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ddee OObbrraass PPúúbblliiccaass P R O C E D I M E N T O S D. L. 59/99, de 2 de Março
Direcção Geral do Desenvolvimento Regional
Coordenação do Fundo de Coesão
Edição Direcção-Geral do Desenvolvimento Regional
R. de São Julião , nº 63 1149-030 Lisboa
Capa Dimensão 6 Impressão Serviços de reprografia da DGDR - Duarte Gabriel Tiragem (1ª versão) 500 exemplares
NOTA PRÉVIA A contratação pública é uma matéria particularmente sensível e estrategicamente determinante no que se refere à articulação entre as funções de gestão e controlo de investimentos públicos. Tanto para as entidades mais directamente ligadas à execução desses investimentos como para as que assumem responsabilidades de gestão e controlo dos respectivos financiamentos os procedimentos de contratação constituem factor determinante na concretização de objectivos de eficiência e eficácia na afectação dos recursos disponíveis. O volume financeiro das transferências do orçamento da União Europeia, que nos últimos anos têm contribuído para a realização de um conjunto de investimentos decisivos para o desenvolvimento de Portugal, justificou a mobilização de um significativo conjunto de recursos técnicos e humanos em torno da programação e do acompanhamento da execução desses investimentos a nível nacional e promoveu uma troca de experiências e conhecimentos que, embora menos visíveis do que a obra feita, terão um impacte positivo indiscutível. A capacidade de transformar este imenso esforço nacional em resultados concretos a nível da melhoria da qualidade de vida de um número cada vez maior de portugueses - na medida em que conseguimos fazer mais com melhor qualidade e maior rigor, é um desafio que se coloca a todos os que participam neste processo. A gestão dos financiamentos e a transposição de directivas comunitárias constituíram, por vezes, a ocasião determinante para definir o quadro legal e institucional nesta área. Mas os princípios que justificam as decisões tomadas ultrapassam claramente esse contexto e devem merecer-nos uma atenção especial. De facto todo o enquadramento legal se baseia em princípios que constituem referência para a definição de procedimentos e avaliação dos resultados da sua aplicação. Havendo que contrariar a tentação de pensar que é possível prever e regulamentar “a priori” todas as ocorrências futuras, torna-se fundamental reforçar a identificação dos princípios que presidem à definição de procedimentos. Face a situações que não se encontrem previamente tipificadas, são os princípios que irão permitir escolher as alternativas mais coerentes e será também com referência aos princípios que se poderá testar a capacidade da regulamentação em vigor para atingir efectivamente os objectivos invocados para a sua aplicação. Neste sentido, um enquadramento legal que não seja capaz de manter um diálogo constante com os resultados práticos da sua aplicação dificilmente dará os frutos desejados, embora possa tornar bastante espinhosa a missão de quem o deve aplicar. A Direcção Geral de Desenvolvimento Regional tem responsabilidades particulares nesta matéria, pelo conjunto de informação que gere, pela rede diversificada de contactos onde se insere e pela sua posição num processo exigente mas rico de potencialidades.
O manual que agora se divulga é um simples instrumento de trabalho, mas a sua utilização pode constituir ocasião para um diálogo entre as diferentes entidades envolvidas na execução e no acompanhamento e controlo dos investimentos públicos. A proposta de elaboração do Manual surgiu na sequência de uma acção de formação sobre a aplicação do D.L. nº 59/99, de 2 de Março, da iniciativa da DGDR, em que o autor assumiu o papel de formador. A acção era dirigida a técnicos ligados à gestão nacional e sectorial do Fundo de Coesão mas foi frequentada também por outros técnicos da DGDR. Nessa ocasião, a experiência de quem acompanha a execução de contratos empreitada de obra pública suscitou uma interessante reflexão sobre as condicionantes, consequências previsíveis e alcance da evolução que tem sofrido o enquadramento legal no âmbito da contratação pública. Desde logo ficou evidente que era preciso alargar o diálogo sobre este assunto, tendo também algumas entidades executoras de projectos com apoio do Fundo de Coesão manifestado, em reuniões das Comissões de Acompanhamento, o seu interesse no acesso a este tipo de instrumentos de trabalho. Será também importante que este diálogo não se limite a uma “conversa interna” à administração e saiba abrir-se às empresas prestadoras de serviços e fornecimentos que têm sido actores determinantes na transformação das condições de vida das populações. O Dr. Fernando Silva, autor do presente trabalho, funcionário do quadro da Inspecção-Geral de Finanças, depois de ter assessorado o Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e das Obras Públicas, com particular incidência na preparação de legislação nesta área, exerce actualmente funções dirigentes na Inspecção-Geral de Obras Públicas Transportes e Comunicações. O seu conhecimento da matéria em causa e da Administração deram-lhe condições para elaborar o presente trabalho com a qualidade que nos apraz registar. Justifica-se efectivamente uma palavra de reconhecimento ao Dr. Fernando Silva que correspondeu positivamente à nossa proposta. As opções de conteúdo e natureza do texto são da sua autoria e consideramos que preenchem os objectivos de clareza e pragmatismo que lhe foram solicitados. O documento permite uma consulta por assuntos, mas considera-se aconselhável a sua leitura na integra, tendo nomeadamente em conta que algumas alterações introduzidas com o D.L. nº 59/99, poderão passar despercebidas. Algumas destas alterações acentuam a necessidade de uma programação mais rigorosa, sendo cada vez mais reduzido o espaço para a adopção de soluções de recurso durante a execução dos contratos. É pois como muito gosto que pomos à disposição de todos os interessados este documento, esperando que além de ser utilizado como instrumento de trabalho possa constituir referência para manter em aberto o diálogo e a reflexão sobre a matéria em causa. DGDR Junho de 2001
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Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
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Fundo de Coesão 2
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
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Fundo de Coesão 3
Índice*
ÍNDICE
1. Noção de Obra Pública
2. Modo de realização de obras públicas
3. Âmbito de aplicação do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
4. Princípios jurídicos que orientam o procedimento de contratação pública
5. Autorização da abertura do procedimento de contratação
6. Autorização da despesa
7. Tipos de Empreitadas
8. Tipos de procedimentos de contratação de empreitadas
9. Escolha dos procedimentos
10. Publicidade dos concursos
11. Prazos e forma de contagem
12. Requisitos dos concorrentes
13. O concurso público
14. O concurso limitado
15. O concurso por negociação
16. O ajuste directo
17. A prestação de garantia
18. A celebração do contrato
19. O visto do Tribunal de Contas
20. A consignação dos trabalhos
21. A execução dos trabalhos
22. Os pagamentos ao empreiteiro
23. A recepção provisória da obra
24. O inquérito administrativo
25. A conta da empreitada
26. O prazo de garantia
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Índice*
27. A recepção definitiva
28. A restituição e a extinção da caução
29. As subempreitadas
30. A concessão de obras públicas
31. Rescisão e resolução convencional do contrato de empreitada
32. Contencioso dos contratos
33. Legislação conexa
34. Índice do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
35. Índice do Manual de Procedimentos
36. Índice Temático
37. Alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 59/99
38. Siglas
* Este índice permite mais facilmente identificar o assunto tratado através da visualização
da caixa apresentada no início de cada página. Para um maior detalhe dos assuntos
tratados sugere-se a consulta do Índice do manual na página 219 e seguintes.
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NOÇÃO DE OBRA PÚBLICA
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Noção de Obra Pública
1
Obra Pública
Qualquer obra de construção, reconstrução, ampliação, alteração,
reparação, conservação, limpeza, restauro, adaptação, beneficiação e
demolição
de bens imóveis1,
destinada a preencher, por si mesma, uma função económica ou
técnica,
executada por conta de um dono de obra pública2
Artigo 1º, nº 1 do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março (*)
A Directiva nº 93/37/CEE apresenta-nos uma noção de obra mais simples:
Obra é o resultado de trabalhos de construção ou de engenharia civil
destinado a preencher, por si mesmo, uma função económica ou técnica
Notas:
1- O artigo 204º, nº 1 do Código Civil elenca como coisas imóveis os prédios rústicos
e urbanos, as águas, as árvores, os arbustos e os frutos naturais, os direitos
inerentes aos imóveis mencionados e as partes integrantes dos prédios rústicos e
urbanos.
2- Sobre quem são os donos de obras públicas, vide página 19.
(*) Futuramente, na falta de referência expressa a diploma legal, entende-se a mesma como feita para o
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março.
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MODO DE REALIZAÇÃO DE
OBRAS PÚBLICAS
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Modo de realização de Obras Públicas
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As obras públicas podem ser realizadas por:
Empreitada1
O dono da obra adjudica a outrem a
execução (que poderá ainda incluir a
concepção) dos trabalhos de construção ou
de engenharia civil, mediante o pagamento
de um preço
Concessão2
O dono da obra (concedente) entrega a
outrem (concessionário) a concepção e
execução dos trabalhos, bem como a
exploração do seu resultado
(empreendimento) durante um período de
tempo determinado
Administração Directa3 O dono da obra executa a obra com os seus
próprios meios (humanos e materiais) ou
com o recurso ao seu aluguer
Artigo 1º, nº 2
Notas:
1- A empreitada é o modo mais usual de executar obras públicas.
2- Hoje em dia cada vez se recorre mais à concessão para levar a cabo grandes obras
públicas (em sistema de «Project finance»): construção de pontes e auto-estradas.
3- Está em desuso o recurso à administração directa: subsiste ainda, essencialmente,
ao nível da administração local, na execução de pequenos trabalhos de pavimentação
ou de instalação ou renovação de redes de esgotos, água, etc.
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ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO DECRETO-LEI
Nº 59/99, DE 2 DE MARÇO
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
3
Artigo 2º
Decreto-Lei nº 59/99, de
2 de Março
(Regime jurídico das
Empreitadas de Obras
Públicas)
(*) Alterado pela Lei nº 163/99, de 14 de Setembro e pelo Decreto-Lei
nº 159/2000, de 27 de Julho
Artigo 3º
AA qquuee ssee aapplliiccaa??
AA qquueemm ssee aapplliiccaa??
Âmbito
Objectivo
Âmbito
Subjectivo
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
3
Âmbito Objectivo – aplica-se a:
Empreitadas
de obras públicas
Engloba os trabalhos previstos no nº 1 do artigo 1º do Decreto-Lei
nº 59/99, de 2 de Março (construção, reconstrução, ampliação,
alteração, reparação, conservação, limpeza, restauro, adaptação,
beneficiação e demolição de bens imóveis), bem como
Os trabalhos que se enquadrem nas subcategorias previstas no
Decreto-Lei nº 61/99, de 2 de Março (artigo 26º, nº 2) e que se
encontram discriminadas, de forma exaustiva, na Portaria nº 412-
I/99, de 4 de Junho, alterada pela Portaria nº 660/99, de 17 de
Agosto.
Concessões
de obras públicas
Segundo o Prof. Marcello Caetano a concessão de obra pública
verifica-se quando uma pessoa colectiva de direito público transfere
para outra pessoa o poder de construir, por conta e risco próprios,
determinadas coisas artificiais, v.g., uma ponte ou uma via férrea,
destinadas ao uso público directo ou ao estabelecimento de um
serviço público, as quais ficarão na posse do concessionário durante
certo número de anos, cobrando este aos utentes as taxas que forem
fixadas.
Artigo 2º, nºs 1 e 2
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
3
Não se aplica a:
Fornecimentos
(ainda que de obras
públicas)
Segundo o nº 3 do artigo 1º os fornecimentos de obras públicas
regem-se, como quaisquer outros, pelo regime geral de
fornecimentos aprovado pelo Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho.
Concessões
de serviços
públicos
Segundo o Prof. Marcello Caetano é o contrato pelo qual uma pessoa
colectiva pública a quem competia criar e explorar em exclusivo um
certo serviço público de carácter empresarial, por não querer
assumir o encargo da respectiva gestão, encarrega, nos limites da
lei, uma outra pessoa, geralmente uma entidade privada, dessa
gestão, transferindo-lhe temporariamente o exercício dos direitos e
poderes necessários e impondo-lhe os correspondentes deveres.
Artigo 2º, nº 6
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
3
O Decreto-Lei nº 59/99 também não se aplica:
1- A contratos de empreitada que se regem por regras processuais
diferentes celebrados entre o Estado Português e um ou vários países
terceiros à União Europeia;
2- A contratos de empreitada que se regem por regras processuais
diferentes celebrados entre o Estado Português e empresas de outro
Estado, ao abrigo de um Acordo Internacional relativo ao
estacionamento de tropas;
3- A contratos de empreitada celebrados ao abrigo de regras
específicas de uma organização internacional.
Artigo 4º, nº 1
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
3
Estado
Estado, em sentido restrito, ou seja, a Administração Estadual Directa (Ministérios e serviços directamente dependentes)
Institutos Públicos Ex: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Instituto de Comunicações de Portugal
Associações Públicas
Integram, juntamente com os institutos públicos, a Administração Estadual Indirecta. Ex: Ordem dos Advogados, Ordem dos Engenheiros, Cooperativas de Interesse Público (Régies Cooperativas)
Autarquias locais e
outras entidades sujeitas
à tutela administrativa
Autarquias locais são, nos termos do art.236º da CRP, os municípios, as freguesias e as regiões administrativas. Entidades equiparadas (isto é, sujeitas à tutela administrativa, nos termos da Lei nº 27/96, de 1 de Agosto) são as áreas metropolitanas, as assembleias distritais e as associações de municípios de direito público
Âmbito Subjectivo Aplica-se a DONOS de OBRAS PÚBLICAS (na acepção do artigo 7º o dono de obra pública é a pessoa colectiva que manda executá-la)
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
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Órgão Competentes das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira
Associações integradas por
autarquias locais ou outras pessoas colectivas de direito público
Empresas públicas e
sociedades anónimas de capitais maioritária ou exclusivamente
públicos
Porém, estas podem ser isentadas da aplicação deste regime jurídico, mediante decreto-lei, relativamente às empreitadas de valor inferior aos limiares comunitários (nº 3 do artigo 4º) Encontram-se igualmente abrangidas as empresas (públicas) municipais, cuja criação foi regulamentada pela Lei nº 58/98, de 18 de Agosto.
Concessionárias
de serviços públicos
Ex: EPAL – Empresa Portuguesa de Águas de Lisboa Apenas estão abrangidas quanto às empreitadas de montante igual ou superior aos limiares comunitários.
Entidades dotadas de personalidade jurídica, criadas para satisfazer necessidades de interesse geral, sem carácter industrial ou comercial e relativamente às quais se verifique uma das seguintes condições:
• A sua actividade seja financiada em mais de 50% por uma das entidades anteriormente assinaladas;
• A sua gestão esteja sujeita a um controlo por parte dessas entidades;
• Os órgãos de administração, direcção ou fiscalização sejam compostos, em mais de 50%, por membros designados por alguma dessa entidades.
São as pessoas colectivas de direito privado, e de interesse público. Ex: Misericórdias e Associações de Bombeiros Voluntários.
Associações destas últimas entidades
Artigo 3º
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Âmbito de aplicação do
Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
3
Para além dos âmbitos de aplicação objectivo e subjectivo, existe um
outro que poderemos chamar de âmbito excepcional:
Âmbito Excepcional - aplica-se ainda:
A Empreitadas (ainda que levadas a cabo por entidades privadas)
que sejam financiadas directamente em mais de 50% por
entidades que sejam donos de obra pública (1).
Artigo 2º, nº 5
Aos Contratos Mistos em que a componente de maior expressão
financeira corresponde aos trabalhos da empreitada (2).
Artigo 5º
Notas: (1) Pretende-se, com este normativo, evitar que se recorra à transferência de capitais públicos para entidades privadas tendo em vista a realização de obras sem sujeição ao regime jurídico das empreitadas de obras públicas. Assim, uma obra privada está sujeita ao Decreto-Lei nº 59/99 desde que seja maioritariamente paga com dinheiros públicos. (2) Contrato misto é aquele que engloba simultaneamente uma parte de empreitada e uma parte de aquisição ou locação de bens e serviços.
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PRINCÍPIOS JURÍDICOS QUE ORIENTAM O
PROCEDIMENTO DE CONTRATAÇÃO
PÚBLICA
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Princípios jurídicos que orientam o procedimento de contratação pública
4
Os princípios gerais da contratação pública encontram-se previstos no Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho que aprovou o regime jurídico das aquisições de bens e serviços. A utilidade destes princípios é essencialmente reconhecida na ausência de normas jurídicas aplicáveis a um caso concreto. Funcionam como «bóias de orientação». São os seguintes: DL 197/99, de 8 de Junho
Princípio da legalidade
Os donos de obra apenas podem adoptar procedimentos legal-mente tipificados. Daí que não podem, v.g., definir um procedimento de adjudicação diferente dos previstos na lei.
Artigo 7º, nº 1
Princípio da
prossecução do interesse público
O procedimento adjudicatório não é um fim em si mesmo mas o meio que irá permitir a satisfação de necessidades colectivas. Daí que se admita a dispensa de certos actos procedimentais sempre que o interesse público assim o exija.
Artigo 7º, nº 2
Princípio da
transparência
Os critérios de adjudicação e as condições essenciais do contrato devem estar previamente definidos no momento de abertura do concurso e ser divulgados a partir desse momento. Com isto pretende-se evitar «arranjos futuros» de acordo com uma determinada proposta.
Artigo 8º, nº 1
Princípio da publicidade
Deve ser dada adequada publicidade a todos os momentos externamente relevantes do procedimento concursal.
Artigo 8º, nº 2
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Princípios jurídicos que orientam o procedimento de contratação pública
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Princípio da igualdade
A entidade adjudicante deve manter uma conduta estri-tamente igual para todos os concorrentes, não podendo adoptar medidas que possam constituir actos de discriminação.
Artigo 9º
Princípio da concorrência
Deve garantir-se o mais amplo acesso aos procedimentos dos interessados em contratar, devendo, em cada um deles, ser consultado o maior número de potenciais interessados.
Artigo 10º
Princípio da
imparcialidade
Nos procedimentos adjudicatórios em momento algum se podem valorar interesses particulares (de natureza pessoal, política, religiosa ou outra) que possam viciar a escolha.
Artigo 11º
Princípio da
proporcionalidade
Deve escolher-se o proce-dimento, dentro dos limites da lei, que se revele mais adequado aos fins a atingir, devendo ser dispensados os actos ou diligências que se revelem inúteis ou meramente dilatórios.
Artigo 12º
Princípio da boa fé
As entidades contratantes devem agir segundo as exigências da entidade, autenticidade e veracidade na comunicação.
Artigo 13º
Princípio da estabilidade
O procedimento concursal deve manter-se estável durante a sua realização.
Artigo 14º
Princípio da responsabilidade
As entidades, funcionários e agentes podem ser responsabilizados civil, financeira e disciplinarmente pela prática de actos que violem as disposições legais do Decreto-Lei nº 59/99. Por outro lado, os serviços públicos de natureza fiscalizadora deve comunicar às entidades competentes as infracções detectadas.
Artigo 15º
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AUTORIZAÇÃO DA ABERTURA DO
PROCEDIMENTO DE CONTRATAÇÃO
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Autorização da abertura do concurso
5
A autorização para a abertura do concurso e
a escolha do tipo de procedimento de contratação
cabe à entidade competente para autorizar a despesa
Artigo 79º, nº 1, aplicável por força do artigo 4º, nº 1, alínea a), ambos do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
Nota: Para saber qual é a entidade competente para autorizar a despesa, vide os quadros das páginas 33 a 40.
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AUTORIZAÇÃO DA DESPESA
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Autorização da despesa
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Atenção: A despesa a considerar é a do custo total da empreitada.
Artigo 16º, nº 1 do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
É proibido o fraccionamento da despesa com a intenção de a subtrair à aplicação das normas do Decreto-Lei nº 197/99.
Artigo 16º, nº 2 do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
Porém, de acordo com o n.º 3 do artigo 8º do Decreto-Lei n.º 59/99, que remete para o artigo 10º do Decreto-Lei n.º 55/95, de 29 de Março (remissão que agora deve ser entendida como feita para o artigo 205º, n.º 2 do Decreto-Lei n.º 197/99: É permitida a divisão de uma empreitada em partes desde que cada uma delas respeite a um tipo de trabalho tecnicamente diferenciado dos restantes ou deva ser executada com intervalo de um ano ou mais relativamente às outras
Assim, o Decreto-Lei nº 59/99 permite, no seu artigo 53º, a Divisão da Empreitada em Lotes:
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Autorização da despesa
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Como funciona esta regra?
1- Uma obra pode ser dividida em vários lotes, correspondendo a cada lote um contrato de empreitada. Porém, o valor de cada lote deve ser tido em conta para o cálculo do valor total da obra (ou seja, o valor total da obra é igual à soma dos diversos contratos de empreitada). 2- Cada contrato de empreitada tem, em princípio, autonomia relativamente aos restantes. Porém, se o valor cumulativo de todos os lotes igualar ou exceder os limiares comunitários é obrigatório o envio para o Serviço de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias (SPOCE) dos anúncios relativos ao lançamento de todas as empreitadas relativas aos diferentes lotes de uma mesma obra. 3- Pode ser dispensado o envio dos anúncios referentes aos lotes cujo valor seja inferior a um quinto dos limiares comunitários, desde que o montante cumulativo desses lotes não exceda 20% do valor cumulativo de todos os lotes.
Exemplo de aplicação: Uma obra, de custo total orçado em 1 500 000 contos, foi dividida em 5 lotes, da seguinte forma:
• Lote A: 500 000 contos;
• Lote B: 400 000 contos; • Lote C: 400 000 contos;
• Lote D: 100 000 contos;
• Lote E: 100 000 contos. Segundo o ponto 2 seria obrigatório o envio ao SPOCE dos anúncios relativos a todos os lotes (porque a soma ultrapassa o limiar comunitário de 5 000 000 DSE (5 358 153 Euros ou seja 1 074 213 contos). Porém, segundo o ponto 3 é dispensado o envio dos anúncios relativos aos lotes D e E uma vez que cada um deles (100 000 contos) é inferior a um quinto do limiar comunitário (214 843 contos) e porque a soma dos dois (200 000 contos) não excede 20% do valor cumulativo de todos os lotes (300 000 contos).
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Autorização da despesa
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Regra Básica: São competentes (de modo próprio) para autorizar as despesas com empreitadas:
Na Administração Central e Regional
Conselho de Ministros Sem limite
Primeiro-Ministro < 1 500 000 contos
(7 481 968 Euros)
Ministros < 750 000 contos
(3 740 984 Euros)
Órgãos máximos de organismos com autonomia administrativa e financeira
<40 000 contos
(199 519 Euros)
Directores-Gerais ou equiparados e órgãos máximos de serviços com autonomia administrativa
< 20 000 contos
(99 760 Euros)
Artigo 17º, nº 1 do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
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Autorização da despesa
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Na Administração Local
Câmaras Municipais Sem limite
Juntas de Freguesia Sem limite
Conselhos de Administração das Associações de Municípios ou de Freguesias
Sem limite
Órgãos executivos de entidades equiparadas a autarquias locais
Sem limite
Presidentes de Câmara <30 000 contos
(149 639 Euros)
Conselhos de Administração dos Serviços Municipalizados
<30 000 contos
(149 639 Euros)
Artigo 18º, nº 1 do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
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Autorização da despesa
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2ª Regra: As despesas com empreitadas devidamente discriminadas e incluídas em planos de actividade aprovados pelo respectivo Ministro podem ser autorizadas:
Na Administração Central e Regional
Órgãos máximos de organismos com autonomia administrativa e financeira
< 60 000 contos
(299 279 Euros)
Directores-Gerais ou equiparados e órgãos máximos de serviços com autonomia administrativa
< 30 000 contos
(149 639 Euros)
Artigo 17º, nº 2 do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
3ª Regra: As despesas com empreitadas devidamente discriminadas e incluídas em planos ou programas plurianuais legalmente aprovados podem ser autorizadas:
Na Administração Central e Regional
Primeiro-Ministro e Ministros Sem limite
Órgãos máximos de organismos com autonomia administrativa e financeira
< 200 000 contos
(997 596 Euros)
Directores-Gerais ou equiparados e órgãos máximos de serviços com autonomia administrativa
< 100 000 contos
(498 798 Euros)
Artigo 17º, nº 3 do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
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Autorização da despesa
6
4ª Regra:
Autorização de despesas com empreitadas ao abrigo da delegação de competências:
Na Administração Central
1. As competências do Conselho de Ministros consideram-se delegadas no Primeiro-Ministro.
2. O Primeiro-Ministro pode subdelegar, caso a caso, no Ministro das Finanças as competências previstas no número anterior.
3. A competência dos Ministros para autorizar despesas superiores a 500 000 contos (2 493 989 Euros) só pode ser delegada ou subdelegada em membros do Governo.
4. As delegações e subdelegações de competência efectuadas nos Secretários e Subsecretários de Estado englobam, salvo indicação expressa em contrário, a competência para autorizar despesas com empreitadas até 750 000 contos (3 740 984 Euros) ou 375 000 contos (1 870 492 Euros), consoante se trate ou não, respectivamente, de despesas relativas à execução de programas plurianuais.
Artigo 28º do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
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Autorização da despesa
6
Na Administração Local
As Câmaras Municipais podem delegar nos Conselhos de Administração dos Serviços Municipalizados, sem limite
As Câmaras Municipais podem delegar nos seus Presidentes
até 150 000 contos (748 197 Euros)
Os Conselhos de Administração dos Serviços Municipalizados podem delegar
nos seus Presidentes
até 50 000 contos (249 399 Euros)
As Juntas de Freguesia podem delegar nos seus Presidentes
até 20 000 contos (99 760 Euros)
Os Presidentes de Câmara ou os Vereadores podem delegar
nos dirigentes municipais(*)
até 10 000 contos (49 880 Euros)
Artigo 29º do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho
(*) A delegação e subdelegação de competências nos dirigentes municipais encontra-se prevista no artigo 70º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro (Lei de atribuições e competências das autarquias locais). Dirigentes municipais são, nos termos do artigo 2º do Decreto-Lei nº 514/99, de 24 de Novembro, os seguintes: a) Director Municipal, equiparado a Director-Geral; b) Director de Departamento Municipal, equiparado a Director de Serviços; c) Chefe de Divisão Municipal, equiparado a Chefe de Divisão; d) Directo do Projecto Municipal, equiparado a Director de Departamento ou Chefe de Divisão
Municipal, consoante a deliberação da Assembleia Municipal.
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Autorização da despesa
6
Alteração do montante da despesa autorizada: A competência para autorização da despesa inicial da empreitada, fixada ao abrigo dos artigos 17º e 18º(*) do Decreto-Lei nº 197/99, mantém-se para as despesas provenientes de:
• Alterações; • Variantes; • Revisões de preços e • Contratos adicionais,
Desde que o respectivo custo total não exceda 10% do limite da competência inicial
Artigo 21º, nº 1 do Decreto-Lei nº 197/99
Para além deste montante, a autorização do acréscimo de despesa compete à entidade que detém competência para autorizar a totalidade da despesa
Artigo 21º, nº 2 do Decreto-Lei nº 197/99
Exemplo prático: O Presidente da Câmara tem competência própria para autorizar despesas com empreitadas até 30 000 contos, bem como para autorizar despesas com alterações, revisões de preços e trabalhos adicionais cujo custo total (destes acréscimos) não ultrapasse 10% do limite da sua competência inicial, ou seja, 3 000 contos (10% de 30 000 contos). Se aqueles acréscimos ultrapassarem 10% (v.g., 4 000 contos), a autorização do acréscimo (1 000 contos) cabe à Câmara Municipal, enquanto entidade competente para autorizar a totalidade da despesa. _____________ (*) Muito embora o artigo 21º apenas faça referência ao artigo 17º (daí parecendo querer significar que apenas se aplica à administração central), considera-se que, numa interpretação correctiva, se deve entender como igualmente aplicável à administração local (artigo 18º) uma vez que aquela disposição legal tal como está resulta incoerente, do ponto de vista jurídico.
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TIPOS DE EMPREITADAS
7
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Tipos de empreitadas
7
Tendo por base o modo de retribuição do empreiteiro as
empreitadas podem ser de três tipos:
Artigo 8º, nº 1
Empreitada por preço global (Artigos 9º a 17º)
A remuneração do empreiteiro é previamente fixada tendo por base a realização de todos os trabalhos necessários à execução da obra, quer em termos de espécie de trabalhos, quer em termos de quantidades
Empreitada por série de
preços (Artigos 18º a 21º)
A remuneração do empreiteiro é a que resulta da aplicação dos preços unitários previstos no contrato, para cada espécie de trabalho, às quantidades efectivamente executadas
Empreitada por percentagem (Artigos 39º a 44º)
A remuneração do empreiteiro resulta da execução dos trabalhos pelo seu preço de custo (directo), acrescido de uma percentagem destinada a cobrir os encargos de administração (custos indirectos) e de remuneração da empresa (lucros)
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Tipos de empreitadas
7
NOTAS DE APOIO
É legalmente possível adoptar numa mesma obra os diferentes
tipos de remuneração, desde que para distintas partes da obra ou
diferentes tipos de trabalhos.
Artigo 8º, nº 2
As empreitadas mais frequentes são as de preço global ou por
série de preços.
A adopção da modalidade de preço global implica um perfeito
conhecimento das características da obra a executar.
O projecto deve determinar com clareza a espécie e a quantidade dos
trabalhos a executar.
A empreitada por série de preços ou por medição é utilizada na
realização onde é difícil prever, com exactidão, as quantidades de
trabalhos a executar. Daí que se definam com rigor os preços unitários
a aplicar às diversas espécies de trabalhos, sendo as quantidades
previstas no contrato meramente indicativas.
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TIPOS DE PROCEDIMENTOS DE
CONTRATAÇÃO DE EMPREITADAS
8
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Tipos de procedimentos de contratação de empreitadas
8
Os procedimentos de contratação pública são:
Concurso Público
Quando todas as entidades que possuem os requisitos legais exigidos podem apresentar proposta
Concurso Limitado
Só as entidades convidadas pelo dono da obra podem apresentar proposta
Concurso por Negociação
Quando o dono da obra negoceia directamente com, pelo menos, 3 entidades seleccionadas para o efeito
Ajuste Directo
Quando a entidade é escolhida independentemente de concurso
Artigo 47º
Nota: A Regra é o concurso público; porém, a lei admite a utilização de outros procedimentos mais simples desde que preenchidas determinadas condições.
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ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS
9
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Escolha dos procedimentos
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A escolha do procedimento de contratação pode ser feita:
Artigo 48º, nº 1
O Que é o valor estimado do contrato? F Nas empreitadas por preço global é o preço base do concurso; F Nas empreitadas por série de preços ou por percentagem é o custo provável dos trabalhos previstos.
Artigo 48º, nº 3
Nota: A escolha do procedimento é assim definida com base num custo provável (ou orçamentado), ainda que posteriormente se verifique que a proposta vencedora é superior ao limite previsto para o procedimento escolhido. Coisa diferente estabelece o nº 1 do art. 82º do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho (artigo não aplicável às empreitadas): «Quando o valor da proposta a adjudicar não seja consentâneo com o tipo de procedimento que foi adoptado de acordo com os valores fixados (...) deve proceder-se à abertura de um novo procedimento que observe os limites fixados (...)».
1 Atendendo ao valor
estimado do contrato
2 Independentemente do
valor do contrato
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Escolha dos procedimentos
9
A escolha do procedimento pode ser feita:
1 Atendendo ao valor estimado do contrato
Concurso Público
≥ 25 000 contos (124 699 Euros)
Com publicação de anúncio
≥ 25 000 contos (124 699 Euros)
Concurso Limitado
Sem publicação de
anúncio ≥ 8 000 contos (39 904 Euros)
e < 25 000 contos (124 699 Euros)
Concurso
por Negociação
≥ 5 000 contos (24 940 Euros) e
< 8 000 contos (39 904 Euros)
Com consulta ≥ 1 000 contos (4 988 Euros) e < 5 000 contos (24 940 Euros)
Ajuste Directo
Sem consulta
< 1 000 contos (4 988 Euros)
Artigo 48º, nº 2
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Escolha dos procedimentos
9
Ou pode ser feita, independentemente do valor, desde que preenchidos os seguintes requisitos, consoante os casos:
2 Independentemente do valor do contrato
Concurso Limitado
com publicação de
anúncio
Quando a complexidade do objecto do concurso aconselhe maior exigência de qualificação dos concorrentes, designadamente, experiência anteriormente reconhecida
Artigo 122º
Quando as propostas apresentadas em anterior concurso público ou limitado sejam irregulares ou inaceitáveis (cfr. Art. 94º, nº 2) e o concurso por negociação se destine à execução da mesma obra
Quando se trate de obras a realizar para fins de investigação, de ensaio ou aperfeiçoamento
Excepcionalmente, quando se trate de obras cuja natureza ou condicionalismos não permitam uma fixação prévia e global do preço (obras de elevada complexidade)
Concurso por negociação
Quando for possível o recurso ao ajuste directo, nos termos do art. 136º
Artigo
134º, nº 1
Quando em concurso público ou limitado aberto para a adjudicação da obra não houver sido apresentada nenhuma proposta ou proposta adequada (por se verificarem as situações previstas nas alíneas b), c), e) e f) do nº 1 do art. 107º)
Quando se trate de obras cuja execução, por motivos técnicos, artísticos ou relacionados com a protecção de direitos exclusivos, só possa ser confiada a uma determinada entidade
Quando, por motivos de urgência imperiosa resultante de acontecimentos imprevisíveis e não imputáveis ao dono da obra, não possam ser cumpridos os prazos exigidos pelos concursos público, limitado ou por negociação
Quando se trate de obras novas que consistam na repetição de obras similares contratadas pelo mesmo dono de obra com a mesma entidade, desde que essas obras estejam em conformidade com um projecto base comum, tenham sido adjudicadas mediante concurso público ou limitado com publicação de anúncio e não tenham decorrido mais de 3 anos desde a data do contrato inicial
Ajuste Directo
Quando se trate de contratos declarados secretos ou cuja execução deva ser acompanhada de medidas especiais de segurança ou quando a protecção dos interesses essenciais do Estado Português o exigir
Artigo 136º, nº 1
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PUBLICIDADE DOS CONCURSOS
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Publicidade dos concursos
10
1ª regra: A publicação dos anúncios (quando exigível) é feita: v Na 3ª Série do Diário da República,
v Num jornal de âmbito nacional, e
v Num jornal de âmbito regional da área onde a obra vai ser executada.
Artigo 52º, nº 1
2ª regra: Se a obra for de valor igual ou superior aos limiares comunitários(*), além da publicidade referida na 1ª regra, deve o anúncio ser publicado: v no Jornal Oficial das Comunidades Europeias (JOCE).
(*) Os limiares comunitários são: 5 000 000 DSE (Direitos de saque Especiais) (=5 358 153 Euros) ou (=1 074 213 230$00) (1) 5 000 000 Euros ..................................ou (=1 002 410 000$00) (2)
(1) Este limiar é a regra. Aplica-se na generalidade das empreitadas. (2) Este limiar apenas se aplica às empreitadas levadas a cabo por entidades privadas mas que
são financiadas em mais de 50% por entidades públicas (artigo 52º, nº 3).
Artigo 52º, nº 2
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Publicidade dos concursos
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NOTA EXPLICATIVA SOBRE LIMIARES COMUNITÁRIOS: Os contravalores dos limiares comunitários relativos aos contratos públicos de obras
aplicáveis a partir de 1 de Janeiro de 2000 (apresentados na página anterior) foram
publicados na Informação nº 1999/C 379/08 (Jornal Oficial das Comunidades
Europeias nº C-379, de 31 de Dezembro de 1999).
No que respeita ao limiar 5 000 000 Euros não existe qualquer dificuldade, uma vez
que através do Regulamento nº 2866/98, do Conselho Europeu, de 31 de Dezembro
foi fixada, em definitivo, a taxa de conversão de escudos para euros (1 Euro =
200,482 $00).
A dificuldade reside na conversão de DSE (Direitos de Saque Especiais) para Euros,
uma vez que se trata de unidades monetárias em constante alteração.
O DSE é uma moeda de referência definida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI)
e utilizada no âmbito do Acordo sobre Contratos Públicos da Organização Mundial do
Comércio.
Para obter a cotação diária do DSE pode consultar-se a página do Banco de Portugal
na Internet e pesquisar «Cotações do Direito de Saque Especial» em
«www.bportugal.pt» ou aceder directamente através do seguinte endereço
«www.bportugal.pt/rates/Des/txoursdr/OUReur_p.htm».
Para obviar a esta dificuldade está em estudo a possibilidade de reduzir os dois
limiares a um único (v.g., 5 300 000 Euros), eliminando a referência “equivalente de
DSE em euros” e indicando todos os limiares em euros até um nível compatível com
as obrigações internacionais da Comunidade Europeia com o Acordo sobre Contratos
Públicos.
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Publicidade dos concursos
10
Para efeitos de publicação no JOCE, deve o anúncio respectivo ser remetido ao Serviço de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias (SPOCE) em momento anterior à sua publicação no Diário da República. Morada:
Serviço de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias EUR-OP Unidade 2 – Contratos Públicos
2 rue Mercier L-2985 Luxembourg
NOTAS: - A publicação de anúncios de concurso no JOCE é gratuita.
- O anúncio não deve exceder 650 palavras.
- Os anúncios são publicados no prazo de 12 dias (5 dias, no caso de processos
urgentes) após o seu envio ao SPOCE.
- Os anúncios devem ser elaborados de acordo com os modelos de anúncio
publicados nos jornais oficiais JO L 328 de 1997 e JO L 101 de 1998.
- Os anúncios podem ser enviados pelo correio (para a morada supra indicada), por
fax ((352) 2929-44619/42670/42623), por correio electrónico
([email protected]) ou em formato Web (SIMAP.eu.int).
- Quando o aúncio é publicado, é enviada uma edição em CD-ROM do Suplemento
do JO respectivo à entidade adjudicante.
- Através da Internet é possível aceder gratuitamente à base de dados dos
concursos públicos internacionais em «http://ted.eur-op.eu.int», denominada base
TED (Tenders Electronic Daily).
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Publicidade dos concursos
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3ª regra: No início de cada ano (mês de Janeiro) os donos de obra devem enviar ao SPOCE, para publicação no JOCE, um anúncio (modelo nº1 do anexo IV do Decreto-Lei nº 59/99) contendo a identificação de todos os contratos de empreitada que tencionam celebrar durante esse ano que sejam de valor superior aos limiares comunitários.
Artigo 52º, nº 7
4ª regra: Os donos de obra devem, relativamente a empreitadas de valor superior aos limiares comunitários: v comunicar ao SPOCE qualquer decisão de não adjudicação; v enviar ao SPOCE um anúncio com os resultados de cada
adjudicação, no prazo de 48 dias.
Artigo 52º, nº 9
5ª regra:
Durante o 1º trimestre de cada ano (até finais de Março), os donos de obra pública devem remeter, para publicação na 2ª série do Diário da República, uma lista contendo a identificação de todas as adjudicações que efectuaram no ano anterior, independentemente do valor e modalidade de adjudicação.
Artigo 275º
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Publicidade dos concursos
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6ª regra:
Durante o mês seguinte ao termo de cada semestre (ou seja, em Janeiro e Julho de cada ano) os donos de obra pública devem remeter ao IMOPPI uma lista contendo a identificação de todas as adjudicações que efectuaram no semestre anterior, explicitando as partes contratantes, o objecto contratual, a natureza dos trabalhos, a modalidade de adjudicação, os custos e prazos.
Artigo 276º
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PRAZOS E FORMA DE CONTAGEM
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Prazos e forma de contagem
11
Os prazos, neste decreto-lei, contam-se da seguinte forma:
Artigo 274º
EXCEPÇÃO: Contam-se como prazos contínuos (isto é, englobam os sábados, domingos e feriados) ...
• os prazos para apresentação de propostas ou pedidos de participação;
• o prazo de execução da empreitada
Não se conta o
dia em que ocorre o evento
Apenas se
contam os dias úteis
Se o prazo
terminar em dia não
útil, o termo considera-
se transferido para o 1º dia útil seguinte
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REQUISITOS DOS CONCORRENTES
12
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Requisitos dos concorrentes
12
O 1º requisito que os concorrentes devem possuir tem a ver com
a nacionalidade.
Concorrentes nacionais
Concorrentes de outros Estados membros da União Europeia
Concorrentes de Estados signatários do Acordo sobre o
Espaço Económico Europeu (1)
Concorrentes de Estados signatários do Acordo sobre
Contratos Públicos da Organização Mundial do Comércio (2)
Artigo 54º
Notas:
1- Ver Decreto do Presidente da República nº 59/92, de 18 de Dezembro, que
ratificou o AEEE e a Resolução da Assembleia da República nº 35/92, da mesma data,
que aprovou para ratificação aquele acordo.
2- Ver Decreto do Presidente da República nº 82-B/94, de 27 de Dezembro, que
ratificou o acordo que criou a Organização Mundial do Comércio (Acordo OMC, ex-
GATT) e o Acto Final que consagrou os resultados das negociações comerciais
multilaterais do «Uruguay Round».
Podem ser admitidos à contratação de
empreitadas em Portugal:
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Requisitos dos concorrentes
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DOCUMENTOS A APRESENTAR PELOS CONCORRENTES NACIONAIS
Certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas (que
substitui o antigo «alvará»), emitido pelo IMOPPI, contendo as
autorizações necessárias para a realização da obra
Documento comprovativo da regularização da situação
contributiva para a Segurança Social, emitido pelo Instituto de
Gestão Financeira da Segurança Social
Declaração comprovativa da regularização da situação tributária
perante o Estado Português, emitida pela repartição de finanças
do domicílio ou sede do contribuinte
Documento emitido pelo Banco de Portugal mencionando as
responsabilidades do concorrente perante o sistema financeiro
português
Cópia da última declaração periódica de IRS ou IRC (ou, tratando-
se de início de actividade, cópia da respectiva declaração)
Certificados de habilitações literárias e profissionais dos quadros
da empresa responsáveis pela orientação da obra
Lista e certificados de boa execução das obras executadas de
natureza idêntica à da obra posta a concurso
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, que
mencione o equipamento a utilizar na obra
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, que
mencione os técnicos a afectar à obra, estejam ou não integrados
na empresa
Artigo 69º
Ido
neid
ad
e
Cap
aci
dad
e
Fin
an
ceir
a
Cap
aci
dad
e
Técn
ica
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Requisitos dos concorrentes 12
DOCUMENTOS A APRESENTAR PELOS CONCORRENTES DE OUTROS ESTADOS
MEMBROS DA UNIÃO EUROPEIA OU DE ESTADOS SIGNATÁRIOS DO ACORDO SOBRE
O ESPAÇO ECONÓMICO EUROPEU
Certificado de inscrição em lista oficial de empreiteiros aprovados,
emitido por entidade competente do respectivo Estado
Documento comprovativo da regularização da situação contributiva para
a Segurança Social do respectivo Estado e declaração, sob compromisso
de honra, do cumprimento das obrigações respeitantes ao pagamento
das quotizações para a segurança social no espaço económico europeu
Declaração comprovativa da regularização da situação tributária perante
o respectivo Estado, emitida pela autoridade competente e declaração,
sob compromisso de honra, do cumprimento das obrigações respeitantes
ao pagamento de impostos e taxas no espaço económico europeu
Documento emitido pelo Banco central do respectivo Estado
mencionando as responsabilidades do concorrente perante o sistema
financeiro
Cópia da última declaração periódica de imposto sobre rendimento
emitida pela competente autoridade do respectivo Estado
Certificados de habilitações literárias e profissionais dos quadros da
empresa responsáveis pela orientação da obra
Lista e certificados de boa execução das obras executadas de natureza
idêntica à da obra posta a concurso
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, que
mencione o equipamento a utilizar na obra
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, que
mencione os técnicos a afectar à obra, estejam ou não integrados na
empresa
Artigo 68º
Ido
neid
ad
e
Cap
aci
dad
e
Fin
an
ceir
a
Cap
aci
dad
e
Técn
ica
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Requisitos dos concorrentes
12
DOCUMENTOS A APRESENTAR PELOS CONCORRENTES DE OUTROS ESTADOS MEMBROS DA
UNIÃO EUROPEIA OU DE ESTADOS SIGNATÁRIOS DO ACORDO SOBRE O ESPAÇO ECONÓMICO
EUROPEU QUE NÃO SEJAM TITULARES DE CERTIFICADO DE INSCRIÇÃO EM LISTA DE
EMPREITEIROS APROVADOS OU POR CONCORRENTES DE ESTADOS SIGNATÁRIOS DO ACORDO
SOBRE CONTRATOS PÚBLICOS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO
Se for o caso, certificado de inscrição na entidade do respectivo estado
Europeu responsável pelo registo das empresas de obras públicas (cfr.
Anexo VIII do Decreto-Lei nº 59/99)
Documento comprovativo da regularização da situação contributiva para
a Segurança Social do respectivo Estado, e declaração, sob compromisso
de honra, do cumprimento das obrigações respeitantes ao pagamento
das quotizações para a segurança social no espaço económico europeu
Declaração comprovativa da regularização da situação tributária perante
o respectivo Estado, emitida pela autoridade competente e declaração,
sob compromisso de honra, do cumprimento das obrigações respeitantes
ao pagamento de impostos e taxas no espaço económico europeu
Certificados do registo criminal dos representantes legais da empresa
Documento que comprove a inexistência de estado de falência, de
liquidação, de cessação de actividade, de sujeição a qualquer meio
preventivo de liquidação de patrimónios ou situação análoga, ou que
tenham o respectivo processo pendente
Documento que comprove a inexistência de aplicação de sanção
administrativa por falta profissional grave, sanção acessória prevista na
alínea e) do nº 1 do artigo 21º do Decreto-Lei nº 433/82, de 27 de
outubro, sanção acessória prevista no Decreto-Lei nº 396/91, de 16 de
Outubro ou sanção administrativa ou judicial pela utilização de mão-de-
obra não declarada
Ido
neid
ad
e
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Requisitos dos concorrentes
12
Documento emitido pelo Banco central do respectivo Estado
mencionando as responsabilidades do concorrente perante o sistema
financeiro
Cópia da última declaração periódica de imposto sobre rendimento
emitida pela competente autoridade do respectivo Estado
Balanços ou extractos desses balanços (sempre que a sua publicação
seja exigível pela legislação do Estado de que a empresa seja nacional)
Declaração sobre o volume de negócios global da empresa e o seu
volume em obra nos últimos 3 exercícios, assinada pelo representante
legal da empresa
Certificados de habilitações literárias e profissionais dos quadros da
empresa responsáveis pela orientação da obra
Lista e certificados de boa execução das obras executadas de natureza
idêntica à da obra posta a concurso
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, incluindo lista
das obras executadas nos últimos 5 anos, acompanhada de certificados
de boa execução das obras mais importantes
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, que
mencione o equipamento a utilizar na obra
Declaração relativa aos efectivos médios anuais da empresa e ao número
dos seus quadros nos últimos 3 anos, assinada pelo representante legal
da empresa
Declaração, assinada pelo representante legal da empresa, que
mencione os técnicos a afectar à obra, estejam ou não integrados na
empresa
Artigo 67º
Cap
aci
dad
e
Técn
ica
Cap
aci
dad
e
Fin
an
ceir
a
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O CONCURSO PÚBLICO
13
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O Concurso Público
13
O concurso público é, como vimos, a forma mais solene de procedimento concursal de adjudicação. Este procedimento contempla as seguintes fases:
Abertura e apresentação da documentação
Acto público do concurso
Qualificação dos concorrentes
Análise das propostas
Adjudicação
Artigo 59º
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
Os elementos base do concurso são: Artigo 62º
PROJECTO CADERNO DE
ENCARGOS
PROGRAMA DE
CONCURSO
Estes documentos devem estar patentes nos serviços respectivos, para consulta dos interessados,
desde o dia da publicação do anúncio até ao dia e hora do acto público
(Artigo 62º, nº 2)
Estes documentos devem estar redigidos em língua portuguesa ou ser acompanhados de tradução
legalizada
(Artigo 62º, nº 3)
Os interessados podem solicitar cópia destes documentos, a fornecer pelo dono da obra a preço de
custo, devendo ser enviados no prazo máximo de 6 dias a contar da data de recepção do pedido
(Artigo 62º, nº 4)
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O Concurso Público
13
O que é o projecto? Artigo 63º
Peças Escritas
Memória ou nota descritiva e cálculos justificativos
Folhas de medições e mapas-resumo de quantidades
Programa de trabalhos
Peças Desenhadas Planta de localização
Plantas, alçados, cortes e pormenores indispensáveis à exacta e pormenorizada definição da obra
Estudos geológicos ou geotécnicos
Quem elabora o projecto?
v O dono da obra, através dos seus serviços técnicos;
v Uma empresa de projecto, contratada pelo dono da obra ao abrigo do Decreto-Lei nº 197/99;
v O empreiteiro, caso se trate de um concurso «concepção-construção», nos termos do artigo 11º
Como se elabora o projecto?
O projecto deve ser elaborado de acordo com as instruções estabelecidas na Portaria do então Ministro das Obras Públicas, de 7 de Fevereiro de 1972
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
É o conjunto de peças escritas e desenhadas suficientes para definir a obra, incluindo
a sua localização, a natureza e o volume dos trabalhos, o valor base do concurso, a
caracterização do terreno, o traçado geral e os pormenores construtivos
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
Artigo 64º O que é o caderno de encargos?
Como se elabora o caderno de encargos?
O caderno de encargos deve seguir o modelo-tipo constante da Portaria nº 104/2001, de 21 de Fevereiro.
É o documento que contém, de forma ordenada e articulada, as cláusulas jurídicas e
técnicas, gerais e especiais, a incluir no contrato
ou seja,
É o caderno de encargos que define o objecto e o regime da empreitada, o modo de
retribuição do empreiteiro, as condições gerais da empreitada, materiais a utilizar,etc.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS
O caderno de encargos deve conter as especificações técnicas, isto é, o conjunto de
prescrições técnicas que definem as características exigidas de um trabalho, material ou
produto.
Nas empreitadas de valor superior aos limiares comunitários estas especificações técnicas
são definidas pelo dono da obra com base em normas nacionais que transpõem normas
europeias, em condições de homologação europeias ou em especificações técnicas comuns.
Artigo 65º e Anexo II ao Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
O que é o programa de concurso? Artigo 66º
Como se elabora o programa de concurso?
O programa de concurso deve seguir o modelo-tipo constante da Portaria nº 104/2001, de 21 de Fevereiro.
É o documento que define os termos a que deve obedecer o procedimento de concurso,
designadamente a sua tramitação e formalidades, em especial...
As condições de admissão dos concorrentes,
As condições de apresentação das propostas,
As prescrições do programa de trabalhos,
O critério de adjudicação da empreitada, com indicação dos factores e subfactores de
apreciação e a respectiva ponderação,
A entidade que preside ao concurso
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
ANÚNCIOS
Depois de publicado o anúncio, as propostas dos concorrentes
deverão ser apresentadas no prazo nele fixado, sob pena de não
serem admitidas.
O concurso público inicia-se com a
publicação de anúncios
Na IIIª Série
do Diário da
República
Num jornal de
âmbito nacional e
num de âmbito
regional
No Jornal Oficial
das
Comunidades
Europeias
Artigo 80º
Este anúncio deve indicar a data de envio para publicação no Diário da República
(artigo 80º, nº 2)
Esta publicação apenas será feita quando o valor da empreitada posta a concurso ultrapasse os limiares comunitários
Ver modelo nº 2 do anexo IV do Decreto-Lei nº 59/99
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
PROPOSTAS
O que é a proposta? Artigo 72º
Que documentos integram a proposta?
§ Nota justificativa do preço proposto,
§ Lista de preços unitários,
§ Programa de trabalhos + plano de trabalhos + plano de mão-de-obra+ plano de equipamento,
§ Plano de pagamentos,
§ Memória justificativa e descritiva do modo de execução da obra,
§ Declarações de compromisso (subscritas pelo empreiteiro e por cada um dos subempreiteiros)
§ Outros documentos exigidos pelo programa de concurso
Artigo 73º, nº 1
É o documento pelo qual o concorrente manifesta ao dono da obra a sua vontade de
contratar e indica as condições em que se dispõe a fazê-lo.
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
Tipos de Propostas
Proposta simples (Proposta Base ou Principal)- É a apresentada em resposta ao projecto base da empreitada
Artigos 75º e 76º
Proposta Condicionada- É aquela que apresenta alterações às cláusulas técnicas do caderno de encargos
(v.g., utilização de materiais diferentes)
Artigo 77º
Proposta Variante- É aquela que apresenta alterações ao projecto base do concurso
Artigo 78º
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O Concurso Público
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ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
A fixação do prazo de apresentação de propostas deve ser efectuada tendo em conta o volume e a complexidade da obra e atendendo ao preço base da empreitada.
Preço base da empreitada
Prazo
< aos limiares comunitários ≥ 30 dias e ≤ 88 dias
≥ aos limiares comunitários ≥ 52 dias e ≤ 88 dias
≥ aos limiares comunitários, verificando-se cumulativamente as condições previstas nas alíneas a) e b) do nº 3 do artigo 83º (*)
≥ 36 dias
(ou excepcionalmente 22 dias)
e ≤ 88 dias
Artigo 83º
(*) Artigo 83º, nº 3: «a) O concurso respeite a contrato de empreitada de obras públicas cujas características essenciais tenham sido objecto de publicação prévia no Jornal Oficial das Comunidades Europeias, com uma antecedência mínima de 52 dias e máxima de 12 meses em relação à data do anúncio de concurso; b) A publicação prévia seja feita de acordo com o modelo nº 1 do anexo IV do presente diploma e contenha pelo menos tantas informações quantas as enumeradas no modelo nº 2 do anexo IV deste diploma, desde que tais informações estejam disponíveis no momento da referida publicação prévia».
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
Nota: O limite máximo de 88 dias não se aplica aos concursos «concepção/construção», isto é, em que a apresentação do projecto base é da responsabilidade dos concorrentes.
ATENÇÃO: OS PRAZOS PARA APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS
SÃO CONTÍNUOS (artigo 274º, nº 2)
Assim, é incorrecto, v.g., indicar no anúncio um prazo para apresentação de propostas de x dias úteis. OS PRAZOS CONTAM-SE A PARTIR DO DIA SEGUINTE AO DA
PUBLICAÇÃO DO ANÚNCIO NO DIÁRIO DA REPÚBLICA (artigo
83º, nº 6)
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
MODO DE APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS E DA PROPOSTA
Artigo 84º
Os documentos de habilitação dos concorrentes
são encerrados num invólucro opaco, fechado e
lacrado, com a inscrição no rosto da palavra
«Documentos», e com a indicação do nome ou
denominação social do concorrente e a
designação da empreitada
Os documentos que instruem a proposta
são encerrados num invólucro opaco,
fechado e lacrado, com a inscrição no rosto
da palavra «Proposta», e com a indicação
do nome ou denominação social do
concorrente e a designação da empreitada
Os invólucros «Documentos» e «Proposta» são
encerrados num terceiro invólucro opaco,
fechado e lacrado, com a inscrição no rosto da
palavra «Invólucro exterior», e com a
indicação do nome ou denominação social do
concorrente, a designação da empreitada e a
entidade que a pôs a concurso
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O Concurso Público
13
ABERTURA DO CONCURSO E APRESENTAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
Directamente (em mão) pelos
concorrentes, mediante recibo
Remetidas por correio, sob registo,
com aviso de recepção
ATENÇÃO: A proposta tem de dar entrada no serviço respectivo até ao termo do prazo previsto
As propostas podem ser entregues
Artigo 84º, nº 5
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O Concurso Público
13
ACTO PÚBLICO DO CONCURSO
Momento de realização
Regra O acto público do concurso deve ser realizado no 1º dia útil seguinte ao termo do prazo previsto para a apresentação de propostas
Excepção Em casos devidamente justificados, o acto público do concurso poderá ser realizado em data posterior, desde que não ultrapasse em mais de 30 dias a data inicial, e que o dono da obra antecipadamente mande publicar aviso a fixar a nova data
Artigo 85º, nºs 1 e 2
Características do acto público do concurso
Decorre perante a Comissão de Abertura do Concurso (1) Artigo 85º, nº 3
(1) Segundo o art. 60º existem duas comissões:
• A Comissão de Abertura do Concurso, que preside às fases de abertura do concurso, acto público e qualificação dos concorrentes;
• A Comissão de Análise de Propostas, que preside às restantes fases do concurso.
As comissões funcionam como órgãos colegiais e são constituídas, no mínimo, por 3 membros designados pelo dono da obra, podendo agregar peritos, sem direito a voto, para a emissão de pareceres em áreas específicas.
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Características do acto público do concurso
Nas empreitadas de montante superior a 400 000 contos é obrigatória a assistência do Procurador-Geral da República ou de um seu representante. (2)
Artigo 85º, nºs 4 e 5
(2) 400 000 contos é o valor fixado para a classe 5 do Certificado de Classificação de Empreiteiro de Obras Públicas previsto na Portaria nº 1215/2000, de 28 de Dezembro.
A sessão do acto público é contínua, compreendendo o número de reuniões necessárias ao cumprimento de todas as formalidades.
Artigo 86º, nº 1
A sessão é pública, isto é, aberta aos concorrentes e a todos aqueles que demonstrem ter um interesse legítimo juridicamente protegido na realização do concurso.
Porém, pode a comissão reunir em sessão reservada, sempre que considere necessário.
Artigo 86º, nº 2
Objectivos do acto público do concurso
No acto público a comissão procede à análise formal dos documentos de habilitação dos concorrentes e dos documentos que instruem as propostas.
Em consequência, será lavrada acta donde constam os concorrentes admitidos e excluídos das fases seguintes.
Artigo 86º, nº 3
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Tramitação do acto público do concurso
1 Leitura do anúncio do concurso e dos esclarecimentos prestados sobre
os documentos de concurso Artigo 87º,
nº 1
2 Elaboração da lista de concorrentes pela ordem de entrada das propostas (documento que deverá ficar anexo à acta do acto público)
Artigo 87º, nº 2
3 Abertura dos invólucros exteriores pela ordem de entrada Artigo 90º, nº 1
4 Abertura dos invólucros com a designação «Documentos» Artigo 90º, nº 2
5 Os documentos contidos nos invólucros «Documentos» são rubricados, pelo menos, por 2 membros da comissão, um dos quais o Presidente
(Tratando-se de documentos organizados por fascículos indecomponíveis, a rubrica pode ser feita apenas na primeira página)
(A rubrica pode ser substituída por chancela)
Artigo 91º, nºs 1, 2 e 3
6 A comissão, em sessão reservada, delibera sobre os concorrentes admitidos e excluídos
Artigo 92º
7 Abertura dos invólucros com a designação «Proposta» dos concorrentes admitidos
Artigo 93º, nº 1
8 Os documentos contidos nos invólucros «Proposta» são rubricados, pelo menos, por 2 membros da comissão, um dos quais o Presidente
(Tratando-se de documentos organizados por fascículos indecomponíveis, a rubrica pode ser feita apenas na primeira página,
com excepção da nota justificativa do preço proposto e da lista de preços unitários, documentos que devem ser integralmente
rubricados) (A rubrica pode ser substituída por chancela)
Artigo 93º, nºs 3 e 4
9 A comissão, em sessão reservada, delibera sobre as propostas admitidas e excluídas
Artigo 94º
10 Na lista de concorrentes faz-se menção dos concorrentes excluídos e das propostas não admitidas, apresentando as razões dessas
exclusões. Faz-se ainda menção ao preço total, sem IVA, das propostas
admitidas.
Artigo 95º
11 A comissão procede à leitura da acta, decidindo quaisquer reclamações que forem apresentadas
Artigo 96º
12 Encerramento do Acto Público do Concurso
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13
Direitos dos concorrentes durante o acto público do concurso
Direito de pedir esclarecimentos Artigo 88º, nº 1
Direito de solicitar o exame de documentos Artigo 88º, nº 1
Direito de reclamar, sempre que:
a) Se verifiquem divergências entre o programa de concurso, o anúncio ou os esclarecimentos lidos e a cópia que dos respectivos documentos lhes haja sido entregue, ou o constante das respectivas publicações;
b) Não haja sido publicado aviso sobre qualquer esclarecimento de que se tenha feito leitura ou menção;
c) Não tenha sido tornado público e junto às peças patenteadas qualquer esclarecimento prestado por escrito a outro ou a outros concorrentes;
d) Não tenham sido incluídos na lista dos concorrentes, desde que apresentem recibo ou aviso postal de recepção comprovativos da oportuna entrega das suas propostas;
e) Se haja cometido qualquer infracção dos preceitos imperativos do Decreto-Lei nº 59/99
Artigo 89º
Direito de requerer certidão da acta do acto público Artigo 97º
Causas de exclusão dos concorrentes
Falta de apresentação de todos os documentos de habilitação ou apresentação fora de prazo
Não apresentação dos documentos redigidos em língua portuguesa ou acompanhados de tradução devidamente legalizada ou, não o sendo, com declaração de que aceita a sua prevalência sobre os documentos originais
Apresentação de documentos que careçam de algum elemento essencial cuja falta não possa ser suprida
Artigo 92º, nº 2
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Causas de não admissão de propostas
Propostas entregues fora de prazo
Propostas não instruídas com todos os documentos exigidos pelo nº 1 do art. 73º
Propostas não redigidas em língua portuguesa
Propostas cujos documentos não estão redigidos em língua portuguesa ou acompanhados de tradução devidamente legalizada ou, não o sendo, com declaração de que aceita a sua prevalência sobre os documentos originais
Propostas que careçam de algum dos seguintes elementos:
a) Identificação do concorrente;
b) Identificação da empreitada;
c) Declaração em como o concorrente se obriga a executar a empreitada de harmonia com o caderno de encargos;
d) Indicação do preço por extenso e por algarismos;
e) Menção de que ao preço proposto acresce o IVA;
f) Declaração de renúncia a foro especial e submissão à lei portuguesa.
Artigo 94º, nº 2
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QUALIFICAÇÃO DOS CONCORRENTES
Encerrado o acto público, procede-se à qualificação ds concorrentes admitidos Em que consiste esta fase? Consiste na avaliação da capacidade financeira, económica e técnica dos concorrentes, para a realização em concreto da obra posta a concurso.
NOTAS: 1- Não se trata aqui de proceder a uma análise formal dos documentos de habilitação
dos concorrentes como sucedeu no acto público do concurso.
2- A avaliação do concorrente, sob o ponto de vista da capacidade económico-financeira e técnica feita nesta fase, também não se confunde com a que foi feita pelo IMOPPI para efeitos de atribuição do certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas.
Neste último caso, a avaliação é feita de modo genérico, para a realização de obras até determinado valor e por categorias e subcategorias de trabalhos. Na fase de qualificação, pretende-se averiguar da capacidade do concorrente para realizar a obra concursada.
Na realidade, a titularidade de determinado certificado de classificação de empreiteiro não significa, desde logo, que o empreiteiro esteja habilitado a executar aquela obra. Imagine-se que o mesmo empreiteiro já tem a totalidade dos seus meios financeiros e técnicos ocupados noutras obras em curso: neste caso, muito embora ele esteja potencialmente habilitado a concorrer, não possui, naquele momento, capacidade para executar a obra, pelo que deve ser excluído do concurso nesta fase.
Artigo 98º, nº 1
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O Concurso Público
13
Em que se baseia a avaliação? A comissão poderá ter em conta:
- os elementos solicitados no anúncio; - os documentos de habilitação apresentados pelos concorrentes; - os elementos (públicos) constantes da base de dados do IMOPPI
Qual o resultado da avaliação?
- A comissão deve excluir os concorrentes que não demonstrem capacidade para executar a obra posta a concurso
- A comissão deve elaborar um relatório fundamentado, do qual constem as admissões e as exclusões, relatório esse que deve ser levado ao conhecimento de todos os concorrentes
- Os concorrentes admitidos passam à fase seguinte em condições de igualdade
Artigo 98º, nºs 1 e 2
Artigo 98º, nºs 3, 4 e 5
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ANÁLISE DAS PROPOSTAS
Seleccionados os concorrentes que estarão em condições de executar a obra, procede-se à análise das diferentes propostas tendo por base o critério de adjudicação previamente definido.
Preside a esta fase a Comissão de Análise de
Propostas
ATENÇÃO Não podem ser considerados nesta fase, para efeitos de escolha da melhor proposta, elementos que digam respeito à qualificação dos concorrentes já avaliados na fase anterior O incumprimento desta disposição é motivo de recusa de visto pelo Tribunal de Contas (Cfr. Decisão nº 3926/96, do Tribunal de Contas, relativa ao processo nº 56829/96, de 7 de Agosto).
A comissão deve elaborar um relatório preliminar, devidamente fundamentado, no qual procede à ordenação das propostas de acordo com o critério de adjudicação
Artigo 100º, nº 2
Em seguida, a comissão de análise de propostas procede à audiência prévia dos concorrentes
Artigo 101º
Finalmente, a comissão elabora um relatório final (com proposta de adjudicação) que remeterá à entidade competente para decidir (entidade competente para autorizar a despesa)
Artigo 102º
Artigo 100º, nº 3
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ADJUDICAÇÃO DA EMPREITADA
ADJUDICAÇÃO é a decisão pela qual o dono da obra aceita a proposta do concorrente
preferido
Depois de apreciar o relatório final da comissão de análise, a entidade competente (vide págs. 24 a 29) procede à adjudicação da empreitada ao concorrente titular da
Proposta considerada economicamente mais vantajosa
tendo em conta uma série de factores.
A definição dos factores e subfactores de adjudicação e a respectiva ponderação deverá constar do programa e do anúncio do concurso
Os factores de adjudicação podem ser:
Artigo
105º, nº 1
Artigo
105º, nº 1
Artigo
66º, nº 1,
alínea e)
Acórdão do STA, de 95.04.27: «O dono da obra está vinculado a efectuar a adjudicação segundo os critérios ou factores constantes do anúncio e do programa de concurso, violando a lei se se afastar desses critérios ou optar por outros»
Artigo
105º, nº 1
Artigo
105º, nº 1 PREÇO
PRAZO
CUSTO DE
UTILIZAÇÃO
RENDIBILIDADE
VALIA
TÉCNICA
DA PROPOSTA
GARANTIA
OUTROS A
DEFINIR PELO
DONO DA
OBRA
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O Concurso Público
13
Motivos de não adjudicação da empreitada
Quando, em virtude de circunstâncias posteriores ao lançamento do concurso, o dono da obra resolva adiar a execução da obra pelo prazo mínimo de 1 ano
Quando todas as propostas, ou a mais conveniente, ofereçam preço total consideravelmente superior ao preço base do concurso
Quando, tratando-se de propostas condicionadas, ou de projectos ou variantes da autoria do empreiteiro, as condições oferecidas não convenham ao dono da obra
Quando, por grave circunstância surgida posteriormente ao lançamento do concurso, tenha de se proceder à revisão e alteração do projecto
Quando haja indícios de conluio entre os concorrentes
Quando todas as propostas tenham preço anormalmente baixo e as notas justificativas não sejam tidas como esclarecedoras (4)
Artigo 107º, nº 1
NOTAS: (1) Constitui poder discricionário do dono da obra decidir sobre o que se entende, in casu, por preço anormalmente alto ou baixo ou as condições oferecidas não lhe convenham.
(2) As decisões de não adjudicação devem ser imediatamente comunicadas, por escrito, aos concorrentes (artigo 107º, nº 2). (3) A decisão de não adjudicação com base no preço consideravelmente alto ou em eventual conluio dos empreiteiros deve igualmente ser comunicada ao IMOPPI (artigo 107º, nº 4). (4) A decisão de não adjudicação por preço anormalmente baixo deve respeitar o disposto no artigo 105º.
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O Concurso Público
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A adjudicação da empreitada deve ser notificada
Ver página 119 Ver página 123
Ao concorrente preferido,
para prestar caução num prazo não inferior a 6 dias
(artigo 110º, nº 2)
Aos restantes concorrentes, no prazo de 15 dias após a prestação de caução pelo adjudicatário
(artigo 110º, nº 3)
Nas empreitadas de valor superior aos limiares
comunitários deve enviar-se ao SPOCE, no prazo de 48 dias após a adjudicação,
um anúncio com o resultado (artigo 52º, nº 9, al. b))
[ Salvo se tal informação for contrária ao interesse público, lesar os interesses comerciais das
empresas ou prejudicar a concorrência leal entre empreiteiros]
Acompanhada do
relatório justificativo
da adjudicação, o qual
conterá os
fundamentos da
escolha da proposta
seleccionada e da
preterição das
restantes propostas
Prestação
da
Caução
Celebração
do
Contrato
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MODALIDADES DE CONCURSO LIMITADO
Concurso limitado com publicação de anúncio
(Qualquer candidato pode concorrer,
cabendo posteriormente ao dono da obra seleccionar aqueles de quem aceita receber
propostas concretas)
Concurso limitado sem publicação de anúncio
(O dono da obra selecciona, à partida, as
entidades que pretende convidar para apresentação de propostas)
Número de entidades a convidar
pelo dono da obra:
Entre 5 e 20
Regra Base:
O Concurso limitado segue as regras que regulam o concurso público, com
excepção dos aspectos contemplados com normas específicas
Artigo 121º
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O Concurso Limitado
14
Tramitação do concurso
1º Publicação de anúncio nos moldes do concurso público Artigo 123º, nº 1 e Modelo nº 3 do Anexo IV
2º As entidades que preencham os requisitos solicitam a sua participação no concurso (Os prazos a fixar pelo dono da obra não poderão ser inferiores a 21 dias ou a 37 dias, contados do dia seguinte ao da publicação do anúncio, consoante se trate, respectivamente, de empreitadas de montante inferior ou superior aos limiares comunitários)
(Em caso de urgência o prazo pode ser reduzido para 15 dias)
Artigo 123º, nºs 2, 3 e 4 Artigo 126º
3º O dono da obra examina os pedidos de participação e elabora um projecto de decisão a submeter à audiência prévia dos interessados
Artigo 124º, nº 1
4º O dono da obra convida os candidatos cujos pedidos de participação foram aceites a apresentar proposta
(o modelo de convite consta do modelo nº 1 do anexo V)
(Os prazos a fixar pelo dono da obra não poderão ser inferiores a 21 dias ou a 40 dias, contados da data de envio do convite, consoante se trate, respectivamente, de empreitadas de montante inferior ou superior aos limiares comunitários)
(Em caso de urgência o prazo pode ser reduzido para 10 dias)
Artigo 124º, nº 2 Artigo 125º Artigo 126º
5º Os candidatos preteridos são notificados por escrito da decisão, sendo-lhes enviado o relatório justificativo
(Os candidatos preteridos podem reclamar no prazo de 5 dias a contar da notificação da decisão)
Artigo 124º, nºs 4 e 5
6º Na data fixada no anúncio procede-se ao acto público do concurso, o qual seguirá a tramitação do concurso público
Artigo 127º
COM PUBLICAÇÃO DE
ANÚNCIO
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Tramitação do concurso (continuação)
7º Seguidamente realiza-se a qualificação dos concorrentes Artigo 98º
8º Segue-se a fase de análise das propostas, nos termos do
concurso público
Artigo 100º e seguintes
9º A adjudicação será feita à proposta economicamente mais
vantajosa
Artigos 105º e 128º
10º Notificação do concorrente adjudicatário e dos
concorrentes preteridos (igual ao concurso público)
Artigo 110º
11º Aprovação da minuta (igual ao concurso público) Artigo 108º
12º Prestação da caução (igual ao concurso público) Artigo 112º e seguintes
13º Celebração do contrato (igual ao concurso público) Artigo 115º e seguintes
14º Consignação da obra (igual ao concurso público) Artigo 150º e seguintes
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O Concurso Limitado
14
Tramitação do concurso
1º Envio de convite, mediante ofício-circular a entidades escolhidas pelo dono da obra (de acordo com o seu conhecimento e experiência) para apresentar proposta
(convite conforme modelo nº 2 do anexo V)
(O prazo a fixar pelo dono da obra para recepção das propostas não pode ser inferior a 5 dias a contar da data de recepção do convite)
Artigo 130º
2º Segue-se o acto público do concurso, o qual seguirá a tramitação do concurso público
Artigo 131º e 85º
3º Seguidamente procede-se à análise das propostas, nos moldes do concurso público
Artigo 100º e seguintes
4º A adjudicação é feita à proposta economicamente mais vantajosa, ... salvo tratando-se de proposta não condicionada em que a adjudicação poderá ser feita à proposta de mais baixo preço
Artigo 132º
5º Notificação do concorrente adjudicatário e dos
concorrentes preteridos (igual ao concurso público)
Artigo 110º
6º Aprovação da minuta (igual ao concurso público) Artigo 108º
7º Prestação da caução (igual ao concurso público) Artigo 112º e seguintes
8º Celebração do contrato (igual ao concurso público) Artigo 115º e seguintes
9º Consignação da obra (igual ao concurso público) Artigo 150º e seguintes
SEM PUBLICAÇÃO DE
ANÚNCIO
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O CONCURSO POR NEGOCIAÇÃO
15
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108
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109
O Concurso por Negociação
15
Tramitação do concurso
1º Publicação de anúncio nos moldes do concurso público
(o anúncio segue o modelo nº 4 do anexo IV)
(O anúncio pode ser dispensado nos casos do nº 2 do artigo 134º)
Artigo 80º
2º As entidades que preencham os requisitos solicitam a sua participação no concurso (Os prazos a fixar pelo dono da obra não poderão ser inferiores a 21 dias ou a 37 dias, contados do dia seguinte ao da publicação do anúncio, consoante se trate, respectivamente, de empreitadas de montante inferior ou superior aos limiares comunitários)
(Em caso de urgência o prazo pode ser reduzido para 15 dias)
Artigo 123º, nºs 2, 3 e 4 Artigo 126º
3º O dono da obra examina os pedidos de participação e elabora um projecto de decisão a submeter à audiência prévia dos interessados
Artigo 124º, nº 1
4º O dono da obra convida os candidatos cujos pedidos de participação foram aceites a apresentar proposta
(o modelo de convite consta do modelo nº 1 do anexo V)
(Os prazos a fixar pelo dono da obra não poderão ser inferiores a 21 dias ou a 40 dias, contados da data de envio do convite, consoante se trate, respectivamente, de empreitadas de montante inferior ou superior aos limiares comunitários)
(Em caso de urgência o prazo pode ser reduzido para 10 dias)
Artigo 124º, nº 2 Artigo 125º Artigo 126º
5º Os candidatos preteridos são notificados por escrito da decisão, sendo-lhes enviado o relatório justificativo
(Os candidatos preteridos podem reclamar no prazo de 5 dias a contar da notificação da decisão)
Artigo 124º, nºs 4 e 5
Regra Base:
O Concurso por negociação segue, até à fase de qualificação dos concorrentes, as
regras que regulam o concurso limitado com publicação de anúncio
Artigo 133º
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Tramitação do concurso (continuação)
6º Na data fixada no anúncio procede-se ao acto público do concurso, o qual seguirá a tramitação do concurso público
Artigo 127º
7º Seguidamente realiza-se a qualificação dos concorrentes Artigo 98º
8º Fase da negociação das propostas
(A melhor forma e a mais transparente de realizar a negociação com os
concorrentes será a de organizar uma sessão conjunta com todos os
candidatos onde se discutirão os elementos relevantes de cada proposta
(v.g., preços unitários, prazo de execução), podendo daí resultar propostas
mais vantajosas que as inicialmente apresentadas)
O resultado da negociação deve constar de acta, com a identificação dos
concorrentes e das propostas definitivas
9º Segue-se a fase de análise das propostas, nos termos do
concurso público
Artigo 100º e seguintes
10º A adjudicação será feita à proposta economicamente
mais vantajosa
Artigos 105º e 128º
11º Notificação do concorrente adjudicatário e dos
concorrentes preteridos (igual ao concurso público)
Artigo 110º
12º Aprovação da minuta (igual ao concurso público) Artigo 108º
13º Prestação da caução (igual ao concurso público) Artigo 112º e seguintes
14º Celebração do contrato (igual ao concurso público) Artigo 115º e seguintes
15º Consignação da obra (igual ao concurso público) Artigo 150º e seguintes
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O AJUSTE DIRECTO
16
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O Ajuste Directo
16
MODALIDADES DE AJUSTE DIRECTO
Ajuste directo com consulta obrigatória
Número mínimo de entidades a convidar pelo
dono da obra:
3
Ajuste directo sem consulta obrigatória
Convite a uma entidade
O Ajuste Directo não tem natureza concursal.
Trata-se de um processo de escolha discricionária do adjudicatário, o qual não
tem aqui a natureza de candidato ou concorrente mas tão só de entidade
consultada.
O legislador desvalorizou de tal modo este procedimento que se absteve de
delimitar a sua tramitação legal. De qualquer forma, apresenta-se a tramitação
que nos parece mais correcta.
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O Ajuste Directo
16
Tramitação
1º Envio de convite a, pelo menos, 3 entidades escolhidas pelo dono da obra (de acordo com o seu conhecimento e experiência) para apresentar proposta
Artigo 48º nº 2 alínea d)
2º Seguidamente procede-se à análise das propostas recebidas
3º A adjudicação é feita à proposta considerada mais vantajosa do ponto de vista do interesse público, ... o que não quer dizer obrigatoriamente a proposta de mais baixo preço.
4º Notificação da entidade escolhida como adjudicatário e
das entidades preteridas do resultado da consulta
Artigo 110º
5º Aprovação da minuta, se a ela houver lugar (igual ao
concurso público)
Artigo 108º
6º Prestação da caução (igual ao concurso público) Artigo 112º e seguintes
7º Celebração do contrato escrito, se a ela houver lugar
(igual ao concurso público)
Artigo 115º e seguintes
8º Consignação da obra (igual ao concurso público) Artigo 150º e seguintes
Com Consulta
obrigatória
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O Ajuste Directo
16
Tramitação
1º Envio de convite a 1 entidade escolhida pelo dono da obra (de acordo com o seu conhecimento e experiência) para apresentar proposta (parece-nos preferível, em qualquer caso, convidar, pelo menos 2 entidades para que exista uma possibilidade mínima de comparação de propostas)
Artigo 48º nº 2 alínea e)
2º Seguidamente procede-se à análise da(s) proposta(s) recebida(s)
3º Se a proposta for aceitável, do ponto de vista do interesse público, procede-se à adjudicação Caso contrário, é preferível não adjudicar, anulando o procedimento
4º Notificação da entidade escolhida como adjudicatário Artigo 110º
5º Aprovação da minuta, se a ela houver lugar (igual ao
concurso público)
Artigo 108º
6º Prestação da caução (igual ao concurso público) Artigo 112º e seguintes
7º Celebração do contrato escrito, se a ela houver lugar
(igual ao concurso público)
Artigo 115º e seguintes
8º Consignação da obra (igual ao concurso público) Artigo 150º e seguintes
Sem Consulta
obrigatória
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A PRESTAÇÃO DE GARANTIA
17
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A Prestação de Garantia
17
FUNÇÃO DA CAUÇÃO
Garantir o exacto e pontual cumprimento das obrigações que o empreiteiro assume com a celebração do contrato de empreitada
Artigo 112º, nº 1
UTILIZAÇÃO DA CAUÇÃO
O dono da obra pode recorrer à caução (sem necessidade de recorrer aos tribunais) nos casos em que o empreiteiro não pague ou conteste as multas contratuais que lhe forem aplicadas ou não cumpre as obrigações legais ou contratuais líquidas e certas
Artigo 112º, nº 2
VALOR DA CAUÇÃO
Regra: A caução será igual a 5% do preço total do contrato (sem IVA)
Excepção: A caução pode ser definida em montante superior, até 30% do preço total do contrato, em casos devidamente fundamentados e mediante autorização da entidade tutelar, caso exista
Artigo 113º, nºs 1 e 2
SUBSTITUIÇÃO DA CAUÇÃO
Em obras de valor inferior a 5 000 contos (24 940 Euros), a caução pode ser substituída pela retenção de 10% dos pagamentos a efectuar
Artigo 112º, nº 3
DISPENSA DA CAUÇÃO
Será dispensado da prestação de caução o empreiteiro que apresente contrato de seguro adequado da execução da obra pelo preço do respectivo contrato
Será igualmente dispensado o empreiteiro cuja responsabilidade solidária seja assegurada por entidade bancária, pelo preço total do contrato
Artigo 113º, nºs 3 e 4
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120
A Prestação de Garantia
17
Depósito em dinheiro
(efectuado em Portugal, em escudos ou euros, em qualquer instituição de crédito, à ordem do dono da obra, especificando-se o fim a que se destina)
Depósito em títulos emitidos ou garantidos pelo Estado
(efectuado nos termos do depósito em dinheiro. Os títulos serão avaliados pelo respectivo valor nominal, salvo se, nos últimos 3 meses, a média da cotação na bolsa de valores ficar abaixo do par, caso em que a avaliação será feita em 90% dessa média)
Garantia bancária
(documento emitido por uma instituição bancária que assegura, até ao valor da caução, o imediato pagamento de quaisquer importâncias exigidas pelo dono da obra em virtude de incumprimento de obrigações legais ou contratuais por parte do empreiteiro)
MODOS DE PRESTAÇÃO DA
CAUÇÃO
Seguro-caução
(apólice do seguro em que a entidade seguradora assume, até ao limite do valor da caução, o pagamento de quaisquer importâncias exigidas pelo dono da obra em virtude de incumprimento de obrigações legais ou contratuais por parte do empreiteiro)
Artigo 114º
Consequências da falta de prestação de caução no prazo previsto (artigo 111º)
A adjudicação caduca
O facto é participado ao IMOPPI, pelo dono da obra, para efeitos de eventual aplicação da sanção de cancelamento da actividade e devolução do certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas (artigo 46º, nº 2, al. c) do Decreto-Lei nº 61/99, de 2 de Março)
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A CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
18
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A celebração do contrato
18
Após a adjudicação ...
Se os concorrentes
nada disser, a
minuta considera-se
aprovada
Aprovada a minuta ...
O contrato de empreitada deve ser celebrado no prazo de 30 dias a
contar da data de prestação da caução
(artigo 115º, nº 1)
A minuta do contrato é aprovada pela
entidade competente para autorizar a
despesa da empreitada
(artigo 116º)
A minuta é remetida ao
concorrente classificado
em 1º lugar para que
este se pronuncie sobre
ela, no prazo de 5 dias
Artigo 108º
O dono da obra comunicará ao concorrente adjudicatário, por ofício e
com a antecedência mínima de 5 dias, a data, hora e local em que
deve comparecer para a outorga do contrato
(artigo 115º, nº 2)
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124
A celebração do contrato
18
Em regra ...
O CONTRATO DEVE SER REDUZIDO A ESCRITO Excepções ...
NÃO É EXIGÍVEL A FORMA ESCRITA ...
POR OUTRO LADO, PODE SER DISPENSADA A FORMA ESCRITA ...
Artigo 119º, nº 1
Se a despesa for igual
ou inferior a
10 000 contos
(49 880 Euros)
Se a despesa for
proveniente de
revisão de preços
Artigo 59º, nº 1, als. a) e b) do Decreto-Lei nº 197/99,
de 8 de Junho (aplicável por força da al. a) do nº 1 do
artigo 4º do mesmo Decreto-Lei)
Se a segurança pública o
aconselhar
Se for necessário dar execução imediata ao
contrato, em resultado de acontecimentos
imprevisíveis e por motivos de urgência
imperiosa, não imputável ao dono da obra
Artigo 60º do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho (aplicável
por força da al. b) do nº 1 do artigo 4º do mesmo Decreto-Lei)
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125
A celebração do contrato
18
O contrato deve ser celebrado por
escritura pública?
Não! É suficiente o documento
autêntico simples.
A autenticidade de um documento resulta do facto de este ser exarado por uma
autoridade pública ou oficial público. A escritura pública é o documento autêntico mais
solene. Porém, o legislador apenas exige que o contrato seja lavrado sob a forma de
documento autêntico, sem especificar se se trata de escritura pública ou documento
autêntico simples.
De qualquer forma, se apelarmos aos princípios da desburocratização e eficiência
administrativas, chegamos à conclusão de que devemos enveredar pela forma mais
simples de documento autêntico.
Artigo 119º, nº 2
«Os contratos em que seja outorgante o Estado, outra entidade pública ou serviço
dotado de autonomia administrativa e financeira constarão de documento autêntico
oficial, registado, se for o caso, em livro adequado do serviço ou ministério».
O contrato de empreitada é constituído pelo documento escrito lavrado de acordo com a
minuta, pelo projecto, pelo caderno de encargos e pelas demais peças enumeradas
naquele documento
(Artigo 117º)
Clausulas contratuais obrigatórias
O contrato deve conter obrigatoriamente os elementos constantes do artigo 118º ou
139º (consoante o tipo de empreitada), sob pena de ser declarado nulo
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A celebração do contrato
18
CONSEQUÊNCIAS DA NÃO CELEBRAÇÃO DO CONTRATO
NO PRAZO LEGAL
Se o dono da obra não promover a celebração do
contrato no prazo de 132 dias contado da data de
apresentação de propostas ou no prazo de 30 dias
contado da data de prestação da caução, o
adjudicatário pode recusar-se a outorgá-lo, tendo
direito a ser reembolsado dos encargos resultantes
da prestação da caução
(Artigo 115º, nº 5)
Se o adjudicatário não comparecer no dia, hora e
local fixados para a outorga do contrato (não tendo
sido impedido de o fazer por motivo independente
da sua vontade) perderá a caução a favor do dono
da obra e o facto será participado ao IMOPPI
(Artigo 115º, nºs 3 e 4)
Neste caso, é obrigatória a abertura
de novo concurso
(neste sentido, vide Decisão nº
1714/96, de 21 de Março, do Tribunal
de Contas, relativa ao Processo nº
102807/95)
Neste caso, como o facto não é
imputável ao dono da obra, este pode
chamar à contratação o concorrente
classificado em segundo lugar
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O VISTO DO TRIBUNAL DE CONTAS
19
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O Visto do Tribunal de Contas
19
Elementos (cópias) a remeter ao Tribunal de Contas
• Despacho ou deliberação que aprovou a abertura do procedimento de contratação
• Anúncio(s) da abertura do concurso
• Actas do acto público, das negociações e dos relatórios de apreciação das propostas
• Despacho ou deliberação de adjudicação e respectiva fundamentação
• Despacho ou deliberação que aprovou a minuta do contrato
• Reclamações e eventuais decisões sobre elas tomadas
• Caderno de encargos e programa de concurso
• Proposta do adjudicatário
• Documentos comprovativos da situação do adjudicatário perante o Fisco e a Segurança
Social
• Documentos comprovativos da posse de certificado de classificação de empreiteiro
• Documento comprovativo da prestação de caução
• Declaração do adjudictário de que reúne os requisitos de admissão a concurso
• Pareceres de outros organismos (quando exigidos)
Resolução nº 7/98 do Tribunal de Contas
Devem ser remetidos ao Tribunal de Contas, para obtenção de visto, os contratos
reduzidos a escrito e as minutas dos contratos de qualquer valor que venham a
celebrar-se por escritura pública.
Porém, no ano 2001, estão isentos de fiscalização prévia os contratos cujo montante
seja inferior a 1000 vezes o valor correspondente ao índice 100 da escala indiciária
do regime geral da função pública, ou seja, 1000 x 60 549$00 = 60 549 000$00.
(Artigo 48º, nº 1 da Lei nº 98/97, de 26 de Agosto, conjugado com o artigo 82º da
Lei nº 30-C/2000, de 29 de Dezembro – Orçamento de Estado para 2001)
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O Visto do Tribunal de Contas
19
Os contratos
podem produzir efeitos
antes do visto do Tribunal
de Contas?
Sim, podem produzir a generalidade dos seus efeitos, designadamente o início dos
trabalhos da empreitada.
Existe, porém, uma excepção: Não podem ser efectuados pagamentos ao empreiteiro
antes de obtido o visto do Tribunal de Contas.
E se o visto
for recusado?
Nesse caso a recusa apenas implica a ineficácia jurídica dos actos após a respectiva
notificação.
Quer isto dizer que os trabalhos realizados pelo empreiteiro até à data da notificação da
recusa do visto podem ser pagos desde que o seu montante se enquadre na respectiva
programação financeira, isto é, sejam trabalhos contratualmente previstos.
Artigo 45º, nº 1 da Lei nº 98/97, de 26 de
Agosto, na redacção da Lei nº 87-B/98,
de 31 de Dezembro
Artigo 45º, nºs 2 e 3 da Lei nº 98/97,
de 26 de Agosto, na redacção da Lei
nº 87-B/98, de 31 de Dezembro
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A CONSIGNAÇÃO DOS TRABALHOS
20
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A Consignação dos Trabalhos
20
A consignação deve ser realizada
no prazo máximo de 22 dias contados da celebração do contrato
Artigo 152º, nº 1
Se o empreiteiro não comparecer no prazo fixado para a consignação da obra ...
Se ainda assim o empreiteiro reincidir na não comparência ...
Consignação da obra
É o acto pelo qual o dono da obra faculta ao empreiteiro
os locais onde irão ser executados os trabalhos, bem
como a documentação técnica (peças escritas e
desenhadas)
(Artigo 150º)
É notificado para comparecer numa data posterior que não
exceda 11 dias
(Artigo 152º, nº 2)
O contrato
caduca
O empreiteiro:
1- Indemnizará o dono da obra pela
diferença entre o valor do contrato
caducado e aquele que vier a ser
celebrado
2- Perderá a caução a favor do dono
da obra
O dono da obra
participará o facto ao
IMOPPI, para efeitos de
cancelamento da inscrição
do empreiteiro
Neste caso, não é possível
proceder à adjudicação ao
concorrente classificado em 2º
lugar, tendo que se proceder à
abertura de novo concurso
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A EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
21
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137
A Execução dos Trabalhos
21
ENCARGOS PREPARATÓRIOS
Constitui encargo do empreiteiro (salvo estipulação em contrário) o fornecimento dos aparelhos, instrumentos, ferramentas, utensílios e andaimes indispensáveis à execução da obra
Artigo 23º
Não devem ser considerados como encargos preparatórios
indispensáveis à execução da obra, a serem suportados pelo dono da
obra, no âmbito do contrato de empreitada, os relativos à aquisição de
veículos e outros equipamentos (material informático, telefones móveis,
etc.) ainda que destinados à fiscalização da obra e ainda que, concluída
a empreitada, aqueles revertam para o dono da obra.
Justificação legal: O fornecimento de viaturas (e do restante equipamento indicado) não se enquadra no conceito de empreitada de obras públicas, não configurando sequer um contrato misto, uma vez que os bens a fornecer não se destinam a ser incorporados ou a complementar a obra pública em causa. A aquisição de tais bens deve ser efectuada ao abrigo do Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho e não através da sua inclusão num contrato de empreitada de obras públicas. O incumprimento desta regra é motivo de recusa de visto pelo Tribunal de Contas. Neste sentido, vide Acórdão nº 10/99, de 8 de Abril, do TC.
ATENÇÃO
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A Execução dos Trabalhos
21
TRABALHOS PREPARATÓRIOS OU ACESSÓRIOS
O empreiteiro tem a obrigação de realizar à sua custa todos os trabalhos que sejam considerados preparatórios ou acessórios da realização da empreitada, designadamente:
• A montagem, construção, desmontagem, demolição e manutenção do estaleiro;(*)
• A construção de acessos ao estaleiro e das serventias internas deste;
• Os trabalhos necessários para garantir a segurança dos trabalhadores da obra e do público em geral, para evitar danos nos prédios vizinhos e para dar cumprimento aos regulamentos de segurança, higiene e saúde no trabalho e de polícia das vias públicas;
• Os trabalhos necessários para restabelecer as servidões e serventias que sejam alteradas ou destruídas por motivos de execução da obra e para evitar a estagnação de águas no local.
Artigo 24º
(*) Porém, o encargo daqui resultante deve ser pago pelo dono da obra, constituíndo um preço contratual unitário.
OUTROS ENCARGOS DO EMPREITEIRO
Constitui encargo do empreiteiro (salvo estipulação em contrário) o pagamento das indemnizações devidas pela constituição de servidões, pela ocupação temporária de prédios particulares, necessárias à execução da obra
Artigo 25º
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A Execução dos Trabalhos
21
Ao longo da execução da obra surge frequentemente a necessidade de realizar
trabalhos a mais...
São trabalhos cuja espécie ou quantidade não foram incluídos no contrato inicial
mas que se destinam à realização da mesma empreitada,
se tornaram necessários na sequência de circunstâncias imprevistas
e não podem ser realizados em separado do contrato inicial sem causar inconveniente
grave ao dono da obra
ou, sendo separáveis, são estritamente necessários à conclusão da obra
Artigo 26º
Frequentemente confundem-se os trabalhos a mais com as «obras
novas» ou «trabalhos novos»
Qual é a diferença?
A característica principal de diferenciação entre os dois conceitos é a
imprevisibilidade.
Os trabalhos a mais resultam de circunstâncias imprevistas, pelo que não era de
todo possível incluí-los no contrato inicial.
Pelo contrário, os trabalhos novos ou «obras novas» são aqueles que, ainda que
relacionados com a empreitada inicial, não resultam de factos imprevistos, mas
tão só de uma opção técnica ou política tomada após adjudicação da obra.
TRABALHOS A MAIS
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A Execução dos Trabalhos
21
Exemplo prático:
A execução de passeios não previstos no projecto de execução de uma via
urbana assume a natureza de trabalhos novos e não de trabalhos a mais uma
vez que a sua não inclusão no projecto inicial terá resultado de uma opção do
dono da obra e não de uma circunstância imprevista superveniente.
Qual a diferença de regime entre os trabalhos a mais e os trabalhos
novos?
Os trabalhos a mais são (até um certo limite) executados pelo mesmo empreiteiro
com base num contrato adicional ao contrato de empreitada
Os trabalhos novos carecem do lançamento de um novo procedimento de contratação,
pelo que têm execução autónoma relativamente à empreitada inicial
Sobre a diferenciação dos conceitos vide:
• Acórdão nº 242/93, de 9 de Dezembro, do Tribunal de Contas
• Acórdão nº 156/98, de 7 de Outubro, do Tribunal de Contas
• Parecer nº 40/87, da Procuradoria-Geral da República, de 9 de Junho de 1987 (DR
IIª Série, de 87.09.23)
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A Execução dos Trabalhos
21
Condições de realização dos trabalhos a mais
O empreiteiro é obrigado a executar os trabalhos a mais desde que lhe sejam ordenados por escrito pelo dono da obra e o fiscal da obra lhe forneça os elementos técnicos indispensáveis à sua realização (v.g., planos, desenhos, perfis, mapa da natureza e volume dos trabalhos)
Artigo 26º, nº 2
O empreiteiro pode, em opção, exercer o direito de rescisão ou alegar (tratando-se de trabalhos de espécie diferente dos iniciais) que não possui equipamentos e meios humanos indispensáveis à execução desses trabalhos
Artigo 26º, nº 3
O projecto de alteração deve ser entregue ao empreiteiro com a ordem escrita de execução dos trabalhos a mais
Artigo 26º, nº 4
Os preços a praticar deverão ser idênticos aos dos trabalhos contratuais, desde que se trate de trabalhos da mesma espécie e a executar nas mesmas condições
Artigo 26º, nº 5
Se não existir projecto para a execução dos trabalhos a mais (face ao seu reduzido valor) a ordem de execução deve conter a espécie e a quantidade dos trabalhos a executar, devendo o empreiteiro apresentar os preços unitários para os trabalhos que não tenham preços contratuais estabelecidos
(A fixação dos novos preços é regulada pelo artigo 27º)
Artigo 26º, nº 6
A realização de trabalhos a mais encontra-se sujeita a alguns
limites, a fim de evitar as derrapagens nos custos das obras ...
1º Limite Artigo 45º, nº 1
O montante acumulado (sem IVA) de trabalhos a mais, alterações ao projecto
da iniciativa do dono da obra, alterações ao projecto, variantes ou alterações ao
plano de trabalhos da iniciativa do empreiteiro não pode exceder 25% do
valor do contrato inicial de empreitada
A execução dos trabalhos adicionais que excedam aquele limite será feita com base num novo procedimento adjudicatório, como se de «trabalhos novos» se tratasse
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142
A Execução dos Trabalhos
21
2º Limite Artigo 45º, nº 2
Quando o montante acumulado de trabalhos a mais, alterações ao projecto
da iniciativa do dono da obra, alterações ao projecto, variantes ou alterações ao
plano de trabalhos da iniciativa do empreiteiro exceda 15% do valor do
contrato inicial de empreitada ou sempre que tal montante acumulado
seja igual ou superior a 1 milhão de contos (4 987 979 Euros) a entidade
competente para autorizar a despesa só o poderá fazer mediante proposta
fundamentada e instruída com estudo realizado por entidade externa e
independente (*)
Este estudo pode ser dispensado quando o valor do contrato inicial for igual
ou inferior a 500 mil contos (2 493 989 Euros).
NOTA: (*) Entidade externa e independente – entidade sem qualquer ligação próxima ou remota ao dono da obra ou ao empreiteiro, podendo ser pública ou privada, mas que deverá possuir competência técnica no domínio da engenharia.
Dever de informação
Os donos de obra devem enviar ao IMOPPI cópia dos elementos justificativos dos custos acrescidos das suas obras (trabalhos adicionais), bem como dos estudos efectuados e das decisões que sobre eles incidiram.
Esta informação irá permitir ao IMOPPI enviar semestralmente aos Ministros do Equipamento Social e das Finanças um relatório fundamentado sobre a aplicação das medidas de controlo de custos nas obras públicas.
Artigo 46º
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143
OS PAGAMENTOS AO EMPREITEIRO
22
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144
Manual de Procedimentos
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145
Os Pagamentos ao Empreiteiro
22
A retribuição do empreiteiro pode ser feita através de:
Se o dono da obra não proceder atempadamente à medição dos trabalhos, deverá essa tarefa ser feita
pelo empreiteiro, o qual apresentará ao dono da obra, até ao fim do mês seguinte, um mapa das
quantidades de trabalhos realizados no mês anterior
O empreiteiro deverá proceder da mesma forma quando a distância, o difícil acesso, a natureza dos
trabalhos ou outras circunstâncias impossibilitem a realização de medições mensais pelo dono da obra
Prestações
Fixas
Prestações Variáveis
ou por Medição
O contrato de empreitada fixa os valores a
pagar periodicamente e as datas dos
respectivos vencimentos
Os pagamentos ao empreiteiro são feitos em
função das medições periodicamente
realizadas, isto é, em função da aplicação
dos preços unitários contratuais às
quantidades de trabalhos periodicamente
realizadas
MODO DE RETRIBUIÇÃO DO EMPREITEIRO
Artigos
209º e
210º
FORMA E PERIODICIDADE DAS MEDIÇÕES DOS TRABALHOS
A medição deve ser feita
MENSALMENTE, salvo se as
partes acordarem
periodicidade diferente
As medições devem ser efectuadas
pelo representante do dono da obra, no
próprio local, com a assistência do empreiteiro,
lavrando-se um auto que deve ser assinado por
ambos
Artigos
202º e
208º
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146
Os Pagamentos ao Empreiteiro
22
IMPOSTOS E DESCONTOS A QUE ESTÃO SUJEITOS OS PAGAMENTOS
IMPOSTOS
DESCONTOS
A cada pagamento
parcial a efectuar
acresce o IVA ...
... à taxa de 17% se for uma
obra da Administração Central
... à taxa de 5% de for uma obra
da Administração Local
Artigos 18º, nº 1, als. a) e c) e lista I anexa do Código do
IVA
Às importâncias a pagar ao empreiteiro (sem
IVA) será deduzido 5% para garantia do
contrato em reforço da caução prestada
(Artigo 211º)
Este desconto pode ser substituído por
depósito em títulos, garantia bancária ou
seguro-caução
Às importâncias a pagar ao empreiteiro será
ainda deduzido 0,5% destinado à Caixa
Geral de Aposentações
(Artigo 138º do Decreto-Lei nº 498/72, de 9
de Dezembro – Estatuto da Aposentação)
Este desconto é obrigatório nos pagamentos
relativos a contratos de empreitada
adjudicados por entidades com pessoal inscrito
na Caixa Geral de Aposentações
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Os Pagamentos ao Empreiteiro
22
Cálculo do Valor da taxa: (Artigo 277º, nº 4)
Despacho nº A-44/95-XII, dos Ministro das Finanças e das Obras Públicas,
publicado no DR, IIª Série, de 95.06.24: Juros calculados à taxa de desconto do
Banco de Portugal, acrescida de 3%
Portaria nº 8/99, de 7 de Janeiro: substituição da taxa de desconto do Banco de
Portugal pela taxa de 3,25%.
MOMENTO DE EFECTUAR OS PAGAMENTOS
Os pagamentos ao empreiteiro devem ser efectuados no prazo previsto no
contrato, não podendo exceder 44 dias a contar da data dos respectivos autos
de medição
(Artigo 212º)
Se o pagamento for feito fora de prazo haverá lugar ao abono de juros de
mora ao empreiteiro, à taxa de 6,25%
(Artigo 213º, nº 1)
Os juros de mora devem ser pagos no prazo de 22 dias a contar da data do pagamento
dos trabalhos que lhes deram origem
(Artigo 213º, nº 5)
Se o atraso nos pagamentos for superior a 132 dias o empreiteiro pode rescindir o
contrato, tendo direito a ser indemnizado por perdas e danos
(Artigos 213º, nº 2 e 234º, nº 1)
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148
Os Pagamentos ao Empreiteiro
22
O dono da obra pode conceder adiantamentos ...
ADIANTAMENTOS AO EMPREITEIRO
... pelos materiais e
equipamentos postos no local da
obra pelo empreiteiro
... mediante prestação de garantia
bancária ou seguro-caução, pelo empreiteiro,
para aquisição de materiais sujeitos a flutuação
de preços e equipamentos necessários à
execução da obra
O adiantamento pelos materiais não pode exceder 2/3 do valor dos materiais O adiantamento pelos equipamentos não pode exceder 50% do valor dos equipamentos
Este adiantamento não pode exceder
50% da parte do preço que o
empreiteiro tem direito a receber, nos
termos do contrato
Artigo 214º
PENALIDADES APLICÁVEIS AOS EMPREITEIROS
Se o empreiteiro não cumprir os prazos contratuais para a
execução da obra, ser-lhe-á aplicada uma multa diária
(Artigo 201º)
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149
Os Pagamentos ao Empreiteiro
22
NÃO! O Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março não contém uma norma idêntica à do nº 3 do artigo 61º do Decreto-Lei nº 405/93, de 10 de Dezembro (revogado pelo primeiro) segundo a qual ... «Em casos especiais, pode o caderno de encargos prever a concessão ao empreiteiro de prémios pecuniários pela qualidade invulgar de execução da obra ou por antecipação dos prazos estabelecidos para execução dos trabalhos, contando que, em conjunto, não excedam 20% do valor da obra». Assim por ausência de norma habilitante não será possível a estipulação de prémios, ao contrário do que sucedia no anterior regime jurídico das empreitadas de obras públicas.
Podem ser pagos prémios aos empreiteiros?
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A RECEPÇÃO PROVISÓRIA DA OBRA
23
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153
A Recepção Provisória da Obra
23
A recepção pode ser ...
Finalidade da vistoria Verificar se a obra foi executada de acordo com o estabelecido no projecto, no caderno de encargos e no contrato
Concluída a obra ... ... deve realizar-se uma
VISTORIA
a pedido do empreiteiro ou do dono
da obra, tendo em vista a sua
recepção provisória por este último
(Artigo 217º)
da totalidade da obra
de partes da obra
Artigo 217º, nº 2
Recepção tácita
Se o dono da obra não proceder à vistoria no prazo de 22 dias após o pedido do empreiteiro, a obra considera-se tacitamente recebida no termo desse prazo
(Artigo 217º, nº 5)
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A Recepção Provisória da Obra
23
Deficiências na execução
Se na sequência da vistoria forem detectadas deficiências na execução, serão as mesmas especificadas no auto de vistoria, fixando-se um prazo para que o empreiteiro proceda às reparações necessárias Se o empreiteiro não realizar tais trabalhos de reparação, pode o dono da obra mandá-los efectuar a outrem, accionando as garantias prestadas pelo empreiteiro, como forma de pagamento Feitas as reparações, procede-se a nova vistoria ... Se a obra estiver finalmente em condições de ser recebida regista-se tal facto no auto de vistoria
Artigos 218º e 219º
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O INQUÉRITO ADMINISTRATIVO
24
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157
O Inquérito Administrativo
24
Como se efectua? 1 No prazo de 22 dias após a recepção provisória, o dono da obra comunica aos
presidentes das câmaras dos concelhos em que os trabalhos foram executados a conclusão da obra, indicando-lhes igualmente o serviço que ficará responsável pela liquidação (NOTA: esta comunicação não se justifica quando o dono da obra é uma autarquia local e os trabalhos apenas se desenvolveram na respectiva circunscrição territorial).
2 Os presidentes das câmaras respectivas providenciarão a afixação de editais (durante 15 dias), convocando todos os interessados para reclamarem eventuais créditos sobre o empreiteiro
3 No prazo de 8 dias os presidentes das câmaras respectivas enviarão as reclamações recebidas ao serviço encarregue da liquidação
4 O serviço liquidatário notifica o empreiteiro para no prazo de 15 dias contestar as reclamações
5 Se o empreiteiro não contestar, as reclamações serão aceites e deferidas Neste caso, o dono da obra deduzirá às importâncias a pagar ao empreiteiro o montante relativo às reclamações, entregando-as directamente aos reclamantes
6 Se o empreiteiro contestar as reclamações, os reclamantes serão notificados de que as quantias reclamadas apenas serão retidas se, no prazo de 22 dias, propuserem acção no tribunal competente contra o empreiteiro e enviarem ao serviço liquidatário certidão comprovativa desse facto Se tal acontecer, as quantias reclamadas serão depositadas, em qualquer instituição de crédito em Portugal, à ordem do juiz do tribunal respectivo
O que é o inquérito administrativo?
É um procedimento, efectuado pelo dono da obra, que tem como
finalidade averiguar se o empreiteiro é devedor perante terceiros
por motivo inerente à obra em causa (obrigações resultantes de
expropriações, aquisições de materiais e equipamentos, pagamento
de salários, etc.)
Artigos 223º a 225º e 230º
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A CONTA DA EMPREITADA
25
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A Conta da empreitada
25
O que é a conta É o documento que traduz o histórico financeiro
da empreitada? da empreitada e é composto por:
• Uma conta-corrente onde se inscrevem os valores globais de todas as medições, revisões e multas aplicadas
• Um mapa de todos os trabalhos executados a
mais e a menos, com indicação dos preços unitários
• Um mapa de todos os trabalhos e valores
sobre os quais haja reclamações do empreiteiro ainda não decididas
A conta da empreitada deve
ser elaborada no prazo de 44
dias após a recepção
provisória
(Artigo 220º)
No prazo de 8 dias após a
sua elaboração, deve ser
enviada ao empreiteiro uma
cópia da conta, devendo
este, no prazo de 15 dias,
assiná-la ou deduzir
reclamações
(Artigo 221º)
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O PRAZO DE GARANTIA
26
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O Prazo de Garantia
26
O prazo legal de garantia da boa execução da obra é de ... 5 ANOS (Porém, pode ser estabelecido no caderno de encargos um prazo inferior, desde que a natureza dos trabalhos ou o prazo previsto de utilização da obra assim o justifique) A partir de que momento se conta o prazo de garantia?
Que vícios ou defeitos estão abrangidos pela garantia? Aqueles que não sejam resultado do normal desgaste e depreciação dos materiais e equipamentos incorporados na obra
Que meios pode utilizar o dono da obra para forçar o empreiteiro a reparar os defeitos da obra que lhe sejam imputáveis? Pode accionar as quantias retidas a título de caução, o seguro-caução ou a garantia bancária
Conclusão da obra
Recepção provisória
Recepção definitiva
5 anos
Período de
garantia
Artigo 226º
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A RECEPÇÃO DEFINITIVA
27
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A Recepção Definitiva
27
Decorrido o prazo de garantia da obra, procede-se, por iniciativa do dono da obra ou a
pedido do empreiteiro, a uma nova vistoria para efeitos de recepção definitiva da obra
Artigo 227º
Se a obra não apresentar deficiências, deteriorações, indícios de ruína ou falta de
solidez, será definitivamente recebida pelo dono da obra, ficando o empreiteiro, a
partir desse momento, desobrigado de qualquer responsabilidade relacionada com a
empreitada
Se, pelo contrário, forem detectadas deficiências da responsabilidade do empreiteiro (isto é,
que não resultem do normal desgaste dos materiais e equipamentos incorporados na obra)
apenas serão recebidos os trabalhos que se encontrem em bom estado, sendo, para os
restantes, fixado prazo para que o empreiteiro proceda à sua reparação ou substituição
Artigo 228º
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A RESTITUIÇÃO E A EXTINÇÃO DA
CAUÇÃO
28
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A restituição e a extinção da caução
28
Em que momento é que deve ocorrer a restituição das quantias retidas ao empreiteiro e a extinção da caução?
Deve ocorrer logo após a recepção definitiva da obra, ou seja, após o decurso do prazo de garantia
Artigo 229º, nº 1
O que sucede se o dono da obra não efectuar desde logo a restituição das quantias retidas e a extinção da caução?
Se a demora for superior a 22 dias, o empreiteiro tem direito a exigir juros das respectivas importâncias, contados nos termos do artigo 213º, nº 1
Artigo 229º, nº 2
Como se processa a restituição das quantias retidas, tratando-se de depósitos em dinheiro a favor do dono da obra?
A restituição abrange não apenas o capital devido (isto é, o dinhero retido), mas também os juros vencidos (ou seja, os juros resultantes dos depósitos efectuados com o dinheiro retido)
Artigo 229º, nº 3
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A restituição e a extinção da caução
28
Como se processa a extinção da caução resultante de seguro-caução ou garantia bancária?
O empreiteiro ou o dono da obra apresentam junto da entidade seguradora ou bancária cópia do auto de recepção definitiva da obra
Artigo 229º, nº 4
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AS SUBEMPREITADAS
29
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As Subempreitadas
29
O que é um contrato de subempreitada? Em que consiste? Quem pode ser subempreiteiro? Pode o empreiteiro dar de subempreitada a totalidade da obra?
É um contrato de empreitada, celebrado entre empreiteiros, na sequência de um contrato
de empreitada de obras públicas, que tem por finalidade a realização de parte dos
trabalhos inseridos na empreitada principal
O empreiteiro principal (isto é, aquele que contratou com o dono da obra) encarrega um
terceiro (outro empreiteiro) da execução de certos trabalhos, geralmente, por motivos de
especialização (v.g., instalações eléctricas, elevadores)
Apenas poderão executar trabalhos em obras públicas como subempreiteiros aqueles que estejam igualmente habilitados a concorrer a empreitadas de obras públicas, como empreiteiros por serem:
a) concorrentes portugueses, titulares de certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas;
b) concorrentes nacionais de outros Estados membros da União Europeia; c) concorrentes nacionais de Estados signatários do Acordo sobre o Espaço
Económico Europeu.
NÃO!
Apenas pode subempreitar até 75% do valor total da obra adjudicada.
Artigo 266º, nº 1
Artigo 265º, nº 1
Artigo 265º, nº 3
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As Subempreitadas
29
Pode o dono da obra opor-se à escolha do subempreiteiro? Pode o empreiteiro proceder à substituição do subempreiteiro? Como é que deve ser celebrado o contrato de subempreitada?
Em princípio, NÃO!
Salvo se o subempreiteiro não preencher os requisitos legais para a execução da parte da
obra que lhe foi subcontratada.
Artigo 265º, nº 6
SIM!
Desde que obtenha previamente autorização do dono da obra.
Artigo 265º, nº 5
O contrato de subempreitada deve ser outorgado mediante documento particular e
conter os seguintes elementos, sob pena de nulidade:
a) A identificação completa das partes outorgantes;
b) A identificação dos certificados de empreiteiros de obras públicas;
c) A especificação técnica da obra subcontratada;
d) O valor do contrato;
e) A forma e o prazo de pagamento.
Artigo 266º, nº s 2, 3 e 4
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179
As Subempreitadas
29
Pode o dono da obra reter quantias devidas ao empreiteiro, a pedido do subempreiteiro? O dono da obra sabe quem são os subempreiteiros que executam trabalhos na sua obra?
O recurso à subempreitada é a única maneira de subcontratar trabalhos em obras públicas?
SIM!
Se o empreiteiro tiver pagamentos em atraso a efectuar ao subempreiteiro
(decorrentes do mesmo contrato de empreitada de obras públicas) o dono da obra
pode reter quantias do mesmo montante e entregá-las directamente ao
subempreiteiro, desde que o empreiteiro, notificado para tal, não comprove ter
procedido à liquidação dessas quantias nos 15 dias imediatos à recepção da
notificação
Artigo 267º
SIM! ...
Na medida em que o empreiteiro se encontra obrigado a depositar junto do dono
da obra cópia de todos os contratos de subempreitada que celebre
Artigo 268º, als. c) e d)
Em princípio SIM, uma vez que são proibidas as prestações de serviços para a
execução de obras públicas.
Admite-se, apenas, as prestações de serviços celebradas com os técnicos
responsáveis pela obra ou as relativas a serviços de elevada especialização técnica ou
artística e que não se enquadrem nas subcategorias de trabalhos previstos na
Portaria nº 412-I/99, de 4 de Junho, alterada pela Portaria nº 660/99, de 17 de
Agosto
Artigo 270º
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As Subempreitadas
29
Quem é responsável perante o dono da obra, no caso de existirem subempreitadas? Subempreitada e cessão da posição contratual são a mesma coisa?
O empreiteiro será sempre responsável perante o dono da obra pelas obrigações
decorrentes do contrato de empreitada de obras públicas, bem como pelos actos ou
omissões praticados por qualquer subempreiteiro
Artigo 271º
NÃO.
Na cessão da posição contratual dá-se a substituição do empreiteiro por outro
no contrato celebrado com o dono da obra (artigo 148º).
Na subempreitada, embora o empreiteiro encarregue um terceiro da execução
de certa parte da obra, é ele o responsável directo perante o dono da obra pelo
cumprimento do contrato
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A CONCESSÃO DE OBRAS PÚBLICAS
30
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183
A Concessão de Obras Públicas
30
O Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março contém um título (VIII) específico para o contrato de concessão de obras públicas.
Como tivemos ocasião de referir, a principal diferença entre
este contrato e o de empreitada reside no facto de na
concessão de obras públicas existir um direito de exploração do
empreendimento construído, por parte do concessionário,
durante um certo período de tempo mais ou menos longo
Regras especialmente aplicáveis ao contrato de concessão de obras públicas
1 Obrigatoriedade de realização de concurso público para escolha do concessionário
Artigo 244º
2 O prazo para apresentação de propostas não pode ser inferior a 52 dias
Artigo 246º
3 O acto público do concurso será sempre assistido pelo Procurador-Geral da República ou pelo seu representante
Artigo 247º
4 O caderno de encargos terá um clausulado mínimo, designadamente, o prazo de vigência da concessão, as condições e o modo de exercício do direito de resgate, as condições e o modo de exercício do direito de sequestro
Artigo 249º
5 O contrato deve ser celebrado por documento autêntico, sob pena de ser nulo
Artigo 251º
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184
A Concessão de Obras Públicas
30
O que é o
direito de resgate?
É o direito de o concedente retomar a gestão do
empreendimento concessionado, antes de findo o prazo da
concessão e mediante o pagamento de indemnização, quando o
concessionário não assegura satisfatoriamente tal gestão, do
ponto de vista do interesse público
O que é o
direito de sequestro?
É o direito de o concedente assegurar a exploração do
empreendimento concessionado quando o concessionário, por
carência de recursos, inabilidade administrativa,
desentendimento com o concedente ou acumulação de déficits,
abandone a exploração
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185
RESCISÃO E RESOLUÇÃO
CONVENCIONAL DO CONTRATO DE
EMPREITADA
31
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186
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187
Rescisão e resolução convencional do contrato de empreitada
31
CASOS EM QUE O EMPREITEIRO PODE RESCINDIR O CONTRATO
1- Quando os trabalhos a mais sejam de espécie diferente dos previstos no contrato e o empreiteiro não disponha dos meios necessários à sua execução
Artigo 26º
2- Quando o valor acumulado dos trabalhos a mais ou a menos atinja ou ultrapasse uma redução de pelo menos 20% do valor da adjudicação
Artigo 31º
3- Quando a substituição dos trabalhos por outros de espécie diferente atinja pelo menos 25% do preço da empreitada
Artigo 31º
4- Quando o dono da obra retire, sem a concordância do empreiteiro, qualquer trabalho para o fazer executar por outrem
Artigo 148º
5- Quando a consignação não seja feita no prazo de 154 dias contados da data de assinatura do contrato, ou, havendo consignações parciais o retardamento da consignação acarrete a interrupção dos trabalhos por mais de 120 dias
Artigo 154º
6- Quando a suspensão dos trabalhos, determinada pelo dono da obra, ultrapasse 20% ou 10% do prazo de execução da empreitada, consoante se trate ou não de caso de força maior (*)
Artigo 189º
7- Quando o dono da obra praticar ou der causa a facto donde resulte maior dificuldade na execução da empreitada, com agravamento dos respectivos encargos superior a 20% do valor do contrato
Artigo 196º
8- Quando o atraso na realização de qualquer pagamento ao empreiteiro se prolongue por mais de 132 dias
Artigo 213º
NOTA: (*) Caso de força maior – é o facto de terceiro ou facto natural ou situação, imprevisível e inevitável, cujos efeitos se produzam independentemente da vontade ou das circunstâncias pessoais do empreiteiro, tais como actos de guerra ou subversão, epidemias, ciclones, tremores de terra, fogo, raio, inundações, greves gerais ou sectoriais e quaisquer outros eventos da mesma natureza que impeçam o cumprimento do contrato (Artigo 195º, nº 3).
O processo de rescisão do contrato de empreitada
por iniciativa do empreiteiro encontra-se regulado no artigo 238º
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Rescisão e resolução convencional do contrato de empreitada
31
CASOS EM QUE O DONO DA OBRA PODE RESCINDIR O CONTRATO
1- Quando o empreiteiro ceda a sua posição contratual a outrem sem autorização do dono da obra
Artigo 148º
2- Quando o empreiteiro não respeitar a legislação sobre segurança, higiene e saúde
Artigo 149º
3- Quando o empreiteiro não comparecer no dia fixado para a realização da consignação e não haja justificado a falta
Artigo 152º
4- Quando o empreiteiro não dê cumprimento ao plano de trabalhos Artigo 161º 5- Quando o empreiteiro não inicie os trabalhos de acordo com o plano, nem obtenha adiantamento
Artigo 162º
6- Quando o empreiteiro não cumprir uma ordem legal dada por escrito, pelo fiscal da obra, sobre matéria relativa à execução do contrato
Artigo 184º
7- Quando o empreiteiro suspender os trabalhos por mais de 8 dias seguidos ou 15 dias interpolados, para além das situações previstas no nº 2 do artigo 185º
Artigo 189º
A rescisão do contrato de empreitada
por iniciativa do dono da obra dá sempre origem à posse administrativa dos
trabalhos - artigo 235º
A posse administrativa dos trabalhos
pelo dono da obra encontra-se regulada no artigo 236º
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Rescisão e resolução convencional do contrato de empreitada
31
Para além da possibilidade de rescisão unilateral (da iniciativa do dono da obra
ou do empreiteiro) as partes podem, por comum acordo, resolver o contrato,
isto é, interromper a sua eficácia, em qualquer momento.
Artigo 240º
Quais são os
efeitos financeiros
da rescisão?
1º Sempre que a rescisão seja efectuada por
conveniência do dono da obra ou pelo exercício
de direito do empreiteiro, este terá direito a ser
indemnizado pelos danos emergentes e pelos
lucros cessantes.
2º Se o empreiteiro o preferir, pode, em opção,
receber uma indemnização correspondente a
10% da diferença entre o valor dos trabalhos
executados e o valor dos trabalhos adjudicados.
Artigo 234º
RESOLUÇÃO
CONVENCIONAL
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CONTENCIOSO DOS CONTRATOS
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193
Contencioso dos contratos
32
Os litígios que surjam entre as partes relacionados com a interpretação, validade ou execução do contrato de empreitada de obras públicas podem ser resolvidos
através ...
Tribunais
Administrativos
de Círculo
Tribunais
Arbitrais
Artigo 253º
O processo
arbitral encontra-se
regulado nos artigos
258º e 259º
Previamente à interposição
de acção no tribunal devem as partes
efectuar uma tentativa de conciliação
extrajudicial
O processo de conciliação
extrajudicial encontra-se
regulado nos artigos 260º a
263º
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194
Manual de Procedimentos
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195
LEGISLAÇÃO CONEXA
33
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196
Manual de Procedimentos
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197
Legislação Conexa
33
Apresentam-se, de seguida, alguns diplomas legais com relevância no âmbito das empreitadas de obras públicas:
Diploma Assunto
Lei nº 169/99, de 18 de Setembro Quadro de competências e regime jurídico de funcionamento dos órgãos dos municípios e das freguesias
Lei nº 168/99, de 18 de Setembro Código de expropriações
Decreto-Lei nº 197/99, de 8 de Junho Regime jurídico da realização das despesas públicas e da contratação pública
Decreto-Lei nº 60/99, de 2 de Março Cria o Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do Imobiliário (IMOPPI)
Decreto-Lei nº 61/99, de 2 de Março, alterado pela Lei nº 155/99, de 14 de Setembro
Regime de acesso e permanência na actividade de empreiteiro de obras públicas e de industrial de construção civil
Decreto-Lei nº 134/98, de 15 de Maio Regime jurídico do recurso contencioso dos actos administrativos relativos à formação dos contratos de empreitada de obras públicas, de prestação de serviços e de fornecimento de bens
Decreto-Lei nº 155/95, de 1 de Julho Regime de coordenação de segurança nos estaleiros temporários ou móveis
Decreto-Lei nº 113/93, de 10 de Abril Segurança dos materiais de construção
Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro Estabelece os princípios gerais da promoção de segurança, higiene e saúde no trabalho
Decreto-Lei nº 310/90, de 1 de Outubro Institui a Marca de Qualidade LNEC, aplicável à certificação de empreendimentos de construção pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil
Decreto-Lei nº 348-A/86, de 16 de Outubro Regime de revisão de preços em empreitadas
Decreto-Lei nº 390/82, de 17 de Setembro Regime da realização de empreitadas, fornecimentos e contratos de concessão por autarquias locais
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Diploma Assunto
Decreto-Lei nº 73/73, de 28 de Fevereiro Regime da qualificação profissional exigível aos autores de projectos de obras
Decreto nº 43320, de 17 de Novembro de 1960
Estaleiros de construção de obras públicas
Portaria nº 104/2001, de 21 de Fevereiro Aprova os modelos de programas de concurso tipo e os cadernos de encargos tipo a serem adoptados nas empreitadas de obras públicas
Portaria nº 1101/2000, de 20 de Novembro Portaria que aprova a relação das disposições legais e regulamentares aplicáveis ao projecto e à execução de obras
Portaria nº 412-E/99, de 4 de Junho Fixa as taxas destinadas a cobrir os encargos com a gestão do sistema de ingresso e permanência nas actividades de empreiteiro de obras públicas e de industrial de construção civil
Portaria nº 412-F/99, de 4 de Junho e Portaria nº 526/2000, de 27 de Julho
Define a avaliação e os valores de referência dos indicadores financeiros dos empreiteiros de obras públicas e industriais de construção civil
Portaria nº 412-G/99, de 4 de Junho e Portaria nº 1215/2000, de 28 de Dezembro
Fixa as classes e os correspondentes valores das autorizações contidas nos certificados de classificação de empreiteiro de obras públicas e de industrial de construção civil
Portaria nº 412-H/99, de 4 de Junho Define os documentos necessários à comprovação da posse dos requisitos de acesso e permanência nas actividades de empreiteiro de obras públicas e de industrial de construção civil
Portaria nº 412-J/99, de 4 de Junho Fixa o quadro mínimo do pessoal das empresas com condições de ingresso e permanência nas actividades de empreiteiro de obras públicas e de industrial de construção civil
Portaria nº 412-I/99, de 4 de Junho, alterada pela Portaria nº 660/99, de 17 de Agosto
Fixa as categorias e subcategorias relativas ao acesso e permanência nas actividades de empreiteiro de obras públicas e de industrial de construção civil
Portaria do Ministro das Obras Públicas de 7 de Fevereiro de 1972
Aprova as instruções para a elaboração de projectos de obras públicas
Despacho Conjunto A-44/95-XII (Diário da República, 2ª Série, nº 144, de 24 de Junho de 1995)
Fixa a taxa de juros de mora aplicável em caso de atraso nos pagamentos ao empreiteiro
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199
Diploma Assunto
Directiva nº 93/37/CE, do Conselho, de 14 de Junho de 1993
Coordenação dos processos de adjudicação de empreitadas de obras públicas
Directiva nº 93/38/CE, do Conselho, de 14 de Junho de 1993
Coordenação dos processos de celebração de contratos nos sectores da água, da energia, dos transportes e das telecomunicações
Regulamento (CE) nº 1103/97 do Conselho de 17 de Junho de 1997
Disposições respeitantes à introdução do EURO
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200
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201
ÍNDICE DO DECRETO-LEI Nº 59/99,
DE 2 DE MARÇO
34
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202
Manual de Procedimentos
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203
Índice do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
34
Título Capítulo Artigo Designação
1º Obras Públicas
2º Âmbito de aplicação objectiva
3º Âmbito de aplicação subjectiva
4º Exclusões
5º Contratos mistos
6º Garantias de imparcialidade
Disposições gerais
7º Partes do contrato
8º Âmbito
9º Conceito
10º Objecto da empreitada
11º Apresentação de projecto base pelos concorrentes
12º Variantes ao projecto
13º Elementos e método de cálculo dos projectos base e variantes
14º Reclamações quanto a erros e omissões do projecto
15º Rectificações de erros ou omissões do projecto
16º Valor das alterações do projecto
Empreitada por preço global
17º Pagamentos
Tipos de Empreitadas
Empreitada por série de preços
18º Conceito
Alterado Lei nº 163/99, de 14 de Setembro
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204
Título Capítulo Artigo Designação
19º Objecto da empreitada
20º Variante do empreiteiro
21º Cálculo dos pagamentos
22º Lista de preços unitários
23º Encargos do empreiteiro
24º Trabalhos preparatórios ou acessórios
25º Servidões e ocupação de prédios particulares
26º Execução de trabalhos a mais
27º Fixação de novos preços de trabalhos a mais
28º Supressão de trabalhos
29º Inutilização de trabalhos já executados
30º Alterações propostas pelo empreiteiro
31º Direito de rescisão por parte do empreiteiro
32º Prazo do exercício do direito de rescisão
33º Cálculo do valor dos trabalhos para efeito de rescisão
34º Exercício do direito de rescisão
35º Indemnização por redução do valor dos trabalhos
36º Responsabilidade por erros de execução
37º Responsabilidade por erros de concepção do projecto
Tipos de Empreitadas
Disposições comuns às empreitadas por preço global e por série de preços
38º Efeitos da responsabilidade
Manual de Procedimentos
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205
Título Capítulo Artigo Designação
39º Conceito
40º Custo dos trabalhos
41º Encargos administrativos e lucros
42º Trabalhos a mais ou a menos
43º Pagamentos
Empreitada por percentagem
44º Regime subsidiário
45º Controlo de custos de obras públicas
Tipos de Empreitadas
Controlo de custos de obras públicas
46º Avaliação das medidas de controlo de custos
47º Tipos de procedimentos
48º Escolha do tipo de procedimento
Alterado Lei 163/99, de 14 de Setembro
49º Reclamação por preterição de formalidades do concurso
50º Prova da entrega de requerimentos
51º Notificações
52º Publicação dos actos
Alterado Decreto-Lei 159/2000, de 27 de Julho
Procedimentos e formalidades dos
concursos
53º Divisão em lotes
54º Admissão a concurso
55º Idoneidade dos concorrentes
56º Capacidade financeira e económica e capacidade técnica dos concorrentes
57º Agrupamentos de empreiteiros
Formação do contrato
Concorrentes
58º Concorrência
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206
Título Capítulo Artigo Designação
59º Fases do concurso público
60º Comissões de acompanhamento do concurso
61º Confidencialidade dos processos de concurso
62º Elementos que servem de base ao concurso
63º Peças do projecto
64º Caderno de encargos
65º Especificações técnicas
66º Programa do concurso
67º Habilitação dos concorrentes não detentores de certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas ou que não apresentem certificado de inscrição em lista oficial de empreiteiros aprovados
Alterado Lei 163/99, de 14 de Setembro
68º Habilitação dos concorrentes não detentores de certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas que apresentem certificado de inscrição em lista oficial de empreiteiros aprovados de Estado pertencente ao espaço económico europeu
69º Habilitação de concorrentes detentores de certificado de classificação de empreiteiro de obras públicas
70º Outros documentos
71º Documentos
72º Conceito e redacção da proposta
73º Documentos que instruem a proposta
74º Esclarecimento da proposta
75º Proposta simples na empreitada por preço global
76º Proposta simples na empreitada por série de preços
Formação do contrato Concurso público
77º Proposta condicionada
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207
Título Capítulo Artigo Designação
78º Proposta com projecto ou variante
79º Indicação do preço total
80º Anúncio do concurso
81º Esclarecimento de dúvidas surgidas na interpretação dos elementos patenteados
82º Apresentação das propostas
83º Prazo de apresentação
84º Modo de apresentação dos documentos e da proposta
85º Acto público
86º Sessão do acto público
87º Leitura do anúncio do concurso e dos esclarecimentos publicados e lista de concorrentes
88º Reclamação e interrupção do acto do concurso
89º Fundamentos da reclamação
90º Abertura dos invólucros
91º Rubrica dos documentos
92º Deliberação sobre a habilitação dos concorrentes
93º Abertura dos invólucros das propostas
94º Deliberação sobre a admissão das propostas
95º Registo das exclusões e admissões
96º Encerramento da sessão
97º Certidões da acta
Formação do contrato Concurso público
98º Avaliação da capacidade financeira, económica e técnica dos concorrentes
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208
Título Capítulo Artigo Designação
99º Recurso hierárquico e tutelar
100º Relatório de análise das propostas
101º Audiência prévia
102º Relatório final
103º Recurso contencioso
104º Prazo de validade da proposta
105º Critério de adjudicação
106º Alteração da proposta, projecto ou variante
107º Não adjudicação e interrupção do concurso
108º Minuta do contrato
109º Reclamação contra a minuta
110º Conceito e notificação da adjudicação
111º Ineficácia da adjudicação
112º Função da caução
113º Valor da caução
114º Modo da prestação da caução
115º Prazo para a celebração do contrato
116º Aprovação da minuta
117º Elementos integrados no contrato
118º Cláusulas contratuais obrigatórias
119º Formalidades dos contratos
Formação do contrato Concurso público
120º Representação na outorga de contrato escrito
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209
Título Capítulo Artigo Designação
121º Regime e modalidades do concurso
Alterado Decreto-Lei 159/2000 de 27 de Julho
122º Casos em que pode ocorrer (o concurso limitado com publicação de anúncio)
123º Anúncio do concurso e entrega dos pedidos de participação
124º Abertura dos pedidos de participação e convites
125º Prazos
126º Concurso urgentes
127º Acto público de abertura de propostas
128º Critério de adjudicação
129º Casos em que pode ocorrer (o concurso limitado sem publicação de anúncio)
130º Abertura do concurso e apresentação das propostas
131º Acto público do concurso
Concurso Limitado
132º Adjudicação
133º Regime do concurso (por negociação)
134º Casos em que é admissível
Concurso por negociação
135º Abertura do concurso
136º Casos em que é admissível Ajuste directo
137º Modo de celebração
138º Formação do contrato
Formação do contrato
Disposições relativas à empreitada por
percentagem
139º Conteúdo do contrato
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210
Título Capítulo Artigo Designação
140º Notificação relativa à execução da empreitada
141º Ausência do local da obra do empreiteiro ou seu representante
142º Polícia no local dos trabalhos
143º Actos em que é exigida a presença do empreiteiro
144º Salários
145º Seguro
146º Publicidade
147º Morte, interdição ou falência do empreiteiro
148º Cessão da posição contratual
Disposições gerais
149º Higiene, saúde e segurança
150º Conceito e efeitos da consignação da obra
151º Prazo para execução da obra e sua prorrogação
152º Prazo da consignação
153º Consignações parciais
154º Retardamento da consignação
155º Auto da consignação
156º Modificação das condições locais e suspensão do acto da consignação
157º Reclamação do empreiteiro
Consignação da obra
158º Indemnização
159º Objecto e aprovação do plano de trabalhos
Execução da empreitada
Plano de Trabalhos
160º Modificação do plano de trabalhos
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211
Título Capítulo Artigo Designação
161º Atraso no cumprimento do plano de trabalhos
162º Data do início dos trabalhos
163º Elementos necessários para a execução e medição dos trabalhos
164º Demora na entrega dos elementos necessários para a execução e medição dos trabalhos
Execução dos trabalhos
165º Objectos de arte e antiguidades
166º Epecificações
167º Exploração de pedreiras, saibreiras, areeiros e semelhantes
168º Expropriações
169º Novos locais de exploração
170º Materiais pertencentes ao dono da obra ou provenientes de outras obras ou demolições
171º Aprovação de materiais
172º Reclamação contra a não aprovação de materiais
173º Efeitos da aprovação de materiais
174º Aplicação dos materiais
175º Substituição dos materiais
176º Depósito de materiais não destinados à obra
Materiais
177º Remoção de materiais
178º Fiscalização e agentes
179º Outros agentes de fiscalização
Execução da empreitada
Fiscalização
180º Função da fiscalização
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212
Título Capítulo Artigo Designação
181º Função da fiscalização nas empreitadas por percentagem
182º Modos de actuação da fiscalização
183º Reclamação contra ordens recebidas
184º Falta de cumprimento da ordem
185º Suspensão dos trabalhos pelo empreiteiro
186º Suspensão dos trabalhos pelo dono da obra
187º Autos de suspensão
188º Suspensão por tempo indeterminado
189º Rescisão em caso de suspensão
190º Suspensão parcial
191º Suspensão por facto imputável ao empreiteiro
192º Recomeço dos trabalhos
193º Natureza dos trabalhos
Suspensão dos trabalhos
194º Prorrogação do prazo contratual
195º Caso de força maior e outros factos não imputáveis ao empreiteiro
196º Maior onerosidade
197º Verificação do caso de força maior
198º Alteração das circunstâncias
199º Revisão de preços
200º Defeitos de execução da obra
Execução da empreitada
Não cumprimento e revisão do contrato
201º Multa por violação dos prazos contratuais
Manual de Procedimentos
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213
Título Capítulo Artigo Designação
202º Periodicidade e formalidades da medição
203º Objecto da medição
204º Erros de medição
205º Situação de trabalhos
206º Reclamação do empreiteiro
207º Liquidação e pagamento
Pagamento por medição
208º Situações provisórias
209º Pagamento em prestações fixas Pagamento em prestações
210º Pagamento em prestações variáveis
211º Desconto para garantia
212º Prazos de pagamento
213º Mora no pagamento
214º Adiantamentos ao empreiteiro
215º Reembolso dos adiantamentos
Pagamentos
Disposições gerais
216º Garantia dos adiantamentos
217º Vistoria
218º Deficiências de execução
Recepção provisória
219º Recepção provisória
220º Elaboração da conta
221º Elementos da conta
Recepção e liquidação da obra
Liquidação da empreitada
222º Notificação da conta final ao empreiteiro
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
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Fundo de Coesão
214
Título Capítulo Artigo Designação
223º Comunicação aos presidentes das câmaras
224º Publicação de éditos
Inquérito administrativo
225º Processos das reclamações
Prazo de garantia 226º Duração de prazo
227º Vistoria Recepção definitiva
228º Deficiências de execução
229º Restituição dos depósitos e quantias retidas e extinção da caução
230º Dedução de quantias reclamadas no inquérito administrativo
231º Pagamento dos trabalhos posteriores à recepção provisória
Restituição dos depósitos de
garantia e quantias retidas, extinção da caução e liquidações
eventuais
232º Deduções a fazer
Recepção e liquidação da obra
Liquidação e pagamento das
multas e prémios contratuais
233º Liquidação das multas e prémios
234º Efeitos da rescisão
235º Rescisão pelo dono da obra
236º Posse administrativa
237º Prossecução dos trabalhos pelo dono da obra
238º Processo de rescisão pelo empreiteiro
Rescisão e resolução convencional da
empreitada
239º Posse da obra consequente à rescisão pelo empreiteiro
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
215
Título Capítulo Artigo Designação
240º Resolução convencional do contrato
241º Liquidação final
Rescisão e resolução convencional da
empreitada
242º Pagamento da indemnização devida ao dono da obra
243º Partes do contrato
244º Concurso
245º Publicações
246º Prazo para apresentação de propostas
247º Da intervenção do Procurador-Geral da República no acto público do concurso
248º Subcontratação
249º Cláusulas do caderno de encargos
250º Direito de fiscalização
251º Forma do contrato
Concessões de obras públicas
252º Concessionários abrangidos pelo artigo 3º
253º Tribunais competentes
254º Forma do processo
255º Prazo de caducidade
256º Aceitação do acto
257º Matéria discutível
258º Tribunal arbitral
259º Processo arbitral
Contencioso dos contratos
260º Tentativa de conciliação
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
216
Título Capítulo Artigo Designação
261º Processo da conciliação
262º Acordo
263º Não conciliação
Contencioso dos contratos
264º Interrupção da prescrição e da caducidade
265º Princípios gerais
266º Contrato de empreitada
267º Direito de retenção
268º Obrigações do empreiteiro
269º Obrigações dos donos de obra
270º Prestações de serviço
271º Responsabilidade do empreiteiro
Subempreitadas
272º Derrogação e prevalência
273º Direito subsidiário
274º Contagem dos prazos
275º Publicação de adjudicações
276º Informações
277º Norma revogatória
Disposições finais Disposições finais
278º Entrada em vigor
Anexo I Trabalhos a que se refere o nº 3 do artigo 52º
Anexo II Artigo 65º (Especificações técnicas)
Anexos
Anexo III
(Modelos de propostas)
Modelo nº 1 (Proposta simples na empreitada por preço global)
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
217
Título Capítulo Artigo Designação
Modelo nº 2 (Proposta simples na empreitada por série de preços)
Modelo nº 3 (Proposta condicionada)
Modelo nº 1 (Publicação prévia sobre as características essenciais de um contrato de empreitada de obras públicas)
Modelo nº 2 (Concurso público)
Modelo nº 3 (Concurso limitado com publicação de anúncio)
Modelo nº 4 (Concurso por negociação)
Anexo IV
(Modelos de anúncios)
Modelo nº 5 (Contratos adjudicados)
Modelo nº 1 (Concurso limitado com publicação de anúncio)
Anexo V
(Modelos de convites)
Modelo nº 2 (Concurso limitado sem publicação de anúncio)
Anexo VI Modelo de anúncio de concurso para a concessão de obras públicas
Anexos
Anexo VII Modelo de anúncio de concurso para a adjudicação de empreitadas de obras públicas pelo concessionário
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
218
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
219
ÍNDICE DO MANUAL DE PROCEDIMENTOS
35
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
220
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
221
Índice do Manual De Procedimentos
35
Página
Noção de Obra Pública 5
Modo de realização de obra pública 9
Âmbito de aplicação do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
13
Âmbito objectivo 16
Âmbito subjectivo 19
Âmbito excepcional 21
Princípios da contratação pública 23
Abertura do concurso 27
Autorização da despesa 31
Administração Central 35
Administração Local 36
Tipos de empreitadas 41
Tipos de procedimentos de contratação de empreitadas
45
Escolha dos Procedimentos 49
Valor estimado do contrato 51
Escolha atendendo ao valor 52
Escolha independentemente do valor 53
Publicidade dos concursos 55
Prazos e forma de contagem 63
Requisitos dos concorrentes 67
Nacionalidade 69
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
222
Índice do Manual de Procedimentos
35
Documentos a apresentar pelos
concorrentes nacionais 70
Documentos a apresentar pelos concorrentes de outros Estados da União Europeia ou signatários do Acordo sobre
o Espaço Económico Europeu
71
Documentos a apresentar por concorrentes de outros Estados
72
O Concurso Público 75
Abertura do concurso e apresentação da documentação
78
Projecto 79
Caderno de encargos 80
Programa de concurso 81
Anúncios 82
Propostas 83
Prazo de apresentação de propostas 85
Modo de apresentação das propostas 87
Entrega das propostas 88
Acto público do concurso 89
Direitos dos concorrentes durante o acto público
92
Causas de exclusão dos concorrentes 92
Causas de não admissão das propostas 93
Qualificação dos concorrentes 94
Análise das propostas 96
Adjudicação da empreitada 97
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
223
Índice do Manual de Procedimentos
35
Motivos de não adjudicação 98
Notificação da adjudicação 99
O Concurso Limitado 101
Com publicação de anúncio 104
Sem publicação de anúncio 106
O Concurso por Negociação 107
O Ajuste Directo 111
Com consulta obrigatória 114
Sem consulta obrigatória 115
A prestação de garantia 117
A celebração do contrato 121
Clausulas contratuais obrigatórias 125
O Visto do Tribunal de Contas 127
A consignação dos trabalhos 131
A execução dos trabalhos 135
Encargos preparatórios 137
Trabalhos preparatórios ou acessórios 138
Trabalhos a Mais 139
Os pagamentos ao empreiteiro 143
Modo de retribuição 145
Forma e periodicidade das medições 145
Impostos e descontos 146
Momento de pagamento 147
Adiantamentos ao empreiteiro 148
Manual de Procedimentos
Empreitadas de Obras Públicas
DGDR
Fundo de Coesão
224
Índice do Manual de Procedimentos
35
Prémios 149
A recepção provisória 151
O inquérito administrativo 155
A conta da empreitada 159
O prazo de garantia 163
A recepção definitiva 167
A restituição e extinção da caução 171
As Subempreitadas 175
A Concessão de obras públicas 181
Rescisão e resolução convencional do contrato de empreitada
185
Contencioso dos contratos 191
Legislação conexa 195
Índice do Decreto-Lei nº 59/99 201
Manual de Procedimentos
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ÍNDICE TEMÁTICO
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Índice Temático do Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março*
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Tema Título - Capítulo Artigo, nº Descrição
Título III – Cap. I 52º, nº 2, 7 e 9 Publicação dos actos – anúncio de abertura de concurso, contratos a celebrar no ano em curso, resultados de adjudicação e não adjudicação
Título III – Cap. III 105º, nº 4 Critérios de não adjudicação – (decisão de rejeição de proposta com preço anormalmente baixo)
Comunicações à Comissão Europeia
(obras de valor = ou > a 5 000 0000 Euro)
Título III – Cap. VI 136, nº 3 Ajuste Directo ( com base em concurso deserto ou proposta inadequada)
46º,nº3 Custo acrescido de obras (envio de elementos justificativos)
55º, nº 2 e 4 Idoneidade dos concorrentes (sentença transitada em julgado e falisificação de documentos)
58º,nº3 Concorrência (falseamento das regras)
89º, nº2 al.d) Reclamações (sem fundamento)
107º,nº4 (Não) adjudicação – (propostas acima do preço ou indícios de conluio)
111º Ineficácia da adjudicação
115º, nº 4 Prazo para celebração do contrato ( não comparência do empreiteiro)
149º,nº2 Higiene, saúde e segurança (incumprimento)
152º,nº2 Prazo de consignação (não comparência)
208º,nº5 Situações provisórias (inscrição dolosa no mapa do empreiteiro de trabalhos não executados)
259º,nº3 Processo arbitral (cópia da decisão do tribunal arbitral)
269º Obrigações dos donos de obra (subempreitadas) – incumprimento do disposto no Título X e exercício ilegal da profissão de subempreiteiro
Comunicações ao IMOPPI
Título II – Cap. V
Título III – Cap. II
Título III – Cap. II
Título III – Cap. III
Título IV – Cap. I
Título IV – Cap. II
Título V – Cap. I
Título VIII – Cap. I
Título X
Título XI 276º Informações – contratos celebrados (semestralmente)
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Tema Título - Capítulo Artigo, nº Descrição
Título I – Cap. I 14º e 15º Reclamações e rectificações por erros e omissões de projectos
Título I – Cap. III 36º a 38º Responsabilidade por erros de concepção, de execução e efeitos da responsabilidade
Título I – Cap. VIII 200º Defeitos de execução da obra (não cumprimento e revisão do contrato)
Título VI – Cap. I 218º Deficiências de execução (recepção provisória)
Erros de concepção e de execução
Título VI – Cap. III 228º Deficiências de execução (recepção definitiva)
Título II – Cap. III 23º a 35º Disposições comuns a emp. de preço global e por séries de preços- Encargos do emp. trabalhos preparatórios servidões, trabalhos a mais (fixação de novos preços de t.m.) supressão e inutilização de trabalhos, alterações, rescisão, indemnização.
Título IV – Cap. I 141º a 149º Execução da empreitada disposições gerais – presença no local, salários seguro, publicidade, morte interdição ou falência, cessação de posição, higiene e segurança.
Título VI – Cap. III 160º a 177º Plano e execução dos trabalhos
Título X 268º Subempreitadas – Obrigações do empreiteiro
Obrigações do empreiteiro
271º Responsabilidade do empreiteiro
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Tema Título - Capítulo Artigo, nº Descrição
14º Reclamações quanto a erros e omissões de projecto
27º Fixação de novos preços de trabalhos a mais
32º e 33º Exercício do direito de rescisão (empreiteiro)
46º, nº 3 Envio ao IMOPPI de elementos justificativos de custos acrescidos
49º Reclamações por preterição de formalidades do concurso
62º, nº 4 Envio aos concorrentes dos elementos que servem de base ao concurso
81º Esclarecimento de dúvidas na interpretação de elementos (concurso público)
83º Prazo de apresentação(de propostas)
85º Realização de acto público do concurso
101º Realização da audiência prévia
104º Prazo de validade da proposta
108º a 111º Envio da minuta de contrato, reclamação contra a minuta, notificação da adjudicação, ineficácia da adjudicação
115º Prazos de celebração do contrato
123º a 126º Prazos ( concurso limitado) – limites e casos urgentes
151º e 152º Execução da obra e consignação
154º Retardamento da consignação
159º Objecto e aprovação do plano de trabalhos
161º Atraso no cumprimento do plano
Prazos Título II – Cap. I
Título II – Cap. III
Título II – Cap. III
Título II – Cap. IV
Título III – Cap. I
Título III – Cap. III
Título III– Cap. IV
Título IV – Cap. II
Título IV – Cap. III
Título IV – Cap. IV 162º Data de início dos trabalhos
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Tema Título - Capítulo Artigo, nº Descrição
Título IV – Cap. VII 185º Suspensão dos trabalhos pelo empreiteiro
Prazos
194º Prorrogação do prazo contratual
201º Multa por violação dos prazos contratuais
202º Periodicidade das medições
205º e 206º
Situação de trabalhos, reclamação do empreiteiro
208º Situações provisórias – apresentação do mapa de trabalhos pelo empreiteiro
212º e 213º
Prazos de pagamento e mora no pagamento
217º a 219º
Vistoria, deficiências de execução e recepção provisória
220º a 222º
Elaboração da conta e notificação
223º a 225º
Inquérito administrativo- comunicações aos Presidentes das Câmaras, publicações dos éditos, reclamações
226º Prazo de garantia
227º a 230º
Recepção definitiva, restituição de depósitos e quantias retidas extinção da caução, dedução de quantias reclamadas
233º Liquidação de multas
Título IV – Cap. VIII
Título V – Cap. I
Título V – Cap. II
Título VI – Cap. I
Título VI – Cap. II
Título VI – Cap. III
Título VI – Cap. IV
Título VI – Cap. V
Título VI – Cap. VI
Título VII 234º a 236º
Rescisão pelo dono da obra e posse administrativa
238º Rescisão pelo empreiteiro
246º Prazo para apresentação de propostas (concessões de obras públicas)
255º e 256º
Contencioso dos contratos – caducidade e aceitação do acto
Título VIII
Título IX
261º Processo de conciliação
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Tema Título - Capítulo Artigo, nº Descrição
263º Não conciliação
274º Contagem de Prazos
Título XI
276º Comunicações ao IMOPPI sobre contratos
14º Erros e omissões do projecto
27º Fixação de novos preços trabalhos a mais
49º e 50º Preterição de formalidades do concurso
88º e 89º Reclamação e interrupção do concurso, fundamentos
98º Exclusão do concorrente na fase de qualificação
99º Recurso hierárquico e tutelar
103º Recurso Contencioso
109º Reclamação contra a minuta
154º Retardamento da consignação
157º e 158 Reclamação do empreiteiro e indemnização (consignação)
172º Reclamação contra a não aprovação de materiais
175º Substituição de materiais
183º Reclamação contra ordens recebidas
204º a 206º
Erros de medição e situação dos trabalhos
218º Deficiências de execução
222º Conta final de empreitada
224º e 225º
Processos das reclamações (inquérito Administrativo)
255º a 257º
Contencioso dos contratos – caducidade, aceitação, matéria discutível
Reclamações Título II – Cap. I
Título II – Cap. III
Título III – Cap. I
Título III – Cap. III
Título IV – Cap. II
Título IV – Cap. V
Título IV – Cap. VI
Título V – Cap. I
Título VI – Cap. I
Título VI – Cap. III
Título IX
Título X 267º Direito de retenção
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* NOTA AO ÍNDICE TEMÁTICO
Este índice não pretende ser exaustivo, servindo antes como uma chamada de atenção para temas que,
sendo relevantes, aparecem no diploma de forma dispersa, ou que são menos desenvolvidos no presente
manual.
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ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELO
D.L.59/99
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Alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 59/99, de 2 de Março
no regime jurídico anterior (D. L.405/93,de 10 de Dezembro)
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ALTERAÇÃO Articulado do D.L.
Alargamento do âmbito de aplicação a outras entidades Artigos 2º e 3º
Não aplicação ao fornecimentos de obras públicas
Regem-se pelo D.L. nº 197/99, de 8 de Junho
Artigo 1º nº 3
Aumento do limite do montante para realização de concurso público
O limite a partir do qual é obrigatória a realização de concurso público passa de 20 000 para 25 000 contos
Artigo 48º na redacção dada pela Lei nº 163/99, de 14 de Setembro
Aumento das exigências de publicidade comunitária Artigo 52º
Clarificação dos requisitos para admissão a concurso Artigos 67º a 69º
Separação entre a fase de qualificação de concorrentes e a de análise das propostas Artigo 59º
Criam-se duas comissões de acompanhamento: a de abertura do concurso e a de análise das propostas
Artigo 60º
Esclarece-se a questão de exigibilidade de audiência prévia nos procedimentos adjudicatórios de empreitadas de obras públicas
Artigo 101º
Alterações aos regimes de garantia dos contratos
Substituição da caução pela retenção de 10% (obras inferiores a 5 000 contos) Aumento da caução, até 30% em casos excepcionais Substituição da caução por seguro adequado Manutenção da caução por cinco anos (prazo de garantia)
Artigos 112º, 113º e 226º
Identificação dos trâmites processuais dos concursos limitados com e sem publicação de anúncio
Artigo 121º a 132º
Novas disposições relativas ao controlo de custos de obras públicas
Restrição da possibilidade de execução de trabalhos a mais, erros ou omissões e criação de mecanismos de controlo das condições em que podem ser autorizados
Artigos 45º e 46º
Adiamento da data de restituição da caução
Passa de um ano após a recepção provisória para depois da recepção definitiva
Artigo 229º
Controlo de disposições sobre higiene, saúde e segurança no trabalho Artigo 62º nº 6 e 149º
Maior rigor no processo de qualificação das empresas em articulação com a desburocratização na certificação de requisitos nos processos de concurso
Artigo 69º
Criação de normas reguladoras do contrato de concessões de obras públicas e de subempreitada
Interdição de subempreitar trabalhos ou partes da obra superiores a 75%
Artigo 243º a 252º
Criação de normas reguladoras do contrato de subempreitada Artigo 265º a 272º
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SIGLAS
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Siglas
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AEEE – Acordo sobre o Espaço Económico Europeu
CRP – Constituição da República Portuguesa
DR – Diário da República
DSE – Direitos de Saque Especiais
EPAL – Empresa Portuguesa de Águas de Lisboa
FMI – Fundo Monetário Internacional
IMOPPI – Instituto dos Mercados de Obras Públicas e Particulares e do
Imobiliário
IRC – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas
IRS – Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares
IVA – Imposto sobre o Valor Acrescentado
JOCE – Jornal Oficial das Comunidades Europeias
LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil
OMC – Organização Mundial do Comércio
PGR – Procuradoria-Geral da República
SPOCE – Serviço de Publicações Oficiais das Comunidades Europeias
STA – Supremo Tribunal Administrativo
TC – Tribunal de Contas
DD.. LL.. 5599//9999,, ddee 22 ddee MMaarrççoo e Alterações Introduzidas
Lei nº 163/99, de 14 de Setembro
D. L. nº 159/2000, de 27de Julho
Direcção Geral do Desenvolvimento Regional
Coordenação do Fundo de Coesão