12
EL PORFIRIATO, ERA DE CONSOLIDACIÓN Daniel Cosío VILLEGAS El Colegio Nacional EL PORFIRIATO DEBIÓ HABER SIDO, como lo quiere la leyenda, una época de consolidación. El predominio de la paz que en él hubo, hace suponer que las divisiones o diferencias no fue- ron tan violentas ni tan irreconciliables para conducir a l a guerra; el que fuera, también, una era en la cual los medios de comunicación mejoraron notablemente, y, en consecuen- cia, las oportunidades de conocimiento y de trato; y lo hace sospechar, por último, su innegable carácter autoritario, pues una fuerza así de extraordinaria, se hace sentir sobre todo y sobre todos, dándole a cosas y hombres un tono común que uniforma y consolida al conjunto. Debió haber sido así; pero, para pasar a la certidumbre, habría que preguntar si el Porfiriato consolidó todo, o de una manera particular esto, aquello o lo demás allá. La leyenda señala, p o r l o menos, dos campos especiales en que se cumplió la tarea de hacer más sólidas, más compactas, las cosas que antes no lo eran, o que lo eran en menor grado: la nacio- nalidad y las instituciones. ME SOSPECHO que la leyenda, más que señalar el carácter po- sitivo que una obra de consolidación supone, pretende subra- yar el carácter negativo, disgregador, de las épocas anteriores, sobre todo del trecho del siglo xix transcurrido antes del ad- venimiento del Porfiriato, es decir, de 1810 a 1876. Triste, pero indudable, parecería a primera vista el fun- damento de ese contraste: viene primero el desgajamiento del viejo árbol materno, que separa, particularmente, a es- pañoles de criollos; después, la lucha interminable de las

EL PORFIRIATO, ERA DE CONSOLIDACIÓNaleph.academica.mx/jspui/bitstream/56789/29612/1/13-049...EL PORFIRIATO 81 el himno patrios agente, qus e evocan y exaltan los sentimien tos nacionales

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

EL PORFIRIATO, ERA DE CONSOLIDACIÓN

Daniel Cosío VILLEGAS El Colegio Nacional

E L P O R F I R I A T O D E B I Ó H A B E R SIDO, como l o q u i e r e l a leyenda,

u n a época de consolidación. E l p r e d o m i n i o de l a paz que en

él h u b o , hace suponer que las divis iones o diferencias n o fue­

r o n tan violentas n i t a n i rreconci l iab les p a r a c o n d u c i r a l a

guerra; e l q u e fuera, también, u n a era en l a c u a l los medios

de comunicación m e j o r a r o n notablemente , y, en consecuen­

c ia , las o p o r t u n i d a d e s de c o n o c i m i e n t o y de trato; y l o hace

sospechar, p o r ú l t imo, su innegable carácter a u t o r i t a r i o , pues

u n a fuerza así de e x t r a o r d i n a r i a , se hace sentir sobre todo y

sobre todos, dándole a cosas y hombres u n tono c o m ú n que

u n i f o r m a y conso l ida a l conjunto .

D e b i ó h a b e r sido así; pero, p a r a pasar a la c e r t i d u m b r e ,

habr ía q u e p r e g u n t a r si e l P o r f i r i a t o consolidó todo, o de u n a

m a n e r a p a r t i c u l a r esto, a q u e l l o o l o demás allá. L a leyenda

señala, p o r l o menos, dos campos especiales en que se cumpl ió

l a tarea de hacer más sólidas, más compactas, las cosas que

antes n o l o eran, o q u e l o eran en m e n o r grado: l a nacio­

n a l i d a d y las inst i tuciones.

M E S O S P E C H O que l a leyenda, más q u e señalar el carácter po­

s i t ivo q u e u n a o b r a de consolidación supone, pretende subra­

yar el carácter negativo, disgregador, de las épocas anteriores,

sobre t o d o d e l trecho de l siglo x i x t ranscurr ido antes de l ad­

v e n i m i e n t o d e l P o r f i r i a t o , es decir, de 1810 a 1876.

T r i s t e , pero i n d u d a b l e , parecería a p r i m e r a vista el f u n ­

d a m e n t o de ese contraste: v iene p r i m e r o e l desgajamiento

d e l v ie jo árbol materno, que separa, p a r t i c u l a r m e n t e , a es­

pañoles de cr io l los ; después, l a l u c h a i n t e r m i n a b l e de las

EL PORFIRIATO

"facciones": monárquicos contra republ icanos , centralistas con­

tra federalistas, conservadores c o n t r a l iberales, l iberales puros

c o n t r a moderados, juaristas c o n t r a 1er distas y p o r f i r i s tas, 1er-distas c o n t r a porf ir istas e iglesistas, etc. Y p o r si algo fa l tara

p a r a r e m a c h a r el carácter disgregador de l a época, sobre­

v i e n e n cuatro guerras extranjeras, s iempre h u m i l l a n t e s , y u n a

de las cuales le cuesta a l país l a pérdida de t e r r i t o r i o . E n el

P o r f i r i a t o , p o r e l c o n t r a r i o , n o hay guerra extranjera a lgu­

n a , y a u n c u a n d o en e l exter ior n o se l lega a l extremo de

temer a M é x i c o , se consigue p a r a él u n respeto sa ludable y

u n a dist inción halagadora . T a m p o c o hay guerra c i v i l a lgu­

n a ; es más, las facciones desaparecen, y l a l u c h a de ideas y de

intereses se conduce c o n t a l c o r d u r a , que n o p r o v o c a escisio­

nes serias, n i s i q u i e r a divis iones insalvables, y jamás, n i re­

motamente , esa l u c h a p o n e en p e l i g r o l a n a c i o n a l i d a d . Más

todavía, sobre esas luchas y esos luchadores, hay u n h o m b r e

super ior , i d e n t i f i c a d o c o n los intereses generales, cuya celosa

g u a r d a constituye, precisamente, su función y su d i g n i d a d .

T e n g o p a r a mí q u e en esta p i n t u r a , m i t a d tenebrosa y

m i t a d idílica, p a r a subrayar e l contraste, hay u n equívoco f u n ­

d a m e n t a l , q u e convendría d i s i p a r p a r a siempre. U n a cosa

es que, teórica, seráficamente, los mexicanos hubiéramos pre­

fer ido q u e nuestra v i d a i n d e p e n d i e n t e se desl izara p o r u n

c a m i n o l l a n o , recto, f l o r i d o , a través d e l c u a l , cantando y

gozosos, marcháramos todos compactamente, s i n vaci lación y

s i n d iscrepancia , hasta tocar con las manos l a f e l i c i d a d y l a

g l o r i a , asegurando así p a r a l a p a t r i a u n p o r v e n i r dichoso y

eterno; u n cosa es esa, y o t r a que, s i n examen, s in ref lexión

a l g u n a , pref i ramos l a c o n c o r d i a a l a d i scordia antes de pre­

g u n t a r e l p r e c i o de l a c o n c o r d i a y l a razón de l a d iscordia .

E s t o desde u n p u n t o de v ista m o r a l y teórico, que en cuanto

a l a r e a l i d a d histórica, bastaría c o n i n q u i r i r si h a h a b i d o

a l g ú n p u e b l o s i n guerras intestinas y exteriores, s in discrepan­

cias e i n f o r t u n i o s .

L A C O N S O L I D A C I Ó N de l a n a c i o n a l i d a d m e x i c a n a h a sido f r u t o

de u n proceso m u y largo; quizás arranca de las tentativas

i m p e r i a l e s de los aztecas que, en l a justa m e d i d a de su éxito,

7* DANIEL COSÍO VILLEGAS

i m p o n í a n a l g u n a u n i d a d en l a d i v e r s i d a d pol í t ica y c u l t u r a l

de los numerosos grupos indígenas de entonces. L a conquis ta

y l a dominación españolas, a pesar de los elementos de pro­

f u n d a d i s p a r i d a d que i n t r o d u j e r o n , d o t a r o n a las c iv i l i zac io­

nes autóctonas de elementos de c o m u n i d a d , e l i d i o m a , l a

rel igión, y e l gobierno, de q u e antes h a b í a n carecido; los

frutos n o se h i c i e r o n esperar m u c h o , pues las pr imeras ma­

nifestaciones claras de u n n a c i o n a l i s m o e s p i r i t u a l son ya

palpables en el siglo x v m . P e r o fue, sobre todo, en esa ca­

l u m n i a d a p r i m e r a m i t a d d e l x i x , cuando el proceso de for­

mación se acelera, y gracias, precisamente, a los i n f o r t u n i o s

q u e se abaten sobre e l país recién nac ido . L a guerra de Inde­

p e n d e n c i a r o m p e las l igas políticas y económicas con España,

y, en consecuencia, nos o b l i g a a buscar u n m o d o p r o p i o de

ser y de v i v i r , poniéndonos p o r p r i m e r a vez en e l trance an­

gustioso e i n e l u d i b l e de ser o dejar de ser u n a nación. T o d a s

las luchas intestinas que siguen, h a n p o d i d o p r o d u c i r , y, de

hecho, p r o d u j e r o n , u n a disgregación momentánea; pero, apar­

te l a consideración de que en l a d i v e r s i d a d también puede

haber armonía, es i n d u d a b l e que su or igen, su razón de ser

y su resultado, fue crear u n fondo c o m ú n de ideas, de senti­

mientos y de intereses, s i n el c u a l es i m p o s i b l e f incar u n a

n a c i o n a l i d a d . L a guerra c o n Estados U n i d o s , l a pérdida mis­

m a de l t e r r i t o r i o , ayudó, como pocos hechos, a consol idar

nuestra n a c i o n a l i d a d , p r i m e r o , a través de l a fuerza negativa,

pero t remendamente eficaz c u a n d o se trata de pueblos débi­

les, de l a sensación de l p e l i g r o y d e l sent imiento de o d i o a l

agresor; segundo, c o n todo l o i n j u s t a y dolorosa que fuera l a

pérdida de l a m i t a d de l t e r r i t o r i o , es innegable que redujo

a l a m i t a d l a tarea m a t e r i a l y e s p i r i t u a l de forjar u n país,

y e l t i e m p o necesario p a r a c u m p l i r esa tarea; en f i n , esa

m a l h a d a d a guerra nos enseñó también que c u a n d o las luchas

intest inas rebasan ciertos l ímites de encono y de persistencia,

e l p e l i g r o de l a agresión y de l a pérdida i r r e p a r a b l e de l a

nación, es r e a l y pa lpable .

N o parece que tan dolorosa, pero tan saludable ense­

ñanza, aprovechara desde luego a l país, puesto que m u y a l

poco t i e m p o , en las guerras de R e f o r m a e Intervención, los

EL PORFIRIATO 7 9

dos contendientes, cegados p o r los intereses i n m e d i a t o s de

p a r t i d o , a p e l a n a l a a y u d a extranjera; pero esto ocurre p o r

l a ú l t ima vez, p o r q u e fue v i s ib le que c o n l a a y u d a venía e l

so ldado extranjero, es decir , e l enemigo de carne y hueso de

l a n a c i o n a l i d a d . Esas mismas guerras f u e r o n peleadas tan a

muerte , que, p o r reacción, crearon u n c l i m a c o n c i l i a t o r i o que

va f r u c t i f i c a n d o a l o largo de toda l a R e p ú b l i c a R e s t a u r a d a .

E l día m i s m o en que Juárez hace su entrada t r i u n f a l en

l a C a p i t a l , el 15 de j u l i o de 1867, a n u n c i a que n o se p r o p o n e

perseguir a sus antiguos enemigos, los conservadores e impe­

rial istas; es más, se ofrece a estudiar c u a l q u i e r s o l i c i t u d de

" r e h a b i l i t a c i ó n " que q u i e r a n presentar éstos p a r a recobrar

c o n p l e n i t u d sus derechos políticos, las recibe, en efecto, y

resuelve favorablemente muchas de ellas; se c a m b i a l a grave

p e n a de confiscación de bienes p o r l a leve de u n a m u l t a ; l a

ley de convocator ia a elecciones de agosto de 67, concede el

derecho de votar y ser votado a los m i e m b r o s de l estado ecle­

siástico, y el de votar a quienes c o m e t i e r o n actos menores

de i n f i d e n c i a ; más tarde, u n a ley de amnistía l i q u i d a total­

m e n t e los viejos odios. Desde e l p r i m e r día, y s in fa l tar u n o

solo, católicos y conservadores gozan de l a más a m p l i a l iber­

t a d de expresión, q u e aprovechan p a r a mantener periódicos

d i a r i o s , semanarios y mensuales, como La Revista Universal,

La Voz de México, El Pájaro Verde, en los cuales o p i n a n so­

b r e los problemas nacionales con l i b e r t a d y con franqueza, a

veces con verdadera a c r i m o n i a , s in que p o r e l lo jamás fueran

perseguidos o castigados. L o s conservadores, p o r su parte, en­

t i e n d e n que v i v e n en u n a nueva era, de m o d o que, salvo dos

o tres casos menores, n i p r o v o c a n n i p a r t i c i p a n en n i n g u n a

rebel ión a m a n o a r m a d a hasta el año de 1875; es más, con­

d e n a n las que los l iberales hacen, y s iempre en n o m b r e de

u n a necesidad de v e n t i l a r las diferencias fuera de l terreno

de las armas.

M é x i c o , pues, a consecuencia de tanto tanteo, doloroso y,

a l parecer, estéril, comenzaba a recoger los frutos posit ivos

de sus desgracias; había avanzado m u c h o h a c i a l a decisión de

n o anteponer los intereses parciales a los generales.

8 o DANIEL COSÍO VILLEGAS

¿ Q U I E R E D E C I R todo esto q u e e l P o r f i r i a t o n o contr ibuyó e n

n a d a a l a tarea de conso l idar l a n a c i o n a l i d a d mexicana? D e

n i n g u n a m a n e r a ; q u i e r e decir , s implemente , que e l proceso

fue largo, q u e se inició muchís imo t i e m p o antes y q u e las

p r i n c i p a l e s contr ibuc iones directas las había dado l a h i s t o r i a

anter ior . L a contr ibución d e l P o r f i r i a t o , s iendo m u y i m p o r ­

tante, m e parece tener u n carácter más b i e n i n d i r e c t o . C o n

los ferrocarri les, los telégrafos y los teléfonos, con el m e j o r a ­

m i e n t o general de las vías y de los medios de c o m u n i c a c i ó n ,

p a r t i c u l a r m e n t e l a prensa, l a r i q u e z a , el h o m b r e , las ideas y

los sent imientos de los mexicanos c i r c u l a n mejor.

M e n o s fácil de d e f i n i r , y m u y difícil de cuant i f i car , es o t r o

factor de consolidación de l a n a c i o n a l i d a d , que o b r a de u n a

m a n e r a s i n g u l a r m e n t e act iva en l a era p o r f i r i a n a . M é x i c o

había v i v i d o toda su v i d a bajo e l signo de los caciques re­

gionales; p o r eso, el federal ismo tenía u n a r e a l i d a d , además

de geográfica y étnica, polít ica, económica y social . Só lo

Juárez emerge en 1867 c c » m o u n a g r a n f i g u r a n a c i o n a l ; p e r o

l a i m p o s i b i l i d a d de m a n t e n e r u n i d o el p a r t i d o l i b e r a l , y l a

necesidad en que Juárez se ve de a c a u d i l l a r su p r o p i a frac­

ción p a r a defenderse y prevalecer sobre las fracciones de L e r ­

do y de Díaz, l o hacen perder en b u e n a m e d i d a el tono ge­

n e r a l y super ior de u n a f i g u r a n a c i o n a l . Díaz, en c a m b i o ,

menos escrupuloso en sus procedimientos políticos, h i j o d e

u n go lpe r e v o l u c i o n a r i o y n o de unas elecciones legítimas, l o

cua l l e d a b a muchís ima m a y o r l i b e r t a d de acción, con u n

terreno abonado y c o n mejor f o r t u n a , l o g r a a l f i n acabar c o n

los c a u d i l l o s regionales, y transformarse en e l único c a u d i l l o ,

es decir , en e l c a u d i l l o n a c i o n a l . A esto debe agregarse e l a u r a

p o p u l a r que s iempre t u v o Díaz, e l recuerdo de sus campañas

gloriosas en l a guerra contra e l invasor extranjero, su m i s m a

edad, su pétrea a p a r i e n c i a física y u n propósito d e l i b e r a d o

de a d q u i r i r y ostentar ese aire super ior a l a pasión m e z q u i n a

y t r a n s i t o r i a ; e l de guardián de los intereses permanentes d e l

país; e l de u n m o n a r c a a q u i e n r i n d e n pleitesía n o sólo sus

p r o p i o s subditos, s ino e l m u n d o exterior , e l m u n d o c i v i l i z a d o .

P e r o P o r f i r i o Díaz n o l legó a ser u n símbolo n a c i o n a l me­

ramente decorativo, en e l sentido en que l o son l a b a n d e r a o

EL PORFIRIATO 8 1

e l h i m n o patrios, agentes que evocan y exa l tan los sent imien­

tos nacionales a l entrar p o r l a vista o p o r el oído, n i s i q u i e r a

en el sentido más inte lec tua l en que es s ímbolo de u n i ó n e l

m o n a r c a inglés. E r a , además, l a a u t o r i d a d , y en muchos sen­

tidos, l a única a u t o r i d a d ; era el poder, y en muchos sentidos,

e l p o d e r absoluto. A él se le sometían l o m i s m o las desave­

nencias famil iares , que de pueblos, de autoridades o de inte­

reses; y de él dependían todos los órganos d e l poder: legis­

laturas, cortes, t r ibunales y jueces; gobernadores, jefes polí­

ticos y m i l i t a r e s . N o sólo se le veía, como a dios, en todas

partes, s ino q u e él se hacía sentir p o r d o q u i e r a . E l m e x i c a n o

de c u a l q u i e r p u n t o d e l país y de todas las clases y condic io­

nes, n o podía ser i n m u n e a l a a p a r i e n c i a de u n a f igura

n a c i o n a l inmensa , v i s ib le en todas partes, n i a l a r e a l i d a d de

u n poder n a c i o n a l , p o r ejercerse en todos los ámbitos d e l

t e r r i t o r i o . P o r fuerza, ese m e x i c a n o sentía el peso general ,

n a c i o n a l , de t a l a p a r i e n c i a y de ta l r e a l i d a d .

N o P U E D E caber l a m e n o r d u d a de que en algo d e b i e r o n ha­

berse consol idado, como l o pretende l a leyenda, las i n s t i t u ­

ciones jurídicas, económicas y sociales. Bastaría pensar en e l

carácter pacífico, próspero y p r o l o n g a d o d e l régimen, p a r a

a d m i t i r l o : c o n l a paz, c o n l a r i q u e z a y c o n e l t i e m p o , hay oca­

sión y recursos p a r a emprender y m a n t e n e r obras que en las

épocas t u r b u l e n t a s se v a n dejando p a r a "mejores t iempos" .

P o r desgracia, l a h i s t o r i a requiere algo más que af irmaciones

generales; r e q u i e r e análisis, requiere concreción.

E n cuanto a las inst i tuciones jurídicas, l a o b r a había p r i n ­

c i p i a d o ya. A n t e r i o r e s a l P o r f i r i a t o f u e r o n los pr imeros gran­

des cuerpos de leyes: n o hablemos de l a Consti tución, sino de

l a L e y O r g á n i c a de Instrucción Públ ica (1867I), l a L e y de

J u r a d o s en m a t e r i a c r i m i n a l (1869), l a L e y Orgánica sobre

el R e c u r s o de A m p a r o (1869), e l C ó d i g o P e n a l (1871), e l

C ó d i g o C i v i l (1871), el C ó d i g o de P r o c e d i m i e n t o s C i v i l e s

(1872), el C ó d i g o de Extranjería (1876), etcétera; pero fueron

pocos y su i n f l u e n c i a l i m i t a d a , en parte p o r q u e l a mayoría

de estas grandes leyes sólo regía en e l D i s t r i t o F e d e r a l , y e n

parte p o r q u e las condic iones d e l país n o eran suficientemente

8 2 DANIEL COSÍO VILLEGAS

normales p a r a que h i c i e r a n sentir toda su i n f l u e n c i a b i e n ­

hechora. D u r a n t e e l P o r f i r i a t o , esos mismos códigos, se re­

visan, se hacen más congruentes y se c o m p l e t a n c o n otros

nuevos: e l C ó d i g o de P r o c e d i m i e n t o s Penales (1880), e l C o ­

m e r c i a l (1881), e l de M i n e r í a (1884), e l P o s t a l (1884), e l de

C o l o n i z a c i ó n y T e r r e n o s Baldíos (1893), e * M i l i t a r (1893), e l

de l a R e n t a d e l T i m b r e (1902), e l de E x p r o p i a c i ó n (1906),

etcétera, además de leyes importantes como l a de inst i tuciones

d e crédito, etcétera. A esta o b r a de verdadera creación jur ídi­

ca, debe agregarse l a l a b o r r e g l a m e n t a r i a y a d m i n i s t r a t i v a , l a

c u a l , como l a otra , v a encauzando a l país p o r u n a v i d a nor­

m a l , más c lara, más regular , hasta hacer la en m u c h o s aspectos

idea lmente mecánica. Además, como fenómeno general , l a ley

y las leyes parecen cobrar u n a respetabi l idad, u n a a l t u r a , q u e

las hacen imponerse, elevarse sobre l a negación o e l reto d e l

ser h u m a n o .

T O D O E S T O está m u y b i e n ; pero ¿cómo o l v i d a r que entre las

inst i tuciones jurídicas están las inst i tuciones políticas? E n t o n ­

ces, ¿cabría sostener que d u r a n t e e l P o r f i r i a t o se c o n s o l i d a r o n

las inst i tuciones políticas? S i m p l e m e n t e desaparecieron, y l a

n a d a n o es susceptible de consolidación o de disgregación.

E n este p u n t o n o hay defensa, n i matiz , n i atenuante, y l o

revela u n hecho singularísimo: n i n g ú n por f i r i s ta , n i el más

exal tado n i el más t ímido, n i e l más pudoroso n i e l más cíni­

co, se h a atrevido jamás a sostener que M é x i c o progresó po­

lít icamente d u r a n t e e l régimen de Díaz. Está l a expl icación

de Zayas Enríquez: los mexicanos cedieron v o l u n t a r i a m e n t e

a P o r f i r i o Díaz sus derechos políticos, p a r a q u e éste se los

d e v o l v i e r a poco a poco, a paso y m e d i d a que los mexicanos

fueran a p r e n d i e n d o l a lección de ser l ibres. Está l a o p i n i ó n

d e B u l n e s :

Deturpar al general Díaz por no haber ejecutado^lo imposi­ble: ser presidente demócrata en país de esclavos, sobrepasa a lo permitido en estupidez.

Está l a opin ión de C a l e r o :

EL PORFIRIATO 83

. . .cuando un despotismo surge y perdura, no es al déspota a quien deberíamos condenar, sino al pueblo que lo consiente o que lo sufre.

A u n u n h i s t o r i a d o r pagado, como fue Bancrof t , t a n pró­

d i g o y seguro en e l elogio, n o se atreve a dar e l paso f i n a l :

Con seguridad puede decirse que Porfirio Díaz es el mejor gobernante que México ha tenido jamás. Con certeza se puede asegurar que en todos los largos siglos de tiranía y de mala admi­nistración, nunca ha habido un hombre al frente del poder, ya sea como virrey, emperador o presidente, cuya hoja de servicios haya sido tan limpia, cuyos móviles hayan sido tan puros, cuya inteligencia haya sido tan ilustrada, y cuyo éxito tan completo en impulsar los intereses materiales del país;

pero n a d a dice, p o r q u e n o podía dec ir lo , que t u v i e r a éxito o

q u e h u b i e r a fracasado en i m p u l s a r los intereses políticos de

M é x i c o .

M u y de B u l n e s era echar u n a p a l a b r o t a p a r a soslayar u n

p r o b l e m a ; en e l fondo, l a usaba p a r a d i s i m u l a r su incapa­

c i d a d inte lec tua l , de análisis sostenido y de ref lexión pro­

f u n d a . E l m i s m o B u l n e s , m u y pocas páginas después de l a

c i t a anter ior , dice:

E l general Díaz, sin preparar para el país un hombre, o una situación integrada forzosamente por hombres, sin presentar al pueblo nada ni nadie digno de gobernarlo, lo que preparaba era la anarquía polít ica, la anarquía social, la anarquía animal.

A l parecer, B u l n e s , a l p r i n c i p i o de su carrera l i t e r a r i a ,

era u n h o m b r e q u e n o se contradecía m u c h o más de l o que

u n m o r t a l c o m ú n y corr iente se contradice; pero como sus

lectores comenzaron a l l a m a r l o , n o , como debían, i n c o n g r u e n ­

te, s ino paradój ico, se resolvió a hacer de este defecto el

p r i n c i p a l atract ivo de sus escritos. N o debe u n o extrañarse,

así, de l a contradicción en que i n c u r r e en las dos citas suyas

anteriores, tomadas de El Verdadero Porfirio Díaz, escrito en

1920. N i tampoco que en el año de 1903, c u a n d o B u l n e s ac­

t u a b a en l a pol í t ica rea l d e l P o r f i r i a t o , se p l a n t e a r a exacta-

8 4 DANIEL COSÍO VILLEGAS

mente e l m i s m o p r o b l e m a que a q u í se h a p l a n t e a d o , a saber,

si progresaron las inst i tuciones políticas en el régimen de

Díaz, n i que se contestara en públ ico que n o progresaban. E n

su discurso, justamente famoso, ante l a C o n v e n c i ó n p o r f i -

r ista que p r e p a r a b a en j u n i o de 1 9 0 3 l a p e n ú l t i m a reelec­

ción de Díaz, d i j o :

¿Existe en México un progreso político tan cierto como que existe un progreso material?

Sí existe, y se manifiesta por los hechos siguientes: el país, en su importante fracción intelectual, reconoce que el jacobinismo es y será siempre un fracaso. E l país, despojándose de su vieja y tonta vanidad, ya no pretende copiar servilmente la complicada vida democrática de los Estados Unidos; el país está profunda­mente penetrado del peligro de su desorganización política. E l país quiere ¿sabéis, señores, lo que verdaderamente quiere este país? Pues bien, quiere que el sucesor del general Díaz se llame... ¡ ¡ l a Ley!! (Frenéticos aplausos)

E l p r o b l e m a es m u c h o más serio de l o que B u l n e s se i m a ­

g i n a ; p o r eso conviene e x p l o r a r l o . P o r f i r i o Díaz, a l levantarse

en armas contra Juárez, en n o v i e m b r e de 1871, comenzaba así

su P l a n de L a N o r i a : " L a reelección i n d e f i n i d a y forzosa d e l

encargado del p o d e r e j e c u t i v o . . . " ; y concluía así el m i s m o

P l a n : " q u e n i n g ú n c i u d a d a n o se perpetúe en e l ejercicio d e l

poder, y ésta será l a ú l t ima revoluc ión" . E l i ° de a b r i l de

1877, P o r f i r i o envía a l Congreso u n proyecto de ley p a r a

que t u v i e r a " e l carácter de ley suprema l a n o reelección [ in­

mediata] d e l Presidente de l a R e p ú b l i c a y de los gobernado­

res de los Estados". E l 21 de octubre de 1887, P o r f i r i o , p o r

c o n d u c t o de l a Secretaría de F o m e n t o — d e t a l l e i n o l v i d a b l e —

envía o t r o proyecto de ley p a r a elevar a l a categoría de pre­

cepto c o n s t i t u c i o n a l e l p r i n c i p i o de reelección i n m e d i a t a p o r

u n a sola vez; en 1892, envía u n nuevo proyecto p a r a elevar

a l a categoría de precepto c o n s t i t u c i o n a l e l p r i n c i p i o de l a

reelección i n d e f i n i d a ; en 1904, u n nuevo proyecto de ley am­

p l i a n d o e l p e r i o d o pres idencia l de cuatro a seis años; y en

1910, l a diputación de V e r a c r u z presenta a l Congreso de l a

U n i ó n u n proyecto p a r a a m p l i a r el per íodo a ocho años.

EL P0RF1RIAT0 85

Esas f u e r o n las únicas reformas jurídicas de carácter elec­

t o r a l que Díaz i n t r o d u j o .

E M I L I O R A B A S A , u n o de los pocos escritores mexicanos polít i­

cos de verdadero talento, hace esta observación:

La dictadura de Díaz se caracterizó, sobre todo, por el respeto a las formas legales, que guardó siempre para mantener vivo en el pueblo el sentimiento de que sus leyes, si no eran cumplidas, eran respetadas, y estaban en pie para recobrar su imperio en época no lejana.

Este es el p u n t o que realmente interesa e x p l o r a r , pues de

él depende d e c i d i r si d u r a n t e el P o r f i r i a t o se c o n s o l i d a r o n

las inst i tuciones polít icas.

¿Es pos ib le tener respeto p o r u n a ley q u e n o se cumple?

¿Es posible que u n a ley que n o se c u m p l e quede en pie? ¿Es

p o s i b l e que u n a ley que n o se c u m p l e p u e d a recobrar a l g u n a

vez su i m p e r i o ? ¿Es posible que u n a ley que n o se c u m p l e

m a n t e n g a v i v o e n el p u e b l o otro sent imiento q u e n o sea e l

de b u r l a r él m i s m o l a ley? P a r a mí, es c laro como l a l u z d e l

día que u n a ley q u e n o se c u m p l e , i n s p i r a b u r l a , compasión,

p e r o n u n c a respeto; u n a ley que n o se c u m p l e , es u n a ley

m u e r t a , y l o m u e r t o jamás permanece, n i puede permanecer,

e n p ie , s ino que se viene abajo, cae a l suelo; u n a ley que n o

se c u m p l e es u n a ley que n o h a t e n i d o i m p e r i o , y, en conse­

c u e n c i a , no puede recobrar l o que jamás cobró antes; en f i n ,

l l a m a r l e " n o l e j a n a " a u n a época que, como l a de Díaz, d u r a

t r e i n t a y c inco años, es o l v i d a r que en t i e m p o t a n largo se

c r i ó y v iv ió t o d a u n a generación q u e respiró el a m b i e n t e

gracioso de u n a ley que n o se c u m p l e , pero que se respeta.

Y o diría exactamente l o c o n t r a r i o de R a b a s a , que n a d a de­

g r a d a y desmoral iza tanto a u n p u e b l o , como e l espectáculo

consistente, r e p e t i d o , d i a r i o , de l i n c u m p l i m i e n t o de l a ley.

P o r otro l a d o , a u n c u a n d o toda ley, ciertamente, t iene

u n a parte f o r m a l , n i n g u n a ley es sólo forma. N o se puede,

pues, respetar u n a ley en l a f o r m a y b u r l a r l a en el fondo s i n

q u e p r o v o q u e l a reacción de l l a m a r farsa a ese respeto for­

m a l , y farsantes a quienes sólo respetan f o r m a l m e n t e l a ley.

86 DANIEL COSÍO VILLEGAS

E N E S T A A C T I T U D frente a l a ley, sobre todo l a ley pol í t ica ,

m e d i a u n abismo entre los grandes l iberales de l a R e f o r m a

y P o r f i r i o Díaz . A q u é l l o s tenían u n a fe ciega en l a ley c o m o

zapapico p a r a d e r r u m b a r inst i tuciones añejas y nocivas, y e n

l a ley como m o l d e amantís imo p a r a p lasmar las nuevas ins­

t i tuciones. P o r eso respetaban l a ley, y p a r a m a n t e n e r l a o

m o d i f i c a r l a , eran capaces de jugarse l a v i d a o e l p o r v e n i r . E s

Juárez, p o r e jemplo, p i d i e n d o a l Congreso facultades extra­

o r d i n a r i a s p a r a sobreponerse a las revueltas de Garc ía de l a

C a d e n a , de Jerónimo T r e v i ñ o o de P o r f i r i o Díaz, y en l u g a r

de presentar u n texto mañosamente vago, insiste en enume­

rar u n a tras otra las garantías i n d i v i d u a l e s cuya suspensión

deseaba, a sabiendas de que el resultado de su p r o l i j a e n u ­

meración sería el de que los d iputados , c o n h o r r o r y c o n

indignación, conc luyeran que de v e i n t i c u a t r o garantías, sólo

siete quedar ían en pie . Y es L e r d o , en vísperas de u n a elec­

ción pres idencia l , c u a n d o sentía l a o b v i a necesidad de c o n t a r

con todos los sectores políticos, inc lus ive con l a iglesia y e l

p a r t i d o conservador, ins is t iendo en i n c o r p o r a r las leyes d e

R e f o r m a a l a Const i tución, c o n las consecuencias previsibles

de que l a Iglesia l legaría hasta organizar l a revue l ta coste­

r a de Michoacán, y de que perdería L e r d o , p a r a siempre, l a

simpatía de e l la y d e l p a r t i d o conservador.

P o r f i r i o Díaz, q u e peleó p o r l a causa l i b e r a l desde n i ñ o ;

P o r f i r i o Díaz, que acusó a l g u n a vez a Juárez de m o c h o , n o

tenía ese a t r i b u t o d e l respeto, de l a veneración a l a ley, q u e

era l a esencia m i s m a de l l i b e r a l i s m o m e x i c a n o . P a r a Díaz ,

l a ley era le t ra m u e r t a , y, en consecuencia, carecía de espí­

r i t u . P a r a él, e l hecho era e l i n s t r u m e n t o de transformación,

y e l hecho, p o r supuesto, era e l poder y l a fuerza. P o r q u e

desdeñaba l a ley, n o l a c a m b i a n i se p r e o c u p a p o r e l l a ; l a

o l v i d a , s implemente , y busca e l poder en l a acción a u t o r i t a r i a

incontrastable , que procede d e l hecho de ser más fuerte q u e

los demás.

L o s l iberales, se h a d i c h o , creían en l a ley como m o l d e

p a r a p l a s m a r en él l a n u e v a sociedad, l a sociedad d e l f u t u r o .

P o r eso, l a ley s iempre estuvo p o r e n c i m a o más allá de l a

r e a l i d a d , en espera de q u e l a r e a l i d a d creciera hasta tocar

EL PORFIRIATO 8 7

l a ley, o de que se estirara p a r a alcanzar l a ley. L o s grandes

l iberales creían que u n o de los ingredientes de l a ley era u n a

fuerte dosis de utopía, de visión de l f u t u r o , y de u n f u t u r o

mejor. P o r f i r i o , e l h o m b r e q u e tuvo u n a i n d u d a b l e visión

p a r a i m a g i n a r e l avance, l a transformación m a t e r i a l d e l país,

colocó l a v i d a pol í t ica n a c i o n a l en el n i v e l más bajo posible ,

de hecho, en e l suelo, descansando f i r m e m e n t e . . . en esa

triste r e a l i d a d . Y ahí se quedó, postrada, p a r a n o levantarse

más. C u a n sagaz resulta, así, e l fa l lo de R o e d e r c u a n d o dice

q u e l a fórmula y l a g l o r i a de P o r f i r i o fue adaptar e l g o b i e r n o

a l a d e b i l i d a d de su p u e b l o , y n o a sus mejores capacidades.

L A C O N C L U S I Ó N de todo esto m e parece o b v i a , además de legí­

t i m a : algunas inst i tuciones jurídicas se c o n s o l i d a r o n d u r a n t e

e l P o r f i r i a t o , y otras n o ; las q u e se c o n s o l i d a r o n , fueron las

secundarias, y, en c ambio , las p r in c i p a l e s , las inst i tuciones

políticas, s i m p l e m e n t e desaparecieron. Además de l j u i c i o so­

b r e los hechos, cabe i n t e n t a r l a valoración de ellos, y esa va­

loración puede resumirse en esta senci l la , pero c o n t u n d e n t e

p r e g u n t a : ¿de qué diablos servía q u e h u b i e r a u n a ley pro­

cesal, y que, inc lus ive , se respetara y venerara celosamente, si

desconocíanse l a Consti tución y e l Derecho Pol í t ico todo?