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EM FOCO SETEMBRO DE 2020 DIOCESE DE PIRACICABA Ano XIV | Edição 145 Acesse: diocesedepiracicaba.org.br Igreja Diocesana se alegra com ordenação de presbítero Paróquias da diocese recebem novos padres P06 Cúria diocesana completa 75 anos de história P04 Padre Paulo retorna de Roma após período de estudos P12 PAULO GOMES Padre Robson Natis foi ordenado pela imposição das mãos e prece de ordenação de Dom Fernando Mason. P. 07 Mês da Bíblia: paróquia realiza estudo bíblico durante pandemia P08 PEDRO POLO ROSILEY LOURENÇO

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EMFOCOSETEMBRO DE 2020DIOCESE DE PIRACICABAAno XIV | Edição 145

Acesse: diocesedepiracicaba.org.br

Igreja Diocesana se alegra com ordenação de presbítero

Paróquias da diocese recebem novos padres P06

Cúria diocesana completa 75 anos de história P04

Padre Paulo retorna de Roma após período de estudos P12

PAULO GOMES

Padre Robson Natis foi ordenado pela imposição das mãos e prece de

ordenação de Dom Fernando Mason. P. 07

Mês da Bíblia: paróquia realiza estudo bíblico durante pandemia P08

PEDRO POLOROSILEY LOURENÇO

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Setembro de 2020DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO02

EDITORIAL

Estamos voltando...

C aros leitores, aos poucos vamos tendo sinais de trégua, os tempos difíceis vivenciados por todos, nos últimos meses, ficarão para a histó-ria. Longe de saber quando haverá ou não uma

vacina, pois há um pouco de incerteza, o que aprendemos deverá dar muitos frutos nos próximos meses. A consciên-cia de nossa vulnerabilidade demonstra que precisamos nos deixar mover pela força misteriosa de nossa fé, a virtu-de da fortaleza, expressa na resiliência, nos garante confiar na força de um Deus que tudo pode e crermos, firmemente, que dias melhores virão.

A resiliência, palavra antiga e nova, nos ensina a suportar os sofrimentos e angústias do tempo presente, com sereni-dade e perseverança, sabendo que é Cristo ressuscitado a maior prova de nossa vitória. A retomada das celebrações presenciais em algumas de nossas comunidades não sina-liza o fim desta tormenta, mas seguimos em frente, saben-do que nosso Mestre nos convida a vencer nossos medos e crer que Ele está conosco, caminha ao nosso lado.

Depois de alguns meses sem a edição impressa do Em Foco, retomamos, aos poucos, a distribuição gratuita deste trabalho da comunicação diocesana. Retomamos no mês da Palavra de Deus, setembro na Igreja sempre se recorda a necessária intimidade que cada cristão, discípulo missioná-rio, precisa ter com as Sagradas Escrituras. A leitura orante, a celebração em torno da Palavra, recordam-nos a intimidade com Deus que a leitura cotidiana da Sagrada Escritura enri-quece grandemente o agir pastoral. Boa leitura.

Pe Antonio César Maciel MotaPároco da Paróquia São João Batista em Rio Claro

Docente do Curso Diocesano de [email protected]

REFLEXÕES SOBRE A ESPIRITUALIDADE

Madre Teresa de Calcutá e a Mística da Sede de Deus

A riqueza pode levar a erguer muros. Jesus, ao contrário, convida seus discípulos a

transformar bens e riquezas em relações, porque as

pessoas valem mais que as coisas e contam mais que as

riquezas que possuem”.

(Twitter 18.08.2020)

Bispo Diocesano: Dom Fernando Mason Coordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Fernandes DanelonDiretor de Comunicação: Pe. Anselmo Cardoso Martiniano (MTb 0088747/SP)Conselho Editorial: Pe. Anselmo Cardoso Martiniano, pe. Kleber Fernandes Danelon, pe. Marcelo Sales, Jaime Alexandre de Lima Curcio, Edison Carone e Paula Elisa Vaz Rissatto Françóia.Redatores: Pe. Anselmo Cardoso Martiniano e Paula Elisa Vaz Rissatto Françóia.Revisora: Sonia Maria Bernardino BenatoProjeto Gráfico/ Diagramação: Skanner Projetos Gráficos

Administração e Redação: Av. Independência, 1.146 - Bairro AltoPIRACICABA - SP – Cep: 13.419-155 - Fone: (19) 2106.7556www.diocesedepiracicaba.org.br - [email protected] [email protected]

Circulação gratuita em: Águas de São Pedro, Capivari, Charqueada, Corumbataí, Ipeúna, Mombuca, Piracicaba, Rafard, Rio Claro, Rio das Pedras, Saltinho, Santa Bárbara d’Oeste, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra e São Pedro

Impressão: S.A. O Estado de S. Paulo

Publicação oficial da Diocese de PiracicabaOs artigos são de inteira responsabilidade de seus autores.Permitida sua reprodução desde que se mencione a fonte.

ANO XIV | Edição 145 | Setembro/2020

EMFOCO

Santa Teresa de Calcutá aparece entre os santos que celebramos no mês de setembro e a marca de sua santidade

é o amor desmedido aos sofredores, por um lado, e, por outro, a radicalidade com a qual abraçou o seu chamado à consagração. Al-banesa, sentiu-se vocacionada à Vida Con-sagrada desde muito cedo, entrando na Con-gregação das Irmãs de Loreto aos 18 anos de idade, sendo logo enviada à Índia.

Como Irmãs de Loreto, Madre Teresa sen-tia-se feliz e estimada, mas, conforme diz em seus escritos autobiográficos, foi percebendo que Cristo a chamava para uma experiência diferenciada e radical que teve início em 1946, quando indo de trem para fazer seu retiro anual, aos pés do Himalaia, tem o coração transpassado pelas pala-vras de Jesus na Cruz: “Tenho sede” (Jo 19, 28). A partir desse momento, o desejo de saciar a sede de Jesus passa a ser a razão de existir da-quela jovem freira. Por causa desse “se-gundo chamado”, ela deixa as Irmãs de Lore-to e funda uma congrega-ção nova, as Filhas da Cari-dade, com a missão de saciar a sede do Crucificado: «Tenho sede», disse Jesus na Cruz, quando era privado de toda consolação, morrendo em absoluta po-breza, deixado só, desprezado e despedaçado de corpo e alma. Ele falava da Sua sede, não de água, mas de amor, de sacrifício... As irmãs [da Caridade] procuram saciar permanentemente esse Deus sedento através do seu amor e do amor das almas que procuram conduzir a Ele (Madre Teresa – Venha, seja minha luz).

Para Madre Teresa o “Tenho sede” de Jesus não é simplesmente um fato ocorrido há dois mil anos, mas é um lancinante grito que ecoa em nosso momento presente, em cada pessoa que sofre, cujo sofrimento se identifica com o grito de Jesus na Cruz. Deus identificou-se com os famintos, enfermos, nus, sem-teto; fome não

só de pão, mas também de amor, cuidado, ser considerado por alguém; nudez não só de rou-pa, mas também daquela compaixão que – na verdade – poucas pessoas sentem pelo indiví-duo anônimo; falta de moradia não só pelo fato de não ter uma casa, mas, sobretudo, por não ter ninguém a quem chamar querido.

O “Tenho sede” do Crucificado ecoa, na ver-dade, em cada pessoa humana, que é sedenta de amor, do amor que é Deus. Por isso, a espi-ritualidade de Teresa se manifesta na sua re-lação com os sofredores, não é simplesmente uma filantropia, nem mesmo solidariedade, é algo mais profundo, é fraternidade. A Madre de Calcutá foi aprendendo que ela mesma – pelo

simples fato de ser humana – é uma necessitada desse amor proposto

por Jesus e pelo próximo. Na necessidade de amor todos

são irmãos. No mundo as pessoas podem parecer

diversas ou ter uma reli-gião, uma instrução ou uma posição diferente, mas são todas iguais. São pessoas feitas para

amar, todas têm fome de amor. As pessoas das

ruas de Calcutá têm fome no corpo, mas as pessoas

que moram em Londres ou New York também têm uma

fome que precisa ser saciada, toda pessoa tem necessidade de ser

amada. Desse laço fraternal, realizado pela necessidade de amor, emerge o valor da reci-procidade: Eu posso fazer algumas coisas que tu não podes, tu podes fazer coisas que eu não posso. Juntos, podemos fazer grandes coisas. Dessa maneira, toda pessoa aparece como Cristo na vida da outra, seja pedindo água ou dando de beber, pois é no encontro entre o que dá e o que recebe que o “Tenho sede de Jesus” é saciado. Saciado num pedaço de pão doado, mas também num gesto de atenção dispensado. Nunca saberemos o quanto de bem faz um simples sorriso.

Em Madre Teresa, todos – com o que têm e o pouco que têm – podem atender Jesus que ainda hoje nos chama: “Tenho sede” (Jo 19, 28).

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Setembro de 2020 DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO 03

PASTORAL DO SURDO

Site da Diocese disponibiliza Evangelho Dominical em LibrasHá um ano o site da Diocese

de Piracicaba oferece o Evan-gelho dominical na Língua Bra-sileira de Sinais (Libras). Esta ação, que possibilita a inclusão das pessoas portadoras de de-ficiência auditiva, só foi possível devido à parceria com a Pasto-ral Diocesana do Surdo.

O trabalho é realizado por grupos de agentes da Pastoral do Surdo das cidades de Piraci-caba (Érica Fernandes, Juliana Alleoni e Gilberto Sampaio) e Santa Bárbara d’Oeste (Vilson Berlanda, Magali José, Verô-nica dos Santos Silva França, Adriana Cristina Martins Bue-no, Heloísa Helena Cruz, Patri-cia Bueno e Domingo Nunes), sendo que “cada integrante

assume um dia (domingo) ou vários dias para completar a demanda necessária de vídeos do Evangelho com interpreta-ção em Libras”, explica o coor-denador da Pastoral Diocesana do Surdo, Gilberto Sampaio da Silva Júnior.

Para a produção dos víde-os, cada agente é responsável pela sua própria gravação do Evangelho em Libras. Os outros agentes podem auxiliar, com si-nais e expressões que melhor se adaptam à informação apresen-tada ao surdo, em Libras. Com o texto do Evangelho em mãos, o agente responsável grava um áudio, salva este arquivo em seu celular ou computador e com este áudio é possível gra-

var o vídeo em Libras.O processo de gravação

leva aproximadamente 40 mi-nutos e “é necessário entender o contexto do Evangelho, para que possamos passar a real in-formação à comunidade surda, tomando-se o cuidado para não expressar outro sentido, contrá-rio ao texto trabalhado no mo-mento”, afirma Gilberto.

Além dos Evangelhos domi-nicais disponibilizados no site da diocese, o projeto da Pasto-ral do Surdo inclui gravações e postagens diárias dos Evange-lhos em Libras, no grupo em que os surdos católicos partici-pam e recebem a informação na língua materna deles, ou seja, em Libras.

A agente Verônica, da Pastoral do Surdo de Santa Bárbara d’Oeste,

grava o Evangelho em Libras

PASTORAL DO SURDO

Para Gilberto, o trabalho vo-luntário na Pastoral do Surdo envolve não apenas a apre-sentação de uma informação descrita de uma Língua (por-tuguesa) para outra Língua (Libras), mas, junto com esta interpretação, leva também as-pectos culturais e linguísticos da comunidade surda, con-ceitos e experiências vividas pelo intérprete até o momento da interpretação. “É gratifican-te quando percebemos que o surdo acessa as atividades reli-giosas em Libras e pode, assim, entender e participar de uma forma justa na comunidade da qual participa”, finaliza o coor-denador. Acesse: www.diocesedepiracicaba.org.br

Desde que as missas pú-blicas foram suspensas, em 21 de março, a versão

impressa mensal do jornal dioce-sano Em Foco também deixou de ser realizada, ficando disponível apenas em versão digital através do site www.diocesedepiracica-ba.org.br, o qual foi a maneira mais utilizada nos últimos meses.

Em meio às transmissões paro-quiais, realizadas através das redes sociais, a vida pastoral aconteceu de maneira remota durante os úl-timos cinco meses. Agora com a retomada gradual das missas pre-senciais em quase toda a Diocese de Piracicaba, também retoma-mos a versão impressa no periódi-co diocesano. Em média as paró-quias têm orientações municipais a serem observadas, a quantidade de pessoas em cada missa varia entre 20 e 40%; por isso a dispo-

nibilidade de nosso periódico nas paróquias e comunidades será calculado em 40% da quantidade que cada paróquia recebe, per-mitindo o acesso ao conteúdo impresso. A versão digital do Em Foco permanecerá disponível no site da Diocese.

A pandemia abriu novos cami-nhos para o engajamento pastoral em nossas paróquias, e a comuni-cação digital ganhou muito desta-que. As atividades remotas permi-tiram o engajamento digital, padres que nunca haviam tido experiência num programa em televisão ao vivo, conseguiram heroicamente, com o auxílio dos agentes da Pas-toral da Comunicação e demais ex-perts em comunicação, gerar en-gajamento e manter a comunhão com seus paroquianos. De fato, em meio à crise, surgiram essas novas necessidades, que per-

manecerão essenciais, tendo em vista que sempre tivemos algu-mas pessoas que ficam impossi-bilitadas de participarem da vida paroquial e dos sacramentos, por motivo de enfermidades.

O site diocesano se desenvol-veu bastante, e os patrocinadores se destacam também no ambien-te digital. Com a contribuição de empresas ao nosso trabalho de comunicação, nos é permitido investimentos em qualidade dos conteúdos, e a gerar ainda mais acessos através de variadas for-mas de comunicação remota. Es-peramos em breve retomar a nos-sa produção total, mas desde já agradecemos a contribuição pas-toral de muitos ao nosso periódico diocesano. Que venham novos modos de comunicar a verdade, a misericórdia e o amor de Deus, porque comunicar é evangelizar.

PANDEMIA

Retomada das Missas presenciais e versão impressa do Em Foco

Em muitas de nossas Igrejas, como na Bom Jesus, possuem adesivos indicando onde podem ou não assentar-se. Lá o distanciamento exigido é de 1,5m entre as pessoas

Ao chegar na Igreja as pessoas são acolhidas e orientadas, para a comunhão todos permanecem em seus lugares, os ministros vão até as pessoas

PASCOM BOM JESUS RIO DAS PEDRAS

PASCOM APARECIDA

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Setembro de 2020DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO04

CENTRO DOCUMENTAL DA DIOCESE

HISTÓRIA

Cúria diocesana completa 75 anos de história

NATALÍCIO02 - 1960 - Pe. Santo Alves Macedo04 - 1938 - Pe. Otto Dana05 - 1937 - Diácono Carlos Bagatin08 - 1967 - Pe. Claudemir Aparecido da Rocha13 - 1973 - Pe. Carlos José Coltri16 - 1940 - Pe. Igino Giovanelli, SX

18 - 1938 - Frei João Rodrigues Dias, OFMCap24 - 1939 - Pe. Joaquim Alberto Rodrigues, CSS26 - 1937 - Diácono Sebastião Virgílio Caritá28 - 1969 - Pe. Ancelmo Alencar Gomes, CSsR30 - 1986 - Pe. Danilo Rubia SoaresORDENAÇÃO03 - 1967 - Freis Antônio Corniatti, OFMConv

e Geraldo Monteiro, OFMConv05 - 2004 - Pe. Kleber Fernandes Danelon06 - 2003 - Pe. Ancelmo Alencar Gomes, CSsR11 - 1999 - Pe. Mauro Bombo, SDB12 - 1998 - Frei Denilson Spironello, OFMCap15 - 1991 - Diácono Ademar Fragoso16 - 1967 - Presb. - Dom Irineu Danelon, SDB

Aniversariantes SETEMBRO

A Cúria Diocesana é o centro administrativo e pastoral da diocese.

“São organismos e pessoas que ajudam o bispo no governo de toda a diocese, principalmente na direção da ação pastoral, no cuidado da administração da diocese e no exercício do Poder Judiciário” (CIC cân. 469).

Há 75 anos, no dia 24 de setembro de 1945, a primeira sede da Cúria Diocesana de Pi-racicaba começou a funcionar, provisoriamente, em salão con-tíguo à Igreja São Benedito, em Piracicaba, sendo padre José Conceição Paixão o primeiro chanceler do bispado.

Em abril de 1951, a Cúria Dio-cesana passou a funcionar na Rua Regente Feijó, em Piracica-ba, contígua à residência epis-copal. Em 9 de agosto de 1954, Dom Ernesto de Paula inau-gurou o novo prédio da Cúria, construído em terreno da resi-dência episcopal, com entrada pela Rua Regente Feijó.

Com a venda da residência episcopal em 1985, Dom Edu-ardo Koaik, terceiro bispo dio-

cesano, se muda para a Casa paroquial da Paróquia Santa Cruz e São Dimas e a Cúria Diocesana com seus organis-mos: Chancelaria, Arquivo, Economia, Câmara Eclesiásti-ca e sala do Bispo voltou no-vamente a funcionar anexa à Igreja São Benedito.

Em razão da reforma das ins-talações, em maio de 1997, a Cúria foi transferida, provisoria-mente, para o salão da Paróquia Santa Cruz e São Dimas, onde permaneceu até 1998, quando retornou às dependências da Igreja São Benedito.

Em janeiro de 2000, a Cúria Diocesana ganha um novo es-paço, mais amplo e confortável, situado também em Piracicaba, na avenida Luciano Guidotti, 166, junto ao Centro Diocesa-no de Pastoral. A inauguração oficial, com bênção das insta-lações por Dom Eduardo Koaik, ocorreu na Reunião do Clero do dia 16 de março de 2000.

Atualmente a Cúria diocesa-na faz parte de um complexo localizado na avenida Indepen-dência, 1.146, no bairro Higie-

nópolis, em Piracicaba, e abri-ga três espaços com funções distintas: a Cúria Diocesana, o Centro Diocesano de Pastoral e a Pasca (Pastoral do Serviço da Caridade).

O prédio Dom Aníger Francis-co de Maria Melillo foi constru-ído em 1950 e é tombado pelo Codepac (Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural) de Pira-cicaba. O edifício foi totalmen-te restaurado, e, desde abril de 2013, abriga a Cúria Diocesana e o Centro Diocesano de Pasto-ral, o Curso Diocesano de Teo-logia e a Escola Diaconal “São Filipe”, além de diversas salas destinadas às pastorais e aos movimentos diocesanos.

Antes de abrigar os diversos espaços da nossa Igreja Parti-cular, o imóvel foi utilizado, por mais de duas décadas, para abrigar o Lar Franciscano de Menores.

No início de 2018 foi insta-lado o Centro Documental no prédio Dom Eduardo Koaik, anexo ao da Cúria Diocesana, para armazenamento e organi-zação dos livros sacramentais

e canônicos da Diocese, local com estrutura mais adequada à conservação do arquivo.

A Cúria Diocesana de Piraci-caba é composta das seguin-tes funções:• Vigário Geral – Monsenhor Ronaldo Francisco Aguarelli• Chanceler – Monsenhor Ja-mil Nassif Abib

• Ecônomo e moderador da Cúria – Padre Marcelo Sales• Coordenador Diocesano de Pastoral – Padre Kleber Fer-nandes Danelon• Vigário Judicial – Padre Clau-demir da Silva• Diretor de Comunicação– Padre Anselmo Cardoso Mar-tiniano

Em abril de 1951, a Cúria Diocesana passou a funcionar na Rua Regente Feijó, em Piracicaba, contígua à residência episcopal

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Setembro de 2020 DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO

De 28 a 30 de setembro, início às 19h30 com a Oração Inicial

05PASTORAL DA COMUNICAÇÃO

Primeiro Mutirão Diocesano On-line de Comunicação Social

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Indo ao mercado que fica perto da sua casa. Comprando na farmácia mais próxima. Encomendando roupas da sua vizinha costureira. Simples assim. Porque quando você valoriza e compra de quem é daqui, o dinheiro circula na economia local. Isso ajuda cada empreendedor e desenvoe desenvolve toda a região.

Venha com a gente fazer desse movimento. Cooperando a gente faz o Brasil inteiro crescer.

Sabe como você pode dar aquela força para os empreendedores?

ELEIÇÕES 2020

Os Cristãos e as eleições

Rogério Teixeira da CruzCoordenador Diocesano da Equipe de Fé e Política da Diocese de Piracicaba

[email protected]

O ano de 2020, embora marcado por impactos pro-fundos que transformaram radicalmente nossas rotinas e vida, devido à pandemia da Covid-19, é um ano eleitoral, ou seja, somos chamados a realizar a escolha de prefeitos e vereadores para os 5570 municípios de nosso país. Em nossa diocese, acompanha-remos o pleito eleitoral em 15

municípios que abrangem um contingente de aproximada-mente 1 milhão de habitantes.

De acordo com a Emenda Constitucional 107/2020, as eleições municipais deste ano foram adiadas para os dias 15 e 29 de novembro, respectiva-mente primeiro e segundo tur-nos, caso não ocorra nenhu-ma alteração significativa ou desdobramento da pandemia.

Uma eleição sempre impac-ta diretamente a vida de todos os cidadãos e, hoje, na demo-cracia em que vivemos, a polí-tica tem um papel decisivo nas questões sociais e econômi-cas, principalmente em favor dos menos favorecidos e mar-ginalizados.

A missão da Igreja é Evan-gelizar e, como o Evangelho traz implicações sociais, é pa-pel também da Igreja orientar seus fiéis para que façam es-

colhas responsáveis, éticas e de candidatos que vivam a paixão em servir os mais ne-cessitados, sendo solidários com seus sofrimentos e es-peranças, que pensem muito mais no bem comum que nos interesses pessoais, através do diálogo, da justiça e da mi-sericórdia, como nos lembra o Papa Francisco em sua carta aos políticos latino-america-nos, em 2017.

Pensando nisso, a Equipe Diocesana de Fé e Política da Diocese de Piracicaba irá trazer, nesta e nas próximas edições do jornal “Em Foco”, algumas reflexões importan-tes no sentido da orientação política, com base no material do Regional Sul 2 da CNBB. Este material traz como títu-lo “Os cristãos e as eleições” e como tema: “A boa política está a serviço da vida e da

paz”, sempre sem nenhuma ideologia ou apoio a qualquer partido político, mas para que possa ser luz na escolha de bons candidatos que nos re-presentem no legislativo e executivo municipais.

O desafio da boa política se caracteriza pela construção da cidadania como resposta às necessidades da coletivi-dade humana, “se alguém qui-ser ser o primeiro – diz Jesus – há de ser o último de todos e o servo de todos” (Mc 9,35). O desafio é tornar real o dever do homem em reconhecer a realidade concreta e o valor da liberdade de escolha que lhes é proporcionada, para procurarem realizar juntos o bem da cidade, da nação e da humanidade (cf. São Paulo VI – Carta Apostólica Octogesi-ma Adveniens, 46).

Para esta edição de nosso

jornal, a reflexão fica a cargo das preciosas dicas do Carde-al vietnamita Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, falecido em 2002, sobre o perfil do po-lítico ideal, com base nas bem- aventuranças de Jesus: “Bem- aventurado o político que tem uma alta noção e uma profun-da consciência do seu papel; Bem-aventurado o político de cuja pessoa irradia a credibili-dade; Bem-aventurado o polí-tico que trabalha para o bem comum e não para os próprios interesses; Bem-aventurado o político que permanece fiel-mente coerente; Bem-aven-turado o político que realiza a unidade; Bem-aventurado o político que está compro-metido na realização de uma mudança radical; Bem-aventu-rado o político que sabe escu-tar; Bem-aventurado o político que não tem medo”.

A Pastoral da Comunicação da Diocese de Piracicaba promoverá, de 28 a 30 de

setembro, o Primeiro Mutirão de Comunicação Social on-line. O evento, que costumava ser reali-

zado anualmente, estaria na oita-va edição mas, não podendo ain-da realizar encontros presenciais, a iniciativa é que esta atividade diocesana, Mutirão de Comunica-ção, pela primeira vez seja realiza-

do, através de transmissão ao vivo, pelas redes sociais da diocese. Todos os interessados pelo tema da Comunicação Social estão convidados a participarem conos-co, através da página da Pascom, no Facebook(@pascomdiocesa-napiracicaba) e do Canal da Dio-cese no YouTube (www.youtube.com/c/DiocesedePiracicabaSP). Também no site da diocese (www.diocesedepiracicaba.org.

br) os interessados encontrarão informações para acompanha-rem o stream ao vivo.

Sendo a primeira vez que nos-so encontro diocesano de co-municadores acontecerá virtual-mente e, encerrando o mês da Bíblia, é oportuno recordar que nossa primeira missão como batizados e discípulos missio-nários é comunicar a Palavra de Deus. Comunicar a Palavra não

é apenas sermos transmissores da mensagem divina. É tam-bém uma ação de formadores e anunciadores, ou seja, aqueles que facilitam o acesso à Sagrada Escritura, através de produções audiovisuais, veiculadas nas re-des sociais e demais meios de comunicação social disponíveis para a ação pastoral da Comuni-cação, nas paróquias e em nos-sa diocese.

DIOCESE DE PIRACICABA (SP)

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Setembro de 2020DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO06

POSSES CANÔNICAS

PAR. S. J. BATISTA

Paróquias da diocese recebem novos padres

No dia 8 de agosto ocorreu a celebração de posse canônica do padre Carlos

José Coltri, na Paróquia São João Batista, no distrito de Ártemis, em Piracicaba. Seu antecessor, pa-dre José Clementino da Silva é o novo vigário paroquial da Pa-róquia Imaculada Conceição de Nova Suíça, em Piracicaba.

Devido ao distanciamento so-cial, recomendado em época de pandemia da Covid-19, a missa aconteceu com um número li-mitado de fiéis, na sua maioria representantes dos diversos gru-pos que atuam na comunidade, e foi presidida pelo Vigário Geral, monsenhor Ronaldo Francisco Aguarelli e concelebrada pelo padre Paulo Sérgio Carlos.

No dia 6 de setembro acon-tece a missa de posse canônica do padre estigmatino Jiucinei Vandes de Jesus Cambuí, CSS, na Paróquia Santa Cruz, em Rio Claro. Ele, que atualmente resi-de na Cúria Provincial, substitui o atual pároco, padre Elizio Pe-reira da Anunciação Filho, CSS, que, a pedido do Superior Geral, assumirá o ofício de Postulador Geral da Congregação dos Sagrados Estigmas do Nosso Senhor Jesus Cristo e também de Reitor da Basílica de Santa Águeda dos Godos, anexa à Cúria Geral, em Roma.

Ainda no mês de junho, assu-miu o ofício de vigário paroquial o padre José Maria Santos de Oliveira, na Paróquia São José, em Piracicaba. E, em agosto, o cônego Cícero Danilo Silva dos Santos, OPraem, presbítero premonstratense ordenado no último dia 15 de agosto, iniciou seu ministério como vigário pa-roquial da Paróquia São Judas Tadeu, em Piracicaba.

Outras duas paróquias em Pi-racicaba recebem novos padres em setembro: Paróquia Sagrada Família (ver pág. 7) e Paróquia Santa Catarina (ver pág. 12).

Posse canônica do padre Carlos José Coltri, na Paróquia São João Batista, em Piracicaba

Padre Jiucinei Vandes de Jesus Cambuí, CSS é o novo pároco da Paróquia Santa Cruz, em Rio Claro

Padre José Clementino da Silva é o novo vigário paroquial da Paróquia Imaculada Conceição de Nova Suíça, em Piracicaba

Cônego Cícero Danilo Silva dos Santos, OPraem, iniciou seu ministério como vigário paroquial da Paróquia São Judas Tadeu, em Piracicaba

Padre José Maria Santos de Oliveira assumiu o ofício de vigário paroquial na Paróquia São José, em Piracicaba

PAULO GOMES

ARQUIVO PESSOAL

ARQUIVO PESSOAL

ROSILEY LOURENÇO

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Setembro de 2020 DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO

Padre Robson Luís Natis, 39 anos, é o mais novo presbítero da Dio-cese de Piracicaba. A ordenação

aconteceu durante missa solene, no dia 9 de agosto, na Sé Catedral Santo Antônio, por meio do gesto sacramen-tal da imposição das mãos e prece de ordenação do bispo diocesano Dom Fernando Mason.

Neste período atípico em que vive-mos, devido à pandemia do novo Co-ronavírus, Dom Fernando destacou a grande alegria pela ordenação pres-biteral do diácono Robson, motivo de realização para o corpo diocesano de presbíteros e para toda a comunidade de fé da Diocese. Também ressaltou a grande alegria de rever padres e semi-naristas e de reencontrar representan-tes da comunidade. Ainda que de for-ma restrita, “revemos rostos familiares que nos são caros, com os quais temos familiaridade, pertença, participação e condivisão de vida”, disse o bispo.

Com a escolha do lema “Em tudo dai graças a Deus” (1Ts 5,18a), Robson lembrou de dois desafios que, em al-

gum momento, quase o fizeram desistir do trajeto vocacional: o falecimento de seu pai e, não muito tempo depois, tam-bém o falecimento de sua mãe.“Quem perde a capacidade de dar graças vive uma vida egoísta, amargurada, fechada nos seus próprios problemas, como se apenas eles, os problemas, existissem”, explica Robson.

Com diversos ritos que expressam a entrega do ordenado à Igreja e ao Evangelho de Jesus Cristo, mesmo em número reduzido, os padres, diáconos, seminaristas, familiares, amigos e fiéis da comunidade estiveram presentes na Catedral Santo Antônio, tornando a cerimônia repleta de emoção e alegria.

Após a proclamação do Evangelho e seguindo os ritos da cerimônia, o diáco-no foi apresentado ao bispo pelo ex-rei-tor do seminário diocesano de teologia, padre Antonio César Maciel Mota, que pediu ao pastor que o ordenasse para função de presbítero, afirmando que ele foi considerado digno de pertencer ao presbitério diocesano.

Durante a sua homilia, Dom Fernando

lembrou a reação do profeta Jeremias na primeira leitura, diante da convoca-ção do Senhor, não considerando ser apto e nem suficiente para isso, reco-mendando a Robson que “tenha sempre esse sentir: somos insuficientes, imatu-ros para uma tarefa tamanha como essa que recebemos por vocação de Jesus Cristo e por convocação da Igreja”. “Ter sempre este toque de percepção de que somos insuficientes é o primeiro passo para você fazer progresso no seu cami-nhar vocacional, que não termina com a ordenação, pelo contrário vive nova fase”, completou o bispo.

Ainda recordando a segunda leitura que diz: “dai graças a Deus em todas as circunstâncias”, Dom Fernando disse que de fato estamos em um conjunto de circunstâncias fora do padrão: “Essa é uma pequena circunstância (a pande-mia), mas em todas as outras circuns-tâncias da vida permanece o desafio de estarmos na vontade de Deus, porque é a vontade de Deus em Jesus Cristo”. Dom Fernando ainda lembrou que não haverá muitas gerações que viverão

este momento que nos coube da pan-demia, “é um momento feliz este que dá um toque de plenitude, de maturidade ao seu itinerário pessoal, numa circuns-tância tão singular”.

Por fim, Dom Fernando pediu a Ro-bson que seja o bom Pastor, como diz no Evangelho, que ama este povo que lhe é confiado, que lhe quer bem, que se dispõe a servi-lo, a dar a vida, fora de qualquer equívoco. “Nós participa-mos desse pastoreio para que haja vida e não para que haja morte, e para que esta vida esteja em abundância. Por fa-vor, junte-se a nós nesta obra do bem”, finalizou o bispo.

No encerramento da celebração, o neo-presbítero Robson agradeceu a pre-sença de todos em sua ordenação e aos que se uniram a ele via on-line, em suas casas, convidando a um momento de prece e homenagem a Maria Santíssima.

A partir do dia 11 de setembro, padre Robson será o novo administrador paro-quial da Paróquia Sagrada Família, em Piracicaba, substituindo o padre Marcos Roberto Nogueira dos Santos.

07ORDENAÇÃO PRESBITERAL

Igreja Diocesana se alegra com ordenação de presbítero

FOTOS: PAULO GOMES

Na procissão de entrada, Robson estava acompanhado de sua madrinha sra. Bergue Canto,

e do seu tio Francisco Carlos Ferreira de Godoy Uma parcela do Clero da Diocese participou da OrdenaçãoDevido à pandemia, a celebração foi acompanhada

por um número reduzido de fiéis presentes

Durante a ladainha é pedida a intercessão dos santos para o neo-sacerdote

Dom Fernando apresenta o neo-sacerdote aos representantes da comunidade diocesana presentes na CatedralPadre Robson agradece a todos os presentes, especialmente os que

acompanharam a celebração de suas casas pelas redes sociais

Dom Fernando unge as mãos do neo-sacerdote com o óleo do Crisma

Com as mãos envoltas com a graça de Deus pela unção, padre Robson concede a sua primeira bênção como sacerdote à sua madrinha Maria Bergue Canto, seus

tios Francisco Carlos e Geni Aparecida, e seu primo Danilo de Godoy

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Setembro de 2020DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO08

PASCOM PAROQUIAL

CONHECENDO A BÍBLIA

Pe. Demetrius dos Santos Silva Biblista e docente do Curso

Diocesano de [email protected]

Foi na Comunidade Joanina que nasceram o Quarto Evangelho e as Cartas de São João. Essa comuni-dade nasceu no norte da Palestina, na Síria, longe do judaísmo oficial e teve contato com outros movimentos judaicos e escolas do mundo grego. Depois, essa comunidade se esparra-mou pela Ásia Menor.

A tradição Joanina tem suas raí-zes no judaísmo palestino e incluiu os discípulos de João Batista, como observamos em Jo 1,35-51. Entre os primeiros discípulos, devemos contar com André (irmão de Pedro) e com o outro discípulo, que mais tarde se tor-nará o “discípulo amado”. As expec-tativas desse grupo estão inseridas em uma esperança messiânica do tipo davídica, isto é, eles esperam um descendente de Davi que restauraria o grande reino de Israel.

Houve um grupo de judeus com mentalidade “anti-Templo” (Jo 2–3) e um grupo de samaritanos (4) integra-dos na comunidade. Esse segundo

Para ler o Evangelho de São João – 2ª partegrupo possui uma esperança messiâ-nica mosaica, pois esperam o Profeta que surgiria para substituir Moisés. Eles vivem uma teologia superior que mais tarde levará à ideia da pré-exis-tência de Jesus (Verbo Divino). Nes-se momento, a presença do discípulo amado é a chave.

Esses grupos foram expulsos da sinagoga e, a partir daí, os cristãos Joaninos, mesmo sendo judeus de origem, deixaram de ser considera-dos como tal e passaram a se referir aos “judeus” como um grupo estra-nho e hostil. A ruptura ocorrida no tempo da Comunidade Joanina se reflete no Quarto Evangelho com a expulsão do cego e sua família (Jo 9) e com a acusação de blasfêmia sofrida por Jesus.

Quando os cristãos Joaninos fo-ram expulsos da sinagoga, eles co-meçaram a receber um bom número de gentios (gregos, romanos e outros não-judeus) na comunidade. Essa etapa coincide com uma mudança geográfica da Comunidade Joanina que se desloca à diáspora “para en-sinar os gregos” (Jo7,35). André e Fi-lipe, ambos com nomes gregos, são apresentados no Evangelho como os responsáveis por aproximar de Jesus aqueles gregos que queriam conhe-cê-lo (Jo12,20-22). A Comunidade Joanina se firma na Ásia Menor.

Essa abertura aos gentios envol-veu mais do que ter que adicionar parágrafos ao Evangelho, explicando termos hebraicos ou aramaicos (Jo 19,13-17; 20,16). O Discípulo Amado tornou seu Evangelho acessível para homens e mulheres de todas as cul-turas, emprestando termos e símbo-los de suas literaturas.

Houve vários conflitos enfrentados

MÊS DA BÍBLIA

Paróquia realiza estudo bíblico durante pandemia

pela Comunidade Joanina. Nessa etapa nasceram as três Cartas de São João. A Comunidade Joanina se fez presente em várias cidades e as car-tas foram enviadas para elas. Nessas cidades havia comunidades funda-das por outros discípulos. Exemplo: em Éfeso temos a Comunidade Jo-anina e a Comunidade fundada por São Paulo. A 2ª e 3ª cartas de João foram endereçadas a Éfeso. Dentro da comunidade parece haver um cor-po de anciãos (presbíteros) que esta-ria mais próximo do Discípulo Amado.

Entre esses estaria o “evangelista”, isto é, o redator final e o autor das car-tas, o “nós” de Jo 21,24 e 1Jo 1,1-2.

Na primeira carta, somos informa-dos de que um grupo se retirou da comunidade (1Jo 2,19). Esses “sepa-ratistas” têm graves erros teológicos e éticos. No fundo, esses erros nada mais são do que interpretações equi-vocadas do Quarto Evangelho. As cartas nascem para recolocar as co-munidades no caminho de Jesus e superar toda distorção na interpreta-ção do Evangelho. Paz e bem a todos.

Este ano, a Igreja no Brasil come-mora o Mês da Bíblia, em sinto-nia com a Comissão Episcopal

Pastoral para a Animação Bíblico-Ca-tequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), funda-mentando-se no livro do Deuteronô-mio, com o lema “Abre tua mão para o teu irmão” (Dt 15,11).

Na Diocese, a Paróquia Imaculada Conceição, de Santa Bárbara d’Oeste, iniciou um estudo bíblico on-line em meio à pandemia, visto que os fiéis não podiam mais participar das atividades litúrgicas e pastorais. Assim, o pároco, padre Agnaldo Rogério dos Santos, explica que teve o “desejo de chegar até os fiéis, através de alguma ativida-de evangelizadora que nos mantives-se conectados semanalmente, além da Missa dominical”. Foi proposto o estudo da Primeira e Segunda Carta de São Pedro. Além de proporcionar uma oportunidade ímpar de enriquecimen-to pessoal de estudo da Palavra de Deus, padre Agnaldo afirma que “pro-videncialmente, naquele período, a lei-tura das missas dominicais eram perí-copes da Primeira Carta de São Pedro”.

Os encontros semanais, com dura-ção de 1h15, ocorreram de 14 de maio a 18 de junho com a participação de aproximadamente 170 pessoas. “Na re-alidade, esse número é o de celulares que estavam acompanhando a trans-missão ao vivo, mas supomos que ha-via, ao menos, mais uma ou duas pes-soas acompanhando a transmissão”, estimou o coordenador da Pascom pa-roquial, Paulo Henrique da Silva.

Paulo lembra que a equipe da Pas-com “abraçou a ideia do padre”. Antes do Estudo Bíblico em si, foi feita uma divulgação em arte, através das redes sociais da paróquia e pelo padre ao final da transmissão das missas. “A ca-tequese foi realizada pelo pároco, com o auxílio de três membros da Pascom, utilizando um cenário montado dentro da própria igreja e recursos computa-cionais, onde havia uma tela interativa, com a projeção de um lado da tela e o padre do outro fazendo as explica-ções”, descreveu Paulo.

Padre Agnaldo agradeceu também o esforço dos membros da Pascom paroquial, que tornaram possível esse serviço de evangelização, “visto

que não tenho nenhum conhecimen-to dessas novas tecnologias e sem esse valoroso auxílio não tornaria realidade essa inspiração pastoral”, lembrou o pároco.

O aprendizado foi constante, em meio às dificuldades, como: proble-mas de conexão da internet e no mi-crofone e o extremo barulho externo (na rua em frente à Matriz). Outro gran-de desafio para padre Agnaldo era fa-lar olhando somente para uma câme-ra, sem ver as pessoas, mas certo que elas estavam do outro lado acompa-nhando, “era como dirigir às cegas, no escuro”, relata.

Após um período de interrupção, o estudo da 2ª Carta de São Pedro foi retomado no último dia 31 de agosto, visto que, ainda, há várias restrições para as atividades de evangelização presenciais. Assim, “o estudo bíblico quer ser uma forma de, unidos como Igreja, estudarmos a Palavra de Deus, para que ela nos ilumine neste período sombrio de nossa história, a fim de que, como afirma São Pedro, estejamos prontos a dar razão de nossa esperan-ça (fé)”, finaliza padre Agnaldo.

Padre Agnaldo Rogério dos Santos, pároco da Paróquia Imaculada Conceição

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Setembro de 2020 DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO

Crisma e Eucaristia seja garan-tida, a integração entre liturgia e catequese seja promovida, a catequese catecumenal con-temple todas as dimensões de uma pastoral de conjun-to, o Conselho Presbiteral e o Conselho Diocesano de Pas-toral sejam ouvidos, que haja colaboração entre as comu-nidades da mesma paróquia e entre paróquias, sobretudo nos meios urbanos, que a co-munidade garanta recursos para a formação das pessoas e a aquisição de materiais di-dáticos, bem como a organi-zação de espaços adequados para os encontros, pois inicia-ção na fé cristã vai além da mera instrução na fé, e que a catequese não vise somente à preparação aos sacramentos.

Na catequese aprofundamos o conhecimento, as razões da

fé católica, mergulhamos no mistério da pessoa de Jesus. O catequista é responsável pelos seus catequizandos. E sempre deve se perguntar: ELES ESTÃO PREPARADOS? Sob a inspira-ção do RICA (Ritual de Iniciação Cristã de Adultos), é possível propor um itinerário que avan-ce por etapas e tempos sucessi-vos, garantindo que a iniciação de adultos, jovens e crianças se processe gradativamente no seio da comunidade.

A caminhada cristã não se encerra na recepção do sacra-mento, ele faz parte de uma necessária inserção na vida da Igreja e da Comunidade. A restauração do catecume-nato tem que ser uma missão da Igreja, com a retomada do Querigma, anunciado de for-ma inteligente, atraente e con-vincente. Os catequistas tam-

bém devem fazer o itinerário, buscar o aprofundamento e formação continuada, além de buscar aprender com os seus catequizandos.

A única e principal missão da Igreja é seguir o pedido de Jesus: “Ide por todo o mun-do, pregai o Evangelho a toda criatura e batizai em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”. Em primeiro lugar se faz um Anúncio, depois uma Catequese e por último a par-ticipação na Liturgia (sacra-mentos). Este caminho visa à formação de discípulos (pes-soas convictas da fé).

Que o Espírito Santo nos renove e sustente nesta dig-na Missão de Catequista! Maria Santíssima, nos ajude a termos coragem para colo-carmos na prática a I.V.C. em nossa comunidade!

09

VATICAN MEDIA

INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ

NOMEAÇÃO

Luz que nos leva à prática das Diretrizes

Papa Francisco nomeia novo núncio apostólico para o Brasil

O Capítulo quarto do do-cumento 107 mostra como colocar em prática a IVC, a partir de um agir pastoral da Igreja. É FUNDAMENTAL ter um projeto diocesano de Ini-ciação à Vida Cristã... Não se trata de fazer apenas “refor-mas” na catequese, mas de

Diácono Florivaldo BertolettiCoordenador Diocesano da Pastoral

da Iniciação à Vida Cristã[email protected]

rever toda a ação pastoral, a partir da Iniciação à Vida Cristã, com centralidade na Palavra de Deus, integração da catequese com a liturgia, pastoral de conjunto, atuação dos Conselhos Paroquiais, instrução, formação e recur-sos. O projeto reunirá forças, aprofundará estudos e traçará linhas de ação para a dioce-se. Ele precisa ser proposto às comunidades, avaliado e aprovado com a participação dos catequistas, dos agentes de pastoral, dos líderes paro-quiais, dos consagrados e dos ministros ordenados, para po-der ser assumido por todos.

Na elaboração do Proje-to Diocesano de Iniciação à Vida Cristã, é importante que o fundamento seja a Palavra de Deus, que a unidade entre os sacramentos do Batismo,

O Papa Francisco nomeou no último dia 29 de agosto, o novo núncio apostó-lico para o Brasil. Trata-se de dom Giam-battista Diquattro, arcebispo titular de Giromonte, até agora núncio apostólico na Índia e Nepal. Seu antecessor, dom Giovanni D’Aniello, foi nomeado Núncio Apostólico na Federeção Russa.

Trajetória e históricoGiambattista Diquattro nasceu em Bo-

lonha, Emília-Romanha, Itália, em 18 de março de 1954. É arcebispo, diplomata, teólogo e canonista. Foi ordenado sacer-dote em 1981. Recebeu seu mestrado em Direito Civil na Universidade de Catâ-nia, e doutorado em Direito Canônico na Pontifícia Universidade Lateranense em

Roma e mestrado em Teologia Dogmáti-ca na Pontifícia Universidade Gregoriana em Roma.

Entrou para o Serviço Diplomático da Santa Sé em 1º de maio de 1985, e serviu em missões diplomáticas nas representa-ções pontifícias na República Centro-Afri-cana, República Democrática do Congo e Chade, nas Nações Unidas em Nova York, e mais tarde na Secretaria de Estado do Va-ticano, e na Nunciatura Apostólica na Itália.

O Papa João Paulo II o nomeou núncio apostólico no Panamá em 2 de abril de 2005. Bento XVI o nomeou núncio apos-tólico na Bolívia em 21 de novembro de 2008 e em 21 de janeiro de 2017, o Papa Francisco o nomeou Núncio Apostólico na Índia e no Nepal. (Fonte: site da CNBB)

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Setembro de 2020DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO10

Contato: (19) 3425.0030 | 3425.0409

Transporte de Passageiros e Turismo

Rua Santa Olímpia, 239 | Bairro Santa OlímpiaPiracicaba-SP

[email protected]

Dízimo é ato de amor a Deus e ao

próximo. Não é taxa nem mensalidade; não é imposição nem obrigação.

DÍZIMO

Em meio à pandemia, devo continuar contribuindo com a minha paróquia?

Pe. Celso de Jesus RibeiroAnimador Diocesano da Pastoral do Dízimo

[email protected]

JUBILEU DE BRILHANTE

As peças do JubileuNo ano passado, nossa

Diocese celebrou seu Jubileu de Brilhante e,

como em toda a festa, muitas coisas foram preparadas para embelezar e marcar esse mo-mento. Para a missa celebrada no Engenho Central, ponto alto de nossas comemorações, que foi presidida pelo então Nún-cio Apostólico do Brasil, Dom Giovanni, concelebrada pelo nosso Bispo, com presença de outros bispos da província e grande número de padres e di-áconos, foram preparados pa-ramentos, especialmente para essa ocasião.

O desenho, aprovado pela Comissão do Ano Jubilar, de autoria do Sr. Alexandre Galvani Senicato, membro da Comuni-dade Peregrinos do Amor, foi feito segundo as orientações

do Pe. Mateus Kerches Nicoluc-ci, Mestre de Cerimonias do Só-lio Diocesano.

O bordado apresenta as li-nhas curvas que fazem alusão não só ao rio que dá nome à cidade sede da diocese, mas também aos outros rios que passam pela diocese: Corum-bataí e Capivari. Sobre estas li-nhas encontramos um lírio que se refere à pureza, à castidade e ao vigor do testemunho de vida de nosso padroeiro, Santo Antônio, na sua entrega a Deus. Ainda encontramos cinco cír-culos e dois traços, que repre-sentam respectivamente os cinco pães e dois peixes, uma referência à passagem da mul-tiplicação dos pães e peixes e à Eucaristia. Estas referências nos recordam que a Diocese de Piracicaba foi solenemente

instalada em 1944, durante o Congresso Eucarístico Regio-nal de Piracicaba. Os borda-dos em linhas prata e dourada fazem alusão aos dois jubileus já celebrados pela diocese: o Jubileu de Prata, em 1969 , e o Jubileu de Ouro, em 1994.

Mas a celebração contou também com outros elementos que fazem parte da história de nossa Diocese, vários deles do período de Dom Ernesto, nos-so primeiro bispo diocesano, como a Cátedra, uma peça de madeira ricamente entalhada com diversos símbolos que re-metem a nossa Diocese, obra do piracicabano Eugenio Nar-dim. Ainda do episcopado de Dom Ernesto, foi utilizado o tu-ríbulo e o lavabo. Estas peças remontam o início do século XX.

O Báculo usado por Dom Gio-

A Congregação para o Clero redigiu e publicou na segun-da-feira (20/07/20) a Instrução “A conversão pastoral da co-munidade paroquial a serviço da missão evangelizadora da Igreja”, documento que abor-da os vários projetos de refor-ma das paróquias, entre a falta

vanni, também obra de Eugênio Nardin, foi um presente a Dom Eduardo Koiak, nosso terceiro bispo diocesano. Esta peça foi usada na posse dos dois bispos sucessores, Dom Moacir José Vitti, em 2002, e o próprio Dom Fernando, em 2005.

Além de algumas peças li-túrgicas, como o turíbulo e o lavabo, peças que também remontam o período de Dom Ernesto, foi utilizado o cálice que Dom Eduardo recebeu do próprio São João Paulo II, por ocasião de seu Jubi-leu de Ouro Sacerdotal, no ano 2000. Na ocasião, Dom Edu-ardo encontrava-se em Roma para a Visita Ad Limina, pôde celebrar privativamente com Sua Santidade e foi presentea-do com este cálice. Padre Mateus Kerches Nicolucci

de vocações e o compromisso renovado dos leigos no anún-cio. Gostaria no presente ar-tigo de me ater a este último intento da referida Instrução: o compromisso renovado dos leigos no anúncio, no que se refere ao dízimo e às ofertas.

Em tempos de pandemia, tem-se a impressão de que os fiéis leigos estão desobrigados de continuar contribuindo com a oferta na sua paróquia pelo cancelamento das missas pre-senciais nas Igrejas, isto é, não há missa presencial, então não preciso dar oferta.

O item 40 da Instrução traz o seguinte texto: “A centralidade do Espírito Santo – dom gra-tuito do Pai e do Filho à Igreja – leva a viver profundamente a dimensão da gratuidade, se-gundo o ensinamento de Je-sus: «Gratuitamente recebes-te, gratuitamente dás» (Mt 10,

8). Ele ensinou aos discípulos a agir no serviço generoso, a cada um ser um dom para os outros (cfr. Jo 13, 14-15), com uma atenção preferencial para com os pobres. (...) Por outro lado, o pastor que serve o reba-nho, com generosa gratuidade, é chamado a instruir os fiéis para que cada membro da co-munidade sinta-se responsável e diretamente envolvido a so-correr as necessidades da Igre-ja, através das várias formas de ajuda e de solidariedade de que a paróquia precisa, para prestar seu serviço pastoral de maneira livre e eficaz”.

Veja também o que nos diz os itens 118 e 119 da Instrução:

“118. Um tema conexo à vida das paróquias e a sua missão evangelizadora é aquele da oferta dada para a celebração da Santa Missa, destinada ao sacerdote celebrante e dos ou-

tros sacramentos, que é des-tinado à paróquia. Trata-se de uma oferta que, por sua natu-reza, deve ser um ato livre da parte do ofertante, deixando a sua consciência e ao seu senso de responsabilidade eclesial, não um “preço a pagar” ou uma “taxa a exigir”, como se tratasse de um tipo de “imposto sobre sacramentos”. De fato, com a oferta para a Santa Missa, «os fiéis […] contribuem para o bem da Igreja e […] participam da sua solicitude para com o sustento dos ministros e das obras»”.

“119. Em tal sentido, revela--se importante a obra de sen-sibilização dos fiéis, para que contribuam livremente com as necessidades da paróquia, que são “coisas suas” e com as quais é bom que aprendam, espontaneamente, a ter cui-dado, em especial naqueles Países, onde a oferta da Santa

Missa é ainda a única fonte de sustento para os sacerdotes e também de recursos para a evangelização”.

Assim, levando em consi-deração o que nos diz a Santa Sé pela publicação dessa Ins-trução, chega-se à conclusão de que não estamos deso-brigados de contribuir com a oferta na paróquia em tem-pos de pandemia, por fazer parte da mesma como célula viva do grande Corpo Místico que é a Igreja. Não podemos deixar que este vírus que tem ceifado tantas vidas mate também a nossa fé, a nossa gratuidade, generosidade e o nosso compromisso com a paróquia na regularidade das contribuições com o dízimo e as ofertas. Quem doa com amor recebe mais amor. Con-tinue ajudando sua paróquia e seja feliz.

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Setembro de 2020 DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO 11

gelizar. É indispensável que a Palavra de Deus ‘se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial’. A Palavra de Deus ouvida e celebrada, so-bretudo na Eucaristia, alimenta e reforça interiormente os cris-tãos e torna-os capazes de um autêntico testemunho evangé-lico na vida diária” (EG, nº 174).

“A Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela. (...) O Povo de Deus en-controu sempre nela sua força e, também hoje, a comunida-de eclesial cresce na escuta, na celebração e no estudo da Palavra de Deus” (VD, nº 3). A Igreja é a “Casa da Palavra”, pois “é na força da Palavra de Deus que devemos formar verdadeiras comunidades de discípulos missionários (At 2,42-47; 4,32-37)” (DGAE 2019-2023, nº 82).

“Essa centralidade da Pala-vra de Deus na vida das comu-nidades cristãs é fundamental para a identificação e a confi-guração com a ‘Palavra (que) se fez carne’ (Jo 1,14). Por isso, a Sagrada Escritura preci-sa estar sempre presente nos encontros, nas celebrações e nas mais variadas reuniões” (DGAE 2019-2023, nº 146).

Lembrou-nos ainda Bento XVI que: “...nas igrejas, haja um lo-cal de honra onde se possa colocar a Sagrada Escritura mesmo fora da celebração. Realmente é bom que o livro onde está contida a Palavra de Deus tenha dentro do templo cristão um lugar visível e de honra, mas sem tirar a centrali-dade que compete ao Sacrário que contém o Santíssimo Sa-cramento” (VD, nº 68).

O documento das Diretri-zes Gerais da Ação Evange-lizadora da CNBB (Doc.109 CNBB) nos propõe “pistas” práticas para nós e nossas comunidades:

a) “Universalizar o aces-so à Sagrada Escritura, as-sumindo-a como alma da mis-são (DV, nº 21). Cada pessoa não só deve ter uma Bíblia, como deve ser ajudada pela comunidade a fazer dela fonte de estudo, oração, celebração e ação” (nº 155). A Bíblia nas mãos de todos. Você já tem a sua?

b) “Assumir a leitura oran-te da Palavra como método, por excelência, para o contato pessoal e comunitário com a Sagrada Escritura” (nº 157). “A lectio divina ou leitura orante

da Sagrada Escritura é um meio privilegiado de contato com a Palavra, que não é letra morta, mensagem formal ou instrumento de estudo, sim-plesmente. Sem aceitar o sub-jetivismo na interpretação da Bíblia, é necessário abrir o co-ração para fazer dela alimento que, entrando pela mente, to-que o coração, nutra o espíri-to, transforme a vida e seja o critério de experiência comu-nitária e da ação missionária” (DGAE 2019-2023, nº 148). Você já conhece os passos da Leitura Orante da Bíblia?

c) “Implantar centros de estudo sobre a Palavra de Deus em todas as realidades da vida eclesial, contando com o suporte dos cursos de teologia, dos seminários, das faculdades e universidades católicas” (nº 158). Na Dio-cese de Piracicaba temos o Curso Diocesano de Teologia e as Escolas de Formação de Agentes de Pastorais. Você já se inscreveu neles? Na sua Paróquia há curso bíblico, se-mana bíblica, gincana bíblica, grupos bíblicos...?

d) “Utilizar o potencial das redes sociais, desenvolver e difundir aplicativos, para

que a Palavra alcance todas as pessoas em todas as situa-ções” (nº 159). Você já possui o APP “iLiturgia” para acom-panhar as leituras diárias? Em atenção ao nº 71 da Exorta-ção Apostólica Pós-Sinodal-Verbum Domini, a “Pastoral do Surdo” da Diocese de Pi-racicaba disponibiliza o evan-gelho em LIBRAS, para que as pessoas surdas estabeleçam um contato vivo com a Pala-vra do Senhor. Você conhece esse serviço?

Sirva-nos este mês de se-tembro como “Mês da Bíblia” para fomentar o nosso amor à Palavra de Deus. O encon-tro pessoal e comunitário dos fiéis e dos pastores da Igreja com o Cristo vivo, através da Palavra de Deus, os levará a um processo crescente de conversão de vida, pois “o importante é o encontro com a Palavra que muda a vida e dá sentido ao ser e agir de quem é cristão, corrigindo posturas e aderindo ao modo de ser, de pensar e de agir de Jesus Cristo. O Evangelho passa a ser o critério decisivo para o discernimento em vis-ta da vivência cristã” (DGAE 2019-2023, nº 92).

ECLESIOLOGIA PASTORAL

CUIDADO DA CRIAÇÃO

Tradicionalmente, no Brasil, o mês de setembro é consi-derado como “Mês da Bíblia”. Nele busca-se enfatizar a im-portância da Palavra de Deus na vida pessoal dos fiéis e de nossas comunidades. Nele ressoa ainda mais forte o en-sinamento do Papa Francis-co na sua primeira Exortação Apostólica: “Toda a evangeli-zação está fundada sobre esta Palavra escutada, meditada, vi-vida, celebrada e testemunha-da. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização. Por isso, é preciso formar-se continua-mente na escuta da Palavra. A Igreja não evangeliza, se não se deixa continuamente evan-

Prezados irmãos e irmãs, paz e bem!

No início do mês de setem-bro gostaríamos de apresentar um convite a todos os filhos e filhas da amada Igreja. Este convite vem de uma ação, em consonância com outras di-versas denominações cristãs em torno do globo. Relaciona--se ao “Tempo da Criação”, um evento anual que incentiva a oração e ação pelo nosso relacionamento com toda a criação realizada pelas mãos Santas e Divinas de nosso Deus, Pai de todas as nações

“Ser Igreja, Casa da Palavra”

Tempo da Criação

Pe. Kleber Fernandes DanelonMestre em Liturgia pela PUSC,

em Roma, e Coordenador Diocesano de Pastoral

[email protected]

e povos. Este período esten-de-se de 1° de setembro (Dia Mundial de Oração pelo Cui-dado da Criação) ao dia 4 de outubro (Solenidade de São Francisco de Assis).

Imbuídos pelo espírito das palavras presentes na carta Evangelii Gaudium, da igreja do encontro e em missão, gos-taríamos de propor a vivência deste tempo em unidade e oração.

É um momento de nos per-guntar: como temos cuidado da Nossa Casa Comum? Será que não precisamos rever este siste-ma socioeconômico baseado

na exploração do ser humano e da natureza? Não é hora de revisitarmos nossos valores?

“É preciso estimular e apoiar a ‘conversão ecológica’ ”(17 de Janeiro de 2001, S. J. Paulo II). “Na natureza, o crente re-conhece o resultado maravi-lhoso da intervenção criadora de Deus, de que o homem se pode responsavelmente servir para satisfazer as suas legíti-mas exigências — materiais e imateriais — no respeito dos equilíbrios intrínsecos da pró-pria criação”(Caritas in Verita-te, 48, Papa Bento XVI).

Na Carta Encíclica Laudato

si (Louvado sejas) sobre o Cui-dado da Casa Comum, o Papa Francisco nos lembra: “esta irmã clama contra o mal que lhe provocamos por causa do uso irresponsável e do abuso dos bens que Deus nela co-locou. Crescemos pensando que éramos seus proprietários e dominadores, autorizados a saqueá-la. A violência que está no coração humano, feri-do pelo pecado, vislumbra-se nos sintomas de doença que notamos no solo, na água, no ar e nos seres vivos. Por isso, entre os pobres mais abando-nados e maltratados, encon-

tra-se a nossa terra oprimida e devastada, que está ‘gemendo como que em dores de parto’ (Rm 8, 22). Esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra (cf. Gn 2,7). O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta, o seu ar nos per-mite respirar e a sua água nos vivifica e nos restaura.”

Desejamos uma santa e abençoada vivência deste tempo, e clamamos a interces-são de São Francisco para a nossa conversão integral!

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Page 12: EM FOCO - diocesedepiracicaba.org.br · Foco, retomamos, aos poucos, a distribuição gratuita deste trabalho da comunicação diocesana. Retomamos no mês da Palavra de Deus, setembro

Setembro de 2020DIOCESE DE PIRACICABAEMFOCO12

ENTREVISTA

Padre Paulo retorna de Roma após período de estudos

Após estudar em Roma, na Pontifícia Universi-dade da Santa Cruz, no

período de agosto de 2018 a junho de 2020, padre Pau-lo Sérgio Carlos retornou à Diocese de Piracicaba com o título de Mestre em Teolo-gia com especialização em História da Igreja com a tese: “A reforma do clero paulis-ta: Dom Antônio Joaquim de Melo (1851-1862), bispo de São Paulo, e suas contribui-ções para a implantação de um novo modelo eclesial no Brasil do século XIX”.

A partir de 5 de setembro, padre Paulo é o novo pároco da Paróquia Santa Catarina, em Piracicaba, no lugar do monse-nhor Orivaldo Casini.

Acompanhe a seguir a breve entrevista concedida pelo pa-dre Paulo ao jornal “Em Foco”, logo após a sua chegada.

Em Foco - No período em que morou em Roma realizou outras atividades? Quais?

Padre Paulo – Sim. Além do mestrado, tive a graça de fazer o curso de Práxis Formativa 2019-2020 (voltado para a formação de reitores de seminários) ofe-

recido pela Congregação para o Clero – Santa Sé. Além disso, em 2019, pude participar de um congresso teológico-pastoral de vários dias em comemora-ção aos 40 anos da 3ª Confe-rência Geral do Episcopado Latino-Americana de Puebla, realizado na Cúria Geral dos Je-suítas em Roma.

Como foi viver este período de pandemia longe de casa?

Não foi nada fácil. Como sa-bemos, a Itália foi um dos países mais atingidos pela pandemia. Pude acompanhar o progresso dos contágios e o aumento de mortos, diariamente, através de uma plataforma digital dispo-nibilizada pelo governo italia-no. Apesar de sermos pessoas de fé e de observarmos todos os cuidados necessários para evitar o contágio (quarentena de mais de 75 dias sem sair às ruas, distanciamento social nas missas e no refeitório, uso constante de álcool em gel para higienizar as mãos), todos nós padres, estudantes do Colégio Pio Brasileiro, experimentáva-mos uma sensação de medo, tensão e ansiedade. Lembro--me que fiquei bastante tenso

e abalado num sábado à noite quando, durante um momento de oração na capela, nos foi pe-dido para rezar pelos falecidos, vítimas da pandemia, e nos foi dito o número deles das últi-mas 24h: 969. Devo dizer que não entrava em mais detalhes sobre a situação ao conversar com meus familiares e amigos e só dizia que o número de con-tágios e mortos ainda estava crescendo, buscava amenizar a minha fala para não causar ain-da mais preocupação a eles.

Como é voltar ao Brasil após esse período de estu-dos, em especial para a dioce-se? Qual a expectativa agora?

Estava muito ansioso pelo re-torno. A experiência de morar e estudar fora é ímpar, ainda mais sendo em Roma, próximo do Va-ticano, do papa Francisco. Creio que é uma experiência que nos marcará por toda a vida. Porém, nada melhor que estar em casa, junto dos nossos, vivendo o mi-nistério presbiteral com intensi-dade dentro de nossa cultura, da

realidade da Igreja do Brasil, de nossa diocese. Aqui nos sentimos mais inseridos, mais próximos das nossas comunidades. Sentia falta do carinho e afeto dos fiéis. Quan-to à expectativa, coloco-me no-vamente à disposição de nosso bispo diocesano Dom Fernando Mason e da diocese de Piracica-ba naquilo que for necessário, desejando, como sacerdote, continuar sendo presença e sinal de Jesus junto aos irmãos. Para isso conto com a oração de to-dos vocês. Deus os abençoe.

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