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Fisioter Mov. 2010 out/dez;23(4):593-603 ISSN 0103-5150 Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 4, p. 593-603, out./dez. 2010 Licenciado sob uma Licença Creative Commons [T] Efeitos imediatos do alongamento em diferentes posicionamentos [I] Instant effects of stretching in different positions [A] Igor de Matos Pinheiro [a] , Ana Lúcia Barbosa Góes [b] [a] Fisioterapeuta das Obras Sociais Irmã Dulce, graduado em Fisioterapia pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA - Brasil, e-mail: [email protected] [b] Fisioterapeuta Especialista em Correção da Postura, professora assistente do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, Salvador, BA - Brasil, e-mail: [email protected] [R] Resumo Introdução: Exercícios de alongamento aumentam a extensibilidade dos tecidos moles e restauram o comprimento muscular. O alongamento produz efeitos imediatos e uma única sessão é capaz de melho- rar a extensibilidade muscular e mobilidade articular. A técnica de alongamento e o posicionamento inuenciam no nível de tensão muscular. Objetivo: O objetivo geral deste estudo foi determinar os efeitos imediatos do alongamento na exibilidade do músculo iliopsoas em diferentes posicionamentos, em uma única sessão, identicando máxima tensão desta musculatura e relacionando o alongamento com alterações comuns do alinhamento lombo-pélvico no plano sagital. Metodologia: Trata-se de um ensaio clínico controlado randomizado unicego. A população compreendeu estudantes com encurtamento do músculo iliopsoas. Foi realizada uma sessão de alongamento estático por um minuto com a extensão da articulação do quadril nos posicionamentos decúbito dorsal, semiexão de joelhos, decúbito ventral e decúbito lateral. Para análise pareada das posições para o alongamento, foi utilizado o teste Wilcoxon (α 0,01). Resultados: Participaram do estudo 40 estudantes, divididos em grupos compostos por dez indivíduos. A média da idade foi de 22 ± 1,7 anos. A maioria dos participantes era do sexo feminino (77,5%) e 75% relataram episódio de dor lombar em alguma fase da vida. Observou-se, como efeitos imediatos do alongamento, um ganho na exibilidade muscular nos posicionamentos decúbito dorsal, semiexão de joelhos e decúbito lateral. Observou-se também tendência à retroversão e neutralização da pelve. Conclusão: Os diferentes posicionamentos fornecem maior variabilidade de posições, permitindo ao sioterapeuta escolher qual a mais adequada para cada indivíduo. [P] Palavras-chave: Exercícios de alongamento muscular. Músculo psoas. Coluna vertebral.

Efeitos Imediatos Do Alongamento Em Diferentes Posicionamentos

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Alongamentos

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  • Fisioter Mov. 2010 out/dez;23(4):593-603

    ISSN 0103-5150Fisioter. Mov., Curitiba, v. 23, n. 4, p. 593-603, out./dez. 2010

    Licenciado sob uma Licena Creative Commons

    [T]

    Efeitos imediatos do alongamento em diferentes posicionamentos[I]

    Instant effects of stretching in different positions

    [A]Igor de Matos Pinheiro[a], Ana Lcia Barbosa Ges[b]

    [a] Fisioterapeuta das Obras Sociais Irm Dulce, graduado em Fisioterapia pela Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica, Salvador, BA - Brasil, e-mail: [email protected]

    [b] Fisioterapeuta Especialista em Correo da Postura, professora assistente do curso de Fisioterapia da Escola Bahiana de Medicina e Sade Pblica, Salvador, BA - Brasil, e-mail: [email protected]

    [R]Resumo

    Introduo: Exerccios de alongamento aumentam a extensibilidade dos tecidos moles e restauram o comprimento muscular. O alongamento produz efeitos imediatos e uma nica sesso capaz de melho-rar a extensibilidade muscular e mobilidade articular. A tcnica de alongamento e o posicionamento infl uenciam no nvel de tenso muscular. Objetivo: O objetivo geral deste estudo foi determinar os efeitos imediatos do alongamento na fl exibilidade do msculo iliopsoas em diferentes posicionamentos, em uma nica sesso, identifi cando mxima tenso desta musculatura e relacionando o alongamento com alteraes comuns do alinhamento lombo-plvico no plano sagital. Metodologia: Trata-se de um ensaio clnico controlado randomizado unicego. A populao compreendeu estudantes com encurtamento do msculo iliopsoas. Foi realizada uma sesso de alongamento esttico por um minuto com a extenso da articulao do quadril nos posicionamentos decbito dorsal, semifl exo de joelhos, decbito ventral e decbito lateral. Para anlise pareada das posies para o alongamento, foi utilizado o teste Wilcoxon ( 0,01). Resultados: Participaram do estudo 40 estudantes, divididos em grupos compostos por dez indivduos. A mdia da idade foi de 22 1,7 anos. A maioria dos participantes era do sexo feminino (77,5%) e 75% relataram episdio de dor lombar em alguma fase da vida. Observou-se, como efeitos imediatos do alongamento, um ganho na fl exibilidade muscular nos posicionamentos decbito dorsal, semifl exo de joelhos e decbito lateral. Observou-se tambm tendncia retroverso e neutralizao da pelve. Concluso: Os diferentes posicionamentos fornecem maior variabilidade de posies, permitindo ao fi sioterapeuta escolher qual a mais adequada para cada indivduo.[P]Palavras-chave: Exerccios de alongamento muscular. Msculo psoas. Coluna vertebral.

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    Pinheiro I de M, Ges ALB.594[B]Abstract

    Introduction: Stretching exercises increase the extensibility of soft tissue and restore muscle length. Stretching produces immediate effects and a single session is able to improve the extensibility and muscle mobility. The technique of stretching and positioning affect the level of muscle tension. Objective: The aim of this study was to determine the immediate effects of stretching on fl exibility of the iliopsoas muscle in different positions through a single ses-sion, identifying maximum tension of muscles and connecting the stretch with common changes of lumbar-pelvic alignment in the sagittal plane. Methodology: It was a controlled clinical assay randomized single blind. The population was composed by students with shortening of the iliopsoas muscle. Was performed a static stretching session for a minute by extending the hip joint in supine positions, semi-fl exion of knees, prone and lateral position. For paired analysis of the positions for the stretch was used Wilcoxon test ( 0,01). Results: Participants were 40 students, divided in groups of ten individuals each. The average age was 22 1.7 years. Most participants were female (77.5%) and 75% reported an episode of low back pain at some stage of life. It was observed, as the immediate effects of stretching, a gain in muscle fl exibility in the supine position, semi-fl exion of knees and lateral position. There was also a tendency to retroversion of the pelvis and neutralization. Conclusion: The different positions provide a greater range of positions allowing the physiotherapist to choose which is most suitable for each individual.[K]Keywords: Muscle stretching exercises. Psoas muscle. Spine.

    Introduo

    O movimento do homem representa sua forma de expresso, seu modo de interao com o mundo e envolve fatores mecnicos, neurolgicos, biolgicos e psicolgicos (1). A produo e o controle dos movi-mentos so realizados pelos msculos por meio da sua contrao e relaxamento, em associao com o sistema nervoso (2).

    Em todo o mundo, cerca de 80% das pessoas apresentaro dores na regio lombar em alguma fase da vida (3). A fl exibilidade limitada do quadril e da coluna lombar pode predispor os indivduos ao desen-volvimento da lombalgia, um problema que gera incapacidade, sendo a principal causa de afastamentos no trabalho (3). Os custos mdicos diretos e indiretos com o tratamento desta patologia esto entre 50 a 100 bilhes de dlares ao ano (4).

    Um dos msculos envolvidos na disfuno do movimento da coluna lombar o iliopsoas (5). Este msculo, por meio de sua ao sinergista, promove estabilizao deste segmento, sendo responsvel pela manuteno da postura (5-9). Disfuno do movimento pode provocar desequilbrios musculares, quando os msculos permanecem constantemente encurtados ou alongados um em relao ao outro (2). Alteraes no comprimento do msculo iliopsoas (tamanho longitudinal do msculo) podem comprometer o bom fun-cionamento do corpo humano e resultar no aparecimento de diversas patologias, como hiperlordose lombar, constipao intestinal e insufi cincia renal (5).

    Os exerccios de alongamento aumentam a extensibilidade dos tecidos moles e restauram o com-primento muscular por afetar as propriedades contrteis da fi bra muscular e pelas alteraes viscoelsticas promovidas na unidade msculo-tendo (10-17). O alongamento produz efeitos imediatos e uma nica sesso em indivduos saudveis capaz de melhorar a fl exibilidade muscular (amplitude mxima passiva fi siolgica) e a mobilidade articular (10).

    Vrias tcnicas de alongamento podem ser usadas, algumas sendo mais efetivas que outras (15). O alongamento pode variar quanto tcnica, tais como alongamento balstico, esttico (sustentado), FNP (Facilitao Neuromuscular Proprioceptiva), entre outros; e quanto ao posicionamento do indivduo (sentado, ortostase, decbitos) (11, 18, 19).

    O alongamento esttico de fcil aplicao, devendo ser realizado de acordo com os princpios bio-mecnicos de alongamento afastamento das inseres musculares no mesmo sentido da fi bra muscular (17, 20, 21). O tempo de sustentao do alongamento esttico de 60 segundos promove modifi caes na unidade

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    msculo-tendo, alterando o nmero de sarcmeros em srie (13, 14, 18, 22, 23). Tanto o alongamento est-tico passivo quanto o ativo so efi cazes no aumento da fl exibilidade dos msculos fl exores do quadril (11).

    A escolha do melhor posicionamento pode determinar o momento no qual ocorra mxima tenso na musculatura. O alongamento efi caz, que realize a mxima tenso muscular, ir restaurar o comprimento muscular e restabelecer a biomecnica normal do indivduo (20). Espera-se, com isso, favorecer o bem-estar, reduzindo a incidncia de patologias e suas repercusses em nvel econmico, social e de qualidade de vida (11, 22).

    O alongamento do iliopsoas realizado com extenso da articulao do quadril, promovendo afastamento das inseres musculares (20). Diversos posicionamentos vm sendo realizados na prtica fi sio-teraputica e ainda no est muito claro se todas as posies so efi cazes e qual promove maior ganho de fl exibilidade muscular.

    O objetivo geral deste estudo foi determinar os efeitos imediatos do alongamento na fl exibilidade do msculo iliopsoas em diferentes posicionamentos, em uma nica sesso, identifi cando a mxima tenso desta musculatura e relacionando o alongamento com as alteraes comuns do alinhamento lombo-plvico no plano sagital.

    Metodologia

    Este trabalho foi um ensaio clnico controlado, randomizado e unicego. A populao do estudo compreendeu estudantes, sendo a coleta de dados realizada por um fi sioterapeuta devidamente treinado e sem conhecimento prvio do objetivo do estudo, no perodo de novembro de 2006 a abril de 2007. O tamanho amostral foi calculado no programa BioEstat 4.0 por meio do teste ANOVA (poder do teste 95% e alfa de 0,05), a partir de dados do plano piloto, sendo encontrado um nmero de 40 estudantes. O plano piloto tambm foi realizado para calibrao dos instrumentos de coleta e para adequao das perguntas do questio-nrio de triagem. Optou-se pela realizao dos procedimentos apenas no msculo iliopsoas esquerdo, como forma de padronizao. Os responsveis pela pesquisa receberam os estudantes voluntrios em local, dia e hora marcados.

    A amostra foi composta por estudantes que apresentaram encurtamento do msculo iliopsoas confi rmado pelo teste de Thomas (24). Foram excludos da pesquisa os estudantes com dor no momento da entrevista em membros inferiores, coluna lombar ou quadril, uso de medicamentos sedativos ou analgsicos, ou indivduos que estavam realizando tratamento fi sioteraputico.

    Este trabalho foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa em novembro de 2006, respeitando os aspectos ticos, de confi dencialidade e afi rmando a ausncia de riscos aos participantes, em concordncia com o Conselho Nacional de Sade (Resoluo 196/96).

    Os estudantes assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido, e compareceram a um espao fsico adequado com roupa apropriada para avaliao (top e short para mulheres e short para homens). O traba-lho foi desenvolvido em um laboratrio na prpria instituio, o qual possui os materiais necessrios como maca, gonimetro, marcadores corporais esfricos (bolas de isopor), e espao sufi ciente para realizao dos procedimentos.

    O trabalho foi realizado em oito etapas:

    1) Aplicao de um questionrio especfi co de triagem, a partir do qual foram obtidas informaes sobre idade, peso, altura, realizao de tratamento fi sioteraputico, presena de dor no momento da entrevista, episdio de dor lombar e uso de alguma medicao.

    2) Realizao do teste de Thomas para devida confi rmao de encurtamento do msculo iliop-soas. No teste, o indivduo posicionou-se em decbito dorsal sobre uma maca, com a pelve em posio neutra e com os joelhos na borda da maca. O examinador fl exionou ambos os joelhos na direo do trax do paciente, permitindo que a coluna lombar fi casse plana em relao superfcie, proporcionando um correto alinhamento da pelve. A perna que estava sendo testada

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    foi abaixada em direo maca enquanto o indivduo mantinha a outra perna em fl exo mxima. Considerou-se encurtamento do msculo iliopsoas qualquer angulao observada entre a maca e o membro que estava sendo avaliado (24).

    3) Marcao dos pontos anatmicos com marcadores corporais esfricos (bolas de isopor) reco-bertos com pelcula com capacidade de refl etir a luz do fl ash, nos seguintes pontos: espinha ilaca ntero-superior esquerda e espinha ilaca pstero-inferior esquerda trs dedos do indivduo abaixo da espinha ilaca pstero-superior esquerda (25).

    4) Fotografi a digitalizada do indivduo com a cmera fotogrfi ca Kodak EasyShare C300 3.2 megapixels, em vista lateral esquerda, a uma distncia de 3 m delimitados por marcadores no cho. A cmera foi posicionada tomando-se como base metade da altura do indivduo a ser analisado (26). A fotografi a foi posteriormente analisada no Software para Avaliao Postural SAPO ver-so 0.63 da Universidade do Estado de So Paulo (USP). Para maior fi dedignidade, a calibrao das imagens foi realizada de acordo com o programa. A fotografi a teve fi nalidade de analisar o alinhamento plvico no plano sagital a partir da comparao entre o posicionamento da espinha ilaca ntero-superior em relao espinha ilaca pstero-inferior. Quando os dois pontos ana-tmicos encontram-se na mesma horizontal, a pelve est equilibrada no plano sagital. Quando o indicador anterior est mais baixo que o posterior, sinal de anteverso plvica, e quando o indicador anterior est mais alto que o posterior, sinal de retroverso plvica (25). O alinha-mento plvico no plano sagital foi uma varivel dependente deste estudo. Antes da tomada da fotografi a, foi solicitada ao indivduo a realizao de uma inspirao profunda em trs tempos (atingindo a mxima capacidade inspiratria) como forma de padronizao das fotos.

    5) Mensurao, por outro examinador devidamente treinado, do ngulo articular do quadril que represente o grau de encurtamento muscular do msculo iliopsoas por meio do teste de Thomas (24). Para a realizao deste, foi utilizado um gonimetro universal de plstico da marca CARCI que foi alinhado nos seguintes acidentes sseos: eixo do gonimetro foi colocado no trocanter maior do fmur, o brao fi xo ao longo da linha mdia lateral do fmur na direo do epicndilo lateral e o brao mvel acompanhando a face lateral da difi se do fmur (2, 24). Foi utilizada uma fi ta adesiva ao longo da linha mdia lateral do fmur at o epicndilo lateral, para melhor alinha-mento goniomtrico, e foram realizadas trs mensuraes para maior confi abilidade da medida, sendo retirada a mdia entre elas (24). Esta a varivel dependente. Antes da mensurao, foi realizada uma trao sacral pelo examinador, como forma de estabilizao da coluna lombar e melhor anlise do grau de encurtamento muscular.

    6) Realizao de quatro verses do alongamento baseados no teste de Thomas extenso da arti-culao coxofemural , que a varivel independente (2). Os alongamentos foram dispostos em sequncia mediante sorteio: decbito dorsal (DD), semifl exo de joelhos (SF), decbito ventral (DV) e decbito lateral (DL). O posicionamento e o movimento so descritos a seguir (Figura 1).

    a) Indivduo em decbito dorsal, na extremidade da maca, examinador fl exiona ambos os joelhos em direo ao trax. O membro que est sendo testado colocado para baixo enquanto que o examinador, com a mo no joelho, mantm o quadril e o joelho do outro membro em fl exo mxima junto ao trax. O examinador empurra o joelho do membro testado para baixo para a realizao do alongamento dos fl exores de quadril (27, 28).

    b) Indivduo com um dos joelhos no cho em extenso da articulao coxofemural, posicionando o membro inferior o mais longe possvel do corpo. O outro p ser mantido no cho. O indi-vduo realiza uma fl exo de tronco buscando maior extenso da articulao coxofemural e consequente alongamento dos fl exores de quadril (27, 29).

    c) Indivduo em decbito ventral, examinador realiza extenso da articulao coxofemural com uma mo em joelho. Aplica-se uma presso fi rme, com a outra mo, ao nvel da regio poste-rior do ilaco, estabilizando a pelve. O joelho do indivduo deve ser mantido em 90 de fl exo, inibindo uma insufi cincia passiva do reto femural (7).

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    d) Indivduo em decbito lateral para o lado contralateral ao msculo que ser alongado. O examinador realiza extenso da articulao coxofemural com uma mo nos joelhos e antebrao na perna. A outra mo aplica uma presso fi rme, estabilizando, assim, a pelve ao nvel da regio posterior do ilaco (7). Imediatamente aps a realizao do alongamento foi obtida uma nova mensurao do ngulo articular do quadril por meio do teste de Thomas, para posterior anlise estatstica, sendo realizado da mesma forma e pelo mesmo examinador da primeira coleta (24). A alterao de comprimento do msculo iliopsoas foi a varivel dependente.

    A B

    C D

    7) Marcao dos mesmos pontos anatmicos citados na etapa 3.8) Tomada de uma nova fotografi a na mesma posio. A alterao no alinhamento plvico no plano

    sagital tambm foi varivel dependente deste estudo.

    Os alunos foram distribudos entre quatro grupos, de acordo com a ordem de chegada (apario), ou seja, o primeiro aluno no grupo DD, o segundo aluno no grupo SF, o terceiro aluno no grupo DV, o quarto aluno no grupo DL, e assim sucessivamente. O alongamento foi realizado apenas uma vez e mantido durante um minuto de forma sustentada (esttica) (28). A intensidade do alongamento foi aquela na qual o paciente conseguia suportar a mialgia inerente em qualquer alongamento.

    As variveis dependentes deste estudo foram a amplitude de movimento da articulao do quadril, observada com o ganho de comprimento muscular do msculo iliopsoas, e o alinhamento plvico esquerdo (anteverso, retroverso e neutro). As variveis independentes foram as posies para o alongamento (DD, SF, DV, DL). Foi utilizado o software BioEstat 4.0 para validao e correlao dos dados. A anlise dos dados foi realizada por outro profi ssional sem qualquer relao com a coleta dos dados.

    Para anlise das variveis dependentes foram calculadas a medida de tendncia central (mdia arit-mtica) e a medida de disperso (desvio padro).

    Para anlise pareada das posies para o alongamento (DD, SF, DV, DL) foi utilizado o teste Wilcoxon. Foi realizada uma correo do valor alfa, sendo considerada signifi cncia com erro de 0,01 para todos os testes.

    Figura 1 - Posies para alongamento: A = decbito dorsal; B = semi-fl exo de joelhos. C = decbito ventral; D = decbito lateral esquerdo

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    Resultados

    Compareceram ao local da pesquisa 41 estudantes, porm um indivduo no participou por no apre-sentar encurtamento do msculo iliopsoas. Quarenta estudantes participaram do estudo e foram distribudos nos quatro grupos, sendo cada grupo composto por dez indivduos. A mdia da idade foi de 22 1,7 anos. A maioria dos participantes era do sexo feminino (77,5%). Trinta estudantes (75%) relataram j ter apresentado algum episdio de dor lombar em alguma fase da vida.

    A mdia da amplitude articular antes do alongamento no posicionamento decbito dorsal foi de 2,66 1,98. Aps a realizao do alongamento foi observada uma mdia de 1,79 1,44 neste posiciona-mento (Tabela 1).

    Tabela 1 - Anlise da amplitude articular no posicionamento decbito dorsal *p = 0,0077

    IndivduoAmplitude antes do alongamento

    Amplitude aps o alongamento

    Ganho de amplitude articular

    1 1 0.16 0.84

    5 0.33 0.16 0.17

    9 3 2.33 0.67

    13 1 0.83 0.17

    17 2.66 0.66 2

    21 3.66 3 0.66

    25 5.33 3.66 1.67

    29 2.33 2.33 0

    33 1 0.83 0.17

    37 6.33 4 2.33

    Tabela 2 - Anlise da amplitude articular no posicionamento semifl exo de joelhos *p = 0,0077

    IndivduoAmplitude antes do alongamento

    Amplitude aps o alongamento

    Ganho de amplitude articular

    2 5 2.66 2.34

    6 3 0.66 2.34

    10 0.33 0.16 0.17

    14 1.66 0.83 0.83

    No posicionamento semifl exo de joelhos, foi encontrada uma mdia da amplitude articular antes do alongamento de 2,49 1,27 e, aps o alongamento, de 1,49 0,96 (Tabela 2).

    (Continua)

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    A mdia da amplitude articular foi de 2,68 1,31 antes da realizao do alongamento na posio decbito ventral. Depois do alongamento, foi encontrada uma mdia de 1,83 1,22 (Tabela 3).

    Tabela 3 - Anlise da amplitude articular no posicionamento decbito ventral *p = 0,0117

    IndivduoAmplitude antes do alongamento

    Amplitude aps o alongamento

    Ganho de amplitude articular

    3 4 3 1

    7 2.83 2.83 0

    11 2.66 2 0.66

    15 3 1 2

    19 3 1.66 1.34

    23 0.66 0.33 0.33

    27 2.33 2.33 0

    31 0.66 0.33 0.33

    35 2.66 0.83 1.83

    39 5 4 1

    Tabela 2 - Anlise da amplitude articular no posicionamento semifl exo de joelhos *p = 0,0077

    IndivduoAmplitude antes do alongamento

    Amplitude aps o alongamento

    Ganho de amplitude articular

    18 2.66 1 1.66

    22 2 1.66 0.34

    26 2.66 1.33 1.33

    30 1.33 1 0.33

    34 3 3 0

    38 3.33 2.66 0.67

    No posicionamento decbito lateral esquerdo, foi encontrada uma mdia da amplitude articular de 2,94 3,13 antes do alongamento e, aps sua realizao, uma mdia de 1,59 2,01 (Tabela 4).

    Em relao ao alinhamento plvico no plano sagital, 55% dos indivduos apresentaram retroverso da hemipelve esquerda, no sendo encontrada qualquer pelve neutra antes do alongamento. Houve tendn-cia retroverso e neutralizao aps realizao do alongamento em todos os grupos. Trs indivduos no seguiram este padro de alinhamento, sendo observadas as seguintes alteraes: dois indivduos aumentaram a anteverso (posicionamentos decbito dorsal e decbito ventral) e um manteve o mesmo alinhamento plvico aps a realizao do alongamento (posicionamento decbito lateral esquerdo).

    (Concluso)

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    Discusso Os alongamentos realizados nos posicionamentos decbito dorsal, semifl exo de joelhos e decbito

    lateral mostraram ganhos estatisticamente signifi cantes na fl exibilidade muscular dos indivduos. O alongamento no posicionamento decbito ventral tambm mostrou ganho de fl exibilidade muscular, porm seu resultado no foi estatisticamente signifi cante.

    consenso na literatura que o msculo iliopsoas o fl exor primrio da articulao do quadril (8, 30-32), porm possui outras funes bastante discutidas. Alguns autores consideram-no rotador externo, outros interno; ltero-fl exor da coluna para lado ipsilateral ou contralateral, lordosante ou cifosante lombar. Um estudo eletromiogrfi co demonstrou atividade muscular do iliopsoas em todas essas funes contraditrias (6). Por este motivo, foi adotada apenas a extenso do quadril como movimento realizado para alongamento em todos os posicionamentos. O joelho era mantido a 90, evitando insufi cincia passiva do reto femural, potencializando o alongamento do tendo do iliopsoas (7).

    Em relao aos diversos posicionamentos para alongamento do msculo iliopsoas, a posio mais citada foi decbito dorsal (27, 28), seguida dos posicionamentos semifl exo de joelhos (27, 29) e decbito ventral (7). Apesar de no terem sido encontrados na literatura pesquisada estudos relacionados com o indi-vduo em decbito lateral, neste estudo foi demonstrado, como efeito imediato do alongamento, o ganho de fl exibilidade muscular neste posicionamento. Optou-se pela utilizao deste posicionamento na tentativa de isolar a ao do msculo em relao gravidade. A linha de ao e direo da fora de gravidade so sempre verticais, e em decbito lateral atua de forma uniforme sobre todos os pontos do msculo (33).

    O posicionamento semifl exo de joelhos realizado de forma autopassiva mostrou ganhos satisfatrios na fl exibilidade muscular, corroborando com outro estudo (27). Estes autores indicaram o autoalongamento como componente de um programa de exerccios domiciliares, o que difere da opinio de outro trabalho que afi rma que o msculo iliopsoas no alongado com efi ccia quando realizado de forma autopassiva, uma vez que se contrai para ajudar na estabilizao (7). Neste presente estudo pde-se observar que possvel alongar o iliopsoas com efi ccia, mesmo durante sua ao estabilizadora na coluna lombar.

    O estudo indica tambm a posio decbito dorsal para alongamento de forma autopassiva no mesmo programa de exerccios domiciliares, confi rmando o presente estudo (27). Neste estudo, fi cou demonstrado

    Tabela 4 - Anlise da amplitude articular no posicionamento decbito lateral *p = 0,0077

    IndivduoAmplitude antes do alongamento

    Amplitude aps o alongamento

    Ganho de amplitude articular

    4 2 0.66 1.34

    8 11.5 7 4.5

    12 0.66 0.66 0

    16 1.66 0.66 1

    20 2.33 0.66 1.67

    24 0.66 0 0.66

    28 2.66 1.66 1

    32 1.66 0.66 1

    36 3.33 2 1.33

    40 3 2 1

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    Efeitos imediatos do alongamento em diferentes posicionamentos 601

    que o alongamento do msculo iliopsoas neste posicionamento produz, como efeito imediato, um ganho de fl exibilidade muscular.

    Analisando os efeitos imediatos do alongamento no posicionamento decbito ventral, foi demonstrado que existe ganho na fl exibilidade muscular, porm no foi observada signifi cncia estatstica. Um estudo relata a associao da rotao medial do quadril e inclinao lateral da coluna para o lado contralateral, extenso do quadril durante o alongamento (7). Somente a realizao da extenso da articulao do quadril sufi ciente para alongamento desta musculatura (20). Diante da divergncia cientfi ca, sugere-se a realizao de estudos mais controlados para melhor anlise dos efeitos imediatos do alongamento.

    Apesar de no ser objetivo deste estudo, foi demonstrado que o msculo iliopsoas tende a ser um msculo lordosante quando encurtado, corroborando com outros estudos (31, 34, 35).

    O presente estudo buscou determinar os efeitos imediatos do alongamento na fl exibilidade muscular por meio de uma anlise goniomtrica. Alm de aumentar a amplitude de movimento articular, o alongamento restaura e/ou mantm o comprimento e o nmero dos sarcmeros em srie, sendo de fundamental impor-tncia na hipertrofi a das fi bras musculares e na hiperplasia (15, 23). O ajuste no comprimento do sarcmero do msculo auxilia-o no desenvolvimento da tenso mxima, tornando, dessa forma, os exerccios de alonga-mento uma ferramenta teraputica frequentemente utilizada na reabilitao fsica e desportiva (13, 15, 16, 23).

    Em relao ao tempo de sustentao e frequncia do alongamento, estudos relatam que um nmero mnimo de repeties capaz de realizar alteraes na unidade msculo-tendo, aumentando a fl exibilidade dos tecidos moles (12, 19, 36). No h aumento de fl exibilidade quando a durao do alongamento aumentada de 30 a 60 segundos, ou quando a frequncia de alongamento aumentada de uma a trs vezes por dia (18, 23). Corroborando com outros estudos (13, 14, 18, 22, 23), optou-se pela realizao de apenas uma nica sesso de alon-gamento esttico e sua sustentao por um perodo de 60 segundos, sendo observada sua efi ccia nos alongamentos.

    Mesmo sendo considerada instrumento padro-ouro para avaliao musculoesqueltica (24), pelo manuseio fcil, barato e por propiciar que as medidas sejam tomadas rapidamente, a utilizao da goniometria como instrumento de coleta de dados foi uma limitao deste estudo (37). A medida de angulao articular que represente a fl exibilidade de tecidos moles pode ser infl uenciada por fatores como fscias musculares, tenso muscular, tendes, ligamentos e cpsulas, no representando apenas o encurtamento muscular (30, 38).

    Foi observado que existem poucas produes cientfi cas relacionadas ao alongamento do msculo iliopsoas, o que restringiu a discusso dos achados. Este estudo vem fornecer mais uma produo bibliogrfi ca sobre o iliopsoas, tendo um importante impacto no meio cientfi co.

    Assim como qualquer outro grupo muscular do corpo humano, o msculo iliopsoas se comporta dentro do conceito biomecnico de alongamento. Observa-se que, nas condies em que o fmur posicionado no sen-tido oposto ao muscular, o alongamento mais efetivo no que diz respeito distncia entre as inseres (20).

    Concluso

    Neste protocolo realizado, observou-se, como efeito imediato do alongamento na fl exibilidade do msculo iliopsoas, um ganho na fl exibilidade muscular nos posicionamentos decbito dorsal, semifl exo de joelhos e decbito lateral. O msculo iliopsoas pode ser alongado nestes posicionamentos por meio da exten-so da articulao coxofemural em uma nica sesso de alongamento esttico sustentado por 60 segundos. Observou-se, tambm, tendncia retroverso e neutralizao da pelve aps realizao deste tipo de alonga-mento. Os diferentes posicionamentos fornecem maior variabilidade de posies, permitindo ao fi sioterapeuta escolher qual a mais adequada para cada indivduo, facilitando a sua prxis.

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    Recebido: 04/07/2010Received: 07/04/2010

    Aprovado: 01/09/2010Approved: 09/01/2010