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MÁX.: 37 MÍN.: 26 TEMPO EM MANAUS FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. O JORNAL QUE VOCÊ LÊ ANO XXVIII N.º 8.923 DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015 PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO emtempo.com.br PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 O EM TEMPO divulgou em sua edição de sábado (24), a revista “Manaus 346, velhos endereços, novos destinos”, buscando resgatar e apresentar aos leitores o desenvolvimento da cidade nas últimas décadas. Dia a dia C6 EM TEMPO lança revista 950 vagas de empregos no INSS e 14 no TJAM A menos de dois meses do prazo limite para o lançamento do concurso com 950 vagas, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já está em fase de elaboração do edital. Os vencimentos iniciais serão de R$ 5.436,27 para nível médio e R$ 8.081,42 para o superior. Já o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) abre nesta terça-feira (3), as vagas para o concurso que vai oferecer 14 vagas para os níveis fun- damental e médio. Os salários iniciais oferecidos ficam entre R$ 3,7 mil e R$ 5,5 mil. Jornal dos Concursos A revista fez sucesso entre os admiradores da capital, como por exemplo, a profissional de Relações Públicas Márcia Mazetto As araras representam todo poder da diversidade da fauna e da flora amazônica Jemerson e Fagner disputam a bola em lance do jogo Corinthians e Atlético Mineiro IONE MORENO FAUNA Sua beleza, voo, singularidade e a força que representam na Amazônia fazem das araras pássaros-símbolo do que o Amazonas tem de mais exuberante. Voando quase sempre em dupla, macho e fêmea simbolizam um dos comportamentos mais discutidos entre homens e mulheres: a fidelidade. Dia a dia C4 e C5 Araras são cartão-postal da natureza amazônica ANIVERSÁRIO IONE MORENO BRASILEIRO Líder do Brasileiro, o Corin- thians pode se sagrar cam- peão antes da rodada final do torneio. Para isso basta em- patar, hoje, com o vice–líder, Atlético Mineiro. Pódio E1 Timão joga hoje com a mão na taça DIVULGAÇÃO Halloween é uma festa ce- lebrada todo ano no dia 31 de outubro. No Brasil, é recente. Chegou ao nosso país por meio da grande influência da cultura americana. CURUMIM Halloween, cultura que veio dos EUA TRAGÉDIA Avião russo cai no Egito e mata 224 Um Airbus A321 da companhia aérea russa Kogalymavia caiu na madrugada deste sábado (31) na península de Sinai após decolar de uma cidade no Egito. Ele tinha 224 pessoas a bordo e não há sobreviventes. Última Hora A2 REPRODUÇÃO Equipe de resgate chega na penísula de Sinai onde o Airbus A321, russo, caiu ao decolar do Egito. Não houve sobreviventes

EM TEMPO - 1º de novembro de 2015

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 1º de novembro de 2015

MÁX.: 37 MÍN.: 26TEMPO EM MANAUSFALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700

ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

O JORNAL QUE VOCÊ LÊ

ANO XXVIII � N.º 8.923 � DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015 � PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES � DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

emtempo.com.br

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

O EM TEMPO divulgou em sua edição de sábado (24), a revista “Manaus 346, velhos endereços, novos destinos”, buscando resgatar e apresentar aos leitores o desenvolvimento da cidade nas últimas décadas. Dia a dia C6

EM TEMPO lança revista

950 vagas de empregos no INSS e 14 no TJAM

A menos de dois meses do prazo limite para o lançamento do concurso com 950 vagas, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já está em fase de elaboração do edital. Os vencimentos iniciais serão de R$ 5.436,27 para nível médio e R$ 8.081,42 para o superior. Já o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) abre nesta terça-feira (3), as vagas para o concurso que vai oferecer 14 vagas para os níveis fun-damental e médio. Os salários iniciais oferecidos ficam entre R$ 3,7 mil e R$ 5,5 mil. Jornal dos Concursos

A revista fez sucesso entre os admiradores da capital, como por exemplo, a profissional de Relações Públicas Márcia Mazetto As araras representam todo poder da diversidade da fauna e da fl ora amazônica

Jemerson e Fagner disputam a bola em lance do jogo Corinthians e Atlético Mineiro

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Sua beleza, voo, singularidade e a força que representam na Amazônia fazem das araras pássaros-símbolo do que o Amazonas tem de mais exuberante. Voando quase sempre em dupla, macho e fêmea simbolizam um dos comportamentos mais discutidos entre homens e mulheres: a fi delidade. Dia a dia C4 e C5

Araras são cartão-postal da natureza amazônica

ANIVERSÁRIO

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BRASILEIRO

Líder do Brasileiro, o Corin-thians pode se sagrar cam-peão antes da rodada final do torneio. Para isso basta em-patar, hoje, com o vice–líder, Atlético Mineiro. Pódio E1

Timão joga hoje com a mão na taça

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AÇÃO

Halloween é uma festa ce-lebrada todo ano no dia 31 de outubro. No Brasil, é recente. Chegou ao nosso país por meio da grande influência da cultura americana.

CURUMIM

Halloween, cultura que veio dos EUA

TRAGÉDIA

Avião russo cai no Egito e mata 224

Um Airbus A321 da companhia aérea russa Kogalymavia caiu na madrugada deste sábado (31) na península de Sinai após decolar de uma cidade no Egito. Ele tinha 224 pessoas a bordo e não há sobreviventes. Última Hora A2

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Equipe de resgate chega na penísula de Sinai onde o Airbus A321, russo, caiu ao decolar do Egito. Não houve sobreviventes

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Page 2: EM TEMPO - 1º de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015A2 Ultima horaUltima horaAvião russo com 224 pessoas cai no EgitoAeronave seguia para São Petersburgo, quando desapareceu dos radares 20 minutos após decolar de balneário egípcio

AFP

Mulher busca informações sobre o acidente com o airbus A321, no aeroporto de São Petersburgo. Não há confi rmação de sobreviventes

Um avião russo com 224 passageiros caiu neste sábado na península do Si-

nai, no Egito. A informação foi confi rmada pelo órgão egípcio da aviação civil. Uma autoridade que foi até o local disse que aparentemente o acidente matou a maioria dos passageiros.

O Airbus A321 da companhia russa Kogalymavia voava do balneário egípcio de Sharm el-Sheikh para São Peters-burgo, quando caiu em uma desolada região montanhosa no centro da península do Sinai logo após o amanhecer, disse o Ministério da Aviação.

A autoridade de segurança que foi até o local disse à Reu-ters por telefone que as equi-pes de busca ouviram vozes em uma seção da aeronave.

“Agora vejo uma cena trá-gica. Um monte de mortos no chão e muitos morreram ainda atados a seus assen-tos”, afirmou o oficial, que pediu anonimato.

“O avião foi dividido em dois, uma parte pequena na extremidade da cauda que queimou e uma parte maior que colidiu com uma rocha. Tiramos pelo menos 100 cor-pos e o resto ainda está no

interior”, acrescentou.O Sinai é local de insurgência

de militantes que apoiam o Es-tado Islâmico. Os rebeldes ma-taram centenas de soldados e policiais egípcios e também atacaram alvos ocidentais nos últimos meses.

Uma emissora de televisão russa mostrou imagens de parentes e amigos desespe-rados em busca de informa-ções no aeroporto de Pulko-vo, em São Petersburgo.

CausasA Rússia lançou ataques aé-

reos contra grupos de oposi-ção síria, incluindo o Estado Islâmico, no dia 30 de setem-bro. O ministro da Aviação Civil, Mohamed Hossam Ke-mal, disse que ainda é cedo para determinar as causas do acidente, mas as forças de segurança disseram não ver indícios imediatos de que o Airbus tenha sido abatido ou que tenha explodido.

O avião decolou às 5:51 do horário local e desapare-ceu dos radares 23 minutos depois, afirmou o Ministério da Aviação em comunicado. A aeronave estava a uma altitude de 31 mil pés (9.400 metros) quando sumiu da tela dos radares.

O ex-deputado estadual Marcelo Ramos (PR) assumiu ontem a presidência municipal do Partido da República (PR), juntamente com a ex-vereado-ra Mirtes Salles, que assumiu a presidência do PR Mulher Municipal. Segundo Marcelo, o partido tem uma proposta de mudar a política de Manaus e trazer melhorias públicas à capital. Ele também frisou que o PR tem como principal ob-jetivo nas eleições de 2016, dar mais representatividade às mulheres na política.

“Não vamos trazer mulheres apenas para compor a chapa, queremos que elas sejam parte da política municipal, estadu-al e nacional e não apenas como uma obrigação trazida por uma lei. É inadmissível termos poucas mulheres na Câmara Municipal de Manaus (CMM), vamos trabalhar para que elas estejam presentes na política”, disse Marcelo.

O ex-deputado aproveitou a ocasião para criticar a ad-ministração do prefeito Ar-thur Virgílio Neto (PSDB). Para Marcelo não dá para arrumar o Centro e deixar de lado as zonas mais distantes aban-donadas. “Nós teremos uma administração que vai cuidar das políticas públicas, que vai cuidar do cidadão, que vai be-nefi ciar a população como um todo”, declarou.

Presidente nacional da si-gla, o deputado federal Alfredo Nascimento esteve presente à cerimônia e afi rmou que Marcelo o surpreende a cada dia, além de garantir que dará autonomia para que Ramos conduza sua candidatura a prefeito no pleito de 2016. Ele também criticou a atual gestão municipal.

“Quando eu era prefeito, eu tinha muito menos. O Arthur tem que parar de depender do governo federal e começar a trabalhar com o dinheiro que tem”, afi rmou.

Quatro homicídios foram registrados pela Delegacia Especializada de Homicí-dios e Sequestros (DEHS), durante a noite de sexta-feira e a madrugada de ontem. Com exceção de um dos casos nos demais as vítimas foram assassinadas por arma de fogo. As inves-tigações preliminares dos casos já se iniciaram.

O primeiro registro acon-teceu por volta das 19h de sexta-feira, na avenida Chico Mendes, bairro Colô-nia Terra Nova, Zona Norte, onde um homem de nome não identifi cado, foi morto com vários disparos pelo corpo, no momento em que consertava uma motocicle-ta em uma ofi cina.

Três horas depois, o es-toquista Alex Bruno Malta Fontes, 20, também foi mor-to com vários tiros pelo cor-

po, na frente da esposa, no beco São Pedro, Compensa 2, Zona Oeste, onde o casal morava. A vítima ainda che-gou a ser levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias, mas não re-sistiu aos ferimentos.

Na madrugada de sábado, na rua Comendador JG de Araújo, bairro Santo Antônio, um homem não identifi ca-do, até o fechamento desta edição, foi assassinado a facadas. Segundo a polícia, populares encontraram o corpo e acionaram o Samu, que o encaminhou ao SPA do São Raimundo.

O estudante Andrew Oli-veira Corrêa, 18, foi morto com quatro tiros, no momen-to em que saía de casa para jogar futebol com um amigo. O crime aconteceu à meia-noite de sábado, na rua 6, do bairro São José 2, Zona Leste.

ELEIÇÕES 2016 POLÍCIA

Ramos assume o PR Municipal Manaus registra quatro homicídios em 24 horas

HENDERSON MARTINSMICHELLE FREITAS

Um manifesto contra a corrupção reuniu, aproxi-madamente, 60 pessoas, do grupo “Por Amor”, na manhã de ontem, na praça Heliodoro Balbi, Centro. A proposta do evento é coletar 1,5 milhão de assinaturas e encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF/AM).

“O Amazonas tem que conseguir 650 assinaturas e vamos coletar isso junto a

sociedade civil. O projeto foi criado há um ano e é com-posto por voluntários das áreas de saúde e educação, pessoas essas que estão unidas e inconformadas com a corrupção”, informou o assessor do procurador-chefe do MPF/AM, Sóstenes Leite. Segundo ele, as mobi-lizações acontecem até o dia 9 de dezembro, Dia Mundial Contra a Corrupção.

Manifesto contra a corrupção

Marcelo Ramos afi rma que o PR tem novas propostas para a capital

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015A3OpiniãoOpinião

O plenário da Assembleia Legislativa aprovou nesta quinta-feira 29, depois de um patético desfi le de piadistas, entre outras urgências, a Festa do Peão Boiadeiro, como Patrimônio Cultural do Amazonas. Por que não? Que mal (ou bem) fará? Depois do sucesso incontor-nável do Festival Folclórico de Parintins, que transformou o bumba-meu-boi nordestino em boi-bumbá, substituindo a narrativa do auto popular por uma sucessão de pontos de exclamação, todo “promoter” ribeirinho sonha com um boi para chamar de seu. Um boi e, agora, um boiadeiro.

O boi de Parintins conseguiu o impossível: influir em uma festa tradicional paraense, o Çairé, que adotou a disputa entre dois botos, da mesma maneira que o Festival do Peixe Ornamental, de Barcelos, se realiza, animado pelo mesmo espírito das toadas parintinenses, ou “parintinas”, como já quiseram cunhar. Não faz muito tempo que, em Manaus principalmente, uma intelectualidade se dedica à invenção de tradições as mais desenraizadas. E não é uma exclusividade de nichos populares, envolvidos, de alguma maneira, com expressões culturais e artísticas.

Mesmo entre grupos da elite tem sido comum ouvir que certas atividades empresariais e determinadas famílias são tradicionais, com apenas 10 ou 20 anos de residência ou domicílio no Estado. Tradições saem dessas linhas de montagem, como se fossem produtos do Polo Industrial de Manaus, com certificado de autenticidade e tudo (como agora, na aprovação da festa do boiadeiro pelo Legislativo estadual). É destaque entre a fabricação de patrimônios culturais a supremacia bovina. Sim, logo o boi que, pela tradição (não é disso que se trata?), não tem nada a ver com a região. Até porque para se ter o boi é necessário começar uma queimada.

Tesouradas

Mas os cortes continuam acontecendo em vários seto-res. A redução do horário do expediente, por exemplo, já gerou redução de R$ 34 mil mensais na conta de energia elétrica.

Nada de coquetel

Também foram cortados contratos na ordem de R$ 650 mil e bufês e homenagens em torno de R$ 500 mil.

Queda na babita

A Aleam teve queda de R$ 12 milhões nos repasses, so-mados os últimos três meses.

O bicho te pega!

Em um encontro, o empre-sário José Nasser, ex-presi-dente da Fieam e um dos maiores construtores do Amazonas –, no elevador, a um jornalista perguntou:

— E aí, tudo bem?— Muito trabalho, muito

sufoco...— O senhor não acha que

já trabalhou muito, que já ganhou muito dinheiro e está na hora de ir curtir a vida?

— O problema é que a gente cria um monstro e tem que alimentá-lo todo dia, senão ele te devora!

Prepare o bolso

O aumento absurdo de quase 40% na taxa de energia elétrica, anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na última terça-feira, vai in-comodar os amazonenses a partir do dia 1º de novembro.

40 em nós!

Sobre o aumento abusivo, o deputado Serafim Corrêa (PSB) não poderia ser mais irônico.

— O que teria levado o governo federal a escolher o número 40 no reajuste da tarifa de energia? Será que é porque gostam do meu partido? Isso é ruim – criticou o deputado Serafim Corrêa (PSB).

Melhor com o PRB

Sarafa foi mais além na sua “numerologia” para ex-plicar o aumento exagerado do governo na conta de luz.

— Eu preferia que gostas-sem do partido do deputado Carlos Alberto (PRB) que é o número 10, sendo assim o reajuste seria de apenas 10%.

Pior com Melo

Mas deduziu que a coisa seria muito pior se o Minis-tério da Minas e Energia, Anaeel e a Eletrobras/Ama-zonas Energia decidissem homenagear o Pros, que é o partido do governador José Melo.

— A subida seria de 90%.

Brincadeirinha

Logo em seguida, Sarafa mudou o tom do discurso para falar de forma séria:

— Brincadeiras à parte, é um absurdo esse aumento que vamos pagar na tarifa!

E se...

Serafim também disse que, se o aumento se es-

tendesse a outros serviços, haveria quebra-pau.

— Vocês já imaginaram se o prefeito de Manaus desse 40% no aumento da tarifa de ônibus, o quebra-quebra que iria ser feito? –, comparou.

Fala que eu te escuto

O deputado do PSB encer-rou dizendo que o governo federal precisa mostrar o lado da verdade.

— A história está mal contada –, cutucou Sarafa.

Dez anos no escuro

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, soltou uma informação que não deve ter deixado os nor-destinos lá muito otimistas.

Durante audiência públi-ca na Comissão Mista de Mudanças Climáticas para debater a matriz energética do país, nesta quinta-feira (29), disse que o Nordeste enfrenta um tipo de seca chamado “Ciclo do São Francisco”.

— O ciclo, já identificado por vários institutos, deverá perdurar por um período de dez anos.

Só faltam cinco Segundo o ministro, a re-

gião está entrando no seu quinto ano de seca, o que poderá agravar ainda mais a situação dos reservatórios da região.

Quer dizer, só faltam cin-co anos para os nordestinos saírem do sufoco energético!

As medidas de contenção de despesas adotadas pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Josué Neto (PSD), já têm como primeiro efeito positivo a não demissão de servidores do Legislativo.

Com o corte de gratificações, horas extras e grupos de trabalho, num total de R$ 4,5 milhões, foi possível manter o funcionalismo sem alterações.

Sabendo poupar, não vai faltar!

A supremacia bovina [email protected] | [email protected]

Contexto3090-1017/8115-1149

VAIAS APLAUSOS

Para a diferença de preços de produtos nos supermercados de Manaus. Nesta sexta-feira, enquanto o sabão em pó custava R$ 3,40 em um, o mesmo sabão, da mesma marca, num outro supermercado famoso estava custando a bagatela de R$ 5.

Disparidade de preços DIVULGAÇÃO

Para o Instituto Bill Gates, que está fi nanciando o desenvolvimento das “super-bananas” geneticamente modifi cadas. O diferencial dessas frutas está na introdução de betacaroteno, que é uma substância fundamental para que o nosso organismo possa produzir vitamina A.

‘Superbananas’wDIVULGAÇÃO

[email protected]

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPOHá muito dá para notar que o povo brasileiro, pelo menos nos estratos sociais menos aquinhoados de poder econômico, confunde regime demo-crático, aspiração à justiça social e direitos políticos, com paternalismo e assistencialismo de Estado.

Fundamental culpa dos políticos que, na caça aos votos, assumem o que se designa como populismo, uma forma de ludibriar o eleitorado, quando propagam que o povo tem somente direitos, tudo pode exigir de um Estado que somente está aí para satisfazer suas necessidades, que por muitas vezes nem chegam a sê-lo e se resumem em aspirações transmudadas em tais.

Não estou, evidentemente, a me referir aos fundamentais direitos à Saúde, à Educação, à Segurança. Nem mesmo àqueles que, mesmo não sendo ofertados diretamente pelo poder público, como o transpor-te coletivo, o fornecimento de água e de energia, entre outros, constituem necessidades fundamentais e se dão através de concessões a pessoas jurídicas, públicas e privadas. Não há como ignorar as carências reais de um povo que convive com um dos mais precários índices de desenvol-vimento humano (IDH) do planeta.

Acontece que o estilo populista de fazer política corrompe a pró-pria Política, no bom sentido legado pelos gregos, vinculado à gestão da cidade (polis) e dos seus cidadãos. Além de desvirtuar a Política, o jeito populista de governar redunda num embuste contra a sociedade. Não sempre, mas não há muito tempo, uma linhagem de políticos populis-tas fez escola entre nós e plantou uma herança que ainda se faz sentir.

Temos hoje um prefeito que sem-pre se apresentou como um político de atitudes claras e que fez da coragem cívica uma nítida marca da sua vida pública. Precisamente

por isso uma pergunta se faz, no sentido de saber se haverá um bom caminho para legitimar e preservar as atividades clandestinas e extorsi-vas de centenas de habitantes das ruas que se veem com o “direito” de cobrar dos outros pelo uso do espaço público. Este o fato a retar-dar a implantação do projeto “zona azul”, que trará em si o mérito de distribuir equitativamente o uso das vagas de estacionamento.

Em relação a outras penas que pesam sobre o alcaide, delas não haverá falta, mas sim de espaço suficiente para enunciá-las. Por exemplo, um fato real e anualmen-te repetido, que os jornais não se cansam de divulgar. No momento em que as águas dos rios baixam com maior velocidade e, com elas, também os igarapés que cortam a cidade põem-se a secar, apa-rece com toda a força o mundo de lixo que a população lançou sem pena nos riachos.

Fecha-se então o círculo em que os cidadãos entulham os córregos de detritos de todos os tamanhos e de todas as naturezas e passam a exigir que a Prefeitura venha a retirar as centenas de toneladas de dejetos, como se essa fosse a sua obrigação e a mais natural das ações. Dá para imaginar quantas creches poderiam nascer dos recursos tão mal gastos.

E quanto aos indisciplinados e infringentes “micro-ônibus-espe-ciais”, cujo surgimento bem sabemos em qual gestão se deu, afi nal, irá o prefeito reduzi-los à quantidade em que passem de estorvo a utilidade? Mais ou menos a mesma avaliação poderá ser usada na busca de um ponto de justeza a ser aplicado à multidão de “mototáxis” que tumul-tua a cidade. Enfi m, esperemos que se inspire o prefeito, para privilegiar o bem-estar da coletividade e não os interesses de grupos restritos.

É hora, prefeito [email protected]

João Bosco Araújo

O estilo po-pulista de fazer política corrompe a própria Polí-tica, no bom sentido lega-do pelos gre-gos, vinculado à gestão da cidade (polis) e dos seus ci-dadãos. Além de desvirtuar a Política, o jeito populista de governar redunda num embuste. Não há muito, uma linhagem de populistas fez escola entre nós”

Editorial [email protected]

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015A4 OpiniãoOpinião

Frase

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano

de Manaus

MÁRCIO MELO

Paineleconômica é o fato de a presidente Dilma Rousseff ter adotado uma forma de governo diferente da do ex-presidente Lula.

Lula lá Para 38% da po-pulação, o Brasil estaria em situação melhor se admi-nistrado por Lula. Já entre aqueles com ensino superior, 47% afirmam que a crise é consequência de Dilma ter continuado a forma de go-verno do antecessor.

Foco? A bancada tucana definiu que só baterá o pé por um dos três pontos que incomodam na prorrogação da DRU: o aumento de 20% para 30%. Os outros dois –uso de fundos constitucio-nais e extensão da medida para além de 2016–não são cruciais.

Prejuízo Deve ficar em R$ 900 mil o custo da auditoria encomendada pelo PSDB nas urnas eletrônicas de 2014.

Estratégia Os advogados de Marcelo Odebrecht deci-diram que o depoimento do empreiteiro ao juiz Sergio Moro seria por escrito para evitar “margem a qualquer questionamento”.

Blindagem A defesa tam-bém quis evitar a possível postura arrogante do em-preiteiro, conhecido pelo temperamento forte.

Refúgio O secretário Flo-riano Pesaro vai propor a Geraldo Alckmin que trans-forme uma das 25 escolas fechadas na capital paulista em uma casa para abrigar imigrantes.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Em meados de seu primeiro mandato, Dilma Rousseff termina uma solenidade no Palácio do Planalto e se depara com Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, no eleva-dor. Ciente de que os rumores de estremecimento entre os dois circulavam fortemente já naquela época, a presidente faz uma revelação para demonstrar justamente o contrário.–Meirelles, explica aqui pro pessoal que eu te vi de pijama –diz Dilma.–Presidente, explica que era uma viagem internacional no avião do Lula. E que não era exatamente um pijama. Era um moletom –solta Meirelles, constrangido.

Amigos íntimos

TIROTEIO

Lula não terá seu “Diários da Presidência” porque constata-se hoje que os relatos de seu período são impublicáveis.

DO DEPUTADO SAMUEL MOREIRA  PSDB�SP�, sobre o ex-presidente FHC ter lançado o primeiro livro de registros dos oito anos em que presidiu o Brasil.

A cúpula da Câmara usa cargos criados para prestar assessoramento técnico ao comando da Casa para inflar gabinetes de aliados. Dos 288 postos existentes para auxiliar a Mesa Diretora, 138 foram cedidos a correligio-nários. Muitos estão lotados em outros gabinetes. Outros atuam nos escritórios políticos dos congressistas nos Estados. O desvio de função tornou-se oficial em julho, após o presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pautar uma resolução ao plenário autorizando o troca-troca.

Wally Um dos casos é o de Luiz Fernando Lacerda, assessor de Carlos Sampaio (PSDB-SP). Originário do gabinete de Cunha, ele é lotado na Terceira Secretaria da Mesa, mas fi ca em Campinas, no escritório político do tucano. Perguntado a qual gabinete pertence, ele afi rma: “Não sei exatamente. Melhor perguntar ao deputado”.

Pizza A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), terceira secretária da Casa, diz ter procurado Carlos Sampaio para resolver o problema. “O funcionário tem de estar em Brasília” para não haver irregularidade. “Ele é um mais ou menos, é meia calabresa, meia margherita”.

Foi mal Não foi tran-quilo o encontro ultrarre-servado entre a presiden-te Dilma e o ex-ministro Antonio Palocci. Relatos dão conta de que houve momentos tensos durante a reunião que ocorreu na semana passada.

Palpite Interlocutores afirmam que Palocci foi à Granja do Torto para dar explicações acerca da acusação de um dos dela-tores da Lava Jato de que testemunhou um acerto de dinheiro, supostamen-te ilícito, para a campanha presidencial de 2010. O ex-ministro refuta essas alegações.

Por aqui Nem preci-sa de empurrãozinho do PT. Amigos atestam que Dilma não anda nada fe-

liz “com o estilo PF” de apurar.

Antiaéreo Pelo sim, pelo não, policiais que in-tegram postos de coman-do na instituição esperam forte reação após a ação contra um dos filhos de Lula. “Precisamos prote-ger a corporação”, diz.

Faroeste Advogado do PT, Flávio Caetano dispa-ra contra os adversários tucanos. “Então o PSDB troca 80% dos recibos eleitorais, não responde a problemas apontados pelo TSE e acha má-fé um pedido de investigação?”

Dilma x Lula Pesqui-sa do Ibope Inteligência, feita em outubro, mostra que, para 57% dos bra-sileiros, a razão da crise

Há duas semanas, numa manhã ensolarada o papa canonizou qua-tro novos santos. Canonizar quer dizer colocar na lista daqueles que a Igreja considera dignos de ser apresentados como modelo de vida cristã e que podem ser invo-cados como intercessores. Antes de chegar a este ponto eles já tinham sido declarados venerá-veis a partir do reconhecimento da heroicidade de suas virtudes.

Milagres foram alcançados por sua intercessão e foram beatifica-dos. Portanto, aquela celebração era de fato uma grande ação de graças pela vida de cada uma daquelas pessoas e tratava-se do reconhecimento de que no seguimento de Jesus elas ultra-passaram os limites, e por isso mereciam a honra dos altares.

Olhando mais de perto as suas vidas, o que vemos são pessoas que tiveram uma vida verdadei-ramente humana. Criaturas novas em Cristo recuperaram o brilho que o pecado tira da nossa real identidade. Pela primeira vez, um casal foi canonizado. Foram os pais de Santa Terezinha do Me-nino Jesus. De maneira explicita, a Igreja reconheceu a vida con-jugal como caminho de realiza-ção pessoal e de seguimento de Jesus. A santidade é muito mais normal do que imaginamos. Se a santidade divina manifesta-se na sua perfeição, a humana se dá dentro dos limites de quem é criatura. Uma criatura que reflete o Criador porque é fruto do seu amor. Quantos casais dão a vida pelos filhos e gastam todas as energias na sua criação.

Quantas mães se anulam para que fi lhos e fi lhas possam viver com mais dignidade. Quantas mulheres aceitam com amor fi lhos que não queriam e que foram gerados sem

seu consentimento. Quanto heroís-mo no dia a dia. Por isso, a Igreja hoje celebra todos os santos, esta multidão imensa que participa da vida divina como consequência das opções e caminhos trilhados neste mundo. Se não fossem os santos e as santas anônimos ele teria se autodestruído. São eles e elas que sustentam a vida e a tornam possível.

No livro do Apocalipse, o vidente vê uma grande multidão vestida de branco em volta do Cordeiro imolado e vencedor. Ao perguntar quem são eles, é informado que são os que lavaram as vestes no seu sangue partilhando a sua morte violenta. A História está povoada de holocaustos e genocídios. Di-fi cilmente, se achará um período de paz prolongada e generalizada. Hoje, também é dia de tomar consciência desta triste realidade, ao mesmo tempo proclamando a certeza de que esta multidão é vencedora e que a História não termina aqui, mas é assumida por Deus que em Cristo a inverte.

Um outro aspecto importante desta memória é a tomada de consciência de que a humanidade tem um passado e um futuro. Se somos o que somos, devemos isto sobretudo aos santos que defenderam a vida e a viven-do com dignidade construíram o que estamos vivendo. Por outro lado, proclamamos que o jul-gamento da História aconteceu em Cristo e se manifestará em plenitude quando Ele vier para julgar vivos e mortos.

Ao proclamar o Evangelho a Igreja em todos os tempos insiste na vocação humana a santidade, que pode ser traduzida como liber-dade e verdadeira humanidade. Humanidade que nos foi revelada em Jesus, o Santo.

Todos os Santos [email protected]

Dom Sérgio Eduardo Castriani

OLHO DA [email protected]

Está com calor? Então, veja como seria mais fácil mergulhar em um igarapé, dentro dos limites de Manaus. Esse desastre ecológico é a extinta Ponte da Bolívia; logo depois dela, a Polícia Rodoviária pergunta o que você vai fazer em Presidente Figuei-redo ou Rio Preto da Eva. Resposta certa de Enem: Tomar banho de igarapé, seu leso

Natuza Nery

CONTRAPONTOQuantas mães se anulam para que fi lhos e fi lhas pos-sam viver com mais dignida-de. Quantas mulheres aceitam com amor fi lhos que não que-riam e que foram gerados sem seu con-sentimento. Quanto hero-ísmo no dia a dia. Por isso, a Igreja hoje celebra todos os santos, esta multidão imensa que participa da vida divina”

Camaradagem

DO GRUPO FOLHA DE SÃO PAULO

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Afi f Domingos, presidente do Sebrae, disse que os objetivos iniciais da entidade, agora, deve ser a defe-sa junto ao governo para a liberação de parcela dos compulsórios dos bancos – depositados como garan-

tias ao setor fi nanceiro – para o setor produtivo.

Está ocorrendo algo que não ocorria há tem-pos. O desemprego começou a atingir as mi-cro e pequenas empresas. Apesar de o saldo estar positivo em 109 mil vagas no acumula-do do ano, 29 mil postos foram fechados em setembro. Está muito difícil captar dinheiro

em bancos para capital de giro. [...] Sobre ju-ros, minha posição é clara. São pornográfi cos

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Polí[email protected]

A5

MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015

TJAM

Esquenta disputa interna

Política A7

TJAM

EM TEMPO – Como candi-dato à presidência da OAB, como o senhor avalia a ges-tão atual da entidade?

Jean Cleuter Simões – Eu não concordei com uma série de situações que deixaram de acontecer, como a não efetiva-ção da transparência das con-tas da OAB. Ou seja, não temos um Portal da Transparência, o que eu entendo como funda-mental para qualquer institui-ção. A casa do advogado não foi restaurada, que é a Escola Superior da Advocacia (ESA). Essa casa possuía sete salas privativas, uma secretaria e uma biblioteca atualizada. A construção do clube. Nós tínha-mos uma sede e a promessa da construção de um clube, mas isso acabou não efetivado. Em suma, são esses três pontos principais que não concorda-mos e apresentamos proposi-ções. Além disso, por exemplo, está também a questão da

Encabeçando a chapa “Muda OAB – Aliança”, o advogado Jean Cleuter Simões promete revolucionar a gestão da Ordem dos Advogados do Brasil, seção Amazonas, caso seja eleito dia 27 de novembro. Com uma vasta experiência no direito, o especialista na área civil promete máxima transparência em sua possível gestão.Também graduado em administração de empresas, Cleuter vai usar sua experiência em gestão para aplicar à OAB. Ele faz crítica à atual gestão e afi rma que a instituição precisa se fortalecer na sociedade, principalmente com o Judiciário. Confi ra a seguir a entrevista do advogado.

Jean CLEUTER SIMÕES

casa do advogado. Onde ela funcionava foi construída uma cafeteria e nós entendemos que seria mais interessante reativar a casa do advogado. Outra importante discordância foi quanto à defesa das prer-rogativas dos advogados, prin-cipalmente para os do interior que estão desassistidos pela OAB. Além disso, há um descon-trole no número de comissões. Na nossa última contagem, já passavam de 400. É preciso ter uma coordenação dessas comissões para que elas não percam o foco.

EM TEMPO – E quais se-riam suas principais pro-postas, se for eleito?

JCS – No dia 2 de janeiro de 2016, caso sejamos eleitos, vamos disponibilizar todas as contas da OAB na internet. As-sim o advogado saberá como está sendo aplicado os recur-sos que ele disponibiliza. Para nós, a transparência é primor-dial. Outra proposta, como foi dito, é a restauração da casa do advogado, com as salas privativas e as bibliotecas atu-alizadas, além da construção do clube da OAB, coisa que não fi zeram e nem terão tempo de fazer, uma vez que faltam ape-nas dois meses para terminar a atual administração. Também pretendemos a ampliação das vagas da OAB no estaciona-mento do Fórum Henoch Reis. Queremos oferecer cursos de mestrado e pós-graduação nos termos que tinha a ESA em 2009 e que eram cursos ofi ciais e reconhecidos, que dariam a titularização. Cursos práticos para advogados recém-forma-dos para orientá-los em ques-tões como redigir uma petição inicial ou um contrato. O jovem advogado não tem apoio hoje da casa do advogado. É uma notícia triste, mas precisa ser dada, infelizmente. Há colegas nossos que começam e não têm condições de pagar um escritório. Para isso, ele não gastaria menos de R$ 3 mil mensais, o que muitas vezes é inviável. Então, a meu ver, a restauração da casa do advo-gado é uma medida urgente para que o jovem advogado tenham apoio efetivo da OAB. Temos também um projeto que inclui mais mulheres na OAB. Temos 46% de mulheres na nossa chapa, além de termos uma representante feminina no Conselho Federal. Preten-demos também implementar

FRED SANTANA

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uma gestão profi ssional na direção da OAB, já que eu e minha vice temos formação em administração de empre-sas. Vamos trabalhar para di-gitalizar todos os processos e possibilitar aos membros acessar a todos da internet. Estamos brigando para que o Congresso aprove a possibili-dade dos advogados trabalha-rem em sociedade individual, já que muitos preferem trabalhar sozinhos. Vamos criar o Diário Ofi cial da OAB, para diminuir os custos de produção no Estado e abrir um canal de informação de medidas e novas socieda-des. Também lutamos contra o aviltamento de honorários. Hoje, temos colegas fazendo audiência por R$ 30, o que é um absurdo. Queremos de-fender as prerrogativas dos advogados principalmente na área criminal, nas delegacias e no interior. Temos de ser muito duros para defender as prerrogativas dos advogados. Quando você as defende, está defendendo, na verdade, o di-reito de defesa do cidadão. Vamos fortalecer a comissão de direitos humanos e da di-versidade sexual. Também pretendemos manter os in-vestimentos em esportes para os advogados, ampliando para outras modalidades. E defen-demos eleições diretas para o chamado quinto constitucional (dispositivo que prevê que 20% dos membros de determinados tribunais brasileiros seja com-

posto por advogados e mem-bros do Ministério Público em lugar de juízes de carreira). Isso porque, pelo que tenho lido nos veículos de comunicação, o meu adversário afi rma que quem decide isso é o conselho seccional. Nós somos a favor de eleição direta para o quinto e no que depender de nós, isso não vai retroagir.

EM TEMPO – Por que acontece esse aviltamento do qual o senhor falou?

JCS – São duas situações. Primeiro porque o advogado é treinado para defender pesso-as, não para fazer negócios. Por outro lado, os contratantes são especialistas nisso e fazem de tudo para baixar os custos das empresas. E nisso a OAB está sendo omissa. Temos de in-tervir duramente para impedir esse aviltamento. Muitos advo-gados estão se submetendo a isso por falta de opção. E isso é gravíssimo.

EM TEMPO – Como o senhor avalia a relação da OAB-AM com os demais órgãos do Judiciário local?

JCS – Eu avalio que a OAB tem de ter uma relação com as outras instituições de respeito recíproco. Temos de ser fi rmes nas nossas reivindicações. E essas reivindicações devem ser feitas entre os presidentes das instituições. Não pode haver intermediário nessas relações. O fato de muitas comissões an-

darem sem o acompanhamento do presidente causou prejuízos para a classe, como o episódio da Justiça do Trabalho. A OAB tem de ser fi rme, mas tem de ser pelas vias competentes. Eu assumo o compromisso de ir à campo junto com a comissão de prerrogativas resolver esses problemas.

EM TEMPO – E a relação da OAB com a sociedade ci-vil? Onde o senhor pretende avançar, se eleito?

JCS – A OAB se distanciou da sociedade civil. Não vemos a Ordem participar das dis-cussões relevantes do Estado e nem a vê nas discussões importantes em nível nacional. Ela tem de opinar porque sua força é muito grande. Eu como conselheiro federal senti falta da participação da OAB em muitas oportunidades.

EM TEMPO – Qual seria sua

mensagem para os eleitores? JCS – Eu digo aos colegas

advogados que vão votar que fui relator do Simples Nacional, que foi uma grande vantagem para a categoria. Tive oportu-nidade de trabalhar em diver-sas situações de interesse da sociedade e da categoria. Te-mos fechadas grandes alian-ças com advogados que estão dispostos a trabalhar pela OAB. E tenho total disposição de utilizar toda minha experiência para fazer uma gestão voltada para o advogado.

No dia 2 de janei-ro de 2016, caso sejamos eleitos, vamos disponi-bilizar todas as contas da OAB na internet. Assim, o advogado saberá como estão sendo aplicado os recur-sos que ele dispo-nibiliza. Para nós, a transparência é primordial. (...) Te-mos também um projeto que inclui mais mulheres na política. Preten-demos também implementar uma gestão profi ssional na OAB”

‘NÃO VEMOS a OAB participar das DISCUSSÕES RELEVANTES do Estado’

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015A6 PolíticaPolítica

Salários máximosEnquanto muitos brasileiros

se viram com salário mínimo, os salários dos comissionados no Senado podem superar os R$ 22 mil.

Bem nutridosAlém dos salários, os comis-

sionados recebem também R$ 835 a título de auxílio-alimen-tação, que custa mais de R$ 2,8 milhões por mês.

Aposentadorias marotasEntre os 3.692 aposentados

do Senado, há oito casos de “boquinhas” sem concurso que foram perenizadas e rendem até R$ 19 mil por mês.

A conta é nossaO Senado gasta R$ 274

milhões todos os meses só com pagamento de salários e benefícios a servidores, con-cursados e apadrinhados.

Ex-ministro escreve livro em seu exílio dourado

Ex-ministro do governo Lula, que os adversários comparam a Joseph Goebbels, maquia-vélico homem da propaganda nazista de Adolf Hitler, Franklin Martins tomou chá de sumiço há cerca de um ano. Não deu as caras nem para defender os amigos enrolados na operação Lava Jato. É que ele está longe de tudo e de todos, no exílio dourado de Portugal, onde pre-enche o tempo escrevendo um livro de memórias.

Vai virar fi cçãoO livro de Franklin Martins

acabará virando fi cção, porque enumera as maravilhas da “era Lula”. E ignora as gatunagens como a do “petrolão”.

Mais um neoliberalEm vez de “faróis socialistas”

como Havana ou Tirana ou Pyongyang, Franklin preferiu Lisboa, no país governado por sociais democratas.

Ninguém é de ferroIntelectual progressista,

Franklin Martins escolheu viver bem em frente às fabulosas lojas “El Corte Inglés”, templo do consumismo capitalista.

Origem induvidosa“O governo quer tapar o défi -

cit fi scal, mas o défi cit moral é mais grave”, diz o líder do So-lidariedade, deputado Arthur Maia (SP), sobre a repatriação de recursos enviados ilegal-mente para o exterior.

Buraco negroAs medidas econômicas do

governo são vistas com des-confi ança até na base aliada. “Difi cilmente passarão”, avalia Jovair Arantes (PTB-GO). Se-gundo ele, “nossa economia já foi para o buraco”.

Livro dos recordesO novo ministro Marcelo

Castro (Saúde) decidiu abrir as portas do ministério para reduzir a tensão entre gover-

CláudioHumberto

Jornalista

www.claudiohumberto.com.br

Cláudio Humberto

no e Congresso. Em apenas um mês, ele recebeu mais de 70 deputados e senadores.

Cabo de guerraOs tucanos da Câmara es-

tão em guerra para a escolha do líder de 2016. Aécio Neves defende um mineiro, mas os paulistas alegam que o eleito deve ser de São Paulo e ter bom trânsito com Geraldo Alckmin.

CruzesUm repórter da GloboNews

definiu como “muito rude” o estilo de Sérgio Moro, responsável pela operação Lava Jato, para explicar por que os gatunos enrolados não querem seus casos julgados por ele.

Senadora honoráriaO rigor da segurança

do Senado não se aplica à ex-secretária-geral da Mesa, Cláudia Lyra. Ela, que agora trabalha com o ministro Joaquim Levy (Fa-zenda), circula no plenário sem identificação.

Nervos de açoO ex-presidente Lula anda

apavorado com nova ameaça da Lava Jato. Ele soube que a Polícia Federal deve fazer investida contra o presiden-te do Instituto Lula, Paulo Okamoto, seu fi el escudeiro.

Ponto nevrálgicoRecém-aliado do governo,

o deputado José Priante (PM-DB-PA) destaca a importân-cia da Câmara na manuten-ção da governabilidade. “À medida que a Câmara fi ca nervosa, pior para o gover-no”, diz.

Pensando bem......com tanto político en-

rolado em safadezas, da-qui a pouco será lan-çado um programa de renúncia voluntária.

PODER SEM PUDOR

Senado tem mais ‘boquinhas’ que funcionários

Com Ana paula Leitão e Teresa Barros

Se precisa de heróis é porque as instituições não funcionam”

LUÍS ROBERTO BARROSO �STF� após dizer que a Lava Jato fez dos juízes federais heróis

Planos para visita íntimaDurante almoço no Piantella, em Brasília, o dono do restauran-

te, Marco Aurélio, não parava de lamentar a condenação de um cliente ilustre, José Dirceu, no processo do mensalão, e a confi rmação pelo próprio ex-ministro de que seria obrigado a cumprir quase dois anos de prisão em regime fechado. A todo momento, o chef Marco Aurélio olhava para Dirceu e lamentava: “Zé, eu não aguento fi car dois anos sem você...” Ouvindo as lamúrias ao lado do jornalista Pedro Rogério Moreira, o ex-senador Heráclito Fortes (DEM-PI) gozador incorrigível, interveio:

- Zé, vamos fazer o seguinte: quando você tiver direito a visita íntima, convoque o nosso Marco Aurélio!

E todos caíram na gargalhada. Inclusive Marco Aurélio, que aliás é espada.

É de cair o queixo o quadro funcional do Senado: são 2.840 servidores efetivos e 3.364 comissionados, que são nomeados sem concurso. Média de 77 funcioná-rios para cada um dos 81 senadores. Essa estrutura é tão dispensável, que até já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça a regra que limita o núme-ro de comissionados a 10% ao número de efetivos. Atualmente, equivale a 118% do total. Se depender de parte da casa, que é mais conservadora, leis

que atentam contra os direitos humanos serão aprovadas

Câmara ameaça direitos de mulheres, gays e índios

Brasília (Congresso em Foco) - Desde o início da gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a

Câmara desovou medidas que, convertidas em lei, ameaçam re-tirar direitos de minorias sociais, como mulheres, homossexuais e indígenas, e restringir a liber-dade dos cidadãos como um todo. Direitos, inclusive, reco-nhecidos pela Constituição e por seu maior guardião, o Supremo Tribunal Federal (STF).

Por trás da casca dos pe-quenos ovos de serpente es-palhados pela casa, é possível vislumbrar um país onde os po-líticos poderão, por exemplo, re-escrever a história, eliminando da internet qualquer publicação que eles julguem caluniosa ou

difamatória ou que faça refe-rência a acusações das quais se livraram na Justiça. Também se pode enxergar uma nação que negará à mulher vítima de violência sexual o acesso a mé-todos para impedir a gravidez ou que a obrigará a gerar o fi lho de um estuprador em troca de uma pensão alimentícia.

Um Brasil que reconhecerá legalmente apenas um tipo de família – aquela formada pela união de um homem e uma mulher – e que impedirá crian-ças sem lar de ser adotadas por causa da orientação sexual de quem se propõe a criá-las como fi lhas. Um país onde os proprietários rurais, investidos do mandato parlamentar – e não mais o governo – poderão

defi nir as terras que fi carão com os grandes fazendeiros e o qui-nhão que restará aos indígenas e aos quilombolas.

Essas são apenas algumas das mudanças que poderão ocorrer no Brasil nos próximos anos caso propostas aprova-das, desarquivadas ou apre-sentadas na Câmara este ano sejam transformadas em lei. Isso, claro, se sobreviverem ao julgamento de constituciona-lidade no Supremo. O avanço dessa pauta que ameaça retirar direitos refl ete a atual compo-sição do Parlamento brasileiro, o mais conservador das últimas décadas. Revela ainda como o Legislativo, que deveria ser o mais progressista, está atrás do Judiciário em visão de mundo.

Comandada por Eduardo Cunha (à mesa), Câmara vai entrar para a história como a mais conservadora

ALEX

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Brasília (Agência TSE) - Começou a ser veiculada na semana passada, nas emis-soras de rádio e televisão, campanha da Justiça Eleitoral que tem como objetivo incen-tivar o alistamento eleitoral de jovens, ampliando a par-ticipação deles nas eleições brasileiras. A campanha con-vida os adolescentes de 16 e 17 anos, para os quais o voto é facultativo, a participar da Semana de Alistamento do Jovem Eleitor, que ocorrerá de 16 a 20 de novembro em todo o país.

O jovem nessa faixa etária não é obrigado a votar, mas já tem o direito garantido pela Constituição Federal. Em seu artigo 14, a Carta Magna estabelece que “a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com va-lor igual para todos” e que o alistamento eleitoral e o voto são facultativos para os analfabetos, os maiores de 70 anos e os maiores de 16 e menores de 18 anos.

Para tirar o primeiro título de eleitor, basta que o jovem

se dirija ao cartório eleitoral da sua região, levando a do-cumentação necessária. Além da Semana de Alistamento, os interessados em votar nas Eleições de 2016 podem se alistar na Justiça Eleitoral até o dia 4 de maio do ano que vem.

Os jovens que ainda têm 15 anos, mas completarão 16 até o dia 2 de outubro de 2016 (data do primeiro turno das eleições municipais), também poderão escolher os seus re-presentantes. No entanto, só poderão tirar seu primeiro tí-tulo no ano que vem.

TÍTULO DE ELEITOR

Alistamento de jovens em novembro

te, Marco Aurélio, não parava de lamentar a condenação de um cliente ilustre, José Dirceu, no processo do mensalão, e a confi rmação pelo próprio ex-ministro de que seria obrigado a cumprir quase dois anos

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015A7PolíticaPolítica

Atualmente, as regras para eleição para o Tribunal de Justiça são estabelecidas pela Constituição Federal, por meio da Lei Complementar de nº 35, que trata da organização da Magistratura Nacional, além do Regimento Interno do TJAM, da Lei Complementar de nº 17/97 e da Resolução nº 95/2009 do Conselho Na-cional de Justiça (CNJ).

Segundo a legislação, o tribunal elegerá, em vota-ção secreta entre os seus desembargadores mais an-

tigos, os titulares da corte, com mandato de 2 anos, vedada a reeleição.

Mas, tramita na Câmara dos Deputados a PEC 187/12 que trata sobre a eleição direta, por desembargadores e juí-zes de primeiro grau, para a presidência e demais cargos de direção dos tribunais de Justiça. A proposta foi apro-vada em outubro deste ano pela Comissão Especial da Câ-mara dos Deputados e segue para votação plenária da casa.

Para passar a ser válida, a

proposta tem de ser aprovada em dois turnos na Câmara e seguir para votação no Sena-do. Após a aprovação da PEC na Câmara, o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), João Ri-cardo Costa, disse, em nota distribuída pela entidade, que “o relatório aprovado tornará possível a democratização do Judiciário, e permitirá uma melhor prestação jurisdicio-nal à sociedade brasileira, com uma melhor gestão e maior celeridade”.

A eleição para a presi-dência do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) está prevista

para acontecer em abril, mas nos bastidores a movimentação em torno de pré-candidaturas e aspirantes ao cargo já inten-sifi ca e desembargadores já iniciaram suas articulações. Em meio à crise econômica que o Poder Judiciário afi rma estar passando, o pleito deve trazer à tona as desavenças entre os membros da corte e a eleição para escolha dos sete novos desembargadores do tribunal.

De acordo com a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, es-tão aptos a disputar a presidên-cia do TJAM os três membros mais antigos da corte: a atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), desembar-gadora Socorro Guedes, Do-mingos Chalub e Yêdo Simões.

O TJAM está sob o comando da desembargadora Graça Fi-gueiredo, que não pode disputar a reeleição. Ela foi empossada em junho de 2014 no lugar do então presidente, desembarga-dor Ari Moutinho. Os dois têm uma desavença pública que se arrasta desde quando Graça sucedeu Ari Moutinho na pre-

sidência do TRE-AM.Segundo magistrados e ser-

vidores da Justiça Eleitoral, So-corro Guedes já informou que colocará seu nome à disposição para a disputa interna. Ela deixa-rá o comando da Justiça Eleitoral em maio de 2016, um mês após a eleição para o TJAM.

O desembargador Domingos Chalub disse ao EM TEMPO que é candidato à presidência dos dois tribunais (TJAM e TRE). “A princípio, sou candidato tanto de um quanto de outro. Quem

disser que não tem vontade (de presidir um dos tribunais), não comungo com isso. O magis-trado tem até uma obrigação política com a instituição de administrar o órgão. Mas enten-do que ainda está muito cedo para falarmos nisso. Não estou

pensando em eleição e ainda temos muito o que colaborar com a presidência do TJAM e a desembargadora Graça Figuei-redo”, disse Chalub.

De acordo com servidores do TJAM, o desembargador Yêdo Simões, terceiro entre os três mais antigos no tribunal tam-bém tem interesse em partici-par da disputa. A lista segue com o atual corregedor do tribunal, desembargador Flávio Pasca-relli, que já manifestou interesse na disputa pela presidência do Judiciário. “Se algum deles abrir mão da disputa, serei candida-to”, revelou Pascarelli.

Justiça EleitoralSocorro Guedes será a res-

ponsável por organizar o início das eleições, em 2016, mas deixará o cargo em maio para um dos membros do TJAM.

De acordo com a Lei Orgânica da Magistratura, disputam a presidência do TRE-AM todos os desembargadores da Justi-ça Estadual, com exceção dos que já presidiram o tribunal. Segundo a regra, estão de fora da disputa e, consequentemen-te, pelo comando das eleições, em 2016, os desembargadores Graça Figueiredo, Ari Moutinho, Flávio Pascarelli, Socorro Gue-des e Djalma Martins da Costa.

Eleição pode se tornar direta

CAMILA CARVALHO

Esquenta disputa interna pela presidência do TJAMEleição só acontece em cinco meses, mas os nomes já estão postos e preferência é para os mais antigos da corte

FORO

S: T

JAM

Chalub já antecipou que vai disputar presidência do TJAM e TRE-AMSocorro Guedes é uma das mais antigas da corte e potencial candidataDesembargador Yêdo Simôes é cotado para disputar a presidência

SUCESSÃO

A reeleição para a presidência do Poder Judiciário é vetada, conforme legislação interna. Com isso, a atual presidente, de-sembargadora Graça Figueiredo, deixa a direção da corte em junho de 2016

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Page 8: EM TEMPO - 1º de novembro de 2015

MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015A8 PolíticaPolíticaFiscalização da CGU-AM detecta irregularidadesControladoria descobre omissão de recursos federais em prefeituras do interior e não aplicação de recursos da Suframa em P&D

A unidade da Controla-doria-Geral da União (CGU) notifi cou a Superintendência da

Zona Franca de Manaus (Su-frama) por não aplicação de recursos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento), em valo-res que giram em torno dos R$ 100 milhões. Além das irregu-laridades encontradas na au-tarquia, quatro prefeituras do interior foram reprovadas por omissão em aplicação de re-cursos federais. Os dados da ação contra a Suframa foram encaminhados ao Ministério Público Federal (MPF). E os nomes das prefeituras não foram revelados, devido uma operação que ainda está em andamento.

Conforme o chefe do ór-gão no Amazonas, Marcelo Borges, após uma auditoria realizada na Suframa, foi constatado que não estava sendo aplicado os recursos destinados para P&D, na ci-dade de Manaus.

Com um trabalho muitas vezes à margem e sem mui-ta divulgação, a CGU tem sido responsável por detec-tar inúmeras irregularidades na má aplicação de recursos

públicos federais por institui-ções, autarquias, prefeituras e governos do país. Apesar de ter sofrido recente ameaça de perder poder de fi scalização, a Controladoria segue fi rme em seu propósito.

Borges, que dirige a uni-dade do Amazonas, informou que os trabalhos da autarquia continuam normal, mesmo com a “estremecida” ocasio-nada pelo pronunciamento da presidente. Segundo Borges, a Controladoria, continua fa-zendo suas fi scalizações nas entidades que recebem recur-sos federias.

“Encontramos problemas em programas, na sua execu-ção e na omissão de recursos, vamos intensifi car as ações, e acompanhar os dados, uma ação contra a Suframa, foi direcionada ao Ministério Pú-blico Federal (MPF), estamos acompanhando isso”, disse.

O gestor conta que o prin-cipal objetivo da CGU-AM é pelo combate à corrupção no Executivo, e que realiza um trabalho em conjunto com a Secretaria Federal de Con-trole Interno, a Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção e com a Ouvi-doria Geral da União (OGU).

De acordo com o chefe

da CGU-AM, atualmente, a autarquia funciona com 30 pessoas, entre eles, um chefe geral, quatro chefias e um núcleo de ações espe-ciais, gerando três divisões mais o núcleo.

Conforme Marcelo, o tra-balho da CGU-AM funciona a partir de demandas en-viadas de Brasília, com a chegada desse material, as equipes são deslocadas para o local especifi cado.

Marcelo explica que é bastante difícil alguém do Amazonas protocolizar uma denúncia. Mas quando acon-tece, é feito um relatório e essa demanda é encaminha-da para Brasília, onde passa

por uma revisão. “Após isso, Brasília devolve o objeto, com o pedido de ação. Com isso, a CGU submete ao ministério responsável. Trabalhamos na ponta, fazendo a fi scalização, acompanhando a aplicação

HENDERSON MARTINS

Órgão federal esteve em vias de ser fatiado e perder poder de fi scalização de recursos da União aplicados no Poder Executivo e entidades

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AÇÃO

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Page 9: EM TEMPO - 1º de novembro de 2015

[email protected], DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015

EconomiaB1

Preço baixo gera lucro de 30% em artigos natalinosPara segurar as vendas durante a crise, lojas especializadas em Manaus informaram que mantiveram preços de 2014

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Lojistas informaram que procura por artigos natalinos impulsionou empresários a antecipar venda de produtos para o mês de outubro. Para ACA, vendas para o Natal serão um “alívio para o comércio” este ano

ASAFE AUGUSTO

As lojas especializadas em artigos natalinos parecem não sofrer grandes impactos

com o conturbado momento fi nanceiro do Brasil. Quando muito se fala em crise, em-presários que investem no Natal como produto afi rmam estar tendo lucros de 30% nas vendas, mas mantendo os preços de 2014.

Com as comemorações se aproximando, as expectati-vas aumentam em torno das vendas de árvore de Natal, guirlandas, pisca-pisca e de-corações de fl ores artifi ciais, as mais procuradas, segundo os lojistas.

De acordo com a gerente da loja Shalom Festas, Li-liana Alencar, desde o início de outubro a procura pelos produtos foi intensifi cada. Ela afi rmou que, mesmo com as vendas retraídas para outros segmentos, como eletrônicos, roupas e calçados, os artigos natalinos já vendem mais que no mesmo período do ano passado. “Diferente de 2014, no início desse mês, antes de montar as decorações na loja as pessoas já perguntavam sobre enfeites, árvores e luzes. E, por isso, tivemos que montar mais cedo. No dia 10 desse mês (outubro) já estava tudo montado. No ano passado, só

ornamentamos a loja lá pelo dia 25. Por isso, já temos 30% a mais em vendas”, disse a empresária, ao destacar que na última semana chegou a vender, em artigo de decora-ção natalina, cerca de R$ 1 mil por cliente. A empresária conta que consegue atrair a clientela pelos preços. Segun-do ela, os valores dos produtos continuam o mesmo de 2014. Ela explicou que os produtos mais procurados são decora-

ções de fl ores e a novidade: a árvore de Natal com lâmpadas de LED.

A gerente do Grupo Baiano, Clea Porto, também afi rmou que a procura de artigos na-talinos está mais intensa que no ano passado, aumentando as vendas em 20% em relação ao mesmo período de 2014.

“Está muito adiantado neste ano, e vejo bastante cliente procurando”, disse a gerente,

ao informar que também tem mantido os mesmos preços de 2014 e está apostando em promoções para atrair mais ainda a clientela.

Para o diretor da impor-tadora MM, Geovane Telles, o mês de outubro já mostra uma melhora no comércio. Segundo ele, ao contrário do que se divulga, as vendas do fi m de ano serão boas.

“As vendas do que é rela-cionado ao Natal vai salvar o fim deste ano que está complicado. A expectativa é boa”, disse.

O presidente da Associa-ção Comercial do Amazonas (ACA), Ismael Bicharra, acre-dita que as vendas de deco-rações podem ser um alívio para o comércio.

De acordo com ele, pelo fato do Brasil ser um país católico, a maior parte da população não deixa de enfeitar as casas nem em períodos de crise fi nanceira.

“Passamos pela crise e isso é fato. Mas a questão religio-sa poderá dar um crescimento nas vendas que estão em fre-quente queda. Já registramos queda de 30%, mas com essa festa cristã o cenário pode melhorar”, afi rmou Bicharra, ao ressaltar que, neste ano, as lojas estão dedicando um espaço físico maior para as ornamentações natalinas que, segundo ele, é o “chama de clientes”.

Dona Maria disse que economizou para decorar o FCecon, onde faz tratamento contra um câncer

Economia para decorar hospitalMesmo em período de cri-

se, abrir mão da tradição de comemorar o nascimento de Jesus não é uma opção. É o caso da aposentada Maria Almeida de Araújo, 75, que já escolhe os tipos e tamanhos de árvore e decorações para o Natal de 2015. Dona Maria – como gosta de ser chamada – afi rmou que está fazendo um esforço para manter a tradição de decorar a casa nas festas do fi m de ano. A aposentada contou que não pensa em crise econômica

quando se fala em Natal, que para ela é uma data que não pode passar em branco. Além de decorar a casa, dona Maria economizou e fez compras extras para decorar, também, a Fun-dação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), onde, há quatro anos, a aposen-tada realiza tratamentos contra um câncer.

“Falam muito em crise fi nanceira, desde o início do ano, por isso economi-

zei para comprar as de-corações para o Natal. O FCecon está abandonado, então não pensei duas ve-zes em gastar um pouco mais neste ano para mudar o ambiente onde me trato juntamente com as colegas que também estão passan-do por um momento difícil. Com as decorações espero que elas se sintam um pou-co mais felizes esquecendo do processo de tratamento que é bem complicado”, disse a aposentada.

INICIATIVA

Ex-vendedora vira dona de franquiaEconomia B2

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AÇÃO

“O comércio tem queda de 30% nas vendas, mas a festa cristã dará um folego aos empresários, principalmente os que investiram em artigos natalinos que vão vender mais que outros produtos neste fi m de ano”

Ismael Bicharra,Presidente da ACA

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015B2 EconomiaEx-vendedora se torna empresária de sucessoLuiza Cabral, mãe de três fi lhos e ex-vendedora de cursos de idiomas, vira proprietária de seis unidades franqueadas

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AÇÃO

A empresária e o marido deixaram o Mato Grosso convidados a trabalhar na unidade da Minds, em Manaus

“Como um furacão que passa e leva tudo o que temos, as mudanças da

minha vida foram assim, a diferença é que todas foram para a melhor”, afi rma Luiza Cabral, 33 anos, hoje, empresá-ria. A atual franqueada da rede Minds English School mudou, radicalmente, a sua vida com apenas 19 anos.

Nascida no Pará e criada no Mato Grosso do Sul, Luiza cursou apenas o ensino funda-mental e seguiu na contramão da profi ssão tradicional do pai, que é engenheiro. Além de traçar um plano diferente de formação, com então 18 anos, começou a trabalhar como ven-dedora em uma das escolas da Minds e se apaixonou por Ri-cardo, seu colega de trabalho.

O que era para ser uma história pouco sucedida em função da pouca idade dos dois jovens – Ricardo com 22 anos e Luiza com 19 – se transformou em um grande sucesso: o casal foi convidado para trabalhar na unidade da Minds localizada em Manaus. Eles deixaram o Mato Grosso para o Norte do país.

“Eu era muito nova, mas tinha certeza do sentimento que tinha pelo Ricardo. Ele

veio para o Amazonas como gerente e eu continuaria como vendedora. Arriscamos tudo e mudamos. Acreditávamos na marca”, disse Luiza.

Após dois anos trabalhando em Manaus, Luiza abriu a sua primeira franquia na cidade. A franqueada desmistifi cou a ideia generalizada de que ter fi lhos atrapalham os negócios.

Mãe de duas meninas, uma de 6 e outra de 3 anos, e de 1 menino com um ano, ela ampliou os negócios justa-mente com o nascimento das crianças. “Inaugurei a minha terceira escola no ano em que nasceu a minha primeira fi lha, e não me arrependo. É claro que crianças dão traba-lho, mas defi nitivamente são combustíveis para alavancar

os negócios”, disse Luiza.De funcionária a dona do

próprio negócio, Luiza também incentivou seus funcionários, promovendo-os a sócios em seis unidades. Ela e o marido fazem questão de visitar as uni-dades da Minds a cada quatro meses: o casal administra duas escolas em Porto Alegre, duas em Manaus, uma em Anápolis e outra em Goiânia.

“Não fi co só no caixa das escolas, monitorando se en-tra dinheiro ou não, tenho a minha função no marketing e faço a sub-direção do setor das escolas que sou dona e de outras quatro escolas que são gerenciadas por outros franqueados”, informou Luiza.

Luiza Cabral conta que o dife-rencial de se investir na Minds é o fato de que os funcionários têm a oportunidade de se tor-narem donos de suas próprias empresas. Além disso, o apoio da rede aos franqueados e o sistema de ensino digital ofere-cido aos estudantes contribui para o aumento no número de escolas e alunos.

A rede Minds, que tem mais de 70 unidades em todo país busca novos franqueados dis-postos a investir entre R$ 200 e R$ 250 mil, com prazo de investimento em 24 meses.

CRESCIMENTO

O diferencial de se investir na Minds é o fato de que os funcio-nários têm a oportu-nidade de se torna-rem donos de suas próprias empresas. Luiza promoveu os funcionários a sócios em seis unidades

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015B3Economia

Marx Alexandre Corrêa Gabriel

é Consultor de Empresas, diretor

da MB Consultoria e Conselheiro de

AdministraçãoO momento do Brasil hoje é de um completo desalento. Todos os nossos problemas conhecidos e recorrentes, como falta de infraestrutu-ra, educação defi ciente, falta de segurança, desigualdade econômica, saúde precária e foram agravados a nível extremo pela nefasta gestão petista nos últimos treze anos, acrescidos de um tsunami de corrupção e da criação de um contexto econômico de com-pleto desastre, uma reces-são que está se tornando a maior das últimas décadas, com PIB negativo neste ano e provavelmente em 2016 e 2017. Isso sem falar em juros entre os maiores do mundo ,

que aprofundam a recessão, endividamento crescendo em exponencial e o disparate de orçamento negativo de mais de 50 bilhões. Sem dúvida será um futuro case para a posteridade dos estudos de como não se gerir economia.

A taxa do desemprego nos úl-timos três meses (até AGO/15) fi cou em 8,7 %. Um cresci-mento de 29,6 % na popula-ção desocupada em relação ao mesmo período de 2014. E não estamos falando de uma situação de “fi m da pio-ra” ainda. Ninguém consegue prever quando vamos “bater no fundo do poço”. O desemprego vai aumentar. Todos temos alguém da família ou próximo

que está desempregado.Não podemos esperar que

o governo resolva qualquer problema em curto ou médio prazo. Eles já nos demonstra-ram que não tem a vontade real de fazê-lo pelas formas corretas. Portanto, acredito que caiba à sociedade, atra-vés dos empresários e dos trabalhadores, se ajudarem e se unirem para minimizarem o crescimento do desemprego.

Acredito que precisamos co-locar como um dos propósitos e premissas deste deserto que vamos atravessar, a sobre-vivência das empresas e a manutenção dos empregos. É momento de sermos mais produtivos, inovadores, cria-

tivos e de tralharmos mais e arduamente para que pos-samos sobreviver neste caos político, econômico e social que nos encontramos.

Em alguns casos demitir é o necessário. Mas, estou afi r-mando que há outras coisas a serem feitas antes de demi-tir, como melhorar processos, reduzir desperdícios, atender melhor aos clientes, melhorar a logística, gerir melhor o fl uxo de caixa, rever modelos de ne-gócios, etc. Mesmo que ainda assim seja necessária alguma redução, que seja parcimo-niosa, no mínimo necessário para manter o nível saudável de rentabilidade. Lembro que pessoas qualifi cadas, compro-

metidas e capazes, não se formam de um dia para o outro. Assim como uma cultura organizacional de confi ança e compromisso. A demissão de hoje compactua diretamente para as difi culdades no futuro e agrava a recessão do presen-te. Os trabalhadores precisam se comprometer totalmente com suas empresas, dando o melhor de si, em atitude, trabalho, criatividade resulta-dos, evitando que a situação se agrave, mantendo o seu emprego.

Como disse Gonzaguinha, numa de suas músicas “.... sem o seu trabalho um homem não tem honra, sem sua honra , se morre , se mata......”.

[email protected]

Marx Alexandre Corrêa Gabriel A importância do emprego

Empresários apostam em marketing para ‘driblar’ criseEmpresas de publicidade e marketing afi rmaram que comunicação estratégica é a chave para o sucesso nos negócios

A crise econômica no Brasil tem sido um dos principais temas levantados pela socie-

dade atualmente. Nesse cená-rio, diversas empresas tiveram seus resultados abalados e sentiram os efeitos negativos em seus negócios.

Apesar de algumas afi rma-rem que o momento é de “aperto”, outras possuem uma visão mais ampla e otimista em relação às oportunidades e não atribuem a questão de cortes à crise em si.

O resultado para que as grandes empresas não sin-tam efeitos catastrófi cos em relação à crise acontece a partir do trabalho de marke-ting realizado com qualidade, afi nal, quem não é visto, não é lembrado.

De acordo com o diretor de criação e mídia da empresa Varanda Publicidade e Live Marketing, Rodrigo Motta, o principal remédio para “doen-ças” relacionadas à tão falada crise é o pensamento de forma estratégica.

Segundo ele, quando se en-xerga a situação é possível encontrar a solução dentro do mercado. “A agência como um todo procurou se reinventar, diversifi car. Então, abrimos frentes no nosso mercado para que encontrássemos oportunidades não somente aqui como fora”, disse.

Quando não se há retorno em resultados, a ideia de enxu-gar custos é muito importante e, nesse momento de alerta, em algumas empresas é pos-sível perceber que as áreas de marketing são uma das primeiras e mais afetadas.

Redução de gastos com energia elétrica, telefonia e água estão entre as decisões mais tomadas, além de cortes no quadro de funcionários.

“Precisamos estudar o nos-so cliente. Eles sabem a situa-ção que estão vivendo, mas a gente mostra que diversifi car e tentar encontrar alternati-vas para atingir o público e passar a mensagem que ele precisa passar é estratégico”,

MÁR

CIO

MEL

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Diretor da Varanda Publicidade disse que principal “remédio para a crise” é o pensamento estratégico. Para ele, as soluções estão dentro dos próprios empreendimentos

ressaltou Motta.Segundo ele, é preciso en-

tender porque as áreas do setor da propaganda são, na maioria das vezes, as primei-ras a serem atingidas com o confl ito econômico dentro de uma empresa.

Para o sócio proprietário da empresa de publicidade R2 Comunicação, Renato Bagre, isso se dá por conta da visão da própria empresa. Muitas delas têm uma perspectiva de que seja apenas uma área de apoio e que vai trazer pe-quenos resultados, além de gerarem grandes despesas.

“O mercado publicitário amazonense é um mercado em construção, porque alguns clientes estão entendendo que em tempos de crise, o primei-ro que tem que sair não é o marketing. Quando as pesso-as pensam em fazer cortes, elas pensam em acabar com a propaganda, só que elas esquecem que a propaganda é uma das ferramentas mais importantes do marketing e a

solução frente a tudo isso é não temer, mas, sim, enfren-tar com soluções criativas, sempre se reinventando”, in-formou o empresário.

Bagre reconheceu que o mer-cado nem sempre é bom para todos, mas o diferencial é o

principal responsável por impul-sionar a qualidade dos serviços prestado. “Se você consegue encontrar soluções em um mer-cado de crise, em outras épocas mais fl exíveis você estará à frente. Sempre digo: marinheiro bom não se faz em mar calmo, se

faz em mar revolto. As pequenas empresas estão chegando onde as grandes estão saindo”, disse.

O formato de como uma área do marketing trabalha e se dis-põe, atinge o modo como ela é vista dentro do empreendi-mento e os resultados que o marketing proporciona infl uen-ciam ainda mais a percepção da empresa sobre a sua função.

Segundo o diretor de appro-ach da agência de publicidade The White, Rafael Marinho, o marketing de uma empresa é um dos setores indispen-sáveis, pois é quem trata de assuntos diretamente com o cliente. “Trabalhamos com a comunicação do cliente, por-que precisamos entender qual a necessidade dele e como fazer para supri-las, apresen-tando resultados satisfatórios e de qualidade sempre”, disse.

Para ele, empresas que se prendem a fórmulas de sucesso são fadadas a viver um tempo curto de mercado, empresas que buscam inovar tendem a prosperar e se sobressair.

LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA

De acordo com sócio-diretor Antônio Araújo, da empresa Inovape Comu-nicações, o marketing de apoio não é capaz de retirar uma empresa dos confl itos da crise, pois, segundo ele, tudo se trata de um con-junto que a empresa deve tomar e esse projeto é bastante peculiar.

“Não existe uma fórmula, vai depender muito de cada segmento. O marketing é importante porque ele con-segue enxergar horizontes que empresas que não pos-suem um departamento de marketing não conseguem. Encontrar novas soluções, apesar de achar que as coisas sempre se repetem, podemos sempre criar uma nova”, afi rmou.

Segundo ele, os resulta-dos fi nanceiros da empresa

dependem do sucesso dos clientes, por isso a comu-nicação deve acontecer de forma integral.

Em um momento de cri-se, a empresa priorizará o corte das atividades que não afetam os resultados. O presidente da Vanguarda Comunicação, Breno Ma-ciel, explicou que com ou sem crise o ambiente de marketing é sempre movi-do a desafi os. “É necessário uma melhor negociação de toda a mídia, fornecedores, além da aposta em ações ousadas e diferenciadas que fi delizem ainda mais o cliente e se diferencie da concorrência. Uma aferi-ção efi ciente de onde está vindo retorno é essencial, já que não podemos errar nestes momentos de verba curta”, disse.

Inovação é chave para o sucesso

SEM FÓRMULA

Para empresários de comunicação, publicidade e marketingm, empresas que se prendem a fórmu-las de sucesso são fada-das a viver um tempo curto de mercado empresas que buscam inovar tendem a prosperar e se sobressair durante a crise

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PESQUISA

Seca é maior no Sudeste

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AÇÃO

Ministro do STF, Luís Barroso declarou que o Brasil vive uma epidemia de processos e juizes são heróis

‘Mensalão e petrolão tornam juízes heróis’

O ministro do Su-premo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso

alertou que o Brasil “vive uma epidemia de processos judiciais”. Para Barroso, a punição é exceção. Segun-do ele, é preciso mudar o sistema recursal diante da difi culdade de manter gran-des criminosos na cadeia. “O sistema punitivo no Brasil é um desastre. Ele é feito para pegar pobre. A vida tem que ser igualitária. É muito mais fácil prender menino com 100 gramas de maconha do que empresário que rou-bou 10 milhões”, afi rmou. Na avaliação do ministro, o sistema atual faz com que sociedade transforme magistrados que pensam fora da curva em heróis. “Mensalão e petrolão cria-ram heróis, porque foram juízes que saíram do pa-drão”, disse. “Se um modelo precisa de heróis é porque as instituições não funcio-nam”, destacou.

As informações foram di-vulgadas pela Associação dos Magistrados Brasilei-ros (AMB). Barroso falou na

abertura da programação científi ca do XXII Congresso de Magistrados Brasileiros, realizado em Rio Quente (GO) pela AMB, neste fi m de semana. O ministro abordou temas polêmicos como o ex-cesso de processos judiciais e o sistema recursal. Ele criticou o sistema de Justiça brasileiro e a morosidade do Judiciário.

Epidemia “Existe uma judicialização

que atinge a vida de todos nós. Estamos vivendo uma epidemia de processos judi-ciais no País e diante disso é preciso pensar em algum tipo de remédio. São mais de 100 milhões de processos, um em cada dois brasileiros está em juízo”, afi rmou.

Durante o painel “O Di-reito e a transformação so-cial”, o ministro reconheceu aspectos positivos diante da quantidade de proces-sos que tramitam no Ju-d ic iár io brasilei-ro, mas

apontou a falta de estrutura como uma das questões mais graves que conges-tionam os tribunais. “As pessoas tomaram consci-ência dos seus direitos e passaram a exercer a sua cidadania. Isso é bom. O Judiciário desfruta de um grau relevante de credibi-lidade”, declarou. “Porém, não há estrutura que dê conta desse volume. Temos um sistema que não con-segue dar vazão. O Poder Judiciário é uma instância patológica da vida. Uma questão chega quando teve briga, quando as partes não conseguiram se compor amigavelmente. Ninguém pode achar que o litígio seja a forma natural de se viver a vida e de uma democracia fl uir com na-turalidade”, afi rmou.

Barroso também desta-cou a necessidade de mé-todos alternativos, como a conciliação, para trazer

celeridade à Justiça.

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AÇÃO

precisa de heróis é porque as instituições não funcio-nam”, destacou.

As informações foram di-vulgadas pela Associação dos Magistrados Brasilei-ros (AMB). Barroso falou na

sos que tramitam no Ju-d ic iár io brasilei-ro, mas

a conciliação, para trazer celeridade à Justiça.

Declaração do magistrado foi dada durante um congresso em Goiás

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Sudeste do país perdeu 56 trilhões de litros de águaDados fazem um levantamento de perca da água nos últimos três anos. Seca e racionamento de água são consequência

Novos dados de satélite mostram que a seca no Brasil é pior do que se pensava, com

o Sudeste perdendo 56 trilhões de litros de água em cada um dos últimos três anos, disse um cientista da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa).

A pior seca do país nos últimos 35 anos também tem levado o Nordeste brasileiro, região maior, mas menos povoada, a perder 49 trilhões de litros de água a cada ano nos últimos três anos, comparando com os níveis normais, afi rmou o hidrólogo da Nasa, Augusto Getirana.

Os brasileiros estão bastan-te conscientes da seca, dado o racionamento de água, blecau-tes e reservatórios vazios em partes do país, mas esse é o primeiro estudo que documen-ta exatamente a quantidade de água que tem desaparecido dos lençóis de água e reserva-tórios, disse Getirana.

“É muito maior do que eu imaginava”, disse Getirana à Thomson Reuters Foundation. “Com as mudanças climáticas, isso vai acontecer com mais e mais frequência.” O sistema da Cantareira, que fornece água para 8,8 milhões de morado-res de São Paulo, tinha, por

exemplo, menos de 11 por cento da sua capacidade no ano passado, segundo autori-dades locais.

A pesquisa de Getirana, publicada no Journal of Hy-drometeorology, tem como base 13 anos de informações dos satélites Recuperação da Gravidade e Experimento Climático (Grace, na sigla em inglês) da Nasa, que circulam a Terra detectando mudan-ças no campo de gravidade causadas pelos movimentos da água no planeta.

O país não tem uma falta de água absoluta, afi rmou o pesquisador. O problema é que as regiões muito povoa-das, particularmente o Sudes-te, dependem de aquíferos e reservatórios locais, que não estão sendo reabastecidos devido à seca. Teoricamente, a água pode ser transportada de outras partes do país para cidades afetadas, disse ele, mas os custos fi nanceiros e logísticos seriam enormes.

As novas informações de satélite devem representar um chamado de alerta para os políticos gerenciarem melhor a água e atuarem em relação às mudanças climáticas para lidar com a crise, declarou Getirana. Pesquisa foi feita nos Estados Unidos. Mudanças clímaticas são consequência dessa falta de água em várias cidades do Sudeste do Brasil

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AÇÃO

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CHINA

Províncias decidirão sobre política de fi lhos

Uma autoridade de pla-nejamento familiar da Chi-na disse nesta sexta-feira (30) que o governo central vai deixar as províncias de-cidirem sobre os detalhes da implementação da nova política que permite aos casais ter dois fi lhos.

Cerca de 90 milhões de famílias podem ser qualifi -cadas para a nova política de dois fi lhos, que ajudaria a aumentar a população a um número estimado em 1,45 bilhão até 2030, infor-mou a Comissão Nacional de Saúde e Planejamento Familiar em nota. A China, nação mais populosa do mundo, tinha 1,37 bilhão de pessoas no fi m do ano

passado.A nova política, anunciada

na última quinta-feira (29) pelo Partido Comunista, re-presenta um relaxamento na longa e controversa “po-lítica do fi lho único”. Pequim espera que a ação regule a idade da população, que está cada vez mais velha.

A China implementou por décadas a política de fi lho único, que levou a abortos forçados e infanticídios pelo país. Recentemente, no entanto, a política foi relaxada, e alguns casais já estavam autorizados a ter um segundo fi lho. Ou-tros recebem a permissão somente se pagarem uma multa.

Acusado de protagonizar diversos casos de pedofi lia na Igreja Católica, grupo ultraconservador deverá receber o perdão religioso do papa Francisco

Movimento ‘Legião de Cristo’ receberá perdão

O movimento ultracon-servador “Legião de Cristo” receberá per-dão religioso após

protagonizar um dos maio-res escândalos de pedofi lia da Igreja Católica. O papa Francisco resolveu conceder ao grupo a chamada “indul-gência plenária” como forma de limpar o passado do grupo, que completa 75 anos.

A congregação tenta se li-vrar de um passado repleto de escândalos, o principal de-les fi gurado por seu próprio fundador, o mexicano Marcial Maciel, que foi acusado de pedofi lia e de ser pai de vá-rias crianças. De acordo com o Vaticano, a concessão de indulgência plenária faz parte da celebração de 75 anos da congregação e para recebê-la

os membros da ordem deverão cumprir penitências.

O pedido de indulgência ple-nária foi feito pelo atual líder da “Legião de Cristo”, Eduardo Robles-Gil, como tentativa de celebrar dignamente o aniver-sário da congregação. “Após o enorme escândalo provocado por seu passado infernal, o grupo iniciou um período de purifi cação”, revelou a rádio

do Vaticano. De acordo com o Vaticano,

os membros da Legião rece-berão o perdão da Igreja “se dedicarem uma quantidade de tempo sufi ciente a trabalhos espirituais ou corporais de misericórdia. Além de dedi-car tempo para aprender ou ensinar a doutrina cristã, ou se participarem de missões de evangelização”.

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AÇÃO

Cerca de 90 milhões de famílias serão afetadas na China

Papa dediciu conceder ao gru-po Legião de Cristo a chama-

da “indulgência plenária”

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AÇÃO

FOME

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AÇÃO

Quatro milhões de pessoas no Sudão do Sul estão em ris-co de morrer de fome, segundo a Organização das Nações Unidas. A ONU pede para que agências humanitárias tenham acesso a áreas de conflito num esforço para evitar que crian-ças morram de fome.

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Entregas comprometidas com a mudança de ruasAlterações no nome de vias atrapalham serviço dos Correios e por vezes prejudicam clientes que aguardam por encomendas

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Encomendas não fi cam acumuladas pois o material devolvido é novamente redistribuído diariamente, até o destinatário ser localizado. Caso contrário, segundo os Correios, a encomenda retorna ao local de origem

A lei municipal 343/1996, que determinou a mu-dança de nomes em mais de 8 mil ruas de

Manaus, também criou difi cul-dades para defi nir endereços, conforme o Instituto Munici-pal de Planejamento Urbano (Implub). A alteração tem sido feita aos poucos e muitos lo-gradouros ainda têm a iden-tifi cação antiga. Conforme a Empresa Brasileira de Correios (EBC), 30% da devolução de correspondências se devem jus-tamente a erros no Código de Endereçamento Postal (CEP), duplicidade de endereço e en-dereços informados errados.

Segundo os Correios, a difi -culdade maior ocorre nos bair-ros mais distantes do centro de Manaus. A falta de conhe-cimento sobre o endereço e o referido CEP atrapalham as entregas. Não há acúmulo de encomendas porque o material devolvido é novamente redis-tribuído, em um fl uxo diário de localização dos destinatários. No caso de não encontrar o destinatário, a encomenda é devolvida à origem.

Para a entrega de algumas encomendas, garantidas em contrato, como o Sedex, se após a terceira tentativa não for localizado o destinatário o objeto é encaminhado para a unidade de atendimento mais próxima ao cliente.

PrejuízosO analista de sistemas Ri-

cardo Benevides, 29, declara já ter sido prejudicado diver-sas vezes pela não entrega de correspondências. Segundo ele, as contas de seu cartão de crédito não chegam em casa, na rua 15, do bairro Alvorada, Zona Centro-Oeste. “Isso tam-bém ocorreu com a minha irmã, que mora aqui na outra rua e fi cou sem receber a fatura do cartão. Eu fi co muito irritado

quando isso acontece, porque sou eu que acabo sendo preju-dicado e tenho que pagar juros no cartão”, relata.

Quem também já passou por situação semelhante foi o funcionário público Ednei Sal-danha, 35. Ele conta que o carteiro entregou um envelope contendo o documento do seu veículo em outra casa e a em-presa não se responsabilizou pelo erro. “Eu precisei ir buscar

a minha correspondência, na Central de Entrega de Enco-mendas do bairro em que moro. Ao chegar lá, descobri que a correspondência foi entregue no endereço errado”, declara.

Outro caso semelhante aconteceu com a professo-ra de educação física, Paula Oliveira, 39, que comprou um produto pela internet e após perceber que o mesmo estava passando do prazo de entrega, entrou no site dos Correios e viu que o produto já estava na capital. Porém, o mesmo foi devolvido à Central de Entrega, porque o endereço estava erra-do. “Eu tenho certeza que dei os meus dados certos na hora da compra no site, mas essas mudanças de nome de rua e CEP, podem ter levado o Correio a não conseguir encontrar meu endereço. Essa não é a primeira vez que minha correspondência não chega por conta de erro de endereço”, informa.

O auxiliar de produção Carlos da Costa Tapajós, 29, também passou viveu situação pareci-da. Ele teve a correspondência devolvida ao remetente porque o Correios alegou não ter en-contrado o endereço informa-do. “Eu precisei pedir que a empresa fornecedora enviasse novamente o produto e ainda tive que pagar novamente pelo serviço do Sedex. Fiquei muito irritado, fui até a Central de En-tregas do meu bairro e consegui resolver o problema”, comenta.

Cadastro único será compartilhado entre vários órgãos, facilitando entregas de várias correspondências

Base única para vários órgãos

RETORNO

Justifi cativas como ‘mudou-se’, ‘desconhe-cido’, ‘falecido’, ‘não existe o número indi-cado’ nas encomendas não entregues fazem com que as mesmas sejam devolvidas ao remetente no dia útil seguinte

De acordo com o Implurb, nos últimos 19 anos o ca-dastro municipal vem sendo atualizado, atendendo a uma lei federal. A Prefeitura de Manaus, segundo o órgão, tra-balha com um cadastro único que será disponibilizado para os serviços públicos e con-cessionárias para haver uma padronização de informações em uma única base de dados.

O processo, conforme o Im-plurb, é demorado e atende, na realidade, uma mudança realizada em 1996 em cum-primento à lei municipal que determinou mudanças dos nomes de 8 mil ruas.

Desde dezembro de 2014

os cadastros de endereços da Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Tecnologia da Informação (Semef) e do Implurb estão unifi cados. “Ainda existe um trabalho em conjunto para que essa base possa ser com-partilhada e tornada pública e acessível também à popula-ção”, informa o Implurb.

A intenção é fazer desde a integração de endereço entre prefeitura e concessionárias de serviços públicos, como água, luz, além dos privados, de telefonia, incluindo infor-mações do IBGE e Correios, até a emissão de certidão de endereço on-line.

Também em razão da al-teração promovida pela le-gislação municipal na década de 90, Semef e Implurb, com apoio da Procuradoria Geral do Município (PGM) e da Câ-mara Municipal de Manaus (CMM) atuam em conjunto para elaborar um projeto de lei que atenda a demanda da população, que busca ter um endereçamento seguro, único e que não sofra alterações quando consolidado, unifi can-do leis e revogando outras não regulamentadas. Neste projeto há previsão de incluir dispositivos que não permi-tam a mudança de nomes de logradouros.

BELEZA VIVA

Araras tornam a natureza exuberanteDia a dia C4 e C5

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MICHELLE FREITAS

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C2 Dia a dia

Acidentes de trânsito matam mais que crimes em Manaus

Falta de conscientização por parte de motoristas e pedestres contribui para alto índice de ocorrências na cidade

Para o espanto de al-guns, a principal causa de mortes de jovens no Brasil não é o cri-

me, mas, sim, o trânsito. Em Manaus, uma média de 20 acidentes graves são re-gistrados na cidade, em sua maioria, envolvendo pessoas que consumiram bebidas al-coólicas e dirigiam em alta velocidade. Conforme dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), nos últi-mos 3 anos, os casos de aci-dentes de trânsito na capital subiram em torno de 41%. Foram mais de 21 mil vítimas feridas e outras mil perderam suas vidas. Campanhas de conscientização estão sem-pre em vigor, porém, poucas melhoras aconteceram.

O delegado titular da Dele-gacia Especializada em Aci-dentes de Trânsito (Deat), Luis Humberto Monteiro, compara os crimes no trân-sito a uma epidemia, mas com número de vítimas fatais muito superiores a doenças como dengue ou malária. Segundo ele, não basta so-mente mudanças na legisla-ção, é necessário investir

em educação, tanto de con-dutores quanto de pedestres para minimizar a quantidade de mortes.

“Nós podemos melhorar, porque o trânsito somos nós. Se cada um fizer a sua parte, vamos melhorar. Agora, é muito difícil, porque é um problema cultural e a gente precisa estar o tempo todo em cima: ‘Olha, cuidado. Se você for dirigir, não beba. Vai beber, não dirija’. Nós temos que colocar isso, o tempo todo bater na mes-ma tecla, para ver se os jovens criam consciência”, opina Monteiro.

De acordo com o titular da Deat, é preciso consciência por parte nos condutores. Desde o ano passado, a lei 12.971/14 alterou 11 artigos do Código de Trânsito Brasi-leiro (CTB), para dispor so-bre sanções administrativas e crimes de trânsito. Se antes as penas para condutores envolvidos em acidentes com vítimas fatais eram apenas de detenção de 2 a 4 anos e afiançável, agora o motorista que matar alguém sob efeito de substâncias psicoativas poderá ficar preso por até 4 anos, sem direito ao pa-gamento de fiança.

ANDRÉ TOBIAS E THIAGO FERNADO

Pela nova lei, motorista sob efeito de substância psicoativa vai preso

Casos de acidentes de trânsito cresceram 41%

em Manaus,

Mais de 21 mil vítimas ficaram feridas em aci-dentes nos últimos 3 anos

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Acidentes de trânsito matam mais que crimes em Manaus

“Houve algumas mudanças que melhoraram o sistema dos problemas de acidente de trânsito. Tem uma nova legislação para pessoas que vão dirigir e acabam co-metendo um acidente com vítimas fatais. Agora, essas pessoas podem realmente ser presas. É o que chama-mos de homicídio qualifica-do. A qualificadora é justa-mente o álcool ou qualquer

outra substância psicoativa que determine dependên-cia”, explica Monteiro, que está há mais de 10 anos à frente da Deat.

Conforme o delegado, as mudanças na legislação são eficazes no combate aos acidentes de trânsito, mas para as estatísticas caírem é necessário uma partici-pação maior por parte da população. Para Monteiro, união, educação e respeito são alguns dos fatores que podem mudar a triste rotina

do trânsito, que todos os dias faz vítimas fatais nas ruas de Manaus.

“A causa principal de mor-tes no trânsito é a velocidade e a embriaguez. Agora, nós estamos preocupados com o número de pessoas que an-dam de motocicleta, elas têm sido vítimas com mais fre-quência. As altas velocidades e a falta de respeito levam a isso. Às vezes eles (moto-queiros) têm razão também. O respeito é fundamental para isso. Tem havido alguns acidentes também com bici-cleta, o que também chama a atenção”, diz Monteiro.

Pouco efeitoO titular da Deat não culpa

somente condutores pelos crimes de trânsito. Segundo ele, os pedestres são parte fundamental do processo de educação nas ruas. Apesar de todo o esforço feito pe-los órgãos envolvidos com o trânsito em Manaus, com campanhas de conscientiza-ção realizadas quase que mensalmente, o efeito delas não tem sido o esperado. Para Monteiro, as leis pre-cisam evoluir no sentido de serem mais rigorosas com os que desrespeitam o CBT.

“Quem sabe amanhã nossa legislação seja mais forte e possa ter um peso maior, uma punição que funcione para que a pessoa respeite ainda mais as leis. Hoje, quando tem blitz de Lei Seca na avenida do Turismo, os jovens se comunicam por rede social para desviar da fiscalização. Que mundo é esse? Todo mundo quer dar

um jeito, é o chamado jei-tinho brasileiro”, pontua

Monteiro.

Um dos casos que que chamou

atenção neste ano aconte-ceu no dia 29 de setem-bro, na rua Comenda-dor Clemen-

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bairro Praça 14 de Janei-ro, Zona Sul. Na ocasião, a condutora Renata Maquiné Gomes da Silva, 20, colidiu o veículo que conduzia, mo-delo HB20, de cor branca e placa PHA 5873, contra o veículo Chery, de cor cinza e placa NAA-9105, guiado pelo advogado Renan Souza da Silva, 24. A batida foi tão forte que o Chery capotou. No carro, além de Renan, estava sua esposa, Jamilly

Ribeiro Melo, 23, duas tias e o filho de apenas 1 ano. Com o impacto da colisão, o bebê foi arremessado para fora do veículo, po-rém, não se machucou. Renata foi conduzida ao

1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), onde realizou

o teste de alcoolemia, que atestou 0,82 mg/l de álcool em seu organismo, volume superior ao limite previsto na Lei Seca, que é de 0,5 mg/l.

Um mês após o acidente, Jamilly admite ainda não ter superado as lembranças ter-

ríveis daquela noite. A fisio-terapeuta explica que mesmo quando chega em casa para dormir, após um longo dia de trabalho, não consegue fe-char os olhos, porque sempre relembra o desastre.

“O acidente foi bem horrí-vel. Ver minha família com-pletamente vulnerável da forma que ficou, ver meu filho engatinhando sozinho na calçada foi a pior coisa que já vi na vida. Não te-nho como pôr em palavras o pânico que tomou conta de mim, depois de tudo. É difícil dormir, porque sempre é nessa hora que vem tudo o que aconteceu, que vem toda a confusão da hora do acidente. É difícil olhar no espelho e ver essa cicatriz, mas também um alívio por ter sido só isso”, desabafa Jamilly que ainda faz fisio-terapia para tratar pequenas fraturas na coluna.

Mãe de primeira viagem ela afirma que o pior de tudo é o sentimento de impunidade.

Jamilly explica que machuca ver que seu marido ainda não conseguiu ficar com o filho por causa das lesões do acidente. O bebê vive assustado e tem pesadelos diários.

“Sinto raiva pelo ocorrido, o trauma que todos passa-ram por imprudência e irres-ponsabilidade de uma outra pessoa. Ainda não consigo andar de carro direito, por-que dói as costas. Faz um mês do acidente e meu filho ainda não consegue ficar em locais com muita gente, não consegue ficar com pessoas estranhas. Um mês que meu filho não sabe o que é ir para o colo do pai. Passei 18 dias sem trabalhar e sem colocá-lo no colo por não ter forças. Isso é um sofrimento para qual-quer mãe”, relata ela, que também chama a atenção para os gastos extras que a família teve, porque foi necessário contratar uma pessoa para ajudar nos afa-zeres domésticos.

Família tenta se recuperar

mudanças

Em vigor desde o ano passado, a lei 12.971/14 alte-rou 11 artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), para dispor sobre sanções administra-tivas e crimes de trânsito

Delegado Luiz Humberto aposta na educação e respeito, para mudar a triste realidade do trânsito de Manaus que registra médica de 20 acidentes

Mudanças na legislação são eficazes no combate

aos acidentes

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C4 Dia a dia

Pelos céus elas cruzam quase sempre em du-pla. Com uma parceria entre macho e fêmea,

até o fi nal das suas vidas, elas simbolizam um dos comporta-mentos mais discutidos entre homens e mulheres: a fi deli-dade. Ricas em cores fortes e de uma beleza indiscutível, as araras conseguem represen-tar todo poder da diversidade da fauna e da fl ora amazônica.

Todo simbolismo das araras leva suas cores vermelhas ou azuis, amarelas ou verdes, com o esplendor das suas penas, a encantar as pessoas até

mesmo nas letras de músicas, como na toada em “Pássaros de Arrebol”, do boi-bumbá Ga-rantido, que fala das araras vermelhas que deram origem ao povo Ukaramã, e a toa-da “Suiá” do Caprichoso, que lembra da arara azul como um pássaro de luz.

Comuns em regiões tropi-cais do planeta, em território amazonense, três são as espé-cies de araras exclusivas resi-dentes nas fl orestas com mata da terra fi rme, nas várzeas e também nas áreas urbanas, de acordo com o pesquisa-dor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Mário Cohn.

Sua beleza, voo, singularidade e a força que representam na Amazônia fazem das araras pássaros símbolo do que o Amazonas tem de mais exuberanteEMERSON QUARESMA

Araras adornam a Amazônia

contrada somente em mata de terra fi rme. “A caminho de Presidente Figueiredo, por exemplo, você começa a en-contrar”, comenta.

Natural do Estado de Mas-sachusetts (EUA), Mário Cohn está em Manaus há 28 anos pesquisando sobre a vida dos pássaros da Amazônia e expli-ca que não há um estudo que indique a população dessas espécies. Por outro lado, ele afi rma que nenhuma delas cor-re o risco de extinção e que é possível afi rmar hoje que há população de milhões para cada uma dessas espécies. De acordo com o pesquisador, nem o tráfi co de animais é capaz de reduzir a população da espécie.

“A abundância das espécies é sufi ciente para as áreas ocupadas, tem populações saudáveis na cidade que es-tão diminuindo, mas a área urbana é quase nada diante das populações encontradas nas áreas de fl oresta amazôni-ca”, afi rma Mário Cohn, que é doutor em Ornitologia - ramo da Biologia que se dedica ao estudo das aves a partir de sua distribuição na superfície do globo, das condições e peculiaridades de seu meio.

O tráfi co de animais, no entanto, ameaça outras espé-cies amazônicas como a arara juba, segundo o pesquisador. A espécie que, para ele, deveria ser a ave representante do país - pelo verde e amarelo exuberante -, só ocorre no Brasil, principalmente na re-gião entre o sul do Pará, o norte do Maranhão e no leste do Amazonas, especialmente no município de Maués (a 276 quilômetros de Manaus). “Ela é exclusivamente amazônica. Deveria ser a ave do país, e só não é por manobras políticas de gente que não entende nada de nada”, comenta.

Curador da cole-ção de aves do Inpa, Mário

Cohn, aponta que na Amazônia há mais de 1,3 mil espécies de

aves, o que a torna o lugar mais rico em espécies de pássaros do

mundo. Na coleção do Inpa, ele diz que o instituto tem

apenas 700.

CURIOSIDADE

Pássaro emblemáticoNo Brasil, a mais em-

blemática das araras é a azul, considerada confor-me o pesquisador como a maior espécie de arara do país. Mário explica que dela existem duas populações, sendo a mais saudável que já sofreu muito, mas está se recuperando na região do Pantanal (MS).

A outra população de arara azul está no sudeste da Amazônia brasileira, no estado do Pará, mais ao certo na região de Carajás e Itaituba. Ela, de acordo com Mário Cohn, sofre com o tráfico e principalmente com o desmatamento de-sordenado no sul paraense. “Por isso não existem boas estimativas populacionais dessa população de arara azul na Amazônia”, diz.

O desmatamento do sul do Pará não é motivo, de

acordo com o pesquisador, para que a arara azul migre para território amazonen-se. Ele explica que, ave da família dos psitacíde-os (papagaios, periquitos, jandaias e maracanãs) a arara não é naturalmente um animal migratório. Ela tem uma estrutura social que é de casal e residência permanente. Em cativeiro experiências mostram que elas podem viver até 40 anos e no ambiente natu-ral, e ele estima que pode chegar de 50 a 60 anos.

Os predadores naturais das araras são os gaviões e grandes falcões. Mário diz que os adultos são vítimas, mas, todo filhote de passa-rinho e o ovo é sujeito a alta mortalidade. “Ovo e ninhe-go são muito comidos por cobras, mucuras e outras aves como o tucano”, diz.

Na área urbana, Cohn ex-plica que é possível encontrar a arara-canga, uma espécie de arara vermelha, de porte médio. Em áreas de várzea ele cita a arara-canindé, que é azul por cima e amarelo por baixo, e gosta de um buritizal. A mais emblemática das espécies exclusivas da Amazônia, segundo ele, é a arara vermelha grande, en-

SAIB

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AIS Sempre em dupla, as

araras são o símbolo da fi delidade. Mas, segundo o pesquisador, em pes-quisas de composição genética de um casal de araras dentro do ninho e a

análise de DNA dos fi lhotes, já se encontraram evidências

de outro pai.

SAIBA MAIS

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Pelos céus elas cruzam quase sempre em du-pla. Com uma parceria entre macho e fêmea,

até o fi nal das suas vidas, elas simbolizam um dos comporta-mentos mais discutidos entre homens e mulheres: a fi deli-dade. Ricas em cores fortes e de uma beleza indiscutível, as araras conseguem represen-tar todo poder da diversidade da fauna e da fl ora amazônica.

Todo simbolismo das araras leva suas cores vermelhas ou azuis, amarelas ou verdes, com o esplendor das suas penas, a encantar as pessoas até

mesmo nas letras de músicas, como na toada em “Pássaros de Arrebol”, do boi-bumbá Ga-rantido, que fala das araras vermelhas que deram origem ao povo Ukaramã, e a toa-da “Suiá” do Caprichoso, que lembra da arara azul como um pássaro de luz.

Comuns em regiões tropi-cais do planeta, em território amazonense, três são as espé-cies de araras exclusivas resi-dentes nas fl orestas com mata da terra fi rme, nas várzeas e também nas áreas urbanas, de acordo com o pesquisa-dor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Mário Cohn.

Sua beleza, voo, singularidade e a força que representam na Amazônia fazem das araras pássaros símbolo do que o Amazonas tem de mais exuberanteEMERSON QUARESMA

Araras adornam a Amazônia

contrada somente em mata de terra fi rme. “A caminho de Presidente Figueiredo, por exemplo, você começa a en-contrar”, comenta.

Natural do Estado de Mas-sachusetts (EUA), Mário Cohn está em Manaus há 28 anos pesquisando sobre a vida dos pássaros da Amazônia e expli-ca que não há um estudo que indique a população dessas espécies. Por outro lado, ele afi rma que nenhuma delas cor-re o risco de extinção e que é possível afi rmar hoje que há população de milhões para cada uma dessas espécies. De acordo com o pesquisador, nem o tráfi co de animais é capaz de reduzir a população da espécie.

“A abundância das espécies é sufi ciente para as áreas ocupadas, tem populações saudáveis na cidade que es-tão diminuindo, mas a área urbana é quase nada diante das populações encontradas nas áreas de fl oresta amazôni-ca”, afi rma Mário Cohn, que é doutor em Ornitologia - ramo da Biologia que se dedica ao estudo das aves a partir de sua distribuição na superfície do globo, das condições e peculiaridades de seu meio.

O tráfi co de animais, no entanto, ameaça outras espé-cies amazônicas como a arara juba, segundo o pesquisador. A espécie que, para ele, deveria ser a ave representante do país - pelo verde e amarelo exuberante -, só ocorre no Brasil, principalmente na re-gião entre o sul do Pará, o norte do Maranhão e no leste do Amazonas, especialmente no município de Maués (a 276 quilômetros de Manaus). “Ela é exclusivamente amazônica. Deveria ser a ave do país, e só não é por manobras políticas de gente que não entende nada de nada”, comenta.

Curador da cole-ção de aves do Inpa, Mário

Cohn, aponta que na Amazônia há mais de 1,3 mil espécies de

aves, o que a torna o lugar mais rico em espécies de pássaros do

mundo. Na coleção do Inpa, ele diz que o instituto tem

apenas 700.

CURIOSIDADE

Pássaro emblemáticoNo Brasil, a mais em-

blemática das araras é a azul, considerada confor-me o pesquisador como a maior espécie de arara do país. Mário explica que dela existem duas populações, sendo a mais saudável que já sofreu muito, mas está se recuperando na região do Pantanal (MS).

A outra população de arara azul está no sudeste da Amazônia brasileira, no estado do Pará, mais ao certo na região de Carajás e Itaituba. Ela, de acordo com Mário Cohn, sofre com o tráfico e principalmente com o desmatamento de-sordenado no sul paraense. “Por isso não existem boas estimativas populacionais dessa população de arara azul na Amazônia”, diz.

O desmatamento do sul do Pará não é motivo, de

acordo com o pesquisador, para que a arara azul migre para território amazonen-se. Ele explica que, ave da família dos psitacíde-os (papagaios, periquitos, jandaias e maracanãs) a arara não é naturalmente um animal migratório. Ela tem uma estrutura social que é de casal e residência permanente. Em cativeiro experiências mostram que elas podem viver até 40 anos e no ambiente natu-ral, e ele estima que pode chegar de 50 a 60 anos.

Os predadores naturais das araras são os gaviões e grandes falcões. Mário diz que os adultos são vítimas, mas, todo filhote de passa-rinho e o ovo é sujeito a alta mortalidade. “Ovo e ninhe-go são muito comidos por cobras, mucuras e outras aves como o tucano”, diz.

Na área urbana, Cohn ex-plica que é possível encontrar a arara-canga, uma espécie de arara vermelha, de porte médio. Em áreas de várzea ele cita a arara-canindé, que é azul por cima e amarelo por baixo, e gosta de um buritizal. A mais emblemática das espécies exclusivas da Amazônia, segundo ele, é a arara vermelha grande, en-

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araras são o símbolo da fi delidade. Mas, segundo o pesquisador, em pes-quisas de composição genética de um casal de araras dentro do ninho e a

análise de DNA dos fi lhotes, já se encontraram evidências

de outro pai.

SAIBA MAIS

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015C6 Dia a diaArquitetura de Manaus é destacada em revista Publicação que circulou no aniversário da cidade ofereceu aos leitores imagens de como era antes e como está a capital

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Publicação segundo Otoni Mesquita, além de resgatar padrões antigos servirá como documento histórico

Raízes indígenas com um toque nordestino, su-lista e até estrangeiro, assim podemos descre-

ver a origem de Manaus e suas características. Banhada pelo rio Negro e contemplada com a fl oresta amazônica, a capital do Estado completou 346 anos em franca evolução. Mudan-ças constantes, crescimento descontrolado são apenas al-guns aspectos que podemos destacar dentro desse pano-rama. Chamada de “Paris dos Trópicos” e eternizada pelo poeta Aldisio Filgueiras como “Porto de Lenha”, a cidade reúne alguns apaixonados que buscam preservar sua histó-ria. Foi pensando nisso, que o jornal Amazonas EM TEMPO divulgou em sua edição do último sábado (24), a revista ‘Manaus 346, velhos endere-ços, novos destinos’, buscan-do resgatar e apresentar aos leitores o desenvolvimento da cidade nas últimas décadas.

A iniciativa fez sucesso en-tre os admiradores da capital. Como por exemplo, o professor universitário Otoni Mesquita, 62. Famoso por seus estu-dos e livros publicados sobre Manaus e sua arquitetura, o docente afi rma ser válida a publicação para recuperar al-guns padrões destruídos com o passar do tempo.

“A questão do uso da ima-gem, do texto da própria cida-

de, reforça o auto reconheci-mento e a valorização como identidade dessas criaturas que nela habitam. Aprende-mos e fi xamos por meio de imagens. A questão de mesclar o ontem e o hoje é sempre in-teressante, porque as pessoas não têm referência. Às vezes, não sabem nem o nome de uma rua, um aspecto que acho lamentável”, observa Mesqui-ta, que também ressalta que a revista pode ser utilizada

como documento pelo fato de ser impressa.

“As pessoas vão com o tempo, apagando o passado, as memórias. Com as novas tendências de sobreposições de informações e mídias, as pessoas não fi xam. É muito importante que se recupere alguns padrões, sobre tudo impresso. É um tipo de mate-rial que permanece com maior durabilidade. Pelo menos, pode ser reconsultado. Eu, como historiador mais conservador,

faço referencial ao papel im-presso e datado, porque o virtual se dilui e desaparece”, pontua.

Otoni compara sua ligação com a cidade com a de um ado-lescente e seu primeiro amor. Apesar de todos os problemas, ele afi rma que não consegue se distanciar de Manaus. “É como se fosse uma namo-radinha pela qual fui muito apaixonado e de repente se tornou uma mulher, um pouco autônoma demais, diria até vulgar, que tem uma série de vícios, mas você continua vinculado a ela. Posso estar sendo muito romântico, mas temos que cobrar de todos os setores um comprometimento de ser amador, no sentido de amar. Temos que ir à luta, estar vinculado, não estamos emocionalmente ligados ao aspecto da cidade. Se isso não existe, como vamos de-fendê-la? ”, questiona.

PreservaçãoUm dos aspectos que Otoni

mais defende é a preservação das belezas naturais do Es-tado. O professor afi rma ser muito fácil achar tudo lindo pelas mídias sociais, porém, as mesmas pessoas defendem a derrubada de mais de 40 árvores para dar espaço a um estacionamento. Para o histo-riador, é possível fazer uma média entre mudar e manter, e mesmo assim continuar evo-luindo a estrutura da cidade.

MATERIAL

A revista composta por 24 fotos em 3D apresenta imagens de pontos históricos da cidade, mostrando locais que fi zeram e fazem parte do cotidiano manauense, além de servir como material de pesquisa

Conhecida mundialmen-te pelo encontro das águas e pelo Teatro Amazonas, Manaus é muito mais rica do que muitos manauen-ses imaginam. A cidade é destino turístico de pessoas que acabam se apaixonando e mudando para cá. É o caso da re-lações públicas da auto escola NB, Márcia Mazet-to. Morando há 5 anos na capital, Mazetto se apai-

xonou pelas belezas na-turais da região. Por esse motivo, ela sugeriu à di-reção da empresa apoiar o projeto do EM TEMPO, que valoriza a cultura da terra.

“Compramos o projeto desde a edição passada. Gostamos da ideia do jor-nal fazer um trabalho es-pecial para homenagear a cidade. Este ano, em rela-ção ao resgate da cultura

da cidade, achamos muito bacana, porque precisa-mos muito disso na nossa região. Quando cheguei a Manaus, como turista, eu apaixonei-me pelo centro histórico que é muito bo-nito. Porém, algumas pes-soas nunca nem entraram no Teatro Amazonas”, sa-lienta Márcia. Para ela, se-ria interessante matérias semanais sobre o resgate histórico da capital.

Belezas encantam e conquistam

Realações públicas se encantou com o Centro Histórico de Manaus, para onde se mudou há cinco anos

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015C7Dia a dia

Ao menos 500 abrigos de ônibus em todas as zo-nas de Manaus devem ser reformados em um

prazo de até 120 dias, confor-me informações da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). De acordo com o ór-gão, as reformas das paradas de ônibus, no estilo colonial, com telhas de barro, inicia-ram nesse segundo semestre, e contemplam os bairros da Cidade Nova, Flores, Lírio do Vale, São Raimundo e Parque 10 de Novembro.

Somente no Parque 10 de Novembro, aproximadamente 20 pontos de ônibus já estão em reforma. Na avenida Max Teixeira, na Cidade Nova, Zona Norte, as obras estão em anda-mento. Todas as paradas com telha de barro foram destelha-das para receber os reparos de recuperação da estrutura, cobertura, iluminação, pintura, piso e assentos. Os primeiros pontos de ônibus em reforma nesses bairros citados têm o prazo estimado de 30 dias para serem concluídos.

De acordo com a Superinten-dência Municipal de Transpor-tes Urbanos (SMTU), desde que a programação de recuperação

dos abrigos iniciou, diversos espaços já foram reformados, porém o órgão não soube pre-cisar o total. Para dar mais agilidade aos serviços, as ações foram divididas em quatro lo-tes, ampliando as frentes de trabalho, que estarão sendo executadas simultaneamente.

O primeiro lote cujo o valor licitado foi de R$ 1.115.028,89,

benefi cia os bairros: Coroado, Puraquequara, Colônia Oliveira Machado, São José, Tancredo Neves, Cidade de Deus, Ar-mando Mendes, Ouro Verde, Coroado, Zumbi, Conjunto Cida-dão, Gilberto Mestrinho, Jorge Teixeira, Nova Floresta, Jardim Mauá, Nova Cidade, Nossa Se-nhora de Fátima, Parque das Garças, Cidade Nova e Ama-zonino Mendes.

O segundo lote no valor de R$ 1.263.345,58 contempla os bairros: Cachoeirinha, Japiim, Educandos, Jardim Mauá, Co-lônia Oliveira Machado, Distri-to Industrial, Petrópolis, São Francisco, Adrianópolis, Cres-po e Raiz. O terceiro lote no valor de R$ 1.092.319,11 con-templa os bairros: Parque das Laranjeiras, Flores, Chapada, Compensa, Tarumã, Ajurica-ba, Campos Elíseos, Lírio do Vale, São Raimundo, Parque 10, Santo Antônio, São Ge-raldo, Planalto, Redenção, Hi-léia, Versalles, Santa Bárbara, Dom Pedro, Alvorada, Cam-pos Sales, Santo Agostinho e Parque Riachuelo.

Já o quarto lote no valor R$ 1.231.248,06 favorece os bairros: Santa Etelvina, Cida-de Nova, Novo Israel, Nova Cidade, Monte das Oliveiras, Manôa, Tarumã, Terra Nova e Conjunto Cidadão 5.

Além da recuperação das 500 paradas de ônibus, a Prefeitura também deverá fazer a implan-tação de 200 novos abrigos do tipo telha de barro, em zonas da cidade, onde a demanda de abrigos é maior. O projeto elaborado pela SMTU foi enca-minhado à Seminf, para ajustes na composição de custos e, posteriormente, ser licitado.

Abrigos são reformados em várias zonas da cidadeTrabalhos em algumas áreas entram na fase final e devem ser entregues à população nas próximas semanas

OBRAS

Alguns abrigos re-ceberam estrutura metálica, substituindo as antigas que eram de madeira, reforçan-do a segurança dos mesmos. A instalação elétrica e pisos tam-bém foram incluídos nos trabalhos

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Recuperação de abrigos melhora o aspecto visual da cidade, além de oferecer conforto aos usuários de ônibus

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[email protected], DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015

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Leonardo e Eduardo Costa em ManausPlateia D3

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ganha reapresentaçãoAssociação Belas Artes do Amazonas (Belarte) supera as expectativas de público para a estreia de sua montagem do clássico e oferece nova oportunidade a quem ficou de fora da primeira apresentação

Após o sucesso da primeira apresentação que lotou o Te-atro Amazonas, os bailarinos da Associação Belas Artes do

Amazonas (Belarte) reapresentarão a adaptação do espetáculo “O Quebra-Nozes”, no dia 21 de novembro, às 19h, no balneário do Sesc. A entrada será gratuita. A procura do público para assistir à estreia do balé no Teatro, no dia 21 deste mês, em comemo-ração aos 10 anos da companhia, surpreendeu os bailarinos. Todos os 700 lugares foram ocupados.

“Realmente foi um sucesso de público. Mais de 500 pessoas fi caram fora do teatro, porque não havia mais espaço. Teve pai de bailarino que não conseguiu entrar, porque não tinha mais como comportar. Não é permitido que ultra-passe capacidade”, apontou a fundadora e diretora artística do Belarte, Carolina Soler. Se por um lado, o elenco fi cou impressionado com o tamanho da fi la de interessados em assistir ao espetáculo, a plateia também teve muitos motivos para se surpreender. Além de assistir em um único palco 140 bailarinos, com idades de 5 a 20 anos, em níveis técnicos diferentes, a companhia mexeu com a temperatura de Manaus. “Foi nosso espetáculo de 10 anos de criação da companhia e foi um sucesso. Fizemos até nevar no Teatro Amazonas e foi uma surpresa grande, imagina, nevar em Manaus”, apontou Soler.

Na disputa por um lugar para assistir ao espetáculo, familiares do elenco, bailarinos e amantes da dança lotaram o espaço. “Ficamos muito felizes, por um lado é o reconhecimento do tra-balho ao longo de todos anos. Muitos bailarinos prestigiaram o evento. É um reconhecimento gratifi cante. Por outro lado, é a tristeza de não termos conse-guido ofertar a possibilidade de todos assistirem”, afi rmou. Contudo, quem não conseguiu assistir, terá uma segunda oportunidade. A companhia realiza a segunda apresentação no anfi teatro do balneário do Sesc, que tem capacidade para comportar, aproximadamente, 1,5 mil pessoas na plateia. Além dos ensaios que continuam ininterruptos com os 140 bailarinos, a nova apresentação exige da direção criterioso estudo e criatividade para adaptar todo o corpo e o cenário no diferente espaço. “O palco é menor que o do Teatro Amazonas, mas é um palco bom para dança. Teremos que adaptar os movimentos no novo es-paço. O anfi teatro é coberto, mas não climatizado e tem espaço para 1,5 mil lugares, com maior possibilidade de não faltar lugar”, disse Soler.

Além de acomodar o movimento dos bailarinos no espaço, a companhia tam-bém se dedica a ajustar o cenário e encontrar alternativas para suprir a falta de recurso. “Faremos adaptação com relação aos cenários. Como não temos vara móvel, que suspende o ce-

nário, vamos criar uma estrutura para desmontá-lo de um ato para o outro. No novo local não tem este recurso e teremos que adaptar”, afi rmou.

Enquanto a parte técnica busca solu-ções na adaptação, os bailarinos seguem a rotina de ensaios todos os fi ns de semana. Os encontros – que ocorrem aos sábados o dia inteiro e no domingo das 8h ao meio-dia – são realizados no espaço que têm servido como sede da associação, a escola municipal João Bra-ga, no bairro Nova Cidade, Zona Norte.

TalentoEm 10 anos, já foram 11 espetáculos

montados pelo projeto, como “Colagens” em 2006, “A Cartola Mágica” em 2007, “As aventuras de Sininho em Hollywood” em 2008, “Dorothy na Floresta Encan-tada” em 2009, “A Volta ao Mundo em 80 sapatilhas” em 2010, “Sherazade e as mil e uma noites” em 2011, “Alice no Pais das Bailarinas” em 2012, “Ballet Coppelia” em 2013, “A Bela Adormecida” em 2014 e “Um Pouquinho de Brasil” em 2014/ 2015. E o mais recente, “O Quebra-Nozes”, em homenagem à pri-meira década de existência do grupo.

No espetáculo apresentado no Te-atro Amazonas, uma das protago-nistas, a Fada Açucarada, foi vivida pela bailarina Brenda Ferreira, 20, que participa do grupo desde a criação. “Foi maravilhosa a apresentação. Foi muito importante para mim, por ser em co-memoração aos 10 anos da companhia e por ter sido sucesso de público. Além disso, faz 10 anos que danço, comecei com o projeto e nunca mais saí. Foi incrível, nunca vou esquecer”, afi rmou a bailarina. Fazer a solista exigiu muito treinamento e dedicação de Brenda. “Os ensaios foram pesados, por ser um ballet de repertório, e fui uma das solistas, não foi fácil. No começo foi difícil de pegar, mas ensaiei bastante e deu tudo certo no fi nal”, disse.

No projeto, Brenda confi rmou a paixão e vocação pela dança o que foi impor-tante para auxiliar a jovem na escolha profi ssional. “Desde pequena sempre gostei de dança, minha mãe tinha uma loja e sempre que eu saía da loja, passava em frente a uma aula de balé. Então abriu inscrição para o Belarte e minha mãe me inscreveu e fi quei até hoje. Ter-minei o ensino médio e fi z faculdade de dança na UEA (Universidade do Estado do Amazonas)”, afi rmou.

Hoje, há no grupo jovens que parti-ciparam desde os primeiros anos de vida do projeto em 2005. “Tem alunos que estão na faculdade, que dão aula em escolinhas, são pessoas de bem, que vem um futuro pela frente e que ocupam os fi ns de semana com o vo-luntariado. A gente tinha este foco de fazer um projeto duradouro, que não fosse efêmero”, ressaltou.

Contudo, apesar de ter mudado a vida de muita gente, o projeto ainda carece de investimentos para continuar vivo. Falta, sobretudo, espaço próprio.

POR IVE RYLO

ganha reapresentaçãoganha reapresentação‘O Quebra-Nozes’

SERVIÇO

ONDE: Balneário do Sesc (Alvorada)QUANDO: dia 21 de novem-bro, às 19hQUANTO: entrada gratuita

“O QUEBRA�NOZES”

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Tela

Halloween

[email protected] - www.conteudochic.com.br

Fernando Coelho Jr.

. Manaus recebe nos dias 11 e 12 de no-vembro um dos mais importantes congressos de direito do Brasil: é o I Congresso Interna-cional Luso Brasileiro em Direito Processual e Constitucional, que está sendo organizado pelo CIESA.

. O evento inédito na região norte trará para o debate alguns dos mais importantes estudiosos do direito constitucional. Entre eles, Ives Gandra Martins, tributarista e um dos mais destacados constitucionalistas do país, além do professor Paulo Ferreira da Cunha, Phd em direito e pro-fessor da Universidade do Porto, instituição de 1911 respeitadíssima mundo a fora.

. O célebre professor Ives Gandra debaterá o tema “o momento atual da Constituição Brasileira”. Vale conferir.

. Depois da saída de Raf Simons da Dior, uma verdadeira dança das cadeiras foi armada no mundinho fashion: Alber Elbaz deixou a Lanvin em clima não muito amigável e é um dos nomes mais cotados para assumir a Dior. Mas quem assumirá o posto que foi de Elbaz por 14 anos na Lanvin?

. A pergunta recebe resposta com o nome do brasileiro Francisco Costa, que está cotadíssimo para o posto. Costa está atualmente na Calvin Klein, onde tem con-trato até o fi nal do ano. A coluna está torcendo para se concreti-zar a notícia de um brasileiro do topo da moda.

CongressoFashion

. O agito com clima de Halloween de hoje é no Porão do Alemão.

. A festa começa com sunset partir das 17h com 10 bandas fazendo shows em dois palcos, concurso de fantasias, sorteio de brindes e promoção de bebidas.

. Quem estiver fantasiado tem ingresso free até às 23 horas.

. Estudo realizado com mais de 6 mil pessoas, em seis países, mostra que deixar o celular cair das mãos é um dos principais motivos de quebra da tela.

. O motivo é tão comum que 48% dos brasileiros que têm smartphones, entrevistados em uma pesquisa mundial feita pela Motorola, relataram que já tiveram a tela trincada ou estilhaçada. E do total de pessoas pesquisadas que têm este tipo de aparelho no País, 28% continuaram usando o aparelho mesmo com a tela quebrada, e 20% responderam que já tiveram a tela quebrada mais de uma vez. Ainda entre os brasileiros, 76% afi rmam que continuam usando o celular, mesmo com difi culdade de enxergar o que está escrito na tela.

. Esses são alguns dados apontados no estudo, que contou com a participação de 6.019 adultos com mais de 18 anos, feito entre 29 de setembro e 9 de outubro, em seis países: Brasil, México, EUA, China, Reino Unido e Índia, pela empresa KRC Research.

Objeto de desejo. Imagine um cheiro que re-

presenta o Natal. Pois é, uma empresa acaba de lançar um perfume para ambientes que promete reproduzir o cheirinho típico da época natalina.

. Além de trazer lembranças para quem sempre teve em casa um pinheiro natural, o spray pode ser uma boa pedida para quem tem uma árvore fake que, apesar de bela, não trará cheiro algum para o ambiente.

. Criado com fragrância de cedro, pinho, plantas selvagens, o spray pode ser encontrado em sites de compra como o Mercado livre.

1. Najla e Jorge Akel enchendo de alto astral evento no high society

2. Karla Krishanã e Fernanda Mendonça durante almoço chic no Alentejo

3. Jéssica e David Tayah em noite festa na cidade

4. Paulo e Mônica Fer-reira circulando na cena social de Manaus

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AÇÃO

A festa contará com promoções especiais de bebidas, concurso de fantasias e sorteios de brindes ofi ciais do bar

PORÃO

‘Halloween’ apresenta dez bandas de rockHoje, a partir das 17h, o bar

Porão do Alemão, localizado na estrada da Ponta Negra, fará sua tradicional festa de halloween com dez bandas que vão apresentar shows em dois palcos, concurso de fantasias, sorteios de brindes e promo-ções de bebidas.

Além disso, quem for fan-tasiado poderá entrar, até as 23h, sem pagar ingresso, e as 300 primeiras mulheres pagarão apenas R$ 2 para se divertir na festa.

As bandas que se apresen-tarão no evento são: a Ló-tus fazendo um especial em homenagem à cantora Pitty; a Shellter Rock Band com o especial Massacration; a Black Sage com o tributo a Evanescence e Nightwish; a Rockaholics levará um tributo ao Coldplay; a Rahvox fará o especial Mamonas Assas-

sinas; a Illusion interpretará canções de Guns N’ Roses; a Fullgas fará o especial Sli-pknot e Korn; a Hightower tocará músicas dos Raimun-dos; a 00:00 vai cantar hits do Bon Jovi; e a Critical Age fará tributo ao System of a Down.

O concurso de fantasia, que anualmente recebe centenas de participações, garantirá premiação ao primeiro lugar

com um ano de entrada gra-tuita na casa e um kit de vodka; a segunda colocação será premiada com seis meses de entrada liberada e um kit de uísque; e o terceiro lugar terá três meses de entrada franca e um balde de cerveja.

O Porão ganhará uma de-coração temática com zumbis e promete muitas surpresas “macabras”. As pessoas que não forem vestidas a caráter terão a oportunidade de se “zumbifi car” por meio do ser-viço de maquiagem artística, que será oferecido gratuita-mente das 18h às 23h.

Das promoções de bebidas, destaque para a venda de mil drinques (caipirinha, caipi-roska e Inferninho) e mil latas de Brahma, 269ml, a apenas R$ 2. Os organizadores ainda sortearão brindes personali-zados do Porão.

HOMENAGENS

Cada uma das atra-ções – Lótus, Shellter Rock Band, Black Sage, Rockaholics, Rahvox, Illusion, Full-gas, Hightower, 00:00 e Critical Age – vai apresentar um tributo a uma banda nacional ou estrangeira

Projeto reúne os cantores Leonardo (à esquerda) e Eduardo Costa, representantes da música sertaneja

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AÇÃO

‘Turnê Cabaré’ chega a Manaus em dezembroFesta marca o encerramento das atividades de 2015 da Fábrica de Eventos, que celebra 16 anos com show ainda este mês

Leonardo e Eduardo Costa, grandes nomes da música sertaneja, trazem para Manaus

um show que marca a con-cretização de um sonho dos dois artistas. Eles sobem no palco do Studio 5, dia 12 de dezembro, com o projeto “Ca-baré”. O duo formado pelos músicos é sucesso nacional e, em Manaus, o show inédito promete ser inesquecível.

O DVD “Leonardo & Eduar-do Costa – Cabaré” é compos-to por 22 faixas com clássicos do sertanejo que, por muito tempo, embalaram os caba-rés de todo o país. Sucessos como “Fio de cabelo”, “Ainda ontem chorei de saudade” e “Garçom” fazem parte do re-pertório, que traz canções do brega dos anos 1980 e 1990.

Todas as músicas são can-tadas pelos dois artistas, com divisões de primeira e segunda voz. Após a morte de Leandro, essa é primeira vez que Leonardo grava um projeto com outro parceiro. Eduardo Costa, por sua vez, atua pela primeira vez ao lado do amigo como uma dupla sertaneja.

A um portal de notícias, Leonardo contou como se dá o show “Cabaré”. “A gente

faz meio que um stand-up, a gente brinca, conta piada, fala besteira. Juntamos toda a descontração com show de músicas antigas e deu muito certo. A gente canta como se estivesse no quintal de casa, no churrasco... não tem regra”, defi ne Leonardo, falando sobre o segredo do sucesso do show.

Antes, tem o Bday da Fábrica!No dia 19 de novembro, a

Fábrica de Eventos realiza uma festa para comemorar os 16 anos de atividades em Manaus. Especialista em eventos de grande porte, a produtora não poderia deixar de brindar a data de nas-cimento com algumas das atrações nacionais que são mais aplaudidas pelos ma-nauenses e outras que são sucessos na atualidade.

No line-up do dia da festa comemorativa, vão passar pelo palco do sambódromo as duplas Jorge & Mateus, Bruno & Marrone, o grupo Melanina Carioca e o cantor que é o “fenômeno do serta-nejo”, Jeff erson Moraes.

Um dos destaques da festa fi ca por conta do Camarote Stage, uma das áreas pri-

SERVIÇO

QUANDO: 19 de novembro (quinta-feira)ONDE: Sambódromo (aveni-da Pedro Teixeira)QUANTO: Pista 2° Lote R$ 60; Área VIP Open Bar 2° Lote R$ 220 com Open Bar de água, refrigerante, cerve-ja, caipirinha e caipiroska até às 3h. Entrada diferenciada. Bares e banheiros exclusivos. Acesso ao Front Stage. Ven-das somente para maiores de 18 anos; Camarote R$ 200; Camarote Stage R$ 350 com Open Bar de água, refrigerante, cerveja, whisky 8 anos e vodka importada até às 4h. Buff et liberado. DJ exclusivo. Acesso à Área VIP e Front Stage. Bares e banheiros exclusivos. Preços de meia-entrada.CENTRAIS DE VENDA: Stand da Fábrica de Eventos no Amazonas Shopping e Lo-jas da Fábrica do Shopping Cidade Leste e Sumaúma Park Shopping.VENDAS ONLINE: www.fabricaingressos.com.

ANIVERSÁRIO FÁBRICA DE EVENTOS

vilegiadas mais concorridas nos shows promovidos pela Fábrica. Entre outras rega-lias, o camarote diferenciado oferece um espaço intimista bem perto do palco. Quem quiser acompanhar os ar-

tistas “tête-à-tête”, o local é o ideal e ainda conta com conforto, entradas diferen-ciadas, banheiro e bar ex-clusivo e outras vantagens.

Seja no camarote, pista ou área VIP, o que não vale é

fi car de fora. A festa que não tem hora para acabar já deu o start à venda de ingressos, que podem ser adquiridos nas centrais da Fábrica de Even-tos e também pelo site www.fabricaingressos.com.

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SÃO PAULO, SP - Pres-tes a estrear em “O Gran-de Gonzalez” (Fox), Clarice Falcão está paralelamente tocando um projeto em sua carreira musical. A atriz, cantora e compositora fi -naliza os detalhes de seu segundo álbum solo, com previsão de lançamento para março de 2016.

Assim como em seu ál-bum de estreia, “Monoma-nia” (2013), quase todas as faixas são composições da própria Clarice, com ex-ceção de uma regravação (ela não revela qual), e uma composição inédita de seu pai, João Falcão.

Uma prévia do novo disco sairá no YouTube este mês, com clipe produzido por Yuri Queiroga. E em abril, ela entra em turnê em São Paulo e no Rio.

Neste segundo disco, Cla-rice faz apenas o vocal: deixou o ukulele e violão por conta de sua equipe de mú-sicos. “Tava com um puta grupo de músicos, então só fi quei olhando eles tocarem e achando o máximo”, conta à reportagem.

Se pudesse escolher qual-quer pessoa do mundo para fazer uma parceria musical, Clarice já tem um nome na manga: Amanda Palmer. A cantora, compositora, es-critora e performer nor-te-americana, ex-vocalista do Dresden Dolls, tem algo em comum com Clarice: a paixão por todas as áreas

MÚSICA

Clarice Falcão prepara o segundo álbum da carreira

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AÇÃO

A montagem estreia no Teatro Manauara, com sessões nos dias 7 e 8, às 17h

Trilhares encena versão da obra ‘O Pequeno Príncipe’

Nos próximos dias 7 e 8, estreia, no Teatro Manauara, o espe-táculo infantil “O

Pequeno Príncipe”, baseado na célebre obra do francês Antoine de Saint-Exupéry (1900–1944). Quem assina a adaptação é a Cia. de Te-atro Trilhares. Os ingressos já estão à venda na bilhete-ria do teatro, no Manauara Shopping, e pelo site www.ingresse.com.

“O Pequeno Príncipe” foi publicado pela primeira vez em 1943 e é considerado o terceiro livro mais vendido no mundo. A história narra as aventuras de um aviador que conhece um pequeno garoto viajante, que está desbravando novos plane-tas, com o desejo de voltar para uma encantadora rosa, que tanto o cativou.

Os encontros do garoto com personagens como um rei mandão, um homem vai-doso, uma serpente, uma raposa e outras criaturas marcantes, estimulam refle-xões ao longo do espetáculo cheio de poesia.

“Músicas, cenários mar-cantes, uso da luz negra, manipulação de formas ani-madas e o teatro de sombra comunicam para o público a mais nova proposta da Trilhares, que é semear no público a percepção das di-versas formas de ‘fazer te-

atro’, principalmente neste novo espetáculo ‘O Pequeno Príncipe’, que estreará ago-ra” conta Rafaela Marga-ri-do, produtora da peça.

EquipeCom duração de uma hora,

a montagem “O Pequeno

Príncipe” traz no elenco Vi-viane, Italo e Vitória Almei-da, Clayson Chaves, Manuel Fagache e Diego Leonardo. A cenografia é de Leo Mar-garido, a preparação vocal e música de Juca Di Souza e a direção geral é assinada por Manuel Fagache.

Sucessor do CD “Monomania” sai em março do próximo ano

Recursos como luz negra e teatro de sombra fazem parte da produção

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AÇÃO

SERVIÇO

QUANDO: dias 7 e 8 de novembro, às 17hONDE: Teatro Manauara (Piso Buriti – Manauara Shopping, avenida Mário Ypiranga Monteiro, 1.300, Adrianópolis)QUANTO: R$ 30 (meia-en-trada)INFORMAÇÕES: 3342-8030 e Facebook: Teatro ManauaraVENDAS: bilheteria do teatro e www.ingresse.com

“O PEQUENO PRÍNCIPE”

artísticas - “por favor, não me faz escolher uma das coisas!”, pede a carioca.

“Sou fã da Amanda Pal-mer desde o Dresden Dolls. Vi um show dela com o Neil Gaiman e fi quei apaixona-da”, se derrete. Palmer e o escritor Neil Gaiman são casados e também parcei-ros de trabalho. Alguma semelhança com Clarice?

Sobre esse assunto, aliás, ela se diz tranquila: para decepção dos fãs, não rea-tou com Gregório Duvivier, seu colega de “Porta dos Fundos”. Além de contrace-narem nas esquetes, os dois estão juntos em “O Grande Gonzalez” (Fox), que estreia na segunda-feira (2), e no fi lme do “Porta”, que co-meça a ser gravado no ano que vem. “Somos super amigos”, despista.

CriatividadeFormada por 30 artistas lo-

cais, a Companhia de Teatro Trilhares foi criada para es-timular nas crianças o prazer de embarcar no mundo má-gico do faz de conta, levan-do para o universo infantil a fantasia e a imaginação, para estimular a capacidade criativa do público-alvo.

Por meio de seus espe-táculos, o grupo tem como principal foco ajudar a de-senvolver o conhecimento literário, para tornar a lei-tura um motivo de diver-são e não uma obrigação, além de permitir às crian-ças grandes emoções e no-ção de comprometimento e responsabilidade.

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TV TudoConvenhamosTelevisão não é produto de

primeira necessidade na vida de ninguém. Mas roubar os serviços de uma operadora é crime. Dá cadeia. A Associa-ção Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) e a Receita Federal do Brasil fi rmaram termo de cooperação para destruir milhares de decodi-fi cadores ilegais de TV paga que são apreendidos na região Sul do Brasil.

Sol com a peneiraA pirataria e a ilegalida-

de estão incrustadas na vida de algumas pessoas. As que querem tirar vantagem em tudo, e não se importam em prejudicar o próximo.

Que este termo de coope-ração produza os efeitos que pretendemos. Exercer maior patrulha na tríplice fronteira já é um passo bem signifi cati-vo, mas que também nos leva a esperar por outros. Que tal um “passeio” na Santa Ifi gênia?

Livro do AmauryCercado de uma expec-

tativa bem interessante, no dia 13, às 19h, na Livraria Cultura do Iguatemi, em São Paulo, teremos o lançamento da biografi a do Amaury Junior.

Livro que sai em meio a alguns estranhamentos entre o apresentador e o autor da obra, jornalista Bruno Méier.

Tem pressaComo já informado neste

espaço, por causa da Olimpí-ada e das eleições municipais, a Globo corre para defi nir sua programação 2016.

Já existe inclusive um pes-soal começando a planejar o especial “Criança Esperança”.

Teve mudançaAlexandre Matoso, que esta-

va com a Fátima Bernardes no “Escontro”, deixou o programa na última semana.

A partir de agora ele passa a dirigir o “É de Casa” no lugar da Vivi de Marco.

Não tem dataÉ importante deixar esclare-

cido que ainda não fi xou data

Bate – Rebate• Alexandre Avancini pretende

completar a escalação de “A Ter-ra Prometida” no decorrer desta próxima semana...

• ...de qualquer maneira, boa parte do elenco já foi defi nido.

• Larissa Manoela, depois do tombo da semana passada, deve voltar às gravações de “Cúmpli-ces de um Resgate” na próxima terça-feira...

• ...sobre este acidente, o se-gundo com a Larissa na mesma novela, devemos entender como coincidência e triste obra do des-tino...

• ...é importante salientar que todas as medidas de segurança estão sendo tomadas pelo SBT...

• ...e não apenas nesta novela, mas em todos os seus trabalhos. É uma empresa que sempre se preocupou com isso.

• Na Band, também vai aconte-cer aquela parada regulamentar no fi m do ano...

• ..“Pânico” e “CQC” devem co-meçar as férias nos dias 20 e 21 de dezembro.

‘Gato’ impressionante

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Neste novembro, em suas noi-tes de sábado, o canal Sony terá, em seu bloco culinário, a estreia de duas produções na-cionais: “Comer Bem Que Mal Tem” e “Chefs na Rua”, que se unem ao reality gastronômico americano “Top Chef Duels”.

Além do retorno de sé-ries como “Grey´s Anatomy”, “Scorpion”, “Marvel’s Agents of S.H.I.E.L.D” e “Once Upon a Time”.

C’est fi ni

Dançando lambadaNeste domingo, lambada

será o ritmo da “Dança dos Famosos” no “Domingão do Faustão”. No destaque, Ágatha Moreira, uma das participantes da edição, que em sua última apresen-tação conquistou a maior pontuação do dia.

MÁRIO ADOLFO

REGI

ELVIS

Márcio Braz

ator, diretor e cientista social

A compreensão acerca da condi-ção do artista no Amazonas pas-sa por tantos caminhos que aqui, neste espaço, fi ca difícil mensurar. Primeiro que em cada época e em momentos distintos da história, for-ças de todo o tipo incidiram sobre a obra e o artista características combinadas responsáveis pela sua fatura e pela condição do artista. Logo, em cada etapa do processo histórico havia um tipo específi co de obra e artista. As ações de as-similação ou de rompimento com o modelo apresentado são assuntos que, mais uma vez, não cabem nestas linhas, mas falaremos em breve so-bre Mozart, por exemplo, que buscou uma música autoral num ambiente marcado pelos padrões de gosto da Corte vienense, no entanto, diversos fatores não o fi zeram lograr êxito.

A arte reclama para si alguma au-tonomia, o que é legítimo, no entanto nos cabe aqui algumas provocações dos fatores externos que poucas vezes vemos assimilado pela mídia ou que foge completamente à com-preensão do artista a sua correta aplicação. Primeiro que o Estado tem exercido sobre o artista sentimentos mistos de fascínio e repulsa. De um lado, fascínio levantados por aqueles imbuídos de capital social que en-xergam no Estado a oportunidade de ganhar algumas prebendas em troca de favores políticos; de outro, mais conscientes, assimilaram com sabedoria o papel a que o Estado deve exercer no campo da cultura embora este seja o mais difícil de se almejar, ou seja, os benefícios democráticos e republicanos onde os indivíduos possam escolher seus próprios fi ns em cultura e que o Es-tado possa ajudar no seu estímulo.

Por outro lado, o Estado também exerceu, em períodos distintos da nossa história, um sentimento de repulsa a que atrevo dizer que quase

sempre este se apresenta como um leitmotiv do sentimento político bra-sileiro. Por vezes esse sentimento de repulsa surgiu justamente da falta de compreensão do próprio artista sobre o papel Estado. É claro que o próprio Estado sofre com a visão que ele tem sobre si mesmo, a to-mar como exemplo a grande crise moral vivida no Brasil atualmente – que é política justamente porque afeta nossa moral - onde nenhuma de nossas instituições saem ilesas do jogo político partidário dos inte-resses escusos. Os mecanismos de controle, tanto do legislativo como do judiciário, são apequenados por manobras hostis a verdadeira de-mocracia e ao espírito republicano. Como se sentir seguro num país cujos membros do Superior Tribunal Federal são indicados pelo executi-vo? E tantos outros conselhos que seguem a mesma premissa?

O que importa para nós é dizer que alguns artistas passaram a assumir uma espécie de autorrebaixamento social; pararam de lutar por alguma autonomia profi ssional, e passaram a pedir às bênçãos do Estado como se fosse seu pai. Na internet temos notícia de vários artistas que recla-mam verbas para ações que não necessitam do auxílio do Estado, que são o último sopro da ausência de uma interferência estatal, artistas que só dependem dos instrumentos de produção e do espaço para a sua venda, como aqueles que comer-cializam quadros na rua. Às vezes, a reivindicação busca legitimar um corporativismo que só atrapalha o desenvolvimento social do artista. Outros se arvoram a falar de política cultural sem saber o que é política e muito menos o que é cultura. O artista vive uma condição de aprisio-namento ao establishment que o faz combinar matérias que o depreciam mais do que ajudam.

Sobre a condição do artista

[email protected]

Márcio Braz

Às vezes, a reivindicação busca legiti-mar um cor-porativismo que só atra-palha o de-senvolvimento social do artista. Outros se arvoram a falar de polí-tica cultural sem saber o que é política e muito me-nos o que é cultura”

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

[email protected]

Canal 1

Quando, um dia, Pelé disse que o brasileiro não sabia votar, o mundo caiu na cabeça dele. E aí se reclama de impostos cada vez mais altos, saúde e educação defi cientes, etc. Mas alguém já parou para perguntar a si mesmo se está fazendo a sua parte? Evidente que o problema é muito amplo, mas só naquilo que nos diz respeito, como admitir que 4,5 milhões de lares brasileiros “gatunam” o serviço de TV paga? Este é um dado ofi cial. É um universo que atinge as mais diferentes classes.

para a exibição de “Escrava Mãe”.Quando alguém da sua dire-

ção é questionado sobre isso, apenas informa que será entre março e abril.

No meio dissoImportante destacar que antes

de tomar uma decisão sobre essa estreia de “Escrava Mãe” e a consequente abertura de um segundo horário de novela, terá que haver uma conversa com o Marcelo Rezende.

Informar a ele que o “Cidade Alerta” será encurtado em uma hora. Pelo que foi possível apurar até agora ninguém falou com ele.

Certo pelo incertoMuito provavelmente essa

conversa com o Marcelo Rezende não aconteceu até agora porque existe uma clara divisão entre os diretores sobre o assunto.

Há até o entendimento que a abertura de uma segunda faixa de novelas pode ser uma boa, mas não unanimidade na questão do horário.

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AÇÃO

Comédia quase de improviso no programa “Tomara que caia”, da TV Globo

ÁRIES - 21/3 a 19/4Preocupações e questões não resolvidas lhe afligem. Mas não há agora o que fazer diretamente com elas. É pre-ciso que sua interioridade se reorganize primeiro.

TOURO - 20/4 a 20/5Ao estar ao lado de pesso-as queridas, não espere que algo espetacular aconteça. O simples fato de estar ao lado delas deverá ter inte-resse, graça e satisfação em si mesmo.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6 Um dia para você apreciar a

paisagem de sua vida. Olhe para tudo o que está vivendo, sem se descabelar. Cultive a serenidade neste momento, em meio a suas atividades.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Um dia para você pensar na vida. Mas não para pensar e concluir e sair fazendo. Ape-nas para dar tempo para sua mente se reorganizar diante das muitas opções e ideias.

LEÃO - 23/7 a 22/8As pequenas perdas e se-parações podem ser inevi-táveis, mas não deveriam lhe afligir de todo. Se for

preciso, vire a página. Se não for, espere as coisas se reacomodarem.

VIRGEM - 23/8 a 22/9Estar ao lado das pessoas queridas pode ser muito gra-tifi cante, mesmo que na apa-rência nada aconteça. Procure relaxar e simplesmente estar ao lado das pessoas.

LIBRA - 23/9 a 22/10As muitas pequenas ativida-des do dia devem ser vividas envolvendo-se com elas, mas sem exigir-se chegar a nada muito espetacular. Vá fazendo, como quem nada anseia.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Os sentimentos amorosos de-vem ser vividos com languidez e desprendimento. Aceite que tudo tem movimento próprio e que, como a água, o amor não pode ser retido.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12É preciso um certo tempo de quietude para a regeneração de sua disposição emocional. Momento para buscar o sosse-go e o bem estar em seu lar.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1As relações humanas e o con-tato com lugares diversos po-dem ser divertidos. Deixe as

coisas correrem como que por si mesmas, sem impor suas expectativas.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Não é hora de tentar resolver os problemas que lhe preocu-pam. Há coisas à sua volta, ao alcance de sua mão, que podem ser gratifi cantes. E é com elas que você deve se ocupar.

PEIXES - 19/2 a 20/3A imaginação está altamente estimulada. Você tende a se envolver com os mais diversos sentimentos e imagens emo-cionais. Mas viva tudo isso sem perder seu eixo.

SBT GLOBO3H45 JORNAL DA SEMANA SBT

5H BRASIL CAMINHONEIRO

5H30 TURISMO & AVENTURA

6H15 ACELERADOS

7H CHAVES

8H PGM SAUIM

9H MUNDO DISNEY

11H DOMINGO LEGAL

13H ELIANA

17H RODA A RODA JEQUITI

17H45 SORTEIO DA TELESENA

18H PROGRAMA SILVIO SANTOS

22H CONEXÃO REPÓRTER

23H ARQUEIRO

0H15 TRUE BLOOD

1H BIG BANG

2H30 IGREJA UNIVERSAL

BAND4H SANTO CULTO EM SEU LAR4H30 DESENHOS BÍBLICOS5H55 DESENHOS BÍBLICOS6H55 RECORD KIDS - TODO MUNDO ODEIA O CHRIS9H DOMINGO SHOW13H30 HORA DO FARO 17H30 DOMINGO ESPETACULAR 21H FAZENDA21H45 REPÓRTER EM AÇÃO 22H30 ROBERTO JUSTUS +23H15 PROGRAMAÇÃO IURD

4H DRAGON BALL Z KAI6H SANTA MISSA NO SEU LAR7H PROGRAMA MASKATE NA TV8H SAUIM DA SORTE8H30 QUAL É O DESAFIO?9H45 VERDADE E VIDA10H PÉ NA ESTRADA10H30 PAGUE MENOS SEMPRE BEM11H OS SIMPSONS12H30 BAND ESPORTE CLUBE14H GOL O GRANDE MOMENTO DO FUTEBOL14H30 FUTEBOL 2015 – AO VIVOCAMPEONATO BRASILEIROGRÊMIO X FLAMENGO16H50 3º TEMPO19H15 SABE OU NÃO SABE20H15 SÓ RISOS21H15 PÂNICO NA BAND0H15 CANAL LIVRE1H15 WENDELL & VINNIE“OS HOLANDESES E NÓS”1H45 COPA DO MUNDO DE FUTEBOL SUB-17 MASCULINO DA FIFA 2015 – VT / QUARTAS DE FINAL3H45 IGREJA UNIVERSAL

6H40 SANTA MISSA 7H41 AMAZÔNIA RURAL 8H09 PEQUENAS EMPRESAS, GRANDES NEGÓCIOS 8H44 GLOBO RURAL9H39 AUTO ESPORTE10H10 ESPORTE ESPETACULAR13H10 ESQUENTA15H CAMPEONATO BRASILEIRO - GRÊ-MIO X FLAMENGO17H TEMPERATURA MÁXIMA - GIGANTES DE AÇO19H10 DOMINGÃO DO FAUSTÃO21H10 FANTÁSTICO23H26 TOMARA QUE CAIA23H55 FÓRMULA 1H GP DO MÉXICO (COMPACTO)1H12 DOMINGO MAIOR - GUERRA DO TRÁFICO2H48 SESSÃO DE GALA - ALÉM DA ESCURIDÃO4H22 MENTES CRIMINOSAS

RECORD

Programação de TV

CruzadinhasCinema

Horóscopo

ESTREIAS

1. O ÚLTIMO CAÇADOR DE BRU�XAS

14 anos. Vin Diesel é Kaulder, um valioso guerreiro que conseguiu der-rotar a poderosa Rainha Bruxa e dizi-mar seus seguidores. Nos momentos que precederam sua morte, a Rainha amaldiçoa Kaulder com sua própria imortalidade, separando-o para sem-pre de suas amadas mulher e filha. Dessa forma, Kaulder é hoje o único caçador de bruxas vivo, tendo passado os últimos séculos caçando bruxas do mal, em nome da saudade que sente de suas amadas. Entretanto, Kaulder não sabe que a Rainha res-suscitou e busca vingança, causando uma batalha épica que determinará a sobrevivência da raça humana. Kino-plex 3 – 16h50, 19h10, 21h30 (dub/diariamente), 14h30 (dub/somente sábado, domingo e feriado), 21h30 (leg/diariamente); Playarte 5 – 12h35, 14h50, 17h05, 19h20, 21h35 (dub/diariamente), Playarte 6 – 13h15, 15h35, 17h55 (dub/diariamente), 20h15 (leg/diariamente); Playarte 8 – 18h55 (leg/diariamente).

2.GRACE DE MÔNACO12 anos. A história da crise

no casamento (e na identidade) da ex-estrela de Hollywood Grace Kelly, durante uma disputa polí-tica entre seu marido, o Príncipe Rainier III de Mônaco, e o general francês Charles De Gaulle. Playar-te 10 – 13h45, 16h, 18h15, 20h30 (leg/diariamente).

Atividade Paranormal – Dimensão Fantas-ma: BRA. 14 anos. Kinoplex 5 – 15h20, 17h25, 19h35, 21h45 (3D/dub/diariamente); Playarte 7 – 12h30, 14h30, 16h30, 18h35 (dub/diariamente), 20h40 (leg/diariamente), Playarte 9 – 15h20, 17h20, 19h20, 21h20, 13h20 (dub/diariamente).

SOS Mulheres ao Mar 2: BRA. 14 anos. Kinoplex 2 – 16h40, 19h, 21h20 (diariamente), 14h20 (somente sábado, domingo e feriado); Playarte 3 – 12h45, 14h55, 17h05, 19h15, 21h25 (diariamente).

Goosebumps – Monstros e Arrepios: EUA. 10 anos. Kinoplex 4 – 16h15, 21h10 (dub/dia-riamente); Playarte 2 – 12h20, 16h45, 21h15 (dub/diariamente).

Operações Especiais: BRA. 14 anos. Playarte 4 – 14h55 (diariamente).

Peter Pan: EUA. 10 anos. Kinoplex 4 – 18h35 (dub/diariamente), 13h45 (dub/somente sábado, domingo e feriado); Playarte 2 – 14h25, 18h55 (dub/diariamente).

Hotel Transilvânia 2: EUA. Livre. Playarte 8 – 13h10, 15h05, 17h (dub/diariamente).

Vai Que Cola – O Filme: BRA. 12 anos. Ki-noplex 1 – 14h50, 17h05, 19h25, 21h40 (diaria-mente); Playarte 4 – 12h50, 17h20, 19h25, 21h30 (diariamente).

CONTINUAÇÕES

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015D7Plateia

Serei oposição de qualquer um que ferrar o povo. Podem cortar verbas o cão e o dia-bo a quatro. Não dependo do dinheiro dos

governos. Agora é pra bater até cair. E se não cair vamos morrer tentando. Conto com a audiência do povo de bem”

[email protected]

Guto Oliveira

O projeto Vitrine Cultural desta terça-feira, 3 de novembro, con-tará com o humor de Luiz França, uma das principais promessas do novo humorismo brasileiro. Ele se apresenta às 20 horas no Sho-pping Ponta Negra. O público pode esperar momentos de boas risa-das e descontração. O acesso ao evento, na Praça de Alimentação, no piso L3, é gratuito.

***Hoje, a partir das 17h, o Porão

do Alemão, fará sua tradicional festa de halloween com 10 bandas fazendo shows em dois palcos, concurso de fantasias, sorteio de brindes e promoção de bebidas. Além disso, quem for fantasiado poderá entrar, até às 23h, sem pagar ingresso.

***A excelência da qualidade em

processo e gestão de 43 organi-zações que participaram do Pro-grama Qualidade Amazonas será premiada na noite da próxima quinta-feira, 5 de novembro, no Qualishow. O evento é promovi-

Silvio Santos

ressaltar a cor natural dos lábios em um tom para obter aquele brilho saudável e radiante que reanima toda a tez. E assim, nasceu Shine Lover, que protege e embeleza em igual medida.

***A bancada do PSDB na Câmara dos Deputados vai eleger novo

líder em dezembro que sucederá a Carlos Sampaio. O escolhido terá um pepino em suas mãos: o posicionamento da bancada em relação à cassação do presidente da Casa, Eduardo Cunha, encrencado na Lava Jato. Dão sinais de que se colocarão na disputa os deputados Ricardo Tripoli, de São Paulo, o mineiro Marcus Pestana com apoio de Aécio Neves e Nilson Leitão do Mato Grosso.

***Desde que assumiu a direção criativa da Gucci, o estilista

Alessandro Michele vem se dedicando a reestruturar o visual da marca, transformando não só a estética das peças desfi ladas e comercializadas, mas também toda sua comunicação, incluindo as vitrines. A diferença já fi cou bem clara nas coleções apresentadas nas passarelas e também nas campanhas. O próximo passo é reno-var a versão digital da Gucci, e o Instagram terá um importante papel. Nessa semana foi anunciado um novo projeto chamado #GucciGram, que trará uma série de parcerias com artistas conceituados ou ainda desconhecidos através da plataforma online da marca. A proposta é que esses artistas trabalhem livremente, inserindo imagens icônicas da marca da forma que desejarem em suas criações. Até agora, já foram publicadas 8 desses trabalhos no Instagram ofi cial, @Gucci.

Luziane Figueiredo e Ângela Bulbol de

Lima em almoço re-gado à boa conversa e troca de amenida-

des

***Márcio Sobiesiak (Dell Anno) e Silvia D’Almei-da (Sierra) aramaram

festão para arquitetos. Na foto, Leila Barakat mostra toda criativida-

de no dress code. ***

Self

do pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas e co-ordenado pelo Departamento de Assistência à Média e Pequena Indústria.

***O consumo de energia elétrica

no Brasil fi cou em 37.701 gi-gawatts-hora (GWh) em setembro, com queda de 3,1% na compara-ção com o mesmo mês do ano pas-sado. De acordo com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), todas as classes de consumo tiveram recuo. A maior redução (6,3%) foi na indústria, que utilizou 14.025 (GWh). Nas residências, houve re-dução de 1,7%, com o gasto de

10.399 (Gwh), na sétima queda no ano. No comércio e nos serviços, o uso da energia atingiu 7.125 (Gwh), com recuo de 0,8%, maior queda desde fevereiro, quando o consumo fi cou em 1,2%.

***Nos dias 7 e 8 de novembro,

o Teatro Manauara será palco de estreia do espetáculo infantil, res-ponsável por cativar os corações de milhares de crianças e adultos por todo o planeta. Trata-se da história “O Pequeno Príncipe”, que será apresentada pelos atores da Cia de Teatro Trilhares, em sessões às 17h.

***

Um brilho saudável faz uma mulher se sentir autoconfi ante. Esta simples observação – e forte expectativa das mulheres no mun-do inteiro – agiu como um ponto de partida para que a pesquisa Lancôme defi nisse como conse-guir um brilho saudável.

Dois critérios cruciais que in-fl uenciam a harmonia geral do rosto são a cor dos lábios e a tex-tura dos lábios. Cuidar dos lábios é simplesmente essencial. Portanto, os Laboratórios Lancôme estu-daram os tons de pele de 2902 mulheres e a percepção de um brilho saudável relacionado à cor dos lábios e revelaram que basta

var a versão digital da Gucci, e o Instagram terá um importante papel. Nessa semana foi anunciado um novo projeto chamado #GucciGram, que trará uma série de parcerias com artistas conceituados

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015D8 Plateia

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