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Janeiro / Fevereiro 2014 | Ano XX | Nº126 Um jornal para novos tempos Págs. 6 e 7 Pág.10 Inaugurada Subestação Ijuí 2 REFORÇO Pág. 8 Empresa atualizará atlas eólico MAPEAMENTO Pág. 3 MANUTENÇÃO DE LINHAS Empregados desenvolvem robô Pág. 11 Biólogos monitoram fauna MEIO AMBIENTE Geração eólica, solar e transmissão são prioridades Págs. 6 e 7 Perspectivas 2014

Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

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Page 1: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Janeiro / Fevereiro 2014 | Ano XX | Nº126 Um jornal para novos tempos

Págs. 6 e 7

Pág.10

Inaugurada Subestação Ijuí 2

REFORÇO

Pág. 8

Empresa atualizará atlas eólico

MAPEAMENTO

Pág. 3

MANuTENÇãO dE lINhAS

Empregados desenvolvem robô

Pág. 11

Biólogos monitoram fauna

MEIO AMBIENTE

Geração eólica, solar e transmissão são prioridadesPágs. 6 e 7

Perspectivas 2014

Page 2: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Eólica, solar e transmissão na pautaO ano começou com acontecimentos marcantes para empresa. Foram assina-dos os contratos de concessão dos em-preendimentos conquistados no leilão de transmissão de novembro de 2013 e um trecho da linha, que reforça o inter-câmbio de energia entre o Sudeste e o Sul, foi entregue com três meses de an-

tecipação. É só o começo. A Eletrosul pla-neja para 2014 ampliar sua participação nos segmentos de geração eólica e solar e expandir sua malha de transmissão no Sul do País, além de colocar em operação os empreendimentos que já estão sendo implantados: perspectivas que o Eletrosul Agora destaca nesta edição. Boa leitura.

EXPEDIENTE

Diretoria ExecutivaDiretor-Presidente

Eurides Luiz Mescolotto

Diretor de Engenharia e Operação

Ronaldo dos Santos Custódio

Diretor Financeiro

Antonio Waldir Vittori

Diretor Administrativo

Paulo Afonso Evangelista Vieira

Conselho Editorial

Cleiton Luis Rezende CabralLaércio FariaLuiz Ricardo MachadoRonaldo Bauer LessaRubem Abrahão Gonçalves Filho

Gerente ACS

Sandra da Silva [email protected]

Coordenação

Jonatas [email protected]

Edição

Andréa [email protected]

Jonatas [email protected]

Textos

Anahi GurgelAndréa LombardoCleusa FreseGilberto Del Pozzo

Edição de Fotografia

Hermínio Nunes

Fotos

Aloísio AntesAnísio BorgesArquivo DDOM/DGIArquivo CHTPArquivo Construtora IntegraçãoArquivo Eólicas do SulArquivo ESBRArquivo Marumbi TransmissoraArquivo TSBEArquivo TSLEFelipe PetersHermínio NunesJosé Antonio Monjeló RodriguesMaurício PereiraNélio Pinto

Projeto Gráfico

Agenciamob

Conteúdo e Projeto Editorial

Giusti Comunicação Integrada

Tiragem 4.500 exemplares

Periódico editado pela ACS – Assessoriade Comunicação Social e Marketing

Rua Dep. Antônio Edu Vieira, 999, PantanalFlorianópolis/SCCEP 88040901Fone (48) 3231.7269 / 3231.7075

www.eletrosul.gov.br

2 EDITORIAL

São 200 famílias, que vivem em um dos pontos mais isolados da bacia do Pantanal, entre os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bolívia. Por causa das restrições para chegar com uma rede elétrica convencional, a aldeia foi atendida com um sistema de geração solar fotovoltaica.

O Programa Luz Para Todos (LpT) completou 10 anos, atingindo

a marca de 15,5 milhões de beneficiados nas áreas rurais do

Brasil. Nos estados da área de concessão da Eletrosul (RS, SC, PR e

MS), 1,3 milhão de consumidores passaram a ter energia elétrica em

casa. A comunidade indígena Guató foi uma das beneficiadas pelo LpT,

em meados de 2004.

Page 3: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

As equipes da Eletrosul que atuam em cam-po estão contando com um aliado para reali-zar a manutenção e instalação das esferas de sinalização aérea, especialmente em áreas de difícil acesso. Desenvolvido inteiramente por técnicos da empresa, o chamado Cece - Carro Elétrico para Colocação de Esferas - é um robô operado remotamente, que pode fazer repa-ros ou substituir as esferas sem necessidade de desligamento da linha de transmissão. Em três anos de testes, finalizados em janeiro, a invenção tem proporcionado redução de cus-tos, de mão de obra e do tempo de serviço.

O Cece é um pequeno veículo eletromecâ-nico motorizado, que transporta a esfera pelo cabo para-raio da linha, entre as torres de sus-tentação. O robô possui um braço mecânico,

Robô facilita manutenção em LTs

INOVAÇãO

DESTAQUE 3Eletrosul agora - Janeiro / Fevereiro 2014

Operado à distância, dispositivo é alternativa segura e de baixo custo para o setor

que o permite empurrar ou puxar e travar ou des-travar a esfera. Também é equipado com câmera e sistema de posicionamento global (GPS), o que facilita sua operação e inspeção. As imagens cap-turadas em vídeo são transmitidas via radiofre-quência para monitoramento à distância.

A invenção foi concebida com o propósito de superar as restrições apresentadas por outros métodos e equipamentos disponíveis no merca-do e, anteriormente, adotados pela própria Eletro-sul. “Além de terem alto custo, essas outras técni-cas exigem o uso de equipamentos para fazer a manutenção, como mastro de carga, e um grande planejamento para a operação no campo”, expli-ca o empregado Emerson Ribeiro dos Santos, res-ponsável pela criação do Cece juntamente com Cleberson Figueiredo de Souza.

Além da Assessoria de Pesquisa e Desenvolvi-mento (APD), o projeto contou com o apoio do Departamento de Engenharia de Manutenção (DEM) e do Laboratório de Alta Tensão (LALTE),

onde também foram realizados testes, que re-sultaram na criação de uma blindagem para evitar influências do campo magnético no dis-positivo. Este ano, outros dois protótipos já fo-ram fabricados para utilização nas unidades de Capivari de Baixo (SC) e Gravataí (RS).

No BrasilConvencionalmente, no setor elétrico, a subs-

tituição ou manutenção das esferas ocorre a partir do desligamento da linha. Dessa forma, o técnico pode transitar pelo cabo utilizando cor-das e roldanas para movimentar a esfera, mas o trabalho pode levar mais de oito horas e exigir apoio de até 12 pessoas. O serviço também pode ser realizado com um guindauto, porém a altu-ra dos cabos pode limitar o manuseio dos equi-pamentos. Já com a linha energizada, um dos métodos para fazer a manutenção é com o uso de helicóptero e bastões isolantes – uma opera-ção de risco, com alto custo associado.

Cleberson (segundo à esq.) e Emerson (segundo à dir.), inventores do Cece, entre demais técnicos que deram apoio na montagem de dois dos protótipos.

Page 4: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

h

CANTEIRO DE OBRAS

JANEIRO dE 2014

4

MEgAwATT SOlAR

Praticamente todos os 1.836 painéis fotovoltaicos na cobertura do edifício-sede já estão instalados e com as conexões de cabeamento efetivadas.

Guindaste elevando a terceira pá para ser acoplada à nacele do sétimo aerogerador montado no Parque Geribatu IX.

Na Subestação Curitiba Leste, que vai operar em extra-alta tensão (525/230 kV), estão sendo concluídas as fundações dos pórticos.

SE cuRITIBA lESTE

1MW

Capacidade de atendimento: 570 residências

SC

N

672MVA

Capacidade de atendimento: 900.000 habitantesN

Curitiba

cOMPlEXO EÓlIcO gERIBATu

258MW

Capacidade de atendimento: 1.600.000 habitantes

RS

N

+LT 525 kVExtensão: 29,4km

Page 5: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

h

CANTEIRO DE OBRASEletrosul agora - Janeiro / Fevereiro 2014

cANTEIRO dE OBRAS5

uhE JIRAu

AMPlIAÇãO dO cOMPlEXO EÓlIcO cERRO chATO lT Sul lITORÂNEA

uhE TElES PIRES

Torre de 500 kV da LT Itá-Nova Santa Rita chegando na SE Nova Santa Rita. Segundo trecho de 500 kV da obra (o primeiro – Salto Santiago Itá - já foi energizado), será um importante reforço ener-gético e de segurança operacional para o Rio Grande do Sul.

Com a entrega do aerogerador 4, todo o par-que eólico Cerro dos Trindade está em opera-ção comercial. Já o Cerro Chato IV ( foto) está com seus cinco aerogeradores montados mecanicamente. As unidades 1 e 2 estão em fase de testes para entrada em operação.

Lançamento dos cabos condu-tores nas torres autoportantes 1255/1 e 1255/2, no muni-cípio Alto Paraguai, no Mato Grosso.

Base para os pórticos metálicos da SE Povo Novo.

Concluída a cobertura da casa de força da margem es-querda na UHE Jirau. A finalização dessa etapa possibili-tará a otimização dos trabalhos de montagem no interior da estrutura.

3.750MW

Capacidade de atendimento: 34.100.000 habitantesRO

N

600kV

Maior LT de 600 kV do mundo, com 2.412 Km de extensãoN

Vista geral do circuito de geração da casa de força com condutos forçados.

lINhãO dO MAdEIRA - cIRcuITO 2 lT Sul BRASIlEIRA

RS

N

525 kV

Extensão: 487 km

1.820MW

Capacidade de atendimento: 6.500.000 habitantes

N

MT

PA

525 kV

230 kV

781 km de extensão:

494 km em 525kV

287 km em 230 kVN

RS

78MW

Capacidade de atendimento: 447.000 habitantes

RS

N

Page 6: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Mais investimentos em 2014

PERSPEcTIVAS

6 ESPECIAL

Ampliar a participação nos segmentos de geração eólica e solar e expandir a malha de transmissão são prioridades entre os projetos para este ano

A-3 de 2013 somando 212,5 MW de potên-cia instalada e cerca de R$ 1 bilhão em in-vestimentos.

“A eólica é uma fonte complementar im-portante para o País e, apesar de já ter am-pliado consideravelmente sua participação na matriz, ainda tem muito espaço para crescer”, ponderou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos San-tos Custódio.

Outra meta da empresa para 2014 é am-pliar sua participação na geração solar, considerando as perspectivas de inserção da fonte nos leilões do mercado regulado, ainda este ano. A Eletrosul começou a in-vestir em pesquisas na área há dez anos e irá entregar, neste semestre, uma primeira planta de geração: a Usina Megawatt Solar, integrada ao edifício-sede da empresa, que terá capacidade de gerar 1,2 GWh por ano.

Para os novos projetos nos segmentos eólico e solar fotovoltaico, a Eletrosul con-tará com suporte financeiro do banco

Mesmo já tendo conquistado o status de maior empreendedora em energia eó-lica do Sul do País, a Eletrosul pretende intensificar os investimentos nesse seg-mento. A diretriz leva em conta não só o momento favorável para a fonte, que lide-rou os leilões de energia nova em volume contratado, em 2013, como, também, as possibilidades de negócio já prospectadas pela empresa. São, pelo menos, mais 1.000 megawatts (MW) a serem explorados.

A Eletrosul tem, sozinha e em parceria, 782,5 MW de capacidade instalada em parques eólicos no Rio Grande do Sul: 98 MW em operação e o restante em diferen-tes estágios de implantação. Os empreen-dimentos já em construção deverão ser entregues até o fim deste ano. Paralela-mente, estão sendo organizadas as estru-turas administrativa e de engenharia, que irão coordenar as obras de ampliação des-ses complexos. Serão construídos outros 15 parques, que foram licitados no leilão

de fomento alemão KfW Bankengruppe. A instituição já confirmou que irá destinar € 100 milhões à empresa, por intermédio da holding Eletrobras. Executivos do ban-co estiveram reunidos com a diretoria da estatal, no final de janeiro, para discutir os termos do financiamento. O recurso será proveniente do Programa Aberto – uma das iniciativas previstas no acordo de co-operação Brasil-Alemanha para investi-mentos em fontes alternativas de energia. A entrada do recurso ainda depende de aprovação do Governo Federal, por meio do Tesouro Nacional.

O KfW tem sido um importante parceiro da Eletrosul na concretização de projetos de geração de energia renovável e alterna-tiva, como é o caso do Megawatt Solar e das PCHs João Borges e Barra do Rio Chapéu, já em operação no interior de Santa Catarina. Os contratos entre KfW e Eletrosul para es-

ses empreendimentos somaram apro-ximadamente € 65,4 milhões.

Page 7: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

ESPECIAL 7Eletrosul agora - Janeiro / Fevereiro 2014

As equipes de engenheiros e técnicos da Eletrosul começaram 2014 debruça-dos nos novos projetos de transmissão que a empresa irá implantar neste ano. Com a assinatura dos contratos de concessão dos em-preendimentos con-quistados no leilão realizado em novem-bro do ano passado, começaram os preparativos para início das obras. São reforços no sistema elétri-co de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, que somam R$ 222 milhões em investimentos.

No Sul, serão construídos 245 quilô-metros de linhas de transmissão (230 kV) e uma subestação (230/138 kV), em Pinhalzinho (SC), além da ampliação de uma unidade existente, em Santa Maria (RS). A implantação está sob responsabi-lidade da Sociedade de Propósito Especí-fico (SPE) Fronteira Oeste Transmissora de Energia – constituída pela Eletrosul (51%) e Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica - CEEE--GT (49%). Em Mato Grosso do Sul, a Ele-trosul é responsável pela construção de

uma subestação em Ivinhema.“A Eletrosul já vem participando de

importantes obras para o reforço no sis-tema elétrico do País, como a linha que acabamos de entregar entre Sal-to Santiago (PR) e Itá (SC). Mas, sem dúvida, buscare-mos manter nossa competitividade

nos leilões de transmissão deste ano, e manter nossa liderança no mercado de transmissão do Sul”, afirmou o presiden-te da estatal, Eurides Mescolotto.

Além das obras do linhão do Sul (leia mais na página 9), a empresa irá colocar em operação, este ano, no Rio Grande do Sul, quase 500 quilômetros de linhas de t r a n s -

missão (525 kV), três novas subestações e a ampliação de uma unidade existente. Esse empreendimento irá integrar o ex-tremo Sul gaúcho ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e permitir o aproveita-mento do potencial eólico da região.

Ainda no Sul, a Eletrosul, junto da Ele-trobras, concluirá em 2014 o projeto de Interligação Brasil-Uruguai, que prevê a implantação de 63 quilômetros de linhas e uma subestação em Candiota (RS). Es-sas instalações farão a integração da es-trutura elétrica com o país vizinho.

Buscaremos manter nossa competitividade nos leilões de transmissão deste ano, e manter nossa liderança no mercado de transmissão do Sul

Novas obras de transmissão

Engenheiros da Eletrosul e executivos do KfW na cobertura do edifício-sede da Eletrosul.

Page 8: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Em parceria com o governo do Rio Grande do Sul, a Eletrosul irá coorde-nar, a partir de fevereiro, a elaboração do novo atlas eólico do Estado, com o intuito de dinamizar, ainda mais, a produção de energia elétrica a par-tir dos ventos que sopram na região. Além do detalhamento mais apurado, um dos diferenciais será a aferição do potencial eólico off-shore.

“Com a atualização do atlas, espera--se um melhor detalhamento do po-tencial eólico do Rio Grande do Sul com a indicação do futuro uso offshore no Estado, ou seja, produção de energia a partir dos ventos que sopram sobre mares e oceanos – uma inovação para o segmento no Brasil”, aponta o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, um dos

idealizadores do primeiro atlas.O novo mapeamento será feito a par-

tir de informações coletadas por apro-ximadamente 100 torres anemométri-cas, que foram instaladas em território gaúcho para realização de estudos de prospecção e viabilidade técnica para implantação de novos empreendimen-tos. As estruturas são equipadas com instrumentos que detectam dados da velocidade, direção, pressão, tempe-ratura e umidade das correntes de ar, permitindo obter informações deta-lhadas sobre os regimes dos ventos. Atualmente, as torres de medição têm até 150 metros de altura. São três vezes mais altas que as 21 estruturas usadas no primeiro atlas, acompanhando o avanço da indústria de aerogeradores.

O trabalho será desenvolvido por

meio de convênio com a Agência Gaú-cha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), e a previsão de conclusão é para o segundo semestre de 2014. Além do livro, com os mapas e modelos que compõem o atlas, haverá mapa de parede e versão digitalizada em pen-card. A resolução será 16 vezes

superior à da primeira publicação.

O Rio Grande do Sul possui hoje 489 MW em operação, distribuídos em 17 parques, o que o torna o segundo maior gerador de energia eólica no País. Até 2018, estarão operando 88 parques, com capacidade para gerar 1.978,9 MW, nos quais serão investidos aproximadamente R$ 8 bilhões.

Novo atlas gaúcho Eletrosul irá atualizar mapeamento eólico do Rio grande

do Sul, a partir de dados coletados em pelo menos 100 estações anemométricas

8 ENERGIA RENOVÁVEL

POTENcIAl EÓlIcO

Page 9: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Segunda maior consumidora de ener-gia do País, a região Sul passou a contar com um importante reforço no seu siste-ma de transmissão. Com antecipação de mais de três meses, a Transmissora Sul Brasileira de Energia (TSBE) – empresa constituída pela Eletrosul (80%) e Copel (20%) – energizou, no início de feverei-ro, a linha de transmissão em extra-alta tensão (525 kV), que interliga a Hidrelé-trica Salto Santiago, no Paraná, à Subes-tação Itá, em Santa Catarina, próximo da divisa com o Rio Grande do Sul, em uma extensão de 188 quilômetros. Essa ins-talação se soma ao circuito já existente, também operado pela Eletrosul, aumen-tando a capacidade de intercâmbio de energia entre o Sudeste e Sul.

“A antecipação da linha garante, já para este verão, o atendimento eletro-energético do Sul, em especial do Rio Grande do Sul, com qualidade, seguran-

ça e confiabilidade”, destacou o diretor de Engenharia e Operação da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio.

O consumo de energia elétrica no Sul, em 2013, aumentou 4,3% – alta superior à média nacional, que foi de 3,5%, se-gundo relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgado recentemen-te. Por causa do calor intenso e atípico neste ano, o Rio Grande do Sul tem regis-trado picos de consumo recordes. Mas, historicamente, as maiores demandas no Estado acontecem nos meses de mar-ço e abril, não só por conta do calor, mas da intensificação das atividades nos se-tores produtivos e do levante hidráulico para irrigação das lavouras de arroz.

“Até agora, quando havia picos de car-ga no Rio Grande do Sul e o primeiro cir-cuito da LT Salto Santiago-Itá operava no limite definido pelo ONS (Operador Nacional do Sistema) para fluxo de ener-gia do Sudeste para o Sul, a alternativa era ampliar o despacho de térmicas para atender o Estado”, esclareceu o executi-vo. Com esse segundo circuito em opera-ção, a atual limitação de fluxo deixa de existir e se agrega mais segurança ope-racional ao sistema.

O empreendimentoA LT Salto Santiago-Itá é parte das

obras da TSBE, previstas na segunda eta-pa do Programa de Aceleração do Cresci-mento (PAC 2), que irão reforçar o siste-ma de transmissão do Sul do País. Estão sendo implantados outros 307 km de li-nhas, também em 525 kV, entre Itá (SC) e Nova Santa Rita (RS), e mais 291 km em 230 kV, que irão passar por 15 municí-pios gaúchos. Está em construção, ainda, uma subestação em Camaquã (RS) e am-pliadas outras quatro unidades já exis-tentes.

“Essa é uma das maiores obras de transmissão em andamento no País, não só pela extensão das linhas, que so-mam quase 800 km, ou pelo valor do in-vestimento que se aproxima de R$ 550 milhões, mas, especialmente, por sua relevância para o Sistema Interligado Nacional”, afirmou o diretor técnico da TSBE, Luiz Antonio Dantas. Segundo ele, a intenção é antecipar a entrega da LT Itá-Nova Santa Rita para março e o res-tante do empreendimento será concluí-do até maio, atendendo o prazo estabe-lecido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Trecho do linhão do Sul começa a operar com três meses de antecipação. Empreendimento completo, previsto no PAc 2, será entregue até maio

Eletrosul agora - Janeiro / Fevereiro 2014

lT SAlTO SANTIAgO-ITá

TRANSMISSÃO 9

Mais segurança ao SIN

Page 10: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Foi inaugurada, no dia 31 de janeiro, a Subestação Ijuí 2, empreendimento de transmissão de energia elétrica no Rio Grande do Sul, previsto no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2), do Go-verno Federal. A unidade recebeu investi-mentos de aproximadamente R$ 30 mi-lhões e tem capacidade de transmissão para suporte ao abastecimento de 150 mil pessoas. A nova SE integra um con-junto de obras que inclui as subestações Caxias 6, Nova Petrópolis 2 e a ampliação da SE Lajeado Grande, com investimentos que totalizaram R$ 110 milhões.

“A Subestação Ijuí 2 foi implantada para atender o aumento da demanda de energia elétrica no Noroeste do Rio Gran-de do Sul, sendo uma importante alterna-

tiva de suprimento para a região. A unidade dá mais confiabilidade ao sistema de transmissão, garantin-do atendimento com mais qua-lidade às concessionárias e seus consumidores”, afirmou o diretor de Engenharia e Operação da Ele-trosul, Ronaldo Custódio.

Com capacidade de 166 MVA, a SE Ijuí 2 é responsável pelo escoamento da energia vinda do sistema de 230 kV proveniente das usinas do rio Jacuí (CEEE-GT). Na subestação, a tensão é rebaixa-da para 69 kV para ser distribuída pelas empresas concessionárias aos consumidores finais. A SE também está integrada ao Sistema Interliga-do Nacional, através da conexão em 230 kV, com a Subestação Santo Ân-gelo, da Eletrosul. As obras da SE Ijuí 2 iniciaram em outubro de 2011 e a energização ocorreu em abril de 2013.

Inaugurada Subestação Ijuí 2

10 GERAL

REFORÇO NO RIO gRANdE dO Sul

Obras ampliam oferta de energia no Paraná

Prevista no PAc2, obra recebeu investimentos de R$ 30 milhões

Começaram, no final de janeiro, as obras da nova linha de transmissão de energia em extra-alta tensão (525 kV), entre Curitiba e São José dos Pinhais, no Paraná, com quase 30 quilômetros de extensão. O empreen-dimento, associado a uma subestação que também está em construção, vai aumentar em 67% a disponibilidade de energia para a capital, região metropolitana e litoral pa-

ranaense. No total, serão investidos R$ 111 milhões nas obras, que são de responsabili-dade da Marumbi Transmissora de Energia S.A., empresa integrada pela Copel (80%) e Eletrosul (20%). O conjunto deve entrar em operação em dezembro deste ano.

Essa linha vai conectar a já existente SE Curitiba, pertencente à Eletrosul, à nova SE Curitiba Leste – unidade com 672 megavolt-

-ampères (MVA) de potência também em implantação pela Marumbi, na área rural do município de São José dos Pinhais.

“Conectada a outras cinco subestações de grande porte, a nova subestação Curitiba Leste vai tornar o sistema elétrico da região mais seguro e estável, pois servirá como uma alternativa de desvio de fluxo de carga, evi-tando o corte no fornecimento de energia aos consumidores em caso de contingência”, afir-mou o diretor presidente da Marumbi Trans-missora de Energia, Alfonso Schmitt.

Page 11: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

SUSTENTABILIDADE 11Eletrosul agora - Janeiro / Fevereiro 2014

uhE PASSO SãO JOãO

Ambientes criados a partir da formação do lago e do cercamento das APPs se tornaram refúgios para algumas espécies

A fauna presente na área da Usina Pas-so São João, no Noroeste gaúcho, é rica e diversificada. A informação consta no re-latório do Programa Ambiental de Moni-toramento da Fauna no entorno do empre-endimento, que identificou 282 espécies de vertebrados terrestres e 526 indivíduos invertebrados de interesse médico (para identificação de possíveis zoonoses).

Entre os vertebrados terrestres foram identificados 32 anfíbios, 25 répteis, 182 aves e 43 mamíferos e voadores. Vinte es-pécies são classificadas como ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul, a exem-plo do pica-pau-de-banda-branca (Dryo-copus lineatus), do gato-mourisco (Puma yagouarondi) e do veado-virá (Mazama gouazoubira).

O relatório foi elaborado pela Simbiota Consultoria Ambiental, empresa contrata-

da pela Eletrosul para realizar o monitora-mento de fauna nas fases de pré-implan-tação, implantação e operação da usina. Além da identificação e catalogação das espécies, no levantamento em campo fo-ram constatados vários aspectos positivos para a fauna da região, como o aumento na frequência de 27 espécies, durante a reali-zação das campanhas de monitoramento – resultado que pode estar atribuído à for-mação do reservatório com novas áreas de ocupação.

Também foi observado que o cerca-mento das novas Áreas de Preservação Permanente formadas com o enchimento do reservatório, antes ocupadas por pro-priedades agropecuárias, tem contribuído para regeneração desses espaços, criando ambientes propícios para desenvolvimen-to e refúgio da fauna.

ESPAÇO dAgESTãO AMBIENTAl

Foi concluído em janeiro, o ciclo de coleta de dados para contabilização das emissões de CO2, CH4, N2O, SF6, HFC e PFC – gases de efeito estufa (GEEs), in-ternacionalmente reconhecidos e re-gulados pelo Protocolo de Kyoto para elaboração do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa das Empresas Eletrobras, referente a 2013.

A elaboração anual do inventário evidencia o compromisso da empre-sa para com a sociedade em publicar suas emissões, em consonância com os princípios estabelecidos tanto na Declaração de Compromisso da Ele-trobras sobre Mudanças Climáticas quanto na revisão da Política Ambien-tal, ambas institucionalizadas este ano pela Eletrosul.

Seguindo a diretriz de ampliar con-tinuamente as fontes inventariadas, no atual ciclo foram incluídas, por exemplo, as emissões indiretas prove-nientes da energia elétrica consumida

no processo de geração.O diagnóstico das emissões de

GEE obtido a partir do processo con-tinuado de elaboração de inventários permitiu o estabelecimento de metas de redução. A iniciativa, juntamente com outras ações focadas na estraté-gia climática, contribuiu para elevar a pontuação da dimensão ambiental da Eletrobras em um dos índices de maior visibilidade no mercado inter-nacional, o Dow Jones Sustainability Index (DJSI). A importância dada pe-los investidores a esse índice é reflexo de uma preocupação crescente das empresas e grupos econômicos com um mundo sustentável.

Diversidade da fauna Inventário de GEE

Page 12: Eletrosul Agora nº 126 - Janeiro_Fevereiro

Projeto alia capacitação para o mercado de trabalho e conceitos de sustentabilidade

12 RESPONSABILIDADE SOCIAL

gERAÇãO dE RENdA

A partir deste ano, a Eletrosul vai in-tensificar a parceria estabelecida em 2013 com o Instituto Adelina – fundação socio-ambiental da camisaria Dudalina. A ini-ciativa consiste na realização de cursos de aperfeiçoamento de patchwork com o ob-jetivo de incentivar a geração de renda de famílias beneficiadas pelos Centros Comu-nitários de Produção (CCP), implantados pela estatal. A capacitação, realizada pela primeira vez em novembro, direcionada a agricultoras do Assentamento Rural Rio do Norte, em Rio dos Cedros (SC), será estendi-

da a outras áreas de atuação da empresa.Com 12 horas de carga horária, as au-

las contemplam diversas técnicas de cos-tura para confecção de artigos a partir de retalhos, como sacola retornável, avental, puxa-saco, luva para cozinha e lixeira para carros. Parte dos produtos fabricados será comercializada nas lojas da Dudalina e o restante vendido pelas costureiras. Além de incrementar a renda, o projeto estimula um consumo ambientalmente correto, já que a matéria-prima é reciclada.

Na parceria, o Instituto Adelina, que tem sede em Blumenau (SC), patrocina a capa-citação e faz a doação das sobras de tecidos provenientes da fabricação das roupas. Já as máquinas de costura, estrutura física e logística necessárias para o treinamento fi-cam sob responsabilidade da Eletrosul.

Costurando parcerias

O projeto desenvolvido com o Institu-to Adelina faz parte de um amplo traba-lho que a Eletrosul vem desenvolvendo nos estados de atuação para resgatar a sustentabilidade dos Centros Comunitá-rios de Produção, implantados até 2012, como parte das ações sociais do Progra-ma Luz para Todos. “Os projetos estão sendo revisitados por nossas equipes para que, a partir da identificação das fragilidades e potencialidades de cada unidade, possam ser reativados”, desta-cou a gerente da Assessoria de Responsa-bilidade Social, Denise Cristina Basílio. A empresa coordenou a implantação de 71 CCPs em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Resgate de projetos