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Emmanuela suzy medeiros

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ENCONTRO SERTANEJO DOS ESTUDANTES DE ADMINISTRAÇÃO

21 A 24 DE JUNHO DE 2013 – PATOS/PB

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Empreendedorismo Social: A Importância Da Apae Associação De Pais E Amigos Dos

Excepcionais - Pau Dos Ferros-RN

Emmanuela Suzy Medeiros1

Marcelo Martins Barreto2

Kerline De Oliveira Ferreira3

Área temática: Empreendedorismo social

RESUMO

O termo empreendedorismo não é algo novo, mas vem se disseminando por diversos autores

que abordam acerca do assunto, por isso anecessidade de expandir estudos sobre a temática. O

objetivo desse artigo é traçar o perfil dos empreendedores sociais, mostrar o surgimento e

evolução do empreendedorismo ao longo dos anos, apontar as características do

empreendedor social, além de verificar a importância da APAE na óptica dos usuários. Na

produção do trabalho, embasou-se em diversasteorias sobre empreendedorismo, no percurso

metodológico da pesquisa a ferramenta utilizada foi à aplicação de questionário estruturada

com questões objetivas e outra com espaço para opiniões. Relacionando as teorias de

empreendedorismo e os resultados obtidos, observa-se que a criação da APAE foi de extrema

utilidade, pois esse empreendimento social é o responsável pela prestação de serviços de

assistência social no que tange amelhoria da qualidade de vida da pessoa portadora de

deficiência.

Palavras chave: Empreendedorismo, empreendedorismo social e Associação de Pais e

amigos dos Excepcionais.

1. INTRODUÇÃO

Ao relatar acerca Empreendedorismoé algo que está sendo disseminado e estudado por

várias áreas, pois sente –se a necessidade de questionar, analisar e focar quais as causas que

levam alguém a adquirir seu próprio negócio.

Asorganizações vivem numa busca incessante por maiores lucros, em que reduzem custos,

e muitas vezes exploram mão de obra com a finalidade de obter vantagem competitiva.

1 Graduada em administração UEPB

2 Graduando em administração pela FACEP

3 Graduanda em Administração pela FACEP

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Em que é notória a diferença entre o empreendedorismo coorporativo e o

empreendedorismo social, em que enquanto um enseja somente a lucratividade o outro

emerge face aos problemas sociais, que aumentam consideravelmente, esão semelhantes no

perfil e nas características que os mesmos possuem.

Os empreendedores sociaisse diferenciam por realizar projetos que minimizam as

disparidades sociais, em que buscam recursos financeiros, através de doaçõescom o objetivo

de amenizar a situação vigente de determinado grupo de pessoas.

O presente artigo traz um delineamento desde o surgimento do empreendedorismo, o

processo evolutivo, as características do empreendedor, além de traçar o perfil do

empreendedor social, com o objetivo elucidar a importância da instituição social, já que há

poucos estudos científicos sobre a temática. Apesar de não gerar lucros o empreendimento

sem fins lucrativos geram muitos ganhos no desenvolvimento humano, na melhoria de vida

dos cidadãos. Realizou-se uma pesquisa na APAE – Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais em Pau dos Ferros – RN, feito através da utilização de questionários e

observação.

Diante do exposto o objetivo geral da pesquisa é demonstrar a importância da APAE

para a sociedade Pau ferrense na óptica dos usuários. Partindo do objetivo geral, podem-se

traçar os objetivos específicos que são eles:

Traçar o perfil dos empreendedores sociais;

Identificar as ações sociais existentes na APAE;

Mensurar o nível de importância na visão usuários da APAE.

2. HISTÓRICO DO SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO

Empreendedorismo é um processo pelo qual os indivíduos procuram identificar

oportunidades, satisfazendo suas necessidades e desejos por meio da inovação. É uma

característica que envolve iniciar algo novo, organizar os recursos necessários e assumir seus

respectivos riscos.

Dolabela (1999) define empreendedorismo como sendo uma ciência onde são

estudados os aspectos referentes ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de

atividades, seu universo de atuação.

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Desde então, existem várias definições para o termo empreendedorismo. Segundo

Dornelas (2008) "empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em

conjunto, levam a transformação de idéias em oportunidades" enfatiza assim de forma geral o

real objetivo do empreendedorismo, que é transformar uma idéia em realidade, seja ela

inovadora ou não, é não ter medo de criar e lançar o novo dedicando esforço, amor,

dedicação, assumindo riscos, para, enfim, desfrutar do resultado.

Conforme Hirisch e Peters (2004), o empreendedorismo pode ser entendido como

processo dinâmico de se criar riqueza. A riqueza é criada por indivíduos que assumem os

principais riscos em termos de patrimônio, tempo e/ou comprometimento com a carreira ou

que provêem valor para algum produto ou serviço. O produto ou serviço pode ou não ser novo

ou único, mas o valor deve de algum modo ser infundido pelo empreendedor ao receber e

localizar as habilidades e os recursos necessários.

Afirmam ainda esses autores que, apesar de existirem pessoas que demonstram

atributos empreendedores desde muito cedo, tornar-se empreendedor implica não apenas

encontrar ou identificar oportunidades de negócio, mas também ter ação e procurar realizá-

las.

Pode-se definir o empreendedorismo como a capacidade de empreender, ou seja,

tomar iniciativa, buscar soluções inovadoras e agir no sentido de encontrar a solução para

problemas econômicos ou sociais, estimulando o desenvolvimento como um todo por meio da

auto-realização de quem utiliza esse método de trabalho.

Nota-se, portanto, que o empreendedorismo significa mais do que uma denominação

ou um conceito trata-se de atitude, de um comportamento que caracteriza um indivíduo e sua

empresa, é geralmente associado à iniciativa, inovação, possibilidades de fazer coisas novas

e/ou de maneira diferente, assim como a capacidade de assumir riscos.

O empreendedorismo como processo se desenvolveu ao longo do tempo. Este

processo é afetado por fatores individuais (o empreendedor), grupais (relação com sócios,

clientes, investidores) e sociais (regulamentações governamentais, condições de mercado)

(DORNELAS, 2008).

Alves (2008), fala que o termo "empreendedor" surgiu na França por volta dos séculos

XVII e XVIII. Em francês, significa: aquele que se compromete com um trabalho ou uma

atividade específica e significante. Desde então, o termo tem sido basicamente utilizado

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através de um olhar meramente economista, com forte viés de uso para a geração de valor

econômico e para a exploração das oportunidades de mercado.

O empreendedorismo tem sido abordado de diferentes formas por diferentes autores ao

longo de sua história. Richard Cantillon (século XVII) foi um economista considerado o

criador do termo empreendedorismo por ter sido o primeiro a diferenciar o empreendedor do

capitalista, ao dizer que o primeiro é o que corre riscos e o segundo é o que fornece o capital

(DORNELAS, 2008).

Uma das visões mais utilizadas nos estudos de empreendedorismo é a de Schumpeter

(1985), com base econômica, para quem o empreendedorismo está fundamentado na

inovação. Drucker (2008) também defende que empreendedorismo se dá por meio da

inovação, que considera ser a principal ferramenta que o empreendedor possui para atingir o

sucesso em seus empreendimentos.

McClelland (1972) e seus seguidores defendem o empreendedorismo comportamental,

cuja base é o fator psicológico. Sustentam que o ser humano age baseado em necessidades de

realização, poder e afiliação, e é influenciado por fatores sociais e ambientais.

Entre os séculos XVIII e XIX, o destaque é para Jean Baptiste Say, economista francês

que é considerado o precursor da descrição do empreendedor como “indivíduo que assume

riscos”, mas procura sempre direcionar os recursos para áreas de maior produtividade e

retorno econômico, segundo o Guia Pequenas Empresas Grandes Negócios (2002).

De acordo com Dornelas (2001) entre o final do século XIX e início do século XX, os

empreendedores foram frequentemente confundidos com os gerentes ou administradores,

sendo analisados meramente do ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a

empresa, pagam os empregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na

organização, mas sempre a serviço do capitalista.

De acordo com os autores supracitados, o empreendedorismo é umfenômeno global,

que tem passado por diversas transformações, onde se tem criado muitos conceitos que vem

mudando o estilo de vida das pessoas. Desde então, o termo sofreu alterações no seu

significado, que acompanharam as mudanças ocorridas no contexto socioeconômico, mais

especificamente as que afetaram diretamente o mundo empresarial.

2.1 Administrador versus Empreendedor

Devido às mutações sofridas pelas organizações mudou-se também a forma de nomear

pessoas que destas fazem parte. É muito comum as pessoas confundirem o administrador e o

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empreendedor, por essa razão a necessidade de mostrar as diferenças e semelhanças existentes

entre eles.

De acordo com (CHIAVENATO, 2008 p.3), o administrador não é apenas analisado

pelas organizações por seus conhecimentos tecnológicos em Administração, mas,

principalmente, por seu modo de agir, suas atitudes, conhecimento, habilidades,

competências, personalidade e filosofia de trabalho.

Os administradores são peças existentes nas organizações e os mesmos possuem

características próprias, são dinâmicos, possuem o conhecimento administrativo, são capazes

de gerenciar todo e qualquer tipo de organização.

Hampton (1991) apud Dornelas (2005, p.31) os administradores diferem dos

empreendedores em dois aspectos: o lugar que ocupam na hierarquia de acordo com o

conhecimento de cada um, posteriormente é definido os objetivos administrativos que serão

alcançados, o segundo aspecto é a definição dos cargos funcionais ou gerais.

Um empreendedor, segundo Lenzi (2010), está principalmente interessado na

inovação, enquanto o administrador é alguém que possui e administra o negócio.

Rosemary Stewart (1982, apud Dornelas, 2005, p.31) acredita que há semelhança

entre os administradores e os empreendedores, já que ambos possuem três características

principais: especificam o que deve ser feito; limitam o que o responsável pelo trabalho

administrativo pode fazer; identificam as opções que o responsável tem na determinação do

que e de como fazer.

Conclui-se que existem pontos em comum entre esses profissionais, o empreendedor

possui características e atributos extras do que o administrador, ou seja, o empreendedor é um

administrador com valores agregados.

2. 2 Características do Empreendedor

Ao referenciar acerca das características existentes nos empreendedores é perceptível

que os mesmos apresentam traços que os vêm diferir de outros profissionais na

sociedade.Timmons (1985) descreve o empreendedor como sendo a pessoa que tem a

habilidade de criar e construir algo a partir do nada. É um indivíduo altamente criativo e

encontra energia pessoal para iniciar e construir uma empresa ou organização mais do que

simplesmente assistir, analisar ou descrever. Por fim, é também uma pessoa que assume riscos

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pessoais e financeiros, porém, faz todo o possível para colocar do seu lado as vantagens, e

assim, reduzir as possibilidades de fracasso.

“O empreendedor é alguém capaz de desenvolver uma visão, mas não só. Deve saber

persuadir terceiros, sócios, colaboradores, investidores, convencê-los de que sua visão poderá

levar todos a uma situação confortável no futuro” (DOLABELA, 1999a, p.44). Ele é capaz de

manter seu ponto de vista em qualquer circunstância e possui confiança em si na busca pela

realização de seus desafios.

Segundo Dolabela (1999a, p.45), um dos principais atributos do empreendedor “é

identificar oportunidades, agarrá-las e buscar os recursos para transformá-las em negócio

lucrativo”. O empreendedor deve ser capaz de atrair tais recursos, demonstrando o valor do

seu projeto e comprovando que tem condições de torná-lo realidade.

De acordo com Dornelas (2008), o empreendedor possui características extras, que

diferenciam do seu comportamento. Possuem atributos pessoais que se somam a

características sociológicas e do próprio cotidiano que eles acabam inovando.

O que difere um empreendedor bem sucedido são suas características e aptidões ditas

como “personalidade empreendedora”, que são o perfil característico mais comumente

encontrado nos empreendedores de sucesso, além de terem uma correta modelagem do negócio

e um planejamento bem elaborado (BERNADI, 2003).

Diante disso, pode-se perceber que cada empreendedor tem características específicas,

mas certamente o que não foge à regra é esse desejo de fazer as coisas diferentes, desejo de

inovar, o que caracteriza o espírito empreendedor. É aquele que sabe identificar uma

oportunidade e faz dela um negócio, assumindo riscos calculados, dedicando-se intensamente,

pois trabalha com prazer, gerando oportunidades e colaborando para o desenvolvimento

econômico e social do país e do mundo.

2.3 Empreendedorismo Social

Ao abordar acerca da temáticaempreendedorismo social, é pertinente relacionar

organizações lucrativas e as não lucrativas, que se fazer relação com organizações não

lucrativas, que se diferenciam por realizar ações direcionadas para a sociedade de forma

gratuita, e sem fins lucrativos.

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Desde 1990, que há uma preocupação face a redução de verbas no âmbito social, ao

crescimento das organizações do terceiro setor e da participação das organizações e da

comunidade ao sensibilizar-se com determinadas ações.

Segundo Souza (2008),a atividade voluntáriajá existia desde antiga China e teria sido

institucionalizadasob a influência do budismo no Século VIII.

Na visão de Oliveira (2007) o empreendedorismo social se apresenta como conceito

em desenvolvimento, mas com características teóricas, metodológicas e estratégias próprias,

apresentando diferenças entre uma gestão social tradicional e outra empreendedora. Observa-

se que empreendedorismo socialnão é algo novo, mas somente neste século é que há uma

preocupação, talvez pelo fato de não ser uma fonte que gere lucros.

Quando falamos de empreendedorismo social, estamos buscando um novo

paradigma. O objetivo não é mais o negócio do negócio (...) trata-se, sim, do

negócio do social, que tem na sociedade civil o seu principal foco de atuação e na

sua parceria envolvendo comunidade, governo e setor privado a sua estratégia (...).

(Melo Neto; Froes, 2002apund Oliveira, 2007).

Relata (Ashoka&McKinsey, 2001apud Oliveira, 2007) que os empreendedores sociais

possuem características distintas dos empreendedores de negócios. Eles criam valores sociais

pela inovação, pela força de recursos financeiros em prol do desenvolvimento social,

econômico e comunitário. Alguns dos fundamentos básicos do empreendedorismo social

estão diretamente ligados ao empreendedor social, destacando-se a sinceridade, paixão pelo

que faz, clareza, confiança pessoal, valores centralizados, boa vontade de planejamento,

capacidade de sonhar e uma habilidade para improviso.

“O empreendedorismo social é uma das espécies do gênero dos empreendedores; são

empreendedores com uma missão social, que é sempre central e explícita” (LEITE, 2003 apud

Oliveira 2007).

Diante do exposto constata-se que, muitas semelhanças existem entre

empreendedorismo social e o de negócios, ambos são movidos pelo desejo de realização e

concretização de suas idéias, assumindo também riscos por isso.

É importante comparar e esclarecer que o empreendedorismo social não é

Responsabilidade Social, pelo fato que são ações planejadas e direcionadas para suprir as

necessidades da sociedade, proporcionando melhorias.

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O empreendedor social são pessoas generosas, não são movidas pelo lucro, tem

disposição para realizar, desejo de um mundo melhor, enfim é uma opção de vida, que além

de trabalhar com recursos excassos, é estimulado pelo fazer social.

Todavia, ele é considerado como individuo qualquer mas que possuem

particularidades que os destacam dentre muitos, sendo um transformador social, é aquele que

tem a boa vontade e o desejo de fazer a diferença.

2.4 Terceiro setor

As organizações de terceiro setor existem para o bem comum da população, com ações

de assistência social.

Segundo Souza (2008, p. 103) as organizações do Terceiro Setor têm liderança

democrática, processos de gestão centrados na experiência dos membros, estrutura flexível e

informal e processos gerenciais voltados para o alcance de resultados sociais.

Essas organizações sobrevivem com ações de agem com vivacidade em ações de

cunho social, agindo efetivamente mediante a sociedade.

Souza (2008, p. 109) define algumas das principais vantagens das organizações de

Terceiro Setor, que são elas:

São mais rápidos do que as organizações públicas no atendimento às demandas

sociais, pois, têm maior benevolência na contratação e rescisão de contrato do pessoal;

O custo de contratação de profissionais, para atendimento aos beneficiários, é

reduzido, pois ocorre dentro de projetos específicos, por prazo determinado;

Garantem maior grau de transparência, uma vez que se encontram submetidas à gestão

e ao controle da sociedade civil;

E com titularidade de Organização Social de Interesse Público (OSCIP), ou de

Organização Social (OS), passam a gozar de uma série de benefícios fiscais.

Analisa-se que as organizações de terceiro setor se transfiguram como empresas que se

preocupam com o próximo, não visando lucro, e que se comprometem com o bem-comum.

3. A APAE EM PAU DOS FERROS - RN

A Câmara Municipal de Pau dos Ferrosem 10 de maio de 1997 realizou-se a 1ª

Assembléia Geral, com a presença de representantes da Comunidade local para Fundação da

APAE, presidente fundadora foi a Sra. Nadja de Fátima Diógenes.

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Tendo como missão Promover e articular ações de defesa dos direitos das pessoas com

deficiência e representar o movimento perante os organismos nacionais e internacionais, para

a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas APAES, na perspectiva da inclusão

social de seus usuários, e como visãoMovimento de pais, amigos e pessoas com deficiência,

de excelência e referência no país, na defesa de direitos e prestação de serviços.

4. METODOLOGIA

A referida pesquisa foi elaborada de caráter descritivo, com o intuito de disseminar

oempreendedorismo social.

Segundo Gil (2010, p. 20) pesquisa básica tem o objetivo de gerar novos

conhecimentos que sejam úteis para os avanços científicos, que tenha aplicabilidade na prática

e que gere mudanças. Portanto, a pesquisa básica tem por finalidade expandir o conhecimento

sobre determinado assunto bem como satisfazer a curiosidade científica.

Quanto aos meios, foram realizadas pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, para o

desenvolvimento deste trabalho.

A pesquisa se caracteriza como qualitativa, pois traduzem as visão dos usuários APAE

utilizando técnicas estatísticas para serem posteriormente analisadas.

Diante do exposto, a pesquisa enveredou pelo percurso da bibliográfica analisado e

selecionado os melhores autores, dentre eles Chiavenato, Dornelas, Martins, entre outros, em

seguida desenvolveu-se o referencial, na próxima etapa foi realizado um estudo de caso

utilizando questionário dividido em duas partes na primeira com 04 questões foram elaborado

perguntas pertinentes ao perfil sócio econômico dos clientes e, na segunda parte foi composta

de 11 questões e uma aberta para que os clientes opinassem acerca do que precisaria melhorar

na APAE, aplicou-se com os usuários da uma amostra de 40 clientes do universo de169

usuários, após os dados catalogados e analisados através do Excel para calcular as

porcentagens com o objetivo de traduzir os resultados alcançados.

4. ANÁLISE DOS RESULTADOS

De acordo com os dados coletados e analisados, foram identificados os resultados a

seguir:

Em relação ao gênero dos usuários, aponta que tanto as mulheres como os homens

utilizam dos serviços oferecidos, e que tanto homens como mulheres são acometidos por

alguma necessidade especial.

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Quanto à idade, observa-se que as maiorias dos portadores cadastrados possuem entre

8 e 25 anos, verifica-se que as mães, familiares e ou parentes buscam tratamento na APAE,

Emque 45% dos entrevistados estão na organização a mais de 03 anos, portanto, corroboram-

se a importância da criação do empreendimento social, já que há uma permanência nos

usuários na instituição que demanda tempo e ser minucioso o tratamento, sobre o

atendimento, em que mais da maioria das pessoas ou seja 65% que são atendidas são de Pau

dos Ferros RN, e as outras são das cidades circunvizinhas Alexandria, Venha Ver, Marcelino

Vieira, José da Penha.

Sobre a importância da APAE foi de grande importância, pois houve mudanças

sociais, as respostas dos usuários foram unânimes, o empreendimento social vem mudando a

qualidade de vida dos portadores, e que os atendimentos oferecidos são satisfatórios, e que

vem cumprindo sua missão, em que demonstra de forma unânime a preocupação com os

usuários, e que os colaboradores e voluntários prestam atendimento satisfatório na APAE,e

sobre as instalações 90% revelaram que são adequadas, e sobre a questão aberta na qual

direcionava o que necessitava ser melhorado na APAE, 55% afirmam que não precisa mudar

nada, 18% dizem que está tudo ótimo, 17% estão insatisfeitos com as passagem e/ou

transporte, 8% confirmam que está tudo bom e 2% diz que deve manter o padrão, ou seja,

maioria apontaque não há nenhuma necessidade de mudança, todos os serviços estavam sendo

realizados de acordo com as necessidades.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

De acordo com o que foi exposto, o empreendedorismo social é idealizado por pessoas

que possuem o espírito de fazer a diferença, em que a APAE mesmo tendo dificuldades

internas quanto as doações serve como modelo de instituição solidária, bastando observar os

beneficiários que comprovam a utilidade da mesma, cumpridora da sua missão

organizacional. A APAE se caracteriza-se como um empreendimento social, atende um

determinado grupo dentro do alto oeste Potiguaré que a maioria dos funcionários são

voluntários ou colaboradores, que dispõem seu tempo para ajudar os clientes que chegam a

unidade.

A mesma necessita buscar um meio de sanar o item referente a verbas para um melhor

atendimento aos portadores de necessidades especiais.

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Mediante o exposto, conclui-se a pesquisa tem muito a contribuir aumentando o

conhecimento, onde posteriormente desperte nos futuros administradores o desejo de ampliar

o número de organizações nessa atividade, que venham se destacar como APAE.

6. REFERÊNCIAS

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