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MÁX.: 34 MÍN.: 25 TEMPO EM MANAUS VENDA PROIBIDA EXEMPLAR DE ASSINANTE PREÇO DESTA EDIÇÃO R$ 2,00 ANO XXVII – N.º 8.804 – DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO O JORNAL QUE VOCÊ LÊ DENÚNCIAS • FLAGRANTES 98116-3529 FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700 ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR. Os bombeiros e a bravura com que se dedicam à profissão são os grandes homenageados. Que a mata possa sempre ser protegida por esses heróis. CURUMI M Lingerie masculina em alta ELENCO Ifam oferece R$ 5,1 mil para professores Por conta da cheia dos rios Negro e Solimões, cinco olarias que compõem o polo ceramista de Iranduba e Manacapuru pararam de produzir e três funcionam abaixo da capacidade. Além de deixar a matéria-prima debaixo d’água e gerar prejuízos, a enchente também forçou a demissão de 25% do total de trabalhadores do setor. Tais problemas irão refletir na produção do ano que vem, alertam empresários. Economia B4 e B5 P rejuízos e demissões em olarias inundadas A Elenco mostra que o homem do século 21 adotou a lingerie masculina como símbolo sexual jovem. A edição traz, ainda, dicas de saúde e bem-estar. Para reencontrar o caminho da vitória e retornar ao G-4, o São Paulo vai apostar na força do Morumbi neste domingo, contra o Fluminense. O Tricolor paulista está há três jogos sem vencer. Pódio E8 São Paulo aposta na força do Morumbi IONE MORENO LUCIANO BELFORD/FRAME CARLA CARNIEL/FRAME Polêmico, Eduardo Cunha sai em defesa da ZFM Em passagem por Manaus, o presidente da Câmara dos De- putados, Eduardo Cunha (PMDB), concedeu entrevista ao EM TEMPO e falou sobre política, crise econômica, e saiu em defesa da Zona Franca de Manaus. Com a Palavra A5 IONE MORENO Influência da hipnose sobre a arte Plateia D1 Tráfego de carretas sob novas regras Dia a dia C4 e C5 Massa larga em 3 o no GP da Inglaterra Última Hora A2 AP PHOTO Cortes para otimizar secretarias Governador quer economizar R$ 600 milhões do orçamento do Estado em gastos com água, energia, papel, vigi- lância e outros serviços básicos para não cortar pessoal. Última Hora A2

EM TEMPO - 5 de julho de 2015

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EM TEMPO - Caderno principal do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

MÁX.: 34 MÍN.: 25TEMPO EM MANAUS

VENDA PROIBIDA

EXEMPLARDE

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$

2,00

ANO XXVII – N.º 8.804 – DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116-3529

FALE COM A GENTE - ANÚNCIOS CLASSITEMPO, ASSINATURA, ATENDIMENTO AO LEITOR E ASSINANTES: 92 3211-3700ESTA EDIÇÃO CONTÉM - ÚLTIMA HORA, OPINIÃO, ECONOMIA, PAÍS, MUNDO, DIA A DIA, PLATEIA, PÓDIO, SAÚDE, ELENCO, CURUMIM E IMÓVEIS&DECOR.

Os bombeiros e a bravura com que se dedicam à profi ssão são os grandes homenageados. Que a mata possa sempre ser protegida por esses heróis.

CURUMIM

Lingerie masculina em alta

ELENCO

Ifam oferece R$ 5,1 mil para professores

Por conta da cheia dos rios Negro e Solimões, cinco olarias que compõem o polo ceramista de Iranduba e Manacapuru pararam de produzir e três funcionam abaixo da capacidade. Além de deixar a matéria-prima debaixo d’água e gerar prejuízos, a enchente também forçou a demissão de 25% do total de trabalhadores do setor. Tais problemas irão refl etir na produção do ano que vem, alertam empresários. Economia B4 e B5

Prejuízos e demissões em olarias inundadas

A Elenco mostra que o homem do século 21 adotou a lingerie masculina como símbolo sexual jovem. A edição traz, ainda, dicas de saúde e bem-estar.

Para reencontrar o caminho da vitória e retornar ao G-4, o São Paulo vai apostar na força do Morumbi neste domingo, contra o Fluminense. O Tricolor paulista está há três jogos sem vencer. Pódio E8

São Paulo aposta na força do Morumbi

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Polêmico, Eduardo Cunha sai em defesa da ZFM

Em passagem por Manaus, o presidente da Câmara dos De-putados, Eduardo Cunha (PMDB), concedeu entrevista ao EM TEMPO e falou sobre política, crise econômica, e saiu em defesa da Zona Franca de Manaus. Com a Palavra A5

ION

E M

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Infl uência da hipnose sobre a arte

Plateia D1

Tráfego de carretas sob novas regras

Dia a dia C4 e C5

Massa larga em 3o no GP

da Inglaterra Última Hora A2

AP P

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VENDA PROIBIDA

EXEMPLAR

ASSINANTE

PREÇO DESTA EDIÇÃO

R$EXEMPLARR$EXEMPLAR2EXEMPLAR2EXEMPLAR

ASSINANTE2ASSINANTE,00VENDA PROIBIDA,00

VENDA PROIBIDA

EXEMPLAR,00EXEMPLARDE,00DE

ASSINANTE,00ASSINANTE

ANO XXVII – N.º 8.804 – DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 – PRESIDENTE: OTÁVIO RAMAN NEVES – DIRETOR EXECUTIVO: JOÃO BOSCO ARAÚJO

O JORNAL QUE VOCÊ LÊDENÚNCIAS • FLAGRANTES

98116-3529

Cortes para otimizar secretarias

Governador quer economizar R$ 600 milhões do orçamento do Estado em gastos com água, energia, papel, vigi-lância e outros serviços básicos para não cortar pessoal. Última Hora A2

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Page 2: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

A2 Última Hora MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Melo vai otimizar gastos para não demitir servidoresGoverno espera reduzir gastos com energia elétrica, água e material de expediente das secretarias e economizar cerca de R$ 600 milhões

Governador José Melo em entrevista após anunciar que o governo do Estado reduzirá cerca de R$ 600 milhões até o final de 2016

O governador José Melo (Pros) anun-ciou a segunda reforma adminis-

trativa do Executivo estadu-al, na manhã de ontem (4). Melo afirmou que não ha-verá alteração ou cortes no secretariado, mas declarou que vai otimizar o governo, por tempo indeterminado, para reduzir os custos da administração em até R$ 600 milhões neste ano.

O anúncio foi realizado durante reunião na sede do governo do Estado, Zona Oeste, onde estiveram pre-sentes todo o secretariado, entre eles os titulares extra-ordinários, além de políticos ligados ao governo.

“Continuo me recusando a extinguir mais secreta-rias. Prefiro que todos nós façamos um esforço para superar essa crise, evitando assim demissões e reduções salariais. Isso eu não quero fazer. A partir de segunda-feira (6), vamos fazer o ajus-te de cada secretaria, que, neste ano, a Receita do Esta-do nos impõe. Nós temos que cortar R$ 600 milhões dos nossos custos, reduzindo as

coisas sem comprometer a qualidade dos serviços”, de-clarou o chefe do Executivo estadual.

Com a nova medida, ha-verá ajustes onde o governo achar conveniente. “Vamos ter que fazer cortes em todas as secretarias, mas ajustar na medida que permita que os serviços da Saúde, Edu-cação, Segurança e Social permaneçam da forma que está acontecendo. Os cortes nas secretarias ocorrerão na água, energia elétrica, telefone, papel, entre ou-tros”, acrescentou.

O governador afirmou ainda que os cortes são necessários devido à queda da arrecadação estadu-al e que esta política de austeridade será por um pequeno prazo. Melo lem-brou também que não tem recebido ajuda financeira do governo federal.

Primeira reformaO governo do Estado já

havia realizado uma refor-ma administrativa em mar-ço deste ano. Na ocasião, José Melo reduziu e uniu secretarias, além de ter cor-tado cerca de 800 cargos comissionados.

JAN

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CÃO

Massa larga em 3º em SilvertoneLondres (Inglaterra) - Em

mais um treino classificató-rio dominado pela Mercedes, Lewis Hamilton fez a festa da torcida ao conquistar a pole position para o Grande Prêmio da Inglaterra, ontem (4), em Silverstone. O brasi-leiro Felipe Massa largará na terceira colocação, enquanto Felipe Nasr sai em 16º. O GP inglês será neste domingo (5), às 8h (de Manaus).

Esta foi a oitava pole con-quistada por Hamilton em nove corridas nesta tempora-da. Para ficar com a primeira posição, o inglês cravou o tempo de 1min32s248 na ter-ceira qualificação (Q3). A se-gunda colocação no grid ficou com seu companheiro Nico Rosberg, com 1min32s361. Massa ficou com o terceiro posto com 1min33s085.

Raikkonen surpreendeu ao ser o mais rápido do Q1, dei-xando Rosberg na segunda colocação. Vettel, Hamilton e

Bottas completaram os cinco primeiros. Massa terminou apenas em nono lugar, en-quanto Nasr acabou elimi-nado logo na primeira parte do treino, em 16º. Após o treino, o piloto da Sauber cul-

pou um erro nos cobertores dos pneus pelo desempenho abaixo do esperado.

Mais uma vez a decepção ficou por conta dos carros da McLaren, com Fernando Alonso e Jenson Button eli-

minados ainda no Q1. Will Stevens e Roberto Merhi, ambos da Manor, foram os outros cortados.

No Q2, a Mercedes vol-tou à ponta com Rosberg, e Bottas surpreendeu ao fazer o segundo tempo. Hamilton, Kvyat e Vettel completaram os cinco primeiros. Massa também conseguiu avançar à parte final do treino em sé-timo lugar e Raikkonen ficou em nono. Foram eliminados Perez, Grosjean, Verstappen, Maldonado e Ericsson.

Em sua primeira tentativa no Q3, Hamilton mostrou que cresce nos momentos decisivos. O inglês cravou o melhor tempo do fim de se-mana e botou pressão sobre Rosberg, que não conseguiu superar a marca após duas tentativas. No fim, Massa conseguiu uma boa volta e roubou a terceira colo-cação de seu companheiro de equipe.

Com tempo de 1min33s085, o brasileiro se classificou para largar na segunda fila em Silverstone

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ULG

AÇÃO

46ª POLELewis Hamilton se tornou o terceiro piloto com mais pole positions na história da F-1. O britânico da Mercedes atingiu o feito ao ga-rantir a primeira coloca-ção do grid de largada do GP da Inglaterra

FÓRMULA 1

Manaus registra cinco homicídios

Em menos de seis horas, cin-co assassinatos foram regis-trados em Manaus durante a madrugada de sábado (4). Entre eles, um duplo homicídio que vitimou o ajudante de pedreiro Samuel Silva Bentes, 33, e o estivador Elias Gomes Miranda, 50, ocorrido rua das Acácias, lo-teamento Campo Sales, bairro Tarumã, Zona Oeste.

Antes, por volta das 19h da última sexta-feira (3), o autônomo Waldir de Azevedo Guimarães, 22, foi alvejado com dois tiros nas costas na rua 17, bairro São José, Zona Leste. Segundo informações da Polícia Civil, ele tinha dívidas com traficantes da área.

Duas horas depois, o aju-dante de pedreiro Alex San-tos do Nascimento, 22, foi assassinado com um tiro na costela por um traficante identificado como “David”. O crime ocorreu na rua Carlo-

ta, bairro Amazonino Mendes (Mutirão), Zona Norte.

Por fim, o autônomo Rodri-go Henrique Bandeira, 20, foi executado com seis tiros por dois homens em um carro de modelo Citröen preto e placa não identificada, por volta das 1h, na rua São Januário, bairro Vila da Prata, Zona Oeste.

Mortes em série Segundo a sogra de Samuel

Bentes, a aposentada Lili Ca-valcante, 55, o genro saiu para comprar bebidas em um bar quando um carro modelo Voya-ge preto e placa não identifica-da perseguiu a vítima. “Quando o Samuel saiu do bar com as bebidas, um dos homens desceu do veículo e atirou duas vezes, mas somente um tiro atingiu a cabeça do meu genro, que já caiu morto”, relatou. Para a família, a vítima foi morta por engano, já que ela era parecida com um traficante conhecido como “Kalebe”.

EM 6 HORAS

Tentativa de estuproO autônomo Marcos

Glaydson Santana Cor-rea, 54, foi preso por volta das 4h de ontem após tentar estuprar uma adolescente de 17 anos. O crime ocorreu na avenida Silves, bairro Crespo, Zona Sul. À polí-cia, a menina relatou que estava saindo de uma festa quando o acusado a abordou e ofereceu carona. No caminho, ele parou em um terreno abandonado e tentou praticar relações sexuais com a adolescente, mas ela conseguiu correr e chamou a polícia.

De acordo com po-liciais militares da 5ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), o autônomo ofereceu dinheiro para a ado-lescente praticar rela-ções sexuais com ele. A menina negou, e nesse momento Marcos ten-tou o estupro.

Ainda conforme a polí-cia, o acusado foi perse-guido e preso na avenida Solimões, bairro Distrito Industrial, Zona Sul, quan-do tentava fugir. Em de-poimento, ele chegou a alegar que a menina acei-tou o dinheiro para manter relações sexuais com ele, mas depois fugiu.

O caso foi registrado na Delegacia Especializa-da em Proteção à Criança e ao Adolescente (Dep-ca), onde o acusado foi autuado por tentativa de estupro. Após pres-tar depoimento, ele foi levado à cadeia pública, no Centro.

ANA SENA

MAIRKON CASTRO

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Page 3: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 A3Opinião

As chuvas alagam uma avenida, não porque sejam más, mas por não terem para onde correr – de-pois que cai, ela não pode voltar do meio do caminho. Os igarapés não fi cam subitamente furiosos com a vizinhança barulhenta e poluidora e invadem, “de raiva”, as casas e destroem tudo o que pobres moradores nunca acabaram de pagar.

Sempre que ocorrem desastres ambientais, com certeza, existe uma presença humana errada, no lugar errado. Não são as chuvas que corroem o asfalto e enchem as ruas e avenidas de buracos, alguns muito conhecidos e íntimos da população; o asfalto é que é ruim, com certeza foi programado para ser ruim e ceder à primeira chuva, abrindo oportunidade de mais empregos na área da construção civil.

A natureza não tem sentimentos; não se vinga, não queima arquivos, não tem responsabilidade; a natureza não tem sentido – não tem mensalão na natureza. Por isso, é inútil culpá-la pelos transtornos do dia a dia, os desastres ambientais ou fracassos pessoais. Os rios enchem e vazam, porque não são mais do que cheias e vazantes (se alguém morre afogado, a culpa não é do rio, que já estava lá, no seu lugar de rio, farto de águas e jamais saberá desse alguém).

A culpa e o arrependimento são atributos da condição humana – culpa e arrependimento são história, cultura. Não se encontrará um jacaré culpado, muito menos arrependido, de ter rasgado e engolido (jacarés não saboreiam, engolem, não mastigam) a perna do caboclo que pescava a sua cesta básica na beira do rio, por infelicidade, na hora em que o réptil despertou para almoçar.

Quando exorciza os rios, as chuvas e os ventos e os culpa pelos eventos desastrosos, com certeza, o cidadão é incompetente, ignorante ou transborda má fé. É hora de pôr a mão na consciência e acordar quem realmente tem culpa no cartório.

Contexto3090-1017/8115-1149 [email protected]

Para a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), que está investindo pesado no esporte amador do Amazonas, revelando grandes ta-lentos em diversas modalidades.

Fieam nos esportes

APLAUSOS VAIAS

Desaceleração Aproximadamente 35 mil fun-

cionários dos setores de eletroe-letrônicos, duas rodas e itens de informática terão as atividades suspensas.

A explicação para isso, na maioria das vezes, é em razão da fraca demanda por esses pro-dutos, decorrente da desacelera-ção da economia brasileira.

Queda nas vendas

Informações do Centro da Indústria do Estado do Ama-zonas (Cieam) dão conta que, neses tempos de vacas magras, mais de dez empresas estão dis-pensando seus trabalhadores, devido ao baixo desempenho das vendas.

Samsung

É o caso da Samsung, que, desde o dia 22 de junho, mandou 5 mil trabalhadores saírem de férias por duas semanas.

Toda a produção de televi-sores, celulares, notebooks, impressoras e monitores está parada.

Sazonal

No entanto, a empresa infor-mou que isso nada tem a ver com a crise.

A parada neste período é “sazonal”. E que também sus-pendeu as atividades em anos anteriores.

Unidos venceremos!

A bancada do Amazonas – embora pequena – precisa se manter unida e trabalhar em bloco para tentar conquistar votos que derrubem o veto da presidente Dilma Rousseff em relação à medida provisória 660,

que determina a restruturação do plano de cargos, carreiras e salários da Suframa.

Tem tempo

Marcada para a quarta-feira (1º), no Congresso Nacional, a sessão foi adiada para o dia 14 de julho, por falta de quórum.

Até lá, a bancada deve mon-tar estratégia para atrair esse apoio.

Grito solitário A bem da verdade, o deputado

Pauderney Avelino (Democra-tas) lutou praticamente sozinho tentando completar o quórum necessário.

Mas não foi ouvido.

Cunha no Inpa

Durante sua passagem por Manaus, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, visitou, na segunda-feira (29), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

Falou bem

E levou do instituto as melho-res impressões.

Saiu dizendo que é necessá-rio que a sociedade conheça as pesquisas desenvolvidas na região.

— A visita ao Inpa é uma forma de mostrar ao Brasil um pouco do trabalho de pesquisa que o instituto realiza e desenvolve na Amazônia.

Importantíssimo

Cunha também disse esperar que o Inpa seja cada vez mais reconhecido.

— É de extrema importância para a manutenção do ecos-sistema amazônico –, reforçou.

Até o smartphone

Falando em crise, as vendas de smartphones começaram a sentir os efeitos do momento econômico ruim no mercado brasileiro.

Caindo

Depois de um bom primeiro tri-mestre, em que subiram 33%, as vendas de smartphones caíram nos últimos meses de abril e maio.

Tendência

Em abril, a queda foi de apenas 1%, mas já um indício do que viria no mês seguinte, quando as vendas fi caram em 3,89 milhões de unidades.

Número 16% menor em rela-ção ao mesmo período do ano passado.

Previsão O mercado brasileiro deve fe-

char o segundo trimestre do ano com uma queda de 12% nas ven-das de smartphones em relação ao mesmo período de 2014.

Carta de Cuiabá

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) manifestou apoio aos governadores dos nove Es-tados da Amazônia Legal, que, reunidos no fi nal de maio, assi-naram a Carta de Cuiabá, com reivindicações visando a prote-ção ambiental e o uso adequado das riquezas da região.

Autonomia

A principal delas, segundo a senadora, é a autonomia para os Estados amazônicos articularem a captação de recursos para o combate ao desmatamento e o desenvolvimento sustentável.

Para a fata de segurança nos caixas eletrônicos de Manaus. Agora, os as-saltantes estão usando até bananas de dinamite, como aconteceu nesta quinta-feira no mercado municipal da Cachoeirinha.

Caixas eletrônicos dinamitados

Com o arrocho da crise, a palavra de ordem no Polo Industrial de Manaus (PIM) é férias coletivas.

De acordo com uma fonte do setor, quase 40% dos trabalhadores da Zona Franca de Manaus (ZFM) já entraram ou vão entrar em férias coletivas...

Férias em tempo de vacas magras

JANAILTON FALCÃO

[email protected]

Com a mão na consciência

[email protected]

O papa Francisco, além da eru-dição, qualidade natural e peculiar à ordem dos jesuítas, de onde é originário, tem evidenciado possuir também o dom da sabedoria, o que nem sempre vem agregado ao bom preparo intelectual. Ser sábio é um dom, um talento como o excepcional desempenho de um ginasta ou o brilho de um jogador de futebol, ou a expressividade do pintor genial, ou do escritor excepcional. Não é muito raro encontrar alguém que, mesmo portador de um grau de instrução precário, demonstra pelas suas ações, decisões e julgamentos, carregar consigo razoável farnel dessa valiosa carga a que chama-mos sabedoria.

O apego à simplicidade, a postu-ra indisfarçável de quem carrega consigo a certeza de que qualquer honraria posta sobre seus ombros, mesmo ao se tratar da suprema tarefa de assumir o sumo ponti-fi cado da mais importante e mais bem estruturada fi losofi camente das religiões, tudo é apenas even-tual e precário e, como tal, não chegará a se integrar ao eu, pois um dia passará, porque nada será além de um encargo a ser passado adiante.

Esta é a impressão que Francis-co leva ao seu rebanho, quando insiste em deixar absolutamente clara a necessidade de persistir na distinção entre a sua pessoa, sempre humilde e cultivadora da simplicidade, e a importância do encargo que lhe foi confi ado.

Às questões da Fé e da Doutrina, Francisco se curva e submete, por-que sabe que lhe compete a respon-sabilidade da condução da Igreja que lhe foi confi ada já no segundo milênio de existência, aquela que congrega e traz em si a herança constitutiva do que designamos como Cristianismo.

Mas, quando são as questões e

os problemas humanos a afl orar, principalmente aqueles em que se vêem envolvidos o sofrimento, a fra-gilidade e a angústia das pessoas, aí então a humanidade de Francisco assume a ação e prevalece o esforço para conduzir o rebanho ao aprisco e dar-lhe o alívio de que precisa.

Se o dogma estabelece, por exem-plo, a indissolubilidade do matri-mônio, e diz que a ninguém se permitirá separar àqueles que se uniram diante de Deus, Francisco nem por isso deixará de trazer o conforto e a compreensão de quem sabe que humanamente nem sempre é possível manter junto um casal, ainda que o laço ma-trimonial não se desfaça. Dessa atitude, naturalmente decorrerá a ação de acolher no seio da Igreja essas pessoas e confortá-las como irmãos, na certeza de que o Cristo também procederia assim.

Foi precisamente este o espírito que transbordou generosamente da última carta que Francisco dirigiu aos bispos de todo o mundo.

Prementes e atualíssimas são também as questões que envolvem os homossexuais e que têm levado praticamente todas as nações do planeta a defi nir uma posição em seus corpos de leis que, sobretudo, expresse uma atitude moral diante dessa específi ca realidade. Aí tam-bém o papa Francisco, sem emitir uma sentença de estímulo ou de condenação, concentrou-se no espí-rito da caridade e da solidariedade entre irmãos e declarou que não se sente com o direito de hostilizar e de banir do seu rebanho pessoas que preservem o espírito cristão.

Em resumo, esse é um papa que se curva à realidade, que não cultiva a hipocrisia, que abre os braços a todos os homens, pois bem sabe que todos são pecadores e a si mesmo se coloca entre eles. Por isso não lhes atira nenhuma pedra.

João Bosco Araú[email protected]

João Bosco Araújo

João Bosco Araújo

Diretor Executivo do Amazonas

EM TEMPO

A força da realidade

Esta é a impres-são que Francis-co leva ao seu rebanho, quando insiste em deixar absolutamente clara a necessi-dade de persistir na distinção en-tre a sua pessoa, sempre humilde e cultivadora da simplicidade, e a importância do encargo que lhe foi confi ado”

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Page 4: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

A4 Opinião MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

FrasePainelVERA MAGALHÃES

Visto como potencial benefi ciário da crescente articulação da oposição e do PMDB para forçar o afastamento da presidente Dilma Rousseff , Aécio Neves deve adotar tom cauteloso em seu discurso durante a convenção do PSDB, neste domingo. Embora haja expectativa dos tucanos de que o presidente da sigla “dê o tom” sobre um possível impeachment, o mineiro não deve abordar o tema. Dirá apenas que o país está “sem governo” e fará um inventário dos problemas políticos e econômicos.

Divórcio 1 Irritado com os ataques do PT à manobra que permitiu votar pela segunda vez a redução da maioridade penal, Eduardo Cunha (RJ) vai pressionar internamente e defender publica-mente o rompimento defi nitivo do PMDB com o governo.

Divórcio 2 Para o presidente da Câmara, a relação vem piorando, e se tornou insustentável com a decisão do PT e de aliados de ques-tionar no Supremo suas decisões no comando da Câmara.

Sem selfi e Michel Temer pas-sou a receber dirigentes partidários e parlamentares que já falam aber-tamente em desembarcar da base. “Ninguém quer sair na foto com quem tem 9% de aprovação. Os partidos começaram a procurar os 91%”, afi rma um auxiliar do vice.

Separação... Integrantes da cúpula do PMDB se municiam de argumentos jurídicos para defen-der a legitimidade da permanência de Temer no poder caso Dilma seja cassada pelo TSE no processo que apura se sua campanha recebeu dinheiro de corrupção.

...de bens Argumentam que o vice tinha um comitê fi nanceiro e um tesoureiro próprios. Portanto,

não teria sido “contaminado” pelo fi nanciamento irregular. Temer já foi informado dessa argumenta-ção por um dirigente.

Prospecção Empresários, que antes rejeitavam uma ruptura por recear a instabilidade econômi-ca, agora procuram caciques do Congresso para sondar o terreno e para dizer que não botam mais fé no ajuste fi scal.

Day ast er Senadores envolvi-dos na CPI da CBF, que pode ser instalada nesta semana, admitem a possibilidade de a investigação levar à queda da cúpula da enti-dade. Um dos cenários seria que Fernando Sarney, um dos vice-pre-sidentes, sucedesse Marco Polo Del Nero.

Tudo bem Em reunião com Renan Calheiros (PMDB-AL), Euní-cio Oliveira (PMDB-CE), Humberto Costa (PT-PE) e Tião Viana (PT-AC), Romário (PSB-RJ), ferrenho oposi-tor de Del Nero, disse que não se oporia se o fi lho do ex-presidente José Sarney chegasse ao comando da CBF, segundo três relatos feitos à coluna.

Acordo O comentário foi in-terpretado como um aceno de Romário ao PMDB, que tem re-

sistido em ceder a relatoria da CPI ao ex-jogador.

Fala... Procurado, Romário afi rmou que “há muita boataria” nos momentos que antecedem a CPI e que “os agentes desses boatos são justamente aqueles que têm interesse de enterrar as investigações e desqualifi car a CPI”. “A única pessoa que pode garantir meus posicionamentos sou eu mesmo.”

...peixe “Fernando Sarney nem é o primeiro na linha de sucessão. Em uma possível queda do Del Nero, quem assumiria seria Delfi m Peixoto, o vice mais velho”, diz o pessebista, para quem a CPI não tem como “objetivo central” derrubar o presidente da CBF, mas “trazer a público todas as irregu-laridades”.

Spam Deputados que votaram contra a redução da maioridade penal relatam ter recebido diversas ameaças em mensagens privadas em suas redes sociais.

Stalker A maioria dos textos das mensagens enviadas aos par-lamentares é genérica, mas algu-mas mensagens com detalhes so-bre familiares e rotina dos políticos preocuparam suas equipes.

Um passo de cada vez

Contraponto

Visto como potencial benefi ciário da crescente articulação da oposição e do PMDB para forçar o afastamento da presidente Dilma Rousseff , Aécio Neves deve adotar tom cauteloso em seu discurso durante a convenção do PSDB, neste domingo. Embora haja expectativa dos tucanos de que o presidente da sigla “dê o tom” sobre um possível impeachment, o mineiro não deve abordar o tema. Dirá apenas que o país está “sem governo” e fará um inventário dos problemas políticos e econômicos.

Publicado simultaneamente com o jornal “Folha de S.Paulo”

Um passo de cada vez

Tiroteio

DE MÁRCIO LACERDA (PSB), presidente da Frente Nacional de Prefeitos, sobre a Câmara ter aprovado projeto que obriga a renegociação de dívidas com a União.

Os prefeitos estavam enxugando gelo. Quanto mais pagavam, mais de-viam. Agora, fi nalmente, se fará justiça fi scal.

Dia de São João Batista, fi nal de tarde. Estamos num bairro da cidade de Manaus que faz parte da Cidade Nova. A pequena co-munidade católica se reúne para dar início à procissão em honra de seu padroeiro. A imagem está enfeitada e desfi lará solenemen-te pelas ruas do bairro, num andor colocado em cima de um carro. A procissão tem início às 17h, fi nal de expediente, quando a maioria das pessoas está sain-do do trabalho e não consegue chegar. Talvez esta seja uma das explicações para a ausência dos homens, que de fato chegariam mais tarde, quando o cortejo já estava na igreja. É o momen-to da volta a casa, e isto foi sentido quando o povo entrou numa avenida de tráfego intenso naquela hora de retorno e início de aulas noturnas. Mas esta é a hora que começam as procissões nas comunidades ribeirinhas de onde vem a tradição da devoção ao santo. Mudar este horário é quase impossível.

Na casa em que foi enfeitada a imagem mora uma família católica que já pela terceira vez oferece o seu lar para o início da celebração. Fazem isto em ação de graças porque casaram num dia de São João. Neste ano celebravam cheios de gratidão quinze anos de vida matrimo-nial. Lentamente tem início a caminhada de fé. Fizemos três paradas. A primeira na casa da primeira catequista da comuni-dade, anciã respeitada por todos e memória viva da história de fé daqueles homens e mulheres que vindo de lugares diferentes ali re-alizaram o sonho da casa própria, criaram fi lhos, fi zeram amizades e, sobretudo guardaram a fé tantas vezes perdida ao chegar à grande cidade. A segunda e

a terceira paradas foram para pedir saúde para duas senhoras idosas sentadas à frente de suas casas. Ao mesmo tempo se rezou por todos os doentes.

Em todo o trajeto se fi zeram orações. As intenções exprimiam as preocupações das pessoas que caminhavam. Rezou-se mui-to pela juventude, especialmente para que não seja vítima da droga e não caia na malha mortífera do crime organizado. A violência que amedronta e apavora as pessoas foi lembrada e se pediu a Deus paz para as famílias. Aos poucos também os animadores da procissão iam fazendo uma verdadeira catequese, apresen-tando a vida e a mensagem de João Batista, insistindo de maneira especial na exigência de justiça que aparece na sua pregação e no convite que faz a conversão. Cantamos muito. A letra dos cantos mostrava uma Igreja fi el à tradição, mas com-prometida com a luta do povo por saúde, segurança, trabalho e moradia.

De repente começaram a can-tar “Asa Branca”. Nos meus já longos anos acompanhando pro-cissões, nunca tinha visto aqui-lo. Mas foi tão natural e para mim foi o ponto alto do evento. Naquele momento, naquela rua quente da periferia de Manaus fi z a experiência da inculturação da fé e vislumbrei a contribuição que a fé traz à cultura. A vida é uma só, embora tenha múltiplas facetas. Os pobres sabem vivê-la como uma unidade e as nossas procissões são momentos de vida intensa onde o divino se humaniza e o humano se trans-cende. Oxalá a vida urbana não extinga a chama da fé e que a sua agitação não acabe com nossas procissões.

Em todo o trajeto se fi zeram orações. As intenções exprimiam as preocu-pações das pessoas que caminha-vam. Rezou-se muito pela juventu-de, especial-mente para que não seja vítima da droga e não caia na ma-lha mortífera do crime organizado”

Procissões

Olho da [email protected]

Diz-se que, por força do que está escrito e inscrito no mapa do clima, aqui, onde se respira água, instalou-se o inverno. Como nem sempre o aqui está no mapa, a estação é verão, que também é outono (quanta folha no chão) e primavera (quantas flores e frutos e fauna que se replicam) e, se insistirem, também inverno, pronto (as águas ainda não baixaram). Sombrinhas dizem da delicadeza da estação

RICARDO LIVEIRA

Somente 0,01% dos 21 milhões de adolescentes cometeram atos contra a vida. A solução para o problema da violência no país é criar oportunidades para que os adolescentes possam desenvolver seus talentos, realizar seus sonhos. Para os que

cometerem crimes, temos que ter um sistema sufi cientemente rigoroso para recuperá-los e interromper essa trajetória

Mario Volpi, coordenador de Programas para Adolescen-tes da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância),

alerta que a redução da maioridade penal e culpar os adolescentes não é a solução do problema da violência.

Norte Editora Ltda. (Fundada em 6/9/87) – CNPJ: 14.228.589/0001-94 End.: Rua Dr. Dalmir Câmara, 623 – São Jorge – CEP: 69.033-070 - Manaus/AM

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Dom Sérgio Eduardo Castriani

Dom Sérgio Edu-ardo Castriani

Arcebispo Metropolitano de

Manaus

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Page 5: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 A5Com a palavra

O Legislati-vo é capaz de introduzir a reeleição e capaz de acabar com a reeleição. O Legislativo representa a maioria da sociedade. Dificilmente, o Legislativo irá contra a opinião pública”

Na semana em que foi aprovado em pri-meiro turno a PEC 171/93, que trata da

redução da maioridade penal de 18 para 16 anos, numa clara manobra política durante a madrugada da última quinta-feira, o presidente da Câma-ra dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - defensor ferrenho da matéria - conce-de entrevista ao EM TEMPO, falando da votação polêmica e sobre seu posicionamento. Cumprindo agenda na cidade de Manaus na última segunda-feira, 29 de junho, Cunha tam-bém se manifestou favorável à derrubada do veto da presi-dente Dilma a artigos da MP 660/14, que trata justamente da reestruturação da carreira dos servidores da Superin-tendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e também comentou a votação da PEC da reforma política, em curso na Câmara.

EM TEMPO – Deputado, por que, de repente, a Câ-mara resolveu enfrentar a tramitação e votação da PEC da Maioridade, que esteve “engavetada” du-rante 22 anos na Câmara Federal?

Eduardo Cunha - Agora não tem muitos bastidores. Agora tem votos. Os basti-dores já foi esse tempo todo de debate, que durou 22 anos. E, passados esses 22 anos, acho que 87% da população, segundo a pesquisa do Da-tafolha, defendem essa tese sobre a redução da maiori-dade penal. Eu defendo que o Parlamento tem que votar com a maioria da população, que os crimes hediondos co-metidos por menores devam ser punidos.

EM TEMPO – Além de re-tomar a votação da maio-ridade, o senhor também decidiu tomar para si a discussão e votação da re-forma política, que tam-bém se arrasta por vários anos na casa. O que o senhor defende na reforma política?

EC - Eu defendo o tempo de campanha. Defendo um teto para o financiamento. Defen-do que empresas que tenham contrato com administração pública não possam contri-buir nas campanhas eleito-rais. Defendo a diminuição do tempo de televisão. Defendo a diminuição do tempo de propaganda e das matérias de propaganda. Defendo que seja apenas o candidato e câmera, de modo que você não precise gastar dinheiro com superproduções. Defen-

do a diminuição do tempo de campanha e a diminuição dos seus gastos, tudo aquilo que leva distribuição do tempo de TV em relação aos partidos, e de modo que a gente possa ter, a partir daí, condições, para os partidos que tem representação tenham mais tempo de TV para apresentar suas propostas.

EM TEMPO – O pacto federativo também se tor-nou um problema a ser resolvido entre os entes federados do país. Qual seu ponto de vista sobre o assunto?

EC - Eu defendo que defina as obrigações e os recursos para financiar cada obriga-ção, e que não se ponha gastos a entes federados sem dar os recursos pra isso.

EM TEMPO - O país pas-sa por uma crise econô-mica delicada e há mais de 40 dias, servidores da Suframa – autarquia que gerencia o maior mode-lo econômico da Amazô-nia Ocidental - estão em greve devido ao veto da presidente Dilma Rousseff (PT) à MP 660/14. O se-nhor acredita que existe um abandono por parte do governo federal?

EC – Essa é uma discus-são clássica que temos so-bre o contingenciamento de recurso para fazer superávit primário e de conter o au-mento salarial para poder não ter isso estendido a outros órgãos. Enfim é uma discus-são maior de tentativa de contenção de gastos versus utilização de recursos que não deveriam ser usados, deve-riam ficar para os órgãos que arrecada.

EM TEMPO - O senhor é favorável ao veto à MP 660/2014 ou vai votar pela derrubada?

EC – Não vai ser fácil derru-bar o veto da presidente Dil-ma. Meu voto pessoal vocês vão ter. Agora, é preciso que haja sessão. Esses votos têm que ser destacados. Inclusive, tem que ter um requerimento para destacar esses vetos dos conjuntos dos vetos. O que acontece é o seguinte: nesse caso é uma medida provisó-ria, ele começa primeiro pela votação na Câmara, com voto secreto e tem que ter 257 vo-tos sim para derrubar o veto. Se derrubar na Câmara, vai para o Senado, que precisará de 42 votos pelo sim. Então, é preciso que tenha uma mo-bilização. Acho que a tese é boa. O problema é mobilizar para ter esse contingente de deputados presentes para votar, simultaneamente, nas

sessões do Congresso. Ge-ralmente, se tem quase um comodismo de que os vetos não vão ser derrubados. Ou você se mobiliza por deter-minado veto, ou poucos vetos são derrubados. Diferente de uma sessão de votação que a gente vai, debate, anuncia e vota, a sessão de veto é sempre mais complicada.

EM TEMPO - Qual sua avaliação sobre o modelo Zona Franca?

EC - Eu sempre fui uma pessoa que defende a manu-tenção do pacto federativo e do equilíbrio daquilo que dá conta das receitas de cada ente federado. A Zona Franca - ela é fundamental para sub-sistência dessa região - então não dá para gente mexer nela. Então sempre teve meu apoio, seja para prorrogação, seja para o voto a favor da re-estruturação de carreira dos servidores. A minha opinião nesse caso é que, nós não podemos tirar receitas ou ti-rar condição de subsistência que a Zona Franca dá, sem ter um modelo alternativo. Então não dá para discutir isso sem que tenha uma alternativa de sobrevivência. Então eu sou favorável à manutenção da Zona Franca.

EM TEMPO - O senhor integra um partido que dá base de sustentação do governo, o PMDB, mas tem adotado posturas muitas vezes opostas à presidente Dilma, Por quê?

EC - Eu costumo dizer que o PMDB não repetirá essa aliança em 2018. Isso já é uma decisão praticamente tomada por todos nós. O que eu acredito é que seria um falta de responsabilidade fazer uma pequena discussão em relação a esse fim de aliança, no governo a qual o PMDB faz parte e se elegeu junto. Então é preciso ter cautela, não vamos tirar a governabilidade do governo simplesmente por causa de disputas menores. É preciso que se dê um tempo. Se essas disputas se tornarem incon-tornáveis, como eu sempre disse em outras entrevistas, nossa aliança está no CTI, então vamos ver se a gente consegue sobreviver no CTI.

EM TEMPO - O senhor não apoia o governo que tem como vice-presidente um nome do seu partido?

EC - Minha postura sempre vai ser contra as coisas que não estão indo certo no país, isso pode agradar uns e desa-gradar outros. Vários protes-tos surgiram contra mim por conta dessa postura. Eu não tenho nenhum problema con-

tra protestos. Os protestos que foram feito contra mim, foram comandados pelo PT, claro e textualmente pelo PT e pela CUT. Então eu não vejo problema nenhum. Eu já estou habituado a ter protesto do PT. Até fico lisonjeado com os protestos do PT, quando PT me aplaudir que vou ficar preocupado.

EM TEMPO – O senhor acredita que o impeach-ment da presidente, de-fendido pela oposição, se concretize?

EC - Esse assunto do impe-achment, já falei diversas ve-zes, tem que ser tratado sobre a ótica constitucional. Tem que haver os motivos previs-tos na Constituição, e não se tratar única e exclusivamente do recurso eleitoral.

EM TEMPO – O senhor defende o Parlamentaris-mo. Porquê?

EC - Veja bem, o parla-mentarismo vai ter uma dis-cussão jurídica para ver se ele vai ser precedido de um plebiscito ou depois com um referendo. Primeiro tem que ter o apoiamento. Eu disse o seguinte: a discussão que se tem de reforma politica é quando se coloca para votar alguém que vai mudar o seu sistema eleitoral, pelo qual se elegeu. Sempre há uma resis-tência daqueles que acham que se eles conseguiram se eleger no modelo atual em outro modelo poderão não se eleger, então esse sempre foi o principal problema, o princi-pal obstáculo para mudança de sistema eleitoral, e por isso que não mudou. Eu concordo que há sempre dificuldade, mas esse processo tem que se debatido. O parlamentarismo é uma mudança do sistema de governo, então consequente-mente tem que ser debatido. Agora, se a gente não come-çar a debater, jamais vamos ter isso presente, para ter a possibilidade de opção, eu defendo o parlamentarismo.

EM TEMPO - Dá para confiar no Legislativo?

EC - Porque não? O Legisla-tivo é capaz de introduzir a re-eleição e capaz de acabar com a reeleição, então ele tem essa possibilidade. O Legis-lativo representa a maioria da sociedade. Por exemplo, a sociedade faz pressão por determinado questionamen-to, é o caso da redução da maioridade penal, onde 87% da população aprova, é pouco provável que o Legislativo vá contra a opinião publica. E o parlamentarismo, se obtiver a opinião púbica favorável, dificilmente o Legislativo irá contra.

Eduardo CUNHA

‘Não TENHO PROBLEMAS com protestos’

Os bastidores já foi esse tempo todo de debate, que durou 22 anos. Acho que 87% da população, segundo pesquisa Da-tafolha, defendem essa tese sobre a redução da maioridade penal. Eu defendo que o Parlamen-to tem que votar com a maioria da população”

Não vai ser fácil derrubar o veto da presidente Dilma. Meu voto pessoal vocês vão ter. Agora, é pre-ciso que haja sessão. Esses votos têm que ser des-tacados (...). É preciso que tenha uma mobilização”

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HENDERSON MARTINS

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Page 6: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

A6 Política MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Pessoa será testemu-nha-bomba contra Dil-ma

O Tribunal Superior Elei-toral se prepara para um dos julgamentos mais im-portantes da história. Tra-ta-se da denúncia de que a campanha de reeleição da presidente Dilma foi fi nan-ciada com dinheiro ilegal, fruto da corrupção. Será de-cisivo o depoimento, ao TSE, do delator Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e coordenador do cartel que roubou a Petrobras. Seu tes-temunho nesse caso será nitroglicerina pura.

Doleiro na rodaO doleiro Alberto Youssef

pode também depor no TSE. Ele contou que o PT lhe pediu para “internalizar” R$ 20 milhões para a campanha.

A origemO processo no TSE foi

aberto com a denúncia do PSDB de que a campanha de Dilma recebeu doações ile-gais e não prestou contas.

Novas evidênciasEm depoimento à Lava

Jato, Ricardo Pessoa con-fessou haver levado dinhei-ro vivo, do esquema do Pe-trolão, para a campanha de Dilma.

Achaque petistaA própria Dilma já admitiu

haver recebido R$ 7,5 mi-lhões da UTC, que Ricardo Pessoa garantiu terem sido produto de achaque.

Lula trabalha ‘articula-ção paralela’ do governo

Pesquisa interna do PT já previa números desastro-sos para Dilma (populari-dade abaixo de 10%) antes mesmo de o Ibope revelar que a popularidade de Dil-ma despencou a 9%. Os da-dos foram o estopim para que o ex-presidente Lula

desembarcasse em Brasí-lia no começo da semana para adiantar a má notícia a lideranças petistas e pe-emedebistas. Aos caciques do PMDB Lula pediu “voto de confi ança”.

O PlanoPara Lula, o plano “Pátria

Educadora” pode “salvar” Dilma. A tentativa de mi-lagre foi confi ada ao mar-queteiro João Santana, já acionado.

Ficou mudoEm reunião com o PT,

dia 29, Lula ouviu: “como defendemos a “pátria edu-cadora” que corta R$ 9 bilhões da Educação?”. Ele não respondeu.

Duas ‘guerras’A cúpula petista teme

derrota de Dilma no TCU e, com Dilma frágil, que o Congresso julgue as pe-daladas fi scais. Lula pediu apoio ao PMDB.

Isso pega?Dirigentes do PSDB an-

dam muito preocupados com o desgaste do gover-nador tucano do Paraná, Beto Richa, e sua rejeição de 84,7%. Preocupados, claro, com a “contamina-ção” do partido.

Pior, impossívelO prefeito paulistano

Fernando Haddad (PT), que anda reclamando muito do PT, numa tentativa de se descolar dos escândalos de roubalheira, desistiu do fl erte com o PSOL: falta-lhe densidade eleitoral.

Interesse do paísConfi rmado: Joaquim

Levy foi aos EUA contra or-dem médica porque achava que do ponto de vista eco-nômico a visita seria muito mais importante do que de fato o foi, para deixá-la nas

mãos de Dilma.

Longa viagemO presidente do Senado,

Renan Calheiros, foi a Pun-ta Cana para o casamento da fi lha de um velho amigo e conterrâneo, o ministro Humberto Martins, do Su-perior Tribunal de Justiça (STJ).

#ReduçãoJáCresce o número de ad-

vogados que divergem do presidente da OAB, Marcus Vinicius Coelho, sobre a re-dução da maioridade penal. O grupo apoia a medida e promete fazer barulho.

Big BrotherOs arapongas da Abin

torraram R$ 71,8 mil na compra de câmeras de se-gurança. Como é preciso um sistema para usar o produto, lá se vão quase R$ 35 mil bancando a licença de gerenciamento das fi l-madoras.

Novo em folhaAs excelências estão tro-

cando os armários de aço da Câmara dos Deputados. A WTec Móveis levou R$ 130 mil para substituir a mobília dos parlamentares. Tudo isso bancado, é claro, pelo contribuinte.

GastançaNão bastasse toda a re-

galia dada aos parlamen-tares, a Câmara resolveu bancar mais R$ 1,5 milhão na contratação de dois car-ros, com motorista e com-bustível, para transportar deputados e servidores.

Pergunta no berçárioJá que reduzir a maio-

ridade penal “não resolve o problema”, segundo os críticos, aumentá-la para 40 anos agravaria o pro-blema?

PODER SEM PUDOR

Cláudio HumbertoCOM ANA PAULA LEITÃO E TERESA BARROS

Jornalista

Profi ssão: embromador

www.claudiohumberto.com.br

Temos que pensar em mudara instituição como um todo”

JUIZ FEDERAL SÉRGIO MORO, responsável pela Lava Jato, sobre o combate à corrupção.

Na campanha presidencial de 1989, Paulo Maluf esteve em Natal (RN) e foi entrevistado no programa do jornalista Petit das Virgens, na TV. Espaçoso, foi chegando e saudando o entrevistador como a um velho amigo. Pouco mais de um mês depois, Maluf rasgaria a máscara. Ele retornou ao mesmo programa da TV Tropical e lá estava outro jornalista, Miranda Sá, substituto e fisicamente muito diferente do primeiro. Maluf o saudou, efusivo:

- Olá, grande Petit das Virgens, aqui estou de volta. Como vai a família?

Dilma tem que conversar com o povoSão Paulo - Durante discur-

so na 5ª Plenária Nacional da Federação Única dos Petrolei-ros (FUP) realizado anteontem, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou aquilo que cha-mou de “vazamento seletivo” das informações da Operação Lava Jato e disse que a pre-sidente Dilma Rousseff “tem que ir para a rua conversar com o povo”.

As declarações foram dadas na Escola Nacional Florestan Fernandes do MST em Guara-rema (SP). “O vazamento tem interesse. É para pegar alguém ou acusar um partido. Ou seja,

a pessoa só pode ser chamada de ladrão quando provar que é ladrão, não pode criminalizar a pessoa antes de ser julgada”, disse.

Lula declarou também que o desgaste do PT é fruto das sucessivas notícias negativas da economia brasileira e da vinculação do partido com o escândalo de corrupção na Pe-trobras. “O mau humor hoje não é gratuito. Tem gente que ganha quando cai as ações da petrobras. Eles compram para vender na alta. Acho que tem gente que dá notícia negativa todo dia, para criminalizar o

PT e as esquerdas”, assinalou. “Não há espaço para sermos negativos neste país, é só olhar o que nós éramos e o que somos hoje. Estamos vivendo tempos difíceis, mas vamos consertar. E é isso que a pre-sidente Dilma está fazendo neste momento”.

“Eu penso que ela (Dilma) tem que botar o pé na estrada. Ao invés de fi car na televisão ou na internet ouvindo os que falam mal dela, tem que ir para a rua conversar com o povo, que está torcendo e querendo que ela governe esse país da melhor maneira possível”, disse.

DIZ LULA

Deputados têm que aprovar Lei de Diretrizes Orçamentárias do próximo ano até o dia 16, antes do recesso parlamentar

LDO 2016 do AM se mostra ‘prudente’ e ‘cautelosa’

Deputados analisam projeto da LDO como “tímida”, “cautelosa” e “prudente” quanto ao cenário de 2016

Prestes a ser votada na Assembleia Legislati-va do Estado (Aleam), a Lei de Diretrizes Or-

çamentárias (LDO) 2016 não traz nenhuma alteração do que foi previsto para este ano. Deputados ouvidos pela reportagem consideram a peça “prudente”. A grande diferença, afi rmam, estará nos valores repassados, ten-do em vista a arrecadação do Estado para o ano vindouro. Os percentuais continuam os mesmo e eles são em cima da arrecadação do Estado. Se houver crescimento, mais recursos, se houver queda os repasses também caem.

De acordo com o presiden-te da Comissão de Finanças Públicas da Assembleia, de-putado Adjuto Afonso (PP), a lei enviada para o Poder Le-gislativo apresenta as diretri-zes ao orçamento do próximo ano, cuja peça somente será enviada à casa em outubro para votação e, quando, se saberá os valores e percen-tuais de repasses fi nanceiros para cada órgão da estrutura administrativa.

“Na realidade, a LDO apre-senta as diretrizes ao orça-mento com os percentuais a serem implantados em cada área, como a saúde, educação, entre outras. Já os valores, estes virão com a LOA, a qual o executivo tem até o dia 28 de outubro para enviar a Assembleia. Nesse momento, o governo já terá uma visão panorâmica do cenário econô-mico, por isso, pode indicar os valores”, explicou Afonso.

Para o líder do governo na Aleam, deputado David Al-meida (PSD), o governador

José Melo teve o cuidado de apresentar uma lei de diretri-zes realista e prudente para não criar expectativas que não poderão ser correspon-didas. “A LDO está bastante prudente para, na verdade, não frustrar expectativas, em cima de receita que talvez não aconteça”, disse.

Os repasses previstos atra-vés da LDO 2016 aos poderes estão distribuídos da seguinte forma: Poder Judiciário – 7,8%; Ministério Público – 3,3%, Po-der Legislativo -6,6%, sendo este dividido em 3,0% com o Tribunal de Contas (TCE) e Defensoria Pública em 1,0%.

Para o deputado José Ricar-do Wendling (PT) o governo demonstra timidez e cautela ao enviar a Lei de Diretrizes Orçamentárias para casa. Ele acredita que o governo não es-teja muito esperançoso com o crescimento do Estado para o ano de 2016.

“O governo colocou uma previsão orçamentária mui-to parecida com este ano, em torno de pouco mais que R$ 15 bilhões. Vejo que o governo está sendo bastante conservador na LDO, não está muito otimista quanto à arre-cadação do governo a partir do ano que vem. Eu acho até

interessante ele ser bastante conservador, mas minha críti-ca é a falta do diálogo com a sociedade”, disse o petista.

Adjuto Afonso declarou que foram apresentadas 27 emen-das à lei. Dessas, 16 foram apresentadas pelo deputado José Ricardo. As emendas deverão ser analisadas pela Comissão de Finanças da casa e a LDO precisa ser votada antes do recesso do legisla-tivo, que se inicia no dia 16 desse mês.

EsperançaO governador José Melo

(Pros), apesar de ter se mantido cauteloso quanto à apresentação da LDO, tem esperanças de que em 2016 o país respirará e em 2017 voltará a crescer. “Quando isso acontecer, vai encontrar o Amazonas com custos meno-res, mas que permitirá novas possibilidades de investimen-tos”, acrescentou.

“A crise nos obrigou a isso, a fazer a gestão de forma mais ajustada. A crise pas-sando vai encontrar o Estado com custo menores, reduzido. Mas o Brasil é um país com grandes diferenças. Por exem-plo, temos Estados quebrados como o Rio Grande do Sul, mas temos o Pará que por causa da atividade elétrica e mineração, teve crescimento de receita. Por isso, na minha avaliação o país vai voltar a respirar e a crescer e quando isso acontecer vai encontrar o Amazonas com custos meno-res, porque a crise nos obrigou a fazer o dever de casa, reduzir as atividades, sem prejuízo dos serviços. Então a crise passando vai encontrar o Es-tado com custos menores”, analisou Melo.

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ULG

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MOARA CABRAL

O aperto das contas, que-da na arrecadação estadu-al e a cessão, há 2 anos, de 0,2%, o equivalente a R$ 20 milhões, de sua re-ceita ao Tribunal de Jus-tiça do Amazonas (TJAM), a Assembleia Legislativa sentiu, este ano, o impacto da crise. De acordo com o presidente da casa, de-

putado Josué Neto (PSD), este é o primeiro ano em que a instituição não pode-rá conceder aumento aos servidores de cargos co-missionados; aumentar a verba de gabinete e a Cota para o Exercício da Ativida-de Parlamentar (Ceap).

“Em função desse re-passe estamos tendo essa

dificuldade, mas não tí-nhamos a expectativa que houvesse queda na arrecadação. Diante des-se cenário não consegui-mos aumentar a verba de gabinete, dar aumento aos servidores de cargos comissionados e nem a Ceap”, acrescentou o par-lamentar.

Crise chega na Assembleia

FUTUROO texto da LDO 2016 elaborado pela equipe econômica do governo não avançou em relação às diretrizes do próximo ano. Apesar disso, o governador José Melo se mostra esperançoso para o futuro

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Page 7: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 A7Política

CPI da Gasolina na CMM deve fi car só na vontadeVereador Mário Frota insiste na investigação, sem sucesso. Nos últimos 12 anos, tema foi alvo da Câmara e Aleam

Os Legislativos munici-pal e estadual tentam, sem avanços, coibir a prática abusiva de pre-

ços altos e a combinação, entre os empresários donos de postos de combustíveis, do valor pago pelos consumidores. Duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) foram instaladas nos últimos 12 anos, relacionada à venda dos combustíveis sem trazerem re-sultados em longo prazo. E, pela segunda vez, num intervalo de 5 anos, a Câmara Municipal de Manaus (CMM), ensaia instalar uma nova investigação sobre o tema.

Em 2003, quando o vereador Mário Frota (PSDB) era deputado estadual, ele conseguiu emplacar uma CPI do Combustível na As-sembleia Legislativa do Estado (Aleam) que, ao fi nal das inves-

tigações, apontou a existência de um acordo de preços entre empresários do ramo, um cartel. Alguns envolvidos chegaram a ser detidos na época das inves-tigações, mas nada de concreto ocorreu a eles.

Sete anos depois, em 2010, foi a vez da CMM ter a sua CPI do Combustível. Relator da Comis-são à época, o ex-vereador Leonel Feitoza – atual diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AM) – conse-guiu, ao afi nal das investigações, emplacar um Termo de Ajus-tamento de Conduta (TAC) que equalizou os preços e diminuiu a

margem de concorrência. Desta vez, uma nova tentativa

nasce frustrada e não deve sequer ser instalada. Agora vereador, Mário Frota apresentou um re-querimento à mesa diretora da Câmara Municipal solicitando a instalação de uma CPI ara in-vestigar “as distorções no preço de combustíveis produzidos e vendidos em Manaus”.

“Meu objetivo, quanto apresen-tei a CPI da gasolina, foi para saber por que esse derivado, pro-duzido e comercializado na nossa cidade, é um dos mais caros do país. Enquanto em São Paulo o litro da gasolina, que percorre 120 quilômetros até chegar a capi-

t a l , é vendido entre R$ 2,86 a R$ 3,30, em Manaus, que pos-sui uma refi naria de petróleo dentro do seu perímetro urbano, o litro é

comercializado a R$ 3,59 a R$ 3,80”, explicou o parlamentar.

Frota até conseguiu reunir assinaturas necessárias para a instalação da Comissão na Câ-mara. Entretanto, dias depois de protocolar o requerimento, cinco parlamentares que apoiaram a iniciativa retiraram seus nomes do documento.

“Eu vou conversar com quem retirou e com quem não assinou”, disse Mário. Apesar da insistência no tema, o vereador não está confi ante após o presidente da casa, Wilker Barreto (PHS), reunir a base aliada e apresentar moti-vos que, segundo ele, justifi cam a não instalação da CPI.

Quem mudou de opinião após pesquisar os resultados obtidos com a instalação de CPIs foi a vereadora professora Jacqueline (sem parti-do). “Inicialmente, eu era a favor dessa

CPI por entender que qualquer tipo de investigação é válida no Parlamento. Por sinal, cheguei a colocar minha assinatura no re-querimento para aprová-la. Mas fui pesquisar melhor os resulta-dos das CPIs anteriores e percebi que elas não trouxeram resulta-dos práticos à cidade, geraram muitos gastos aos cofres públicos e comprometeram o andamen-to dos trabalhos parlamentares”, justifi cou.

Os vereadores Alonso Oliveira (PTC), professor Samuel (sem partido) e Roberto Sabino (Pros) também retiraram a assinatura, A reportagem tentou contato com eles, sem sucesso. A CMM está em recesso e as atividades retornam no dia 13.

sultados em longo prazo. E, pela segunda vez, num intervalo de 5 anos, a Câmara Municipal de Manaus (CMM), ensaia instalar uma nova investigação sobre o tema.

Em 2003, quando o vereador Mário Frota (PSDB) era deputado estadual, ele conseguiu emplacar uma CPI do Combustível na As-sembleia Legislativa do Estado (Aleam) que, ao fi nal das inves-

guiu, ao afi nal das investigações, emplacar um Termo de Ajus-tamento de Conduta (TAC) que equalizou os preços e diminuiu a

duzido e comercializado na nossa cidade, é um dos mais caros do país. Enquanto em São Paulo o litro da gasolina, que percorre 120 quilômetros até chegar a capi-

t a l , é vendido entre R$ 2,86 a R$ 3,30, em Manaus, que pos-sui uma refi naria de petróleo dentro do seu perímetro urbano, o litro é

confi ante após o presidente da casa, Wilker Barreto (PHS), reunir a base aliada e apresentar moti-vos que, segundo ele, justifi cam a não instalação da CPI.

Quem mudou de opinião após pesquisar os resultados obtidos com a instalação de CPIs foi a vereadora professora Jacqueline (sem parti-do). “Inicialmente, eu era a favor dessa

(PTC), professor Samuel (sem partido) e Roberto Sabino (Pros) também retiraram a assinatura, A reportagem tentou contato com eles, sem sucesso. A CMM está em recesso e as atividades retornam no dia 13.

Autor sai em defesa da investigaçãoMário Frota refuta a po-

sição de quem diz que CPI não traz resultados. “Na CPI que fui autor na Assembleia, vários donos de postos foram presos em Manaus. De seis investigados, quatro foram presos. Teve quem fi cou pre-so por 60 dias. Trabalhamos muito. Ouvimos o presiden-te da Reman (Refi naria de Manaus) e as distribuidoras. Realizamos três blitzes por-que, na época, a denúncia era de que a gasolina era batizada. Em dois meses de trabalho, Manaus deixou de ter a gasolina mais cara do país e passou a ter a mais barata”, relembra.

A CPI relatada por Leonel

Feitoza na CMM resultou num TAC com os proprietários de postos, por meio do Sindi-cato dos Revendedores de Combustíveis do Amazonas (Sindcam), que culminou no fi m da concorrência entre eles, ao estabelecer uma margem de preço sobre o valor do produto comprado da distribuidora.

Com duração e validade de 2 anos, o TAC fi xou os preços dos revendedores dentro de uma “margem de comercia-lização” que varia de 17% a 18,5%, deixando aos postos da mesma ‘bandeira’ a pos-sibilidade de “concorrerem” com preços com uma diferen-ça máxima de 1,5 ponto per-

centual para o consumidor.A reportagem procurou

o presidente do Sindicato dos Revendedores de Com-bustíveis do Amazonas, Luiz Felipe de Moura, mas não obteve retorno. No Sindicato, informaram que ele estava viajando.

Inefi cazPara outros problemas na

cidade recorreu-se, sem efi -cácia, a instalação de CPIs. Durante investigação sobre abastecimento de água em 2012, na Câmara Municipal, o relatório apontou culpados e o documento foi enviado para o Ministério Público do Estado (MPE), Polícia Federal

(PF) e outros órgãos.A Câmara criou ainda três

CPIs: da Suframa, Cimento e do Apagão em 2008. A do Cimento concluiu que não houve prática de preço abu-sivo. A da Suframa não teve conclusão.

No ano de 2006, o Legis-lativo municipal instalou a CPI da Unimed, cujo objetivo era investigar a morte da advogada Aylla Almeida. No ano anterior, em 2005, duas comissões foram criadas pela CMM, a CPI da Águas do Amazonas e a CPI da Citéluz.

A primeira investigou o contrato entre a Prefeitu-ra de Manaus com a Águas

do Amazonas. A da Citéluz investigou contrato entre a prefeitura e a empresa que na época era responsável pela manutenção da iluminação pública da cidade.

No ano de 2004, a casa instalou a CPI da Planilha do Transporte Coletivo, que investigou o custo da passa-gem do transporte. Ao fi nal dos trabalhos foi concluído que a população pagou du-rante 7 anos um preço a mais pela tarifa.

Ainda na CMM, em 2003, foi criada a CPI do Tráfi co de Infl uência na administra-ção pública. Após algumas reuniões, a comissão foi can-celada.

CLEIDIMAR PEDROSO

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A8 Política MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

‘Muito trabalho neste 2º semestre’, garante WilkerSessões da Câmara Municipal de Manaus retornam dia 13 e presidente da casa anuncia votações de projetos importantes

Os avanços na im-plantação da TV Aberta e a vota-ção de Projetos de

Leis importantes, como o de revisão da Lei Orgânica do Município de Manaus (Lo-man), do Plano de Mobilidade Urbana e a reforma da mini-vila Olímpica estão entre os destaques para o segundo semestre dos trabalhos le-gislativos da Câmara Muni-cipal de Manaus, que retorna do recesso parlamentar no próximo dia 13 de julho.

O presidente da Câma-ra, vereador Wilker Barreto (PHS), reforça o sentimento de avançar na agenda po-sitiva e afirmou que o sinal digital da TV Senado é uma realidade no sentido de o Legislativo municipal ter o canal aberto para a trans-missão dos trabalhos da casa ainda neste segundo semestre.

Para colocar em prática o funcionamento da TV Aberta, Wilker garante que também vai trabalhar o canal aberto, via licitação ou convênio com uma empresa para operacio-nalização da TV. “Quem tra-balha com televisão sabe que o material humano está em constante qualificação, o que

muitas vezes o concurso não permite isso. Entendo que no princípio da economicidade, em vez de comprar o equipa-mento que defasa é melhor alugá-lo porque vai estar sem-pre moderno”, explicou.

Outro Projeto que ganhará novo fôlego no segundo se-mestre será o de reforma da minivila Olímpica do bairro Santo Antônio, Zona Oeste, ao lado do prédio da Câmara Municipal. Segundo Barreto, o Projeto já está em vias de licitação e em agosto come-ça a sair do papel. “Tivemos boas conquistas”, ressaltou.

Outro assunto que vai ge-rar debates na Câmara nesse segundo semestre é o Plano de Mobilidade Urbana. “O Plano não pode ser peça de ficção, tem que ser um plano técnico para poder ser lapi-dado”, disse.

Na avaliação de Wilker, a chegada do Plano no se-gundo semestre não causa nenhum prejuízo à cidade de Manaus. “Ele chegar abril ou julho não faz diferença, mas é importante que chegue e permita que a Câmara tenha tempo suficiente para discu-tir o mesmo”, lembrou.

O presidente assegurou que o Poder Legislativo mu-

nicipal terá tempo suficiente para as discussões no segun-do semestre. “Mas não con-sigo ver a Câmara discutindo seis meses o plano. Tanto que designei a Comissão de Transporte, que tem à frente o vereador Rosivaldo Cordovil (PTC), e o vereador Professor Bibiano (PT) para que na volta dos trabalhos, apresentem um cronograma de audiências para discussão com os vereadores.

RetornoTambém fica para o retor-

no das atividades legislati-vas, no dia 13 deste mês, a deliberação em plenário do Projeto de Lei da Reforma da Lei Orgânica do Município (Lomam) e, a partir daí, co-meça a contar o prazo para a apresentação de emendas.

Outro assunto que tam-bém deverá ser deliberado já na sessão do dia 13 de julho será o projeto do Exe-cutivo municipal que trata do reajuste dos professores, conforme anunciado pelo próprio prefeito Arthur Neto (PSDB), na semana passada. O reajuste, de 9,5%, será feito em duas parcelas: 4,5% ainda neste mês e o restante, em outubro. Vereadores retornam dia 13 já com muitas “tarefas” pendentes para dar andamento na casa

DIVULGAÇ

ÃO/CMM

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EconomiaCa

dern

o B

[email protected], DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1045Economia B4 e B5

Cheia invade olarias e afeta produção

IONE MORENO

Micro exportadores e seusdesafi os fi scal e produtivoEmpresários amazonenses enfrentam a falta de garantias no Estado sobre produtos regionais com potencial para exportação

Matéria-prima comprada em Estados que têm certifi cação orgânica de produtos sem agrotóxico para garantir venda ao exterior

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Com o dólar em alta, acima dos R$ 3, a exportação se tornou uma das cadeias pro-

dutivas mais benefi ciadas do país. Mas para exportar, prin-cipalmente produtos alimen-tícios regionais orgânicos, há uma série de fatores que deixa os empresários desanimados. O Amazonas é um grande pro-dutor de cupua-çu, castanha do Brasil, açaí, entre outros, porém, não há produção com certifi cação orgânica, selo que garante que o alimento foi produzido sem a presença de agrotóxicos, adu-bos químicos ou hormônios.

Sem poder comprovar a procedência do produto, os em-presários são obrigados a com-prar a matéria-prima em outro Estado, onde o produto tem certifi cação. Porém, a carga tributária para quem compra item para produção local de outra região é alta, que atinge até 13% em alguns casos, além do valor do frete. O alerta é do microempresário Jorge Neves, que produz para exportação o Bolo Amazônico (à base de

cupuaçu, castanha do Brasil e das sementes aromáticas do cumaru e puxuri).

Segundo o microempresário, que pretende iniciar a expor-tação no ano que vem por isso busca obter a certifi cação orgânica para poder comercia-lizar sua produção no exterior, não tem em Manaus nenhuma empresa na área da alimen-

tação que tenha certifi cação orgâ-nica. Ele destaca que existe uma associação de pequenos produ-tores, que tem o apoio do Minis-tério da Agricul-tura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), mas a produção é bai-xa e não dá para atender a deman-da. Além disso, a entidade só tem autorização para vender ao consu-midor fi nal.

“Para ver os problemas que temos no Amazonas. Alguém deveria olhar para isso, pois nossos produtos andam pas-sos longos para a certifi cação orgânica”, desabafa. Ele revela que compra a castanha com certifi cação orgânica do Acre, a banana de São Paulo, e as-sim por diante. “O custo com os tributos seria evitado se

A carga tributária é grande. Por isso, muitas microem-

presas fecham em pouco menos de

dois anos. Na feira da Eduardo Ribeiro, faturava três vezes mais do que hoje

Jorge Neves, microempresário

O consultor econômico Ailson Rezende lembra que, apesar de a empresa estar na Zona Franca de Manaus, é preciso que ela tenha um projeto aprovado pela Sufra-ma e pelo governo do Estado para poder ter a tributação suspensa. “O incentivo da ZFM é para industrialização

e transformação. Nesse caso, quando se compra a matéria-prima em qualquer localidade do país para produção fi m a tributação é suspensa. Mas a empresa não pode aprovar o projeto se não tiver um Pro-cesso Produtivo Básico (PPB). E isso difi culta”, ressalta.

Ele frisa que a empresa

também pode se cadastrar na Suframa como sendo in-dustrial sem projeto. Tam-bém pode submeter o projeto a Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvi-mento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti) para obter incentivo do ICMS na esfera estadual. Microempre-

sas também podem fazer isso se não for cadastrada no Simples Nacional. “O que está faltando é orientação aos empresários que produzem aqui e que não tem projeto aprovado pela Suframa. Eles desconhecem a legislação e com a tributação normal não tem como competir”, relata.

Com os incentivos da ZFM, os empresários têm a isenção do IPI, redução do PIS/Confi ns, e ainda tem a isenção dos tri-butos incidentes sobre a maté-ria prima adquirida, conforme Rezende. Ele conta que quando se vende para a Zona Franca o IPI é embutido, no entanto quando se vende da ZFM para

outro Estado não há redução tributária, é cobrado de forma total todos os impostos. “Ven-das da ZFM para outro Estado o ICMS é de 12%, já as vendas dentro da ZFM a alíquota é de 7%. O empresário precisa buscar consultoria para saber de que forma pode ter o tributo reduzido”, frisa.

‘Com a tributação normal não tem como competir’

tivéssemos os produtos com certifi cação aqui no Amazo-nas, além do mais, o dinheiro gasto na compra da matéria prima em outra região fi caria no nosso Estado ao invés de fi car em outro”, enfatiza.

Há 28 anos no mercado amazonense, a Pronatus da Amazônia, empresa que tra-

balha com biocosméticos e alimentos funcionais a partir de matérias-primas regionais, também compra alguns ativos em outros Estados brasilei-ros. Porém, como é cadastrada na Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e faz parte do Polo Industrial (PIM) recebe incentivos fi scais

como, por exemplo, a desone-ração do IPI e do ICMS.

A informação foi confi rmada pelo proprietário da empresa, Evandro de Araújo Silva. Se-gundo ele, a Pronatus também está começando a mirar no mercado internacional para alavancar as exportações. “Através do Centro Interna-

cional de Negócios (CNI), da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), um representante da empresa esteve na Beautyworld Middle East, uma das maiores feira do setor de beleza que ocor-reu entre os dias 26 e 28 de maio, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos”, disse.

Bolo Amazônico encara uma carga tributária de 13% de produtos comprados em outros Estados, somado ao peso do frete

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B2 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Cadastrados formam rede de 42 áreasDesde a instituição do ban-

co, em 17 de fevereiro de 2014, a Espi tem recorrido aos profissionais cadastra-dos para a realização de cur-sos e outras atividades de capacitação. Do total de ins-trutores, 45% já foram acio-nados, sempre atendendo às necessidades das secretarias municipais. Os cadastrados formam uma rede que soma 42 áreas do conhecimento, como direito, contabilidade, economia e comunicação. “O banco de instrutores da Pre-feitura de Manaus é formado por pessoas altamente capa-citadas que contribuem para a formação de mão-de-obra nos quadros do funcionalismo público”, avalia Luiza Bessa.

Em 2014, 103 profissionais foram chamados para minis-trar cursos e oficinas. Este ano, até o momento, outros

77 foram convocados. Uma das instrutoras é psicóloga Fabiane Amaral, que ministra aulas e palestras por meio da Espi há mais de 15 anos – e agora é nome frequente do banco de instrutores. A professora, que atua na área de gestão de pessoas, disse que se prepara para as ati-vidades por meio de leituras, estudo e buscando atualizar os conhecimentos. “O apro-veitamento das minhas aulas é muito bom. São dinâmicas e participativas, de modo que eu sempre procuro estimular os alunos a querer aprender mais e conhecer o conteúdo que passo”, explica.

Para ela, o trabalho com capacitação de servidores públicos é fundamental para desmistificar o que ela chama de “cultura de distanciamento entre os servidores públicos

e privados”. “Hoje a exigência de capacitação no mercado é grande para profissionais das duas áreas, e estamos que-brando muitos mitos”, diz ela, referindo-se ao clichê de que servidor público não precisa de reciclagem. “Aprimorar o servidor agrega muito. Eles ganham no trabalho e é fun-damental para a organização em que atuam”, pondera.

Se há quem esteja há mais de uma década como instrutor, também há quem tenha começado basica-mente com a implantação do banco, em 2014. Franklin Brito está há um ano minis-trando cursos de informá-tica pela Escola, depois de obter experiência de mais de 20 anos na área em que possui graduação. Para ele, a experiência de capacitar servidores é “gratificante”. Aproximadamente 45% do banco da Espi já foram acionados para a realização de cursos e oficinas

DIVULGAÇÃO

Banco de instrutores tem mais de 400 profissionaisInstituído pela Prefeitura de Manaus por decreto, no ano passado, o projeto da Espi serve como renda complementar

Diante da crise finan-ceira, muitos pro-fissionais buscam saídas para comple-

mentar a renda. Em Manaus, uma alternativa possível para técnicos, graduados e especia-lizados é fazer parte do chama-do “banco de instrutores” da Prefeitura de Manaus. Institu-ído pelo decreto 2.721/2014, o banco conta hoje com mais de 430 profissionais de di-versas áreas do conhecimen-to que atuam ou já atuaram como instrutores de cursos, palestras e oficinas ministra-das pela Escola de Serviço Público Municipal e Inclusão Socioeducacional (Espi) para servidores públicos.

O processo inicia com o ca-

dastro dos interessados no site da Escola (espi.manaus.am.gov.br). Ao informar dados como nome, formação (técnica ou acadêmica) e informações referentes à documentação, os profissionais passam a fa-zer parte do banco e podem ser acionados pela Espi, de acordo com a demanda, para ministrar cursos e oficinas.

De acordo com o Departa-mento de Educação e Aper-feiçoamento (Deap) da Espi, a oferta de cursos ministrados acontece em função das neces-sidades das secretarias do mu-nicípio. “A Espi sempre visita as secretarias para saber o que é preciso termos de capacita-ção”, explica a coordenadora do Deap, Jeânia Bezerra.

Os instrutores são remu-nerados pelas atividades se-gundo um critério que ava-lia, entre outros itens, a forma-ção acadêmica do profissional e sua experiência – comprovada – na área sobre a qual preten-de instruir. Para cursos regulares, treinamentos, aperfeiçoamen-to e reciclagem, a valor da hora-aula varia de R$ 40 (técnico) a R$ 120 (nível de doutorado). Já as palestras são pagas em valores de hora-aula

que variam de R$ 100 (gradu-ação) a R$ 400 (doutorado).

Os cursos e oficinas não precisam, neces-sariamente, ser na modalidade presencial. A Espi pode convocar os profissionais ins-critos no “banco de instrutores” para participar de atividades na modalidade de Ensino à Dis-tância (EaD), por meio da plata-forma virtual de cursos da Escola, desde que o pro-

fissional interessado dê esta opção no momento do cadas-

tro. Os valores pagos, neste caso, são os mesmos para os cursos regulares, treina-mentos aperfeiçoamentos e reciclagens, de acordo com a coordenadora da Deap.

ConteudistaOutra opção prevista para a

participação dos profissionais do “banco de instrutores” é na categoria de “conteudis-ta”. Neste caso, o profissional em questão apenas elabora o material didático que será usado no ambiente virtual de cursos da Escola, sem ne-cessariamente ministrá-los – o que pode ser feito por outro profissional. Enquanto os “conteudistas” recebem R$ 69 por hora de material de-

senvolvido, os professores ou tutores, que supervisionam os cursos em ensino à distância, são remunerados em R$ 45 por hora de atividade acom-panhada virtualmente.

“Servidores públicos tam-bém podem compor o banco de instrutores, mas só podem ministrar as atividades remu-neradas em paralelo com suas funções diárias se esta ativi-dade acontecer fora do seu horário de expediente. Ou se ele estiver comprovadamente em período de férias ou em licença”, explica a diretora-ge-ral da Espi, Luiza Bessa Rebelo, ao ressaltar que o “banco de instrutores” não é exclusivo para profissionais de fora dos quadros da Prefeitura.

Os interessados podem se candida-

tar em mais de uma área, desde que

tenham formação e experiência, que são itens classificatórios

Jeânia Bezerra, coordenadora do Deap

Especialistas das mais diversas áreas podem se inscrever

no site da Espi para ministrar cursos

que atendam a de-manda de secreta-

rias da PMM

DIVULGAÇÃO

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Page 11: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

B3EconomiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Franquias de ‘limpeza’ se tornam lucrativas com PECRedes deste segmento faturaram mais de R$ 1,1 bilhão em 2014 e cresceram 8% em relação ao ano anterior, diz ABF

As franquias especia-lizadas em limpeza doméstica conquis-tam força no merca-

do. As redes deste segmento faturaram mais de R$ 1,1 bilhão em 2014, e cresce-ram 8%, em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF).

Um dos principais motivos para o crescimento dessa modalidade de negócio no país é a chamada PEC das Domésticas, projeto que re-gulamenta os direitos dos trabalhadores domésticos, lei sancionada pela presiden-te Dilma Rousseff no último mês de junho.

Desde que o Projeto de Lei foi promulgado pelo Con-gresso Nacional, no mês de abril de 2013, a procura por empresas do segmento au-mentou no país.

ExpansãoA House Maid, rede de

origem portuguesa, que atua há mais de 15 anos no setor, foi uma das empresas que identificou o potencial deste mercado no território brasi-leiro. “Começamos a receber muitos pedidos de orçamen-tos feitos por brasileiros, o que nos levou a estudar o

segmento e a viabilidade do negócio no Brasil”, comenta o diretor de expansão da rede, Nuno Calado.

Atualmente, a House Maid realiza aproximadamen-te 1,5 mil limpezas men-salmente no Brasil, porém esse número sobe mensal-mente. “Nossas unidades apresentam um crescimento médio de, aproximadamen-te, 30% no número de lim-pezas realizadas por mês”, conta Nuno Calado.

A empresa que também tem unidades em Portau-gal e Luxemburgo, inaugu-rou sua primeira franquia no país, em dezembro de 2013 e, atualmente, con-ta com 54 lojas no mundo, 15 delas espalhadas em território nacional.

PerspectivasSomente em 2014 a rede

atingiu o faturamento de R$ 25 milhões e apresen-tou crescimento de 17%, em relação ao ano anterior.

Embora a economia bra-sileira mostre sinais de de-saceleração, a expectativa da empresa é esse número tenha alta de 30% até o final deste ano. A companhia pre-vê ainda a inauguração de 50 unidades até dezembro.

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Sancionada pela presidente Dilma, PEC das Domésticas tem favorecido crescimento de franquias especializadas em limpeza

Empresas dos EUA pegam caloteEm 2010, as empresas

Stellar Insurance e Whitehall Investments LP foram convi-dadas pela Urbia Properties, empresa nacional especiali-zada em shoppings e centros comerciais, a entrar em uma sociedade para construir um shopping center com 200 lojas na cidade de Marabá, no Pará. Seduzidas pelo projeto apre-sentado, que ainda contempla-va seis redes âncora e salas de cinema 3D, as empresas deci-diram injetar US$ 15 milhões na empreitada. A construção

do Unique Shopping Marabá, que deveria ter sido iniciada há três anos em parceria com a Premium Engenharia e Mutran & Mutran Consultoria, acabou nunca saindo do papel.

Meses após a assinatura dos acordos de empréstimo, Stellar e Whitehall descobriram que havia uma ação judicial no Pará movida por terceiros que contestavam a propriedade do terreno de 88 mil metros qua-drados, onde o shopping seria construído. “Embora houves-se uma ação ajuizada apenas

contra uma empresa, temos razões para acreditar que a Urbia estava perfeitamente ciente disso quando negociou os contratos de empréstimo conosco”, explica Shawn Ste-phenson, CEO da Rising Tide Foundation e assessor dos só-cios americanos.

Por causa desse imbróglio, o Banco da Amazônia (Basa), maior financiador da obra es-timada em R$ 200 milhões, recusou-se a liberar o dinheiro para a construção do shopping. Com o freio nos investimentos,

a obra não se viabilizou e as companhias ficaram sem rece-ber os US$ 15 milhões.

LitígioNo momento, as investi-

doras estrangeiras e a Urbia estão envolvidas em litígio no qual se discute a forma de de-volução do investimento, mas o processo é confidencial. “Bus-camos por diversas vezes o diálogo e o entendimento com Tim Weiss, acionista principal da Urbia, mas nunca fomos atendidos”, contou Shawn.

NO PARÁ

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IDU

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Construção do Unique Shopping Marabá não saiu do papel

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Page 12: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 B5

Cheia invade olarias, afeta produção e força demissões

Cinco fabricantes de tijolos estão fechadas e outras três funcionam parcialmente por conta da subida dos rios, segundo Sindicato das Indústrias de Olarias do Amazonas

A cheia e crise econômica fi zeram o preço do milheiro baixar de R$ 460,00 para R$ 430,00 na Nova Veneza. Não há tijolo em estoque porque a fábrica que Fabiana Via-na é sócia-proprietária tra-balha no limite. “Podemos produzir até 500 milheiros por mês, mas tivemos que reduzir para 300 milheiros mensais”, aponta.

Segundo ela, com a queda na produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), diminuiu também o fornecimento de paletes. A estrutura de madei-ra usada no transporte de car-gas da indústria amazonense é usada como combustível para os fornos das olarias.

“Até madeira legalizada está em falta”, disse.

Na Cerâmica Santa Luzia, no Ramal Janauari, quilôme-tro 7 da estrada Manoel Ur-bano, até abril, o milheiro era vendido a R$ 470,00. Hoje é vendido por R$ 440,00, informou o sócio-proprietá-rio da Cerâmica, Sergio Pereira.

Com capa-cidade para produzir 800 milheiros por mês, a Santa Luzia produz 500 e estuda cortes na folha de pagamento. “Estou aguardando agosto e se a construção civil não

‘aquecer’, infelizmente vou reduzir o quadro pela meta-de. Hoje tenho 29 funcioná-rios”, disse.

Milheiro com preço mais baratoA cheia e crise econômica

fi zeram o preço do milheiro baixar de R$ 460,00 para R$ 430,00 na Nova Veneza. Não há tijolo em estoque porque a fábrica que Fabiana Via-na é sócia-proprietária tra-balha no limite. “Podemos produzir até 500 milheiros por mês, mas tivemos que reduzir para 300 milheiros mensais”, aponta.

Segundo ela, com a queda na produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), diminuiu também o fornecimento de paletes. A estrutura de madei-ra usada no transporte de car-gas da indústria amazonense é usada como combustível para os fornos das olarias.

“Até madeira legalizada está em falta”, disse.

Na Cerâmica Santa Luzia, no Ramal Janauari, quilôme-tro 7 da estrada Manoel Ur-bano, até abril, o milheiro era vendido a R$ 470,00. Hoje é vendido por R$ 440,00, informou o sócio-proprietá-rio da Cerâmica, Sergio Pereira.

Com capa-cidade para produzir 800 milheiros por mês, a Santa Luzia produz 500 e estuda cortes na folha de pagamento. “Estou aguardando agosto e se a construção civil não

‘aquecer’, infelizmente vou reduzir o quadro pela meta-de. Hoje tenho 29 funcioná-rios”, disse.

Milheiro com preço mais barato

Instalada há dez anos em terra fi rme, a Cerâmica Santa Luzia também sofre com os efeitos da cheia do rio deste ano e da crise eco-nômica do país. A fi rmação é do sócio-proprietário da empresa Sérgio Pereira.

Desde o mês de dezembro do ano passado, aproxima-damente 450 milheiros de tijolos formam o estoque parado no pátio da empre-sa e que não se consegue vender. Segundo Pereira, ele precisou reduziu a pro-dutividade pela falta de venda e também por conta da cheia que prejudica o estoque de argila no terreno da fábrica. O empresário avalia que esses percalços afetarão os negócios até o próximo ano.

“Nossa jazida de argila fi ca na área que sofre a en-chente, como a maioria dos demais ceramistas”, apon-ta. “Pelo meu cronograma, o estoque de matéria-prima tem que começar a ser feito em julho. Só que neste ano a água não terá descido. Eu só vou começar em setembro, com o risco de enfrentar as chuvas”, completa.

Outro ônus que a cheia deve trazer é devido a im-

possibilidade de execução do plano de recuperação das áreas onde a argila é extraída. “O órgão exige um prazo e a natureza não nos deixa fazer a recuperação. Podemos sofrer sansões e multas”, salienta.

Os órgãos ambientais exigem o Plano de Recupe-ração de Áreas Degradas

pontuando quais medidas serão adotadas para recu-perar o meio ambiente. “No meu caso, é a recupera-ção das margens, deixando em 90 graus para evitar o desbarrancamento, o nive-lamento para não empos-sar água e readequar a vegetação da área. Para executar tudo isso precisa que esteja seco”, explica.

Prejuízos vão até 2016

PREVISÃOEm fevereiro deste ano, empresários temiam que pelo menos sete fabri-cantes de tijolo do polo oleiro de Iran-duba e Manacapuru fossem afetadas pela cheia dos rios

Produção continua nas fábricas que não foram afetadas

Empresários esperam o rio baixar para

retomar produção

Produção reduzida também pela falta de

vendas do produto

Parte da estufa de secagem da Cerâ-

mica Nova Aliança está alagada

Cheia causa perdas no esto-que de argila, a matéria-prima do tijolo

Polo Oleiro de Iranduba e Manacapuru abas-tece principalmente o mercado da construção civil de Manaus

FOTOS: IONE MORENO

Cinco olarias estão com a produção paralisada e outras três funcionam abaixo da capacidade

no polo ceramista de Irandu-ba e Manacapuru, por conta das cheias dos rios Negro e Solimões. A informação é do presidente do Sindicato das In-dústrias de Olaria do Amazonas (Sindcer), Sandro Santos.

Não falta tijolo no merca-do, mas os prejuízos levaram a demissão de 25% do total de trabalhadores do setor, es-tima Santos. Os problemas se agravam com a crise econômica que passa o país, e resulta em grandes estoques nos terrenos das fábricas que reduziram a capacidade de produção.

O regime das águas inundou olarias e forçou a paralisação de fornos e estufas por conta dos estoques de argila - maté-ria-prima do tijolo -, que estão submersos. Falta também ma-deira legalizada para queimar nos fornos da processo de pro-dução do tijolo.

Os empresários não estão nenhum pouco otimistas. “Esses problemas irão se refl etir até na produção do ano que vem, por-que depois de uma grande cheia, o nível do rio desce lentamente e isso impossibilita a formação de estoque de matéria-prima”, explica Santos.

Segundo ele, o segmento costumam formar o estoque, essencialmente, entre setem-bro e outubro, durante o verão. A partir de novembro, a chuvas recomeçam e prejudicam a extração. “Após a cheia de 2012 não consegui-mos fazer estoque”, lembra.

Santos observa que falta investimento em todos os se-tores e as construtoras como as principais compradoras dei-xaram de adquirir tijolos. “Falta dinheiro. Quase ninguém está investindo, inclusive na cons-trução”, disse Santos.

Outro prejuízo das empresas que paralisaram as atividades serão dívidas de R$ 3 mil a R$ 8 mil por conta do não desli-gamento do serviço de energia elétrica.

“Toda empresa contrata o consumo de energia elétri-ca. Como as empresas estão paradas, não estão gastando energia elétrica. Elas solicita-ram o desligamento, mas não foram atendidas pela concessioná-ria”, afi rma Santos.

ReativarSócia-proprietária da Cerâ-

mica Nova Aliança, Fabiana Viana, disse que está com dois fornos parados há dois meses. “Demitimos dez funcionários e estamos mantendo outros 20. Espero que comece a baixar a água para reativarmos. Um deles é o maior da fábrica e, sem funcionar, não temos como manter funcionários”, diz.

Ela espera contratar traba-lhadores quando os equipa-mentos voltarem a funcionar. Além do forno, as estufas de secagem estão parte dentro da água. A empresa está lo-calizada no distrito do Cacau Pirêra, em Iranduba. “Estamos trabalhando no limite para não fechar. Mas, se em duas se-manas a água não baixar, nós vamos parar. Sem estufas, es-tamos secando tijolos em cima dos fornos”, conta.

Assim que as águas bai-xem, Fabiana espera investir em uma máquina de secagem para melhorar o desempenho da fábrica e não voltar a ter prejuízos com casos semelhan-tes como o que a empresa passa atualmente. “Estamos com faturamento baixo, mas vamos precisar fazer esse investimento”, aponta.

CLEIDIMAR PEDROSO

Vamos investir, apro-ximadamente, R$ 300 mil no equipamento, mas que será usado

para evitar que situa-ções como essa vol-

tem a ocorrer

Fabiana Viana,sócia da Cerâmica Nova Aliança

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B4 Economia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 B5

Cheia invade olarias, afeta produção e força demissões

Cinco fabricantes de tijolos estão fechadas e outras três funcionam parcialmente por conta da subida dos rios, segundo Sindicato das Indústrias de Olarias do Amazonas

A cheia e crise econômica fi zeram o preço do milheiro baixar de R$ 460,00 para R$ 430,00 na Nova Veneza. Não há tijolo em estoque porque a fábrica que Fabiana Via-na é sócia-proprietária tra-balha no limite. “Podemos produzir até 500 milheiros por mês, mas tivemos que reduzir para 300 milheiros mensais”, aponta.

Segundo ela, com a queda na produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), diminuiu também o fornecimento de paletes. A estrutura de madei-ra usada no transporte de car-gas da indústria amazonense é usada como combustível para os fornos das olarias.

“Até madeira legalizada está em falta”, disse.

Na Cerâmica Santa Luzia, no Ramal Janauari, quilôme-tro 7 da estrada Manoel Ur-bano, até abril, o milheiro era vendido a R$ 470,00. Hoje é vendido por R$ 440,00, informou o sócio-proprietá-rio da Cerâmica, Sergio Pereira.

Com capa-cidade para produzir 800 milheiros por mês, a Santa Luzia produz 500 e estuda cortes na folha de pagamento. “Estou aguardando agosto e se a construção civil não

‘aquecer’, infelizmente vou reduzir o quadro pela meta-de. Hoje tenho 29 funcioná-rios”, disse.

Milheiro com preço mais baratoA cheia e crise econômica

fi zeram o preço do milheiro baixar de R$ 460,00 para R$ 430,00 na Nova Veneza. Não há tijolo em estoque porque a fábrica que Fabiana Via-na é sócia-proprietária tra-balha no limite. “Podemos produzir até 500 milheiros por mês, mas tivemos que reduzir para 300 milheiros mensais”, aponta.

Segundo ela, com a queda na produção do Polo Industrial de Manaus (PIM), diminuiu também o fornecimento de paletes. A estrutura de madei-ra usada no transporte de car-gas da indústria amazonense é usada como combustível para os fornos das olarias.

“Até madeira legalizada está em falta”, disse.

Na Cerâmica Santa Luzia, no Ramal Janauari, quilôme-tro 7 da estrada Manoel Ur-bano, até abril, o milheiro era vendido a R$ 470,00. Hoje é vendido por R$ 440,00, informou o sócio-proprietá-rio da Cerâmica, Sergio Pereira.

Com capa-cidade para produzir 800 milheiros por mês, a Santa Luzia produz 500 e estuda cortes na folha de pagamento. “Estou aguardando agosto e se a construção civil não

‘aquecer’, infelizmente vou reduzir o quadro pela meta-de. Hoje tenho 29 funcioná-rios”, disse.

Milheiro com preço mais barato

Instalada há dez anos em terra fi rme, a Cerâmica Santa Luzia também sofre com os efeitos da cheia do rio deste ano e da crise eco-nômica do país. A fi rmação é do sócio-proprietário da empresa Sérgio Pereira.

Desde o mês de dezembro do ano passado, aproxima-damente 450 milheiros de tijolos formam o estoque parado no pátio da empre-sa e que não se consegue vender. Segundo Pereira, ele precisou reduziu a pro-dutividade pela falta de venda e também por conta da cheia que prejudica o estoque de argila no terreno da fábrica. O empresário avalia que esses percalços afetarão os negócios até o próximo ano.

“Nossa jazida de argila fi ca na área que sofre a en-chente, como a maioria dos demais ceramistas”, apon-ta. “Pelo meu cronograma, o estoque de matéria-prima tem que começar a ser feito em julho. Só que neste ano a água não terá descido. Eu só vou começar em setembro, com o risco de enfrentar as chuvas”, completa.

Outro ônus que a cheia deve trazer é devido a im-

possibilidade de execução do plano de recuperação das áreas onde a argila é extraída. “O órgão exige um prazo e a natureza não nos deixa fazer a recuperação. Podemos sofrer sansões e multas”, salienta.

Os órgãos ambientais exigem o Plano de Recupe-ração de Áreas Degradas

pontuando quais medidas serão adotadas para recu-perar o meio ambiente. “No meu caso, é a recupera-ção das margens, deixando em 90 graus para evitar o desbarrancamento, o nive-lamento para não empos-sar água e readequar a vegetação da área. Para executar tudo isso precisa que esteja seco”, explica.

Prejuízos vão até 2016

PREVISÃOEm fevereiro deste ano, empresários temiam que pelo menos sete fabri-cantes de tijolo do polo oleiro de Iran-duba e Manacapuru fossem afetadas pela cheia dos rios

Produção continua nas fábricas que não foram afetadas

Empresários esperam o rio baixar para

retomar produção

Produção reduzida também pela falta de

vendas do produto

Parte da estufa de secagem da Cerâ-

mica Nova Aliança está alagada

Cheia causa perdas no esto-que de argila, a matéria-prima do tijolo

Polo Oleiro de Iranduba e Manacapuru abas-tece principalmente o mercado da construção civil de Manaus

FOTOS: IONE MORENO

Cinco olarias estão com a produção paralisada e outras três funcionam abaixo da capacidade

no polo ceramista de Irandu-ba e Manacapuru, por conta das cheias dos rios Negro e Solimões. A informação é do presidente do Sindicato das In-dústrias de Olaria do Amazonas (Sindcer), Sandro Santos.

Não falta tijolo no merca-do, mas os prejuízos levaram a demissão de 25% do total de trabalhadores do setor, es-tima Santos. Os problemas se agravam com a crise econômica que passa o país, e resulta em grandes estoques nos terrenos das fábricas que reduziram a capacidade de produção.

O regime das águas inundou olarias e forçou a paralisação de fornos e estufas por conta dos estoques de argila - maté-ria-prima do tijolo -, que estão submersos. Falta também ma-deira legalizada para queimar nos fornos da processo de pro-dução do tijolo.

Os empresários não estão nenhum pouco otimistas. “Esses problemas irão se refl etir até na produção do ano que vem, por-que depois de uma grande cheia, o nível do rio desce lentamente e isso impossibilita a formação de estoque de matéria-prima”, explica Santos.

Segundo ele, o segmento costumam formar o estoque, essencialmente, entre setem-bro e outubro, durante o verão. A partir de novembro, a chuvas recomeçam e prejudicam a extração. “Após a cheia de 2012 não consegui-mos fazer estoque”, lembra.

Santos observa que falta investimento em todos os se-tores e as construtoras como as principais compradoras dei-xaram de adquirir tijolos. “Falta dinheiro. Quase ninguém está investindo, inclusive na cons-trução”, disse Santos.

Outro prejuízo das empresas que paralisaram as atividades serão dívidas de R$ 3 mil a R$ 8 mil por conta do não desli-gamento do serviço de energia elétrica.

“Toda empresa contrata o consumo de energia elétri-ca. Como as empresas estão paradas, não estão gastando energia elétrica. Elas solicita-ram o desligamento, mas não foram atendidas pela concessioná-ria”, afi rma Santos.

ReativarSócia-proprietária da Cerâ-

mica Nova Aliança, Fabiana Viana, disse que está com dois fornos parados há dois meses. “Demitimos dez funcionários e estamos mantendo outros 20. Espero que comece a baixar a água para reativarmos. Um deles é o maior da fábrica e, sem funcionar, não temos como manter funcionários”, diz.

Ela espera contratar traba-lhadores quando os equipa-mentos voltarem a funcionar. Além do forno, as estufas de secagem estão parte dentro da água. A empresa está lo-calizada no distrito do Cacau Pirêra, em Iranduba. “Estamos trabalhando no limite para não fechar. Mas, se em duas se-manas a água não baixar, nós vamos parar. Sem estufas, es-tamos secando tijolos em cima dos fornos”, conta.

Assim que as águas bai-xem, Fabiana espera investir em uma máquina de secagem para melhorar o desempenho da fábrica e não voltar a ter prejuízos com casos semelhan-tes como o que a empresa passa atualmente. “Estamos com faturamento baixo, mas vamos precisar fazer esse investimento”, aponta.

CLEIDIMAR PEDROSO

Vamos investir, apro-ximadamente, R$ 300 mil no equipamento, mas que será usado

para evitar que situa-ções como essa vol-

tem a ocorrer

Fabiana Viana,sócia da Cerâmica Nova Aliança

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B6 País MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Banco terá que pagar indenização

DISCRIMINAÇÃO

A Caixa Econômica Fede-ral foi condenada a pagar R$ 10 mil a um homem que foi barrado por causa de sua muleta em uma porta giratória de uma agência bancária em Indaiatuba, no interior de São Paulo. O Tribunal Regional Fe-deral da 3ª Região julgou o caso e considerou que o homem foi submetido a uma situação vexatória. Em primeiro grau, a Caixa foi condenada a pagar R$ 5.000, mas houve recurso e o valor foi ampliado.

De acordo com nota da assessoria de imprensa do tribunal, uma testemunha atestou que “os funcioná-

rios da Caixa, ao invés de procurar reduzir a dificul-dade, intensificaram-na, desnecessária e abusiva-mente, rindo dele, constran-gendo-o diante das demais pessoas que frequentavam

o local”. O banco informou que não vai recorrer da de-cisão da Justiça.

Em nota, a Caixa Eco-nômica Federal esclareceu que utiliza portas girató-rias com detectores de me-tais em suas agências, de acordo com a Lei 7.102/83, que disciplina o sistema de segurança em estabe-lecimentos financeiros em todo o território nacional. Os dispositivos de seguran-ça são utilizados por todos os bancos para proteger clientes e empregados, não sendo intenção criar obs-táculos desnecessários. A Caixa não recorrerá da decisão do Tribunal.”

Em nota, a agência declarou que não irá recorrer da decisão e que pagará indenização

DIV

ULG

AÇÃO

VERGONHA Segundo o cliente que processou o banco, ele sofreu contrangi-mentos ao ser barra-do na porta giratória de uma agência ban-cária em São Paulo por causa de suas muletas

No Brasil, 94% das casas já possuem água potávelSegundo pesquisa internacional, as condições de abastecimento da água no Brasil evoluíram bastante nos últimos anos

Uma em cada três pessoas no mundo – cerca de 2,4 bi-lhões de indivíduos

– ainda não têm acesso a serviços de saneamento bá-sico e água potável, concluiu um levantamento global da Unicef e da World Health Or-ganization (WHO) divulgado na última semana. No Brasil, as condições evoluíram bas-tante nos últimos 25 anos. “O que os dados mostram é a necessidade de focar nas desigualdades como único caminho para alcançar um progresso sustentável”, diz no relatório Sanjay Wijesekera, chefe da divisão de água e saneamento da Unicef.

O estudo destacou que a falta de progresso nos ser-viços de saneamento básico ameaça minar os avanços obtidos com o maior acesso a água potável no mundo, especialmente nas áreas de saúde pública e sobrevivên-cia infantil. O acesso à água potável no planeta avançou em vários países nas últi-mas décadas, segundo o es-tudo. Cerca de 2,6 milhões de pessoas passaram a aces-sar o recurso desde 1990, e 91% da população mundial já viu melhorias na qualida-

de de água que consomem para beber – e esse número continua crescendo.

“O modelo global até agora é de que os mais ricos avan-çam primeiro, e apenas quan-do eles têm acesso os mais pobres começam a evoluir. Se nós conseguirmos alcançar acesso universal à água trata-da até 2030, precisamos nos assegurar de que os pobres comecem a progredir imedia-tamente”, diz Wijesekera.

AcessoNo Brasil, 94% da popu-

lação tem acesso a servi-ços de água potável. Nas cidades, esse percentual alcança 98%, contra 92% em 1990, de acordo com o relatório da Unicef. Entre a população rural, o avanço foi bem mais expressivo nos últimos 25 anos: apenas 38% acessavam redes de água limpa nestas regiões, contra 70% em 2015.

Na África-Subsaariana, por exemplo, 427 milhões de pessoas tiveram aces-so – uma média de 47 mil pessoas por dia todos os dias por 25 anos. A expec-tativa de vida infantil teve ganhos substanciais. Hoje, menos de mil crianças com

menos de cinco anos mor-rem a cada dia por diarreia causada por contaminação na água, ante mais de 2 mil casos 15 anos atrás.

Por outro lado, o pro-gresso no saneamento foi barrado por investimentos inadequados, segundo o relatório, assim como falta de produtos acessíveis para os pobres, e normas sociais que aceitam ou encorajam fazer necessidades básicas em lugares abertos.

Embora cerca de 2,1 bi-lhões de pessoas tenham tido acesso a redes de esgoto desde 1990, o mundo não alcançou a meta do MDG de mais cerca de 700 milhões de pessoas. Hoje, apenas 68% da população mundial utiliza instalações sanitárias ade-quadas – nove pontos abaixo da meta de 77%.

As áreas rurais abrigam sete entre 10 pessoas sem acesso a saneamento ade-quado. “Até que todos tenham acesso adequado a instala-ções sanitárias, a qualida-de de água será reduzida e muitas pessoas continuarão a morrer”, afirmou no estudo a diretora do departamento de saúde pública, meio am-biente, Maria Neira. De acordo com Unicef, em algumas cidades brasileiras, 98% da população já tem água potável

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AÇÃO

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Page 15: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

B7MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 País

PF já calcula em R$ 19 bi o prejuízo da Petrobras

Operação Lava Jato • 1ª fase (17/03/2014) Defl agrada pela Polícia Fe-

deral em seis Estados e no Distrito Federal para cumprir 130 mandados judiciais, re-sulta na prisão de 17 pessoas, entre elas, o doleiro Alberto Youssef, apontado como o responsável por comandar o esquema de corrupção.

• 2ª fase (20/03/2014) A PF cumpre seis manda-

dos de busca e um de prisão temporária: a do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto da Costa.

• 3ª fase (11/04/2014) A PF cumpre mandados de

buscas na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro.

• 4ª fase (11/06/2014) A PF prende pela segunda

vez o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele havia sido solto depois de passar 59 dias na prisão, mas voltou a ser preso por esconder da polícia que tinha um passaporte por-tuguês e contas na Suíça com saldo de U$ 23 milhões

• 5ª fase (01/07/2014) A PF prende João Procópio

Junqueira Pacheco de Almei-

da Prado, que trabalhava com o doleiro Alberto Youssef e cum-pre sete mandados de busca e um de condução coercitiva.

• 6ª fase (22/08/2014) A PF cumpre mandados de

busca e apreensão no núcleo de empresas relacionadas ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, no Rio de Janeiro

• 7ª fase (14/11/2014) - A Polícia Federal prende

o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque e executivos da cúpula de em-preiteiras do país suspeitas de pagar propina para fechar contratos com a estatal.

• 8ª fase (14/01/2015) A PF prende o ex-diretor da

área Internacional da Petro-bras Nestor Cerveró, acusado de envolvimento no esquema de corrupção na estatal

• 9ª fase (05/02/2015) - “Ba-

tizada em referência a um ape-lido dado ao ex-diretor de servi-ços da Petrobras Renato Duque, a operação teve o objetivo de cumprir 62 mandados judiciais, em quatro Estados e resultou em quatro prisões. A PF tam-bém levou o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, para depor e explicar doações ao partido por empresas que mantinham contrato com a Petrobras

• 10ª fase (16/03/2015) - A PF

cumpre mandados em São Pau-lo e no Rio de Janeiro e volta a prender preventivamente o ex-diretor de serviços da Petrobras Renato Duque, que segundo a polícia, estava movimentando dinheiro em contas no exterior. • 11ª fase (10/04/2015) -

A PF prende os ex-depu-tados federais André Vargas (ex-PT-PR e hoje sem partido), Luiz Argôlo (ex-PP e hoje So-lidariedade-BA), e mais quatro

pessoas ligadas aos políti-cos. Também houve ordem de prisão contra o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que já estava preso por condena-ção no mensalão. • 12ª fase (15/04/2015)

A PF prende o então te-soureiro do PT, João Vaccari Neto, em São Paulo.

• 13ª fase (21/05/2015) A PF prende Milton Pas-

cowitch, apontado como operador da empreiteira Engevix em contratos da Petrobras e suspeito de repassar propina.

• 14ª fase (19/06/2015) -A Polícia Federal prende os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo. Nes-ta fase, foram expedidos no total 59 mandados judiciais em quatro Estados

• 15ª fase (02/07/2015) A PF prende o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada. Ele é suspeito de come-ter crimes como corrup-ção, fraude em licitações e desvio de verbas.

Esquema de cartel e desvio revelados pela operação Lava Jato estão levando estatal ao buraco

A Polícia Federal reuniu elementos para apontar que o prejuízo gera-do para a Petrobras pelo esquema de cartel, fraudes em licitações,

desvios e corrupção alvos da Operação Lava Jato pode chegar a 20% do valor dos contratos. O porcentual é muito superior aos 3% referentes às propinas confessadas por delatores. Segundo a PF, o rombo no caixa da estatal petrolífera já chega a R$ 19 bilhões.

O delegado da Lava Jato afi rmou que essa coleta de elementos “pode levar um prejuízo à Petrobras em seus contratos da ordem de 15% a 20%”. “Laudos de nossos peritos da área contábil e de engenharia que devem ser divulgados em breve derrubam a tese de que a corrupção nesses contratos era em torno de 2% a 3%. Provavelmente vamos chegar em patamares de 15% a

20% do valor dos contratos”, afi rmou o delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula, nesta quinta-feira, 2.

A Lava Jato aponta até o momento um prejuízo de pelo menos R$ 6,2 bilhões para a Petrobras, valor reconhecido pela estatal em seu balanço.”Aquele número do balanço da Petrobras é válido, mas conservador. Não temos dúvida de que os prejuízos são maiores que os R$ 6 bilhões lançados no balanço. Mas é quase impossível fazer essa mensuração porque há uma série de efeitos em toda a cadeia de licitação”, afi rmou o procurador da República Carlos Fernando Lima, da força-tarefa da Lava Jato.

Os procuradores da força-tarefa es-peram recuperar espontaneamente R$ 1 bilhão até o fi m deste ano, segundo avaliação de Carlos Lima. Até o momento já retornaram aos cofres públicos R$ 700

milhões - incluindo valores devolvidos pelos réus confessos.

O delegado Igor Romário explicou que peritos federais incluíram nos cálculos em fase fi nal “não apenas porcentuais desti-nados a pagamentos de agentes públicos e políticos”. “Mas também prejuízos cau-sados em favor das empresas contratadas através do sobrepreço dos contratos, seja por jogo de planilha, seja por inserção de despesas desnecessárias.”

Igor Romário de Paula explicou que os porcentuais de até 3% comunicados até aqui nas operações da Lava Jato tinham por base a informação dos delatores. “Só que esses laudos que estão sendo conclu-ídos estão considerando não só a corrup-ção destinada aos agentes públicos. Estão embutidos aí superfaturamento, jogo de planilhas, montagem de projetos destina-

dos a favorecer as empresas.”O levantamento em análise concentra

alguns contratos investigados. O delega-do da Lava Jato afi rmou que assim que o laudo for concluído poderá ser melhor detalhado como as empresas recebiam pagamento superior ao que era justifi cado para o contrato. As denúncias envolven-do sobrepreço e fraudes em licitações ainda não integram o rol de acusações dos primeiros processos da Lava Jato. O Ministério Público Federal tem priorizado a divisão dos crimes em denúncias dis-tintas e concentrou as primeiras etapas nos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. “Temos a impressão que nunca chegaremos a um número fechado. E, infelizmente, nunca vamos recuperar um número próximo a esse valor”, afi rmou Igor Romário.

Esquema de cartel e desvio revelados pela operação Lava Jato estão levando estatal ao buraco

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B8 Mundo MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Empresa na China ameaça multar quem ficar grávida Trabalhadoras de uma empresa chinesa terão que pedir permissão para ficarem grávidas. Caso contrário, serão multadas

Uma empresa chinesa foi acusada de exigir que suas funcionárias a informem sobre

seus planos de maternidade e que se ajustem a um calendário para organizar as licenças, po-dendo ser multadas caso não cumpram as exigências, infor-mou a imprensa local. “Apenas as funcionárias casadas que trabalham na empresa há mais de um ano podem postular uma vaga no calendário de pla-nejamento de nascimentos”, estipula o documento enviado por uma cooperativa de cré-dito em Jiaozuo, na província central de Henan.

A empresa determinou que as funcionárias devem se ajus-tar de maneira rígida ao plano quando ele for aprovado. “Se alguma mulher ficar grávida contrariando as regras do pla-no, será multada com 1.000 iua-nes (US$ 161, 145 euros). O site de notícias The Paper publicou uma foto da circular, acrescen-tando que um representante da empresa havia admitido que a companhia enviou o documento as suas funcionárias, mas afir-mou que se tratava apenas de um rascunho com o objetivo de saber qual era a opinião das funcionárias.

As funcionárias que não se

ajustarem à norma não serão consideradas para as pro-moções e terão seus bônus anuais cancelados caso sua gravidez prejudique o traba-lho, estipula a norma.

Os meios de comunicação chineses criticaram o docu-mento, e o jornal estatal Chi-na Youth Daily o condenou. A empresa “não considera suas

funcionárias como seres hu-manos, em vez disso as trata como ferramentas de trabalho em uma cadeia de produção”, disse o jornal em um editorial. As políticas de planejamento familiar são algo conhecido na China, onde a política do filho único, imposta no fim das décadas de 1970 limitou a maioria dos casais na hora de ter descendentes.

PROGRAMA De acordo com a de-terminação da direção da empresa, apenas as funcionárias casadas que trabalham há mais de um ano na empresa podem postular uma vaga no calendário de planejamento

DIVULGAÇ

ÃO

Caso alguma trabalhadora fique grávida fora do planejamento da empresa, pagará uma multa de cerca de 145 euros

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Dia a diaCade

rno

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[email protected], DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1041

Propostasincentivam usar bicicleta

Dia a dia C6

IONE MORENO

Alunos não concordam com transferência de prédios Moradores da Casa do Estudante da UEA estão indignados com o novo local onde deverão morar temporariamente

Problemas estruturais no prédio da Casa do Estudante da UEA contribuíram para que os moradores sejam transferidos para outro local que, segundo eles, irá acabar com sua privacidade

A atual Casa do Estu-dante da Universidade do Estado do Amazo-nas (UEA), situada na

rua Quintino Bocaiuva, Centro, abriga 90 alunos, que neste do-mingo serão transferidos para outro prédio no mesmo endere-ço. Os estudantes da república discordam da mudança, após a licitação em que deixarão um ambiente individual para a se adaptar a um coletivo.

A nova Casa do Estudante tem capacidade de receber cem estudantes sob a admi-nistração da empresa Trevo, ganhadora da licitação.

O prédio composto de tér-reo, cinco andares e mais um terraço dispõe de 34 quar-tos, os quais comportam ape-nas três pessoas. Todos os apartamentos são mobiliados com ar-condicionado split, três guarda-roupas e três camas de solteiro tipo “box”.

A empresa Trevo ofertará um serviço com orçamento anual de mais de R$ 2 mi-lhões para a estadia, onde os alunos terão serviços de café da manhã, sala com televisão e ambientes de estudo.

PrivacidadePara os alunos, a mudança

irá acarretar em uma invasão de privacidade. “Morar indivi-dualmente é muito mais efi caz que dividir o espaço mínimo com mais outras pessoas. Mas a coletividade também é im-portante, e os alunos querem permanecer na atual casa. Mas, infelizmente, a vontade do aluno não é respeitada”, des-

taca o presidente da Casa do Estudante, Dirceu Paz Diniz.

Há um ano no cargo, para ele, a decisão pode implicar em di-vergências de opiniões dentro de um quarto. Entretanto, Dir-ceu entende que a criação da casa sempre foi para abrigar três estudantes por quarto – como uma república. Por outro lado, adverte que essa integra-ção com mais de um morador dentro de um quarto pode ini-ciar confl itos com pessoas de diferentes culturas.

“O antigo prédio, o qual irá abrigar novamente os

estudantes, passa por pro-blemas de estrutura e isso obrigou a antiga direção a mobilizar todos os estu-dantes para uma mudança emergencial”, explica.

Ele ressaltou que a insti-tuição e a antiga presidência da casa não encontravam um local na cidade para abrigar os estudantes. A então presidên-cia conseguiu alojar os alunos na atual casa sob administra-ção da B.J. Souza Pensão com um orçamento de aproxima-damente R$ 1,260 mi, com prestação de serviços.

Três empresas concorreram à licitação, entre elas a B.J, que ofereceu um valor abai-xo da empresa ganhadora da licitação. Durante o processo da escolha da empresa que iria prestar os serviços, uma série de revisões foi realizada no edital – como projeto base obedecendo aos serviços de hotelaria completo – café da manhã, moradia, camareira e serviços gerais, laboratório de informática, sala de estudo in-dividual, espaço para entrete-nimento, refeitório e lavande-ria. “Não sabemos o que levou a escolha desta empresa após o processo licitatório, mas todos nós fi camos surpresos. Espera-mos que a empresa que ganhou a licitação atenda as nossas demandas”, argumenta.

InterferênciasO estudante do 5º período

de medicina, João Celestino Cavalcante Filho, 23, há dois anos vive na casa. Morando sozinho em um dos quartos, ele estima que a mudança irá prejudicar o desempenho. “Eu não tenho nada a recla-mar dos serviços, porém a forma que tenho para es-tudar pode interferir, já que a minha forma de estudar acontece de 2h às 6h da manhã e a minha privacidade será invadida”, declara.

A estudante fi nalista do cur-so de enfermagem Amanda dos Anjos, 23, também mora sozinha e há quatro anos reside no local. Segundo ela, há alunos que não frequentam as salas de aula e têm a casa como moradia, se aproveitando dos benefícios.

FOTOS: DIEGO JANATÃ

INTEGRAÇÃOA UEA também possui Casa do Estudante nos municípios de Tefé, Parintins, Itacoatiara e Tabatinga. Nestes locais, conforme a assessoria de comuni-cação, os quartos são coletivos

Por meio de sua asses-soria de comunicação a a UEA explicou os motivos dos procedimentos da mudança que ocorreu no processo licitatório, em consonância com a lei 8.666/93. A licitação foi realizada pela Comissão Geral de Licitação (CGL), do Estado do Amazonas e a empresa Trevo ganhou a referida licitação, por ter conseguido por meio do edital prestar os ti-pos de serviço exigidos. O valor do contrato foi com a empresa que apre-sentou o menor preço e as documentações legais exigidas. A empresa ven-cedora da licitação deve-rá iniciar seus serviços neste fi nal de semana.

Quantos as críticas, conforme a assessoria, a UEA irá buscar a sen-sibilização dos alunos por meio do trabalho das as-sistentes sociais e psicó-logas da instituição. Ele terão acompanhamento psicológico através do Programa Roda de Con-versa, bem como das ações da Coordenação de Assuntos Comunitá-rios (CAC) e da gerência de apoio ao estudante.

Estudantes serão orientados

Na casa atual, cada estudante tem o próprio espaço

UEA irá acompanhar alunos, para que se adaptem à mudança

JOSEMAR ANTUNES

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Page 18: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

C2 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Cuidadores ajudam na recuperação de pacientesNo Centro de Reabilitação em Dependência Química Ismael Abdel Aziz, profissional é essencial no tratamento de internos

Há menos de um ano trabalhando no centro, para o cuidador Clauber Farias o trabalho na recuperação da autoestima dos pacientes é bastante engrandecedor para o profissional

A palavra “cuidar”, no dicionário, significa cautela, preocupa-ção, atenção. No

Centro de Reabilitação em Dependência Química Isma-el Abdel Aziz, localizado no quilômetro 53 da rodovia AM – 010 (Manaus/Itacoa-tiara), o cuidador tornou-se peça fundamental no pro-cesso de recuperação de pacientes adoecidos pelo uso abusivo de álcool e outras drogas.

Os cuidadores atuam na restauração do convívio social dos pacientes por meio do contato direto e cotidiano entre ambos nas dependências do Centro de Reabilitação. Esses profis-sionais são responsáveis por ajudar o residente a recu-perar sua autoestima prin-cipalmente nas relações in-terpessoais. “Trabalhar na assistência do processo de recuperação destas pesso-as, que passaram por situ-ações muito difíceis e agora buscam uma nova oportuni-dade para saírem do vício das drogas, nos engrandece enquanto ser humano. Ouvi-los com atenção e ajudá-los com palavras de apoio, para que não voltem a ter contato com qualquer tipo de substância prejudicial à saúde, é o nosso objetivo”, ressalta o cuidador do Cen-tro de Reabilitação, Clauber Herculano de Farias, que tra-balha na unidade de tra-tamento há pouco mais de nove meses.

Treinados para ofertar uma abordagem humaniza-da, priorizando o trabalho em equipe, estes mediado-res estão preparados para saber lidar com as deman-das individuais que surgem durante o tratamento. “To-dos temos nossas individua-lidades, é compreensível que apesar do papel que exer-cem, os cuidadores sintam-se adoecidos emocional-

mente, por isso alertamos para que tenham a respon-sabilidade de se autoavaliar e pedir ajuda sempre que ne-cessário, pois este é um tra-balho que só pode ser desen-volvido se a participação for feita em equipe”, comenta o supervisor dos cuidadores André Schramm.

A unidade de tratamen-to conta com 48 cuida-dores, sendo 25 homens e 23 mulheres, todos de-vidamente capacitados para trabalhar com esse público específico.

“Nossa equipe de cuida-dores está preparada para atuar primordialmente no acolhimento das angus-

tias que surgem no indiví-duo durante o tratamento impulsivo”, afirma o dire-tor do Centro de Reabili-tação, médico psiquiatra Pablo Gnutzmann.

A gerente do programa estadual de saúde mental, Maria de Lourdes Siquei-ra, destaca que o papel do cuidador é um dos mais importantes para a reabi-litação dos dependentes químicos. “Os cuidadores são aqueles profissionais que estão mais direta-mente com os pacientes, nos alojamentos, cuidando conversando, dando apoio, aconselhando e dando todo o suporte para que o pa-ciente possa seguir com o tratamento mesmo nas horas difíceis”.

INTERNAÇÃOA unidade tem capa-cidade para internar 120 pacientes por um período de no míni-mo 90 dias e oferece atendimento multipro-fissional, com modelo de atendimento tera-pêutico

Antes de começar a tra-balhar no Centro de Reabi-litação todos os cuidadores recebem treinamentos e participam de palestras com os psicólogos e assistentes sociais da unidade, para en-tender a dinâmica do fun-cionamento do local, saber a importância do seu papel para o sucesso do tratamen-to de cada paciente e poder contribuir de forma positiva com esse processo.

O ato de cuidar vai além

das expectativas profissio-nais, requer sobretudo um bom preparo emocional.

“O apoio psicológico que recebemos aqui é enor-me. Toda semana temos um momento de conversa com um especialista e fora isso podemos procurá-lo quando sentimos a ne-cessidade, para evitar um abalo emocional, devido a intensidade das histórias de vida que encontramos com as pessoas internadas

no Centro de Reabilitação”, destaca Clauber.

A preocupação com o psi-cológico destes cuidadores é levada em consideração, pois estão rotineiramente no convívio com pessoas com os mais diferentes re-latos de vida.

“O cuidado com a saú-de mental dos cuidadores são de extrema impor-tância e requer constante manutenção” destaca o diretor da unidade.

Preparo para lidar com pacientes

Cuidadores são responsáveis por ouvir e incentivar o paciente a ter uma nova chance de vida

Com o compromisso de manter seus pro-fissionais constante-mente atualizados e muito bem orientados de forma que este-jam sempre prepa-rados para lidar com situações adversas, envolvendo os adoe-cidos pelo uso abusi-vo de álcool e outras drogas, o Centro de Reabilitação reúne com seus colabora- dores semanalmente.

Participam desta reunião os gestores, psicólogos, enfermei-ros, nutricionistas e, principalmente os pro-fissionais que estão diretamente ligado aos pacientes.

“Dedicar-se ao cui-dar engrandece o indivíduo como ser humano e agrega di-versos fatores benéfi-cos como o desenvol-vimento do senso de percepção daqueles que transmitem os cuidados e em espe-cial dos que recebem os cuidados, propor-cionando uma melhora significativa no bem-estar físico e psíquico”, avalai a cuidadora Ma-ria do Carmo Santos, responsável pelo alo-jamento feminino.

“Trabalho no Centro há um ano, e não é como trabalhar em um hospital, não é uma rotina pois todo dia é uma situação diferente”, avalia.

Reuniões fortalecem cuidados

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C3Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Amazônia Legal apresenta desigualdade social infantilEstudo realizado por meio de uma parceria entre a Unicef e a Fiocruz Amazônia revela dados preocupantes sobre o tema

Uma pesquisa rea-lizada em parceria entre o Instituto Leônidas e Maria

Deane (ILMD/Fiocruz Ama-zônia) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Uni-cef), revela dados alarmantes relacionados à desigualda-de social, saúde, educação e outros fatores sociais de direito, das crianças e ado-lescentes da Amazônia Legal. Os indicadores estão rela-cionados aos jovens da área urbana e rural, entre elas os quilombolas e indígenas.

O documento “Análise da Situação da Criança e Ado-lescente da Amazônia Legal Brasileira (Sitan Amazônia)”, que reúne estatística, de 2010 a 2014, aponta que a taxa de pobreza da po-pulação indígena de até 17 anos, residente na zona rural da Amazônia Legal, chega a 84,9%. Em todo o país, a taxa de pobreza da população in-dígena é de 80,1%.

Conforme o levantamento, na zona urbana 50,7% da população indígena de até 17 anos, encontra-se em si-tuação de pobreza, sendo que os Estados do Acre (67,6%) e do Amazonas (57%) têm

os maiores índices. No Bra-sil, a taxa chega a 37,6%. Sem a taxa de pobreza da Amazônia Legal, segundo os indicadores, o Brasil teria sua taxa em 71,5%.

O responsável pela plata-forma Amazônia do Unicef, Unai Sacona, explica que o estudo busca compreender

a realidade e as principais privações dos direitos de crianças e adolescentes dos nove Estados da Amazônia Legal. “O que mostram os dados é que a região da Amazônia Legal apresenta os piores indicadores que o resto do Brasil. A zona rural é que tem os maiores desa-fios”, observa.

Para Sacona, o diagnóstico

deste estudo servirá para a os gestores e tomadores de decisões. “Através deste tra-balho vamos poder entender o que está acontecendo com essas crianças e adolescen-tes da Amazônia Legal, quais direitos estão sendo violados. Todos têm uma realidade di-ferente, então, a partir daí, vamos mostrar as desigual-dades negativas de cada re-gião. Não é o produto para o Unicef e nem pra Fiocruz, mas para a sociedade brasi-leira, um documento para que se crie políticas para essas crianças”, comenta.

Professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Luiz Carlos Cerquinho enfa-tiza que é necessário dar atenção aos povos indíge-nas. Segundo ele, os prin-cipais problemas envolvem analfabetismo, qualidade da aprendizagem e estar fora da série correta. “Nós iden-tificamos, por exemplo, que o problema principal está na área rural, que abrange tam-bém as populações tradicio-nais. A população indígena é a mais afetada de todas, especialmente a rural, com a falta de acesso ao ensino médio”, pontua.

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Acre e Amazonas têm os maiores índices de pobreza na população indígena urbana até 17 anos

DADOSOs dados, coletados entre os anos de 2000 e 2013, são fruto de pesquisas em saúde do Programa das Nações Unidas para o Desen-volvimento (PNUD), do Ministério da Saúde (MS) e do ILMD/Fiocruz

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 C5

Para o diretor do Detran, imprudência dos condutores é um dos elementos que contribuem para as ocorrências

HENDERSON MARTINS

Veículos pesados provocam três acidentes em uma semana

Em menos de uma se-mana, três acidentes envolvendo veículos de médio e grande

porte foram registrados pelo Instituto Municipal de Enge-nharia e Fiscalização no Trân-sito (Manaustrans). O último acidente de pequena propor-ção aconteceu nesta sexta-feira (3), quando um caminhão de placas JWN 1800, com mais de 10 toneladas de bebidas por pouco não tombou, na tra-vessa Anderson de Menezes, bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus.

Na quarta-feira (1º), um contêiner que era transpor-tado pelo cavalo mecânico de placas OAN 1500 tombou no cruzamento das avenidas Silves com Atlântica, no bairro Raiz, Zona Sul de Manaus. O veículo transportava ma-teriais de construção. Outro acidente, no entanto, envol-

vendo um caminhão-baú de placas JXH 4334 que transpor-tava uma carga de mais de duas tone-

ladas de alimentos perecíveis, aconteceu na última terça-fei-ra (31), na avenida Mario Ypiranga, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O veículo carregado de café e milho vi-rou após estourar o pneu. Assim como nos outros dois acidentes, não houve feridos.

ApuraçãoUma ação movida

pelo Ministério Público Fe-deral (MPF-AM), em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-AM), foi enca-minhada aos órgãos respon-sáveis pela fi scalização da circulação desses veículos. O objetivo da ação é verifi car se os órgãos de fi scalização estão cumprindo com suas obrigações, em averiguar o peso das cargas dos veículos e a restrição de horário de circulação dos automóveis.

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-Am) foi um dos órgãos acionados pelo Ministério Público para fazer esclarecimento a respeito do trabalho desenvolvido em re-lação à fi scalização de veícu-los pesados e carretas.

“Fomos demandados pelo Ministério Público para pres-tar esclarecimento da atuação do Detran, e a nossa parte estamos fazendo, na fi scali-zação das condições físicas do veículo e qualifi cação do condutor e validade da Carte-aira Nacional de Habilitação (CNH), além da fi scalização sistemática, priorizando as áreas que concentram grande tráfego de veículos pesados”, esclarece o diretor-presiden-tedo órgão Leonel Feitosa.

Ainda de acordo com ele, a principal causa de acidentes envolvendo esses veículos de grande porte é a falta de pru-dência dos condutores.

“A imprudência dos condu-tores e o estado de conserva-ção dos veículos, e em alguns casos, a falta de equipamen-to de segurança obrigatório, como por exemplo, a trava de fi xação do contêiner no cavalo, são as principais causas de acidentes”, observa Leonel.

O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans) diz não ter conhecimento da notifi cação do Minis-tério Público. Entretanto, o órgão vem realizando várias ações para ten-tar amenizar os aciden-tes evolvendo carretas e veículos pesados.

Desde o último sábado (3), as avenidas Umber-to Calderaro (antiga Rua Paraíba), Mário Ypiranga Monteiro (antiga Recife) e Maceió, corredores viá-rios da Zona Centro-Sul, passaram a ter horários de restrição aos veícu-los que variam de 8 a

16 toneladas.A aplicação de multas

está prevista, no entan-to, para começar na pró-xima segunda-feira (13). Antes, o Manaustrans vai promover uma campa-nha de orientação para condutores informan-do os horários para a circulação nessas vias.

Nas vias com restrições, serão implantadas sinali-zações especifi cas sobre o horário e peso dos veículos impedidos de trafegar é o que informa o diretor pre-sidente do Manaustrans, Paulo Henrique Martins.

Ainda de acordo com ele, as zonas de restrição de cir-

culação de veículos pesa-dos serão implantadas de forma gradual, com perío-dos de adaptação para não prejudicar o abastecimen-to da cidade, na indústria, comércio e serviços.

“Além das três novas vias com restrição des-de o último sábado (4), a Prefeitura de Manaus já publicou portarias criando as áreas de restrição no centro da cidade (em 2013) e nas avenidas Constan-tino Nery e Djalma Ba-tista (em 2014). Essas áreas estão sinalizadas e são fi scalizadas diaria-mente pelo Manaustrans”, afi rma Paulo Henrique.

Ações tentam amenizar acidentes

Fiscalização se mobiliza para evitar ocorrências

Fiscalização de veículos pesados é alvo de ação

Manaustrans desconhece notifi cação dos MPs

Em algumas vias da cidade, circulação de veículos pesados é proibida

Alguns veículos trafegam pelas vias sem equipa-mentos obrigatórios

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

RAIMUNDO VALENTIM

RAIMUNDO VALENTIM

RAIMUNDO VALENTIM

Má conservação dos veículos e dos contêineres contri-buem para ocorrên-cia de acidentes

teriais de construção. Outro acidente, no entanto, envol-

vendo um caminhão-baú de placas JXH 4334 que transpor-tava uma carga de mais de duas tone-

ladas de alimentos perecíveis, aconteceu na última terça-fei-ra (31), na avenida Mario Ypiranga, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O veículo carregado de café e milho vi-rou após estourar o pneu. Assim como nos outros dois acidentes, não houve feridos.

ApuraçãoUma ação movida

Em algumas vias da cidade, circulação de veículos pesados é proibida

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C4 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 C5

Para o diretor do Detran, imprudência dos condutores é um dos elementos que contribuem para as ocorrências

HENDERSON MARTINS

Veículos pesados provocam três acidentes em uma semana

Em menos de uma se-mana, três acidentes envolvendo veículos de médio e grande

porte foram registrados pelo Instituto Municipal de Enge-nharia e Fiscalização no Trân-sito (Manaustrans). O último acidente de pequena propor-ção aconteceu nesta sexta-feira (3), quando um caminhão de placas JWN 1800, com mais de 10 toneladas de bebidas por pouco não tombou, na tra-vessa Anderson de Menezes, bairro São Jorge, Zona Oeste de Manaus.

Na quarta-feira (1º), um contêiner que era transpor-tado pelo cavalo mecânico de placas OAN 1500 tombou no cruzamento das avenidas Silves com Atlântica, no bairro Raiz, Zona Sul de Manaus. O veículo transportava ma-teriais de construção. Outro acidente, no entanto, envol-

vendo um caminhão-baú de placas JXH 4334 que transpor-tava uma carga de mais de duas tone-

ladas de alimentos perecíveis, aconteceu na última terça-fei-ra (31), na avenida Mario Ypiranga, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O veículo carregado de café e milho vi-rou após estourar o pneu. Assim como nos outros dois acidentes, não houve feridos.

ApuraçãoUma ação movida

pelo Ministério Público Fe-deral (MPF-AM), em parceria com o Ministério Público do Estado (MP-AM), foi enca-minhada aos órgãos respon-sáveis pela fi scalização da circulação desses veículos. O objetivo da ação é verifi car se os órgãos de fi scalização estão cumprindo com suas obrigações, em averiguar o peso das cargas dos veículos e a restrição de horário de circulação dos automóveis.

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-Am) foi um dos órgãos acionados pelo Ministério Público para fazer esclarecimento a respeito do trabalho desenvolvido em re-lação à fi scalização de veícu-los pesados e carretas.

“Fomos demandados pelo Ministério Público para pres-tar esclarecimento da atuação do Detran, e a nossa parte estamos fazendo, na fi scali-zação das condições físicas do veículo e qualifi cação do condutor e validade da Carte-aira Nacional de Habilitação (CNH), além da fi scalização sistemática, priorizando as áreas que concentram grande tráfego de veículos pesados”, esclarece o diretor-presiden-tedo órgão Leonel Feitosa.

Ainda de acordo com ele, a principal causa de acidentes envolvendo esses veículos de grande porte é a falta de pru-dência dos condutores.

“A imprudência dos condu-tores e o estado de conserva-ção dos veículos, e em alguns casos, a falta de equipamen-to de segurança obrigatório, como por exemplo, a trava de fi xação do contêiner no cavalo, são as principais causas de acidentes”, observa Leonel.

O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manaustrans) diz não ter conhecimento da notifi cação do Minis-tério Público. Entretanto, o órgão vem realizando várias ações para ten-tar amenizar os aciden-tes evolvendo carretas e veículos pesados.

Desde o último sábado (3), as avenidas Umber-to Calderaro (antiga Rua Paraíba), Mário Ypiranga Monteiro (antiga Recife) e Maceió, corredores viá-rios da Zona Centro-Sul, passaram a ter horários de restrição aos veícu-los que variam de 8 a

16 toneladas.A aplicação de multas

está prevista, no entan-to, para começar na pró-xima segunda-feira (13). Antes, o Manaustrans vai promover uma campa-nha de orientação para condutores informan-do os horários para a circulação nessas vias.

Nas vias com restrições, serão implantadas sinali-zações especifi cas sobre o horário e peso dos veículos impedidos de trafegar é o que informa o diretor pre-sidente do Manaustrans, Paulo Henrique Martins.

Ainda de acordo com ele, as zonas de restrição de cir-

culação de veículos pesa-dos serão implantadas de forma gradual, com perío-dos de adaptação para não prejudicar o abastecimen-to da cidade, na indústria, comércio e serviços.

“Além das três novas vias com restrição des-de o último sábado (4), a Prefeitura de Manaus já publicou portarias criando as áreas de restrição no centro da cidade (em 2013) e nas avenidas Constan-tino Nery e Djalma Ba-tista (em 2014). Essas áreas estão sinalizadas e são fi scalizadas diaria-mente pelo Manaustrans”, afi rma Paulo Henrique.

Ações tentam amenizar acidentes

Fiscalização se mobiliza para evitar ocorrências

Fiscalização de veículos pesados é alvo de ação

Manaustrans desconhece notifi cação dos MPs

Em algumas vias da cidade, circulação de veículos pesados é proibida

Alguns veículos trafegam pelas vias sem equipa-mentos obrigatórios

FOTOS: ALBERTO CÉSAR ARAÚJO

RAIMUNDO VALENTIM

RAIMUNDO VALENTIM

RAIMUNDO VALENTIM

Má conservação dos veículos e dos contêineres contri-buem para ocorrên-cia de acidentes

teriais de construção. Outro acidente, no entanto, envol-

vendo um caminhão-baú de placas JXH 4334 que transpor-tava uma carga de mais de duas tone-

ladas de alimentos perecíveis, aconteceu na última terça-fei-ra (31), na avenida Mario Ypiranga, em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam). O veículo carregado de café e milho vi-rou após estourar o pneu. Assim como nos outros dois acidentes, não houve feridos.

ApuraçãoUma ação movida

Em algumas vias da cidade, circulação de veículos pesados é proibida

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Page 22: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

C6 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Ações que possam in-fluenciar a população da capital amazonen-se a fazer uso contínuo

da bicicleta não apenas como instrumento de esporte e lazer, mas também de transporte no dia a dia, na cidade e melho-rias na segurança do trânsito. Essas são algumas das 12 propostas apresentadas pelo movimento “Pedala Manaus”, durante uma reunião entre representantes do grupo e o prefeito Arthur Neto, realiza-da na última terça-feira (30). As sugestões, conforme Ar-thur, serão avaliadas por uma equipe técnica da Prefeitura Municipal de Manaus (PMM), e por enquanto estão sem prazo para serem implantadas.

Ao todo 12 propostas foram discutidas na ocasião e de acordo com o coordenador do Pedala Manaus, Paulo Aguiar, são projetos que não requerem altos investimentos e podem ser implantados em um curto prazo. O ciclista destaca ainda que as ações, caso sejam apro-vadas, irão reforçar o sistema de segurança no trânsito tanto para os pedestres, como para os ciclistas e condutores.

“Esperamos contar com a

ajuda do prefeito para melho-rar o nosso sistema de trans-porte. Reforçamos a necessi-dade de massificar campanhas de conscientização sobre o uso da bicicleta e sobre a convi-vência harmônica entre pe-destres, ciclistas e condutores. São sugestões com baixo custo e que não irão tomar muito tempo. O prefeito demostrou interesse em retirar do papel essas ações e afirmou que irá avaliar e voltaria a conversar com o movimento assim que tivesse uma resposta, mas não comentou sobre prazos”, explica Paulo.

Outro assunto importante discutido durante a reunião foi a participação de movimentos de ciclismo em projetos que voltados para classe. “Exis-tem alguns erros que foram cometidos na implantação da ciclovia (do Boulevard), que poderiam ter sido evitados, caso um ciclista tivesse par-ticipado da elaboração do projeto”, observa.

Na ocasião do encontro, o prefeito Arthur Neto anunciou a retomada das obras da ciclo-via do Boulevard Álvaro Maia-Ponta Negra. Há algumas semanas, a prefeitura firmou nova parceria com o Exército Brasileiro (EB), para finalizar a

referida ciclovia, com o apoio do Comando Militar da Amazô-nia (CMA). Durante o encontro, o prefeito de Manaus quali-ficou as 12 sugestões como coerentes. Ele explicou que as propostas serão submetidas a um estudo de viabilidade, para que as mesmas possam ser colocadas em prática.

ExpansãoDados repassados pela Se-

cretaria Municipal de Infra-estrutura (Seminf) dão conta de que em Manaus existem 2,3 quilômetros de ciclovia na área do Boulevard Álvaro Maia, na Zona Centro-Sul e outros 3 quilômetros de ci-clofaixa na avenida Nathan Xavier de Albuquerque, no bairro Novo Aleixo, na Zona Norte. O órgão ressalta que, ainda esse mês, uma nova licitação será realizada para a conclusão da ciclovia do Bou-levard. Serão dois trechos con-templados, o primeiro deles, com 13 quilômetros será da avenida Coronel Teixeira até à Marina do Davi, passando pela avenida Brasil e fazendo interligação com o trecho do Boulevard. O segundo trecho, também com 13 quilômetros, será da Bola do Mindu até a avenida das Torres.

Bicicletas podem seralternativas no trânsitoGrupo “Pedala Manaus” apresentou uma série de sugestões ao prefeito Arthur Neto que apontam a “magrela” como modal

Propostas apresentadas pelo ‘Pedala Manaus’Comprometimento e promoção do uso da bicicleta como modal de transporte

regular em Manaus, assim como o incentivo a multi e intermodalidade dos trans-portes, para apresentar um plano cicloviário de metas que englobe toda a cidade, baseado em estudos da Associação Ciclística Pedala Manaus.

1º)

Estudo e implementação da malha cicloviária em Manaus, trazendo, principal-mente, segurança e preservação à vida dos ciclistas, promovendo e induzindo a demanda do uso da bicicleta como modal de transporte permanente

2º)

Disponibilização e incentivo de espaços reservados para a devida acomodação das bicicletas (bicicletários e paraciclos) em terminais de transporte coletivo, prédios públicos, estabelecimentos de ensino, complexos comerciais de alta mo-vimentação de pessoais, praças e parques públicos;

3º)

Viabilização da segurança e promoção do uso da bicicleta, com a realização de campanhas e programas permanentes de educação, direcionado a todos os munícipes.

4º)

Adoção de um sistema de compartilhamento de bicicleta, por meio da adoção de parcerias entre a iniciativa pública e privada, de maneira que introduza a cultura da bicicleta como modal de transporte no seio do tecido urbano, além de baratear os custos de mobilidade para usuários que desejam economizar em seus deslocamentos.

5º)

Estabelecimento de zonas de baixa velocidade em zonas residenciais e no centro histórico - “Zona 30 ou Acalmadas”;

6º)

Adoção de medidas e canais que facilitem a publicidade e participação popular democrática aos estudos, projetos e obras ligadas à bicicleta;

7º)

Implantação de um programa de treinamento permanente para motoristas do sistema de transporte coletivo de Manaus, melhoria da convivência dos serviços de transporte público sobre pneus (ônibus e táxis) com as bicicletas; implantação de programas de educação e reciclagem permanente de todos os condutores;

8º)

Inserção da temática de políticas voltadas à bicicleta no orçamento municipal para, de fato, ter como materializar os projetos;

9º)

Parceria técnica com outras cidades, para o aproveitamento de projetos técnicos para o planejamento, implementação e valorização da bicicleta como modal de transporte;

10º)

Desenvolvimento de um programa ou plano diretor que estimule a redu-ção dos deslocamentos, garantindo a distribuição equilibrada de moradias, serviços, empregos, infraestrutura, equipamentos culturais e de lazer por toda a cidade. Restrição da ação da especulação imobiliária, permitindo a densificação sem que haja verticalização excessiva, com certos benefícios para as futuras gerações;

11º)

Apresentação de medidas de desestímulo ao uso do automóvel, principal-mente na área central, aumentando as restrições de circulação e estaciona-mento em via pública, ampliando calçadas e calçadões e dando prioridade absoluta aos investimentos no transporte coletivo e na mobilidade de pe-destres e ciclistas.

12º)

Ciclofaixa do Bou-levard deverá ser expandida, confor-me a Seminf

GERSON FREITAS

FOTOS: DIEGO JANATÃ

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Page 23: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

C7Dia a diaMANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Camisinha é pouco usada por homens do NortePesquisa do Ministério da Saúde mostra que 50% da população ativa da região não utilizou preservativo nas relações

“Use camisinha”. A frase está estampada em diversas peças

publicitárias, mas ainda as-sim parece não ser absorvi-da. Conforme levantamento do Ministério da Saúde (MS), 87% das pessoas da Região Norte sabem da relevância do preservativo para prevenção contra Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), ainda assim, no últi-mo ano, 50% da população sexualmente ativa da região não o utilizou em todas as relações sexuais com seus parceiros casuais.

Conforme o médico uro-logista Ítalo Cortez, um dos argumentos utilizados princi-palmente pelos homens para não usar preservativos com frequência é de que o contra-ceptivo tira ou retarda a sen-sação do prazer. O mestre em Urologia destaca que a faixa etária dos homens maiores de 50 anos é a que utiliza menos ainda a camisinha. “Na época em que eram adolescentes as DSTs eram tratadas mais facilmente e eles se acostu-maram a não usar preserva-tivos, além do que não existia AIDS. Talvez por este motivo eles digam que fazer sexo com preservativo é o mesmo

que chupar um bombom com embalagem”, pontua.

Conforme o Departamen-to de DST, Aids e Hepati-tes Virais/SVS, do Ministério da Saúde (MS), os primei-ros casos de AIDS no mun-do surgiram entre 1977 e 1978, ainda que tenham sido classificados apenas como a síndrome em 1982.

Dados do órgão mostram que a epidemia apresenta cur-va acentuada de crescimento na Região Norte. Enquanto no Brasil são detectados em tor-no de 20,4 casos de Aids a cada 100 mil habitantes, no Norte são 26. Além disso, o coeficien-te de mortalidade por Aids no país caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 em 2013. Já no Norte, o coeficiente atual de mortalidade é de 7 casos por 100 mil habitantes. Por conta disso, em meados de 2014, o MS instalou uma Cooperação Interfederativa (Força Tarefa) especificamente para enfren-tar, de maneira diferenciada, a epidemia no Amazonas.

No caso da AIDS, Ítalo Cor-tez comenta que as pessoas relaxaram um pouco em re-lação a proteção por conta dos diversos tratamentos que permitem a melhora clínica

da síndrome e, consequente-mente, da qualidade de vida dos pacientes. “Meu principal conselho é que elas se previ-nam, pois infelizmente estas doenças não tem cura e sim tratamento. Vale ressaltar que juntamente com o vírus do HIV podem ser transmitidas várias outras doenças ainda mais graves, como por exemplo a

hepatite B”, destacou.

IdentificaçãoA melhor forma de prevenir

a doença é utilizando o pre-servativo. No entanto, quando a suspeita já existe é preciso procurar imediatamente au-xílio médico para garantir o diagnóstico precoce.

A identificação das DSTs é feita por meio de uma série de exames. O infectologista e

consultor médico do Labora-tório Sabin, Alexandre Cunha, comenta que nas unidades do laboratório são realiza-dos todos os procedimentos para identificar as mais va-riadas DSTs, como os testes que detectam sífilis (VDRL), HPV (genotipagem), HIV (Blot e triagem), herpes (IGG/IGM), entre outros.

As metodologias variam desde pesquisas de anticor-pos IgM - IgG à biologia mo-lecular. Em Manaus, o Sabin conta com 10 unidades, sendo a matriz localizada no Con-junto Vieiralves, bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Centro-Sul.

De acordo com o infectolo-gista, os exames de sangue não têm orientação específi-ca. Por outro lado, os colhi-dos de secreções ou amostras de aparelho genital precisam que o paciente siga recomen-dações especiais concedidas pelos profissionais.

Assim que os pacientes recebem o resultado, Ale-xandre comenta que é ideal que o médico que solicitou o exame seja procurado o quanto antes, já que ele deve ser responsável pelas orientações ao paciente, por conhecer, além do exame, o quadro clínico.

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ULG

AÇÃO

AVALO consultor médico do Sabin recomenda que, em caso de resultado positivo de uma das DSTs, o paciente evite relações sexuais até que tenha recebido aval do médico que o assiste

Serviços afetarão abastecimentoNa próxima quarta-feira

(8), a Eletrobrás Amazonas Energia, fará um desligamen-to em uma das linhas da concessionária de energia, para a manutenção na usina de Aparecida, localizada no bairro de mesmo nome, na Zona Centro-Sul.

Em paralelo aos serviços, a Manaus Ambiental realizará na mesma data, uma parada programada para manuten-ção preventiva na Subesta-ção de 69kv, localizada no Complexo de Produção da Ponta do Ismael, no bairro Compensa, na zona Oeste.

Os serviços da Manaus Ambiental acontecerão no horário das 6h30 às 12h30, da próxima quarta-feira (8). Em virtude disso, o Complexo de Produção e Distribuição de Água da Ponta do Ismael ficará paralisado, ocasionan-do falta de abastecimento

de água nas zonas Norte, Oeste e parte da Sul, in-cluindo a área central da cidade de Manaus.

Conforme a Manaus am-biental, as áreas abasteci-das por meio do Comple-xo do Programa Água para Manaus (Proama) e Estação de Tratamento de Água (ETA) Mauazinho continua-rão com o abastecimento de água normalizado.

O Proama é responsável pelo abastecimento da zona Leste da cidade, engloban-do os Macros Setores Hi-dráulicos - reservatórios que distribuem a água para os demais bairros adjacen-tes -, Nova Floresta, Jorge Teixeira, Mutirão, Cidade de Deus e São José. A ETA Mauazinho abastece a zona sul de Manaus.

A lista completa de bairros que ficarão desabastecidos e

também, dos que não serão afetados está disponível no site da concessionária: http://www.manausambiental.com.br/parada-programada-pon-

ta-do-ismaelApós o término dos servi-

ços, o Complexo de Produção da Ponta do Ismael será re-ligado e o abastecimento de água será normalizado em até 24horas.

De acord com a Manaus Ambiental, serão disponibi-lizados em casos emergen-ciais, unidades móveis de abastecimento de água, para suprir a necessidade de hos-pitais, clínicas e maternida-des, e também realização de manobras operacionais com essa finalidade.

Segundo a empresa, a parada programada da Ponta do Isma-el é necessária para garantir a eficiência do sistema de distri-buição de água na cidade, ga-rantindo o bom funcionamento dos equipamentos, contribuin-do assim, para o fortalecimento e confiabilidade do sistema, melhorando a prestação do serviço à comunidade.

A concessionária orienta que seja feita a reserva de água um dia antes do serviço, por meio de caixas d’água e reservatórios, para evitar o desabastecimento nas residências.Manutenção atingirá bairros de três zonas da cidade

PONTA DO ISMAEL

RESERVAMoradores das áreas afetadas deverão fazer a reserva de água um dia antes do serviço, por meio de caixas d’água e reservatórios, para evitar o desa-bastecimento em suas residências

DIV

ULG

AÇÃO

Além de evitar gravidez indesejada, preservativo combate DSTs

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C8 Dia a dia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

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PlateiaCa

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[email protected], DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015 (92) 3090-1042 Plateia D8

Dilsinho traz show de álbum novo a Manaus

DIVULGAÇÃO

TÉCNICA DA HIPNOSE é usada para extrair emoções

de atores ao extremo

CLEIDIMAR PEDROSO

Grupos de atores em Manaus estão investindo na hip-nose para extrair

ao máximo as emoções do elenco. Um dos profissionais que atua nessa área é o hip-noterapeuta Naldo Lima que garante, por meio da técnica, um aproveitamento artístico bem maior dos atores. “Uma atriz pode ser programada para chorar a partir de um estalar de dedos do diretor, por exemplo”, de-clarou.

Naldo já fez teatro, e viu na área da interpre-tação um grande nicho. Ele entrou em contatos com amigos para explicar como a hipnoterapia poderia auxiliar os atores, ganhou confiança grupo e já atou na preparação de dois elencos.

“Primeiramente a pre-paração ocorre em grupo, um relaxamento geral com todo elenco. Depois, indivi-dualmente, com cada ator, vamos aprofundando nos personagens, programando

as características que devem ser interpretadas na cena. Uma atriz não conseguia para de rir, por exemplo. Ela serviria somente a comédia, mas após o treinamento ela chora no momento certo e com a intensidade certa para a cena”, descreveu.

Existe algum ou outro psi-cólogo que ajudam atores em Manaus, de acordo com Naldo, mas esse trabalho é

feito dentro dos consul-tórios.

Os atores de “Penum-bra”, uma w e b s e r i e que mostra dramas vi-vidos jovens em Manaus que fazem de tudo para c h e g a r e m ao objetivo, foram pre-

parados por Naldo. A série envolve assassinatos, um verdadeiro massacre.

O hipnoterapeuta também atuou na preparação do elen-co de “O terceiro olho”, um longa-metragem definido como suspense psicológico cujo personagem principal, Gabriel (que será vivido pelo ator Ítalo Castro, de “A flo-resta de Jonathas”), perde a esposa Raquel (Ellen Lima)

Em Manaus, hipnoterapeuta Naldo Lima auxilia a preparação de elencos e garante que recurso traz maior aproveitamento artístico aos atores

e, quando resolve descobrir o que motivou a morte dela, entra em contato com even-tos sobrenaturais.

“É visível o aprimoramento dos atores a partir da aplica-ção da técnica. Alguns atores são iniciantes e não conse-

guem ter concentração em frente às câmeras. Ficam nervosos e não conseguem controlar o riso. Com a pre-paração os atores passaram mostrar as emoções, contou Dan Leal, que vai dirigir e também roteirizou a produ-

ção. “Não conhecia o Naldo e uma amiga me apresentou a ele. Primeiro, ele fez a técnica comigo. Inicialmente relaxei e dormi uns minutos, mas quando acordei tive a im-pressão que havia dormido o dia todo”, descreveu. “O terceiro olho” começou a ser rodado há uma semana.

Novo olharHá 10 anos, Naldo Lima

atuava no ramo de móveis planejados como projetista. Ele se interessou pela hipno-se porque a filha não tinha um sono tranquilo. “Comecei a pesquisar sobre o assunto por conta da minha filha que sofria do distúrbio do sono, ela acordava assustada na madrugada”, relatou.

Com as pesquisas e o in-teresse pelo assunto, Nal-do passou a se matricular em cursos ligados a área. “Vem pessoas renomadas a Manaus e eu passei a aproveitar essas oportuni-dades”, disse. Entre eles, Fábio Puentes (que atua na hipnose de palco), Antonio Carreiro (hepinose clínica), Olimar Tesser (palestras mo-tivacionais). Naldo estudou e se profissionalizou por meio dos cursos que participou.

Depois de ajudar a filha, Naldo passou a ajudar outros parentes. “Minha sobrinha ti-nha medo de falar em público

e não tem mais. Além disso, a técnica pode agilizar o aprendizado da pessoa. Mi-nha filha é um laboratório vivo, ela tem notas máximas porque ela tem foco”, ressal-tou. “A hipnose trabalha o inconsciente e atua nas fo-bias e crises. Trata sintomas e alivia dores”, disse.

TabuA hipnose, frequentemen-

te é tratada com ironia e sarcasmo, pode ser indica-da para o tratamento de diversos sintomas. “É con-siderada um tabu porque as pessoas ficam assustadas. Existem técnicas de hip-notizar sem que a pessoa saiba que está sob o efeito da hipnose”. Por meio da programação neurolinguís-tica (PNL) é possível deixar uma pessoa sob o coman-do de outra com palavras, olhos e trejeitos, de acordo com Naldo. “O hipnotismo que faz você comer cebo-la pensando que é maça é real, não se trata de uma encenação”, defendeu.

A mente das pessoas é pro-gramada através do uso da linguagem para elas tenham uma comunicação positiva e eficiente entre outras pesso-as e consigo mesmas com o objetivo de conquistar a ex-celência e o desenvolvimen-to pessoal e profissional.

TABUNaldo Lima afi rma que a hipnose ainda é considerada um tabu porque as pessoas fi cam assustadas e que há técnicas de hipnoti-zar sem que a pessoa saiba que está sob esse o efeito

FOTOS: IONE MORENO

Naldo (em pé) é convocado a participar dos sets de fi lmagem

Terapeuta estudou hipnose movido por questões familiares

Foco da aplicação hipnoterápica na preparação de elenco é ajudar no desempenho de artistas

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Page 26: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

D2 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015D2 Plateia

Fernando Coelho Jr.

[email protected] - www.conteudochic.com.br

Nosso mercado publicitário já teve um glamour diferente, já foi mais premiado nacional e internacional-mente, já teve mais visibilidade no eixo sul-sudeste. Eu mesmo vivi mais de uma década desse período de agências com equipes enormes em estruturas pesadas e caras. Precisa-va ser assim. A distância geográfi ca dos centros produtores e técnicos exigia que as agências tivessem estruturas mais completas, com pro-dutoras até. E até pra baratear mais os custos operacionais e reduzir o tempo de resposta das campa-nhas. O problema era que 90% das contas mais signifi cativas fi cava nas mãos de três ou quatro agên-cias. As outras viviam à míngua ou simplesmente não existiam.

Hoje, no mercado do nosso mer-cado, por incrível que pareça, temos mais oportunidades de lutar, mesmo que, no caso das contas públicas, três ou quatro agências se mantenham no controle. Podemos não ter mais aquele romantismo criativo do pas-sado, adequado à época de grandes produções publicitárias. Ainda sim, algumas agências estão produzindo boa propaganda, ganhando expres-são, atuando num mercado mais igual, mais combativo.

Com a chegada das tecnologias e o avanço da informação, carre-gada de possibilidades e infi nitas conexões, o mundo fi cou menor e o nosso mercado, pasmem!, maior. A propaganda fi cou, sobretudo, mais objetiva, mais rápida, mesmo que em sua maioria, com qualidade ainda discutível. Os profi ssionais, dissidentes das agências tradicio-nais da cidade, olharam esse mundo conectado e criaram agências mais leves com soluções mais próximas à nossa realidade. Assim novas agên-cias surgiram. Aos montes. De todos os jeitos e tamanhos. E junto com elas chegaram vertentes para a comunicação com setores focados

na viabilização das marcas nas redes sociais, um pouco do muito que vem rolando mundo afora. Além do que, no comércio e na indústria, novos grupos se formaram somando-se aos grupos tradicionais, que mo-dernizaram seus processos, gerando mais oferta de jobs. E ao passo que o mercado focou ainda mais no varejo – um varejo singular diria eu –exi-giu também custos mais reduzidos, forçando mensagens diretas e con-clusivas. Acreditem, isso foi bom. Foi bom porque possibilitou, querendo ou não, ambientes onde pequenas agências puderam disputar contas grandes [afi nal, as ideias é que têm que ser grandes]. E algumas acaba-ram levando a melhor.

Chato perceber que as agências que iniciaram e sedimentaram esse terreno não acompanharam o mo-vimento dos banzeiros publicitários. Não conseguiram se manter nesse novo cenário. As poucas que so-braram a fórceps mudaram seus comandos criativo e administrativo, adequando-se a realidade de verbas mais enxutas e clientes bem mais atentos aos resultados.

Começar de novo nunca foi tarefa fácil pra ninguém, mas o mais en-graçado disso tudo é perceber que estamos construindo algo diferente em nossa publicidade, não sei se melhor ou pior. Novo apenas. Vejo, mesmo com todas as reclamações e contingenciamentos fi nanceiros, as agências locais garimpando uma voz própria. Existe um trabalho sen-do feito, e isso é notório e quem conseguir traduzir esse momento vai se destacar.

Costumo dizer que no tabuleiro de xadrez da vida quando mexemos as pedras brancas alguém também está mexendo as pedras pretas, a coisa acontece assim: um jogo cons-tante, permanente, para poucos. Ai é escolher se você vai jogar ou se vai assistir lá da plateia.

Renato BagreE-mail: [email protected]

Renato Bagre

Renato BagreCEO Creative R2

Comunicação, escritor e músico

Podemos não ter mais aquele romantismo criativo do passado, adequado à época de grandes produções publicitárias. Ainda assim, algumas agências estão pro-duzindo boa propaganda”

O mercado do nosso mercado

. Foi para comemorar o aniversário do querido Alexandre Prata, o almoço que reuniu grupo ótimo de socialites, na tarde de quinta-feira.

. Time chic foi cumprimentar esse querido amigo, um alto astral que contagia onde quer que chegue com sua simpatia. Figura que a coluna tem um carinho especial. A tarde de almoço foi regada a charme e o cardápio do restaurante

português Alentejo, de se aplaudir de pé!

. Evento comme Il fault.

>> Almoço chic agita o Alentejo

Marlídice Peres com os fi lhos Roger e Ronald

Rosiane Lima Patricia Chicre Najla Akel Dodora Cavalcanti Michele Cunha, Kalina Cohen e Glória Carratte

Marilena Perales, o aniversariante Alexandre Prata, Helen Garcia e Tammy Simões, na festa que movimentou o Alentejo

Mary Tuma, Waisser

Botelho e Lucia Viana Tammy Simões, Lucia As-

sayag e Regina FurtadoValdenice Garcia Fabiola Moraes

Adriana Cordeiro

teiateia

Fernando Coelho Jr.

[email protected]

. Foi para comemorar o aniversário do querido Alexandre Prata, o almoço que reuniu grupo ótimo de socialites, na tarde de quinta-feira.

almoço foi regada a charme e o cardápio do restaurante português Alentejo, de se aplaudir de pé!

Adriana Cordeiro

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D3PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Festa ‘Bate Estaca’ reúne música e solidariedadeNo próximo dia 11, o viaduto Miguel Arraes, no Parque 10, será ocupado por uma ação multicultural das 15h às 22h

Em sua primeira edi-ção e reunindo uma série de intervenções artísticas e culturais

em Manaus, o projeto “Bate Estaca”, marcado para o dia 11 de julho, vai reunir música, rodas de debate, exposições fotográficas, artes plásticas, moda e apresentações cêni-cas com um propósito soli-dário na capital.

Mais que uma ação multi-cultural, o projeto, idealizado por um grupo de amigos, será um resgate das tradições com um olhar vanguardis-ta, propondo atrair a cir-culação dos manauenses e turistas nos pontos turís-ticos urbanos da cidade por meio de inter-venções cul-turais, além de propor um olhar crítico para a con-tribuição in-dividual vol-tado às ações de melhorias na sociedade.

Projetada para acontecer em diferentes espaços pú-blicos, a primeira edição do “Bate Estaca” será realizada embaixo do Viaduto Miguel Arraes, localizado na avenida Mário Ypiranga com a rua Darcy Vargas, no Parque 10, de 15h às 22h.

Ao todo, serão oito horas de experiências artísticas, além de serviços de food truck e espaço para a comercializa-ção de água, refrigerante, sucos, energéticos e bebi-das alcoólicas. A expectativa da organização é reunir em

torno de 2 mil pessoas no local.

Para um dos idealizado-res do projeto, o DJ Kleber Romão, a iniciativa partiu do sentimento coletivo do grupo de amigos em projetar a arte em diferentes formas de expressão na cidade.

“Eu e meus parceiros, por muitos anos, ensaiamos uma reunião onde puséssemos à mesa nossas ideias e for-matássemos um movimento cultural que ocupasse espa-ços públicos para oferecer à população algo que fugis-

se do trivial. Um movi-mento pen-sante, para promover a aglutinação de pessoas que querem ter novas experiências, compartilhar conhecimen-to e proliferar ideias novas e positivas”, explica.

Um dos pontos prioritários instituídos para o projeto será a arrecadação de do-nativos como dinheiro, fral-das, leite em pó, alimentos não perecíveis, remédio, roupas e utensílio domés-ticos que serão destinados às instituições que já reali-zam trabalhos beneficentes em Manaus.

“A cada edição, abraçare-mos uma entidade de acordo com suas necessidades, esti-mulando o público que vai ao evento a fazer suas doações”, completa Romão.

Todos os donativos arre-cadados nos eventos serão

BENEFICENTEA iniciativa também visa arrecadar dona-tivos como dinheiro, fraldas, leite em pó, ali-mentos não perecíveis, remédio e roupas que serão destinados às ins-tituições que realizam trabalhos beneficentes

destinados para as seguin-tes instituições: Grupo de Apoio a Criança com Câncer (GAAC), Casa Vhida-AACH, Casa Mamãe Margarida, Centro Social Nossa Senho-ra das Graças, Centro Social São Benedito, Lar Batista Janell Doyle, Lar Fabiano de Cristo, Núcleo de Amparo So-cial Tomás de Aquino e Lar Francisco de Assis.

O grupo de amigos responsável pelo projeto pretende divulgar diferentes manifestações artísticas em vários espaços públicos

DIVULGAÇÃO

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D4 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

RESENHA

PERFIL

Fred Santana Jornalista

Você provavelmente já esteve em uma enfadonha tarde de sábado ou domingo

e ao fazer uma busca pelos canais de TV, achou uma exi-bição de “O Exterminador do Futuro” ou “O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final” que encerrou seu té-dio e garantiu momentos de muita diversão.

Sinto dizer, mas isso não vai acontecer com “O Exter-minador do Futuro: Gêne-sis”. Do mesmo modo como não acontece com “O Exter-minador do Futuro 3” e “O Exterminador do Futuro: A salvação”. Isso porque os dois primeiros são clássicos. Filmes que estavam à frente do seu tempo, abriram no-vas perspectivas, marcaram época. Os outros não. No máximo, são “bons” filmes.

Filmes de ficção cien-tífica nasceram para re-tratar elementos fantás-ticos com o máximo de verossimilhança possível. A ideia era justamente usar explicações pautadas na ciência para justificar o extraordinário. E dentro

disso tivemos diversos esti-los do mesmo gênero, indo desde a comédia (De Volta Para o Futuro) até o ter-ror (Alien). E dentro disso, uma das mais importantes é a história retratada em “Exterminador”, com uma mistura de suspense, per-seguição e ação.

“O Exterminador do Fu-turo: Gênesis” é um filme para quem gosta de ação desenfreada e de curtir sons e efeitos em uma sala de cinema moderna. Mas não é um filme de ficção cientí-fica porque não apresenta a inovação presente nas duas primeiras produções.

A essência da saga é o temor que o progresso tec-nológico, tão decantado, se vire contra nós. E até há uma boa ideia sobre isso em “Gê-nesis”, ao mostrar o quanto a humanidade depende de máquinas. Mas isso se perde dentro de todas as explo-sões e reviravoltas.

Pior: o filme ainda des-constrói algumas premissas fundamentais da história. A principal é praticamen-te ignorar o conflito (moral

Sem uma história congruente e plausí-vel, o filme se reduz a mostrar uma série de efeitos especiais es-petaculares”

Fórmula nova, mas já obsoleta

e bélico) entre máquinas e homens, além tirar o prota-gonismo de John Connor e o devolver à sua mãe, Sarah, como no início da trama. De escolhido, cuja existência era tida como fundamental para uma raça inteira, John vira um mero coadjuvante.

Menos pirotecnia, mais enredo“O Exterminador do Futuro:

Gênesis” é uma das muitas histórias que possuem boas premissas e se perdem por culpa de uma incômoda ten-dência em Hollywood: querer sempre surpreender o público com efeitos especiais mais e mais complexos, ainda que em detrimento da história.

A sensação é que as pro-duções são feitas com um enredo para explorar efeitos visuais, quando os grandes clássicos são criados partin-do de um enredo instigante. Nesses casos, os recursos visuais servem apenas para

dar suporte à trama.Os dois primeiros filmes

da franquia possuem poucos momentos de computação gráfica. E, logicamente mui-to menos impressionantes do que os atuais. Mas fun-cionam porque são espeta-culares dentro da história porque servem para contá-la melhor. Como esquecer a cena clássica no segundo filme, onde Arnold Schwar-zenegger corta a pele do próprio braço e rasga sua carne apenas para provar a duas pessoas que era uma máquina vinda do futuro? Simples, mas inesquecível.

Fica a lição: não é porque você tem recursos para fa-zer efeitos espetaculares que necessariamente você preci-sa fazê-lo. Sem uma história congruente e plausível, o filme se reduz a mostrar uma série de efeitos especiais espetacu-lares. É como um show piro-técnico: bonito visualmente, mas sem conteúdo.

O “Exterminador” Arnold Schwarze-negger chegou a

confirmar sua pre-sença no próximo filme da franquia, que já tem previ-

são para chegar às telonas em 2018

Cenas de ação quase ininterruptas e efeitos especiais cada vez mais ela-borados marcam o

quinto longa-metra-gem de “O Extermi-

nador do Futuro”

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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D5PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Canal [email protected]

Flávio Ricco

Colaboração:José Carlos Nery

TV TudoExiste um trabalhoTudo está sendo feito

para neutralizar a decla-rada bronca do comercial contra o Britto, depois de ele ter desvalorizado o trabalho do setor nas redes sociais.

Já tem uma pombinha da paz aterrissando sua-vemente nos interiores da Barra Funda.

Puxando o freioO “Pânico” é só mais uma

vítima do complicado mo-mento econômico.

O programa, a exemplo da Cuatro Cabezas, tam-bém está sem receber o que tem direito, com infl uência direta na sua produção.

Confl itoMas como explicar essa

fase complicada na Ban-deirantes para alguém de casa?

Se ela é, de todas as emissoras, a que tem maio-res, em números e espaços, intervalos comerciais?

Está lá“O Negócio”, da HBO,

estreia sexta que vem, 10, nos Estados Unidos.

A série, criada por Luca Paiva Mello e Rodrigo Cas-tilho, tem no elenco Rafaela Mandelli, Juliana Schalch e Michelle Batista. Por aqui,

a sua produção, com novas temporadas, continua.

Gelados Os jurados do “SuperS-

tar”, Paulo Ricardo, Sandy e Thiaguinho não caíram mesmo na graça do público. Até aí nenhuma novidade.

E, além disso, muitos re-clamam da ausência de hu-mor do trio atual, algo que sobrava em Ivete e Fábio Junior, por exemplo, duran-te suas intervenções.

Faltou a bandeiraApenas para não deixar

a informação pela metade, ontem aqui foi colocado que a TV Pampa tirou o telejornal da hora do almo-

ço do ar para colocar um programa religioso.

O tal programa religioso, para completar, é da Uni-versal. Ela é quem comprou o horário.

Colocando às clarasAqui se combate essa

desenfreada ocupação re-ligiosa nas emissoras de rádio e televisão brasi-leiras, por parte das mais diversas igrejas.

Mas também deve ser olhado e criticado o lado de quem vende. Vários desses donos de prefi-xos, concessão a título precário, fizeram desse repasse de horários um meio de vida.

Na cena de “Babilônia”, que irá ao ar dia 9, válida pelo centésimo capítulo, Vinícius (Thiago) pressiona Murilo (Gagliasso) para saber se ele está envolvido de alguma forma com Wolnei (Peter Brandão).

Bate-rebate• A turca “Mil e Uma

Noites”, que faz relativo ba-rulho por aqui, se transfor-mou num grande sucesso de audiência do canal El Trece da Argentina.

• Luiz Megale volta dia 13 à bancada do “Café com Jornal” na Band.

• O GNT estuda ainda para este semestre o lançamento de um novo lote de séries.

• Leandra Leal, fora do ar desde “Império”, também está na lista de possibi-lidades de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari para “Sagrada Família”.

• Porque hoje é domingo, nada como algumas curio-sidades...

• ... Você sabia que o SBT tem em São Paulo 30% da sua audiência nacional?...

• ... É onde ela tem o maior número de telespectado-res...

• ... A seguir, na ordem, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Globo marca saída do ‘Tapas & Beijos’

A Globo marcou para o dia 8 de setembro a exibição do especial de despedida do “Tapas & Beijos”, que acabará por desmanchar um dos mais harmoniosos grupos de trabalho da TV nos últimos tempos. Fez por merecer, já em tom de des-pedida, o sucesso conquistado.

“Tapas & Beijos” foi um gran-de acerto da Globo, capaz de agradar a todos os segmentos de público.

GLOBO/ESTEVAM AVELLAR

Começaram as especula-ções sobre o elenco da pró-xima “Fazenda”.

Mara Maravilha já é dada como certa no programa, e fa-lam também que o repórter da Rede TV!, Franklin David, será procurado, além da Simony.

Ficamos assim. Mas ama-

nhã tem mais. Tchau!

C’est fi ni

MÁRIO ADOLFO

GILMAL

ELVIS

A Economia Criativa tem tido relevo em muitos países, seja como ação dentro de uma perspectiva de política pública, seja como uma política de Estado. Acontece que a defesa em torno dos grupos culturais minoritários revelou-se fl exível demais para atender aos interesses desses grupos. Não é porque faço cinema, uma arte fruto da indústria tecnológica e só possível com, que esta deva se proliferar pelo mercado, deva ter um esquema de distribuição com auferição de lucros etc. Meu cinema pode ser extremamente artesanal, voltado para meu grupo cultural ou para o Outro grupo cultural com quem devo me relacionar, como é o caso de muitos fi lmes etno-gráfi cos, sobretudo os do projeto Vídeo nas Aldeias cuja proposta é de transformar os próprios in-dígenas em cineastas e cuja per-cepção de lucro não se materializa como objetivo fi nal.

Foi pensando na expressão cul-tural de pequenos grupos cul-turais, na defesa dos direitos à esta expressão, que uma série de documentos tornaram-se le-vantes obrigatórios daqueles que queiram se permitir participar da vida cultural e nela, escolher seus próprios fins em cultura, como o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais e a Agenda 21. São documentos que garantem o direito ao indivíduo e aos povos de se expressarem livremente promovendo “o exercí-cio do direito à autodeterminação e respeitar esse direito, em con-formidade com as disposições da Carta das Nações Unidas”.

Por isso torna-se imprescindível que uma política pública para a cultura tenha como um de seus vetores a autoafi rmação destes direitos garantindo ao cidadão e aos povos ali inseridos o direi-

to à livre expressão e aos direi-tos humanos, cláusula pétrea de quaisquer dos documentos men-cionados. Perceber os aspectos que forjam a identidade local e buscar a autoafi rmação destes elementos não apenas é um direito garantido pela constituição de qualquer país como é assegurado por vários dos documentos recomendados pelas Nações Unidas. Por isso o Estado deve estimular, sem maniqueís-mos, aspectos da cultura que po-dem ter relação com o mercado e, principalmente, defender àqueles outros que não se encontram e não se pertencem nesta lógica. Muito embora o jogo de interessas recaia mais ao primeiro caso utilizando o segundo como uma espécie de bode expiatório para suas orgias, de todos os tipos. Aí que o gover-nante deve ter a consciência no que diz respeito a preservação dos valores da comunidade e criar um plano de ações ou programas que garantam a sustentação destes mesmos valores.

Como exemplo, cito Parintins, cidade que tem como principal veio cultural a festa dos bumbás Garantido e Caprichoso que este ano completa cinquenta anos de história. A impressão que temos ao viver esta festa de perto, como foi o caso deste ano onde integrei o Con-selho de Artes do Boi Caprichoso, é o de que todos os ilhéus dançam, cantam, pintam ou tem algum outro pendor artístico. Não é difícil de se constatar isso no dia a dia, mas quero dizer que, uma festa desta magnitude com artistas deste nai-pe de talentos, era para obter da prefeitura do município um plano de formação e marketing que não apenas transformaria Parintins na capital cultural do Amazonas, como também um importante centro de dança, teatro e artes visuais do Brasil. Basta querer.

Márcio BrazE-mail: [email protected]

Márcio Brazator, diretor e

cientista social

O Estado deve estimu-lar aspectos da cultura que podem ter relação com o mer-cado e, prin-cipalmente, defender àqueles ou-tros que não se encon-tram e não se pertencem nesta lógica”

Economia criativa: refl exões

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Page 30: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

D6 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

Programação de TV

HoróscopoÁRIES - 21/3 a 19/4Bons sentimentos, boa vontade e afeições pródigas nas relações de amizade. Boa dinâ-mica na vida social, com amigos e conhecidos, e inclusive nos afazeres do cotidiano.

TOURO - 20/4 a 20/5 As facilidades permitem crescer material e profi ssionalmente. Exuberância na vida mate-rial, ainda mais se estiver em bom compasso com as pessoas com quem trabalha.

GÊMEOS - 21/5 a 21/6Um dia para você se imbuir das motivações que lhe tocam mais profundamente. A gran-deza de pensamento estimula-o a querer o melhor para si e para todos.

CÂNCER - 22/6 a 22/7 Superações importantes podem acontecer. Com um pequeno toque você pode conseguir resultados muito bons, ainda mais quando se tratar de mudar o que vai mal.

LEÃO - 23/7 a 22/8As relações pessoais, as parcerias e as amizades estão bastante favorecidas. Procure os melhores e mais verdadeiros pontos de entendimento e apoio com as pessoas ao redor.

VIRGEM - 23/8 a 22/9 Um dia para dar passos amplos e importan-tes para renovar o trabalho profissional, desde os procedimentos de rotina até mesmo as grandes linhas de desenvolvi-mento da carreira.

LIBRA - 23/9 a 22/10 Sua disposição está hoje mais amorosa, in-clusive com os amigos. Você se encanta por ideias e por pessoas. A atividade intelectual está favorecida e você se encanta com ela.

ESCORPIÃO - 23/10 a 21/11Momento de possível estabilidade emocional, de se entregar a certos sonhos e fantasias. Na vida material, recursos de base vêem em seu auxílio nas batalhas de cotidiano.

SAGITÁRIO - 22/11 a 21/12A riqueza emocional deve ser vivida plena-mente com as pessoas queridas. Um dia be-néfi co para se aproximar das pessoas, para a troca afetiva e para fi rmar boas alianças.

CAPRICÓRNIO - 22/12 a 19/1 Boas perspectivas para trabalho e vida fi -nanceira. Você é capaz de realizar coisas que antes eram complicadas. Trabalhar hoje pode render muito mais do que em outros dias.

AQUÁRIO - 20/1 a 18/2Momento fecundo para os sentimentos na vida amorosa. Tendência à plenitude e má-xima expressão romântica. Uma indicação assim vale celebrar dedicando o melhor de você.

PEIXES - 19/2 a 20/3Momento positivo para reformas e mudanças no trabalho. As nuvens sombrias dão lugar a um clima otimista e a eventos realmente positivos. Cultive os bons sentimentos.

Cruzadinhas

SBT GLOBO

4h45 JORNAL DA SEMANA SBT6h BRASIL CAMINHONEIRO6h30 TURISMO & AVENTURA7h30 ACELERADOS8h Chaves10h DOMINGO LEGAL14h ELIANA18h RODA A RODA JEQUITI18h45 SORTEIO DA TELESENA19h PROGRAMA SILVIO SANTOS23h CONEXÃO REPÓRTER0h SÉRIE: SOBRENATURAL1h SÉRIE: NIKITA2h SÉRIE: GAROTO DE OURO3h BIG BANG3h30 IGREJA UNIVERSAL

RECORDBAND

5h SANTO CULTO EM SEU LAR

5h30 DESENHOS BÍBLICOS

8h RECORD KIDS – PICA PAU

10h DOMINGO SHOW

14h30 HORA DO FARO

18h30 DOMINGO ESPETACULAR

22h15 REPÓRTER EM AÇÃO

23h15 ROBERTO JUSTUS +

0h15 PROGRAMAÇÃO IURD

5h GRAND PRIX DE VOLÊI DE QUA-DRA FEMININO – Tailândia x Brasil7h30 SANTA MISSA NO SEU LAR8h30 MASKAT NA TV9h30 GAME MANIA10h45 VERDADE E VIDA11h05 PÉ NA ESTRADA11h30 POWER RANGERS12h30 BAND ESPORTE CLUBE14h GOL: O GRANDE MOMENTO DO FUTEBOL14h30 FUTEBOL 2015 – São Paulo x Fluminense16h50 3º TEMPO – Inclui Mundial de Vôlei de Praia Masculino19h SABE OU NÃO SABE20h A LIGA21h PÂNICO NA BAND0h15 CANAL LIVRE1h15 COPA DO MUNDO DE FUTE-BOL FEMININO DA FIFA 2015 – VT – Final3h30 IGREJA UNIVERSAL

Cinema

Minions: EUA. Livre. Cinemark 1 – 11h20, 13h50, 16h20, 18h50, 21h20 (dub/diariamente), 23h40 (dub/somente sexta-feira), Cinemark 3 – 12h10, 14h40, 17h20 (dub/diariamente), 19h40 (dub/exceto segunda-feira), Cinemark 5 – 16h50 (3D/dub/diariamente), 22h10 (3D/dub/exceto quarta-feira); Kinoplex 1 – 15h50, 20h30 (dub/diariamente), Kinoplex 5 – 13h05, 15h10, 17h15, 19h20, 21h25 (dub/diariamente).Divertida Mente: EUA. Livre. Cinemark 5 – 11h30 (dub/exceto domingo), 14h (dub/diariamente); Kinoplex 1 – 13h30, 18h10 (dub/diariamente).Dragon Ball Z – O Renascimento de Freeza: EUA. Livre. Cinemark 2 – 11h (dub/diaria-mente).Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros: EUA. 14 anos. Cinemark 2 – 13h40, 16h30 (dub/diariamente), Cinemark 3 – 22h (dub/exceto segunda-feira), Cinemark 5 – 19h (3D/dub/dia-riamente); Kinoplex 2 – 13h20, 15h55, 18h30, 21h05 (dub/diariamente).

CONTINUAÇÃO

DIV

ULG

AÇÃO

4h50 Santa Missa

5h52 Amazônia Rural

6h20 Pequenas Empresas, Grandes

Negócios

6h53 Globo Rural

7h50 Mundial de Fórmula 1: Grande

Prêmio da Inglaterra

9h40 Auto Esporte

10h Esporte Espetacular

12h Esquenta

13h10 Temperatura Máxima. Filme: Toy

Story 3

15h Futebol 2015: Campeonato Brasi-

leiro – São Paulo X Fluminense

17h Domingão do Faustão

20h Fantástico

22h18 Superstar

23h28 Domingo Maior. Filme: Presságio

1h28 Sessão de Gala. Filme: Cisne

Negro

3h15 Mentes Criminosas

3h58 Mentes Criminosas

O Exterminador do Futuro - GênesisEUA. 12 anos. John Connor (Jason Clarke), líder da resistência humana, envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta para 1984 para proteger Sarah Connor (Emilia Clarke) e salvaguardar o futuro, mas uma mudança inesperada nos acontecimentos cria uma linha do tempo fragmentada. Agora, o Sargento Reese se encontra em uma nova e desconhecida versão do passado, onde ele encontra aliados improváveis, incluindo o Guardião (Arnold Schwarzenegger), novos e perigosos inimigos e uma missão inesperada: redefi nir o futuro. Cinemark 2 – 19h30, 22h20 (dub/diariamente), Cinemark 4 – 11h40 (3D/dub/somente sábado e domin-go), 14h30, 17h30, 20h20 (3D/dub/diariamente), 23h20 (3D/dub/somente sexta-feira e sábado), Cinemark 6 – 13h, 15h50, 18h40, 21h30 (3D/dub/diariamente), 0h20 (3D/dub/somente sexta-feira e sábado); Kino-plex 3 – 13h, 15h40, 21h (dub/diariamente), 18h20 (leg/diariamente).

ESTREIAS

A atriz Natalie Portman estrela o drama “Cisne Negro” (Globo)

Meu Passado Me Condena 2BRA. 12 anos. O fi lme mostra o que aconteceu com Fábio (Fábio Porchat) e Miá (Miá Mello) três anos após o casamento realizado com apenas um mês de namoro e a lua de mel cheia de surpresas, em alto mar. Agora que caiu na rotina, o casal apaixonado está estressa-do e tem que lidar com suas diferenças, que não são poucas. Fábio, que trabalha com seu pai em um bufê infantil e pode acordar tarde todos os dias, não aguenta mais as reclamações de Miá, que é jornalista e dá o maior duro. Após uma discussão do casal e Miá pedir `um tempo´, Fábio recebe a ligação de seu avô Nuno (Antonio Pedro), que mora em Portugal, contando que acabou de fi car viúvo. Enxergando uma oportunidade de salvar seu casamento, ele apela para o emocional e a convence a ir com ele para o funeral na Terrinha. Cinemark 7 – 13h10, 15h40, 18h10, 20h50 (diariamen-te), 23h30 (somente sexta-feira e sábado), Cinemark 8 – 11h10, 14h10, 16h40, 19h10, 21h50 (diariamente), 0h30 (somente sexta-feira e sábado); Kinoplex 4 – 14h10, 16h30, 18h50, 21h10 (diariamente).

FOTO

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dub/exceto quarta-feira); Kinoplex 1 – 15h50, 20h30 (dub/diariamente), Kinoplex 5 – 13h05, 15h10,

EUA. Livre. Cinemark 5 – 11h30 (dub/exceto domingo), 14h (dub/diariamente); Kinoplex 1 – 13h30, 18h10

Dragon Ball Z – O Renascimento de Freeza: EUA. Livre. Cinemark 2 – 11h (dub/diaria-

Jurassic World – O Mundo dos Dinossauros: EUA. 14 anos. Cinemark 2 – 13h40, 16h30 (dub/diariamente), Cinemark 3 – 22h (dub/exceto segunda-feira), Cinemark 5 – 19h (3D/dub/dia-riamente); Kinoplex 2 – 13h20, 15h55, 18h30, 21h05

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D7PlateiaMANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2016

Toquinho divide o palco com Verônica FerrianiNova visita do violonista brasileiro a Manaus está marcada para o dia 9 de julho, no palco do Teatro Manauara, às 21h

Voz da nova geração da Música Popular Brasileira, Verônica Ferriani será a con-

vidada especial no show de Toquinho, agendado para o dia 9 de julho, às 21h, no Teatro Manauara. A canto-ra e compositora Verônica Ferriani participará da apre-sentação em três momen-tos, cantando músicas de seu repertório e também dividindo o palco com To-quinho para juntos interpre-tarem grandes sucessos da carreira do artista.

Os ingressos para o show de Toquinho e Verônica Fer-riani custam R$ 150 (setor A, meia-entrada) e R$ 120 (se-tor B, meia-entrada) e estão à venda no site www.ingresse.com e na bilheteria do teatro, localizado no Piso Buriti, do Manauara Shopping (aveni-da Mário Ypiranga Monteiro, 1.300 – Adrianópolis).

“Verônica é uma das mais gratas revelações da MPB. Tem técnica vocal primo-rosa e sua personalidade é cativante”, elogia Toquinho. “Ela sabe como ninguém coordenar balanço, ritmo e afinação. Além do mais, é muito graciosa no palco. Cada nota que canta tem

um charme especial”.O músico já vinha acom-

panhando o trabalho de Ve-rônica e, em 2011, tiveram a primeira oportunidade de se apresentarem juntos, em turnê voz e violão.

A cantora Verônica Ferriani ficou conhecida por trabalhar com vários artistas renoma-

dos em São Paulo. Ela estreou como cantora em 2004, a convite do compositor e violo-nista Chico Saraiva, vencedor do Prêmio Visa (2003). Já teve a oportunidade de interpretar canções com artistas como Beth Carvalho, Ivan Lins, Mart’nália, Jair Rodrigues, Francis Hime, Martinho da Vila, Tom Zé, Moacyr Luz, Moska, Oswaldinho da Cuí-ca, Maria Alcina, Criolo, Zé

Renato, entre outros.O lançamento de seu pri-

meiro disco aconteceu em 2009, com repertório basea-do na regravação de canções lado B de Gonzaguinha, Pau-linho da Viola e João Dona-to. No mesmo ano gravou o projeto coletivo “Sobre pala-vras”, com músicas de Chico Saraiva e letras de Mauro Aguiar. Integrou a Gafieira São Paulo, vencedores do 22º Prêmio da Música Brasilei-ra como melhor grupo de samba, em 2011. No ano seguinte, foi convidada para participar do projeto “Novas vozes do Brasil”, promovido pelo Itamaraty, e se apre-sentou em países como Co-lômbia, Portugal, Espanha, Rússia e Japão.

Nos últimos anos, a rea-proximação com o violão e a escrita a provocaram a criar o universo das composições de seu recém-lançado disco autoral “Porque a boca fala aquilo do que o coração tá cheio”, produzido por Marcelo Cabral e Gustavo Ruiz.

ExperiênciasO último show de Toquinho

em Manaus foi realizado em janeiro deste ano, também no palco do Teatro Manaua- A última vez que Toquinho esteve em Manaus foi em janeiro

ra. As histórias do cantor e compositor continuam sen-do um ponto marcante da apresentação, pois é quando o artista conta as experiên-cias engraçadas que viveu ao lado de seu amigo Vinícius de Moraes e de outros parceiros de carreira.

Em 50 anos de carreira, An-tonio Pecci Filho, mais conhe-cido por Toquinho, que nasceu em São Paulo, no bairro do Bom Retiro, gravou cerca de 82 discos e compôs mais de 450 músicas. Entre os seus maiores sucessos estão “Aquarela”, “Tarde em Itapuã”, “Que maravilha”, “Regra três”, “Escravo da alegria”, “O ca-derno”, “A casa”, “O pato”, “Na tonga da mironga”, “Samba de Orly”, “Carta ao Tom 74”, “Cotidiano nº 2”, “Samba pra Vinicius de Moraes” e “Caro-lina Carol bela”.

Além de Vinicius de Mora-es, outros célebres parceiros de Toquinho são Chico Bu-arque, Jorge Ben Jor, Pauli-nho da Viola, Francis Hime, Carlinhos Vergueiro, Gian-francesco Guarnieri, Elifas Andreato e Paulo César Pi-nheiro. Já Baden Powell, Ed-gard Gianullo e Oscar Cas-tro Neves são as maiores i nfluências do músico.

PREÇOSOs ingressos para o show de Toquinho e Verônica custam R$ 150 (setor A, meia-en-trada) e R$ 120 (setor B, meia-entrada) e estão à venda no site www.ingresse.com e na bilheteria do teatro

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Page 32: EM TEMPO - 5 de julho de 2015

D8 Plateia MANAUS, DOMINGO, 5 DE JULHO DE 2015

é atração inédita em

Manaus

Ogalã

pagode

do

O carioca Dilsinho é um dos nomes mais cotados do pagode da atualidade e vai se apresentar no “Esquenta Manaus”, que também contará com os shows de Belo e Ferrugemgg

SERVIÇO“ESQUENTA MANAUS”Quando

Onde

Quanto:

8 de agosto

Copacabana Chopperia, (Avenida do Turismo, Tarumã)

1º lote pista – R$ 50 (meia-entrada)1º lote área VIP com open bar– R$ 150 (meia-entrada) open bar de cerveja Itaipava, caipirinha, caipiroska, água e refrigerante até às 3h. Entrada diferenciada, bares exclusivos e acesso ao front stage

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O que bem-sucedidos nomes do samba como Thiaguinho, Alexandre Pires,

Mumuzinho e os grupos Sorri-so Maroto e Bom Gosto têm em comum? Todos gravaram músicas do carioca Dilsinho. O jovem compositor saiu do anonimato, se mostrou como intérprete e conquistou um espaço privilegiado no meio musical. Atualmente, o cantor é sucesso em todo Brasil e as fãs, sem perder tempo, lhe atribuíram logo uma marca: Dilsinho, o “Galã do Pagode”. Ele estreia na capital amazo-nense no “Esquenta Manaus”, produção da Fábrica de Even-tos, que terá também outras duas atrações nacionais, o cantor Belo e outra revelação do pagode da atualidade, o carioca Ferrugem. O evento será na Copacabana Choppe-ria, localizada na Avenida do Turismo, Tarumã. Para Ma-naus, Dilsinho irá trazer o show de divulgação do seu au-tointitulado disco de estreia, que acaba de ser lançado pela Universal Music.

Rodas de samba Dilsinho tem 22 anos e co-

meçou a carreira profi ssional aos 13, tendo crescido em meio a rodas de pagode. Após tocar na noite carioca durante um tempo, teve sua primeira chance como compositor ao ter sua música “Maluca pi-rada” gravada por Alexandre Pires, em dueto com o cantor Mumuzinho. “Não imaginava que iria fazer sucesso primeiro como compositor, mas foi óti-mo, pois isso abriu as portas do meio musical para mim”, avalia Dilsinho.

A seguir, outras de suas canções invadiram as pa-radas de sucesso. Entre as músicas que estão nas rádios cativando os fãs do samba moderno pode-se destacar “Na beira do prato” (gravada pelo grupo Bom Gosto com participação de Thiaguinho), “Aí que eu gosto e vou pra cima” e “Pra você escutar” (ambas no novo EP do Sor-riso Maroto) e “Do outro lado do mundo” e “Pensando em você”, interpretadas pelo ator e cantor Thiago Martins. O caminho para que Dilsi-nho mostrasse seu talento como cantor veio de forma natural, sem deixar de lado sua porção autor. Não por acaso, das 11 músicas do álbum “Dilsinho”, nove são escritas por ele. A produção do álbum fi cou por conta de Bruno Cardoso (do grupo Sorriso Maroto) e Lelê. A faixa “Já que você não me quer mais”, de James Lima, gravada anteriormente pelo

grupo Seu Cuca, é a 1ª faixa de trabalho do álbum, e logo de cara fi cou no Top 5 das rádios cariocas e no Top 10 na média nacional.

SuingueDilsinho procura registrar

as emoções do dia a dia em suas composições, mesmo que não as tenha vivido pes-soalmente, em alguns casos. Ou seja, nem tudo é autobio-gráfi co no que ele escreve. “Procuro falar de coisas que acontecem a todos, mas de forma original. Coloco alegria nas minhas letras, falo das relações afetivas, do roman-tismo. Em termos musicais, busco novidades, como gui-tarras diferentes, infl uências de outros estilos musicais e coisas assim, mas sem perder a base do samba”.

Na faixa “Dá pra saber”, Dilsinho conta com a partici-pação de outro jovem talento do samba, Mumuzinho. “É um grande amigo, a gente se conhece há quase dois anos e ele já me ajudou muito. Essa música é a cara dele e fala exatamente sobre amizade. Sua participação no meu CD ocorreu de forma natural”.

Dilsinho defi ne seu álbum de estreia como um disco leve, suingado e pra cima, o que pode ser confi rmado em músicas como “A vingança”, “Minha tara”, “Sou de apai-xonar”, “Hoje só vai dar eu e você”, “Vem que tem” e a sua própria interpretação para o sucesso “Maluca pirada”.

Além de bons amigos no meio musical, Dilsinho também tem uma gama de admiradores no futebol. Suas músicas são obriga-tórias nas comemorações de jogadores como Ronal-dinho Gaúcho, Vagner Love e Júlio César. Seja no gra-mado ou na arquibancada, este é o ano do Dilsinho despontar. Torcida não falta aqui em Manaus.

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