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Elaboração de estudos para o plano de medidas estruturais de drenagem urbana do município de Taquara - RS SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E URBANISMO 1 ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA O PLANO DE MEDIDAS ESTRUTURAIS DE DRENAGEM URBANA DO MUNICÍPIO DE TAQUARA- RS TERMOS DE REFERÊNCIA TAQUARA, ABRIL DE 2019

ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA O PLANO DE MEDIDAS … para PDD 2.pdfe na contínua obediência das medidas de controle de enchentes; o A educação de engenheiros, arquitetos, agrônomos

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ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA O PLANO

DE MEDIDAS ESTRUTURAIS DE DRENAGEM

URBANA DO MUNICÍPIO DE TAQUARA- RS

TERMOS DE REFERÊNCIA

TAQUARA, ABRIL DE 2019

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3

1.1. ÁREA DE ESTUDO ...................................................................................................................3

1.2. JUSTIFICATIVA ........................................................................................................................3

1.3. OBJETO .................................................................................................................................6

2. PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS E DIRETRIZES TÉCNICAS...................................... 7

2.1. PRINCÍPIOS ............................................................................................................................8

2.2. OBJETIVOS ...........................................................................................................................10

2.3. MEDIDAS NÃO-ESTRUTURAIS ................................................................................................10

2.4. MEDIDAS ESTRUTURAIS ........................................................................................................11

2.5. DIRETRIZES BÁSICAS ............................................................................................................14

3. ESCOPO DOS SERVIÇOS ....................................................................................... 15

3.1. ETAPA DE DIAGNÓSTICO .......................................................................................................15

3.2. ETAPA DE AVALIAÇÃO DAS ALTERNATIVAS ............................................................................18

3.3. ETAPA DE CONSOLIDAÇÃO DAS PROPOSTAS .........................................................................20

3.4. PLANO DE AÇÃO ...................................................................................................................22

4. PRODUTOS .............................................................................................................. 23

5. PRAZO E CRONOGRAMA....................................................................................... 23

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1. INTRODUÇÃO

Os Termos de Referência (TR) apresentados a seguir são o referencial técnico para a

contratação dos serviços do Edital n.o _____, do município de Taquara - RS, para o Plano

de Medidas Estruturais de Drenagem Urbana (PDDr) do município, segundo o processo

administrativo n.o _________, da Secretaria __________.

1.1. Área de estudo

Á área de estudo compreende a porção urbanizada do território do município de Taquara

situada dentro dos limites da zona urbana do município, segundo define seu Plano Diretor.

Entende-se por área urbanizada partes do tecido urbano com ocupação consolidada e as

porções em que está ocorrendo expansão urbana, com a abertura de novas vias em

projetos de parcelamento do solo. Ou seja, toda ocupação do território, em área urbana,

que possa sofrer prejuízos com inundações e alagamentos e/ou que necessite de serviços

de drenagem urbana, está abrangida pelo escopo dos estudos.

A Figura 1 apresenta a área urbanizada inserida no limite da zona urbana do município e

as principais divisões do território em função da hidrografia local. Observa-se que a área de

estudo possui três córregos urbanos: Taquara, Sonda e Tucanos. Os estudos hidrológicos

devem levar em conta a bacia hidrográfica de cada um dos córregos mencionados. As

bacias hidrográficas têm área aproximada de 16,85 km². A área urbanizada nos limites da

zona urbana tem área de 24,0 km².

1.2. Justificativa

O município de Taquara enfrenta problemas de inundação e alagamentos em sua área

urbana devido a deficiência de sua infraestrutura de drenagem e da gestão do serviço de

drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Como na maioria dos municípios do país, o

setor de drenagem é desestruturado e não conta com uma gestão adequada de pessoal e

infraestrutura, acarretando em uma prestação precária do serviço público.

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Figura 1. Bacias hidrográficas urbanas e área urbanizada do município de Taquara.

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Os serviços de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas são uma das componentes

do saneamento básico, conforme definido na Lei Federal 11.445/07, sendo constituídos

pelas atividades, pela infraestrutura e pelas instalações operacionais de drenagem de

águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de

cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza

e a fiscalização preventiva das redes.

O PDDr é o documento que consolida o planejamento do setor de drenagem urbana e

manejo de águas pluviais no município, norteando as ações que serão empreendidas pela

administração municipal no futuro no sentido de reduzir inconvenientes e prejuízos

causados por inundações no meio urbano. O PDDr atende ao Plano Municipal de

Saneamento Básico, especificamente quando as questões de drenagem, e tem interface

importante com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, quanto ao uso do solo e

regramento de ocupação em áreas de risco de inundação.

A elaboração do PDDr é a ação de planejamento do município que atende aos preceitos da

Constituição Federal e da Lei Federal de Saneamento Básico (11.445/07), que atribuem ao

município a organização e prestação dos serviços públicos de interesse local de caráter

essencial, assim como a promoção do adequado ordenamento territorial, mediante

planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano.

O Plano Diretor de Drenagem foi iniciado em 2018 pela RHAMA Consultoria Ambiental

(RHAMA, 2019) onde foram desenvolvidos os aspectos não estruturais: (a) regulação da

drenagem urbana; (b) proposta de instituição de prestação de serviços de drenagem e

inundação; e (c) zoneamento das inundações nas áreas ribeirinhas do rio dos Sinos e

Paranhana. Para as medidas estruturais foram definidas as bacias onde devem ser

realizados os estudos de alternativas de medidas estruturais que são os arroios: Taquara,

Sonda e Tucanos. O Plano de Medidas Estruturais corresponde a este termo de referência.

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1.3. Objeto

O objeto deste TR é a "contratação de empresa especializada para a complementação

do Plano de Medidas Estruturais da Drenagem Urbana do município de Taquara - RS".

O Plano de Drenagem Urbana se baseia em dois tipos de medidas: não-estruturais e

estruturais. As medidas não-estruturais são medidas preventivas que procuram evitar o

aumento das inundações na cidade com o controle do aumento do impacto na cidade com

regulações e serviços. Estas medidas form desenvolvidas na primeira fase do Plano. As

medidas estruturais atuam para eliminar as cheias para um tempo de retorno definido,

objeto deste termo de referência.

O Plano de Medidas Estruturais envolve as seguintes etapas apresentadas a seguir:

• Diagnóstico: o diagnóstico analisa com o tratamento de toda a informação cadastral

e georreferenciada do sistema de macrodrenagem do município, estudos

hidrológicos, montagem de modelo computacional de simulação hidráulica do

sistema, ajuste do modelo, definição de critérios de risco e condições de contorno

do modelo, avaliação de cenários futuros de crescimento populacional e

impermeabilização do solo, realização das simulações nos cenários, análise e

interpretação dos resultados e mapeamento dos problemas identificados;

• Etapa de avaliação de alternativas, com a proposição e simulação de alternativas

estruturais de solução dos problemas identificados na etapa anterior, análise

preliminar de custos, viabilidade técnica e impactos ambientais e sociais das

alternativas, identificação e análise de fontes de financiamento para melhoramentos

no sistema e de recuperação de custos de operação e manutenção e indicação de

medidas complementares de resiliência e convivência com eventos extremos;

• Plano de ações, com os investimentos priorizados, apresentando o arranjo

institucional, os custos e a origem dos recursos, as metas e seus indicadores de

controle e o cronograma de execução.

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2. PRINCÍPIOS, FUNDAMENTOS E DIRETRIZES TÉCNICAS

A gestão das águas pluviais é realizada através do Plano Diretor de Drenagem Urbana

(PDDr), cuja estrutura é apresentada na Figura 2, onde se destacam os seguintes

componentes básicos:

• Política de águas pluviais;

• Medidas não-estruturais e estruturais

• Produtos;

• Programas;

• Informações.

As informações levantadas para o desenvolvimento do Plano são: cadastro da rede pluvial;

bacias hidrográficas e suas características físicas; dados hidrológicos: precipitação, vazão

e sedimentos; Plano Diretor Urbano, Plano Municipal de Saneamento Básico e sistema de

Gestão Urbana.

A política do PDDr se baseia no seguinte:

• Princípios e objetivos do controle das águas pluviais;

• Estratégias de desenvolvimento do plano como a compatibilidade entre os Planos

preparados para a cidade;

• Definição de cenários de desenvolvimento urbano e riscos para as inundações.

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Figura 2. Componentes básicos do Plano Diretor de Drenagem Urbana.

O Plano contempla um grupo de componentes integrados que possibilitam a abordagem

completa do problema das inundações.

2.1. Princípios

Os princípios do desenvolvimento de um programa sustentável de águas pluviais são:

• PDDr faz parte do Plano Diretor do Município. A drenagem faz parte da infraestrutura

urbana, portanto deve ser planejada em conjunto dos os outros sistemas,

principalmente o plano de controle ambiental, esgotamento sanitário, disposição de

material sólido e tráfego;

• O escoamento durante os eventos chuvosos não pode ser ampliado pela ocupação

urbana da bacia, tanto num simples loteamento, como nas obras de macrodrenagem

existentes no ambiente urbano. Isto se aplica a um simples aterro urbano, como a

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construção de pontes, rodovias, e à implementação dos espaços urbanos. O

princípio é de que cada usuário urbano não deve ampliar a cheia natural;

• O PDDr deve contemplar as bacias hidrográficas sobre as quais a urbanização se

desenvolve. As medidas não podem reduzir o impacto de uma área em detrimento

de outra, ou seja, os impactos de quaisquer medidas não devem ser transferidos.

Caso isso ocorra, deve-se prever uma medida mitigadora;

• O PDDr deve prever a minimização do impacto ambiental devido ao escoamento

pluvial através da compatibilização com o planejamento do saneamento ambiental,

controle do material sólido e a redução da carga poluente nas águas pluviais que

escoam para o sistema fluvial interno e externo à cidade;

• O PDDr, na sua regulamentação, deve contemplar o planejamento das áreas a

serem desenvolvidas e a densificação das áreas atualmente loteadas;

• O controle deve ser realizado considerando a bacia como um todo e não em trechos

isolados;

• Os meios de implantação do controle de enchentes são o PDDr, as Legislações

Municipal e Estadual e o Manual de Drenagem. O primeiro estabelece as linhas

principais, as legislações controlam e o Manual orienta;

• O controle permanente: o controle de enchentes é um processo permanente; não

basta que se estabeleçam regulamentos e que se construam obras de proteção; é

necessário estar atento às potenciais violações da legislação na expansão da

ocupação do solo das áreas de risco. Portanto, recomenda-se que:

o Nenhum espaço de risco seja desapropriado se não houver uma imediata

ocupação pública que evite a sua invasão;

o A comunidade tenha uma participação nos anseios, nos planos, na sua execução

e na contínua obediência das medidas de controle de enchentes;

o A educação de engenheiros, arquitetos, agrônomos e geólogos, entre outros

profissionais, da população e de administradores públicos, é essencial para que

as decisões públicas sejam tomadas conscientemente por todos.

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É essencial uma gestão eficiente na manutenção de drenagem e na fiscalização da

regulamentação.

2.2. Objetivos

O PDDr tem o objetivo de criar os mecanismos de gestão da infraestrutura urbana

relacionado com o escoamento das águas pluviais e dos rios na área urbana. Este

planejamento visa evitar perdas econômicas, e a melhorar as condições de saúde e do

meio ambiente da cidade, dentro de princípios econômicos, sociais e ambientais definidos

pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano.

O PDDr tem como meta:

• Planejar a distribuição da água pluvial no tempo e no espaço, com base na tendência

de ocupação urbana compatibilizando esse desenvolvimento e a infraestrutura para

evitar prejuízos econômicos e ambientais;

• Controlar a ocupação de áreas de risco de inundação através de regulamentação;

• Convivência com as enchentes nas áreas de baixo risco.

Os condicionamentos urbanos são definidos dentro âmbito do Plano Diretor Urbano. No

entanto, devido a interferência que a ocupação do solo tem sobre a drenagem existem

elementos do PDDr que são utilizados para regulamentar os artigos do Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano.

2.3. Medidas não-estruturais

As medidas não-estruturais são as seguintes:

• Legislação e regulamentação sobre o aumento da vazão devido a urbanização e a

ocupação da área de risco de áreas ribeirinhas;

• Gestão dos serviços urbanos relacionados com as águas pluviais.

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Regulamentação da drenagem urbana: uso de regulamentação para controle da drenagem

urbana para os locais a serem desenvolvidos tanto em nível de novos loteamentos como

na densificação, que envolve a aprovação de obras em áreas já loteadas.

Regulamentação das áreas ribeirinhas: este componente trata da definição das zonas de

passagem da inundação e das zonas de regulamentação quando existirem.

Gestão das águas pluviais: a gestão trata das instituições dentro do município que deverão

implementar o Plano Diretor de Águas Pluviais nos seus diferentes aspectos. Esta

implementação envolve: desenvolvimento do Plano de Ações, fiscalização dos serviços,

avaliação e fiscalização da implementação de loteamentos e obras relacionadas com a

legislação e regulamentação além da implementação dos programas previstos.

Estas medidas foram desenvolvidas na primeira fase do Plano e não fazem parte do

conteúdo desta fase do plano.

2.4. Medidas estruturais

As medidas estruturais, que são as obras destinadas à redução do risco de inundações,

serão apresentadas na forma de anteprojetos de engenharia. Tais medidas são avaliadas

por sub-bacia.

A definição das bacias hidrográficas urbanas é a primeira ação do Plano quanto às medidas

estruturais. Esta definição se baseia numa subdivisão de rios que escoam para um grande

sistema (lago, rio, reservatório ou estuário), os escoa para fora dos limites da cidade.

Considerando que para cada sub-bacia será elaborado um Plano, admite-se que as

mesmas não deverão exportar impactos, mas representam características de interferências

entre si através do escoamento. Uma mesma macro bacia urbana pode ser subdividida

quando isto for necessário em função do seu desenvolvimento e tamanho. A estrutura do

plano de bacia é apresentada na Figura 3.

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Figura 3. Etapas de um plano de sub-bacia.

No sistema de gerenciamento por sub-bacias hidrográficas, cada sub-bacia tem um plano

específico.

Dados de entrada: o conjunto de dados de entrada necessário aos estudos de alternativas

estruturais do Plano são os seguintes: (a) características urbanas atuais características

físicas: como geologia, tipo de solo e topografia; (c) hidrologia: dados de precipitação para

o estabelecimento da curva de intensidade-duração-frequência e eventos com precipitação

e vazão para ajuste dos modelos hidrológicos; (d) cadastro da rede pluvial construída; (e)

seções naturais representativas dos rios da área urbana de interesse.

Caracterização dos sistemas e definições: este módulo envolve as definições de projeto

relacionadas com: (a) cenários de análise, atuais e futuros; (b) risco de projeto, equivalente

ao tempo de retorno adotado; (c) divisão das bacias hidrográficas em sub-bacias

hidrográficas e discretização das mesmas para simulação; (d) calibração do modelo e

definição dos parâmetros de simulação.

Simulação e escolha das alternativas:

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• Capacidade do sistema existente: análise das condições de escoamento na rede,

determinando a capacidade de escoamento em cada seção definida para a rede de

drenagem discretizada na bacia. Nesta fase, já é possível identificar os locais críticos

devido a variabilidade da capacidade de escoamento que geralmente ocorre nas

áreas urbanas. É comum existirem seções com menor capacidade de escoamento

a jusante do que montante de um trecho.

• Simulação das condições atuais de urbanização e futura da rede de escoamento

pluvial para os cenários atuais e futuros. Nesta simulação é possível identificar as

seções ou trechos críticos onde a capacidade existente não permite escoar a vazão

simulada.

• Definição das alternativas de controle: formulação das possíveis medidas de controle

através do seguinte: (a) identificação em campo dos possíveis locais para

reservatórios de detenção; (b) avaliação dos volumes disponíveis em função das

cotas; (c) trechos que podem ser ampliados e seus condicionantes. Para determinar

a combinação ótima o planejador poderá verificar as alternativas disponíveis: (a)

redução do escoamento superficial através de medidas na fonte (geralmente para

futuros cenários); (b) detenções em locais em que existem áreas disponíveis ou

mesmo em locais enterrados quando as abertas não forem possíveis; (c) ampliação

da capacidade de escoamento do sistema.

• Simulação das alternativas: simulação das alternativas selecionadas, verificando a

sua eficiência para os diferentes cenários. São definidos vários layouts com as

modificações físicas que controlem as inundações existentes.

• Avaliação econômica das alternativas: levantamento dos custos de implementação

das alternativas e escolha da alternativa de projeto e plano de ação para

implementação das medidas.

Verificação do projeto para condições do risco maior que o adotado no projeto:

Considerando que tenha sido escolhido, por exemplo, o tempo de retorno de 10 anos, é

necessário que o plano da sub-bacia avalie os impactos que ocorrerão na drenagem para

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riscos maiores que 10 anos, propondo medidas preventivas para os diferentes locais mais

críticos.

2.5. Diretrizes básicas

O PDDr deverá ser elaborado em conformidade com os objetivos e princípios descritos nos

itens anteriores, atendendo às seguintes diretrizes básicas:

• Os anteprojetos das medidas de controle estruturais serão elaborados, no que

couber, em conformidade com as Normas Técnicas da ABNT – Associação Brasileira

de Normas Técnicas;

• A Contratada deverá manter em suas dependências, espaço para receber os

integrantes da Comissão de Fiscalização que farão o acompanhamento dos

trabalhos;

• Para o acompanhamento dos trabalhos serão realizadas reuniões sistemáticas

quinzenais na Prefeitura Municipal de Taquara com a participação do Coordenador

Geral e membros da equipe da Contratada envolvidos com as atividades em curso.

Caso sucedam acontecimentos relevantes justificáveis, a Prefeitura poderá

convocar, a seu critério, reuniões extraordinárias com a contratada.

• Ao final de cada fase a Comissão de Fiscalização fará uma avaliação dos resultados

do trabalho. A avaliação será encaminhada para a Contratada que, quando for o

caso, deverá proceder aos ajustes, alterações ou complementações solicitadas pela

Comissão;

• A Contratada deverá valer-se basicamente dos dados constantes de trabalhos

existentes ou de outras fontes dignas de crédito. Todo dado utilizado deverá ter sua

fonte perfeitamente identificada. Caso encontre lacunas, a Contratada deverá prever

a maneira de preenchê-las, seja buscando outras fontes, seja adotando hipóteses

simplificadoras. No segundo caso, a contratada deverá propor uma forma de se obter

esses dados no futuro e aferir as hipóteses adotadas;

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• Os procedimentos metodológicos adotados deverão ser claramente indicados e

sempre justificados. Quando diferentes resultados se destinarem à comparação, a

obtenção dos mesmos deverá ter homogeneidade metodológica;

• No caso de ser necessária a adoção de hipóteses e considerações simplificadas, as

mesmas deverão ser convenientemente explicitadas e justificadas;

• É indispensável para elaboração dos estudos, o conhecimento de todos os trabalhos,

existentes ou em execução, que tenham correlação com os objetivos do PDDr;

• As proposições do PDDr deverão ser compatíveis com os demais planos e

programas existentes ou em elaboração que, de alguma forma, se relacionem com

o trabalho;

• A Contratada deverá ter sempre presente, as restrições de ordem técnica, legal e

político-administrativa existentes, tais como os limites municipais, as áreas de

preservação ambiental, a jurisdição de cada órgão e a competência das demais

entidades que tenham relação com o problema.

3. ESCOPO DOS SERVIÇOS

3.1. Etapa de diagnóstico

a) Base de dados

A montagem da base de dados é a primeira tarefa do estudo. A informação cadastral e

georreferenciada do sistema de macrodrenagem do município fornecida pela Contratante

é1:

• Levantamento topobatimétrico da rede de drenagem objeto do estudo (Anexo I

destes TR);

1 Anexos devem ser disponibilizados pela Prefeitura Municipal de Taquara para a licitação.

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• Levantamento planialtimétrico e cadastral da área objeto de estudo (Anexo II destes

TR);

• Arquivos do Plano Diretor Municipal (Anexo III destes TR).

As demais informações cadastrais e de cartografia devem ser obtidas de fontes públicas de

dados, de modo a completar a base de dados do projeto. Devem ser agregadas, no mínimo,

as informações de:

• Dados do terreno (modelo digital de elevação);

• Dados climatológicos;

• Dados hidrológicos (séries históricas de chuva e vazão);

• População do município;

• Mapa de uso do solo;

• Mapa pedológico.

Outras informações de domínio público que, ao longo do estudo, forem consideradas

importantes, impactando nos resultados, devem ser agregadas à base de dados do projeto.

b) Estudos hidrológicos

Os estudos hidrológicos tratam do cálculo dos hidrogramas de projeto para teste e

dimensionamento do sistema de macrodrenagem de cada bacia, envolvendo as seguintes

atividades:

• Delimitação de bacias: Delimitação detalhada das bacias hidrográficas e também

das áreas urbanas situadas na várzea dos rios do Sinos e Paranhana, localizadas

entre as bacias dos córregos urbanos que sejam objeto do estudo de drenagem. A

delimitação das bacias pode ser realizada com base em um MDT de domínio público,

mas na área urbanizada o limite de cada bacia deve ser ajustado com base nos

levantamentos topográficos e cadastrais existentes;

• Análise de chuvas intensas: obtenção na literatura (caso exista) ou determinação da

equação de chuvas intensas para a região do projeto;

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• Definição de metodologia e critérios para o cálculo de chuva efetiva e cálculo dos

hietogramas de projeto;

• Cálculo dos hidrogramas de projeto para diferentes tempos de retorno e/ou vazões

características (como a vazão de calha cheia). A definição dos tempos de retorno e

vazões de projeto deve ser seguida de justificativa.

c) Simulação hidráulica

A simulação hidrodinâmica do sistema de macrodrenagem, na etapa de diagnóstico,

permite a identificação dos locais com problema de inundação.

Esta etapa tem as seguintes tarefas:

• Escolha e montagem de modelo computacional de simulação hidráulica do sistema:

O modelo hidráulico deve ter capacidade de representação do escoamento

unidimensional e de efeito de remanso;

• Validação do modelo com base em observações de campo. O modelo hidráulico

deverá ser validado e, se necessário, ajustado, com base em cheias observadas

pela Defesa Civil ou pelos moradores mais antigos da região. A validação deverá ser

realizada comparando os níveis d'água observados e os calculados pelo modelo

para a cheia de 2 anos de tempo de retorno. Se disponíveis mapas de áreas

inundáveis observados em determinados eventos de cheia, tais mapas deverão ser

utilizados na validação do modelo;

• Definição de critérios de risco e condições de contorno do modelo. As condições de

contorno da simulação devem ser definidas e justificadas, bem como os tempos de

retorno a serem simulados;

• Avaliação de cenários futuros de crescimento populacional e impermeabilização do

solo. Os cenários de adensamento populacional nas bacias devem ser utilizados

para verificar qual o impacto do aumento da impermeabilização do solo sobre os

hidrogramas de projeto;

Realização das simulações nos cenários, análise e interpretação dos resultados e

mapeamento dos problemas identificados;

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3.2. Etapa de avaliação das alternativas

Na etapa de avaliação de alternativas, o modelo hidráulico montado e validado é utilizado

para simulações com propostas de intervenções na rede de drenagem.

a) Proposição de alternativas

Inicialmente é realizada a proposição e simulação de alternativas estruturais de solução

dos problemas identificados na etapa anterior. As propostas serão baseadas na análise

prévia do sistema em seu estágio atual, com os problemas identificados na simulação de

diagnóstico. As soluções contemplam obras de amortecimento de cheias, dispositivos de

controle no escoamento superficial (para cenários futuros) e intervenções para aumento da

capacidade do sistema em alguns trechos, normalmente eliminando algum

estrangulamento na rede ou melhorando a capacidade de escoamento de canais.

b) Simulação do sistema com as alternativas propostas

Para tal, o modelo hidráulico é executado com o incremento de um conjunto de

intervenções, variando alguns parâmetros como largura ou rugosidade de canal e volumes

amortecidos em obras de detenção, até que se obtenha uma rede funcionando sem

extravasamentos para o tempo de retorno de projeto.

As medidas devem ser avaliadas de forma integrada, procurando a melhor relação

benefício-custo, nesta etapa, ainda com base na experiência da equipe da Contratada.

c) Análise de viabilidade

Uma vez que se obtenham conjuntos de intervenções sem extravasamento da rede para o

tempo de retorno de projeto, deve ser realizada uma análise preliminar de viabilidade de

cada conjunto.

A análise preliminar de custos, viabilidade técnica e impactos ambientais e sociais das

alternativas: tais análises devem ser realizadas para, no mínimo, 3 (três) cenários de

conjunto de intervenções em cada uma das bacias hidrográficas identificadas na área de

estudo (a princípio, são 3).

Devem ser considerados, no mínimo, os seguintes critérios:

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• Quantidade e custos de:

o Desapropriação;

o Realocação de famílias, incluindo período de transição;

o Obras civis (material, aluguel de máquinas e mão-de-obra, custos diretos e

indiretos);

o Transporte e destinação de material escavado e entulhos;

o Operação e manutenção no horizonte de projeto;

• Interferência na malha viária e equipamentos públicos relevantes, como estações de

tratamento de água ou esgoto, subestação de energia elétrica, torres de telefonia ou

energia, entre outros;

• Possíveis impactos sobre áreas de mata nativa ou sítios de interesse para

preservação ambiental;

• Possíveis impactos em prédios públicos ou privados de interesse da comunidade,

como escolas e hospitais;

• Nível de segurança contra cheias das medidas previstas;

• Possíveis externalidades positivas das obras.

Os resultados dos 3 cenários de cada bacia devem ser comparados com o custo alternativo

de não tomar qualquer medida, ou seja, de permanecer convivendo com as inundações

como no cenário atual. Assim, o custo do cenário alternativo de não-ação para o horizonte

de projeto deve ser estimado com base em dados de literatura e no histórico de

alagamentos na área urbana do município e dos gastos realizados pelo sistema de defesa

civil no município com auxílio aos atingidos por inundações devido à urbanização (deve-se

tomar o cuidado de não computar os gastos com auxílio a outros desastres naturais, como

inundações ribeirinhas, ventania, granizo, etc.).

Sugere-se o horizonte de projeto de 20 anos. No entanto, a Contratada deverá justificar a

adoção do horizonte que for adotado.

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3.3. Etapa de consolidação das propostas

Nesta etapa o conjunto de intervenções de melhor desempenho é proposto e detalhado. As

seguintes atividades devem ser desenvolvidas.

a) Seleção e detalhamento de alternativas

Em cada bacia hidrográfica, um conjunto de intervenções é selecionado com base na

avaliação dos critérios elencados no item anterior.

As alternativas selecionadas deverão ser detalhadas no nível de anteprojeto, contendo, no

mínimo:

• Planta geral das bacias com a localização das obras propostas por etapas e com a

indicação de suas principais características (arranjos);

• Plantas de implantação das obras em escala 1:500 ou maior;

• Cortes e detalhes em escalas compatíveis com a precisão de um estudo de

planejamento;

• Plantas e cortes dos projetos geométrico, de terraplanagem e de drenagem,

acompanhadas de especificações e quantitativos;

• Memorial geológico e geotécnico, elaborado a partir de dados secundários e de

observações de campo, com a predefinição das fundações, taludes, obras de

contenção e demais obras geotécnicas;

• Especificações de métodos construtivos, materiais e serviços que impactem

sensivelmente na viabilidade técnica e econômica na comparação de alternativas;

• Estimativa de custos de implantação e operação das medidas estruturais e não-

estruturais complementares levantadas para fins de comparação de alternativas.

b) Fontes de financiamento

Identificação e análise de fontes de financiamento para melhoramentos no sistema. As

intervenções previstas nos cenários testados devem ter fontes de financiamento

identificadas e o procedimento de obtenção de recursos mapeado, indicando a instituição,

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os responsáveis pelo setor, os requisitos para enquadramento em programas do governo

e as chamadas públicas em andamento na área, seus prazos e regras.

c) Taxa de drenagem

Proposta de recuperação de custos de operação e manutenção. Deverá ser estudada e

proposta, com base no sistema existente, nas intervenções propostas, seus custos de

operação e manutenção e na estrutura de gestão da prefeitura municipal, uma taxa de

drenagem que permita subsidiar o funcionamento do sistema no município.

A composição da taxa deve levar em consideração as características da população, o

cadastro da secretaria da receita do município ou informação que permita calcular o número

de contribuintes, o nível de impermeabilização em cada bacia, os custos mínimos de

funcionamento do setor de drenagem urbana no município e a componente de custo

variável em função da impermeabilização do solo.

Aspectos práticos sobre a implementação gradual da cobrança da taxa devem ser

discutidos com a administração municipal e os procedimentos necessários devem ser

mapeados e descritos na forma de um plano de ação para implantação.

d) Manual de drenagem

A Contratada deve elaborar um caderno de encargos, ou manual de drenagem e manejo

de água pluviais urbanas. O objetivo do Manual é orientar todos os projetos de

parcelamento do solo e edificação quanto aos procedimentos e critérios que devem ser

seguidos na temática de drenagem e águas pluviais no município de Taquara.

O Manual deve trazer, no mínimo, os critérios, métodos e croquis para o dimensionamento

e instalação das seguintes estruturas:

• Bacias de detenção;

• Dispositivos de retenção e infiltração em lotes;

• Bueiros;

• Galerias;

• Bocas-de-lobo;

• Caixas e poços de visita;

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• Sarjetas.

A ideia não é de que o documento seja uma referência técnica no tema como tantas outras

existentes na literatura, conceituando técnicas e detalhando métodos de cálculo de forma

extensiva, mas sim, que permita uma padronização de estruturas no município e mais

agilidade e segurança nos processos de aprovação de projetos.

e) Medidas complementares

Indicação de medidas complementares de resiliência e convivência com eventos extremos.

Nesta atividade do modelo hidráulico deve ser executado para um cenário em cada bacia

para tempo de retorno superior ao de projeto, permitindo verificar o que ocorreria no

sistema. Com base nesta análise, devem ser propostas medidas complementares,

estruturais, que sejam objeto de estudo futuro, e/ou não estruturais, que sirvam de subsídio

para um plano de contingência em cada bacia.

3.4. Plano de ação

O Plano de Ações é o documento que consolida os estudos do plano diretor para fins de

tomada de decisões e investimentos. O Plano deve trazer os seguintes elementos:

• Investimentos priorizados: a ficha técnica de cada projeto proposto e nível de

prioridade (ordem de implantação), inclusive avaliando os investimentos em outras

áreas cuja prioridade possa impactar na execução do Plano;

• Arranjo institucional: identificação de entes envolvidos, contratos necessários entre

eles e ações a serem empreendidas;

• Custos e a origem dos recursos: vinculação da previsão dos recursos para execução

de cada medida;

• Metas e seus indicadores de controle: definição de metas intermediárias para

execução do plano e dos indicadores que permitirão um controle externo do

atendimento das metas, identificando de riscos de não cumprimento;

Cronograma físico-financeiro de execução do plano.

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4. PRODUTOS

Os produtos serão entregues na forma de relatórios técnicos, divididos da seguinte forma:

• R1 - Relatório técnico de diagnóstico da macrodrenagem urbana. Compreende as

atividades previstas no 1º item do escopo. Deve trazer como anexo a base de dados

na forma digital, em formatos shapefile para os arquivos vetoriais e ArcGRID para

matrizes.

• R2 - Relatório técnico de avaliação de alternativas de intervenção na

macrodrenagem urbana. Compreende as atividades previstas no 2º item do escopo.

• R3 - Relatório técnico de proposição de melhorias na macrodrenagem urbana.

Compreende as atividades previstas no 3º item do escopo. Deve trazer em anexo as

plantas de detalhamento das alternativas propostas em formato A1.

• R4 - Relatório técnico do plano de ações. Compreende as atividades previstas no 4º

item do escopo.

• R5 - Sumário executivo do Plano Diretor de Drenagem Urbana de Taquara-RS.

Documento deve compilar os principais resultados das etapas do estudo, como o

diagnóstico do problema, as alternativas estudadas, justificando as propostas e

apresentar o plano de ações. Como anexo deve estar o Manual de Drenagem.

5. PRAZO E CRONOGRAMA

O prazo para execução dos serviços é de 390 (trezentos e noventa) dias corridos, a contar

da Ordem de Serviço. A Tabela 1 apresenta o cronograma físico dos serviços.

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Tabela 1. Cronograma físico dos serviços necessários para realização do PDDr.

Quinzena 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26

Etapa / Atividade

Diagnóstico R1

Base de dados

Estudo hidrológico

Simulações hidráulicas

Avaliação de alternativas R2

Proposição de alternativas

Simulação do sistema

Análise de viabilidade

Consolidação de propostas R3

Seleção e detalhamento de alternativas

Fontes de financiamento

Taxa de drenagem

Manual de drenagem

Medidas complementares

Plano de ações R4

Elaboração do plano de ações

Sumário executivo do PDDr R5

Elaboração do sumário executivo