40
ENCEFALOMIELITES ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

ENCEFALOMIELITESENCEFALOMIELITESVIRAIS DOS VIRAIS DOS

EQUINOSEQUINOS(ENCEFALITE (ENCEFALITE

EQUINA)EQUINA)

Profa Rosaura Leite RodriguesDisciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Page 2: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONCEITOCONCEITO As Encefalomielites virais dos equinos As Encefalomielites virais dos equinos

são doenças infecciosas zoonóticas são doenças infecciosas zoonóticas virais transmitidas por mosquitos. virais transmitidas por mosquitos.

Page 3: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

ETIOLOGIAETIOLOGIA

3 tipos de vírus da Família Togaviridae 3 tipos de vírus da Família Togaviridae Gênero Alphavírus: Leste, Oeste e Gênero Alphavírus: Leste, Oeste e

VenezuelaVenezuela RNA de fita simples- circundado por RNA de fita simples- circundado por

um envoltório de membrana um envoltório de membrana plasmática da célula infectada. plasmática da célula infectada.

Apresentam patogenicidade variávelApresentam patogenicidade variável

Page 4: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

ETIOLOGIAETIOLOGIA

Vírus sensíveis a solventes lipídicos, Vírus sensíveis a solventes lipídicos, cloro, fenol e aquecimento a 60cloro, fenol e aquecimento a 60ooC/30 min.C/30 min.

Podem ser preservados indefinidamente Podem ser preservados indefinidamente a 4a 4ooC em estado liofilizado. C em estado liofilizado.

Page 5: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Ocorrência no Brasil?Ocorrência no Brasil? Dados oficiais não disponíveis Dados oficiais não disponíveis Diagnóstico em vários estados Diagnóstico em vários estados

brasileirosbrasileiros

Page 6: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA Vetores: mosquitos dos gêneros Culex,

Aedes, Anopheles e Culiseta Mosquitos infectados são portadores por

toda a vida Vírus no mosquito: infecção no intestino glândula

salivar

Page 7: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Grande faixa de hospedeiros: humanos, cavalos, roedores, Grande faixa de hospedeiros: humanos, cavalos, roedores, répteis, anfíbios, macacos, cães, gatos, furões, gambás, répteis, anfíbios, macacos, cães, gatos, furões, gambás, bovinos, suínos, aves e mosquitos.bovinos, suínos, aves e mosquitos.

CCavalos jovens mais susceptíveis Relatos da doença em faisões, patos, galinhas, perus Reservatórios: pássaros

EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA

Page 8: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Diversos animais de laboratório podem ser Diversos animais de laboratório podem ser infectados experimentalmente, ppte infectados experimentalmente, ppte camundongo lactentecamundongo lactente

Ovos embrionados e pintinhos também susceptíveis à infecção

EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA

Page 9: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA

Sazonal: clima quente e úmido- final de verão e início de outono- regiões

de clima temperado - época das chuvas - regiões tropicais

Page 10: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA O vírus permanece em áreas em que o ciclo O vírus permanece em áreas em que o ciclo

de vida dos vetores é interrompido de vida dos vetores é interrompido (inverno) - prováveis mecanismos: (inverno) - prováveis mecanismos:

a) transmissão transovárica no mosquito;a) transmissão transovárica no mosquito; b) sobrevivência de mosquitos adultos b) sobrevivência de mosquitos adultos

infectados;infectados; c) infecções latentes crônicas em pássaros;c) infecções latentes crônicas em pássaros; d) sobrevivência do vírus em outros d) sobrevivência do vírus em outros

hospedeiros, como répteis e cobras. hospedeiros, como répteis e cobras.

Page 11: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

PATOGENIAPATOGENIA

Inoculação do vírus pela picada do mosquito

replicação primária nas células reticuloendoteliais

do linfonodo regional

SNC: replicação viral com encefalite necrosante

Page 12: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS•Manifestações variáveisManifestações variáveis•Geralmente inaparenteGeralmente inaparente• Tipos Leste e epizoóticos Venezuela- Tipos Leste e epizoóticos Venezuela-

mais neuroinvasivos do que o Tipo Oeste mais neuroinvasivos do que o Tipo Oeste e enzoóticos Venezuela e enzoóticos Venezuela

• Período de incubação = 3 dias a 3 Período de incubação = 3 dias a 3 semanassemanas

• Mortalidade varia de 50% (Oeste) a 80% Mortalidade varia de 50% (Oeste) a 80% (Venezuela) ou até 100% (Leste)(Venezuela) ou até 100% (Leste)

Page 13: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOSApós incubação... Febre e depressão Após incubação... Febre e depressão

(geralmente despercebidas) ... pode (geralmente despercebidas) ... pode se recuperar ouse recuperar ou

...vírus invade o sistema nervoso e causa sinais ...vírus invade o sistema nervoso e causa sinais neurológicos * (febre e viremia já neurológicos * (febre e viremia já desapareceram)desapareceram)

* Sinais neurológicos: ranger de dentes, depressão, * Sinais neurológicos: ranger de dentes, depressão, ataxia, andar em círculos, andar a esmo, pressão ataxia, andar em círculos, andar a esmo, pressão da cabeça contra objetos, hiperexcitabilidade, da cabeça contra objetos, hiperexcitabilidade, paralisia, anorexia, cequeira - no final: paralisia, anorexia, cequeira - no final: embotamento dos sentidos, com cabeça baixa, embotamento dos sentidos, com cabeça baixa, orelhas caídas, ptose labial e protusão da língua orelhas caídas, ptose labial e protusão da língua

Page 14: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS- Cavalos com ataxia acentuada, podem Cavalos com ataxia acentuada, podem

escorar-se contra paredes e cercasescorar-se contra paredes e cercas- Estação com membros posteriores Estação com membros posteriores

cruzadoscruzados- Impossibilidade de beber/deglutir Impossibilidade de beber/deglutir

(paralisia dos nervos cranianos IX e X) (paralisia dos nervos cranianos IX e X) - Fase final: em decúbito – movimentos Fase final: em decúbito – movimentos

de pedalagem ... até a mortede pedalagem ... até a morte- Curso clínico: 2-14 diasCurso clínico: 2-14 dias

Page 15: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

PATOLOGIAPATOLOGIA• Na Na necropsianecropsia: não há lesões macroscópicas!: não há lesões macroscópicas!

• Na Na histopatologiahistopatologia - lesões na substância - lesões na substância cinzenta- ppte córtex, tálamo e cinzenta- ppte córtex, tálamo e hipotálamo*:hipotálamo*:

- necrose neuronal necrose neuronal - neuronofagianeuronofagia- manguitos perivasculares (MN e PMN) manguitos perivasculares (MN e PMN) - microgliose focal e difusamicrogliose focal e difusa

* Medula espinhal levemente afetada* Medula espinhal levemente afetada

Page 16: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO- Sinais clínicos e dados epidemiológicos Sinais clínicos e dados epidemiológicos

são sugestivossão sugestivos

- Confirmar laboratorialmente: Confirmar laboratorialmente: imunoistoquímica ou hibridização imunoistoquímica ou hibridização in situ in situ em material fixado em formolem material fixado em formol

- Material para histopatologia: cérebro Material para histopatologia: cérebro sempre!sempre!

Page 17: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO- Materiais para exame virológico:Materiais para exame virológico:

1)1) Soro – amostras da fase aguda e convalescente – Soro – amostras da fase aguda e convalescente – titulação por inibição da hemaglutinação ou titulação por inibição da hemaglutinação ou soroneutralização – Elevação de 4 x na titulação de soroneutralização – Elevação de 4 x na titulação de ACs é diagnóstica – Presença de Ac IgM contra um dos ACs é diagnóstica – Presença de Ac IgM contra um dos tipos de vírus indica infecção recentetipos de vírus indica infecção recente

2) Cérebro – isolamento viral por cultura celular ou 2) Cérebro – isolamento viral por cultura celular ou inoculação intracraniana em camundongos lactentes inoculação intracraniana em camundongos lactentes

3) Líquor – detecção do AC IgM contra um dos tipos de 3) Líquor – detecção do AC IgM contra um dos tipos de vírus é diagnóstica vírus é diagnóstica

4) Sangue – pode não ser um bom material para 4) Sangue – pode não ser um bom material para isolamento viral pois quando há sinais neurológicos já isolamento viral pois quando há sinais neurológicos já não há mais viremia. Coletar de animais febris em um não há mais viremia. Coletar de animais febris em um surto.surto.

Page 18: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL

* * RAIVARAIVA- afeta outras espéciesafeta outras espécies- em qualquer época do anoem qualquer época do ano

* * LEUCOENCEFALOMALACIA LEUCOENCEFALOMALACIA (intoxicação por milho mofado)(intoxicação por milho mofado)- épocas mais frias e úmidasépocas mais frias e úmidas- animais consumindo milho ou rações com milhoanimais consumindo milho ou rações com milho

* * MIELITE/ENCEFALITE POR HERPESVÍRUS EQUINOMIELITE/ENCEFALITE POR HERPESVÍRUS EQUINO- - pode ocorrer associada a doença respiratória ou pode ocorrer associada a doença respiratória ou

abortamentoabortamento

Page 19: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL

* * ENCEFALOPATIA HEPÁTICAENCEFALOPATIA HEPÁTICA- curso clínico mais agudo curso clínico mais agudo - alterações na função hepáticaalterações na função hepática- no Brasil, relacionada à: intoxicação por plantas como no Brasil, relacionada à: intoxicação por plantas como

Senecio Senecio spp(sul) e spp(sul) e CrotalariaCrotalaria retusaretusa (nordeste) (nordeste)

* * Infecção pelo vírus do Oeste do Nilo (Flavivírus)Infecção pelo vírus do Oeste do Nilo (Flavivírus)- - causa uma encefalomielite semelhante causa uma encefalomielite semelhante - - Ainda não diagnosticada no BrasilAinda não diagnosticada no Brasil

Page 20: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Não existeNão existe

TRATAMENTOTRATAMENTO

Page 21: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONTROLE E PROFILAXIACONTROLE E PROFILAXIA• Controle da população de vetores:Controle da população de vetores:- programas de combate a mosquitos, programas de combate a mosquitos,

evitando acúmulos de água e uso de evitando acúmulos de água e uso de inseticidas inseticidas

• Imunização dos equinos: Imunização dos equinos: - vacina de vírus inativado por formalina vacina de vírus inativado por formalina - 2 vacinações seguidas de reforços 2 vacinações seguidas de reforços

anuaisanuais- imunidade satisfatóriaimunidade satisfatória

Page 22: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONTROLE E PROFILAXIACONTROLE E PROFILAXIA• No caso de planteis de granjas de aves No caso de planteis de granjas de aves

domésticas: domésticas: - gaiolas teladas e distantes de áreas de gaiolas teladas e distantes de áreas de

pântanospântanos- a prática de debicagem diminui a a prática de debicagem diminui a

transmissão de ave p/ avetransmissão de ave p/ ave- vacinas diluídas vacinas diluídas

Page 23: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

INFLUENZA EQUINAINFLUENZA EQUINA(GRIPE EQUINA)(GRIPE EQUINA)

Profa Rosaura Leite RodriguesDisciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Page 24: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONCEITOCONCEITO A Influenza Equina é uma doença infecciosa A Influenza Equina é uma doença infecciosa

viral aguda transmitida por inalação de viral aguda transmitida por inalação de aerossois, que acomete o trato respiratório aerossois, que acomete o trato respiratório superior e inferior de equinos.superior e inferior de equinos.

Uma das principais doenças contagiosas Uma das principais doenças contagiosas respiratórias dos equinosrespiratórias dos equinos

Em epizootias perdas econômicas Em epizootias perdas econômicas consideráveis consideráveis

- Distribuição mundial - exceto: Austrália, Nova - Distribuição mundial - exceto: Austrália, Nova Zelândia e IslândiaZelândia e Islândia

Page 25: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

ETIOLOGIAETIOLOGIA

Família OrthomyxoviridaeFamília Orthomyxoviridae Gênero Influenza tipo AGênero Influenza tipo A

Influenza equina 1 (A/equi/1) e Influenza Influenza equina 1 (A/equi/1) e Influenza equina 2 (A/equi/2) equina 2 (A/equi/2)

Há contínuas variações antigênicasHá contínuas variações antigênicas RNA segmentado, encapsulado RNA segmentado, encapsulado

- no envelope externo: antígenos- no envelope externo: antígenos

neuraminidase (NA) e a hemaglutinina (HA)neuraminidase (NA) e a hemaglutinina (HA)

e lipídeos e lipídeos

Page 26: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

ETIOLOGIAETIOLOGIA

Vírus inativados por fenol, solventes lipídicos, Vírus inativados por fenol, solventes lipídicos, detergentes, formalina e agentes oxidantes detergentes, formalina e agentes oxidantes (ozônio)(ozônio)

Vírus inativados a 56Vírus inativados a 56ooC/30 min.C/30 min.

Page 27: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA Infecta cavalos, asnos e mulasInfecta cavalos, asnos e mulas Equinos de todas as idades são susceptíveisEquinos de todas as idades são susceptíveis Maior prevalência: animais com menos de 2 Maior prevalência: animais com menos de 2

anosanos

Maior frequencia: animais submetidos a Maior frequencia: animais submetidos a constantes mudanças de ambiente ou constantes mudanças de ambiente ou confinados em locais pouco ventiladosconfinados em locais pouco ventilados

Infecção experimental em camundongos por Infecção experimental em camundongos por inoculação intranasalinoculação intranasal

Replicação em ovos embrionados de galinhas Replicação em ovos embrionados de galinhas

Page 28: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

EPIDEMIOLOGIAEPIDEMIOLOGIA Alta morbidade e baixa mortalidadeAlta morbidade e baixa mortalidade

Contato íntimo entre os animais para haver Contato íntimo entre os animais para haver a transmissãoa transmissão

Epidemias: quando animais são introduzidos Epidemias: quando animais são introduzidos em uma nova população susceptívelem uma nova população susceptível

A gravidade varia em função das A gravidade varia em função das características antigênicas dos vírus características antigênicas dos vírus circulante e da imunidade da população no circulante e da imunidade da população no momento da exposiçãomomento da exposição

Page 29: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

PATOGENIAPATOGENIA Tosse de animais enfermos:

inalação do vírus em aerossois

Replicação na camada ciliar do trato respiratório superior

Alguns chegam ao trato respiratório inferior

Processo inflamatório, com descarga nasal serosa

Page 30: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

PATOGENIPATOGENIAA Vírus tem afinidade por mucopolissacarídeos e Vírus tem afinidade por mucopolissacarídeos e

glicoproteínas do muco do trato respiratórioglicoproteínas do muco do trato respiratório Vírus pode ser neutralizado p/muco ou por ACs Vírus pode ser neutralizado p/muco ou por ACs

específicos locais contra a hemaglutinina viralespecíficos locais contra a hemaglutinina viral Neuraminidase: atividade proteolítica- destrói o Neuraminidase: atividade proteolítica- destrói o

muco glicoproteicomuco glicoproteico Vírus faz adsorção via hemaglutinina a receptores Vírus faz adsorção via hemaglutinina a receptores

nas células epiteliais... endocitose... fusão com a nas células epiteliais... endocitose... fusão com a membrana do fagossoma.... liberado no citoplasmamembrana do fagossoma.... liberado no citoplasma

Replicação viral destrói a camada mucociliar... Replicação viral destrói a camada mucociliar... infecções secundáriasinfecções secundárias

Page 31: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS* Período de incubação: geralmente de 1-3 dias. * Período de incubação: geralmente de 1-3 dias.

Pode variar de 18 h a 7 dias. Pode variar de 18 h a 7 dias.

* Sinais súbitos, que duram geralmente menos de * Sinais súbitos, que duram geralmente menos de 3 dias3 dias

- Febre (42º C) Febre (42º C) - Tosse seca não produtiva Tosse seca não produtiva - persistente, ppte se - persistente, ppte se

houver infecção secundáriahouver infecção secundária- Descarga nasal serosa- pode evoluir para Descarga nasal serosa- pode evoluir para

mucopurulenta (infecção sec.)mucopurulenta (infecção sec.)- Ainda: anorexia, depressão, fraqueza, descarga Ainda: anorexia, depressão, fraqueza, descarga

lacrimal, linfadenomelagia (linfonodos região da lacrimal, linfadenomelagia (linfonodos região da cabeça), edema de membros, laminite, cabeça), edema de membros, laminite, dispneia, pneumoniadispneia, pneumonia

Page 32: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

SINAIS CLÍNICOSSINAIS CLÍNICOS

• Infecções leves: recuperação em 2-3 Infecções leves: recuperação em 2-3 semanassemanas

• Infecções graves: até 6 meses para a Infecções graves: até 6 meses para a recuperação – relação com infecções recuperação – relação com infecções secundárias e com repouso do animalsecundárias e com repouso do animal

• Animais infectados continuam a liberar o Animais infectados continuam a liberar o vírus aprox. 5 dias após o aparecimento vírus aprox. 5 dias após o aparecimento dos primeiros sinaisdos primeiros sinais

Page 33: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

LESÕESLESÕES

• Pouca importância devido à baixa mortalidade

• Laringite,Traqueíte, Bronquite, Bronquiolite, Pneumonia intersticial com congestão alveolar e edema.• Exsudato seroso ou mucoso nos bronquíolos

• No óbito: broncopneumonia bacteriana secundária

Page 34: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO- Sinais clínicos súbitos (tosse frequente) e Sinais clínicos súbitos (tosse frequente) e

dados epidemiológicos ...dados epidemiológicos ...- Confirmar laboratorialmente: Confirmar laboratorialmente: 1) Isolamento viral a partir das secreções 1) Isolamento viral a partir das secreções

nasais:nasais: - coletar com um - coletar com um swab swab com gaze na ponta, com gaze na ponta,

introduzido na profundidade da cavidade introduzido na profundidade da cavidade nasal... colocar em solução tamponada nasal... colocar em solução tamponada (Meio Essencial Mínimo- MEM)... (Meio Essencial Mínimo- MEM)... transportar sob refrigeraçãotransportar sob refrigeração

- Nos Estados Unidos: Kit denominado Nos Estados Unidos: Kit denominado “Directigen Flu A”- rapidez na “Directigen Flu A”- rapidez na identificação do Ag viralidentificação do Ag viral

Page 35: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO2) Sorologia em amostras pareadas:2) Sorologia em amostras pareadas: - amostras nas fases aguda e convalescente- amostras nas fases aguda e convalescente

3) ELISA3) ELISA- sensívelsensível- a especificidade depende da qualidade do a especificidade depende da qualidade do

AgAg- usada para diagnóstico, vigilância e usada para diagnóstico, vigilância e

monitoramento de animais vacinados monitoramento de animais vacinados - usada quando há grande quantidade de usada quando há grande quantidade de

amostras de soroamostras de soro

Page 36: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIFERENCIAL

* GARROTILHO (* GARROTILHO (Streptococcus equiStreptococcus equi))- doença mais grave, com corrimento nasal doença mais grave, com corrimento nasal

purulento purulento

* Infecções por Herpesvírus * Infecções por Herpesvírus (Equino-1 e Equino-4)(Equino-1 e Equino-4)

- doenças mais graves, com conjuntivite e doenças mais graves, com conjuntivite e corrimento nasal seroso a mucopurulentocorrimento nasal seroso a mucopurulento

Page 37: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONTROLE E PROFILAXIACONTROLE E PROFILAXIA• Controle de surto: praticamente Controle de surto: praticamente

impossível por ser súbito impossível por ser súbito

• Animais com sinais clínicos: Animais com sinais clínicos: - separados e isolados por 3-4 semanasseparados e isolados por 3-4 semanas

* Atenção especial aos potros (ppte com * Atenção especial aos potros (ppte com baixa titulação de ACs) e aos animais baixa titulação de ACs) e aos animais que tem contato frequente com outrosque tem contato frequente com outros

Page 38: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONTROLE E PROFILAXIACONTROLE E PROFILAXIA• Vacinação - durante o surto??? Vacinação - durante o surto??? - Controvérsias entre autores - Controvérsias entre autores

• Animais introduzidos: Animais introduzidos: - quarentena (2-3 semanas)quarentena (2-3 semanas)- Vacinados 10 dias antes (se não são Vacinados 10 dias antes (se não são

vacinados há pelo menos 2 meses) vacinados há pelo menos 2 meses)

Page 39: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

CONTROLE E PROFILAXIACONTROLE E PROFILAXIA• Vacinas contem A/equi/1 e A/equi/2 Vacinas contem A/equi/1 e A/equi/2

inativados e são consideradas eficazesinativados e são consideradas eficazes• Vacinas com adjuvantes melhores que as Vacinas com adjuvantes melhores que as

simplessimples• Vacinar ao menos 70% de uma populaçãoVacinar ao menos 70% de uma população

• Protocolos de vacinação variados...Protocolos de vacinação variados...P.ex. 2 doses com intervalos de 3-6 P.ex. 2 doses com intervalos de 3-6

semanas... outra dose após 6 meses... semanas... outra dose após 6 meses... vacinação anualvacinação anual

- Em situações de risco: diminuir os - Em situações de risco: diminuir os intervalos... vacinas a cada 90 diasintervalos... vacinas a cada 90 dias

Page 40: ENCEFALOMIELITES VIRAIS DOS EQUINOS (ENCEFALITE EQUINA) Prof a Rosaura Leite Rodrigues Disciplina de Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos-UCB

Manual de LegislaçãoManual de Legislação

Instrução de Serviço DDA no 017, de 16/11/2001

Determinação da adoção de medidas sanitárias em razão da ocorrência

de Influenza (gripe) equina