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EDUC OMUNICA Educomunicação P P r r i i s s c c i i l l a a D D i i n n i i z z Confira o batepapo com o cinegrafista Rodrigo Mendonça de Faria, técnico em audiovisual do curso de Jornalismo. Cinema para os ouvidos Alfabetização na idade certa Partilhando experiências Ação e Reação A A n n a a n n d d a a D D i i n n a a t t o o

EDUCOMUNICA 07 - abril 2013

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A busca por pautas para essa edição, a princípio, foi uma tarefa quase impossível. Acreditávamos que já havíamos esgotados as notícias da FACED no número anterior. Mas, bastou que olhássemos para além do que ocorria dentro da Comunicação Social: Jornalismo, para encontrarmos diversos acontecimentos interessantes na Faculdade. Essa é a primeira edição do EduComunica a trazer mais pautas vinculadas à Pedagogia do que ao Jornalismo. Para produzi-lo, fomos obrigados a sair de nossa zona de conforto, vimos que, dentro do fazer jornalístico, é necessário pensar naquilo que é relevante não só para os nossos interesses, mas, também, para aqueles que nos cercam. O maior intercâmbio entre os alunos e docentes permite que a identidade da faculdade se torne ainda mais forte.

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EDUCOMUNICA

Educomunicação

PET Conexões promoveu, na UFU, a I Semana

de Educomunicação. O evento se baseou em três

pilares: comunicação como instrumento de

educação, gestão educomunicativa e leitura

crítica da mídia.Página 5

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Confira o bate­papo com o cinegrafista Rodrigo Mendonça de Faria, técnicoem audiovisual do curso de Jornalismo.

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Cinema para os ouvidos

Sétima Arte, programa de rádio experimental

produzido por alunos do curso de Jornalismo,

apresenta debates semanais sobre cinema.

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Alfabetização na idade certa

UFU será polo de formação continuada dos

professores da rede municipal de ensino em

projeto desenvolvido pelo Governo Federal.

Página 6

Partilhando experiências

Programa de Pós-Graduação da FACED

realiza, no mês de junho, simpósio internacional

com ênfase em políticas educacionais.

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Ação e ReaçãoO Coletivo [Re]Ação surge

com a proposta de cursinhoalternativo para jovens dasescolas públicas do bairroMorumbi e região. Mesclandocom oficinas de grafite, produçãode texto, teatro e robótica, o pré-vestibular prepara os alunos parao ENEM, além de promoverformação política, social e cidadãdos estudantes.

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AAnnaa nnddaaDDii nnaa ttoo

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As questões de gênero – aqui sereferindo às questões a respeito dopapel social e atribuições distintas decomportamento para homens e mu-lheres – são um dos Temas Transver-sais dos Parâmetros CurricularesNacionais desde 1997. Bonito é verque, na teoria, essa preocupação jáexiste há anos. Feio é perceber que aprática discorda da teoria desdesempre.O que importa, na perspectiva das

relações de gênero, é discutir os pro-cessos de construção e de formaçãohistórica, linguística e social, que le-vam ao binarismo homem-mulher.A forma como os professores ar-

ticulam a perspectiva de gênero den-tro da sala de aula, de maneira aevitar discriminações nas relaçõessociais entre as crianças na escola, éuma questão importantíssima. Aperpetuação de estigmas a respeitode “coisas de menina ou de menino”deve ser cortada pela raiz: nenhumacriança nasce com estereótipos for-mados e o papel da escola na quebradessa dicotomia – que segrega a so-ciedade de maneira ultrapassada – éfundamental.Não bastasse essa ótica de gênero

raramente ser combatida, o que se vêé a ampliação do problema pelo pró-prio veículo que suporta sua solu-ção: o professor. Rotular alguém depreconceituoso foge de meus objeti-vos ao escrever esse artigo, mas mui-ta gente misógina culturalmente(veja bem, culturalmente difere depropositalmente) também se formaem cursos de licenciatura. Esse para-

digma intrínseco é justamente o obs-táculo a que precisamos superar. E,para tal, é preciso transformar a to-dos, não somente as crianças. É ne-cessário rever conceitos eproblematizar possíveis mudançasna prática pedagógica dos educado-res e educadoras.Para exemplificar o que quero di-

zer, não há necessidade de ir longe.Não é preciso sequer apelar paraSanto Google. Já diria o amigo IsleyBorges que Simone de Beauvoir serevira no túmulo e, digo mais, man-da beijos pra Escola de Princesas re-centemente inaugurada na nossacidade de Uberlândia, Minas Gerais:amostra de um belíssimo desserviçoà batalha de quem busca pela ruptu-ra dessa dicotomia e – por que nãodizer? – à humanidade. O que sepretende com a criação de uma “es-cola” que não apenas reforça os es-tereótipos de gênero, mas se faz útil,ainda, na consolidação da ditadurada beleza?Quanto ao que se pretende, atrevo-

me a sugerir duas hipóteses: primeira,a gênese do abacaxi é a má formaçãodos professores ou; segunda, umaconspiração alienígena precisa demulheres magras e submissas queusem rosa e lavem a louça enquantoesperam seus maridos másculos tra-jando azul chegarem com o sustentoda família. Simpatizo melhor com aprimeira opção. É difícil convencer-me que a precursora de tal instituiçãotenha intenções malignas para com ascriancinhas. Destarte, cachorro velhoaprende truque novo, sim! C

A busca por pautas para essaedição, a princípio, foi uma tarefaquase impossível. Acreditávamosque já havíamos esgotados as notí-cias da FACED no número anteriore que não conseguiríamos nadamuito interessante para publicar.Mas, bastou que olhássemos paraalém do que ocorria dentro da Co-municação Social: Jornalismo, paraencontrarmos diversos aconteci-mentos interessantes na Faculdade.É com certo orgulho que dize-

mos que essa é a primeira ediçãodo EduComunica a trazer maispautas vinculadas à Pedagogia doque ao Jornalismo. Para produzi-lo, fomos obrigados a sair de nossazona de conforto e isso nos propor-cionou algo muito importante: vi-mos que, dentro do fazerjornalístico, é necessário pensarnaquilo que é relevante não só paraos nossos interesses, mas, também,para aqueles que nos cercam.Nessa edição trazemos notícias

importantes como um simpósio in-ternacional a ser sediado na UFU,a eleição da nova coordenadora daPedagogia, a formação da primeiraturma de Pedagogia a Distância – epensar que achamos que não tería-mos pautas!Acreditamos que esse jornal serve

como meio de fortificar a integraçãoentre os cursos oferecidos na FA-CED e essa união é oriunda de uminteresse de ambos os lados, uma vezque se uma das partes não se dispu-sesse a colaborar, sua construção nãoseria possível. Além disso, o maiorintercâmbio entre os alunos e docen-tes permite que a identidade da fa-culdade se torne ainda mais forte.C

EditorialArtigo

Não se nasce sexistaJosé Elias Mendes

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Crônicas

Há muitos anos, nos tempos de nossos bisavós, tatara-vós ou sabe-se lá de quem, o casamento era o mais im-portante acontecimento na vida de uma pessoa. Em cadaparte do mundo a cerimôniaganhou uma marca especial.Os gregos, por exemplo, como quebra-quebra de pratos,estimularam a indústria delouças e desenvolveram umanova forma de resolver oproblema das pias lotadas.De uns tempos pra cá, temosvisto pessoas que se casamvárias vezes, tendo um filhoou dois com cada cônjuge - enem estou falando dos sheiks árabes.Há casais que casam, descasam, voltam a se casar, se

separam novamente, repetindo esta ordem por milhões devezes, mas Alex e Lisa, o casal de ingleses que superouqualquer outro par, teve 24 cerimônias em menos de doisanos, sem se divorciar nenhuma vez. Detalhe: eles visita-ram 22 países e se casaram em 17 deles. Ah, não podemosdeixar de falar de economia, já que o casal tem estimulado

muitos setores, empregando fotógrafos, decoradores, mes-tres de cerimônia, seguranças, cozinheiras, garçons, costu-reiras... e até de indústrias farmacêuticas pois a mulher que

ajuda Lisa a se vestir é alérgi-ca a flores e acabou viciadaem polaramine.Nunca antes na história

desta galáxia foram registra-dos tantos casamentos, emtantos lugares do mundo. Es-tes dados foram confirmadosoficialmente na última terçapelo Departamento de Uniõesda NASA. Os “casadores”pretendem chegar a 1530 ca-

samentos até as bodas de prata, porém... nada de filhos!Quando questionados a respeito da possível adoção

de uma criança africana – irmã do 12º filho adotivo deAngelina e Brad, e do 20º de Madonna, desta vez comum modelo húngaro – eles negaram veementemente,afirmando que não haveria condições financeiras paraeducar uma criança pois os impostos sobre buffets infan-tis em todo o mundo estão altíssimos.C

A arte de se casarMarina Colli

Novela da internetMaysa Vilela

É incrível como determinadas coisas acontecem jus-tamente no momento em que elas não poderiam aconte-cer. Foi assim, em um dia comum, como qualquer outro,que a internet simplesmente pifou no meu apartamento.De uma hora para outra o modem se apagou e todo si-nal de contato com o mundo se foi. Posso parecer melo-dramática demais, mas em uma era em que nada maisse resolve sem a conexão com a web, ficar sem ela setorna algo deveras torturante.Tentando não “chorar sobre o leite derramado”, liguei

no atendimento da empresa da internet com o intuito deresolver o problema depressa. Mal sabia que esse era só oinício de uma novela cheia de capítulos ruins. Até porque“Quando algo pode dar errado, certamente dará” - é a“Lei de Murphy” agindo como sempre.De uma ligação a outra, de reclamações sem fim ao

pânico de ficar sem internet com milhões de trabalhospara serem entregues, em curtos prazos, o desespero foime consumindo. Presenciei o ápice do mau atendimentoao consumidor, tentei dezenas de vezes receber uma vi-sita técnica e nada. A única “resposta” que tinha daoperadora era a cobrança que não deixava de vir mesmoenquanto estava impossibilitada de utilizar o serviço.Depois de mais de um mês de enrolação e incompe-

tência profissional, após muitas tentativas, a tão deseja-da assistência técnica chegou e resolveu o problema.Deu pra se alegrar por poder estar online e em contatocom o mundo novamente, mas eu peço do fundo do co-ração, todos os dias, para não precisar dos serviços deatendimento de uma empresa como essa de novo, atéporque, estarei perdida, estarei no ritmo deles, isto é,off-line.C

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Seminário aborda trabalho e educação no século XXIAmanda Silva e Lorena Martins

Com o objetivo de refletir sobre asnovas configurações que assumem asrelações de trabalho e educação nomundo contemporâneo, a FACEDpromoveu o I Seminário “Desafios doTrabalho e Educação no séculoXXI”. O evento ocorreu entre os dias

09 e 11 de abril, no cam-pus Santa Mônica daUFU.A programação com-

preendeu conferências,mesas-redondas e mostrade longas-metragens,além de uma reunião in-terna dos grupos deestudo da Linha de Pes-quisa Trabalho, Sociedadee Educação (LPTSE).Para Antônio Bosco,

professor e organizador doevento, o desafio do século XXI é “en-tender qual o papel dos sindicatos, dostrabalhadores e da sociedade, diante deum modelo social que cada vez maisexpropria o saber e a força de trabalhoda classe subalterna”.A questão da reestruturação pro-

dutiva, Estado, qualificação profissio-nal, movimentos sociais, relações degênero e novos modelos de sociabili-dades produzidas a partir de padrõesde organização da educação foramalguns dos assuntos abordados du-rante o Seminário.O evento contou com a presença

de pesquisadores brasileiros de váriasinstituições, como Ricardo Antunes,professor da Unicamp. O intercâmbioentre pesquisadores, segundo Bosco,viabilizou oportunidades para convê-nios entre os grupos de pesquisa en-volvidos.Para Fabiane Previteli, professora

e membro da comissão organizadora,o seminário foi um momento impor-tante em especial para os alunos, poiscontribuiu para a formação acadêmi-ca e científica. C

Simpósio Internacional debate políticas educacionaisFlahana Pfeifer e Thatiana Angeli

Acontece de 19 a 21 de junho de2013, o VII Simpósio InternacionalO Estado e as Políticas Educacio-nais no Tempo Presente. Promovidopelo Programa de Pós-Graduaçãoem Educação (PPGED) da FA-CED/UFU, o evento será realizadono Anfiteatro do bloco 3Q do Cam-pus Santa Mônica.Com organização bianual e esti-

mativa de público de 500 pessoas,esta edição do evento terá como fo-co as políticas educacionais após 25anos da promulgação da Constitui-ção Brasileira e aspectos relaciona-dos à Conferência Nacional deEducação (CONAE), agendada para

o ano de 2014. Além disso, devidoàs mudanças na política municipal,com a nova gestão da prefeitura, se-rão abordados também os desafiospara o sistema de ensino da cidade.Segundo Maria Vieira da Silva,

coordenadora geral do Simpósio, oevento contará com a presença dedebatedores brasileiros e estrangei-ros de diversas áreas do conheci-mento, estudantes de graduação eintegrantes de movimentos sociais.“A intenção é ampliarPara Marcelo Soares, diretor da

FACED, “o Simpósio é de grandeimportância por proporcionar a di-vulgação da produção nacional e in-

ternacional do conhecimento naárea de políticas educacionais”.A comissão organizadora é for-

mada por professores e conta com oauxílio de monitores, como JulianaRibeiro Galardo, aluna do quintoperíodo de Sistemas de Informação.Sobre sua atuação nesse trabalho,Juliana afirma que “será uma ótimaexperiência, pois, desde já, me sintomais integrada com a universidade.Para os que desejam participar do

Simpósio, é necessário realizar opreenchimento do formulário e opagamento da taxa de inscrição.Maiores informações em

www.viisep.faced.ufu.br. C

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PET Conexões realiza I Semana de EducomunicaçãoAnna Vitória Rocha e Priscila Diniz

O Programa de Educação Tutorial(PET) Conexões de Saberes:Educomunicação da UFU promoveua I Semana da Educomunicação entreos dias 25 e 28 de fevereiro. Seu objeti-vo foi estreitar o diálogo entre as áreasda comunicação e da educação pormeio de palestras, rodas de conversa eapresentação de trabalhos.Diélen Borges, aluna do oitavo pe-

ríodo do curso de Jornalismo e bolsis-ta do PET, participou da organizaçãodo evento. Segundo ela, a ideia da Se-mana surgiu da dificuldade dos estu-dantes na compreensão do que éEducomunicação. “Ninguém precisagostar de trabalhar com isso ou con-cordar com o pensamento dos educo-municadores, mas é importanteconhecer a área”, completa.O primeiro dia da Semana contou

com palestras dos professores do cursode Jornalismo, Mirna Tonus e Gersonde Sousa. “Educomunicação e sua re-lação com as TICs (Tecnologias daInformação e Comunicação)” foi o te-ma da apresentação de Mirna, cuja te-mática foi a adoção de ferramentas detecnologia da informação como recur-sos educacionais. Já Gerson tratou daGestão Educomunicativa.Gerson, coordenador do curso de

Jornalismo, acredita que o evento foiimportante para o esclarecimento doque é Educomunicação e também naconstrução da ideia de que o diferenci-al dos projetos educomunicativos é queeles implicam em intervenções sociais.Ele ressalta que as propostas não po-dem ser verticalizadas. “Há quemacredite ser mais fácil mudar a comu-nidade ao invés de articular com ela a

mudança do contexto social”, afirma.No segundo dia do evento, Adria-

na Omena, professora do Jornalismo etutora do PET, ministrou a palestra“Discutindo a leitura crítica da mí-dia”, convidando o público a refletirsobre a forma como a mídia divulgaos fatos. “Os profissionais da comuni-cação tem a função informar à socie-dade o que importa, o que é relevante.Isto é o que chamo de conteúdo queedifica, pois acrescenta algo na vidadas pessoas”, enfatiza.No dia 27, a doutoranda em Edu-

cação Mariana Batista e o professor daEscola de Educação Básica da UFU(ESEBA) André Luiz Sabino compar-tilharam experiências educomunicati-vas. “Não posso impor ao jornalista aobrigação de construir um materialque eduque seu público. Esse papel édo professor, fazer a transposição entreas duas linguagens”, defende André.Para André, a mídia possui poten-

cial educativo latente, por isso é preci-so que se invista nesse diálogo. Ele dizque seu dever “é transformar a sala deaula em um ambiente de aprendiza-

gem onde o aluno torna-se sujeito ati-vo na sua própria educação”.Com 13 anos de experiência como

professora, Mariana Batista conta quesempre trabalhou com recursos de mí-dia em suas aulas. Seu encontro for-mal com a Educomunicação se deuem 2012, por meio do curso de exten-são da Rede Nacional de Formação deProfessor da Educação Básica (RE-NAFOR), ocorrido na UFU. “Faltaaprofundamento na formação inter-disciplinar de professores e de comu-nicadores”, pontua.Aluno do segundo período de Jor-

nalismo, Gabriel Rodrigues acreditaque a Semana de Educomunicação foiproveitosa por tornar o debate sobre otema mais rico. “As palestras mostrama mídia não só como ferramenta deensino, mas como meio prático de seconstruir o aprendizado”, explica.Na quinta-feira, 28, a I Semana de

Educomunicação foi encerrada coma apresentação de trabalhos produzi-dos por alunos do curso de Jornalis-mo na disciplina de Comunicação eEducação.C

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O Governo Federal está estabele-cendo com a rede de ensino públicoum acordo, o Pacto Nacional pelaAlfabetização na Idade Certa, para re-alizar a formação continuada dos pro-fessores alfabetizadores, de modo agarantir que todas as crianças até os oi-to anos de idade estejam alfabetizadas.A UFU será polo de encontros de for-mação dos professores da rede munici-pal, do Triângulo Mineiro, do AltoParanaíba, do Noroeste de Minas e daregião limítrofe com o Centro de Mi-nas. Este polo formará 165 orientado-res de estudo. O curso acontecerá noCampus Santa Mônica e o projeto sedesenvolverá ao longo dos anos de2013 e 2014.Marília Vilela, professora do cur-

so de Pedagogia e coordenadora ge-ral do programa em Uberlândia,afirma que o projeto tem como obje-tivo reverter e diminuir os índices deanalfabetismo no país. Segundo adocente, o Pacto trabalha em quatroeixos: formação continuada de pro-fessores alfabetizadores; elaboração

de materiais didáticos específicos àalfabetização; a avaliação dos alunospor meio de uma prova aplicada peloINEP (Instituto Nacional de Ensinoe Pesquisa); e gestão e mobilizaçãosocial. De acordo com Marília, aUFU está “trabalhando exclusiva-mente com a formação continuadados professores alfabetizadores”.A formação dos orientadores foi

dividida em duas linhas: uma sobrelinguagem que será trabalhada, nesteano, e outra sobre matemática que se-rá ministrada em 2014. Segundo Re-jane Moreira, professora formadora,“nós temos que trabalhar todo umconjunto interdisciplinar”. Desse mo-do o curso de linguagem não é especí-fico, mas se ramifica em história,ciência, artes e português, explica.A universidade formará os orien-

tadores de estudo, que irão para osseus municípios de origem formar osprofessores de alfabetização da redede ensino público municipal. Assim,a secretaria de educação de cada ci-dade tem a tarefa de selecionar estes

orientadores de estudo e um coorde-nador para eles. Sandra Vilas Boas écoordenadora dos orientadores deUberlândia e, segundo ela, a seleçãodestes professores se desenvolveu emduas etapas: uma banca de entrevistae uma análise de currículo. Sandraesclarece que a condição primordialpara participar da seleção para ori-entador era “ser professor efetivo nomunícipio, ter licenciatura em Portu-guês e também atuar nas funções deprofessor ou pedagogo”.A orientadora de estudos de Uber-

lândia, Telma Monteiro, acredita quea formação fará com que “o professorpossa trabalhar com mais desenvoltu-ra a prática e a gestão da sala de au-la”. Além disso, Telma afirma que éfundamental que o professor estejaem constante aprendizado, buscandoleituras que fundamentem seu traba-lho pedagógico, pois, para ela, “a teo-ria embasa a prática”.Para Luciana Lemos, também

orientadora de estudos em Uberlân-dia, a proposta de alfabetização doPacto visualiza uma realidade mar-cada pelo alto índice de analfabetis-mo no país. Assim, para Luciana, “oque mais temos de positivo são asquestões de investimento numa edu-cação com qualidade”.Além dos encontros presenciais

de formação na UFU, os orientado-res de estudo também atuarão emsuas cidades onde promoverão asformações aos professores alfabeti-zadores. No decorrer do ano, acon-tecerão cinco seminários deacompanhamento dos orientadoresna UFU. C

UFU sedia projeto de formação do Governo FederalGiovana Silveira e Leidiane Campos

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Pedagogia elege nova coordenadoraJosé Elias Mendes e Maysa Vilela

Mestrado iniciacomdebatesobre tecnologiaecomunicaçãoGabriel Zuccolotto e Gabriela Guimarães

A aula inaugural da primeiraturma do mestrado profissional emTecnologias, Comunicação e Edu-cação, oferecido pela FACED,aconteceu no dia 12 de março coma mesa-redonda “Os desafios daspesquisas interdisciplinares”. Osdebatedores foram João Bosco daMota Alves, da Universidade Fede-ral de Santa Catarina e Walter Tei-xeira Lima, da UniversidadeMetodista de São Paulo.Na apresentação do evento,

Marcelo Beletti, Pró-Reitor de Pes-

quisa e Pós-Graduação da UFU,afirmou que o mestrado tem o obje-tivo de formar geradores de conhe-cimento; profissionais de qualidadeque estejam preparados para o mer-cado de trabalho e não apenas paraa área acadêmica.A aluna regular Patrícia Martins,

conta que o direcionamento da suaescolha para este mestrado foi jus-tamente a união entre academia emercado que permite a formação deum profissional mais completo equalificado.

Walter, quando questionadoacerca do principal desafio parapensar na aplicabilidade da tecno-logia no trabalho interdisciplinar,respondeu que o comunicador deveentender que ela é um produto hu-mano e, como tal, é o produto cul-tural e social do homem.João Bosco ressaltou a impor-

tância do mestrado interdisciplinar,reforçando que o papel dos estu-dantes é conseguir modificar a so-ciedade com a utilização datecnologia. C

O processo eleitoral para o cargode coordenador da Pedagogia foi rea-lizado no dia 6 de fevereiro desse ano.Nele, alunos e técnicos do curso e do-centes da FACED puderam participarda escolha. Lázara Cristina da Silvafoi eleita e ocupará o cargo pelos pró-ximos dois anos.O coordenador de curso possui ca-

deiras no Conselho de Graduação(CONGRAD) e no Conselho Univer-sitário (CONSUN) e, por isso, Lázaraacredita que “é um cargo político deextrema importância, porque partici-pa das decisões na instituição comoum todo”.A nova coordenadora pretende co-

locar em prática propostas como tra-balhar uma reforma curricular,promover a integração entre turmas eaproximação entre os cursos da FA-CED. Lázara também aposta numagestão democrática e participativa,pois considera que “a democracia

começa com a eleição. Eleitores en-volvidos no processo para escolherquem vai estar à frente”.No mesmo processo, os eleitores

teriam a chance de escolher tambémum novo Colegiado de Curso que, naPedagogia, é um órgão interno forma-do pelo coordenador, três professorese um aluno. Esse ano, não houve can-didaturas por parte dos professores. Omais provável é que o CONFACED

convoque nova eleição para compor ocolegiado, conta Lázara.Para Vinícius Vieira, aluno do

segundo ano de Pedagogia e eleito co-mo representante dos estudantes, “oColegiado é responsável pelo processode ensino e aprendizagem e os discen-tes constituem-se como um dos polosdesse processo”. Ele julga pertinente aparticipação de todos para efetivar ahorizontalidade dessa relação. C

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PIBID da Pedagogia beneficia rede pública de ensinoLaís Farago e Nayane Dominique

O PIBID (Programa Institucio-nal de Bolsa de Iniciação à Docên-cia) do curso de Pedagogia édesenvolvido em escolas da cidade evisa o aprimoramento do exercíciodocente. Os trabalhos são realizadospor alunos, por Olenir Martins, co-ordenadora do projeto, e por umapedagoga responsável da escola. Aproposta é aplicar as teorias vistasem sala de aula na realidade esco-lar. Um exemplo é a Escola Estadu-al Frei Egídio Parisi, onde ostrabalhos são desenvolvidos no en-sino médio noturno.A seleção das escolas, segundo

Olenir, é feita através de um coorde-nador institucional da universidadeque faz uma visita e apresenta o

projeto. Caso os membros da escolaconcordem e tenham uma pedagogadisposta a supervisionar, o progra-ma é implantado. Além disso, asturmas contempladas são as quepossuem alunos com maior índicede repetência e faltas, completa.Os bolsistas do projeto, em reu-

niões semanais realizadas juntamentecom os professores da escola, traba-lham no desenvolvimento de materi-ais pedagógicos criados para satisfazera necessidade das turmas. Para FláviaMedeiros, aluna do primeiro ano dePedagogia “o PIBID contribui com oaperfeiçoamento da formação, permi-tindo nossa atuação e participação nocotidiano escolar, acrescentando ex-periências e conhecimento dos pro-

blemas encontrados no processoeducacional”.Regina Beatriz dos Santos, su-

pervisora da Escola Frei Egídio Pa-risi, afirma que no início do projetohouve resistência por parte dos pro-fessores, mas com o tempo elespassaram a aceitar e participar ati-vamente das práticas propostas peloprograma. Regina acrescenta que osalunos da Pedagogia “deram umgrande incentivo em relação a pro-cessos seletivos como o PAAES(Processo de Ação Afirmativa deIngresso ao Ensino Superior) e oENEM (Exame Nacional do Ensi-no Médio), que na maioria das ve-zes os alunos nem tinhamconhecimento”. C

PET Educomunicação seleciona novos integrantesAline Guerra e Francine Naves

O PET Conexões de Saberes:Educomunicação publicou em no-vembro de 2012 edital para a sele-ção de seis novos integrantes,

dentre esses, três bolsistas, para sejuntarem ao grupo de 12 petianos.A equipe tem como objetivo princi-pal trabalhar e desenvolver o ensinoe pesquisa com foco em educomu-nicação.A tutora do programa, Adriana

Omena, diz que a entrada de novospetianos se faz necessária em razãodo afastamento de alunos por moti-vos diversos, entre eles a conclusãoda graduação e intercâmbios.Segundo Adriana, os critérios

para participar como bolsista doPET são de caráter socioeconômi-co. “A renda familiar do candidatodeve ser de até três salários míni-mos, ser o primeiro da família a en-trar na universidade, além de ser

necessária a excelência acadêmica”,explica a tutora.Uma das novas integrantes do

PET, Maria José Rocha, aluna dosexto período de Enfermagem, dizque sempre quis participar de umprograma tutorial como esse, pois éuma oportunidade para enriquecer ocurrículo. No entanto, por seu cursonão possuir um, ela optou por fazerparte do Conexões de Saberes.O PET desenvolve diversas ati-

vidades interdisciplinares comopesquisas, aulas de informática eauxílio a professores em monitori-as. Adriana disse ainda, que háplano de lançar um livro contandoas experiências vivenciadas noprojeto. C

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Rádio(In) transmite programa sobre cinemaLeonardo Hamawaki e Lucas Manaf

A Rádio(In), rádio experimentaldo curso de Jornalismo, tem uma no-va atração: "Sétima Arte". Um pro-grama sobre cinema realizado poralunos do segundo e quarto períodos.As transmissões começaram em pri-meiro de fevereiro de 2013 e ocorrem

às sextas-feiras a partir das 19 horas,com duração média de 50 minutos.De acordo com o idealizador do

programa, Thiago Lima, aluno doquarto período, a ideia surgiu quando aRádio(In) foi criada. " Gosto de cine-ma e desejo trabalhar nessa área. Mon-tei o projeto e levei para a professoraSandra Garcia, que aprovou", diz.Com o apoio dos alunos Flahana

Pfeifer, José Elias Mendes, Maysa Vi-lela, Laura Máximo e Junior Barbosa,Thiago iniciou a realização do pro-grama. Laura afirma que o trabalhona rádio proporciona uma boa experi-

ência, pois os integrantes preparam osroteiros e executam toda a produção.Junior acredita que o trabalho feito noSétima Arte permite vivenciar a rotinajornalística e suas responsabilidades,já que toda sexta-feira o programaprecisa ir ao ar.Sandra Garcia, responsável pela

Radio(In), diz que todos os partici-pantes possuem a mesma importânciae estão em igualdade de condições.Ela ressalta ainda que o mérito deles éconseguir mesclar os gêneros opinati-vo e informativo nos conteúdos abor-dados no Sétima Arte.C

Mobilidade contribui com formação acadêmicaMaria Emília Duarte e Marina Colli

O mercado de trabalho buscaprofissionais com experiências den-tro e fora da sala de aula. Durante avida acadêmica, muitos alunos pro-curam ampliar o leque de conheci-mento e por isso participam deintercâmbio. A UFU possibilita mo-bilidade nacional e internacionalpor meio de convênios com váriasinstituições, além de concessão debolsas durante a permanência nosprogramas.Brunner Macedo, aluno do curso

de Jornalismo, estudou pelo progra-ma de Mobilidade Internacional,durante um semestre, na Universi-dade do Porto, em Portugal. Segun-do ele, isto trouxe ganhos para avida profissional e acadêmica e umolhar diferente para o Brasil. JáThiago Lima, outro estudante deJornalismo, acaba de ser seleciona-

do e, em setembro de 2013, irá paraPortugal em busca de novos hori-zontes. A cidade escolhida foi Lis-boa, “por ser uma cidade grande,facilita a locomoção para países vi-zinhos”, afirma Thiago.Segundo Denise Lima, Secretária

Executiva da Diretoria de RelaçõesInternacionais da UFU, a internaci-onalização da Universidade é im-portante, pois valoriza os cursos etraz reconhecimento à instituição.Marcelo Soares, diretor da FACED,afirma que a participação dos alu-nos expande os conhecimentos emelhora a qualidade da educação.O último edital aberto para mo-

bilidade internacional, que permitea participação dos alunos dos cursosde Jornalismo e de Pedagogia, foi oprograma “Ciência Sem Frontei-ras”, atualmente em processo de se-

leção. Os participantes deprogramas de intercâmbio seguemum planejamento de estudos pré-determinado e o tempo de perma-nência varia de acordo com a mo-dalidade. C

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O curso de Licenciatura em Peda-gogia, modalidade a distância, for-mará sua primeira turma em julho.Utilizando uma plataforma digital, agraduação visa formar profissionaispara a área educacional e possui alu-nos em cinco pólos: Araxá, Carneiri-nhos, Patos de Minas, Uberaba eUberlândia.Segundo Maria Irene Miranda,

coordenadora do curso, dos 410 ma-triculados no ano de 2009, 60% de-vem se formar. “Isso se dá emfunção do pouco entendimento quese tem do que é o ensino a distância.Muitos têm a concepção de que émais fácil”, alega. Nesse sentido, acoordenadora da tutoria, MarisaMourão, diz que seus alunos preci-

sam se dedicar tanto quanto em umcurso presencial.Maria Irene alega que as principais

dificuldades da coordenação da gra-duação a distância provêm da falta deuma política institucional da universi-dade para esses cursos. Ela afirma queos alunos da EaD (Educação a Dis-tância) não dispõem das mesmas fer-ramentas que os estudantes dos cursospresenciais, como acesso a biblioteca,Restaurante Universitário e utilizaçãode laboratórios.A aluna Sirlene Ferreira, afirma

que a escolha do curso nesta modali-dade se deu por ela já atuar na área,pela maior flexibilidade de horários,e também, pela oportunidade de au-mento salarial.

Sirlene reclama que há um pro-blema de interação entre aluno e tu-tor, pois algumas vezes os tutoresnão respondem aos e-mails. Marisadiz que essa foi uma das principaisqueixas na avaliação institucional e,para resolver esse problema, a coor-denação da graduação está buscandoalterações na equipe de trabalho erealizando reuniões com o corpo do-cente.Apesar das dificuldades, Marisa

afirma que “a equipe ficou feliz emsaber que a maior parte dos alunosrealizou uma avaliação positiva docurso”. Sobre a abertura de novasturmas, Maria Irene afirma que exis-te demanda, mas ainda não há previ-são de quando isso ocorrerá.C

Primeira turma de Pedagogia EaD conclui graduaçãoGabriel Rodrigues e Paula Nascimento

Curso lato sensu a distância integra mídias e educaçãoGiovana Matusita e Guilherme Fragosso

A FACED oferece, pela primeiravez, o curso de Pós-Graduação latosensu à distância sobre Mídias naEducação, realizado pelo Centro deEducação a Distância (CEaD). Estaespecialização, gratuita, terá duraçãode 18 meses, com carga horária míni-ma de 360 horas.

O objetivo é inserir tecnologia àsestratégias didáticas dos educadores.Mirna Tonus, coordenadora do curso,destaca que o projeto possui comoprincipal público-alvo os docentes e oscomunicadores que trabalham na áreada educação.São 250 vagas distribuídas em cin-

co polos de apoiopresencial: Araxá(MG), Campinas(SP), Patos de Minas(MG), Uberaba(MG) e Uberlândia(MG). Os seleciona-dos se beneficiarãodos recursos ofereci-dos pelo CEaD, pormeio de videoaulas e

web conferência.O coordenador de tutoria do polo

de Uberlândia e da produção de con-teúdos comunicativos do CEaD,Marcelo Marques, destaca a principalvantagem de se matricular em umcurso a distância: "o aluno consegueestudar aos sábados e naqueles horá-rios de folga, sem precisar ter o com-promisso de ir todo o dia ou todofinal de semana”.A professora do ensino fundamen-

tal, Cíntia Queiroz, aluna do curso,espera aprender a utilizar os recursosmidiáticos. "Quero saber aproveitar oconhecimento que meus estudantesobtêm na internet, televisão, jornais eoutros veículos e aperfeiçoar meu tra-balho como docente", completa.C

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UFU Ano IV - abril 2013 - nº 7 EDUCOMUNICA

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O Coletivo [Re]Ação, vinculadoao Grupo de Pesquisa em Educaçãoe Cultura Popular (GPECPOP), re-alizou no dia 11 de março as inscri-ções para um curso Pré-ENEM(Exame Nacional do Ensino Médio)gratuito na Organização Não Go-vernamental Ação Moradia. Criadoem 2012, o Coletivo tem o objetivode contribuir com a formação de jo-vens do bairro Morumbi e região.A proposta é de um cursinho

pré-vestibular alternativo, que tam-bém visa contribuir para a formaçãopolítica e social dos estudantes. Osalunos participam ativamente doprocesso de construção das ativida-des desenvolvidas e ao final de cadasemestre é realizada uma avaliaçãoem que eles dão suas opiniões e crí-ticas sobre as aulas.Ano passado, o curso tinha co-

mo proposta preparar alunos de es-colas públicas para as provas doPrograma de Ação Afirmativa deIngresso ao Ensino Superior (PAA-ES). Este ano o focoé apenas o ENEM,sistema de ingressoadotado pela UFUhá um ano. Quaren-ta alunos entre 14 e18 anos assistem au-las que acontecem àssegundas e quartas-feiras das18h30 às 21h.Os professores - graduandos, mes-

trandos, doutorandos e docentes doscursos de matemática, filosofia, histó-ria, ciências sociais, geografia, psico-logia e pedagogia da UFU -ministram aulas envolvendo as quatro

áreas de conhecimento exigidas peloENEM: ciências da natureza e suastecnologias, matemática e suas tecno-logias, linguagens, códigos e suas tec-nologias, ciências humanas e suastecnologias.Além do conteúdo regular são

oferecidos, nos finais de semana, ofi-cinas de produção de texto, grafite,teatro, robótica e vídeo documentá-

rio. A novidade esteano são as sessões deorientação vocacio-nal, realizadas poruma aluna do cursode Psicologia.João Neves, bol-

sista do GPECPOPe um dos fundadores do Coletivo[Re]Ação, ressalta o desempenhodos alunos. “Nosso panfleto foi fei-to pelos meninos, eles que criaramtoda a concepção gráfica, estética.A lógica do Coletivo é isso, é vocêter a responsabilidade e se sentirparte do processo”, afirma.

Thamyres Yanca, 14 anos, alunadesde o início do curso, comenta adidática dos professores, "tiveramalgumas matérias na escola que nãoforam muito específicas e aqui elesnos ajudavam em qualquer dúvida,traziam as matérias, pesquisavampara a gente".Outro aluno, Pedro Vieira, 15

anos, diz que o curso é como uma se-gunda escola, porém melhor porqueos professores são como amigos e asaulas interativas. Com o apoio do Co-letivo, ele participa de um projeto depesquisa na área de robótica na UFUjunto com três colegas, e a partir deabril receberá uma bolsa da Universi-dade no valor de R$150,00.O Coletivo também realizou vi-

sitas a todos os campi da UFU paramostrar a realidade da Universidadee fazer os alunos conhecerem umpouco mais de cada curso e com is-so auxiliar também em suas esco-lhas. Mais informações no blogreacaopopular.blogspot.com.br. C

Cursinho alternativo prepara alunos para o EnemAnanda Dinato e Lara Lacerda

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"A lógica do coletivo é

você ter

responsabilidade e se

sentir parte do

processo"

João Neves

EDUCOMUNICA Ano IV - abril 2013 - nº 7 UFU

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EXPEDIENTE

O jornal EDUCOMUNICA é uma produção experimental dos alunos do 2º período do Curso de Comunicação Social : Habi l i tação em Jor-

nal ismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdiscipl inar em

Comunicação I I , sob orientação da Profª. Drª. Mônica Rodrigues Nunes. Reitor: Prof. Dr. Elmiro Santos Resende. Diretor da FACED:

Prof. Dr. Marcelo Soares Pereira. Coordenador do Curso: Prof. Dr. Gerson de Sousa. Editores-chefes: Gabriel Rodrigues, Marina Col l i ,

Paula Nascimento e Victor Albergaria. Monitores: Caio Nunes e Tul io Calegari . Editoração: Ricardo Ferreira de Carvalho. Tiragem: 1 00

exemplares. Impressão: Agência de Notícias – Jornal ismo/UFU.

EXPEDIENTE

Três, dois, um... entrevistando!Felipe Flores e VictorAlbergaria

Marcamos esta entrevista para amanhã de uma segunda-feira, diamelancólico para nós. Um poucoatrasado, devido a uma gravação, elechega de bom humor como sempre:“Desculpem o atraso! Como um en-trevistado sempre faz, vou inventaruma desculpa para justificá-lo”. As-sim começou o papo com o cinegra-fista Rodrigo Mendonça de Faria, 35anos, que trabalha no curso de Jor-nalismo.Antes de trabalhar na universida-

de, ele foi cinegrafista da CâmaraMunicipal de Uberlândia (CMU).Casado, pai da Bruna, de um ano enove meses, e torcedor do Santos, elecontou ao EDUCOMUNICA comofoi seu início na produção audiovisu-al, e como busca aprimorar seus co-nhecimentos na área.EDUCOMUNICA: Como foi

sua entrada para o mundo da cine-grafia?Rodrigo: Tem um livro muito

bacana que se chama ‘On Camera’,que fala que quando se quer traba-lhar com TV ou rádio, tem queaproveitar toda oportunidade e tra-balhar com o pessoal da área. Sevocê está envolvido, aprende. Temcursos de iluminação, captação deimagem, operação de câmera. Euaprendi com vários profissionais, etambém com esses cursos que iamsurgindo na cidade. O último quefiz foi no Rio de Janeiro, onde co-

nheci as novas câmeras da Sony.Quando surgiu o interesse em

trabalhar com o mundo da TV?Aos 16 anos, eu era garçom em

um restaurante. Um amigo me falousobre vagas em um estúdio para au-xiliar de produção, que acompanha ocinegrafista em estúdio e em exter-nas. Comecei no programa do Batis-ta Pereira, "Disk190", da extinta TVManchete. Com trêsmeses consegui a va-ga de cinegrafista. Odiretor achou que euera capaz e me confi-ou o cargo. Aí apareceu o concursoda CMU e o da UFU, e hoje, graçasa Deus, estou aqui.Você é muito querido pelos alu-

nos e professores do Jornalismo.Como é a sua relação com eles?

É de amizade. Para se trabalharem um lugar que não tem um climaque você goste, não dá certo. Respei-to mútuo é fundamental. Entenderque todos estão aqui para aprender.Existirão erros inclusive meus, nin-guém é perfeito. Também sou aluno,sei das dificuldades que os discentestêm de agendar as entrevistas e opersonagem não aparecer. Temosproblemas técnicos, como a locomo-ção para externas ou erros de grava-ção. Mas é normal, a gente grava denovo, faz parte do aprendizado.Conte algo interessante que se

destacou nesse período em que vocêestá na UFU. Pode ser engraçado,triste ou até uma fofoca.Fiquei surpreso que em apenas 5

anos de UFU eu vi o time do Oscariser campeão da Libertadores. Foi omais surpreendente que poderia terocorrido! (Risos)De bacana, são as gravações que

aparecem. Às vezesacho que não vão darem nada, mas umasimples gravaçãocom um professor daQuímica ou da En-genharia e você per-

cebe que a matéria poderia ir para arede. Tem muita coisa interessantenos campi da UFU para os alunosfazerem matéria, inclusive pra usarde portfólio quando forem bater naporta de uma emissora.C

FFee llii ppeeFFll oorr eess

"Quando se quer

trabalhar com TVou

rádio, tem que se

aproveitar toda

oportunidade"