freitas, agrega, em média, semelhante produção de aprendizagem em rela-ção a particular. “O ensino público e a
rede privada são precários”, anali-sa. “A escola par-ticular, que recebe um aluno
melhor, com um nível socioeconômi-co superior, deveria agregar mais co-nhecimentos ao estudante”.
Existe, realmente, uma política pú-blica brasileira? Freitas explica que os estados e municípios têm sua política em cada nível educacional, no Brasil. E cabe ao governo federal induzir es-sas partes do País a colocarem em prá-tica determinadas diretrizes. “No
ensino fundamental não existe um currículo nacional e, sim, parâmetros curriculares, que não são obrigatórios”.
Na discussão “Avaliação nas Situa-ções Educacionais” a professora Olenir Mendes salienta: “nas licenciaturas da Universidade Federal de Uberlândia os alunos terminam o curso sem entender que avaliação e prova são diferentes”. A professora defende a avaliação for-mativa voltada para a aprendizagem do aluno. Mendes explica que avalia-ção será “tudo o que for necessário para ver se o aluno aprendeu ou não e não somente os instrumentos avaliati-vos, como as provas”.
A professora Tatiane Silva diz que o docente deve avaliar com justiça o estudante e considerar todo o processo avaliativo. Entre elas, as relações in-terpessoais nos trabalhos em grupo. Silva participou do minicurso “Instru-mentos clássicos de avaliação: a prova em destaque”. Ela esclarece como as marcas educacionais causadas pelos resultados das avaliações podem, in-clusive, desmotivar os alunos a estu-
darem determinadas disciplinas. C
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Seminário analisa o sistema educacional brasileiroEnsino público e privado são precários por agregarem semelhantes aprendizagens
Ana Beatriz Tuma – Deisiane Cabral – Sabrina Tomaz – Valquíria Amaral
Luiz Carlos de Freitas, da Universidade de Campinas (Unicamp), analisa quadro de avaliação no país
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“Avaliação não é só prova”, argumenta Olenir
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Avaliação formativa é importante para a aprendizagem
do aluno - Mendes
UFU Ano II – n° 3 EDUCOMUNICA
A aquisição de equipamentos para as disciplinas práticas é fator importan-te para melhorar a qualidade da forma-ção dos alunos do curso de jornalismo na análise de técnicos e professores en-trevistados pelo Educomunica. Eles concordam que a obtenção da quanti-dade de equipamentos está diretamente vinculada ao melhor aproveitamento dos discentes.
A coordenadora do curso de Comu-nicação Social: Habilitação em jornalis-mo da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Adriana Omena, comenta as formas de compra dos apa-relhamentos. A falta de equipamentos é devido à lentidão do processo de aquisi-ção e entrega. O procedimento de com-pra pode ocorrer por intermédio da UFU com o MEC. As compras podem ser feitas através de projetos de extensão ou pesquisa. Nos projetos financiados pelo Conselho Nacional de Desenvolvi-mento Científico e Tecnológico (CNPq) o próprio professor compra e envia as notas para o CNPQ. Já nos projetos fi-
nanciados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (FAPEMIG), as compras são feitas pela Fundação de Apoio Universitário (FAU).
Outra forma de adquirir equipa-mentos é por meio de negociação dire-ta com o MEC. Omena afirma que, por ocasião do REUNI (Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), foi en-caminhado ao MEC um docu-mento com uma lista de solicitação do curso que envolve inúmeros equi-pamentos, desde 15 câmeras fotográfi-cas até uma ilha de edição. A compra, no valor 200 mil reais, não tem previ-são da chegada.
Entre os equipamentos já adquiri-dos estão aqueles mais específicos para o curso de jornalismo, como uma im-pressora A3 e um microfone condensa-
dor, até os mais gerais, como aparelhos de ar condicionado e de TV.
O técnico em áudio Marcelo Me-lazzo confirma a compra de todos os equipamentos necessários para a disci-plina de radiojornalismo, mas ressalva que o espaço físico do campus para sua utilização é problemático.
A professora de telejornalismo Mô-nica Vieira afirma que embora os alu-
nos não utilizem os equipamentos, como apertar o bo-tão da câmera ou sentar na ilha de
edição pra editar, eles são fundamen-tais para a realização do trabalho tele-jornalístico. “Há o cinegrafista que vai fazer as imagens e um técnico em edi-ção que vai editar o material dos alu-nos”, esclarece Mônica. “Sem o suporte técnico não será possível que os alunos produzam material telejorna-
lístico”, finaliza. C
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Equipamentos contribuem para formação jornalísticaTécnicos e professores discutem as dificuldades no processo de aquisição
Iasmin Tavares – Letícia Alessi – Rinaldo Augusto – Vanessa Borges
Marcelo Melazzo durante edição de áudio: equipamentos já adquiridos para radiojornalismo
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HP 5550D: imprime colorido, frente e verso, em até formato A3
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“Os equipamentos são fundamentais para a realização do trabalho telejornalístico” - Mônica Vieira
EDUCOMUNICA Ano II – n° 3 UFU
O Curso de Graduação em Peda-
gogia da Faculdade de Educação (FA-
CED) da Universidade Federal de
Uberlândia (UFU) obteve cinco estre-
las - nota máxima possível - na avalia-
ção anual do Ministério da Educação
(MEC). O Guia do Estudante da Edi-
tora Abril publicou o resultado no se-
gundo semestre de 2010.
A formação acadêmica do corpo
docente da FACED é um dos fatores
que contribuiu com a nota. “Mais de
90% dos professores são doutores e
existe uma grande quantidade de pes-
quisas financiadas pelos órgãos de fo-
mento”, ressalta a professora Maria
Irene Miranda, coordenadora do cur-
so até junho de 2010.
Apenas quatro instituições mineiras
receberam avaliação máxima pelo
MEC no curso de graduação em Peda-
gogia. Além da UFU, as Universidades
Federais de Minas Gerais (UFMG),
Juiz de Fora (UFJF) e Viçosa (UFV).
Maria Irene explica que três elemen-
tos chancelam a posição de destaque do
curso: ser tradicional em Uberlândia, ter
completado 50 anos em 2009 e ser um
dos fundadores da UFU.
A qualificação do curso tem resul-
tado no perfil diferenciado dos estu-
dantes egressos e, consequentemente,
no posicionamento de destaque desses
ex-alunos no mercado de trabalho lo-
cal. “Através de contatos com as redes
estadual e municipal, sabemos que
muitos alunos formados aqui ocupam
cargos de coordenação nos sistemas
de ensino”, ressalta Maria Irene.
A professora Geovana Melo Tei-
xeira, membro do colegiado na gestão
anterior, assumiu a coordenação do
curso de Pedagogia no segundo se-
mestre de 2010 com a responsabilida-
de de manter o nível de excelência.
Alguns compromissos assumidos
na carta de princípios apresentada du-
rante o processo de eleição estão em
desenvolvimento. Entre eles, está o
processo interno de análise com parti-
cipação do corpo discente. “Realiza-
mos duas assembleias para apresentar
e analisar a proposta de redimensiona-
mento do curso”, afirma Geovana.
A nova coordenação ainda preten-
de investir na revitalização do Progra-
ma de Educação Tutorial (PET),
desenvolver atividades acadêmicas e
culturais e promover cursos, para alu-
nos e professores, em parceria com o
Laboratório Pedagógico (LAPED). A
proposta é aprimorar a utilização de
tecnologias de informação nos proces-
sos pedagógicos e na produção de ma-
teriais. C
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Pedagogia recebe nota máxima em avaliaçãoQuatro instituições obtiveram nota máxima: UFU, UFMG, UFV e UFJF
Artur Ayroso – Augusta Deluca – Victor Maciel
Maria Irene, ex-coordenadora, aponta tradição e produção acadêmica como motivos do resultado
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Geovana Teixeira assumiu a coordenação em 2010
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UFU Ano II – n° 3 EDUCOMUNICA
Uma simulação de conflito en-tre dois países fictícios – vermelho e azul – realizada pelo 36º Bata-lhão de Infantaria Motorizado (Exército) foi o ponto essencial do estágio de treinamento para cober-tura de guerra com os alunos do curso de Comunicação Social: Ha-bilitação em Jornalismo da Univer-sidade Federal de Uberlândia (UFU). Entre as atividades realiza-das estão a coletiva de imprensa, reportagem de guerra, táticas de defesa e sobrevivência em um con-flito entre países.
Nove alunos do curso de Jorna-lismo participaram do treinamen-to, nos dias 18 e 19 de outubro passado. O estágio teve duração de 40 horas e aconteceu nas cida-des de Chaveslândia – MG e São Simão – GO. Para a “Operação Treme Terra”, o exército utilizou obstáculos naturais da região e for-
neceu equipamentos de guerra para os alunos como capacetes, coletes e mochilas.
A ideia de convidar alunos do curso de Jornalismo para realizarem uma simulação de guerra, com ma-térias específicas e pautas, teve o ob-jetivo de mostrar a nova postura do exército para a população. O dis-cente Victor Masson, 22, afirma que
a essência de um bom jornalista é formada pela expe-riência e a possibili-dade de conhecer novas situações.
O tenente Thal-les Henrique Gar-cia, 22, destaca que a atividade revela a nova face das For-
ças Militares Brasileiras. “O exérci-to está mudando a concepção de instituição fechada do regime mili-tar, pois ele não é uma ilha, não é incomunicável”, explica o tenente. “O objetivo é criar uma relação com a imprensa e com a comunida-de acadêmica, que são partes consti-tuintes da sociedade”, completa.
Essa é a segunda vez que o curso acontece na região. A primeira foi ministrada pela Escola de Comando Estado Maior do Exército, do Rio de Janeiro. O tenente Garcia expli-ca que a escolha de Uberlândia aconteceu por três aspectos: “por ser uma cidade extremamente pecu-liar, com uma comunidade acadê-mica muito grande e por possuir um Batalhão diferenciado, com alto
grau de operacionalidade”. C
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Exército oferece estágio para cobertura de guerraEstudantes adquirem conhecimento e experiência em “Operação Treme Terra”
Amanda Pereira – Ana Flávia Bernardes – Patrícia Alves – Vanessa Duarte
Exército em treinamento de guerra no rio Paranaíba: táticas de defesa e sobrevivência
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Luí
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Coletiva de imprensa realizada na “Operação Treme Terra”
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Luí
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EDUCOMUNICA Ano II – n° 3 UFU
Rosane Cristina Santos adora ca-minhar no Parque Sabiá, frequenta a Igreja Batista e realiza serviços volun-tários. Casada há 22 anos e mãe de dois filhos, a secretária da FACED re-vela momentos difíceis, como lidar com doenças e se deparar com a mor-te. Confira abaixo trechos da entrevis-ta concedida ao Educomunica.
EDUCOMUNICA: Aos 49 anos e há 18 trabalhando na UFU como assistente administrativo, você está concluindo o curso de EAD em Ad-ministração e ainda pensa na possibi-lidade de uma pós-graduação. Quais são as suas motivações para investir na carreira profissional?
Rosane Cristina Santos: Eu gosto de trabalhar na área administrativa e acho que é importante ter esse conhe-cimento e também uma pós nessa área. Isso é bom para o meu serviço e é algo que me faz crescer a cada dia.
EDUC.: Como o trabalho volun-
tário pode auxili-ar no desenvolvi-mento da socie-dade? O que é necessário para que ele seja mais abrangente?
R.C.S.: O trabalho voluntá-rio é aquele que se faz com pra-zer, sem esperar nada em troca. Acho que isso ajuda muito as
pessoas, tanto quem precisa, quanto as pessoas que trabalham. Se fosse le-vado a sério por todo mundo, tería-mos menos pessoas criminosas, que acabam com a própria vida. Porque às vezes a pessoa está ali passando por um momento tão difícil e não tem como chegar perto de alguém para conversar porque tem medo. Quando existe esse alguém que está ali, sem in-teresse nenhum, isso ajuda muito. Acho que o trabalho voluntário tem que partir da própria pessoa porque senão ela vai trabalhar sem aquele de-sejo e quem está recebendo vai sentir isso, que ela está sendo cobrada a fa-zer o que não gosta. Parte de quem ama esse trabalho, não espera nada em troca e daqui há algum tempo re-cebe: ver a pessoa que ajudou, que es-tava ruim e como ela está bem agora.
EDUC.: Você já passou por al-gum momento difícil? O que fez para superá-lo?
R.C.S.: O primeiro momento difí-cil pelo qual passei foi quando meu pai saiu de casa para trabalhar e não retornou. Eu e minha mãe o encontra-mos estirado ao lado do carro. Achei que ele tinha passado mal, mas infeliz-mente havia falecido. O segundo mo-mento muito complicado foi a doença renal de minha irmã. Ela precisava de um transplante de rins e felizmente a caçula pôde fazer a doação. Seis anos depois de receber o transplante, minha irmã começou a piorar. Naquele dia ela tinha sido internada novamente e eu já pressentia o que ia acontecer. Pe-guei minha Bíblia e orei para que Deus a abençoasse, então me veio a palavra “E Deus levou todas as suas dores para si”. Depois disso fui para o hospital lhe fazer companhia e de re-pente os aparelhos começaram a indi-car que o coração dela começava a parar. Os médicos tentaram reanimá-la, mas ela já tinha ido embora. Outro momento difícil foi há dois anos, quando descobri que minha filha tinha lúpus. Desde então lutamos com os tratamentos e vivemos cada dia como se fosse único. A superação de minhas dificuldades é sempre através da fé em Deus. Com Ele, há o consolo para to-das as coisas e é o que me move a nunca desistir.
EDUC.: Você tem alguma frase importante?
R.C.S.: Uma frase... Uma pala-vra: perseverança. Acredite em Deus, tenha fé que você vai vencer muitas
coisas. C
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Rosane destaca o trabalho voluntário como primordialSecretária da FACED revela perseverança frente às situações do dia-a-dia
André Víctor Moura – Brunner Macedo - Renata Ferrari – Ronian Carvalho
A secretária gosta de seu trabalho e diz que não se vê em outra área
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