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ELOS E CONEXÕES: O DESAFIO DA
COMPETITIVIDADE NO SETOR DE
PISCICULTURA DO AMAZONAS
SIMONE CRISTINA SILVA MORAES (IFAM)
Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto (UNIP)
O presente artigo apresenta os elos e conexões no setor de piscicultura
no Amazonas e seu possível incremento para alcançar maior
sustentabilidade e competitividade. Verificou-se a capacidade de
cooperação e ação conjunta pela perspectiva dde arranjos produtivos
locais e a crescente produção de pescado. A região possui um enorme
potencial histórico e cultural, assim como características substanciais
de recursos ecológicos, biológico e hídrico para essa produção.
Entretanto, foi feita uma pesquisa de campo com produtores,
engenheiros de pesca, assim como órgãos públicos e privados atuantes
no setor para verificar a viabilidade do setor em termos de
conectividade. Foram coletados dados primários através de entrevista
semi-estruturada e dados secundários colhidos através de pesquisa
bibliográfica e análise documental. O resultado da pesquisa
demonstrou que o Amazonas pode contribuir em muito com a produção
de pescado a nível local, nacional e até internacional, desde que ações
estruturantes na área de transferência de tecnologia, infra-estrutura e
logística, qualificações especializadas e qualidade nos produtos sejam
incrementadas. Elos e conexões na aglomeração produtivas precisam
se revestir de mais sinergia, visão holística e sistêmica para enfrentar
os mercados flexíveis e arrojados do mundo global.
Palavras-chaves: Conectividade, aglomerações
produtivas,competitividade
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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1. Introdução
A competitividade deriva da produtividade crescente no uso de recursos. As melhorias de
produtividade devem ser constantes e infindáveis. No aspecto do pescado, percebe-se grandes
expectativas de abastecimento a nível mundial e melhoras na produtividade. Segundo
Wurmann (2010), a disponibilidade mundial de recursos pesqueiros silvestres atingiu seu
máximo sustentável desde 1995. A demanda mundial por produtos pesqueiros aumenta e
segue o desequilíbrio crescente entre a procura e a oferta. A nível mundial, o consumo de
pescado por habitante ano é de 16kg. Nessa conjuntura, a aquicultura já vem sinalizando
alternativa para suprir as deficiências da pesca extrativa. Portanto, a aquicultura tem uma
grande oportunidade para o desenvolvimento nas próximas décadas (WURMANN, 2010).
Segundo Camargo e Pouey (2005), a importância que a aquicultura tem para o homem
moderno se baseia no fato de servir como promissora alternativa para o extrativismo e
Wurmann (2010) demonstra os países que mais produzem pesca cultivada com destaque para
a China, com 63% da produção mundial (Figura 1). É seguida por outros países sem grande
destaque mundial (Figura 2).
Fonte: Wurmann (2010)
Figura 1- Produção de volume mundial dos principais países produtores de aquicultura nos anos de 2005
a 2007
Fonte: Wurmann (2010)
Figura 2 - Produção de volume mundial dos principais países produtores de aquicultura nos
anos de 1998 a 2007
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O Brasil tem uma das maiores reservas hídricas, com um potencial natural de 13% da água
doce do mundo, assim como uma costa marítima de 8,4mil km. Portanto, possui umas das
melhores condições para ampliar sua produção ofertando para o mercado um pescado de
melhor qualidade. O Brasil se destaca com 12 grandes bacias hidrográficas, o que o remete a
se posicionar com mais proatividade nesse segmento, sendo a aquicultura e a pesca, atividades
que tem um enorme potencial econômico. Além das oportunidades de negócios, podem estar
associadas à geração de emprego e renda, com sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e
uso racional dos recursos naturais. Entretanto, segundo Wurmann (2010), o Brasil responde
por menos de 1% do mercado mundial de pescado (entre a captura e o cultivo) que atualmente
está em torno de 143 milhões de toneladas.
Os dados do Ministério da Pesca e Aquicultura registram a situação da produção de
aquicultura a nível nacional em comparação com a pecuária (Figura 3). Segundo Salles
(2005), no aspecto da piscicultura, o autor salienta que é uma atividade que permite o
equilíbrio entre o interesse econômico e a exploração racional da natureza, pois apresenta uma
considerável produtividade por hectare (entre 2.500 e 10.000 kg/ha/ano), utilizando menos
superfície de terra, em comparação com outras atividades, como, por exemplo, a pecuária,
cuja produtividade está em torno de 70 kg/ha/ano, representando menos de 3% da
produtividade alcançada na piscicultura.
Fonte: Ministério da Pesca e Aquicultura (2010)
Figura 3. Crescimento relativo da pecuária e aqüicultura nos anos de 2007-2009
No Amazonas, o setor de piscicultura é uma atividade de grande potencial, pois apresenta
características substanciais de recursos naturais como parâmetros ecológicos, biológicos e
hídricos situado na maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica. Entretanto, apesar
dessas circunstâncias favoráveis, no entender de Bernardino (2010), o setor ainda enfrenta
dificuldades tais como: estrutura de distribuição; deficiência de assistência técnica; elevado
custo de produção (ração); pequena escala de produção; pesquisa sobre a qualidade genética
da produção de alevinos, doença e manejo; excesso de burocracia para licença ambiental;
acesso ao crédito; constância de fornecimento; preços e prazos na comercialização,
finalizando com baixa organização do setor, principalmente para as micro, pequenas e médias
empresas.
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No entender de Porter (2009), no contexto em que atuam as micro, pequenas e médias
empreas, os arranjos produtivos locais (APLs) proporcionam mais organização produtiva e
capacidade de enfrentarem os mercados com mais qualidade e produtividade. Os Apls são
características de destaque de todas as economias avançadas e sua formação é ingrediente
essencial para o desenvolvimento econômico. Oferecem nova maneira de pensar sobre
economia e desenvolvimento econômico; identificam-se novas funções para empresas,
governos e outras instituições; e propõem novas maneiras de se estruturar os relacionamentos
entre empresas e governos e entre empresas e universidades, assim como todo o entorno de
agentes políticos públicos e privados. Nesse sentido, para Amato Neto (2009), os elos e
conexões em um arranjo produtivo local devem ser sinergéticos, aprimorando as diversas
formas de coordenação das atividades econômicas, assim como das ações de diversos agentes
públicos e privados em prol do desenvolvimento da aglomeração.
Sendo assim, um dos maiores desafios nos APLs é a capacidade de cooperação e ção conjunta
entre os diferentes elos que compõem a estrutura de um aglomerado produtivo. Desse modo, o
objetivo desse artigo visa analisar as características de conectividade entre os diversos atores
da aglomeração produtiva de piscicultura do Amazonas e sua relação com a competitividade e
sustentabilidade do setor. Segundo Gandra (2010), a produção da pesca (mais de 85%) se
encontra na Região Metropolitana de Manaus e é composta por oito municípios, sendo situada
no centro da maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica.
Os resultados apresentados nessa pesquisa estão baseados em uma pesquisa de campo
realizada com produtores, engenheiros de pesca, assim como órgãos públicos e privados
ligados ligados ao setor. Foram coletados dados primários através de entrevista semi-
estruturada e dados secundários colhidos através de pesquisa bibliográfica e análise
documental.
2. Arranjos produtivos locais: aplicação no Estado do Amazonas e a relação com o setor
de piscicultura
O Estado do Amazonas é identificado pela singularidade de seus ecossistemas (fauna e flora)
e dos recursos minerais e hídricos. Ainda persiste no Estado, acentuada desigualdade intra-
regionais, nos aspectos econômicos e socioculturais. Segundo Pimentel (2010), em virtude
dessa característica da região do Amazonas, deve-se criar estratégia de interiorização da
economia, com base nos recursos naturais do Estado. Atualmente, está centrada na capital,
tendo como vetor o Pólo Industrial de Manaus-PIM. Segundo o autor em questão, há dois
modelos de comparação para o desenvolvimento do Amazonas (Tabela 1)
MODELO INDUSTRIAL-PIM MODELO BIO-ECONÔMICO INTERIOR
Importador de insumos e matérias-primas; Insumos e matérias-primas estão nos
recursos da biodiversidade regional;
Baixa agregação de valor local Alta agregação de valor local;
Alta concentração na cidade de
Manaus, agravando o desnível sócio-econômico
intra-regional;
Amplas possibilidades de interiorização de
produção de bens de base regional
sustentável;
Indutor de fluxo migratório para a
cidade de Manaus;
Possibilidades de reversão do fluxo
migratório com a fixação do homem no local
de origem;
Enclave industrial em região de baixo
desenvolvimento, colocando-o em
posição de fragilidade política,
institucional e jurídica, perante o
Comando total de gestão e solidez política e
jurídica com base de produção sustentável
com os recursos da biodiversidade;
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sudeste e sul do Brasil;
Baixa aderência às potencialidades de
recursos da biodiversidade e às
tradições econômicas, sócio-culturais
do Amazonas;
Projetos estratégicos alternativos de
desenvolvimento econômico regional, com
base nos recursos naturais, inclusive
minerais e turismo
Principais fatores de viabilização
econômica competitiva, está calcada
nas Políticas de Incentivos Fiscais dos
Governos Federal e Estadual;
A viabilidade de projetos nesse modelo têm
base competitiva nos investimentos infra-estruturais e
nas parcerias estratégicas
institucionais, empresariais, governamentais
e sociedade civil.
Criação de postos de trabalho que
requisita mão-de-obra semi-qualificada e
qualificação com alta especialização.
Requisita mão-de-obra qualificada, mas
absorve em toda cadeia produtiva elevado
contingente de mão-de-obra em processo
de exclusão social.
Fonte: Adaptado de Pimentel (2010)
Tabela 1 – Modelo de desenvolvimento econômico do Estado do Amazonas
Percebe-se (Tabela 1) a importância das potencialidade regionais e o desafio de se alicerçarem
arranjos produtivos sólidos em termos de competitividade econômica, social e ambiental.
Segundo Noronha (2009), desde 2003, a SETEC- Secretaria de Estado de Ciência e
Tecnologia-, vem trabalhando para o fortalecimento do APLs. Em 3 de setembro de 2007, foi
criado o Núcleo Estadual de Arranjos produtivos Locais –NEAPL-, pelo Governo do Estado,
como sugestão do Governo Federal, para coordenar, estimular e comprometer as lideranças
empresarias e promover a articulação institucional e empreendedora de segmentos produtivos
emergentes do Estado. Segundo o Núcleo, em seu primeiro Seminário de APLs realizado em
13 de agosto de 2010, diversas instituições públicas e privadas estão fornecendo parceria ao
desenvolvimento dos APLs nos seguintes fatores: qualificação empresarial, capacitação
tecnológica, políticas públicas, elevação do capital social, crédito e financiamento e
responsabilidade sócio ambiental.
No setor de piscicultura, Lima (2005) enfatiza que a região é detentora de grandes recursos
naturais e dispõe de uma promissora capacidade produtiva. Possui também importantes
Instituições de Pesquisa atuando na área de piscicultura tais como: INPA- Instituto Nacional
de Pesquisa da Amazônia, UFAM- Universidade Federal do Amazonas e EMPRAPA-
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, dentre outras. Entretanto, apesar de relevantes
pesquisas na área de piscicultura, falta uma maior integração entre essas Instituições e o setor
produtivo, acentuando mecanismo de vinculação para transferência desses conhecimentos.
Segundo a autora, A EMBRAPA, das três Instituições mencionadas, é a que mais tem uma
orientação direcionada para que seus conhecimentos sejam transferidos ao seu entorno social
e econômico.
Atualmente, de acordo com Engenheiros de Pesca da SEPA- Secretaria Executiva de Pesca e
Aquicultura do Amazonas-, o órgão que mais tem atuado junto aos produtores no que se
refere à capacitação tecnológica é o CETAM- Centro de Educação Tecnológica do Amazonas.
Entretanto, conforme pesquisa de campo, instituições como INPA, UEA – Universidade
Estadual do Amazonas, IFAM- Instituto Federal de Educação Tecnológica do Amazonas,
EMPRAPA e UFAM, mantém interações com o setor através dessas transferências;
entretanto, há carência de ações mais integradas desses centros de pesquisa com o setor
produtivo a ponto de impulsionar mais a sua competitividade a nível local, nacional e até
internacional. Na pesquisa, houve a ausência do CBA- Centro de Biotecnologia da Amazônia,
em termos de interação e pesquisas mais profícua em relação à transferência tecnológica com
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o setor de piscicultura do Amazonas, sendo pontuado pesquisas relevantes mais a nível de
outros setores produtivos como fitoterápicos, fitocosméticos , dentre outros.
3. A importância da cooperação e conectividade nos APLs
Nos APLs, são preponderantes as mobilizações e conexões com a finalidade de provocar os
indivíduos a agirem de maneira mais associativa e cooperativa. De acordo com Porter (2009),
uma forte característica da competição nos mercados são os vínculos mais estreitos com os
compradores, fornecedores e instituições, pois trazem uma importante contribuição não
apenas para a eficiência, mas também para a velocidade das melhorias e das inovações.Para
Pagani (2006), deve haver um relacionamento interno eficiente entre colaboradores, clientes,
fornecedores e concorrentes, assim como externamente com o governo, cooperativas,
universidades e institutos de pesquisa, concluindo com uma troca de informações em feiras,
encontros, publicações, patentes, entre outros.
Um dos grandes paradigmas de desenvolvimento dos APLs com um alto grau de cooperação
são os distritos industriais da Nova Itália. Nessas aglomerações, a cultura da cooperação é à
base de sustentação para os grandes avanços competitivos que vêm sendo desenvolvidos e
praticados. Autores como Schimitz, (1998) e Casarotto e Pires, (2001), salientam que a falta
de cooperação afeta diretamente a produtividade do setor; por isso, deve haver uma
interdependência entre diversos atores, produtores e usuários de bens, serviços e tecnologias,
através de ação conjunta, ganhando assim eficiência estratégica. No entender de Minniti
(2008), as políticas do governo são importantes para moldar o ambiente institucional em que
as decisões empresariais são tomadas. Ademais, essas políticas devem ser impulsionadoras do
empreendedorismo produtivo. No âmbito interno, para se produzir melhor, Katrin et
al.,(2006) enfatizam que o elemento motivação é o impulsionador de todo processo criativo
nas empresas. É um suporte potencial para se compensar as deficiências de outras
competências.
Para Amato Neto (2009), quanto maior o desenvolvimento da indústria em uma dada região,
maior deve ser o engajamento com o âmbito ambiental. As empresas que possuem uma
reputação de responsabilidade sócioambiental, gozam de imagem frente à comunidade e ao
seu mercado consumidor, e isso gera vantagem competitiva. Entretanto, alerta Porter (2009),
o governo, através de seus órgãos, deve evitar criar enorme fardo de uma burocracia
ineficiente, que impõe diálogos sem fim com o setor produtivo, não resolvendo conflitos com
rapidez e equidade.
Segundo Bethlem (2009), no aspecto da cooperação com os clientes, é importante salientar
que eles são os “donos” da empresa, e a mesma existe para satisfazer os desejos e aspirações
deles. O conhecimento da clientela, do seu perfil, hábitos de compra, necessidades,
inclinações é uma vantagem competitiva significativa. Muita parceria com os clientes de
modo a fortalecer o contexto das negociações ganha-ganha nos APLs.
No entender do Instituto Alemão de Desenvolvimento apud Casarotto e Pires (2001), a
cooperação nas aglomerações produtivas necessita de análise conjunta de problemas e
soluções;desenvolvimento da visão estratégica; intercâmbio de idéias; troca de informações
entre várias empresas e abandono do individualismo. A importância da cooperação e
associação entre os agentes locais é de extrema importância para o desenvolvimento dos
APLs, pois tem sido evidenciado como a característica fundamental na sua cadeia produtiva.
No entender de Casarotto e Pires (2001), a cooperação se perfaz através de troca de
informações entre empresas, intercâmbio de idéias, desenvolvimento de visão estratégica,
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análise conjunta dos problemas, solução em comum e definição das contribuições entre
parceiros.
De acordo com o presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas,
Petrucio Magalhães Júnior, as cooperativas são as melhores parceiras para se fazer negócios e
promover melhor distribuição de renda e inclusão social. Deve-se criar políticas públicas para
legalização das áreas fundiárias e assentamentos rurais; redução da burocracia para a
concessão de licença ambiental nos órgãos e facilitação da regulamentação ambiental com
celeridade nos processos junto ao Instituto de Proteção Ambiental do Estado do Amazonas
(IPAAM), de modo que o pequeno produtor tenha liberação de área de 20% para uso
adequado do solo e dos recursos naturais na propriedade.
4. Apresentação dos dados
A pesquisa investigou, dentre outros, aspectos relativos à possibilidade de ação conjunta entre
os diferentes elos que compõem a aglomeração produtiva da piscicultura de acordo com
pesquisa junto a CONEPA- Câmara Técnica de Aquicultura. Através do seu grupo de
trabalho para políticas públicas junto ao setor, foram extraídos os seguintes dados e
informações. A Tabela 2 ilustra a situação do setor.
Empresas e elos
integrantes Características
1) Produtores ►70% são pequenos produtores de natureza familiar
2) Legislação fundiária e
ambiental
►Lentidão e burocracia no processo. Carência de políticas voltadas ao
pequeno produtor . Excesso de órgãos responsáveis pelo licenciamento
3) Aspectos de
comercialização
► Muitos atravessadores e ainda superficial a cultura dos clientes
pelos peixes oriundos da piscicultura
► Os produtos são totalmente comercializados na região da
aglomeração.
4) Interação das
empresas com as
instituições locais
► nível relativode interação entre as instituições e os produtores.
► Carência de treinamentos aos produtores. Falta de pesquisa mais
direcionada aos entraves da piscicultura, com a participação do
produtor
5) Controle de qualidade
6) Insumos
7) Creditos e
financiamentos
8) Logística e distribuição
► A grande maioria não tem controle de qualidade.
► Carência de mais pesquisa na produção de alevinos de novas
espécieis.
► Dificuldade de acesso ao crédito
► Carência de caminhões frigorificados e mais subvenção de energia
elétrica para agricultores
Fonte: Adaptação de CONEPA (2010)
Tabela 2 – Elos e conexões na aglomeração produtiva de piscicultura no Amazonas
Na região do estudo, mais de 90% da aquicultura é proveniente da piscicultura. Existem 2.890
produtores, e em 2010 foram produzidas 9.840 toneladas de pescado, sendo que proveniente
da aquicultura familiar foram 7.690 toneladas e da aquicultura empresarial 2.150 toneladas. A
principal espécie cultivada é o tambaqui com aproximadamente 66%, em segundo lugar está o
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matrinxã com 32% e por último o pirarucu, com qualitativo inferior e em sistemas extensivos
de produção. O tambaqui, considerado o maior peixe comercializado, apresentou em 2003
uma produção de 2.350 toneladas e, em 2010, 8.400 toneladas. Portanto, um aumento
significativo em relação a 2003. A produção de alevinos também apresentou um aumento de
2003 para 2010, passando de 5,6 milhões para 16,7 milhões respectivamente. A produção de
pescado cultivado, passou de 3.300 toneladas em 2003, para 9840 toneladas em 2010 (SEPA,
2010).
5. Discussão
A partir dos resultados apresentados na Tabela 2, será feito uma análise de perspectivas de
interação e conectividade entre diferentes elos que compõe a aglomeração produtiva de
piscicultura da região metropolitana de Manaus.
De acordo com a pesquisa, grande parte da produção provem de produtores familiares e um
pequena parcela oriunda da piscicultura empresarial. Entretanto, a carência de capacitação
tecnológica e gerencial nos seus processos produtivos ainda se encontra fragilizada. O setor
vem crescendo, pois passou de 3.300 toneladas em 2003, para 9840 toneladas em 2010;
entretanto os produtores vem salientando a distância ainda relevante de conexão mais
dinâmica e efetiva com centros de pesquisa como Universidade Federal do Amazonas,
Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia, Centro de Biotecnologia da Amazônia e
Empresa Brasileira de Pesquisa em Agropecuária, sendo as duas últimas salientadas na
pesquisa como as mais interligadas em termos de transferência tecnológica. Os produtores
alegam que falta divulgação para o setor do que essas instituições já produziram; falta ouvir o
produtor para resolver problemas em conjunto com as instituições. Segundo Porter (2009) e
Pagani (2006), só acontecerá aceleração na produtividade se houver interação e transferência
tecnológica e gerencial mais profícua com as Instituições de pesquisa. Isso acelera as
inovações e aumenta a eficiência produtiva. Observa-se na região, que ainda existe uma
relativa desarticulação das Instituições de Pesquisa com o entorno produtivo no que se refere
a transferência de inovação tecnológica.
No aspecto da legislação fundiária e ambiental o setor de encontra com grandes entraves, pois
muitos produtores alegam burocracia e lentidão nos órgãos de normatização. A pesquisa
demonstrou que muitos atuam na informalidade, e isso pode ocasionar, falta de qualidade nos
processos e produtos produzidos ofertados a população. Na pesquisa, percebe-se uma
insatisfação muito grande dos produtores no sistema de políticas públicas locais para
atenuarem a legislação ambiental e fundiária para pequenos produtores. Segundo Porter
(2009), uma das importantes tarefas do governo, é melhorar a capacidade de infra-estrutura
física e fomentar a instituições para que forneçam esses elementos, isto é, melhorar o
ambiente de negócios onde se insere os APLs. Segundo Schimitz, (1998) e Casarotto e Pires,
(2001), a falta de ação conjunta entre vários órgãos e o setor produtivo, prejudica a eficiência
estratégica.
No entender do presidente da Organização das Cooperativas do Estado do Amazonas,
Petrucio Magalhães Júnior, deve-se criar políticas públicas para legalização das áreas
fundiárias e assentamentos rurais, juntamente com o Instituto de Proteção Ambiental, e assim
poder regularizar mais prontamente a necessidade do produtor. A nível nacional, já existe a
resolução de número 413/2009 do CONAMA- Conselho Nacional do Meio Ambiente-, aonde
se simplifica o licenciamento ambiental para empreendimentos de pequeno porte. Entretanto,
necessita-se ajustar as legislações estaduais. Muitos estados já foram contemplados com essa
regulamentação em virtude de agilidades em atender as urgências do setor e do produtor,
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segundo o Ministério da Pesca e Aquicultura. Isso precisa ter mais agilidade no Estado do
Amazonas, mesmo diante de suas peculiaridade regional a nível de nacional e internacional.
No aspecto da comercialização, os dados demonstram que a produção da piscicultura é
totalmente abastecida pela região do aglomerado produtivo. Entretanto, segundo a pesquisa,
os produtores tem muita carência de gestão de negócio. Na pesquisa, observou-se falta de uma
política de preço mínimo garantido pelo poder público para os piscicultores; falta de apoio de
órgãos para trabalhar o produto final (design); falta de divulgação do produto e carência de
pontos de venda (feiras) organizadas e oficializadas pelo estado. Na pesquisa também não foi
salientado pelos produtores a participação do SEBRAE- Serviço Brasileiro de apóio a Micro e
Pequena Empresa na capacitação gerencial, o que é uma lacuna que deverá ser incrementada,
pois este órgão tem feito parcerias muito profícuas com o Ministério da Pesca e Aquicultura e
está atuando em diversos estados no que concerne à capacitação mercadológica e
empreendedorismo.
Segundo Tahin (2008), para se configurar um APL desenvolvido, deve haver treinamento de
recursos humanos, informação, cooperação e conexões com instituições públicas e privadas
para fomentar a comercialização com mais produtividade. Na pesquisa há pouca adequação
dos consumidores com o pescado de origem aquícola. Para Bethlem (2009), a cooperação
com os clientes é importante, pois o conhecimento da clientela, do seu perfil, hábitos de
compra, necessidades, inclinações é uma vantagem competitiva significativa. No aglomerado
estudado, não há muita busca pelos produtores do que os clientes esperam em um produto
proveniente da piscicultura, e também pouca interação com os fornecedores. Na visão de
Garcia (2001), os fornecedores são responsáveis por incrementarem a competitividade através
de equipamentos e outros serviços. Pela carência de cooperativismo, os produtores familiares
e empresariais não estão construindo pontes com os fornecedores para que possam, através de
ação conjunta, entender melhor as necessidades dos clientes. Portanto, aqui está uma lacuna a
ser preenchida pelo setor. Fortalecer mais seu relacionamento com os fornecedores atingirá
melhor seus clientes, pois é nas mãos deles (clientes) que as empresas estão.
Na visão de Casarotto e Pires (2001), a qualidade é uma variável base no incremento da
competitividade. É uma forma de garantir o mercado atual e permitir agressão de novos
mercados. Observa-se na pesquisa que os produtores alegam falta mais interesse dos órgãos
de certificação em trabalhar junto com o produtor (quanto mais certificação, mais
desenvolvimento para o estado) e carência de capacitação e preparação para manipulação do
pescado. Para Porte (2009), o governo, através de seus órgãos, deve evitar criar enorme fardo
de uma burocracia ineficiente, que impõe diálogos sem fim com o setor produtivo, não
resolvendo conflitos com rapidez e equidade. Todas essa situações consomem recursos e
tempo gerencial sem qualquer contribuição em termos de valor aos clientes. Estes fatos
representam constrangimentos cerceadores da competitividade nos países em
desenvolvimento. Enfatizando ainda a questão, Amato Neto (2009), salienta que nas
aglomerações produtivas se devem possuir reputação sócioambiental para gerar
competitividade.
Ademais, observa-se no setor que muitos pequenos produtores repassam sua produção à uma
empresa de grande porte no setor de pesca em virtude de não possuírem certificado de
qualidade. Esta, por sua vez, repassa aos produtores um valor muito aquém do investimento
deles (produtores) na produção, não gerando uma rentabilidade mais sustentável a quem de
fato está no processo produtivo. A atuação de uma governança sólida e de consórcios na
região do aglomerado seria uma das viabilidades para atenuar essa questão. Para Amato Neto
(2009), os consórcios ganham dia a dia, a maior relevância no mundo dos negócios.
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Um dos grandes entraves no setor de piscicultura do Amazonas, segundo os produtores, é a
questão dos insumos. Eles alegam que no Amazonas, em virtude de não está perto dos
grandes produtores de soja e outros grãos, elementos componentes da ração, os insumos
oneram muito o preço do produto final oferecido aos clientes. Apesar da região ser rica em
biodiversidade, a questão do insumo na piscicultura ainda bloqueia a produção. Os produtores
por não estarem integrados em cooperação e ação conjunta, são onerados na compra dos
insumos. Porter (2009) salienta que os custos de transação muito são amenizados pelas
compras em conjunto no interior da aglomeração. Outro fator seria a falta de pesquisa das
instituições na produção de alevinos de outras espécies, já que existem diferentes tipos de
peixes na região. Segundo Gandra (2010), são estimadas cerca de 1.500 a 2.000 espécies,
sendo que 400 são de peixes ornamentais e 100 espécies exploradas para consumo humano. E
das 100 para consumo humano, se concentra 85% na produção em apenas 10 tipos de peixes.
Isso revela uma acentuada falta de integração mais dinâmica na aglomeração entre os centros
de pesquisa, produtores, e acima de tudo, empreendedorismo na inovação de produtos
oferecidos ao mercado. No entender do Instituto Alemão de Desenvolvimento apud Stamer
et.al (1997), a cooperação nas aglomerações produtivas necessita de análise conjunta de
problemas e soluções; intercâmbio de idéias; troca de informações entre o entorno produtivo e
a pesquisa. A importância da cooperação e associação entre os agentes locais é de extrema
importância e tem sido evidenciado como a característica fundamental na sua cadeia
produtiva.
Quanto ao crédito e financiamento, em virtude de já fatores analisados anteriormente como a
regularização fundiária e a questão ambiental, os bancos bloqueiam o acesso. Na pesquisa, os
produtores salientaram que alguns bancos até apresentam políticas de crédito ao pequeno
produtor, mas sempre atrelado a garantia fundiária e ambiental, além do que exigência de
muitos documentos. Existe limitações do Banco do Brasil e Banco da Amazônia nos
municípios que dificultam ao acesso do crédito do PRONAF- Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar. No aspecto de logística e distribuição, percebe-se na
pesquisa que está acontecendo melhoras no escoamento da produção em virtude da
construção de uma ponte interligando Manaus a maioria dos municípios da Região
Metropolitana. Entretanto, o setor ainda sinaliza que falta caminhões frigorificados e falta de
subvenção de energia elétrica para piscicultores. Porte (2009) salienta que as empresas não
terão condições de empregar técnicas logísticas avançadas se não contarem com infra-
estrutura de transporte de alta qualidade. Acredita-se que, apesar do principal modal no
Amazonas ainda ser transporte fluvial, a Região Metropolitana de Manaus, está se
estruturando através do transporte terrestre, o que viabilizará oescoamento não só da produção
de pescado, mas de outras potencialidades regionais. Isso representa um gradual avanço.
6. Conclusão
Pode-se concluir que, apesar das grandes potencialidades naturais que existem no Amazonas
em recursos hídricos, ainda acontecem fortes entraves para se potencializar a produção de
piscicultura na região. É relevante salientar que o fato da produção ter aumentado de 2003 a
2010 em termos representativos, o setor ainda necessita de ações estruturantes na área de
transferência tecnológica, infra-estrutura e logística, qualificações especializadas e qualidade
dos produtos.
A oportunidade de se desenvolver um arranjo produtivo local na Região Metropolitana de
Manaus, no setor de piscicultura, deve ser mobilizada através de uma forte liderança
compartilhada, capaz de impulsionar uma governança que atue mais eficazmente com os
XXXI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual: Desafios da Engenharia de Produção na Consolidação do Brasil no
Cenário Econômico Mundial Belo Horizonte, MG, Brasil, 04 a 07 de outubro de 2011.
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gargalos na produção. Na pesquisa, verificou-se que os elos e conexões na aglomeração
produtiva ainda se encontram fragilizados.
O grande desafio do Brasil de se tornar em um grande produtor de pescado é imenso.
Estratégias já estão sendo pontuadas pelo atual Ministério da Pesca e Aquicultura para atenuar
e acelerar o grande atraso de produção pesqueira a nível nacional. O Amazonas pode
contribuir em muito com essa produção, desde que seja devidamente estruturada a cadeia
produtiva de piscicultura, principalmente com a sinergia da massa crítica de conhecimento ao
entorno produtivo. É importante salientar que o Modelo do Pólo Industrial de Manaus- PIM,
calcado nas Políticas de Incentivos Fiscais do Governo Federal, tem previsibilidade até 2033.
Este modelo tem baixa aderência às potencialidades regionais, e impulsiona uma economia
concentrada na grande Manaus, em detrimento de uma economia dispersa em toda a região do
Amazonas.
Os arranjos produtivos locais podem contribuir para essa descentralização econômica
representando um desafio ao desenvolvimento econômico. No caso do setor de piscicultura,
acredita-se que é irrefutável ser uma característica histórica e cultural da região, pois na área
de pesca extrativa em rios e lagos, o Estado do Amazonas é o maior produtor nacional. Isso
em virtude de seu grande potencial hídrico. Entretanto, a pesca cultivada precisa encontrar
caminhos e estratégias, com políticas públicas mais arrojadas envolvendo os stalkholders,
cujo objetivo seja enfrentar os mercados flexíveis e arrojados do mundo global com
competitividade, aperfeiçoando-se com qualidade e produtividade na produção de seus
produtos e serviços. A demanda existe, tanto a nível local, nacional e até regional e isso já o
coloca em patamar bastante favorável. Os peixes amazônicos têm um mercado extraordinário,
é só potencializar a produção. Os arranjos produtivos locais podem ser a chave para alavancar
esse crescimento de maneira sustentável e equilibrada, principalmente favorecendo a uma
melhor qualidade de vida às pessoas da região.
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ANEXO
Agradecimentos a FAPEAM- Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Amazonas pelo
apoio a pesquisa do Setor de Piscicultura no Amazonas.