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correio do ano 61 • [mar|abr 2011] • nº 704 Eliminando barreiras e preconceitos

Eliminando barreiras e preconceitos - Departamento Nacional · No modelo social, que cada vez fica mais forte, inclusive com a Conven-ção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,

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Eliminando barreiras e

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Chegou a hora de os brasileiros se prepararem para o maior evento que o país já recebeu. Temos muito o que fazer e várias oportunidades pela frente. Nas áreas de Turismo, Hospitalidade, Gestão, Comércio, Idiomas ou Saúde, conte com o Senac: a maior referência em educação profi ssional em todo o Brasil.

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Desde a sua criação, há 65 anos, o Senac sempre foi uma instituição plural, com um trabalho caracterizado pelo atendimento à diversidade cultural, social ou econômica por meio da criação de iniciativas que contemplem a sociedade sem nenhum tipo de segregação.

Apoiada nesses princípios e sempre apresentando alternativas diversifica-das, em especial para a busca da cidadania, em 2002, a Instituição criou o Programa Nacional Deficiência e Competência com o propósito de promo-ver a educação profissional inclusiva de pessoas com deficiência.

Para fortalecer o programa, que está contemplado na diretriz Promoção Social do Planejamento Estratégico do Senac 2011-2015, o Deficiência e Competência é um dos principais alvos de investimento da Instituição, que prevê uma série de ações para fortalecer e ampliar seu escopo. Entre as iniciativas, destaque para a capacitação de docentes, o investimento em tecnologias de acessibilidade e a adaptação de materiais que possibilitem a autonomia da aprendizagem das pessoas com deficiência e o convívio com pessoas sem deficiência em sala de aula.

O principal objetivo é que os alunos desse programa possam ter, por meio do acesso a uma educação profissional de qualidade, mais oportunidades de trabalho e emprego. Afinal, para o Senac, a educação profissional não pode ter nenhum tipo de limite.

Sidney CunhaDiretor-geral do Senac Nacional

Editorial

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Educa BrasilA inclusão social de pessoas com deficiência envolve educação e trabalho. Leia sobre a evolução do pensamento social, as leis que envolvem acessibilidade e o que o Senac tem feito para ajudar a eliminar barreiras e superar preconceitos

IntegraçãoEntre as ações do Senac que se destacaram no cenário nacional, os projetos dos novos centros de hotelaria e gastronomia em Pernambuco, a teleconferência Copa 2014: oportunidades e desafios, o novo site da CNC e o novo sistema de gestão da produção do Senac

RadarNotas do Sistema que chegam de todo o Brasil

Senac Social Veja a atuação da Instituição para promover a inclusão social por meio da educação profissional, e os exemplos que chegam dos Regionais do Acre, Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul

Aula Aberta Compartilhe um pouco com Analiese

Maria Martins sua experiência no Programa Educação para o Trabalho

– trampolim do Senac São Paulo, que atende pessoas com

deficiência intelectualEm FocoAnderson Lopes, gerente

administrativo da Associação Niteroiense de Deficientes Físicos, nos

conta sobre os caminhos possíveis de superação e sobre o trabalho

que realiza para inserir pessoas com deficiência no mercado de trabalho

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Por todo o BrasilSaiba mais sobre casos de sucesso dos Departamentos Regionais em

todo o território brasileiro

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ExpedienteÓrgão ofi cial de divulgação do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) Departamento Nacional • Av. Ayrton Senna 5.555 • Barra da Tijuca (RJ) • 22775-004 • Tel.: (21) 2136 5703 Filiado à Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) | Tiragem 16.000 exemplares | Presidente do Conselho Nacional Antonio Oliveira Santos | Diretor-Geral do Departamento Nacional Sidney Cunha Editado pelo Centro de Comunicação Corporativa | Diretoria de Planejamento e Comunicação | Divisão Técnica | Editor Jacinto Corrêa | Coordenação Editorial Laura Figueira | Jornalista Responsável Flávia Leiroz | Jornalistas Cristina Gonzalez e Ana Bittencourt Estagiários Felipe Motta, Bruno Fajardo e Isabella Marano | Colaboração Departamentos Regionais | Editoração Eletrônica Casa do Cliente Comunicação 360º Revisão Ana Bittencourt | Logística Aline Amaro | Produção Gráfi ca Sandra Amaral | Projeto Gráfi co Fábio Paraguassú Impressão MCE Gráfi ca

www.senac.br Sum

ário

Na estante Acompanhe os principais

lançamentos das Editoras Senac, e a promoção do livro

Enfermagem cirúrgica

ParceriasOs Regionais Alagoas, Maranhão,

Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo mandam

notícias sobre parcerias realizadas que somam forças e ampliam o

atendimento feito pelo Senac

Gente SenacConheça histórias de como a educação profissional pode mudar vidas e a palavra do diretor regional de Sergipe, Paulo do Eirado Dias Filho, sobre experiências bem-sucedidas em seu estado

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“Como fazer que pessoas com

defi ciência tenham acesso à educação,

ao trabalho, à movimentação livre

pela cidade?”

Eliminando barreiras e preconceitos

Em dezembro de 2010, a Se-cretaria de Direitos Huma-nos do Governo Federal, em parceria com a Organi-

zação dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cul-tura, lançou o fi lme-documentário e o livro História do Movimento Político das Pessoas com Defi ciência no Brasil (disponível em http://www.direi-toshumanos.gov.br/pessoas-com-defi ciencia-1/publicacoes).

A proposta era, pela primeira vez, registrar a história do movimento de luta pelos direitos desse grupo no país e resgatar as políticas pú-blicas do Estado brasileiro sobre o tema a partir de seus protagonistas. L ideranças com deficiência – física, intelectual, visual, auditiva ou múlti-pla – e especialis-tas que atuaram no movimento deram seus testemunhos.

São entrevistas, fo-tos, atas, convites, s e l o s c o m e m o -rativos, encartes, reportagens, regis-tros enfim de vá-rias referências e iniciativas desde o Império até os dias atuais. O livro, assim como um filme-documen-tário, integra o projeto de coope-ração técnica “Fortalecimento da Organização do Movimento Social

das Pessoas com Deficiência no Brasil e Divulgação de suas Conquistas”, cujo objetivo é contar a história das pessoas com deficiência, enfatizando o aspecto polí-tico, principalmente no contexto da abertura política no fim da década de 1970 e da organização dos novos movimentos sociais no Brasil.

Segundo Rosangela Berman Bieler, uma das entrevista-das para o livro, esse foi um período muito rico: “Nossa geração foi a primeira que saiu do centro de reabilitação para o ‘bar’, foi a nossa reabilitação social, um aprenden-do com o outro e, juntos, abrindo caminhos que ainda não existiam para pessoas com deficiência”.

Rosangela viveu a mudança do modelo médico para o modelo social: “No médico, toda a deficiência está no corpo da pessoa, é culpa dela ou, no máximo, da mãe dela. Você tem que ‘consertar’ a pessoa com deficiência para que ela possa viver na sociedade.

No modelo social, que cada vez fica mais forte, inclusive com a Conven-ção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a deficiência é vista como resultado da interação de uma limitação funcional com um ambien-te que exclui, construído para um modelo de ser humano que está muito longe de abarcar toda a diver-sidade humana”.

Hoje, depois da integração, vivemos a necessidade e a perspectiva da inclu-são social. Como fazer que pessoas com deficiência teham acesso à edu-

cação, ao trabalho, à movimentação livre pela cidade? No Brasil, a Constituição de 1988 dedicou diversos dispositivos à proteção de pessoas com deficiência, as-segurando a todos os cidadãos direitos sociais. Isso de-veria possibilitar a equiparação de oportunidades, mas não é a realidade.

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[ Pessoas com defi ciência] O Brasil, de acordo com o Censo 2000 do Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tem cerca de 24,6 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Desses, 9 milhões trabalham, mas apenas 936 mil têm carteira assinada. A pesquisa revelou ainda que 23% das pessoas com deficiência em idade de trabalhar sobrevi-viam com uma renda mensal de até um salário mínimo.

A pesquisa já incorpora a terminologia adotada no maior evento de pessoas com deficiência do Brasil, realizado em Recife (PE), em 2000. Antes, usava-se “in-válidos”, “incapazes”, “excepcionais” e “deficientes” para se referir às pessoas com alguma limitação. A partir dos anos 1990, por influência de movimentos internacionais e nacionais, foram adotadas diversas expressões, até chegarmos a “pessoas com deficiência”.

Com a Constituição de 1988, muitas leis de efetiva con-tribuição à possibilidade de autonomia e de inclusão das pessoas com deficiência foram promulgadas, como a “Lei de Cotas” (Lei 8.213/91), que garante reserva de vagas em empresas com 100 ou mais funcionários, e a Lei de Acessibilidade (Lei 10.098/00), que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mo-bilidade reduzida, indicando a retirada de barreiras e de obstáculos em espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

Em 2007, a Convenção citada por Rosângela, que con-tou com a participação de 192 países membros das Or-ganizações das Nações Unidas e de centenas de repre-sentantes da sociedade civil de todo o mundo, sendo construída ao longo de quatro anos, foi firmada pelo Brasil e por mais 85 nações.

Todas essas questões envolvem o conceito e a prática de in-clusão social. Na publicação do Departamento Nacional do Senac Pessoas com deficiência: educação e trabalho, da série Documentos Técnicos, inclusão social é entendida como um processo de atitudes afirmativas, políticas e privadas, visando inserir em um contexto social mais amplo todos os grupos ou populações marginalizadas historicamente.

No mesmo documento, Romeu Kazumi Sassaki, con-sultor em inclusão e reabilitação, afirma que o próprio conceito de acessibilidade ampliou-se a partir da pro-posta de inclusão social: “Há seis tipos de acessibilidade cuja promoção caracteriza a sociedade inclusiva: arqui-tetônica, comunicacional, metodológica, instrumental, programática e atitudinal”.

No entanto, essa evolução do pensamento social ainda esbarra na realidade brasileira. Os dados do IBGE tam-bém indicam que o percentual de pessoas com defici-ência fora da força de trabalho é duas vezes superior ao das pessoas sem deficiência, embora todas tenham o mesmo direito de trabalhar.

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Turma do Senac/SE do Despertar e Aprender

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Anderson Lopes, gerente administrativo da Associação Niteroiense de Deficientes Físicos (Andef ), (veja entrevista na página 12), afirma que não necessariamente isso está relacionado a preconceito, mas sim à falta de in-formação: “Há falta de acessibilidade dentro e fora das empresas; a maioria das escolas não está adaptada para receber pessoas com deficiência, como resultado, há escassez de mão de obra qualificada no mercado. E também muita gente associa deficiência à incapacidade”.

[ Educação inclusiva ]A inclusão é uma discussão bastante atual e complexa. Desde 2002, por exemplo, de acordo com a Lei 10.436, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida como meio legal de expressão e comunicação, tornando-se a segunda língua oficial do Brasil. A partir de e com base na lei, educação inclusiva dos surdos passou a ser obrigatória nas escolas públicas de todos os níveis. Mas as escolas estão preparadas para receber pessoas com defi-ciência, que demandam recursos e equipamentos para atendimento à sua condição física, sensorial ou mental?

Segundo o deputado Eduardo Barbosa, presidente da Federação Nacional de Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), autor de um projeto contra o fechamento do atendimento educacional especializado, o sistema para ser inclusivo depende de um processo que leva anos. Em en-trevista ao jornal O Globo, no dia 5 de abril, ele afirma: “Temos sete milhões de pessoas com deficiência em idade escolar que não têm acesso nem à rede especial nem à rede regular”. Além disso, lembra: “A Constituição, em seu artigo 208, determina que o Estado tem o dever de dar educação espe-cial, mas apenas preferencialmente nas escolas regulares, sem eliminar as escolas especiais”.

Foi também em 2002 que o Senac resolveu sistematizar as ações no atendimento à pessoa com defici-ência. De olho nas demandas so-ciais e de mercado, desenvolveu o Programa Deficiência e Competên-cia, que trabalha com três vertentes básicas: participação de diversas parcerias com atores sociais que in-tegram o circuito educação especial, educação profissional e mercado de trabalho; investimento em tecnolo-gia de acessibilidade que viabilize o acesso de pessoas com deficiência às programações regulares da Insti-tuição; sensibilização e mobilização das equipes técnicas do Senac, pre-parando-as para recepção e atendi-mento das pessoas com deficiência.

A importância ficou ainda mais clara com o Planejamento Estratégico do Senac 2011-2015, em que o progra-ma foi um dos principais alvos de in-vestimento da Instituição: uma série de ações foi prevista para fortalecer e ampliar o seu campo de atuação, como a capacitação de docentes, o investimento em tecnologias de acessibilidade e a adaptação de ma-teriais que possibilitem a autonomia da aprendizagem das pessoas com deficiência e o seu convívio com pes-soas sem deficiência em sala de aula.

[ Caminhos possíveis ]Exemplos de atuação vêm de todo o Brasil. No Rio de Janeiro, por exem-plo, o Senac Rio realizou, na primeira semana de dezembro de 2010, o evento Sem Limite para a Diferença, em que debateu novas relações de trabalho para pessoas com deficiên-cia para empresas de grande porte que precisam atender a legislação de cotas e lançou o manual Convi-vendo com a diferença, desenvolvido pelo Centro de Vida Independente e patrocinado pela Instituição. A

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publicação, voltada a gestores de Recursos Humanos das empresas do Rio de Janeiro, pretende auxiliar as organizações na contratação de pessoas com deficiência

O evento e o manual fazem parte do Programa Sem Limite, desenvolvido com o objetivo de oferecer soluções para os diferentes problemas que dificultam o ingresso no mercado de trabalho formal de pessoas com de-ficiência. Em 2010, além de atuar por meio de diagnósticos de acessibilida-de física e ocupacional e sensibiliza-ção de equipes em organizações por meio workshop, consultorias e visitas técnicas, trabalhar em conjunto com ONGs na articulação de demandas, capacitou 350 pessoas em cursos gratuitos para atuar nas áreas de co-mércio de bens e serviços.

Em São Paulo, o Senac desenvolve o Programa de Inclusão de Pessoa com Deficiência. Para o público interno, há workshops, palestras e vídeos que contam com a partici-pação de funcionários com diferen-tes deficiências, como tetraplegia, surdez, baixa visão e Síndrome de Down. Há ainda oferta do curso de capacitação em Libras e um manual intitulado “Excelência no atendi-mento a pessoas com deficiência”.

No estado, cada unidade conta com uma representante de inclu-são para sensibilizar e orientar os demais funcionários, fazer parce-rias com organizações externas e colaborar no processo de contra-tação da pessoa com deficiência. Eles passam por uma capacitação que aborda diferentes tipos de

deficiência, legislação, cuidados necessários, equipamentos que pre-cisam no trabalho etc.. Professores da Instituição também passam por cursos desenvolvidos para promover a inclusão educacional.

Há também ações para o público externo. Com o Banco Santander, foram montadas oito turmas do curso Recrutamento, seleção e ambientação de profissionais com deficiência, com duração de 20 horas, e realizada a capa-citação dos profissionais de recursos humanos de empresas que possuem mais de 100 funcionários.

Também em parceria com o Banco, gestores de escolas públicas nas co-munidades onde o Senac atua ganharam treinamentos semelhantes aos dos docentes da Instituição no workshop “Sensibilização e capacitação de docentes da rede pública para o trabalho com alunos com deficiência”.

Há ainda o Programa Educação para o Trabalho, realizado especificamente para atender jovens com deficiência intelectual (veja, na pág. 29, artigo de Aneliese Maria Martins); o Espaço Braille do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro e da Aclimação, que oferece cursos de informática para pessoas com deficiência utilizando os recursos mais modernos dispo-níveis no mercado.

De Sergipe, chega a experiência da parceria entre o Senac e o Instituto G. Barbosa, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos e a Associação dos Deficientes Motores de Sergipe com o Projeto Despertar e Aprender, que existe desde 2006. Em 2010, jovens e adultos surdos e com deficiência auditiva fizeram o curso de Capacitação para o Varejo. O projeto também incluiu como parceira a Associação dos Deficientes Motores do Estado.

Em Goiás, um convênio assinado entre o Senac e o Ministério Público do Trabalho da 18ª Região garantiu a realização de cursos em diversas áreas – como Assistente Administrativo, Básico de Microinformática com Internet, Relações Interpessoais com Etiqueta Profissional, Ope-rador de Caixa – direcionados aos alunos da Apae e da Associação Pestalozzi.

No Rio Grande do Sul, a primeira turma de alunos com deficiência in-telectual entre 16 e 22 anos recebeu os certificados de conclusão do curso de Aprendizagem Comercial em Serviços Administrativos. Rea-lizado em parceria do Senac com a Secretaria de Educação de Porto Alegre, da Superintendência Regional do Trabalho e das empresas que contrataram os jovens, o curso teve duração de 800 horas com e au-las dinâmicas, filmes, teatros e situações adaptadas às dificuldades de cada um deles.

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A vida como superação

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Anderson Lopes nasceu com uma paralisia cerebral que deixou se-

quelas no lado direito de seu corpo. Foi no esporte que descobriu um caminho de superação. Recordista mun-dial no lançamento de disco, ganhou medalha de bronze nas Paraolimpíadas de Atlan-ta (1996) e Sidney (2000) e foi uma das personalidades que transportou, em 2004, a tocha que simboliza a cha-ma dos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro. Atualmente, é gerente administrativo da Associação Niteroiense de Defi cientes Físicos (Andef ), ONG que desenvolve ações de garantia e promoção de direitos das pessoas porta-doras de defi ciência física (www.andef.org.br).

Nesta entrevista, Anderson conta um pouco de sua tra-jetória cheia de vitórias e do importante trabalho que re-aliza na inclusão de pessoas com deficiência.

Correio – Quando o esporte se transformou em algo im-portante para você?

Anderson – Nasci com uma paralisia cerebral que deixou os movimentos do lado direito reduzidos. Fiz 14 anos de fi -sioterapia associada à prática de esportes. Desde criança, o esporte foi uma ferramenta para minha reabilitação.

Foi na adolescência que descobri que poderia competir com pessoas que tivessem a mesma defi ciência que eu. Conheci a Andef e o fabuloso mundo do esporte paraolím-pico, comecei a treinar e a competir, e com os resultados alcançados [Anderson também foi medalhista, em 1999, nas modalidades de peso e dardo], começaram a surgir oportunidades muito importantes.

Correio – Qual é seu trabalho na Andef?

Anderson – Entrei na Andef aos 16 anos para ser um atleta e poder, mesmo com defi ciência, competir pelo meu país. Na época, ninguém falava de esporte para pessoas com defi ciência, mas eu sabia que por meio do esporte po-deria mudar paradigmas e, consequentemente, a vida de uma pessoa com defi ciência.

[ Em Foco ]12

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da para receber pessoas com defi ciência, como resultado, há escassez de mão de obra qualifi cada no mercado. Há falta de acessibilidade dentro e fora das empresas; facul-dades que formam pessoas para trabalharem em recursos humanos não falam sobre a empregabilidade de pessoas com defi ciência, além do fato já mencionado de pensarem que pessoas com defi ciência são incapazes.

Correio – A educação profissional pode ajudar no enca-minhamento para o mercado de trabalho?

Anderson – Com certeza, é uma peça fundamental. Nossa relação com o Senac no Rio de Janeiro é prova disso. Desenvolvemos um projeto maravilhoso para a introdu-ção das pessoas com defi ciência no mercado de trabalho. Para mim, empresas como o Senac deveriam ser modelo na jornada de inclusão social.

Correio – Como você virou uma das principais lideranças do movimento de pessoas com deficiência?

Anderson – Meu engajamento no esporte sempre foi grande, e sabia que por meio dele poderia abrir muitas portas. Então, utilizei as medalhas que ganhei como ferra-mentas de inclusão. Durante homenagens, aproveitava a oportunidade para reivindicar direitos das pessoas com de-fi ciência. Também nunca aceitei preconceito e sempre quis ajudar o próximo. Para isso, estudei muito sobre os direitos das pessoas com defi ciência.

Correio – Algum plano para os Jogos Paraolímpicos de 2012 e de 2016?

Anderson – Sim, e destaco que, em 2016, os Jogos se-rão realizados no Rio de Janeiro. Como participei de quatro Paraolimpíadas, fui medalhista em duas, vi que as cidades que receberam as Paraolimpíadas foram totalmente trans-formadas. O legado social é a coisa mais importante que os Jogos podem deixar. Como acumulei experiência, e sou apaixonado pelo esporte para as pessoas com defi ciência, me coloco à disposição para ajudar no que for preciso.

Correio – Algum conselho para outras pessoas com deficiência?

Anderson – Estudem bastante e pratiquem esporte. Por meio de minha defi ciência pude ajudar milhares de outras pessoas. Mas, para isso, é necessário acreditar sempre nas possibilidades de superar os desafi os da vida e não desanimar nunca.

Hoje, trabalho na Associação coordenando toda a área de empregabilidade e sou responsável pela formação profi ssio-nal e educacional das pessoas com defi ciência que nos pro-curam. Também sou responsável pelos projetos de consultoria em acessibilidade e empregabilidade dentro das empresas

correio – Como o trabalho começa?

Anderson – A Andef desenvolve o Programa de Reabi-litação Integrada, que tem o papel fundamental na for-mação profi ssional para as pessoas com defi ciência. Esse programa consiste em reabilitar não só fi sicamente o in-divíduo, mas também envolvê-lo em atividades educacio-nais, esportivas e de qualifi cações profi ssionais.

Correio – O preconceito ainda é a principal barreira para pessoas com deficiência entrarem no mercado de trabalho?

Anderson – Não o preconceito, mas a falta de informa-ção. Nossa sociedade ainda vê pessoas com defi ciência como incapazes, e isso é um equívoco. Elas precisam de oportunidades e que leis sejam cumpridas. Se nossos go-vernantes levassem a sério a lei de acessibilidade, pessoas com defi ciência poderiam ter o direito constitucional de ir e vir sem difi culdades garantido, participariam mais efetiva-mente do convívio social e teriam mais oportunidades no mercado de trabalho.

Correio – A legislação atual, então, pode ajudar?

Anderson – Muitas empresas enxergam a Lei 8.213, que estabelece cota de pessoas com defi ciência a ser contra-tada, como um peso para sua administração. Muitas não cumprem a lei e, vistoriadas pela Delegacia Regional do Trabalho, se desesperam, porque a multa é alta; depois, buscam sem organização empregar pessoas com defi -ciência. Aí, começam a observar que não é fácil buscar no mercado pessoas com defi ciência qualifi cadas.

Na verdade, para o cumprimento da cota, a empresa tem de estar preparada, desenvolver programas de inserção com o envolvimento de todos, desde os cargos mais baixos até a diretoria.

Correio – Por que é difícil para as empresas contratarem pessoas com algum tipo de deficiência?

Anderson – A maioria das escolas, das faculdades e dos centros de qualifi cação profi ssional não está adapta-

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O litoral sul de Pernambuco é um dos principais impul-sionadores da economia do estado, que tem apresen-tado crescimento do Produto Interno Bruto superior à média nacional nos últimos anos, graças à presença do Complexo Portuário de Suape e de praias famosas, como as de Porto de Galinhas.

Para alavancar ainda mais o turismo local, será cons-truído o Centro de Formação Profissional em Hotela-ria do Senac, além de um hotel do Sesc, na Praia de Gamela, em Sirinhaém. Suape também será benefi-ciado com a criação de uma unidade educacional de Gastronomia do Senac.

Novos centros de Hotelaria e Gastronomia em Pernambuco

O projeto está em fase de elaboração e deve contem-plar os aspectos de sustentabilidade que garantam im-pacto zero à natureza. Além de parque aquático, área de lazer infantil, auditório e outras facilidades, está em estudo a inclusão de um centro de pesquisa ambiental.

O presidente do Sistema Fecomércio de Pernambuco, Jo-sias Albuquerque, alerta para o foco principal do projeto: “Esperamos disponibilizar toda essa estrutura antes da Copa de 2014 para que o hotel possa receber uma das seleções que vão jogar aqui em Pernambuco”. O Centro de Forma-ção Profissional em Gastronomia de Suape vai abrigar um restaurante-escola, salas de aula e duas cozinhas-didáticas.

Novo site da CNC

No dia 18 de março, entrou no ar o novo site da Con-federação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no endereço www.cnc.org.br. O site, com novo formato, mais ágil e com conteúdo inte-rativo, acompanha a modernização dos meios de comunicação e foi apresentado pelo diretor Pedro Nadaf, durante reunião de Diretoria realizada em Bra-sília, no dia 17.

Em destaque, novas seções, como a Central do Conhecimento, que disponibiliza conteúdos produ-zidos pela CNC – artigos, livros e periódicos –, e a TV CNC, um canal da Confederação no YouTube, com entrevistas, matérias e conteúdos diversos sobre a entidade.

Além disso, a partir de agora, a CNC também está pre-sente em redes sociais, como Facebook e Twitter.

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O lançamento nacional do Pro-grama de Educação Profissional Senac na Copa ocorreu no dia 29 de março, às 15 horas, por meio da Rede Sesc-Senac de Telecon-ferência, com transmissão ao vivo do Condomínio Sesc-Senac para cerca de 300 pontos fixos de re-cepção do Senac espalhados por todo o país.

A teleconferência Copa 2014: opor-tunidades e desafios reuniu o mi-nistro do Turismo, Pedro Novais; o presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação, Alexandre Sampaio; e o gerente de Projetos Estratégicos do Senac Nacional, Antônio Henrique Borges Paula. Com mediação de Bárbara Pereira, os convidados debateram o impacto social e econômico do evento em nosso país, as oportu-nidades de trabalho geradas pela Copa, o legado de evento dessa natureza, a importância da qualifi-cação de profissionais para o Setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, as demandas existentes e as estratégias dos diversos setores envolvidos com a Copa.

Senac na Copa

O Programa Senac na Copa que tem como proposta contribuir para o de-senvolvimento profissional do trabalhador para o setor do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, estima oferecer mais de um milhão de vagas em um leque variado de cursos de capacitação e requalificação, presenciais e a distância, para proporcionar acesso a inúmeras possibilidades de trabalho e de geração de renda em torno do maior evento esportivo do mundo. Para as empresas, há programações in company, que podem ser desenhadas sob medida, de acordo com a necessidade específica de cada negócio.

O presidente da Confederação Nacional do Comércio, Antonio Oliveira San-tos, os diretores-gerais do Senac Nacional, Sidney Cunha, e do Sesc Nacional, Maron Abi-Abib, e o diretor regional do RJ, Júlio Pedro, prestigiaram o lança-mento, que contou ainda com a presença de vários jornalistas e represen-tantes do trade, como o Secretário de Turismo do Estado do Rio de Janeiro, Ronald Ázaro; o vice-presidente da Companhia de Turismo do Estado do Rio de Janeiro (TurisRio), Maurício Lobo; a presidente da Associação Brasileira de Bacharéis em Turismo, Tânia Omena; o presidente da Associação Brasileira de Jornalistas de Turismo, Claudio Magnavita; e representantes do Comitê Orga-nizador da Copa do Mundo da Fifa Brasil 2014, entre os quais Fabio Starling.

Ofi cinas de Marketing e Comunicação: avaliação

Em março, todos os Departamentos Regionais do Senac receberam a publicação Avaliação das Oficinas de Marketing e Comunicação do Senac 2010, que apresenta os resultados do exercício passado do programa desenvolvido pelo Centro de Comunicação Corporati-

va do Departamento Nacional em parceria com os Regionais. Somente no último ano, as oficinas capacitaram mais de 900 técnicos em 16 estados.

A publicação ainda apresenta o portfólio 2011, que foi alinhado aos obje-tivos e às diretrizes do Planejamento Estratégico do Sistema Senac 2011-2015, com inclusão de novos temas para instrumentalizar as equipes e for-talecer a atuação mercadológica da Instituição por todo o Brasil.

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Desenvolvido pelo Departamento Nacional (DN), o novo sistema receberá, com periodicidade mensal, )a produção dos Departamentos Regionais. Ao con-trário do anterior, que recebia informações por qua-drimestre, o novo sistema possibilitará ao Senac ter dados mais atuais de sua produção e, desse modo, responder com mais celeridade às demandas inter-nas e externas.

No dia 1º de março, a Escola Sesc de Ensino Médio (Esem), no Rio de Janeiro, recebeu o diretor regional do Senac/RS, José Paulo da Rosa, para a Jornada Pedagógica da es-cola. Rosa apresentou, para um au-ditório com mais de 100 pessoas, sua tese de doutorado Gestão Es-colar: um modelo para a qualidade – Brasil e Coreia.

Para elaborar a tese, o diretor do Senac/RS passou o mês de novem-

Diretor do Senac/RS profere palestra na Esem

Novo sistema de gestão da produção

Por meio do novo sistema, o DN enviará, mensalmen-te, os dados da produção do Senac ao Sistec, sistema criado em 2009 pelo governo federal para acompanha-mento e monitoramento das matrículas de educação profissional de instituições públicas e privadas. Após o recebimento dos dados enviados pelos Regionais, o DN irá homologá-los e enviá-los ao Sistec no dia 25 do mês subsequente.

bro de 2009 na Coreia do Sul – escolhida pelos bons resultados que seus alunos têm obtido em provas internacionais de conhecimentos – visitan-do quatro escolas públicas e conhecendo o modelo de gestão escolar e de gestão educacional daquele país. Ele também acompanhou o dia a dia de quatro escolas brasileiras e apresentou os resultados do estudo, aval-iando se há diferenças da gestão escolar em dois países tão distantes e entendendo a gestão escolar como responsabilidade do diretor da escola e de sua equipe.

Segundo Rosa, educação de qualidade existe quando o aluno aprende: “Mas, para isso acontecer, é necessário que o professor esteja motivado, empenhado”. Ele ressaltou também a importância do Governo investir mais em educação para ter melhores resultados.

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Em dezembro, o diretor do Senac/SE, Paulo do Eira-do Dias Filho, recebeu no auditório da Escola Legis-lativa do Estado de Sergipe, em Aracaju, a medalha Melhores dos Melhores 2010, oferecida pela União das Forças Jovens de Sergipe, em reconhecimento aos serviços prestados à sociedade sergipana.

O chefe pâtissier Christophe Rhedon, professor da École Lenôtre, uma das principais escolas de gastronomia da França, ministrou, no dia 5 de fevereiro, a aula Chocola-tes e Confiserie Clássicos no Campus Santo Amaro, fru-to da parceria firmada entre o Senac/SP e a instituição francesa para promover títulos de extensão universitária lecionados por especialistas da École no Centro Univer-sitário Senac.

No dia 15 de fevereiro, a diretora regional do Senac/TO, Lunáh Brito Gomes, foi empossada no Conselho Fiscal da Fecomércio, durante cerimônia realizada no auditó-rio do Palácio Araguaia, em Palmas. Na ocasião, Hugo de Carvalho, presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/TO, foi conduzido à função de vice-presidente do Conselho Deliberativo da Instituição pelos próximos quatro anos.

Em Petrolina, no sertão pernambucano, foi realizada a primeira sessão de cinema com adaptações para deficientes visuais e auditivos, no dia 24 de fevereiro. Os filmes, todos nacionais e com legendas especiais, fazem parte do projeto Cinema Acessível e serão exi-

bidos, ao menos duas vezes por mês, com entrada gratuita, em escolas públicas, empresas e instituições como Sesi, Senai, Sest/Senat e Senac/PE.

O Senac/RN inaugurou em fevereiro, na Unidade do Alecrim, um novo Laboratório de Informática, o primei-ro no estado que utilizará computadores com tecnolo-gia touch screen (sensível ao toque).

Nos dias 10 e 11 de março, foi realizado, em Goiânia, o 2º Fórum do Sistema Escolar Integrado (SEI) para Web 2.0. Desenvolvido pelo Senac/GO, o sistema integra subsistemas de gestão (material e compras, orçamento/contábil, patrimônio e educacional incluindo Progra-ma Senac de Gratuidade e Banco de Oportunidades). Equipes dos Departamentos Regionais de GO, CE, MT e PI estiveram reunidas para trocar ideias e alinhar proces-sos entre os que utilizam atualmente o SEI.

O Senac/AL iniciou o projeto da Escola Virtual de Tu-rismo e Hotelaria, desenvolvido na modalidade de educação a distância, que tem o objetivo de oferecer aperfeiçoamento para gestores, estudantes e profissio-nais desse segmento. Em março, começaram a ser de-senvolvidos o portal da Escola e definidos os cursos que irão compor o seu portfólio. São eles: Gestão de Bares e Restaurantes; Gestão de Hotéis e Pousadas; Elaboração de Roteiros Turísticos; Gestão de Alimentos e Bebidas; Planejamento e Marketing para Turismo; Qualidade no Atendimento ao Turista.

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Errata

Na matéria Para conhecer o Senac do futuro, publicada na edição 703, faltou mencionar o Departamento Regional do Ceará como um dos integrantes do Comitê de Planejamento.

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Cultura em foco

No dia 14 de fevereiro, o Senac/AL deu início a uma série de atividades, gratuitas e pagas, vol-tadas para as áreas de Comunicação e Artes na Unidade Poço, em Maceió.

A escritora e produtora cultural Regina Barbosa, autora do livro Como elaborar projetos culturais, que atua na assessoria e no monitoramento de projetos culturais na cidade do Rio de Janeiro, realizou o Laboratório de Projetos Culturais, no período de 14 a 24 de fevereiro, na Unidade Poço, em Maceió. Regina ensinou ao público as técnicas para proposição, elaboração e for-matação de projetos culturais, incentivando o empreendedorismo cultural.

No dia 18 de fevereiro, o cineasta, cineclubista, performer e produtor cultural Hermano Figuei-redo ministrou a palestra O papel estratégico do audiovisual na sociedade brasileira. A proposta

China e Brasil se encontram em Manaus

Uma turma diferente se for-mou, no dia 10 de fevereiro, no curso Técnico em Guia de Turismo oferecido pelo Senac/AM no Centro de For-mação Profissional Pequeno Franco - Gerência de Turismo e Hospitalidade, em Manaus.

Composta por um grupo de 14 chineses, empresários donos de restaurante, lojas de confecção, bares etc., que moram em Manaus e também atuam como guias de turismo, a turma contou com um intérprete na sala em tempo integral para aju-dar a superar as dificuldades com a língua portuguesa.

O curso foi uma solicitação da empresa Amélia Agência de Viagens e Turismo e da Operadora Chinesa Doun Pang Jen, que tem como único cliente o governo chinês. Segundo Silmar Nunes, gerente da Divisão de Planejamento e Marketing do Regional, o governo compra pacotes para chineses e escolhem guias que também sejam chineses: “Por isso, a ne-cessidade de qualificar essas pessoas, ampliar o conhecimento que eles tinham da cidade, da história dos monumentos, e consequentemente, do roteiro turístico oferecido por eles”.

Os alunos realizaram uma série de visitas técnicas a vários pontos e atra-tivos turísticos da cidade, além de viagens técnicas aos municípios Novo Airão, Presidente Figueiredo e Iranduba e a Boa Vista (RR).

Na formatura, os alunos afirmaram que o curso mudou a relação deles com a cidade e passaram a conhecê-la e as sua possibilidades, a im-portância de cada atividade cultural. Agora, o interesse do grupo é em aprender o português, também no Senac.

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foi a de expor informações sobre a diversidade cultural e ressaltar a importância do audiovisual como fator es-tratégico para a sociedade brasileira.

Hermano também ministrou o curso Linguagem Visual e Videoplastia para pessoas que buscam desenvolver a leitura crítica de obras audiovisuais.

Palestra de Hermano Figueiredo

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Design e fi losofi a em debate

O estilista e diretor de criação Jum Nakao ministrou, na Unidade Ira-cema do Senac/CE, em Fortaleza, a palestra Mottainai Design. No dia 21 de fevereiro, estudantes e profissionais de design se reuniram para assistir ao estilista falar sobre o processo criativo e de transformações para o novo milênio.

Para Jum, Mottainai é um conceito originalmente budista que se apli-ca à existência do universo físico: “Tudo tem sua lógica de existência e, por isso, deve ser reusado, reciclado e reduzido. Essa é uma atitude que ilumina a mudança de valores”. Segundo o estilista, para aplicar a teoria do Mottainai é necessária a vivência da educação: “É ela que transforma e liberta. A educação nos ajuda a aprender a respeitar a alma das coisas, estimulando decisões e consumos mais conscientes”.

Na abertura do evento, realizado em parceria com o Sebrae/CE, a consultora de Produção Cultural e Moda do Senac/CE Eveline Costa disse que a palestra contribuiu ainda mais para o desenvolvimento do segmento: “Essa é a primeira de muitas ações da Instituição para a área de design, como o lançamento, previsto para ainda este ano, do curso Técnico em Design de Interiores”.

Jum também aconselhou os es-tudantes a buscarem a inovação: “Vocês devem pensar em novos processos e, para isso é preciso talento e persistência. Sua capa-cidade de superação é que fará a diferença. Então, se soltem para experimentações”. O palestrante também agradeceu ao Senac: “É muito bom estar de novo aqui. Essa Instituição sempre propicia um ponto de partida para novas atitudes e conceitos”.

19[ Por todo o Brasil ]

Da Rede para o mercado de trabalho

Visando proporcionar aos alunos concluintes dos cur-sos acesso às oportunida-des e informações do mer-cado de trabalho, o Senac/ES lançou o Projeto Senac Oportunidades.

A proposta é integrar as Unidades Educacionais, o site e o Banco de Oportu-nidades do Regional com o cadastro alimentado regularmente, à medida que os alunos dos Cen-tros e Núcleos de Edu-cação Profissional forem concluindo seus cursos, formando um sistema único que fornecerá um perfil detalhado de em-presas e candidatos.

Dessa forma, o cadastro totalmente informatiza-do facilitará o processo de busca e seleção de alunos e ex-alunos para inserção no mercado de trabalho, a avaliação dos currículos de educação profissional, por meio da intermediação de mão de obra qualificada para empresas solicitantes, devidamente cadastradas e de acordo com o regula-mento de prestação de ser-viços, à disposição no site do Regional.

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20 [ Por todo o Brasil ]

De 15 a 30 de janeiro, cerca de seis mil pessoas visitaram o evento Campo Grande Game Show, promovido pelo Senac/MS no Shopping Campo Grande, que contou com exposição de videoga-mes clássicos fabricados nos últimos 38 anos, o novo Xbox Kinect, palestras, oficinas gratuitas de desenvolvimento de jogos eletrônicos e o lan-çamento do primeiro curso de desenvolvimento de games de Mato Grosso do Sul

O grande destaque ficou por conta da exposição “Túnel do Tempo”. Os organizadores conseguiram reunir 77 equipamentos antigos, alguns bem raros, como o primeiro videogame fabricado no mundo, o Magnavox Odyssey, de 1972; o primeiro fabri-cado no Brasil, o Telejogo Philco Ford, de 1977; o primeiro console feito pela Atari, o Super Pong, de 1976; o Vectrex, primeiro a usar gráficos vetoriais e monitor embutido, entre outros.

Além disso, os jogadores com mais de 30 anos puderam jogar clássicos como River Raid, Pac Man, Megamania, Enduro, e jogos do Philips Odyssey, como Didi na Mina Encantada, Tar-tarugas, Senhor das Trevas e Come Come. Para os mais novos, haverá também jogos como os do Mega Drive, Master System, Super Nintendo, Sega Saturn, Xbox 1, Playstation, além das mais novas tecnologias de videogames, representa-das pelos Nintendo Wii, o Playstation 3 e Xbox Kinect, por exemplo.

Nas oficinas, 300 pessoas aprenderam a edi-tar e modificar jogos, criar cenários 3D com o Google Sketchup e com o AutoCAD, criar e preparar terrenos usando o Blender, criar jogos com o software Flash, criar personagens no Photoshop, e até filmar personagens reais para inserir em ambientes virtuais.

Evento conta história dos videogames

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21[ Por todo o Brasil ]

Evento mostra como Morar Mais por Menos

Pela primeira vez, o Senac/GO par-ticipou do evento de decoração e arquitetura Morar Mais por Menos, realizado em Goiânia. Criado em 2004, tem como proposta mostrar aos visitantes que a decoração de interiores pode ser acessível.

Cerca de 10 mil pessoas circularam, de 23 de fevereiro a 3 de abril, pela casa com 35 ambientes produzidos por arquitetos e decoradores de re-nome na cidade, no bairro Marista. De acordo com a diretora de Edu-cação Profissional do Regional, Ma-ria de Lourdes Narciso, o evento foi uma ótima oportunidade para di-vulgar os cursos relacionados à área

Em fevereiro, o Senac/PA deu início às atividades no município de Marabá. As instalações ainda provisórias – criadas para atender às demandas por aprendizagem comercial do Setor do Co-mércio de Bens, Serviços e Turismo local, contam com três salas de aula, um laboratório de infor-mática, uma sala de apoio técnico-administrati-vo, uma sala de professores e está vinculada ao Centro de Educação Profissional de Parauapebas.

Senac inicia atividades em Marabá

de Design de Interiores: “Foram colocadas placas em diversos am-bientes, para promovermos a divulgação de cursos, como Técnico em Design de Interiores, Decoração Básica de Interiores, Formação Autocad, entre outros”.

Além das placas, como contrapartida, o Senac teve anúncio de pági-na inteira no Catálogo do Morar Mais. Durante o evento, ainda houve o registro de demandas dos cursos e distribuição das programações da Instituição.

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O curso de Didática da Educação Profissional, ministrado de 7 a 11 de fevereiro para 26 profes-sores que assumirão a docência dos cursos do Senac em Marabá, inaugurou as ações no muni-cípio. A equipe pedagógica é composta de psi-cólogos, pedagogos, assistentes sociais, admi-nistradores, contadores, professores licenciados em Matemática, Letras e profissionais de Sistema de Informação.

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22 [ Por todo o Brasil ]

Prêmio de excelência pelo quarto ano consecutivo

O restaurante do Hotel-Escola Senac Barreira Roxa no RN recebeu o quarto Prêmio de Excelência em Qualidade e Segurança dos Alimentos, que atesta publicamente a excelência das empresas do setor ali-mentício.

O prêmio é anual e faz par-te do Programa Alimentos Seguros (PAS), desenvolvi-do por entidades do Siste-ma S, com metodologias específicas de acordo com as leis sanitárias brasileiras. O programa implementa as boas práticas e con-tribui para a melhoria na qualidade dos alimentos, reduzindo riscos para o consumidor.

Programa recebe novos docentes

O ano começou com novidade no Senac/PI. Pela primeira vez, 26 professores contratados após concurso público participaram do Programa Ação Docente na Educação Profissional.

De 12 a 26 de fevereiro, eles passaram por um treinamento coordenado pela Supervisão Pe-dagógica do Departamento Regional realizado no Centro de Educação profissional de Teresina e realizaram atividades em grupo. O objetivo do programa era adequar os novos docentes ao perfil de educação profissional da Instituição. No fim, todos tiveram de apresentar um modelo de plano de um curso na área de cada grupo.

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A consultora do PAS e nutricionista do Senac/RN Maria Emília Amaro lembra que desde 2006 o restaurante do Barreira Roxa se destaca: “Este ano, o restaurante obteve um percentual de 92% em excelência pelo PAS. A vigilância sanitária também o avaliou com um percentual de con-formidade semelhante”.

Para receber o certificado, o restaurante passou por auditorias quinze-nais, capacitação dos colaboradores em manutenção de alimentos, além de uma série de treinamentos específicos. Para Emília, o envolvimento da equipe é fundamental: “A conscientização das pessoas envolvidas, organização e capacidade de correção imediata ao perceber falhas têm de ser algo constante”.

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Novos cursos em um novo espaço

Construída em um terreno de cerca de 1.720 metros quadrados, a nova Unidade do Senac/SP no bairro da Aclimação terá sua programação de cursos livres, téc-nicos, extensão e pós-graduação direcionada para os segmentos de hotelaria, nutrição, saúde e bem-estar, turismo, eventos, gastronomia e lazer.

Com auditório, biblioteca, laboratórios de nutrição, be-bidas, enogastronomia, governança, cozinha, padaria, confeitaria, sala e bar, três laboratórios de informática e de multiprocedimentos, além de 24 salas de aula con-vencionais, a unidade é totalmente adaptada para rece-ber cadeirantes.

Já no segundo semestre, a nova Unidade oferecerá cursos realizados em parceria com instituições interna-cionais, como a École Lenôtre e a Doemens Academy. O destaque fica por conta dos cursos Chocolates Con-temporâneos, Pães Franceses Tradicionais, Sobremesas para restaurante: produção e empratamento, Cozinhei-ro Chefe Internacional, Sommelier de Cervejas e o Som-melier de Vinhos, esse último realizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Vinhos.

A participação do Senac/SE na 12ª edição da Feira de Ser-gipe, organizada pelo Sebrae, foi um sucesso. No estande da Fecomércio, os visitantes puderam degustar coquetéis de frutas, biscoitos doces e salgados confeccionados por alunos de Hotelaria, supervi-sionados por instrutores, além de se beneficiarem com servi-ços como aferição de pressão arterial e penteado.

O estande também contou com a exposição de diferen-tes títulos das editoras Se-nac e divulgação de cursos e demais serviços oferecidos pela Instituição. A novidade

Feira em prol do turismo e da cultura

foi o vídeo institucional “Senac pensando bem”, que os visitantes recebe-ram em seus celulares, através do Bluetooth, com atividades e serviços do Senac e belíssimas imagens do estado.

A Feira, realizada na Praça de Eventos da Orla de Atalaia, em Aracaju, até o dia 30 de janeiro, é mais uma ação do Sebrae em prol dos pequenos negócios. Seu propósito é estimular e valorizar o desenvolvimento artesa-nal, cultural e turístico sergipanos, criando oportunidades de divulgação e geração de negócios, além de proporcionar aos participantes a realização de novas parcerias comerciais e consolidar os mercados já existentes.

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Mais de 150 empresários e colabo-radores de empresas em Palmas participaram do Café com Negócios, realizado 15 de fevereiro, no Auditó-rio do Senac/TO, com a proposta de lançar o curso Escrituração Fiscal Digital/Sped.

Dividido em duas etapas e com du-ração de 16 horas, o curso possibili-ta aos empresários e colaboradores aprender mais sobre o Sped Fiscal, um conjunto de escrituração de documentos fiscais, apuração de al-guns impostos e outras informações de interesse dos fiscos das unidades

Encontro lança curso para empresários

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brfederativas e da Receita Federal do Brasil. Na legislação, Sped Fiscal é nomeado Escrituração Fiscal Digital (EFD). A EFD faz a apuração de regis-tros de impostos referentes às ope-rações e prestações praticadas pelo contribuinte.

Durante o encontro, o auditor fis-cal e consultor Gleib Resende falou sobre o curso e esclareceu dúvidas dos participantes. Para a diretora do Regional, Lunáh Brito Gomes, o evento atingiu as expectativas da instituição: “A participação do empresariado e o fechamento de

turmas mostra que o Senac está fo-cado para atender as necessidades mercadológicas do estado”.

O Café com Negócios resultou no fechamento de duas turmas em Pal-mas. O empresário Adaílton Noleto Pereira, proprietário do Comercial Eldorado e diretor da Câmara dos Diri-gentes Lojistas de Palmas, foi um dos que fizeram o curso após o encontro: “Não entendia dessa área e consegui aprender muita coisa. Depois de mim, dois funcionários também fizeram o curso e estamos implantando todo esse conhecimento na empresa”.

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No dia 9 de fevereiro, o Restaurante-escola Casa do Co-mércio do Senac/BA, em Salvador, formou mais uma turma de Cozinheiro. Após cinco meses sendo prepara-dos para atuar em bares, restaurantes, hotéis, fast food e estabelecimentos similares, os 16 formandos receberam o certificado de conclusão do curso. Cristina Ojuara, ora-dora da turma, deu a receita da emoção e do sucesso alcançados: “Aprendemos mais do que nunca, que a vida se arranja, se improvisa e se completa em equipe (...) De-sejo que cada um, do seu jeito, consiga a sabedoria para temperar a vida de acordo com seus anseios e paladares”.

Em Curitiba, no Teatro do Sesc Esquina, 20 alunos do curso técnico de Podologia do Senac/PR participaram da cerimônia de formatura, realizada no dia 3 de feve-reiro com a presença de amigos, familiares e do diretor regional, Vitor Monastier, entre outros. O paraninfo da turma, João Luiz Coelho Ribas, falou sobre a importân-cia da profissão: “Os podólogos preenchem uma lacuna na assistência multidisciplinar de áreas, como ortopedia, dermatologia, angiologia, reumatologia, entre outras, em clínicas especializadas, unidades básicas de saúde, hospitais de média e alta complexidade e UTIs”.

“Hoje, comemoramos mais uma etapa que foi vencida, mas continuaremos a caminhada em busca de cres-cimento profissional e pessoal”. Foi assim que Vanessa Carla Salomão, oradora da turma do curso Técnico de Nutrição e Dietética do Senac/AL, resumiu a emoção do dia 28 de janeiro, durante a cerimônia de formatu-ra realizada para os 20 alunos no auditório da Unidade Poço, em Maceió. Entre os presentes, a diretora técnica Cícera Paiva, a assessora técnica da área de Saúde, Elie-ne Sarafim, além de amigos e familiares dos formandos.

Semana de festa na Faculdade Senac Jaraguá do Sul, em Santa Catarina. No dia 11 de fevereiro, formaram-se duas turmas do curso Processos Gerenciais, totalizado 40 alunos. O evento foi realizado na Sociedade Cultura Artística (Scar) da cidade e contou com a presença de empresários locais, representantes da direção regional do Senac/SC, amigos e parentes.

O curso Primeiros Socorros, oferecido pelo Senac/PI, formou 18 alunos no dia 22 de fevereiro, em Teresina. Todos estão aptos a reconhecer uma situação de emer-gência, sua gravidade e prestar os cuidados imediatos necessários ao atendimento correto dos diversos agra-vos à saúde, desde acionar o sistema de emergência até o transporte da vítima para uma unidade hospitalar.

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Filé ao molho madeira, lombo de porco com fatias de abacaxi, bobó de camarão, arroz com aviú, pira-rucu de casaca, salpicão de frango, bolos de chocolate, tortas de bana-na, cremes de cupuaçu e abacaxi foram algumas das delícias prepa-radas pelas alunas no encerramento do curso de Capacitação em Culiná-ria Regional, ministrado pelo Senac Acre no dia 16 de fevereiro.

O curso, gratuito, para as 15 forman-das, faz parte do Programa de Qua-lifi cação Profi ssional (Plantec), uma ação conjunta do Ministério do Tra-balho e Emprego com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, que tem como principal objetivo a qualifi cação social e profi ssional dos trabalhadores, e foi realizado no

Curso de culinária regional

município de Plácido de Castro, dis-tante cerca de 100 quilômetros da capital Rio Branco.

“Temas como ética, história da gas-tronomia, nutrição e química dos ali-mentos, higiene e manipulação, além da prática, fi zeram parte do currículo”, explicou Abrão Maia, diretor de Edu-cação Profi ssional do regional acriano.

Uma das formandas, a estudante Laura Souza contou que, depois do

que aprendeu, está de olho em um emprego em restaurantes, bares ou hotéis: “Meu sonho é trabalhar, pre-tendo conseguir um emprego para ajudar minha família”.

Várias autoridades estiveram pre-sentes no encerramento, entre elas Paulo Almeida, prefeito de Plácido de Castro, Rubens Albino, coordenador do Plantec na Secretaria de Estado de Indústria e Comércio, Gilmar Pessoa, vice-presidente da Fecomércio/AC.

Atividade incentiva prática da argumentação e da comunicação

A sala 103 da Unidade Poço do Senac Alagoas foi trans-formada, no dia 7 de fevereiro, em um pequeno centro de compras, durante a realização da 3ª Feira de Concei-tos, atividade desenvolvida pelos 28 alunos da turma de Aprendizagem em Vendedor Balconista do regional. Di-vididos em grupos, eles representavam as lojas das quais são contratados e apresentavam aos visitantes produtos e serviços oferecidos pelas empresas.

“Durante essa atividade, os alunos vivenciam a pré-venda, com uma pesquisa na empresa onde trabalham, iden-tificando as estratégias de marketing e os detalhes do produto, e a venda, quando praticam a argumentação, superam as objeções e trabalham a comunicação”, expli-cou Gustavo Calado, instrutor responsável pela atividade.

Fagner Santos, 16, era um dos alunos mais animados: “Não sabia como atender bem. Pondo em prática as técnicas aprendidas em sala de aula, consigo fazer meu cliente enxergar o benefício do produto que vendo. Com as aulas, meu trabalho ficou muito mais fácil”.

Evelyn Peixoto, 15, que trabalha em uma loja de de-partamentos, foi escolhida para exercer a função de gerente: “Monitorar o evento foi trabalhoso, mas gra-tificante. É muito bom ver a turma praticar, com criati-vidade, a teoria”.

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Trabalho reconhecido

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE/CE) concedeu ao Senac/CE o troféu Prêmio SRTE Inclusão pelo Trabalho por suas ações de responsabili-dade social, principalmente por ter cumprido, em 2010, as cotas de contratação de pessoas com deficiência e de jovens aprendizes. Também receberam o prêmio Sesc, Senai e Sesi.

A solenidade, promovida pelo Senac Ceará e pela SRTE, foi realizada no dia 27 de janeiro, no Auditório da Escola Educar Sesc, em Fortaleza. Entre os presentes, Ranieri Leitão, vice-presidente do Sistema Fecomércio/CE; Ma-zza Maciel, diretora de Educação Profissional do Senac/CE; Papito de Oliveira, superintendente regional do Tra-balho e Emprego; Dorinha Madeira, gerente de Inclusão e Tecnologia Social do Senac/CE.

Dorinha ressaltou a relevância da iniciativa, que reco-nhece as empresas que cumpriram sua função social e conscientiza as que ainda não possuem pessoas com deficiência em seus quadros: “O Senac tem essa luta contínua de assegurar, com igualdade de oportunida-des, o acesso ao mercado de trabalho”.

Durante o evento, jovens do curso Aprendizagem em Serviços Administrativos apresentaram a peça Ecolândia – o reino da reciclagem, e o atleta paraolímpico na mo-dalidade natação, Henrique Gurgel, ministrou palestra sobre o tema da acessibilidade. Alunos do Senac promovem

ação sobre Hanseníase

Os alunos do curso Técnico de Segurança do Traba-lho da Unidade Mossoró do Senac/RN promoveram, no dia 2 de fevereiro, uma ação denominada “Um toque de saúde: Hanseníase tem cura”, com o intuito de divulgar os principais sintomas da doença, pre-venir e tratar caroços ou manchas dormentes que podem surgir em qualquer parte do corpo.

O evento, realizado no auditório do Senac em Mossoró, contou com a participação de 150 pes-soas, entre alunos e convidados, que assistiram as palestras “Hanseníase tem cura” e “Tratamento, orientações e cura”, ministradas por Mércia Cris-tina, assistente social e coordenadora do progra-ma Na luta contra Hanseníase, e de Nayara Ger-mano, fisioterapeuta e integrante do programa em Mossoró.

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Jovens aprendizes presentes ao evento

Show de Talentos com Solidariedade

Os alunos do curso de Aprendizagem e de Ca-beleireiro da Unidade Caldas Novas do Senac/GO passaram uma tarde com idosos do Abrigo São José. A ação, que fez parte do projeto “Show de Talentos com Solidariedade”, contou com apre-sentação de danças, músicas, mensagens moti-vacionais, momento beleza com corte de cabelo e maquiagem.

A ação tem como proposta fortalecer o espírito de solidariedade entre os jovens aprendizes e propor-cionar aos idosos momentos de descontração, lazer e cuidados com a beleza. Para Alinne Batista, mentora do projeto, o empenho dos alunos na organização do evento foi impressionante, assim como a colaboração das alunas de Cabeleireiro, acompanhadas pela ins-trutora Andréia Duarte.

O gerente da Unidade, Cássio Nardon, ressaltou a importância dessa atitude: “Isso demonstra que o Senac prepara os jovens não só para serem excelen-tes profissionais, mas para serem cidadãos conscien-tes de sua responsabilidade social”.

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Certifi cado atesta superação de difi culdades

Para 12 alunos do Senac/RS, o dia 30 de março foi de muita alegria. Eles fi zeram parte da primeira turma de alunos com defi ciência intelectual e, nesse dia, receberam os certifi cados de conclusão do curso de Apren-dizagem Comercial em Serviços Administrativos no auditório da Fa-culdade de Tecnologia Senac/RS em Porto Alegre.

O curso, realizado em parceria da Se-cretaria de Educação de Porto Alegre, da Superintendência Regional do Trabalho e das empresas que contra-taram os jovens, teve aulas dinâmicas com fi lmes, teatros e situações adap-tadas às difi culdades de cada um. A proposta é capacitar pessoas com defi ciência para ocupar vagas dispo-níveis no mercado de trabalho.

A professora Elisandra Rodrigues afi rma que todos sempre demons-traram interesse em aprender da

melhor maneira possível: “O apren-dizado foi adquirido com base na repetição. Trabalhamos muito a questão da postura, boas maneiras e organização no ambiente de tra-balho. Muitos tinham difi culdades na leitura, na escrita e nas discipli-nas exatas, mas com atenção redo-brada e dedicação, conseguimos passar a todos os conteúdos pro-postos para o curso”.

Leo Pereira, pai de um dos alunos do curso, fala sobre a importância dessa oportunidade: “Meu fi lho amadure-ceu muito, tornou-se mais indepen-dente. Esse período foi de muita motivação, não só para ele, mas para todos nós”.

O Senac/SE, em parceria com o Insti-tuto G. Barbosa, a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos (Apada) e a Associação dos Deficientes Motores de Sergipe(ADM), realizou, no dia 27 de janeiro, a formatura dos 35 alunos do curso de Capacitação para o Varejo, parte do Projeto Despertar e Aprender 2010.

O projeto existe desde 2006 e tem o objetivo de capacitar jovens e adultos surdos e com deficiência auditiva. Em 2010, a Associação dos Deficientes Mo-tores de Sergipe também participou como parceira do projeto, certificando 21 jovens com deficiência física.

Novos profi ssionais para o mercado de trabalho

O diretor regional, Paulo do Eirado Dias Filho, agradeceu aos parceiros a confiança e deu um conselho aos formandos: “O conhecimento adqui-rido é muito importante, mas fiquem atentos às atitudes, que é o grande mantenedor do emprego. Atitude é tolerância, trabalhar em equipe, sa-ber falar e ouvir, ter boas maneiras”.

28 [ Senac social ]

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No dia 28 de fevereiro, equipe do curso de gastronomia do Senac/MS, comandada pelo docente Marcílio Souza, esteve na Feira Central de Campo Grande, onde ensinou gratuitamente cinco pratos à base de pintado e tilápia para o Festival do Peixe, realiza-do de 21 a 24 de abril.

Como tem aceitação maior en-tre os consumidores, quatro dos cinco pratos sugeridos utiliza-ram o pintado. Uma das opções é o Pintado à Moda da Feira, filé empanado na farinha de milho, com molho de urucum e leite de coco, acompanhado de arroz branco e farofa de banana.

Também foram sugeridas duas porções: uma, de Bolinho de Pin-tado com Queijo, feito à base de mandioca; outra, de Isca de Tilá-pia, com filezinhos empanados e fritos. Os pratos foram degus-tados por 28 feirantes que parti-ciparam da demonstração. Além do preparo, Marcílio deu dicas sobre como montá-los e decorá-los para que fiquem atrativos já à primeira vista.

Feirantes aprendem receitas para o Festival do Peixe

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“Ser uma pessoa especial consiste, antes de tudo, em

realizar, independentemente do grau de aspiração, da

condição física e mental, seu propósito de vida, aproveitando e criando oportunidades para o desenvolvimento pessoal e do ambiente no qual se

encontra inserido, construindo e aprimorando o acesso aos direitos

de uma vida com dignidade e cidadania.”

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Minha experiência na atuação junto a pessoas com deficiência intelectual no município de Bebedouro, em São Paulo, começou em 2004, ano em que tomei a

decisão de buscar novas oportunidades de trabalho e outras formas de viver e ver a vida.

Trabalhando na Associação de Pais e Amigos dos Ex-cepcionais (Apae) de Bebedouro, encontrei barreiras que me fizeram olhar para elas somente como pessoas com deficiência de escolaridade, despreparo profissio-nal – delas e das famílias –, dificuldades de locomoção, intolerância a frustrações e baixo desempenho nas tare-fas ligadas a comunicação, cuidado pessoal e de relacio-namento social.

Apesar de esse meu olhar mostrar muito mais as dificul-dades que vinham pela frente, entendi rapidamente que a altura das barreiras tinha sido definida por mim, não por elas, que acreditavam ter direito ao mundo do trabalho.

Esse entendimento me levou a buscar, com algumas pessoas da Apae, alternativas de capacitação. Foi no Senac/SP que encontrei uma parceria ideal para ofere-cer a esses jovens com deficiência o passaporte para o mundo do trabalho, que ocorreu por meio do Programa Educação para o Trabalho – trampolim.

A visão inovadora e ao mesmo tempo audaciosa do ge-rente da Unidade – e da Instituição – me incentivou a ofe-recer a eles todo o conhecimento disponibilizado a outros jovens, utilizando a metodologia já concretizada pelo Pro-grama Educação para o Trabalho – novas conexões.

A criatividade dos docentes, aguçada pelos desafios de trabalhar com deficientes intelectuais, a disponibilidade de toda a equipe do Senac e a predisposição, garra e vontade dessas pessoas com deficiência de pertencer ao mundo do trabalho foram determinantes para que o programa alcançasse as metas e os objetivos traçados.

Defi ciência intelectual x défi cit de oportunidadesAneliese Maria Martins*

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Um a um, os instrumentais (material didático de orien-tação utilizado pelos docentes como apoio para prepa-ração das aulas) foram aplicados, a cada dia as surpresas apareciam e aquelas barreiras caíam.

A baixa escolaridade que os impedia de ler e escrever e de agir com autonomia foi, aos poucos, minimizada pelo letramento. O que no início os fazia chorar foi dan-do lugar ao sorriso, à vontade de ter um caderno, de visitar a biblioteca, de buscar – sozinhos – o benefício no banco, de ir ao posto médico, de andar de ônibus, e tantas outras ações.

O desempenho nas tarefas que exigiam comunicação foi melhorando, a evolução dos alunos na tomada de deci-são com mais autonomia e a capacidade de produzir e realizar trabalhos foram se tornando mais perceptíveis. A aquisição de conhecimentos possibilitou o acesso a um mundo novo, muito maior do que podiam imaginar. A equipe de docentes e eu ousávamos cada vez mais.

O envolvimento e a participação de profissionais au-tônomos, órgãos governamentais, empresários, orga-nizações sociais, por meio de palestras e entrevistas, foram decisivos para ampliar a rede de relações sociais dos alunos.

Assim, foi sendo feito o movimento de inserção do aluno na comunidade e no mundo do trabalho. A pri-meira pesquisa com relação à inclusão de pessoas com deficiência intelectual no quadro de pessoal mostrou que menos de 10% das empresas tinham intenção de contratá-las. Muitos empresários ficavam apavorados, imaginando-as gritando, derrubando móveis, agarran-do ou agredindo alguém. A contratação do deficiente estava associada a um cenário de aborrecimentos e temores.

Aos poucos, com as visitas orientadas e a presença da rede de relações sociais quase semanalmente em sala de aula, o programa do Senac tornou-se referência de for-mação profissional, a ponto de as empresas virem solici-tar indicações de alunos para o preenchimento de vagas.

Quando estimulado para a vida profissional, o jovem com déficit cognitivo vive transição muito mais positiva para a vida adulta, adquire noção da realidade, assimila comportamentos sociais mais adequados e ganha au-tonomia para reger e gerir a própria vida.

Hoje, sei que é preciso buscar a compreensão de tudo o que puder sobre deficiência intelectual. Aprendi que é preciso conhecer em detalhes as potencialidades e os interesses de cada aluno, pois só assim é possível identificar oportunidades de sucesso e de inserção no mundo do trabalho para cada um. Deve-se ser demonstrar o que se pretende dizer, e não apenas dar instruções verbais, e sempre que necessário, proporcionar materiais e experiên-cias práticas ao aluno, oferecendo-lhe oportunidade de experimentar as coisas.

No “Programa Educação para o Trabalho – trampo-lim”, a dedicação e o acompanhamento do aluno são intensos, pois a baixa tolerância às frustrações, comum a todos eles, faz as tarefas serem facilmente abandonadas, levando a não aquisição das com-petências de vida diária, sociais e de exploração e consciência do mundo.

Todas as pessoas com deficiência intelectual são capazes de crescer, aprender e desenvolver-se, desde que recebam ajuda adequada, orientação necessária e, principalmente, o respeito devido a qualquer cidadão.

Ser uma pessoa especial consiste, antes de tudo, em realizar, independentemente do grau de aspira-ção, da condição física e mental, seu propósito de vida, aproveitando e criando oportunidades para o desenvolvimento pessoal e do ambiente no qual se encontra inserido, construindo e aprimorando o acesso aos direitos de uma vida com dignidade e cidadania.

Percebo, agora, que a escolha de estar junto desses jovens não é minha. Eu fui escolhida. Só consegui re-alizar o programa e oferecê-lo aos deficientes porque eles tomaram a decisão de mostrar à sociedade e às suas famílias que fazem parte do mundo e precisam das mesmas oportunidades.

O que mudou na minha relação com o jovem deficiente intelectual depois do Programa Educação para o Traba-lho – trampolim? Tudo.

*Aneliese Maria Martins – Coordenadora do Programa Edu-

cação para o Trabalho do Senac/SP na Unidade do município

de Bebedouro

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Do que você precisa para ser feliz? Dinheiro, saúde, realização profi ssio-nal? O que distingue pessoas bem-sucedidas? Essas e outras perguntas foram feitas por Ricardo Ourives, instrutor da área de Gestão e Negó-cios do Senac/AL e escritor, durante a palestra “O sucesso depende de você”, ministrada no dia 27 de janei-ro, no auditório da Unidade Poço, em Maceió.

O evento fez parte do lançamento do livro DNA da felicidade, no qual Ricardo dá dicas sobre motivação e orientações para transformar problemas em oportunidades e explica que estar feliz é uma ques-tão de escolha: “O problema é uma oportunidade de demonstrarmos talento e criatividade. Ele nos ajuda a sair da zona de conforto. A dife-

Instrutor alagoano ensina como transformar problemas em oportunidades

Na parede do salão, o destaque fi ca por conta dos certifi cados do Senac. “Tenho orgulho de todos; mudaram a minha vida e são a garantia que o cliente tem de que estou qualifi cada para o serviço que ofereço”, declara Geyse Cristina Macedo.

Dona de casa que precisou trabalhar fora, Geyse encontrou nos cursos de Beleza da Instituição sua profi ssão: “Comecei como manicure, indo à casa das clientes. E foi uma delas que, reconhecendo meu potencial, me indicou um curso no Senac”.

Em 1995, ela fez o Curso Manicure e Pe-dicure no Senac em Parintins e não pa-rou mais. Cursou também os de Cabe-leireiro, Depilação, Massagem, Unhas Artísticas, Penteados e todos os aper-feiçoamentos ofertados na Unidade.

Beleza faz escola em Parintins

Em 2007, já com clientela signifi cati-va, Geyse submeteu-se ao processo seletivo para atuar como docente do Senac, função que exerceu até 2009, contribuindo efetivamente para a formação de outras manicu-res no município. Ela conta que a alegria de fazer os outros felizes com o seu trabalho é uma sensação que veio com a qualifi cação: “O Senac re-

presentou uma mudança radical em minha vida e de minha família. Po-rém, o mais importante é o estímulo que recebi para aprender sempre, buscando coisas novas e enrique-cendo o que faço”.

Hoje, Geyse tem um salão em Parintins, com quatro colaboradoras formalmente contratadas. Todas egressas do Senac.

rença entre as pessoas de sucesso e as pessoas comuns é que as primeiras encaram os problemas como desafi os. É preciso persistir, acreditar nos sonhos, ter autoestima”.

Formado em Direito, Ricardo sempre trabalhou na área comercial e adora atuar nos segmentos de motivação, gestão da força de vendas e de pesso-as. Nos cursos, busca motivar e mostrar a importância do comprometimen-to e da paixão pelo trabalho, pontos que fazem a diferença nos resultados alcançados e na qualidade de vida do profi ssional: “Comecei a perceber que as pessoas se interessavam cada vez mais por minhas mensagens, e foi esse feedback que me motivou a escrever”. Ele também é autor do livro Exame da Ordem sem stress.

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“Depois de quase um ano de tra-balho, a conquista representou um grande passo em minha vida e em minha carreira”, declara Patrícia Du-ran, ex-aluna bolsista do curso Téc-nico em Estilismo e Coordenação de Moda do Senac/SP, em Campinas. Ela foi a única brasileira e estudante des-sa modalidade de ensino que se clas-sificou para a final do Arts of Fashion, realizado em São Francisco, Califórnia (EUA), de 3 a 7 de dezembro de 2010.

A jovem elaborou para a competi-ção dois looks e concorreu com uni-versitários do mundo inteiro. Para a gerente da Unidade em Campinas, Irecê Piazentin Nabuco de Araújo, o sucesso de Patrícia é um estímulo para outros alunos: “Ao longo do cur-so, ela foi descobrindo a profundida-de e a seriedade da área de moda, e isso direcionou seu perfil criativo”.

Edmarcio Wruck, conhecido como Marco Wruck, foi alu-no do Senac/PR há 17 anos. Foi em Maringá, onde fez o curso Cabeleireiro, que ele começou a se qualificar na profissão que iria lhe render sucesso e satisfação pesso-al: “Toda minha base técnica e ética profissional veio do Senac”, conta Marco.

Aluno dedicado, ele logo se destacou em sala de aula e chegou a ministrar cursos de aperfeiçoamento do Senac em Maringá e região. Ele também fez cursos em diversas Academias, como Redken (Nova York), Vidal Sassoon e Tony & Guy (Londres), e Dessanges Jaccques (Paris). Há seis anos, Marco é proprietário do The Lounge Salon, em Kingston Upon Thames, bairro de Londres.

Em visita ao Instituto de Beleza-Escola do Senac, reen-controu uma de suas instrutoras, Maria das Graças Dias, e relembrou um pouco de sua trajetória: “Trabalhei no Brasil com o cabeleireiro Celso Kamura para várias re-vistas de moda e como maquiador e cabeleireiro no

De Maringá para Londres

Ex-aluna é fi nalista em concurso internacional de moda

Patrícia teve como tutora a docen-te Justine Armani e contou com total apoio do Senac, que além de confeccionar o book com o pas-so a passo da produção, custeou as despesas de viagem das duas: “Com isso, pude fazer o Master-class, workshop de modelagem e técnicas de moda ao lado de de-signers de renome presentes em São Francisco”.

A estudante conta que o projeto desenvolvido teve como tema o “Medo de dormir”, com o subtema Fora do comum: “O processo de cria-ção se deu juntando palavras e ima-gens em um painel, rascunhos de madrugada que me possibilitavam ver o que poderia ser único, fora dos padrões. Segui os conselhos da Jus-tine de exercitar o olhar diante das coisas e das oportunidades”.

São Paulo Fashion Week. Mas após meu primeiro curso na Academia Vidal Sassoon, em Londres, apaixonei-me pela cidade e decidi ficar”.

Para ele, seu sucesso vem de sua formação, da eterna busca por se manter atualizado com as últimas tendên-cias de cabelo e cor: “Essa é a contrapartida para atrair clientes fiéis”.

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Maria das Graças Dias e Marco Wruck

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Luciano dos Santos Nascimento, 22 anos, estava sem trabalho, sem di-nheiro e procurou o Senac Paraíba em busca de orientação: “Estava fora do mercado, sem rumo. O Senac apri-morou meus conhecimentos e me fez entrar no mercado de trabalho”.

Por meio do Programa Senac de Gratuidade (PSG), Luciano fez o cur-so Organizador de Eventos: “Assim que terminei, fui indicado para uma empresa. Fiz a seleção e comecei a trabalhar. Hoje, estou contratado devido às competências que desen-volvi no Senac.”, declara o estudante.

Luciano ainda pede para destacar a importância do PSG: “Não tinha con-dições de pagar. Além do conheci-mento, o Senac me ensinou a ser mais ético, a ampliar minha visão do mundo e a ter coragem para reali-zar meus sonhos. Tanto que já estou fazendo outro curso na Instituição”.

Direto para o mundo do trabalho

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De 17 a 23 de janeiro, foi realiza-da a Campus Party Brasil, em São Paulo, que reuniu 6.800 profissio-nais, curiosos e apaixonados por tecnologia para conferir novida-des em áreas como Robótica, De-senvolvimento, Jogos, Modding, Software Livre, Segurança e Re-des, Astronomia etc..

Este ano, o evento contou com um colaborador especial: Eliseu Silva, do Senac Rio Grande do Norte, que faz parte do programa MSP-Microsoft Student Partner, convidado pela Microsoft para participar de mesas redondas sobre Windows 7.

Na festa da tecnologia

Eliseu fi cou impressionado com a dimensão do Campus Party: “Tente imaginar um grande camping geek com ótima in-fraestrutura, onde uma te-levisão sem estar ligada a games de ú l t i m a geração não interessaria a ninguém. Some tudo isso à interativi-dade entre as mais variadas tribos – programadores, modders, publicitários, gamers, hackers, desig-ners, empreende-dores, DJ’s etc.”.

O colaborador saiu do Senac/RN para realizar campanhas

referentes a produtos como Windows 7, Xbox, Kinect, Hotmail, IE9, e par-

ticipar de ações como “A noite dos Nerds Vivos”, com mais de mil pes-

soas em um jogo tipo RPG concorrendo a 1Xbox + kinect: “Par-ticipar de um evento dessa grandeza me

possibilitou trocar ex-periências, fazer ami-

gos e ingressar em grandes projetos”.

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O ano de 2010 foi especial para o Se-nac Sergipe, que atendeu com cur-sos de educação profi ssional todos os municípios do estado. Trata-se de um feito inédito em nossa história. Creditamos essa ação à atuação de grande cobertura de nossos parcei-ros, contratantes ou convenentes, que confi am em nossa marca e nos convidam para a consecução de grandes desafi os, como também às qualidades de nossas equipes, que demonstram profi ssionalismo, capacidade empreendedora e mo-bilidade, e à integração com a Fe-comércio e o Sesc, que muito nos fortalecem.

Sergipe, menor estado da Federa-ção, possui características muito próprias, que fazem dele um lugar vocacionado para o progresso. Ao todo, são 75 municípios atendidos pelos Centros de Formação Profi s-sional de Aracaju, Lagarto, Itabaiana e Tobias Barreto, além de três carre-tas-escola e um caminhão baú na Unidade Móvel.

Parcerias permitem atender a todos os municípios sergipanos

Paulo do Eirado Dias Filho Diretor regional do Senac/SE

O Senac/SE foi contratado por se-cretarias, prefeituras municipais e empresas públicas para realizar di-versos cursos em 2010. Uma delas foi a Secretaria de Estado da Inclu-são e do Desenvolvimento Social, que nos contratou para ministrar cursos de educação profi ssional e outros destinados à geração de renda em todos os municípios ser-gipanos no segundo semestre do último ano. Coube à Unidade Mó-vel a execução desse projeto, abrin-do frentes de trabalho em até 17 cidades simultaneamente.

Nos cursos orientados para a gera-ção de renda, os participantes re-ceberam um kit com ferramentas e produtos necessários para a ime-diata prática laboral. Desse modo, por exemplo, os egressos de curso

de confeiteiro ganharam as formas e a batedeira. Um projeto assim, bem elaborado, reforça a cren-ça na capacidade de transformar, para melhor, a vida de milhares de sergipanos por meio da educação profissional.

Estamos felizes pela nossa dispo-sição de repensar a todo instante a melhor solução em educação profissional. Para isso, instituímos os comitês Gestor, Pedagógico e Socioambiental, constituídos por colaboradores que permanente-mente dialogam com a Direção e a Presidência regionais, objetivando as melhores decisões. Assim, esta-mos vigilantes à dinâmica social e laboral no contexto brasileiro da atualidade.

A maioria dos alunos em 2010 estu-daram gratuitamente, benefi ciários do Programa Senac de Gratuida-de ou favorecidos por convênios e contratos. Essa realidade nos traz a certeza do cumprimento de nossa nobre missão institucional de “Edu-car para o trabalho em atividades do comércio de bens, serviços e turis-mo”, e aprimorar profi ssional e pes-soalmente comerciários e aspirantes ao primeiro emprego, em especial os de menor renda.

A crescente procura por nos-sos cursos, aliada à capilarida-de de nossas ações, é fruto do cumprimento da visão de futuro desenvolvida por todos os que passaram pelo Senac/SE, sejam presidentes, diretores, conselhei-ros e colaboradores, contribuindo para que 2010 fosse um ano de consolidação, reafirmando a po-sição de referência brasileira em educação para o trabalho.

“Um projeto assim, bem elaborado, reforça a crença na

capacidade de transformar, para melhor,

a vida de milhares de sergipanos por meio da

educação profissional”

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Para formar novos Técnicos em Guia de Turismo...

Piranhas, cidade de Alagoas às mar-gens do Rio São Francisco, recebe mais de 150 mil turistas por ano. Mas, para o diretor da Secretaria de Turis-mo do município, Jairo Oliveira, falta qualifi cação: “Precisamos capacitar profi ssionais para receber turistas”.

Assim, em um trabalho integrado com Bahia e Sergipe, articulado por Meraldo Rocha, gestor do APL

Outra parceria realizada pelo Senac/AL, desta vez com a empresa Diageo, capacita mais mão de obra para a área de Turismo. Os 120 participantes, jovens de baixa renda de Maceió, fi zeram parte do Programa Learning for Life (Apren-

... e capacitar 120 jovens de baixa renda

(Arranjos Produtivos Locais) Cami-nhos do São Francisco, a Prefeitura de Piranhas e o Senac/AL iniciam, em maio, o curso Técnico em Guia de Turismo na modalidade edu-cação a distância. Com encontros presenciais em Xingó, qualifi cará 50 pessoas dos municípios de Piranhas, Delmiro Gouveia e Olho d’Água do Casado (AL), Canindé de São Fran-cisco (SE) e Paulo Afonso (BA).

A população de Piranhas também terá a possibilidade de, por meio da Unidade Móvel do Senac/AL, participar de cursos presenciais, como Camareira e Recepcionista em Meios de Hospedagem, Co-zinheiro Auxiliar, Agente de Via-gens, Garçom, Gestão de Hotéis e Pousadas, Gestão em Pequenos Negócios e Elaboração de Rotei-ros Turísticos.

dendo para a Vida), e se formaram nos projetos Bartender, Turista e Varejo.

A solenidade de conclusão dos cur-sos foi realizada no di 1º de março, no auditório da Unidade Poço, em

Maceió, e muitos já estão trabalhan-do: “Aprendemos sobre ética e sobre a vida. O mundo lá fora é difícil, mas não é impossível vencê-lo”, declara Edvânio Arlindo da Silva, concluinte do curso de Bartender.

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Em março, mais 240 moradores de Ribamar, municí-pio do Maranhão, serão capacitados no Caminhão da Juventude por meio da parceria entre a Prefeitura e o Senac. Iniciada em agosto de 2010, a ação já ofereceu cursos de educação profissional, como os de Excelên-cia no Atendimento e em Vendas, Unhas Decoradas e Habilidades Gerenciais, para mais de 500 ribamarenses.

A cerimônia de entrega de certificados foi realizada no dia 4 de fevereiro, no colégio Patronato, em Ribamar, e contou com a presença do presidente da Fecomércio/MA, José Arteiro da Silva, do diretor regional do Senac/MA, José Ahirton Lopes, do prefeito de Ribamar, Gil Cutrim, além de vereadores e convidados.

Ação certifi ca mais de 500 pessoas

José Ahirton Lopes e Gil Cutrim fazendo moldura para a aluna concludente

O encontro do Senac/SC com a Se-cretaria Municipal de Educação de São Bento do Sul está rendendo óti-mos frutos. A parceria trouxe, no dia 1º de fevereiro, Tania Zagury (foto), pioneira na discussão do papel dos limites na educação, para ministrar a palestra “Plano Municipal de Edu-cação – sociedade, escola e família como protagonistas na construção do futuro da educação de São Bento do Sul”. No dia 2, um seminário sobre Educação Especial e Inclusiva e, no dia 3, o tema Educação Ambiental

Educação em debate

fechou a programação da semana. O evento contou com a participa-ção de mais de mil profissionais da educação do município.

Já nos dias 8 e 9 de fevereiro, foi a vez de seminários complementares ao Plano de Educação Municipal. No primeiro dia, Educação Étnico-Racial e Indígena e Pedagogia Hospitalar, específica para serviços de apoio a crianças adoecidas, foram apre-sentados por Vânio César Semann e Daniella Jora. No dia 9, o tema foi

Formação e Valorização dos Traba-lhadores em Educação, sob o co-mando de Vítor Aguiar.

Senac/SP participa, pelo sexto ano consecutivo, do Programa Educar – Módulo Máster. Em parceria com a Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), o programa tem a fi nalidade de difundir conceitos de educação fi nanceira e ensinar como controlar o orçamento familiar por

Aulas para controlar gastos e investimentos

meio de cursos e palestras gratui-tas que abordam planejamento de fi nanças pessoais, hábitos de pou-pança e tipos de investimento para diferentes públicos e faixas etárias.

Abertas ao público e voltadas para maiores de 18 anos, as au-

las forma ministradas de março a maio em 21 unidades do Senac, além do Campus Santo Amaro. Os alunos contaram com carti-lhas e, ao fim do curso, os que tiveram 100% de frequência, re-ceberam certificado emitido pela BM&FBovespa.

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Graças ao Termo de Cooperação Mútua assinado entre a diretora re-gional do Senac/MS, Regina Ferro, o prefeito de Ponta Porã, Flávio Kayatt, o secretário municipal de Governo e Comunicação, Leonardo Derzi Re-sende, e o gerente da Unidade do Senac Dourados, Antonio Carlos de Campos Faria, desde março, mora-dores de Ponta Porã terão desconto de 10% em cursos oferecidos em Dourados e ainda usarão o trans-porte intermunicipal gratuito entre Ponta Porã e Dourados.

Ampliando acessos

A Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (Sipat) da Empresa Brasileira de Infraes-trutura Aeroportuária (Infraero) contou, no dia 27 de janeiro, com a participação do Senac/SE.

A parceria levou a enfermeira Bruna Emanuella Feitosa Vascon-celos, instrutora da Instituição, a ministrar a palestra de Primeiros Socorros para os funcionários da empresa com o objetivo de mostrar técnicas e manobras-padrão de atendimento de Pri-meiros Socorros.

Durante o encontro, a instrutora simulou situações de risco para que os participantes pudessem observar como realizar o proce-dimento correto em momentos de urgência. Para a coordena-dora da área de Saúde do Se-nac/SE, Joana Angélica Cardoso Buarque, essas parcerias são fundamentais para a Instituição: “Estamos colaborando para que profissionais sejam qualificados, pois essa é a missão do Senac”.

Palestras sobre prevenção de acidentes do trabalho

Capacitação profi ssional para a inclusão

O Senac Paraná, em parceria com as prefeituras de Cascavel e São João do Oes-te e com o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) – unidades locais responsável pelas organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica em áreas de vulnerabilidade e risco social –, realizou o curso Auxiliar Administrativo.

No dia 16 de fevereiro, 24 adolescentes que se encontram em situação de risco social foram encaminhados pelo Cras para a realização do curso de 160 horas, nas dependências da sede social do Colégio Marista.

Na comunidade de São João do Oeste, as aulas são ministradas no Colégio Estadual de São João, possibilitando acesso à capacitação a mais jovens do interior. Os participantes que tiverem, no mínimo, 75% de presença, rece-bem certificado de conclusão.

Para Regina Ferro, é mais uma oportunidade de qualificação pro-fissional que é oferecida pelo Se-nac à população: “Queremos que o aluno, ao concluir nossos cursos, estejam aptos a trabalhar em equi-pe, com ética e responsabilidade, adaptando-se às novas tecnolo-gias e com autonomia para en-frentar diferentes situações com criatividade e flexibilidade. É isso que os funcionários da Prefeitura, bem como os estudantes em ge-ral, vão receber”.

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38 [ Na estante ]

mar|abr 2011 | correio do senac | nº 704

[ Ver é compreender: design como ferramenta estratégica de negócio ]Esta edição ilustra a força do

design nas relações de consumo e a importância da identidade

visual no valor das marcas. Vencedor do Prêmio Jabuti na categoria “Arquitetura e

Urbanismo, Comunicação e Artes”, em 2004, o livro tornou-se referência para profi ssionais

e estudantes de Design, Publicidade e Propaganda,

Desenho Industrial e Marketing pelo conceito aplicado

nos campos da criação de logomarcas, reformulação

de sites, reposicionamento de marcas e criação da

identidade visual.Autor Ricardo Leite

Editora Senac Rio 300 páginas

[ Grandes líderes da história: o que as empresas e os gestores podem aprender com seus exemplos ]Muitos líderes sabem o que precisa ser feito, mas na hora H não o fazem por falta de um modelo que os inspire e lhes dê garantias de estar tomando a decisão correta. Independentemente de presidir uma multinacional ou gerenciar uma equipe de vendas, o chefe passa por incertezas. Grandes líderes da história os ajuda a colocar suas decisões em prática a partir do exemplo de personalidades como Winston Churchill, Napoleão Bonaparte, Martin Luther King, Elizabeth I, Nelson Mandela, Muhammad Ali, Genghis Khan, Marco Pólo, entre outros.Autora Jonathan GiffordEditora Senac/SP368 páginas

[ Arquitetura ecológica ]A sensível degradação do meio

natural obriga profi ssionais ligados à área de construção a empreender rapidamente

medidas que se impõem para assegurar a qualidade

de vida das gerações futuras. Arquitetura ecológica, uma

análise detalhada de 29 edifi -cações ecológicas européias,

demonstra que é possível construir ecologicamente

com um custo adicional de investimento. Porém, este

capital é rapidamente ressarcido com as construções econômicas em termos de energia, permitindo um

grande espaço aos materiais que não causam danos ao ambiente.

Autora Dominique Gauzin-MüllerEditora Senac/SP

304 páginas

A

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39[ Na estante ]

mar|abr 2011 | correio do senac | nº 704

Para participar do sorteio do livro Enfermagem cirúrgica, envie um e-mail para fl [email protected] até o dia 30 de maio dizendo qual o nome do programa do Senac destinado ao atendimento à pessoa com defi ciência.

Os vencedores da promoção Em torno da mesa – O prazer de compartilhar receitas foram: Rita Pigatti, do Senac/ES, e Sandra da Silva Soares, do Senac/RO.

Habilidades técnicas e humanas para profi ssionais de Enfermagem

Uma visão completa do trabalho que os profi ssionais de enfermagem realizam antes, durante e após os procedimentos cirúrgicos. Assim pode ser resumida a nova publicação do selo Senac Editoras Enfermagem cirúrgica, de Mercilda Bartmann.

A primeira parte mostra os ambientes hospitalares, incluindo estrutura física, e atribuições gerais dos diferentes profi ssionais envolvidos no processo de at-endimento ao paciente com indicação cirúrgica. A segunda apresenta o proc-esso cirúrgico propriamente dito. De forma didática e objetiva, enfatizando um atendimento mais humanizado, analisa as atribuições e responsabilidades de cada membro da equipe de saúde e os cuidados a serem prestados pela enfer-magem desde a recepção do paciente até a alta hospitalar.

A terceira parte é dedicada às cirurgias mais frequentes, com explicações sobre o processo de adoecimento de cada sistema do organismo humano, sinais, sintomas e diagnóstico, formas de tratamento e indicações cirúrgicas, cuidados específi cos, principais riscos de cada etapa e responsabilidades da equipe de enfermagem.

A obra apresenta também comentários da autora sobre as principais propostas da nova resolução sobre o funcionamento dos serviços responsáveis pelo processamento de produtos para a saúde, a ser publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A edição conta ainda com desenhos técnicos de plantas e instalações, ilustrações científi cas do corpo hu-mano, além de fotos produzidas de ambientes cirúrgicos e equipamentos, técnicas de preparo do paciente e posições cirúrgicas.

[ Fotografia – da analógica à digital ]Fotografi a é a arte que alia técnica e sensibilidade. Considerando esse conceito, o selo Senac Editoras lança o livro Fotografi a – da analógica à digital, de Nelson Martins. A publicação aborda questões técnicas fundamentais para quem está começando a lidar com câmeras, luz, objetivas, fl ashes, laboratório analógico, imagem digital, assim como propõe refl exões acerca dos aspectos estéticos e artísticos da fotografi a. A publicação apresenta-se como leitura fundamental para estudantes, profi ssionais e todos aqueles que se interessam por esse meio de expressão.

Autor Nelson MartinsEditora Senac Editoras280 páginas

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