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BRASIL VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 MÁX.: 32 MÍN.: 24 TEMPO EM MANAUS ANO XXVII – N.º 8.783 – DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM, IMÓVEIS&DECOR. CURUMI M Namoradinho de Murupi, Curu- mim conta que o Dia dos Namo- radosestárelacionadoaofreipor- tuguês Fernando de Bulhões. Em suas pregações religiosas, o frei sempre destacava a importância do amor e do casamento. DECIFRA-ME Fazer alongamento antes e depois de atividades físicas é fundamental, mas poucas pes- soas sabem que os benefícios dessa prática não param por aí. Saúde & Bem-estar F8 Luan Santana (foto), Wesley Safadão, Harmonia do Samba e Léo Magalhães são algumas das atrações da Fábrica de Eventos no segundo semestre. Plateia D3 PLATEIA Profissionais que trabalham em plataformas móveis, pen- durados por cordas, contam os riscos que correm diariamente para cumprir missões quase im- possíveis. Economia B4 e B5 Missões arriscadas nas alturas Mulheres jovens, de boa aparên- cia, moradoras de bairros pobres, são alvo preferido do tráfico hu- mano, que tem o Amazonas como uma das rotas preferidas dos cri- minosos. Dia a dia C4 e C5 AM na rota do tráfico humano MONUMENTOS QUE CUSTARAM UMA FORTUNA AOS COFRES PÚBLICOS SE TRANSFORMARAM EM ELEFANTES BRANCOS, OU SEJA, SEM NENHUMA UTILIDADE. CONSTRUÍDO NA GESTÃO DO EX-PREFEITO AMAZONINO MENDES PARA SER UM “CARTÃO-POSTAL” DO PARQUE 10, O MONUMENTO ERGUIDO NA ROTATÓRIA DO MINDU VIROU MOTIVO DE PIADA. PRÓXIMO À PONTE RIO NEGRO, OU- TRO “MONUMENTO” CUSTOU R$ 5,5 MILHÕES PARA VIRAR FOCO DE DEN- GUE E ABRIGO PARA MENDIGOS. EN- QUANTO ISSO, MONUMENTOS HISTÓ- RICOS DO AMAZONAS SE PERDERAM OU ESTÃO ESQUECIDOS. POLÍTICA A7 E DIA A DIA C1 E C2 ESTREIA ESTREIA Pesquisa mostra que os brasi- leiros lideram o ranking de com- pra de imóveis na cidade ameri- cana. Imóveis & Decor 2 Brasileiros só pensam em Miami IMÓVEIS Sob o comando do técnico Dun- ga e com Neymar e Jeferson (foto) em campo, a seleção brasileira está em Temuco, no Chile, onde estreia hoje na Copa América, contra o Peru. Pódio E3 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO IONE MORENO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO/CBF MONUMENTOS QUE NÃO DIZEM NADA E CUSTARAM UMA FORTUNA

EM TEMPO - 14 de junho de 2014

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Page 1: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

BRASIL

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTEVENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

BRASIL

MÁX.: 32 MÍN.: 24TEMPO EM MANAUS

ANO XXVII – N.º 8.783 – DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116-3529

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM, IMÓVEIS&DECOR.

CURUMIMNamoradinho de Murupi, Curu-

mim conta que o Dia dos Namo-rados está relacionado ao frei por-tuguês Fernando de Bulhões. Em suas pregações religiosas, o frei sempre destacava a importância do amor e do casamento.

DECIFRA-ME

Fazer alongamento antes e depois de atividades físicas é fundamental, mas poucas pes-soas sabem que os benefícios dessa prática não param por aí. Saúde & Bem-estar F8

Luan Santana (foto), Wesley Safadão, Harmonia do Samba e

Léo Magalhães são algumas das atrações da Fábrica de Eventos no segundo semestre. Plateia D3

PLATEIA

Profi ssionais que trabalham em plataformas móveis, pen-durados por cordas, contam os riscos que correm diariamente para cumprir missões quase im-possíveis. Economia B4 e B5

Missões arriscadas nas alturas

Mulheres jovens, de boa aparên-cia, moradoras de bairros pobres, são alvo preferido do tráfi co hu-mano, que tem o Amazonas como uma das rotas preferidas dos cri-minosos. Dia a dia C4 e C5

AM na rota do tráfi co humano

MONUMENTOS QUE CUSTARAM UMA FORTUNA AOS COFRES PÚBLICOS SE TRANSFORMARAM EM ELEFANTES BRANCOS, OU SEJA, SEM NENHUMA UTILIDADE. CONSTRUÍDO NA GESTÃO DO EX-PREFEITO AMAZONINO MENDES PARA SER UM “CARTÃO-POSTAL” DO PARQUE 10, O MONUMENTO ERGUIDO NA ROTATÓRIA DO MINDU VIROU MOTIVO DE PIADA.

PRÓXIMO À PONTE RIO NEGRO, OU-TRO “MONUMENTO” CUSTOU R$ 5,5 MILHÕES PARA VIRAR FOCO DE DEN-GUE E ABRIGO PARA MENDIGOS. EN-QUANTO ISSO, MONUMENTOS HISTÓ-RICOS DO AMAZONAS SE PERDERAM OU ESTÃO ESQUECIDOS. POLÍTICA A7 E DIA A DIA C1 E C2

ESTREIAESTREIAPesquisa mostra que os brasi-

leiros lideram o ranking de com-pra de imóveis na cidade ameri-cana. Imóveis & Decor 2

Brasileiros só pensam em Miami

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Sob o comando do técnico Dun-ga e com Neymar e Jeferson (foto) em campo, a seleção brasileira está em Temuco, no Chile, onde estreia hoje na Copa América, contra o Peru. Pódio E3

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Page 2: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

A2 Última Hora MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Dilma Rousseff reconheceu que o aumento do preço dos alimentos é uma grande preocupação

BRASÍLIA, DF (FO-LHAPRESS) – Em entrevista ao “Pro-grama do Jô”, a

presidente Dilma Rousseff defendeu o ajuste fiscal e reforçou o discurso de que o cenário de dificuldade eco-nômica no país é “momen-tâneo”. Na conversa, Dilma prometeu fazer “o possível e o impossível” para o país “voltar a ter uma inflação bem estável, dentro da meta” e avaliou que a situação econômica do país deve me-lhorar no final deste ano. “O Brasil tem uma estrutura forte. Nós estamos enfren-tando uma dificuldade mo-mentânea. Vamos superar essa dificuldade”, disse.

A entrevista foi gravada na tarde de sexta-feira no Pa-lácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, e foi ao ar na madrugada deste sábado (13). Ao longo dos três blocos do programa, Dilma comentou temas como saúde, educação, crise na Petrobras e, principalmente, a economia do país. “O Brasil não passa por uma situação em que ele é estruturalmente doente. Pelo contrário, ele está momenta-neamente com problemas e dificuldades. Por isso que é importante fazer logo o ajus-te para a gente sair o mais rápido possível dessa situa-ção”, disse na entrevista.

Ela reconheceu que o au-mento do preço dos alimentos “é uma das coisas que mais preocupam. Sei que é passa-geiro, mas sei também que mesmo sendo passageiro, afe-ta o dia a dia das pessoas.”

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Em entrevista para a TV, a presidente da República comentou temas como saúde, educação, crise na Petrobras e, principalmente, a economia do país

Brasil enfrenta ‘dificuldade momentânea’, afirma Dilma

Seleção é recepcionada por 700 pessoas em Temuco

TEMUCO, CHILE (FO-LHAPRESS) – A selecão brasileira chegou nesta sexta (12) na cidade onde vai es-trear na Copa América, hoje, contra o Peru. Por volta das 23h15, a delegação chegou ao hotel Dreams, em Temuco, cidade mais ao sul do Chile das oito que receberão jogos na competição – está a 670 km da capital Santiago.

Segundo a polícia local, cer-ca de 700 pessoas esperavam a seleção, mas não puderam chegar perto dos jogadores, já que grades foram coloca-das na avenida Alemanha,

para que as pessoas não se aproximassem da entrada do lobby. O prefeito Miguel Be-cker Alvear recepcionou a se-leção na entrada do hotel.

Vendedores cobravam o equivalente a R$ 10 por bandeirinha do Brasil e cornetas verde e amarelas. Não choveu nesta sexta em Temuco, o que é raro nessa época do ano. Há preocupa-ção de como ficará o gra-mado do estádio Germán Becker, se chover muito. Ontem à tarde, a seleção treinou no palco da partida, com previsão de chuva. A seleção brasileira de futebol joga hoje contra o Peru

REPRODUÇÃO

Justiça dos EUA investiga pagamentos da Nike à CBF

SÃO PAULO, SP (FOLHA-PRESS) – O Departamen-to de Justiça dos Estados Unidos está investigando os pagamentos realizados pela multinacional esportiva Nike à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em 1996, pu-blicou nesta sexta-feira (12) o Wall Street Journal. Segun-do essa publicação, a Justiça americana está analisando o acordo de patrocínio de dez anos assinado em 1996 entre CBF e Nike no valor de US$ 160 milhões.

Após a assinatura do con-trato, a Nike pagou outros US$ 40 milhões em conceito de “despesas de marketing”, que não estavam contem-pladas no acordo inicial, e que foram depositados em uma conta bancária na Suíça em nome de uma empresa brasileira de patrocínio es-portivo.

O documento ao qual o Wall Street Journal teve acesso não identifica, em

nenhum momento, a Nike por seu nome, mas se refere a “uma multinacional esporti-va americana”. Segundo esse mesmo jornal, fontes ligadas à investigação confirmaram que se trata da Nike.

O governo dos EUA anun-ciou no dia 27 de maio uma ampla investigação contra a corrupção no mundo do futebol que afeta vários diri-gentes da Fifa e que, segundo o Departamento de Justiça, envolve a escolha da África do Sul como sede da Copa do Mundo em 2010 e a de-signação do presidente da Fifa em 2011.

No contexto dessa investi-gação, foram apresentadas acusações contra 14 pesso-as, entre dirigentes da Fifa e executivos de empresas relacionadas com essa enti-dade, após a surpreendente detenção de sete deles, inclu-ído o ex-presidente da CBF José Maria Marin, em um luxuoso hotel da Suíça.

PATROCÍNIO

Questionada sobre o que a motivou a trocar a direto-ria da Petrobras em 2012, Dilma justificou que to-mou decisão porque “não eram pessoas da minha confiança”. Entre os que deixaram a empresa, esta-va Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da estatal.

“A Petrobras não é um barquinho que você vira ra-pidamente. Passou um ano e eu troquei a diretoria toda e coloquei uma diretoria da minha confiança. Foi isso o que eu fiz.”

Ela voltou a afirmar que

a empresa “virou a página” e “está no caminho certo”. “Pode ter certeza: [a Pe-trobras] será uma das em-presas mais lucrativas do mundo nessa área.”

ProtestosNa conversa, Dilma fez

afagos ao vice-presidente Michel Temer, articulador político do Planalto, e mini-mizou protestos contra sua gestão. “Eu acho o Temer um grande parlamentar, com muita experiência. É extremamente hábil”, disse sobre o peemedebista.

Sobre manifestações con-

trárias ao seu governo, disse que “diante de radicais, o melhor remédio é a demo-cracia”. O Brasil não pode achar estranho as mani-festações. Elas têm de ser vistas como algo normal. Sempre defenderei o direito e liberdade de expressão de quem quer que seja.” Mais tarde, ela ponderou, no entanto, que a socieda-de brasileira muitas vezes é excessivamente crítica.

“No Brasil tem uma coisa que não vejo em outros paí-ses: eu acho que nós somos mais críticos conosco do que nós merecemos”.

Nova diretoria é de confiança

FUTEBOL

Detenção de Marin iniciou acusações a dirigentes da Fifa

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Plataforma de ensino de idiomas recebe US$ 45 mi

SÃO PAULO, SP (FOLHA-PRESS) – A plataforma di-gital de aprendizagem de idiomas Doulingo declarou ter recebido uma rodada de investimentos de US$ 45 milhões liderada pelo Goo-gle Capital, o fundo de in-vestimentos do Google, com participação de seus investi-dores anteriores. Segundo a empresa, o aporte será utili-zado para “aumentar o nível de personalização e eficácia do Duolingo e para distribuir a plataforma para mais es-colas mundialmente”.

O Duolingo tem um site e aplicativos gratuitos para iOS, Android e Windows Pho-

ne, em que é possível apren-der idiomas em uma inter-face similar a jogos on-line. Na versão em português, é possível aprender inglês, es-panhol e francês. Além disso, a ferramenta oferece o ser-viço Duoling para Escolas para auxilar professores no ensino de idiomas.

Em nota, Luis von Ahn, cofundador e presidente-executivo do Duolingo, diz: “Como professores particu-lares humanos são escassos e caros, a educação on-line personalizada que criamos tem a finalidade de dar a todos o acesso a um ‘tutor’ de uma maneira sustentável”.

INFORMÁTICA

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Page 3: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 A3Opinião

A seis meses da reunião da cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, em Paris, o G7, elite dos países mais ricos, politicamente e militarmente mais fortes do mundo deixou escapar, nesta semana um sopro de esperança quanto ao objetivo de descarbonizar a economia. Foi a primeira vez que Estados Unidos, Canadá, Japão, França, Alemanha, Itália e Reino Unido mostraram-se tão simpáticos (na verdade reconheceram) com a problemática do aquecimento global, que tem sofrido várias tentativas de negação, inclusive de vozes da área da ciência. Mas é como se tentassem negar a existência do Holocausto.

Não há mais tempo para isso. Inscrita na declaração fi nal do encontro do G7 que terminou segunda-feira 8, na Alemanha, essa posição revela um passo novo das economias mais avançadas do mundo na luta contra o aquecimento global, mas esconde, também, as difíceis negociações entre os seus líderes para chegarem a um texto consensual, como testemunharam observadores do evento. O G7 traça uma meta de 70% de redução das emissões globais de gases com efeito de estufa até 2050, a ser partilhada por todos os países signatários da Convenção Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas. As não está claro o que afi rmam com “enfatiza-mos que são necessários cortes profundos nas emissões de gases com efeito de estufa e uma descarbonização global da economia ao longo deste século”. Como fazê-lo?

Os países europeus do grupo (França, Alemanha, Itália e Reino Unido) não conseguiram a adesão do Canadá e, principalmente, do Japão, que atribui grande importância ao carvão em sua produção de energia. O G7 ainda é reticente, mas foi silencioso. Agora, os “sete samurais” reconhecem a existência do aquecimento global. Não é pouco.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para o músico, jornalista e escritor Fernando Brant, parceiro de Milton Nascimento, que morreu na sexta-feira. O compositor deixa um rico legado à MPB, que inclui pérolas como “Travessia”, Maria, Maria”, “Canção da América”, “Planeta blue”, “Pro-messas do sol”, “O vendedor de sonhos”, “Saudade dos aviões da Panair (Conversando no Bar)”, “En-contros e despedidas”, “Nos bailes da vida” e “San Vicente”, entre outros sucessos.

Fernando Brant

APLAUSOS VAIAS

ContrasteAgora veja o contraste.Após quase 365 dias, o es-

tádio foi palco, neste sábado, de um confronto com muito menos glamour: Princesa do Solimões X Nacional. Não se trata de nenhuma discrimina-ção contra o nosso futebol, mas a diferença é abismal.

Histórico

Apesar de tudo, Nacional e Princesa pode não ter o mes-mo glamour, mas é histórico, por ser o primeiro jogo da decisão do Campeonato Ama-zonense, também conhecido como “Barezão”.

Elefante

Naquele jogo do Mundial, que curiosamente comple-ta um ano hoje, a Arena da Amazônia recebeu quatro partidas.

Depois disso, virou um verdadeiro “elefante branco” para o futebol local.

Só dois

Neste um ano, apenas dois jogos envolvendo clubes amazonenses aconteceram no local.

Ambos foram em feve-reiro.

Padrão Fifa

O Nacional usou o estádio “padrão Fifa” no empate com o Vilhena pela Copa Verde, e na vitória sobre o Rio Negro, por 3 a 0, na estreia do Es-tadual.

Agende

Nesta terça-feira (16), às 20h, no Teatro Amazonas,

a Orquestra de Câmara do Amazonas fará uma apresen-tação especial com músicas das trilhas sonoras dos fi lmes “Psicose” (1960) e “As Horas” (2002).

Psique

O tema do concerto será a psique humana.

A batuta fi cará sob a res-ponsabilidade do maestro Marcelo de Jesus.

Também participa o maes-tro Bruno Nascimento, que vai reger “As horas”.

Dá-lhe, raposa!

O deputados Átila Lins (PSD–AM), viveu um momento histórico em sua longa carrei-ra política.

A raposa felpuda da política baré estava entre os parla-mentares do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul que, na segunda-feira, 8, assi-naram a 1ª Declaração do Brics no âmbito do Legislativo.

Em Moscou

O ato aconteceu durante o 1º Fórum Parlamentar do bloco, realizado em Moscou.

No documento, fi cou acer-tado, entre outras coisas, que o grupo defenderá a reforma dos mecanismos globais de segurança, entre eles o Conse-lho de Segurança da ONU.

Convênios

Além da reunião coletiva, os deputados também tive-ram encontros bilaterais com parlamentares da Rússia e da China.

Na pauta, a elaboração de convênios em diversas áreas, como energia, governança, mineração, fi nanças e agri-cultura.

Dilma no Jô

A presidente Dilma Rousse-ff afi rmou em entrevista ao “Programa do Jô”, que foi ao ar na TV Globo na madrugada desta sexta-feira (12) para sá-bado (13), que, embora neces-site de um ajuste fi scal para equilibrar as contas públicas, o Brasil não está “estrutural-mente doente”.

Nuvem passageira

Segundo ela, o país passa, momentaneamente, por “pro-blemas e difi culdades”, e o ajuste é necessário para uma rápida retomada do cresci-mento econômico.

A entrevista foi concedi-da na tarde desta sexta, na biblioteca do Palácio da Al-vorada, residência ofi cial da presidente da República, em Brasília.

Agoniada Dilma também se disse

“bastante agoniada” com a infl ação, uma das coisas que, segundo afi rmou, mais a preo-cupa.

— Fico preocupada porque acho que vamos ter de fazer um imenso esforço. Nós ire-mos fazer o possível e o im-possível para o Brasil voltar a ter infl ação bem estável, dentro da meta. Este pro-cesso que estamos vivendo tem um tempo, ele não vai durar”, declarou.

A internet é uma das maiores invenções da atualidade, mas, muitas vezes vem sendo usada para o mal. O uso desgovernado dessa ferramenta pode acabar com a vida das pessoas ou mesmo servir ao crime. Alguns internautas sem escrúpulos continuam postando fotos íntimas de ex-namoradas, como aconteceu esta semana em Manaus. Um absurdo!

Uso criminoso da internet

Dia 14 de junho de 2014, a Arena da Amazônia recebia seu primeiro jogo pela Copa do Mundo do Brasil. Em campo, havia craques como Gerrard, Rooney e Pirlo, que desfi lavam seu futebol na vitória da Itália sobre a Inglaterra, por 2 a 1.

Nunca fomos tão felizes

DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

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Um sopro de esperança

De um lado, os veículos de co-municação de massa, lidos, ouvidos e vistos, insistem e persistem em divulgar e valorizar os eventos do UFC, onde se permite a mescla de qualquer técnica de luta e onde a violência e a agressividade dos lu-tadores contam como qualidade e como técnica. Assim, enaltece-se a violência e transmite-se à população, de qualquer faixa etária, a ideia de que naquela prática, por mais chocante que seja, há um valor intrínseco que a legitima como “esporte”, ainda que possa mutilar e até matar.

Coincidentemente, acontece que um delegado de polícia resolveu es-timular e promover, entre os presos da sua delegacia, a prática do tal MMA e assim tornou-se execrável enquanto autoridade policial, exposto a todas as críticas da imprensa e sujeito às sanções funcionais.Mas, afi nal, se o Jacaré, o José Aldo, o Victor Belfort, o Anderson Silva e outros têm sido indicados à população como ícones e paradigmas, o natural seria enca-rar esse “esporte” como edifi cante e digno.

Mas não o foi. Ao contrário, consi-derou-se a atividade como perniciosa e absolutamente distante de qualquer papel educativo. Com certeza, se o delegado tivesse promovido, entre os presos, a prática do basquete, do vôlei ou do futebol, somente lhe teriam sobrado elogios.

*

Toda a sociedade tem sabido fre-quentemente o quanto os homosse-xuais, que passaram a se congregar no genérico GLBT, têm sofrido, em termos de segregação, de execração e de covardes agressões físicas que, por vezes, levam à morte.

A rejeição é tão forte que já houve casos de espancamento de pessoas apenas por terem sido supostamen-te tidas como homossexuais porque

estavam juntas, como ocorreu na av. Paulista, quando pai e fi lho foram agredidos em razão de caminharem lado a lado. Então, como forma de de-núncia, adequada ou inadequada, uma moça resolveu se apresentar como “crucifi cada”, no meio da Parada Gay, a fi m de ressaltar a injustiça contida nas ações da chamada homofobia.

Foi o sufi ciente para que uma pasto-ra/vereadora, a mesma que pretendeu edifi car púlpitos nos terminais dos ônibus, vestisse seus antolhos para ver apenas o lado que pôde alcançar: não há homofobia, mas sim uma “cristofobia”. Como se essas pessoas não pudessem ser cristãs.

*

Estarrecemo-nos todos com o no-ticiário que nos trazem diariamente os veículos de comunicação e que parece borrar defi nitivamente o velho conceito de humanidade. E há muita justiça nesse estarrecimento.

Afi nal, são fi lhos e fi lhas que matam os próprios pais; pais que lançam seus fi lhos recém-nascidos nas fossas, que espancam, queimam, mutilam e matam àqueles que naturalmente deveriam amar, proteger e educar; “amigos”, companheiros e vizinhos que partem do lazer de assistir a um jogo de futebol para o homicídio ab-surdo daquele que, havia momentos, estava ao seu lado como parceiro.

Mistério? De jeito nenhum. Apenas consequência inevitável do arcabouço que edifi camos e instituímos com su-porte para a vida social. Se não temos mais deveres e sim apenas direitos; se o dinheiro tornou-se o nosso deus, precisamente na medida em que nos garante o poder e o prazer de tudo poder; se o meu eu é absolutamente descompromissado, a não ser com a sua egoística busca da autossatisfa-ção, então, tudo que nos limite, nos impeça e nos comprometa, que seja a qualquer custo removido.

João Bosco Araú[email protected]

João Bosco Araújo

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPO

Não há como separar

[email protected]

Regi

Se o dinheiro tornou-se o nosso deus, precisamente na medida em que nos garante o po-der e o prazer de tudo po-der; se o meu eu é absolu-tamente des-compromis-sado, a não ser com a sua egoística busca da au-tossatisfação, tudo que nos limite, nos impeça e nos comprometa, que seja a qualquer cus-to removido”

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Page 4: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Depois do curto-circuito da convocação de Paulo Okamotto, amigo e assessor de Lula, pela CPI da Petrobras, o governo começará a semana fazendo nova ofensiva para retirar assinaturas do requerimento da CPI do BNDES, protocolada no Senado, mas cuja instalação ainda depende da leitura pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). Será uma missão “árdua”, como reconhece um líder. Se não houver sucesso, a ordem é cozinhar as indicações dos membros.

Xeque... Além do cochilo do Planalto, que foi avisado e não agiu para blindar Okamotto, Lula se irritou ao saber que a bancada do PT facilitou sua convocação.

... mate A deputada Moema Gramacho (PT-BA) pediu a sus-pensão da sessão do plenário na quinta-feira, o que permitiu que a CPI retomasse a votação dos requerimentos.

O cara O resultado da votação das contas de 2014 de Dilma Rousseff pelo TCU dependerá do voto do relator Augusto Nardes, que os ministros esperam conhe-cer com antecedência.

No escuro Como o relatório liberado não detalha todos os aspectos das contas, mesmo os ministros que tenderiam a rejeitar as contas da pre-sidente só o farão se Nardes indicar o caminho.

Goleiro O ministro Benjamin Zymler é visto no tribunal e no governo como aquele que abrirá uma divergência pró-Dilma caso Nardes peça a inédita rejeição das contas.

Zaga São considerados vo-tos certos pró-Dilma, ainda, José Mucio e Walton Rodri-gues, que se livraram de com-promissos para comparecer à votação na quarta.

Ataque Se Nardes pedir a

rejeição das contas de Dilma deve ter dois votos com ele: Ana Arraes, Bruno Dantas.

Meio campo Os votos in-certos (e decisivos) são os ligados ao PMDB: Vital do Rêgo e Raimundo Carrero.

Tamo... O governo aban-donou o tom beligerante da semana passada e redirecio-nou sua defesa para dizer que aceita a “nova jurisprudência” do TCU no caso das famosas “pedaladas” fi scais.

... junto Assim, antecipa-ções de recursos do Tesouro por bancos passam a ser tra-tadas como empréstimos, não prestação de serviço.

Apetite Geraldo Alckmin, que jantou com o PSB na se-mana passada em Brasília, quer agendar encontro seme-lhante com o PMDB. Trata-se de mais uma ação do gover-nador paulista para projetar seu nome nacionalmente de olho na eleição de 2018.

Viveiro Dada a disputa velada entre Aécio Neves, Alckmin e José Serra pela candidatura à Presi-dência na sucessão de Dilma, há quem, na sigla, projete até um cenário em que as três fotos apareçam na urna eletrônica.

Penas... Aécio, se mantiver o controle da máquina partidária,

o recall da disputa de 2014 e o apoio do partido nas bancadas do Congresso e nas seções do Norte e do Nordeste, garantiria uma nova postulação pelo PSDB.

... pra todo lado Nesse caso, Alckmin poderia ir para o PSB, onde lançaria Márcio França à sua sucessão em São Paulo. E Serra, hoje próximo do PMDB, seria o candidato dos sonhos do partido de Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha.

Efeito Lava Jato Pesquisa da Análise Editorial junto às 1.500 maiores empresas do Brasil mos-tra que 67% delas já montou uma área para cuidar das questões ligadas a compliance (conformi-dade com regras e procedimen-tos). Mais de um quarto delas criou um setor próprio.

Anti-Moro Na maioria das companhias, o setor que passou a cuidar do assunto foi o departa-mento jurídico. O levantamento será publicado na próxima edição do anuário “Análise Executivos Jurídicos e Financeiros”, a ser lançado nesta terça-feira.

Parlatório A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), uma das mais importantes do Senado, não deliberou sobre nenhum projeto neste ano. Até agora, só se de-dicou a sabatinas e audiências públicas de autoridades.

Roque

Contraponto

Nas semanas que antecederam a votação do ajuste fi scal no Congresso, Joaquim Levy (Fazenda) se reuniu diversas vezes com Michel Temer e outros ministros. Ao deixar um encontro no gabinete do vice-presidente, foi cercado por jornalistas e tentou sair pela porta que dava acesso ao anexo do Palácio do Planalto, que estava fechada. Encurralado, começou a ser sabatinado pelos repórteres.

-- Assim eu tô ferrado, mesmo. Não sei nem onde é a porta!O ministro só foi “libertado” quando um assessor abriu a porta com um crachá

pelo outro lado.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Abre-te, Sésamo!

Tiroteio

DE CÁSSIO CUNHA LIMA (PB), líder do PSDB no Senado, sobre o discurso em que Lula atacou a imprensa e citou em tom ácido demissões de jornalistas.

Lula perdeu completamente o pudor. Como pode um ex-líder sindical ter coragem de comemorar a demissão de trabalhadores?

Muito se falou nestes dias da encenação da crucificação de uma transexual na Parada Gay em São Paulo. Vozes exaltadas se levantaram contra a profa-nação de símbolos cristãos num país em que a grande maioria professa a fé em Jesus Cristo. É bom lembrar que o deboche em relação a estes símbolos não é de hoje. Em Roma, pode-se ver um desenho, provavelmente feito por soldados em que um macaco está numa cruz. So-bretudo, símbolos católicos são vilipendiados constantemente até por irmãos de fé.

Reagir no mesmo nível não me parece ser o caso. A consequência pode ser o aumento da intolerân-cia religiosa que facilmente res-vala para a violência que começa com a verbal e termina na física. É melhor ignorar e não entrar no jogo que é o que querem os funda-mentalistas de todos os matizes. No Estado de direito, compete ao Poder Legislativo estabelecer os limites, e ao Judiciário julgar se for o caso. Pessoas de responsa-bilidade não deveriam entrar no jogo da intolerância, sobretudo em nome de Deus.

No fundo, todos temos as nos-sas culpas na humilhação do di-ferente, passando pelo chute na santa, pela diabolização do outro, pela calúnia, pelo deboche, pela acusação de ignorância religio-sa, chegando a colocar alguns no inferno e reservando o céu para um determinado grupo re-ligioso. Respeitemos os outros como queremos ser respeitados. E se não nos respeitarem, per-doemos como gostamos de ser perdoados. Este me parece ser o caminho de Jesus.

Mas a pessoa que se fez crucifi -car na avenida Paulista disse que queria chamar a atenção para o

assassinato de transexuais. Sem precisar recorrer às estatísticas é evidente que eles são junto com outras minorias um grupo de risco. Basta ler os jornais. Esta realidade nos deveria chocar e indignar. Ninguém pode tirar a vida de ninguém, sobretudo apro-veitando-se de uma situação de inferioridade. Pessoas marcadas pelo preconceito, pela rejeição social, tornam-se presa fácil de mentes perversas e as vezes até do próprio Estado como no dra-ma nazista que nunca devemos esquecer. Hoje se mata em nome de Deus e devemos ter cuidado para que o discurso religioso aparentemente libertador não diabolize o outro e crie clima para a violência.

É fácil para pregadores in-cautos se dissociarem dos atos praticados por indivíduos dese-quilibrados cujas mentes foram deformadas pela sua pregação. A história está cheia de crucifi ca-dos. Na tradição católica, há uma identifi cação deles com o Cristo. A arte nas suas diversas ex-pressões vem expressando esse mistério há dois mil anos. Talvez queiramos um cristianismo sem o crucifi cado, mas não é possível. Os crucifi cados se identifi cam com o Senhor, independente-mente do seu comportamento moral. O seu sangue se mistura ao sangue do cordeiro que os purifi ca e acolhe na imensidão da misericórdia divina.

Oxalá aprendamos a viver e a conviver com o diferente res-peitando todas as expressões religiosas, reconhecendo limites na liberdade de expressão para não ferir o outro. Mas que a verdadeira indignação que bro-ta da compaixão tome conta do nosso coração diante dos crucificados.

Dom Sérgio Eduardo [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

É fácil para pregadores incautos se dissociarem dos atos praticados por indivíduos cujas mentes foram defor-madas pela sua pregação. A história está cheia de crucifi cados. Na tradição católica, há uma identifi -cação deles com o Cristo. A arte vem expressando esse mistério há dois mil anos”

Crucifi cados

Olho da [email protected]

Então, chegamos à marca da quinta maior enchente da história. Um momento para nin-guém botar defeito, embora haja a suspeita de que, em 2016, esse evento se repita. O melhor testemunho desses sucessos é cada indivíduo levando um pedaço de chão para onde as águas do rio não possam afogá-lo. A rua dos Barés é também recordista em inundações

IONE MORENO

Os símbolos religiosos se referem a uma situação. A cruz se refere aos abandonados e oprimidos. Se ela usou essa ima-gem para fazer a sociedade perceber a situação de domina-ção, está certa. Tem gente discutindo a pessoa crucifi cada na Parada Gay e acaba mudando o foco do que é importante. A cruz nem era um símbolo religioso quando a Bíblia foi escrita

Antônio Manzatto, teólogo e professor da PUC-SP, não acha que o ato da modelo transexual Viviany Bele-

bony, que apareceu “crucifi cada” na Parada Gay, chegou a desrespeitar o símbolo cristão.

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Page 5: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 A5Política

Quem está lá fora não tem o co-nhecimento e vivência de quem já está aqui há anos labutando em favor da ciência amazônica. Não conhe-cem a nossa realidade e nossas pecu-liariedades”

Os prejuízos maiores são as nossas pesquisas, que tivemos que inter-romper. Mas, segundo o superinten-dente da Suframa, Gustavo Igrejas, as atividades não serão paralisadas”

Às 18h da quarta-fei-ra (10), os três úl-timos funcionários do extinto Centro de

Biotecnologia da Amazônia (CBA), no Distrito Industrial, apagavam as luzes daquele que por quase 11 anos ajudou a promover a formação da inovação tecnológica a partir de produtos e processos da biodiversidade da região com o objetivo de ser ponte entre seus procedimentos e as em-presas e indústrias do Estado. Com o fim do contrato entre a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e o Centro, pelo menos 48 bol-sistas que desempenhavam funções, como a execução tecnológica cuja finalidade tinha como alcance as indús-trias, estão desempregados e sem a convicção de um acordo que promova o res-tabelecimento das atividades praticadas. Nesta entrevista, uma das cientistas e coor-denadoras da Comissão do Movimento Pró-CBA, Arlena Gato, doutora em biotecnolo-gia vegetal pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), faz um desabafo e culpa as autoridades pela desvalori-zação de quem se dedica à ciência no Amazonas.

EM TEMPO - O que in-viabilizou a continuidade das atividades do CBA em Manaus?

Arlena Gato – Um dos pilares de nossas reivindica-ções era, no mínimo, a per-manência dos 48 bolsistas integrados ao Centro a fim de que pudéssemos, pelo me-nos, participar da transição das atividades de pesquisa em andamento. Mas, infeliz-mente, esse pleito já foi, pois até o último dia (10) tivemos que retirar nossas coisas. De tudo o que pedíamos, a mais relevante solicitação era que os profissionais ficassem em suas atividades. Com o fim do convênio, administrado pela Suframa, não temos mais empregos o que inviabiliza a continuidade das pesquisas. Desde o início das ativida-

des do CBA, em 2004, não possuíamos personalidade jurídica, notadamente reco-nhecida por um CNPJ. Como esse documento nunca foi adquirido, oficialmente ja-mais existimos.

EM TEMPO – Esse fato de “não existir juridica-mente” trouxe que impe-dimentos?

AG – Os prejuízos maio-res são as nossas pesquisas, que tivemos que interromper. Mas, segundo o superinten-dente da Suframa, Gustavo Igrejas, as atividades não serão paralisadas; apenas os bolsistas que estavam no programa não podem per-manecer nos cargos pelo fato do convênio ter sido finalizado. Contudo, Igrejas nos prometeu que um dos pontos a ser discutido com o Ministério da Indústria e Comércio (Mdic), em Brasí-lia, será a assinatura de um termo para a realização de um edital para a convocação de pesquisadores. Para nós, essa manobra já deveria ter acontecido seis meses atrás como prometido, e não acon-teceu. O Amazonas perde e muito com essa interrupção, pois o Centro de Biotecnolo-gia da Amazônia veio para a formação da inovação tecno-lógica a partir de produtos e processos da biodiversidade da região com o objetivo de levar o mais rápido esses procedimentos às empresas e indústrias. Costumamos dizer que o centro possui um tripé: biodiversidade, bio-tecnologia e bioindústria, e nosso papel era justamente executar as tecnologias para serem levadas a essa cliente-la, ou seja, passar essas téc-nicas até que o resultado final alcançasse o setor industrial dos produtos amazônicos, como fármacos, biocosméti-cos, coleção e identificação de microorganismos (fungos e bactérias), que, inclusive esse campo de pesquisa é referência na Região Norte. Agora, a sociedade não tem esse conhecimento, pois nun-ca possuímos uma identidade jurídica, o que nos impedia de divulgar nossos serviços.

EM TEMPO – Mas, o que a sociedade precisaria saber ou conhecer?

AG – Um dos nossos cam-pos de atuação é o trabalho biológico com plantas, que é a transformação dessas em clones. Pois quando se pega uma planta convencional para análise você pode encontrar diversos problemas no seu de-senvolvimento e no aspecto sanitário, como o surgimento de fungos e bactérias, e no exato momento que se colhe uma amostra de cultura de tecido vegetal desse espéci-me podemos transformar suas células, o que vai gerar uma nova planta, livre de vírus e com qualidade genética. Todos esses procedimentos foram patrocinados com o dinheiro público que estão sendo per-didos, pois no desligar de uma lâmpada um trabalho de anos pode ser comprometido.

EM TEMPO – Para onde vão os profissionais que atuaram por quase 11 anos no Centro?

AG – Vão para casa. Pois te-mos aqui pais e mães de famí-lia que têm suas obrigações com contas a pagar e diferen-temente de outras dispensas, nós não temos direitos tra-balhistas assegurados, como FGTS, férias e 13º salário por sermos dependentes de uma bolsa. E, em alguns casos, os pagamentos atrasavam em até três meses.

EM TEMPO – O governo não se mostra interessa-do em dar continuidade às pesquisas do CBA. Qual fator preponderante a se-nhora classifica para jus-tificar essa apatia à ativi-dade científica?

AG – Porque acredito que não damos muitos votos. Nós, da área científica e do setor primário, nunca fomos priori-dade. Já entramos em conta-to com a bancada federal do Amazonas, em Brasília, e com os parlamentares da Assem-bleia Legislativa do Estado (Aleam). Nos foi prometido que, dos 24 deputados es-taduais seria escolhida uma comissão para que os líderes do movimento fossem até a

capital federal para tentar amenizar e resolver a pro-blemática. No momento em que estivemos na Aleam fui bem clara ao afirmar que essa promessa não permane-cesse apenas no papel, mas encerrou-se nossos prazos e não obtivemos nenhuma resposta. Uma coisa é cer-ta: se for confirmado que haverá mesmo esse edital para convocar novos bolsis-tas, nada nos garante que a equipe atual vai permanecer em seus cargos. Ora, sendo um certame em nível nacio-nal, estará aberto a qualquer pessoa interessada, e quem está lá fora não tem o conhe-cimento e vivência de quem já está aqui há anos labutando em favor da ciência amazô-nica. Nossa preocupação é que poucos de fora perma-necem e de novo voltemos à estaca zero. Não duvidamos da capacidade intelectual desses pesquisadores, mas nos preocupamos por eles não conhecerem a realidade e as peculiaridades da nos-sa região. Em resumo: vejo mais uma vez nós da Ama-zônia sermos subestimados e todo o trabalho iniciado não ter continuidade. Assumindo outros, entendo que cada cabeça pensa de um jeito e as linhas de trabalho são e serão diferentes.

EM TEMPO – O CBA dei-xa o quê de legado para o Amazonas?

AG – Existem resultados que não podem ser divulga-dos para a sociedade, porém um dos nossos maiores le-gados vem dos jovens que formamos – que entraram como estagiários e hoje já obtiveram títulos de mestres – pois um dos papéis do CBA era a formação de recur-sos humanos para o próprio centro e para fora também. E quem sonha com a con-tinuidade dessas pesquisas vai permanecer lutando por essa conquista e vamos lutar aqui e em Brasília, em uma audiência pública que fomos convidados a participar. O importante é que de alguma forma haja prosseguimento das nossas atividades.

Arlena GATO

Mais uma vez, NÓS, DA AMAZÔNIA,

De tudo o que pedíamos, a mais relevante solicita-ção era que pelo menos os 48 profissionais lota-dos no CBA ficassem em suas atividades até que ocorresse um novo edital”

NÁIS CAMPOSEquipe EM TEMPO

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somos subestimados

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A6 Política MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Lobista APS seria fi gura central na CPI do Carf

O empresário e lobista Alexandre Paes dos Santos, conhecido como APS, seria figura central na CPI do Carf, o Conselho Adminis-trativo de Recursos Fiscais. A avaliação é de um senador que teve acesso a docu-mentos que fundamentam a abertura da CPI. O Carf foi alvo da Operação Zelo-tes, da Polícia Federal, que desbaratou uma quadrilha suspeita de mais de R$ 19 bilhões em desvios de mul-tas tributárias.

O maior até o próximoSegundo o senador, “a CPI

do Carf pode revelar o maior escândalo da República mo-derna. Maior que mensalão, petrolão, Fifalão etc.”

DesconhecidoO Carf, pouco conheci-

do da população, julga os recursos de empresas que questionam pendências fis-cais e tributárias com a Receita Federal.

Lembra dela?A revista Veja informou

que a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra seria sócia oculta de APS e tam-bém do chefe do esquema no Carf.

HistóricoAPS já foi mencionado em

duas CPIs (ONGs e Roubo de Cargas). Ele também ficou conhecido por ter “bancada” no Congresso.

Governo esconde rombo dos fundos sob o tapeteDos 23 autos de infração

da Previc (órgão fiscaliza-dor dos fundos de pensão), que é controlado por petis-tas, apenas nove foram rela-tivos a gestores anteriores a 2012. Outros 14, dizem

fontes da Previc, seriam de grandes fundos administra-dos pelo PT: Previ (Banco do Brasil), Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras). A ordem no governo e no PT é prote-ger e evitar o desgaste dos dirigentes desses fundos.

Cortina de fumaçaAudiência no Senado tra-

tou do rombo no Postalis, que atormenta os servi-dores dos Correios, mas ignorou a situação dos grandes fundos.

Relações perigosasO governo teme os víncu-

los desses grandes fundos de pensão – Previ, Funcef e Petros – no escândalo de corrupção da Lava Jato.

BilhõesOs maiores fundos de

pensão federais, chefia-dos por petistas, fizeram investimentos bilionários estranhos, nos setores de petróleo e energia.

Caso de denúnciaPetistas do Congresso es-

tão furiosos com o líder tu-cano, deputado Carlos Sam-paio (SP), que disse que o partido da presidente Dilma se desgastou por completo devido a “bandidos estarem na legenda”.

Receitas do governo…Em menos de um mês, o

governo federal arrecadou R$ 200 bilhões em impostos etc e atingiu R$ 1,25 trilhão em 2015, pela Transparên-cia. Se mantiver o apetite, Dilma baterá recorde de R$ 2,2 trilhões de 2014.

… são centenas de bilhõesSó a Fazenda, do ministro

Joaquim Levy, responsável por cortar R$ 70 bilhões em investimentos, já arrecadou mais de R$ 1 trilhão este ano, o equivalente a mais

de 60% do valor arrecadado em todo o ano passado

Tem de tudoAudiência pública con-

vocada pelo ministro Luís Roberto Barroso (STF) so-bre ensino religioso nas escolas terá presença de católicos, espíritas, muçul-manos, evangélicos, um-bandistas, bruxos e... da Igreja de Satã.

Sem vagasNem o fato de ser filho de

um ex-governador ajuda o deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) a emplacar indicados no governo minei-ro. Até agora não emplacou nenhum indicado no Execu-tivo estadual.

Presidente e relatorNa futura CPI da Confede-

ração Brasileira de Futebol (CBF), exclusiva do Senado, Romário (PSB-RJ) deve as-sumir a presidência da CPI e Romero Jucá (PMDB-RR) é o predileto para assumir a relatoria.

Chapéu virtualSilas Malafaia deu uma

pausa nas belicosas men-sagens do seu Twitter para passar o chapéu. Pediu aos 919 mil seguidores para não esquecerem da “oferta mensal”, também conheci-da como dízimo.

Rosso perdeuAliado de Rodrigo Rollem-

berg (PSB-DF) na campa-nha e no governo, o depu-tado federal Rogério Rosso (PSD) perdeu muita força no governo do DF com a saída de Hélio Doyle, de quem foi avalista, da Casa Civil.

Pensando bem...... o programa do PT “Seja

Companheiro” que pede doa-ções ao eleitor trouxa até pa-rece sócio-torcedor, mas sem os resultados “no campo”.

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Barriga cheia

www.claudiohumberto.com.br

Esse problema o governo vai ter que viver”

PRESIDENTE DA CÂMARA, Eduardo Cunha, sobre a urgência dos projetos anticorrupção

Cezar Schirmer fazia sua campanha para vereador de Santa Maria (RS) pelo velho MDB, contando com a solidariedade de vários ami-gos. Um deles, Bayard Azevedo, era gordo, imensamente. Mas, bom orador, foi escalado para destacar as virtudes de Schirmer. Pegou o microfone e atacou com uma frase de efeito:

- Os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres cada vez mais pobres! O povo passa fome!

Mal acabara de pronunciar a frase, um provocador gritou:- Gordo desse jeito, até que te encostaste bem...

Ofensa religiosa se torna crime O Brasil é um dos países de

maior diversidade religiosa do mundo. Além de católi-cos e evangélicos, que juntos representam 86% da popu-lação brasileira, há também aqueles que seguem outras religiões como a espirita, bu-dista, judaica, umbandista e diversas outras, todas permi-tidas pela Constituição.

Na recente manifestação ocorrida na última parada do orgulho LGBT de São Paulo, a Parada Gay, em que uma modelo transexual simulava uma crucifi cação, uma parte

cristã da sociedade brasilei-ra fi cou incomodada com a encenação, por entenderem que o ato era um ataque di-reto às religiões que cultuam Jesus Cristo.

Com intuito de evitar que cenas desse tipo voltem a ocor-rer, o deputado Rogério Ros-so (PSD-DF) apresentou um projeto de lei (1804/15) que torna crime hediondo a ofensa religiosa e aumenta de quatro para oito anos o período de reclusão daquele que cometer esse tipo de delito.

Rosso assinala que os pro-

testos direcionados às reli-giões cristãs têm se tornado cada vez mais frequentes nas manifestações LGBT e também em marchas que defendem os direitos das mulheres.

No entendimento do par-lamentar, essas ações des-respeitam não só a entidade religiosa, mas também as pessoas que são fi éis a al-gum tipo de religião, tanto que o projeto não especifi ca qualquer tipo de crença e amplia o leque para além das religiões cristãs..

HEDIONDO

Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse ontem que após confusão da última semana, discussão será fechada

Votação da maioridade será fechada ao público

Na sessão da última quarta-feira, dia 10, estudantes realizam manifestação no plenário

O presidente da Câ-mara dos Deputa-dos, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), voltou a

defender nesta sexta-feira, 12, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 171/93) que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos em entrevista à Rádio Estadão. Ele negou, porém, que esteja negociando a aprovação de um texto alter-nativo e ainda afi rmou que a sessão para análise da matéria na Comissão Especial será re-alizada a portas fechadas.

Questionado sobre a limi-tação da proposta a crimes hediondos, Cunha respondeu ter “uma opinião pessoal um pouco diferente”. “Eu discuto a isonomia. Aquele que pode votar aos 16 anos também tem de ter obrigação. De-fendo isonomia”, afi rmou o presidente da Câmara, ao comparar a maioridade pe-nal ao fato de um jovem de

16 anos poder votar. “Eu sou coordenador do pro-

cesso. Eu nem sequer voto. O que eu faço como coordenador é tentar fazer com que se chegue a uma proposta míni-ma, que tenha consenso, que permita ser aprovada (a PEC)”, afi rmou Cunha.

A proposta voltará a ser ana-lisada na Comissão Especial na quarta-feira, 17. Nesta sema-na, a sessão foi suspensa após tumulto durante a votação do relatório fi nal.

Diante da movimentação de setores contrários à redução da maioridade penal, Cunha disse que impedirá a presença de público na votação.

“Todas as matérias que vêm pessoas que invadem, ou não exercem o direito democrá-tico, da forma como manda o decoro, a gente toma essa atitude (de fechar as sessões)”, disse Cunha. “Tudo aquilo que foi para agredir o patrimônio

público ou deputados foi objeto de atitude semelhante. É o que vou fazer na comissão da maioridade para permitir que a expressão daqueles que são representantes do povo seja exercida em plenitude.”

Confusão Após uma reunião que teve

tumulto em plenário e uso de spray de pimenta, a comissão especial da maioridade penal adiou a votação, prevista para ocorrer na última quarta-feira (10), do relatório do deputado Laerte Bessa (PR-DF), que re-duz de 18 para 16 anos a idade mínima para que uma pessoa seja punida criminalmente por cometer delitos.

O adiamento se deu por um pedido de vista coletivo de deputados petistas que inte-gram o colegiado. Com isso, a proposta de emenda à Consti-tuição voltará a ser analisada na próxima quarta (17).

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Congresso vota temas polêmicos

PRÓXIMA SEMANA

Temas polêmicos como o reajuste do salário mínimo, a tabela do Imposto de Renda e a renegociação de dívidas dos clubes de futebol, trata-dos em medidas provisórias, podem avançar no Congres-so nesta semana.

Na Câmara, está na pau-ta do Plenário a votação da MP 670, que estabelece reajustes de 4,5% a 6,5% na tabela do Imposto de Renda. Se aprovada, a ma-téria será examinada em seguida pelo Plenário do Senado. A MP tem validade até 8 de julho.

A MP 672, com as regras de reajuste do salário mí-

nimo de 2016 a 2019, já tem relatório pronto para ser votado. Outras duas MPs, a 671, do futebol, e a 673, que trata do emplacamento de tratores, ainda estão em fase de discussão de relatório.

Já a MP 675, que eleva a tributação dos bancos, teve a primeira reunião na última quarta-feira (10) e agora aguarda relatório da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Na Câmara, pode ser vota-da em Plenário na quarta-fei-ra (17) a Medida Provisória 670/2015, que determina reajuste escalonado por fai-xas da tabela do Imposto

de Renda, variando de 6,5% a 4,5%. Os novos limites, válidos a partir de abril de 2015, são decorrentes de negociações do governo com o Congresso para manter o veto ao reajuste linear de 6,5% para toda a tabela.

Em estágio mais avançado nas comissões está a MP 672/2015, que estabelece a política de reajuste do salário mínimo até 2019. Na última quarta-feira (10), foi apre-sentado em comissão mista o relatório do senador João Alberto Souza (PMDB-MA), favorável a manutenção in-tegral do texto editado pela presidente Dilma Rousseff .

Entre pautas de votação nas casas legislativas está a questão do aumento do salário

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AÇÃO

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MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 A7Política

MONUMENTOS INÚTEIS

Deputados do Amazo-nas e vereadores de Manaus lamentam a construção de obras

inusitadas, sem fi nalidade e com custo altíssimo aos cofres públicos, mas dizem que o que podem fazer é fi scalizar, uma vez que a de-cisão de erguer as obras é de competência dos Executivos municipal e estadual.

Umas das obras que são alvos de críticas da população e de instituições civis é a obra construída na gestão do ex-prefeito Amazonino Mendes (PDT), na rotatória do Par-que do Mindu, no Parque 10 de novembro. A obra é uma haste de metal, que tem como fi nalidade formar um espelho d’água a aproximadamente 10 metros de altura, no entanto, é chamada atualmente pela população como “pau de self do Amazonino”.

Para a construção da obra, à época, segundo o Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Im-plurb), foram gastos mais de R$ 1,8 milhão em desapro-priações e, segundo os crí-ticos, não lembra nada que represente a cidade.

De igual forma, a obra cons-truída na gestão do ex-gover-nador e hoje ministro de Mi-nas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), na entrada da ponte Rio Negro, que custou mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos, também é motivo de críticas, piadas e até de denúncia no Ministério Público do Estado (MPE).

Uma ação promovida pelo ex-deputado Marcelo Ramos, os deputados Luiz Castro (PPS) e José Ricardo Wendling ainda tramita na Justiça do Amazonas. O MPE deu pa-recer favorável à ação, mas o julgamento ainda continua suspenso no Tribunal de Justi-ça do Amazonas (TJAM).

Segundo a denúncia no lo-cal da obra, seria construída uma passagem de nível para agilizar o trânsito no local. Parte da obra precisou ser demolida para que pudesse dar fl uidez ao trânsito de veí-culos que precisavam acessar a avenida Brasil.

Para o ex-deputado Marce-lo Ramos, a obra não valoriza a história do amazonense, além de serem monumentos caros sem valor simbólico. “Nós não temos monumentos que valorizem a nossa histó-ria. São monumentos caros, sem valor simbólico ou histó-rico, de péssimo gosto arqui-tetônico e artístico”, criticou Ramos que é um dos autores da Ação Direta de Inconstitu-cionalidade (ADIN).

‘Trambolhos’Ramos lembra que os in-

vestimentos nas obras sem signifi cados seriam mais bem aproveitados se fossem inves-tidos em saúde, educação e segurança. “São trambolhos colocados no meio da rua à custa de muito dinheiro pú-blico que seria melhor inves-tido em educação, saúde e segurança”, justifi cou, acres-centando que o parlamentar tem o dever de fi scalizar, assim como MPE e o Tribunal de Contas do Estado (TCE).

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MOARA CABRALEquipe EM TEMPO

Parlamentares criticam, mas dizem que não têm como fazer nada por se tratar

de obras do município ou Estado

Já o vereador Marcelo Serafi m (PSB) foi bem crítico ao analisar as duas obras, lembran-do que as gestões de Amazonino Mendes e Eduardo Braga são mar-cadas pelo desperdício com o dinheiro público. “A gestão de Amazonino e Braga era um culto ao desperdício com o dinheiro público. Essa é a escola deles. Ago-ra cabe à gente, como parlamentar, fi scalizar e denunciar”, ressaltou, lembrando que a ques-tão do monumento em homenagem à ponte foi realizada quando as obras ainda estavam em andamento, então o governador, à época, sabia que precisaria de uma passagem de nível no local e mesmo assim deu continuidade à obra, a qual precisou ser de-molida em parte para consertar o “erro”.

Quanto à consulta à sociedade, Marcelo foi seguro em afi rmar que é uma questão de poder e por isso, os executivos não colocam a discus-são para o público. “É uma questão do poder. Tipo eu mando, então esse tipo de coisa não é posto em discussão com a sociedade”, fi na-lizou o parlamentar.

Culto ao desperdício

Já o deputado Adjuto Afonso (PP) acredita que o monumento tem o signifi ca-do de informar que dali co-meçava o desenvolvimento para a região do Iranduba e adjacências. “Acredito que a obra em frente à ponte marca o início do de-senvolvimento que parte de Manaus para aquela região. Talvez a arquitetura não tenha sido muito feliz, mas a ideia é boa”, defendeu o progressista.

Quanto ao monumento em frente ao parque do Min-du, Adjuto disse que é mais uma questão de vereadores opinarem, tendo em vista ser uma obra da prefeitura da cidade. O parlamentar

ressaltou, no entanto, que acredita que nesse tipo de obra deveria haver discus-são com a população. “Parti-cularmente, acredito que de-veria haver mais discussão com a população para que não houvesse tantas críticas após a construção de tais monumentos”, pontuou.

Para o presidente da Câ-mara Municipal de Manaus (CMM), vereador Wilker Bar-reto (PHS), o monumento em frente ao Mindu acabou com um feira a céu aberto e que atentava contra a saúde pública. Ele acredita que a obra artística e arquitetô-nica até poderiam ser me-lhores escolhidas, mas que a fi nalidade foi positiva.

“Ali funcionava uma feira a céu aberto que atentava contra a saúde pública, en-tão com a construção do monumento foi uma ben-feitoria. Pode até terem errado na questão arqui-tetônica e artística, mas a fi nalidade foi positiva, uma vez que acabou com aquilo que existia no local e deu fl uidez ao trânsito na área”, defendeu o parlamentar.

Barreto também concorda com Adjuto Afonso quanto à participação da sociedade na escolha dos monumen-tos. “Acredito que a socie-dade deveria ter participa-ção sim. Quem sabe até um concurso poderia ser bem interessante”, pontuou.

Adjuto afi rma que a ideia foi boa

Deputado Adjuto Afonso acredita que monumento antes da ponte é um marco para Manaus

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Wilker defende obras, mas diz que

deveriam ser me-lhores escolhidas

Ex-deputado Mar-celo Ramos afi rma que monumentos são “trambolhos”

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Projeto da reforma política pode ser alterado, diz CunhaPresidente da Câmara quer um texto que muda a legislação para definir regras relativas a teto de financiamento de campanhas

O presidente da Câ-mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não está nenhum

pouco contente com os ru-mos tomados por certos partidos nas votações no Congresso no que diz res-peito a alguns pontos da reforma política. Para isso, Cunha afirma que a proposta que regulamenta itens da re-forma poderá ser votada na primeira semana de julho.

Uma comissão especial em funcionamento na Casa está encarregada de elaborar um texto que muda a legislação infraconstitucional para de-finir regras relativas a teto de financiamento de campa-nhas, redução de tempo de campanha, mudança do pro-grama eleitoral, divisão do tempo eleitoral, restrições ao fundo partidário.

“Haverá muitas normas que poderão ser mudadas”, avisou o presidente. Ele explicou também que cer-tamente haverá um teto para o financiamento, por ser essa uma exigência da Constituição.

Eduardo Cunha se disse satisfeito com a votação da reforma política (Proposta de Emenda à Constituição

182/07 e apensados) em primeiro turno, pelo Plená-rio. Até agora, os deputados aprovaram pontos como o fim da reeleição para os car-gos do Executivo, mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos e a doação de empresas a partidos e de pessoas físicas a candi-datos e partidos, no que diz respeito ao financiamento de campanha.

Hipocrisia“A gente está acabando

com a hipocrisia de todo mundo defender a reforma política e ninguém votar. Aqueles que passaram a vida inteira fazendo discurso, que defendem mudança de mo-delo, financiamento público, lista fechada, distrital ou não sei o quê, vão agora acabar com o discurso”, afirmou.

A votação da reforma po-lítica deve ser retomada na terça-feira (16) e deverão ser votados temas como a criação de cotas para mulhe-res nas eleições proporcio-nais. A ideia de Cunha é con-cluir a votação em primeiro turno na quarta-feira (17). O segundo turno deverá ser votado na primeira semana de julho. Cunha quer pressa na tramitação de pontos cruciais da reforma política, como os financiamentos

O Projeto de Lei que tenta transformar a chamada “cristofobia” em crime hediondo deve tramitar em regime de urgência na Câmara. Foi o que declarou Cunha depois de mais uma ro-dada de votações sobre reforma política.

Entenda-se por cris-tofobia, de acordo com quem utiliza o termo, uma espécie de aversão a preceitos e práticas cris-tãos, em que eventuais detratores dispensariam a religiosos o mesmo tra-tamento – a “homofobia” – dado a homossexuais por parte dos chama- dos homofóbicos.

De autoria do líder do PSD na Câmara, deputa-do Rogério Rosso (DF), a matéria aumenta a pena de ultraje a culto para até oito anos de prisão.

Urgência para projeto da ‘Cristofobia’

J.BATISTA/CÂMARA DOS DEPUTADOS

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EconomiaCa

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[email protected], DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 (92) 3090-1045Economia B4 e B5

Atividades desafi am as alturas

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Festas juninas ainda não contagiaram os feirantesDe acordo com vendedores, itens tradicionais usados nas guloseimas da época estão com a procura baixa, neste ano

Os feirantes da Ma-naus Moderna, no Centro, dividem opiniões sobre a

expectativa de vendas dos ingredientes de comidas típi-cas das festas juninas, neste ano. Enquanto alguns afi r-mam que as vendas se man-têm, outros veem redução em seus lucros e atribuem queda à crise econômica.

O feirante Alexsander Souza Barroso, 27, afi rma que no

período de junho, de 2014, as vendas de camarão foram melhores que 2015.

“Comparando este ano com o outro é mais fácil ter redução nas vendas. A crise está afe-tando o consumidor e ele está se retraindo, quem comprava mais agora compra menos”, afi rma Alexsander.

Para o vendedor de frutas Jhony Soares, 23, as vendas estão a passos lentos por con-ta da cheia. “Este ano está muito devagar, a cheia está atrapalhando, o pessoal não desce para comprar,” reclama

Jhony sobre as vendas. Para o vendedor de peixe,

Ivo Almeida, 34, a venda do pirarucu até o momento não é boa. “Até agora não estamos vendendo bem, ano passado nesse período de festa junina eram vendidos 250 quilos de pirarucu por semana. Neste ano não chega nem a 100 qui-los por semana”, avalia Ivo.

Crescimento Alguns dos feirantes afi r-

mam que o início do mês de junho está com a mesma quantidade de vendas, em re-

lação ao mesmo período de 2014. Entretanto, esperam crescimento na procura.

De acordo com o vende-dor de bananas Rafael Silva Xavier, 24, durante o mês de junho os pedidos dobram e as vendas crescem.

Empolgada com as festas juninas, a vendedora de fru-tas Rose Machado, 49, afi rma que no período das festivi-dades ela vende bastante. Contudo, conta que nos anos anteriores a saída dos pro-dutos era bem maior.

“No mês de junho e julho nós

vendemos mais os produtos, pois quando termina o Festival na Bola da Suframa, o povo continua fazendo festa nos bairros”, observa Rose.

“Estamos vendendo bem, mas lembro que há quatro anos eu vendia muito mais morango, maçã e laranja para fazer os doces da festa. Hoje só a goma, a farinha de ta-pioca, o tucupi e o milho con-tinuam com uma boa saída”, completa a feirante.

Consumidores A aposentada Heloísa Car-

valho, 60, organiza todos os anos uma festa junina na própria residência. Entre-tanto, ela reclama dos pre-ços e diz que o momento é de economizar.

“Para uma festinha com poucas pessoas não dá para gastar menos de R$ 400 em comida. A crise está batendo à porta de todo mundo e os pre-ços estão altos por conta da infl ação. Tudo isso faz com que nós consumidores gastemos menos por não saber o que pode acontecer futuramente”, afi rma a aposentada.

ASAFE AUGUSTOEspecial EM TEMPO Online

A compra de cama-rão, goma e tucupi, usados no tacacá, estão tímidas em re-lação a 2015, segundo os feirantes

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Mercado fitness é aposta de empreendedores locaisAcademias, roupas, acessórios, suplementos, não importa o segmento, pois o setor é um dos que mais crescem no país

A crise econômica pa-rece passar longe do mercado fitness e de nutrição esportiva.

Prova disso é que o Brasil responde hoje como a segun-da maior economia mundial nesse setor, perdendo ape-nas para os Estados Unidos. Conforme dados mais recen-tes do IHRSA Global Report (entidade internacional do fitness), em um ano o país teve crescimento de 31,48% no número de academias, al-cançando a faixa de 30,76 mil estabelecimentos. Como uma rede em cadeia, o cenário propicia o aumento de produ-tos e serviços relacionados à boa forma e à prática de atividades físicas.

O Amazonas Shopping con-ta com uma série de operações com foco neste segmento, como o caso da recém-inau-gurada Jump Fitness, primeiro empreendimento da empresá-ria Ludmila Feitosa. Para a ela-boração do projeto, localizado no primeiro piso do centro de compras, foram investidos em torno de R$ 250 mil.

De acordo com Ludmila, a loja foi criada apostando no crescimento do mercado e com intuito de aumentar o leque de opções relaciona-

das à moda fitness. “Resolvi criar um ambiente onde os clientes pudessem encontrar peças que realmente os agra-dassem, com uma grande va-riedade de estilos e preços”, destaca.

Com intuito de atender a um público diversificado, a Jump Fitness conta com vitrines ex-pondo roupas fitness e moda

praia com preços que variam de R$ 29,90 a R$ 450 - no caso das botas para treino.

O retorno tem sido positivo, tanto que já existe projeto em andamento para a abertura de uma nova unidade, no próximo ano, e possível ampliação da loja no Amazonas Shopping. “O público gostou das novi-dades trazidas. Temos marcas que muitos não conheciam

e passaram a gostar, o que faz com que retornem à loja”, observa Ludmila.

SuplementosQuem também se integra

ao ramo de cuidados com a saúde e o corpo é a Big Way, inaugurada em março deste ano. O empresário Aurelindo Câmara Braga já possuía uma loja de pet shop no centro de compras, mas resolveu alçar novos vôos e investir neste setor em crescimento.

Repleta de suplementos de linhas nacionais e importadas e, em breve, fitoterápicos, a Big Way foi concretizada a partir de um investimento na faixa de R$ 200 mil. De acordo com Aurelindo, a expectativa é que o retorno aconteça em no máximo dois anos.

Somente a indústria nacio-nal de suplementos nutricio-nais deve terminar 2015 com um faturamento na ordem de R$ 1,4 bilhão e cresci-mento de 15% na produção, com base em expectativa da Associação Brasileira dos Fabricantes de Suplementos Nutricionais e Alimentos para Fins Especiais (Brasnutri). Em 2010, o faturamento desta indústria estava na ordem de R$ 637 milhões.

DIVULGAÇ

ÃO

Com preços voltados para um público variado, a Jump Fitness oferece moda praia e de academia

MALHAÇÃODados da IHRSA Glo-bal Report também revelam que a quanti-dade de alunos fre-quentando academias chegou a 7,69 milhões no país, numa média de 250 alunos por academia

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B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Linha LG G4 fi ca completa com o G4 Beat e o Stylus As versões compacta e com caneta Stylus da marca seguem o objetivo do G4 de trazer elegância e conforto ao usuário

A fi m de deixar a família de smartphones mais completa para aten-der as necessidades

de públicos diferentes, a LG Electronics apresenta ao mer-cado brasileiro o LG G4 Beat e o LG G4 Stylus, que chegam para compor a família G4 e trazer estilo e tecnologia com um custo-benefício mais aces-sível, mas não abrindo mão dos principais atributos do LG G4.

Ambos smartphones pos-suem o design levemente curvo do G4, que traz mais conforto, ergonomia e elegân-cia para o produto, são equipa-dos com Android 5.0Lollipop, contam com a tecnologiaAd-vancedIn-CellTouch (AIT), que combina o LCD e o sensor de toque em uma única camada, oferecendo uma melhor repro-dução de cores e sensibilidade ao toque, ao mesmo tempo e possuem a nova interface UX 4.0, que promete ser mais sim-ples e intuitiva, entendendo e atendendo as reais necessida-des de cada consumidor.

Assim como o G4, o G4 Beat e o G4 Stylus contam com a Qui-ckShot, que permite acionar a câmera com a tela desligada, apenas clicando duas vezes o botão de volume para baixo; vem também com novo for-

mato da galeria de fotos, que agrupa as imagens e vídeos em uma linha do tempo única, separando-os de acordo com as datas e locais que foram capturadas, sem ter que fazer upload para a nuvem; Possui ainda, EventPocket,que permi-te ao usuário unifi car todos os seus compromissos em um único calendário, arrastando

seus compromissos de e-mails e redes sociais; Já oSmart-Noticetraz notifi cações de clima, viagens e muito mais, por meio de uma análise dos hábitos do consumidor, como por exemplo, o trajeto de casa para o trabalho e o por fi m, o Quick Help, sana as dúvidas dos usuários sobre ferramentas e funcionalidades do G4 na mes-ma tela do SmartNotice e pode

até realizar uma chamada para o serviço de atendimento ao cliente da LG.

AtributosO G4 Beat é destinado

àqueles que querem os me-lhores atributos do G4, mas em um formato um pouco mais compacto e por um preço mais acessível. Equipado com uma tela de 5.2 polegadas Full HD, câmera traseira de 13MP com Foco Automático a Laser e câmera frontal de 5MP, o smartphone traz uma ótima experiência de câmera para os consumidores. Para garantir bom desempenho do produto, a LG traz o processa-dor Snapdragon™ 615, 16GB de memória (8GB itnerno + 8 Gb cartão incluído na caixa), 1GB de memória RAM e uma bateria de 2,210mAh.

“O G4 Beat traz uma experi-ência de tela e de câmera mais avançadas que seu antecessor, aproveitando de exclusivas e inovadoras ferramentas do novo LG G4. Para quem busca design, boa performance a um bom custo-benefício, o G4 Beat chega para atender as necessi-dades e surpreender o consumi-dor”, ressalta Bárbara Toscano, gerente geral de marketing da LG Electronics do Brasil.

DIVULGAÇÃO

Fabricante promete estilo e tecnologia com custo-benefício mais acessível para o consumidor

HDTVO G4 Stylus vem acompanhado de uma caneta Stylus e estará disponível nas versões 4G e 3G com HDTV (TV com sinal digital em alta defi nição). Equi-pado com uma tela de 5,7 polegadas HD

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 B5

Trabalhando nas alturasSeja dando manutenção em postes de alta tensão, limpando fachadas ou fi xando adornos de edifícios em geral, o trabalho daqueles que utilizam plataformas móveis ou equipamentos de amarração requer segurança e cuidados

Eles trabalham nas al-turas, mas o salário quase sempre está lá embaixo. Essa é

a realidade da maioria dos profi ssionais que trabalha em plataformas móveis, pendurados por cordas, em fachadas de altos edifícios ou mesmo amarrados por equipamentos de segurança em postes de energia elétrica de alta tensão.

O salário desses especialis-tas varia em média de R$ 800 a R$ 1.300 por mês. Sobre esse valor é acrescido o pagamento 30% de periculosidade e até 40% de insalubridade, quan-do são submetidos a agentes nocivos à saúde.

O alpinista industrial Jack-son Santana Silva, 20, ga-nha em torno de R$ 900 na carteira de trabalho e mais 30% relativo à periculosida-de para trabalhar fazendo limpeza de revestimento e fachadas em geral de grandes prédios. Apesar de estar há dois meses na profi ssão, ele destaca que há mais de um ano trabalha nas alturas, e tão tranquilamente quanto se estivesse no chão. “Comecei a trabalhar nas alturas quando fi z um curso de bombeiro civil, depois conheci o alpinismo e migrei”, comenta.

Ludiene Batista Santarém, 33, está começando no al-pinismo industrial. Apesar do salário não ser tão alto quanto a altura em que os

profi ssionais dessa área tra-balham, ela conta que está gostando da nova profi ssão. “Estou em treinamento ainda, mas já perdi o medo. E é legal porque as pessoas, por eu ser mulher, acabam comentando e me admirando como profi s-sional por estar em uma pro-fi ssão que é tradicionalmente masculina”, revela.

O eletricista Raimundo Silva e Silva, 41, há oito anos presta serviços terceirizados para a

concessionária de energia que atende a capital.

Segundo ele, o salário na carteira é de R$ 1.300, mas tem ainda os benefícios da periculosidade e insalubridade por se tratar de uma profi ssão perigosa. “Tem muita gente que pensa que nós ganha-mos muito (dinheiro), mas não ganhamos. Mas tem algumas vantagens, principalmente quando viajamos”, conta.

Ele destaca que o mercado é concorrido e também aquecido em Manaus. Mas, quem dese-ja entrar nessa área precisa fazer diversos cursos, além

de fi car em constante capa-citação. Conforme Raimundo, nesse período nunca sofreu um acidente de trabalho. “O risco é contínuo, mas temos que estar sempre com cinto de segurança, capacete, luva e bota. Desta forma, o risco de acidente é mínimo”, salienta.

TendênciaPara o presidente da As-

sociação Brasileira de Re-cursos Humanos, Seccional Amazonas (ABRH-AM), Ro-berto Chagas, quase todas as atividades não são seguras e o risco de acidente existe em todas. Porém, algumas são mais propensas. Ele con-ta que nessas, a legislação determina aposentadoria por menor tempo de trabalho ou um adicional sobre o salário. “A pessoa tem um diferencial de ganho por mês, agora ela precisa se conscientizar que não é de graça. A probabili-dade de acidente com ela é maior. Tem que estar sempre atenta e alerta”, ressalta.

Roberto explica que nessas profi ssões a atualização e ca-pacitação deve ser constante e a pessoa tem que conhecer muito bem o trabalho segu-ro. “Tem que ser reciclado, visto que tem muitos que trabalham anos na profi ssão e acabam se acostumando e quando relaxa acontece o acidente”, lembra.

Chagas destaca que hoje em dia, a maioria dos equipamen-tos já vem com um dispositivo de segurança que trava quan-do ocorre uma falha.

Quase todas as ativida-des apresentam algum grau de risco de acidente, mas capacitação constan-te melhora desempenho

FOTOS: IONE MORENO

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

SEGURANÇAChagas frisa que toda empresa precisa ter o Serviço Especializa-do em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou a Comissão Inter-na de Prevenção de Acidentes (Cipa)

Mercado da construção civil, segundo Bergson Júnior, contribui para procura do alpinismo

O presidente da ABRH-AM, Roberto Chagas, diz que toda empresa precisa ter serviços especiais de segu-rança e medicina do trabalho para fazer análise de risco das atividades e estabelecer normas de segurança. Ele cita como exemplo quem trabalha com energia elé-trica, que está em constante risco, mas conta com todo o equipamento necessário para garantir que não se exponha a acidente. “Os equipamentos que são de-senvolvidos hoje conseguem anular o risco daquela ativi-dade”, comenta.

Segundo Roberto, a em-presa tem toda responsabili-dade quanto à segurança do funcionário. Porém, a maior causa de acidente é devido à falta de atenção. “O que acontece é que nós temos muito relaxamento com as normas de segurança. Isso por parte do empregado pode dar demissão por justa causa. Ele pode ser punido quando se colocar em situa-ção de risco onde não poderia haver”, aponta.

Chagas declara que as em-presas são classifi cadas pelo número de empregados e de risco, sendo que cabe a elas mapear todas as atividades,

encontrar as situações de riscos e corrigir as falhas. “Por meio da classifi cação a empresa verifi ca nas leis de saúde e segurança qual medida se encaixa em seu quadro e que tipo de equipa-mentos os empregados têm que usar quando estiverem fazendo as atividades”.

Para ele, entre os proble-mas mais comuns estão os empregados não atenderem as normas de segurança e algumas empresas não darem a devida aten-ção, nesse caso elas podem ser autuadas pelo Ministério ou Superintendência do Trabalho.

Ele faz um alerta para o fato de que hoje em dia um aciden-te causar efeitos muito grandes à empresa, as quais podem ser punidas pelo Ministério do Traba-lho e também por outra área do direito, chamada de danos morais. Além disso, o impacto emocional do gru-po de empregado é trágico, conforme Chagas.

“Há consequências tanto fi nanceiras quanto emocio-nais que impactam direta-mente na produtividade da empresa”, conclui.

Ajustes às normas de segurança

mentos os empregados têm que usar quando estiverem fazendo as atividades”.

Para ele, entre os proble-mas mais comuns estão os empregados não atenderem as normas de segurança e algumas empresas não darem a devida aten-ção, nesse caso elas podem ser autuadas pelo Ministério ou Superintendência do

Ele faz um alerta para o fato de que hoje em dia um aciden-te causar efeitos muito grandes à empresa, as quais podem ser punidas pelo Ministério do Traba-lho e também por outra área do direito, chamada de danos morais. Além disso, o impacto emocional do gru-

Empregados ou empre-sas que não atendem às normas de seguran-ça podem ser autua-dos conforme prevê o Ministério do Trabalho

A demanda de profi s-sionais em busca de es-pecialização nessa área é crescente, de acordo com a responsável pelas matrículas no Instituto da Construção (IC), Fernanda Nunes. Segundo ela, den-tre todos os cursos liga-dos ao setor da construção civil a maior procura é por cursos de trabalho em altura e elétrica. “A de-manda cresceu por conta do aumento das obras em Manaus”, avalia.

Fernanda aponta outro fator positivo para o cres-cimento da procura pelos cursos de profi ssões peri-gosas. Ela salienta que, as próprias empresas buscam capacitar ainda mais os funcionários tanto para oferecer um serviço de qua-lidade aos clientes quanto para proporcioná-los maior

segurança no ambiente de trabalho.

“Ainda tem muito pro-fi ssional que não faz cur-so por achar que sabe de tudo, mas hoje em dia as empresas procuram ter em seu quadro pessoas bem qualifi cadas”, observa.

O Instituto da Constru-ção, situado na avenida João Valério, conjunto Viei-ralves, Zona Centro-Sul, oferece cursos de mestre de obras, pintor de obras, ofi cial de manutenção pre-dial, NR 10, NR 35, dentre outros. Os dois últimos - os mais procurados -, custam em torno de R$ 400 e R$ 230, respectivamente. “Temos um número alto de formandos por mês. Cada vez mais os profi ssionais buscam se destacar no mercado de sua atuação”, conclui Fernanda.

Cursos garantem qualidadeO mercado de alpinismo

industrial cresce em Manaus, onde há pelo menos cinco empresas especializadas na atividade, de acordo com só-cio-proprietário da Estrela Guia, Bergson Melo Júnior. Segundo ele, a empresa de consultoria e serviços tem registrado crescimento da atividade com o aumento de obras na construção civil. “O mercado de quem trabalha principalmente com limpeza, pintura e fi xação de adornos festivos em fachada de shop-ping e edifícios em geral está cada vez mais aquecido”.

Segundo ele, apesar de ter sete anos de mercado, com o sistema de ancora-gem predial - um conjunto de elementos que propicia estabilidade e segurança para o trabalho em altura - a Estrela Guia tem um ano em atividade de alpinismo

industrial. “Comecei nesse mercado por conta da ati-vidade de ancoragem, ela acabou fazendo esse casa-mento de serviços”, revela.

Júnior relata que é caro trabalhar com alpinismo in-dustrial. Os equipamentos de trabalho não são baratos. Ele conta que 100 metros de cor-da apropriada para a ativida-de, por exemplo, custam em média R$ 3 mil, o capacete R$ 147, a cadeirinha R$ 320. Fora os outros materiais de proteção e segurança.

Para trabalhar na área a pessoa precisa fazer diver-sos cursos e treinamentos, conforme Júnior. Os primei-ros cursos a serem feitos são o de alpinismo e o de NR 35. Este segundo conta com aulas teórica e práti-ca de legislação e também com o aprendizado de nó em cordas.

Alpinismo industrial cresce

Uso de equipamentos de proteção e segurança evitam acidentes

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 B5

Trabalhando nas alturasSeja dando manutenção em postes de alta tensão, limpando fachadas ou fi xando adornos de edifícios em geral, o trabalho daqueles que utilizam plataformas móveis ou equipamentos de amarração requer segurança e cuidados

Eles trabalham nas al-turas, mas o salário quase sempre está lá embaixo. Essa é

a realidade da maioria dos profi ssionais que trabalha em plataformas móveis, pendurados por cordas, em fachadas de altos edifícios ou mesmo amarrados por equipamentos de segurança em postes de energia elétrica de alta tensão.

O salário desses especialis-tas varia em média de R$ 800 a R$ 1.300 por mês. Sobre esse valor é acrescido o pagamento 30% de periculosidade e até 40% de insalubridade, quan-do são submetidos a agentes nocivos à saúde.

O alpinista industrial Jack-son Santana Silva, 20, ga-nha em torno de R$ 900 na carteira de trabalho e mais 30% relativo à periculosida-de para trabalhar fazendo limpeza de revestimento e fachadas em geral de grandes prédios. Apesar de estar há dois meses na profi ssão, ele destaca que há mais de um ano trabalha nas alturas, e tão tranquilamente quanto se estivesse no chão. “Comecei a trabalhar nas alturas quando fi z um curso de bombeiro civil, depois conheci o alpinismo e migrei”, comenta.

Ludiene Batista Santarém, 33, está começando no al-pinismo industrial. Apesar do salário não ser tão alto quanto a altura em que os

profi ssionais dessa área tra-balham, ela conta que está gostando da nova profi ssão. “Estou em treinamento ainda, mas já perdi o medo. E é legal porque as pessoas, por eu ser mulher, acabam comentando e me admirando como profi s-sional por estar em uma pro-fi ssão que é tradicionalmente masculina”, revela.

O eletricista Raimundo Silva e Silva, 41, há oito anos presta serviços terceirizados para a

concessionária de energia que atende a capital.

Segundo ele, o salário na carteira é de R$ 1.300, mas tem ainda os benefícios da periculosidade e insalubridade por se tratar de uma profi ssão perigosa. “Tem muita gente que pensa que nós ganha-mos muito (dinheiro), mas não ganhamos. Mas tem algumas vantagens, principalmente quando viajamos”, conta.

Ele destaca que o mercado é concorrido e também aquecido em Manaus. Mas, quem dese-ja entrar nessa área precisa fazer diversos cursos, além

de fi car em constante capa-citação. Conforme Raimundo, nesse período nunca sofreu um acidente de trabalho. “O risco é contínuo, mas temos que estar sempre com cinto de segurança, capacete, luva e bota. Desta forma, o risco de acidente é mínimo”, salienta.

TendênciaPara o presidente da As-

sociação Brasileira de Re-cursos Humanos, Seccional Amazonas (ABRH-AM), Ro-berto Chagas, quase todas as atividades não são seguras e o risco de acidente existe em todas. Porém, algumas são mais propensas. Ele con-ta que nessas, a legislação determina aposentadoria por menor tempo de trabalho ou um adicional sobre o salário. “A pessoa tem um diferencial de ganho por mês, agora ela precisa se conscientizar que não é de graça. A probabili-dade de acidente com ela é maior. Tem que estar sempre atenta e alerta”, ressalta.

Roberto explica que nessas profi ssões a atualização e ca-pacitação deve ser constante e a pessoa tem que conhecer muito bem o trabalho segu-ro. “Tem que ser reciclado, visto que tem muitos que trabalham anos na profi ssão e acabam se acostumando e quando relaxa acontece o acidente”, lembra.

Chagas destaca que hoje em dia, a maioria dos equipamen-tos já vem com um dispositivo de segurança que trava quan-do ocorre uma falha.

Quase todas as ativida-des apresentam algum grau de risco de acidente, mas capacitação constan-te melhora desempenho

FOTOS: IONE MORENO

SILANE SOUZAEquipe EM TEMPO

SEGURANÇAChagas frisa que toda empresa precisa ter o Serviço Especializa-do em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) ou a Comissão Inter-na de Prevenção de Acidentes (Cipa)

Mercado da construção civil, segundo Bergson Júnior, contribui para procura do alpinismo

O presidente da ABRH-AM, Roberto Chagas, diz que toda empresa precisa ter serviços especiais de segu-rança e medicina do trabalho para fazer análise de risco das atividades e estabelecer normas de segurança. Ele cita como exemplo quem trabalha com energia elé-trica, que está em constante risco, mas conta com todo o equipamento necessário para garantir que não se exponha a acidente. “Os equipamentos que são de-senvolvidos hoje conseguem anular o risco daquela ativi-dade”, comenta.

Segundo Roberto, a em-presa tem toda responsabili-dade quanto à segurança do funcionário. Porém, a maior causa de acidente é devido à falta de atenção. “O que acontece é que nós temos muito relaxamento com as normas de segurança. Isso por parte do empregado pode dar demissão por justa causa. Ele pode ser punido quando se colocar em situa-ção de risco onde não poderia haver”, aponta.

Chagas declara que as em-presas são classifi cadas pelo número de empregados e de risco, sendo que cabe a elas mapear todas as atividades,

encontrar as situações de riscos e corrigir as falhas. “Por meio da classifi cação a empresa verifi ca nas leis de saúde e segurança qual medida se encaixa em seu quadro e que tipo de equipa-mentos os empregados têm que usar quando estiverem fazendo as atividades”.

Para ele, entre os proble-mas mais comuns estão os empregados não atenderem as normas de segurança e algumas empresas não darem a devida aten-ção, nesse caso elas podem ser autuadas pelo Ministério ou Superintendência do Trabalho.

Ele faz um alerta para o fato de que hoje em dia um aciden-te causar efeitos muito grandes à empresa, as quais podem ser punidas pelo Ministério do Traba-lho e também por outra área do direito, chamada de danos morais. Além disso, o impacto emocional do gru-po de empregado é trágico, conforme Chagas.

“Há consequências tanto fi nanceiras quanto emocio-nais que impactam direta-mente na produtividade da empresa”, conclui.

Ajustes às normas de segurança

mentos os empregados têm que usar quando estiverem fazendo as atividades”.

Para ele, entre os proble-mas mais comuns estão os empregados não atenderem as normas de segurança e algumas empresas não darem a devida aten-ção, nesse caso elas podem ser autuadas pelo Ministério ou Superintendência do

Ele faz um alerta para o fato de que hoje em dia um aciden-te causar efeitos muito grandes à empresa, as quais podem ser punidas pelo Ministério do Traba-lho e também por outra área do direito, chamada de danos morais. Além disso, o impacto emocional do gru-

Empregados ou empre-sas que não atendem às normas de seguran-ça podem ser autua-dos conforme prevê o Ministério do Trabalho

A demanda de profi s-sionais em busca de es-pecialização nessa área é crescente, de acordo com a responsável pelas matrículas no Instituto da Construção (IC), Fernanda Nunes. Segundo ela, den-tre todos os cursos liga-dos ao setor da construção civil a maior procura é por cursos de trabalho em altura e elétrica. “A de-manda cresceu por conta do aumento das obras em Manaus”, avalia.

Fernanda aponta outro fator positivo para o cres-cimento da procura pelos cursos de profi ssões peri-gosas. Ela salienta que, as próprias empresas buscam capacitar ainda mais os funcionários tanto para oferecer um serviço de qua-lidade aos clientes quanto para proporcioná-los maior

segurança no ambiente de trabalho.

“Ainda tem muito pro-fi ssional que não faz cur-so por achar que sabe de tudo, mas hoje em dia as empresas procuram ter em seu quadro pessoas bem qualifi cadas”, observa.

O Instituto da Constru-ção, situado na avenida João Valério, conjunto Viei-ralves, Zona Centro-Sul, oferece cursos de mestre de obras, pintor de obras, ofi cial de manutenção pre-dial, NR 10, NR 35, dentre outros. Os dois últimos - os mais procurados -, custam em torno de R$ 400 e R$ 230, respectivamente. “Temos um número alto de formandos por mês. Cada vez mais os profi ssionais buscam se destacar no mercado de sua atuação”, conclui Fernanda.

Cursos garantem qualidadeO mercado de alpinismo

industrial cresce em Manaus, onde há pelo menos cinco empresas especializadas na atividade, de acordo com só-cio-proprietário da Estrela Guia, Bergson Melo Júnior. Segundo ele, a empresa de consultoria e serviços tem registrado crescimento da atividade com o aumento de obras na construção civil. “O mercado de quem trabalha principalmente com limpeza, pintura e fi xação de adornos festivos em fachada de shop-ping e edifícios em geral está cada vez mais aquecido”.

Segundo ele, apesar de ter sete anos de mercado, com o sistema de ancora-gem predial - um conjunto de elementos que propicia estabilidade e segurança para o trabalho em altura - a Estrela Guia tem um ano em atividade de alpinismo

industrial. “Comecei nesse mercado por conta da ati-vidade de ancoragem, ela acabou fazendo esse casa-mento de serviços”, revela.

Júnior relata que é caro trabalhar com alpinismo in-dustrial. Os equipamentos de trabalho não são baratos. Ele conta que 100 metros de cor-da apropriada para a ativida-de, por exemplo, custam em média R$ 3 mil, o capacete R$ 147, a cadeirinha R$ 320. Fora os outros materiais de proteção e segurança.

Para trabalhar na área a pessoa precisa fazer diver-sos cursos e treinamentos, conforme Júnior. Os primei-ros cursos a serem feitos são o de alpinismo e o de NR 35. Este segundo conta com aulas teórica e práti-ca de legislação e também com o aprendizado de nó em cordas.

Alpinismo industrial cresce

Uso de equipamentos de proteção e segurança evitam acidentes

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Page 14: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

B6 País MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Religiosos se unem contra a palavra ‘gênero’ na educaçãoCatólicos e evangélicos encamparam uma luta para impedir que o termo passe a fazer parte dos planos municipais

São Paulo (El País) - Grupos religiosos estão em uma cru-zada nas câmaras

municipais brasileiras para evitar que a palavra “gênero” passe a fazer parte dos pla-nos municipais de educação, o conjunto de metas que as prefeituras terão que adotar pelos próximos dez anos e que estão sendo votadas em vá-rios pontos do país neste ano. Em São Paulo, a pressão surtiu efeito e o termo desapareceu, na última quarta-feira, das 34 páginas que estão sendo discutidas desde 2012.

A pressão repete o que já foi visto no ano passado, durante a discussão do Plano Nacio-nal de Educação, em Brasília, quando o lobby religioso, li-derado especialmente pelos deputados evangélicos, tam-bém suprimiu a palavra do texto final. É apenas mais um exemplo da mobilização de grupos religiosos para fa-zer valer suas posições nas discussões relacionadas à inclusão e direitos humanos no Brasil. Na própria quarta, deputados cristãos tomaram o plenário da Câmara, presi-dida pelo evangélico Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para pro-testar. Rezaram um Pai Nosso diante dos holofotes durante a votação da reforma política por considerarem absurda a imagem de uma transexual crucificada durante a Parada Gay em São Paulo, no domin-go passado.

O argumento contra a pa-lavra “gênero”, tanto no ano passado como neste ano, é que a inclusão, ainda que dentro do contexto da criação de regras para a “promoção da igualdade”, confere um cará-ter ideológico ao tema, em oposição ao uso da palavra “sexo”, uma alusão biológi-ca. Os que odeiam a palavra afirmam que querem evitar a inclusão nas escolas do que chamam de “ideologia de gênero”, que pressupõe que

cada indivíduo tem o direito de escolher o próprio gênero, sem ser definido, necessaria-mente, pelo sexo biológico.

“A expressões gênero ou orientação sexual referem-se a uma ideologia que pro-cura encobrir o fato de que os seres humanos se divi-dem em dois sexos. Segundo essa corrente ideológica, as diferenças entre homem e mulher, além das evidentes implicações anatômicas, não correspondem a uma natu-

reza fixa, mas são resultado de uma construção social”, explica Dom Fernando Arêas Rifan, bispo da Administração Apostólica Pessoal São João Maria Vianney (Rio de Janeiro), em uma nota publicada pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). “Os que adotam o termo gênero não estão querendo combater a discriminação, mas sim des-construir a família (...) e, deste modo, fomentam um estilo de vida que incentiva todas as formas de experimentação sexual desde a mais tenra idade”, continua.

Além de Dom Fernando, também se manifestaram contrariamente à “ideologia de gênero” ao menos outros três religiosos: o bispo do município de Frederico Wes-tphalen (RS), Antônio Carlos Rossi Keller, o padre Paulo Ricardo, popular pároco da arquidiocese de Cuiabá (MT) que oferece aulas no YouTube sobre a doutrina católica e tem quase um milhão de seguido-res no Facebook, e o cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, ar-cebispo metropolitano de São Paulo, que em nota divulgada no última segunda-feira disse que “as consequências de tal distorção antropológica na educação poderão ser gra-ves”. “Os legisladores (devem evitar) a ingerência do Estado no direito e dever dos pais e das famílias de escolhe-rem o tipo de educação dos filhos”, completou.

Onda de protestosAs manifestações dos re-

ligiosos impulsionaram uma série de protestos em câma-ras municipais do país, onde o tema está sendo discutido. O que, por sua vez, desenca-deou reações de movimentos feministas e LGBTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais), transformando as casas legislativas em uma batalha de gritos.

Em Campinas, uma das ci-dades mais importantes do Estado de São Paulo, é dis-cutido o “Projeto de Emenda à Lei Orgânica Anti-ideologia de Gênero”, que proíbe que sejam realizadas legislações sobre o tema na cidade. Na Câmara houve beijaço de ma-nifestantes gays contrários à lei ao lado dos que seguravam cartazes que diziam “não à ideologia de gênero”, “pelo direito natural da família”. “Que tragédia! A mãe gerou uma criança e agora essa criança cresceu e não quer que ninguém mais seja homem nem mulher. A emenda que fizemos é a emenda do amor, a emenda da fraternidade, que trata de homem e de mulher”, explicava aos manifestantes em uma audiência no final do mês passado o vereador Campos Filho (DEM), ex-se-cretário da Arquidiocese de Campinas e ligado a padres locais. A questão também é calorosamente discutida em Guarulhos (Grande São Paulo) e em Maceió (Alagoas).

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POLÊMICAO novo Plano Munici-pal de Educação das cidades brasileiras, para a próxima década, tem enfrentado muita resistência de grupos religiosos, que não querem a abordagem de gênero nas escolas

Na capital paulista, a pala-vra gênero aparecia em seis metas do Plano Municipal de Educação, enviado para a Câmara ainda em 2012 pelo então prefeito Gilberto Kassab (PSD). Entre elas, a 6.5, que obriga o município a “fomentar a implemen-tação de políticas de pre-venção à evasão motivada por preconceito e discrimi-nação à orientação sexual ou à identidade de gênero e étnico-racial, criando rede de proteção contra formas associadas de exclusão”. O texto já havia sido aprovado em duas comissões, entre elas a de educação, sem po-lêmicas. Até que, na segunda audiência pública promovida pela comissão de finanças,

grupos religiosos iniciaram a pressão. A aprovação nes-ta comissão seria o último passo antes da votação no plenário.

“Até então, eu nunca tinha escutado esse termo. Eles afirmam que as crianças se-riam tratadas de forma as-sexuada, podendo inclusive usar os mesmos banheiros, independentemente do sexo. Mas não é nada disso. Traze-mos uma discussão de direi-tos humanos, de acabar com o preconceito e o machismo e de evitar que as crianças se-jam oprimidas no ambiente escolar. Não dá para ignorar o conflito que já existe por causa da homofobia”, diz o relator da matéria, vereador Toninho Vespoli (Psol).

Termo causa novas disputas

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Na semana passada, o plenário da Câmara dos Deputados viveu um dia inusitado: parlamentares da bancada evangélica se deram as mãos e rezaram um Pai Nosso contra os atos da Parada Gay

Vereador Toninho Vespoli (Psol) incrédulo com a discussão

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B7MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 País

População de Castelo do Piauí tenta entender crimeAs pessoas estão assustadas com a violência cometida por cinco homens que estupraram e agrediram quatro adolescentes

Brasília - Um crime bárbaro cometido no fim de maio deixou perplexos não só os

mais de 19 mil habitantes da pequena Castelo do Piauí, a cerca de 190 quilômetros de Teresina, como reacendeu o alerta para o aumento da crimi-nalidade em municípios do in-terior do país, até pouco tempo considerados pacatos.

A população está assustada com a crueldade com que os cinco suspeitos – um homem de 40 anos e quatro adolescentes moradores da própria cidade – trataram as vítimas, quatro garotas que foram amarra-das, agredidas e estupradas e depois jogadas do alto de um penhasco. Devido aos fe-rimentos, uma das vítimas, de 17 anos, morreu no último dia 7. Ela teve a face esmagada, lesões no pescoço e no tórax. Duas das meninas tiveram alta hospitalar e uma continua in-ternada. No último dia 11, os quatro rapazes foram ouvidos pela Justiça, em Teresina, du-rante todo o dia.

“O problema maior da vio-lência no país é a droga”, disse à Agência Brasil o prefeito de Castelo, José Ismar Lima Mar-tins. Segundo ele, o adulto e os adolescentes já autuados pela

polícia estavam sob efeito de drogas quando encontraram as jovens em um local afastado, de onde é possível avistar toda a cidade, o Morro do Garrote, onde as meninas tinham ido ti-rar fotografias. Ainda segundo o prefeito, enquanto o adulto, apontado como “cabeça” do crime, já esteve preso em São Paulo, os rapazes eram conheci-

dos das autoridades locais por cometerem pequenos furtos.

“A desestruturação familiar é um outro problema. Infeliz-mente, em parte devido a pro-blemas familiares, os quatro jovens suspeitos abandonaram os estudos e acabaram nas dro-gas”, disse o prefeito antes de lamentar que, também devido a esses problemas, as mães se veem obrigadas a transferir

para o Estado toda a responsa-bilidade com as crianças, inclu-sive a educação pessoal.

O prefeito diz que é defen-sor da redução da maioridade penal apenas para casos de crimes bárbaros. “O Estado não tem condições de abrigar em cadeias todo jovem que co-meter uma infração. E apenas jogar os adolescentes numa cela, sem estrutura adequada para a ressocialização, só vai piorar a situação.”

Em Castelo do Piauí, as prin-cipais atividades econômicas são a agricultura familiar e a prestação de serviços. Casti-gado pela seca que afeta o sertão nordestino, Castelo está entre os municípios piauienses que, desde o primeiro semes-tre de 2014, estão em estado de calamidade.

Em 2010, das 5.565 cida-des brasileiras, Castelo do Piauí ocupou a posição nú-mero 4.467 do ranking Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (IDHM), do Progra-ma das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O mau desempenho decorreu, principalmente, do baixo índi-ce de escolaridade (0,47). No primeiro lugar do ranking, a cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo, obteve 0,81. Pórtico de entrada da cidade de Castelo do Piauí. Crime bárbaro chocou e assustou a população

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PRECÁRIOA cidade conta apenas com uma delegacia e três policiais. O dele-gado dá expediente em um município vizinho, Campo Maior, de onde responde por várias outras localidades da região

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Falsos orfanatos enganam estrangeiros no CambojaCrescimento do turismo no país causou fenômeno da multiplicação dos centros que acolhem crianças e adolescentes

Phnom Penh (El Dia-rio) - O Centro da Paz tem um aspecto lúgu-bre para quem olha a

partir do lado de fora. Uma grade verde cerca um pequeno pátio na parte térrea de um edifício de dois andares. Três dependências separadas dão para uma espécie de claus-tro onde entra uma luz tênue. A visita é inesperada, porém bem aceita. “Normalmente pe-dimos aos visitantes que nos telefonem antes, mas podem entrar”, diz Bophal, a proprie-tária do centro.

Dentro da casa, cerca de vin-te crianças aprendem algumas palavras em inglês enquanto brincam com dois professores e uma voluntária norte-ameri-cana. Trata-se de um dos mais de 500 orfanatos que durante os últimos anos têm proliferado nos principais pontos turísticos do Camboja.

Cerca de metade deles não está registrada nos órgãos go-vernamentais e funciona sem nenhum tipo de controle sobre suas atividades ou finanças. Os centros residenciais para meno-res começaram a se multiplicar no país asiático a partir de 2005. Cinco anos depois, eles praticamente tinham dobrado, segundo um estudo realizado pelo governo cambojano e pela Unicef em 2011.

O estudo aponta também um motivo para o aumento dos orfanatos em um país onde o número de órfãos diminuiu: o grande crescimento do turismo internacional ao longo desses anos. A explosão turística no Camboja começou em 2004, quando foi superada pela pri-meira vez a cifra de um milhão de visitantes estrangeiros. Em 2010, já eram 2,5 milhões, e neste ano o governo estima

que chegarão a 4,7 milhões de visitantes estrangeiros.

A maioria dos orfanatos é na verdade um negócio, afirma James Sutherland da Friends In-ternational, ONG que se dedica a crianças vulneráveis no Cam-boja e que há vários anos vem promovendo uma campanha contra estes estabelecimen-tos. Segundo ele, o Lighthouse Orphanage seria um exemplo disso. Situado na periferia da cidade, é um velho conhecido dos condutores de tuk-tuk, que transportam os turistas em re-boques puxados por motocicle-tas. Basta subir no tuk-tuk, e o condutor sugere comprar um saco de arroz para levar para as crianças do orfanato. Os sacos de arroz, em sua grande maioria, comprados por turistas a preços exorbitantes, não são cozinha-dos e voltam intactos para a loja onde foram adquiridos. O proprietário da loja costuma ter um acordo com o orfanato e o condutor. O portal de viagens TripAdvisor, por exemplo, tem um tópico com comentários sobre o lugar.

“Não é necessário que você telefone antes, simplesmente venha”, informa o site do orfa-nato. Vários turistas brincam na área interna com as crianças e os ajudam com suas supostas lições escolares. Rithy, um dos empregados do centro, rece-be os visitantes e lhes explica que o orfanato recebe ajuda do governo e que depende de doações. “Se você quer fazer um trabalho voluntário, pode ficar o tempo que quiser, porém é preciso pagar 15 dólares (cerca de 45 reais) por dia”, explica, sem pedir referências nem um projeto concreto para fazer com as crianças. “Você pode ajudar como quiser, dando aulas ou trabalhando na horta”, explica.

Tenente canadense da coalizão Pacific Partnership com crianças cambojanas em orfanato no país

Muitos turistas chegam cheios de boas intenções ao Camboja, um país com 20% de sua população abaixo da linha da pobreza e uma das histórias mais sombrias do século 20. O capítulo mais obscuro foi o dos Khmer Vermelho, movimento que chegou ao poder em 1975 e exterminou cerca de dois mi-lhões de habitantes em menos de 4 anos. Em 1979, tropas vietnamitas derrubaram o go-verno de Pol Pot, porém vários grupos do Khmer Vermelho se fortaleceram em zonas fronteiriças, e a guerra civil continuou até 1999. O país tem vivido desde então 15 anos de relativa calma. “Era

de se esperar um aumento no número de orfanatos após os Khmer Vermelho, porque mui-tas crianças ficaram sem pais. Porém o lógico era que essa tendência tivesse mudado, e o que se viu é um aumento ainda maior desses estabele-cimentos”, diz Sutherland.

Em três de cada quatro casos, inclusive, as crianças não são órfãs. Bophal con-firma. “Não, a maioria não é órfã, porém vem de famílias pobres”, diz a proprietária do Centro da Paz, cuja página na internet se anuncia como orfanato. Intermediários e funcionários de orfanatos percorrem os povoados mais pobres do Camboja em busca

de famílias que não conse-guem prover para todos os seus filhos. Prometem-lhes que cuidarão das crianças, dando-lhes educação formal e um futuro brilhante. A reali-dade encontrada nos orfana-tos costuma ficar distante da imagem apresentada pelos intermediários às famílias. Com equipes de funcioná-rios escassas, as crianças ficam sem supervisão, não recebem o afeto adequado e têm um nível de educa-ção formal menor do que a média do país, porque seus professores são em geral voluntários estrangeiros que permanecem apenas algu-mas semanas, diz a Unicef.

Um país envolto pela miséria

“Estes centros deve-riam ser a última op-ção para as famílias, porém os agentes lhes convencem de que as crianças estarão melhor nos orfanatos”, diz Su-therland. De acordo com o estudo realizado pelo governo cambojano e pela Unicef, os orfanatos podem gerar “distúrbios de personalidade, atra-sos no crescimento e na fala, e uma diminuição da capacidade para se reintegrar na sociedade” no futuro.

Muitos deles estão expostos a agressores sexuais, devido à falta de controle sobre os vi-sitantes ou até sobre os funcionários. “O perigo dos orfanatos em rela-ção à exploração sexual das crianças é real”, diz Ana Gabriela Pinheiro da ONG Aple Camboja. Um dos casos mais conhe-cidos foi o do britânico Nicholas Griffin, que foi condenado em 2011 a 2 anos de prisão por abusar de crianças e adolescen-tes que estavam sob seu cuidado em um orfanato na cidade de Siem Reap. Estas crianças também sofrem exploração tra-balhista, já que muitas vezes são obrigadas a entreter os visitantes.

Crianças entregues à própria sorte

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[email protected], DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 (92) 3090-1041

Alergias colocam mães em alerta

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DIVULGAÇÃO

Inaugurado em setembro de 2012, o monumento construído na rotatória em frente ao Parque do

Mindu, no bairro Parque 10, Zona Centro-Sul de Manaus, logo se tornou alvo de piadas devido ao formato fálico da estrutura. Na época, fotos da obra passaram a circular pela internet, ensejando in-terpretações diversas.

Para além do humor viral, a primeira reação que vem à mente do cidadão comum é: qual a fi nalidade disso? A pergunta traz um ques-tionamento implícito, uma vez que grandes somas de dinheiro público foram in-vestidas ali.

“Acho que tentaram cons-truir um cartão-postal para os turistas que visitam o Parque do Mindu. A inten-ção foi boa, mas infelizmente não funcionou. Acho que uma praça de alimentação seria uma ideia mais acertada”, opina o aposentado Ricardo Mendonça. De acordo com os moradores, as bombas dos chafarizes deixaram de funcionar há cerca de seis meses. A manutenção do local, afi rmam, é custeada por um funcionário da Lojas

Constroi, localizada ao lado da rotatória.

Com a instalação do monu-mento da Bola do Mindu, os comerciantes que trabalha-vam ali foram transferidos para áreas próximas. “Hoje, muitos estão passando por difi culdades fi nanceiras”, re-vela o estudante de odonto-logia Fernando Menezes.

Por meio de nota, a asses-soria do Instituto de Ordem Social e Planejamento Ur-

bano (Implurb) ressalta que o monumento faz parte de uma medida compensatória e, portanto, não houve utiliza-ção de investimentos públi-cos na empreitada. A obra foi inaugurada pelo ex-gestor do instituto, Manoel Ribeiro, e visava também organizar o fl uxo de veículos no local.

“Muitos devem lembrar

que no lugar, antes, havia uma construção depredada e degradada, que inicialmente funcionava como uma cen-tral de abastecimento. Com o tempo, o espaço foi rece-bendo bares, lanches, res-taurantes e havia até gente morando em uma espécie de apartamento improvisa-do”, informa. “A higiene lá era precária, as construções maltrapilhas, com lonas, te-lhados quebrados e o que era para ser uma rotatória, dando fl uidez ao trânsito, acabava por engarrafar, devido ao es-tacionamento de carros”.

Outro exemplo é o mo-numento em homenagem à ponte Rio Negro, na avenida Brasil, Zona Oeste da capital. Orçada em R$ 5,5 milhões, a obra, inaugurada em março de 2010, integra uma área de 400 metros quadrados. Uma pe-quena parte serve atualmente como abrigo de pessoas.

O técnico em eletrônica Ewerton Nogueira alerta para a grande quantidade de água acumulada no de-pósito debaixo do totem, que tem 34 metros de altura. “Só serve para dar mosquito. Não é funcional, ninguém passei por ali. Roubaram as insta-lações elétricas, por isso a cascata de água deixou de funcionar”, relata.

Monumentos ‘estranhos’ têm utilidade questionadaEstrutura na Bola do Mindu e monumento da ponte Rio Negro são apontados como inúteis e desperdício de dinheiro

DANIEL AMORIMEquipe EM TEMPO

O monumento da ponte Rio Negro, na avenida Brasil, foi inaugurado em março de 2010 com custo de R$ 5,5 milhões, servindo atualmente apenas como abrigo para pessoas e criadouro de mosquitos

IONE MORENO

Cidade não tem obras relevantes

Na Bola do Mindu, estrutura que substituiu imóveis retirados até virou alvo de piadas

Segundo a assessoria do governo do Amazonas, o valor investido englobou a estrutu-ra da praça e do monumento e está condizente com o tipo da obra realizada, levando-se em consideração a qualidade do terreno trabalhado sobre o igarapé do Franco. Isso determinou a necessidade da cravação de estacas a uma profundidade considerável

em toda a estrutura da praça e do monumento – todo em concreto e aço, para garantir a sua estabilidade.

“A princípio, não tem função nenhuma. É uma escultura ao ar livre”, resume o arquiteto Roger Abrahim, a respeito das obras. “Infelizmente, nos últimos 20 anos, não surgiu nenhuma obra de relevância na cidade, como as estátuas

de Tenreiro Aranha, na pra-ça da Saudade, e de Nossa Senhora de Nazaré”, obser-va. Entre outras criações, Abrahim assinou o projeto de restauro e reforma do mercado Adolpho Lisboa, no Centro Histórico de Manaus, inaugurado há dois anos.

(Leia mais sobre o as-sunto na página C2)

DÚVIDAPara além do humor viral, a primeira rea-ção que vem à mente do cidadão comum é: qual a fi nalidade disso? A pergunta traz um questionamento im-plícito sobre dinheiro público investido

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

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C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Modificações urbanas, as ‘vilãs’ dos monumentosAlvos de mudanças urbanas, monumentos foram perdidos ou têm seu sentido esquecido ou desconhecido pela população

Sob o pretexto das transformações ur-banísticas necessá-rias para a cidade,

monumentos históricos em Manaus se perderam ou estão guardados longe das vistas da população. Por conta de refor-mas ou instalação de equipa-mentos para dar um novo uso aos espaços públicos, outros monumentos mudaram diver-sas vezes de local. O relato é de pesquisadores e pessoas dedicadas à mobilização para defesa desse patrimônio.

A falta de zelo com os monu-mentos do patrimônio histórico corrompe a própria memória de uma cidade e deforma as lições deixadas pelo passado. Instalados no centro histórico, muitos deles foram fabricados na Europa, comprados por meio de um catálogo, e as peças eram transportadas para ser montadas em Manaus.

Esses objetos são parte do es-paço onde foram originalmen-te montados e das memórias construídas com eles nesses locais, alerta a pesquisadora Maria Evany Nascimento, que estuda os monumentos histó-ricos do centro e já publicou livros sobre o tema. “Com as mudanças de local, há a perda das referências das pessoas com a cidade”, ressalta.

“A cidade vai perdendo seus pontos confiáveis, pontos de memória de gerações, pontos seguros. Além disso, a trans-posição e montagem em ou-tros espaços trazem prejuízo às peças que sofrem danos como quebras e perdas de componentes importantes. Ou passam por montagens que

não obedecem à concepção da peça, como aconteceu com a fonte da Dama dos Leões, que foi montada na bola do Eldorado com os leões volta-dos para dentro, quando seu projeto original eram os leões voltados para fora”, conta.

Keyce Jhones é estudante de arquitetura e urbanismo e atua na conscientização por meio da Organização Não Governamental (ONG) Defesa do Patrimônio Arquitetônico e Histórico de Manaus. “De-pois das grandes reformas no centro histórico, muitas coisas se perderam, inclusive prédios, monumentos e toda uma re-lação de paisagismo com o entorno”, destaca.

As estátuas do “Homem Pré-Histórico e Homem Moderno”, que ficavam no espelho d’água da praça da Saudade e insta-ladas na década de 1960 são exemplos citados por Evany e Keyce como monumentos reti-rados de seus locais de origem e que estão “desaparecidos”, segundo eles.

Citam, ainda, o monumento ao Barão Sant’Anna Nery, que ficava no extinto Jardim Jaú, demolido em 1975. O jardim ficava nas proximidades da igreja da Matriz, onde havia um complexo de outros jar-dins e praças. As estátuas dos Meninos Angelicais do Cha-fariz das Musas, localizados na praça Dom Pedro II, que também foram retiradas do monumento para reforma, de-sapareceram ou estão em local desconhecidos de acordo com os pesquisadores.

Na praça Heliodoro Balbi, conhecida como praça da Polícia, havia um bebedouro público que foi transferido para a avenida Getúlio Vargas

na década de 1920 e tempos depois sumiu. Em homena-gem a Gonçalves Dias, foi instalado um monumento em frente ao Café do Pina, que também desapareceu.

Parte dos monumentos está guardada em prédios públicos. Outra parte tem paradeiro desconhecido.

Retirados do local original onde foram instalados, alguns monumentos ou peças que os compõem estão, segundo a Fundação Municipal de Cul-tura, Turismo e Eventos (Ma-

nauscult), estão guardados em órgãos públicos e aguardam por reparos.

As estátuas do Homem Pré-Histórico e Homem Mo-derno estão sob a guarda da Secretaria Municipal de Infraesturura (Seminf), onde aguardam restauro, destacou a assessoria da fundação. A proposta da ManausCult é que as peças sejam expostas no Paço da Liberdade.

Os Meninos Angelicais do Chafariz das Musas estão armazenados no Paço da Li-berdade, também informou a ManausCult. Serão restaura-das com recursos do Fundo Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultu-

ral (Fumpatri) e posteriormente reinstaladas no chafariz.

ItinerantesUm único chafariz já foi

instalado em seis diferentes locais. Protegido atualmente pelo gradil que cerca o parque Jefferson Peres, seu local origi-nal é a praça do Comércio, que foi erguida no local onde hoje é Terminal da Matriz.

“O Chafariz das Quimeras originalmente foi instalado na antiga praça do Comércio (entre 1911 e 1913) no final da gestão de Adolpho Lisboa, local também chamado de ala-meda das Palmeiras Imperiais. Em 1926, aproximadamente, ele foi reinstalado em frente à Alfândega, no trecho entre a praça Oswaldo Cruz. Ali era um pracinha isolada chama-da de jardim Ajuricaba de Menezes, mas que compunha uma conjunto de elementos arquitetônicos e paisagísticos no entorno do porto”, conta Keyce Jhones.

Depois, o chafariz foi trans-ferido para a rotatória no cru-zamento das avenidas Sena-dor Álvaro Maia e Constantino Nery. Na década de 1990, com a construção do viaduto, o cha-fariz foi desmontado e levado para o antigo Horto Municipal, onde hoje é o parque Cidade da Criança.

“Depois foi para a rotató-ria do Eldorado, e a fonte da Dama dos Leões foi montada de forma errada, com os leões voltados para dentro, quando seu projeto eram os animais voltados para fora”, contou Evany. “Posteriormente, foi res-taurado na sua forma original - a bacia da base e os leões - e então foi instalado no parque Jefferson Peres”, ressalta.

ABANDONOA falta de zelo com os monumentos do patrimônio histórico, alguns instalados no Centro, corrompe a própria memória de uma cidade e defor-ma as lições deixadas pelo passado

A pesquisadora Maria Evany Nascimento iden-tificou que as pessoas não sabem informar e desconhecem os mo-numentos históricos. O questionamento foi feito às pessoas que passavam pelo largo São Sebastião e pela praça da Matriz e refere-se ao Monumen-to à Abertura dos Portos do Amazonas a Todas as Nações Amigas e ao Monumento Comemora-tivo ao 1º Centenário da Elevação da Vila da Barra do Rio Negro à Catego-ria de Cidade. O relato foi publicado na revis-ta científica “Fronteiras do Tempo”.

“Ao serem questiona-dos sobre o Monumento à Abertura dos Portos, no largo São Sebastião, todos afirmaram não conhecer ou não saber sobre o monu-mento. E sobre o obelisco disseram que não sabiam por que estava ali e que não servia para nada. A localização e o aspecto formal do obelisco, princi-palmente o seu tamanho, torna-o sem destaque no movimentado centro de Manaus”, destaca.

“Falta uma política de va-lorização para os espaços públicos e suas obras ar-tísticas, como referência da própria construção da cidade”, declarou Evany.

População desconhece história

Local anterior do Pavilhão Universal: terceira mudança

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Enquanto os monumentos modernos não geram “empatia” com a população, obras com significado histórico desapareceram. Na foto, estátuas que ficavam no espelho d’água da praça da Saudade

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

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Parintins inicia preparos para receber visitantesO 50º Festival Folclórico começa na próxima quarta-feira (17), enquanto a apresentação dos bumbás será de 26 a 28

Parintins (AM) – Fal-tando 16 dias para o 50º Festival Folclóri-co de Parintins (a 369

quilômetros de Manaus), a cidade já está se preparando para receber os visitantes. O evento começa na próxi-ma quarta-feira (17), com a apresentação de quadrilhas e danças que integram o se-gundo grupo da festa.

No início do mês, a abertura do festival chegou a tomar conta das rodas de conversa da cidade. A maioria da popula-ção defendia que ocorresse no bumbódromo, como foi até os idos de 1980, quando o ex-go-vernador Amazonino Mendes inaugurou o anfiteatro.

Porém, a própria Associa-ção de Danças e Quadrilhas de Parintins optou pela aber-tura na área azul da Praça dos Bois. A justificativa foi que não havia recursos suficien-tes para uma apresentação na arena do bumbódromo.

Na semana passada, durante uma hora e 30 minutos, as po-lícias Civil e Militar, bombeiros, Defesa Civil estadual e muni-cipal, secretarias de Educação, Saúde, de Assistência Social e

outros órgãos locais participa-ram de uma ampla simulação de emergência aeronáutica no aeródromo de Parintins.

Cerca de 120 funcionários municipais atuaram como víti-mas e familiares. Os “feridos” na simulação foram enviados para os hospitais Padre Colom-bo e Jofre Cohem. Os “mortos” foram para o Instituto Médico

Legal. O exercício foi cronome-trado para uma avaliação final pelo comando da operação.

O coronel Dan Câmara, se-cretário-executivo de Plane-jamento e Gestão Integrada, considerou positiva a operação de simulação de acidente gra-ve na pista do aeroporto Júlio Belém. No entendimento do oficial, o ponto mais positivo foi o envolvimento da sociedade

local nas operações.“Pretendemos realizar um

segundo exercício no período do festival, onde os recursos que estarão presentes em Parintins estarão envolvidos. Vamos testar a capacidade do município”, destacou.

O administrador do aeropor-to Júlio Belém, Paulo Pessoa, disse que o exercício simu-lado está previsto na legis-lação. “Esse exercício mede a capacidade de intervenção dos órgãos em atendimento a um acidente aeronáutico, em menor tempo hábil”, disse.

Para ele, o exercício foi bem executado e eliminou a possi-bilidade de o aeroporto pagar multas à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A secretária municipal de Saúde, Rainês Rocha, re-velou que as equipes de médicos, enfermeiros e téc-nicos cumpriram o prazo de-terminado pelo Controle de Operações Especiais (COE). “A primeira equipe foi es-tipulada no planejamento para dez minutos, porém a primeira equipe conseguiu chegar à aérea de concen-tração de vítimas em cinco minutos, enquanto a outra chegou com sete minutos previstos”, afirmou.

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Ruas da área central de Parintins estão sendo recapeadas nas preparações para o festival

TADEU DE SOUZAEquipe EM TEMPO

MUDANÇAA Associação de Danças e Quadrilhas de Parin-tins optou pela abertura na área azul da Praça dos Bois. A justificativa foi que não havia re-cursos suficientes para uma apresentação na arena do bumbódromo Ruas centrais têm recapeamento

Um convênio foi firmado entre o município e o gover-no do Estado para recapear a maioria das ruas da área central e alguns bairros de Parintins.

O trabalho começou pela Zona Leste e hoje está concentrado nas proxi-midades do bumbódromo,

estrada Odovaldo Novo e na rua Fausto Bulcão, que dá acesso aos galpões do Boi Caprichoso.

A secretária de Infraes-trutura do Estado, Valdívia Alencar, disse que o gover-no vem monitorando todo trabalho que esta sendo executado em Parintins.

Diariamente ela faz pos-tagens do andamento do trabalho nas redes sociais salientando o convênio com o poder público municipal.

(Leia mais sobre o Fes-tival Folclórico de Parin-tins no caderno Plateia, página D7)

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 C5

Omissão favorece o tráfico humanoMedo ou vergonha de denunciar suspeitas de tráfi co de pessoas tornam esse tipo de crime “invisível” em Manaus

Mulheres jovens com até 25 anos idade, de boa aparência, pobres, moradoras

de bairros sem estrutura ur-banística ou social de Manaus e em situação de vulnerabili-dade social são as principais vítimas de tráfi co humano no Amazonas. Elas são captadas para trabalhar como escravas sexuais em bordeis.

O Estado serve como rota do tráfico ou fonte de “ma-téria -rima” para um crime só perde, em dinheiro mo-vimentado, para tráfico de armas e entorpecentes.

Atraídas por promessas de empregos com salário alto sem exigência de escolaridade, es-sas mulheres rumam à Euro-pa, principalmente Alemanha, Espanha, Holanda e Portugal. Quando chegam ao destino descobrem que “não passam de mercadorias, são tratadas como um produto qualquer e viram escravas sexuais”, relatou o presidente da Frente Parla-mentar de Prevenção e Com-bate ao Tráfi co Humano na Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Professor Bi-biano (PT).

Ele é um dos 17 parlamen-tares que atuam no enfrenta-mento ao tráfi co de pessoas

em Manaus e aponta o “medo de denunciar” como principal obstáculo. “Tráfi co de pessoas é um crime quase invisível, é muito difícil de ser apontado, caracterizado. O principal meio [de denunciar] é a família da víti-ma procurando as autoridades, como a polícia”.

Até que a família tenha co-ragem de procurar a polícia pode ser tarde demais. “Temos relatos de famílias que mesmo

depois de anos não sabem o paradeiro de seus entes queri-dos levados por agenciadores. Só sabem o país e mais nada. Isso porque demoram a de-nunciar, e quando denunciam. Não o fazem por medo ou por vergonha, na maioria dos casos. Precisamos mudar essa menta-lidade”, apontou Bibiano.

Para conscientizar familiares de vitimas e evitar que mais pes-soas sejam trafi cadas, a Frente

Parlamentar da CMM pretende lançar uma cartilha em escolas da cidade. “O material será dis-tribuído junto com a exibição de um vídeo explicando o risco dessa situação”.

A distribuição da cartilha será reforçada por uma audi-ência pública onde familiares de vítimas e poder público estarão frente a frente para “encurtar as distâncias entre quem precisa de ajuda e quem deve tomar providências”.

DevagarEnquanto os vereadores pa-

recem adiantados no assunto, os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Ama-zonas (Aleam) ainda estão no planejamento. A questão do tráfi co humano não tem uma comissão específi ca, é tratada na Comissão de Direitos Hu-manos, Cidadania e Legislação Participativa, cujo presidente, deputado estadual José Ricardo Wendling (PT), ainda “está veri-fi cando como a comissão pode ter uma voz para cobrar que as instituições públicas que têm acesso a essa questão possam assumir de verdade”.

O deputado também planeja fazer uma audiência pública, ainda em junho, para debater o assunto. “Ressalto que o foco da comissão é cobrar cada órgão público para que tenha ações de enfretamento”. Professor Bibiano: o tráfi co de pessoas é difícil de ser apontado e só surge a partir de denúncia

RAIM

UN

DO

VAL

ENTI

M

A Secretaria de Justiça, Di-reitos Humanos e Cidadania do Amazonas (Sejusc) conta-biliza a existência de quatro casos de tráfi co de pessoas em 2014. “Três denúncias de trabalho escravo, sendo uma pessoa vinda do Peru para o Brasil, via Tabatinga, e um caso de remoção de órgãos, uma criança de sete anos”, informou a gestora do órgão, Graça Prola.

No ano anterior foram qua-

tro casos de tráfi co para fi ns de exploração sexual, cinco casos de trabalho escravo: de Bahia para Boa Vista, com passagem por Manaus; dois de Manaus para São Paulo; um de Parintins para San-tarém com passagem por Manaus; e outro de Manaus para Porto Alegre.

Em 2015 há registro de apenas um caso: uma mu-lher de 21 anos levada a Portugal para ser escrava

sexual sob a promessa de emprego. O caso é aten-dido pela Polícia Federal do Amazonas.

A Sejusc tem três unidades de atendimento a vítimas de tráfi co de pessoas na capital (Porto do Centro, na Ceasa e na Rodoviária) e em mais sete cidades: Itacoa-tiara, Tabatinga, Iranduba, Novo Airão, Parintins, Pre-sidente Figueiredo e São Gabriel da Cachoeira.

“Esses municípios não foram escolhidos de forma aleatória, foram seleciona-dos pelo Mapa da Violên-cia, construído na época da pesquisa de tráfi co humano [Pestraf] em 2002. Naquela época, esses locais já indica-vam ser pontos fortes de ex-ploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres, por isso foram selecionados para nossa atuação mais intensa”, justifi cou Graça.

Trabalho escravo e remoção de órgãos

Graça Prola, da Sejusc: indícios de tráfi co humano no Mapa da Violência foram identifi cados em municípios do Amazonas

O perfil da vítima de trá-fico humano pode mudar conforme “o tempo passa e muda o conceito de tráfico”, como disse o as-sessor do Departamento de Promoção e Defesa dos Direitos da Sejusc, Cristiano Chíxaro.

“Em grande parte são moradores de periferia, com baixa escolaridade, mas hoje já observamos também pessoas com curso superior comple-to sem oportunidade no Brasil e que buscam isso no exterior. Acham que é mais fácil conseguir um bom emprego fora e acabam indo mesmo sem conhecimento da realida-de do lugar de destino”.

Essas pessoas só des-cobrem uma possível si-tuação de tráfico humano quando já estão insta-ladas na cidade onde sonham com uma vida melhor. “É o que chama-mos de migração força-da, a busca por melhor condição de vida. Não são vitimas de tráfico, porque tráfico impli-ca no processo, mesmo com mudança de concei-to ou nova dinamicidade, mas podem acabar em

situação semelhante a quem vai evidentemente numa rota de tráfico de seres humanos”.

DenúnciaPara denunciar tráfico

humano, seja exploração sexual, adoção ilegal, re-

moção de órgãos ou tra-balho escravo, a vítima ou familiar deve procurar a polícia por meio do número de telefone 190. A Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Tráfico Humano tem à disposição o telefo-ne (92) 3303-2872; e a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participati-va atende no número (92) 3183-4388.

Perfi l da vítima muda sempreRAFAEL S. NOBREEquipe EM TEMPO

ILUSÃOAtraídas por promes-sas de empregos com salário alto sem exi-gência de escolaridade, mulheres rumam à Eu-ropa, mas quando che-gam ao destino desco-brem que não passam de mercadorias

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

MIGRAÇÃOEssas pessoas só descobrem uma pos-sível situação de trá-fi co humano quando já estão instaladas na cidade onde so-nham com uma vida melhor, vítimas de migração forçada

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 C5

Omissão favorece o tráfico humanoMedo ou vergonha de denunciar suspeitas de tráfi co de pessoas tornam esse tipo de crime “invisível” em Manaus

Mulheres jovens com até 25 anos idade, de boa aparência, pobres, moradoras

de bairros sem estrutura ur-banística ou social de Manaus e em situação de vulnerabili-dade social são as principais vítimas de tráfi co humano no Amazonas. Elas são captadas para trabalhar como escravas sexuais em bordeis.

O Estado serve como rota do tráfico ou fonte de “ma-téria -rima” para um crime só perde, em dinheiro mo-vimentado, para tráfico de armas e entorpecentes.

Atraídas por promessas de empregos com salário alto sem exigência de escolaridade, es-sas mulheres rumam à Euro-pa, principalmente Alemanha, Espanha, Holanda e Portugal. Quando chegam ao destino descobrem que “não passam de mercadorias, são tratadas como um produto qualquer e viram escravas sexuais”, relatou o presidente da Frente Parla-mentar de Prevenção e Com-bate ao Tráfi co Humano na Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador Professor Bi-biano (PT).

Ele é um dos 17 parlamen-tares que atuam no enfrenta-mento ao tráfi co de pessoas

em Manaus e aponta o “medo de denunciar” como principal obstáculo. “Tráfi co de pessoas é um crime quase invisível, é muito difícil de ser apontado, caracterizado. O principal meio [de denunciar] é a família da víti-ma procurando as autoridades, como a polícia”.

Até que a família tenha co-ragem de procurar a polícia pode ser tarde demais. “Temos relatos de famílias que mesmo

depois de anos não sabem o paradeiro de seus entes queri-dos levados por agenciadores. Só sabem o país e mais nada. Isso porque demoram a de-nunciar, e quando denunciam. Não o fazem por medo ou por vergonha, na maioria dos casos. Precisamos mudar essa menta-lidade”, apontou Bibiano.

Para conscientizar familiares de vitimas e evitar que mais pes-soas sejam trafi cadas, a Frente

Parlamentar da CMM pretende lançar uma cartilha em escolas da cidade. “O material será dis-tribuído junto com a exibição de um vídeo explicando o risco dessa situação”.

A distribuição da cartilha será reforçada por uma audi-ência pública onde familiares de vítimas e poder público estarão frente a frente para “encurtar as distâncias entre quem precisa de ajuda e quem deve tomar providências”.

DevagarEnquanto os vereadores pa-

recem adiantados no assunto, os deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Ama-zonas (Aleam) ainda estão no planejamento. A questão do tráfi co humano não tem uma comissão específi ca, é tratada na Comissão de Direitos Hu-manos, Cidadania e Legislação Participativa, cujo presidente, deputado estadual José Ricardo Wendling (PT), ainda “está veri-fi cando como a comissão pode ter uma voz para cobrar que as instituições públicas que têm acesso a essa questão possam assumir de verdade”.

O deputado também planeja fazer uma audiência pública, ainda em junho, para debater o assunto. “Ressalto que o foco da comissão é cobrar cada órgão público para que tenha ações de enfretamento”. Professor Bibiano: o tráfi co de pessoas é difícil de ser apontado e só surge a partir de denúncia

RAIM

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DO

VAL

ENTI

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A Secretaria de Justiça, Di-reitos Humanos e Cidadania do Amazonas (Sejusc) conta-biliza a existência de quatro casos de tráfi co de pessoas em 2014. “Três denúncias de trabalho escravo, sendo uma pessoa vinda do Peru para o Brasil, via Tabatinga, e um caso de remoção de órgãos, uma criança de sete anos”, informou a gestora do órgão, Graça Prola.

No ano anterior foram qua-

tro casos de tráfi co para fi ns de exploração sexual, cinco casos de trabalho escravo: de Bahia para Boa Vista, com passagem por Manaus; dois de Manaus para São Paulo; um de Parintins para San-tarém com passagem por Manaus; e outro de Manaus para Porto Alegre.

Em 2015 há registro de apenas um caso: uma mu-lher de 21 anos levada a Portugal para ser escrava

sexual sob a promessa de emprego. O caso é aten-dido pela Polícia Federal do Amazonas.

A Sejusc tem três unidades de atendimento a vítimas de tráfi co de pessoas na capital (Porto do Centro, na Ceasa e na Rodoviária) e em mais sete cidades: Itacoa-tiara, Tabatinga, Iranduba, Novo Airão, Parintins, Pre-sidente Figueiredo e São Gabriel da Cachoeira.

“Esses municípios não foram escolhidos de forma aleatória, foram seleciona-dos pelo Mapa da Violên-cia, construído na época da pesquisa de tráfi co humano [Pestraf] em 2002. Naquela época, esses locais já indica-vam ser pontos fortes de ex-ploração sexual de crianças, adolescentes e mulheres, por isso foram selecionados para nossa atuação mais intensa”, justifi cou Graça.

Trabalho escravo e remoção de órgãos

Graça Prola, da Sejusc: indícios de tráfi co humano no Mapa da Violência foram identifi cados em municípios do Amazonas

O perfil da vítima de trá-fico humano pode mudar conforme “o tempo passa e muda o conceito de tráfico”, como disse o as-sessor do Departamento de Promoção e Defesa dos Direitos da Sejusc, Cristiano Chíxaro.

“Em grande parte são moradores de periferia, com baixa escolaridade, mas hoje já observamos também pessoas com curso superior comple-to sem oportunidade no Brasil e que buscam isso no exterior. Acham que é mais fácil conseguir um bom emprego fora e acabam indo mesmo sem conhecimento da realida-de do lugar de destino”.

Essas pessoas só des-cobrem uma possível si-tuação de tráfico humano quando já estão insta-ladas na cidade onde sonham com uma vida melhor. “É o que chama-mos de migração força-da, a busca por melhor condição de vida. Não são vitimas de tráfico, porque tráfico impli-ca no processo, mesmo com mudança de concei-to ou nova dinamicidade, mas podem acabar em

situação semelhante a quem vai evidentemente numa rota de tráfico de seres humanos”.

DenúnciaPara denunciar tráfico

humano, seja exploração sexual, adoção ilegal, re-

moção de órgãos ou tra-balho escravo, a vítima ou familiar deve procurar a polícia por meio do número de telefone 190. A Frente Parlamentar de Prevenção e Combate ao Tráfico Humano tem à disposição o telefo-ne (92) 3303-2872; e a Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participati-va atende no número (92) 3183-4388.

Perfi l da vítima muda sempreRAFAEL S. NOBREEquipe EM TEMPO

ILUSÃOAtraídas por promes-sas de empregos com salário alto sem exi-gência de escolaridade, mulheres rumam à Eu-ropa, mas quando che-gam ao destino desco-brem que não passam de mercadorias

ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

MIGRAÇÃOEssas pessoas só descobrem uma pos-sível situação de trá-fi co humano quando já estão instaladas na cidade onde so-nham com uma vida melhor, vítimas de migração forçada

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C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Alergia alimentar provoca vida de temor para mãesProblema é visto como raridade, o que leva muitas mães a redobrarem a atenção para a alimentação dada aos filhos

A jornalista Valesca Martins, 37, não acre-ditava que a falta de tranquilidade do filho

recém-nascido na hora de dor-mir podia ser algo normal. Em poucos dias, o bebê, além de não descobrir o prazer do sono, começou a ter vários episódios de vômito. Ao levá-lo ao pedia-tra, o médico informou para a mãe que a situação da criança era normal. Depois de mais de 30 exames e passagem por vários especialistas, a jornalista resolveu viajar com o filho para São Paulo (SP) à procura de uma gastropediatra, e, antes que perdesse o filho, descobriu que tudo era resultado de uma alergia à proteína do leite que ela consumia.

Com um mês e meio de vida, a criança passou por exames de rotina como sangue, fezes e urina, e outros com raio-X e ultrassonagrafias. O pior sem-pre acontecia, pois não havia nenhum diagnóstico preciso.

“Resolvi procurar por conta própria e consultar uma aler-gista, que também não conse-guiu fechar o diagnóstico dele e me encaminhou para uma gastropediatra. Mais uma frustração”, detalhou.

Quando Valesca procurou uma gastropediatra, foi exata-mente o período em que passou

pelo episódio de fezes com sangue. “Fiquei tão assustada que resolvi procurar ajuda de um profissional em São Paulo. Entrei no consultório choran-do, desesperada. A médica me ouviu e pela primeira vez tive-mos o diagnóstico de alergia alimentar”, contou.

Mesmo com um ano e seis meses, João Arthur só se ama-mentava do leite materno. “Fi-quei confusa, pois meu filho nunca tinha se alimentado com nada além de leite materno”, relembrou. Foi então que Va-lesca começou a difícil dieta da exclusão, pois como a mãe con-sumia alimentos que tinham leite de vaca, toda a proteína era repassada para o filho por meio da amamentação.

“Tivemos que trocar panelas, talheres, copos, liquidificar em casa, pois o utensílio que já teve algum contato com leite ou derivado, embora bem hi-gienizado, já está contaminado. Ganhamos um espaço exclusivo nos armários, tudo nosso até hoje é separado”, explicou.

O filho da jornalista foi diag-nosticado com múltiplas aler-gias alimentares severas que vão desde a proteína de vaca, ovo, glúten, oleaginosas, frutos do mar, banana, melancia, pês-sego, pêra, maça e brócolis.

O mais difícil ainda estava

por vir com a introdução dos alimentos após os 6 meses de vida.

Foram muitos sustos, até que uma crise alérgica séria chegou a levar Arthur para o pronto-socorro. “Assim que saímos de uma festinha de aniversário, meu filho come-çou a ter diversos hematomas no rosto, entrei em desespero, pois desde que soube de sua alergia tenho o cuidado de sempre levar toda alimentação dele apropriada”, detalhou.

Beijo contaminadoNo hospital, Valesca desco-

briu que seu filho tinha sido contaminado por meio do beijo por outras pessoas que tinham consumido bolo e docinhos e os hematomas surgiram no local do contato.

Com incentivo médico, a mãe iniciou a introdução de alguns alimentos com o glúten e o ovo. “Fomos bem-sucedidos, mas o leite realmente foi o trauma”, relembrou. A jornalista rece-beu recomendação de testar 10 milímetros de leite, mas uma colher de sobremesa de farinha láctea no mamão foi o bastante para Arthur viver um dos piores momentos de sua vida.

“Foram momentos de deses-pero, achei que iria perder meu filho”, contou.

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As alergias alimentares em crianças causam na vida das mães um excesso de cuidados necessários

Foi o convívio hospitalar em SP que fez Valesca e outras mães de Manaus que passam por essa situação a criarem um Grupo de Apoio às Crian-ças com Alergia Alimentar do Amazonas (Criale).

“A vida com alergia é es-tar em constante alerta e ser surpreendida com leite em quase tudo que possa imaginar. Tem leite no grão de arroz, no sabonete, no produto de limpeza e até em remédio. Virei a ‘louca do rótulo’: leio todos antes de comprar qualquer coisa”, contou a jornalista.

Segundo as mães organiza-doras do Criale, o Amazonas não tem estrutura física para tratar esses tipos de alergias, não há laboratórios, e escolas privadas nem públicas pos-suem qualquer tipo de cardá-pio alimentar preparado para o tratamento.

“O Criale é um grupo de apoio sem fins lucrativos que nasceu em janeiro de 2015

com o objetivo de orientar desde a nova rotina a ser introduzida após o diagnós-tico (dieta restrita), quanto a acessibilidade a programas como o de distribuição de fórmulas especiais. O nosso diferencial é proporcionar na convivência diária a rica troca de experiências”, explicou.

“A alergia alimentar existe e é mais comum do que se pensa, mas o acesso a infor-mação ainda é difícil. Segun-do dados da OMS, a cada 20 crianças que nascem, uma apresenta alergia alimentar, que está no quarto lugar no ranking de doenças crônicas no mundo. Em nossa rede, temos bebês diagnostica-dos com múltiplas alergias e precisaram sair de Manaus para ter um diagnóstico cor-reto. Infelizmente o assunto em Manaus é tratado como raridade, mas a realidade é bem diferente. Poucos pro-fissionais estão preparados para identificar a alergia e

conduzir o tratamento. Não existe um ambulatório vol-tado ao diagnóstico com especialistas para avalia-rem melhor as crianças do Amazonas”, detalhou.

O princípioO início de tudo foi uma

reunião com o presidente da Assembléia Legislativa. Dali surgiu uma Audiência Públi-ca que foi realizada no dia 24 de abril. As mães sugeriram a criação de um ambulatório de diagnóstico e tratamen-to. A criação de um pro-tocolo de atendimento nas escolas e um cardápio da merenda diferenciado.

As mães sugeriram a cria-ção de um projeto de lei que determine a informação no cardápio de restaurantes, lanchonetes e empresas do gênero alimentício, a existência de glúten, pro-teína do leite de vaca, ovo, soja na preparação de seus alimentos.

Encontro inicia grupo de apoio

O Criale foi uma forma de as mães compartilharem suas experiências para ajuda mútua

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Page 23: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

LEONARDO VEICULOS

Lazer ajuda a recuperaros dependentes químicosPacientes do Centro de Reabilitação Ismael Abdel Aziz visitam o zoológico de Manaus como parte do tratamento

Levar o paciente para passear, conhecer ou-tros ambientes, ver coi-sas novas e possibilitar

ao mesmo a oportunidade de enxergar e descobrir um mundo que ele não conheciaou havia esquecido que existia. Foi com esse propósito que a equipe de profissionais do Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel levou um grupo de pacientes para um conhecer o Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs), localizado na Avenida Co-ronel Teixeira, bairro São Jorge, em Manaus, esse semana.

A programação faz parte do calendário de atividades de-senvolvidas com os pacientes e dessa vez o passeio foi des-tinado a um grupo de mulheres que estão em tratamento no Centro de Reabilitação. Al-gumas delas nunca tinha ido ao Zoológico e tinham uma expectativa bem específica com relação ao que iriam ver no local. “Quando cheguei ao zoológico esperava ver bichos

como elefante e girafa e aca-bei me surpreendo com tudo que vi e aprendi. Nunca tinha ido a um Zoológico, foi fan-tástico”, relata Rayane Vidal, 19, queassume se dependente química há mais de 5 anos e encontra-se em tratamento.

O Secretário de Estado de Saúde, Wilson Alecrim, desta-ca que esse tipo de atividade é de extrema importância na recuperação e reintegração social dos dependentes quí-micos. “Nós precisamos olhar e trabalhar com essas pessoas

de forma diferenciada, pois eles estão adoecidos pelo uso abusivo da droga e muitas perderam completamente os vínculos sociais e com este tipo de atividade nós estamos buscando a reconstrução des-ses laços e dessas vidas”.

A atividade é desenvolvida pelo setor de pedagogia do Centro de Reabilitação e tem ainda o objetivo de oferecer as pacientes uma oportunidade de adquirir conhecimento so-bre a fauna e flora da região.

Maranhão, explica que esse tipo de atividade, além de dispor conhecimento cultural, é uma ótima ferramenta para incentivar as pacientes a re-tornar a sala de aula para adquirir conhecimentos sobre os animais que mais desper-taram interesse zoológico. “Ao retornarem do passeio, as pacientes ficam mais inte-ressadas em querer aprender sobre os animais encontrados no zoológico. Com isso aca-bam frequentando com mais interesses as aulas”, disse.

O pedagogo, Rigor Breno Maranhão, do Centro de Reabilitação Ismael Abdel, acompanha os pacientes que se recuperam da dependência química durante visita ao zoológico de Manaus

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AÇÃO

Outro fator destacado pelo pedagogo Rigor Breno Maranhão durante o passeio é a inclusão social e ajuda mútua entre as pacientes. “Um ponto forte dessa ativi-dade é o companheirismo e inclusão social. Elas se aju-dam para identificar cada espécie de animal e isso proporciona, além do de-senvolvimento mental e so-cial de cada paciente, tam-bém o intelectual”, explicou o profissional.

Para a paciente Poliana Marques, conhecer mais da natureza ajudou a refletir e acordar lembranças boas. “Para mim é muito grati-ficante ter essa oportuni-dade de conhecer mais um pedacinho da nossa cultura amazônica e relembrar mo-mentos bons que perdi por

conta das drogas. Sou do Acre e vim a Manaus para fazer meu tratamento, lá não tem zoológico, eu real-mente fui presenteada com esse passeio”, disse.

AtividadesEste é o segundo pas-

seio promovido pela coor-denação de pedagogia do centro de reabilitação aos seus pacientes e desta vez reuniu somente as mulheres. “Promovemos esses pas-seios para que o residen-te tenha oportunidade de conhecer coisas que foram esquecidas por conta das drogas. A atividade propor-cionar ainda uma maneira de reintegração social as pacientes”, disse o diretor do centro de reabilitação, Pablo Gnutzmann.

InstituiçãoO centro de reabilitação

atende homens, mulheres e adolescentes, a partir dos 13 anos, adoecidos pelo uso excessivos de álcool e outras enntorpe-centes. É preciso passar por uma triagem para ter acesso ao centro e ter o encaminhamento do médico psiquiatra.

A unidade está localiza-da no quilômetro 53 da Rodovia AM-010 (estrada que liga os municípios de Manaus e Rio Preto da Eva), e fez parte da rede de saúde mental do Esta-do do Amazonas. É geren-ciado pela Secretaria de Estado de Saúde (Susam), em parceria com o Ins-tituto Novos Caminhos – Organização Social.

Atividade gera inclusão social

CURSOA atividade é desen-volvida pelo setor de pedagogia do centro e tem ainda o objetivo de oferecer às pacien-tes uma oportunidade de adquirir conheci-mento sobre a fauna e flora da região

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Semana terá campanha para evitar o lixo na ruaO bairro Jorge Teixeira 3ª Etapa será o alvo das ações de conscientização que iniciam amanhã e terminam sexta

Para conscientizar a população do Jorge Teixeira 3ª Etapa so-bre a importância de

recolher o lixo nos horários corretos e de se manter um bairro limpo, de amanhã até sexta-feira, a Prefeitura de Manaus, por meio do Pro-grama de Desenvolvimento Urbano e Inclusão Socioam-biental de Manaus (Prourbis) e da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp) vai realizar uma ação em prol da conscientização dos morado-res da comunidade.

A campanha, que tem iní-cio às 9h, vai acontecer em três etapas: uma campanha educativa junto com a comu-nidade, com a distribuição de panfletos com os horários da coleta e informações sobre atitudes sustentáveis; o re-colhimento do lixo e entulho retirados pelos moradores de suas casas, e, por fim, a var-rição das ruas.

“Em sua fase educativa, a ação visa conscientizar a população a fim de que o lixo não permaneça eleva-do tempo nas ruas, evitando assim que animais rasguem os sacos que contêm restos de comida”, explicou a enge-nheira ambiental do Prourbis,

Gislaine de Souza.

ColetaEm sua primeira fase, a ação

vai acontecer em parte da ave-nida Pirarucu, a principal via do bairro, que recentemente foi completamente revitalizada pelo programa e em cinco das suas ruas transversais.

“É importante que a popu-

lação saiba da importância da coleta de lixo e que novas ruas e calçadas também de-vem estar limpas para que não haja entupimentos nas novas redes de drenagem e esgoto e nem lixo acu-mulado nas vias recém re-cuperadas ou nas calçadas atrapalhando a passagem dos pedestres”, completou a engenheira ambiental.

ALBER

TOCÉSA

RARA

ÚJO

A campanha vai recrutar moradores para que eles possam ajudar na limpeza das ruas e igarapés do bairro onde moram

AÇÕESA campanha terá três etapas: a educativa junto com a comuni-dade, com distribui-ção de panfletos, o recolhimento do lixo e entulho retirados pelos moradores e, por fim, a varrição das ruas

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PlateiaCa

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[email protected], DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015 (92) 3090-1042 Plateia 3

Fábrica de Eventos divulga programação

DIVULGAÇÃO

‘Diário de um Exorcista’, das páginas para a telonaFilme deveria ser lançado no mesmo ano da publicação do livro (2013), mas fi cou para o segundo semestre de 2015

O assunto “exorcismo” é algo que desperta curiosidade. A indús-tria cinematográfi -

ca já explorou de diversas maneiras, em produções como “O Exorcista” e “O Exorcismo de Emily Rose”. Pensando nis-so, o cineasta Renato Siqueira e o escritor Luciano Milici escreveram, em 2013, o livro “Diário de um exorcista - como lutar contra as trevas quando elas se escondem dentro de você”. Além dele, está em fase fi nal de produção pelos mes-mos autores um longa-me-tragem adaptando a história para o cinema.

Nele, os dois contam uma história real, porém narrada através de personagens fi c-tícios, onde dois estudantes de cinema, Renan e Bruno, contam a saga de um padre e os exorcismos que ele é capaz de fazer. A fi gura em questão é o sacerdote Lucas Vidal que, aos 12 anos, assiste a um fato que muda para sempre seu destino e resolve combater os espíritos maus que insistem em dominar pessoas.

ContramãoCiente da carência do públi-

co brasileiro, o diretor Renato Siqueira pesquisou na internet a existência de alguma obra cinematográfi ca sobre exor-cismo. O único encontrado foi o longa produzido em 1974 pelo cineasta José Mojica Marins (Zé do Caixão) cha-mado “Exorcismo Negro”. Na literatura, ele não encontrou

nenhuma obra nacional sobre o tema exorcismo.

No fi lme, o protagonista padre Lucas Vidal será vivi-do pelo veterano Ewerton de Castro. O restante do elenco terá o próprio diretor Renato Siqueira, além de Lisa Ne-gri, Fábio Tomasini, Ruben

Espinoza, Cibelle Martin, en-tre outros. O longa deveria ter sido lançado também em 2013, mas sofreu atrasos na produção e teve sua estreia mudada para o segundo se-mestre deste ano.

FRED SANTANAEspecial EM TEMPO

Autor também assina a direção do fi lme e revela que estudou durante anos maquiagem e efeitos visuais para aplicar na obra

FOTOS: DIVULGAÇÃO

LIVRORenato Siqueira e Luciano Milici escreve-ram, em 2013, o livro “Diário de um exorcis-ta - como lutar contra as trevas quando elas se escondem dentro de você”, disponível em editoraevora.com.br

Para conseguir o resultado desejado, o diretor Renato Siqueira precisou se dedicar de corpo e alma à produ-ção. “Doei 5 anos da minha vida para este projeto, tive que estudar muito antes de começar a realizá-lo e com isso trouxe para o Brasil uma inovadora técnica de ma-

quiagem e efeitos visuais que aperfeiçoei durante es-ses anos. Apliquei-a no longa metragem e o resultado fi cou excepcional. Além de produ-zi-lo eu também dirigi e atuei no fi lme, sem contar que a montagem e os efeitos es-peciais foram desenvolvidos por mim”, orgulha-se.

Tema proibidoNa Bíblia, há passagens

em que o próprio Cristo ou os apóstolos expulsavam os espíritos maus das pesso-as. Porém o Vaticano não fala muito a respeito e não incentiva a pratica, apesar de existir muitos padres em diferentes partes do mun-

do que fazem os rituais de exorcismo e estudam sobre o tema.

E não apenas membros da igreja católica se interessam sobre o assunto, tanto que psiquiatras também tentam explicar o tal fenômeno e tratar pessoas supostamen-te possuídas.

Inovação e estudos para efeitos especiais

ENTREVISTA

‘Por que não uma história de exorcismo no Brasil?’

EM TEMPO: Como foi o seu primeiro contato com a história?

Renato Siqueira: No fi-nal do ano de 2010, uma noite adormeci no sofá de casa, assistindo à TV, e às 2h acordei assustado com os gritos alucinantes que saiam da boca de Regan McNeil, personagem do clássico “O Exorcista”, in-terpretada pela atriz Lin-da Blair. Após este sus-to pensei: “Por que não uma história de exorcismo no Brasil?”.

EM TEMPO: O que os levou a apostar nesse gê-nero, tanto para o livro quanto para o filme?

RS: Estava terminando as filmagens do meu curta “La-ços Violados” (um suspense policial), e estava pronto para um novo desafio, mas eu me perguntava: “Qual seria esse novo desafio?” E a resposta veio como uma meta, produzir um longa-

metragem, com uma histó-ria inédita e surpreendente, algo que ainda não tivesse sido explorada no Brasil, pois o cinema nacional de ficção fantástica é quase escasso, seguindo sempre a mesma linha, apostando no realismo cru das comu-nidades carentes, policiais cariocas e traficantes.

EM TEMPO: Quais são as suas maiores referên-cia e filmes favoritos nes-se estilo (terror)?

RS: “O Exorcista”, “O Ri-tual”, “O Exorcismo de Emily Rose”, “A invocação do mal”, “A hora do pesadelo”, “A hora do espanto”, “Massacre da serra elétrica”, “Sexta-feira 13” e “O Chamado”.

EM TEMPO: Para você, por que há tão poucas produções de terror no Brasil?

RS: Infelizmente, os pro-dutores brasileiros não investem no cinema fan-

tástico pelo simples fato de terem medo de perder dinheiro, preferindo inves-tir em comédias românticas para obterem lucro. Eles sabem que grande parte dos brasileiros já está condicio-nada a essas “modinhas” há muito tempo.

EM TEMPO: Quais são as principais dificulda-des para produzir um fil-me como esse?

RS: Acho que no Brasil fazer cinema já é um grande desafio e também um risco, pois os cineastas não re-cebem apoio nem o devido valor que deveriam receber. Ao invés de ficar esperando verba para produzir o filme, resolvi eu mesmo juntar di-nheiro e investir em equipa-mentos, adereços, figurinos e locações. Quando obtive tudo isso, formei uma equi-pe de primeira, onde todos vestiram a camisa comigo para esse enorme desafio que estava para começar.

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Fernando Coelho [email protected] - www.conteudochic.com.br

. Floyd Mayweather pode ser o atleta mais bem pago do mundo. Mas quando o assunto é popularidade nas redes sociais, ninguém é maior do que o português Cris-tiano Ronaldo.

. Com um total de 158 milhões de segui-dores no Facebook, Twitter e Instagram, o jogador do Real Madrid já chegou a bater recordes nesse quesito: em outubro do ano passado ele se tornou o primeiro atleta a reunir 100 milhões de seguidores no Face-book e, de lá para cá, conquistou outros 3 milhões, o que faz dele a personalidade mais popular do site de relacionamentos.

. Depois de Ronaldo, os outros quatro atletas mais populares das redes sociais são todos do mundo do futebol, sendo eles Neymar, Lionel Messi, James Rodriguez e Mesut Ozil.

>> Redes sociais

. A empresária Josi Jota reuniu convidados no meio da semana para uma noite de coquetel no Classic Hall.

. A noite era dedicada ao lançamento da revista “Classic Eventos Magazi-ne”, publicação alto nível voltada para o universo das festas. Evento cheio de charme.

>> Publicação

. A Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), por meio do seu Centro Internacional de Negócios (CIN-AM), promove, hoje uma reunião de negócios entre empresários locais e uma comitiva de investidores dos Emirados Árabes Unidos comandada pelo sheik Mohammed Saif Al-Afkham.

. O encontro será realizado às 15h, na sede da Fieam.

. Ao todo, 150 empresas foram convidadas para o encontro que tem o objetivo de propor-cionar oportunidades comerciais e culturais. Entre os assuntos abordados no encontro estão investimentos ao Polo Naval de Manaus, que está em fase de implantação, além de outras oportunidades de investimentos no Amazonas. Vinte e quatro países formam a comunidade árabe: Árabia Saudita, Argélia, Bahrein, Comores, Djibouti, Egito, Emirados Árabes Unidos, Iémen, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Mauriânia, Omã, Palestina, Catar, Saara Ocidental, Síria, Somália, Sudão e Tunísia.

>> Investidores A empresária Josi Jota e Mateus Arruda na festa de lançamento da “Classic Eventos Magazine”

Monique e Felipe Ávila

Patrícia Vieira

Morgana NathachaGaio e Patricia Diniz Rocha Lica Sampaio e Josi Jota

Josi Jota e Wladya Benzecry

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Para muitos, o mês de junho é re-presentado pelo Festival Folclórico de Parintins. Mas para este que vos escreve, não. Apesar de ser alucinado pela festa de Caprichoso e Garantido – pela ordem alfabética, por favor! – quando junho chega, só consigo lembrar da minha infância, distante de tal evento.

Todo dia 12 de junho, meu pai e eu tínhamos um encontro marcado: soltar fogos na praça próxima de onde moráva-mos. Ele chegava do trabalho, cansado, mas mesmo assim cumpria a promessa de me levar estourar as bombinhas (aquelas que basta jogá-las ao chão) e bombinha (aquelas que acendemos com o uso de fósforo e/ou isqueiro). Não sei por qual motivo, mas isso fi cou gravado na minha memória.

Na mesma praça era realizado uma es-pécie de festival folclórico com direito a palco, quadrilha, danças e, claro, comida, muita comida. Da janela do apartamento no qual eu morava, era possível ver tudo. Mas como toda criança, eu nunca queria ver de longe, sempre de pertinho, sentado na beirada do palco. E como eu era feliz naquele momento. Amava ver os passos ensaiados e colocados em prática com precisão, sem erros.

Por lá, ainda tinha uma atração cha-mada de “Monga – A Mulher Macaco”, muito comum em boa parte do país. Com uma mistura de realidade e ilusionismo, entrávamos em uma espécie de cabana e ali víamos uma mulher – nem sempre bonita – transformar-se em macaca. A

gritaria era coletiva, mas o desejo de ver aquilo se transformar novamente, na minha frente, era incontrolável. Ali-ás, controlável eram os meus pais que não aguentavam mais gastar dinheiro bancando essas brincadeiras.

No domingo, último dia da festa, mi-nha mãe não me deixava descer, tudo porque no dia seguinte eu tinha aula de manhã cedinho. Assim sendo, eu sentava na máquina de lavar roupas, bem na área de serviço, cruzava os braços na janela, apoiava a cabeça e de lá acompanhava tudo. Todas as danças, as brincadeiras, conferia quais amigos estavam por lá... Eram tempos maravilhosos e que, volta e meia com a chegada de junho, acabo por sentir saudades.

Outra lembrança é com relação à Festa de Santo Antônio de Borba, terra onde nasceu a minha vó Zenir. Apesar de nunca ter conseguido ir até o festejo, tínhamos quase que uma tradição: levar a vovó para embarcar no navio D. Carlota, rumo a Borba. Como ela era passageira constante do navio – ou seja, todos os anos ela viajava nele – nós acabávamos entrando, vendo a sala de TV, o restau-rante e todas as outras curiosidades do lugar. Infelizmente, eu fi cava de férias do colégio somente depois da festa e eu nunca conseguia embarcar com ela. Sem falar que a passagem era caríssima.

Essas e outras lembranças fazem de junho um mês com gosto e cheiro de infância. Saudades de ser criança em pleno mês de junho.

Bruno MazieriE-mail: [email protected]

Bruno MazieriJornalista

Apesar de ser aluci-nado pela festa de Caprichoso e Garantido – na ordem alfabética, por favor! – quando junho chega, só consigo lembrar da minha in-fância”

Junho com gosto e cheiro de infância

Fábrica de Eventos começa venda para showsNo segundo semestre do ano, a produtora apresenta um line up de shows que vão do sertanejo a música eletrônica

A Fábrica de Eventos, maior produtora da Região Norte já co-meça o segundo se-

mestre de 2015 com um mês inteiro recheado para o públi-co. O “start” no calendário de eventos já começa em agosto com os shows mais pedidos pelo público. E já amanhã to-dos os eventos estarão com vendas online no www.fabri-caingressos.com e os valores podem ser parcelados em até 6 vezes no cartão.

Festas que vão do pagode ao sertanejo, passando pelo forró e pela música eletrônica. O calendário de eventos tem a característica de atender a todos os públicos, com o padrão Fábrica de Eventos. A proprietária da empresa, Bete Dezembro destaca que a em-presa abre a agenda de shows com o pé direito, depois de um breve período de férias.

“Vamos começar o segun-do semestre aquecido e com todo gás para realizar os me-lhores eventos, tudo isso no ritmo da Fábrica e vamos seguir assim até o fi m do ano. Vai haver novidades com relação às atrações e locais de shows, tudo pensando na satisfação do público que curte os melhores eventos da cidade”, destaca.

O segundo semestre che-ga também com um toque a mais na realização dos sho-ws. Desta vez, as festas não estão concentradas num só espaço. Os locais vão desde o Sambódromo, passando pelo Studio 5, Copacacabana Cho-pperia, Shopping Sumaúma, entre outros.

O pontapé inicial será dia 1º

de agosto com o show acús-tico do cantor Luan Santana que acontecerá no Studio 5 Convention Center. No fi m de semana seguinte, dia 8 de agosto, será a vez dos sam-bistas e pagodeiros curtirem o “Esquenta Manaus”, no Copa-cabana Chopperia com Belo, Dilsinho e Ferrugem.

Abrindo a segunda quinze-na, dia 15 de agosto, chega a Manaus o projeto “Garota VIP”, do cantor Wesley Sa-fadão. Na mesma noite se apresentam ainda Harmonia do Samba e Márcia Felipe & Forró da Curtição. A festa será no sambódromo.

Quem retorna à capital amazonense, igualmente no mês de agosto, é o cantor Léo Magalhães. Sucesso de público, ele fará um show es-pecial que irá acontecer no estacionamento do Sumaúma Park Shopping. Inovando no mercado de entretenimento, a Fábrica vai realizar um evento no maior centro de compras da zona Norte de Manaus.

E para fi nalizar a progra-mação da Fábrica durante o oitavo mês do ano, chega a vez de curtir uma festa diferente. O espaço Podium da Arena da Amazônia vai receber no dia 23 de agosto um dos maior es festivais de “música e cor” do mundo, o Happy Holi, com muita música eletrônica, diversão e cores farão parte da festa.

Pensa que acabou? Este é apenas o “start” do segundo semestre de 2015 da Fábri-ca de Eventos, muita coisa ainda vem por aí. Preparem-se para os melhores shows da cidade.

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Grupo Harmonia do Samba e o cantor Belo estão entre os nomes que vêm a Manaus em agosto

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HoróscopoÁRIES - 21/3 a 19/4 Este é um momento de entender e sentir. Tenderá a buscar o sentido mais profundo de tudo o que estiver acontecendo. Deixe de lado alguns questionamentos que vem fazendo e aceite a felicidade na sua vida como um fato real. Há sinal de boas energias. Cuidado com a interferência de ideias plantadas saiba diferenciar o que lhe pertence ou não. Não reclame nem deixe o tempo levar seus sonhos, agrade sua criança interior sempre.

TOURO - 20/4 a 20/5 Embora haja o desejo de se destacar profi ssionalmente, não perca o foco de seus compromissos familiares. É preciso muito cuidado com as reações emocionais exageradas nesta noite. Mantenha suas prioridades em ordem para poder aproveitar novas oportunidades que possam surgir. Dedique-se ao perdão, livre-se das mágoas e tristezas.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 A Lua ilumina a Casa da Fé, aumentando sua autoconfi ança. Os estudos serão os mais favorecidos. A noite vai estimular a expressão dos sentimentos e as manifestações de carinho. Foque energia em sua capacidade ajude os que são importantes para você, não desista das pessoas ou dos seus sonhos. Planeje mais as fi nanças, seu dinheiro vai render.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Está mais do que na hora de abandonar tudo o que for ultrapassa-do e pensar em um novo conceito na maneira de administrar Sua atividade profi ssional. Fique alerta, pois problemas de terceiros cairão no seu colo, e será difícil dizer não. A vida amorosa precisa de mais tempo e determinação para acontecer de fato, ame sem sufocar a pessoa amada precisa de espaço.

LEÃO - 23/7 a 22/8 Tenderá a buscar o sentido mais profundo de tudo o que estiver acontecendo. Apesar da sua insegurança na paixão, há sinal de boa sintonia. Cuidado com a interferência de terceiros, não se deixe levar pela opinião dos outros. Não reclame nem deixe o tempo levar seus sonhos. Aproveite a felicidade, é tempo de fazer planos de mudanças de vida, de ser feliz, de viver intensamente.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Entender as fraquezas dos outros nem sempre é tarefa fácil. Poderá se decepcionar com pessoas que julgava de sua con-fi ança, mas encare isso como um fato normal, não sofra tome as decisões que achar mais conveniente. Vale contar com a sua intuição e sensibilidade para captar o desejo dos outros. Excelente astral na vida amorosa, aproveite os momentos que estiver ao lado da pessoa amada.

LIBRA - 23/9 a 22/10 No trabalho sua convicção a respeito de suas possibilidades aumentará e trará segurança. Cuidado para não deixar a vaidade e o orgulho. No amor sua indiferença pode lhe gerar problemas sérios. Na saúde cuidado com o desequilíbrio, alimentação e dieta requer cuidado. O pet pode estar carente e precisando de atenção. Busque ajuda através do fl oral. Cuidados com a casa, se decidir pela reforma, faça tudo com planejamento.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11 Não seja orgulhoso e conte agora com a poderosa proteção de pessoas conhecidas. Boas infl uências para revelar planos para o futuro, fazer amigos, obter resultados positivos e práticos. Infl uências benéfi cas dos astros. Ótima intuição e bastante alegria para as coisas novas. Busque aprender mais do mundo espiritual. Trabalho em crescimento e evolução, poderá ser surpreendente o resultado e as mudanças que irão ocorrer.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12 Confi e na sua capacidade de receber pessoas e deixar todos a vontade! O astral revela um grande potencial para trabalhar com atividades ligadas à diversão e ao entretenimento, se sente vontade de entrar neste mundo, não perca tempo. Sua vida amorosa pode encontrar barreiras. Você terá difi culdade para mostrar o que sente, mesmo na intimidade com a pessoa amada. Abuse da cor rosa para suavizar seu coração.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 As viagens de lazer ou comerciais trarão bons resultados, o momento se apresenta favorável, tanto para o descanso como para iniciar novos desafi os. Ganhos inesperados podem mudar seus planos e direções. Em relação ao coração esqueça as mágoas passadas, não se alimente de frustações, olhe a vida para a frente com esperanças renovadas. Busque respostas na espiritualidade do bem.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2 Pode aparecer alguém especial que irá mexer com seu coração, não se sinta intimidada (o). O não você já tem. Procure estar disponível e se faça presente, até ser notada (o). Como adora sentimentos arrebatadores, é comum encantar-se à primeira vista, mas cuidado com os impulsos. Por outro lado, quando encontrar a pessoa ideal, entrega-se às emoções e faz o possível para viver um romance feliz.

PEIXES - 19/2 a 20/3 A imaginação está altamente estimulada. Você tende a se en-volver com os mais diversos sentimentos e imagens emocionais. Mas viva tudo isso sem perder seu eixo.

CruzadinhasCinema

Qualquer Gato Vira-Lata 2: BRA. 12 anos. Cinemark 5 – 13h, 15h40, 18h10 (diariamente), 20h50 (exceto quinta-feira e domingo), 23h20 (somente sexta-feira e sábado), Cinemark 8 – 11h20 (somente sábado e domingo), 14h10, 16h40, 19h10, 21h50 (diariamente); Cinépolis Millennium 5 – 16h, 18h45, 21h (diariamente); Cinépolis Plaza 5 – 13h30 (somente sábado e domingo), 16h15, 18h45, 21h30 (dia-riamente), Cinépolis Plaza 8 – 18h, 20h30 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 15h40, 21h30 (diariamente); Cinépolis Ponta Negra 8 – 14h50 (somente sábado e domin-go), 17h10, 19h50, 22h20 (diariamente); Kinoplex 2 – 14h, 16h15, 18h30, 20h45 (diariamente).

A Espiã que Sabia de Menos: EUA. 14 anos. Cinemark 3 – 16h10 (dub/diariamente), 18h50 (dub/exceto terça-feira e quarta-feira), 21h30 (dub/exceto terça-feira), 22h (dub/somente terça-feira); Cinépolis Millennium 4 – 15h (dub/diariamente), Cinépolis Millennium 7 – 14h45 (dub/so-mente sábado e domingo); Cinépolis Plaza 7 – 15h30, 21h

(dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 6 – 16h20, 21h50 (dub/diariamente); Kinoplex 4 – 18h30 (dub/diariamente), 13h20 (dub/somente sábado e domingo).

Tomorrowland – Um Lugar Onde Nada É Impossível: EUA. 10 anos. Cinemark 4 – 13h30, 22h10 (dub/diariamen-te); Cinépolis Millennium 2 – 18h, 20h45 (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 7 – 18h15 (dub/diariamente), Cinépolis Plaza 8 – 15h15 (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 2 – 18h20 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 6 – 13h30 (dub/somente sábado e domingo), 19h (dub/diariamente); Kinoplex 4 – 15h20, 21h (dub/diariamente).

Terremoto – A Falha de San Andreas: EUA. 12 anos. Cinemark 1 – 13h40, 16h20, 19h, 21h40 (dub/diariamente); Cinépolis Millennium 4 – 20h (3D/dub/exceto terça-feira), Cinépolis Millennium 4 – 17h45, 22h30 (3D/leg/diariamente); Cinépolis Plaza 4 – 13h45 (3D/dub/somente sábado e domin-go), 16h30, 19h15, 21h45 (3D/dub/diariamente); Cinépolis

Ponta Negra 9 – 17h40 (leg/diariamente), 22h40 (leg/somente sábado e domingo), 15h, 20h10 (dub/diariamente); Kinoplex 1 – 16h40, 19h05, 21h30 (dub/diariamente).

Poltergeist - O Fenômeno: EUA. 12 anos. Cinemark 3 – 14h (dub/diariamente); Cinépolis Plaza 6 – 15h, 17h15, 19h45, 22h (dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 10 – 19h20 (leg/diariamente).

Mad Max – Estrada da Fúria: AUS. 16 anos. Cinépolis Millennium 3 – 14h30 (3D/leg/somente sábado e domingo); Cinépolis Plaza 3 – 14h45 (3D/dub/somente sábado e domingo); Cinépolis Ponta Negra 10 – 14h30 (leg/somente sábado e domingo).

Os Vingadores 2 – A Era de Ultron: EUA. 16 anos. Kinoplex 1 – 13h55 (dub/diariamente).

CONTINUAÇÃO

Divertida Mente: EUA. Livre. Crescer pode ser uma jornada turbulenta, e com Riley não é diferente. Ela é retirada de sua vida no meio-oeste americano quando seu pai arruma um novo emprego em São Francisco. Como todos nós, Riley é guiada pelas emoções – Alegria (Amy Poehler), Medo (Bill Hader), Raiva (Lewis Black), Nojinho (Mindy Kaling) e Tristeza (Phyllis Smith). As emoções vivem no centro de controle dentro da mente de Riley, onde a ajudam com conselhos em sua vida cotidiana. Conforme Riley e suas emoções se esforçam para se adaptar à nova vida em São Francisco, começa uma agitação no centro de controle. Embora Alegria, a prin-cipal e mais importante emoção de Riley, tente se manter positiva, as emoções entram em confl ito sobre qual a melhor maneira de viver em uma nova cidade, casa e escola. Cinemark 3 – 19h30 (3D/dub/somente terça-feira); Cinépolis Millennium 4 - 20h (3D/leg/somente terça-feira); Cinépolis Ponta Negra 4 – 21h20 (3D/leg/somente terça-feira).

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros: EUA. 14 anos. No Jurassic Park, o público pode conferir shows acrobáticos com dinossauros e até passear perto deles, já que agora estão domesticados. Entretanto, a equipe chefi ada pela doutora Claire passa a fazer experiências genéticas com estes seres, de forma a criar novas espécies. Uma delas logo adquire inteligência bem mais alta, logo se tornando uma grande ameaça para a existência hu-mana. Cinemark 4 – 16h30, 19h20 (3D/dub/diariamente), Cinemark 6 – 12h45, 15h30, 18h20, 21h10 (3D/dub/diariamente), 0h (3D/dub/somente sexta-feira e sábado), Cinemark 7 – 11h40 (dub/somente sábado e domingo), 14h30, 17h20, 20h20 (dub/diariamente), 23h10 (dub/somente sexta-feira e sábado); Cinépolis Millennium 1 – 14h (3D/leg/somente sábado e domingo), 16h45, 19h30, 22h15 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Millennium 3 – 17h30, 20h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Millennium 8 – 18h30 (3D/dub/diariamente), 15h45, 21h15 (3D/leg/diariamente); Cinépolis Plaza 1 – 14h (3D/dub/somente sábado e domingo), 16h45, 19h30, 22h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 2 – 13h (3D/dub/somente sábado e domingo), 15h45, 18h30, 21h15 (3D/dub/diariamente), Cinépolis Plaza 3 – 17h30, 20h15 (3D/dub/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 1 – 14h40, 23h (3D/leg/somente sábado e domingo), 17h30, 20h20 (3D/leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 4 – 13h (3D/dub/somente sábado e domingo), 15h50, 18h30 (3D/dub/diariamente), 21h20 (3D/dub/exceto terça-feira); Cinépolis Ponta Negra 5 – 14h (3D/dub/somente sábado e domingo), 19h30 (3D/dub/diariamente), 16h40, 22h10 (3D/leg/diariamente); Kinoplex 3 – 16h, 18h40, 21h20 (3D/dub/diariamente), 13h30 (3D/dub/somente sábado e domingo), Kinoplex 5 – 15h30, 20h50 (3D/dub/diariamente), 13h (3D/dub/somente sábado e domingo), 18h10 (3D/leg/diariamente).

Deixa Rolar: EUA. 14 anos. Escritor que não acredita no amor é desafi ado pelo chefe a escrever uma comédia romântica. Tudo vai bem até ele conhecer uma linda mulher que muda a sua forma de pensar. Cinépolis Millennium 2 – 15h30 (leg/diariamente), Cinépolis Millennium 6 – 19h (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 16h30, 22h (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 7 – 13h20 (leg/somente sábado e domingo), 18h (leg/diariamente).

Sob o Mesmo Céu: EUA. 12 anos. Após fracassar em uma missão, o militar Brian Gilcrest (Bradley Cooper) é enviado de volta para o Havaí, sua terra natal, para supervisionar o lançamento de um satélite. Lá, ele se reaproxima de um amor do passado, ao mesmo tempo que começa a se apaixonar por uma piloto da Força Aérea. Cinemark 2 – 13h20, 15h50, 18h30 (dub/diariamente), 21h (dub/exceto quarta-feira), 23h40 (dub/so-mente sexta-feira e sábado); Cinépolis Millennium 6 – 14h15 (leg/somente sábado e domingo), 16h30, 21h45 (leg/diariamente); Cinépolis Ponta Negra 3 – 13h50 (leg/somente sábado e domingo), 19h30 (leg/diariamente), Cinépolis Ponta Negra 7 – 15h30, 20h30 (leg/diariamente).

PRÉ-ESTREIA

ESTREIAS

REGI

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

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Anitta na Festa dos Visitantes

A secretária de Cultura de Parintins, Sinatra Santos, con-fi rmou que a funkeira Anitta é a atração nacional da Festa dos Visitantes do Festival Fol-clórico de Parintins. No fi nal de semana, o secretário-exe-cutivo adjunto do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), coronel Dan Câmara, esteve em Parintins para uma vistoria no estádio Tupy Cantanhede onde acontecerá a festa, mar-cada para o próximo dia 25.

Ele informou que o Esta-do elaborou um plano tático

para segurança tanto da fes-ta quanto do festival em si. O comandante do Corpo de Bombeiros, Alexandre Freitas, também participou da vistoria e disse que os principais pon-tos verifi cados foram a saída de emergência e outras áreas de acesso ao estádio.

A cantora Anitta já postou em seu site ofi cial que estará no próximo dia 25 no Amazo-nas conhecendo as belezas da terra dos bumbás. O prefeito de Parintins, Alexandre da Carbrás, também confi rmou a vinda da cantora.

“Eu estive em Manaus no início da semana para uma

conversa com o governa-dor José Melo e justamente cuidando dos preparativos fi nais para a Festa dos Vi-sitantes e aí vamos ter a cantora Anitta. Está confi r-madíssimo”, afi rmou.

Segundo o prefeito o even-to acontece porque o gover-no do Estado ajuda o municí-pio e, mesmo com a redução dos gastos com o evento, está havendo grandes in-vestimentos. “O governador José Melo foi sensível mais uma vez à nossa realidade. Sou muito grato por isso e com ajuda de Deus vamos ter uma grande festival”.

PARINTINS

DIVULGAÇÃO

A funkeira estará na Festa dos Visitantes, marcada para o dia 25, no estádio Tupy Cantanhede

TADEU DE SOUZAEquipe EM TEMPO

Juca Semen mais uma vez acertou. O show “Divas” com Luiza e Zizi Possi foi irretocável, perfeito, assinado pela sua Sunset. Uma noite embalada pelos sucessos que levaram ao delírio o público no Dulcila da Ponta Negra. Zizi, dona de voz marcante – repartindo a cena com a talentosa filha Luiza – fez do evento um momento divinal, único. Quem foi adorou!

ShowzaçoA Prefeitura de Manaus pro-

moveu um show todos especial de boas-vindas aos membros do Instituto Internacional de Tea-tro, que estão na cidade para definir detalhes do Congresso que acontece em junho do ano que vem na cidade. A comitiva foi recebida pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, que destacou o papel do evento, deixando mais uma vez Manaus em evidência para o mundo. A festa foi em-balada pelo canto e encanto do Grupo Imbaúba.

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Encerra hoje a visitadíssima Feira de Artesanato do Manaus Plaza Sho-pping. O lugar transpira artesanato de produtos reciclados. Por lá, vocês terão a oportunidade de conferir a exposição dos trabalhos de cinco ar-tesãs do Amazonas. A feira acontece no térreo do centro de compras.

Vale conferir

O governo do Amazonas, por meio da Afeam, lançará em Itacoatiara, amanhã, o programa estadual de microcrédito Banco do Povo. Criado pelo governador José Melo, o pro-grama é voltado aos trabalhadores autônomos, microempreendedores individuais, profissionais liberais, produtores rurais e micro e pequenas empresas. O BP objetiva incentivar o empreendedorismo em atividades produtivas que gerem trabalho e ren-da, por meio de crédito orientado aos visionários que queiram iniciar, man-ter ou ampliar seu próprio negócio em todo o Estado do Amazonas.

Incentivo importante

, DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2015

Encerra hoje a visitadíssima Feira de Artesanato do Manaus Plaza Sho-pping. O lugar transpira artesanato de produtos reciclados. Por lá, vocês terão a oportunidade de conferir a exposição dos trabalhos de cinco ar-tesãs do Amazonas. A feira acontece no térreo do centro de compras.

Jander [email protected] - www.jandervieira.com

Zizi e Luiza Possi com o anfi trião Juca

Mônica Santaella e Bonates Jr.

Antonio Silva e sua Norma

Regi Aquino e Ronney Peixoto

Graça Assis, Cleide Ave-lino e Valdenice Garcia

Manoel Netto e Mônica Bonfi m

Andréa Medeiros e George Tasso

Silvia Tuma e Lu-percino Nogueira

Marcelo Simões e sua Vera

Marcus Hoaegen e sua Meg

Protázio Botelho e Rebeca Lima

Eliane Schneider e Norma Araújo

Selma Reis mais Sérgio Martins e sua Márcia

Naira e Antonio Norte Filho

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Page 32: EM TEMPO - 14 de junho de 2014

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