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Informativo da ASSIBGE-Sindicato Nacional • www.assibge.org.br Nº 54 | Maio/Junho de 2013 Páginas 14 e 15 Relatório traz novas informações sobre a Ação dos 28% Palavras de Teixeira de Freitas (fundador do IBGE) EM DEFESA DO IBGE e dos serviços públicos “Eis aí a razão dos votos sinceros, que deixo aqui formulados, para que não esmoreça o ardor já comprovado pela maioria dos companheiros de ide- al que labutam a serviço da estatística brasileira, e para que todos porfiem em manter e aperfeiçoar sem desânimo aquelas virtudes que devem caracteri- zar um bom Agente: o amor à verda- de, o rigoroso escrúpulo na coleta dos dados, o espírito de observação e inici- ativa, o vigilante senso crítico, a curio- sidade e o interesse pelos problemas relacionados com a vida de seus Mu- nicípios, a disposição para o estudo fa- cilitado pelos elementos que o Institu- to lhes faculta nas ordens de serviço e nas suas publicações, a identificação com as condições de ambiência de tra- balho, a paciência, a perseverança, a habilidade e a cordura, de que depen- dem as boas relações com os infor- mantes e, da parte destes, a atitude de simpatia que é meio caminho an- dado para a cooperação a bem da cau- sa pública. “A todos os bons e leais colegas que “agenciam” em to- dos os Municípios a estatística nacional, apresento a minha cordial e fraterna saudação de agra- decimento e despedida, lembrando- lhes, mais uma vez, aquele “slogan” que se vê em cada uma das Sinopses estatísticas Municipais que o Instituto está distribuindo: “Faça o Brasil a Estatística que deve ter e a Estatística fará o Brasil como deve ser.” (Trechos da carta de Mário Augusto Teixeira de Freitas, de 14 de junho de 1949, quando de sua despedida do IBGE) TIRE SUAS DÚVIDAS Gratificação de Qualificação Pag 16 274 companheiros de todo o país participaram ativamente do X Congresso Nacional da ASSIBGE-SN, de 1 a 5 de maio, em Juiz de Fora (MG). Não faltaram polêmicas (pag 7), palestras de qualidade (pag 5, 6 e 7) e o debate sobre Campanha Salarial 2013 (pag 3). Confira as principais resoluções do Congresso nas páginas 8 e 9. O V Encontro Nacional de Aposentados, Aposentandos e Pensionistas contou com a presença de 92 representantes de todos as regiões do Brasil. Mais uma vez o ENAAP – realizado de 28 a 30 de abril em Juiz de Fora (MG) – foi um espaço de reflexão, reencontro e emoção para velhos companheiros de IBGE. Leia as principais resoluções na página 11. 1) De 8 a 17 de maio – repasse das informações do V ENAAP e X Congresso da ASSIBGE-SN à cate- goria e discussão sobre a proposta sobre um Dia de Paralisação, em maio; 2) De 20 a 24 de maio – Debate “Quais os princi- pais problemas do IBGE ?”; 3) Dia 25 de maio - Plenária Setorial da ASSIBGE, em Brasília; 4) Dia 26 de maio - Plenária dos Servidores Públi- cos Federais, em Brasília; 5) De 27 a 31 de maio – Debate: “Que propostas temos para o IBGE?” 6) Discutir um indicativo de Dia Nacional de Pa- ralisação pelo concurso público para substituir toda mão de obra temporária, com entrevista a imprensa para divulgar que o concurso é insufici- ente e lançando nossa Campanha Salarial na mí- dia (oficial e alternativa); 7) Dia 29 de maio – IBGE NAS PRAÇAS em todo o Brasil – com coleta de assinaturas pela anula- ção da Reforma da Previdência, mostrando o que fazemos no IBGE, para quem fazemos e dialo- gando com a população. Esse trabalho deve ter intensa participação dos nossos aposentados, pensionistas e ativos; 8) Carta à população, para ser distribuída e colo- cada em jornais de bairros, rádios comunitárias e alternativas sobre a precarização do IBGE; 9) Até 15 de julho – aplicação de uma pesquisa na base da categoria sobre as condições de trabalho (técnicas e físicas e as percepções do seu ambiente de trabalho, saúde, perspectivas, etc), com vista a criar um dossiê sobre as condições de trabalho; 10) Julho/Agosto – Divulgação desta pesquisa para ser divulgada ao Governo, parlamentares, IBGE, OIT, OAB, CNBB, imprensa etc. 29 de Maio DIA DO ESTATÍSTICO CALENDÁRIO DE ATIVIDADES X CONGRESSO NACIONAL DA ASSIBGE-SN IBGE 77 ANOS

EM DEFE SA DO IBGE (fundador do IBGE) · 2016-10-26 · Informativo da ASSIBGE-Sindicato Nacional • Nº 54 | Maio/Junho de 201 3 Relatório traz novas informações sobre a Ação

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Page 1: EM DEFE SA DO IBGE (fundador do IBGE) · 2016-10-26 · Informativo da ASSIBGE-Sindicato Nacional • Nº 54 | Maio/Junho de 201 3 Relatório traz novas informações sobre a Ação

Informat ivo da ASSIBGE-S indicato Nac ional • www.ass ibge.org.br

Nº 54 | Maio/Junho de 2013

Páginas 14 e 15Relatório traz novas informações sobre a Ação dos 28%

Palavras deTeixeira de Freitas

(fundador do IBGE)

EM DEFESA DO IBGEe dos serviços públicos

“Eis aí a razão dos votos sinceros,que deixo aqui formulados, para quenão esmoreça o ardor já comprovadopela maioria dos companheiros de ide-al que labutam a serviço da estatísticabrasileira, e para que todos porfiem emmanter e aperfeiçoar sem desânimoaquelas virtudes que devem caracteri-zar um bom Agente: o amor à verda-de, o rigoroso escrúpulo na coleta dosdados, o espírito de observação e inici-ativa, o vigilante senso crítico, a curio-sidade e o interesse pelos problemasrelacionados com a vida de seus Mu-nicípios, a disposição para o estudo fa-cilitado pelos elementos que o Institu-to lhes faculta nas ordens de serviço enas suas publicações, a identificaçãocom as condições de ambiência de tra-balho, a paciência, a perseverança, ahabilidade e a cordura, de que depen-dem as boas relações com os infor-mantes e, da parte destes, a atitudede simpatia que é meio caminho an-dado para a cooperação a bem da cau-sa pública.

“A todos os bonse leais colegas que“agenciam” em to-dos os Municípios aestatística nacional,apresento a minhacordial e fraternasaudação de agra-decimento e despedida, lembrando-lhes, mais uma vez, aquele “slogan”que se vê em cada uma das Sinopsesestatísticas Municipais que o Institutoestá distribuindo:

“Faça o Brasil a Estatística quedeve ter e a Estatística fará

o Brasil como deve ser.”

(Trechos da carta de Mário AugustoTeixeira de Freitas, de 14 de junho de

1949, quando de sua despedida do IBGE)

TIRE SUAS DÚVIDAS

Gratificaçãode Qualificação

Pag

16

274 companheiros de todo o paísparticiparam ativamente doX Congresso Nacional da ASSIBGE-SN,de 1 a 5 de maio, em Juiz de Fora (MG).Não faltaram polêmicas (pag 7),palestras de qualidade (pag 5, 6 e 7)e o debate sobreCampanha Salarial 2013 (pag 3).Confira as principais resoluções doCongresso nas páginas 8 e 9.

O V Encontro Nacionalde Aposentados,

Aposentandos e Pensionistascontou com a presença de 92

representantes de todos as regiõesdo Brasil. Mais uma vez o ENAAP –

realizado de 28 a 30 de abril em Juizde Fora (MG) – foi um espaço de

reflexão, reencontro e emoção paravelhos companheiros de IBGE. Leia as

principais resoluções na página 11.

1) De 8 a 17 de maio – repasse das informaçõesdo V ENAAP e X Congresso da ASSIBGE-SN à cate-goria e discussão sobre a proposta sobre um Dia deParalisação, em maio;2) De 20 a 24 de maio – Debate “Quais os princi-pais problemas do IBGE ?”;3) Dia 25 de maio - Plenária Setorial da ASSIBGE,em Brasília;4) Dia 26 de maio - Plenária dos Servidores Públi-cos Federais, em Brasília;5) De 27 a 31 de maio – Debate: “Que propostastemos para o IBGE?”6) Discutir um indicativo de Dia Nacional de Pa-ralisação pelo concurso público para substituirtoda mão de obra temporária, com entrevista aimprensa para divulgar que o concurso é insufici-ente e lançando nossa Campanha Salarial na mí-dia (oficial e alternativa);

7) Dia 29 de maio – IBGE NAS PRAÇAS em todoo Brasil – com coleta de assinaturas pela anula-ção da Reforma da Previdência, mostrando o quefazemos no IBGE, para quem fazemos e dialo-gando com a população. Esse trabalho deve terintensa participação dos nossos aposentados,pensionistas e ativos;8) Carta à população, para ser distribuída e colo-cada em jornais de bairros, rádios comunitárias ealternativas sobre a precarização do IBGE;9) Até 15 de julho – aplicação de uma pesquisa nabase da categoria sobre as condições de trabalho(técnicas e físicas e as percepções do seu ambientede trabalho, saúde, perspectivas, etc), com vista acriar um dossiê sobre as condições de trabalho;10) Julho/Agosto – Divulgação desta pesquisapara ser divulgada ao Governo, parlamentares,IBGE, OIT, OAB, CNBB, imprensa etc.

29 de MaioDIA DO ESTATÍSTICO

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X CONGRESSO

NACIONAL DA

ASSIBGE-SN

IBGE 77 ANOS

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M a i o / J u n h o d e 2 0 1 2w w w. a s s i b g e . o r g 2

E d i t o r i a l Prestação de contas

De 1 a 5 de maio 274

delegados de base de todo o

país representaram os

servidores do IBGE no

X Congresso da ASSIBGE –

Sindicato Nacional, em Juiz de

Fora (MG). Antes – 28 a 30 de

abril – aposentados,

aposentandos e pensionistas

participaram do V ENAAP.

Nestes dois eventos o que se

pode sentir foi a unidade dos

trabalhadores em torno do

seu Sindicato. A greve de 2012

contribuiu decisivamente para

a recuperação da auto-estima

dos ibegeanos.

Fica evidente que mais

importante que as nossas

conquistas é o sentimento de

que demos a volta por cima.

Hoje o Governo Dilma e a

Direção do IBGE sabem que

não podem espezinhar o

funcionalismo, como fizeram

durante os últimos anos.

Do ENAAP e do Congresso da

ASSIBGE-SN saíu um

calendário de mobilização,

que se inicia agora, em maio, e

vai até agosto deste ano. Com

ele vamos desenvolver uma

série de atividades próprias e

em conjunto com o

funcionalismo federal.

Para avançar precisamos do

empenho de todas as

Coordenações de Núcleos e

ativistas sindicais. Mais do que

isso, precisamos da força e da

unidade de todos os

segmentos que compõem os

servidores do IBGE: ativos,

aposentados e temporários.

A força de um sindicato não

está apenas na política justa

de sua Direção ou das

resoluções que se aprova em

seus fóruns, mas nas

atividades concretas que sua

categoria constrói e realiza.

Vamos em frente

ASSIBGE-SN • EXECUTIVA NACIONAL | DEMONSTRATIVO DE RECEITAS E DESPESAS | JULHO A DEZEMBRO DE 2012

ASSIBGE-SN • EXECUTIVA NACIONAL | DEMONSTRATIVO DE RECEITAS E DESPESAS | JANEIRO A JUNHO DE 2012

tem 3,50m x 2,83tem 3,50m x 2,83

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3M a i o / J u n h o d e 2 0 1 2

w w w. a s s i b g e . o r g

Rogério Marzola (Federação dos Ser-vidores de Universidades Brasileiras –Fasubra) e Marina Barbosa (Andes – Sin-dicato Nacional dos Docentes de EnsinoSuperior) foram os palestrantes sobreCampanha Salarial 2013, durante o XCongresso da ASSIBGE-SN.

Os dois dirigentes sindicais enfatiza-ram as dificuldades enfrentadas pelomovimento dos servidores públicos, di-ante da política econômica do GovernoDilma, que concede isenções fiscais aosgrandes setores empresariais. “Esta po-lítica vai redundar em redução da arre-cadação e corte na Previdência, Saúde eEducação”, alertou Marzola.

Em contrapartida o governo se deso-briga em investir nos serviços públicos.Isso fica evidente com o plano de previ-dência complementar privada do servi-dor (Funpresp), o aumento da utilizaçãodas instalações dos hospitais e postos desaúde públicos pelos planos de saúde emais incentivos a programas como oProuni, que hoje já absorvem mais alu-nos matriculados em faculdades priva-das que em universidades públicas.

Em nome da ASSIBGE-SN, a compa-nheira Marlene Moreira informou que oSindicato vem participando de todos osfóruns e mobilizações desde o início daCampanha Salarial 2013, em torno daPauta unificada dos servidores federais,protocolada junto ao Planejamento.Marlene ressaltou que a pauta específi-ca de reivindicações da categoria só se-ria definida a partir da aprovação das re-soluções do X Congresso.

Servidores federais

Campanha Salarial 2013

Nos debates que ocorreram em ple-nário surgiram propostas a serem discu-tidas pelo conjunto dos servidores, en-tre elas: 1) Campanha de não adesão aoFunpresp; 2) Realização de um congres-so de base do conjunto dos servidorespúblicos no segundo semestre deste ano.Foi levantada também a necessidade darecuperação do IBGE para o planejamen-to de políticas públicas e a realização doII Congresso Democrático sobre o IBGE,no primeiro semestre de 2014.

Entre outras resoluções o X Congres-so referendou a Pauta unificada dos ser-vidores e o Calendário de mobilizaçõesdo funcionalismo, que publicamos nestaedição do Jornal da ASSIBGE-SN.

PAUTA UNIFICADA ENTREGUEAO PLANEJAMENTO

ASSIBGE-SN quer anulaçãoda Reforma da Previdência

A condenação dos chamados mensaleiros traz à tona a discussão sobre os motivos quelevaram parte da cúpula do PT e do Governo Lula a promover o Mensalão. Um deles, certamente,foi a aprovação da Emenda Constitucional 41, que deu origem à Reforma da Previdência, em2003. A aprovação da EC 41 levou aposentados a continuaremcontribuindo com a Previdência e ao aumento do número de anostrabalhados pelo servidor.

Por este motivo a ASSIBGE-SN se soma a outras entidadessindicais e populares para exigir a anulação daquela Reforma,votada sob a sombra da compra de votos. Não faz sentido condenarmensaleiros e não rever o que foi votado no período em que oMensalão vigorou. Para dar consequência a essa campanha, aASSIBGE-SN está difundindo um Abaixo-assinado. Cópia do materialse encontra no Portal do Sindicato na internet: www.assibge.org.br .

Representantes da Fasubra e do ANDES analisaram as possibilidades da Campanha Salarial

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PROJETOS DE INTERESSE DOSIBEGEANOS E DO FUNCIONALISMO

em tramitação no Congresso Nacional

Conteúdo: Dispõe sobre a complementação da aposentadoria do pessoaldo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

Aposentadoria integral – restabelece a aposentadoria integra a partir dacomplementação das aposentadorias de funcionários do Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE) beneficiando aqueles que, em 1974, optaram peloregime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT- Decreto-Lei 5452/43), o mes-mo de empregados do setor privado. A Lei 6184/1974 obrigou os funcionários doIBGE a optar entre: permanecer no instituto e obedecer às regras da CLT; oumudar para um órgão da administração direta e se submeter ao chamado regi-me estatutário. Aqueles que escolheram a primeira opção acabaram perdendoalgumas vantagens, como a aposentadoria integral.

Tramitação (CD) – aguarda parecer de mérito do relator, deputado Amau-ri Teixeira (PT-BA), na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmarados Deputados. Caso seja aprovado seguirá para o Senado Federal, a menosque haja recurso para que seja votado pelo Plenário.

RESTABELECE A APOSENTADORIA INTEGRAL AOS SERVIDORES CELETISTAS DO IBGEPL 4720/2009 – DEPUTADA JÔ MORAES (PCDOB-MG)

DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOSPL 4497/2001 – DEPUTADA RITA CAMATA (PSDB-ES)

Conteúdo: Regulamenta o disposto no art. 37, inciso VII da ConstituiçãoFederal de 1988, que trata sobre o direito de greve do servidor público.

Regulamentação – a proposta tramita em forma de substitutivo, aprovado naCTASP, com as seguintes condições: a) transferência da lei para o estatuto dasformalidades e quorum para convocação de greve; b) supressão da lista deatividades essenciais e inadiáveis, nas quais será proibido o direito de greve; c)previsão de negociação dos dias paralisados; d) fixa prazo de 30 dias para ogoverno responder à pauta de reivindicação das entidades; e) define o prazomáximo de 90 dias para envio ao Congresso dos textos pactuados; f) garanteconsignação (desconto) em folha de contribuições em favor das entidades emgreve, inclusive para formação de fundo; g) proíbe demissão ou exoneração deservidor em greve, bem como a vedação de contratar pessoal ou serviço tercei-rizado para substituir grevista, exceto nos casos de descumprimento das ativi-dades essenciais e inadiáveis; e h) possibilidade de acionar judicialmente o go-verno pelo descumprimento de acordo firmado em decorrência de negociaçãocoletiva.

Tramitação (CD) – aguarda parecer do relator, deputado Jorginho Mello (PSDB-SC), na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara dos Deputados.

ACABA COM A CONTRIBUIÇÃO SOBRE PROVENTOS DE APOSENTADORIA DOSSERVIDORES PEC 55/2009 – SENADORA ROSALBA CIARLINI (DEM-RN)

Conteúdo: Altera o art. 40 da Constituição Federal para eliminar a incidênciade contribuição sobre os proventos de aposentadorias e as pensões pagos peloRegime Especial de Previdência dos servidores públicos.

Aposentadoria – exclui a incidência da contribuição sobre proventos de apo-sentadorias e as pensões concedidos pelo Regime de Previdência do servidorpúblico, mediante a alteração do § 18 do art. 40 da Constituição Federal. A pro-posta objetiva também, mediante o seu art. 3º, revogar o § 21 do mesmo art. 40,introduzido pela Emenda nº 47, de 2005, que beneficia o portador de doençaincapacitante, ao estabelecer que a contribuição sobre os proventos de aposen-tadoria e de pensão, prevista no citado § 18 do art. 40, incidirá apenas sobre aparte que superar o dobro do

limite máximo estabelecido para os benefícios do Regime Geral de PrevidênciaSocial de que trata o art. 201 da Constituição.

Tramitação (SF) – aguarda designar relator na Comissão de Constituição eJustiça (CCJ), do Senado Federal.

PERIODICIDADE DOS CENSOSDEMOGRÁFICOS E ECONÔMICOSPL 1204/1995DEPUTADO LUCIANO CASTRO (PR-PR)

Conteúdo: Dispõe sobre a peri-odicidade dos censos demográficose econômicos e dá outras providên-cias.

Subemenda – o texto em discus-são prevê que os censos demográ-ficos e econômicos brasileiros rea-lizados, conforme prevê a Lei nº8.184, de 10 de maio de 1991, pelaFundação Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística – IBGE, terão aperiodicidade de dez anos, tendocomo referência inicial o ano de2000. Estabelece ainda que os dadostotais de população, por Município,serão atualizados anualmente pormeio de projeções estatísticas, de-vendo seus resultados ser enviadosao Tribunal de Contas da União, naforma da Lei.

Despesas – as despesas de qual-quer natureza, decorrentes destaLei, correrão por conta de recursosorçamentários do IBGE, especificadosna Lei Orçamentária Anual da União.

Revogação – a proposta revoga oartigo 1º, da Lei 8.184, de 10 de maiode 1991, que estabelece a periodici-dade dos Censos Demográficos e dosCensos Econômicos, realizados pelaFundação Instituto Brasileiro de Ge-ografia e Estatística (IBGE), será fixa-da por ato do Poder Executivo, nãopodendo exceder a dez anos a dosCensos Demográficos e a cinco anosa dos Censos Econômicos.

Tramitação (CD) – aguarda vota-ção no plenário da Câmara dos De-putados. Sendo aprovada, o textosegue para o Senado Federal.

NEGOCIAÇÃO COLETIVAPEC 129/2003DEPUTADO MAURÍCIO RANDS (PT-PE)

Conteúdo: Altera o art. 37 daConstituição Federal estendendo odireito à negociação coletiva aos ser-vidores públicos.

Negociação – garante a negocia-ção coletiva ao servidor público ci-vil, bem como a livre associação sin-dical e a negociação coletiva, deven-do a hipótese de acordo decorren-te desta última ser aprovada pelosrespectivos Poderes Legislativos.

Tramitação (CD) – aguarda criaçãode comissão especial para análise domérito da proposta na Câmara dos De-putados.

NORMA PARA REAJUSTE DO REGIMEPRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA SOCIALRPPS PEC 22/2007SENADOR PAULO PAIM (PT-RS)

Conteúdo: Estabelece normaspara o reajuste das aposentadorias epensões concedidas no âmbito dos re-gimes próprios de previdência socialdestinados aos servidores públicos.

Correção dos benefícios – a pro-posta propõe que sejam aplicados aosservidores públicos os critérios decorreção dos benefícios do RegimeGeral de Previdência Social (RGPS). APEC altera dois dispositivos com a fi-nalidade de definir que o reajustamen-to dos benefícios concedidos pelosregimes próprios terão os mesmos ín-dices e serão na mesma época dosbenefícios do Regime Geral de Previ-dência Social.

Tramitação (SF) – aguarda designarrelator na Comissão de Constituição eJustiça (CCJ), do Senado Federal.

FIM DA CONTRIBUIÇÃOPREVIDENCIÁRIA DE SERVIDORESAPOSENTADOS INATIVOSPEC 555/2006DEPUTADO CARLOS MOTA (PSB-MG)

Conteúdo: Revoga o art. 4º daEmenda Constitucional nº 41, de 2003,para acabar com a cobrança de con-tribuição previdenciária sobre os pro-ventos dos servidores públicos apo-sentados (Contribuição de Inativos).

Contribuição – acaba com a con-tribuição dos servidores inativos. Osubstitutivo de autoria do deputadoArnaldo Faria de Sá (PTB/SP), aprova-do na Comissão Especial, estabelece:1) não será cobrada na hipótese deinvalidez permanente do titular do res-pectivo benefício; 2) valor reduzidoem 20% a cada ano, a partir do sexa-gésimo primeiro aniversário do titu-lar do benefício; 3) deixará de serexigida quando o titular do benefíciocompletar a idade de 65 anos; 4) acontribuição previdenciária incidiráapenas sobre a parcela dos proven-tos e pensões que supere o limitemáximo estabelecido para os benefí-cios do Regime Geral de Previdência.

Tramitação (CD) – aguarda votaçãoem primeiro turno no plenário da Câ-mara dos Deputados.

ASSÉDIO MORALNO SERVIÇO PÚBLICOPLS 121/2009SENADOR INÁCIO ARRUDA (PCDOB-BA)

Conteúdo: Altera dispositivosda Lei nº 8.112, de 11 de dezem-bro de 1990, que “Dispõe sobre oRegime Jurídico dos ServidoresPúblicos Civis da União, das Autar-quias e das Fundações Públicas Fe-derais”.

Punição – altera o Regime Jurí-dico Único do funcionalismo parapunir, inclusive, com demissão, aprática do assédio moral no ambi-ente de trabalho.

Tipificação – o projeto tipificao assédio moral nos seguintes ter-mos: coagir moralmente subordi-nado, através de atos ou expres-sões reiteradas que tenham porobjetivo atingir a sua dignidade oucriar condições de trabalho humi-lhantes ou degradantes, abusandoda autoridade conferida pela po-sição hierárquica.

Tramitação (SF) – aguarda vo-tação do parecer do relator, se-nador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), pela aprovação na Comissãode Constituição e Justiça (CCJ) doSenado Federal.

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w w w. a s s i b g e . o r g

“Passado, presente e futuro doIBGE” foi o tema da palestra apre-sentada por Susana L. Drumond, daExecutiva Nacional, no X CongressoNacional da ASSIBGE-SN. O Sindica-to convidou o IBGE para participar damesa de debates, mas a Direção doórgão não enviou representante. Adiretora da ASSIBGE-SN fez todo umapanhado histórico da formação doIBGE, desde os ideais de Teixeira deFreitas até os dias atuais.

Susana Drumond lembrou quedos governos Collor, Itamar e FHC oIBGE herdou vinte anos sem concur-sos públicos para Nível Intermediá-rio e poucos para Nível Superior, sa-lários muito baixos, nenhum treina-mento e informatização precária.“Pensamos que com o governo Lulae dirigentes formados na Casa have-ria democracia no IBGE, mas não foio que ocorreu”.

MENTALIDADE PRIVATISTAA diretora da ASSIBGE-SN destacou

que após seminários sobre o serviço pú-blico o governo do PT propôs algumasmedidas: 1) Gestão por Competência,aplicada no Banco do Bra-sil, na Caixa Econômica Fe-deral e Petrobras, com amesma lógica das empre-sas privadas; 2) ImplantarPlanos de Carreira por ór-gão, mantendo as gratifi-cações produtivistas; 3)Implantar o SIAAS, em vezde contratar profissionaisde saúde e assistentes so-ciais para os órgãos públi-cos; 4) Redefinir os crité-rios de avaliação de de-sempenho dos servidores; 5) Redefinirem quantidade e qualidade o perfil doservidor público; 6) Valorizar a meri-tocracia e os títulos acadêmicos; 7)

Romper com a administração comprometida com interesses privadosInformatizar os procedimentos ad-ministrativos e interligá-los com aadministração central.

Para implantar as determinações dogoverno, a Direção do IBGE tocou o seuPlanejamento Estratégico (PE) sem aparticipação efetiva dos servidores. Criouuma personagem (Gildo) e um questio-nário, que apenas 9% dos servidores doórgão se sentiram estimulados a respon-der. Assim mesmo, a esmagadora maio-ria das sugestões dos funcionários sequerfoi levada em conta, já que a síntese dosconsultores foi que a opinião geral era o“foco em resultados”.

Para Susana “o objetivo do Plane-jamento Estratégico é estabelecerum ambiente de competitividade eprodutividade, visando reduzir custose atender o cliente”.

O Planejamento Estratégico da Dire-ção do IBGE pretende minimizar a carga

de coleta sobre o informan-te até 2015 e desenvolvernovas parcerias estratégi-cas. Além disso, serão reali-zadas mais pesquisas comoo INPC nacional, o IBGE par-ticipará de quatro eventosinternacionais e haverá a al-teração do Estatuto doIBGE, dentre vários pontosabordados.

Essa nova política prevê aintensificação do trabalhotemporário, a identificação

dos talentos para ocupar cargos de che-fia, criando uma mentalidade competiti-va. De acordo com Susana, os servidoresmais antigos não têm relevância para esta

nova política, porque insistem em discutira qualidade do trabalho. O que a Direçãodo IBGE pretende é intensificar a produ-ção sem espaços para questionamentosou interferir na elaboração das pesquisas.A área administrativa será reduzida e cen-tralizada no Rio.

DEMOCRATIZAR A GESTÃO DO IBGESegundo Susana, a capacitação será

por EAD, não haverá mais a necessidadede cursos presenciais de uma semana deduração e nem trabalho de campo para aárea técnica. “Hoje temos 6 mil servido-res na ativa e 30% já têm condições de seaposentar. Até 2015 metade do atualquadro de pessoal estará aposentado.Será muito difícil produzir e administrareste caos”, alertou.

Susana Drumond concluiu, afirman-do que impera na Direção do IBGE umavisão patrimonialista que acredita que oIBGE pertence a ela. “Daí a necessidadede lutar pela eleição direta da Direçãocentral e as direções das Unidades Esta-duais do IBGE, que são verdadeiros feu-dos dominados pelas mesmas pessoas efamílias há décadas. Só assim será possí-vel inverter as prioridades e tratar oIBGE como um órgão de Estado, a servi-ço da maioria da sociedade”.

INSCRITOS: 285 (100%) | PRESENTES: 274 (96%) | AUSENTES: 11 (4%)

NÚCLEOS DELEGADOS OBSERV. AUSENTES TOTAL % TOTAL GERAL HOMENS MULHERES TOTAL % HOMENS % MULHERES

NORTE 20 1 0 21 7.7 17 4 21 81 19

NORDESTE 63 5 1 68 24.8 43 25 68 63 37

C. OESTE 18 0 0 18 6.6 15 3 18 83 17

SUDESTE 103 12 7 115 42.0 65 50 115 57 43

SUL 36 5 1 41 15.0 30 11 41 73 27

E.N. 11 0 2 11 4.0 7 4 11 64 36

TOTAL GERAL 251 23 11 274 100 177 97 274 65 35

PERCENTUAIS 91.60 8.40 100 64.60 35.40 100

DADOS DO X CONGRESSO NACIONAL

É precisoeleger

as direçõespara rompercom a visão

patrimonialista einverter asprioridades

no IBGE. ”

IBGE: passado, presente e futuro

Plenário do X Congresso atento ao debate sobre os rumos do IBGE

Susana Drumond, da ExecutivaNacional da ASSIBGE-SN

X Congresso da ASSIBGE-Sindicato Nacional

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M a i o / J u n h o d e 2 0 1 2w w w. a s s i b g e . o r g 6

Conjuntura

“Os servidores devem dar a carapara que se rompam os preconcei-tos que a sociedade tem com suasdemandas”. Foi com esta observaçãoque o sociólogo Rudá Ricci concluiusua palestra sobre conjuntura, no XCongresso da ASSIBGE-SN. De acor-do com Rudá os sindicatos de servi-dores públicos devem traçar estra-tégias mais sofisticadas, eficientes etrabalhar de forma antecipada a so-ciedade, para que ela compreenda ese torne solidária às suas causas.

No caso do IBGE, Rudá sugeriu adivulgação dos próprios dados le-vantados pelo Instituto, como ins-trumento de diálogo e conscienti-zação de sua importância para o ci-dadão comum.

Ao analisar a realidade mundial ebrasileira, Ricci destacou o papel doque chama de “modelo lulista” degoverno, aplicado pelo PT nos últi-mos dez anos no Brasil. Trata-se deum pacto social baseado num tripé:1) Estado altamente centralizadorem sua gestão, a partir do governofederal; 2) Financiamento do gran-de capital, via BNDES, BB e CEF, paragrandes projetos e redução de im-postos; 3) Políticas sociais, através doaumento do salário mínimo, bolsa fa-mília e crédito facilitado para amplasmassas.

Segundo Rudá, para que este pac-to dê certo é preciso paz social, nadade greves e manifestações. Ele criti-cou o chamado mobilismo social,

Apesar do grandenúmero de delega-dos presentes ao XCongresso da ASSI-BGE-SN, o professorEmílio Genari conse-guiu prender a aten-ção da maioria comseu curso de forma-ção sindical. O obje-tivo do evento foi ex-por as mudanças domundo do trabalho,que ocorrem no Bra-sil desde o final dadécada de 80, fazen-do os participantesrefletirem sobre asconseqüências paraa organização sindi-cal dos trabalhado-res e dos servidoresdo IBGE.

Genari levantouquestionamentos eapresentou ferra-mentas para a reto-mada da construção da identi-dade de classe, a partir dos pro-blemas e relações concretas nodia a dia nos locais de trabalho.Emílio provocou o debate, cha-mando a atenção dos presen-tes para a necessidade de paci-

O “modelo lulista” de Estadoe os desafios dos trabalhadores

que se expressa pelas redes sociaisna internet. “Há indignação contratudo e contra todos, sobretudo porparte das novas gerações, mas nãohá objetivos claros de enfrentamen-to e ruptura com a lógica do siste-ma”, alertou.

Ricci fez sérios questionamentossobre a capacidade das organizaçõesherdadas do século XX serem capa-zes de representar e mobilizar os tra-balhadores, diante das mudançasocorridas no início do século XXI.“Não é fragmentando as lutas quevamos conseguir enfrentar e mudarisso, temos que entender como fun-ciona o sistema e reinventar nossasferramentas.”

Curso de Formação

O novo mundo do trabalho e astarefas da organização sindical

ência na abordagem dos cole-gas, a identificação dos diver-sos atores no local de trabalhoe os objetivos do sindicato.

Emilio Genari alertou para oscuidados na forma de atingir oscorações e as mentes, para que

os problemas, muitas vezesmascarados, levem os traba-lhadores à indignação contraa superexploração a que es-tão submetidos no trabalho.

Apesar de puxado, o de-safio de ministrar um cursopara 274 pessoas foi alcan-çado, ajudando em muito atodos a entender a socieda-de em que vivemos e os de-safios que o movimento dostrabalhadores tem pela fren-te. Com a linguagem do bas-quete Genari lembrou às li-deranças presentes ao Con-gresso que seu papel é subs-tituir o EU pelo NÓS: “Vocênão é o cestinha, você é o ar-mador do time”.

Eleiçõesna ASSIBGE-ENComo acontece em anode eleição para renovar aExecutiva Nacional e ascoordenações de Núcleos,coube aos delegados aoX Congresso daASSIBGE-SN eleger aComissão EleitoralNacional (CEN).Confira o calendárioeleitoral aporvado pelocongressistas.

• JUNHO/2013instalação da Comissão EleitoralNacional (CEN). A CEN serácomposta, inicialmente, de 5(cinco) membros, sendo que 4(quatro) da chapa Sindicato éPra Lutar e 1 (um) da chapaSindicato Democrático e de Luta,de acordo com a votação diretae proporcional, conforme art. 39do Estatuto, em eleição no XCongresso da ASSIBGE-SN.

• AGOSTO/2013mês das eleições para ExecutivaNacional e Núcleos Sindicais.

Rudá Ricci foi o palestrante sobre a conjuntura internacional e nacional

Emilio Genari prendeu a atenção dos presentes

X Congresso da ASSIBGE-Sindicato Nacional

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7M a i o / J u n h o d e 2 0 1 2

w w w. a s s i b g e . o r g

Tratamento dado ao casodo Estado do Ceará

Houve duas proposições sobre o tratamento a ser

dado à situação do Sindicato no Ceará: 1) Apesar de

reconhecer a atitude equivocada adotada pela anti-

ga coordenação do Núcleo, que fundou outro sindi-

cato, seria preciso que a Executiva retirasse a ação

de apropriação indébita do patrimônio da ASSIBGE-

SN por aquele grupo; 2) Manutenção da queixa cri-

me, por ser tratar de alienação indevida de recursos

do Sindicato (R$ 100 mil reais).

Os defensores da primeira proposta expuseram

que a iniciativa de retirar a queixa crime seria uma

forma de descriminalizar a polêmica e dar a ela um

tratamento exclusivamente político, com a formação

de uma comissão plural para visitar aquele estado e

retomar o diálogo com a base no Ceará, evitando o

aprofundamento da divisão.

Já os defensores da posição da Executiva Nacio-

nal alertaram que todas as tentativas para dialogar

com o grupo que pregava a divisão do Sindicato fo-

ram feitas, inclusive que a proposta fosse apresenta-

da nos fóruns da ASSIBGE-SN. Mesmo assim, o grupo

dissidente decidiu fundar outro sindicato. A Executiva

suspendeu a antiga coordenação e, numa reunião de

DN, foi formada uma Comissão de Ética para apurar

os fatos. Mesmo desautorizado pela Direção do Sindi-

cato, o grupo, já desti-

tuído, transferiu R$ 100

mil para a conta do ou-

tro sindicato. Por este

motivo foi dada quei-

xa crime. Caso este

grupo insista na legiti-

midade de sua atitude

e não devolva os valo-

res à ASSIBGE-SN, cabe-

rá à Justiça analisar e

aplicar a pena cabível.

PL 6127/09

Novamente o tema foi a debate num Congresso do

Sindicato. Os proponentes do PL 6127 defenderam o

apoio e a retomada de uma ampla discussão do Proje-

to na base da categoria, acreditando que ela não está

esclarecida sobre o assunto. Por sua vez, a atual Dire-

ção do Sindicato defendeu que o assunto é matéria

vencida e não deve ser retomado, até porque não há

mais como interferir no Projeto, que está para ser san-

cionado ou vetado pela Casa Civil.

Os defensores do PL 6127 reafirmaram que o Pro-

jeto trata de determinar o IBGE como um órgão que

vai adquirir o status de “exclusivo de Estado” e que,

a partir disso, toda a estrutura, mão de obra, orça-

mento passa a ter uma configuração privilegiada,

com os ibegeanos passando a ser incluídos numa

carreira exclusiva.

Já a defesa contrária lembrou que o PL abre a pos-

sibilidade de dividir a

categoria, à medida

que se refere a um ór-

gão cuja carreira exer-

ce funções exclusivas

de Estado e que em to-

dos os demais órgãos

em que isso ocorreu

somente alguns car-

gos foram tratados

de maneira diferenci-

ada, enquanto outra

parte ficou fora da

nova carreira. Além

disso, foi ressaltado

o vício de origem da

matéria, que deveria

ser de iniciativa do

Poder Executivo e não

do Legislativo.

Proporcionalidade ou Majoritariedadena direção do Sindicato

A ASSIBGE-SN já teve direções sindicais dos dois mode-

los. Para uns a proporcionalidade é mais democráti-

ca, ao garantir que todos os pensamentos expressos

nas chapas concorrentes estejam representados na di-

reção sindical. Por sua

vez, os que defendem a

majoritariedade enten-

dem que a chapa mais

votada deve dirigir o

sindicato, expressando

a confiança que a maio-

ria da categoria deposi-

tou em suas propostas.

Venceu o critério damajoritariedade para aeleição da ExecutivaNacional e dascoordenações dosNúcleos. Assim, a chapacom o maior número devotos será empossada.

A maioria dos delegadospresentes ao X Congressoentendeu que melhorserá tratar deste assuntono próximo congresso doSindicato, em função deoutras prioridades queocuparão a ASSIBGE-SNno próximo período.

Na Plenária final doCongresso prevaleceua posição contrária aoapoio e retomada dodebate sobre o PL6127. O Congressomanteve anecessidade deacompanhar aAudiência Pública emBrasília (13 de junho).Caso o Projeto sejaaprovado, a categoriaserá chamada adiscutir suasconseqüências edesdobramentos.

Retirar os aposentados do quorumdas eleições da ASSIBGE-SN

Os proponentes argumentaram que com o aumento de

aposentados na base da categoria está cada vez mais

difícil atingir o qu-

orum de 30% mais

um dos votos vá-

lidos para as elei-

ções de Núcleos e

da Executiva Na-

cional. No entan-

to, a proposta

preservava o di-

reito dos aposen-

tados em votar e

serem votados.

A maioria dos delegadosrejeitou esta proposta, porentender que, na prática, elaacaba por afastar osaposentados do Sindicato, namedida em que desobrigaráas coordenações de Núcleose a Executiva Nacional dedesenvolver o trabalho juntoa este segmento dacategoria.

Como não houvetempo paradecidir, o tema foiremetido paradiscussão edeliberação napróxima reuniãoda DireçãoNacional plena daASSIBGE-SN.

Valor da Contribuição Sindical

Outro ponto polêmico debatido na Plenária Fi-

nal do X Congresso da ASSIBGE-SN foi a contribuição

sindical dos associados, que atualmente é de 1% do

vencimento base e da

GDIBGE. Quatro propos-

tas foram apresentadas:

1) Incorporar à contri-

buição sindical 1% de to-

das as gratificações; 2)

Somente 1% do venci-

mento base; 3) 0,5% do

vencimento base; 3) Con-

tribuição num teto máxi-

mo de R$ 500,00.

A maioria dosdelegados presente aoX Congresso daASSIBGE-SN referendoua posição adotada pelaExecutiva Nacional doSindicato. Umacoordenação provisóriajá foi instalada paradirigir o Núcleo econvocar as próximaseleições no Ceará.

Definição de umpercentual deaposentados na EN enas Coordenações deNúcleos da ASSIBGE-SN

Houve acordoque garanteparticipaçãoobrigatória depelo menos umaposentado nas

chapas para Coordenações de Núcleos e aExecutiva Nacional do Sindicato.

Como em todos os eventos democráticos que reúnem trabalhadores, o X Congressoda ASSIBGE-SN, realizado em Juiz de Fora/MG (1 a 5 de maio de 2013), foi marcado poracordos e diferenças debatidas e votadas. Publicamos, a seguir, as principais polêmicasque foram alvo de discussão e deliberação pelos delegados de base da categoria.

Filiação ou nãoa uma Central Sindical

Duas propostas sobre este tema foram apresenta-

das à Plenária final do X Congresso da ASSIBGE-

SN: 1) Construção de um calendário até o final de

2013 para que os núcleos abram o debate a este

respeito e que a Executiva Nacional convoque um

Plebiscito na base da categoria no primeiro se-

mestre de 2014, no qual os ibegeanos diriam se

querem ou não a filiação e a qual central a ASSI-

BGE-SN deve se fili-

ar; 2) Amadurecer o

tema na base até o

próximo Congresso,

quando será cons-

truído um cronogra-

ma de debates so-

bre as diversas cen-

trais sindicais e

suas propostas.

Houve acordo pararemeter este tema aum Seminário sobreprecarização das

condições de trabalho no IBGE, que podeocorrer no 2º Congresso Democrático daASSIBGE-SN, a ser realizado em 2014.

Efetivação ou nãodos temporários nosquadros do IBGE

Polêmicas no X CongressoNacional da ASSIBGE-SN

X Congresso da ASSIBGE-Sindicato Nacional

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15. Exigir do IBGE que aprove asGratificações de Qualificação (GQs)de quem não possui o 2° grau;

16. Enquanto persistir o trabalhoprecário exigir a equiparação salari-al entre os efetivos e temporáriospara cargos/funções equivalentes,conforme manda a Constituição, in-cluindo a GDIBGE e as GQ, assimcomo os demais benefícios;

17. Exigir que nos Editais de Con-cursos Públicos para o IBGE seja ga-rantida pontuação para os candida-tos que trabalham ou trabalharam noIBGE enquanto contratados; segurode vida para os trabalhadores tem-porários; que os temporários pos-sam, logo após os primeiros 12 me-ses de trabalho, usufruir ou recebero abono pecuniário de férias;

18. Que o IBGE crie cursos de mes-trado e doutorado profissional paraa categoria na ENCE;

19. Que o IBGE elabore de carti-lhas e realização de palestras paraque os servidores entendam a cri-ação e funcionamento da SIASS –Sistema Integrado de Assistência aSaúde do Servidor;

20. Que o IBGE realize concursopara técnicos agropecuários para atu-ar nas agências de coleta do interior,para realizar as pesquisas deste seg-mento;

21. Cobrar do IBGE uma política depreparação para a aposentadoria dosservidores;

22. Rever a política de implantaçãode máquinas fechadas que são utili-zadas pelas pesquisas, centralizandono CPD das Unidades Regionais o su-porte técnico dos equipamentos deinformática;

1. Reajuste do Vencimento Bási-co (VB);

2. Antecipação dos 10% acordadospara janeiro de 2014 e 2015 mais oíndice da inflação do período;

3. Vinculação do reajuste das Gra-tificações de Qualificação (GQs) e Re-tribuições de Titulação (RTs) ao rea-juste do Vencimento Básico;

4. Tabela salarial baseada na pro-posta protocolada, considerando a in-corporação de gratificação, a interpo-lação entre as tabelas de NI e NS ereajuste das RT, de forma que a GQIIIseja igual à RTI;

5. Que o reembolso do plano desaúde seja transformado em auxíliosaúde, sem precisar de comprovação,para todos os trabalhadores e seusdependentes;

6. Criar a gratificação de supervi-são para as pesquisas como, porexemplo, PNAD Contínua, CNEFE,AMS, MUNIC, etc.;

7. Conversão das Funções Gratifi-cadas (FGs) de chefias de agências esetores a nível gerencial, em gratifi-cações específicas ao IBGE (a seme-lhança do que ocorre no INSS);

8. Que o IBGE administre plano desaúde para os trabalhadores;

9. Que o plano de saúde seja pagoaos pensionistas, como assegura a lei;

10. Que o IBGE crie núcleos de assis-tência ao empregado, com pessoal tec-nicamente capacitado (psicólogos, as-sistentes sociais, etc) para atender aoservidor ativo e aposentado;

11. Que o IBGE realize uma pesqui-sa sobre a saúde/doença entre ostrabalhadores do IBGE;

12. Que o IBGE renove afrota de veículos para aten-der às necessidades daspesquisas, com seguro totaldos carros; que o IBGE con-trate motoristas numa quan-tidade suficiente para aten-der às UEs/Agências;

13. Cobrar do IBGE que omobiliário e equipamentosde todos os locais de traba-lho estejam em cumpri-mento com as normas ergo-nométricas;

14. Descentralização dasatividades técnicas e admi-nistrativas para que os re-cém concursados de nívelsuperior das UEs possamexerce as funções para osquais foram concursados;

PRINCIPAIS RESOLUÇÕES DO X CONGRE1 a 5 d e m a i o d e 2 0 1 3 | J u i z d e F

1. Lutar para que seja definidauma política salarial permanen-te para os servidores federais,com reajuste pela inflação e gan-ho real baseado no aumento daarrecadação federal e pela insti-tucionalização da NegociaçãoColetiva no setor público.

2. Articular junto às outras cate-gorias a realização do 2º Congres-so dos Servidores Públicos Fede-rais; Fortalecer os fóruns estadu-ais dos SPFs;

3. Fortalecimento da CNESF;4. Garantia do direito irrestrito de

greve e liberdade de organizaçãosindical, sem imposições legais;

5. Lutar pela isonomia de bene-fícios entre os três poderes (Pla-no de Saúde, Auxilio Alimenta-ção, Auxilio Creche, etc) e quesejam reajustados pelo índice doIPCA do IBGE;

6. Paridade e integralidade sala-

rial entre os servidores em exercíciolaboral, aposentados e pensionistas;

7. Lutar contra todos os projetosde leis que visem retirar nossos di-reitos e congelar nossos salários (PL549, por exemplo) que dispõe so-bre limites com pessoal e encargossociais da União;

8. Contra a implantação do FUN-PRESP, previdência complementarprivada (fundos de pensão).Exigimosaposentadoria integral e paridadesalarial entre os servidores públicosativos e aposentados;

9. Contra a precarização do traba-lho sob as formas de trabalho tem-porário, terceirização, consultorias,convênios e estágios;

10. Lutar para que a Reforma daPrevidência de 2003 seja anulada(através de abaixo assinado), pois foiaprovada com votos comprados domensalão;

11. Luta pelo retorno dos PDVistas.

Reivindicações na Pauta Geral do Funcionalismo

1. Lutar por uma sociedadejusta, igualitária, plural e anti-capitalista;

2. Contra a criminalização dosmovimentos sociais;

3. Lutar pela Reforma Agráriasob o controle dos trabalhadores;

4. Lutar para aumentar e nãocortar os investimentos nas áre-as da saúde, educação e outraspolíticas públicas de interesse dopovo brasileiro. Não aceitamoscortes no orçamento!

5. Defender e participar da lutapelos 10% do PIB para a educaçãopública e de qualidade, incluin-do pesquisa, ciência e tecnologia;

6. Lutar pela ampliação dos direi-tos da nossa classe, com o fim daterceirização e a redução da jorna-da de trabalho para 30 horas sema-nais sem redução de salários;

7. Apoiar a luta pela valorizaçãodo Salário Mínimo Nacional calcu-lado pelo Dieese;

8. Seguir na luta contra o pagamen-to dos juros e amortizações da dívi-da pública – interna e externa – ver-dadeira vala de recursos públicos queconsomem 45% da arrecadação dogoverno, que só beneficiam o siste-ma financeiro. Reivindicamos a au-ditoria cidadã da dívida.

9. Lutar pela democratização dosmeios de comunicação de massa,com redução do alcance das redesnacionais de rádio e TV, incentivan-do a produção de informações e pro-gramação cultural regional.

10. Lutar pela abertura dos arqui-vos da ditadura, somando-se a cam-panha da OAB – Ordem dos Advoga-dos do Brasil.

Reivindicações para o IBGE

Delegados sugeriram mais tempo para os grupos de discussão

Varal de camisetas ilustrou as lutas da ASSIBGE-SN ao longo dos anos

Política geral

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compra de passagens aéreas, uma vezque os valores pagos são acima dos co-brados pelas companhias aéreas;

34. Que o IBGE garanta acessibilida-de (rampas, elevadores, etc.) em to-dos os seus locais de trabalho, Unida-des do Rio de Janeiro, UEs e Agências;

35. Que o IBGE assegure que a parti-cipação em eventos como Congressos,Encontros, Seminários de temas rela-cionados a qualquer atividade do IBGE,seja considerada como horas trabalho,sem necessidade de compensação.

23. Criação de canal de comunica-ção entre as pessoas envolvidas di-retamente com a pesquisa e a áreade desenvolvimento de informáticapara o envio de criticas, sugestões efeedbacks, criando uma área paracada pesquisa;

24. Que o IBGE, antes de realizar oconcurso, apresente para todos osservidores, através do portal ibege-ando, o quadro de vagas disponíveispor local, e que a partir disto sejaaberto processo de remoção internapor interesse do servidor;

25. Lutar contra projetos que reti-ram competências do IBGE – Ex.: AN-CAR e ANE

26. Que a ENCE organize os cursosde 360 horas aos servidores;

27. Criar nos Estados, cursos mi-nistrados pela ENCE e direcionadosaos trabalhadores do IBGE;

28. Realização de treinamentospresenciais, centralizados e criaçãode oficinas com servidores reunindoárea técnica de elaboração e execu-ção para aprimorar os programas eas pesquisas;

29. Providenciar equipamentos einstalações do IBGE com desvincula-ção de prefeituras.

30. Que não haja transferência,sem a anuência dos servidores, en-tre a área de Geociências, de pesqui-sa, administrativa e vice-versa;

31. Que o IBGE solicite a emissãode laudos emitidos pelo Corpo deBombeiros com o objetivo é evitartragédias, como a de Santa Maria/RS;

32. Que o IBGE crie uma Ouvidoriaresponsável por fazer uma apuraçãodas denuncias dos servidores;

33. Que o IBGE planeje melhor a

S DO X CONGRESSO NACIONAL DA ASSIBGE-SN0 1 3 | J u i z d e F o r a / M i n a s G e r a i s

1. O sindicato é um instrumen-to de luta de reivindicações dostrabalhadores e formação daconsciência de classe;

2. Intensificar o trabalho de base,discutindo com os trabalhadores osseus problemas;

3. Que a Executiva Nacional eos Núcleos Sindicais invistam naformação política e sindical dostrabalhadores, organizando cur-sos, realizando palestras, promo-vendo debates que visem ampli-ar o conhecimento e o fortaleci-mento da base, através de bole-tins, cartilhas, jornais, textos,etc.;

4. Incorporar toda a base nas ati-vidades sindicais – quadro ativo,aposentados e temporários;

5. Campanha Nacional para quehaja Concurso Público para o NívelIntermediário e Nível Superior,como parte da defesa da Institui-ção contra a precarização;

6. Defesa intransigente da de-mocratização do IBGE, com elei-

ções diretas para presiden-te, chefes de UEs e demaischefias;

7. Lutar para que o IBGE re-alize de um congresso insti-tucional para definir o quedeve pesquisar, como e paraquem, realizando atravésdeste o planejamento dostrabalhadores;

8. Que os Núcleos procu-rem deputados federais esenadores os parlamentaresem seus estados para quevotem os projetos de lei fa-voráveis aos trabalhadoresatravés de cartas, mensa-gens eletrônicas, etc (contraPL 549 de congelamento sa-larial, projeto celetista, etc;

9. Para que a EN oriente

os Núcleos a aperfeiçoar as suaspróprias ferramentas de comunica-ção (boletins, facebook, página);

10. Que os Núcleos sindicais discu-tam o Manifesto da PNAD Contínua,com levantamento dos problemas equestionamentos sobre esta pesqui-sa para divulgação de um Manifestonacional;

11. Que os Núcleos reforcem as ati-vidades das Secretarias de Aposen-tados nos Núcleos onde já existe einstalem onde ainda não exista, con-forme resolução do IV ENAAP e deli-beração estatutária;

12. Discutir com a base a propostade não dirigir carros do IBGE ou, pelomenos, um dia de boicote para pres-sionar a contratação de profissionaisdesta área;

13. Lutar pela aprovação imediatado Projeto de Lei que concede aosaposentados Celetistas do IBGE re-ceberem complementação salarial;

14. Campanha Nacional contra o As-sédio Moral e denuncia pública daschefias e de qualquer trabalhadorque pratique assédio moral no IBGE;

15. Denunciar a contratação tem-porária como trabalho indecente,precarizado, desperdício de dinhei-ro público e que afeta a qualidadeda informação e formação de qua-dros da instituição. Denunciar publi-camente aos setores da sociedade –OAB, ABI, CNBB, Conselhos, sindica-tos, partidos, associações de mora-dores a situação de caos do IBGE e osriscos que a precarização representana qualidade de informações e re-sultados do nosso trabalho;

16. Realizar um abaixo assinado na-cional pelo fim do trabalho tempo-rário a ser entregue ao IBGE, gover-no, Ministério Público;

17. Rever o estatuto e o regi-mento interno do IBGE, com vis-

Lutas e tarefas para a Executiva Nacional e Núcleostas a modificá-lo dentro de umavisão democrática;

18. Realizar a segunda edição doCongresso Democrático sobre o IBGEno primeiro semestre de 2014;

19. Que o sindicato use a lei deacesso à informação para saber so-bre os gastos com infra-estrutura doIBGE e fiscalizar como foi gasto;

20. Que a Executiva Nacional esta-beleça um valor único de ajuda de cus-to a ser pago aos participantes doseventos socializados (congressos e en-contros nacionais), para acabar com opagamento diferenciado por núcleos.

21. Que o IBGE realize uma campa-nha pelo fim do assédio moral dosefetivos e temporários, inclusive fa-zendo denúncias ao MP - MinistérioPúblico;

22. Que a ASSIBGE-SN organize umPainel sobre a SIAS, no sentido desaber seu papel, sua organização esua relação com os servidores; que aEN questione a SIAS sobre a mudan-ça de Instituidor para saber como sedeu esse processo de escolha e suareal necessidade;

23. Verificar junto aos diretores egerentes do IBGE o porquê do desman-che das equipes técnicas regionais deGeociências e que seja criada uma co-missão para contestar a extinção dasGeociências, prevista para 2015;

24. Encaminhar um documento aoIBGE contra a Resolução que estabe-lece a necessidade de autorizaçãopor parte da chefia da UE para afas-tamentos para cursos de pós-gradu-ação e também que se assegure aoservidor de NI a liberação para cur-sos de Especialização, Mestrado eDoutorado;

25. Que a ASSIBGE-SN constituaum grupo de trabalho para discutiras mudanças de estatuto e regi-mento com vistas a incorporar umaconcepção democrática no IBGE.

A íntegra das Resoluções do X Congresso será publicada em caderno especial.

Delegados sugeriram mais tempo para os grupos de discussão

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M a i o / J u n h o d e 2 0 1 2w w w. a s s i b g e . o r g 10

O surgimento de novas do-enças profissionais foi o temaabordado por Bernardo Pilot-to, sociólogo da UFPR, no XCongresso da ASSIBGE-SN. “Asmudanças ocorridas no mun-do do trabalho vão todas nosentido de ampliar a automa-ção. Isso mascara as doençase os acidentes de trabalho. Te-mos o aumento de doençascomo LER, fibromialgia, psico-lógicas, etc. Elas não têm umamaterialidade objetiva, sãocombatidas com medicamen-tos, mas não se vai às causas”,alertou o palestrante.

Para Pilotto não existe oué muito frágil uma política nacional desaúde do trabalhador, que pressupõeuma atuação multi setorial, lembrandoque os ministérios da Previdência, Saú-de e Trabalho têm, cada um, sua políti-ca, o que fragiliza o próprio SistemaÚnico de Saúde (SUS). “Os dois últimoscongressos nacionais de saúde foramem 1994 e 2005, período em que maisse intensificaram as mudanças do mun-do do trabalho”, destacou.

Bernardo ressaltou que é fundamen-tal atuar junto às CIPAS, tendo em vistaque no serviço público o assédio moral éum instrumento de afastamento das pes-soas, já que a demissão ainda é menos

provável. “Nossa so-ciedade é produtorade doenças: suicídio, depressão,uso de drogas e tudo isso se re-flete no ambiente de trabalho. Oque se tem é política de combateà doença e não de saúde públi-ca.”

As intervenções dos delega-dos reforçaram a conclusão de que o Governo nãotem política de saúde para o servidor público. No IBGEo quadro médico e de enfermagem foi extinto e nãoexistem Comissões Internas de Prevenção de Aciden-tes (CIPA) desde 1988. O assédio moral é cada vezmais intenso, pela carga de trabalho a que estão sub-metidos colegas do quadro e os temporários.

Lutar por uma política de saúde no IBGE faz parteda pauta dos trabalhadores e do Sindicato. A conclu-são dos delegados é que será preciso retomar de for-ma mais intensa este tema.

Novas doenças profissionaise a saúde do trabalhador

Pedevistas lutam para retornarao serviço público

Em nome dos servidores pedevistas, o previdenciá-rio Jorge Godoy fez uma explanação no X Congresso daASSIBGE-SN. De acordo com ele o Programa de Demis-são Voluntária (PDV) chegou à América Latina na déca-da de 80, como iniciativa do FMI. No Brasil o PDV foiimplantado pelo governo Collor em 90, nas empresasestatais e, em 1996, 99 e 2000, foi aplicado também noserviço público pelo governo FHC, obedecendo à lógi-ca do Estado Mínimo, do projeto neoliberal.

“Financiaram a mídia com um discurso contra o ser-vidor e a máquina pública”, lembrou Godoy. Cerca de15 mil servidores foram incluídosno PDV de FHC, enquanto o gover-no contratou 300 mil terceirizados.Hoje restaram sete mil pedevistasem todo o Brasil.

O movimento de luta pelareintegração dos pedevistas

nasceu a partir daspromessas das car-tilhas do então MARE (hoje Ministériodo Planejamento), que jamais foramcumpridas. Ali se falava em apoio psí-quico, linha de crédito e cursos pro-fissionais para quem aderisse ao PDV.

“Fomos alvo de chacotas no Banco doBrasil, quando procuramos as tais linhasde crédito prometidas. No SEBRAE o cur-so não existia ou simplesmente não ha-via vagas. Diziam que o PDV era um AtoJurídico perfeito, sem recurso e sem vol-ta. Constituímos o MURP, hoje FórumNacional dos Pedevistas, e formulamoso PL 4293/08, que está em tramitação na

Câmara”, relatou Godoy.“Nós estamos dispostos a de-

volver o pouco que recebemospara sermos reintegrados ao ser-viço público. Somos reféns doSTF, que barra nossas propostas.Hoje temos uma situação maisfavorável de aprovação do PL noCongresso Nacional, porque to-dos os líderes que adotaram oprojeto são do PMDB”, disse orepresentante dos pedevistas.

Jorge Godoy fez questão deressaltar o apoio dado pela AS-SIBGE-SN ao movimento dos pe-devistas, desde o seu início.“Não acreditem em governo al-gum, o fundamental é a força dotrabalhador. O PDV foi uma frau-de, um crime”, concluiu.

Saúde Reintegração

Combater

doença não

deve ser

confundido

com política

de saúde

“Fomos alvo

de chacota.

O PDV foi

uma fraude,

um crime”

Jorge Godoy deu depoimento emocionado sobre a situação dos pedevistas

Novas doenças no ambiente de trabalho são mascaradas

X Congresso da ASSIBGE-Sindicato Nacional

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OS DADOS DO V ENAAP

• Que o reembolso do plano de saú-de seja maior, proporcionalmenteao aumento da idade e pago aospensionistas;

• Que o reembolso do plano de saú-de seja transformado em auxíliosaúde, sem precisar de comprova-ção, para todos os trabalhadores eseus dependentes;

• Discutir o reajuste das RT e GQcom NS e NI, como a ideia deaproximação entre os Aposenta-dos, NI, NS, Temporários, paraevitar atrito entre estes segmen-tos da categoria.

• Organização/Mobilização/Secreta-rias de Aposentados, Aposentan-dos e Pensionistas:

• Reforçar as atividades das Secreta-rias de Aposentados nos Núcleosonde já existe;

Principais resoluções do V ENAAP28 a 30 de abril de 2013 – Juiz de Fora – MG

• Instalação da Secretaria de Aposen-tados, Aposentandos e Pensionistasonde ainda não exista, conforme re-solução do IV ENAAP e deliberaçãoestatutária, até a próximaeleição geral do Sindicato;

• Que os Núcleos promovamsemestralmente debatessobre aposentadoria equalidade de vida, promo-vendo integração entre osaposentados e aposentan-dos;

• Organizar mensalmenteencontros e reuniões comatividades culturais, com oobjetivo de passar infor-mes e discutir propostasenvolvendo os aposenta-dos, de acordo com a rea-lidade local;

• Organizar semestralmente reuni-ões com atividades de lazer e pa-lestras sobre qualidade de vida epromoção de saúde;

• Organizar cursos, especialmentesobre a utilização de recursos deinformática,sobretudo como utili-zar a internet;

• Organizar um cadastro completocom dados como nome, endere-ço completo, data de nascimen-to e endereço eletrônico, para aconstrução de um trabalho demobilização dos aposentados nasatividades sindicais, utilizando ocontato telefônico, material im-presso, boletins informativos eendereço eletrônico;

• Convocar os aposentados e pen-sionistas para participar de todasas atividades políticas, como as-sembleias, encontros, atos, fó-

REGIÃO APOSENTADOS APOSENTANDOS PENSION. AUSENTES TOTAL % TOTAL GERAL HOMENS MULHERES TOTAL % HOMENS % MULHERES

NORTE 6 5 0 1 11 12.0 3 8 11 27 73

NORDESTE 11 10 0 1 21 22.8 11 10 21 52 48

C. OESTE 3 1 0 0 4 4.3 3 1 4 75 25

SUDESTE 29 12 2 4 43 46.7 19 24 43 44 56

SUL 5 1 0 2 6 6.5 5 1 6 83 17

E. N. 3 4 0 4 7 7.6 3 4 7 43 57

TOTAL GERAL 57 33 2 12 92 100 44 48 92 48 52

PERCENTUAIS 61.96 35.87 2.17 100

INSCRITOS: 104 (100%) | PRESENTES: 92 (88%) | AUSENTES: 12 (12%)

runs, marcha à Brasília, etc., con-forme aprovado no IV ENAAP.

ELEIÇÕES SINDICAIS• Que na composição das chapas

para eleição de coordenação e ENa proporção de aposentados seja,no mínimo, de 30%;

ALTERAÇÕES ESTATUTÁRIAS• Contra qualquer proposta que ex-

clua os aposentados de qualquerquorun;

• Que para eleição dos delegadosAposentandos nos ENAAP sejausado o mesmo critério da DN, istoé, na proporção de um para cada250 (duzentos e cinquenta) traba-lhadores mais um para fração igualou superior a 0,5 (meio) e que hajaobservadores, como nas reuniõesda Direção Nacional da ASSIBGE-SN.

Executiva Nacional deu informes da Campanha Salarial 2013

Aposentados e aposentandos tiveram três dias de atividades

V Encontro Nacional de Aposentados, Aposentandos e Pensionistas

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“Não podemosabrir mão de sermosos protagonistas denossas vidas”. Esta éa conclusão de Edel-vais Keller (UFJF/MG), que proferiupalestra sobre Pro-jeto de Vida na Apo-sentadoria duranteo V ENAAP. A profes-sora alertou que oaumento da popula-ção de idosos é umfenômeno mundiale vem gerando uma preocupação in-ternacional, inclusive no meio aca-dêmico.

No Brasil os censos demográficosvêm registrando o crescimento dopercentual de idosos. Se em 1980 eleseram 500 mil, em 2010 chegaram a2,5 milhões e a previsão é que em2050 serão 14,5 milhões.

Edelvais ressaltou que qualquerprojeto para a terceira idade deve

Durante a vida la-boral o trabalhadorcontribui para a Pre-vidência para, numdeterminado mo-mento, ter o retor-no em forma de la-zer. Lamentavel-mente no Brasil eletem que ir à lutapara perder o míni-mo, o que gera umdesgaste violento.Essa é a constataçãode Floriano JoséMartins, vice-presidente da Associ-ação dos Fiscais da Previdência (An-fip), que proferiu palestra sobre aPrevidência do Servidor Público, noV Encontro Nacional dos Aposenta-dos, Aposentandos e Pensionistas daASSIBGE-SN.

Ao citar a Constituição, que asse-gura a todos o objetivo de “erradicara pobreza e a marginalização e redu-zir as desigualdades sociais e regio-nais”, Floriano afirmou que é possí-vel suprir saúde, previdência e assis-tência social com os recursos arreca-dados pela Previdência Social. Elelembrou que apesar do governo e amídia repetirem que a Previdência édeficitária, os próprios números ofi-ciais confirmam que a arrecadação ésuperavitária. “Só em 2012 a arreca-dação foi de R$ 590 bilhões e os gas-tos ficaram em R$ 512 bilhões, totali-zando um superávit de R$ 78 bilhões”.

O vice-presidente da Anfip desta-cou que a existência de cinco regimesprevidenciários e inúmeras regras di-ferentes só serve para criar divisões econfusão entre os servidores públicos.

Planejamento pessoal

Projeto de vidana aposentadoria

A previdência do servidorna realidade brasileira

Martins também criticou o sistema dePrevidência complementar privada. AAnfip e a Anamatra (Associação dosMagistrados) entraram com Ações Di-retas de Inconstitucionalidade contraa Reforma da Previdência, por ferir as-pectos legais.

Floriano criticou a desoneração dafolha salarial das empresas de diver-sos ramos da economia pelo gover-no, que nos últimos anos represen-tou uma renúncia fiscal de R$ 138 bi-lhões. Ele destacou que, em média, obrasileiro está vivendo mais, porémcom uma qualidade de vida inferior.Para concluir sua palestra, FlorianoMartins combateu o argumento deque os reajustes do salário mínimopoderiam quebrar as prefeituras, jáque os próprios recursos advindos daPrevidência Social aumentariam a ar-recadação dos municípios.

Ao final, o vice-presidente da AN-FIP agradeceu o convite da ASSIBGE-SN e reforçou a necessidade de mo-bilização e unidade dos servidorespara defender uma Previdência So-cial pública e de qualidade.

• Cora CoralinaSua poesia tornou-se conhecida e valorizada, nacionalmente, nadécada de 80. Seu primeiro livro só foi publicado em 1965, aos 76 anos.Cora Coralina faleceu em 10 de abril de 1985, em Goiânia.

ser precedido de um questionário,no qual o aposentado deve respon-der perguntas sobre o seu própriosonho: o que ele quer ou pretendefazer, quem este projeto inclui, os ca-minhos a percorrer para alcançá-lo,dentre outros.

“Quem não tem projeto de vidana terceira idade corre o risco de vi-ver para os outros”, alertou a profes-sora. Ela ilustrou sua palestra comdiversos testemunhos dos própriosaposentados do IBGE, presentes aoENAAP. Edelvais encerrou a ativida-de com uma apresentação do poe-ma Saber Viver, de Cora Coralina.

Previdência social

SABER VIVER

Não sei… Se a vida é curtaOu longa demais pra nós,Mas sei que nada do que vivemosTem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:Colo que acolhe,Braço que envolve,Palavra que conforta,Silêncio que respeita,Alegria que contagia,Lágrima que corre,Olhar que acaricia,Desejo que sacia,Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,É o que dá sentido à vida.É o que faz com que elaNão seja nem curta,Nem longa demais,Mas que seja intensa,Verdadeira, pura… Enquanto durar

Coral de Juiz de Fora emocionou os presentes com sua apresentação

Professora Edelvais comandou debate sobre Projeto de vida Floriano Martins, da ANFIP

V Encontro Nacional de Aposentados, Aposentandos e Pensionistas

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Nos últimos anos o Sindicato vemdesenvolvendo trabalho sistemáti-co em relação aos problemas gera-dos pela precarização do trabalho noIBGE e a discriminação sofrida pelosservidores temporários. Esta atua-ção se desdobra em duas frentes: 1)Defesa intransigente do ConcursoPúblico para o preenchimento dasvagas no IBGE; 2) Defesa dos direi-tos dos temporários.

Essas duas frentes não estão emoposição, são partes de uma mesmaluta que tem por objetivo valorizar otrabalho do IBGE e de seus servidores.Ao contrário disso, a Direção do IBGEinsiste em manter e aumentar o qua-dro de servidores temporários, pro-pondo inclusive a ampliação de seuscontrato de dois para quatro anos.

O aumento do quadro de servi-dores temporários gera grave ex-ploração de mão-de-obra precariza-da e mal treinada, para exercer fun-ções que são de exclusiva respon-sabilidade dos servidores do qua-dro de pessoal efetivo. Esta “eco-nomia”, promovida e defendidapela Direção do IBGE, representaprejuízo ao próprio IBGE, na medi-da em que ameaça a continuidade,a memória e o sigilo das pesquisase trabalhos desenvolvidos.

Uma leva enor-me de jovens écontratada pormenos de R$ 1 mil/mês para exerceras mesmas fun-ções de servidoresdo quadro. Muitosabandonam o tra-balho no meio docaminho, seja por-que dão priorida-de aos estudos,por conseguirem

outro serviço melhor remunerado,ou simplesmente por desânimo comas condições de trabalho.

Ao perceber o crescimento do nú-mero de trabalhadores temporários,a ASSIBGE-SN tomou a iniciativa de re-alizar um primeiro encontro destesegmento da categoria, anterior ao 8ºCongresso Nacional, em Caetés, Mi-nas Gerais, em abril de 2008. Na oca-sião, 33 delegados de 19 estados dis-cutiram os problemas que os tempo-rários enfrentam e aprovaram delibe-rações importantes, entre as quais:

Vale lembrar que na greve de 2012o Sindicato mais uma vez incorporouas reivindicações dos temporários àPauta específica dos servidores doIBGE. O movimento redundou naconquista do aditamento do contra-to, que passou a ser trimestral.

A Executiva Nacional não apenas

orientou todos os núcleos a incorpo-rarem os temporários à luta, comoentrou com ação judicial para garan-tir o direito de greve também aostemporários (2012/01388894-6).

A Executiva realizou reuniões comos companheiros temporários no Riode Janeiro, na Sede nacional do Sin-dicato. Infelizmente, por pressão dealgumas chefias diretamente subor-dinadas à Direção do IBGE, o movi-mento dos temporários no Rio foi su-focado na greve.

Também durante a greve a Executi-va Nacional orientou e praticamentetodos os núcleossindicais realiza-ram denúncias aoMinistério Públicosobre o abuso dotrabalho temporá-rio e precarizadono IBGE. Deste mo-vimento decorre-ram algumas inici-ativas do MP nosentido de ques-tionar o IBGE e as

• Equiparação salarial com o piso doNível Intermediário;

• Concurso Público com prova de títulos;• Melhorias nas condições de trabalho;• Fim do aditamento mensal dos

contratos;• Direito a uma série de benefícios

(aumento do auxílio-alimentação,adicional de penosidade, auxílio-saúde, etc).

ASSIBGE-SN denuncia precarização do trabalho no IBGE

Ronald (SAP), Marieta(PR), Luiz Francisco(EN), Crislane (DF),Jane (Dipeq/BA),Roberto (EN), MariaAlice (SAP), Carlinhos(Canabarro).

Equipes deapoio eimprensatrabalharamintensamente

X CongressoNacional eV ENAAP

Transmissão ao vivo,pela internet, do

Congresso foiiniciativa da equipe

de comunicação

chefias das unidades estaduais. O MPFederal do Rio de Janeiro juntou asdiversas denúncias realizadas nos es-tados num mesmo processo.

Ao mesmo tempo, o Sindicato man-tém denúncia junto ao Ministério Pú-blico Federal sobre o exercício de ati-vidades exclusivas de responsabilida-de de servidores do quadro do IBGEpor servidores temporários. Esta açãose transformou num inquérito civil pú-blico (PR-RJ nº 1.30.001.003339/2012-13), o que deve remeter a uma inves-tigação judicial mais aprofundada so-bre a questão.

Essas frentes de ação decorrem deduas questões que se somam na lutae na responsabilidade do Sindicato:

1- A precarização da mão-de-obra,além de representar uma superexplo-ração, tende a rebaixar as condiçõesde trabalho. Portanto, é vital que si-gamos lutando por melhores condi-ções salariais e de trabalho para oscompanheiros temporários, incorpo-rando-os ao Sindicato e suas lutas;

2- Só o concurso público é o instru-mento capaz de recompor o quadrode pessoal em quantidade e qualida-de, evitando descontinuidade, re-compondo o preparo e a qualificaçãonecessárias da mão-de-obra, para oexercício das tarefas da importânciadas pesquisas e trabalhos do IBGE.

Portanto, trata-se de construir ummovimento de base dos próprioscompanheiros, entendendo suas di-ficuldades, junto às coordenações deNúcleos do Sindicato.

TEMPORÁRIOS SÃO PARTEDA NOSSA CATEGORIA

Uma das reuniões dos temporários no Auditório doSindicato, no Rio, durante a greve de 2012

Companheiros de Minas em manifestação, durantea greve de 2012, pedem concursos públicos

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1 – Quantos processos foram ajuizados(RPV e Precatórios)?

São 189 ações em grupos de 10 auto-res (em sua maioria) e 8 ações individu-ais. Logo, são 197 ações propostas.

2 – Quantos processos ainda faltamajuizar?

Ainda há 77 associados que não enca-minharam sua “concordância” com oscálculos elaborados.

3 – Quantos RPV já foram pagos?Quantos já estão cadastrados no TRFpara pagamento?• 42 RPV pagos;• 12 RPV em proposta para pagamento

para os próximos 2 meses;• 58 RPV em fase de expedição e envia-

dos ao Tribunal.

4 – Quantos precatórios já estãolançados no Orçamento da União pararecebimento em 2013? Quantos estãolançados para 2014?• 5 PRECATÓRIOS em 2013 aguardando

depósito;• 17 PRECATÓRIOS em proposta para

2014;• 75 PRECATÓRIOS em fase de expedição

e enviados ao Tribunal.

5 – Por que no caso de instituidores depensão que faleceram antes de 1993,sequer estão sendo elaboradas asplanilhas de cálculos? Se os instituidoreseram funcionários da carreira e ospensionistas têm direito aos ganhos dacarreira, por que não receber os 28%?

No caso dos servidores falecidos an-tes de 1993 só existirão valores a seremexecutados havendo pensionista habili-tado e se o instituidor não for NSFC (NívelSuperior em final de carreira).

6 – Nos casos em que há extinção deprocessos, como o Escritório tematuado? Por que isso ocorre?

Há processos que são extintos devidoao entendimento divergente de algunsMagistrados no que diz respeito à filia-ção dos autores ao Sindicato ou quantoao seu domicílio. Em ambos os casos oEscritório apresenta recurso ao Tribunal,em outros opta por distribuir nova ação,conforme for mais conveniente.

7 – Quando há valores para executarde pensionistas (mais de um) ouherdeiros (mais de um), como será feitaa execução e o pagamento? Quemdivide os valores? Que documentos sãonecessários, no caso dos herdeiros parasacar o valor?

Relatório sobre a Ação dos 28%Na execução em que houver mais de

um herdeiro ou pensionista, serão açõesseparadas só para aqueles herdeiros.Tudo que houver de ser resolvido em re-lação aos valores devidos a cada herdei-ro será decidido pelo Juízo. Quanto aorecebimento o procedimento é idênticoaos demais, pois as requisições serão ex-pedidas em nome de cada sucessor, novalor da quantia que lhe corresponde.

8 – No caso de quem está recebendo osvalores, já está sendo creditado naconta corrente e, portanto, a solicitaçãode procuração para outros estados epresença física no Rio de Janeiro (ouprocuração) nos parece desnecessária, omelhor procedimento não seria umacorrespondência do escritório para cadapessoa, indicando a conta corrente, ovalor a ser sacado e o valor paradepósito de honorários e custasjudiciais, quando houver?

Sugerimos o envio de procurações paraos servidores que residem em outros es-tados para que o Escritório procedesseao levantamento, tendo em vista a im-possibilidade do comparecimento dosmesmos. Aqueles que obtiverem êxito nolevantamento de suas contas em outrosestados devem efetuar o depósito dos ho-norários, conforme pactuado, na contado Escritório, sendo imprescindível o en-vio dos comprovantes de levantamento.Informamos os dados da referida conta:BANCO DO BRASILAGÊNCIA: 0392-1CONTA CORRENTE: 43203-2GOMES DE MATTOS ADVOGADOS ASSOCI-ADOS • CNPJ: 02325709/0001-92

Cabe ressaltar que os honorários sãocalculados sobre o valor bruto homo-logado, ou seja, incluído o valor refe-rente ao PSS.

9 – Por que o Juiz solicita acomprovação da filiação do(a)servidor(a)ao Sindicato na época dapropositura da Ação, já que a sentençaoriginária abrange todos os servidoressem distinção? Há algum prejuízo parao(a) servidor(a) quando isso acontece eele não é associado? Como o Escritóriotem atuado nesses casos?

A comprovação da filiação sindicalnão é obrigatória para execução da açãocoletiva proposta pelo Sindicato, pois asentença alcança não apenas os filiados,mas toda a categoria. Mesmo assim, al-guns Juízes podem interpretar o título exe-cutivo de forma diversa. Com o intuito deevitar a necessidade da interposição derecurso, no caso dos juízos com este en-tendimento, optamos por apresentar de-

clarações do Sindicato informando asfiliações. No caso dos servidores que nãoeram filiados ao Sindicato à época, re-corremos ao Tribunal Regional Federalda 2ª Região para que seja confirmado odireito até mesmo daqueles que não com-provam sua filiação à época da proposi-tura da ação coletiva.

10 – Quando o processo transitou em jul-gado e até quando os servidores poderãoefetivamente enviar a documentação paraserem contemplados nesta execução?

O trânsito em julgado da demanda co-letiva se deu em 7 de julho de 2011, sen-do assim o prazo para a propositura dasações de execução é até 6 de julho de2016 (5 anos).

11 – Quantos servidores deram entradano pedido de execução, mas foram identi-ficados acordos administrativos?

Foram 166 acordos administrativos.

12 – Quantos servidores deram entra-da no pedido de execução, mas foramidentificados com outra ação com omesmo objeto?

São 8 com litispendência.

13 – No caso de discordância com oscálculos elaborados pelo contador con-tratado pelo Escritório, como o servi-dor deve proceder? Quais os riscos casoesse servidor conteste e apresente no-vos cálculos?

Caso o servidor não concorde com oscálculos elaborados pelo contador con-tratado pelo Escritório, deve contratar umcontador de sua confiança para apresen-tar cálculos que entenda devido. Quantoaos riscos, são aqueles inerentes à qual-quer execução. Havendo a oposição deEmbargos à Execução pelo IBGE, se o Juí-zo entender que os valores são excessi-vos haverá a condenação em honoráriosde sucumbência.

14 – Já temos casos de servidores quediscordaram e entregaram seus cálculos,notadamente de servidores de nívelsuperior de final de carreira. Como estãoessas ações?

Foram dois os autores que apresenta-ram cálculo próprio e o processo foi em-bargado, sob a alegação de que “nível su-perior de final de carreira, só terá valo-res a executar quando houver função gra-tificada”. Na última semana foi abertovista para apresentarmos defesa. Após oprocesso, será remetido ao contador ju-dicial para que também apresente contados valores devidos, que certamente ra-tificará os argumentos o IBGE.

15 – Em relação ao Imposto de Rendasobre os valores recebidos, houve ouhaverá cobrança de Imposto de Rendasobre os valores recebidos na ação deexecução dos 28,86%?

Até o momento não houve incidênciade Imposto de Renda em nenhuma dasrequisições de pagamento expedidas, ten-do em vista a nova modalidade de tribu-tação denominada “RRA - RENDIMENTOSRECEBIDOS ACUMULADAMENTE”. Os valo-res recebidos, em verdade, são passíveisde tributação, entretanto acabam se tor-nando isentos devido a quantidade demeses dos cálculos.

16 – Na declaração anual de Imposto deRenda os servidores terão que lançar osvalores recebidos da ação de 28,86%?Como devem proceder?

Os valores recebidos devem ser decla-rados na modalidade “RRA - RENDIMEN-TOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE”, in-formando o número de meses constan-tes nas planilhas de cálculos encami-nhadas a todos os autores antes da pro-positura da ação. Entretanto aconselha-mos que obtenham mais informaçõescom um contador ou diretamente com aReceita Federal.

17 – De que maneira esses valores sãoidentificados ou classificados nadeclaração?

1- Nome e CNPJ da fonte pagadora - ALei 10.833/2003 no seu art. 27, dispõeque caberá à instituição financeira (CEFou Banco do Brasil) promover a retençãode adiantamento do imposto de renda nafonte (quando couber), fornecer aos be-neficiários os comprovantes do rendi-mento pago e do valor retido a título deimposto de renda, bem como prestar es-sas informações à Receita Federal, atu-ando como substituta tributária.

Assim, deverá ser informado o CNPJ dainstituição financeira como fonte paga-dora na declaração do imposto de ren-da. Os respectivos números de CNPJ são:• CEF Caixa Econômica Federal

CNPJ n° 00.360.305/000104• BB Banco do Brasil

CNPJ n° 00.000.000/0001912- Rendimentos recebidos - Constam

do comprovante de levantamento recebi-do no banco ou enviados pelo escritório(no caso daqueles que encaminharamprocuração para o escritório fazer o le-vantamento).

3- Contribuição previdenciária e impos-to retido na fonte - São informaçõesigualmente prestadas quando do levan-tamento do crédito na agência bancária.Cabe ressaltar que em quase 100% dos

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Andamento das principaisações judiciais da ASSIBGE-SN

AÇÃO DA TITULAÇÃO (GRATIFICAÇÃO GQ)PARA OS SERVIDORES DO NÍVEL MÉDIO (2010.51.01.022789-4)

A Lei n.º 11.355/2006 criou a gratificação denominada GQ aos servidoresdo nível médio, todavia, não contemplou os servidores de nível médio após ainstituição da Lei. Administrativamente, o IBGE enviou o caso à análise doMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão, que até o presentemomento não tomou qualquer providência sobre a desigualdade no âmbitodo IBGE.

O Tribunal Regional Federal da 2 ª Região, em julgamento, reconheceu odireito dos servidores do IBGE à Gratificação, a partir de suaregulamentação pela MP 441/08, convertida na Lei 11.907/2009 e assim, osefeitos financeiros têm como marco a data de edição da MP. Aguardamos abaixa do Processo à Vara de origem para o início da execução da sentença,com o Sindicato na qualidade de substituto processual.

3,17% (PROC. 2000.5101003299-8 – 28ª VARA FEDERALDA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO)

Execução dos valores consubstanciados no índice residual de 3,17%,incidente sobre férias, gratificações natalinas e demais gratificações, bemcomo as diferenças daí decorrentes, acrescidas de correção monetária ejuros de mora de 6% ao ano, a partir da citação, já descontadas as parcelaspagas administrativamente. Após o Julgamento no STJ e no STF, onde restoudecidida a legitimidade do Sindicato para prosseguir na execução coletiva, oprocesso está com o Juiz para citar o IBGE para pagar os valoresatrasados aos servidores. Em decisão recente, o Juiz reconheceu alegitimidade do Sindicato, para proceder à execução dos valores.Todavia, a mesma será procedida por substituição processual, da mesmaforma que já ocorre com os 28,86%.

CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA (AÇÃO ORDINÁRIA Nº 2003.5101007732-6 -15ª VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO RIO DE JANEIRO)

Esta ação visa determinar ao IBGE que iguale as remunerações doscontratados temporários às dos servidores efetivos, uma vez que durante avigência de seus contratos, eles exercem a mesma função dentro do IBGE. Apretensão dos temporários foi negada em primeira e segunda instâncias,razão pela qual foram interpostos os Recursos Especial e Extraordinário aoSTJ e STF, respectivamente.

ANISTIADOS (MS 7993/2001 - 3ª SEÇÃO - STJ)

Processo em fase de execução dos valores atrasados, bem como daobrigação de fazer por parte do IBGE, no que pertine à contagem de tempode serviço dos servidores anistiados. O processo está com a Ministra relatora,para a apreciação do pedido de prioridade no julgamento, tendo em vistaque os cálculos já foram apresentados e debatidos no curso do processo,sendo certo que existem valores incontroversos na grande maioria dos casos.Processos de execução conclusos à nova relatora para julgamento.

AÇÃO DA CONVERSÃO DA LICENÇA PRÊMIO EM PECÚNIA(2010.51.01.022790-0)

Esta ação visa assegurar aos servidores aposentados e aposentandos, quenão gozaram dos períodos relativos à licença prêmio e que não as utilizarampara efeito de contagem de tempo para aposentadoria, o direito de teremconvertido aquele tempo em pecúnia, já que o dispositivo legal que regula amatéria (art. 7º da Lei n.º 9.527/97) apenas prevê a conversão no caso deconcessão de pensão por morte, o que caracteriza enriquecimento semcausa por parte da Administração. Processo aguardando sentença.

Departamento Jurídico da ASSIBGE-SNGOMES DE MATTOS ADVOGADOS

casos não houve tributação, tendo emvista a informação dos números de me-ses no momento da requisição do paga-mento pelo Juíz ao Tribunal.

4- Números de meses - São aquelesconstantes da planilha de cálculos, bas-tando contar os meses entre janeiro/1993à junho/1998 em que há valores.

5- Honorários advocatícios - O CNPJ doEscritório Gomes de Mattos a ser infor-mado na declaração de Imposto de Ren-da, atinente ao pagamento dos honorári-os, é aquele constante das Notas-fiscais:CNPJ nº 02325709/0001-92.

18 – O Escritório vai emitir algum tipode nota-fiscal ou recibo referente a essesvalores recebidos?

São emitidas notas-fiscais referen-tes aos serviços prestados. Todas asrequisições de pagamento são expedi-das SEM o desconto dos honorários,portanto, os autores devem efetivar orespectivo pagamento no ato do rece-bimento. Outra dúvida é quanto à nãoinclusão do percentual referente ascustas (1%) na nota-fiscal. O valorconstante da nota-fiscal refere-se tãosomente aos honorários (10%). O mon-tante referente as custas judiciais dzrespeito a devolução de valor que de-veria ter sido pago inicialmente pelosassociados para propositura da ação,mas que por acordo com o Sindicato, oEscritório pagaria para posterior res-tituição pelos associados no momentodo recebimento dos créditos.

19 – Quais e que tipos de descontosestão sendo feitos sobre o valorrecebido?

Os descontos devidos sobre valores re-cebidos judicialmente são Plano de Se-guridade Social (PSS) e Imposto de Renda(com a ressalva dos rendimentos recebi-dos acumuladamente).

20 – Em todas as ações se cobram custasjudiciais?

São poucas as ações em que foi deferi-da a gratuidade de Justiça, tendo em vis-ta os contracheques dos servidores.Aquelas em que foi deferida são referen-tes à RPV.

21 – Qual é valor do salário mínimoválido para saque do RPV - Requisiçãode Pequeno Valor? É o salário mínimonacional, do ano em que foi ajuizada aação, ou a do ano em que vai sersacado o valor?

Às requisições de pagamento na mo-dalidade RPV o salário mínimo é aquelevigente na época da propositura da exe-

cução, havendo atualização a partir daexpedição dos ofícios requisitórios até adata dos respectivos levantamentos.

Respondidas todas as questõessuscitadas, aproveitamos aoportunidade para prestar mais algunsesclarecimentos:I) Parâmetros para cálculos

Há poucos dias a forma de confecçãodos cálculos que estão sendo apresenta-dos aos servidores foi questionada porum servidor, alegando que os mesmosapresentavam incorreção.

A matéria de 28,86% já restou exausti-vamente discutida nos Tribunais Superi-ores. Foram concedidos aumentos aosservidores de nível superior que se equi-pararam aos 28,86%, e que, como o pró-prio associado informa em seu email,foram superiores ao percentual de28,86%, assim não havendo diferenças aserem apuradas no que tange o cargoexercido.

Todos os cálculos são pautados na Por-taria MARE 2.179/98, que determina osresíduos percentuais de acordo com aclasse/padrão de cada servidor. Logo, oscálculos precisam obedecer aos parâme-tros ali expostos.

II) Falecimento de autores após apropositura da execução

Com relação aos autores que eventu-almente venham falecer no decorrer daexecução da ação dos 28,86%, recomen-damos que os pensionistas ou sucesso-res se habilitem no próprio processo, aoinvés de arrolar a referida execução noespólio do finado.

Como já informado anteriormente,por se tratar de valor devido ao servi-dor em detrimento de cargo e/ou fun-ção exercidos, os créditos remanescen-tes podem ser pagos diretamente aosbeneficiários de pensão ou, na ausên-cia destes, aos sucessores sem a ne-cessidade de inventário.

O procedimento para habilitação nopróprio processo de execução é bemmais simples e célere do que no proces-so de inventário, bastando apresentar:1) certidão de óbito; 2) certidão de ca-samento do finado; 3) procuração, iden-tidade, CPF e comprovante de residên-cia dos pensionistas ou sucessores; 4)declaração de beneficiários de pensãoemitida pelo IBGE.

Feito o pedido de habilitação, a re-quisição de pagamento é expedida di-retamente no nome do pensionista/su-cessor.

Page 16: EM DEFE SA DO IBGE (fundador do IBGE) · 2016-10-26 · Informativo da ASSIBGE-Sindicato Nacional • Nº 54 | Maio/Junho de 201 3 Relatório traz novas informações sobre a Ação

C O N TATO S : (21)3575-5757 / Fax:(21)3575-5766 | Portal: www.assibge.org | E-mail: [email protected]

Remetente: Executiva Nacional da ASSIBGE-SNAv. Presidente Wilson, 210 - Castelo - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20030-021

Jornal da ASSIBGE-SN - SINDICATO DOS TRABALHADORES EM FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA • Av. Pres. Wilson, 210 - 8º andar - Castelo - Rio de Janeiro/RJ - CEP 20030-021 •Jornalista responsável: Henrique Acker (MTb 17.635) • Programação visual: Juarez Quirino • Secretaria de Imprensa: Paulo Lindesay, Cleide Lopes e Luiz Almeida Tavares • Tiragem: 12.000 exemplares

A c e s s e w w w . a s s i b g e . o r g . b r : o p o r t a l o f i c i a l d o s e u s i n d i c a t o .

Perguntas e respostas sobre Gratificação de QualificaçãoA GQ foi uma conquista da categoria

na carreira de Ciência e Tecnologia e

agora, com a greve em 2012,

ampliada para três níveis: GQ1

(180h) GQ2 (250h) e GQ3 (360h).

Trata-se de parcelas que visam

contribuir para aperfeiçoar a gestão,

valorizar o servidor e estimular para

O Comitê Técnico de-fere ou indefere, masa palavra final é doComitê Gestor doPlano de Cargos e

Carreira (formado de membros eleitos pelacategoria e indicados pelo IBGE).

A quemcompete deferir ouindeferir o pedido

de enquadramentona GQ?

Ele terá dez dias pararecorrer. Deve buscarseu núcleo sindicalou os membros docomitê para ajudá-loou esclarecê-lo.

O que fazer sea documentação

do servidor forrecusada pelo

Comitê deCarreira?

Como enviardocumentos? Pelo processo automati-

zado você se cadastra emqualquer Agência ou setor de RH e, a partir daí,tira cópia (Xerox) e outro colega carimba e assi-na, conferindo com o original, para ser enviadoao Setor de RH onde é montado o processo queé enviado à CRH - Coordenação de Recursos Hu-manos, no Rio de Janeiro.

Quem nãotem 2º grau mas

possui cursosválidos?

Continuaremos naluta, mas recomenda-mos fazer o 2º grau,pois a Direção do IBGE

não está admitindo pagá-los.

O Comitê Técnico daCoordenação de Recur-sos Humanos vai rejei-tar, mas o Comitê deCarreira vai aprovar.

Quem realizoucurso do 2º grau

depois dos cursosde qualificação

como fica?

Que cursoposso realizar

se não tenhocursos?

Se você está na ativa,qualquer curso de aper-feiçoamento relaciona-do a alguma área do

IBGE, de escola reconhecida pelo MEC, que te-nha exigência do 2º grau e notas, tais como:contabilidade, geoprocessamento, administra-ção, estatística e geografia.

Quem fez cursopela ENCE e

não estálocalizando

seu diploma oucertificado?

Deve enviar a ENCE ume-mail com seu nomecompleto, nome docurso e a data, épocaou período da realiza-ção do curso.

Quem perdeu odiploma de

graduação ou2º grau técnico?

É necessário buscar asegunda via. No casodos cursos técnicos,se a escola fechou

buscar o documento nas Secretarias de Edu-cação (estaduais ou municipais), e dos cur-sos realizados em instituições federais pro-curar o representante do MEC.

Esperar a liberaçãopor parte do IBGE deum NOVO processoautomatizado, pre-visto para 27/5.

Como darentrada na GQ? Quem tem GQ I: pode

dar entrada no pedi-do de reenquadramento pelos processos au-tomatizados disponíveis, existentes para gra-duação, cursos complementares para 250 ou360hs. Ou seja, o servidor tem que apresen-tar cursos de no mínimo 15h, realizado até28/08/2008 ou de 40h, após essa data.

Quem temdireito a GQ? Quem realizou cursos

em atividade, poden-do ser o atual ativo, aposentado ou pensio-nista, com paridade e integralidade.

Sim, os servidorescom direito a pari-dade e integralida-

de, de acordo com a EC 41 e EC 47. Ouseja, quem entrou no Serviço Público Fe-deral até dezembro 2003. Os ingressan-tes após essa data se aposentarão pelamédia das 80 maiores contribuições. Osque ingressarem a partir de 2013, deve-rão se aposentar pelo teto do INSS, maisFUNPRESP, se aderirem a este fundo.

A GQ éincorporada a

aposentadoria?

Quem já recebeGQ, como fica? Todos os servidores

que recebiam a GQpassaram para a GQ I e após apresentaremseus certificados foram ou serão reenqua-drados na GQ II ou GQ III, conforme a cargahorária comprovada.

Que cursos sãoválidos? Os cursos de Dou-

torado, Mestrado,Pós-graduação, Graduação, ou ainda decapacitação e qualificação profissional deno mínimo de 360 horas; b) Os cursos decapacitação ou qualificação de no míni-mo de 250 horas. Também são aceitos, apartir da RCD nº 9, os cursos técnicos comhabilitação profissional, inclusive o Nor-mal/Magistério. É necessária a descriçãoda carga horária da formação especial.

É a antiga AT – Adicionalde Titulação que vigo-rou até 2008 com cursos

de qualificação de 180h. Em 29/08/2008 passou aser chamado de GQ e mudou para cursos de360h. Em 2013, após nossa greve, conquistamosníveis de GQI (180h), II (250h) e III (360h). Por-tanto, GQ é a retribuição pecuniária decorrenteda apresentação dos certificados de conclusãodos cursos válidos.

O que é aGratificação de

Qualificação?

que ele adqüira novos conhecimentos.

A politica de capacitação dos

servidores federais prevê o ganho

salarial por capacitação e está baseada

na Lei n º11.355 de 19 de outubro de

2006, no Decreto nº 7.922 de 18 de

fevereiro de 2013 e ainda na RCD nº

09, resolução do Conselho Diretor.

Qual oprocedimento paraquem não tem GQ

ou completou oscursos depois de 28/

8/2008?

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