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Quinta-feira, 22 de Dezembro de 1955 A no I • N.® 42 emamhia idininõirâdar e{ditar v, S. MOTTA PINTO REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA ------------ ----------------- ------ MONTI J O COMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» - MONTIJO DIRECTOR RUY DE MENDONÇ/ 0 1 i ATAL! O vento soluça na floresta. O sol, como uma patena de ferro em braza rola num ceu espesso de cinza. Desce a noite. A neve cai. Gnomos risonhos, felpudos, espreitam por entre troncos azuis de árvores mitológicas. Cantam pastores, faúlhas d’oiro tremem no ar. Um sino chama. Qir-se-ia que as próprias montanhas ajoelham. £’ noite de Natal. Há dois mil anos, um grande filó s o f o nasceu. 0 Os mitos sucedem-se. A s religiões passam. Os deuses caiem. Uma só festa religiosa f i - cará, para além do próprio dogma católico, como uma flor eterna: o Natal. Porque é a festa de tim Deus ? Não. Porque ê a festa duma criança. E ’ a ternura das mães que a não deixará morrer. E' o culto supersticioso da infância que a tornará perdurável. Porque nela sorri uma criança, o presépio será eterno. Porqui três Reis ajoelharam diante dum berço, a Epifania será imortal, Para o sentimento humano, o Natal há-de ser sempre uma festa de amor, porque é a festa dos nossos filhos. Mão glorifica um Deus ; sorri para um Me- nino. Não exalta o podei' e a força ; enterne- ce-se diante da Fraqueza e da Inocência. Foi através do mistério da Natividade que a Arte cristã atingiu a criança. Os Jesti bambini, de Van Dyck a Rafael, de Memling a Tiepolo, loiros, risonhos, nús, rebolando e brincando, mamando e rindo, surgiram em palhas de es- tábulo hebreu, em regaços de Virgem tran- quila, em coxins vermelhos de paço gótico, imagens infantis da Graça imortal e da Be- lez-a eterna, estendendo as mãos pequeninas, como duas flores, num gesto instintivo de paz, para o imenso mar da maldade humana. Os presépios começaram a flo r ir , ingénuos e pas- toris, sob a mão carinhosa dos imaginários; a evocação da maternidade encheu os polípticos de todos os mosteiros, as rosácias de todas as catedrais, as iluminuras de todos os Livros (THoras; e o Natal, glorificação católica da infância, resplandeceu através dos séculos, e resplandecerá, indefinidamente, de geração em geração, entre a ternura imortal de todos os artistas, o sorriso generoso de todos os sá- bios. as lágrimas sagradas de todas as mães... Natal 1 O vento uiva na floresta. A neve cai. Can- tam pastores. Gnomos risonhos espreitam entre troncos de árvores mitológicas. Um sino chama. Dir-se-ia que as montanhas ajoelham que a natureza estremece. Há dois mil anos, um grande filósofo nasceu. júlio Q)antas (Autorizada a publicação por especial deferência do eminente académico Sr. Dr. Júlio Dantas). A T A L * a P rovínciâ Saúda com simpatia todos os seus dedicados leitores, anun- ciantes e colaboradores, dese- jando-lhes um Natal muito feliz. \ ml

emamhia · 2020. 2. 11. · ção ao Hospital, de José de Jesus, de 64 anos, natural de S. Eraz de Alportel que no quintal da sua re°idência, no dia 14 cerca das 7,15 horas, tocou

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Quinta-feira, 22 de Dezem bro de 1955 Ano I • N.® 42

emamhia

idininõirâdar e {ditarv, S. M O T T A P I N T O

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO - AV. D. NUNO ÁLVARES PEREIRA — ----------------------------- ------ M O N T I J OCOMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO - TIPOGRAFIA «GRAFEX» - MONTIJO

D I R E C T O R

R U Y D E M E N D O N Ç /

0 1

iA T A L !O vento soluça na floresta. O sol, como uma patena de ferro em braza rola num ceu espesso de cinza. Desce a noite. A neve cai. Gnomos

r is o n h o s , felpudos, espreitam por entre troncos azuis de árvores mitológicas. Cantam pastores, faúlhas d’oiro tremem no ar. Um sino chama. Qir-se-ia que as próprias montanhas ajoelham. £’ noite de Natal. Há dois mil anos, um grande filó sofo nasceu.0 Os mitos sucedem-se. A s religiões passam. Os deuses caiem. Uma só festa religiosa f i ­cará, para além do próprio dogma católico, como uma flor eterna: o Natal. Porque é a festa de tim Deus ? Não. Porque ê a festa duma criança. E ’ a ternura das mães que a não deixará morrer. E ' o culto supersticioso da infância que a tornará perdurável. Porque nela sorri uma criança, o presépio será eterno. Porqui três Reis ajoelharam diante dum berço, a Epifania será imortal, Para o sentimento humano, o Natal há-de ser sempre uma festa de amor, — porque é a festa dos nossos filhos. Mão glorifica um D eus; sorri para um Me­nino. Não exalta o podei' e a força ; enterne­ce-se diante da Fraqueza e da Inocência. Foi através do mistério da Natividade que a Arte cristã atingiu a criança. Os Jesti bambini, de Van Dyck a Rafael, de Memling a Tiepolo, loiros, risonhos, nús, rebolando e brincando, mamando e rindo, surgiram em palhas de es­tábulo hebreu, em regaços de Virgem tran­quila, em coxins vermelhos de paço gótico, imagens infantis da Graça imortal e da Be- lez-a eterna, estendendo as mãos pequeninas, como duas flores, num gesto instintivo de paz, para o imenso mar da maldade humana. Os presépios começaram a flo r ir , ingénuos e pas­toris, sob a mão carinhosa dos imaginários; a evocação da maternidade encheu os polípticos de todos os mosteiros, as rosácias de todas as catedrais, as iluminuras de todos os Livros (THoras; e o Natal, glorificação católica da infância, resplandeceu através dos séculos, e resplandecerá, indefinidamente, de geração em geração, entre a ternura imortal de todos os artistas, o sorriso generoso de todos os sá­bios. as lágrimas sagradas de todas as m ães...

Natal 1O vento uiva na floresta. A neve cai. Can­

tam pastores. Gnomos risonhos espreitam entre troncos de árvores mitológicas. Um sino chama. Dir-se-ia que as montanhas ajoelham que a natureza estremece. Há dois mil anos, um grande filósofo nasceu.

júlio Q)antas

(Autorizada a publicação por especial deferência do em inente académ ico Sr. Dr. Jú lio D an tas).

A T A L *

a P r o v ín c iâ

Saúda com simpatia todos os

seus dedicados leitores, anun­

ciantes e colaboradores, dese­

jando-lhes um Natal m uito feliz.

\

ml

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20 12-9-",5 A PROV IN CIA

VIDA

P R O F I S S I O n f l L

MédicosDr. A. ferreira da Trindade

R u a Bu lhão Pa to , 42 Telef. 026151 — M O N T I JO

Br. Alcides CunhaM ontijo — Sarilhos G randes

Dr. Avelino Rocha BarbosaDas 15 às 20 h.

R. Almirante Reis, 68, 1.° Telef. 026245 — MONTIJO

Dr. Eduardo GomesConsultas todos os dia às 1/ horas.

R. Machado Santos, 6-1.°Telef. 026038 — MON TIJO

Dr. fausto HeivoLargo da Igreja, 11

Das 10 às 13 e das 15 às 18 h Telef. 026256 - MONTIJO

Br. Gonçalves GuerraRua BulhSo Pato, 58

Telef. 026 153 — MONTIJO

Dr- }. Sousa CorreiaCLINICA D ENTÁRIA

D entes artificiais e consertos C onsultas todos os dias

das 11 às 13 e das 15 às 17 horas Rua B ulhão Pato, 58 — M ONTIJO

Br. M. Santos CruzIn terno dos hosp. civis de Lisboa

D oenças da boca e dentes D entes artific ia is

C onsultas às 2 .as e 6.as feiras às 14 horas.

R. B ulhão Pato, 7 — M ontijo

B r . f. Sepulveda da fonsecaIN TER N O DE PE D IA T R IA (D oenças das crianças) dos H o s p i t a i s C ivis de Lisboa Passou a dar consultas todos os dias às 8 e às 15 horas na

R . D. Estefânia, 81 r/c. Telef. 51589 LISBOA

Dr.* Isabel Gomes PiresE x-E stag iá ria do In s titu to P o rtu g u ês de O ncologia.

Doenças das S enhoras C onsultas às 3.as e 6 .as feiras

R . A lm iran te Reis, 6 8 - 1 .° -M ontijo Todos os dias

R ua M orais Soares, 116-1.° LISBOA Telef. 4 8649

Br.a Natália Barbosa 0. MarquesG inécologia e O bstetríc ia

C onsultas às 3.as e 6.as às 16 horas M ontepio N.a S r.a da Conceição R. A lm iran te Reis M ONTIJO

Parteirasfelisbela Victória PinaP arte ira - E n ferm eira

Partos, in jecções e tra tam entos R ua S acadura C abral, n.° 50

M O N T I J O

Augusta fflarq. Charneira ITIoreiraP arte ira -E n ferm eira

D iplom ada pela Faculdade de M edicina de C oim bra

R ua T enen te V aladim , 29-1.° M O N T I J O

ÁdvogadosDr. Alberto Cardoso do Vale

E scritó rio : Praça da R epública, 45 M O N T I J O

JtíContijo dia a diaf) Assembleia Geral na Banda Democrática

Conform e anunciámos rea- lizou-se na quarta-feira 14 do corrente a Assem bleia G era l e x t r a o r d i n á r i a na B a n d a Dem ocrática 2 de Jan e iro afim d e tratar de d iversos assuntos re laciona­dos com a aquisição do novo edifício-séde.

Aberta a Sessão que era presidida pelo Sr. Dr. An tó ­nio G onça lves R ita , foi pe­dido um minuto de silêncio em memória do grande amigo da co lectividade há dias fa le ­cido, S r . Dâm aso de C a rv a ­lho.

Depois de lido um plano de trabalho, foi autorizado 0 aumento de cotas para cinco escudos, revertendo a d ife ­rença das cotas actuais para as que com eçarão a v igorar, para a Com issão . Tam bém foi deliberado autorizar a D irecção a pagar à referida Com issão urna renda pela nova sede quando esta com e­çar a ser utilizada.

N o final foi posta à apro­vação uma proposta de rego- sijo pelo regresso às suas actividades do conceituado industrial desta v ila , S r. Izi- doro Sam paio de O live ira , tendo sida ap rovada por una­nimidade.

«A P R O V ÍN C IA » , congra­tula-se pelo bom am biente de entusiasm o que paira em volta da feliz in ic iativa da nova sede da Banda Dem o­crática 2 de Jane iro , fazendo votos porque tudo corra à medida dos desejos da in fa­tigável C om issão e que den­tro de pouco tempo possa­mos ve r a popular co le c tiv i­dade instalada na sua nova Sed e e liv re dos grandes encargos que a sua aqu isi­ção acarreta.

Assim 0 povo da nossa terra e em especial os sócios da Banda, compreendam e queiram auxiliar esta in ic ia ­tiva.

Asilo de S. JoséA D irecção do A s ilo de S .

Jo s é e os seus vèlh inhos agradecem a todos os ben­feitores, todo 0 seu auxílio, fazendo votos por um Natal Fe liz e um N ovo Ano cheio de prosperidades.

I N C Ê N D I O

No dia 11 do corren te m ês, m a­n ifestou-se um g ran d e incêndio no Porto da Lam a. Cerca das 10,15 h . foi dado o alarm e tendo saído logo para o local do s in is tro um a viatu ra.

Depois de profiados esforços o incêndio foi dom inado tendo-se pro longado os trabalhos de re s ­caldo até às 14,15 h.. Os pre ju izos são avaliados em 20.000$00 .

O mau tempo

e a acção dos B. V. M.Devido ao vento e in filtrações

de chuva, no dia 13 de D ezem bro, ameaçou ru i r um a casa no Sa­mouco, cu jo p ro p rie tá rio sr. José Pedro da Silva Beja ped iu a in te r ­venção dos B. V. de M ontijo .

Tam bém d u ran te a sem ana vá­rios foram os locais a que os nossos B om beiros tiveram que aco rre r devido às inundações provocadas pela chuva e obstrução de esgo tos.

Os locais m ais a tingidos foram desta vez «Os Pescadores», o M er­cado. R. José Joaquim M arques e B airro do A fonsoeiro.

Foram ainda solicitados os so­corros dos B. V. M. para a co n d u ­ção ao H ospital, de José de Jesus, de 64 anos, n a tu ra l de S . Eraz de A lportel que no q u in ta l da sua re°idência, no dia 14 cerca das 7,15 horas, tocou inadvertidam en te num fio de alta tensão que com o vento se encontrava partido e caído no solo.

O infeliz cliegou ao H ospital já m orto, tendo o m édico de serviço lim itado a verificar o óbito.

A inda no mesmo dia, tam bém foi so licitada a com parência da am bulância dos B. V. M. para socorrer na R. J. J. M arques ju n to ao M ercado o sr. E rn es tin o dos Santos M artinho , que foi conduzido ao H ospital onde lhe foi p restada assistência pelo sr. Dr. A lcides Cunha.

Depois de tra tado reg ressou a casa.

Todos estes trabalhos foram d i­rig idos com pron tidão e acerto dignos de registo pelo a ju d an te de com ando sr. S ecundino M artins auxiliado pelo bom beiro n.° 24 sr. M anuel M artins G onçalves.

Pelo OrfanatoA favor do O rfanato D r. César

F. V entura, desta vila, realiza-se no dia de N atal, pelas 15 ho ras o tradicional encon tro en tre as equ i­pas do Palm eiras C. M. D. e da Associação A cadémica de M ontijo.

Sim pático gesto da ju v en tu d e m ontijense que todos nós temos obrigação de apoiar, com a nossa presença, dado o carita tivo fim a que se destina .

T elefone 086 57

<J)ata Iwas Cfiotayiafiai

F o f o M o n t i j e n s e

Dr. Raúl Elias AdioM ontijo — Telef. 026252

P raça do Q uebedo, 1 - r/c. Telef. 2240 — S etúbal

S A N F E R , 1L . DASEDE

LISBOA, Rua de 5. Julião, 41-1.°AEROMOTOR SANFER o

ciclone - FERROS par ARCOS, etc.

CIMENTO PORTLAND, TF tos para gados

RÍCINO B E L G A para adubo CARRIS, V A G O N E T A S e t

minho de FerroARMAS DENZE

ARMAZÉNSíflODTIJO, ua da Bela Viita

moinho que resistiu ao 1 construções, ARAMES,

ÍITURAÇÃO de alimen-

de batata, cebola, etc. odo 0 material para Ca-

RECOVAGEM

«GRflDKimEÍITOSJo ã o Silva Teixeira

(Bragança)Sua m ulher, filhos, gen ro , nora,

netos e mais fam ília na im possib i­lidade de o fazerem ind iv idual­m ente, por desconhecim ento de m oradas, vêm por este m eio a g ra ­decer m uito reconhecidam ente a todas ;>s pessoas que se d ignaram acom panhar à derrade ira m orada o seu querido e saudoso pai, sogro, avô e mais parente.

M aria H elena Jesus fa rin h a

A fam ília de M aria Helena de Jesus F arinha , vem pub licam ente m ostra r o seu eterno reconheci­m ento a quan tas pessoas a acom ­panharam na sua doença e depois à sua últim a m orada, m uito espe­cial ao com petente, ca rinhoso e zeloso médico S r. D r. A velino da Rocha B arbosa que desin teressa­dam ente não abandonou o seu leito de sofrim ento um só m o­m ento, bem como ao corpo de enferm eiros S r .a D. E ugén ia Al- cobia e Sr. A ntero B rotas. O u tro ag radecim ento vai para o S r. F e r­nando Capela e sua E x .ma Esposa, onde a ex tin ta era em pregada, pela atenção carinhosa que sem pre d is­pensaram até aos ú ltim os m om en­tos da sua tão pertinaz existência. A todos o nosso e terno reconheci­m ento.

José Maria Lucas )or,Viúva, e Filhos e demais Fa­

mília, vêm por este meio agra­decer com toda a sinceridade, a todos os am igos que contri­buíram, para a realização do funeral do seu sempre chorado esposo, pai e parente, de Lis­boa para o Montijo. Aprovei­tam o ensejo para agradecer também a todos quantos se in­teressaram, durante o curto prazo que teve de vida, após o brutal desastre que o viti­m o e b e m assim a todos quanto o acompanharam à última morada. Agradecem, tambèmt aos Directores de serviço do Clube Desportivo de Montijo, ao Enfermeiro do Clube, Treinador e Jogadores, a todos os am igos que" vinham num carro que acompanhava a caravana, a prontidão o ca­rinho, enfim tudo quanto fize­ram para aliviar as dores a todas as vítimas do brutal acidente. Neste agradecim ento envolvem também o ilustre clínico de Ferreira do Alentejo e todo o pessoal que porven­tura o tenham ajudado, Clí­nicos e Pessoal Hospitalar do Hospital de S. José de Lisboa.

Para todos o seu sempre eterno reconhecimento.

A Casa da Criança< /

D a Com issão Pró-Casa da C riança de M ontijo , recebe­mos .extensa carta cuja publi­cação só no próximo número poderemos fazer, em v ir ­tude das características espe­cia is da edição de hoje.

VIDAMUniCIPAlRealizou-se na passada

3-a feira mais uma sessão presidida pelo sr. José da Silva Leite a que assistiram além de todos os senhores Vereadores em exercício b sr. Vice Presidente.

Deliberações— Foi deliberado pôr ero

arrematação os lixos produ­zidos durante o ano de r9 6, com base de licitação de 40.ooo$oo

— A Câmara tomou conhe- cimento do projecto do orça­mento ordinário para 1956, elaborado segundo as bases já aprovadas.

— Foram autorizados vá­rios trabalhos de reparação de pavimento de ruas.

Obras e LicençasForam aprovados os se­

guintes projectos de obras: de Guilherme Viegas Bor­deira, Gabriel das Neves, Sociedade de Construções Tecnarte, Lda., Sociedade Industrial de Boias, Lda„ Foi reprovado 0 projecto apresentado por Clemente Carvalho (Bairro da Bela Vista).

Foram autorizadas licen­ças de habitação de prédios novos a : Francisco Afonso, Carlos Alberto Martins e José Teresa Albano.

Com este título pedimos 110 nosso número de 1 do cor­rente a quem soubesse o pa­radeiro da menor Maria Joa- quina Almeida, n o s infor­masse afim de lhe poder ser entregue o produto do» dona­tivos recebidos 110 Diário de Noticias quando do sen inter­namento no H o s p i t a l de Arroios.

Em virtude dessa locai, vá­rias pessoas prontamente noa informaram a direcção da in­teressada, tendo a mesma acompanhada de sua mãi inâ- cia Joaquina V e r a Borrata com parecido no referido jor­nal onde lhe foi entregue a importância de 950100, total dos donativos recebidos.

Apraz-nos registar aqui esta noticia, não só por sentirmos satisfação por de algum modo termos contribuído para mi­norar a tristíssima miséria em que vive a familia da peque­nita Maria Joaquina, como também para demonstração irrefutável da grande expan­são e popularidade que o nosso semanário goza.

Só assim se com preende que após profiados esforços de variadíssimas pessoas que nSo conseguiram localizar a resi­dência da citada menor, uma hora depois de o nosso jornal com eçar a circular tivesse- -m o8 jà em nosso poder os elementos que pretendíamos.

Material EléctricoCabos e fios condutores Saquelites — Porcelanas Iluminação fluorescente IDateriol Estanque- Tubos Bergman — Tubo ds Aço

T u d o a o s m e l h o r e s p r e ç o s â B E L J U S T I N I A N O V E N T U R A

Pra.ça da República — M O N T IJO

C A N D E E I R O S T E L E F O N I A S I R R A D I A D O R E S V E N T O I N H A S F R I G O R Í F I C O S Etc. ===== Etc. ===== Etc.

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A PROVINCIA 22-12- 955

f A G E N D AI E LE G A N TEI w e B s a w s iã W E ia m

aniversários__ Dia 9, o m enino L uís F e r ­

nando A raújo dos Santos filho do nosso prezado assinan te s r . José Maria dos Santos.

— Dia 12, a s r .a D. Palm ira Rana pinto irm ã do nosso prezado assi­nante sr. C arlos Rana G ouveia.

— Dia 13, a m enina M aria E m ília pinto M artins Soares filha do nosso prezado assinan te sr. N orberto Martins Soares._Dia 16, o sr. Capitão F r a n ­

cisco S algueiro da Silva nosso dedicado assinante.

— Dia 18, a s r .a D. E m ília da C o nceição M arques esposado nosso prezado assinan te sr. M anuel José G ervásio .

— Dia 19, a sr.a D . M aria José Mónica M arques esposa do nosso dedicado assinan te sr. Anselm o Joaquim M arques.

— Dia 19, a s r .a D. F rance lina Rosa, nossa dedicada assinan te .

— Dia 23 e 25, m en in o L ibànio José dos Santos C atita , e a m en in a Maria Jú lia dos Santos C atita, filhos do nosso d ed icad o assinante sr. António C atita.

— Dia 24, o sr. O livio G om es nosso prezado assinante.

— Dia 26, a m enina L ucinda Mónica M arques g en til filha do nosso prezado assinan te sr. A n­selmo Joaquim M arques.

— Dia 31, a m enina M aria M ar­garida O liveira C ontram estre filha do nosso am igo e assinan te sr. Artur M arques C on tram estre .

— Dia 2, o sr . R otílio Lucas Gatita nosso prezado assinante.

VisitasDeu-nos o p razer da sua visita

o nosso dedicado co rresponden te em Vila F ranca de X ira sr. Amé­rico da Silva Q uinteiro .

Casamentos— No sábado 17, realizou-se na

Igreja da Atalaia, o casam ento da Ex.ma S r .1 D. M aria Cecília P e ix i­nho dos Santos com o E x .'110 Sr. António P ila r N epom uceno Gou veia Dirnas.

Foram padrinhos por parte da noiva o E x .mo Sr. Dr. José Sabino Resina Dias e sua esposa E x.ln* S r.a D. L eontina Resina Dias, e por parte do noivo o Ex.m° S r. Diogo Júlio R odrigues de M endonça e sua esposa E x.ma Sr.a D. Isaura da Silva M endonça.

— No dom ingo, 18, na Igreja Matriz, efectuou-se o casam ento da Ex.Ina S r.a 1). Maria da Conceição Pedrosa A m ado com o E x .mo Sr. João V entura P a rre ira .

A padrinharam o acto por parte da noiva o E x .mo Sr. Joaquim Ferreira Rocio eaE x ." 'a S r.ílD. Ma­ria Amado Rocio Crespo e por parte do noivo a E x ."" S r.a D. Isabel V entura de Sousa A rroja e o Ex.mo Sr. M anuel C orreia A rroja J.or.

— T am bém na m esm a ig reja se casaram no dom ingo a E x .ma S r.a I). G ertrudes da Veiga C osta com o E x .mo S r. A ntónio A u g u s t o Gouveia C ordeiro.

T endo apadrinhado o acto a Kx.ma S r. D. N atália da Veiga e o Ex.mo Sr. D om ingos da Veiga por parte da noiva e a E x .ma S r .“ 1). llerm ín ia F errão S erra e o Ex .'"1 Sr. A lvaro A velino da Veiga Serra por parte do noivo.

— Na Igreja da A talaia, co n so r­ciaram -se no dom ingo a Ex.™a Sr. I). M aria Adelaide Pedroso Seixas com o E x .m0 S r. M anuel da Silva M onteiro.

A padrinharam o acto po r parte da noiva a Ex."ia S r.a D. Maria A de­laide Frazão H enriques e o E x .1110 Sr. M anuel de O liveira Alves e por pa rte do noivo a E x.m* Sr.a D. A ngelina dos Santos e o E x .m0 Sr. Pedro M onteiro.

«A P r o v í n c i a » cum prim en ta afectuosam ente os novos casais, fazendo votos p o r um fu tu ro r i ­sonho e rep leto de felicidades.Baptizados

— No dom ingo foi adm in is trado o Baptism o a 269 crianças das es­colas prim árias. Destes, 69 foram realizados no S an tu á rio de Nossa Senhora da A talaia e 200 na Ig re ja P aroquial do M ontijo.

J ío tic ia s da S e m a n a 1 A G E N D A

U TILITÁ R IA

(omemoi acoes do DataiCom o p ed id o de publicação

recebem os d a Sociedade Coo­p era tiva União P iscatória a se ­g u in te c a r ta ;

E x .mo Sr.Em prim eiro lugar desejo em

nom e de toda a classe Piscatória, ap re sen ta r a V .Ex.“ o m eu profundo reconhecim en to p e l a s palavras d ir ig id as a esta classe e ao m esm o tem po ex p rim ir todo o nosso apoio e solidariedade pelo que foi escrito nessas colunas acêrca da vergo­nhosa atitude praticada de facto por m eia duzia de m úsicos irre sp o n ­sáveis, e que tão m au serviço p res­taram à sua colectividade.

Logo após o sucedido enviám os à direcção da S. F .l .° D.° os nossos p ro testos p o r tão vil incorrecção encorajando-a a e lim inar os in d i­v íduos que provocaram este e ou ­tros actos de pu ra ind iscip lina que u ltim am ente se tê m verificado naquela colectividade.

«Q uanto à carta do F ilarm ónico José Ladislau de Sousa, apenas duas palavras para com pleto escla­rec im en to da verdade.

«Diz aquele Senhor» — que, no d ia 1.° de D ezem bro do ano pas­sado, quando a S. F . 1.° D.° com e­m orava cem anos de existência, a Banda de m úsica ioi cu m p rim en ­ta r a U. P. e com im enso espanto verificaram que nem um D irecto r, sócio ou o con tínuo se encontrava a receber os cum prim en tos da 1.° D ezem bro. T udo isto é verdade Sr. José L adislau de Sousa mas é pena que p o r co m o d id ad e ... não ten h a ilucidado os leitores deste Jo rn a l, que os cum prim en tos fo­ram dados às 15 horas, quando estavam p rev is to s e anunciados para as 19, e que desta alteração não foi dado conhecim ento à U. P. e daí a t é . . . as portas e janelas estarem fechadas. Mais reparou aquele S r. na ausência dos D irec ­tores desta U. P . na Sessão Solene e no alm oço de confraternização, m as volta a esquecer-se, — que do faoto partic ipám os por ofício à D irecção da 1." D ezem bro - in fo r­m an d o -a— da im possibilidade de com parecerm os, pois nesse dia não estava um único D irector em te rra , mas nesse ofício afirm ava- -m os que em esp írito acom panha- va-m os aquela colectividade em todos os núm eros com em orativos do cen tenário .

O «Sim ples bolo» que a nossa classe ofertou à 1.° D ezem bro, não e ra tão sim ples como à p rim eira vista parece, pois tratava-se dum «G igante bolo» ornam entado com 100 velas, tan tas como anos de existência da 1.° D ezem bro, mas o S r. José L adislau de Sousa, refe­riu -se apenas à parte G u lo s a .. . do assunto, e esquece-se o u tra vez de in form ar os leitores deste con ­ceituado Jo rn a l, que o «Sim ples bolo» era acom panhado de rep re ­sen tan tes desta classe — que foram portadores das felicitações à 1.“ D ezem bro.

R eferindo-m e à ausência dos D irectores da 1.° D e z e m b r o , quando do alm oço que a U. P. trad icionalm ente todos os anos leva a efeito, d irei, que aqueles S rs. pessoalm ente inform aram esta L. P . que pelo facto de terem to­mado posse dos seus cargos p re c i­sam ente nas vésperas do referido alm oço, ignoravam , o convite que lhes haviam os feito, e parece-m e S r . José L adislau de Sousa, que era de aceitar a explicação.

R eferindo-m e tam bém ao g rupo de m úsicos que há m uitos anos v inham fazendo a lavagem na m a­nhã de S. M arçal, d ire i tam bém , que aqueles seus colegas costum am obedecer cegam ente às suas o r­dens, e po r isso estranhám os que o S r . os não tivesse dem ovido. P o r firo a trev e-se a cu lpar a Direcção dizendo que a ordem era «seguir e não p arar na U. P.» então , sendo assim como explica o Sr. a a ti­tude do D irec to r encarregado de ap resen tar os cum prim entos — S r. José Sam paio O liveira S o b rinho—

Na Brigada de Trabalho P risional de M ontijoNas ob ras do T rib u n a l, ao fundo

do P arque , rea!izou-se no passado dom ingo um a sign ificativa festa de Natal organizada por um a com is­são de que faziam parte o e n ca rre ­gado da Secretaria, sr. José Gomes P ereira , o Chefe da B rigada de T rabalho , sr. José M aria Sim ões de O liveira e o guarda de 3 .8 classe sr. A ngelo Alves além dos rec lusos A rnaldo de M esquita A m aral e Jo rg e A ugusto da Costa M onteiro Fonseca.

O progam a bem organizado e de m olde a p ropo rc ionar alguns m o­m entos de alegria aos reclusos da cadeia de M ontijo , que assistiram na m aior com postura e d iscip lina teve a colaboração do C onjunto M usical «Reis da A legria» com o seu vocalista F ranc isco E sperança.

Um r e c l u s o d ir ig iu algum as palavras à assistência, rep re sen ta ­ram -se duas pequenas peças a le ­g res e num a sim pática cam arada­gem todos procuraram p reen ch er o program a o m elhor que puderam e souberam .

G ratos pelo convite que nos foi d irig ido aproveitam os para felicitar os o rgan izadores de tão in te re s ­sante festa.

No E x te r n a to do Sa­grado Coração de JesusRealizou-se ontem no Salão de

Festas do C lube D esportivo de M ontijo um in teressan te espectá­culo desem penhado unicam ente pelos a lunos do «E x terna to do Sagrado Coração de Jesus» esta­belec im ento de ensino secundário da nossa te r ra profic ien tem ente d irig ido pela s r .a D r.a D. Ana M aria F e rre ira que à causa da educacão da juv en tu d e m on tijen se tão bons serviços vem prestando desde há anos.

A réc ita cuidadosam ente o rg an i­zada teve a colaboração do corpo docente do colégio e foi m anifes­tação cu ltu ra l d igna de registo .

Gratos pela gentileza do convite .

que enèrg icam en te p rocurou evi­ta r a m archa da Banda — pedindo encarecidam ente para que paras­sem ? Tam bém não se lem brava deste po rm enor, não é verdade?

Sr. D irector desculpe-m e do tem po que lhe tom ei, m as era necessária esta ilucidação para que os leitores do vosso jo rn a l m elhor possam a ju izar como os factos se passaram , p o rq u e de resto a h is ­tó ria deste tresloucado acto está feita — Os seus propósitos foram ating idos — Estão de parabéns os seus 35 anos de m úsico.

M uito g ra to pela publicação desta carta , com a qual pela nossa pa rte dam os por te rm inada a nossa acção sobre este conflito que tan ta m ágoa deixou em toda a classe Piscatória, m e subscrevo atenciosam ente.

I)e V. E x.a Att.° V nd. e Abg.

Pela Direcção — O P residen te R em u a ld o Veu

No União A tlético Clube A fonsoeirense

Realiza este c lube popu lar do B airro do A fonsoeiro no d ia de N atal, sim pática festa in fan til com d is tribu ição de b rinquedos a c rian ­ças a tè à idade de 7 anos, filhos de sócios.

Desta form a se p rev inem os in teressados que devem inscrever seus filhos n a sede do c lube até ao dia 24, afim de que no dia da Festa , se faça a d is tribu ição de b rinquedos na m elho r ordem .

Na S. F. 1° de D ezem broFestejando o N atal, leva a efeito

no p róxim o dia 25 esta Sociedade um g rand ioso Baile ab rilh an tad o pela O rquestra R ibate jana com H um berto de Sousa ao p iano.

Na B. D. 2 de JaneiroT am bém esta colectiv idade rea­

liza de tarde e à no ite no dia de N atal bailes para os seus associados com o C on jun to M usical «Os Ca­riocas».

Academ ia M . U . e Trabalho

de Sarilhos GrandesC om em orando o seu 57.° an iv e r­

sário r e a l i z o u esta prestig iosa colectividade no D o m i n g o u m exp lêndido concerto m usical sob a direcção do seu h áb il m aestro sr. A ntónio F rancisco F ernandes.

A’ tarde na sede da B anda rea ­lizou-se um a sessão solene tendo usado da pa lav ra o sr. A níbal P e­re ira F ernandes e o nosso colabo­rado r A lvaro V alente que d isertou com b rilh an tism o sobre a m úsica popular.

A’ no ite p ara com ple ta r o p ro ­gram a levou-se a efeito um an i­m ado Baile com um a o rquestra local, que d u ro u até de m adrugada.

«A P rov íncia» felicita a sim pá­tica co lec tiv idade desejando-lhe con tinuação de um a vida longa ao serviço da cu ltu ra p o p u la r e a g ra ­dece a d istinção do convite com que a hon raram .

10 PDF)

N o vid a d e sen sacion alRegistos de Som — uma ideia genial

tornada realidade

aw?z>m £NDE r á d i oUma obra de mestre em cada receptor

Peça uma dem onstração aos

A G E N T E S E X C L U S I V O S

M ARPAL, L.daRua José Joaquim Marques, 27 - íelef. 026455 - M O H T IJ O

fa r m á c ia s de Se rviço

5.“ - feira, 22 — M o d e r n a6." - feira, 23 — D i o g o Sábado, 24 — G e r a l d e t s D om ingo, 2 5 — M o n t e p i o2.* - feira, 26 — M o d e r n a3.“ - f e i r a , 27 — D i o g o4." - feira, 2 8 — G e r a l d e s

Passou na sem ana finda o 1.° an iversário da inauguração em M ontijo da Agência d esta p re s ti­giosa casa Bancária.

V indo ao encon tro das necessi­dades da nossa te r ra a D irecção do im portan te Banco P o rtu en se ju l ­gou o p o rtu n a a criação de um a A gência em M ontijo. Q ue foi de larga visão esta in iciativa não res ta dúv ida a n inguém .

A proveitam os a oportun idade para cum p rim en ta r não só o Con­selho de A dm inistração do B. P . A. e sua D irecção como o seu A gente em M ontijo sr. V irgílio F e rre ira e todos os funcionários que aqui traba lham .

B o le t im R e l ig io s o Culto Católico

MISSASDia 2 2 — Ás 8,30 e 9 h o ras na

Ig re ja Paroquial.Dia 23 — Ás 8 e 9 h o ras na

Igreja Paroquial.Dia 24 — As 9 e 9,30 h o ras na

Ig reja Paroquial.Dia 25 — (N ATA L) às 0 horas

Missa do Galo (C antada na Ig reja Paroquial) às 10 e 18 horas na Ig reja Paroquial, às 9 ho ras no A fonsoeiro, às I I horas na Cadeia (para os rec lusos), às 11,30 horas na Atalaia.

Iioràrio da Catequese: 3.* feira (Projecções e Cânticos) às10,30 e 15 horas, Dom ingos — Missa às 10 horas.

Culto EvangélicoHorário dos serviços re li­

giosos n a Ig re ja P resb iteriana , Rua Santos O liveira,4-M ontijo .

D om ingos— Escola D om inical às 10 horas, crianças, jovens e adultos. C ulto d iv ino às 11 e às 21 horas.

Q uartas F e iras — C ulto a b re ­viado com ensaio de h inos re l i­giosos às 21 ho ras .

Sextas Feiras — R eunião de O ra­ção às 21 horas.

No segundo dom ingo de cada m ês celebração da Ceia do S en h o r

E s p e c t á c u l o sCIN E P O P U L A R

5.a-feira, 22; (13 anos) «Nevas T raidoras» com «Redenção» e R e­vista de A ctualidades.

Sábado, 24; (18 anos) «H oras A m argas» com «Meu louco c o ra ­ção».

D om ingo, 25 e 2.a-fe ira 26; (18 anos) Uma S uper-p rodução em Cinem aScope «O F ilho Pródigo».

D om ingo, às 15,15 h . ; M atinée com o film e da M etro «Inseparáveis»CINEMA 1.° DEZEMBRO

Sábado, 24 ; (13 anos) o dram a m ais p rem iado «L ágrim as de San­gue» com lindos com plem entos.

D om ingo, 25 ; (13 anos) o g rande film e em tecn ico lo r «O M osque­te iro do Mar» e o film e policial «O H omem 49» às 12 horas Ma­tinée In fan til.

2.*-feira, 26; (18 anos) os g ra n ­des a rtis tas do E terno F em in ino no grande film e do ano «Ela é de G ritos».

3.*-feira, 27; (13 anos) E spectá­culo de H om enagem : O F ilm e de aven tu ras «O F io da Meada» e o lindo film e m usical co lorido «Baile da P rim avera» .

4.a-feira, 28; (18 anos) Amedeo N azzari e Ivonne Sanson o m ara­v ilhoso par dos F ilhos de N inguém e R epudiada no lindo dram a «Re­gresso ao lar».

T e le fo n e s d e u r g ê n c i aH ospital, 026046

Serviços Médico Sociais, 026198 B om beiros, 02604S

T axis, 026025 Ponte dos V apores, 026425

F a r m á c i a sM oderna, 026156 M ontepio, 026035 Diogo, 026032 G iraldes, 026008

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22-12-9 S5 A PROVIN CIA

Armazéns de Mercearias Ribatejense, LimitadaPor esc ritu ra de 17 do co rren te

mês, lavrada a folhas 15 e seguin­tes, do respectivo livro n .° 3 B. do cartório N otarial de M ontijo, a cargo do no tá rio L uciano Pereira, en tre EM ÍDIO RIBEIHO Ii EN R I­QUES, PE D R O JOAQUIM BAN­DEIRA e a F irm a BARREIRAS & RODRIGUES, L I M I T A D A , fo i constitu ída um a Sociedade Gomer- cial por cotas de responsabilidade, lim itada, que será regida pelas clausulas condições constan tes dos artigos segu in tes:

1.0A Sociedade adopta a denom ina­

ção «ARMAZÉNS DE MERCEA­RIA R IB A T E JE N SE , LIMITADA» tem a sua sede nesta vila, e dom i­cilio nesta vila, na Rua Bulhão Pato. n.° 82, a sua duração é por tem po indeterm inado , e o seu início conta-se desde o próxim o dia um de Ja n e iro ;

2.°O seu objecto é o exercício de

com ércio de m ercearias em geral, podendo, ex p lo ra r qu a lq u er outro ram o de com ércio que não dependa de autorização e sp ec ia l;

3.°O capita l social é de 20Q.000$00,

em d inhe iro , já in teg ra lm en te rea- lisado, e corresponde à som a das cotas se g u in te s ; Uma de 90.000$00, que fica pertencendo ao p rim eiro ou to rgan te E M Í D I O R I B E I R O H EN R IQ U ES; Uma de 20.0Q0S00, que fica pertencendo ao sócio PEDRO JOAQUIM BANDEIRA, e n m i de 90.000300, que fica perten ­cendo à F irm a BARREIRAS & RODRIGUES, L IM ITA D A :

4.°Não serão ex ig íveis prestações

sup lem entares de capital, mas os sócios, poderão, q u e ren d o , fazer os suprim en tos necessários, nos term os e sob as clausulas que en tre si com binarem e constarem da respectiva ac ta ;

5.»A Sociedade será representada,

em ju izo e fora dele, activa e pas­sivam ente, po r todos os sócios, com dispensa, de caução, e sem rem uneração, bastando , para que a sociedade, fique vàlidam ente, obrigada, em todos e quaisquer des seus actos, con tractos e do­

cum entos, as assinatu ras em con ­ju n to e em nom e da Sociedade, de dois m em bros geren tes;

§ U nico: Aos geren tes é ex p re s­sam ente p ro ib ido o b rigar a socie­dade em fianças, abonações, letras de favor a mais actos ou docum en­tos ex tran h o s aos negócios sociais, sob a pena de responsab ilidade pessoal para com a Sociedade;

6.°1 |JA sessão de cotas en tre os sócios é liv rem en te perm itida, mas a estranhos fica dependen te do co n ­sen tim en to expresso da Sociedade, a qual é, em todo o caso, reservado o d ire ito d e p referência . N ão usando a Sociedade deste d ireito com petirá o m esm o aos ou tros sócios na proporção dos que já possuem na Sociedade;

7.°O s balanços serão anuais, e

fechados em 31 de D ezem bro de cada ano, e os lucros líqu idos apu ­rados, depois de deduzidos 5 .% , pelo m enos, para realização ou re in teg ração do fundo de reserva legal, e ou tras percen tagens que a Sociedade reso lva votar para cons­tituição ou in teg ração de q u a is­quer outros fundos, serão d is tr i­buídos pelos sócios na proporção das suas cotas, e da mesma form a serão suportadas as perdas, se as houver;

8.»A convocação d a Assem bleia

Geral será feita, quando necessária por meio de carta-reg istada , com a antecedência de 5 dias, se a lei não ex ig ir ou tra form a;

!).°Por m orte ou in terd ição de q u a l­

q u e r dos sócios a Sociedade c o n ti­nuará com os herde iro s ou rep re ­sentantes, os quais, na p rim eira hipótese e d u ran te o estado de indivisão, escolherão, de acordo com os restan tes sócios, um de en tre si, que os deve rep resen ta r.

10.°Em tudo o om isso regularão as

disposições legais aplicáveis.M ontijo, 19 de D ezem bro de 1955.

O A judante do C artório

M anuel C ipriano R. Futre

[ I T I I I I I ÍE SIM IÍR.. Almirante Reis, 77

T t le f . 026208 M ONTIJO

E m balagens em folha de FLAN DRES

Deseja Felizes Festas do Natal, a seus Ex.mos C lientes, Amigos e suas Famílias, com os seus m e­lhores votos de Ano Novo, cheio de prosperidades.

unicipal de

M e r c e a r i a F e r s i l

- D E -

Joaquim Ferro da Silvala rg o to m e s fr e ir e de A n d ra d e , 24

M 0 K 1 1 ] 0 - íe le f . 026090 ( P r o r .)

M e rce a ria s fin as , Frutas e C ria çã o

C um prim enta os seus estim ados Clientes e A m i­gos, d ese jando-lhes Boas F estas e Feliz Ano Novo.

E U S E B I 0 & ALVES,L I M I T A D _ A

flBRICANTES DE CORTIÇA

D esejam F estas F elizes e Novo Ano cheio de p ro s ­p er id a d e s aos sens E x .mos Clientes e A m igos.

Estrad a d is discentes — M 0 H T l 3 0

TELEF. 0 2 6 271

A P R O V Í N C I A

E a edição do NatalPor motivos a l h e i o s à

nossa vontade, acrescidos da doença do redactor regio­nalista encarregado de visi­tar os nossos amigos anun­ciantes, foi completamente impossível consultar todos os Ex.mos Comerciantes e Industriais, para efeitos de publicidade.

No entanto, como o pró­ximo número está ainda in­cluído no ciclo festivo do NATAL e Ano Novo, espe­ramos continuar a visita às casas em falta, aproveitando para pedir nos seja relevada a involuntária omissão.

A todos, no entanto dese­jamos, desde já, agradecer reconhecidamente o bom acolhimento que foi dispen­sado mais uma vez ao nosso jornal.

O próximo número será ainda uma edição festiva dedicada à quadra que atra­vessamos.

Revista DesportivaUn Programa de Fernando Sousa em Clube Radiofonico de Portugal

às 3 .*5 fe ira s às 13 horas

Patrocinado pelo Semanário « A P r o v í n c i a »

Cum prim enta e deseja Festas Felizes

S a n c h o & H o r l aFABRICANTES DE CORTIÇA

R. JOSÉ JOAQUIM MARQUES (Travessa do Lopes)TELEF. 026 268 ----------- ----- -- M O N T I J O

D eseja um Feliz N a ta l e Novo Ano de m uita s p ro sp erid a d es, a todos os seus E x .mos Clientes, A m ig o s e su a s F am ilias.

lOFALINDÚSTRIA OE TRANSFORMA­

ÇÃO DE CORTIÇAS, LDA.

D ese ja B oas F es ta s aos se u s E x." ''‘' c lie n te s fo rn e c e d o re s e

a m igos.

A v . Co rre g e d o r R odrigo Dias

íe le f . 0 2 6 8 9 5 M O N T I J O

V l A N n a L d a .Asmazém de folha de F land res , chapas galvanizadas e de a lu ­

m ínio e de zinco

R . da Ãlf»ndega 114-120

LISBOA

D ese ja B oas F es ta s aos se u s f t . " s C ie n te s e A m ig o s

MERCEARIA BARATA

d e — Anlónie Borato Simões

Pr. 5 de O u t v t r a , 25 MONTIJO

Apresenta a todos os seus de­dicados clientes os seus respei­tosos cumprimentos, com os seu» votos de Boas F estas e um Feliz

No»o Ano.

Mendonça, Caiado & Douradinha

F abrican tes de C ortiça

Deseja Boas Festas aos seusEx.'n“s Cliente* e Amigos

Estrad a da A to la is (p ro lo n g a m e nto da

R . lo a q u im d Alaneido)

T a l e i . 0 1 6 2 8 4 M O N T IJ O

Q u e m P e r d e u ?No posto da G. N. R.

acham-se depositados os seguintes objectos que serão entregues a quem provar pertencer-lhe:

i par de auscultadores de galena, i toalha de plástico e x mantilha de senhora.

A N E LAchou-se no dia 9 do cor­

rente mês na Rua Serpa Pinto. Entrega-se a quem provar pertencer-lhe:

Resposta à Redacção.

Ho proximo número:A Fusão dos Clubes

de F utebol em Alcochete.

E D I T Á LFÀZ-SE PÚBLICO que nas datas abaixo indicadas,

no ano próxim o, deverão os contribuintes e mais in­teressados tratar na Secretaria M unicipa!, dos seguin­tes assuntos:

Pe 1 a 15 de Janeiro;— Registo de veículos automóveis.

PuranI-e o mês de Jan e iro :

— Solicitação de licenças de caça, furão, uso e porte de arma, policiais, vendedores ambulantes de gé­neros alimentícios e de bilhares.

— Vistoria de carros dos vendedores ambulantes de carvão.

— Participação dos mancebos que completem vinte anos de idade, para efeito de recenseamento militar.

— Registo de estrangeiros residentes no concelho.

Durante os meses d e J a n a S r o , Fevereiro e Março;

— Solicitação das licenças de canídios, anúncios, recla­mes, bombas abastecedoras de carborantes e ocupa­ção da via pública.

Pela inobservância destes prazos incorrem os interessados nas penalidades respectivas.

Para constar se publica o presente e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares do cos­tume.

Paços do Concelho de M o ntijo , 2 0 de D ezem b ro de 1955

0 Presidente da Câmara,

a) Q&ú da (Siíaa JltUt

Círio Novo - AtalaiaDeseja a todos os , seus sócios, amigos e admiradores, Festas Alegres e Novo Ano cheio de prosperidades.

A D irecção

Concurso de Prognósticos de futebolJogos a rea lizar em 1 de Janeiro de 1956

Corte o cabeça deste cupão e g ua rde -oC U P Ã O N. ° 1 3

Concurso Prognósticos de Futebol de «Á Província»

CO RTE PO R A Q U I

Zona Norte Zona SulBoavista Peniche Portim on. C oruchense

G uim arães E spinho E storil Eivas

Salgueiros Leixões O lhanense Porta leg .

Gil V icente C haves Olivais A rroios

U. Coim bra Leões .Juventude M ontijo

Viseu V ianense M ontem or Farense

Sanjoanense T irsen se Beja O riental

Nome....... .

Morada

Localidade

«A Província» Cupão N.° 13Enviar este cupão até às 12 horas de Dom ingo

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A PROVINCIA 22-12.955

À RAPARIGAdos PerúsU M C O N T O D E N A T A L

p e lo D r. C abra l A dão \

Não lhe sei o nome, porque apenas a via de longe a pastorear o bando de perus, nas proximidades do NatalTNo entanto, prendeu-me logo a atenção, a rapariga dos perus, e o acaso veio revelar-ma com minudências da sua vida. poi no mercado da cidade, por umas conversas que me chegaram aos ouvidos, que eu a fiquei conhecendo melhor. Conhecendo e admirando, apesar de, como disse, nem lhe saber o nome!

Mora num moinho, ali para os altos de São Filipe. Os pais são moleiros, ela fez a terceira classe e agora ajuda'a mãe na lida da casa. '

Para comprar umas roupitas novas, a estrear no Natal, o moleiro costumava criar perus, que ia vender nas vésperas da Grande Festas ao talhão da avenida que lhe destinavam. - Como o milho está caro e as sêmeas do fabrico não che­gassem, depois do almoço a rapariga ía com eles pelo mato, onde havia sempre pascigo que debicar.

Onde eles andassem sabia-se logo, pelo piar das fêmeas e o glu-glu dos machos, cujos moncos rubros for­mavam contraste, aparecendo e desaparecendo por entre as pernadas verdes do mato. Ela própria, ladina e desprendida, levava o tempo a cantar, de varinha na mão para impor respeito. E quem passasse no caminho do vale, escutava-a na falda, a mais das vezes escondida atrás das copas dos pinheiros novos, trauteando cantigas:

Quado a deixo em casaPõe-se a chorar.Quando a levo ao baileATtio quer clauçar. ,.

Mas que azar!

Entre os bicos do bando, que somavam dezoito, um haviâ por quem ela nutria uma predilecção particular. Era um peru lindo, de penas lustrosas como aço polido leque orgulhoso e perfeito, pescoço magestoso nos seus colares pesados de bolsas encarnadas, com tonalidades de veludo ciclame, pés vigorosos, couraçados de escamas baças, como alumínio. E o animal, realmente, merecia a distinção, porque nunca se afastava da pequena, movido por um instinto que o fazia dedicado como um cachorrinho.

— Eh lá, «Migo» ! Gostas de mim? — perguntava-lhe.O peru encacheirava e fazia um pé de dança em frente

dela, como a responder: «Olarila» !Passaram-se os Santos, o São Martinho, o Santo

André e a Senhora da Conceição. Por meados de Dezembro a mãe veio à cidacie com a primeira leva de bichos. Não lhe deram a conta que ela pedia, mas vendeu-os todos. Domingo a seguir, mais meia dúzia de perus... e o «Migo» ia ficando sempre, porque a rapariga não se podia convencer de que o seu favorito seria degolado e comido em qualquer mesa de fidalgotes.

Até que na véspera de Natal, pela manhã, o «Migo» teve que marchar pelo carreiro abaixo, a caminho do mer­cado, a caminho da morte !

Ela chorou sentidamente a sua separação, sem que as convincentes razões do pai a pudessem satisfazer:

— Oh menina ! Olha que nós criámos os bichos para vender. E aquele dá pelo menos 100S00, que já chegam para comprar uns sapatitos para ti. Uns sapatos bonitos,o de camurça castanha, com um botão amarelo. Verás com te ficam bem.

Mas ela preferia andar com as botas de campo, que, a deixassem, ela arranjaria dinheiro por outro lado, pedia ao padrinho...

Enfim. . . o peru foi vendido, os sapatos foram com­prados, veio um vestido, meias, uma carteira de plástico grená, e a prenda do padrinijo : imagens para fazer um pre­sépio, no canto da janela. ..

Na manhã de 25 a rapariga tomou banho num grande alguidar, ao iado do tàgão, e vestiu-se de novo, aparecendo cá em baixo aos pais linda e fresca como uma flor silvestre.

Antes do almoço armou o presépio, com musgos que foi buscar ao pinhal e pernadas de gilbardeira. a noite, sentaram-se à mesa para a ceia melhorada, todos abrasados pelo momento divino que a cristandade inteira vive, em louvor do Menino-Jesus.

E no aposento circular do rés-do-chão do moinho, com poalha de farinha por todos os cantos e fazer de neve, às chamas das velinhas que ardiam no presépio, juntaram-se dois reflexos de lágrimas a descair suavemente pelas faces da filha dos moleiros.

Ela não podia esquecer que ficara sem o «Migo» !

Manuel Domingos íanecoBa to ta s de semente e consumo

Cereais, palhas e adubos

Exploração Agricola

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Naquele frio mês de De- zefflbr° de 1223, quinze dias antes do Natal, ia S. Fran- |.jgCo a caminho da sua ci­dade de Assis, pelo vale de Rieti e parou a descansar fm Grecio, onde morava u(n seu amigo, João, por q u e m o Santo tinha especial afecto porque, no dizer do cronista, «sendo, naquela urra, nobre e muito hon­rado, desprezava a nobreza da carne e somente dese­java a do espírito».

Talvez S. Francisco, na­quele momento, ao apro­ximar-se a festa do nasci­mento de Jesus, recordasse com enternecimento a sua viagem aos Lugares Santos, e especialmente a visita á gruta de Belém, onde nas­ceu 0 Salvador, e decidiu, com a liberdade própria da sua alma de poeta, fazer reviver ali, em terras de Itália, o grande aconteci­mento, comemorar a hora em que Deus se fizera me­nino para melhor ser com­preendido dos homens que Ele tanto amou.

O amigo prontamente sa­tisfez o seu desejo, prepa­rando com alegria o pre­sépio conforme o Santo lhe pfidira: «Se desejas qne ce­lebremos em Grecio a pró­xima festa do nascimento do Senhor, vai e prepara com cuidado o que te vou indicar. Eu quero come­morar a lembrança daquele menino que nasceu em B e­lém e presenciar com os meus próprios olhos os so­frimentos que passou ao ser reclinado numa man­jedoura, deitado sobre a palha entre um boi e um burro».

Naquela noite de Natal, os religiosos da região foram convidados para a festa e os homens e mulheres vie­ram de tochas acesas e can­tando ao menino, em me­mória de outra noite em que nas montanhas da Ju- deia apareceu uma estrela a indicar o caminho seguro, e que brilhará eternamente a iluminar a Humanidade inteira.

E afirma a legenda que o menino, reclinado no pre­sépio, como se estivesse dormindo, pareceu acordar quando S. Francisco dele se aproximou. . .

Desde os primeiros tem­pos que os cristãos mani­festaram especial carinho pela gruta de Belém, e as tábuas do presépio, encon­tradas pela im peratriz Santa Helena e levadas para Roma,

foi buscar à fonte que jorra entre duas ro«has, numa dobra de terreno.

Outros dançam à porta dos moinhos ou nos terreiros e, junto do rio, um bando de patos foge enxotado pe­las lavadeiras, ajoelhadas na terra, que batem, can­tando, a roupa nas pedras do rio e a vão estender no areal de areia grossa ou nas silvas dos valados. Pelos caminhos vêm os mendigos, velhos, cegos, coxos e es­tropiados, tocadores de san­fona que mostram as suas mazelas, l a m u r i n h a m os seus queixumes, como nas romarias do norte, ou en­toam as suas loas em honra do Deus-Menino.

Rico ou pobre, de madeira ricamente estofada por ima­ginário célebre, ou moldado em barro tosco, salpicado de luzes, o algodão a nevar as encostas e os troncos dos pinheiros, o presépio ficará sempre a tornar-nos pre­sente a noite fria em que Deus se tornou igual aos homens para melhor lhes ensinar a nova lei do Perdão e do Amor.

Símbolo do Amor, sím­bolo da Família unida e indestrutível, o pr e s é pi o devia estar em todas as nossas casas. E felizes das famílias que, em cada noite de Natal, se reunem à sua volta a cantar os louvores em honra do Menino aca­bado de nascer.

.(Texto e gravura gentilmente eeàidos

r r .pelo semanário v ida Rural).

p o r A. M. de F igu eiredoforam e são a i n d a hoje objecto de especial venera­ção na Basílica de Santa Maria Maior. São também frequentes as pinturas e esculturas, representações do mistério da Natividade, anteriores ao século XIII, mas foi S. Francisco, o mais santo de todos os poetas, que tornou 0 presépio ver­dadeiramente popular.

A celebração de Grécio espalhou-se r á pi da me nt e por toda a Europa. Os me-

bem a ideia de que o nas­cimento de Jesus não pode ser circunscrito a uma data ou à pequena cidade de Belém, pois se multiplica e pertence a todos os tempos e lugares, ao lado das fi­guras bíblicas aparecem os guerreiros, os fidalgos e 0 povo amigo e trabalhador.

Que riqueza a dos nossos presépios do século XVIII

as atenções, aparece-nos a cena bíblica, numa gruta cavada na montanha, num estábulo, ou nas ruínas gran­diosas de velho palácio.

No alto, junto da estrela brilhante, um coro de anjos canta o hosana, e como moldura a envolver quadro precioso aparece então dum lado e doutro, o cimo dos montes, pelos caminhos que

tais preciosos, 0 marfim, o mármore, a madeira ou o barro foram a matéria-prima em que os grandes artistas ou a ingénua arte popular esculpiram e moldaram a adorável figura de Jesus, a Virgem, S. José, os pastores, os reis magos, o burro, o boi e as ovelhas dos re­banhos.

Depois, com 0 andar dos tempos, como que a vincar

que Machado de Castro, An­tónio Ferreira e Joaquim de Barros Laborão, para falar só nos maiores, deixaram nas igrejas e conventos, e hoje enriquecem as colec­ções dos nossos museus! Que belos documentos tes­temunhas da fé, da vida e dos costumes do nosso povo!

A dominar o presépio, como ponto central, fulcro da convergência de todas

serpeiam pelas encostas, nas ameias dos castelos, a mul­tidão inumerável dos sol­dados, pastores e campo­nesas — friso arrancado aos autos de Gil Vicente — que trazem as suas oferendas ao Menino, carregados com bor­regos e leitões, queijos e cestos de ovos, 0 leite puro dos rebanhos, 0 vinho da última colheita, e até a bilha da água que a pastorinha

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NOITE DE NATALNa sua senda tradicional, que parte

do nascimento do Deus Menino ate à recente invenção da bomba de hidro­génio— que marca o início de uma nova era — o dia de Natal lança sobre os Povos o bálsamo suavizante para as suas contrariedades e, por escassas horas, uma Paz — ainda que aparente — que os homens desejariam manter

entre eles.Tempos vão em que, o Natal era

recebido com verdadeiros transportes de amor, de ternura e tranquilidade,

O pijama

do M en in o J e su s

I L D A C O R R E I A L E I T E

ERA de uma vez dois meninos, um menino rico e am menino

pobre.O menino rico era filho de uma

senhora muito r ica ; e o menino pobre era filho da ama do menino rico.

Moravam os dois da mesma casa, brincavam sempre juntos, comiam juntos na mesa pequenina, e eram tão amigos como se fossem irrnãos-

Entre os dois meninos existia ape­nas uma diferença: o menino rico trajava fatinhos de veludo, e os fati- nhos do menino pobre eram feitos de riscado.

Na véspera do Natal, o menino rico, que mal sabia ler, foi buscar uma folha de papel à caixa da mamã, e escreveu uma carta ao Menino Jesus.

— Escreve-lhe também, disse ele ao menino pobre. O Menino Jesus trás esta noite o que agente lhe pedir.

O menino pobre baixou os olhos, e murmurou tristemente:

— O Menino Jesus não gosta de min:. Todos os anos lhe escrevo. Escrevi-lhe o ano passado e Ele não me deu coisa nenhuma.

O menino rico ficou preocupado e a meditar nas palavras que ouvira ao companheiro. Porque seria que o Me­nino Jesus não gostava dele?

Quando anoiteceu, a ama chamou os dois meninos, despiu-os e deitou-os muito bem aconchegados nos seus leitos de guardas. O menino rico, porém, não queria adormecer naquela noite, com o sentido no Menino Jesus.

Não podia tardar a levar-lhe os brinquedos que lhe pedira.

No seu quarto, o menino pobre soluçava baixinho.

Cansados de esperar, tontos de sono, os olhos do menino rico fecha­ram-se por fim.

O menino pobre conseguia lá dor­mir! N ã o gostava dele o Menino J esu s.. .

A lta noite, o menino rico despertou e o seu primeiro cuidado foi o sapa- tinho.

— O que teria lá posto o Menino Jesus ?

Lá estavam os brinquedos que ele desejara: bonecos que falavam, cor­netas, balões de cores. O menino rico bateu as palmas de contente, mas, de súbito, entristeceu. É que lhe vieram à lembrança as palavras do menino pobre:

— O Menino Jesus não gosta de mi m. . .

E tomando nas suas mãos peque­ninas uma parte do seu tesoiro, pé ante pé, entrou no quarto do amigo, escassamente iluminado pela chama hesitante de uma lamparina.

O menino p o b r e ergueu-se na caminha, limpou os olhos esbaciados de chorar, e admirou-se do Menino Jesus também dormir de pijama, como os meninos da terra.

f g Hoje, todos os rostos, cujos sorrisos contrariam o verdadeiro sentir, não são mais que máscaras oprimidas, caminhando como a u t ó ma t o s , em busca do complexo dos seus movi­mentos.

A s preces formuladas neste dia, pelos homens que tentam colocar-se acima de si próprios, diluem-se como as possibilidades acalentadas para a realização dos seus desejos insatis­feitos.

E ’ noite de Natal . . . Em todos os corações reina um misto de alegria e sofrimento. Alegria por nos vermos junto dos que nos são queridos, sofri­mento por evocarmos, quando em lugares distantes, aqueles que trazem até nós gratas recordações e saudades.

Em todos os lares, onde crepita a chama do sentimento, os seres apro­ximam-se e unem-se num só laço: amor.

E ’ noite de Natal . .. Os sinos repi­cam festivamente. Os sacrifícios sur­gem em prol das aparências, As montras, ornamentam-se. A s mesas engalanadas recebem, pomposamente, as exteriorizações dos que as rodeiam. Todos confraternizam no âmbito das suas alegrias e ambições. Recebem-se os amigos, olvidados, para se lhes abrir a capa encobridora da hipocrisia. Tudo o Natal nos mostra, tudo o Natai nos encobre. Mas, é noite de Nat al . .. De parte os rancores. De parte o ódio pelo próximo. De parte as inimizades e o desprezo. Todos se unem. Todos se amam. Todos sentem, no coração transbordante de sentiirentos huma­nos, o mesmo grito e a mesma vontade.

Mas, nem tudo é euforia na noite de Natal. O dia passa e, com ele, todos os sentimentos e amor pelo próximo. Surgem as mesmas ideias ambiciosas. Cortam-se as relações contraídas. Es­palha-se o rancor e o ódio. Afivela-se a máscara, O homem, humano e sen­timental, dá lugar ao homem brutal e inconsciente. Ao homem que, tentando encontrar nos outros a Verdade, se esquece de si próprio.

Que o capítulo futuro nos mostre o caminho da humanização e, num último esforço, todos procurem manter a Paz e o amor entre os homens e os Povos.

«Gloria in excelsis Deo, et in terra P a x hommibus bonnae voluntatis».

* **E ’ noite de Natal. A neve, em

pequenos farrapos, cobre casebres e Palácios. Em todos os lares, a presença de Jesus. Em todas as chaminés, aguardando a visita do Pai Natal, perfilam-se os sapatinhos das crianças onde serão depositados os seus desejos pueris.

E ’ noite de Natal. A ’ porta de um Bar, um homem treme de frio. No interior, repleto de seres cujos rostos reflectem satisfação, festeja-se o Natal. O homem aproxima-se da montra. Fita-a demoradamente, gulosamente. Através do vidro vê, sobre uma mesa. um maço de cigarros junto de algumas garrafas de champanhe. Leva a mão ao bolso interior do casaco. Nada. Continua imóvel, de olhos fitos nos cigarros. Do Bar, sai uma senhora ricamente vestida. Leva, ao colo, um «Lulu» Atrás, segue a criada e o filho da senhora. Um taxi. O quadrunvirato segue para algures, O homem, que presenciara a cena, tenta sorrir: não consegue. Fita, de novo, o interior do Bar. Move-se. Levanta a gola do ca­saco. Parte.

O frio é cortante. Um papel, meio colado na parede, abana ao sabor do ar. Um cigarro, vindo do Bar, rola até à valeta impulsionado pelo vento. Na montra, pendurado num ramo de pinheiro, um palhaço sorri. E’ noite de Nat al . ..

Miguel Alves

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aos horne\lu ia i t p a z naboa„vontade

BEÉMMíflNaquela noite, apareceu uma grande

^E eis que, assustados, os pastores sendo juntos e em grupos, começaram a ouvir harmonias.

Caminharam pelos montes, destacados trémulos, o olhar pregado na desconhecida estrd

Uma emoção subtil, uma sensação de cal* afeitos às rudes fadigas. E os cantos, quepeia: az-----

por Plínio Salgado

(feios campos, à procura dos companheiros ; e, svozes, passando e repassando em misteriosas

diáfanos.

«medos, no fundo sideral, as bocas entreabertas, pidos encantados pelos sonS sobrenaturais, i-aventurança, tornava leves seus rudes corpos

nnoar transparente, pareciam tecidos de sons

Caminhavam, quase pairando,/ 4 1----------7 **acúleos das urzes agarradas aos pés, como chi«Glória a Deus nas alturas e paz na terra aosliil

E foram a Belém. E adoraram o Menino.Três homens, cujos trajes indicam pod

acompanhados por vistoso séquito, caminham no \ i , ---------------- * ’ ~ -

\ num arreb:;|em que não sentiam as arestas dos cardos e os

Atravessam o Jordão já noite, à claridade dos astiBvor da madrugada surpreende-os à raiz oriental dos cerros de Jericó, onde acampam, emocionai® '

C ^ a _ - a . . * - iEstes três homens — os três magos do

supersticiosos, capazes de acreditar em absuit magos do Oriente, que guardavam a tradição cient que marcavam as posições do sol pelas cons fenómenos naturais, não podiam, por motivos astro, que surgisse, como em passe de magia, no]

Sempre guiados pela estrela, chegaram ouro e mirra.

O que os pastores de Belém viram como seria o mesmo que os magos viam como realidaif?

Não sabemos. O que sabemos é que DeusA ~ — ~i - - - ------------ M-------- wvtiuaue aos simpies e aos saoios.Ao simples, porque não conhecem o orgi|ép|jca improííqua e do cepticismo esterihzante.

Aos sábios porque se tornaram simples; porlltrtararn de si próprios, da vaidade estulta e da presunção das suficiências medíocres, à força de -

Só a alma simples dos pastores poderia espectacular. Só a alma dos sábios pode acredijijl dos astros de pouco evidente grandeza, uma certaj

A mediocridade jactanciosa e suficiente a segunda, porque é muito pequenaT“> —A.. - A- J -

àterra. E as vozes misteriosas proclamavam: vontade».

ta, montados sobre arreios chapeados de ouro, '.que vai desmaiando em tonalidades violáceas.

pisam a terra áspera da Judeia. a que se refere o Evangelista — não eram três ipalmente em se tratando de astronomia. Os -aldeia; que sabiam do movimento das estrelas; do Zodíaco; que eram familiares a todos os

■travessar o imenso deserto, acompanhando um w. para eles, matemáticos, não havia mistérios, í adoraram o Menino, oferecendo-lhe incenso,

como revelação às suas mentalidades rústicas,

verdade aos simples e aos sábios.

Entretanto, uma e outra são, de certo modima estrela. Como se chama? «Ofccaminho de Deus>"|

nas maravilhas perturbadoras do Universo, 'estrela que surge e desaparece, grandiosa e :ha matemática das constelações e ver, no meio Palpitante na multidão sideral.Primeira, porque é muito grande ; e desconhece

(Condensado de’,VIDA DE JBSUS, Ática - Lisbo»)

Page 9: emamhia · 2020. 2. 11. · ção ao Hospital, de José de Jesus, de 64 anos, natural de S. Eraz de Alportel que no quintal da sua re°idência, no dia 14 cerca das 7,15 horas, tocou

ézia a rf)eu$ naaos homens

m m s t p a z a a ter taboa-vontade

b e è m

Naquela noite, apareceu uma grande esta *E eis que, assustados, os pastores

sendo juntos e em grupos, começaram a ouvitls harmonias.

Caminharam pelos montes, destacados s A trémulos, o olhar pregado na desconhecida estreft-

Uma emoção subtil, uma sensação de cata» afeitos às rudes fadigas. E os cantos, que diáfanos.

Caminhavam, quase pairando, num arretai acúleos das urzes agarradas aos pés, como ctaj «Glória a Deus nas alturas e paz na terra aoslui

E foram a Belém. E adoraram o Menino, Três homens, cujos trajes indicam pode»a

acompanhados por vistoso séquito, caminham nojo, Atravessam o Jordão já noite, à claridade dos dos cerros de Jericó, onde acampam, emocionaè|e

Estes três homens — os três magos supersticiosos, capazes de acreditar em absurJ

por Plínio Salgado

que marcavam as posições do sol pelas consj fenómenos naturais, não podiam, por motivos

campos, à procura dos companheiros; e, vozes, passando e repassando em misteriosas

jiedos, no fundo sideral, as bocas entreabertas, dos encantados pelos sonS sobrenaturais, i-aventu rança, tornava leves seus rudes corpos

ar transparente, pareciam tecidos de sons

m quefião sentiam as arestas dos cardos e os àterra. E as vozes misteriosas proclamavam:

vontade».

montados sobre arreios chapeados de ouro, ,que vai desmaiando em tonalidades violáceas, ivor da madrugada surpreende-os à raiz oriental pisam a terra áspera da Judeia.

a que se refere o Evangelista — não eram três palmente em se tratando de astronomia. Os

magos do Oriente, que guardavam a tradiçãocienftaldeia; que sabiam do movimento das estrelas;do Zodíaco; que eram familiares a todos os

astro, que surgisse, como em passe de magia, no|de, para eles, matemáticos, não havia mistérios Sempre guiados pela estrela, chegaram'

ouro e mirra.O que os pastores de Belém viram como

seria o mesmo que os magos viam como realidaiNão sabemos. O que sabemos é que Deitl ___ _ __ ___ _ ________Ao simples, porque não conhecem o or»p|jca imprpííqua e do cepticismo esterilizante.

Aos sábios porque se tornaram simples; porqu ertaram de si próprios, da vaidade estulta e da j 1- . maravilhas perturbadoras do Universo.

estrela que surge e desaparece, grandiosa e

avessar o imenso deserto, acompanhando um les, matemáticos, não havia mistérios.

E adoraram o Menino, oferecendo-lhe incenso,

como revelação às suas mentalidades rústicas,

verdade aos simples e aos sábios.

presunção das suficiências medíocres, à força deSó a alma simples dos pastores poderia ^ ~~.0~ ----- r --------- , =

espectacular. Só a alma dos sábios pode acreditaffctia matemática das constelações e ver, no meioA .---- -------*------- ------------------------ — J J - . - i - 1 -..In» .dos astros de pouco evidente grandeza, uma certaj

A mediocridade jactanciosa e suficiente a segunda, porque é muito pequena.

Entretanto, uma e outra são, de certo niod|ma estrela. Como se chama ? «Otcaminho de Deus

Palpitante na multidão sideral.Primeira, porque é muito grande ; e desconhece

(Condensado deVVlDA DE JHSUS, Ática - Lisbo»)

P ié n ie a i D ir tq tu e ta J - 1 3

O N A T A L

m m

(Para as C riançasjAbro hoje um interregno nas mi­

nhas divagações irreqMieta.s, para vos falar.

A quadra e o dia são propícios, e a minha conversa convosco não tem sequer, um salpico de mau humor.

Trago a alma lavada, escorreita de habilidades, isenta de reservas, — clara como as madrugadas dos dias calmosos, límpida como cristal de rocha.

E falo-vos como um avô barba- çudo,— de pés à lareira e cachimbo à banda— , a contar aos netos velhas histórias dos tempos medievais.

O que venho dizer-vos, porém, não mete piratas, nem aventuras, nem falas de animais ferozes, nem fadas boas e más.

Venho à conversa amena, própria do momento, — assim entre amigos de que me faça conselheiro :

Estamos no Natal.E a festa da Família.E a vossa Festa.Não formais, sozinhos, essa Fa­

mília, é certo. Há também os avós, os pais, os tios, as tias, os primos, as primas, e t c . ..

Formais, porém, a parte mais in­teressante, a mais prometedora.

Enquanto o resto da Família pode representar o Presente e o Passado, vós representais o Futuro.

E por isso, a Festa do Natal é prin­cipalmente para vós, e por isso eu disse que era a vossa Festa.

Logo, pela tarde, a árvore do Na­tal resplandece de filigranas e de luzes variadas, azúis amarelas, pá­lidas e brilhantes. Por entre as agu­lhas do pinheiro condenado alvejam farripos de algodão, a lembrar a neve dos píncaros; e dos ramos pendem os brinquedos, as prendas, os chocolates, as pinhas prateadas, os rebuçados, as graças que o vosso gosto incipiente distribuiu com certa arte.

A árvore, armada a meio da sala, deslumbra e encanta!

Quando os vossos convidados vie­ram para a ver, — o João ali defronte, o Carlos Alberto do pátio, o Chico da Luísa, o Tónio piconino— , ficastes orgulhosos da obra realizada e sen­tistes uma satisfação enorme com os olhares de admiração e pasmo que os amiguinhos lhe dispensaram.

Mais para a noite será o «jantar de gala», reflexo da consoada, e nada fal­tará na vossa mesa: a canja fome- gante, a galinha ou o perú corado, comias rodelas de chouriço no arroz circundante, as laranjas, as tangerinas, as bananas, as broas Castelar, os pu­dins, os sonhos, — um verdadeiro banquete que encheu de cor e de ale­gria toda a casa.

Houve risadas, brindes, discursos, e até fizestes também «saúdes», de cálices de Porto erguidos ao alto!

Tudo correu às mil maravilhas, e o dia de Natal será falado pelos tem­pos fora, até vir o do ano seguinte.

Pois bem. Faço votos para que assim seja. Tudo isto vos auguro.

Desculpai-me agora. Desculpai se venho pôr uma nota discordante nesse quadro de tanta Beleza e de tanta Harmonia.

— É a Vida. É a Vida que me imr pele nas palavras que vos dirijo. E essa Vida que vós mal conheceis ainda e que muito vos apalpará mais ao diante...

Não vos esqueçais de quantos, das vossas idades, não têm família, ou têm família que não pode «armar sua árvore de Natal», que não pode apre­sentar na mesa as iguarias da vossa, que não pode comprar bonecos, com­boios de corda, piões que rodopiam,

automóveis, aviões, as bugigangas deliciosas que vos sobejam; de quan­tos, das vossas idades, não podem es­trear sapatos e sécias, blusas de malha e gravatas sarapintadas, de quantos não gozam dum agasalho quentinho, nem dum cobertor para as noites in­clementes do inverno!

Talvez que ninguém vos tivesse lembrado estes pormenores, estas pe­quenas displicências que eu bem conheço...

Se examinardes o que gira à vossa roda, lá encontrareis muito do que vos digo.

E então, o Natal será mais feliz para vós, — podeis crê-lo— , se ofe­recerdes aos infortunados qualquer migalha do que tiverdes.

Dar, dar com amizade e sem ca­rácter de esmola, completará o vosso Natal.

Não há prazer maior, — acredi­tai-me — !

Cumprireis essa missão humana e preparareis o vosso coração psra as tempestades da Vida que vos espera.

E só assim, as vossas festas serão, como vos desejo, B O A S F E S T A S!

ÁLVARO VALENTE

C u riosidadesdo N a ta l

As Safurnais e as festas do NatalAinda hoje principalmente, na

provincia, é costume os patrões reunirem à sua volta os criados qne trabalham sob as telhas da sua casa, para que junto de si possam sentir menos o desconforto de uma vida sem lar ou longe da fam ília . Nas cidades, essa prática que não existe embora não falte ainda as casas em que as serviçais são chamadas ao convívio da mesa, celebração de consoada, que è, por excelência, a festa da família. Esta tradição ê muito e muito antiga. Assim, na velha Roma dos Césares, quando chegavam, por 16, 17 e 18 de Dezembro, as celebrações das Saturnais, estabelecidas em honra da igualdade existente entre os ho­mens, nos tempos em que Saturno, expulso por Júpiter, fora habitar 0 Lácio — então, os romanos suspen­diam as leis e davam aos criados e escravos o lugar que lhes competia. E, assim, era costume os escravos vestirem 0 traje de cidadãos, en­quanto os patrões se vestiam de escravos. O tempo alterou as cenas— mas 0 seu espirito subsistiu.O Sapatinho na Chaminé

Esse costume, ao mesmo tempo interessante e gentil, que os fam i­liares incutem no espirito da criança, de deixar o sapato na chaminé, quando chega 0 Natal, baseia-se numa lenda: a partir de S. Nicolau, que tinha uma ternura especial pe­las crianças. Então, muito em segtedo, 0 santo, no dia da sua festa— que se celebrava também em De­zembro — costumava d o t a r três crianças pobrezinhas. E os homens, mais ou menos santos do que o pró­prio S. Nicolau, começaram a imi­tá-lo t ajudando com presentes as crianças, mas, sobretudo, as que eram da família ou amizade de cada um. Esses presentes chegavam no dia do santo e em seu nome eram oferecidos. Com 0 andar dos séculos, S. Nicolau transformou-se e, depois de ter mandado por um próprio as suas prendas, passou a ir ele pela chaminé, onde deposita as lembran­ças no sapatinho. . .

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E D I T A LRecenseamento Eleitoral

Jbsé H a M e s U Cosia, M t A M u i ! t i C t a n is íc ip s l úfl t o l h o fe i o iFaz saber, nos term ss e pera os efeitos do art. 10.° da Lei n.°

2015, de 28 de Maio de 1946, que as operações do recenseam ento dos e le ito res do PRESIDENTE DÁ 9EPUBLICA e da ASSEMBLEIA NA­CIONAL para o ano de H956, terão in ício em 2 de Janeiro e term i­narão em 15 de M arço do mesmo ano.

flo abrigo do disposto nos flrt,° 1,° e V da citada U i

São e le itores e , com o tal, recenseáve is :

1.° — Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que saibam ler e escrever português.

2.° — Os cidadãos portugueses do sexo masculino, maiores ou emancipados, que, embora não saibam ler e escrever, paguem ao Estado e corpos administrativos quantia não inferior a 100S00, por algum ou alguns dos seguintes impostos: contribuição predial, contribuição industrial, imposto profissional e imposto sobre aplicação de capitais.

3.° — Os cidadãos portugueses do sexo feminino, maiores ou emancipados, com as seguintes habilitações mínimas:

a) — curso geral dos liceus;b) — curso do magistério primário;c) — curso das escolas de belas artes;d) — curso do Conservatório Nacional

ou do Conservatório de Música do Porto;e) — curso dos institutos industriais e

comerciais.4 .° — Os cidadãos portugueses do sexo

feminino, maiores ou emancipados, que, sendo chefes de família, estejam nas demais condições fixadas nos n.os 1.° ou 2.°.

Para os efeitos do disposto neste número, consideram-se chefes de família as mulheres viuvas, divorciadas, judicialmente separadas de pessoas e bens de solteiras que vivam inteiramente entre si.

5 .° — Os cidadãos portugueses do sexo feminino que sendo casados, saibam ler e escrever português e paguem de contribuição predial, por bens próprios ou comuns, quan­tia não inferior a 200$00.

A prova de saber ler e escrever faz-se:

a) — Pela exibição de diplomas de exame público, feita perante a comissão que funcio­nará na sede da respectiva Junta de Freguesia.

b) — Por requerimento escrito e assinado pelo próprio, com reconhecimento notarial da letra e assinatura;

c) — Por requerimento escrito, lido e assinado pelo próprio perante a comissão referida na alínea a), desde que no mesmo requerimento assim seja atestado, com a autenticação por meio de sêlo branco ou a tinta de óleo da Junta de Freguesia;

d) — Pela respectiva declaração nos mapas enviados pelas repartições ou serviços a que se refere o art.0 13.° da citada Lei.

A prova do pagamento referido nos 2.°,4 .° e 5 ° faz-se :a) — Pela exibição perante a comissão

de freguesia, dos conhecimentos respectivos, cujos números ficarão anotados no verbete ou processo individual do eleitor;

b ) — Pela inclusão no mapa enviado pelo chefe da secção de finanças.

Ao marido se levarão em conta os impostos correspondentes aos bens da mu­lher, pois que entre eles não haja comunhão de bens, e aos pais os impostos correspon­dentes aos bens dos filhos menores a seu cargo.

A prova das habilitações referidas no n.° 3 fa z -se :Pela exibição do diploma do curso, da

certidão ou a púbiica forma respectiva, pe­rante a comissão a que se refere a alínea a) ou pela declaração respectiva nos mapas enviados pelas repartições ou serviços men­cionados no art.0 13.°, da citada Lei.

N ão podem ser e le ito res :1.° — Os que não estejam no gozo dos

seus direitos civis e políticos;2 .° — Os interditos por sentença com

trânsito em j u l g a d o e os notoriamente reconhecidos como dementes, embora não estejam interditos por sentença.

3 .° — Os falidos ou insolventes, enquanto não forem reabilitados;

4 ,° — Os pronunciados definitivamente e os que tiverem sido condenados criminal- mente por sentença com trânsito em julgadoj enquanto não houver sido expiada a respec­tiva pena e ainda que gozem de liberdade condicional;

5 .° — Os indigentes e, especialmente, os que estejam internados em asilos de bene­ficência ;

6.° — Os que tenham adquirido a nacio­nalidade portuguesa, por naturalização ou casamento, há menos de 5 anos;

7 .° — Os que professem ideias contrárias à existência de Portugal como Estado inde­pendente e à disciplina social;

8.° — Os que notoriamente careçam de idoneidade moral.

Todos os cidadãos com direito a voto, poderão requerer a sua inscrição no Recen­seamento, ao Presidente da Comissão Re- censeadora, por intermédio das Comissões de Freguesia, e deverão mencionar, além do nome, o dia do nascimento, filiação, profissão, habilitações literárias e morada.

Para constar, se publica o presente e outros de igual teor, que vôo ser afixados nos fugsras do estilo e publicados em jornais deste Concelho.

Pacos do Concelho, 15 de Dezembro de 1955.

[o ) 3 o*é J / ía ú a <M end.es d a B a t a

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Cumprimenta os seus Ex .mos Clientes e Amigos, desejan­do-lhes Boas Festas e um Novo Ano de prosperidades

Associamos aos nossos cumprimentos um voto de FELIZ NATAL e ANO N O V O dourado de prosperidades.

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A PR O V IN CIA 22-12-955

D E S P O R T O S/ d — g g # §(% Ê Campeonato Nacio-( J Z i / f t C A i r t nal da 2/ Divisão.

M o n tijo , 1 - M o n t e m o r , 1

Md jornada das três equipas

(oncurso de Prognósticos de futebol

Um co n c o rre n te de B ejaO Sr. Inocêncio Dores Palm inha

morador na Travessa de Salvador, n.° 2, desta cidade ganhou os 3 0 0 $ 0 0

pois acertou em 10 resultadosAo feliz contemplado ser-lhe-á enviado e prémio pelo correio,

Veja o cupão dos jogos a realizar em 1 deJaneiro de 1956, numa das páginas de anúncios

........... .................... ,i ........................................

Juniores

O resulfado feito no Barreiro dá-nos a esperança de uma boa classificação final

Á rbitro: Salvação G arcia, Lisboa.,\10 N T 1J O : R ed o l; Almeida,

Anica e C ach e ir in h a ; Neto 1 e S er­ralha; Móra, Raúl, Santana, José Luís e E rnesto .

MONTEMOR: Jac in to ; C laro, Felix e P in h o ; C artas e Q uim ; Frazão, Raul, V inueza, Pascoal e Carmo,

0 M ontijo, com um «palm arés» deveras in teressan te n o s jogos disputados nos campos adversários, continua a não acerta r (salvo um ou outro jogo) quando a disputá- -los no seu reduto.

D esejaríam os ser nós os p rim e i­ros a desvendar o m istério , m as este m ascara-se de tal form a, que se torna dificílim o desvendá-lo. Poderíam os form ular algum as sus peitas, m as para isso íam os re s ­ponsabilizar pessoa ou pessoas, as quais nós ju lgam os com conheci­mentos suficientes não nos cabendo a autorização de p ô r em dúvida, ou ju lg a r ma! a sua missão. A verdade é que continuam os a ju l ­gar-nos m uito pequeninos quando a enfrentar outros que não são em nada m aiores do que nós. — E a prová-lo, está o jogo com o O rien- lat. Mas deixando este assun to para aqueles que ju lgam os mais inteirados da m atéria (TÁCTICAS) vamos derivar para o jogo , porque afinal é este só que in teressa aos desportistas m ontijenses. Os des­tinos e a vida do C lube, que alguns deles criaram com prom essas de coisas belas, são palavras que o vento já as levou.

0 M ontijo, em face dos desaires sofridos u ltim am ente, não só no desastre de viação que im possib i­litou quatro dos seus elem entos de p rim eiro p lano, tam bém não poude con ta r com o concurso de Fábregas e Paulo. O p rim eiro com fractura do nariz e o segundo ressentido de um a masela num joelho. São nada m enos de seis os elementos inu tilizados, tendo a necessidade de a lin h a r com ele­mentos de recurso . Um ano para causar m uitas dores de cabeça ao seu responsável, que tem p ro ­curado se rv ir o m elhor p oss íve l:— Um ou outro po rm enor não podem de form a algum a ofuscar a sua capacidade de trabalho e d ed i­cação.

Sorteio da II fase

do Regional de Juniores

Para a segunda fase do D istrital de Jun iores da A.F.S. em qne p a r­ticipam os seguintes Clubes: Bar- rcirense, M ontijo. Cuf, V itoria, Seixal, e Amora, realizou-se no dia 14 do co rren te o respectivo sorteio que deu o segu in te resu lta ­do:

1.° D ia: B arreirense-M O N T IJO , Seixal-Amora e C uf-V itória.

2.» D ia: M O N TIJO -Seixal, Vi- tória-Barreirense e Amora-Cuf.

3.° D ia: C uf-M O N TIJO , S eixal- -Barreirense e V itória-A m ora.

4.°: Dia M O N T IJO -A m ora,-B ar- reirense-Cuf e Seixal-V itória.

5.°: Dia V itória-M O N TIJO , Amo- ra-B arreirense e C uf-Seixal.

Os Jogos têm in ício ás 10 horas e efectuar-se-ão nos cam pos dos c lu ­bes indicados em 1.° lugar, sendo 0 inverso para a segunda volta.Aos clubes ser-lhe-á perm itido fa­zer organização quando para isso Julgarem conveniente, com o preço Uniforme de en trada de 5$00.

Cartões d» Livre Ir a m ilo

Da Associação de F u tebol de Setúbal, recebem os C artões de L i- yre T rânsito nos Cam pos da sua jurisdição, o que penho radam en te agradccemos.

Peran te os acontecim entos, a equipa de M ontem or tin h a a sua deslocação facilitada por defron tar um a equipa desfalcada c abalada m oralm ente e, sendo assim , não nos su rp reen d eu que o M ontem or fosse a m elhor equipa ao longo de quase toda a partida . Começou a partida com calm a, cônscia de que a experiência da m aioria dos seus elem entos com andados pelo seu tre in ad o r Vinueza, chegaria para vencer um M ontijo diferente e abatido , mas não vencido. E assim aos 10 m inutos V inueza com um toque feliz, m arcava o golo da sua equipa. A vantagem du ro u pouco tem po, p o rque E rnesto ap rove i­tando a posição a d i a n t a d a do guarda-redes con trário , não teve d ificuldade' em repor a igualdade haviam passados 3 m inutos.

O segundo tem po foi p io r do que o an te rio r tendo am bas as equ i­pas praticado um futebol pobre e sem ligação, salvo uns porm enores do ex trem o esquerdo alentejano, que se ex ib iu agradàvelm ente. P erto do final, C acheirinha des­perdiçou um a grande penalidade, mas a sua não transform ação, dá m ais verdade ao resu ltado final.

Nos visitados a defesa cum priu bem , não dando oportun idade a Vinueza de fazer aquilo de que é capaz. No M ontem or, Carm o, Felix e Vinueza, estiveram acim a -dos restan tes.

A arb itragem foi o p io r desta m á jo rn ad a — um a tarde para o sr. Salvador G arcia esquecer.

José C anarim

P a r a a 4.° J o r n a d a d o C a m ­p e o n a to R e g io n a l r e a l i z o u - s e n o p a u s a d o d o m i n g o n o C a m p o d o P a r q u e o e n c o n t r o M o n t i jo - N a v a l .

A rb i t r a g e m d o S r . W a l t e r M o n te iro .

As equipas alinharam:M O N T IJO : C o sm e (2), T o m a z

(25) G a b r ie l , B a r r e i a s (3) A d e ­l in o (2), C e p in h a (2) e P in to .

N A V A L ; A m é r ic o (9), C e le s ­t in o (3), R u i, S ilv a (4) V íto r (6 ), M en d ez (12), A r g e n t i n o e C ru z (3)

E s ta d e r r o ta n ã o e s t a v a n o s n * 8s o s v a t i c ín io s e tã o p o u c o n a m e n te d o s jo g a d o r e s m o n - t i je n s e s .

L o g o d e in íc io se c o m e ç o u a d e s e n h a r a v i tó r i a d o N a v a l.

T e n d o -s e a d a p ta d o m e lh o r à s c o n d iç õ e s d o c a m p o e n l a ­m e a d o e p o r t a n to e s c o r r e g a ­d io , o « c i n c o » S e tu b a le n s e u s o u u m s i s te m a d e c o n t r a - a t a q u e s r a p id ís s im o s , c o m t r o c a de p a s s e s e m p r o g r e s s ã o e s e n ã o f o r a m m e lh o r f in a l i ­z a d o s , fo i p o r c u lp a p r ó p r ia .

O b s e r v á m o s t a m b é m u m n o tá v e l s e n t id o d e d e fe s a n o s i s te m a h o m e m a h o m e m .

Antítese com pleta a maneira c o m o o «cinco» Montijense jogou.

C o n s ta n t e s b a t im e n to s d e b o la , n a d a a c o n s e lh á v e is , d a d o o e s ta d o d o te r r e n o , p a s s e s m a l d i r ig id o s e , a c im a d e tu d o , f a l t a d e p r e p a r a ç ã o e t r e in o e c o n s e q u e n te m e n te f a l t a d e d o m ín io d e b o la .

N a d e fe s a , A d e lin o q u e s e n ­t i u a f a l t a d e A d r ia n o , a u s e n te p o r m o r te d e s e u p a i n o b r u -

fl Assembleia Geral

da Soc. ColumbófilaA pedido da D irecção e em con­

form idade com os esta tu tos foram convocados os sócios desta socie­dade a re u n ir no passado dia 15 pelas 22 ho ras, para apreciação e aprovação da d is tribu ição de p ré ­mios e apresentação de contas.

P resid iu o s r . A ldem iro E duardo B orges,secre tariadopelos senhores A ntónio B arreto, C ristiano José M oreira e A lfredo M arques Soeiro, afastado há tem pos da m odalidade, assum iu o cargo para que foi eleito, gesto m uito apreciado pelos in ú ­m eros sócios, que se congra tu laram pelo regresso do an tigo cam peão.

A presen tado o re la tó rio de con­tas pelos senhores A ldem iro E. Borges e A ntónio B arreto , verifi­cou-se que de alguns m ilhares de escudos de d ívidas deixadas pela gerência an te rio r, a situação finan­ceira da s o c i e d a d e conta com 1.500$00 de saldo positivo .

U sando da palavra o presiden te da d irecção sen h o r F rancisco José Viegas e C astro, esclareceu os associados, que a A ssem bleia fora convocada para ouv ir um a proposta da direcção, para redução na e n ­trega dos p rém ios em 50°/o nas cam panhas de 54/55 — em face de não hav er possibilidades de paga­m ento in teg ra l ped ia o m elhor aco lh im en to dos associados.

Usaram ainda da palavra os se ­nho res A lfredo M. Soeiro e José M artins B arros.

Salientam os que jo rnadas como esta só engrandecem a co lum bo­filia e dignifica quem a,s pratica. R ejubilam os por ver a co lum bo­filia en .reg u e em boas m ãos, po r­que esta duzia de rapazes, vive m om entos de euforia, num a re ­cuperação há m uito desejada, au g u ­ran d o -lh es que a p ró x im a cam pa­n h a seja a m elho r de sem pre.

t a l a c id e n te d e F e r r e i r a d o A le n te jo , f a lh o u m u i to s r e s ­s a l to s e e s te v e in fe liz n a s p a s ­s a g e n s .

C e p i n h a o s u b s t i t u to d e A d r ia n o e n c o n t r a - s e e m m á c o n d iç ã o f ís ic a .

N o a t a q u e n ã o h o u v e s e n ­t id o d e jo g o , q u e r e m c o n tr a - - a ta q u e q u e r e m a t a q u e p l a ­n e a d o .

E s p e r e m o s p e la r e a b i l i t a ç ã o .A r b i t r a g e m c r i t e r io s a .E s ta t í s t i c a d o jo g o ;M O N T IJO : 14 c e s to s e 6 l a n ­

c e s l i v r e s t r a n s f o r m a d o s e m9 te n ta d o s .

N A V A L : 17 c e s to s e 3 la n c e s l i v r e s t r a n s f o r m a d o s e m 6 t e n t a d o s .

Luciano Mocho

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Barreirense,Jogo realizado no Campo D.

M anuel de Melo, B arre iro , a rb i­trado pelo Sr. A ugusto B atista, tendo as equ ipas a linhado assim :

B arreirense: P ires; V ítor e Eze- qu ie l; N ogueira, A brantes e A m il- c a r ; F re ire , Ju s to , F rancisco José, C antiga e Raul.

Alo n tijo : N icolau; Ju s tin ian o e M arre iro s; Feijão, B arrigana e Valentim-, G ouveia, G arroa, Se­queira , R om eu e M arinho.

E ncon tro d ispu tado com grande energ ia e em oção, m as de fraqu is- •simo n íve l técnico.

Os B arreirenses beneficiando do fac to r casa e tam bém da sua m aio r pers istênc ia , forçaram con­tinuam en te o redu to defensivo f o r a s t e i r o , onde perm aneceram g ran d e parte do encon tro , o b ri­gando p o r isso a defesa M ontijense a trabalho á rduo e de valia.

Sem dúvida que os atacantes B arreirenses foram por vezes infe­lizes, mas certo é que lhes faltou poder físico e rem ate , ag ravan­do-se com o deco rre r dos m inu tos.

Faltou -lhes ta len to na desm ar- cação e profundidade de passe, teim ando constan tem ente em a b rir aos lados quando o indicado era para o cen tro , pois no lu g a r de arie te se encontrava o avançado mais perigoso e in te ligen te .

Médios dem asiado leves e com péssim a exibição, nu n ca colabora­ram , ressen tindo-se por isso o ataque e a té os defesas que in ú ­m eras d ificuldades encon traram quando cham ados a in te rv ir.

M uito nervoso, o guarda-redes nunca insp irou confiança.

Enfim um a equipa com m uita diferença, especialm ente técnica, das equipas de há 10 a 15 anos.

M arcou pelo B arre irense , A bran ­tes, de g ran d e penalidade assina­l a d a h ipo te ticam en te e a dois m inu tos do term o do encon tro .

A m ontoados sem p re n o s e u m eio-cam po, os M ontijenses co r­responderam excelen tem ente na defesa, onde jogaram du ro e en e r­gicam ente.

Com cortes de excelente fac­tu ra e elevando-se bem no jogo

Clube Desportivo de M ontijoAviso Convocatório

N o s t e r m o s d a s d is p o s iç õ e s e s t a t u t á r i a s è c o n v o c a d a a A s s e m b le ia G e ra l p a r a r e u n i r e m S e s s ã o O r d in á r ia , n o S a lã o d e F e s t a s d a R u a J o s é J o a q u im M a r q u e s , n o d ia 2í d o c o r r e n te , p e la s 21 h o r a s , c o m a s e g u in te

O rd e m de T rabalhos

E le iç ã o d o s C o rp o s G e r e n te s p a r a o e x e rc íc io do a n o d e 1956.

N ão h a v e n d o n á m e r o s u f i ­c ie n te d e s ó c io s à h o r a i n d i ­c a d a , a A s s e m b le ia f u n c i o n a r á m e ia h o r a d e p o is c o m q u a l ­q u e r n ú m e r o .

M o n tijo , 15 d e D e z e m .° d e 1955

0 Presidente da iiitab leia Geral

a) Dr. A velino J. d a R . Barbosa

1 - M o n tijo , 1por alto , este sector fez ju s ao em pate e a té á v itó ria , inesplicà- velm ente negada.

B arrigana com g ran d e exibição, foi bem secundado p o r Nicolau, M arreiros e Feijão .

O defesa cen tra l p roduziu por vezes m uitos «hááás» de adm ira­ção. N otando-se falta de ligação no ataque e com o recuo forçado dos m édios, o qu in te to d ian teiro pouco p ro d u z iu de valioso, em bora fosse ev iden te a m aioria quando o esférico era captado p o r R om eu ou Sequeira.

V alentim em m á form a física pouco se n o t o u , creditando-se sòm ente de três passes com a sua m arca.

G arroa e os dois extrem os jo g a­ram abaixo das suas possib ilidades. Romeu deve esco lher m elhor a sua área de m an o b ra colaborando m ais de p erto com S equeira , pois estes elem entos p erto da zona de perigo adversária são de p reo ­cupar qua isquer defesas.

E xcelente o tento apontado por Gouveia.

A arb itragem de um encontro de fu tebol é m uito d iferen te d a ­qu ilo verificado n a m anhã de D om ingo, e, com a colaboração de tais fiscais de lin h a é então um absurdo .

Para não esquecer, um jogo de fu tebol não é um assunto co m er­cial e não deve estar su jeitos a in fluências que não sejam m era- dam ente desportivas.

António Jú l l» Canarim

Não foi em vão qtte fizemos nas colunas deste jornal um apelo de solidariedade para com os jogadores do Clube Desportivo de Montijo que sofreram o grave desastre ein Ferreira do Alentejo. Imediatamente e de vários lados recebemos aplausos de incitamento, c o r o a d o s pelo s i m p á t i c o gesto da Ex.ma Empresa do Teatro Joaquim d’Almeida que, con­forme foi tornado público vai promover uma sessão cinematográfica cujo produto total reverterá a favor dos sinistrados.

Representante em M ONTIJOA b e l Jusílniano Ventura

MonHjo, 34 - Naval Setuhal., 37

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22.12-955 A PROV IN CIA

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PO R - J. J. CARIA

Para quem pouco ou nada percebe de política, nem quer perceber, mas que por uma simples e natural curio­sidade inerente aos nào analfabetos percorre as páginas dos jornais diários, onde se desbobina minuciosamente a vida internacional, não pode deixar de quedar boquia­berto perante a variada e complexa mecânica governa­mental de vários países, donde sobressai assustadora­mente a simpática nação francesa.

Com efeito, se observarmos por momentos a constante mutação de Governos muito em voga na capital francesa, desde que terminou a segunda guerra mundial até aos nossos dias — uns escassos dez anos — notaremos a presença de pelo menos dúzia e meia de Chefes do Governo, que durante os dois lustros presidiram aos destinos da França!

A velha Lutécia dos gauleses, hoje a moderna Paris, tornou-se a cidade das pontes e dos Chefes de Governo. Simplesmente, as pontes continuam impávidas e românticas a ver correr (julgo que também corre como os outros rios!) o Sena, mas os Chefes de Governo, após uma existência mais ou menos efémera, desaparecem de cena.

Ora esta dança ministerial é filha legítima do pormenor que mais nos extasia no panorama político da França: — a tremenda e heterogénea confusão de Partidos! Nã o . .. não se assustem que não vou fazer o que pensam. Abstenho-me até de os mencionar porquanto pretendo evitar ao jornal os pesados encargos que um número especial sempre acarreta!

Ora, com tantos Partidos, é sem dúvida muito difícil para um Governo manter-se inteiro ! E, é claro. .. parte-se também. Depois, muito naturalmente, parte-se a Nação: — a Indochina Francesa, Pondicheri, Marrocos, Argélia, Tunísia, e a coisa transforma-se automàticamente num filme de guerra de vinte e tantas partes ! Enquanto isto, os tais célebres partidos lutam entre si e degladiam-se abertamente, produzindo a tal inevitável, e contínua instabilidade ministerial.

Ora os governantes da Cidade-Luz acreditam exageradamente no aforismo de que da discussão nasce a dita (a dita luz!), mas às vezes não nasce, o que nasce é . . . pancadaria! E não raramente os periódicos nos informam com o descaramento próprio da época de que os dignos Chefes dos tais Partidos se envolveram em medonha desordem na Assembleia Nacional, para gáudio dos contínuos que assim sempre arranjam assunto para contará família. E qual o resultado? Mais partidos: — os móveis ! Os pobres e inocentes móveis!

Mas no meio de toda esta confusão existe um Partido que não perde qualquer oportunidade de pregar aos outros grossa partida. E ’ o tal . . . o avançado..- o que joga a extremo esquerdo. Quando se verifica qualquer confusão na grande área internacional, já se sabe. . . o centro veio da esquerda! Felizmente que na maioria dos países ocidentais já o colocaram «off-side»...

Mas os «defesas» franceses também tém culpas na manobra. Discutem entre si, desorientam-se, avançam no terreno, e o outro, o tal extremo, interna-se subrepti- ciamente na sua grande área e tem marcado assim alguns golos que, por deficiência de arbitragem, são conside­rados como bons e influem no resultado.

Ma s . . . finalmente, esta crónica já vai longa, e agora reparo eu que tenho estado a escrever exactamente sobre os dois assuntos que menos me interessam e de que menos percebo:— a política e o futebol! Mas, francamente, o problema governamental francês é tão fascinante que;não resisti à tentação de lhe dedicar algumas linhas.. Perdoem-me... Foi um desabafo! Além disso, qual é o mérito de passar a vida a escrever sòmente sobre assuntos de que percebemos? O contrário sim, é que tem graça! E às vezes não t em. ..

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A PR O V IN C IA 22- 12-956

0 Amigo PerúLisboa de ontem - Lisboa de hojepor À. Rosado e afinal Lisboa de sempre

( C o n c l u s ã o d o n ú m e r o a n t e r i o r )

Mas a preferência do autor destas linhas vai para 0 pe­daço da cidade velha que liga a Alíama à Mouraria. As ruas são menos direitas,o3 becos são mais estreitos., há esconsos que metem medo a quem os não conhece, jargos cujo pavimento é tão in c lin a d o que a gente escor­rega neles, mas também hâ, no cimo de certos lugares, miradoiros e xc e l e nt e s de onde se pode abranger 0 panorama magnífico da Ve­tusta Lisboa a escorregar das colinas para beijar 0 Tejo, em casas pintalgadas de cor, cada uma do seu feitio e com a sua caracte­rística arquitectónica.

De resto , se é criticável esta nossa p red ilecção , pela Lisboa antiga, então estão enganados todos os grandes artistas p lásticos nacionais e estrangeiros, que só e n c o n ­tram Verdadeiramente moti­vos para os seu s quadros e aguarelas nos re ca n to s da LÍsboa que lem bra a Era dos Navegantes, e onde p a re ce ouvir-se, ainda h o je , os p as­sos soturnos e cad enciados dos postilhões que r e g r e s s a ­vam ao seu tugúrio, nas noi­tes e scu ras e sem estre las .

A propósito, a própria edi­lidade lisboeta Vai fazer revi­ver todos os anos, nas festas da Cidade, os aspectos de

outros tempos que mais inte­ressam como descritivo da tradicional e movimentada Lisboa de Oitocentos, em que havia caleches puxados por pilecas, com boémios dentro, avós dos nossos avós que não conheciam 0 cinema, não iam ao futebol mas eram capazes de pegar um toiro de caras e não se negavam a beber uma boa caneca de vinho maduro a espumar no pipo.

* **Claro que 0 progresso não

se detem na sua marcha ascensional, por mais que os homens pretendam por esta ou aquela razão Voltar aos tempos de outrora. Um exem­plo disso são as adegas onde se canta 0 fado que hoje enxameiam Lisboa. Há-as por todos os lados, com maior ou menor interesse.

O Fado está na moda, diga-se de passagem que devido à maneira de cantar e ao encanto pessoal que a Dona Amália irradia. E é bastante diferente do fado que se cantava há trinta anos, quando ouvi-lo era uma coisa quase feia, e não deixava de haver certo perigo em qual­quer pessoa mais decente­mente Vestida entrar na espe • lunca, ou no café de ar ameaçador, onde se cantava 0 Fado. Então, 0 zumbido de

uma mosca era ultraje que se pagava muito caro. Talvez que 0 fado fosse cantado muito pior do que hoje, e com certeza que as letras das melodias fadistas eram uma coisa bárbara, em que havia invariável e inevitàvel- mente facadas, mulheres tu­berculosas, senhoras de mo­ral mais do que duvidosa e operários de fato de ganga e pontasca grudada ao beiço avinhado curtindo ciúmes de rameiras levianas.

Erarealmenteum ambiente pesado, hóstil, impenetrável, que infundia respeito e pavor. Nunca se sabia se por detrás da aparência do ouvinte em êxtase havia a ameaça de uma navalha de ponta e moía. Aquilo era só para fadistas — e os fadistas desse tempo não se misturavam com os artistas de teatro que frequentam a Brasileira do Rossio.

Hoje, felizmente, já não é assim, Melhor dizendo, hoje é perfeitamente ao contrário do descritivo feito atrás. As adegas típicas que existem no Bairro Alto, no mais es­conso da Alfama, da Mou­raria ou da Madragoa, são locais distintos onde vão cear e ouvir o Fado os turistas chegados nos grandes tran­satlânticos, ou os reis exila­dos acompanhados da fina

flor da sociedade lisboeta.As fadistas e os cantadores,

esses apresentam-se muitas vezes de «smocking», falam francês e inglês com fluência, são escolhidos para intér­pretes de filmes lendários e tratam por tu os fidalgos e os capitalistas frequentado­res de tais adegas, onde se bebe «whisky» em vez de carrascão e se comem bifes em vez de sardinhas assadas.

O fado entrou com a Dona Amália no gosto da aristo­cracia portuguesa, de sangue ou de dinheiro. E não há festa hoje em dia que para ter distinção, originalidade e beleza, não seja abrilhantada por qualquer dos grandes nomes que os riscos de «néon» traçam na fachada dos prédios dos bairros anti­gos, Velhos por fora mas por dentro alindados com ferros forjados, azulejos de bom gosto e retratos de homens de letras, toureiros no auge da fama, gente do Fado e aristocratas de sangue diluido por contágios espúrios.

Como se vê, 0 que parecia ser anacronismo, tornou-se uma necessidade para 0 lis­boeta de hoje, que. gosta de viver em prédios modernos, habituado já a fazer a barba e tomar banho todos os dias, mas não prescinde de visitar o emaranhado de ruelas em

(Continuação da última pág.)

e três vezes, enquanto a serva brava me desferia 0 seu sor­riso triunfal.

E então, sim, então é que chorei. . . por mais, ao ver a liquidação total do recheio!

Não gosto muito de peru. E’ carne seca, fibrosa, e os dentes já não podem com estas aventuras... g o s t o , sim, do recheio. E assim foi que me servi duma pequena fatia, como quem não quer a coisa, para depois cair a fundo sobre os restos mor­tais !

A vida é toda feita destas injustiças e destas incoerên­cias. ,.

Se lá no assento etéreo onde subiste

Memória desta vida se consente,desculpa, amigo peru, estas fraquezas humanas.

O Homem, hoje, é este pan- tomineiro que tu viste. ..

A l v a r o V a l e n t e

cotovelo dos bairros típicos da Lisboa de Quinhentos, a lembrar marinheiros e ru­fiões.

Posto isto, tudo 0 que nou­tros tempos metia medo e provocava arrepios de febre nas mulheres, é agora tão natural e tão civilizado que é relativamente fácil encon­trar na Rua do Capelão 0 Tim panas a falar inglês ou um boleeiro a servir de «com- pére» nas revistas-fantasia do Teatro Monumental ■..

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Folhelim de «A Província» N.° 35

0 segredo do espelhepor

c é a g i i s t n s J l í u i t

Cedendo a um impulso interior, dirigi-me à secre­tária que se encontrava em frente da janela, e pegando numa folha de papel escrevi algumas linhas. Depois de a ter metido num subscrito, chamei Dunstan.

— Leve i s t o a Falcon Lodge — disse logo que apa­receu.— N ã o espere p e l a resposta. Logo q u e l e v e esta carta, espero que me faça outro serviço. Suponho (iue encontrareis fàcilmente n caminho que conduz à Hospedaria do Faucon?

— Farei o possível, «Mis­ter» — respondeu Dunstan.

Notei que hesitava, indi­quei-lhe que h a v i a uma

pista fácil de seguir na neve.

Não vos podeis enganar. É necessário saber quando as estradas e s t ã o livres. Voltareis antes da noite.

Dunstan saiu, voltei-me então para Lucille Para­dene :

— Não se preocupe com o que o nosso amigo German vai responder. Foi imperti­nente ao afirmar que Lu­cille iria a casa dele às 3 horas, afirmando que não ousaria desobedecer-lhe.

Não continuei sem me aperceber que os olhos da jovem, à medida que me escutavam, traíam a como­ção mais viva.

— Mandeí-o para o diabo— continuei c o m joviali­dade. - E a f i r me i - l h e a vossa intensão de tudo di­zer à polícia, logo que fosse possível. Isto o obriga a ficar quieto.

Os lábios de Lucille Pa­radene estavam complecta- mente brancos.

— E. . . é . . • — disse por fim -- é que ousareis não correr tal risco. ■ .

— Sim, é um desafio, bem entendido. Se ele vier cá, estou disposto a recebê-lo.

Lucille tinha fechado os olhos e arremeçado a cabeça sobre o espaldar da cadeira. Deu-me a impressão de que tendava adquirir forças, e isso me afligia o máximo.

E la d e v i a ter sofrido imenso nestes últimos dias. U m a viva compaixão se apossou de mim.

— Devia tentar descançar um pouco — disse d o c e ­mente. — Dormir.

— Dormir! . . . Desejáva-o bem. . . (Ela falava tão baixo que me custava a ouvir).

Não consegui f e c h a r os olhos esta noite.

A muito custo consegui convencê-la a s u b i r a o quarto, o que fez visivel­mente contra vontade.

Senti prazer em pensar que tinha contribuído de algum modo para minorar os seus males, e que a mi­nha presença a reconfortava.

A sua sensibilidade femi­nina havia-lhe sem dúvida revelado que os meus senti­mentos a s e u r e s p e i t o tinham subido grademente e que não me restava no espírito já, a miníma sombra de suspeita.

Alegrei-me por saber que German longe de ser seu amigo, era para ela um ini­migo, perigoso, e isto tinha estabelecido entre nós como que uma súbita aliança.

Estava só há já alguns momentos, diante do fogo fumando o meu cachimbo. E meus pensamentos pararam numa frase ouvida durante a conversa com a jovem.

A que «Obta» Lucille

P a r a d e n e t i n h a f e i t o alusão ?. . .

Pus-me a p e n s a r que pouco conhecia do passado de meu avô. Havia passado a sua juventude nos piores, mais variados e mal repu­tados meios, e q u e nos seus tristes companheiros de prazer o haviam levado a dissipar a fortuna e o abandonaram logo que ele ficou completamente arrui­nado. Desapareceu em se­guida. Depois já no fim da sua vida, este período mis­terioso onde de novo apa­rece a dispor de avultadas quantias.

Tirei da algibeira a carta que o advogado de Londres me tinha dado e comecei a relê-la com a máxima atenção.

Não pude deixar de sorrir uma vez mais com o pedido de guardar como lembrança o seu retrato e o espelho. Mas eu não tinha necessi­dade dele para me lembrar toda a vicTa daquele velho.

(Continua)

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A P ro v ín c ia

O AMIGO PERU

Eu desejava ver erguido sobre um monte Um templo á divindade, um templo largo, lindo ; A nave a prolongar-se atè ao horizonte E a abóbada seria o espaço azul infindo!

Em vez de altar envolto em sedas e brocado, Preteriria ter dum cedro secular Que o vendaval tombou, o tronco derribado E carcomido já, servindo-nos de A ltar.

Cobri-lo-ia o musgo aveludado e fino Dum verde brando, doce, e pela ramària Avezitas saltando um canto cristalino Em voz cheia de amor, de vida e alegria.

A s luzes desse altar — a que ilumina o Mundo Raios quentes do Sol, o que fecunda as terras, Que dá conforto e anima o pobre vagabundo Enchendo de calor os vales e as serras,

A luz que vem do&Çéu 1 Não haveria ali A s sedas de damasco, as pedrarias caras,Mas deveriam brilhar as cores do ru b i;Das papoilas em flor, no verde das searas !

Por incenso, haveria o aroma que se evola Da esteva e do tomilho — a pia d’água santa, . . Seria duma rosa a orvalhada corola,Que fresca junto ao cedro uma haste se a levanta. Em tudo a mão de Úeus! A s auras docemente Viriam murmurar por entre o pinheiral Um cântico sagrado e as águas da corrente Poderiam servir de ' ' ’ "

Penso que uma oração, se ali alguém rezasse; Mais pura, mais sincera iria até aos céus Atravessado o azul, talvez, talvez, talvez chegasse„ Mais depressa, a voar, o pensamento a Deus!

Penso que se Jesus voltasse um dia ao Mundo Fitando atentamente as velhas catedrais Se quedaria triste o seu olhar prof undo.. .E não iria além das lages dos portais.Podesse inda Jesus voltar à terra um dia Iria descançar no tronco decepado Que o vendaval tombou em noites de invernia E no seu doce olhar, de lágrimas banhado Eu julgo adivinhar o que Jesus diria ! . . .

(Inédito) A l d a G u e rre iro M achado

O perú. . . eu conheci-o.Era negro, pernalta, vibrante, de

monco grotesco, luzidio como se tivesse levado Verniz na casca, e trazia na cabeça urna chapeleta branca, enru­gada, que lembrava clara de ovo frita.

Quando 1110 ofereceram, a troco de mil favores, entrou na capoeira farfa­lhando, com ares de pimpão em férias, e parecia que Vinha a dizer: daqui para diante, sou o dono disto tudo.

Não sei porquê, simpatizei com o figurão...

Disparava aquele estalo das asas e arrastava a cegarrega sequente com tal graça, pelo chão de cimento, que logo dei em me encantar na sua perso­nalidade.

Era madrugador.Mal luzia o buraco, ainda com a

iluminação pública a modorrar na tra­vessa ao lado, já ele soltava aos qua­tro ventos o glu glu jovial da raça.

E logo de manhã cedo, assim que eu me aproximava das «grades eternas» para o mimosear com talos, folhas, sêmeas e migalhas, começava a soltar dentre o «arvoredos as saudações fra­ternas, tão gritantes, tão expressivas que lembravam verdadeiras risadas de cristal!

E assim que a minha serva abria a porta que dá para o quintal, encrespado e resmungante, afastava-se para o fundo da capoeira repicando umas finas ironias.

Via-se claramente que não simpa­tizava com ela, talvez a pressentir que estava ali o seu futuro al goz. . .

No entanto, mesmo lá do fundo, o peru, dentre a horta que eu lhe deitava no Velho alguidar, de má vontade notá­vel, dizia-lhe: «bons dias».

E a minha serva brava não gostava daquelas cortezias. . .

Era que embirravam um com o outro, embirravam solenemente!

Cá por mim, não tinha razão de queixa.

Fazia-me «olhos bonitos» e dava-me até a impressão de que me sorria amis­tosamente.

Na entralhoada quesilenta da ca­poeira,— galos, galinhas, patos... e peru, — gostava de ver a farfância e a galanice do recém-chegado. E ele, por seu lado, assim que eu lhe gritava: «peru velho», respondia-me com alegres casquinadas e todo se derretia por ali fora, nos patins barulhentos.

Ora quando o Natal se aproximou, já a minha brava serva lhe «andava a jurar pela pele»:

— «Deixa estar que eu- te darei o arroz. Levas uma facada no pescoço que nem a alma se te aproveita!»

p o r A lva ro Valente

E, — com franqueza, — desagrada­va-me aquela malvadez.

Não era porque não soubesse que. o «pobre» estava condenado na quadra festiva; mas, — que dianho ! — . podia fazer-se «a coisa» sem tamanha cruel­dade.

Isso, sim. Quanto mais se aproxi­mava o Natal, mais ela redobrava de invectivas:

— Qual seria a razão porque Deus fe z os perus e os par dais ?

Andai lá que, enf im. . .E assim foi que, na véspera, dei­

tou-se ao «infeliz» e fê-lo engulir dum trago não sei quanto de aguardente!

E então, de facalhão em punho, barafustava:

— «Anda bêbado, que eu já te dou. Ficas aí tenrinho e macio qúe é uma beleza»!

E se melhor o disse, melhor o fez.Eu nem quero lembrar-me do peru-

cidio!Foi bárbaro, foi desumano, foi sel­

vático, ..Zás. Pega-lhe pelas asas, mete-o

entre os joelhos, e, sem dó nem pie­dade, quase degolou o desgraçado!

O sangue esparrinhou para o tacho da cabidela, e ainda apanhei salpicos nas calças do pijama.

Depois, àvante, trepou pelas escadas que dão para a varanda e lá o levou a depenar, com água fervente.

Virei a cara para não Ver mais!Não chorei por ser homem e «ser

feio um homem chorar»; mas, cá dentro, senti tamanho choque, tamanha pena, que me pus a assobiar a marcha fúne­bre de Chopin!

Pela tarde, quando me preparava para a Festa da Família, entrei na ante­câmara da cozinha e notei logo que um perfume de encantar enchia o ambiente.

— Que é isto que cheira tão bem ?— perguntei à serva brava.

— E’ o recheio do seu amigo peru...— respondeu-me ela com malícia.

Fiz-me arrenegado, e ali prometi amim mesmo que não pi ovaria do man­jar; mas — confesso — , na hora pró­pria não pude resistir! Ia pelos ares um aroma de bom pitéu, daqueles que fazem a tentação dum santo e são o desespero dum gastrónomo sem dentes; e, como não tinha comunicado a nin­guém a minha promessa, resolvi provar.

O recheio estava divinal, espantoso, formidável!

E como não tinha comunicado a ninguém a minha promessa, repeti duas

(Continua na página anterior)

V