El encanto trashumante: Los cuentos de hadas en la t rad ic ión oral c h i a p a n e c a .

( P r imera aproximación)

Gabriel Hernández García. CESMECA

U N R E L A T O

Cuando a n u n c i a r o n la part ic ipac ión de d o n Seve r ino , o r i g i ­nar io de la costa c h i c a de G u e r r e r o , d e s c e n d i e n t e de an t i guos pobladores a f r i c anos , se levantó un s i n g u l a r r u m o r en la c o n c u ­rrencia reun ida para e s cucha r la narración de c u e n t o s . D o n Sever ino, un h o m b r e de unos sesenta años, a l t o , d e sga rbado , mu la to y c ampes ino , tomó e l micrófono c o n m u c h a s egu r i dad y empezó su narración:

"Había una vez u n niño q u e encontró unos f r i j o l e s y los sembró cerca de la pue r t a de su casa . D e la n o c h e a la mañana los f r i jo les c r e c i e r o n y la p u n t a de la m a t a se perdía a l lá a r r i b a , en las nubes. El niño v iv ía c o n su a b u e l i t a y e r an m u y p o b r e s . La abuel i ta le d i j o que sub ie ra a c o r t a r los f r i j o l e s , p o r q u e n o tenían nada que comer . Le d i o u n a o l l a de b a r r o , n u e v a , pa ra q u e al l í los echara. El niño obedeció p e r o c u a n d o llegó a r r i b a se encontró con un enano y un g i gan t e . El g i g a n t e comía so lo c a rne h u m a n a y el enan i l lo era un rey m u y m a l o , q u e c u a n d o v i o al niño lo retó para ver qu ien tenía m e j o r m a g i a . El niño huyó espan tado y le contó a su abue l i t a lo que había p a s a d o ; en tonces e l l a le d i j o q u e debía enfrentar al enano y al g i g a n t e , si los venc ía , si los m a t a b a , ellos ya iban a v i v i r b i e n , s in p o b r e z a s . Los tenía q u e m a t a r p o r

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f ue rza , porque entre los dos m a l v a d o s hab ían m a t a d o al p a d r e d e l niño..."

Es fácil observar q u e en este r e l a t o , los persona jes r e c u e r ­dan a los que i n t e r v i e n e n en el c u e n t o d e Juan y Los F r i j o l e s Mágicos...hasta c i e r t o p u n t o , p o r q u e en r e a l i d a d en esta versión ya existe una p a r t i c u l a r a m a l g a m a de esos persona jes , c o n elementos prop ios de la narración o r a l de los c a m p e s i n o s de la Costa Chica de G u e r r e r o , o en t o d o caso , d e l p a r t i c u l a r e s t i l o d e don Severino.

Cuando le inquirí de dónde ven ía t o d a esa narrac ión, contestó m u y o r o n d o q u e así lo había a p r e n d i d o desde niño, porque su pad re así l o c o n t a b a , y su a b u e l o también . Agregó además que s i e m p r e lo c o n t a b a igua l p o r q u e ya l o conoc ía " de m e m o r i a " y se l o sabía "de atrás para a d e l a n t e " .

T i e m p o después refer í e l h e c h o a u n c o m p a ñ e r o antropólogo q u e había es tado po r la región de d o n d e d o n Sever ino . La plát ica m e aportó a l gunos da tos q u e m e d i e r o n c i e r t a l uz sobre la t radic ión o ra l de a q u e l l o s lares, o s u p o n g o q u e así f ue . D i j o q u e en G u e r r e r o las estadísticas de ases inados son mayores que las de a t r o p e l l a d o s . D i j o también q u e las i n v e s t i g a ­c iones de j aban ve r q u e las r evanchas y v enganzas de t i p o f a m i l i a r e ran el p r i n c i p a l m o t i v o de esos ases inatos en las c o m u n i d a d e s . U n a espec ie de r e n c i l l a p e r p e t u a . D e allí e l h e c h o de q u e el niño D E B Í A de m a t a r a los asesinos de su p a d r e , cosa que no está en el c u e n t o o r i g i n a l c o n o c i d o .

El g i gan t e es un pe r sona j e cons t an t e en los cuen tos de hadas eu ropeos , p e r o el e n a n o b r u j o , p r o b a b l e m e n t e e ra u n a r em in i s cenc i a de a q u e l l o s p o b l a d o r e s a f r i c anos c o n r espec to a las formas de organizac ión t r i b a l , d i s t r i b u i d a en reyes y b r u j o s . En f i n , esa es la a m a l g a m a de e l e m e n t o s de d iversas c u l t u r a s , en este caso e u r o p e a , a f r i c a n a y m e x i c a n a (recuérdese el d e t a l l e d e la o l l a de bar ro ) c o n la t o n a l i d a d d e l a c e n t o v e r a c r u z a n o , q u e ar ro ja la narración de d o n Seve r i no .

A pa r t i r de esta reflexión m e quedó la i n q u i e t u d de t o m a r en cuenta la comparac ión de e l e m e n t o s fantásticos, sociológicos e históricos q u e p u e d a n a p a r e c e r e n las n a r r a c i o n e s o r a l e s ch iapanecas . Tuve suerte p o r q u e n o tardó la o p o r t u n i d a d , p r e ­sentada en bande j a de p l a t a . En s e p t i e m b r e d e l 9 4 f u i n o m i n a d o

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para f o rmar par te de l j u r a d o para e l C o n c u r s o C e i b a de Pa labras que organizó el CONAFE .

El concurso contempló la part ic ipac ión de na r r ado re s o r a ­les de las d i ferentes c o m u n i d a d e s c h i a p a n e c a s , de los d i s t i n t o s entornos geográficos de l es tado de Ch i apas , esto es, A l t o s , Se lva , Va l les centrales y Costa . Era vá l ido que los c o o r d i n a d o r e s de CONAFE pud i e ran hace r t r a n s c r i p c i o n e s de los t e s t i m o n i o s y cuentos de la gente de la c o m u n i d a d q u e q u i s i e r a p a r t i c i p a r y n o supiera escr ib i r . A c e r t a d a m e n t e n o se ca l i f icó correcc ión o r t o ­gráfica, n i es t ructura a d e c u a d a en la s in tax i s y en la redacc ión (aunque t o d o esto p u e d a sonar a b a r b a r i d a d ) p e r o , va r ios de los part ic ipantes tenían p o c a instrucción esco l a r . Por eso preva lec ió el c r i t e r i o de da r l e m u c h o v a l o r de aprec iac ión a la anécdota en sí, lo que se con t a r a , c o n t e m p l a n d o c o n énfasis los aspec tos de tradición p o p u l a r , po r e j e m p l o . Los t r aba jos y a r e c i b i d o s c o m o f inal istas superaban la c a n t i d a d de c i e n t o c i n c u e n t a . H u b o dos categorías, pe ro n o se siguió ningún c r i t e r i o pa ra apa r t a r l o s p o r zonas. El c o n t e n i d o de los t r aba jos n o f u e e s e n c i a l m e n t e d i s t i n t o uno de o t ro . Ex is t ie ron t emas r e c u r r e n t e s .

A I t e r m i n a r la l e c t u r a de t odos los t r aba jos y r e f l e x i o n a r sobre la m i sma , me d i c u e n t a q u e en m u c h o s de e l los hab ían e lementos y persona jes ex i s ten tes y hasta p r e d o m i n a n t e s en los cuentos de tradición e u r o p e a , i n c l u s o c o n cercan ía a la versión narrada por d o n Seve r ino . Anoté a l gunos de esos e l e m e n t o s repet i t ivos y traté de d a r l e u n a m u y l i b r e interpretación. El resultado de esas e l u c u b r a c i o n e s hechas s in ningún método, es e l que emp leo en este ensayo , h a c i e n d o la s a l v edad (no j u s t i f i c a ­ción) de que se t ra ta s o l a m e n t e de u n p r i m e r a c e r c a m i e n t o a l t ema de investigación, e s p e r a n d o e n r i q u e c e r l o más y l og ra r en e l fu tu ro un me jo r r esu l t ado .

P R O L E G Ó M E N O S

Algunas veces oímos d e c i r q u e el fenómeno l i t e r a r i o c o m o se expresa en Chiapas , es a l g o q u e se e n c u e n t r a r e l a c i o n a d o c o n la mag i a . En e fec to , la prol i feración de esc r i to res en nues t r a en t i dad puede ser c a l i f i c a d a de p r o d i g i o s a . Es común oír b r o m a s

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referentes a esto; po r e j e m p l o : q u e ios poetas en Ch i apas están hasta debajo de las p i ed ras . O que el q u e no es p o e t a , es h i j o de poeta. O que t o d o el m u n d o es p o e t a hasta q u e n o d e m u e s t r e l o contrar io . Agradab le l i s on j a c o m o es, l l e v a también implíc i to el pel igro de fomentar la v a n i d a d en a q u e l l o s q u e e s c r i b i m o s . A h o r a b ien , es casi seguro q u e este f o m e n t o en el e j e r c i c i o de e s c r i b i r , tenga su or igen en la prol i feración de l gus to p o r c o n t a r , gus to q u e existe en los p o b l a d o r e s d e l es tado , qu i enes a su vez se n u t r e n de la r iqueza de las t r a d i c i o n e s p o p u l a r e s .

La fuerza de la p a l a b r a h a b l a d a , d a n d o o r i g e n a la e x i s t e n ­cia de seres y cosas, apa r e ce r e f l e j ada en todas las g randes culturas. Quizás el e j e m p l o más c o n o c i d o sea el de la B i b l i a , desde las p r i m e r a s l íneas d e l Génes is . N o hay q u e o l v i d a r s in embargo, que la l i t e r a t u r a o r a l t i e n e c o m o e senc i a el v i e n t o . Su natura leza es c o m o u n s u s p i r o . V i v e s i e m p r e en cons t an t e f u g a . Es efímera, c o n v i sos de e c o . En el e x t r e m o t o t a l m e n t e c o n t r a r i o está la pa l ab ra e sc r i t a , c o n u n a n a t u r a l e z a d i s t i n t a . La l i t e r a t u r a escr i ta a t r apa , e s c l a v i z a , r e t i ene a la p a l a b r a , la f i j a . Qu izás , d o l o r o s a m e n t e , la e n c a r c e l a , le r o b a c i e r t a par te de su v a r i a b i ­l i dad y r i queza , le c o r t a la l i b e r t a d q u e ésta t i e n e c u a n d o posee alas y va de b o c a a oídos. Sin e m b a r g o , ese s a c r i f i c i o se ve r e c o m p e n s a d o c o n c reces pues la e s c r i t u r a c o n c e d e a la p a l a b r a el d o n de la i n m o r t a l i d a d , en a lgunas ocas iones .

S i endo de n a t u r a l e z a t a n d i f e r e n t e estas dos d i s c i p l i n a s d e l e j e r c i c i o de la p a l a b r a , l o c i e r t o es q u e están ínt imamente re lac ionadas y , en su r e s p e c t i v o m o m e n t o , se a l t e r an y r e c t i f i ­c an , se i m b r i c a n , se t r a n s f o r m a n ; se u n e n y sepa ran pa ra segu i r otros der ro te ros y c r ea r nuevas d i m e n s i o n e s .

En todas las g randes c u l t u r a s se ha p res t ado g r a n atenc ión a los narradores o ra les , pues en su m e m o r i a descansaba la base de los m i tos , t r a d i c i o n e s y l eyendas q u e g e n e r a b a n las raíces de los pueb los , las r e f e renc i a s a la h i s t o r i a . En estos t i e m p o s q u e co r r en , parece ser que el o f i c i o de na r ra r o r a l m e n t e , se v a pe rd i endo y q u e d a d i v a g a d o . Es un o f i c i o q u e t a l vez no t e n g a bene f i c io y por eso se le v e a po r e n c i m a d e l h o m b r o . I n f l u y e en este fenómeno la irrupción f u e r t e , y p a r e c i e r a i r r e f r e n a b l e , de los elementos tecnológicos de la comun i cac ión . A l g u n a s t r a d i c i o n e s

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desaparecen. Los e l emen tos que las c o n f o r m a n se o l v i d a n . M u e r e n enterradas en el m i s m o ataúd q u e la m e m o r i a de los v ie jos . No hay interés en los jóvenes po r c o n v e r t i r s e en re l evos y, peor aún, t a m p o c o ex is te el interés p o r q u e esos va l o r e s p reva lezcan . S igno de los t i e m p o s . La g o t a de l o l v i d o desgasta la dureza de la p i e d r a t r a d i c i o n a l . Y m u c h a gente n o lo v e . Los v ie jos no son escuchados . Sus h i s to r i a s t i e n e n cada vez m a y o r d i f i c u l t a d en p reva l e ce r . Pero si hay a l g u n a v e r d a d a b s o l u t a , esa es la r e l a c i onada al c a m b i o . T o d o f l u y e . Se t r a n s f o r m a . Los relatos p roven ien tes de los d i s t i n tos lados de Ch iapas d a n idea de que t an to e x p e r i e n c i a c o m o imaginac ión , t i e n e n la v i r t u d a l a d a de M e r c u r i o y se h a n m o v i l i z a d o , a b a r c a n d o c a m p o s m u y extensos en cuestión de t e r r i t o r i o . S i tuac ión d e t e r m i n a n t e en t o d a esta interrelación j u e g a n las g randes m i g r a c i o n e s q u e han t e n i d o parte en nuest ro país, y en p a r t i c u l a r en nues t ro es t ado .

Cada u n o de noso t ros somos una pa r t e y un t o d o de nues t ro en to rno c u l t u r a l . La s o c i e d a d c o m p l e t a g e n e r a u n a i d e n t i d a d , u n pun to sub j e t i vo en el q u e y o i n d i v i d u o m e r e c o n o z c o c o m o per tenec ien te a este o a a q u e l g r u p o . D e t e r m i n a n t e es pensar , e n este p u n t o , en la s e c u e n c i a histórica de a v a s a l l a m i e n t o y c o n ­qu is ta , desde a q u e l l a q u e c o n t r a o t ros p u e b l o s i m p u s i e r o n los aztecas hasta a q u e l l a o t r a en la q u e f u e r o n so juzgados y cómo se t iene un co l apso en el c h o q u e c o n la c u l t u r a hispánica para q u e , de esa interrelación, sur ja a l g o n u e v o y aún n o t a n b i e n d e f i n i d o c o m o lo es la i d e n t i d a d d e l m e x i c a n o . En e f e c to , p r e v a l e c e n tantas y diversas f o rmas de c o s t u m b r e s , t r a d i c i o n e s y l e yendas en nuestro país q u e t r a z a n d i f i c u l t a d pa ra d e f i n i r c o n precisión l a ident idad m e x i c a n a . ¿Acaso la respuesta sería en tonces q u e e l signo p r i n c i p a l de l m e x i c a n o sea e l de la d i ve r s idad? E l u c u b r o .

El escr i tor inglés D a n i e l D e f o e , en su e x t r a o r d i n a r i o l i b r o Robinson Crusoe, p o n e de m a n i f i e s t o u n pe r sona je , R o b i n s o n , el único en buena par te de la n o v e l a , q u e representa ren la práct ica todo el saber de la h u m a n i d a d . C o n lo p o c o s e r v i b l e q u e l og ra rescatar de un n a u f r a g i o , va l iéndose de su i n t e l i g e n c i a y c o n o c i ­m ien to , de su f o r t a l e z a , l og r a s o b r e v i v i r en u n a isla des i e r t a const ruyendo una sólida c a b a n a y t r a t a n d o de r e p r o d u c i r g r a n parte de cosas c o m o él las había a s i m i l a d o de la c i u d a d . C rusoe

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es , allí solo, la h u m a n i d a d en te ra . Pero c u a n d o a p a r e c e e l persona je Viernes, q u e es u n n a t i v o " sa l va j e " , C rusoe pasa a convert i rse en el representante d e l c o n q u i s t a d o r y t r a t a de enseñar a Viernes t o d a su s a p i e n c i a . S in e m b a r g o , es i m p o r t a n t e señalar también que este c o n q u i s t a d o . V i e r n e s , a p o r t a su p r o p i o conoc im ien to , a s i m i l a d o d e n t r o d e l q u e f u e r a su p r o p i o g r u p o soc ia l . En esa interrelación surge , a f ue rzas , e l v i s l u m b r a m i e n t o de cosas nuevas. N o sólo s imból icamente, s i n o de h e c h o , ha hab ido mutua i n f l u e n c i a en t re dos cu l t u r a s d i f e r e n t e s .

Por siglos, la h i s t o r i a de la h u m a n i d a d reg i s t ra una s e cue l a de nomadismo. C o n e l t r a s c e n d e n t a l paso de la a g r i c u l t u r a el hombre se v u e l v e s e d e n t a r i o , en p a r t e . O t r o s s i guen s i e n d o nómadas y e n d o s i e m p r e en u n éxodo c o n s t a n t e , tras u n a e x p e c ­tativa latente q u e e n c i e r r a la e spe r anza de a lgún día e n c o n t r a r una v ida m e j o r . En g e n e r a l s i e m p r e hay c h o q u e s en t re los q u e están y los q u e l l e g a n , t a n t o físicos c o m o psicológicos. Pero los que l l egan y se q u e d a n , p o c o a p o c o se v a n r e l a c i o n a n d o c o n los que ya es taban . Así v a n s a l i e n d o a f l o t e las c r eenc i a s y c o s t u m ­bres de cada g r u p o , las e x p e r i e n c i a s a l e c c i o n a d o r a s en c u e s t i o ­nes de s u p e r v i v e n c i a : cosechas , c i c l o s astronómicos, d o m i n i o de la l l u v i a , secretos m e d i c i n a l e s de las p l an t a s , a l i m e n t o s , f o r m a s de construcción de v i v i e n d a s y u t e n s i l i o s , c o n j u r o s pa ra e v i t a r los m a l o s espíritus, o r a c i o n e s d e b i e n a v e n t u r a n z a , r i t o s . . . intercambiarán, pues , la v i d a . La ¡nterrelación se r e a l i z a a d i fe rentes n i v e l e s : de h o m b r e s a h o m b r e s , de m u j e r e s a m u j e r e s . Los niños deambularán po r al l í , e s c u c h a n d o s u b r e p t i c i a m e n t e las pláticas de los m a y o r e s . A l g o de e l l o se fijará pa ra s i e m p r e en su memor i a . Los ado l escen tes se p r e p a r a n para en f r en t a r mayo re s responsabi l idades a l un i r se c o n la p a r e j a , y serán a l e c c i o n a d o s po r los abue los , a los q u e se les g u a r d a g r a n respeto y d e f e r e n c i a , otorgándoseles e l d o n de la sabiduría.

El h o m b r e en g e n e r a l s i e m p r e está a la búsqueda d e l utópico paraíso p e r d i d o , o po r l o m e n o s , en c o n v e r t i r e n a l g o s imi lar el s i t i o d o n d e le tocó v i v i r .

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D E S C R I P C I Ó N

He m e n c i o n a d o que en los t r a b a j o s e n v i a d o s a l c o n c u r s o Ceiba de Palabras, h u b o m u c h a s i m i l i t u d en c u a n t o a c o n t e n i d o s y personajes. Las d i f e r enc i a s f u e r o n n o t o r i a s en la f o r m a c o m o ese con t en ido fue a b o r d a d o . Al l í jugó u n p a p e l i m p o r t a n t e e l en torno geográfico, c l imát ico q u e , es e v i d e n t e , i n f l u y e en e l carácter de los hab i t an tes .

A lgunos de los t r aba jos r e m i t i d o s de la par te de los A l t o s , fueron const ru idos a p a r t i r de la época c o l o n i a l . A b u n d a r o n los espantos, insta lados en las casas c o m u n e s y c o r r i e n t e s . Las ánimas se d i v i e r t e n casi s i e m p r e en h o r a r i o s n o c t u r n o s , h a c i e n d o ruidos extraños en las pa redes , en los t e j ados y hasta d e b a j o de la cama. Por estos lares, la l l o r o n a es de p resenc i a i m p r e s c i n d i ­b le a la hora de la sob remesa y a veces n o v i e n e so la , le v i e n e n p isando los ta lones el C a d e j o o la C o c h a s in f r e n o . La menc ión de esos entes-personajes se p u e d e d e c i r q u e es de m u c h a i n f l u e n c i a española, pe ro l l e v a n de p o r m e d i o u n a dos is a d i c i o n a l de m i e d o . Son entes que q u i e r e n " gana r " el a l m a de a q u e l l o s a qu i enes se aparecen . Su p resenc i a n o d e j a de i m p l i c a r m u e r t e . O está el caso de La Tentac ión: u n a b e l l a m u j e r q u e d e a m b u l a p o r los caminos so l i ta r ios y e n c a n t a a los v i a j e r o s , ori l lándolos a los ríos en donde muestra su v e r d a d e r o ros t ro , q u e es s i m i l a r al de u n a yegua .

De la parte de Comitán y reg iones a ledañas f u e r o n e n v i a ­dos algunos cuentos c o n ese c o n t e n i d o , p e r o si u n o a c u d e a esa c i u d a d , escuchará que sus hab i t an t e s t i e n e n u n espec ia l h u m o r , hasta sarcástico. Re f ie ren anécdotas , rea les y ya r ee l abo radas por la narración o r a l , de pe r sona jes f amosos de l p u e b l o . Los comi tecos t i enen f ama de t e n e r m u c h a af ic ión po r las ca rnes frías, a tomar buen t r a g o , q u e e l l os e l a b o r a n , el f a m o s o c o m i t e c o y el i ngen io su f i c i en te para p o n e r exce l en tes a p o d o s . Son de t endenc i a humorística, no t a n s o l e m n e c o m o en San Cristóbal p o r e j emp lo .

¡Ah! , pero si hab l amos de la cos ta , d i r e m o s q u e a sus habi tantes les gana su na tu r a l j o l g o r i o , la ce lebrac ión y la r i sa . I n f luye , por supuesto, la e x u b e r a n c i a d e l t rópico, e l c a l o r , e l

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gusto por las ac t i v idades al a i r e l i b r e , c o m o la pesca , la g a n a d e ­ría.

Es e x t r a o r d i n a r i o el caso de l p u e b l o de Maza tán , a d o c e kilómetros de la c i u d a d de T a p a c h u la . Los m a z a t e c o s t i e n e n u n a inclinación natura l po r la b r o m a y e l c h a s c a r r i l l o . Son t ímidos cuando se les c o n o c e po r p r i m e r a v e z , p e r o en el m o m e n t o e n que toman c o n f i a n z a sacan a r e l u c i r , en la plát ica, anécdotas humorísticas de los persona jes n o t a n f amosos d e l p u e b l o , s i no comunes, y c u y a f a m a se correrá a p a r t i r de la d ivu lgac ión de la anécdota, c i en veces r e p e t i d a , c i e n veces c o r r e g i d a y a u m e n t a ­da. Les gana u n a exagerac ión n a t u r a l . N o respe tan a v i v o s n i a muertos, a u n q u e f o r m e n pa r t e de la f a m i l i a . La r i d i c u l e z , l o carnava lesco, la i r r e v e r e n c i a , están a la o r d e n d e l día. Y también el i ngen io , el gus to p o r c o n t a r . Los m a z a t e c o s e n su mayor ía t ienen una n a t u r a l g r a c i a y d e s p a r p a j o pa ra c o n t a r anécdotas. A veces e l los son los héroes p r i n c i p a l e s , es d e c i r , los q u e c u e n t a n . Se r i d i c u l i z a n , son f i n a l m e n t e anti-héroes, h a c e n de t o n t o , p e r o t o d o eso resguarda u n a f i n a ironía. Las anécdotas se v an h a c i e n ­do famosas y son con t adas en lugares c o n c u r r i d o s , c o m o el b i l l a r , la peluquería, el c a m p o de fútbol, y po r supues to las c a n t i n a s , último re fug io en d o n d e p r e v a l e c e el gus to po r c o n t a r y c o m p a r ­t i r .

En el c o n c u r s o , la f o r m a de l t o n o en cómo se abordó e l c o n t e n i d o de la narración t u v o m u c h o que ver en la e s t r u c t u r a d e a lgunos de los t r aba jos e n v i a d o s . La r e f e r e n c i a a hechos rea les , de i m p a c t o t o t a l en la c o m u n i d a d , p o r q u e afectó la v i d a de t o d o s , apareció c o n f r e c u e n c i a , c o n dos hechos m u y c o n c r e t o s :

U n o de e l los e l fenómeno o c u r r i d o en los años o c h e n t a , q u e fue la erupción d e l vo l cán C h i c h o n a l . D i c h o suceso ocurr ió el 2 8 de ma rzo de 1 9 8 2 . Los re la tos r e f l e j a n este suceso y d a n idea d e la desesperación e i m p o t e n c i a f r en t e a a l g o q u e n o p u e d e ser c o n t r o l a d o por el b u e n deseo y la b u e n a v o l u n t a d d e l h o m b r e . La angust ia por la l l u v i a de c e n i z a , la o s c u r i d a d , la z o z o b r a , eso está en los re la tos . Y de esa t r a g e d i a se d e r i v a un éxodo, la búsqueda de la t r a n q u i l i d a d en o t r a p a r t e , el i n i c i o de la interrelación c o n los s i t ios a d o n d e se l l e g u e .

O t r o fenómeno q u e ocas ionó éxodo, a u n q u e n o fue p r o v o ­cado por la n a t u r a l e z a s ino po r la decis ión de l g o b i e r n o p a r a

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l levar progreso , fue la construcción de la presa de La A n g o s t u r a . En e fec to , muchas c o m u n i d a d e s d e b i e r o n de m o v i l i z a r s e de sus lugares de o r i g e n , pues de l o c o n t r a r i o quedar ían s u m e r g i d a s . Tales sucesos f ue ron c o n t a d o s po r jóvenes y son hechos q u e recordarán c o n v i v e z a ya de v i e j o s . N o d u d e m o s q u e hay q u e su p rop ia imaginación v aya a g r e g a n d o a los re la tos rasgos y d e t a ­lles que no c o n f o r m a r o n los hechos rea les , ¿pero qué i m p o r t a si hab lamos de un fenómeno de c reac ión l i terar ia? N o d e b e m o s o l v ida r que la " r i g u r o s i d a d " de la h i s t o r i a atañe a los h i s t o r i a d o ­res. Y si ent ramos ya en la conf iguración d e l c a m p o de la fantasía hay que c i ta r que m u c h o s t r aba jos a l u d i e r o n a la evocac ión d e l Paraíso Pe rd ido . La descr ipc ión de u n Edén en m e d i o de la se l va en donde los an ima l e s podían h a b l a r y c o m u n i c a r s e l i b r e m e n t e . El h o m b r e relacionándose c o n los a n i m a l e s apa rece en la e s t ruc ­tu ra de l Poema de C i l g a m e s h . Enkidú, e l pe r sona j e que es a m i g o del rey U r u k , v iv ía en es tado sa lva je en e l b o s q u e . Las f ieras le obedecían y él compart ía j uegos c o n e l l o s . A l o m e j o r esta ce rcana c o n v i v e n c i a le d a b a c ier tas c u a l i d a d e s p rop i a s de los an ima les , c o m o la f u e r z a y el i n s t i n t o . Los a n i m a l e s también hab l an en el l i b r o de El R a m a y a n a y además sus g r u p o s están o rgan izados en r e i nos .

La mitología g r i e g a está p l a g a d a de re fe renc i as en d o n d e los dioses, para c o n s e g u i r sus propósitos c o n los m o r t a l e s , se t r ans fo rmaban en a n i m a l e s . Zeus , pa ra r ap ta r a la d o n c e l l a Europa, se convirt ió en un h e r m o s o t o r o de c o l o r b l a n c o . Y pa ra seducir a Leda, se convir t ió en u n b e l l o c i sne q u e e l l a m i m a b a j u n t o a su ebúrneo seno . En las r e f e renc i a s gr iegas también se toma en cuenta la re lac ión sexua l de h u m a n o s y a n i m a l e s . El caso del M i n o t a u r o , h i j o de Pasifae q u e conv iv ió c o n f e roz t o r o . Luego su padrast ro M i n o s lo e n c i e r r a en el f a m o s o l a b e r i n t o de Creta a donde acudirá Teseo para m a t a r l o , a y u d a d o po r A r i a d n a . La conv i v enc i a c e r c a n a en t r e h o m b r e s y a n i m a l e s también ha generado m i tos . Ta l e l caso de los c e n t a u r o s . En r e a l i d a d estos eran excelentes j i ne tes q u e p o b l a r o n c i e r t a región c e r c a n a a Macedon ia . Su d o m i n i o c o n la c a b a l g a d u r a e ra t a l q u e se les d i o una connotación de ser u n o so lo . Esta c a p a c i d a d de m e t a m o r f o s i s se t raduce en las cu l tu ras indígenas de Amér ica La t i na , e n e l

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n a h u a l i s m o . Las leyendas y cuen tos p o p u l a r e s están l l enos de s i tuac iones en que la gen te se t r a n s f o r m a en a n i m a l p o r u n d o n especia l o to rgado po r e l c o n o c i m i e n t o de f ue rzas o c u l t a s . Se relata la ex is tenc ia de b r u j o s b u e n o s y m a l o s , p r a c t i c a n t e s de magias de d is t intos c o l o r e s , que v an desde la b l a n c a , p a s a n d o por la verde, la ro ja y c u l m i n a r en la n e g r a , e n el más v a s to c u l t o al ma l . En muchas c o m u n i d a d e s indígenas d e l es tado de Ch i apas permanece la tradición de l n a h u a l i s m o . Cada u n a t i e n e u n an ima l que lo i d e n t i f i c a c o n sus p rop i a s característ icas y apa r te cada uno de los i n t eg ran tes de la a l d e a t i e n e su n a h u a l p a r t i c u ­lar; a veces apa rece en su a p e l l i d o . Pero pa ra q u e u n a p e r s o n a común se p u e d a c o n v e r t i r en a n i m a l sólo hay dos v ías : p o r q u e e l don se lo o t o r g u e u n b r u j o , o p o r q u e sea un b r u j o . Se puede l l ega r a tener un o b j e t o mág ico q u e o t o r g u e esta p o s i b i l i d a d . Lo c i e r t o es que el pe r sona je d e l b r u j o c o b r a u n a i m p o r t a n c i a f u n d a m e n t a l den t ro d e l m u n d o i m a g i n a t i v o de Ch i apas . Los b r u j o s h a c e n invocac ión a las fue rzas b l ancas y o cu l t a s y a los e l e m e n t o s a i r e , t i e r r a , agua y f u e g o , c o m o Herác l i to . La gen te t o m a a los b r u j o s c o m o seres s u p e r d o t a d o s . Los c o n s u l t a pa ra cosas d i ve r sas : pa ra q u e los cure de e n f e r m e d a d e s c o m u n e s , o pa ra q u e les v e a su p o r v e n i r en las es t re l l as , en el f u e g o de las ve l as , en las c e n i z a s , en la p a l m a de la m a n o , e n los vasos de agua . Los b r u j o s t i e n e n la c a p a c i d a d de e m i t i r buenos y ma lo s a u g u r i o s , b e n d i c i o n e s y m a l d i c i o n e s . O t r o t e m a r e c u r r e n t e de la n a r r a c i ó n o r a l c h i a p a n e c a es t o d o a q u e l l o r e l a c i o n a d o c o n e l c u l t o a la m u e r t e . M u c h o s t r a b a j o s ten ían c o m o f u n d a m e n t o e l h e c h o de q u e a lgún espíritu en p e n a v u e l v e de l más al lá para c o b r a r v e n g a n z a , despedirse de los f a m i l i a r e s y e n c o m e n d a r l e s q u e c u i d e n p o r todos los m i e m b r o s de la f a m i l i a o pa ra r e ve l a r el sec re to de q u e en algún lugar , en esta o ta l situación está e n t e r r a d a g r a n c a n t i d a d de d i n e r o q u e los v i vos podrán d i s f r u t a r , s i e m p r e y c u a n d o le m a n d e n a d e c i r misas y n o v e n a r i o s , lo v i s i t en en e l c e m e n t e r i o , le q u e m e n ve l as e i n c i e n s o y le p i d a n a D i o s , p e r o de corazón, por el e t e r n o descanso de su a l m a . Según la estructura de La C o m e d i a de D a n t e , t i e n e n esta p o s i b i l i d a d aquel los espíritus q u e han q u e d a d o d e t e n i d o s en El P u r g a t o r i o . Así lo h i c i e r o n var ios c o n d e n a d o s c u a n d o e l p o e t a pasó, a c o m ­pañado de V i r g i l i o , po r a q u e l s i t i o .

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La apar ic ión de a lmas en pena q u e l egan f o r tunas d a u n c a m b i o e n la v i d a de qu ienes l o r e c i b e n y se e x a l t a q u e el d e s t i n o c a m b i a f e l i z m e n t e si se t i ene d i n e r o .

O t r o s e l ementos i m p o r t a n t e s de t e c t ados en la n a r r a t i v a o r a l c h i a p a n e c a están r e l a c i onados a e l e m e n t o s de d o m i n i o p o p u l a r d e los pueb lo s europeos . D i c h o s e l e m e n t o s se h a n d i s p e r s a d o c o n m a y o r a m p l i t u d a lo l a rgo d e l t e r r i t o r i o n o sólo n a c i o n a l s i n o l a t i n o a m e r i c a n o . Es p r o b a b l e q u e los vehícu los p r i n c i p a l e s pa ra la difusión de d i chos e l e m e n t o s se r e m o n t e a la l l egada de los c o n q u i s t a d o r e s españoles; en las personas de e l l os m i s m o s , de sus descend ien tes , y de los i n teg ran tes de las d i f e r en tes órdenes re l ig iosas en su función de e d u c a d o r e s . N o hay q u e o l v i d a r q u e los españoles habían t e n i d o la i n f l u e n c i a de tos árabes p o r o c h o largos s ig los , qu ienes a su vez hab ían t e n i d o la i n f l u e n c i a de c u l t u r a s más ant iguas c o m o las de Asir ía y B a b i l o n i a . En e l caso d e Ch iapas , las m i g r a c i o n e s de a l e m a n e s , c h i n o s y j aponeses p r i n c i p a l m e n t e han t e n i d o r egu l a r i m p o r t a n c i a en la ¡nterrelación c o n los hab i tantes . Es o b v i o que va l o r e s y t r a d i c i o n e s de esos em ig ran t e s han ido p e r m e a n d o p o c o a p o c o la i d i o s i n c r a c i a de los ch i apanecos .

En u n o de los cuentos e n v i a d o s a p a r e c i e r o n d r a g o n e s . En el san to ra l se m e n c i o n a que San Jorge t u v o q u e pe l ea r c o n t r a un dragón que representaba a l m a l . Y h a y c u a d r o s a l u s i vos . Lo m i s m o de l arcángel M i g u e l , c o n la espada d e s e n v a i n a d a , v e n ­c i e n d o al d e m o n i o en f o r m a de dragón. Pero n o hay q u e o l v i d a r q u e e i dragón es un a n i m a l i m p o r t a n t e d e n t r o de la mitología c h i n a . Comun idades ch inas a b u n d a n en la costa d e l e s t ado . En T a p a c h u l a , por e j e m p l o , se c e l e b r a c a d a año, c o n m u c h o b o m b o y p l a t i l l o , el año n u e v o c h i n o , c o n exhib ic ión de artes m a r c i a l e s , música , c o c i n a , ba i l e y, po r supues to , la d a n z a de l dragón p o r la c a l l e .

A los niños en la escue la , desde los g rados de p reesco l a r , les c u e n t a n los cuentos clásicos de los h e r m a n o s G r i m m , Per rau l t y A n d e r s e n . En muchos de los c u e n t o s que c o n c u r s a r o n hay c la ras a lus iones a cuentos c o m o los de Hanse l y G r e t e l , El Sas t rec i l l o Va l i en t e , Piel de A s n o , y hasta se puede r e c o n o c e r a l g u n o s rasgos de C e n i c i e n t a o de Los Mús icos V i a j e ro s . Ex is ten p r incesas c o n p rob l emas de cast igos i n f r i n g i d o s po r sus p r o p i o s

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padres , en lejanos re inos . Son reyes m u y c rue l es q u e las q u i e r e n casar con algún príncipe m a l v a d o y e l las se n i e g a n . U n pr íncipe azu l aparecerá para l i b r a r l a s de t o d o m a l . Es el e s q u e m a l i t e r a r i o de la baja edad m e d i a , c o n la e p o p e y a de la cabal ler ía g a l a n t e . Los que hacen las veces d e príncipes t i e n e n q u e pasar m u c h a s v ic is i tudes para lograr su c o m e t i d o . A l g u n a s veces los a y u d a n las hadas buenas. A veces las m u c h a c h a s t i e n e n n o m b r e s de f l o r o se conv ier ten en aves.

También a p a r e c i e r o n og ros . N o b l a n c o s , n i c o n b a r b a , s i no s implemente t ipos q u e t i e n e n la t e n d e n c i a a c o m e r s e a los niños y esporádicamente a la gen te a d u l t a . Es o b v i a ahí u n a conexión con la antiquísima práct ica de l c a n i b a l i s m o .

A pa r t i r de los años o c h e n t a , se p r o d u c e u n a g r a n migrac ión de gente de o r i g e n c e n t r o a m e r i c a n o h a c i a e l es tado de Ch i apas . La causa: la g u e r r a i m p u e s t a p o r los g o b i e r n o s m i l i t a r e s de esos t i empos . La ¡nterrelación p r o p i c i a d a po r esta migrac ión n o d e j a de ser, también, m u y s o r p r e n d e n t e y d e b e i n f l u i r , pa ra e l l o , e l hecho histórico de q u e en algún m o m e n t o Ch iapas es tuvo u n i d a po l í t i camente a l i s t m o c e n t r o a m e r i c a n o . G u a t e m a l t e c o s , salvadoreños, h o n d u r e n o s , y n i cas , están c o m o en f a m i l i a c u a n d o se les hab l a de La Tentac ión , po r e j e m p l o , q u e e l l os c o n o c e n c o m o C iguanaba o C i g u a m o n t a . Saben m u c h o s cuen tos sob re Cade jos y además d i c e n q u e hay dos , u n o b l a n c o y u n o n e g r o . D i c e n q u e el b l a n c o c u i d a a los b o r r a c h o s , l levándolos c o n b i e n hasta su casa, e v i t a n d o el e n c u e n t r o c o n el C a d e j o N e g r o , q u e es m a l o . Saben de La L l o r o n a , de espantos q u e regresan a señalar sitios c o n d i n e r o . Eso lo saben m u y b i e n . En u n c u e n t o r e c o p i l a d o por d o n j a c o b o P i m e n t e l y p u b l i c a d o en su l i b r o Cuentos Reg io ­nales, aparece un t e m a r e l a c i o n a d o a las lagañas de los pe r ros . Cuenta d o n Jacobo q u e q u i e n se p o n g a las lagañas de l a n i m a l en los p rop ios o jos , verá el des f i l e de todas las ánimas y morirá de espanto . Eso lo contó, a l g u n a v e z , u n sa lvadoreño, más o m e n o s c o n el m i s m o c o n t e n i d o . En el m i s m o t e n o r , M i g u e l A n g e l Astur ias , el P remio Nobel g u a t e m a l t e c o , h i z o u n l i b r o l l a m a d o Leyendas de G u a t e m a l a en d o n d e a p a r e c e n t odos estos p e r s o n a ­jes a que me he r e f e r i d o .

j A h ! pe ro de los e l e m e n t o s fantásticos q u e c o n f o r m a n la cot id ian idad o r a l de Ch iapas no hay n i n g u n o más f r e c u e n t e de

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encont ra r que su majestad el d u e n d e . P r o b a b l e m e n t e la p r i m e r a re ferenc ia l i te rar ia a duendes de que se t e n g a n o t i c i a sea la de El Cantar de los N i b e l u n g o s . Seres d i m i n u t o s , dueños de los tesoros de las entrañas de la t i e r r a y q u e además e r an g u a r d i a n e s de l an i l l o de pode . En la na r r a t i v a o r a l c h i a p a n e c a a p a r e c e n duendes parec idos a Pu lga r c i t o , p e r o en r e a l i d a d e l d u e n d e ch iapaneco t i ene características m u y espec ia les y de m a y o r s im i l i t ud a los de sus par ien tes d u e n d e s c e n t r o a m e r i c a n o s l l a m a ­dos el Sombrerón y e l Z ipit i í lo.

N o h u b o n i n g u n a región c h i a p a n e c a de d o n d e no v i n i e r a u n cuento que m e n c i o n a r a duendes . El d u e n d e está d i s e m i n a d o a l o largo y a lo a n c h o de l t e r r i t o r i o . En Tabasco se les l l a m a Chaneques y en Yucatán A l u x e s . Así q u e el fenómeno es r e g i o ­na l . El duende es, po r n a t u r a l e z a , un g r a n e n a m o r a d o y u n seductor , p re f i e re las m u c h a c h a s c o n el p e l o l a rgo . Gusta de deambu la r por los ríos para so rp r ende r l a s c u a n d o l l egan a l avar ropa o a traer agua . Es b r o m i s t a . Enreda la c r i n y la c o l a de los cabal los haciéndolas n u d o . Le e n c a n t a t i r a r p iedras e n c i m a de los te jados para no de j a r d o r m i r a la g e n t e . Le e cha t i e r r a a la c o m i d a , o sal . M u e v e las cosas d e su s i t i o , las e s conde , es u n buen j i ne te . D i c e n los p o b l a d o r e s q u e c u a n d o u n c a b a l l o se t i r a al suelo sin t o n n i son , es p o r q u e lo está m o n t a n d o e l d u e n d e , q u e puede también hacerse i n v i s i b l e . V i s te c o m p l e t a m e n t e de n e g r o , con t r emendo s o m b r e r o de a la a n c h a y a veces ca rga g u i t a r r a pues es t rovador y b o h e m i o . N u n c a se le e n c u e n t r a p o r q u e conoce los escondi tes más so rp renden tes y además t i e n e los p ies en inverso, o sea, el ta lón h a c i a a d e l a n t e y los dedos h a c i a atrás. Es un exce lente t i r a d o r de resor te ra , y j u g a d o r de car tas , y la única manera de l ibrarse de él es q u e m a n d o o c o t e o no ha c i én ­dole ningún caso, pues se e n f u r e c e y se v a .

A lgunos d i c en que la representación d e l d u e n d e en la v i d a real son los negros. Los que f u e r o n traídos po r los c o l o n i z a d o r e s españoles co r r i e ron m e j o r suerte q u e los indígenas pues g o z a r o n de puestos de m a y o r d o m o s o capa taces , según lo d i c e Severo Martínez Peláez en su l i b r o La Patria del Criollo. A h o r a , en algunas partes de los A l t o s , l l a m a n a las f i gu ras i m a g i n a r i a s derivadas de los negros, c i m a r r o n e s . Por extensión les d a n algunas.cual idades de murciélagos. Los indígenas r e c u e r d a n c o n

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c i e r t o temor a los c i m a r r o n e s , p o r q u e a l gunos negros q u e se rebe laron de los españoles y h u y e r o n h a c i a las montañas, p r o n t o se vo lv ie ron m a l v i v i e n t e s , r o b a n d o , m a t a n d o , pa ra p o d e r s o b r e ­v i v i r . V io l a ron mu j e r e s . Ta l vez de al l í se les a d j u d i q u e a los duendes, una incl inación p o r lo a m o r o s o .

En la costa se h a b l a de niños neg r i t o s y c a b e z o n e s , m u y traviesos. Pero también se d i c e q u e e l d u e n d e p u e d e ser t o t a l ­mente a lb ino y hasta de c o l o r a z u l en a lgunas o cas i ones . Sólo e l duende , pues, p a r e ce t e n e r la m i s m a dimensión q u e los poetas chiapanecos: se e n c u e n t r a hasta d e b a j o de las p i e d r a s .

Una última observac ión . Es p r o b a b l e q u e en los próximos años, y si se r e a l i z a más de estos c o n c u r s o s , la s ituación pol í t ica tan especia l s u f r i d a p o r e l es tado de Ch iapas a t o d o lo l a rgo d e l 94 y a lo q u e v a d e este, se r e f l e j e en los t r aba jos e n v i a d o s y las cosas que se c r e a i m p o r t a n t e s pa ra c o n t a r . Esto se deberá a q u e , c o m o en el caso de la construcción de la presa o la erupción d e l C h i c h o n a l , la c o y u n t u r a pol í t ica i m p a c t a a t o d a la poblac ión y se podría d e c i r q u e hasta ámbitos de n i v e l n a c i o n a l . D e h e c h o e l fenómeno de las gue r ras de l iberación en los países c e n t r o a m e ­r i canos (Sa lvador , N i c a r a g u a , G u a t e m a l a ) der ivó a que la m i s m a guer ra apa rec i e ra en la producc ión l i t e r a r i a r e c i en t e de esos países. Tal vez l o m e j o r de esa producc ión en Ch iapas se dé c o n f o r m e pase el t i e m p o .

E P Í L O G O

Lo q u e hay q u e r a z o n a r c o n d e t e n i m i e n t o es q u e la c u l t u r a , hecha y c o n s t r u i d a p o r los h o m b r e s , c a m b i a . Las t r a d i c i o n e s camb ian y a l gunas hasta m u e r e n . Nuevas c o s t u m b r e s se i m p o ­nen . Las cu l tu ras se e n t r e m e z c l a n . Nos e n f r e n t a m o s los p u e b l o s de l te rcer m u n d o a l a v a s a l l a m i e n t o de los d e l p r i m e r o . La v i d a f l u y e y está s i empre en a b s o l u t o m o v i m i e n t o . A l o m e j o r sea d o l o r o s o saber que las cosas c a m b i a n ; n o se sabe si pa ra b i e n o para m a l , pe ro q u e c a m b i a n , sí.

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