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VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 34 MÍN.: 25 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 8.902 DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO CAMPANHA INSUPORTÁVEL Cupuaçu, o perfume e o sabor do Amazonas O cupuaçu tem o perfume e o sabor do Amazonas. Por isso, o Brasil teve que travar batalhas jurídicas para res- gatar o direito de explorar essa marca, que esteve sob o domínio dos japoneses. Hoje, já é possível dizer que o cupuaçu é nosso! Dia a dia C2 e C3 RICARDO OLIVEIRA Rolinha, craque que fez história no Nacional, será homenageado pela Copa Interbairros, da Federação das Ligas Desportivas do Amazonas. Quem conhece sua trajetória, sabe que a homenagem é merecida. Pódio E1 O valor foi calculado com base na reforma política aprovada no Congresso Nacional: candidatos majori- tários às eleições municipais de 2016 somente poderão gastar até R$ 15,3 milhões na campanha eleitoral. Até a aprovação da lei, o teto de gastos era definido pelos candidatos e informado à Justiça Eleitoral. A partir das próximas eleições, o teto para o limite de gastos passa a ser estipulado pelo TSE. Política A7 O Dia das Crianças no Brasil foi criado por um político, na década de 1920. Você sabe quem foi? O jornalzinho CURUMIM conta essa história, em edição especial do dia 12 de outubro. Curumim 12 DE OUTUBRO CRAQUE IMORTAL Rolinha, o nome da taça Eleição para prefeito vai custar R$ 15,3 mi Curumim conta quem criou o Dia das Crianças RICARDO OLIVEIRA JANAILTON FALCÃO Desflorestamento, clima seco e as altas temperaturas estão causando as queima- das que transformaram Manaus em um caldeirão. O problema dificulta a respiração e a visibilidade. Dia a dia C4 e C5 Rolinha foi herói dos gramados nos anos 1960, quando jogadores locais atraíam multidões Amazonas, um caldeirão de muito calor e fumaça O verão de 2015 ficará mar- cado pelo recorde de queima- das: 5 mil focos em setembro

EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

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MÁX.: 34 MÍN.: 25TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 8.902 � DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

CAMPANHA

INSUPORTÁVEL

Cupuaçu, o perfume e o sabor do Amazonas

O cupuaçu tem o perfume e o sabor do Amazonas. Por isso, o Brasil teve que travar batalhas jurídicas para res-gatar o direito de explorar essa marca, que esteve sob o domínio dos japoneses. Hoje, já é possível dizer que o cupuaçu é nosso! Dia a dia C2 e C3

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Rolinha, craque que fez história no Nacional, será homenageado pela Copa Interbairros, da Federação das Ligas Desportivas do Amazonas. Quem conhece sua trajetória, sabe que a homenagem é merecida. Pódio E1

O valor foi calculado com base na reforma política aprovada no Congresso Nacional: candidatos majori-tários às eleições municipais de 2016 somente poderão gastar até R$ 15,3 milhões na campanha eleitoral. Até a aprovação da lei, o teto de gastos era defi nido pelos candidatos e informado à Justiça Eleitoral. A partir das próximas eleições, o teto para o limite de gastos passa a ser estipulado pelo TSE. Política A7

O Dia das Crianças no Brasil foi criado por um político, na década de 1920. Você sabe quem foi? O jornalzinho CURUMIM conta essa história, em edição especial do dia 12 de outubro. Curumim

12 DE OUTUBRO

CRAQUE IMORTAL

Rolinha, o nome da taça

Eleição para prefeito vai custar R$ 15,3 mi

Curumim conta quem criou o Dia das Crianças

RICA

RDO

OLI

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CÃO

Desfl orestamento, clima seco e as altas temperaturas estão causando as queima-das que transformaram Manaus em um caldeirão. O problema difi culta a respiração e a visibilidade. Dia a dia C4 e C5

Rolinha foi herói dos gramados nos anos 1960, quando jogadores locais atraíam multidões

Amazonas, um caldeirãode muito calor e fumaça

O verão de 2015 fi cará mar-cado pelo recorde de queima-das: 5 mil focos em setembro

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Page 2: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015A2 Última horaÚltima hora

Detran intensifi cou as fi scalizações ontem em vários pontos da cidade. Operação seguirá até a manhã de terça-feira

Lei Seca apreende 107 motoristas embriagados Saídas de

Manaus tranquilas

Diferente do que acon-teceu no último feriado prolongado, em setem-bro, quem decidiu viajar para aproveitar a folga longe de Manaus não en-controu difi culdades para sair da capital. A movi-mentação nas principais saídas da cidade estava abaixo do esperado. Na barreira policial da Tor-quato Tapajós, a Polícia Militar afi rmou que na manhã deste sábado, menos de 5 mil veículos passaram pelo local, nú-mero considerado baixo para um fi nal de semana.

“Está surpreendendo pelo baixo número de car-ros. Na sexta-feira, o mo-vimento foi bem maior. Acreditávamos que hoje o engarrafamento seria grande, por se tratar de um feriado prolongado”, disse o policial.

A situação era a mesma sobre a ponte sobre o rio Negro. As principais rotas de saída eram para municípios como Nova Olinda e Manacapuru, mas o transito no local foi normal.

A movimentação maior, mas dentro do espera-do, ocorreu na rodovi-ária. Itacoatiara e Boa Vista eram os destinos mais procurados para quem decidiu aproveitar o feriado santo.

Após o grave aciden-te que vitimou cinco jovens no último fi m de semana, o Depar-

tamento Estadual de Trânsi-to do Amazonas (Detran-AM) intensifi cou neste fi m de se-mana as blitze da operação Lei Seca. As ações iniciaram na madrugada deste sábado (10) na avenida do Turis-mo, Zona Oeste da cidade, e em vários outros pontos da capital. Somente neste primeiro dia, foram autua-dos mais de cem motoristas dirigindo alcoolizados.

As ações de fi scalização deve-rão seguir até a manhã da próxi-ma terça-feira, dia 13. De acordo com os dados do Detran, além dos motoristas embriagados, foram apreendidos mais de 12 pessoas que conduziam veículos sem Carteira Nacional de Habi-litação (CNH). O Departamento de Trânsito ainda informou que fl agrou ainda 26 adolescentes conduzindo veículos.

O balanço informou ainda que houve 33 casos de condutores que se recusaram a fazer o teste do bafômetro. Após a recusa, os mesmos assinaram um termo que comprova a recusa do teste.

Os condutores autuados por esse tipo de infração pagam R$ 1.915,40 de multa, perdem 7 pontos na carteira, além de terem sua CNH apreendida. O valor é dobrado caso o moto-

FERIADÃO BALA PERDIDA

TRÂNSITO

Adolescente morta em frente a casa de forró

Acidente na estrada do aeroporto deixa feridos

A adolescente Gelciane Pinto dos Santos, 16, foi ví-tima de uma bala perdida, por volta das 4h da madrugada de sábado (10), em frente a uma casa de forró, localizada no bairro Grande Circular II, Zona Leste da capital.

De acordo com testemu-nhas, quando Gelciane saiu do local houve um tiroteio, e a adolescente foi atingi-da na costela. Ela chegou a ser atendida no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) do Galileia, mas morreu.

Outro caso ocorrido na

Zona Leste foi do feirante Diego da Silva de Souza, 20, que foi vítima de homicídio, por volta das 19h desta sexta-feira (9), na rua da Penetração II, bairro São José II.

Algumas testemunhas afi rmaram que dois homens não identifi cados que esta-vam em uma moto preta de placa, se aproximaram do feirante, que, ao atendê-los, foi alvejado com cinco tiros, um deles atingiu a cabeça. Diego ainda foi socorrido por populares, mas morreu a ca-minho do hospital.

Uma colisão entre dois veículos - uma Hilux de placa JXO 9905 e um Audi de placa JXE 1649 - interditou, na manhã de ontem, por mais de duas horas, a avenida Santos Dumond, conhecida como estrada do aeroporto.

O acidente ocorreu por volta de meio-dia. Segun-do a polícia, os veículos vinham em sentido contrá-rio, quando um dos carros perdeu a direção e colidi-ram. O impacto foi tão for-te que a traseira do Audi

partiu ao meio. O condutor do Audi,

José Lima da Silva, 40, estava sozinho no veí-culo e quebrou a clavícu-la e foi encaminhado ao pronto-socorro João Lúcio.

Já o condutor da Hilux, identifi cado apenas como “Giovane”, bateu a cabeça e sofreu escoriações no corpo, sendo encaminhado ao Ser-viço de Pronto Atendimento (SPA) do Campos Salles.

A perícia da Polícia Civil irá apurar a causa do acidente.

rista tenha cometido a mesma infração nos 12 meses ante-riores, ou seja, reincidência.

Acidente na TorquatoApesar das fi scalizações, um

grave acidente de trânsito foi registrado na noite da última sexta-feira, dia 9, nas proxi-midades da entrada do aero-porto Internacional Eduardo Gomes, na avenida Torquato Tapajós, bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.

Segundo informações de testemunhas, o veículo Lo-gan, cor vermelha, placa NOP-2270, conduzido por David

Silva Assan, 21, fez uma ma-nobra proibida na via, quando a motocicleta modelo Honda/CG, cor vermelha, placa PHG-5390, conduzida pelo moto-rista Rodrigo Moreira Damas-ceno, 22, em alta velocidade não conseguiu frear e evitar a colisão. A vítima não esta-va de capacete e morreu na hora, tendo o lado esquerdo do pescoço quase degolado após o impacto.

Policiais militares informa-ram que o condutor do veículo não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Fiscalizações do Detran nas ruas deverão ocorrer até o fi m do feriado

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AÇÃO

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RAN

POR MAIRKON CASTRO

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Page 3: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

A juíza Mônica Ribeiro Teixeira, da 6ª Vara de Fazenda Pública TJ-RJ, decidiu suspender a lei sancionada pelo prefeito carioca Eduardo Paes que proibia a circulação de carros do Uber na cidade. Em sua decisão, ela critica a lei municipal, dizendo que é um “exemplo lastimável” de como os poderes Executivo e Legislativo “curvam-se à pressão” de grupos e agem contra os interesses do cidadão. Desde quinta-feira 8, quem se atreva coibir o transporte será multado em R$ 50 mil. Mônica Ribeiro aponta inconstitucionalidade na lei que pretendia banir a tecnologia na cidade, aprovada pela Câmara e sancionada por Paes.

“Assim, pretendem a Câmara Municipal e o prefeito [do Rio de Janeiro] sinalizar que nenhuma inovação é bem-vinda se acompanhada da destruição de privilégios, retirando da sociedade a prerrogativa de trilhar, em livre mercado, o caminho do progresso. Feliz-mente vivemos em um Estado de direito, no qual os governantes podem muito, mas não podem tudo”, despachou a juíza.

O Uber é um serviço de motoristas particulares que atendem a quem tem conta nesse aplicativo de uma multinacional estadunidense que começou a funcionar no Brasil em 2014. Seu funcionamento criou polêmica em todo o país (mas também na Europa), e os governos municipais tentam regulamentar, pressionados pelo serviço de táxi convencional, com um claro componente político-eleitoral (é preciso não esquecer que foi sob essa pressão que o governo federal e os municípios apressaram-se em legalizar a profi ssão de mototaxista; mas só nesse aspecto Uber e mototáxi se igualam).

Pela movimentação das peças, tudo leva a crer que os taxistas terão que rever o ser-viço que prestam à população e suas entidades representativas se conformarão a essa novidade irreversível no mercado.

Maldição

Há quem diga que, se a seleção de Felipão, aquela da Copa de 2014, tivesse feito um amistoso em Manaus, não teria protago-nizado aquele vexame de 7 a 0.

Mirem-se no exemplo

Uma coisa é certa, existe mais entusiasmo nos garotos coman-dados por Rogério Micale do que nos manjados comandados por Dunga.

Somado ao carinho da tor-cida amazonense, os meninos se sentiram motivados e des-lancharam um futebol moderno que resultou numa chuva de gols: 6 a 0.

Calor, que nada

A garota fi cou tão à vontade que nem tomou conhecimento do calor de 34 graus, isso à noite.

Perguntar não ofende

Responda depressa:— Quem cai primeiro, a Dilma

ou o Dunga?

Luz amarela

O faturamento e a produção industrial no Polo Industrial de Manaus já caíram mais de 30% este ano.

Com a luz amarela acesa, todo mundo está se apegando com todo mundo para salvar a lavoura.

Chame o Júlio

Para analisar o problema, a de-putada Conceição Sampaio (PP–AM) convidou o presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Industria e Comércio da Câmara dos Deputados, de-putado Júlio Cesar (PSD-PI), para

participar de um seminário para discutir os impactos da crise na Zona Franca.

Nós e o Brasil

Júlio Cesar considera funda-mental discutir a situação de Manaus levando em considera-ção os problemas de todo o país:

— Resolvendo o proble-ma do Brasil, nós resolvemos o problema de Manaus e da Amazônia –, deduziu.

Mal lavado

Conceição Sampaio levou ao plenário a mensagem do presi-dente da Câmara dos Deputa-dos, Eduardo Cunha (PMDB–RJ).

Convenhamos, mergulhado em um mar de lama, Cunha não é o político mais apropriado para dar conselhos, não é verdade?

Crise ao vivo

La Sampaio acredita que levar os problemas que a Zona Franca está enfrentando para todo o país é o primeiro passo para ampliar e debater o tema.

— Como a transmissão deste seminário pela TV Câmara –, citou a parlamentar.

Ladainha

Conceição desfi lou um rosá-rio de “sofrimentos” e perdas, amargados pela Zona Franca.

— Já perdemos muitos em-pregos, já perdemos muitas em-presas que deixaram o nosso modelo para ir procurar outros lugares. Aqui começa o exército vitorioso que vai vencer esse desafi o –, disse Conceição.

Façam isso

O presidente da Comissão de

Indústria e Comércio da Aleam, deputado estadual Serafi m Cor-rêa (PSB), apontou duas medidas necessárias e urgentes para sal-var a ZFM.

— Melhorar a infraestrutura do Estado do Amazonas, es-pecialmente em transporte e comunicações. A outra é diminuir a burocracia na Zona Franca e nos portos que lhe servem.

Moleza

Sarafa observou que enquanto concorrentes estrangeiros con-seguem desembaraçar cargas para exportação e importação em algumas horas, nos portos brasileiros e da região esse prazo pode ultrapassar uma semana.

Gargalo

Por vezes, o Manaustrans parece interferir no trânsito e depois não verifi car o resultado da sua ação.

Caso da rua Emílio Morei-ra, que teve o semáforo do cruzamento com o boulevard Ávaro Maia dessincronizado em relação ao do cruzamento bou-levard/Major Gabriel.

Um interfere no outro e, até pouco tempo, ambos funciona-vam bem. Agora, um engarrafa o outro, depois que a sincronia foi alterada.

Gargalo 2

Embora a rua 10 de Julho seja mais importante, a Tapa-jós tem pelo menos o dobro do fl uxo, pois serve de acesso a todos que visam à Joaquim Nabuco, vindos da Ramos Fer-reira, da Leonardo Malcher e da própria Tapajós.

Já tem torcedor amazonense dizendo que a seleção olímpica é uma séria candidata à medalha de ouro nas Olimpíadas de 2016 (que nuca ganhou), só porque jogou em Manaus.

O otimismo dos torcedores tem origem em 1969, quando a se-leção de Zagalo jogou em Manaus antes de seguir para o México, onde faturou o tri–campeonato, conquistando, definitivamente, a Jules Rimet.

Manaus é pé quente!

E o Uber avança sobre o tá[email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Para a seleção de Dunga, que lembra muito o governo da presidente Dilma. O técnico tira jogador e mete jogador, mas o time não consegue jogar. A presidente tira ministro e mete ministro, mas o governo não consegue governar.

Time de Dilma, time de DungaDIVULGAÇÃO

Para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), que resolveu combater o abuso da poluição sonora provocada por estabelecimentos instalados irregularmente em unidades habitacionais do Prosamim. Mas, e no resto da cidade?

Combate à poluição sonoraDIVULGAÇÃO

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPOCom a lógica da infância, pensa-va que os médicos estariam isentos da fatalidade da morte. Nada mais consequente, uma vez que a eles era dado o poder de vencer as do-enças de que a “Velha Senhora” se servia quando queria levar alguém para o seu castelo.

Algumas vezes suas tentativas eram vencidas pelo poder da “Iniludível” (Manoel Bandeira assim a chamava), mas em muitas outras eram eles os vencedores, e essa alternância confi r-mava que só eles detinham em suas mãos essa prerrogativa única. Era como num jogo de futebol, em que um time ora ganha, enquanto o outro perde, mas sempre estarão ambos prontos para entrar em campo. Justo, pois, inferir que, se a uns conseguiam resgatar das mãos da “Magra”, esse poder mágico mais ainda se aplicaria às suas próprias pessoas.

Mas o tempo, esse inexorável cami-nhador, em sua marcha contínua um dia veio mostrar que o pensamento da criança, mesmo coerente, carecia de veracidade, ou seja, cruamente reve-lou que também os médicos morrem. Era dura e crua verdade, de que dela ninguém escapa.

Esse tempo é o antagonista da memória e tudo faz para esmaecê-la. Ainda assim, fi cou o registro chocante, da mais remota infância, de certo alvoroço na família, quando a ela chegou a notícia de que um estimado compadre dos meus pais, cuja ima-gem fi cou guardada como de alguém de cabelos e bigodes brancos, havia morrido. O surpreendente foi que esse homem era médico. Chamava-se Adriano Jorge.

De uma vez para sempre, acabara de ruir o mito da imortalidade dos médicos. Até acho, hoje, que essa crença era muito cara à mente da criança porque, de certa forma, ate-nuava a inexorabilidade da Morte. E o choque do desmoronamento de tal

convicção teve que ser dramático, precisamente na medida em que colo-cou à sua frente a realidade do limite da vida. Daí para cá, muitos outros médicos foram tombando, colhidos pela foice da Ceifadora, muitos deles inesquecíveis, alguns até da minha própria família.

Saltam da memória fi guras inesque-cíveis, umas que lá estão guardadas desde a mais primitiva infância, e assim passam a desfi lar profi ssionais aos quais, nesta Manaus, poucos há que não lhes sejam devedores. São os fantasmas de Rayol dos Santos, com sua indefectível gravata borbo-leta, de Comte Telles, de Hosannah da Silva (que deixava na antessala uma caixinha para que cada cliente deixasse o que pudesse e se quises-se), de Romualdo Seixas, refi nado cavalheiro, de Moura Tapajós, clí-nico absoluto, de João Veiga, hábil cirurgião. Em gerações mais tardias, enfi leiram-se Arlindo Frota, Jorge Au-car, o icônico João Lúcio Machado, sem falsa modéstia, meu irmão Pla-tão. Certamente outros há, mas toda memória tem seus limites.

Por fi m, a razão que venha a justifi car o porquê deste texto ter digressionado para a unilateralidade das fi guras dos nossos médicos. O fato é que mais um acabou de partir e dele a nossa cidade, com certeza, vai sentir não apenas a saudade, mas sobretudo a falta real e insanável que alguém insubstituível sempre deixa quando se vai.

Morreu há poucos dias Afrânio So-ares, excelência da pediatria. E assim posso afi rmar e proclamar por experi-ência própria, pois em suas refi nadas mãos coloquei as vidas dos meus fi lhos e dos meus netos, duas gerações, sem que jamais dele viesse uma falha e de mim um arrependimento. Agora só resta sentir a sua dolorosa ausência e curvarmo-nos diante do grande pro-fi ssional e da nobre pessoa humana que viemos de perder.

Os médicos também [email protected]

João Bosco Araújo

Morreu há poucos dias Afrânio Soa-res, excelên-cia da pedia-tria. E assim posso afi rmar e proclamar por experiên-cia própria, pois em suas refi nadas mãos colo-quei as vidas dos meus fi lhos e dos meus netos, duas gera-ções, sem que jamais dele viesse uma falha e de mim um arre-pendimento”

Editorial [email protected]

[email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Frase

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano

de Manaus

IONE MORENO

Cristine Lagarde, diretora-gerente do FMI, discursou durante o encontro do órgão e do Banco Mundial, em

Lima, Peru, e apesar do tom otimista, reconheceu que nes-te ano a economia da América Latina deve recuar 0,3% e

no próximo, deverá crescer 0,8%.

Painela Petrobras foi procurada por investidores chineses e europeus interessados em comprar uma parte de sua subsidiária. Segundo inte-grantes do governo, as ne-gociações estão adiantadas.

Com meta A ideia inicial é vender menos do que 25% da empresa de distribuição para poder ter o que ofe-recer quando o projeto de abertura de capital da BR for retomado. Entretanto, ainda não há prazo para que o IPO ocorra diante do mau momento do mercado.

Imploro! Com a missão de reduzir 3.000 cargos comis-sionados e 30 secretarias, o Ministério do Planejamento, de Nelson Barbosa, ganhou o apelido de “muro das lamen-tações”. Todo dia tem gente batendo à porta da pasta pedindo para ser preservado dos cortes. “Agora estamos contingenciando gente”, diz um técnico gaiato.

Inovação Mesmo fora da Casa Civil, o ministro Aloizio Mercadante recebeu um con-vite de Dilma para continuar participando das reuniões da Junta Orçamentária – grupo do governo que toma todas as decisões importantes na área econômica.

No front Depois de três reuniões com Jorge Rachid, chefe da Receita Federal, os auditores fiscais não aceita-ram a proposta de suspender a greve que dura mais de um mês. O documento apresen-tado à categoria “tem muito verbo e pouca substância”, afirma um dos representante dos auditores.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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EM Tempo OnlineYndira Assayag — MTB [email protected] GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Diante da crise na economia e dos desdobramentos da Lava Jato, o Piantella, tradicional restau-rante frequentado por políticos e empreiteiros em Brasília, viu seu movimento cair drasticamente nos últimos meses.A solução para tentar recuperar a clientela foi se render ao almoço executivo, oferecendo entrada, prato principal e sobremesa ao preço de R$ 54,00.Apesar das difi culdades, o dono do espaço, o advogado criminalista Antônio Carlos de Almeida e Castro, o Kakay, não se abala. Sorrindo, afi rma:–O que a Lava Jato me tira de clientes no restaurante, me dá com muito mais lucro na advocacia.

Uma mão lava a outra

TIROTEIO

Os papéis foram invertidos. O TCU fez um julgamento político e, agora, sobrou para a Câmara a análise técnica das contas.

DE JANDIRA FEGHALI �RJ�, líder do PC do B na Câmara, sobre o julgamento do Tribunal de Contas da União que reprovou as contas de Dilma de 2014.

Às escurasO presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu

as portas de sua residência ofi cial, na última quinta-feira, para receber o ministro Edinho Silva (Secom). Uma espécie de trégua em meio à guerra política dos últimos meses. No encontro, Cunha atribuiu ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) a responsabilidade pelo seu desgaste. E, classifi cando o titular da pasta como seu “inimigo”, chegou a dizer: “Se colocasse o Michel Temer na Justiça, não teria impeachment”.

Disfarça O ministro de Dilma levou ao Planalto o conteúdo da conversa. Nem ele nem Cunha re-lata, oficialmente, o teor da reunião.

Comigo não Interlocu-tores do vice-presidente Michel Temer dizem que, a esta altura, dificilmente ele aceitaria uma propos-ta dessa natureza.

Mortal combat Interlo-cutores de Eduardo Cunha e do Palácio do Planalto notaram que ambos os lados têm usado a mesma frase para definir o atual estágio da crise política: “Estamos nos aproximan-do da batalha final”.

Regra do jogo Enquanto a cúpula do governo dá como certa a defl agração do processo de impeach-ment de Dilma pela Câmara na semana que vem, Cunha também tem certeza que o Ministério Público usará a acusação de que possui contas na Suíça para de-nunciá-lo novamente.

Morreu de velho Caso Cunha opte por devolver o pedido de impeachment

para que o plenário decida sobre ele, a oposição deve fazer um “teste de força” antes de votá-lo. A ideia é pautar outra matéria para medir se há, de fato, maioria na Câmara para a aceitação da denúncia.

Em defesa Em seu pro-grama nacional de rádio e TV, que vai ao ar dia 29 de outubro, o PC do B dirá que é “preciso coragem” para enfrentar “o movimento gol-pista dentro do Congresso”.

Reencontro Marcelo Odebrecht recebeu a visi-ta dos pais há duas sema-nas no Complexo Médico Penal, em Pinhais. Foi a primeira vez que Emilio e Regina Odebrecht se encontraram com o filho preso pela Lava Jato.

Palavra de pai Emílio relatou com bom humor a pessoas próximas a conversa que teve com o fi lho. Disse, em tom de brincadeira, que Marcelo “estaria dando mais traba-lho se estivesse aqui fora”.

Sem prazo Após desistir de fazer um IPO da BR Dis-tribuidora em dezembro,

Todos temos medo da solidão. Não é bom estar só e temos necessidade de estabelecer re-lações para termos identidade própria e existirmos em pleni-tude. Na narração bíblica, Adão se relaciona com Deus e com as criaturas, inclusive dando nome aos animais, mas isto não supre a sua necessidade de um outro. Só a mulher o completou porque era carne de sua carne e os dois eram um só, e juntos eram imagem e semelhança de Deus que é amor, relação entre três pessoas. Foi nesta linha que o papa começou a sua homilia no dia da inaugu-ração do sínodo que acontece em Roma e que tem como tema a vocação e a missão da família frente aos desafios do mundo contemporâneo.

Na origem da família, está o amor fecundo entre homem e mu-lher. Por isso Jesus vai dizer que o que Deus uniu o homem não deve separar. Homem e mulher juntos continuam a obra criadora e são responsáveis pelo cuidado da casa comum, onde a vida acontece em milhões de formas fazendo da biodiversidade o primeiro e mais eloquente sinal da misericórdia divina. Misericórdia que é fi el e que não muda mesmo quando a criatura rompe suas relações com o criador. Fidelidade é condição de relações profundas que só acontecem se houver perspectiva de continuidade. Ninguém se joga por inteiro numa relação se não tiver confi ança no outro, se não puder confi ar na palavra dada.

As feridas causadas pela traição e por promessas não cumpridas custam a cicatrizar, quando ci-catrizam. Por isso o matrimônio cristão supõe a fidelidade absolu-ta, porque só ela pode superar a solidão existencial que machuca e

fere. A busca de prazeres ocasio-nais não enche o coração humano que tem sede de absoluto.

A igreja proclama isto como verdade. A verdade existe e nos antecede, não cabe a nós cons-truí-la. Ela nos é dada. Numa cultura que nega a possibilidade da verdade e apresenta tudo como elaboração do indivíduo que constrói a sua identidade, esta linguagem pode parecer ultrapassada, retrógrada e até opressora. Mas se a verdade não existe então também não existe amor, valores, ideais. Pobres de nós, somos abandonados a nós mesmos e a nossa incapacida-de de dar sentido a nossa vida devendo nos contentar com ima-gens e sons que nos impedem de sentir a solidão.

Fidelidade e verdade estão na base da vida familiar que propicia um ambiente que nos faz encon-trar a nossa identidade. Mas sa-bemos por experiência que somos mestres na arte de enganar, de mentir e de viver fantasias. Como fruto temos famílias destruídas, corações feridos, vidas marcadas por ressentimentos. Aí, entra em campo a caridade que leva a perdoar, a acolher, a curar e a restaurar relações perdidas. Cari-dade não é sentimentalismo, mas é restauração da verdade perdida e reencontro da dignidade des-truída pela infidelidade.

Estamos no final da primeira se-mana do Sínodo e seria prematuro adiantar conclusões, mas elas brotarão das convicções mais profundas que tem dado força aos cristãos nos últimos vinte séculos, e entre estas estão certamente o desejo de corresponder à fideli-dade e à misericórdia divina que antecede o amor humano dando a ele seu verdadeiro sentido.

Fidelidade, verdade, [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

OLHO DA [email protected]

Somente o mais pessimista apostaria contra o sucesso a longo prazo dos mercados emer-

gentes. Eles foram responsáveis por quase 80% do crescimento global ao longo dos

últimos 5 anos e geram mais de metade da produção mundial. [...] Esta já não é a América

Latina do seu avô. É uma nova região, que agora enfrenta novos desafi os

Os bancários em greve discursam que não há crise no sistema fi nan-ceiro e reivindi-cam respeito e segurança. A crise está no setor de habitação e en-quanto o governo roda a sacolinha para arrecadar fundos e mundos para a construção de mais moradias, as antessalas das agências bancá-rias, onde estão os caixas eletrônicos, recebem os sem-teto. Quem diria

VERA MAGALHÃES

CONTRAPONTOFidelidade e verdade estão na base da vida familiar, que propicia um ambiente, que nos faz encontrar a nossa iden-tidade. Mas sabemos por experiência que somos mestres na arte de en-ganar, de mentir e de viver fantasias. Como fruto, temos famílias destruídas, co-rações feridos, vidas marca-das por res-sentimentos”

Cristine Lagarde,

Lima, Peru, e apesar do tom otimista, reconheceu que nes-te ano a economia da América Latina deve recuar 0,3% e

Somente o mais pessimista apostaria contra Somente o mais pessimista apostaria contra Somente o mais pessimista apostaria contra o sucesso a longo prazo dos mercados emer-o sucesso a longo prazo dos mercados emer-o sucesso a longo prazo dos mercados emer-

últimos 5 anos e geram mais de metade da produção mundial. [...] Esta já não é a América

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Polí[email protected]

A5

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

REFORMA

Eleições terão teto de gastos

Política A7

TSE

Ele construiu um caminho na vida e ao longo dos anos formou uma carreira entre as ondas AM e FM do rádio

e no meio político do Amazonas, em mandatos legislativos como verea-dor e deputado e no Executivo, como ouvidor do Estado e secretário de Educação.

A seis meses de completar 70 anos, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Josué Cláu-dio de Souza Filho, vive entre dois planos de vida. O primeiro, de se aposentar compulsoriamente, con-forme rege a Constituição Federal, e deixar a vida como agente público para voltar ao microfone da rádio Difusora, a fi m de contar histórias e, em paralelo, construir uma outra emissora, na frequência 95.5.

EM TEMPO – Como vai a sua saúde?

Josué Filho – Mentalmente, você vai verifi car que eu sou relativamen-te jovem. Nos ossos eu sou velho. No aparelho digestivo eu sou velho. No olhar, sem óculos, eu sou jovem. Eu tenho uma tese de que o nosso organismo não tem a mesma idade. Uns envelhecem mais. O que enve-lheceu mais rápido para mim foram os ossos e o aparelho digestivo.

EM TEMPO - Há quase 2 anos como presidente do TCE, o se-nhor teve algum desgaste físico ou mental?

JF- São quase 8 anos de TCE, nos quais o desgaste da presidência é muito maior. Nós tivemos que enfrentar uma série de problemas e agora o maior que é a queda da arrecadação do Estado. Mas o tribunal tinha bala na agulha, tinha gordura de antecedentes. Nós so-mos hoje, em 2015, tão pobres ou tão cortados quanto qualquer outro órgão. É a mesma aritmética. Nós recebíamos cerca de R$ 17 milhões, estamos recebendo cerca de R$ 15 milhões e estamos complemen-tando com R$ 2 milhões, que é da gordura. Não houve necessidade de diminuir. Mas também não se pode dar da data-base de 2015.

EM TEMPO – Mas de onde vem o maior desgaste na presidência?

JF – Agora o desgaste da presi-dente é muito grande porque, em-bora seja o presidente, o regime na verdade é parlamentarista. O presidente decide, mas ele subme-te aos seus colegas. As decisões são todas em conjunto no pleno. É só aquela rotina administrativa de férias, isso e aquilo, mas tudo tem que passar.

EM TEMPO - Há uma defasagem de servidores para dar conta de um Estado como Amazonas?

JF – O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, no biênio do Josué Filho, não criou nenhum cargo, exceto um de auditor que está em concurso público. Hoje nós funcionamos com um audi-tor a menos, com a aposentadoria da Yara Lins, que foi eleita conselheira, não foi preenchida ainda a vaga dela. E se aproveitou para criar uma vaga em espera. Então, o concurso é para duas vagas. E temos hoje o mesmo número de servidores de quando começamos na presidência.

EM TEMPO – O senhor acredita que o TCE terá recurso para novo concurso?

JF – O tribunal tinha concursados dos períodos dos ex-presidentes Rai-mundo Michiles, Érico Desterro e Júlio Pinheiro e nós fomos chamando esse pessoal. E renovando as vagas. Agora mesmo estamos esgotando e já vai ter estudo para ver que necessidade teremos de concurso. Mas, é bom que se saiba que, quando você perde um servidor, você paga ele na apo-sentadoria. Se você chama um novo, então, são duas despesas. O concurso vai ter que ter. A triste notícia é o seguinte: o Orçamento de 2016 é absolutamente igual ao de 2015 e as despesas de 2016 naturalmente não será as mesmas

EM TEMPO – O concurso fi ca para a próxima gestão?

JF – Sim. O que nós concursamos agora foram estagiários, que é uma solução efi ciente e barata nas quatro áreas de direito, administração, con-tabilidade e engenharia. Aliás, nessa parte, merece uma observação que é sobre o lado humano, social. O lado que o pessoal não vê no tribunal. O TCE tem 150 estagiários. São 150 salários. São 150 vales-transportes. São 150 seguros. Temos 50 menores aprendizes, que comem, que rece-bem, que se transportam. Se todos tivessem um pouco talvez nós tivés-semos uma geração mais moderada. E temos ainda mais 20 defi cientes auditivos.

EM TEMPO – Quais foram os principais desafi os na gestão nes-ses quase 2 anos?

JF – Eu vou dizer que foi a hu-manização. Como? A forma de se relacionar com os servidores. E a concessão de três datas básicas. Duas atrasadas, 11 e 12, 12 e 13, a de 14 eu concedi. Estou devendo a de 2015, que vai ser difícil pagar. Na parte externa, uma visão do TCE, da sua função didática pedagógica, de não ser apenas a casa que pune, reprova e que multa.

EM TEMPO – Ainda existem muitas contas desaprovadas.

JF- Mas já é bem menor. Basta dizer que já temo um número histó-rico no ano de 2014. Tivemos 100% das contas das câmaras municipais entregues dentro do prazo. Coisa que não conseguimos repetir agora em 2015, que foi 95%. Mas, já é um número expressivo porque 100% era insonhável, inimaginável.

EM TEMPO – E como é a relação com os prefeitos?

JF – Eles não têm mais medo porque o tribunal não é mais o bicho papão. Agora eles têm sustentação oral. Aprenderam com ato da sessão públi-ca que vem desde o meu antecessor, o doutor Érico (Desterro), o direito à sustentação oral. Ele enfrenta. As pessoas têm medo do tribunal. Mas, a nossa estada lá, neste aspecto, foi moderada e humanística, sem nenhuma modéstia.

EM TEMPO – O TCE é um órgão auxiliar da Assembleia Legisla-tiva, que tem uma forte relação com o governo. É possível dizer que o TCE tem independência nas prestações de contas do Estado?

JF – A tua pergunta é tão inteligente que ela é irrespondível. Mas, vamos admitir que, se o TCE tivesse o mesmo comportamento do Ministério Públi-co, como estaria o país? Se nós não fôssemos didático, pedagógico, não fosse humanista e político, se não tivéssemos vínculo com o Legislativo e tivesse uma função tipo o Ministé-rio Público, não escaparia ninguém, meu irmão. O tribunal tem a função didático-pedagógico. O tribunal não foi feito para punir. Ele feito para o cidadão não errar. Por isso que você tem auditorias prévias. Todos os municípios do interior já foram per-corridos. Ninguém foi lá para multar.

EM TEMPO – O senhor completa 70 anos em abril de 2016 e há uma discussão sobre a mudança da aposentadoria compulsória para 75 anos. O senhor vai querer fazer uso da chamada PEC da Bengala?

JF – Hoje a aposentadoria com 70 menos um. Com 70 mesmo. Mas se você fi car, você perde. Tem que se aposentar pelo menos um dia antes. Mas vamos ver como essa lei fi ca. Eu não acredito que ela passe. Eu acho que ela vai ser barrada lá no Supremo Tribunal Federal. E é muito melhor você trabalhar com uma dura expectativa e continuar planejando a minha vida como eu planejei para sair do tribunal, fazer uma parte no rádio. E eu tenho o plano um e o plano dois.

EM TEMPO – Mas, o senhor prevê sair quando do tribunal?

JF – No plano 1 eu pretendo sair do tribunal com a atual lei em que está em vigor. Por ela eu tenho que sair antes do dia 14 de abril de 2016. E tem uma parte que me incomoda.

EM TEMPO – Qual é essa parte?JF – Quem já foi comandante sente

muita difi culdade de se adaptar a vol-tar a ser subordinado. Eu fui presiden-te da Câmara Municipal de Manaus e nunca mais lá voltei. Fui presidente da Assembleia Legislativa e nunca mais lá voltei, a não ser para solenidades. E no tribunal, o que há na realidade é eu me sentir. Tu tens peito Josué de voltar a enfrentar um microfone todos os dias? Tu tens peito de se a lei te favorecer tu perder cerca de R$ 10 mil reais entre representação, auxílio moradia e abono permanência? Eu creio que o meu estado, naquela tua pergunta inicial sobre a minha saúde, vai responder. Agora quero dizer, à princípio, que não gosto da palavra bengala, não gosto da palavra idoso, adoro mocidade, coroas, até velho acho carinhoso.

EM TEMPO – Então o velho general volta à Difusora para comandar o microfone?

JF – Quero dizer que volta o soldado porque eu sempre fui igual aos meus colegas. Lá ninguém me chama de seu Josué. Lá são todos do mesmo tamanho. Quem faz a distinção é o peso da audiência. Lá o general da audiência no momento é o Garotinho, é o Paulo Guerra. Eu vou recomeçar. Vou contar histórias no ar.

EM TEMPO – Volta para uma hora ou duas horas no ar?

JF – Não. Que tal eu fi car três ou quatro horas no ar, numa manhã, só fazendo o ancora? Eu tenho uma rádio na cabeça. Está vindo uma nova. Mas eu tenho uma rádio na cabeça. Mas digo uma coisa, será uma rádio com gente. Não é uma rádio com som de fora. A frequência será a 95.5.

EM TEMPO – O principal legado do Josué no TCE?

JF – Creio que é lá naquele pri-meiro ponto: humanista, didático, pedagógico, olhando as pessoas em primeiro lugar. Isso se materializa com as datas básicas, com a Escola de Contas. Vamos admitir que eu não tenho cara de autoridade, nem de presidente. O Josué foi simples e cristão. Se não obteve sucesso é por defeito próprio. Não porque não querer ser, mas eu sempre quis ser diferente nesse ponto. Você vê que em mim não pegou nenhum título. Continua Josué. Nem deputado, nem conselheiro, nem ouvidor. Só Josué. O título quem faz é você e o melhor título é o seu nome.

Josué FILHO

‘O TRIBUNAL NÃO foi feito para PUNIR’

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A tua pergunta é tão inteligente que ela é irrespondível. Mas, vamos admitir que, se o TCE tivesse o mes-mo comportamento do Ministério Público, como estaria o país? Se nós não fôssemos didático, pedagógico, humanista e político, se não tivéssemos vínculo com o Legis-lativo, não escaparia ninguém, meu irmão”

EMERSON QUARESMA

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015A6 PolíticaPolítica

Youssef depõe dia 20 na CPIBrasília (Agência Câma-

ra) - A Comissão Parlamen-tar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão marcou para o próximo dia 20 o depoimento mais esperado para a investigação: Alberto Youssef, principal delator da operação Lava Jato.

O presidente da comissão, deputado Efraim Filho (DEM-PB), quer que Youssef es-clareça a relação dele com os fundos de pensão. “Já se sabe de alguns trechos das suas delações premiadas da relação dele e de empresas

com os fundos de pensão especialmente no sentido de captar recursos para alavan-car empresas que acabaram sendo doadoras de propina para os partidos políticos e para políticos brasileiros”.

A CPI dos Fundos de Pen-são investiga se houve ma-nipulação política em inves-timentos com recursos dos fundos de pensão federais: Petros (da Petrobras), Previ (do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e Postalis (dos Correios). As operações causaram preju-

ízos e levaram os fundos a um défi cit de mais de R$ 30 bilhões no ano passado.

Melhorias na legislaçãoNa terça-feira, a comissão

ouve o presidente da Asso-ciação Brasileira das Entida-des Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José Ribeiro Pena Neto, para que ele sugira melhorias na legis-lação do setor.

O deputado Efraim Filho afi rmou que a CPI deve propor alterações na lei para que a situação não se repita.

LÚCIO BERNARDO JR/CÃMARA DOS DEPUTADOS

Relator da proposta, deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG) vai colocar parecer à votação no dia 20

Relatório do deputado Laudívio Carvalho (PMDB-MG) será votado no próximo dia 20 na Comissão Especial na Câmara

Estatuto autoriza compra de armas para maior de 21

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

Cunha ainda é muito forte, mas poucos acreditam que ele escape dessa.

Estado ricoO governador de Alagoas,

Renan Filho (PMDB), baixou um pacotaço de aumento de impostos que transformou o ICMS e o IPVA os mais caros do Brasil. Coisa de Estado rico, bota rico nisso.

Na pressãoO caldo engrossou no PMDB.

O diretório de Santa Catari-na está em forte campanha para antecipar o congresso nacional do partido. Querem a todo custo romper de vez com o governo Dilma.

Salão de belezaEnquanto o pau cantava

no Congresso, esta semana, o senador Humberto Costa (PT-PE) dava uma arrumadi-nha no visual, na barbearia do Senado. Até mandou pinçar as sobrancelhas.

Saco cheioEm Brasília, começa neste

dia 13 a “semana do saco cheio”, em que os professo-res da rede pública enforcam toda uma semana, em ou-tubro. O governo fi nge que não vê e até a imprensa faz obsequioso silêncio. O con-tribuinte, que banca a farra, continua sem direito ao saco cheio.

Mais umFiel escudeiro de Eduar-

do Cunha, o deputado André Moura (PSC-SE) também está enrolado. Ele recorreu ao STJ contra ação civil pública por improbidade em Pirambu, onde foi prefeito. O pedido foi negado.

Pensando bem......a inadimplência chega

a quase 40% da população do Brasil, mas as lorotas do governo estão 100% em dia.

PODER SEM PUDOR

Já na Defesa, Amorim era ‘o cara’ da Odebrecht

Ex-ministro das Relações Exteriores do governo Lula e ex-ministro da Defesa no governo Dilma, Celso Amorim teria re-presentado interesses da empreiteira Odebrecht nos governos do PT, segundo comunicados apreendidos pela Polícia Federal na sede da empreiteira, na operação Lava Jato. A PF investiga a infl uência de Amorim enquanto chefe do Itamaraty e também avalia se a “atuação” continuou no governo Dilma.

Encontro suspeito Em 28 de agosto de 2013,

Amorim recebeu Marcelo Odebrecht, André Amaro, Luiz Rocha e João Carlos Mariz Nogueira, todos da Odebrecht.

Contato forteUm e-mail apreendido na

sede da Odebrecht pela PF revelou encontro de executi-vos da empreiteira com Celso Amorim, em Nova York.

Bilhões brasileiros...A PF investiga se Amorim

era “ponte” da Odebrecht com Lula para viabilizar negócios no exterior, com fi nanciamento brasileiro.

...fi scalização zeroA força-tarefa da Lava Jato

investiga contratos secretos de empreiteiras brasileiras para realizar obras no ex-terior, sem órgãos fiscali-zadores.

Base aliada dá prazo de 10 dias para o governo

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoi-ni, pediu um prazo de 10 dias para “arrumar a casa e aparar as arestas” com a base aliada de Dilma, que aceitou “baixar o tom” até o fi m de outubro. Defi niu-se o veto ao reajuste do Judiciário como a penúltima cartada dos aliados da presidente Dilma. Caso as exigências não sejam atendidas, os parlamentares já ameaçam apoiar o pedido de impeachment.

Agora vai?Após duas tentativas frus-

tradas de votação dos vetos, deputados do PSD, PP, PRB e PTB prometem dar quórum na próxima semana.

Amigo do reiÉ nítida a insatisfação com

a reforma ministerial que pri-vilegiou ala do PMDB ligada ao líder Leonardo Picciani (RJ) e ignorou outros aliados.

Primeira classeO líder de um partido da

base resume: “O governo co-locou o PMDB na primeira classe e o restante da base na econômica”.

Gato por lebreNa reunião de quinta (8),

ministros reclamaram que o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), já na primeira oportunidade, não entregou o que “vendeu”, ao indicar dois ministros com juras eternas de fi delidade.

Pela culatraO ministro de Governo, Ri-

cardo Berzoini, não se confor-ma com a rejeição das contas de Dilma. Mas reconheceu, em conversa com aliados que constranger o relator Augusto Nardes foi um tiro no pé.

Pressão altaDesde a redemocratização,

o único presidente da Câ-mara a renunciar, enrolado em corrupção, foi Severino Cavalcante (PP). Eduardo

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

Temos corrupção descoberta em outros órgãos além da Petrobras”

PROCURADOR DELTAN DALLAGNOL,da força-tarefa que investiga a roubalheira à Petrobras

Hora de bajularNunes Freire era deputado estadual no Maranhão,

no dia 1º de abril de 1964, quando apresentou uma moção de apoio às Forças Armadas. As notícias sobre o êxito do golpe ainda eram confusas, e os deputados engavetaram a moção. Dez dias depois, consolidado o golpe militar, retiraram-na da gaveta. Foi a vez de Nunes Freire se manifestar:

- No dia 1º essa moção era uma tomada de posição. Hoje, com a vitória do movimento militar, é uma ridícula bajulação. Sou o autor, retiro-a.

Os outros deputados fi caram com a cara no chão.

FUNDOS DE PENSÃO

Brasília (Agência Câ-mara) - A Comissão Especial que analisa mudanças no Esta-

tuto do Desarmamento (PL 3722/12 e apensados) pode-rá votar no próximo dia 20 o substitutivo do relator da matéria, deputado Laudivio Carvalho (PMDB-MG).

Renomeado como Estatu-to de Controle de Armas de Fogo, a proposta reduz de 25 para 21 anos a idade mínima para a compra de armas no país; estende o por-te para outras autoridades, como deputados e senado-res; e assegura a todos os cidadãos que cumprirem os requisitos mínimos exigidos

em lei o direito de possuir e portar armas de fogo para legítima defesa ou proteção do próprio patrimônio.

O relator argumenta que a proposta atende à vontade da maioria dos brasileiros, que, segundo ele, teve os direitos sequestrados com a edição do Estatuto do Desarmamento, em 2003. Para ele, os crimes no país se tornaram mais intensos e cruéis diante de uma so-ciedade desarmada e refém dos delinquentes.

“Não pode o Estado se so-brepor à vontade do cidadão, individual e coletivamente, tornando-se o grande tu-tor. Na verdade, um tirano”,

diz Carvalho no parecer. “É como se sucessivos gover-nos, incapazes de prover a segurança pessoal e patri-monial dos homens de bem, tivessem feito um pacto com a criminalidade para tirar dos cidadãos o último recur-so para sua defesa pessoal e patrimonial, a arma de fogo”, completa Carvalho.

Por sugestão de diversos integrantes da comissão es-pecial, o substitutivo pro-posto por Carvalho, que já está na sétima versão, não será mais alterado, cabendo apenas mudanças de reda-ção e a apresentação de destaques para a votação em separado.

CINÉPOLIS

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015A7PolíticaPolítica

Cálculo estimado foi feito com base nos valores investidos nas eleições de 2012 e conforme novas regras da minirreforma eleitoral

Teto de gastos para pleito de 2016 será de R$ 15,3 mi

Os candidatos majo-ritários às eleições municipais de 2016 somente poderão

gastar até R$ 15,3 milhões na campanha eleitoral. O va-lor foi calculado com base na reforma política aprova-da no Congresso Nacional no último mês, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e publicada em edição extra-ordinária do Diário Ofi cial da União (DOU) do último dia 29 de setembro.

A partir das próximas elei-ções, o teto para o limite de gastos com a campanha eleitoral será estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base nos valores gastos nas últimas disputas eleitorais. Até a aprovação da lei, o teto de gastos era defi nido pelos candidatos e informado à Justiça Eleitoral no pedido de registro de can-didatura e poderia ser alterado ao longo da campanha desde que o juiz do pleito autorizasse a modifi cação.

Para representantes de par-tidos políticos, em tempos de crise econômica, o estabeleci-mento de um teto fará com que os candidatos potencializem as ações ao longo da campa-nha. Para o secretário-geral do

PSD, Paulo Radin, os partidos políticos terão de se adequar à nova realidade. “Vejo que as campanhas acabarão ten-do, aparentemente, um custo menor. Aí, a diferença de quem gasta mais ou menos vai de-pender da capacidade de cada candidato de aglutinação de apoiadores e aliados para aproveitar melhor os recursos disponíveis”, disse.

De acordo com o secretário-geral do PMDB, Miguel Ca-pobiango, o estabelecimento de um limite para os gastos tornará a “corrida eleitoral” mais igualitária. “É óbvio que quando você impõe um limite, você reduz os gastos dos grupos políticos. Mas, o importante é que a regra vale para todos e isso acabará igualando a disputa. Acre-dito que o teto para gastos

defi nirá o planejamento dos partidos políticos e candida-tos para a disputa (eleitoral)”, disse Capobiango.

O ministro do TSE, Henrique Neves, esclareceu, por meio da assessoria de comunica-ção do tribunal, que o teto de despesas será a somatória dos custos do partido político e do candidato. “Não haverá um gasto para o partido e outro para o candidato. O gasto será único. A proporção de gasto que será realizada pelo partido ou pelo candidato é uma questão a ser decidida pela campanha”, explicou, por meio da assessoria.

Nas eleições municipais de 2012, os candidatos à Pre-feitura de Manaus arrecada-ram R$ 30,7 milhões nos dois turnos da disputa eleitoral. Deste valor, segundo dados disponibilizados no site do TSE e informados pelos próprios candidatos, R$ 13,1 milhões foram gastos pelo prefeito de Manaus, Arthur Neto (PSDB); R$ 13,4 milhões foram gastos por Vanessa Grazziotin (PC-doB), segundo lugar na dispu-ta; e R$ 1,830 milhão foram gastos pelo deputado federal Pauderney Avelino (DEM), que também disputou a eleição. Os demais candidatos gastaram valores que variaram de R$ 7 mil a R$ 747 mil.

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Ministro Henrique Neves disse que o teto de despesas será a somatória dos custos da sigla e do candidato

Congresso aprovou a nova minirreforma eleitoral, que já foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff

CAMILA CARVALHO

De acordo com a nova regra, no primeiro turno para os cargos de presidente da República, governador e pre-feito, o limite será o equiva-lente a 70% do maior gasto declarado para o cargo na mesma localidade eleitoral. A regra também é válida para as disputas aos cargos de senador, deputado fede-ral, estadual ou vereador. Se a última eleição tiver sido decidida em dois turnos, o limite passa a considerar todos os gastos do primei-ro e segundo turnos, sendo fi xado em 50% desse total.

Em Manaus, por exemplo, nas eleições em 2012, os nove candidatos ao Execu-tivo municipal arrecadaram, juntos, R$ 30,7 milhões ao longo de toda campanha eleitoral, já somados os gas-tos efetuados no segundo turno da disputa pelos en-

tão candidatos Arthur Neto (PSDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB). Pela regra, 50% deste valor é o equivalente é R$ 15,3 milhões.

De acordo com o TSE, nos

municípios que têm até 10 mil eleitores, há duas pos-sibilidades: o teto de gastos será de R$ 100 mil para prefeito e de R$ 10 mil para vereador ou o estabelecido

na regra de primeiro e se-gundo turno, caso o valor seja maior. A lei estabelece uma multa equivalente a 100% da quantia que ultra-passar o limite estabelecido em caso de descumprimento da regra aprovada pelo Con-gresso Nacional.

O TSE informou que para escolha da presidente da República, em 2018, os candidatos só poderão gastar até metade do maior gasto declarado nas elei-ções, em 2014.

Os valores serão atuali-zados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do Instituto Brasi-leiro de Geografi a e Esta-tística (IBGE). Segundo a regra, o valor referente ao teto para os gastos deverá sem amplamente divulga-do pelo TSE até o dia 20 de julho de 2016.

Eleição anterior é pârametro

REGRA

Conforme a Justi-ça Eleitoral, para a escolha de presiden-te da República, em 2018, os candidatos só poderão gastar até metade do maior gasto declarado nas eleições presidenciais do ano passado

R$ 30,7 milhões

Foi o valor arrecadado na campanha eleitoral, pelos candidatos à Prefeitura de Manaus, em 2012, segundo dados do TSE

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015A8 PolíticaPolíticaVotação de vetos deverá ocorrer só em novembroConvocação para reunião será feita após três tentativas frustradas de se votar as matérias que elevam os gastos públicos

Apesar das declarações de deputados federais, tanto da base aliada como da oposição, de

que poderiam votar os vetos presidenciais na semana que vem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não convocou nenhuma sessão conjunta do Congresso Nacio-nal para os próximos dias. Os vetos deverão ser analisados apenas em novembro.

Após três tentativas frustra-das de se votar as matérias que, se aprovadas, elevariam os gastos públicos, Renan Ca-lheiros avisou a aliados que não convocaria uma nova reunião sem a certeza de que haveria quórum para a votação.

Na última quarta-feira, Renan afi rmou que uma nova sessão só deverá ser marcada quando for “prudente e recomendável convocar o Congresso”.

De acordo com o regimen-to interno do Congresso Na-cional, as sessões conjuntas são convocadas na terceira semana de cada mês.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afi rmou, na última sexta-feira, que acredita em uma convocação na próxima semana. Cabe ao Renan, que é também presidente do Con-

gresso, a decisão de convocar uma sessão extraordinária. Ele deve, no entanto, seguir as re-gras do regimento e marcar uma nova sessão apenas para o dia 17 de novembro.

Infi delidadeA votação dos vetos era con-

siderada pelo Planalto como a primeira prova de fi delidade da base aliada após a reforma

ministerial, que cedeu mais um ministério ao PMDB, e contem-plou outros, como o PDT.

Duas sessões para a vo-tação dos vetos foram es-vaziadas. Outra reunião foi inviabilizada pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que se irritou com o presidente do Senado, Re-nan Calheiros (PMDB-AL)

após ele não se mobilizar para retomar o fi nanciamento empresarial de campanhas.

Diante das seguidas derro-tas, líderes da base avalia-ram que o resultado mostra que o governo não conseguiu reconstruir o diálogo com a Câmara e perdeu, completa-mente, o comando de sua base no Congresso Nacional.

O Planalto tenta, agora, ne-gociar com esses líderes, que cobram a liberação de cargos e de verba para emendas par-lamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA) referente ao exer-cício fi nanceiro de 2016.

Em reunião ministerial, o ministro Ricardo Berzoini (Se-cretaria de Governo) reclamou que a demora para atender aos aliados foi o que gerou as derrotas no Congresso.

Na última quarta-feira, pelo segundo dia consecutivo, a sessão conjunta do Congres-so, convocada para analisar vetos presidenciais a itens das chamadas “pautas-bom-ba” – matérias que podem gerar despesas bilionárias aos cofres públicos – chegou a ser aberta, mas acabou adiada por falta de quórum dos deputados. Entre os senadores, novamen-te houve número sufi ciente de parlamentares presentes.

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Na última quarta-feira, sessão conjunta do Congresso Nacional foi adiada por falta de quórum

QUÓRUM

Presidente do Con-gresso Nacional, Renan Calheiros avisou a aliados que não convocaria uma nova reunião sem a certeza de que have-rá quórum sufi ciente para votação das matérias em pauta

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

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No momento em que a cotação do dólar apresenta alta e a cri-se incomoda a todos,

um fato tem chamado a atenção. As vendas de au-tomóveis de luxo registram crescimento no número de unidades comercializadas em todo o país, incluindo o Amazonas, conforme dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Au-tomotores (Anfavea).

Até o último mês de julho, ao menos 261,6 mil carros de marcas focadas no mer-cado de produtos luxuosos foram vendidos no Brasil, 33 mil a mais no comparativo com o ano passado. O estudo considera montadoras como Audi, BMW, Chrysler (que in-clui Dodge e Jeep), Honda, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan e Toyota.

A justifi cativa para esta alta, segundo a Anfavea, é que os compradores de modelos luxuosos possuem renda mais elevada, portanto, dependem menos de fi nanciamentos para conseguir efetuar a aquisição.

A Anfavea destaca ainda que esse cenário positivo pode mu-dar a qualquer momento, caso a cotação do dólar mantenha-se muito em alta, uma vez que os consumidores começarão a analisar a relação custo-be-nefício de maneira diferente.

RetraçãoPor outro lado, a procura

por carros nacionais zero qui-lômetro, no Amazonas, teve queda de pelo menos 30% nos últimos meses, como afi rmam algumas concessionárias da capital amazonense.

De acordo com os admi-nistradores das revendedoras, setembro foi o mês que regis-trou o pior desempenho nas vendas desde o início de 2015.

Nem mesmo as diversas facilidades promovidas pelas montadoras estão conseguin-do convencer os consumido-res a adquirem o bem neste período, em que o cenário econômico do país é preocu-pante, como afi rmou o gerente de vendas da concessionária Renault Porto Veículos, Ed-ney Bessa. Segundo ele, a população, mesmo com uma

renda disponível para aplicar na aquisição do bem, está mais cautelosa e protelando o desejo de possuir um auto-móvel zero quilômetro.

Segundo Bessa, para rever-ter essa situação uma ope-ração entre concessionaria e montadora está sendo colo-cada em prática. “Estamos realizando diversas ações para atrair o consumidor que insiste em esperar um pouco mais para comprar o carro. As montadoras estão com ofer-tas jamais vistas no mercado. Estamos trabalhando com 0% de juros para parcelamento até 60 vezes. Essa oportuni-dade talvez não aconteça”, diz.

Crise passa distante das vendas de carros de luxoMercado de automóveis de alto padrão registra crescimento mesmo em época de crise e de disparada do dólar

Já as vendas de carros usados, mesmo com queda, apresentam um índice me-lhor do que o registrado na comercialização de carros zero quilômetro.

De acordo com o geren-te do Dodó Veículos, José Queiroz, no mês de setem-bro, período em que todo segmento amargou resul-tados negativos, a redução chegou à casa dos 10%. Ele acredita que um dos fato-res de contribuiu para essa queda nas vendas foram às difi culdades na análise do crédito de fi nanciamento.

“O consumidor não sumiu das lojas. As vendas mesmo que menores acontecem. Mas os critérios rigoro-sos de avaliação para a liberação do crédito está complicando o aquecimen-to do segmento. Hoje o seminovo é mais procurado em virtude do valor, que às vezes chega a ser 15% mais barato do que o novo. Tudo

está dentro das nossas ex-pectativas, no momento de crise econômica não po-deríamos esperar outros resultados”, frisa.

CautelaO contador Kleybson Ma-

rinho, que planejava tro-car de carro no segundo semestre de 2015, conta que depois de percorrer diversas concessionárias atrás da melhor oferta do mercado, decidiu esperar um pouco mais para efe-tuara a negociação.

“As ofertas são boas e seria uma ótima oportuni-dade trocar de carro hoje se não houvesse uma crise econômica, que amedron-ta. Hoje estamos emprega-dos, mas amanhã não sabe-mos. Então mesmo com 0% juros, teremos uma parcela a pagar e caso aconteça o pior, perderemos dinheiro. A solução é esperar essa turbulência passar”, avalia.

Dados divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabre) apontam que o mesmo ce-nário negativo registrado no Amazonas em relação às vendas de carros, co-merciais leves, caminhões e ônibus novos é visto nas demais capitais do Brasil.

Segundo a federação, até julho desde ano, a co-mercialização de automó-veis caiu cerca de 22,8%, sendo considerado o pior desempenho desde 2007.

Em todo país, os licen-ciamentos no mês junho somaram 227.621 veícu-los, o que levou o acumu-lado do ano até julho a uma queda de 21% sobre os sete primeiros meses de 2014, a 1,546 milhão

de unidades. Na compa-ração com junho, porém, houve alta de 7,1%, apoia-da em dois dias úteis amais de vendas.

A pesquisa mostra ainda que a média de vendas de julho correspondeu a 9.896 veículos por dia útil, abaixo das 10.120 unidades de junho, em um resultado que pode-ria ter sido ainda pior não fossem promoções realizadas pelo setorno período.

O mês passado foi mar-cado por uma continuação na queda da confiança dos consumidores, cujo índi-ce calculado pela Funda-ção Getúlio Vargas (FGV) atingiu o menor nível da série histórica em julho, a 82 pontos.

Seminovos têm pouca saída

Mesmo com facilidades, venda de seminovos apresenta queda

Carros de luxo, como os da BMW, têm boa procura em Manaus

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ESTUDO

Pesquisa da Anfavea considera montado-ras como Audi, BMW, Chrysler (que inclui Dodge e Jeep), Hon-da, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan e Toyota para traçar panorama da venda de carros de luxo

TECNOLOGIA

Impressão limpa e sustentável

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POR GERSON FREITAS

Cai o número de licenciamentos

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015B2 EconomiaPolítica do ICMS ‘alivia’ a indústria amazonenseSetor foi benefi ciado com isenção do imposto na energia elétrica, mas, por outro lado, comércio reclama alta da alíquota

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Indústria amazonense tem cobrado incentivos fi scais por parte do governo para poder enfrentar a crise e voltar a mostrar competitividade

Empresários da indústria avaliam como positiva a medida governamen-tal que dará isenção na

cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da energia elétrica para as empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) com a contrapartida de repassarem 20% do valor que seria pago com o tributo para fi nanciar programas e proje-tos sociais no Estado.

De acordo com o vice-presi-dente da Federação das Indús-trias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, em um momento conturbado que há varias preocupações com o setor industrial, a medida de conceder isenção e incentivar a indústria veio em boa hora. De acordo com Azevedo as medidas tomadas que vinham sendo tomadas – no cenário de crise econômica e política que o pais atravessa – são para onerar o contribuinte.

“A medida do governo esta-dual é boa e terá um impacto positivo na indústria. Nesse momento conturbado com certeza vai aliviar o setor, diferente do que o governo federal vem fazendo”, avalia.

A isenção será concedida mediante alguns critérios. As empresas devem estar regu-

lares com o fi sco e fi rmar um termo de adesão com o governo, se comprometendo a fazer os repasses de verba, que irão alimentar programas e projetos sociais, na ordem de R$ 2,8 milhões.

ComércioDiferentemente do setor

industrial, o comércio não tem o que comemorar. Se-gundo o presidente da As-sociação Comercial do Ama-zonas (ACA) Ismael Bicharra, houve um aumento de 17% para 18% do ICMS no setor. Segundo Bicharra o consumi-dor vai sentir esse aumento, pois os produtos na gondola sofrerão alteração.

“Vai impactar diretamente no preço do produto para o consumidor. É uma preocupa-ção que temos nesse momen-to de difi culdade. Nós teremos que aumentar o preço do pro-duto na ponta. O poder aqui-sitivo do consumidor diminuiu bastante pelo efeito da crise, por conta do aumento do preço do combustivo, e da energia elétrica, tudo fi ca maior que o reajuste no salário”, diz.

O gerente de uma loja de eletrodomésticos no Centro, Jackson Oliveira, 29, afi rma que está temeroso com uma maior retração dos clientes na hora de fazer as compras para o fi m de ano.

TECNOLOGIA

Resíduos e uso de produtos químicos são itens do passado na impressão industrial off set. As novas tecnologias prati-camente eliminam as sobras e dispensam a utilização de substâncias químicas, inclu-sive a água.

Uma dessas inovações foi desenvolvida pela Kodak para as chapas de impressão Sono-ra XP e Sonora News, reconhe-cidas com a certifi cação Selo de Qualidade Ambiental para Chapas de Impressão Off set – Categoria Ouro, pela Asso-ciação Brasileira de Tecnologia Gráfi ca (ABTG).

No jargão das certifi cações técnicas, signifi ca que o pro-duto é considerado ecologi-camente sustentável. “Para conceder o selo, a ABTG avalia o impacto ambiental que os fornecedores exercem durante todo o seu processo, desde a fa-

bricação ao descarte fi nal. São considerados os estágios de extração de recursos, fabrica-ção, uso, armazenamento, em-balagem e transporte”, explica

a coordenadora de certifi cação da ABTG, Aline Rodrigues.

Além da dispensa do uso de materiais poluidores no pro-cesso de impressão, a nova tecnologia permite alta defi ni-

ção em um ciclo de baixo custo. “Essa nova tecnologia elimina uma série de produtos que são utilizados na impressão atual como reveladores, mesas fi xadoras, fi lmes que, no fi nal, geram resíduos sólidos e líqui-dos nocivos ao meio ambiente”, afi rma José Marques, o Dedé, da Rymo da Amazônia, distri-buidora dos produtos Kodak no Amazonas. “Trata-se de uma tecnologia que permite uma impressão limpa”, defi ne Dedé.

A nova tecnologia permite que o processo de remoção do contra grafi smo ocorra na impressora, durante o con-tato da emulsão da chapa com a tinta. Posteriormente, é eliminado nas primeiras fo-lhas para ajuste de máquina, permitindo criar processos totalmente limpos, ambien-talmente sustentáveis e com economia de energia elétrica.

Impressão limpa e sustentável

Novas tecnologias praticamente eliminam as sobras e dispensam a utilização de substâncias químicas

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QUALIDADE

A certifi cação, que é concedida pela ABTG Certifi cadora, tem prazo de validade de 2 anos. As cha-pas Sonora foram as primeiras a receber a certifi cação no Brasil no segmento de im-pressão industrial

POR ASAFE AUGUSTO

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015B3Economia

Consórcios são atrativos para fugir dos juros altosBusca por esse tipo de sistema aumenta entre consumidores que querem comprar carro, casa e até fazer tratamento médico

Consumidores amazo-nenses que querem dinheiro para adquirir bens como carro, casa

e até eletrodomésticos têm buscado as redes de consór-cios para fugir das altas taxas de juros do mercado.

De acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), no pe-ríodo de janeiro a agosto de 2015, o sistema de consórcios superou a marca de um milhão de novas cotas vendidas e acumulou volume de negócios superior a R$ 32 bilhões em todo o país. Hoje, são quase 4,3 milhões de participantes ativos, aumento de 11,3% em relação ao ano passado, que possuem em comum o desejo de poupar em grupo para au-mentar o patrimônio familiar.

O taxista José Antônio Silva, 52, afi rma que sempre parti-cipa desse tipo de fi nancia-mento. Atualmente, ele parti-cipa de uma carta de crédito que dividiu em 60 parcelas. “Pago apenas uma taxa ad-ministrativa. Depois, no fi nal do consórcio, depois que todo mundo recebe o seu bem, cada um receberá um valor a mais. Às vezes, a pessoa não quer

o bem, mas ela dá um lance e pode ser contemplada para receber a carta de crédito, que é o valor fi nal do bem”, afi rma.

O taxista destaca que, em outras ocasiões, fez uso do dinheiro obtido nos consórcios para comprar carros, terrenos e, até mesmo, para fazer um tratamento de saúde que a rede pública não cobria.

“Usei o dinheiro e fi quei pa-gando o consórcio aos pou-cos. Na verdade, o consórcio é uma poupança forçada, pois você não pode atrasar. Se deixar de pagar durante três meses, você é eliminado e só poderá receber o valor quando todos receberem o bem fi nal”, fi naliza.

CrescimentoDe acordo com o presiden-

te executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, os números sinalizam um comportamento diferenciado do consumidor. Segundo ele, o brasileiro pes-quisa, analisa e compara os custos para efetivar a com-pra. “Em várias oportunida-des, a decisão volta-se para o consórcio que reúne as-pectos importantes para seu crescimento patrimonial com menor custo, tranquilidade e de forma planejada”, afi rma.

Uma forma de consórcios que tem ganhando força no país são os voltados para aquisição de móveis e eletro-domésticos. No Amazonas, a prática ainda é inexpressiva, porém há pessoas que con-

seguem obter dinheiro para comprar esse tipo de bens.

De acordo com Ricardo Ma-riano, da rede de consórcio Ul-tra Bens, em Manaus, embora o participante não pague juros, a administradora cobra outras

taxas, como de administração e de seguro prestamista – que protege o grupo caso o con-sorciado não consiga pagar as parcelas. O interessado deve procurar algumas companhias que oferecem o consórcio para

comparar essas taxas. “O pon-to em baixa do consórcio e em relação ao tempo em que o consorciado possa receber o seu bem, mas também é uma garantia que ele receberá”, salienta Mariano.

Mercado oferece novas opções

Novas modalidades permitem que o consumidor brasileiro use o dinheiro dos consórcios para adquirir eletrodomésticos e móveis também

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EMPOPOR STÊNIO URBANO

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015B6 PaísPaís

MUDANÇA

Horário de verão inicia no dia 18 de outubro

O horário de verão vai começar no próximo dia 18 e vai durar até o dia 21 de fevereiro de 2016. À 0h (meia-noite) de sábado para domingo, os morado-res de dez Estados, além do Distrito Federal, terão que adiantar os relógios em uma hora.

O Ministério de Minas e Energia informa que a ver-são 2015/2016 do horário de verão, pela legislação, irá vigorar nas regiões Sul, Su-deste e Centro-Oeste, nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Ge-rais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Esta será a 39ª edi-ção do horário de verão no país. A primeira vez ocorreu

no verão de 1931/1932. O objetivo é estimular o uso racional e adequado da energia elétrica.

“A estimativa de ganhos com a adoção do horário de verão supera o patamar de R$ 4 bilhões por ano, que representa o valor do custo evitado em investimentos no sistema elétrico para atender a uma demanda adicional prevista, de apro-ximadamente 2.250 MW no parque gerador nacional, um valor certamente muito expressivo”, informa o Mi-nistério de Minas e Energia.

Segundo o ministério, nos últimos 10 anos, o horário diferenciado em parte do país durante o ve-rão tem possibilitado uma redução média de 4,6% na demanda por energia no horário de pico.

De acordo com os cálculos apontados pelo Ministério Público Federal, essa é apenas uma estimativa parcial dos valores desviados para pagar propina

Propina na Lava Jato pode chegar a R$ 10 bi

O esquema de paga-mento de propinas na Petrobras e em outras estatais, in-

vestigado no âmbito da ope-ração Lava Jato, chega a R$ 10 bilhões. Mas o valor pode passar de R$ 20 bilhões se for incluído no cálculo, além das propinas, os desvios re-ferentes a contratos com fornecedores e os negócios superfaturados, disse o procu-rador Deltan Dallagnol, do Mi-nistério Público Federal (MPF).

“Essa é uma estimativa”, res-saltou o procurador. Dallagnol

disse que sua estimativa se baseia em um contrato entre a Petrobras e a Camargo Cor-rêa, no valor de R$ 1,5 bilhão. Só o superfaturamento nesse contrato chegou a R$ 600 mi-lhões, conforme acrescentou. De acordo com o procurador, na Petrobras, o valor de propina “envolveu mais de R$ 6,2 bilhões.

“A Lava Jato combate um tumor, mas o sistema é cance-rígeno. Não temos uma defesa jurídica contra a corrupção no Brasil. Vivemos uma janela de oportunidade e, se não aproveitarmos esse momento

para mudarmos nossa realida-de, não sabemos quando tere-mos outra oportunidade como essa”, disse o procurador.

Dallagnol falou sobre “10 Medidas Contra a Corrupção”, campanha do MPF para coibir desvio de verbas públicas e atos de improbidade admi-nistrativa. Ele afi rmou que a operação Lava Jato provavel-mente não vai mudar a ma-neira como o país enfrenta a corrupção, mas com certeza criará condições para mudan-ças estruturais que ajudem a prevenir os desvios de verbas

públicas e a prática da impro-bidade administrativa.

A campanha, que já dura cerca de dois meses, colheu até o momento mais 380 mil assinaturas. Para que se tor-ne projeto de lei de iniciativa popular são necessários 1,5 milhão de assinaturas (1% do eleitorado nacional) para ser encaminhado ao Congresso.

Ele pediu o engajamento dos presentes na campanha para colher assinaturas, enviar car-tas de apoio e organizar pales-tras para que a população seja informada sobre o assunto.

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Procurador Deltan Dallagnol disse que esse levantamento de R$ 10 bilhões em desvios é apenas uma estimativa diante do que foi já foi apurado

Mudança no horário deverá ocorrer até 26 de fevereiro de 2016

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015B7PaísPaís

O Brasil teve no ano passado ao menos 47.646 estupros. É o que mostram os

dados ofi ciais das secretarias estaduais da Segurança cole-tados pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O nú-mero representa uma queda de quase 7% em relação ao registrado em 2013 (51.090). Ainda assim, equivale a um caso a cada 11 minutos, em média, no país. Os números incluem também os estupros de vulnerável, crime cometido contra menores de 14 anos.

Para a diretora-executiva do fórum, Samira Bueno, não é possível afi rmar se houve real-mente uma redução no tipo de

crime, já que a subnotifi cação é extremamente elevada no país. “É o crime que apresenta a maior taxa de subnotifi ca-ção no mundo. Então é difícil avaliar se houve de fato uma redução da incidência”, diz.

O Fórum Brasileiro de Se-gurança Pública acredita que possam ter ocorrido entre 136 mil e 476 mil casos de estupro no Brasil no ano passado. A projeção mais “otimista” está baseada em estudos interna-cionais, como o “National Cri-me Victimization Survey”, que aponta que apenas 35% das vítimas desse tipo de crime prestam queixa. Já a previsão mais “pessimista” se apoia no estudo “Estupro no Brasil: uma

radiografi a segundo os dados da Saúde”, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta que apenas 10% dos casos chegam ao conhecimento da polícia.

De acordo com Samira Bue-

no, a possibilidade de uma sub-notifi cação mais acentuada no Brasil fi ca mais perceptível quando a taxa nacional é com-parada à de outros países do mundo, como a Suécia, onde o índice é 150% superior. O índice brasileiro está em 23,5 casos a cada 100 mil pessoas.

Os dados do 9º Anuário Bra-sileiro de Segurança Pública foram obtidos por meio de solicitações às secretariais estaduais da Segurança Pú-blica com base na Lei de Aces-so à Informação e por meio de cruzamento de informa-ções disponibilizadas pelos órgãos na web. O anuário com todos os dados sobre segu-rança já foi concluído e pode

ser consultado.Roraima é o Estado com

a maior taxa de estupros do país, levando em conta os boletins de ocorrência: 55,5 casos a cada 100 mil habitan-tes. Espírito Santo registra a menor: 6,1. Só outros três Es-tados têm uma taxa inferior a 10 a cada 100 mil: Rio Grande do Norte (8,7), Goiás (9,4) e Minas Gerais (7,1). O Estado do Sudeste, no entanto, foi o que teve a maior variação de 2013 para 2014. De 874 es-tupros, passou a 1.475 (quase 70% de aumento).

Segundo o anuário, houve outras 5.042 tentativas de estupro em 2014 no país – número maior que o re-

gistrado nas delegacias em 2013 (4.897).

Os casos informados, tanto de estupros quanto de tenta-tivas, correspondem ao volu-me de ocorrências policiais registradas e não indicam, necessariamente, o número de vítimas envolvidas, que pode ser maior.

De acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha a pedido do fórum em 84 mu-nicípios brasileiros com mais de 100 mil pessoas, 67% da população tem medo de ser vítima de agressão sexual. O percentual de mulheres que têm esse temor, no entanto, é bem maior: 90%, contra 42% dos homens.

Brasil registra um caso de estupro a cada 11 minutos Apesar de constatar uma queda de 7% nos casos em relação ao ano anterior, índices ainda são muito preocupantes

ESTATÍSTICA

De acordo com dados divulgados pelo Fórum Brasileiro de Seguran-ça Pública, na semana passada, somente em 2014 podem ter ocor-rido entre 136 e 476 mil casos de violência sexual no país

Os maiores índices de registro de casos

de violência sexual no país foram registrados

em Roraima

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Mundo B8CRISE

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Com o corte de R$ 41 milhões no Orçamento neste ano e a valorização do dólar, o Itama-raty tem atrasado em até três meses o pagamento de alugu-éis da missão do país na ONU e do consulado em Nova York.O Itamaraty paga por mês US$ 76 mil (R$ 283 mil) para man-ter o escritório nos EUA.

Seita proíbe crianças de receberem ajuda médica Na Nicarágua, mais de 300 crianças são proibidas de ir à escola e a médicos, após seita alegar estar esperando Jesus

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Adeptos da seita vivem em um vilarejo em condições precárias e sem nenhuma assistência médica e social

Enquanto seus pais ou responsáveis aguardam o retorno de Jesus Cristo na Nicarágua, mais de

300 crianças e adolescentes estão sem ir à escola ou rece-ber atendimento médico. Essas pessoas são membros de um grupo religioso com mais de 650 integrantes que se autodeno-mina “O corpo místico de Cris-to”. Eles aguardam em El Viejo, uma vilarejo perto da cidade de Chinandega, o “arrebatamento divino” - um evento narrado na Bíblia em que pessoas seriam levadas aos céus para fi carem com Deus após o apocalipse.

Entre os membros do grupo há nicaraguenses, mas tam-bém pessoas de El Salvador, Guatemala e Honduras, de acordo com autoridades do país. Uma jornalista nicara-guense, Carol Munguía, do El Nuevo Diario, visitou a comuni-dade e contou ter fi cado choca-da com o estado de precarieda-de em que se encontram seus habitantes, especialmente as crianças e adolescentes.

“Há ali mais de 600 pessoas, muitos adolescentes e crianças em estado vulnerável e todas amontoadas”, disse Munguía à BBC Mundo. A repórter relatou que os pastores que lideram a comunidade, 11 no total, moram em casas de cimento,

com computadores e acesso à internet, enquanto os “outros estão amontoados, vivendo em cabanas feitas com folhas de palmeira, plástico e madeira, uma a meio metro da outra, e dormem em redes”.

Relatos sobre as condições

de vida na comunidade tive-ram grande repercussão no país, onde há grande preocu-pação com o estado de saúde das crianças que, por ordem dos adultos, não têm acesso à atenção médica. Muitas crian-ças estão com catapora, mas os adultos não permitem que sejam atendidas sequer pelas Brigadas Médicas que o governo enviou para a região.

“Existe o perigo de que haja um surto epidemiológico”, diz Munguía, “mas eles insistem que têm um único salvador: Jesus.”

A coordenadora do Conselho de Comunicação e Cidadania e primeira-dama da Nicará-gua, Rosario Murillo, disse que “não pudemos convencer essas pessoas da necessidade de que as crianças sejam aten-didas”. Apesar de destacar que na Nicarágua as crenças e a fé das pessoas é respeitada e que há liberdade de culto e re-ligião, Murillo insistiu que “as crianças têm direito a receber saúde e educação e à proteção de uma família e essa lei tem

que ser respeitada”.Não se sabe, por exemplo,

quantas das crianças presen-tes estão acompanhadas dos pais ou, se não, se têm permis-são dos pais para permanecer ali. O governo do presidente Daniel Ortega estuda uma in-tervenção no local.

A ministra da Família, Ado-lescência e Infância, Marcia Ramírez, esteve no local na úl-tima sexta-feira, dia 9. Minutos antes de começar a visita à área, ela disse à BBC Mundo que seu objetivo era monito-rar a situação, em especial a dos menores, conversar com

os membros do grupo e buscar possíveis soluções.

‘Arrebatamento divino’Os membros do movimento

religioso, qualifi cado como seita pelos meios de comunicação locais, chegaram à zona rural de El Viejo há dois meses.

ESPERANÇA

Segundo relato de adeptos da seita, o grupo espera um arrebatamento divino. Comunidade vive em condições precárias e muitas crianças estão com catapora e ou-tras doenças graves

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MEC atesta melhorias na rede municipal de ManausManaus é a segunda cidade, segundo o órgão, que mais reduziu as taxas de abandono escolar, no ensino fundamental

No dia dedicado à crian-ça, não há melhor pre-sente que saber que elas estão no cami-

nho certo, em direção a um futuro de grandes conquistas por meio de uma boa educa-ção. Neste ano, a Prefeitura de Manaus comemora, junta-mente com as mais de 228 mil crianças e jovens matriculados na rede municipal de ensino, professores e gestores, a me-lhoria substancial de indicado-res que confi rmam o acerto das novas estratégias e esforços que vêm sendo desenvolvidos. “É um desafi o e um compro-misso. O melhor legado que podemos dar à cidade é pro-porcionar uma educação de qualidade”, afi rma o prefeito Arthur Virgílio Neto.

Entre os resultados mais sig-nifi cativos está a redução, em 41%, no índice de abandono escolar. De 2013 para 2014 esses números baixaram de 4,6% para 2,7%, o melhor e his-tórico resultado em 15 anos de avaliação feita pelo Ministério da Educação (MEC), que deixou Manaus como a segunda capi-tal que mais reduziu as taxas de abandono escolar no ensino fundamental. Com esse resul-tado, Manaus saiu do 25º lugar para o 17º entre as capitais, subindo oito posições.

Ter os alunos de volta às salas de aula já é uma grande conquista, mas aliar isso ao

melhor desempenho dos alu-nos é melhor ainda. No mesmo período analisado pelo MEC, o insucesso escolar, que soma os indicadores de abandono e reprovação, caiu de 16,4% para 11%, o que representa um salto de 33% no desem-penho escolar. Os indicadores levaram em conta um universo de 226 mil alunos das zonas rural e urbana.

Com isso, Manaus foi a cida-de brasileira que apresentou o maior crescimento na aprova-ção, em 2014, passando de 83,6% de aprovados para 89%, um crescimento de 6,5%. Ou-tro desempenho histórico nos últimos 15 anos de avaliação.

“Esses números refl etem a melhoria do nosso fl uxo escolar e, com certeza, no nosso índice que ainda vamos colher esse ano no Ideb (Ín-dice de Desenvolvimento da Educação Básica), por meio

da Prova Brasil”, afi rma a secretária da Semed, Kátia Schweickardt, lembrando que os indicadores já começaram a apresentar melhoras no ano passado, com as metas atin-gidas, pela primeira vez. A secretária não tem dúvidas: “Isso é fruto do compromis-so do prefeito Arthur com a educação, de todas as ações que estamos desenvolvendo à frente da Semed e, sobretudo, da qualidade do trabalho rea-lizado, em sala de aula, pelos nossos professores”.

AtendimentoOs índices alcançados são

resultados do trabalho de-senvolvido pela Prefeitura de Manaus, por meio da Semed. Para reduzir o aban-dono e resgatar os alunos, a Semed mantém o Centro Municipal de Atendimento Sociopedagógico (Cemasp), que realiza atendimentos interdisciplinares a pais e/ou responsáveis e a alu-nos que apresentam faltas frequentes. O atendimento é feito por solicitação das unidades escolares ou pela Ficha de Comunicação do Aluno Infrequente (Ficai), quando ele já abandonou a escola e precisa ser resga-tado. A equipe é formada por psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogos, psicopeda-gogos e assistentes sociais.

RANKING

Conforme a avaliação do MEC, Manaus saiu do 25º lugar para o 17º entre as capitais, ao baixar o índice de abandono escolar, no ensino fundamental. O resultado diz respeito aos anos de 2013 e 2014

Outro mecanismo impor-tante, implantado no início de 2014, é a Gestão Integra-da de Educação - Avançada (Gide-Avançada) nas 501 es-colas municipais da rede, que desenvolve ações para ele-var a qualidade da educação, com a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, elevação da aprovação, re-dução do abandono escolar e das taxas de insucesso es-colar, compostas por índice de reprovação e abandono.

Com a Gide, cem asses-

sores de gestão atuam dia-riamente nas escolas. Cada um responde por cinco es-colas e visita uma por dia, de segunda a sexta-feira. Esses profi ssionais atuam como apoio às unidades da rede para que aprimorem o seu sistema de gestão, identifi quem pontos de melhorias nos processos pedagógicos e administra-tivos, que impactam direta-mente no desempenho dos estudantes, como infrequ-ência, baixo rendimento,

difi culdade de aprendiza-gem, dentre outros.

Em 2015, a Semed colo-cou em ação o Relatório de Análise e Desvio de Meta (RADM). Por um dia, a cada bimestre, a escola para as aulas para fazer a análise dos resultados alcançados e do desempenho dos alunos. Em cima dos dados levan-tados, são desenvolvidos planos de ação que são trabalhados no bimestre se-guinte para solucionar as lacunas encontradas.

Integração reflete qualidade

Visitas nas escolas pelos assessores de gestão auxiliam na identifi cação de pontos de melhorias

Capital conseguiu reduzir em 41% o

índice de aban-dono escolar, de

acordo com o MEC

FATOS

Queimadas aumentam fumaceiro

Dia a dia C4 e C5

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C2 Dia a diaC2 Dia a dia

O aroma que o de-nuncia é o mesmo que faz dele um dos perfumes mais cobi-

çados da fl oresta. Marcan-te, forte, adocicado, ácido, o cupuaçu traz em seu DNA a fragrância mais especial da Amazônia. Tanto é que ainda no pé e sobre a dura casca marrom e oval é pos-sível sentir o perfume que emana de seu interior. De tão especial, o cheiro sentido no primeiro contato remete ao que o Amazonas tem de melhor em sua natureza: a mata, a terra, o igarapé ou o leito do rio.

“Temperamental”, o cupua-çu não aceita ser apenas mais um fruto da Amazônia, ao contrário, se apresenta com a identidade típica do homem da fl oresta, que resiste às pragas, as adversidades do clima e do tempo e se mantém no pé, até o momento em que decide que é chegada a hora de cair de maduro. Uma vez em contato com a terra e com as folhas vermelhas-

acobreadas que adornam o chão ao redor do tronco do cupuaçuzeiro, a mística que envolve o fruto está pron-ta para inebriar não apenas ao olfato mais atento, mas também para expor toda a beleza do interior recheado de sementes.

Envoltas em uma polpa que tem aspecto gelatinoso e ao mesmo tempo é carnuda e macia, o cupuaçu é saboroso, intrigante e de possibilidades que ultrapassam as notas das fragrâncias ou a culinária pura e simples, que possibilita a mais sublime experiência de sabores. Utilizado na com-posição de sucos, cremes, mousses, geleias, biscoitos, licores e tantas iguarias re-gionais, o cupuaçu é tam-bém a inspiração de uma lenda amazônica encenada, anualmente, em Presidente Figueiredo (distante 130 qui-lômetros de Manaus).

A lenda, que é encenada no município

d e s d e

2003, retrata o amor entre o índio da etnia atroari, Cupu-cauara, e a jovem médica branca, Açunui. Eles, que se conheceram ainda na infân-cia, se separam quando ela vai estudar no Rio de Janeiro. Ao voltar para a fazenda do pai em Presidente Figueiredo e já formada em medicina, ela procura pelo amigo de infância que agora é o guer-reiro mais forte e valente da tribo dos atroari. Os anos passados e as intempéries da fl oresta fazem com que eles não retomem a amizade de imediato.

Bonita, inteligente e solícita, Açunui cai nas graças também dos waimiri, tribo contrária, e de Cuiucanã, o guerreiro dos waimiri. As disputas, já tão latentes entre os jovens guerreiros, ganham agora um ingrediente a mais: Açunui. A paixão e a admiração de-monstrados por ela para com Cupucauara despertam a ira de Cuiucanã, que tomado pelo ciúme prepara uma armadi-lha contra o atroari. Em uma disputa no meio da fl oresta e armados com arcos e flechas, as tribos contrárias entram em combate e na vã tenta-tiva de salvar o seu amado, Açunui vai ao local do com-bate e acaba sendo morta com uma flecha no peito disparada por Cuiucanã.

Ao ver a amada ferida, Cupu-cauara corre em desespero ao encontro dela e acaba tam-bém sendo ferido fatalmente. Ao ver a amada morta, Cuiu-canã sai chorando em deses-pero e onde suas lágrimas encontram o chão lá nasce

uma cachoei-ra. Diz a

l e n d a q u e

Há alguns anos os japoneses tiveram a ousadia de tentar nos “roubar” o direito de explorar o nome do fruto, mas após batalhas jurídicas ele voltou a ser o que sempre foi: tipicamente amazônico

cupuaçuTHIAGO FERNANDO E MICHELE GOUVÊA

As sementes do cupua-çu são utilizadas para curar dores abdominais. O suco da planta era abençoado por xamãs e dados a mulheres que queriam ter fi lhos.

Os frutos amadurecem nos meses chuvosos de

janeiro a abril.

CURIOSIDADE

Mais imagens do fruto do cupuaçu

GALERIA

assim foram formadas as mais belas cachoeiras de Presidente Figueiredo. Em sentido contrário, o casal é purifi cado em um ritual indí-gena e são enterrados juntos, na mesma urna funerária, as margens da cachoeira do Pás-sara Negro, onde o amor dos dois tantas vezes foi provado e se tornou encantado.

O amor que os uniu em vida se purifi ca com a morte e no local onde foram enterrados nasce uma árvore misterio-sa, que se destaca das ou-tras pelo aroma que exala e pela beleza envolta no fruto marrom que recebe o nome de cupuaçu. E assim, como o amor verdadeiro que uniu Cupucauara e Açunui, o ama-zonense também nutre amor pelo fruto do cupuaçuzeiro e esse sentimento já motivou batalhas que transpassam o folclore da região. Uma dessas batalhas foi quanto à patente pelo nome do fruto tipicamente amazônico.

Contrabandeadas para o Japão, as sementes do cupua-çu se adaptaram bem do outro lado do mundo, mas de forma alguma poderia deixar de ser o que sempre foi: fruto da terra do Amazo-nas. Sendo assim, em 1998 deu-se início a uma intensa batalha jurídica pela patente do cupuaçu contra as empre-sas transnacionais Asahi Foods e Cupuaçu In-ternational, que à época obtiveram o direito de ex-plorar o nome do fruto em terras nipônicas.

Após cinco anos de ferre-nha batalha ju-rídica, a Justiça japonesa can-celou a patente das empresas e determinou que os direitos sobre o cupuaçu vol-tassem para o Brasil. Durante esse processo foi lançada a campanha “O Cupuaçu é Nos-so!”, reforçando ainda mais o sentimento de posse sobre o produto que está no imaginário do caboclo da fl o-resta desde que ele é curumim e que perpassa sen-timentos de fl ores-ta ou de cidade, se fazendo laten-te na história de vida presente nas lembranças do ser amazônico.

O

é nosso

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C3Dia a dia

cupuaçuDe doces diversos a bebidas

Vitaminas encon-tradas no fruto: C, evita gripes

e infecções. B1, antiestressante e tonifi cante dos músculos; B2, alivia olhos cansados e ajuda na formação das hemácias; B5, ajuda na proteção do

organismo junto aos anticorpos

VOCÊ SABIA?

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RICARDO OLIVEIRA

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

Vitaminas encon-tradas no fruto: C, evita gripes

e infecções. B1, antiestressante e tonifi cante dos músculos; B2, alivia olhos cansados e ajuda na formação das hemácias; B5, ajuda na proteção do

organismo junto aos anticorpos

VOCÊ SABIA?

assim foram formadas as mais belas cachoeiras de Presidente Figueiredo. Em sentido contrário, o casal é purifi cado em um ritual indí-gena e são enterrados juntos, na mesma urna funerária, as margens da cachoeira do Pás-sara Negro, onde o amor dos dois tantas vezes foi provado e se tornou encantado.

O amor que os uniu em vida se purifi ca com a morte e no local onde foram enterrados nasce uma árvore misterio-sa, que se destaca das ou-tras pelo aroma que exala e pela beleza envolta no fruto marrom que recebe o nome de cupuaçu. E assim, como o amor verdadeiro que uniu Cupucauara e Açunui, o ama-zonense também nutre amor pelo fruto do cupuaçuzeiro e esse sentimento já motivou batalhas que transpassam o folclore da região. Uma dessas batalhas foi quanto à patente pelo nome do fruto tipicamente amazônico.

Contrabandeadas para o Japão, as sementes do cupua-çu se adaptaram bem do outro lado do mundo, mas de forma alguma poderia deixar de ser o que sempre foi: fruto da terra do Amazo-nas. Sendo assim, em 1998 deu-se início a uma intensa batalha jurídica pela patente do cupuaçu contra as empre-sas transnacionais Asahi Foods e Cupuaçu In-ternational, que à época obtiveram o direito de ex-plorar o nome do fruto em terras nipônicas.

Após cinco anos de ferre-nha batalha ju-rídica, a Justiça japonesa can-celou a patente das empresas e determinou que os direitos sobre o cupuaçu vol-tassem para o Brasil. Durante esse processo foi lançada a campanha “O Cupuaçu é Nos-so!”, reforçando ainda mais o sentimento de posse sobre o produto que está no imaginário do caboclo da fl o-resta desde que ele é curumim e que perpassa sen-timentos de fl ores-ta ou de cidade, se fazendo laten-te na história de vida presente nas lembranças do ser amazônico.

O alimento ancestral, que tra-dicionalmente se torna maduro na fl oresta de janeiro a abril, em meio a uma temporada de chuvas intensas, encontra não apenas na fl oresta as condições adequadas para se desenvolver e encantar, ele possui igual lugar de destaque em feiras e mercados.

Conforme a empresária Lúcia Fabiana, 34, permissionária de um boxe no Mercado Municipal Adolpho Lisboa, os atrativos pre-sentes no cupuaçu e em seus derivados fazem com que seja fre-quente a procura pelos produtos do cupuaçuzeiro. De acordo com ela, nos últimos anos, a procura por produtos produzidos com o fruto aumentou 100%.

“As pessoas chegam tendo uma ideia do que seja o cupua-çu, mas não sabem quase nada sobre as possibilidades que ele produz. Aí quando apresentamos as balas, jujubas, creme e licores eles, na hora, se apaixonam e compram. Muitos falam que só conheciam o suco, mas na maio-ria das vezes acham os doces mais gostosos”, avalia Lúcia.

Quem também inovou na utili-dade do sabor cítrico do cupuaçu foi o barman Fabrício Gonçalves, que criou um drink à base do fruto. Batizado como Sweet Night, ele é feito com o suco do cupuaçu e logo caiu no gosto dos clientes do restaurante Sushikai, locali-zado na avenida Mário Ypiranga Monteiro. De acordo com ele, as possibilidades de utilização do cupuaçu são incontáveis, tanto

que quando se pensa que todos os sabores do

fruto já foram explo-rados descobre-se que ainda há muito mais a fazer a partir da fruta amazônica.

“Busco aprovei-tar ao máximo os

produtos amazôni-cos, especialmente o cupuaçu, que é tão rico, diversifi cado e reple-to de possibilidades. Essa nova bebida caiu no gosto dos clien-tes justamente por valorizar o delicioso sabor do cupuaçu, que é algo que já está impregnado na cultura e no paladar de grande

parte dos amazo-nenses”, afi rma.Além da polpa, as se-

mentes do cupuaçu tam-bém têm utilidade na culinária.

O alto teor de gordura presente nas sementes permite que elas

sejam utilizadas na forma de amêndoas e, depois de serem submetidas a um processo seme-

lhante às sementes do

cacau, que são secas, torradas e depois processadas, as sementes do cupuaçu também se trans-formam em achocolatados. Na região, esse chocolate feito com sementes de cupuaçu é conhecido como cupulate.

Embora o cupulate, que tem textura, sabor, odor e aparência semelhante ao chocolate feito com cacau ainda seja relati-vamente novo ao paladar do amazonense, ele fi gura entre al-gumas das principais lembranças que os turistas levam do sabor tradicional da região. A parti-cularidade da matéria-prima do chocolate da Amazônia também é outro fator que agrega conceito à versão regional do chocolate em pó. As sementes gordurosas do fruto, porém vão além dos gêneros alimentícios.

A espécie amazônica também é utilizada em produtos farmacêu-ticos. O fruto estimula o sistema imunológico ao mesmo tempo em que fortalece o organismo con-tra doenças e aumenta a libido. O cupuaçu possui grande con-centração de antioxidantes que neutralizam os radicais livres nos tecidos do corpo, fortalece o sis-tema cardiovascular e protege as artérias de danos que podem causar doenças cardíacas.

Os antioxidantes presentes no fruto melhoram a circulação e diminuem a pressão sanguínea. Somado a isso, os ácidos graxos presentes nos frutos do cupua-çuzeiro reduzem o LDL (coleste-rol ruim) e mantêm o colesterol bom. Os indígenas há anos usam o cupuaçu também como remé-dio para dores abdominais. Para a nutricionista Renata Queiroz, o cupuaçu deve ser incluído na dieta diária das pessoas devi-do a seu alto aproveitamento. Ela lembra ainda que a fruta é um energético natural.

“O cupuaçu é uma fruta em que existe um bom aproveitamento desde a polpa em diversas prepa-rações, como também o seu caroço que é utilizado para fazer o choco-late. Hoje, existem pesquisas que pretendem verifi car os benefícios e propriedades da farinha do fru-to. Ele pode auxiliar na melhora do sistema imunológico e acaba sendo uma escolha energética”, afi rmou a nutricionista.

E como se não bastasse ser tão bom ao paladar e à saúde, o cupuaçu ainda possui fi ns estéti-cos que ressaltam ainda mais a riqueza do fruto tipicamente ama-zônico. A manteiga do cupuaçu, por exemplo, ajuda a melhorar a elasticidade da pele, retarda o en-velhecimento e acalma irritações faciais. Fora isso, a pasta ainda pode servir como protetor solar natural. Há ainda xampus, con-dicionadores, esfoliantes e óleos corporais à base do fruto.

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

C4 Dia a diaCalor e queimadas

transformam Amazonas em um

Entre o fi nal de setembro e o dia 5 deste mês, mais de 5 mil focos de queimadas foram verifi cados no Estado pelo Inpe. Incêndios e falta de chuvas contribuem para o efeito estufa dos últimos dias

caldeirãode fumaça

Clima seco, altas tempera-turas, queimadas, desfl o-restamento e incêndios criminosos, são alguns dos

ingredientes que transformaram Manaus em um grande caldeirão de calor e fumaça, difi cultando a res-piração, prejudicando a visibilidade e causando transtorno no desloca-mento de aeronaves e embarcações.

De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Antônio Ocimar Manzi, doutor em física da atmosfera,

as queimadas no entor-no da capital amazonense têm sido facilitadas pelo tempo seco e quente nesta época do ano. “Essa é uma situação que já aconte-ceu antes. Como à noite a superfície emite mais radiação do que recebe da atmosfera, então ela se resfria de baixo para cima. Isto é, o ar mais frio e denso fi ca embaixo e o

ar mais quente

e menos denso fi ca por cima”.Segundo ele, o processo cria uma

camada de inversão térmica que difi culta o transporte de ar, fumaça e poluição da superfície para a at-mosfera mais alta. Nessas condições, a fumaça produzida pelas queimadas na região fi ca presa na parte de baixo da atmosfera e o vento a transpor-ta horizontalmente trazendo para a cidade, que amanhece com a névoa de fumaça das queimadas.

“De manhã, quando os raios de sol vão chegando, eles vão esquentando a superfície e esta começa a aquecer o ar em contato com ela. Esse ar mais quente em contato com a superfície torna-se menos denso que o ar acima dele. Por ser mais leve, ele sobe e vai levando a fumaça de baixo para cima. O ar que ocupa o lugar do ar que subiu também se aquece em contato com a superfície, se expande e sobe também. Esse processo vai criando uma camada de mistura de ar, que vai crescendo ao longo da manhã e vai diluindo a fumaça que estava concentrada perto da superfície em um volume de ar muito maior. Por isso, por volta das 11 h a fumaça já não é mais

visível”, explica o especialista.Manzi afi rma que se as queima-

das continuarem e os ventos no-turnos forem favoráveis, outros episódios como esse acontecerão diversas vezes.

MonitoramentoO Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) monitora os focos de calor. Os dados são gerados por meio do monitoramento de queimadas por satélite. Entre 30 de setembro e 5 de outubro deste ano mostram 5.899 focos de queimada no Amazonas e que a cidade campeã deste índice é Careiro Castanho, enquanto que Manaus aparece na 32ª posição do histograma. Os dados podem ser con-sultados pelo http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas.

De acordo com o doutor e pes-quisador do Inpe, Alberto Setzer, o órgão tem acompanhado por meio de imagens de satélites os focos de queimadas e incêndios fl orestais na Amazônia como parte das ativi-dades rotineiras de monitoramento em todo o país.

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Manaus amanheceu encoberta por fumaça no último dia 1º. Ocorrência

vem se repetindo

Entre os transtornos causados pela fumaça

estão a baixa visibilidade e doenças respiratórias

Queimadas em municípios da

região metropolitana contribuem

para o fumaceiro na capital

STÊNIO URBANOE THIAGO FERNANDO

próximas à capital. Mais de cem pessoas devem entrar em campo nas mais diversas frentes de trabalho para con-ter as queimadas existentes e também coibir novos focos. Mas para que essa ação funcione, o Ipaam pede que a sociedade colabore, não utilizando a queimada como ferramenta para eliminar o lixo ou limpar terrenos.

“A principal forma da socie-dade colaborar é entender que não se pode fazer uso do fogo para incineração de lixo, seja de que nature-za for, ou ainda atear fogo para limpar terrenos, seja para plantação ou desma-tamento em si. Se todos compreendessem que não devemos usar o fogo com essas fi nalidades não tería-mos esse problema. Queimar a fl oresta para manejo de solo é uma prática comum e antiga para os habitantes da região. No entanto, o exces-

so da atividade traz grandes prejuízos ao meio ambiente”, informa a assessoria, que chamou a atenção para o fato de que a dissipação da fumaça dependerá de vários fatores, o principal seria o aumento na frequência de chuvas pelo Estado.

O Ipaam faz questão de lembrar que a conscientiza-ção deve ser estimulada por todos os moradores. Fora isso, é importante denunciar novos casos para que os ór-gãos responsáveis tomem as devidas providencias.

“É preciso levar essa in-formação adiante, e isso se chama educação ambien-tal. Porém, mesmo com o trabalho de combate, mo-nitoramento, fi scalização e conscientização ambiental, ainda existem pessoas que agem em desacordo com as normas ambientais. Por isso, contamos também com a de-núncia”, alerta a assessoria.

O número recorde de queimadas no Estado sur-preendeu a todos. Poucas pessoas imaginavam que Manaus amanheceria em-baixo de uma grande nuvem de fumaça, mas é o que vem acontecendo desde o início de outubro. Segundo informações do Instituto de Proteção Ambiental do Ama-zonas (Ipaam), em toda Ama-zônia Legal, composta por nove Estados, foram mais de 47 mil focos de calor exis-tentes no mês de setembro. Desse número, 5.882 são no Amazonas, principalmen-te na região sul do Estado, considerada como região mais crítica.

Segun-do a as-sessoria de im-p r e n s a do Ipa-am, uma soma de

fatores causou esse fuma-ceiro pelo Estado. Para con-trolar, uma grande operação vem sendo realizada para combater as queimadas. Por intermédio do governo do Estado, foi criado o Centro Integrado de Multiagências para o Combate às Queima-das no Amazonas (Cimaam). Ele é composto pelo Ipaam, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), De-fesa Civil do Amazonas, Cor-po de Bombeiros, Batalhão Ambiental e Polícia Militar. As equipes se concentram nas áreas de Iranduba, Novo Airão e Manacapuru, onde estão concentrados os maio-res índices de queimadas

Mais de 5 mil focos em setembro

Apesar de algumas chu-vas esparsas nesta sema-na, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afi rma que as altas tem-peraturas na Região Ama-zônica devem continuar até meados de novembro e começo de dezembro em Manaus. O Inmet ava-lia que as chuvas fi quem abaixo do normal na capi-tal e no interior do Estado até o fi nal do ano.

Segundo o órgão res-ponsável pelo monitora-mento das chuvas no Es-tado, no mês de setembro choveu apenas 15mm, um número abaixo do considerado normal para

o mês, e pode ser enca-rado como muito seco.

As altas temperatu-ras registradas no Es-tado têm sido ocasio-nadas, principalmente, pelo superaquecimento das águas do pacífi co, causado pelo fenômeno conhecido como El Niño. Umas das maiores con-sequências do fenômeno é o aumento do clima seco na Região Norte, ocasionando o aumento na incidência de queima-das na região.

Em setembro, a capi-tal registrou a mais alta temperatura dos últimos 90 anos, com 38,9ºC.

O problema se agrava ainda mais no interior. Segundo o superinten-dente do Ibama, Mário Lúcio Reis, é necessário que também se traba-lhe uma mudança de cultura nos municípios, principalmente em áreas de pecuária intensiva. “O Careiro Castanho, segui-do de Careiro da Várzea e Autazes, são os que mais representam esse núme-ro elevado de queimadas.

É preciso mudar isso. O pecuarista ainda pensa que o fogo contribui para sua atividade, causando um problema de saúde pública”, assinala.

Segundo o Ipaam, as operações de fi scaliza-ção nos municípios de Humaitá, Lábrea, Ma-nicoré e Apuí tem sido intensifi cadas. A ação conta com o apoio do Batalhão Ambiental, Iba-ma e Polícia Militar.

Calor deve continuarMudanças são necessárias

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C5Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

C4 Dia a diaCalor e queimadas

transformam Amazonas em um

Entre o fi nal de setembro e o dia 5 deste mês, mais de 5 mil focos de queimadas foram verifi cados no Estado pelo Inpe. Incêndios e falta de chuvas contribuem para o efeito estufa dos últimos dias

caldeirãode fumaça

Clima seco, altas tempera-turas, queimadas, desfl o-restamento e incêndios criminosos, são alguns dos

ingredientes que transformaram Manaus em um grande caldeirão de calor e fumaça, difi cultando a res-piração, prejudicando a visibilidade e causando transtorno no desloca-mento de aeronaves e embarcações.

De acordo com o pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Antônio Ocimar Manzi, doutor em física da atmosfera,

as queimadas no entor-no da capital amazonense têm sido facilitadas pelo tempo seco e quente nesta época do ano. “Essa é uma situação que já aconte-ceu antes. Como à noite a superfície emite mais radiação do que recebe da atmosfera, então ela se resfria de baixo para cima. Isto é, o ar mais frio e denso fi ca embaixo e o

ar mais quente

e menos denso fi ca por cima”.Segundo ele, o processo cria uma

camada de inversão térmica que difi culta o transporte de ar, fumaça e poluição da superfície para a at-mosfera mais alta. Nessas condições, a fumaça produzida pelas queimadas na região fi ca presa na parte de baixo da atmosfera e o vento a transpor-ta horizontalmente trazendo para a cidade, que amanhece com a névoa de fumaça das queimadas.

“De manhã, quando os raios de sol vão chegando, eles vão esquentando a superfície e esta começa a aquecer o ar em contato com ela. Esse ar mais quente em contato com a superfície torna-se menos denso que o ar acima dele. Por ser mais leve, ele sobe e vai levando a fumaça de baixo para cima. O ar que ocupa o lugar do ar que subiu também se aquece em contato com a superfície, se expande e sobe também. Esse processo vai criando uma camada de mistura de ar, que vai crescendo ao longo da manhã e vai diluindo a fumaça que estava concentrada perto da superfície em um volume de ar muito maior. Por isso, por volta das 11 h a fumaça já não é mais

visível”, explica o especialista.Manzi afi rma que se as queima-

das continuarem e os ventos no-turnos forem favoráveis, outros episódios como esse acontecerão diversas vezes.

MonitoramentoO Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (Inpe) monitora os focos de calor. Os dados são gerados por meio do monitoramento de queimadas por satélite. Entre 30 de setembro e 5 de outubro deste ano mostram 5.899 focos de queimada no Amazonas e que a cidade campeã deste índice é Careiro Castanho, enquanto que Manaus aparece na 32ª posição do histograma. Os dados podem ser con-sultados pelo http://www.dpi.inpe.br/proarco/bdqueimadas.

De acordo com o doutor e pes-quisador do Inpe, Alberto Setzer, o órgão tem acompanhado por meio de imagens de satélites os focos de queimadas e incêndios fl orestais na Amazônia como parte das ativi-dades rotineiras de monitoramento em todo o país.

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Manaus amanheceu encoberta por fumaça no último dia 1º. Ocorrência

vem se repetindo

Entre os transtornos causados pela fumaça

estão a baixa visibilidade e doenças respiratórias

Queimadas em municípios da

região metropolitana contribuem

para o fumaceiro na capital

STÊNIO URBANOE THIAGO FERNANDO

próximas à capital. Mais de cem pessoas devem entrar em campo nas mais diversas frentes de trabalho para con-ter as queimadas existentes e também coibir novos focos. Mas para que essa ação funcione, o Ipaam pede que a sociedade colabore, não utilizando a queimada como ferramenta para eliminar o lixo ou limpar terrenos.

“A principal forma da socie-dade colaborar é entender que não se pode fazer uso do fogo para incineração de lixo, seja de que nature-za for, ou ainda atear fogo para limpar terrenos, seja para plantação ou desma-tamento em si. Se todos compreendessem que não devemos usar o fogo com essas fi nalidades não tería-mos esse problema. Queimar a fl oresta para manejo de solo é uma prática comum e antiga para os habitantes da região. No entanto, o exces-

so da atividade traz grandes prejuízos ao meio ambiente”, informa a assessoria, que chamou a atenção para o fato de que a dissipação da fumaça dependerá de vários fatores, o principal seria o aumento na frequência de chuvas pelo Estado.

O Ipaam faz questão de lembrar que a conscientiza-ção deve ser estimulada por todos os moradores. Fora isso, é importante denunciar novos casos para que os ór-gãos responsáveis tomem as devidas providencias.

“É preciso levar essa in-formação adiante, e isso se chama educação ambien-tal. Porém, mesmo com o trabalho de combate, mo-nitoramento, fi scalização e conscientização ambiental, ainda existem pessoas que agem em desacordo com as normas ambientais. Por isso, contamos também com a de-núncia”, alerta a assessoria.

O número recorde de queimadas no Estado sur-preendeu a todos. Poucas pessoas imaginavam que Manaus amanheceria em-baixo de uma grande nuvem de fumaça, mas é o que vem acontecendo desde o início de outubro. Segundo informações do Instituto de Proteção Ambiental do Ama-zonas (Ipaam), em toda Ama-zônia Legal, composta por nove Estados, foram mais de 47 mil focos de calor exis-tentes no mês de setembro. Desse número, 5.882 são no Amazonas, principalmen-te na região sul do Estado, considerada como região mais crítica.

Segun-do a as-sessoria de im-p r e n s a do Ipa-am, uma soma de

fatores causou esse fuma-ceiro pelo Estado. Para con-trolar, uma grande operação vem sendo realizada para combater as queimadas. Por intermédio do governo do Estado, foi criado o Centro Integrado de Multiagências para o Combate às Queima-das no Amazonas (Cimaam). Ele é composto pelo Ipaam, Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), De-fesa Civil do Amazonas, Cor-po de Bombeiros, Batalhão Ambiental e Polícia Militar. As equipes se concentram nas áreas de Iranduba, Novo Airão e Manacapuru, onde estão concentrados os maio-res índices de queimadas

Mais de 5 mil focos em setembro

Apesar de algumas chu-vas esparsas nesta sema-na, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) afi rma que as altas tem-peraturas na Região Ama-zônica devem continuar até meados de novembro e começo de dezembro em Manaus. O Inmet ava-lia que as chuvas fi quem abaixo do normal na capi-tal e no interior do Estado até o fi nal do ano.

Segundo o órgão res-ponsável pelo monitora-mento das chuvas no Es-tado, no mês de setembro choveu apenas 15mm, um número abaixo do considerado normal para

o mês, e pode ser enca-rado como muito seco.

As altas temperatu-ras registradas no Es-tado têm sido ocasio-nadas, principalmente, pelo superaquecimento das águas do pacífi co, causado pelo fenômeno conhecido como El Niño. Umas das maiores con-sequências do fenômeno é o aumento do clima seco na Região Norte, ocasionando o aumento na incidência de queima-das na região.

Em setembro, a capi-tal registrou a mais alta temperatura dos últimos 90 anos, com 38,9ºC.

O problema se agrava ainda mais no interior. Segundo o superinten-dente do Ibama, Mário Lúcio Reis, é necessário que também se traba-lhe uma mudança de cultura nos municípios, principalmente em áreas de pecuária intensiva. “O Careiro Castanho, segui-do de Careiro da Várzea e Autazes, são os que mais representam esse núme-ro elevado de queimadas.

É preciso mudar isso. O pecuarista ainda pensa que o fogo contribui para sua atividade, causando um problema de saúde pública”, assinala.

Segundo o Ipaam, as operações de fi scaliza-ção nos municípios de Humaitá, Lábrea, Ma-nicoré e Apuí tem sido intensifi cadas. A ação conta com o apoio do Batalhão Ambiental, Iba-ma e Polícia Militar.

Calor deve continuarMudanças são necessárias

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Page 22: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C6 Dia a diaComércio tem horário diferenciado no feriadoLojas do Centro abrirão das 9h às 13h, ao contrário dos centros de compra que funcionam em horário normal

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Shopping centers estão funcionando normalmente, durante o feriado. Exceção será o shopping Sumaúma, que abrirá das 14h às 21h

Em virtude do feria-do nacional de Nossa Senhora Aparecida, celebrado nesta se-

gunda-feira, o comércio terá horário de funcionamento diferenciado, ao contrário das unidades de urgência e emergência da rede estadual, que funcionarão normalmen-te. As agências bancárias que não aderiram à greve dos bancários só retomaram às atividades na terça-feira (13). O serviço de limpeza urbana também funcionará em regime de plantão.

De acordo com a Fede-ração do Comércio (Feco-mércio-AM), o comércio da região central de Manaus funcionará das 9h às 13h. Já os shopping centers fun-cionarão no horário normal. A exceção será o shopping Sumaúma, na Zona Norte, que funcionará em horário especial. As lojas abrirão das 14h às 21h, enquanto as áreas de lazer e Praça de Alimentação, das 12h às 22h.

SaúdeConforme a Secretaria Es-

tadual de Saúde (Susam), to-das as unidades de urgência e emergência da rede estadu-al funcionarão normalmente,

em plantão de 24 horas. A rede de urgência é formada por nove Serviços de Pronto Atendimento (SPAs) e uma Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA) – para onde devem ser encaminhados prioritariamente os casos de urgência de baixa e média complexidade, como crises de hipertensão, pequenos fe-rimentos e mal-estar súbito –, além de sete prontos-so-corros. Para o atendimento às grávidas, a Susam dispo-nibiliza sete maternidades, que funcionam todos os dias, também em regime de 24 horas. Esta rede conta, ainda, com uma maternidade na rede pública municipal.

Em relação às unidades que atendem com consulta agendada – como é o caso dos serviços ambulatoriais dos Centros de Atenção à Melhor Idade (Caimis), Cen-tros de Atenção Integral à Criança (Caics), Policlínicas e Fundações – não have-rá atendimento amanhã. O funcionamento destes serviços será retomado na terça-feira, às 7h.

As unidades do pro-grama Farmácia Popu-lar também não estarão funcionando no feriado.

C06 - DIA A DIA.indd 6 10/10/2015 00:57:06

Page 23: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C7Dia a dia

Por conta da correria do dia a dia, o momento de brincar, para algu-mas famílias, tornou-se

raro com os pequenos, e na maioria das vezes esse tem-po acaba sendo ocupado com joguinhos nos smartphones e tablets. Com a proximidade do Dia das Crianças, a psicóloga e diretora do Centro Literatus (CEL), Rosselane Sandrini, lem-bra que, ao brincar, pais e fi lhos fortalecem seus vínculos, além de contribuir para o processo de aprendizagem e amadureci-mento. “Brincar é fundamental para a formação de um adulto saudável”, observa.

Ela explica que é por meio do brincar que a criança dá signifi -cado ao mundo, vivenciando o papel dos adultos, expressando sentimentos, aprendendo a se relacionar com os outros e con-sigo mesma, entende as regras sociais e amplia sua visão de mundo. “Além disso, é também por meio da brincadeira que elas reproduzem a cultura e as tradições”, disse.

Trava-línguas, fantoches, es-conde-esconde, empinar pipa, queimada, pular corda, ama-relinha, pega-pega, guerra de bexiga, o mestre mandou, morto vivo, festa do pijama e boli-nha de gude são algumas das

sugestões da educadora. “Os videogames podem ajudar no desenvolvimento de estratégias e agilidade mental, porém as crianças não movimentam o

corpo, não interagem com ou-tras e acabam fi cando ansio-sas”, comenta Rosselane.

Além disso, ela destaca que brincadeiras que estimulam o corpo, os sentidos e a imagi-nação são recursos simples e baratos. “Passeios em parques, piquenique, livros de história, gibis, brinquedos recicláveis, peças de teatro e faz de conta são ótimos e, muitas vezes, podem ser construídos pela pró-pria criança com a ajuda dos pais”, indica.

Outra dica dela são as brinca-deiras ao ar livre, por serem ca-pazes de propiciar experiências

mais ricas de cuidado e apego com as pessoas e os lugares, contribuindo para o desenvol-vimento de ações futuras mais conscientes e socioambiental-

Brincar é fundamental para ser um adulto saudávelNão importa o tipo de brincadeira, a prática, de acordo com especialistas, é essencial para o desenvolvimento da criança

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ULG

AÇÃO

Brincadeiras ao ar livre, interação com outras crianças, diversifi cação de materiais despertam os pequenos

DICAS

Algumas dicasda especialista:

- Deixe as crianças brinca-rem sozinhas e favoreça o encontro entre amigos da mesma idade- Sugira e proporcione novas possibilidades ao brincar, seja no tipo de material (brinquedos, utensílios domésticos, blocos de madeiras ou pedaços de tecidos) ou nos espaços escolhidos (na sala, no quintal ou no parque)- Procure levar as crianças para brincar ao ar livre, como a parques, rio, pra-ças, reservas, cachoeiras, zoológico, entre outros- Não use a desculpa de que chegou em casa cansado. Organize seu tempo e você verá que brincar com seu fi lho é um meio interessante para aliviar o estresse.

EXPERIÊNCIA

O ato de brincar auxilia a criança a dar signifi cado ao mundo, vivenciando o papel dos adultos, expres-sando sentimentos, aprendendo a se rela-cionar com os outros e consigo mesma e a entender regras

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Page 24: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015C8 Dia a diaCampanha incentiva doação de cabelos Material será utilizado na confecção de perucas, que serão repassadas a ONG que apoia mulheres em tratamento

FOTO

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Campanha inusitada, a doação de cabelos ajuda no resgate da autoestima das portadoras da doença

É possível fazer de um simples corte de ca-belo um grande ato solidário. Isto porque

os fi os podem ser transfor-mados em perucas para pa-cientes que sofreram modifi -cações no corpo em virtude do tratamento contra o câncer. A ação não está associada apenas à vaidade, mas a um auxílio positivo para a recuperação, devolvendo au-toconfi ança a mulheres diag-nosticadas com a doença.

Fátima Maria Santiago perdeu os cabelos este ano com o início das sessões de quimioterapia. De acordo com ela, na primeira sessão foi possível observar o efeito avassalador do tratamento. Ao todo, ela já fez nove sessões. “Eu me senti muito mal, porque tinha os cabelos longos e via cada dia meu travesseiro cheio de fios quando acordava”, conta.

Na abertura ofi cial da campanha Outubro Rosa no Amazonas Shopping, na Zona Centro-Sul, uma ação em par-ceria com o Lar das Marias, Fátima foi presenteada com uma peruca. Ainda que não seja possível reverter todos os problemas decorrentes do tumor, segundo ela, foi um

presente que permitiu a me-lhora de sua autoimagem. “Eu tenho usado todo dia desde que recebi”, comenta.

Ciente da importância da ação antes mesmo de ser agraciada, ela também re-solveu ajudar, incentivando a sobrinha Joseane Ramalho, 13, e a neta Maria Manuele

Freitas, 8, a doarem ao menos dez centímetros (tamanho mínimo) de suas madeixas.

AutoestimaPsicóloga do Lar das Ma-

rias, Conceição Félix chama a atenção para o fato de que a autoestima é um dos melho-res “remédios” para garantir a recuperação das pacientes, porque dá energia e espe-rança de que dias melhores

virão. Segundo Conceição, as voluntárias do Lar das Ma-rias trabalham com diversas atividades para melhoria da autoimagem, como a questão da peruca e ofi cina de lenços.

Diante disso, palestras e workshops com este tema não poderiam faltar no espaço Outubro Rosa no Amazonas Shopping. Neste domingo, os frequentadores do centro de compras terão acesso ao “Divas Day”, uma oficina para produção de perucas.

Já nas terças e quintas acontece a mobilização pela doação de cabelo, em par-ceria com o salão Cabral Coiff eur. Quem participar do momento solidário ganha um voucher para receber um cor-te moderno pelos profi ssio-nais do salão, durante terças e quintas, de 16h às 20h.

O movimento Outubro Rosa segue no Amazonas Shopping até o fi nal do mês. Além das doações de cabelo, a progra-mação envolve venda de arte-sanatos para angariar fundos ao Lar das Marias, palestras, workshops, exposição foto-gráfi ca elaborada pela Foto Nascimento e o Studio Rosa, onde é possível registrar o apoio a Campanha.

ÍNDICE

Conforme expectativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), em torno de 57,12 mil novos casos de câncer de mama devem ser registrados no país, neste ano. Ele cor-responde a 25% de novos casos

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Page 25: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

O ápice da emoção de bailarinos de varia-das companhias nos palcos de Manaus,

foi eternizado na exposição fotográfi ca “O que nos Move”, assinada pela fotógrafa Ruth Jucá. A exposição será lançada na próxima quarta-feira (14), a partir das 19h, no Palácio da Justiça, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro.

São 31 imagens, entre co-loridas e em preto e branco, produzidas e escolhidas por Ruth ao longo dos 18 anos na estrada. Amante de arte, a fotógrafa registrou o trabalho de bailarinos de companhias locais – como o Corpo de Dan-ça do Amazonas (CDA) – de outros Estados brasileiros e até de grupos internacionais, incluindo o balé russo de Mi-khail Baryshnikov. “O tema da exposição é arte. Comecei a fotografar na área da arte, dança e teatro há 18 anos, que é o que mais gosto. Então a exposição é um apanhado da coisa que fi z minha vida inteira”, afi rmou. Ela explicou que as quase duas décadas de expe-riência a fi zeram ter o feeling do ápice do artista durante o espetáculo. “Algumas pessoas não gostam de fazer fotos de dança por acharem difícil, mas já estou acostumada. Faço há 18 anos. Fotos desta natureza são mais difíceis por conta da luz do espetáculo. Tem que saber do “timer” da dança para fazer uma foto bonita. E estar

[email protected], DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015

Plateia D1NOVEMBRO

‘Fábrica’ celebra 16 anos

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AÇÃO

expõe 18 anos de fotografi aO Centro Cultural Palácio da Justiça sedia, a partir do dia 14 de outubro, 31 imagens de espetáculos artísticos

captadas em quase duas décadas de carreira

Ruth Jucá

IVE RYLO

Natural de Fortaleza, Ruth Jucá dedica-se à fotografia desde 1997, nas áreas de publicida-de, arte, moda e foto-jornalismo. É especialis-ta em fotos de dança e espetáculos de arte.

Foi no jornal “Diário do Amazonas” que ela foi in-troduzida no fotojornalis-

mo. Ruth também foi edi-tora de fotografia no jornal Amazonas EM TEMPO, de 2006 a 2007.

Suas imagens ganharam prêmios e foram publica-das em livros, jornais na-cionais e internacionais, revistas e coleções parti-culares. Em novembro de 2013 recebeu homenagem

na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), pela sua relevante contribuição no segmento de fotografia na cena cultural do Estado.

Ruth fez 13 exposições individuais em Manaus e seis coletivas, sendo duas em Manaus, duas no Rio de Janeiro, uma em São Paulo e uma em Tiradentes.

Da publicidade ao fotojornalismoEDITAL

A exposição é fruto da conquista do prê-mio do Proarte, que Ruth Jucá ganhou em 2013, concedido pelo governo do Estado, por meio da Secreta-ria de Cultura

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atento a captar a emoção e o sentimento do bailarino. A foto tem que registrar a alma da arte”, afi rma. As fotos que irão compor a exposição medem 60cm por 90cm. A exposição é fruto da conquista do prê-mio do Programa de Apoio às Artes (Proarte), que Ruth Jucá ganhou em 2013, concedido pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Esta-do de Cultura do Amazonas

(SEC). “Este é um projeto legal, uma oportunidade do artista mostrar o trabalho. Temos que aplaudir oportunidades como esta”, ressalta.

Na inauguração da exposi-ção, às 19h, haverá uma apre-sentação especial dos baila-rinos do CDA. A mostra fi ca aberta ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 16h e, aos domingos, das 9h às 13h. A entrada é gratuita.

Diversas formas de arte passam pelas lentes de Ruth

A própria fotógrafa selecionou as imagens para a exposição

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Page 26: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015D2 Plateia

4.

[email protected] - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho Jr.

Pesquisa . O Programa Estadual de Proteção e Orientação

ao Consumidor (Procon-AM) divulgou na sexta-feira, pesquisa comparativa de preços de brinquedos com o objetivo de informar os consumidores sobre a variação de preços praticada em algumas lojas de Manaus.

. A pesquisa foi realizada no período de 6 a 8 de ou-tubro, em seis estabelecimentos comerciais, e comparou 26 itens (bonecos, bonecas, jogos, jogos eletrônicos, bicicletas e diversos). Em razão da diversidade de brinquedos ofertados pelo mercado, nem todas as lojas dispunham de todos os produtos.

. A maior variação de preço encontrada foi de 248,76%, no produto “bola de vôlei”, que registrou o menor preço de R$ 12,90 e o maior , R$ 44,90. As variações de preço constatadas referem-se aos dias em que o levantamento foi realizado. Olho bem aberto consumidor.

. Para homenagear os profi ssionais de edu-cação da rede municipal de ensino, a Prefeitura de Manaus, por meio Semed, preparou uma programação especial para o dia de comemo-ração da categoria.

. Os educadores da rede vão ganhar uma grande festa com atrações locais e nacional, no Sambódromo, na quinta-feira, 15, com a atração principal o grupo ´Fundo de Quintal´.

. A busca por iniciativas que têm por objetivo fortalecer o Polo Industrial de Manaus (PIM), com vistas a sobrepujar os efeitos que a atual situação econômica brasileira vem ocasionando no fatura-mento e na geração de empregos e oportunidades no parque fabril manauara, foi o foco central do seminário “Efeitos da crise econômica brasileira no Polo Industrial de Manaus”, que aconteceu na sexta-feira no plenário Ruy Araújo, da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas.

. O evento, proposto na Câmara dos Deputados pela deputada federal Conceição Sampaio e, na Aleam, pelo deputado estadual Adjuto Afonso, foi presidido pelo deputado federal Júlio César, presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados e contou com a participação do supe-rintendente, em exercício, da Suframa, Gustavo Igrejas, que apontou ações que quando aplicadas, podem contribuir para o rápido fortalecimento do parque industrial de Manaus, como a retomada dos investimentos, a desburocratização, os inves-timentos em infraestrutura e o desenvolvimento de produtos no PIM.

Festa do professor

Desafi os

1. No evento em comemoração aos 65 anos do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, O de-putado federal Artur Bisneto e o prefeito Artur Neto, rece-beram o ´Colar do Mérito de Contas´ na homenagem in memorian a Arthur Virgílio Filho

2. Fátima Abreu no almoço filantrópico que movimentou o restaurante Bless, com renda voltada a instituição Janell Doyle

. Entre as grifes interna-cionais, surge um desejo das mochilas com ares noturnos.

. A francesa Louis Vuitton cria modelos para a noi-te em cou-ro acetinado. Último grito!

3. O querido senador Omar Aziz recebendo a mais alta condecoração do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas, da conselheira Yara Lins, o ´Colar do Mérito de Contas´, pelos relevantes serviços prestados ao Ama-zonas, durante a solenidade que comemorou os 65 anos do TCE-AM

4. O diretor executivo da Le Creuset no Brasil, Marcos Pinto, na inauguração da tradicional loja da marca francesa em Manaus, com o gerente comercial de Marke-ting do Shopping Ponta Negram, Rafael Fiedler, na quinta-feira

. Entre as . Entre as grifes interna-grifes interna-cionais, surge cionais, surge um desejo das um desejo das mochilas com mochilas com ares noturnos.ares noturnos.

. A francesa . A francesa Louis Vuitton Louis Vuitton cria modelos para a noi-te em cou-ro acetinado. Último grito!

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Page 27: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015D3Plateia

Festa de aniversário da Fábrica de Eventos tem sertanejo e hip hopA comemoração pelos 16 anos de atuação da Fábrica de Eventos será marcada por shows de grandes nomes da música

Jorge & Mateus, Bruno & Marrone, Jeff erson Moraes e Melanina Ca-rioca são os convidados

que vão animar o público manauense na comemoração dos 16 anos da Fábrica de Eventos, produtora local res-ponsável por grandes even-tos na cidade. A festa será no dia 19 de novembro, no sambódromo, e os ingres-sos antecipados podem ser comprados pelo site www.fabricadeeventos.biz.

A dupla goiana Jorge & Ma-teus, que comemora 10 anos de carreira em 2015, é uma das mais esperadas pelo público no aniversário da Fábrica. Eles trazem para Manaus a turnê do último disco, “Os anjos cantam”, que foi lançado em maio deste ano. Defi nido como o mais con-ceitual e um dos mais especiais dentro dos 10 anos de trajetória de Jorge & Mateus, o disco conta com 17 faixas e um reper-tório formado exclusivamente por canções românticas que ressaltam a essência musical dos artistas. O CD foi indicado na categoria Melhor Álbum de Música Sertaneja do Grammy Latino, que acontece no mesmo dia do show em Manaus, no MGM Grand Garden Arena de Las Vegas. É a primeira vez que os artistas fi guram entre os

fi nalistas ao prêmio, que neste ano chega à sua 16ª edição.

A convite da Fábrica de Even-tos, a dupla já se apresentou outras vezes em Manaus e sempre reúne um grande pú-blico nos shows. Nesta edição comemorativa de 16 anos da produtora, os sertanejos não poderiam fi car de fora.

Premiados Outra atração do aniversá-

rio da Fábrica é a dupla Bruno & Marrone. Com uma experi-ência de quase 30 anos, desde o início da carreira em Goiânia (GO) os músicos acumulam 15 Discos de Ouro e 12 de Platina, além de premiações em Dupla Platina e Diamante. Em 2001 recebeu o Prêmio Crowley devido ao recorde de execução com a canção “Dormi na praça”, recebendo o mesmo prêmio em 2003 com a música “Vidro fumê”.

Em Manaus, Bruno & Marrone se apresentam com a turnê do novo álbum, “Agora”, lançado em 2014, repleto de sucessos nacionais e sete músicas inédi-tas. As canções “Vou te amarrar na minha cama” e “Agora” já podem ser ouvidas nas rádios de todo o Brasil.

Ainda no line up da festa, um nome que despontou no sertanejo da atualidade, Jef-

ferson Moraes. Com apenas 22 anos, o cantor natural de Londrina mostra talento na voz e no violão. Ele é sinônimo de casa cheia e agenda lotada de shows em todo o Brasil. Várias músicas de autoria de Jeff erson são sucesso e já caí-ram na boca do público, como “Continente”, “Inconsequente” e

“Armadilha”. Hits não vão faltar no repertório para Manaus. Os vídeos do cantor no YouTube, juntos, somam mais de 1,5 milhão de visualizações.

O grupo Melanina Carioca chega à cidade com alegria, diversão e muito swing. Com uma música que mistura vários ritmos, a banda é formada pelos

atores Marcelo Mello, Roberta Rodrigues, Jonathan Haagen-sen, Jonathan Azevedo, Luiz Otávio, Roberta Santiago, Jef-ferson Brasil e o músico David dos Santos.

Para o show da Fábrica, os cariocas investem em sucessos autorais como “Deixa se envol-ver”, “Frente pro mar”, “Aquela

Muito swing marca as canções interpretadas pelo grupo Melanina Carioca, formado por diversos atores

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AÇÃO

SERVIÇO

QUANDO: 19 de novem-bro (quinta-feira)ONDE: sambódromo QUANTO: Pista 1° Lote R$ 50; Área Vip Open Bar 1° Lote R$ 200 com Open Bar de água, refrigerante, cerveja, caipirinha e caipi-roska até às 3h. Entrada diferenciada. Bares e ba-nheiros exclusivos. Acesso ao Front Stage. Vendas somente para maiores de 18 anos; Camarote R$ 200 (meia- entrada); Camarote Stage R$ 350 com Open Bar de água, refrigerante, cerveja, whisky 8 anos e vodka importada até as 4h. Bufê liberado. DJ exclusivo. Acesso à Área Vip e Front Stage. Bares e banheiros exclusivos. Todos os preços são de meia-entradaVENDAS ANTECIPADAS: www.fabricaingressos.com

ANIVERSÁRIO DA FÁBRICA DE EVENTOS

gata”, e “Vem dançar”. A banda também faz uma homenagem a outros músicos brasileiros com versões exclusivas que o público ouvirá somente no show.

Jeff erson Moraes representa a música sertaneja

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Page 28: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015D4 Plateia

Manazinhas, hoje em dia só é “feio” quem quer! Exis-tem “mil “ recursos para as pessoas resolverem seus problemas com a sua ima-gem. Nada mais antiquado do que viver escondendo uma parte do corpo porque tem “vergonha”. Podemos melhorar e muito é só se informar. Pensando nisso fui conversar com dois Cirurgi-ões Plásticos, Dra: Beatriz Raad que tem especializa-ção pelo Instituto Ivo Pi-tanguy (RJ) e o Dr: Nidall Raad membro da Sociedade Brasileira de cirurgia Plás-tica e Staff do serviço de cirurgia Plástica do HUGV. Meu questionamento com eles foi sobre Cirurgias Plásticas Combinadas, qual o limite? Exemplo: Quero fazer uma lipo + mama + abdome e a cirurgia dos braços, tudo de uma vez só, é possível? Quantas cirurgias podem ser associadas com segurança?

Resposta: A pergunta aparentemente simples, na verdade é bem complicada. Quando avaliamos o risco

cirúrgico, levamos em consi-deração diversas variáveis como: idade e estado geral do paciente, tempo operató-rio, sangramento estimado e áreas a serem operadas. Um paciente jovem ge-ralmente suporta maior tempo de cirurgia e san-gramento. Avaliamos as patologias associadas como obesidade e so-brepeso, hipertensão, problemas da tireoide e o risco cardiológico. Cada equipe cirúrgica oferece o

que sente ser mais seguro ao seu pacien-te. Uma equipe cirúr-gica composta por dois ou mais cirur-giões plásticos e instrumentado-res já treinados em cirurgias combinadas pode ofe-recer esta c o m o d i -dade com maior tran-quil idade. O tempo

operatório é um fator que poderá interferir ou não na quantidade de sangramen-

to, mas nem sempre isso é ver-dade. As

vezes o tempo operatório é maior para evitar sangra-

mento, como por exem-plo uma lipoaspiração feita o tempo todo

com cânula fi na. Ela aspira a gordura mais lentamente, mas machuca me-

nos os tecidos, com sangramento conse-quentemente menor.

As associações em ci-rurgia plástica tem sido

um recurso bastante uti-lizado pelos pacientes que desejam aproveitar uma

única internação para corrigir mais de uma

imperfeição estéti-ca. Isso é perfei-tamente possível desde que não se exagere nas pretensões e o paciente seja saudável o su-fi ciente para o tipo de pro-cedimento dese jado . Cabe ao cirurgião o bom senso

de atender ou recusar de-terminados procedimentos. A grande vantagem dessas associações de cirurgia é o bom resultado obtido em um único procedimento, o que traz grande economia de tempo e dinheiro para o paciente.

As associações mais frequentes em cirurgias Plásticas são:

- Lipoescultura e abdomi-noplastia

-Lipoescultura e abdomi-noplastia e mamoplastia (com ou sem prótese ma-mária)

- Abdominoplastia e ma-moplastia (com ou sem pró-tese mamária), entre outras

Diante dessas respostas chego a conclusão que o importante é ser FELIZ! Se tem alguma coisa incomo-dando a sua performance, não viva carregando isso como se fosse impossível de corrigir! Apenas seja consciente e procure bons médicos que possam lhe dar a tranquilidade que precisa para mudar.

CIRURGIA PLÁSTICA COMBINADAManazinhas, hoje em dia

só é “feio” quem quer! Exis-tem “mil “ recursos para as pessoas resolverem seus problemas com a sua ima-gem. Nada mais antiquado do que viver escondendo uma parte do corpo porque tem “vergonha”. Podemos melhorar e muito é só se informar. Pensando nisso fui conversar com dois Cirurgi-ões Plásticos, Dra: Beatriz Raad que tem especializa-ção pelo Instituto Ivo Pi-tanguy (RJ) e o Dr: Nidall Raad membro da Sociedade Brasileira de cirurgia Plás-tica e Staff do serviço de cirurgia Plástica do HUGV. Meu questionamento com eles foi sobre Cirurgias Plásticas Combinadas, qual o limite? Exemplo: Quero fazer uma lipo + mama + abdome e a cirurgia dos braços, tudo de uma vez só, é possível? Quantas cirurgias podem ser associadas com

Resposta: A pergunta aparentemente simples, na verdade é bem complicada. Quando avaliamos o risco

cirúrgico, levamos em consi-deração diversas variáveis como: idade e estado geral do paciente, tempo operató-rio, sangramento estimado e áreas a serem operadas. Um paciente jovem ge-ralmente suporta maior tempo de cirurgia e san-gramento. Avaliamos as patologias associadas como obesidade e so-brepeso, hipertensão, problemas da tireoide e o risco cardiológico. Cada equipe cirúrgica oferece o

que sente ser mais seguro ao seu pacien-te. Uma equipe cirúr-gica composta por dois ou mais cirur-giões plásticos e instrumentado-res já treinados em cirurgias combinadas pode ofe-recer esta c o m o d i -dade com maior tran-quil idade. O tempo

operatório é um fator que poderá interferir ou não na quantidade de sangramen-

to, mas nem sempre isso é ver-dade. As

vezes o tempo operatório é maior para evitar sangra-

mento, como por exem-plo uma lipoaspiração feita o tempo todo

com cânula fi na. Ela aspira a gordura mais lentamente, mas machuca me-

nos os tecidos, com sangramento conse-quentemente menor.

As associações em ci-rurgia plástica tem sido

um recurso bastante uti-lizado pelos pacientes que desejam aproveitar uma

única internação para corrigir mais de uma

imperfeição estéti-ca. Isso é perfei-tamente possível desde que não se exagere nas pretensões e o paciente seja saudável o su-fi ciente para o tipo de pro-cedimento dese jado . Cabe ao cirurgião o bom senso

de atender ou recusar de-terminados procedimentos. A grande vantagem dessas associações de cirurgia é o bom resultado obtido em um único procedimento, o que traz grande economia de tempo e dinheiro para o paciente.

As associações mais frequentes em cirurgias Plásticas são:

- Lipoescultura e abdomi-noplastia

-Lipoescultura e abdomi-noplastia e mamoplastia (com ou sem prótese ma-mária)

- Abdominoplastia e ma-moplastia (com ou sem pró-tese mamária), entre outras

Diante dessas respostas chego a conclusão que o importante é ser FELIZ! Se tem alguma coisa incomo-dando a sua performance, não viva carregando isso como se fosse impossível de corrigir! Apenas seja consciente e procure bons médicos que possam lhe dar a tranquilidade que precisa para mudar.

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MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015D5Plateia

TV TudoOperação: vazamentoOs autores Alcides Noguei-

ra e Mário Teixeira, cientes do perigo, já estão desenvolven-do estratégias para evitar o vazamento dos últimos capí-tulos de “I Love Paraisópolis”. Uma missão quase impos-sível, como se sabe. Cenas alternativas, fi nais secretos, vale tudo para preservar os momentos mais importantes.

CentroA ordem é esconder prin-

cipalmente o fi nal do Grego, personagem de Caio Castro. Se vai morrer, ir pra cadeia...

Bola dentroO “Fantástico” demora

para acertar, mas quando acerta... E é o caso do forma-to “Chefe Secreto”, baseado em Undercover Boss, da CBS, no qual CEOs de gran-des companhias passam por funcionários e participam do dia a dia dos seus negócios.

Sobrou pra elaPela ordem, o “Máquina

da Fama” da Patrícia Abra-vanel, ao fi nal de mais uma temporada, deveria passar a bola para o “Esse Artista Sou Eu”. Deveria. Mas não vai. SBT não fechou com a Endemol outra edição da competição na qual um grupo de celebridades deve assu-mir identidades de grandes

estrelas da música nacional e internacional. Por conta disso, o “Máquina da Fama” vai que vai, direto, sem parar.

Conta O próprio elenco de “Os Dez

Mandamentos” vai organizar uma festinha no Rio de Janeiro para comemorar o encerra-mento das gravações da no-vela, no mês que vem. Alexan-dre Avancini, diretor, só deve concluir os trabalhos durante a última semana de exibição.

MulherengoAilton Graça está acelerado

nas gravações de “Totalmente Demais”, a substituta de “I Love Paraisópolis”. Na produção que vem aí, ele vive Florisval, um motorista de Carolina (Juliana Paes), que não pode ver um rabo

de saia. Está sempre no ataque.

InfantilAté porque tudo está muito

em cima, a tendência é o pes-soal do “Pânico” passar lon-ge da primeira temporada do “MasterChef Júnior”. Não será feita uma sátira do programa, que estreia dia 20 na Band.

Tá perdoadoMuita gente afi rma que Ju-

liano Cazarré, o funkeiro MC Merlô de “A Regra do Jogo”, canta muito mal na novela e até ele, o ator, deve concordar com isso. Mas é fi cção, um personagem. Difícil mesmo é aguentar a nossa dura realida-de. Merlô, tem coisa muito pior aqui fora, maltratando os nos-sos santos ouvidos. Perto dessa turma você é fi chinha.

Bate – Rebate• Marcelo Serrado é nome dado

como certo em “Velho Chico”...• ... Luiz Fernando Carvalho, dire-

tor de “Chico”, é um fã declarado do ator e as primeiras conversas já aconteceram.

• Alguém precisa investigar os bastidores do fi lme “Rio Heat”, rodado no Rio e que tem promessa de virar série policial na Fox...

• ...Muitos envolvidos nessa produção estão reclamando que ainda não viram a cor do dinheiro. Vai ver, “esqueceram”.

• Os fi nais de semana na tele-visão paga continuam sofríveis...

• ... Nem HBO e a Rede Telecine escapam. O que esperar, então, das outras?

• Depois da participação em “Babilônia”, Marcos Pitombo aguarda resultado de teste para “Haja Coração”...

• ...Luiza Possi também está na expectativa, para a mesma novela.

• ...Se aprovada, será sua estreia em produções do gênero na Globo.

• Ao contrário do que andaram espalhando nos bastidores, Agui-naldo Silva continua de férias na Globo e à espera do Emmy.

Sem parar

ANTÔ

NIO

CH

AHES

TIAN

De acordo com o SBT, a cam-panha Teleton, nesta edição, contará com mais de 200 ar-tistas no palco, um recorde do programa, que vai acontecer nos dias 23 e 24. A meta é arrecadar R$ 26 milhões.

Ficamos assim. Mas ama-nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

O timeAlém de Pedro

Carvalho, “Escrava Mãe” reúne no elen-co Gabriela Moreyra, como a personagem título, Fernando Pa-vão, Thais Fersoza, Antônio Petrin, Bete Coelho, Zezé Motta, Jussara Freire, Luis Guilherme e Cássio Scapin, entre outros. A produção é da Ca-sablanca.

MÁRIO ADOLFO

ELVIS

REGI

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

O documentário “Remições do Rio Ne-gro”, de Erlan Souza e Fernanda Bizarria (Navi/Ufam), sem dúvida apresenta de forma signifi cativa uma contribuição importante ao ideário construído acerca das Missões Salesianas e suas investidas na região do Alto Rio Negro nos levando a refl etir a respeito das consequências diretas desta empresa na afi rmação da identidade cultural dos povos que lá habitam.

Nestes tempos em que a facção ex-tremista do islamismo, a qual me recuso a chamar de “Estado” e que o jornalis-mo de baixo calão insiste no conceito, arrola assassinatos e crimes contra a humanidade e seu patrimônio, é mais do que oportuno o documentário que já possui uma estrada de alguns anos ame-alhando alguns bons prêmios. Região privilegiada, já fora alvo de mineradoras, militares e garimpeiros, todos à volta de seus interesses em detrimento da rica tradição cultural dos seus povos, com exceção de organizações e instituições como a FOIRN e o ISA, mas o docu-mentário se restringe, como falado, nas missões salesianas e suas tentativas de organização política, cultural e religiosa, obtivendo, num certo sentido, êxito em seu intento.

A partir do padre lituano Casimiro Beckstá, personagem central do docu-mentário, outros fatos se arrolam e nos mostram as várias investidas militares na região amazônica com o intuito de criar um patriotismo e uma estrutura política condizente com o modelo do “branco” e do Estado Nacional “civili-zado” como nos mostram os vídeos de propaganda etnocêntricos e evolucionis-tas criados pelo Estado Brasileiro e as incursões do major Tomaz Reis.

As personagens, ao que parecem, sentem-se à vontade diante da câmera, inclusive, por várias vezes, alguns deles se emocionam. O padre Casimiro se mostrou indiferente a algumas situações como as que relacionadas ao tribunal Bertrand Russel onde, no início dos anos

1980, o escritor amazonense Márcio Souza e o líder indígena amazonense Álvaro Tukano acusaram os salesianos de genocídio cultural.

Os gestos esquivos do padre no en-contro com seu ex-aluno, Pedro, mais de 40 anos depois sem se verem, mostram um homem dedicado e muito emotivo, diante da frieza e de uma ligeira aus-teridade do padre e nos provocam e nos incitam a pensar e tentar entender a relação muitas vezes ambígua, do educador e amigo, do “pai” e do “fi lho”.

O documentário não se utiliza de grandes panorâmicas da região o que, neste sentido, é positivo, pois confere a visão dos diretores em privilegiar as personagens e suas histórias com os salesianos ao invés de conferir, para efeitos de boa fotografi a, uma visão paisagística e natural da Amazônia – visão obsoleta e exótica do século 19. O uso dos planos médio e close, além do contrée-plongé, foram úteis e de boa afi nidade com os propósitos do fi lme e com o objetivo das cenas, como na que um dos personagens, ex-aluno, passeia pelo antigo dormitório em São Gabriel (ou será Iauaretê?). Já os close, por vezes desfocados, comprometiam a qualidade da imagem e denunciavam, em parte, a falta de intimidade do câmera com seu instrumento de trabalho, cuja prática o levará a conhecer mais, certamente, em trabalhos próximos.

Mas o principal e característico desta montagem, com todos os limites de pro-dução que estavam envolvidos foi, sem dúvida, o interesse pelo tema e a visão particular do padre Casimiro Beckstá a respeito de seu trabalho missionário na região. A dedicação do padre, conhecido por eles como o “padre diabo” por conta do seu interesse pela preservação de alguns traços culturais e no registro de al-gumas dessas manifestações conferem ao documentário um status privilegiado na produção cinematográfi ca local, que se encontra às voltas com produções de baixa qualidade e de traço duvidoso.

‘Remições do Rio Negro’[email protected]

Márcio Braz

A partir do padre lituano Casimiro Beckstá, outros fatos se arrolam e nos mostram as várias investidas militares na região amazônica com o intuito de criar um patriotismo e uma estrutura política condizente com o modelo do ‘branco’ e do Estado Nacional ‘civilizado’”

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

Assim que encerrar o seu compromisso em “I Love Paraisópolis”, Fabiula Nasci-mento passará a se dedicar à próxima novela das 23h.

Ela já foi convocada para o elenco de “Joaquina – Filha de Tiradentes”.

Desde 2008, ano de estreia na Globo, Fabiula vem emplacando um trabalho atrás do outro, atuando em séries e novelas da casa.

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Page 30: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015D6 Plateia

Peter Pan: EUA. 10 anos. Peter Pan (Levi Miller) é um garoto travesso de 12 anos com uma caracterís-tica rebelde irreprimível, mas no sombrio orfanato de Londres onde passou toda a sua vida, essas qualida-des certamente não evoluem e muito menos `voam´. Então, em uma noite incrível, Peter Pan é levado para longe do orfanato e transportado para um mundo fan-tástico de piratas, guerreiros e fadas chamado Terra do Nunca. Lá, ele encontra extraordinárias aventuras e batalhas de vida ou morte, enquanto tenta descobrir o segredo de sua mãe, que o deixou no orfanato há muito tempo, e seu lugar de direito nesta terra má-gica. Juntando-se com a guerreira Princesa Tigrinha (Rooney Mara) e um novo amigo chamado James Gan-cho (Garrett Hedlund), Peter Pan tem que derrotar o cruel pirata Barba Negra (Hugh Jackman) para salvar a Terra do Nunca e descobrir seu verdadeiro destino - se tornar o herói que será conhecido para sempre como Peter Pan. Kinoplex 3 – 16h20, 18h50, 21h20 (3D/dub/diariamente), 14h (3D/dub/somente sábado, domingo e feriado); Playarte 5 – 12h45, 15h10, 17h35, 20h (dub/diariamente), Playarte 6 – 13h45, 16h05, 18h35 (dub/diariamente), Playarte 6 – 21h05 (leg/diariamente).

Bata Antes de Entrar: EUA. 14 anos. Em uma noite chuvosa, duas belas mulheres batem à porta de Evan Webber (Keanu Reeves). Ele está sozinho em casa, já que a esposa e fi lho estão viajando. Não demora muito para que ambas o seduzam, tendo uma noite de amor com ele. Só que, no dia seguinte, elas passam a persegui-lo implacavelmente. Kinoplex 1 – 19h35, 21h45 (dub/diariamente); Playarte 8 – 15h, 19h10, 21h20 (dub/diariamente).

A Possessão do Mal: EUA. 16 anos. Playarte 2 – 17h, 21h (dub/diariamente).

Perdido Em Marte: EUA. 12 anos. Kinoplex 5 – 15h10, 18h05, 21h (3D/dub/diariamente), 21h (3D/leg/diaria-mente); Playarte 10 – 12h50, 18h30 (dub/diariamente), 21h15 (leg/diariamente).

Hotel Transilvânia 2: EUA. Livre. Kinoplex 1 – 15h35, 17h35 (dub/diariamente), 13h35 (dub/somente sábado e domingo), Kinoplex 5 – 13h10 (dub/diaria-mente); Playarte 2 – Playarte 2 – 13h, 15h, 19h (dub/diariamente), 18h45 (dub/diariamente), Playarte 8 – 13h,

17h10 (dub/diariamente).

Vai Que Cola – O Filme: BRA. 12 anos. Kino-plex 2 – 16h25, 18h45, 20h55 (diariamente), 14h10 (somente sábado e domingo), Kinoplex 4 – 14h50, 17h05, 19h20, 21h35 (diariamente); Playarte 3 – 13h10, 15h10, 17h20, 19h25, 21h30 (diariamente), Playarte 4 – 12h30, 14h30, 16h35, 18h40, 20h45 (dub/diariamente).

Maze Runner – Prova de Fogo: EUA. 14 anos. Playarte 7 – 13h15 (dub/diariamente), Playarte 10 – 15h35 (dub/diariamente).

DIV

ULG

AÇÃO

FOTO

S: D

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Batalha entre robôs bons e maus na superprodução “Transformers” (Globo)

ÁRIES - 21/3 a 19/4Busque o equilíbrio nas decisões. O momento é de cautela e você precisa deixar claros seus objetivos. Use e abuse do vermelho. No lazer, cuidado com atividades radicais. No amor, escute mais do que fale.

TOURO - 20/4 a 20/5Esta não é a hora certa de fazer alarde das suas conquistas. No trabalho, mantenha sigilo sobre seus projetos para não se tornar alvo de pessoas oportunistas. É um dia para refl etir sobre seus objetivos. Observe quem está ao seu redor antes de oferecer ajuda. No amor, fuja de desentendimen-tos, este é um campo minado. Conselho: Acredite na sua capacidade de realização!

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Aproveite o seu astral generoso e mostre-se solícito para colaborar com amigos próximos e familiares que precisam de alguma atenção. Seja prudente

ao escolher um novo lugar para morar. Use rosa.

CÂNCER - 22/6 a 22/7Poderá haver interferências benéfi cas de pessoas que irão mudar o rumo de seus planos para me-lhor. Aceite ajuda, abra seu coração para usar da melhor forma as mudanças. Aproveite este que é um dia indicado para namorar, o astral estará conspirando para o romantismo. Poderá sentir um mal-estar, mas não se preocupe, será passageiro. A espiritualidade e sabedoria deverão ser buscadas e praticadas. Cuide do visual!

LEÃO - 23/7 a 22/8Quebre a rotina, deixe o sol entrar com mais frequência na sua vida. Saia mais para aumentar a sua popularidade. Os que trabalham contam com poderosas vibrações, se souberem aproveitar poderão sair lucrando. No amor, terá chance de melhorar o convívio com seu par. É tempo de se encher de coragem e ir à busca dos seus. Sonhos

pense um pouco mais no que lhe dá prazer.

VIRGEM - 23/8 a 22/9Mude o cabelo, um tom mais escuro tende a valorizar e refi nar a aparência no inverno. Seja menos intolerante com a família, do contrário a sua carga poderá parecer mais pesada do que é. Sua dedicação a quem ama não passará desper-cebida, mas evite fazer cobranças descabidas. Procure relaxar e sair do stress. Enriqueça sua espiritualidade tendo uma imagem de Buda em seu canto de meditação. A prática da meditação será de grande ajuda.

LIBRA - 23/9 a 22/10Cuidado ao lidar com pessoas desconhecidas, não abra sua intimidade ou sua casa, momento em que os astros podem não estar tão positivos. Palavras e ações devem ser bem analisadas. No relacionamento contenha os ciúmes e a in-segurança. Liberte-se você muito mais do que

pensa! Financeiramente o momento é bom, preste atenção aos sinais e aproveite as oportunidades que surgirem.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Controle a sede de viver, por que tanta curtição acaba em stress. É preciso entender que essa roda viva não faz bem a ninguém. Nada de saídas depois do trabalho ou das suas obrigações. Hoje, você precisa é de descanso. Reúna amigos em casa para um vinho e queijos. A melhor companhia será a família.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12Momento de cautela em tudo. Muito cuidado com as energias negativas ao redor. Evite acumular má-goas e rancores. Aproveite o dia para sorrir. Muito!

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1O dia de hoje reserva nada além de muita sorte para você. Prepare-se para desfrutar de bons mo-

mentos em família e encontrar motivos de sobra para espalhar aquele alto astral que só você tem a qualquer pessoa próxima.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2No terreno das fi nanças correrá o risco de sérios prejuízos, é preciso manter o controle sobre suas despesas. No amor, cuidado com desentendimen-tos no romance procure manter o astral elevado. Na saúde cuidado com stress. Use cor amarela e atraia a energia do sol e alegria.

PEIXES - 19/2 a 20/3Mantenha a calma e não haja com precipitação. Aguarde uma melhor oportunidade para resol-ver de maneira mais favorável a sua situação fi nanceira. Com a pessoa amada, seja humilde e peça desculpas se errou. Cuidado com a irritação poderá adoecer!

SBT GLOBO4H45 JORNAL DA SEMANA SBT

6H BRASIL CAMINHONEIRO

6H30 TURISMO & AVENTURA

7H15 ACELERADOS

8H CHAVES

9H PGM SAUIM CAP

10H MUNDO DISNEY

12H DOMINGO LEGAL

14H ELIANA

18H RODA A RODA JEQUITI

18H45 SORTEIO DA TELESENA

19H PROGRAMA SILVIO SANTOS

23H CONEXÃO REPÓRTER

0H ARQUEIRO

1H15 TRUE BLOOD

3H BIG BANG

3H30 IGREJA UNIVERSAL

5H SANTO CULTO EM SEU LAR5H30 DESENHOS BÍBLICOS6H55 DESENHOS BÍBLICOS7H55 RECORD KIDS - TODO MUN-DO ODEIA O CHRIS9H BINGO SAIUM CAP10H DOMINGO SHOW14H30 HORA DO FARO 18H30 DOMINGO ESPETACULAR 22H FAZENDA22H45 REPÓRTER EM AÇÃO 23H30 ROBERTO JUSTUS +0H15 PROGRAMAÇÃO IURD

6H30 IGREJA INT. DA GRAÇA 9H SAUIM DA SORTE (LINK)10H TV KIDS 10H30 PROGRAMA AD & D 11H IGREJA DA GRAÇA 12H FIQUE LIGADO 13H EN CIRCUITO 14H30 TV KIDS 15H TE PEGUEI15H30 SENSACIONAL17H PROGRAMA VIAGEM CULTURAL17H30 CHEGA MAIS19H ENCRENCA21H30 TE PEGUEI NA TV22H45 MEGA SENHA - REPRISE23H45 LUTA TRIBAL 0H45 OPERAÇÃO DE RISCO - RE-PRISE1H30 IGREJA INT. DA GRAÇA

4H43 SANTA MISSA

5H44 AMAZÔNIA RURAL

6H12 PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES

NEGÓCIOS

6H48 MUNDIAL DE FÓRMULA 1 - GRAN-

DE PRÊMIO DA RÚSSIA

8H47 AUTO ESPORTE

9H20 ESPORTE ESPETACULAR

12H20 ESQUENTA

13H58 TEMPERATURA MÁXIMA - TRANS-

FORMERS

16H30 DOMINGÃO DO FAUSTÃO

20H FANTÁSTICO

22H18 TOMARA QUE CAIA

23H16 DOMINGO MAIOR - SALVE GERAL

1H16 SESSÃO DE GALA - HIDALGO - A

HISTÓRIA JAMAIS CONTADA

3H10 MENTES CRIMINOSAS

Programação de TV

Cruzadinhas

Horóscopo

CinemaESTREIAS

CONTINUAÇÕES

1.

RECORD

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Page 31: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 11 DE OUTUBRO DE 2015D7Plateia

[email protected]

Guto OliveiraSolidariedade & gastronomia

Estamos procurando uma solução

para o Brasil, sei que é difícil e por isso estamos discu-tindo, ouvindo, para encontrarmos esses caminhos”

***Ana Rebelo e Már-cia Martins antes

de embarcar para o Círio, foram con-ferir as delicias

do Bless e fazer o bem as crianças do

Janell Dolly ***

***

Anfitrião da soleni-dade que entregou o Co-lar do Mérito de Contas a diversas personalida-des de todos os setores da sociedade, na última sexta-feira, o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Josué Filho, lamentou a demora no julgamento de muitos processos de pres-

tação de contas de órgãos públicos na instituição. Ele credita essa demora à legislação vigente que permite uma série de re-cursos, o que muitas vezes contribui para alongar um julgamento da prestação de conta de um gestor público em até 7 anos. Mas, ele acrescentou que o tribunal trabalha para que isso seja mudado para 5 anos.

***

Internacionalmente conhecido, o violinista Ryu Goto chega ao Bra-sil em outubro para uma série de apresentações. Depois de passar por São Paulo e Belém, o violi-nista se apresentará em 17 de outubro, ao lado da Orquestra Amazonas Filarmônica, no Teatro

Amazonas, em Manaus, sob a regência de Marcelo de Jesus.

***

Estreante na Câma-ra Federal, o deputado federal Hissa Abrahão (PPS-AM) foi eleito, na úl-tima quinta-feira (08), em Brasília, como o melhor parlamentar do Amazo-nas, em 2015, no Prêmio

Congresso Em Foco. Com 1.388 votos populares, Hissa Abrahão ficou entre os 30 melhores deputados do país.

***

Um toque de fetichismo declarado paira sobre a coleção de primavera da Miu Miu. A própria Miuccia se diz interes-sada em política, mas também em perversão e essa dualidade faz parte da construção visual de cada elemento presente nas peças da grife, escândalo!

O restaurante Bless, pilotou almoço chique com parte da renda re-vestida para a institui-ção Janell Dolly. A Chef Bianca Paes Barreto e o empresário Orsine Oli-veira foram anfi triões corretos, no menu de-gustação destaque para entradas que eram de tirar o folego. Nas fotos, Mônica e André Dutra, Glória e Mishelly Car-ratte, Sônia Jinkings e Carol Carvalho.

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Vice-governadorHenrique Oliveira

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Page 32: EM TEMPO - 11 de outubro de 2015

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