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EFEITOS DO RECURSO ORDINÁRIO 1º Efeito – DEVOLUTIVO. Previsão. Devolve os capítulos impugnados no R.O. para REEXAME DE PROVA! (última chance) Art. 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. Significa que o R.O. devolverá a matéria impugnada, em suas razões, para o Tribunal ad quem, por consequência, permite a execução provisória do julgado referente a estas matérias e, as demais, que não foram objeto de recurso, poderão ser executados de forma definitiva. Efeito Devolutivo em PROFUNDIDADE: Súmula nº 393 do TST. RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1.013, § 1º, DO CPC DE 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC DE 1973. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos

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EFEITOS DO RECURSO ORDINÁRIO 1º Efeito – DEVOLUTIVO. Previsão. Devolve os capítulos impugnados no R.O. para REEXAME DE PROVA! (última chance)

Art. 899 da CLT - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.

Significa que o R.O. devolverá a matéria impugnada, em suas razões, para o Tribunal ad quem, por consequência, permite a execução provisória do julgado referente a estas matérias e, as demais, que não foram objeto de recurso, poderão ser executados de forma definitiva. Efeito Devolutivo em PROFUNDIDADE:

Súmula nº 393 do TST. RECURSO ORDINÁRIO. EFEITO DEVOLUTIVO EM PROFUNDIDADE. ART. 1.013, § 1º, DO CPC DE 2015. ART. 515, § 1º, DO CPC DE 1973. (nova redação em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 I - O efeito devolutivo em profundidade do recurso ordinário, que se extrai do § 1º do art. 1.013 do CPC de 2015 (art. 515, §1º, do CPC de 1973), transfere ao Tribunal a apreciação dos

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fundamentos da inicial ou da defesa, não examinados pela sentença, ainda que não renovados em contrarrazões, desde que relativos ao capítulo impugnado. II - Se o processo estiver em condições, o tribunal, ao julgar o recurso ordinário, deverá decidir desde logo o mérito da causa, nos termos do § 3º do art. 1.013 do CPC de 2015, inclusive quando constatar a omissão da sentença no exame de um dos pedidos.

Art. 3º da IN 39 do TST - Sem prejuízo de outros, APLICAM-SE AO PROCESSO DO TRABALHO, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas: XXVIII - arts. 1013 a 1014 (efeito devolutivo do recurso ordinário - força maior);

2º Efeito – SUSPENSIVO. Previsão. Impede a execução DEFINITIVA da decisão até que transite em julgado.

Súmula 414, I do TST. Redação Antiga. I - A antecipação da tutela concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. A ação cautelar é o meio próprio para se obter efeito suspensivo a recurso. Súmula nº 414 do TST. Redação Atual. MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017 I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.

Art. 1.029, § 5º do CPC - O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:

Jurisprudência:

A rigor, não há previsão legal para recebimento de recurso ordinário com efeito suspensivo. Sensível à possibilidade de que em certos casos a execução da sentença trabalhista antes de seu trânsito em julgado pode de fato causar dano ao recorrente, o Tribunal Superior do Trabalho flexibilizou sua jurisprudência para admitir a concessão de efeito suspensivo ao recurso ordinário em caráter excepcional. No período anterior à vigência do Código de Processo Civil de 2015, quando não havia previsão de procedimento específico para a concessão de efeito suspensivo a recurso ordinário, a jurisprudência do TST sedimentou-se no sentido de ser cabível ação cautelar para tal finalidade. Contudo, a partir da vigência do Código de Processo Civil de 2015, o TST revisou sua jurisprudência, para entender aplicável analógica e subsidiariamente, as disposições do artigo 1.029 do CPC.

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Assim sendo, o Tribunal Superior do Trabalho editou a Resolução 2017/2017, DEJT divulgado em 20, 24 e 25.04.2017, adequando a redação do item I de sua Súmula 414 às disposições do novo Código de Processo Civil. Ante o exposto, por incabível, julgo extinta a presente ação cautelar, por incabível, fulcro no artigo 485, inciso IV, do Código de Processo Civil, por ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo. Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região TRT-4 - Tutela Cautelar Antecedente: TUTCAUTANT 00214377120175040000.

Acórdão em R.O. não unanime (2x1).

Art. 942 do CPC - Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.

Art. 2º da IN 39 do TST - Sem prejuízo de outros, NÃO SE APLICAM AO PROCESSO DO TRABALHO, em razão de inexistência de omissão ou por incompatibilidade, os seguintes preceitos do Código de Processo Civil: IX - art. 942 e parágrafos (prosseguimento de julgamento não unânime de apelação);

Recurso “ex officio”. Da Remessa Necessária.

Da Remessa Necessária Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. § 1o Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á. § 2o Em qualquer dos casos referidos no § 1o, o tribunal julgará a remessa necessária. § 3o Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for de valor certo e líquido inferior a: I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público; II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público. § 4o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em: I - súmula de tribunal superior; II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

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III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

AGRAVO DE INSTRUMENTO

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos.

Cabimento: Contra as decisões que denegarem seguimento a R.O., R.R., R. Extra, R. A e A.Petição. Da Decisão que NEGA seguimento aos Embargos no TST não caberá Agravo de Instrumento, pois o recurso é o Agravo Interno previsto no Regimento Interno do TST. Processamento: É interposto perante o próprio juízo prolator do despacho denegatório, que poderá rever seu despacho reconsiderando a denegação (juízo de retratação). Mesmo que o juízo "a quo" não reconsiderar seu despacho, não poderá deixar de remeter os autos ao juízo "ad quem". Será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada (art. 897, § 4º da CLT).

Art. 897, § 4º da CLT - Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada.

Importante ressaltar que a resposta será ao Agravo e ao Recurso principal (art. 897, § 6º da CLT).

Art. 897, § 6º da CLT - O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos.

Da Formação do Instrumento. Pressuposto Específico do A.I.: O § 5º do art. 897 da CLT, determina as peças obrigatórias e facultativas para a formação do instrumento, devendo a petição de interposição ser instruída com as seguintes peças:

Art. 897, § 5º da CLT - Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição:

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I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação; II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida.

Do Preparo: Correspondente a 50% do recurso trancado (art. 899, § 7º da CLT).

Art. 899, § 7º da CLT - No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar.

EXCEÇÃO:

Art. 899, § 8º da CLT - Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo.

Efeito do A.I. na Fase do Conhecimento.

Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora.

Efeito: apenas devolutivo (a parte poderá iniciar a execução do julgado por meio da formação da carta de sentença que tramitará até a penhora); Efeito do A.I. na Fase da Execução.

Art. 897, § 2º da CLT - O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença.

Agravo de Instrumento para o TST - (para destrancar Recurso de Revista). Nesta hipótese não se formará o instrumento, pois em sede de TST o procedimento é eletrônico, portanto na petição de interposição não indicaremos as peças já que não há formação do instrumento, vamos apenas indicar que deixamos de formar o instrumento por determinação do TST, conforme segue:

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“Verifica-se que ausente a formação do instrumento, por conta da Resolução Administrativa nº 1418, de 30 de agosto de 2010, a qual “Regulamenta o processamento do Agravo de Instrumento interposto de despacho que negar seguimento a recurso de competência do Tribunal Superior do Trabalho”.

Agravo de Instrumento no PJe: Não há que se falar em traslado de peças ou formação de instrumento, uma vez que o órgão ad quem tem acesso a todas as peças e documentos do processo eletrônico.

Art. 34 da Resolução 136/2014 do CSJT - A partir da implantação do PJe-JT no segundo grau de jurisdição dos Tribunais Regionais do Trabalho, será dispensada a formação de autos suplementares em casos de exceção de impedimento ou suspeição, agravos de instrumento, agravos regimentais e agravo previsto no art. 557 do Código de Processo Civil.

- Competência: ao Juiz prolator da sentença ou acórdão, em duas peças; - Interposição: será endereçada à própria autoridade recorrida (juízo “a quo”), devendo ser acompanhada da minuta recursal (minuta); - Minuta do Agravo: peça dirigida ao juízo “ad quem”, porém recebida pelo juízo “a quo”, juntamente com a peça de interposição; - Qualificação das Partes: simples; - Prazo: 8 dias; - Nome das Partes: Agravante / Agravado; - Preparo: depósito recursal correspondente a 50% do recurso trancado (art. 899, § 7º da CLT); ATENÇÃO: não haverá obrigatoriedade de efetuar o deposito, quando o agravo de instrumento tiver por finalidade destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do TST, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial (art. 899, § 8º da CLT – incluído pela Lei n. 13.105/2014).

AGRAVO DE PETIÇÃO LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. Uma Vez Liquidada A Decisão Do Conhecimento, Qual Será O Procedimento? Nova Redação – Reforma Trabalhista.

Art. 879 - § 2º Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.

Cabimento do Agravo de Petição:

Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;

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Na Fase da EXECUÇÃO trabalhista CABE ou NÃO recurso das decisões interlocutórias: Jurisprudência:

AGRAVO DE PETIÇÃO. DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. CABIMENTO - Nos termos do artigo 897, alínea “a”, da CLT desafia-se por Agravo de Petição QUALQUER decisão proferida em sede de execução. (TRT-5 - AP: 00165004920075050191, Relator: MARCOS GURGEL, 1ª. TURMA)

Decisão de Juízo de primeiro grau que julga improcedente exceção de pré-executividade. Decisão que não recebe Embargos à Execução (E.T.; E.L.; E.A.) por intempestivos ou falta de legitimidade. O indeferimento de qualquer pedido de prosseguimento da execução é passível de agravo de petição, já que se reveste de caráter terminativo. Penhora bens de sócios. Decisão que extingue a execução; Pressuposto:

§ 1º - O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença.

Delimitação justificada do valor incontroverso (matérias e valores impugnados), nos termos do §1º do Art. 897 da CLT. Ex.: processos de cálculos. Nos outros: dizer que a matéria toda é controvertida. HIPÓTESES DE AGRAVO DE PETIÇÃO em EMBARGOS À EXECUÇÃO: Divergência nos cálculos = excesso de execução (Fazenda e suas prerrogativas) Excesso de penhora; Inexistência de responsabilidade = ex-sócio/grupo econômico/sucessão trabalhista; Ausência de competência: falência/recuperação judicial; Bem de família/outras impenhorabilidades HIPÓTESES DE AGRAVO DE PETIÇÃO em EMBARGOS DE TERCEIRO: Inexistência de responsabilidade patrimonial de ex-sócio Meação cônjuge; Bem de família; Sucessão/Grupo econômico HIPÓTESES DE AGRAVO DE PETIÇÃO em EMBARGOS À ARREMATAÇÃO: Embargos à arrematação é matéria prevista no CPC

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O cabimento decorre de nulidade existente após a PENHORA; Por exemplo: Ônus que não foi declarado no edital incidente sobre o imóvel. O agravo visa alterar a decisão de mérito, sustentando a validade ou invalidade da arrematação. - Competência: ao juízo prolator da decisão, em duas peças; - Interposição: será endereçada à própria autoridade recorrida (juízo “a quo”), devendo ser acompanhada da minuta recursal; - Minuta do Agravo: peça dirigida ao juízo “ad quem”, porém recebida pelo juízo “a quo” juntamente com a peça de interposição; - Qualificação das Partes: simples; - Prazo: 8 dias; - Nome das Partes: Agravante / Agravado; - Preparo: Apenas custas - art. 789-A da CLT – pagas pelo executado ao final do processo.

RECURSO DE REVISTA Cabe na fase do Conhecimento como na Execução tanto no Rito Ordinário como no Sumaríssimo. Busca corrigir a decisão Regional que violar a literalidade da Lei Federal ou da Constituição Federal e a uniformizar a jurisprudência nacional concernente à aplicação dos princípios e regras de direito objetivo (direito do trabalho, direito processual do trabalho, direito constitucional, direito civil, direito processual civil etc.) que guardem alguma vinculação com a atividade jurisdicional da Justiça do Trabalho. Não se discute PROVAS no R.R.

Súmula nº 126 do TST. RECURSO. CABIMENTO Incabível o recurso de revista ou de embargos (arts. 896 e 894, "b", da CLT) para reexame de fatos e provas.

O exame ou reexame de provas significa, na verdade, apreciar ou reapreciar questões de fato, o que se mostra incabível em sede de instância extraordinária.

Previsão: Contra decisão dos TRTs quando do julgamento de Recurso Ordinário em Dissídio Individual.

Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:

Pressupostos de Admissibilidade. O R.R. exige, para o seu conhecimento (ou admissibilidade), além dos pressupostos genéricos (objetivos e subjetivos) inerentes a qualquer recurso, pressupostos recursais específicos.

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DOS PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE ESPECÍFICOS DO R.R.

Art. 896, § 1º-A da CLT - Sob pena de NÃO conhecimento, é ônus da parte:

1º Pressuposto: Do PARÁGRAFO 1ª-A do art. 896 da CLT: I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista;

O § 1º-A do artigo 896 da CLT lançou “novidades” quanto ao texto original, mas essa novidade já era prevista em súmulas e nos procedimentos internos, e assim, podemos dizer que as alterações do § 1º-A, na verdade, vieram apenas tornar “previsto em lei” o que já era adotado procedimentalmente. Agora, o prequestionamento deve trazer obrigatoriamente “colado em seu corpo” o trecho da decisão que se pretende recorrer, facilitando assim, a própria delimitação da matéria recorrida.

Configuração do Prequestionamento.

Súmula nº 297 do TST. REQUESTIONAMENTO. OPORTUNIDADE. CONFIGURAÇÃO (nova redação) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Prequestionamento Real: I. Diz-se prequestionada a matéria ou questão quando na decisão impugnada haja sido adotada, explicitamente, tese a respeito.

Embargos de Declaração buscando o Prequestionamento: II. Incumbe à parte interessada, desde que a matéria haja sido invocada no recurso principal, opor embargos declaratórios objetivando o pronunciamento sobre o tema, sob pena de preclusão.

Súmula nº 184 do TST. EMBARGOS DECLARATÓRIOS. OMISSÃO EM RECURSO DE REVISTA. PRECLUSÃO. Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos.

Prequestionamento Ficto:

III. Considera-se prequestionada a questão jurídica invocada no recurso principal sobre a qual se omite o Tribunal de pronunciar tese, não obstante opostos embargos de declaração.

Exigível Referência Expressa a Texto de Lei?

OJ 118 SBDI-1 - PREQUESTIONAMENTO. TESE EXPLÍCITA. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº 297. Havendo tese explícita sobre a matéria, na decisão recorrida, desnecessário contenha nela referência expressa do dispositivo legal para ter-se como prequestionado este.

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2º Pressuposto: Do PARÁGRAFO 1ª-A do art. 896 da CLT:

Art. 896, § 1º-A da CLT - Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:

II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;

Esta obrigação já era prevista na Súmula 221 do TST e veio especificar que a contrariedade que gerou a interposição do R.R. deverá ser apontada de forma explicita e fundamentada, significando dizer, que a parte deverá apontar e fundamentar explicando em que ponto a decisão do Regional contrariou o dispositivo de Lei, súmula ou orientação jurisprudencial do TST.

3º Pressuposto: Súmula 422 do TST

OBRIGATORIEDADE de impugnar todos os fundamentos do acórdão recorrido, ou seja, caso o acórdão recorrido tenha mais de um fundamento sobre a mesma matéria, pedido, ou questão ou capítulo, o conhecimento do R.R. exige do recorrente impugnação de todos os fundamentos contidos no acórdão recorrido.

Súmula nº 422 do TST. RECURSO. FUNDAMENTO AUSENTE OU DEFICIENTE. NÃO CONHECIMENTO (redação alterada, com inserção dos itens I, II e III) - Res. 199/2015, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.06.2015. Com errata publicado no DEJT divulgado em 01.07.2015 I – Não se conhece de recurso para o Tribunal Superior do Trabalho se as razões do recorrente não impugnam os fundamentos da decisão recorrida, nos termos em que proferida. II – O entendimento referido no item anterior não se aplica em relação à motivação secundária e impertinente, consubstanciada em despacho de admissibilidade de recurso ou em decisão monocrática. III – Inaplicável a exigência do item I relativamente ao recurso ordinário da competência de Tribunal Regional do Trabalho, exceto em caso de recurso cuja motivação é inteiramente dissociada dos fundamentos da sentença.

Jurisprudência:

RECURSO DE REVISTA. DUPLO FUNDAMENTO ADOTADO NA DECISÃO RECORRIDA. ATAQUE APENAS EM RELAÇÃO A UM DELES. SÚMULA 422 DO TST. NÃO CONHECIMENTO. Se a decisão recorrida adota dois (ou mais) fundamentos para rejeitar o Recurso, impõe-se a obrigação de a parte recorrente atacar todos os fundamentos do decisum, sob pena de o remanescente prevalecer diante da inexistência de ataque recursal. No caso, o Regional, ao negar provimento ao Recurso Ordinário da Reclamante, mantendo a sentença que havia declarado de ofício a prescrição de sua pretensão lastreou-se nos seguintes fundamentos: a) a prescrição pode ser declarada de ofício, uma vez que o art. 219, § 5º, do CPC é compatível com o processo do trabalho; b) houve efetiva arguição da prescrição total da pretensão em contrarrazões ao Recurso Ordinário; e c) decorreu mais de dois anos entre a rescisão contratual e o ajuizamento da presente Reclamação Trabalhista, mesmo que haja a projeção do aviso prévio indenizado. A Reclamante, ao interpor o seu Recurso de Revista, apenas

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questiona a incompatibilidade da declaração de ofício da prescrição (art. 219, § 5º, do CPC) com a sistemática processual trabalhista. Deixa, contudo, de apresentar insurgência quanto aos demais aspectos levantados pela Corte de origem, que autorizariam a manutenção da prescrição total, quais sejam, a efetiva arguição da prescrição total em contrarrazões ao Recurso Ordinário e o transcurso de dois anos entre o ajuizamento da demanda e a rescisão contratual. Verifica-se que esses dois últimos aspectos são suficientes para manter a pronúncia da 'prescrição total da pretensão obreira, mesmo que, em princípio, esta não pudesse ter sido arguida de ofício pelas instâncias ordinárias, conforme o entendimento majoritário desta Corte. Assim, não tendo·a Recorrente infirmado todas as razões de decidir da Corte de origem, a admissão do presente Recurso de Revista encontra-se obstaculizada pela Súmula n. 422 desta Corte. Recurso de Revista não conhecido. (TST-RR 13700-25.2007.5.15.0044, Rel. Min. Maria de Assis Calsing, 4" T., DEJT 10-6-2011).

4º Pressuposto: Instrução Normativa nº 23 do TST Por conta da Instrução Normativa nº 23 do TST, temos a registrar o que segue:

procuração/substabelecimento destes causídicos à fls. 23;

não há preparo recursal, eis que o Recorrente é o Reclamante e, as custas foram devidamente recolhidas quando da interposição do recurso ordinário, as fls 315;

tempestividade, conforme certidão de fls. 412 que julgou os Embargos de Declaração;

trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia: fls. 395/398v do acórdão do recurso ordinário e fls. 410/411 do acórdão que julgou os Embargos de Declaração;

dispositivos da Constituição Federal que atritam com a decisão do E. TRT da 15ª Região: inciso XXXVI do artigo 5º, artigos 421 até 425 do CCB.

Assim, cumpridas integralmente as orientações do Colendo Tribunal Superior do Trabalho, no sentido de atender as recomendações da citada Instrução Normativa, requer então o regular andamento do feito em seus ulteriores atos. 5º Pressuposto: Inclusão do Inciso IV no § 1ª-A do art. 896 da CLT Reforma Trabalhista:

O recorrente quanto suscitar nulidade de prestação jurisdicional, DEVERÁ, no R.R., transcrever o trecho dos embargos de declaração e o trecho da decisão do TRT que rejeitou o pedido do recorrente.

IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão.

6º Pressuposto – Específico do Relator no TST: Da Transcendência – art. 896-A da CLT Reforma Trabalhista.

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Art.896-A - O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de natureza econômica, política, social ou jurídica. § 1º São indicadores de transcendência, entre outros: I – econômica, o elevado valor da causa; II – política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III – social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV – jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. § 2º Poderá o relator, monocraticamente, denegar seguimento ao recurso de revista que não demonstrar transcendência, cabendo agravo desta decisão para o colegiado. § 3º Em relação ao recurso que o relator considerou não ter transcendência, o recorrente poderá realizar sustentação oral sobre a questão da transcendência, durante cinco minutos em sessão. § 4º Mantido o voto do relator quanto à não transcendência do recurso, será lavrado acórdão com fundamentação sucinta, que constituirá decisão irrecorrível no âmbito do tribunal. § 5º É irrecorrível a decisão monocrática do relator que, em agravo de instrumento em recurso de revista, considerar ausente a transcendência da matéria. § 6º O juízo de admissibilidade do recurso de revista exercido pela Presidência dos Tribunais Regionais do Trabalho limita-se à análise dos pressupostos intrínsecos e extrínsecos do apelo, não abrangendo o critério da transcendência das questões nele veiculadas.

Segundo Juízo de Admissibilidade do R.R. REFORMA TRABALHISTA. NOVIDADE:

Art. 896, § 14 da CLT - O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.

CABIMENTO DO R.R. NA FASE DO CONHECIMENTO – RITO ORDINÁRIO: 1ª Hipótese: Quando a decisão recorrida apresente divergência jurisprudencial, letra “a” do art. 896 da CLT.

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a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, OU contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal;

§ 7º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.

PORTANTO, sob pena de não conhecimento, a divergência apta a ensejar o manejo do Recurso de Revista, deve ser atual (significado de atual: não ultrapassada por outra ou outro posicionamento e NÃO questão temporal).

Súmula 333 do TST - “Não ensejam recurso de revista decisões superadas por iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.”

Comprovação da Divergência:

§ 8º Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.

2ª Hipótese: Está prevista na alínea “b” do artigo 896 da CLT, consistente na divergência de interpretação de lei estadual, convenção ou acordo coletivo de trabalho, sentença normativa ou regulamento de empresa de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do TRT prolator do acórdão.

b-) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea ‘a’.

Esta hipótese foi inserida no texto legal pela lei nº 7.701/88, que deu ensejo à ADIN ajuizada pela procuradoria do trabalho, sob o argumento de que em tal hipótese haveria a necessidade de reexame de fatos e provas. Foi julgada improcedente a ADIN, dando origem à Súmula 312 do TST.

Súmula 312 do TST - É constitucional a alínea "b" do art. 896 da CLT, com a redação dada pela Lei nº 7.701, de 21.12.1988.”

Sobre referida hipótese de cabimento, o TST editou a OJ no. 147 da SDI-I:

I - É inadmissível o recurso de revista fundado tão-somente em divergência jurisprudencial, se a parte não comprovar que a lei estadual, a norma coletiva ou o regulamento da empresa extrapolam o âmbito do TRT prolator da decisão recorrida. (ex-OJ nº 309 da SDI-1 - inserida em 11.08.03)

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II - É imprescindível a argüição de afronta ao art. 896 da CLT para o conhecimento de embargos interpostos em face de acórdão de Turma que conhece indevidamente de recurso de revista, por divergência jurisprudencial, quanto a tema regulado por lei estadual, norma coletiva ou norma regulamentar de âmbito restrito ao Regional prolator da decisão.”

Não basta provar a divergência, é necessário também comprovar que o dispositivo (seja de Lei Estadual, de norma coletiva ou de regulamento de empresa) tem vigência em território que extrapola a jurisdição do TRT prolator da decisão recorrida. Caso contrário, ainda que outro Tribunal tenha analisado de forma contrária o dispositivo semelhante, inviável a discussão via Recurso de Revista, pois, frise-se, é necessário que se trate da mesma norma. 3ª Hipótese: Está prevista na alínea “c” do artigo 896 da CLT, que cuida da violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

c-) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal.

Não poderá ser uma afronta indireta, reflexa ou disfarçada, como a violação genérica ao inciso II do artigo 5º da Constituição, (II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei); sob o argumento de violação à lei federal, pois nesse caso não estaria sendo violada a Constituição, mas a norma federal. A afronta deve ser à literalidade, conforme Súmula 221 do TST.

Súmula 221 do TST - A admissibilidade do recurso de revista por violação tem como pressuposto a indicação expressa do dispositivo de lei ou da Constituição tido como violado.

Jurisprudência:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. JULGAMENTO CITRA PETITA - PARCELAS ACESSÓRIAS. O Tribunal Regional deveria sim ter analisado a questão relativa aos reflexos perseguidos, objeto do pedido do item 6, letra f, da inicial, ainda que não renovado na peça recursal. É que, se o Tribunal Regional julgou diretamente a reclamação trabalhista quanto ao pedido principal (horas extras, diferença da gratificação de função e da parcela CTVA e indenização pela supressão das mesmas horas extras), passou a atuar como juízo de origem, razão pela qual deveria ter analisado o pedido acessório (reflexos), sob pena de sonegar ao reclamante o direito de receber a prestação jurisdicional quanto a este último. Recurso de revista conhecido e provido. (TST - RR: 788000420095050021, Relator: Renato de Lacerda Paiva)

A indicação do dispositivo legal ou constitucional não significa dizer que é necessário utilizar expressões como “contrariar”, “violar”, “ferir” etc conforme entendimento pacificado pelo TST, na OJ no. 257 da SDI-I do TST. Superados os Pressupostos Genéricos e Específicos, vamos ao Mérito.

CABIMENTO DO R.R. NA FASE DO CONHECIMENTO

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RITO SUMARÍSSIMO

§ 9º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.

E cabimento nas OJs?

Súmula 442 do TST - Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.

CABIMENTO DO R.R. NA FASE DA EXECUÇÃO

§ 2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal.

Novidade a Execução:

§ 10 - Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei nº 12.440, de 7 de julho de 2011.

A norma do § 10º do Art. 896 da CLT amplia o cabimento do Recurso de Revista ao prever a sua possibilidade nas execuções fiscais e nas execuções que envolvam as Certidões Negativas de Débito Trabalhistas.

Embargos no TST – 894 da CLT Art. 894 da CLT - No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: I - de decisão não unânime de julgamento que: (2 x 1 = Infringentes) a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em Dissídios Coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e

CABIMENTO: O inciso I do 894 da CLT estabelece o cabimento de Embargos Infringentes das decisões das Turmas do TST em DISSÍDIO COLETIVO, para a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC), especificamente, nos dissídios que comecem no TST.

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Art. 894 da CLT, inciso II - das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal.

CABIMENTO: O inciso II do 894 da CLT estabelece o cabimento de Embargos de Divergência das decisões das Turmas do TST em DISSÍDIO INDIVIDUAL para a Seção Especializada em Dissídios Individuais-I (SDI-I), quando:

Execução contra Fazenda Pública. Ofício Precatório x Ofício Requisitório.

Crédito Preferencial. Execução das contribuições previdenciárias.

Execução contra Fazenda Pública. A expressão “Fazenda Pública” abrange União, Estados, Municípios, Distrito Federal, autarquias e fundações públicas. No CPC:

DA EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias. § 1º Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, expedir-se-á precatório ou requisição de pequeno valor em favor do exequente, observando-se o disposto no art. 100 da Constituição Federal. § 2º Nos embargos, a Fazenda Pública poderá alegar qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa no processo de conhecimento. § 3º Aplica-se a este Capítulo, no que couber, o disposto nos artigos 534 e 535.

A execução contra a Fazenda Pública não tem a finalidade de efetivar uma execução forçada frente ao Estado, mas sim, de solicitar ao Judiciário que requisite o pagamento da obrigação à Fazenda, respeitada a ordem cronológica dos precatórios. Lembrando que essa forma diferenciada de execução aplica-se apenas quando se está diante de obrigação de pagar quantia certa, se a obrigação diz respeito à entrega de coisa e obrigação de fazer/não fazer o credor percorrerá o rito geral previsto no CPC. Exemplo: Inclusão do adicional de Periculosidade na folha de pagamento. Jurisprudência:

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PERICULOSIDADE. ARMAZENAMENTO DE INFLAMÁVEIS. Verificado o armazenamento de substância inflamável, em área interna da edificação onde laborou o reclamante, resta caracterizado o trabalho em área perigosa, sendo devido o adicional de periculosidade. Considerando que o contrato de trabalho do autor ainda está em vigor, deverá a ré implantar o adicional de periculosidade em folha de pagamento, a fim de evitar a perpetuação da execução. Referida obrigação será cumprida no prazo de 30 dias, a contar da intimação, após o trânsito em julgado da decisão, sob pena de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais). EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS. PROCESSO TRT/SP Nº 1000230-54.2017.5.02.0323

Defesa da Fazenda Pública A Fazenda Pública se defende através dos Embargos à Execução que segue a sistemática geral prevista no CPC. Como os embargos possuem natureza de ação de conhecimento, a possibilidade de defesa é ampla, podendo alegar quaisquer das matérias previstas no art. 917 do CPC:

Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; II - penhora incorreta ou avaliação errônea; III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; IV - retenção por benfeitorias necessárias ou úteis, nos casos de execução para entrega de coisa certa; V - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; VI - qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo de conhecimento. § 1º A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser impugnada por simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato.

Finalização do Procedimento: Opostos os embargos, eles serão julgados por sentença. Da sentença que rejeita ou acolhe os embargos caberá Agravo de Petição, já estudo nesta aula. Não opostos embargos ou transitada em julgado a decisão que os rejeitar, será expedido precatório ou requisição de pequeno valor (a depender do valor do crédito) em favor do exequente.

Ofício Precatório

O que são Precatórios? O precatório judicial consiste em uma requisição de pagamento feita pelo Presidente do Tribunal responsável pela decisão exequenda contra a Fazenda Pública federal, estadual, distrital ou municipal.

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Após a finalização do processo de execução contra a Fazenda Pública sem a possibilidade de penhora, leilão ou qualquer forma de expropriação do bem público, já que esse goza de regime especial. Neste caso, o juízo singular determinará a expedição do precatório ao Presidente do Tribunal respectivo. Exemplo: Um processo na fase de execução contra a Fazenda Pública Federal que tramita em uma determinada Vara chega ao seu final, pois a Fazenda não apresentou embargos à execução ou não recorreu da decisão que o julgou. O juízo da referida Vara encaminhará ao Presidente do Tribunal competente que expeça o respectivo precatório. O ente público deverá efetuar os pagamentos na ordem cronológica de apresentação dos precatórios, como forma de garantir a isonomia entre os credores.

Prazo para Pagamento dos Precatórios Art. 100 § 5º da CF 88:

É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.

Assim, apresentado ao ente público até 01 de julho, a verba necessária ao pagamento do precatório deverá ser consolidada no orçamento público para pagamento no ano subsequente. Apresentado após esta data deverá aguardar até a confecção da próxima lei orçamentária. Art. 100 § 6º da CF 88:

As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva.

O sequestro da quantia respectiva será estudado junto com o RPV.

Ofício Requisitório

Requisição de Pequeno Valor = (RPV)

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A requisição de pequeno valor (também chamado de RPV), diferentemente do Precatório, não terá seu valor consignado em orçamento para pagamento futuro. A requisição de pequeno valor deve ser regulamentada por lei de cada ente federado, que deverá estabelecer o limite para submissão do crédito a este regime. A União possui legislação que estabelece o limite para requisição de pequeno valor. O art. 17, § 1º da Lei 10.259/2001 dispõe que a execução fundada em título com valor até 60 salários mínimos enquadra-se como requisição de pequeno valor.

Art. 17, § 1º - Para os efeitos do § 3º do art. 100 da Constituição Federal, as obrigações ali definidas como de pequeno valor, a serem pagas independentemente de precatório, terão como limite o mesmo valor estabelecido nesta Lei para a competência do Juizado Especial Federal Cível (art. 3º, caput). Art. 3º Compete ao Juizado Especial Federal Cível processar, conciliar e julgar causas de competência da Justiça Federal até o valor de sessenta salários mínimos, bem como executar as suas sentenças.

Art. 100, § 3º, CF - O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado.

No caso dos Estados, Distrito Federal e Municípios, enquanto não legislarem acerca do assunto, vale o disposto no art. 87 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias) da CF/88, qual seja:

– Quarenta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Estados e do Distrito Federal – Trinta salários-mínimos, perante a Fazenda dos Municípios

Pode ser ainda inferior? Limite mínimo determinado pelo art. 100, § 4º da CF/88.

Art. 100, § 4º, CF - Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social.

No processo: O advogado(a) deverá requerer, na execução, a expedição de RPV (Requisição de Pequeno Valor), que seguirá o andamento especificado pelos Tribunais. Caso a Fazenda não pague o RPV?

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Jurisprudência:

REQUISIÇAO DE PEQUENO VALOR. FAZENDA PÚBLICA. PAGAMENTO A MENOR. SEQUESTRO. POSSIBILIDADE. Tendo a executada descumprido o ofício requisitório, procedendo com o pagamento da dívida a menor, plenamente aplicável o sequestro de verbas públicas visando imprimir efetividade à execução. Autorizativo legal previsto no artigo 17, § 2º, da Lei 10.259/2001. (...) a ré descontou indevidamente do montante requisitado, imposto de renda na fonte sem que o título executivo assim consignasse, bem como quota parte de contribuição previdenciária do empregador. Referidos descontos evidenciaram que o recolhimento do montante devido se deu a menor. Referida diferença não decorreu de aplicação incorreta de juros e correção. Ao contrário: se deu em virtude de ter a executada descontado, ao arrepio da ordem judicial, valores do montante devido que não deveriam ter sido descontados. Tendo a executada descumprido o ofício requisitório, procedendo com o pagamento da dívida a menor, plenamente aplicável o sequestro de verbas públicas visando imprimir efetividade à execução. Aplica-se, no caso, preceito legal estampado na Lei n. 10.259/2001:

Art. 17. Tratando-se de obrigação de pagar quantia certa, após o trânsito em julgado da decisão, o pagamento será efetuado no prazo de sessenta dias, contados da entrega da requisição, por ordem do Juiz, à autoridade citada para a causa, na agência mais próxima da Caixa Econômica Federal ou do Banco do Brasil, independentemente de precatório. § 2º Desatendida a requisição judicial, o Juiz determinará o seqüestro do numerário suficiente ao cumprimento da decisão.

Diante de tais elementos, desprovejo o apelo, mantendo-se incólume a decisão de id. 53098bd. PROCESSO nº 1000759-63.2014.5.02.0231 (AP)

Crédito Preferencial. Existe, três ordens cronológicas distintas de precatórios com a seguinte prioridade:

1ª) Débitos de Natureza Alimentícia Cujos Titulares Tenham Mais de 60 Anos de Idade OU sejam Portadores se Doença Grave (Cf, Art. 100, § 2º); 2ª) Demais Débitos se Natureza Alimentícia (Cf, Art. 100, § 1º); 3ª) Débitos se Caráter Comum (Cf, Art. 100, Caput).

Execução das Contribuições Previdenciárias.

PORTARIA GP Nº 09/2018 – TRT 2ª Região. Atualiza a regulamentação da tramitação de precatórios e requisições de pequeno valor. O PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2ª REGIÃO, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

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Art. 26, § 3º - Os valores apurados por contribuições previdenciária e fiscal serão partes integrantes do débito trabalhista a que alude o caput do art. 4º desta norma, salvo decisão em contrário no processo principal.

Na condenação há, em regra, créditos de terceiros como; IR; INSS; honorários advocatícios de sucumbência, de perícia etc. Jurisprudência:

REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR – RPV. Decisão recorrida: Decidiu que para o enquadramento da execução deve se levar em conta o crédito líquido do Reclamante e o FGTS, conforme portaria GP nº 09/2018 que revogou a Portaria nº 37/2010 do E. TRT. Fundamento recursal: Afirma que as contribuições previdenciárias integram o valor para os efeitos de pagamento direto de RPV. Requer que seja limitado o total do débito trabalhista ao limite da legislação concernente à matéria, ou seja, R$ 29.176,91 e, ultrapassado esse valor, seja a execução realizada por precatório. Tese decisória: Para a requisição de pequeno valor devem ser considerados apenas os valores efetivamente devidos ao reclamante, excluindo-se aqueles devidos a terceiros, tais como honorários advocatícios, periciais, contribuições previdenciárias e fiscais. Com efeito, não há qualquer ofensa ao disposto no artigo 100, § 8º da Constituição Federal, pois são credores distintos. Ademais, a portaria GP nº 09/2018 revogou expressamente a Portaria nº 37/2010 desse E. TRT. A portaria GP nº 09/2018 dispõe no art. 26, § 3º que:

"...Os valores apurados por contribuições previdenciária e fiscal serão partes integrantes do débito trabalhista a que alude o caput do art. 4º desta norma, salvo decisão em contrário no processo principal"

No caso dos autos a sentença de liquidação afastou os recolhimentos previdenciários e fiscais para fins de RPV, vide Id 0316d3d. Por fim, a não inclusão das contribuições previdenciárias está em consonância com a jurisprudência do C. TST.

"AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSODE REVISTA. DECISÃO MONOCRÁTICA DENEGATÓRIA DE SEGUIMENTO. EXECUÇÃO. REQUISIÇÃO DE PEQUENO VALOR. INDIVIDUALIZAÇÃO DO CRÉDITO. POSSIBILIDADE. Na esteira da jurisprudência iterativa e atual desta Corte, não viola a literalidade dos arts. 100, caput, §§ 3º, e 8º, e 87 do ADCT, da Constituição Federal a decisão do Tribunal Regional pela qual se concluiu que a Requisição de Pequeno Valor foi expedida dentro dos limites previstos na Lei Estadual, a qual ao se referir ao valor global refere-se ao crédito de um mesmo beneficiário, ou seja, exclui do valor as parcelas autônomas, tal como a contribuição previdenciária devida à União. Precedentes. Agravo conhecido e não provido. (TST-Ag-AIRR-848- 48.2010.5.15.0113 - 1ª Turma; Ministro Relator HUGO CARLOS SCHEUERMANN; Data do julgamento05 de abril de 2017; Data da publicação: 11/04/2017)" "AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO EMRECURSO DE REVISTA. EXECUÇÃO. REQUISIÇÃODE PEQUENO VALOR. APURAÇÃO INDIVIDUALIZAÇÃO DO CRÉDITO. VIOLAÇÃO DOSARTIGOS 100, §§ 4º, 6º e 8º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E 87 DO ADCT NÃO CONFIGURADA. PRECEDENTES. Segundo

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entendimento consolidado no col. TST, para a apuração do crédito com fins de enquadramento em requisição de pequeno valor, considera-se o valor líquido devido ao Exequente sem o cômputo dos créditos devidos a terceiros, como, por exemplo, imposto de renda, contribuições fiscais e previdenciárias e honorários advocatícios. Precedentes. Agravo conhecido e desprovido (Ag-AIRR - 118500-04.2008.5.15.0066, Relator Ministro: Douglas Alencar Rodrigues, Data de Julgamento: 04/02/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 06/02/2015)." “AGRAVO DE INSTRUMENTO - REQUISIÇÃO DEPEQUENO VALOR - ABATIMENTO DAS PARCELASACESSÓRIAS Para se determinar o patamar fixado à expedição de RPV deve-se considerar o crédito de cada beneficiário, excluídos os valores relativos às contribuições previdenciárias, honorários advocatícios, dentre outras quantias devidas a terceiros. Precedentes. Agravo de Instrumento a que se nega provimento." (AIRR - 443-82.2012.5.22.0101, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Datade Julgamento: 17/02/2016, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 19/02/2016)"

Desprovejo. PROCESSO nº 1001237-32.2013.5.02.0320 (AP)