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Elementos constitutivos da sociabilidade burguesa (Manuscritos) I- O salário II- O capital, III- A renda fundiária, IV- A relação entre trabalho alienado e propriedade privada V- A propriedade privada

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Elementos constitutivos da sociabilidade burguesa (Manuscritos)

I- O salárioII- O capital,III- A renda fundiária,IV- A relação entre trabalho alienado e

propriedade privadaV- A propriedade privada

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SALÁRIO

“Se o trabalho é uma mercadoria (...) é uma mercadoria com os mais desafortunados atributos”

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Como constitutivo da relação (luta) entre capitalistas e

operários.• Encurtamento de tempo de vida do operário; • A proibição da ligação entre operários; • A possibilidade da acumulação para uma

classe, em detrimento a outra;• Os efeitos da lei da oferta e da procura para o

operário e sua família com relação à redução da vida dos operários à existência animal

• A vulnerabilidade dos operários em relação à miséria absoluta (ou morte por fome) diante da exposição de sua existência a lei da oferta e da procura, como se eles fossem uma mera mercadoria.

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Os efeitos nocivos para o operário das oscilações do preço do

mercado • Operário necessariamente perde com o ganho do

capitalista (em situações em que o capitalista consegue manter o preço de mercado acima do preço natural,o operário perde sua vida no trabalho).

• Os preços do trabalho são muito mais constantes do que os preços dos meios de vida: No trabalho, toda a diversidade natural, espiritual e social da atividade individual se destaca e é paga diversamente, enquanto o capital morto segue sempre no mesmo passo e é indiferente perante a atividade real.

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Três situações em que a sociedade pode se encontrar e a

posição do operário nelas

• Retrocesso da sociedade= miséria progressiva do operário

• Situação em progresso: miséria complicada

• Situação plena: miséria estacionária

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Contrapontos aos pontos de vista da economia política

Economia Política Crítica de Marx

Todo o produto do trabalho pertence ao operário.Cabe ao operário a parte mínima e mais indispensável do produto, apenas tanto Tudo se compra com trabalho

Lucro do capitalista

Enfatiza a importância da divisão do

trabalho

Prima pela existência do homem apenas como operárioO Operário “longe de poder comprar tudo, tem de vender-se a si próprio e à sua humanidade” (p. 18)

Situação de miséria do operário O rebatimento na servidão do corpo. “Um povo para permanecer livre não pode permanecer na condição de servo do corpo” em atividades rotineriras nocivas para o espirito e voltadas para a elevação da força produtiva do trabalho, a riqueza e o refinamento da sociedade”, empobrece o operário até à condição de máquina

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II- CapitalII- Capital

È È poder de governo (regulamentado pelo direito) sobre o poder de governo (regulamentado pelo direito) sobre o trabalho e seus produtos (p. 29), é utrabalho e seus produtos (p. 29), é uma certa quantidade de ma certa quantidade de trabalho empilhado e posto em reserva. Fruto do trabalho alheio.trabalho empilhado e posto em reserva. Fruto do trabalho alheio.

Seus elementos constitutivos são: Seus elementos constitutivos são: LucroLucro e S e Segurançaegurança. Ganha: dos . Ganha: dos salários, da matéria prima adiantada; é regularizado com as taxas salários, da matéria prima adiantada; é regularizado com as taxas de lucro (a mais baixa e a mais alta): de lucro (a mais baixa e a mais alta): deve compensar as deve compensar as perdas acidentais a que está sujeita toda a aplicação do perdas acidentais a que está sujeita toda a aplicação do capital; capital;

É É valorizado com a divisão do trabalho valorizado com a divisão do trabalho (p. 32) “(p. 32) “Quanto maior é a Quanto maior é a quota-parte humana numa mercadoria tanto maior é o ganho do quota-parte humana numa mercadoria tanto maior é o ganho do capital morto”; capital morto”;

ConcorrênciConcorrência: PODERIA SER único socorro contra os capitalistas, a: PODERIA SER único socorro contra os capitalistas, uma vez que ela atua sobre a elevação dos salários e o uma vez que ela atua sobre a elevação dos salários e o bareamento da mercadoria; MAS, bareamento da mercadoria; MAS, a acumulação multilateral a acumulação multilateral converte-se necessariamente em unilateral” (p. 34) .converte-se necessariamente em unilateral” (p. 34) . ““Dinheiro faz dinheiro, diz o provérbio” (p. 36)Dinheiro faz dinheiro, diz o provérbio” (p. 36). O grande . O grande capital esmaga os pequenos. capital esmaga os pequenos.

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III- Renda FundiáriaIII- Renda Fundiária Os proprietários fundiários não têm interesse na sociedade, Os proprietários fundiários não têm interesse na sociedade,

mas que, ao contrário, a utilizam para aumentar o mas que, ao contrário, a utilizam para aumentar o monopólio.monopólio.

A A concorrência entre os proprietários fundiários concorrência entre os proprietários fundiários figura como relação entre grande e figura como relação entre grande e pequeno capitalpequeno capital

Circunstâncias específicas estimulamCircunstâncias específicas estimulam estimulam estimulam acumulação da grande propriedade fundiária ( acumulação da grande propriedade fundiária ( como como por exemplo, poupança de custos de produção e hábil por exemplo, poupança de custos de produção e hábil divisão do trabalho; acúmulo de juros que o capital rendeiro divisão do trabalho; acúmulo de juros que o capital rendeiro aplicou no rendimento do terreno; melhoramento social que aplicou no rendimento do terreno; melhoramento social que é útil à grande propriedade e prejudica a pequena)é útil à grande propriedade e prejudica a pequena)

O movimento da relação entre os proprietários fundiários e O movimento da relação entre os proprietários fundiários e os pequenos proprietários vai desembocar na configuração os pequenos proprietários vai desembocar na configuração de duas classes: a de duas classes: a dos capitalistas e a classe operária. dos capitalistas e a classe operária. “Esta venda ao desbarato da propriedade fundiária, “Esta venda ao desbarato da propriedade fundiária, a transformação da propriedade fundiária numa a transformação da propriedade fundiária numa mercadoria é o derrube final da velha aristocracia e mercadoria é o derrube final da velha aristocracia e a consumação final da aristocracia do dinheiro” (p. a consumação final da aristocracia do dinheiro” (p. 55)55)

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Crítica aos conservadores Crítica aos conservadores românticos no que tange ao românticos no que tange ao

posicionamento com relação à posicionamento com relação à derrocada do feudalismoderrocada do feudalismo

a) A propriedade fundiária feudal é terra alienada do a) A propriedade fundiária feudal é terra alienada do homem e enfrentando-o por isso na figura de alguns poucos homem e enfrentando-o por isso na figura de alguns poucos senhores. A base da posse fundiária é a propriedade privada. senhores. A base da posse fundiária é a propriedade privada. Ela é sua base. Ela é sua base. A terra “aparece como corpo inorgânico A terra “aparece como corpo inorgânico do seu senhor (...) A história da sua família, a história do seu senhor (...) A história da sua família, a história da sua casa, etc., tudo isso individualiza para ele a da sua casa, etc., tudo isso individualiza para ele a sua posse fundiária e faz dela formalmente a sua sua posse fundiária e faz dela formalmente a sua casa, uma pessoa” (...) casa, uma pessoa” (...) Costumes, caráter, etc modificam-Costumes, caráter, etc modificam-se de um pedaço de terra para outro e se de um pedaço de terra para outro e parecemparecem fazer um fazer um com a parcela, enquanto mais tarde já só a bolsa do homem com a parcela, enquanto mais tarde já só a bolsa do homem se liga ao pedaço da terra, não o seu caráter, a sua se liga ao pedaço da terra, não o seu caráter, a sua individualidade.individualidade.

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A propriedade fundiária tem sua raiz na propriedade A propriedade fundiária tem sua raiz na propriedade privada. É mercadoria de dominação. privada. É mercadoria de dominação.

É é preciso que toda essa relação pessoal do proprietário É é preciso que toda essa relação pessoal do proprietário com sua propriedade cesse e esta se torne ela mesma com sua propriedade cesse e esta se torne ela mesma riqueza material, coisal, que para o lugar de casamento riqueza material, coisal, que para o lugar de casamento de honra com a terra entre o casamento de interesse, e a de honra com a terra entre o casamento de interesse, e a terra, tal como o homem, se degrade a valor de pequeno terra, tal como o homem, se degrade a valor de pequeno tráfico. É necessário que aquilo que é a raiz da tráfico. É necessário que aquilo que é a raiz da propriedade fundiária, o egoísmo sórdido, apreça também propriedade fundiária, o egoísmo sórdido, apreça também na sua figura cínica. na sua figura cínica.

É necessário que aquilo que é a raiz da propriedade É necessário que aquilo que é a raiz da propriedade fundiária, o egoísmo sórdido, apreça também na sua fundiária, o egoísmo sórdido, apreça também na sua figura cínica.figura cínica.

A divisão da posse fundiária, por sua vez, não suprime a A divisão da posse fundiária, por sua vez, não suprime a propriedade privada. Ela corresponde ao movimento da propriedade privada. Ela corresponde ao movimento da concorrência no domínio industrial. Concluí: Não há concorrência no domínio industrial. Concluí: Não há saídas, senão a revolução industrial. saídas, senão a revolução industrial.

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IV- A Relação entre IV- A Relação entre Trabalho alienado e Trabalho alienado e

propriedade privadapropriedade privada A economia política parte da propriedade A economia política parte da propriedade

privada. privada. Ela não o esclarece.Ela não o esclarece. “Capta o “Capta o processo material da propriedade processo material da propriedade privada em fórmulas universais, privada em fórmulas universais, abstratas, que valem para ela como abstratas, que valem para ela como leis”).leis”).

Proposta: “conceber a conexão essencial entre Proposta: “conceber a conexão essencial entre a propriedade privada, a cupidez, a divisão do a propriedade privada, a cupidez, a divisão do trabalho, capital e propriedade fundiária, de trabalho, capital e propriedade fundiária, de troca e concorrência, etc. Ponto de partida : troca e concorrência, etc. Ponto de partida : análise da realidade. Qual é esta realidade? análise da realidade. Qual é esta realidade?

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Condições de Trabalho -Condições de Trabalho -Estranhamento/objetivaçãoEstranhamento/objetivação

A Economia política chega a admitir o trabalho como A Economia política chega a admitir o trabalho como princípio e fundamento da riqueza centrada na princípio e fundamento da riqueza centrada na propriedade. Descobre o trabalho humano como criador da propriedade. Descobre o trabalho humano como criador da riqueza. Mas trata de um trabalho particular, circunscrito. riqueza. Mas trata de um trabalho particular, circunscrito. Sua preocupação está voltada para o trabalho como Sua preocupação está voltada para o trabalho como produtor de riquezas. Ela não toma como objeto o homem produtor de riquezas. Ela não toma como objeto o homem inserido no processo produtivo. Estamos diante de uma inserido no processo produtivo. Estamos diante de uma cisão entre o homem e operário. Ao contrário, sendo a cisão entre o homem e operário. Ao contrário, sendo a propriedade privada trabalho, cabe analisá-la a partir das propriedade privada trabalho, cabe analisá-la a partir das condições de trabalho. Nestas destaca-se:condições de trabalho. Nestas destaca-se:

Estranhamento:Estranhamento: “O objeto que o trabalho produz, o seu produto, “O objeto que o trabalho produz, o seu produto, enfrenta-o como um enfrenta-o como um SER ESTRANHOSER ESTRANHO, como um , como um poder poder independenteindependente do produtor” (p. 62) do produtor” (p. 62)

A perda da objetivação/ Coisificação: A perda da objetivação/ Coisificação: O produto do trabalho é O produto do trabalho é o trabalho que se fixou num objeto, se coisificou.o trabalho que se fixou num objeto, se coisificou.

Relação entre objetivação e estranhamento: O trabalho figura Relação entre objetivação e estranhamento: O trabalho figura como desrealização do operário, a OBJETIVAÇÃO COMO PERDA DO como desrealização do operário, a OBJETIVAÇÃO COMO PERDA DO OBJETO E SERVIDÃO AO OBJETO, a apropriação como alienação, OBJETO E SERVIDÃO AO OBJETO, a apropriação como alienação, como desapossamento” (p. 62)como desapossamento” (p. 62)

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O homem se afirma objetivando O homem se afirma objetivando sua essênciasua essência

““O homem nada é sem objeto. Grandes O homem nada é sem objeto. Grandes homens, exemplares –esses homens nos homens, exemplares –esses homens nos revelam a essência do homem- confirmaram revelam a essência do homem- confirmaram este princípio com sua vida. Tinham uma este princípio com sua vida. Tinham uma única paixão fundamental dominante: a única paixão fundamental dominante: a realização daquele fim que era objeto realização daquele fim que era objeto essencial de sua atividade. Mas o objeto ao essencial de sua atividade. Mas o objeto ao qual um sujeito se refere não é senão a qual um sujeito se refere não é senão a essência própria, mas objetiva desse sujeito” essência própria, mas objetiva desse sujeito” (Feuerbach, 1994,p.13 )(Feuerbach, 1994,p.13 )

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Quatro formas de Quatro formas de alienaçãoalienação

1.Com relação ao produto do 1.Com relação ao produto do trabalhotrabalho

AA objetivação objetivação e, nela, a e, nela, a alienaçãoalienação, a , a perdaperda do objeto, do seu produto. do objeto, do seu produto. Situação em que o operário torna-se Situação em que o operário torna-se servo do seu objeto, primeiro, para servo do seu objeto, primeiro, para receber um objeto do trabalho (para receber um objeto do trabalho (para receber trabalho) e para receber meios receber trabalho) e para receber meios de subsistência. Portanto, para existir de subsistência. Portanto, para existir primeiro como operário, e, segundo, primeiro como operário, e, segundo, como sujeito físico.” (p. 63).como sujeito físico.” (p. 63).

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2- Alienação com relação ao 2- Alienação com relação ao ato da produçãoato da produção, no interior , no interior

da própria da própria atividade atividade produtivaprodutiva

Se o produto do trabalho é desapossamento, então a própria Se o produto do trabalho é desapossamento, então a própria produção tem de ser o desapossamento ativo, o desapossamento produção tem de ser o desapossamento ativo, o desapossamento da atividade (p. 64). Em que consiste este desapossamento do da atividade (p. 64). Em que consiste este desapossamento do trabalho?trabalho?

Na medida em que o trabalho não pertence a essência do Na medida em que o trabalho não pertence a essência do operário, “o operário, “o operário não se afirma, antes se nega, no seu operário não se afirma, antes se nega, no seu trabalho, não se sente bem, mas infeliz, não desenvolve trabalho, não se sente bem, mas infeliz, não desenvolve qualquer energia livre física ou espiritual, antes mortifica qualquer energia livre física ou espiritual, antes mortifica o seu físico e arruína o seu espírito (...) o seu trabalho o seu físico e arruína o seu espírito (...) o seu trabalho não é voluntário, mas forçado, trabalho não é voluntário, mas forçado, trabalho forçadoforçado. .

Ele torna-se meio de... Ele torna-se meio de... Perda da liberdade (O homem só se Perda da liberdade (O homem só se sente livre nas suas funções animaissente livre nas suas funções animais))

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3.Alienação com relação ao 3.Alienação com relação ao vida genérica (e a produção vida genérica (e a produção

universal)universal) ““O HOMEM É UM SER GENÉRICO, NÃO O HOMEM É UM SER GENÉRICO, NÃO

APENAS NA MEDIDA EM QUE PRÁTICA APENAS NA MEDIDA EM QUE PRÁTICA E TEORICAMENTE TORNA OBJETO SEU E TEORICAMENTE TORNA OBJETO SEU O GÊNERO, TANTO O SEU PRÓPRIO O GÊNERO, TANTO O SEU PRÓPRIO COMO O DAS RESTANTES DAS COISAS, COMO O DAS RESTANTES DAS COISAS, MAS TAMBÉM (...) NA MEDIDA EM QUE MAS TAMBÉM (...) NA MEDIDA EM QUE ELE SE COMPORTA PARA CONSIGO ELE SE COMPORTA PARA CONSIGO COMO GÊNERO VIVO, PRESENTE, NA COMO GÊNERO VIVO, PRESENTE, NA MEDIDA EM QUE SE COMPORTA PARA MEDIDA EM QUE SE COMPORTA PARA CONSIGO PRÓPRIO COMO SER CONSIGO PRÓPRIO COMO SER UNIVERSAL, POR ISSO LIVRE” (p. 66)UNIVERSAL, POR ISSO LIVRE” (p. 66)

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Os vetores naturais perdem peso Os vetores naturais perdem peso

“ “ O HOMEM VIVE DA NATUREZA O HOMEM VIVE DA NATUREZA INORGÂNICA, E QUANTO MAIS INORGÂNICA, E QUANTO MAIS UNIVERSAL DO QUE O ANIMAL O UNIVERSAL DO QUE O ANIMAL O HOMEM É, TANTO MAIS HOMEM É, TANTO MAIS UNIVERSAL É O DOMÍNIO DA UNIVERSAL É O DOMÍNIO DA NATUREZA INORGÂNICA QUE ELE NATUREZA INORGÂNICA QUE ELE VIVE” (p. 66)VIVE” (p. 66)

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A universalidade (inerente à A universalidade (inerente à vida genérica)vida genérica)

Fisicamente, o homem só vive dos produtos da Fisicamente, o homem só vive dos produtos da Natureza (plantas, animais, pedras, etc), na Natureza (plantas, animais, pedras, etc), na medida em que eles aparecem na forma de medida em que eles aparecem na forma de aquecimento, vestuário, habitação etc. aquecimento, vestuário, habitação etc.

A UNIVERSALIDADE DO HOMEM APARECE A UNIVERSALIDADE DO HOMEM APARECE PRATICAMENTE NA UNIVERSALIDADE QUE FAZ PRATICAMENTE NA UNIVERSALIDADE QUE FAZ DE TODA A NATUREZA O SEU CORPO DE TODA A NATUREZA O SEU CORPO INORGâNICO, TANTO NA MEDIDA EM QUE ELA É: INORGâNICO, TANTO NA MEDIDA EM QUE ELA É: meio de vida imediato ou matéria e meio de vida imediato ou matéria e instrumento de sua atividade vital. A instrumento de sua atividade vital. A NATUREZA É O CORPO INORGâNICO DO HOMEM, NATUREZA É O CORPO INORGâNICO DO HOMEM, QUER DIZER NA MEDIDA EM NÃO É ELA QUER DIZER NA MEDIDA EM NÃO É ELA PRÓPRIA CORPO HUMANO.PRÓPRIA CORPO HUMANO.

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NA MEDIDA EM QUE O TRABALHO NA MEDIDA EM QUE O TRABALHO ALIENADO ALIENA AO HOMEM A ALIENADO ALIENA AO HOMEM A NATUREZA E ELE PRÓPRIO (SUA NATUREZA E ELE PRÓPRIO (SUA FUNÇÃO ATIVA, SUA ATIVIDADE VITAL) FUNÇÃO ATIVA, SUA ATIVIDADE VITAL) ELE ALÍNEA AO HOMEM O GÊNERO, ELE ALÍNEA AO HOMEM O GÊNERO, TORNA-LHE A VIDA GENÉRICA MEIO TORNA-LHE A VIDA GENÉRICA MEIO DA VIDA INDIVIDUAL.DA VIDA INDIVIDUAL.

PRIMEIRO, ALIENA A VIDA GENÉRICA PRIMEIRO, ALIENA A VIDA GENÉRICA E A VIDA INDIVIDUAL E, SEGUNDO, E A VIDA INDIVIDUAL E, SEGUNDO, TORNA A ÚLTIMA NA SUA ABSTRAÇÃO TORNA A ÚLTIMA NA SUA ABSTRAÇÃO OBJETIVO DA PRIMEIRA, IGUALMENTE OBJETIVO DA PRIMEIRA, IGUALMENTE NA SUA FORMA ABSTRATA E NA SUA FORMA ABSTRATA E ALIENADA” (P. 67)ALIENADA” (P. 67)

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A AUTO ALIENAÇÃO: . SE A MINHA ATIVIDADE A AUTO ALIENAÇÃO: . SE A MINHA ATIVIDADE NÃO ME PERTENCE, A QUEM ELA PERTENCE? A NÃO ME PERTENCE, A QUEM ELA PERTENCE? A

UM OUTRO SER QUE NÃO EU? QUEM?UM OUTRO SER QUE NÃO EU? QUEM?

O estranho a quem pertence o produto do homem é o O estranho a quem pertence o produto do homem é o próprio homem. Se, para o operário sua atividade é um próprio homem. Se, para o operário sua atividade é um tormento, então ela é fruição e alegria de viver para um tormento, então ela é fruição e alegria de viver para um outro homem. “outro homem. “Não a natureza, não os deuses, só o Não a natureza, não os deuses, só o próprio homem pode ser este poder estranho sobre o próprio homem pode ser este poder estranho sobre o homemhomem” (p. 70)” (p. 70)

E O HOMEM SE COMPORTA PARA COM A SUA E O HOMEM SE COMPORTA PARA COM A SUA ATIVIDADE COMO UMA ATIVIDADE NÃO LIVRE, ATIVIDADE COMO UMA ATIVIDADE NÃO LIVRE, ‘ENTÃO COMPORTA-SE PARA A ELA COMO ATIVIDADE ‘ENTÃO COMPORTA-SE PARA A ELA COMO ATIVIDADE AO SERVIÇO, SOB A DOMINAÇÃO, A COACÇAO E O AO SERVIÇO, SOB A DOMINAÇÃO, A COACÇAO E O JUGO DE UM OUTRO HOMEMJUGO DE UM OUTRO HOMEM

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PROPRIEDADE PRIVADAPROPRIEDADE PRIVADA

““A relação da propriedade privada é trabalho, A relação da propriedade privada é trabalho, capital e ligação entre ambos “capital e ligação entre ambos “

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“No operário acontece [existir], portanto, subjetivamente que o capital é o homem totalmente perdido de si, tal como no capital acontece objetivamente que o trabalho é o homem perdido de si. Mas o operário tem a infelicidade de ser um capital vivo e portanto necessidade [bedürftides], que perde os seus juros e como isso a existência em cada momento que não trabalha” (p. 75)

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• Se o homem é apenas operário, nesta condição, todas as suas qualidades humanas só existem na medida em que existirem para o capital estranho a ele. Mas ambos, capital e homem, são estranhos, por isto estão numa relação indiferente, exterior, acidental, então, esta ESTRANHEZA TEM DE APARECER TAMBÉM COMO REAL. (P. 75). Portanto, quando o capital não é mais para o operário, este, também, não é mais para si próprio (sem trabalho, sem salário e visto que ele não existência como homem mas só como operário, pode deixar-se enterrar, morrer de fome) (..) “A existência do capital é a sua existência, a sua vida, tal como determina o conteúdo da sua vida de um modo indiferente a ele” (p. 76)

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Como a economia política analisa esta relação?

Para a economia política as necessidades do operário são as necessidades de mantê-lo durante o trabalho e na perspectiva de que a raça dos operários não se extinga. O salário tem então o mesmo sentido de manutenção da ordem (...) pertence aos custos do capital e do capitalista e não deve ultrapassar a necessidade desta precisão. 76

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A relação da propriedade privada contém: sua relação como trabalho, como capital e como ligação entre estas. Por um lado, a produção da atividade humana como trabalho, estranha ao homem e à natureza e estranha à consciência e exteriorização da vida; a existência abstrata do homem que pode PRECIPITAR-SE DO SEU NADA PREENCHIDO PARA O NADA ABSOLUTO, para sua não existência social e por isso a sua não-existência real. Por outro lado, a produção do objeto da atividade humana como capital, em que toda a determinidade natural e social do objeto está apagada, em que a propriedade perdeu a sua qualidade natural e social. (77)

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Qual a gênese do (verdadeiro) comunismo, como ele se constitui

• No movimento da propriedade privada, precisamente, [no] da economia, todo movimento revolucionário encontra tanto a sua base empírica como teórica  

 

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CARÁTER SOCIAL DO HOMEM: • “O que eu faço de mim, o faço para a sociedade

e com a consciência de mim enquanto ser social” (p.10)

• Minha consciência universal é apenas a forma teórica daquela cuja forma viva é a comunidade real, o ser social, é

• A sociedade não é uma outra abstração frente ao indivíduo. O indivíduo é o ser social. A exteriorização de sua vida é uma exteriorização e confirmação da vida social.

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• O que eu faço de mim, o faço para a sociedade e com a consciência de mim enquanto ser social” (p.10).

• O homem – por mais que seja um indivíduo particular, e justamente é sua particularidade que faz dele um indivíduo e uym ser social individual efetivo –é na mesma medida, a totalidade, a totalidade ideal, o modo de existência subjetivo da sociedade pensada e sentida para si, do mesmo modo que também na efetividade ele existe tanto como intuição e gozo efetivo do modo de existência social, quanto como uma totalidade de exteriorização da vida humana. PENSAR E SER SÂO POIS, NA VERDADE DIFERENTES, MAS AO MESMO TEMPO, FORMAM EM CONJUNTO UMA UNIDADE

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O que representa a superação da propriedade privada?

• A superação positiva da propriedade privada, isto é, a apropriação sensível pelo homem e para o homem da essência e da vida humanas, do homem objetivo, das obras humans, não deve ser concebida só no sentido do gozo imediato, exclusivo, no sentido da posse, do ter. O HOMEM APROPRIA-SE DP SEI SER GLOBAL, ISTO É, COMO HOMEM TOTAL. (P.11/96)

• - “Em lugar de todos os sentidos físicos e espirituais apareceu assim a simples alienação de todos esses sentidos, o sentido do ter. O SER HUMANO TEVE QUE SER REDUZIDO A ESTA ABSOLUTA POBREZA, PARA QUE PUDESSE DAR À LUZ A SUA RIQUEZA INTERIOR PARTINDO DE SI” (p. 11/ 97)

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Elementos constitutivos de Elementos constitutivos de uma nova ontologiauma nova ontologia

Trabalho (ação humana na natureza)Trabalho (ação humana na natureza)

LiberdadeLiberdade

HistoricidadeHistoricidade

SociabilidadeSociabilidade

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Crítica da Dialética e da Crítica da Dialética e da Filosofia de Hegel em GeralFilosofia de Hegel em Geral

Hegel ao apreender a negação da Hegel ao apreender a negação da negação encontra a expressão negação encontra a expressão abstrata, lógica, especulativa para o abstrata, lógica, especulativa para o movimento da história. A história ainda movimento da história. A história ainda não real do homem como sujeito, mas não real do homem como sujeito, mas que apenas ato de geração, que apenas ato de geração, surgimento. Vejamos como ele constrói surgimento. Vejamos como ele constrói este percurso na Fenomenologiaeste percurso na Fenomenologia

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PERCURSOS DA CONSCIÊNCIAPERCURSOS DA CONSCIÊNCIA Autoconsciência (percursos):Autoconsciência (percursos):a)Consciência (opinião, a coisa –sem suas a)Consciência (opinião, a coisa –sem suas

mediações- ilusão)mediações- ilusão)b) Autoconsciência (a verdade da certeza b) Autoconsciência (a verdade da certeza

de si). Percursos: dominação e servidão; de si). Percursos: dominação e servidão; liberdade da autoconsciência, estoicismo, liberdade da autoconsciência, estoicismo, ceticismo, a consciência infelizceticismo, a consciência infeliz

c) Razão (Certeza e verdade) -) –Razão c) Razão (Certeza e verdade) -) –Razão observante; observação da natureza e observante; observação da natureza e autoconsciência; realização da autoconsciência; realização da autoconsciencia racional por si mesma autoconsciencia racional por si mesma etc..etc..

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O EspíritoO Espíritoa)O Espírito verdadeiro- a eticidadea)O Espírito verdadeiro- a eticidadeb) O Espírito alienado de si, a culturab) O Espírito alienado de si, a culturac) O espírito certo de si mesmo (a c) O espírito certo de si mesmo (a

moralidade)moralidade)d) A religiãod) A religiãoe) O saber absolutoe) O saber absoluto

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““O espírito filosófico não é senão o O espírito filosófico não é senão o espírito do mundo, pensante no espírito do mundo, pensante no interior da sua auto-alienação, isto é interior da sua auto-alienação, isto é [o espírito do mundo] alienado que se [o espírito do mundo] alienado que se apreende abstramente”. Sua lógica é apreende abstramente”. Sua lógica é tornada completamente indiferente tornada completamente indiferente face a toda determinidade do real, e face a toda determinidade do real, e por isso essência irreal- [é ] o pensar por isso essência irreal- [é ] o pensar desapossado, portanto que abstrai da desapossado, portanto que abstrai da Natureza e do homem real o pensar Natureza e do homem real o pensar abstrato” (p.109)abstrato” (p.109)

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O duplo erro de Hegel na O duplo erro de Hegel na fenomenologiafenomenologia

Concebe um movimento que termina no Concebe um movimento que termina no saber absoluto (...) Toda a história de saber absoluto (...) Toda a história de desapossamento e toda a retirada de desapossamento e toda a retirada de desapossamento não é mais do que a desapossamento não é mais do que a história da produção do pensar absoluto.história da produção do pensar absoluto.

A alienação é a oposição de em si e para A alienação é a oposição de em si e para si, de consciência e auto-consciência, de si, de consciência e auto-consciência, de objeto e de sujeito; isto é a oposição do objeto e de sujeito; isto é a oposição do pensar abstrato e da realidade sensível ou pensar abstrato e da realidade sensível ou da sensibilidade real no interior do próprio da sensibilidade real no interior do próprio pensamento.pensamento.