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Encontros para os Grupos Bíblicos em FamíliaQuaresma e Páscoa – 2010

A VIDA NOVA EM CRISTO

Arquidiocese de Florianópolis

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SUMÁRIO

Apresentação ..................................................................................... 3

Orientações para os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família ......................................... 4

Celebração Inicial: Viver a solidariedade ........................................... 61º Encontro: Economia a serviço da vida: Desejo de Deus ................ 14

2º Encontro: Economia para a vida de todos ..................................... 22

3º Encontro: Promover a vida ............................................................. 29

4º Encontro: Convite à conversão ...................................................... 36

5º Encontro: Via-Sacra: Fraternidade e Solidariedade – A vida de cada um ligada à vida de todos ................................ 42

6º Encontro: Páscoa: certeza da Ressurreição .................................. 58

7º Encontro: Ressurreição: vida nova em Cristo ................................ 66

8º Encontro: Vivo e vencedor, Jesus caminha conosco ................... 719º Encontro: Mutirão a serviço da vida ............................................... 77

10º Encontro: Vocação cristã ................................................................ 85

11º Encontro: Economia solidária ......................................................... 91

12º Encontro: Ação do Espírito Santo na Igreja e no mundo............ 97

13º Encontro: Santíssima Trindade: Modelo da Igreja .................... 102

Anexo 1: Grupos Bíblicos em Família: prioridade pastoral ............ 108

Anexo 2: Hino dos Grupos Bíblicos em Família ..............................110

Anexo 3: Oração dos Grupos Bíblicos em Família .........................111

Anexo 4: Leitura Orante da Palavra de Deus ..................................112

Equipe de Elaboração, Revisão e Editoração .................................113

Equipes de Articulação ....................................................................114

Avaliação .........................................................................................115

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APRESENTAÇÃO

Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiroA Campanha da Fraternidade faz parte do calendário anual de

nossas dioceses. Promovida pela CNBB, essa Campanha procura in-quietar a sociedade com reflexões sobre temas sociais, especialmente aqueles que estejam prejudicando a vida fraterna. Neste ano de 2010, há uma particularidade: novamente será ecumênica – isto é, assumida, também, por outras igrejas cristãs.

O tema escolhido para a CF 2010 é: Economia e vida; e o lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24). Seu obje-tivo geral é o de unir as Igrejas cristãs e as pessoas de boa vontade na promoção de uma economia que esteja a serviço da vida, em vista da construção da paz. É um objetivo ousado. Mas como não ser ou-sados diante das injustiças que nascem de uma economia em que o lucro está em primeiro lugar e o ser humano não passa, muitas vezes, de um “produto”, útil apenas enquanto ajuda o crescimento dessa mesma economia? Como ficar indiferentes diante de uma “máquina” econômica que gera desigualdades, miséria, fome e morte? Realizada na quaresma, a CF quer “acordar” a sociedade, motivando-a a uma profunda conversão. Afinal, a Vida é um valor mais importante que os interesses do mercado.

Há os que perguntarão: tem sentido as Igrejas cristãs tratarem de um tema como esse? Não haveria outros temas mais interessantes e urgentes, temas que seriam mais “religiosos”? Tudo o que é importante para o ser humano é importante para o Evangelho. Por isso é que Jesus se preocupou não somente com temas ditos “religiosos”, mas também com a fome, com as doenças e injustiças.

Nossos Grupos Bíblicos em Família fazem bem, pois, em partici-par das reflexões da Campanha da Fraternidade. Se quisermos mudar o mundo, precisamos começar mudando nosso coração. Assim, pela conversão de nosso coração, estaremos dando um passo importante para viver a Páscoa do ano da graça de 2010.

Dom Murilo S.R. Krieger, scjArcebispo de Florianópolis

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ORIENTAÇÕES PARA OS ANIMADORES E ANIMADORAS DOS

GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA

Os animadores e animadoras dos Grupos Bíblicos em Família exercem um ministério bonito e importante na nossa Igreja arquidio-cesana. As presentes orientações sejam vistas como lembretes, como ajuda na sua missão de dinamizar o funcionamento dos Grupos:

1. PLANEJAMENTO: Dar início aos grupos. Colaborar com a pa-róquia na divulgação e organização da prioridade da Ação Pas-toral Evangelizadora em nossa Arquidiocese, que são os Grupos Bíblicos em Família.

2. CELEBRAÇÃO INICIAL: Prepará-la bem. Reunir os vários grupos da comunidade ou da paróquia para fazê-la em comum.

3. AMBIENTE: É muito importante usar a criatividade, preparando bem o ambiente, com alguns símbolos que ilustrem a ideia central do encontro.– Símbolo forte, que deveria estar sempre presente, é a casinha,

porque identifica os Grupos Bíblicos em Família como “Igreja nas casas”, lembrando as primeiras comunidades cristãs.

– A Bíblia não pode faltar, porque é a fonte inspiradora de toda oração, reflexão e proposta de ação do grupo. É importante que todos os participantes a levem sempre, e que se acostumem a ler com antecedência o texto proposto para cada encontro.

4. CANTOS: Quando não são conhecidos, poderão ser rezados, ou substituídos por outros que o grupo conhece.

5. TAREFAS DO GRUPO: Envolver todos os participantes, distri-buindo responsabilidades. Dar atenção especial aos jovens e crianças. Apresentar os novos membros ao grupo. Promover um clima de acolhida e bem-estar para todos.

6. GRUPOS GRANDES: Se o grupo se tornar muito grande, a ponto de dificultar a participação ativa de todos, a saída seria propor que alguns membros, já bem familiarizados com a vida dos gru-pos, se disponham a iniciar novos grupos, colaborando com a

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propagação desta prioridade da arquidiocese na sua paróquia ou comunidade.

7. QUESTÕES DA COMUNIDADE: Trazê-las para o grupo, conversar sobre elas. Lembrar as necessidades materiais e espirituais da comunidade (água, esgoto, lixo, calçamento, policiamento, controle do tráfico e uso de drogas, violência, locais para celebrações e de lazer, etc.), a fim de que o grupo esteja sempre atento, valorizando a vida e colaborando com o bem-estar da comunidade.

8. COMPROMISSOS: Insistir neles, a fim de que a vida do grupo não fique restrita àquela hora do encontro e desligada da realidade. Se o compro misso sugerido para um encontro for difícil de ser executado, escolha-se outro. O importante é ligar sempre oração, reflexão e ação.

9. CONTINUIDADE: Manter o grupo bem unido e articulado, moti-vando-o a dar continuidade aos encontros durante todo o ano. A equipe de redação prepara um livreto para os encontros de cada tempo litúrgico do ano, ou seja: Advento e Natal; Quaresma e Páscoa; Tempo Comum.

10. PLANEJAMENTO PAROQUIAL: Para o bom funcionamento dos GBF em nível paroquial é necessário que o nosso planejamento esteja contemplado no planejamento paroquial. – É importante que os coordenadores(as) e animadores(as) se

reúnam e tracem um planejamento para todo o ano, com reu-niões pe riódicas na comunidade e em nível paroquial; formação para animadores e animadoras; temas de estudos; celebrações e lançamento dos livretos, conforme o tempo litúrgico.

11. AVALIAÇÃO: É importante fazer a avaliação dos encontros do livreto. Avaliando é que se aprende a melhorar a qualidade do nos-so trabalho de evangelização. Após o último encontro, provoque o grupo a fazer a avaliação em conjunto, seguindo o questionário que está no final do livreto, e envie para:

Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em FamíliaRua Esteves Junior, 447 – Centro

CEP: 88015-130 – Florianópolis/SC E-mail: [email protected]

Obrigado pela sua valiosa colaboração e bom trabalho!

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Celebração inicial

VIVER A SOLIDARIEDADE

“Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz da Campanha da Fraternidade e do livreto, cruz, vela, pano roxo, outros símbolos que nos ajudem a viver o tempo da Quaresma e Páscoa.

Motivação e oração inicial

Animador(a) 1: Irmãos e irmãs, sejam todos e todas bem-vindos. Saudemo-nos com um gesto de acolhida.

(Tempo para a saudação.)

A 1: Acolhamos os símbolos que identificam a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família, cantando:

Canto: Hino do GBF

1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram/ em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam,/ na prece entrelaçam a terra e os céus.

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/

(Entra a casinha e o cartaz do livreto.)

A 2: Estamos iniciando o mais importante período litúrgico do ano: o Tempo Pascal. A fim de nos preparar para a celebração da Páscoa do Senhor Jesus, temos o tempo da Quaresma.

A 1: A Quaresma é tempo de penitência, reflexão e conversão.

A 2: Desde 1964, no Brasil, a Igreja lança na Quaresma a Campanha da Fraternidade como proposta de evangelização, para ajudar os cristãos e pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos no processo de transformação da sociedade.

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A 1: Neste ano estamos realizando mais uma Campanha da Frater-nidade Ecumênica (CFE). Diante da realidade em que vivemos, foram escolhidos o tema e o lema da atual Campanha.

Homens: Tema: “Economia e Vida”

Mulheres: Lema: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6, 24).

(Entra o cartaz da CFE.)

Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores:

/: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro e muito menos agradar a dois senhores.” :/

A 2: No desejo de que a Quaresma seja realmente este tempo de conversão e vivência fraterna, olhemos para a cruz e façamos o sinal de nossa fé:

(Entra a cruz, com o pano roxo.)

Todos(as): Em nome do Pai...

A 1: Rezemos a Oração da Campanha da Fraternidade Ecumênica, em comunhão com todos os cristãos e cristãs que aceitam o Senhor Jesus Cristo como Deus e Salvador, segundo as Escrituras.

Lado A: Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.

Lado B: Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho.

T: Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

Lado A: Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injus-tiças que causam exclusão social e miséria.

Lado B: Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.

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T: Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a co-munhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Canto: Tenho irmãos, tenho irmãs aos milhões em outras religiões. Pensamos diferente, louvamos diferente, oramos diferente, mas numa coisa nós somos iguais: buscamos o mesmo Deus, amamos o mesmo Pai, queremos o mesmo céu, choramos os mesmos ais.

A 2: Neste início da Quaresma, coloquemo-nos diante de Deus, Pai de ternura e misericórdia, pedindo perdão de nossas culpas, omis-sões e infidelidades cometidas no seguimento de Jesus Cristo.

Lado A: Por nossas atitudes de egoísmo e indiferença diante das ne-cessidades de nossos irmãos e irmãs,

T: Perdoai-nos, ó Senhor.

Lado B: Por provocarmos e alimentamos a violência em nossas famílias e na comunidade,

T: Perdoai-nos, ó Senhor.

Lado A: Por colaborarmos com a corrupção e as injustiças em nossa sociedade,

T: Perdoai-nos, ó Senhor.

Lado B: Por não sermos solidários e não partilharmos o que sabemos e possuímos com os irmãos e irmãs necessitados,

T: Perdoai-nos, ó Senhor.

A 1: Ó Deus, contemplai com terna compaixão os vossos filhos e fi-lhas aqui reunidos, ajudai-nos a crer que vós tendes poder para perdoar nossos pecados.

T: Amém.

Canto: Perdoai-nos, ó Pai

/: Perdoai-nos, ó Pai, as nossas ofensas, como nós per-doamos a quem nos ofendeu. :/

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1. Se eu não perdoar a meu irmão, o Senhor não me dá o seu perdão. Eu não julgo, para não ser julgado. Perdoando é que serei perdoado.

Refletindo o tema

A 2: A Campanha da Fraternidade tem seu período forte durante a Quaresma, quando nos preparamos para celebrar a Páscoa de Cristo, anúncio de transformação e força de ressurreição de vida para o mundo.

Leitor(a) 1: A Quaresma deve ser vivida como tempo de transformação da vida pessoal e da realidade eclesial e social.

L 2: É necessário caminhar na direção da unidade cristã, no trabalho em defesa da vida, na promoção da justiça e da solidariedade, para alcançar a paz verdadeira e uma economia a serviço da vida.

L 3: A fraternidade cristã não é feita só de amáveis palavras e bons sentimentos, ela requer atitudes e ações concretas. Não basta orar pelos pobres.

T: “Aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça...” (Is 1,17).

L 4: Um olhar sobre o mundo em que vivemos nos mostra sinais preocu-pantes em relação ao sistema econômico, cultural e ecológico.

L 1: Por esta razão foi escolhido o tema e lema da Campanha da Fraternidade Ecumênica.

T: “Economia e vida”. “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

A 1: Vemos à nossa volta pessoas enriquecendo a cada dia, e pessoas pedindo esmolas à margem da sociedade.

L 2: A corrupção favorece os que já têm demais, pois nem sempre o dinheiro público é aplicado em benefício do povo: na saúde, educação, alimentação e na geração de empregos.

L 3: Por causa disso, vemos pessoas nas filas dos hospitais, sem atendimento, sem direito à saúde.

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L 4: Adolescentes, jovens e adultos vivem sem perspectivas de oportu-nidades de trabalho e caem no mundo do tráfico, da prostituição, na busca do dinheiro fácil para sobreviver.

L 1: Escolas que nem sempre oferecem condições para que as crian-ças aprendam a ler.

L 2: Famílias desestruturadas pelo poder econômico. Idosos aposen-tados ajudando e sustentando a família desempregada.

T: “Ai dos que juntam casa a casa, emendando terreno com terreno, até não sobrar espaço para mais ninguém! Estareis sozinhos dentro do país?” (Is 5,8).

A 2: Em resumo, multidões não têm o necessário para bem viver, e uma minoria que não consegue nem usufruir o que tem, por excesso de riqueza.

Canto: Se meu irmão estende a mão

1. Se meu irmão me estende a mão e pede um pouco do meu pão, e eu não respondo, ou digo não, errei de rumo e direção. Nesta mesa de perdão, o pão e o vinho levarei e, pensando em meu irmão, o meu Senhor receberei.

/: Quero ver no meu irmão a imagem dele, meu irmão que até nem tem o necessário pra ter paz. Quero ser pro meu irmão a resposta dele, eu que vivo mais feliz e às vezes tenho até demais. :/

A Palavra de Deus Ilumina

A 1: Vamos ouvir o que a Palavra de Deus tem a nos dizer. O texto que vamos ler nos ajuda a refletir sobre nossas escolhas no uso do dinheiro. Aclamemos a Palavra, cantando

(Entrada solene da Bíblia acompanhada da vela.)

Canto: /: Fala, Senhor, fala, Senhor, palavra de fraternidade! Fala, Senhor, fala, Senhor. És luz da humanidade! :/

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Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evangelho de Jesus Cristo escrito por Mateus, capítulo 6, versículos de 19 a 24 (Mt 6,19-24).

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A 2: Para melhor compreender o texto, vamos reler, destacando pa-lavras fortes e refletir de dois em dois:a) Qual a advertência de Jesus a respeito do acúmulo de

riquezas?b) Por que não podemos servir a Deus e ao dinheiro?

(Deixar que as pessoas se manifestem.)

Aprofundando a Palavra

A 1: Na leitura que fizemos, podemos perceber a advertência de Je-sus:

L 3: “Não ajunteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam” (Mt 6,19).

T: “Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu...” (Mt 6,20).

L 4: Reconhecemos que nossas escolhas no uso do dinheiro revelam de fato quem somos.

L 1: Jesus no evangelho nos adverte que há uma escolha fundamental: ou Deus ou o Dinheiro.

T: “Onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mt 6,21).

L 2: Deus leva a pessoa à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade.

L 3: As riquezas injustas, que são resultado da opressão e da explo-ração, refletem a escolha errada que a pessoa faz.

T: “... o salário dos trabalhadores, que ceifaram vossos campos, e que vós deixastes de pagar, está gritando; o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor” (Tg 5,4).

L 4: É necessário compreender a advertência de Jesus, que serve de lema para a nossa campanha:

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T: “Ninguém pode servir a dois senhores: ou vai odiar o primeiro e amar o outro, ou aderir ao primeiro e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro!” (Mt 6,24).

A 2: Na sociedade em que vivemos há pessoas egoístas, que ajudam a criar situações desumanas, mas há também muitas pessoas generosas e solidárias, que colaboram para que o Reino seja de justiça, solidariedade e fraternidade.

Canto: Somos gente da esperança

1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos povo da aliança, que já sabe aonde vai.

/: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. :/

Assumindo compromissos

A 1: Jesus não ficou só no discurso. Toda a sua vida foi um testemunho de simplicidade no uso dos bens materiais, de solidariedade com os pobres, de distribuição gratuita dos dons de Deus, sem nenhuma ambição de bens ou glórias mun-danas. Neste tempo quaresmal, vamos avaliar nossas atitudes e tomar iniciativas de mudanças. a) Ser sempre solidários com os irmãos e irmãs que estão ao nos-

so redor, partilhando, na medida do possível, o que temos.b) Confessar-nos e reconciliar-nos com Deus e com os irmãos e

irmãs.c) Ajudar a comunidade a se comprometer mais com a fraterni-

dade, a partilha, a solidariedade...d) Informar-nos do dia e hora e participar do seminário sobre Eco-

nomia Solidária, organizado pela Ação Social Arquidiocesana (ASA).

(Deixar o grupo expressar suas opiniões e decidir qual compromisso assumir, ou substituir por outro, conforme

a necessidade da comunidade ou grupo.)

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Oração e bênção

A 2: Irmãos e irmãs, em comunhão com todas as comunidades, e com outras denominações religiosas, que se unem em Jesus Cristo a favor da vida, elevemos nossas preces espontâneas a Deus.(Tempo para preces espontâneas. No final de todas as intenções, cantamos.)

Canto: Envia o teu Espírito, Senhor, e renova a face da terra!A 1: De mãos dadas, rezemos a oração de Jesus que une todos os

cristãos e nos torna irmãos e irmãs uns dos outros. Rezemos o Pai-nosso ecumênico.

T: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

A 2: Oremos: Ó Deus de ternura e paz, acolhe as orações que nossa comunidade apresenta. Isso nós te pedimos por Jesus, teu Filho, na unidade do Espírito Santo.

T: Amém.A 1: Que o Deus da vida, revelado a nós por Jesus Cristo, nos abençoe

e nos faça sempre mais comprometidos com seu Reino.T: Amém

(Em pares, uma pessoa de frente para outra, se abençoam, dizendo:)

T: Deus nos abençoe (mãos na cabeça), Deus nos proteja (mãos no ombro), Deus nos dê a paz (um aperto de mão), Deus nos dê a paz (um abraço).

Canto final: Nossa Senhora da Paz /: Nossa Senhora da paz, Maria, mãe de Jesus. :/

1. Maria, mãe da vida, Maria, mãe do amor.2. Maria, mãe do mundo, Maria, mãe da luz.3. Maria, mãe da Igreja, Maria, mãe da fé.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico. É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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1º Encontro

ECONOMIA A SERVIÇO DA VIDA: DESEJO DE DEUS

“Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico” (Lc 16,21).

Ambiente: Bíblia, cartaz da Campanha da Fraternida-de (CFE) e do livreto (se possível), vela acesa, terra, faixas com palavras: COMPROMISSO – FRATERNIDADE – GRATIDÃO – UNIDADE.

Acolhida: A família que recebe os membros do GBF faz a saudação e convida a todos para o abraço fraterno.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs na fé cristã, como é bom estarmos aqui no reinício dos encontros dos Grupos Bíblicos em Família, neste ano de 2010. Neste momento vamos partilhar os compromissos assumidos e concretizados na semana passada.

(Tempo de partilha.)

A: Neste ano queremos, mais uma vez, firmar nossa fé em Deus Trindade, fonte da vida, da unidade e da fraternidade.

Canto: /: Meu Deus do céu! :/ Pai, Filho e Espírito Santo! Meu Deus do céu!

A: Neste tempo da Quaresma celebramos novamente o mistério da nossa salvação, relembrando, com gratidão, ao longo de seis semanas, a vida, paixão e morte de Jesus, fazendo uma revisão da nossa vida em preparação à grande festa da Páscoa.

Todos(as): Quaresma – tempo de penitência, de reflexão e con-versão.

A: A Campanha da Fraternidade, que a Igreja do Brasil celebra sempre neste tempo, este ano é ecumênica, isto é, promovida pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). É

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a terceira Campanha da Fraternidade (CFE) realizada de forma ecumênica. As demais foram nos anos de 2000 e 2005.

Todos(as): O tema deste ano é: “Economia e Vida”, e o lema é: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

A: Pedimos ao Pai que todos sejam um, para que possamos vivenciar as propostas de fraternidade apresentadas por Jesus Cristo, e testemunhar a presença santificadora do Espírito Santo na Igreja Cristã, vivendo a unidade. Rezemos em dois lados a oração da Campanha da Fraternidade Ecumênica.

T: Ó Deus Criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.

Lado A: Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho.

Lado B: Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

T: Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das in-justiças que causam exclusão social e miséria.

Lado A: Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.

Lado B: Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a comu-nhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu Reino.

T: Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

Canto: No raiar de um novo tempo, vida nova então se faz. A es-perança do teu povo é justiça, amor e paz.

Refletindo o tema

A: O objetivo geral da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano convoca a unidade dos cristãos e cristãs para uma grande reflexão sobre a situação econômica em que vivemos.

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T: “Unir Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade na promoção de uma economia a serviço da vida, sem exclusões, contribuindo na construção de uma cultura de fraternidade e paz.”

Leitor(a) 1: A casa comum de todos nós é a Terra. A própria Terra evi-dencia claramente que os modelos econômicos existentes em nosso mundo não estão a serviço da vida.

L 2: A vida da pessoa humana e de toda a criação no planeta está ameaçada.

L 3: Cresce a cada instante o número de pessoas miseráveis por conta de uma política econômica orientada para a produção, o lucro, a venda, o consumismo e o crescimento dos mais ricos, gerando desigualdade social e pobreza.

T: “Abre a boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados” (Pv 31,9).

L 4: Quase não existe mais gratuidade nas relações humanas. A gra-tidão é algo raro. Tudo é pago, é cobrado, tem que ser produtivo. A ganância da humanidade faz com que se estabeleça a “lógica do mercado”.

L 1: As injustiças e a desigualdade social revelam nossas escolhas em relação ao uso do dinheiro e mostram quem de fato somos.

L 2: A maneira de organizar a sociedade na economia e na política, nas leis e nos governos e serviços, afeta diretamente a dignidade humana e a capacidade das pessoas de se aperfeiçoarem na família e na sociedade.

T: “Não explorarás o trabalhador pobre e necessitado, seja um dos teus irmãos, seja um dos estrangeiros que mora no país, numa de tuas cidades” (Dt 24,14).

L 3: Ouvimos falar sobre a crise econômica que atingiu praticamente todos os países.

L 4: Também ouvimos falar que foram investidos 18 trilhões de dólares em bancos e em grandes empresas que ameaçavam quebrar, devido à dificuldade econômica e financeira (conf. Texto Base CFE).

A: Podemos nos perguntar: “De onde saiu todo esse dinheiro?”

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L 1: Também sabemos que anteriormente não havia dinheiro para aplicar na saúde, na educação, na superação da miséria e da fome.

T: “Se houver em teu meio um indigente entre os irmãos, em algumas de tuas cidades, na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não endureças o coração e nem feches a mão para o irmão pobre” (Dt 15,7).

L 2: As Igrejas Cristãs, e todas as pessoas de boa vontade, têm um papel profético a desempenhar: condenar a cultura do consumis-mo, cuja finalidade é o lucro e a ganância ilimitada.

L 3: Como cristãos e cristãs, devemos trilhar novos caminhos, com atuante participação popular, no exercício de plena cidadania e res-ponsabilidade social, e com ações transformadoras da sociedade.

T: “Cuidado! Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenham muitas coisas, a vida não consiste na abun-dância de bens” (Lc 12,15).

A: Assim, colocaremos em prática uma economia solidária, inclu-siva, geradora de empregos e oportunidades, de partilha e de troca saudável de bens e serviços, para a comunhão de todos e a efetivação da justiça.

Canto: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: A parábola que vamos ouvir, do texto de Lucas, mostra claramente uma exigência de profunda trans-formação social, para se criar uma sociedade em que haja partilha de bens entre todas as pessoas. Acolhamos a Palavra de Deus, cantando:

Canto: /: Fala, Senhor, fala da vida, só tu tens Palavras eternas, queremos ouvir. :/

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Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas, capítulo 16, versículos de 19 a 21 (Lc 16,19-21).

(Tempo para meditar a Palavra em silêncio.)

Refletindo a Palavra

A: Vamos reler o texto e conversar sobre ele.1. Quem é Lázaro e qual sua classe social?2. O que leva as pessoas a essa condição social de indigência?3. Qual a semelhança entre o texto bíblico e o lema da Campanha

da Fraternidade Ecumênica?4. Quais as atitudes de conversão pessoal e comunitária que deve-

mos assumir, diante do texto bíblico?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: O texto nos mostra a atitude de um homem rico que concentra os bens materiais (riqueza) somente em seu favor, sem se importar com o pobre.

T: “Havia um homem rico, que se vestia de roupas finas e elegan-tes... Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas...” (Lc 16,19-20).

L 1: O texto bíblico vem ao encontro da temática da Campanha da Fraternidade Ecumênica, que reflete sobre o modelo econômico que a sociedade oferece.

T: “Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico” (Lc 16,21).

L 2: O texto também nos coloca diante de grandes desafios: o isola-mento do ser humano e o afastamento dos planos de Deus.

T: “Não podeis servir a dois senhores... a Deus e ao Dinheiro” (cf. Lc 16,13).

L 3: Se o rico não for capaz de abrir o coração para as necessidades dos irmãos e irmãs empobrecidos, dificilmente encontrará o ca-minho da conversão.

T: “Ai daquele que constrói seu palácio praticando injustiça” (Jr 22,13).

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L 4: O texto bíblico e o tempo quaresmal nos levam a uma reflexão individual e comunitária sobre o estilo de vida que vivemos no co-tidiano. A reflexão nos fará ver a vontade de Deus no nosso agir.

T: Economia a serviço da vida: Desejo de Deus. A: A Campanha da Fraternidade quer ajudar-nos a construir uma

cultura de fraternidade, apontando princípios de justiça, denun-ciando ameaças e violações da dignidade e dos direitos humanos, abrindo caminhos de solidariedade.

Canto: Irá chegar um novo dia, um novo céu, uma nova terra, um novo mar. E nesse dia os oprimidos numa só voz a liberdade irão cantar.

Assumindo compromissos

A: Sonhamos com a preservação da grande casa comum, o planeta Terra, morada da família humana. Busca-mos mudanças na economia, na ad-ministração dessa casa comum, em fraterna cooperação entre cristãos e cristãs. Veremos algumas estratégias que, colocadas em prática, promove-rão uma economia de gratuidade e

solidariedade, para que todos tenham vida plena.– Prestar atenção ao que os meios de comunicação falam sobre

a economia e a Campanha da Fraternidade Ecumênica.– Denunciar sempre a perversidade de todo modelo econômico

que vise em primeiro lugar ao lucro, sem se importar com a desigualdade, a miséria, a fome e a morte.

– Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a natureza e valorização da vida como o bem mais precioso.

– Informar-nos sobre o dia e hora e participar do seminário sobre Economia Solidária, organizado pela Ação Social Arquidioce-sana (ASA).

(Conversar sobre as sugestões e ver que compromissos o grupo poderá assumir. No próximo encontro, partilhar

as ações concretas que foram realizadas.)

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Oração e bênção

A: Olhemos para os símbolos que trouxe-mos; vamos refletir em silêncio sobre eles e apresentar a Deus nossas preces espontâneas.

(Tempo para pensar e fazer as preces espontâneas. Ao final das intenções,

rezaremos:)

T: Bendito seja Deus pela vida, pela fraternidade, pela solida-riedade, por cada ser humano, por este planeta Terra, onde a vida brota em abundância!

A: Atentos à gratuidade de Deus, rezemos a oração da unidade dos cristãos que Jesus nos ensinou:

T: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino. Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje. Perdoa-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal, pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

A: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

T: Assim como era no princípio, agora e sempre. Amém

A: Que Deus nos abençoe, nos proteja e nos dê a paz.

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém

Canto: Hino da CFE

Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores: /: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro e muito menos agradar a dois senhores.” :/

1. Voz de um profeta contra o ídolo e a cobiça: “Endireitai hoje os caminhos do Senhor!” Produzi frutos de partilha e de justiça! Chegou o Reino: Convertei-vos ao amor!

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2. Não é a riqueza, nem o lucro sem medida, que geram paz e laços de fraternidade; mas todo o gesto de partilha em nossa vida que faz a fé se transformar em caridade.

3. No Evangelho encontrareis a luz divina, não no supérfluo, na ganância ou na ambição. Ide e vivei a Boa Nova que ilumina/ e a palavra da fraterna comunhão.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

CAMPANHA DA SOLIDARIEDADE

A Coleta Nacional da Campanha da Solidariedade acontece no Domingo de Ramos.

É uma iniciativa da Igreja no Brasil, que nos convida, todos os anos, a selar com um gesto concreto a vivência da Quaresma e da Campanha da Fraternidade. Através dos recursos financeiros arrecadados, apoiamos iniciativas de projetos sociais em defesa e promoção da vida nas paróquias de todo o Brasil. Estes re-cursos são distribuídos anualmente da seguinte forma: 40% são encaminhados para o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), e 60% ficam na Arquidiocese, para o Fundo Arquidiocesano de Solidariedade (FAS).

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2º Encontro

ECONOMIA PARA A VIDA DE TODOS

“Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

Ambiente: Bíblia, vela, terra, panelas, alimentos, água, peças de roupas, etc..., fotos ou figuras de pes-soas ao redor de uma mesa ou trabalhando ou estudando...

Acolhida: Pela família que acolhe: todos se saúdem e se abracem com palavras de boas-vindas...

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, muito queridos! Sejam todos bem-vindos! É momento de fraternidade, de oração e de reflexão. Jesus está no meio de nós! Vamos iniciar o nosso encontro, contando uns aos outros como vivemos o compromisso que assumimos na semana passada.

(Tempo para partilhar.)

A: É muito bom nos encontrarmos, unidos na mesma fé em Deus Pai, na companhia de Jesus, guiados pelo Espírito Santo. Ben-digamos a Deus pela vida que Ele nos concede e pela alegria de vivermos como irmãos e irmãs. Vamos saudar a Santíssima Trindade:

Todos(as): Em nome do Pai...

A: Vamos fazer um breve silêncio e olhar os símbolos que trouxemos para o encontro de hoje: o que eles significam? Que situações ou pessoas eles nos lembram?

(Tempo para lembrar.)

A: Rezemos ao Espírito Santo, nosso amigo:

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Leitor (a) 1: Espírito Santo, tu és a fonte da Sabedoria e do Entendi-mento. Por isso, pedimos:

T: Ó Espírito Santo, dá-nos os dons da Sabedoria e do Enten-dimento.

L 2: Espírito Santo, tu és nossa luz na caminhada desta vida. Por isso, pedimos:

T: Ó Espírito Santo, ajuda-nos a seguir os passos de Jesus.L 3: Espírito Santo, tu és nossa força e nossa coragem no nosso dia

a dia. Por isso, pedimos:

T: Ó Espírito Santo, dá-nos força e coragem para sermos fiéis a Deus.

L 4: Espírito Santo, tu és a fonte permanente de todo amor. Por isso, pedimos:

T: Ó Espírito Santo, ajuda-nos a nos amar uns aos outros, sem-pre e em todo lugar. Amém!

Canto: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós! Traz à Igreja um novo vigor!

Refletindo o tema

A: Estamos em plena Quaresma, tempo de penitência e conversão, e, no Brasil, em plena Campanha da Fraternidade Ecumênica. Todos os cristãos e cristãs, da Igreja Católica e de outras Igrejas Cristãs, estão convocados a refletir sobre o tema “Economia e Vida” e o lema, baseado na frase de Jesus: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores: /: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro, e muito menos agradar a dois senhores”. :/

A: A economia envolve a nossa vida inteira. Todos nós precisamos de recursos econômicos para viver. Tudo faz parte da dimensão econômica: comida, bebida, casa, roupa, estudo, esporte...

L 1: Deus nos deu o dom de administrar os bens não de forma egoísta, mas na justiça e na fraternidade. Jesus nos alerta:

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T: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

L 2: Nossa atitude diante do dinheiro, e da economia em geral, mostra muito o tipo de pessoa que somos. Muitas vezes deixamo-nos conduzir na vida buscando a realização através do acúmulo, do enriquecimento, da ganância...

L 3: Por causa desse sonho de ser ricos e poderosos, colocamos em segundo plano a vida das outras pessoas. Esquecemos os valores da partilha, da fraternidade e da justiça. Jesus nos alerta:

T: “Onde estiver o teu tesouro, ali estará também o teu coração” (Mt 6,21).

L 4: A economia baseada no individualismo e no acúmulo não está de acordo com o projeto de Deus. Ele é o Criador de todas as coisas e é o Pai de todos.

L 1: Portanto, Ele é o legítimo dono de tudo, e oferece tudo para o bem de todos os seus filhos e filhas.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 2: Deus, nosso Pai, fez tudo por amor e, por isso, não concorda com as atitudes das pessoas que se apropriam injustamente dos bens que são de todos.

L 3: Ele não concorda com a atitude egoísta das pessoas que vivem acumulando bens, enquanto a maioria não tem o mínimo neces-sário para viver. Através do profeta Isaías, Deus alerta:

T: “Ai dos que juntam casa a casa, campo a campo, até ocu-parem todo o lugar e serem os únicos a morar no meio da terra” (Is 5,8).

A: A Bíblia nos mostra que Deus tem seu coração voltado especial-mente para as pessoas necessitadas, famintas, exploradas... Já na Primeira Aliança, entre as várias leis a respeito da pacífica convivência, Deus diz:

T: “Se emprestares dinheiro a alguém do meu povo, a um po-bre que vive ao teu lado, não agirás com um agiota. Não lhe deves cobrar juros” (Ex 22,24).

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L 4: Na Nova Aliança, no Sermão da Montanha, Jesus também falou assim:

T: “Dá a quem te pedir, e não vires as costas a quem te pede emprestado” (Mt 5,42).

L 1: Na carta de Tiago encontramos uma forte denúncia contra os salários baixos:

T: “Olhai: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos ... está gritando; o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos de Deus” (Tg 5,4).

A: É questão de justiça pensar também nas futuras gerações. Não podemos ser egoístas. A Campanha da Fraternidade Ecumênica nos alerta:

T: Economia para a vida de todos! “Ninguém pode servir a Deus e ao Dinheiro”.

A: Há muita corrupção, mentiras e exploração no meio de nós! – Como podemos ser abençoados, se não agimos de acordo

com a vontade de Deus?– Como podemos ter vida em abundância, se não amamos os

irmãos e as irmãs necessitados?(Tempo para pensar.)

A: Jesus declara aos que rejeitam seu projeto de vida:

T: “Eu tive fome e vocês e não me deram de comer, tive sede e vocês não me deram de beber, estive nu e vocês não me vestiram, estrangeiro e vocês não me acolheram, doente e preso e vocês não me visitaram”... (cf. Mt 25,42,43).

A: Peçamos perdão a Deus por causa do nosso egoísmo, que pro-voca a exclusão e o sofrimento de muitas pessoas e nos impede de viver uma verdadeira vida cristã, buscando a santidade no dia a dia.

(Em silêncio, façamos nossos pedidos de perdão.)

Canto: Neste tempo favorável de unidade e conversão, deixo a todos minha herança: vida plena no meu Reino. Minha lei,

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minha justiça aprendei de coração: “Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro!”.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: O tema do nosso encontro é “Economia e Vida”. O lema é tirado do Evangelho de Mateus, no momento em que Jesus está proclamando o Sermão da Montanha: “Ninguém pode servir a Deus e ao Dinhei-ro”. É um ensinamento não só aos seus discípulos, mas a todas as pessoas de boa vontade que desejam colaborar para

um mundo novo. Vamos nos preparar para ouvir a Palavra de Jesus, cantando...

Canto: Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola.

/: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos ouvir. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho segundo Mateus, capítulo 6, versículos de 19 a 24 (Mt 6,19-24).

(Tempo para reler o texto em silêncio.)

Refletindo a Palavra de Deus

A: A Palavra de Jesus nos alerta:

L 2: Não ajunteis tesouros na terra, mas ajuntai para vós tesouros no céu...

L 3: Onde está o teu tesouro, aí está o teu coração...

L 4: Ninguém pode servir a dois senhores... Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro...

A: Como podemos aplicar estes ensinamentos de Jesus em nossos dias?– O que, além disso, nos chamou a atenção na leitura?

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– O que Jesus fez para que todos pudessem ter pão, saúde, vida digna?

– Como viviam as primeiras comunidades cristãs, para que não houvesse pessoas necessitadas?

(Tempo para conversar.)

A: O texto do evangelho quer dizer que o valor absoluto na nossa vida é o amor de Deus, que leva os cristãos a viverem sua fé e sua liberdade, gerando a justiça, a partilha e a vivência no amor fraterno.

Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores:

/: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro, e muito menos agradar a dois senhores”. :/

Assumindo compromissos

A: Jesus nos pede que tenhamos olhos sadios. Que não nos deixe-mos levar pela cobiça de ter tudo o que vemos. Quem tem olhos sadios percebe as necessidades do próximo. Não só percebe, mas torna-se solidário com quem sofre. Nesta semana podemos estar mais atentos às pessoas necessitadas e fazer algum gesto concreto para ajudá-las...

(No próximo encontro, vamos partilhar algumas ações concretas...)

Oração e bênção

A: Deus nos ama, nos ouve e nos atende. Em nome de Jesus aqui presente, façamos nossas preces espontâneas...

(Tempo para fazer as preces espontâneas.)

A: Rezemos em dois lados a Oração da Campanha da Fraternidade Ecumênica.

Lado A: Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.

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Lado B: Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna, aprendendo a ser fiéis ao Evangelho.

T: Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

Lado A: Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das injus-tiças que causam exclusão social e miséria.

Lado B: Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na condução de uma economia a serviço da vida.

T: Guiados pelo teu Espírito, queremos viver o serviço e a co-munhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu Reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

(A bênção pode ser motivada pelo animador(a) ou pelos donos da casa...)

Canto: Hino da Campanha da Fraternidade Ecumênica... Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça

e seus valores: /: “Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro e muito menos agradar a dois senhores. :/

1. Voz de um profeta contra o ídolo e a cobiça: “Endireitai hoje os caminhos do Senhor!”. Produzi frutos de partilha e de justiça! Chegou o Reino: Convertei-vos ao amor!

2. Não é a riqueza nem o lucro sem medida, que geram paz e laços de fraternidade. Mas todo gesto de partilha em nossa vida, que faz a fé se transformar em caridade.

3. No evangelho encontrareis a luz divina, não no supérfluo, na ganância e na ambição. Ide e vivei a Boa-Nova que ilumina e a palavra da fraterna comunhão.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros

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3º Encontro

PROMOVER A VIDA

“Senhor, eu reparto aos pobres a metade dos meus bens e, se roubei alguém, vou

devolver quatro vezes mais” (Lc 19,8).

Ambiente: Bíblia, casinha, cartaz do livreto, cartaz da Campanha da Fraternidade Ecumênica, Constituição Brasileira, Estatuto da Criança e do

Adolescente, Estatuto do Idoso (se for possível), figuras de grandes em-presas e trabalhadores explorados.

Acolhida: Pelos animadores e animadoras.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãs e irmãos, sejam todos bem-vindos ao nosso en-contro. Vamos conversar, inicialmente, sobre os compromissos assumidos no encontro anterior.

(Tempo para partilhar.)

A: Neste encontro, vamos voltar o nosso olhar e a nossa escuta para as muitas situações injustas no mundo de hoje, em relação ao sistema econômico e cultural em que estamos vivendo. Com alegria, saudemos a Santíssima Trindade, rezando:

Todos(as): Em nome do Pai...

A: Peçamos ao Deus da vida que nos liberte da desordenada depen-dência dos bens materiais, da ganância e do egoísmo, para que, em unidade com todas as religiões, possamos construir um mundo mais justo, solidário e fraterno. Rezemos, em dois coros, uma parte da Oração da Campanha da Fraternidade Ecumênica:

Lado A: Ó Deus Criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida.

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Lado B: Ilumina, ó Deus, nossas mentes, para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

T: Mostra-nos, Senhor, o caminho: nós te louvamos e confiamos em teu projeto de amor, que curará nossas feridas, ampliará nossas forças e nos conduzirá a uma nova economia e vida plena. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Canto: /: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar o novo hino de unidade, amor e paz. /:

Refletindo o tema

A: Neste encontro vamos focar o tema da Campanha da Fraterni-dade Ecumênica, que quer provocar na sociedade uma tomada de consciência de que é necessário promover uma economia a serviço da vida, e por isso apresenta os objetivos específicos para serem trabalhados no âmbito social, eclesial, comunitário e pessoal:

Lado A: Denunciar a perversidade de todo modelo econômico que vise em primeiro lugar ao lucro, sem se importar com a desigualdade entre as pessoas, a miséria, a fome e a morte.

Lado B: Educar para a prática de uma economia de solidariedade, de cuidado com a criação e de valorização da vida, como o bem mais precioso.

Lado A: Conclamar Igrejas, religiões e toda a sociedade para ações sociais e políticas que levem à implantação de um modelo eco-nômico de solidariedade e justiça para todas as pessoas.

Lado B: Buscar a superação do consumismo, que faz com que o “ter” seja mais importante do que as pessoas.

Lado A: Criar laços entre as pessoas de convivência mais próxima, em vista do conhecimento mútuo e da superação tanto do indivi-dualismo como das dificuldades pessoais.

Lado B: Mostrar a relação entre fé e vida, a partir da prática da justiça, como dimensão constitutiva do anúncio do Evangelho.

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Lado A: Reconhecer as responsabilidades individuais diante dos problemas decorrentes da vida econômica, em vista da própria conversão.

Leitor(a) 1: O apelo da Campanha da Fraternidade Ecumênica é uma convocação de todas as pessoas para colaborarem na constru-ção do bem comum, em vista de uma sociedade justa, solidária, sem exclusões.

T: “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e partilhavam seus bens em comum...” (At 2,42).

L 2: Como seguidores e seguidoras de Jesus Cristo, somos chama-dos a construir uma nova ordem de justiça econômica, diante do grande número de indigentes e das desigualdades sociais que estão presentes na sociedade.

L 3: As ações de Jesus são em defesa da vida. Ele coloca o valor da vida acima de tudo. Precisamos ter a coragem de optar pela vida, vivendo de acordo com o projeto que Jesus nos apresentou.

T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 4: Somos chamados a ser profetas nos dias de hoje. Nosso agir cristão começa, quando ouvimos e praticamos os ensinamentos de Jesus.

T: “Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu”... (Mt 6,19).

A: Como cidadãos e cidadãs, podemos responder ao apelo da Campanha da Fraternidade, mudando nossos costumes e cons-cientizando-nos da necessidade de trabalhar em prol de uma economia a serviço da vida.

T: “Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro” (Lc 16,13).

L 1: Devemos ter a responsabilidade de consumir menos, apenas o ne-cessário para bem viver, libertando-nos do consumo desen freado, que visa ao acúmulo sem necessidade e sem consciência.

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L 2: A Economia Solidária é uma forma alternativa de servir-nos dos bens da criação na medida justa, respeitando sempre também os direitos dos outros aos mesmos bens.

T: “Entre eles ninguém passava necessidade” (At 4,34).

L 3: Por isso, é importante conhecer e promover as iniciativas da Economia Solidária, tanto no meio urbano como no meio rural, nas pequenas cidades do interior.

L 4: Uma ação concreta para defender a vida em todas as dimensões pode consistir em valorizar e comprar os produtos sem agrotóxi-cos das cooperativas de agricultura doméstica, na recuperação do meio ambiente.

Canto: /: No raiar de um novo tempo, vida nova então se faz. A esperança do teu povo é justiça, amor e paz! :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Vamos acolher a Palavra de Deus e ver o que ela nos faz entender hoje em relação ao tema que es-tamos refletindo.

Canto: Fala, Senhor, palavra de fra-ternidade! Fala, Senhor, és luz da humanidade!

Leitor(a) da Palavra: Leitura do Evan-gelho de Lucas, capítulo 19, ver-sículos de 1 a 10 (Lc 19,1-10).

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

Refletindo a Palavra

A: Vamos partilhar o que entendemos do Evangelho lido.a) Indicar uma palavra ou frase que mais chamou a atenção, dizendo

o motivo.b) Conversar sobre o versículo 8, que diz:

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T: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e, se pre-judiquei alguém, vou devolver quatro vezes mais” (Lc 19,8).

Aprofundando a Palavra

A: O texto narrado por São Lucas nos relata a conversão de Zaqueu, um homem rico que tinha o coração voltado para suas riquezas. Sua conversão começa com o desejo de conhecer Jesus de perto.

T: “Então correu na frente e subiu numa figueira para ver Je-sus...” (cf. Lc 19,4).

L 1: O olhar terno de Jesus para Zaqueu, no alto daquela árvore, foi um chamado à conversão, à transformação do seu coração.

T: “Zaqueu, desce depressa. Hoje eu devo ficar na tua casa” (Lc 19,5).

L 2: Ao fazer-se convidado de Zaqueu, que o acolhe em sua casa com alegria, Jesus mostra o que aconteceu no coração daquele homem, que se dispôs a partilhar seus bens e devolver com juros o que roubou.

T: “Senhor, a metade dos meus bens darei aos pobres, e se prejudiquei alguém, vou devolver...” (Lc 19,8).

L 3: Zaqueu é um exemplo de como é preciso agir para converter-se, para acolher a salvação na própria vida e na própria casa.

T: “Hoje aconteceu a salvação para esta casa...” (Lc 19,9).

L 4: Jesus nos convida a refletirmos com seriedade, neste tempo quaresmal, sobre a necessidade de uma mudança interior e de novas atitudes de partilha, de solidariedade e de justiça, para res-pondermos ao apelo que a Campanha da Fraternidade nos faz.

Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores: /: Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro. E muito menos agradar a dois senhores. :/

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Assumindo compromissos

A: As reflexões da Campanha da Fraternidade de 2010 devem produzir em nós e em nossas comunidades um novo agir, com pequenos gestos, começando por nossos lares e por nossas comunidades.

– Denunciar as injustiças sociais, não calar diante da corrupção e não se deixar levar pelas falsas promessas dos políticos;

– Conhecer e divulgar as experiências de iniciativas da economia solidária e coo-perativas, valorizando seus produtos;

– Procurar observar à nossa volta quem são as pessoas que mais precisam de nós e atender suas necessidades;

– Cuidar do lixo; reciclar e/ou entregar aos catadores de reci-cláveis; cuidar da terra, sem usar agrotóxico, e da água, sem desperdiçar;

– Contribuir com a Campanha da Solidariedade, que será reali-zada no Domingo de Ramos.

(Tempo para conversar sobre o que podemos assumir.)

Oração e bênção

A: Ao encerrarmos este encontro, façamos nossa oração, com a certeza de que, com Deus, teremos força e coragem para pro-mover mais vida e vida em abundância.

T: Vem, Espírito de paz e amor, e acende em nós o zelo pela paz e pela justiça, o fogo da caridade, da partilha e da solidarieda-de, para que possamos viver para sempre em ti e juntos proclamar a tua glória.

L 3: Que Deus Pai, criador de tudo, nos conceda um coração puro, aberto aos irmãos e irmãs, na transformação de um mundo mais justo e solidário.

T: Amém.

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L 4: Que Deus Filho, nosso redentor Jesus, que orou para que todos fôssemos um, fortaleça nosso empenho de viver na unidade, para que sejamos fiéis ao seu projeto de vida.

T: AmémA: Que Deus Espírito de Amor derrame em nós seus dons, para

buscarmos com sabedoria os caminhos de uma nova economia, para uma vida plena para toda a humanidade.

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. AmémCanto: Povos todos

/: Povos todos, toda gente, línguas, raças, religiões. Nova história e horizonte, novo chão sem exclusões. :/

1. Caminhamos para a terra onde corre leite e mel. Dignidade nós veremos: Nova terra e novo céu!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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4º Encontro

CONVITE À CONVERSÃO

“Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!” (Lc 18,13).

Ambiente: Bíblia, casinha, crucifixo, pano roxo, pano branco, figuras que sugiram reconciliação, per-dão, paz, Jesus perdoando, padres atendendo Confissão.

Acolhida: De forma espontânea, alegre, pelo(a) animador(a) e as pessoas da casa.

Animador(a): Irmãs e irmãos, sejam bem-vindos(as) ao nosso encontro de hoje. Como sempre, queremos partilhar inicialmente o que pudemos realizar no sentido do compromisso proposto no último encontro.

(Tempo para partilhar.)

Motivação e oração inicial

A: Desde o começo da Quaresma estamos fazendo a caminhada de preparação para a Páscoa. Com toda a Igreja do Brasil, e com os nossos irmãos e irmãs de outras igrejas cristãs, estamos refletindo, neste tempo, sobre o tema muito sério da Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano.

Todos(as): Economia e Vida. “Não podeis servir a Deus e ao Di-nheiro” (Mt 6,24).

A: Agora, já bem perto da Páscoa, queremos refletir sobre um convite especial que a nossa Igreja nos faz nesse caminho quaresmal: a conversão, a confissão.

Na alegria de nos sabermos na presença de Deus que nos acolhe em seu amor, digamos juntos:

T: Em nome do Pai...

A: Toda a Quaresma, a começar pela liturgia das Cinzas, nos convida para uma conversão, uma mudança na nossa vida.

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Leitor(a) 1: A Campanha da Fraternidade também chama atenção para a necessidade de mudança, porque aponta para muitas situações erradas no mundo, mas também na nossa própria vida.

L 2: Quantas vezes servimos não só ao deus-dinheiro, mas a tantos outros deuses que nos desviam do caminho do bem...

L 3: Quantas vezes, num breve exame de consciência no fim do dia, nos dói a lembrança de um momento de fraqueza, de uma falta de amor, de perdão, de ajuda...

L 4: Quantas vezes, apesar da nossa boa vontade e dos nossos bons propósitos, temos que reconhecer, como São Paulo:

T: “Não faço o bem que quero, mas faço o mal que não quero” (Rm 7,19).

Canto: Jesus Cristo anunciava por primeiro um novo Reino de justiça e seus valores: /:”Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro, e muito menos agradar a dois senhores”.:/

A: O pecado existe. Existe no mundo, e existe em cada um e cada uma de nós. Mas o pecado não precisa ter a última palavra na nossa vida. Existe o perdão, existe a possibilidade da conversão.

T: “Se reconhecemos nossos pecados, então Deus se mostra fiel e justo, para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1,9).

A: Vamos pedir esse perdão e essa purificação, rezando com toda a Igreja uma oração litúrgica da Quaresma:

T: Assisti, ó Deus, aqueles que vos suplicam/ e guardai com solicitude os que esperam em vossa misericórdia,/ para que, libertos dos nossos pecados,/ levemos uma vida santa/ e sejamos herdeiros das vossas promessas. Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

A: E cantemos, resumindo a nossa reflexão e oração:

Canto: Eu canto a alegria, Senhor, de ser perdoado no amor. Eu canto a alegria, Senhor, de ser perdoado no amor. /: Senhor, tende piedade de nós! Cristo, tende piedade de nós! Senhor, tende piedade de nós!:/

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Aprofundando o tema

A: No nosso batismo, nossos padrinhos, e nossos pais, prometeram por nós (e nós renovamos, mais tarde, essas promessas): renun-ciar ao pecado, à sedução do mal, isto é, levar uma vida santa.

L 1: Esta é a nossa grande vocação: a santidade. Para isso, fomos batizados, batizadas. Para isso, prometemos renunciar ao mal, ao pecado.

L 2: Todas as pessoas são chamadas a fazer o bem e não o mal, isto é, a levar uma vida santa.

L 3: Levar uma vida santa é amar a Deus, mas amar também os nossos irmãos e irmãs, fazer o bem às pessoas ao nosso lado, saber acolher, servir, perdoar.

L 4: Levar uma vida santa no dia a dia é respeitar as normas da boa convivência, as leis da natureza, o cuidado com a vida em todas as suas manifestações.

L 1: É nesse sentido que, já na Primeira Aliança, entre as muitas leis e ordens dadas ao seu povo, Deus diz:

T: “Santificai-vos e sede santos, porque eu sou santo” (Lv 11,44).L 2: Este é o projeto, o sonho de Deus: um povo santo, uma Igreja

santa, famílias santas, pessoas santas, nós – santos e santas.

L 3: Mas, infelizmente, existe em todos nós também a inclinação para o desamor, a tentação para o pecado, sob tantas formas de más ações e de omissões.

T: “... o espírito está pronto, mas a carne é fraca” (Mt 26,41).

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Porque a lei do pecado entrou em nós, no próprio bem que fazemos podem infiltrar-se motivações não santas, intenções menos re-tas, vícios de que muitas vezes não nos damos conta.

No texto que hoje queremos meditar, Jesus nos chama atenção para um exame de consciência também nesse sentido.

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Canto: /: Eu quero entender melhor tua Palavra, tua Palavra, tua Palavra de amor. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo se-gundo São Lucas, capítulo 18, versículos 10 a 14 (Lc 18,10-14).

(Um breve silêncio.)

A: Procuremos imaginar a cena que acabamos de ouvir. Relendo o texto em silêncio, procuremos imaginar-nos indo junto com os dois homens ao templo – ou junto com nossos conhecidos à nossa igreja.a) Para que os dois homens subiram ao templo? Para que nós

vamos à igreja?b) Quais eram as coisas boas que o fariseu fazia? c) Qual foi a coisa errada que ele expressou na sua oração? d) Por que ele não foi para casa justificado, perdoado, absolvido?e) E o publicano?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: Ir ao templo para orar, ir à igreja para rezar – é aparecer diante de Deus assim como somos. Deus nos quer santos e santas, sim, mas santos e santas humildes, conscientes da nossa realidade de fraqueza, de pecado.

L 1: Quando vamos à Missa, que é a melhor oração, ou à Celebração da Palavra, na nossa comunidade, a liturgia nos faz colocar-nos diante de Deus como o publicano no evangelho.

L 2: O Ato Penitencial, no início da celebração, é o gesto do publicano que bate no peito, dizendo:

T: “Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!” (Lc 17,13).

L 3: Se somos sinceros nesse ato penitencial, podemos, com alegria, celebrar adiante os ritos litúrgicos e receber Jesus na Comunhão, porque vale para nós o que Ele disse do publicano no templo:

T: “... este voltou para casa justificado...” (Lc 17,14).

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L 4: “Bater no peito” é um gesto que se tornou uma expressão da nossa língua do dia a dia: é reconhecer a nossa culpa, é admitir o nosso erro, o nosso pecado.

Canto: Tende piedade, tende piedade, tende piedade de nós, ó Senhor!

Tende piedade, tende piedade, vosso povo é santo, mas também é pecador!

A: Quando aceitamos o grande presente do dia da Páscoa e batemos no peito, confessando a nossa necessidade de conversão, de uma volta para casa “justificados”, de uma absolvição sacramental dos nossos pecados, especialmente neste tempo da Quaresma, então ouviremos a garantia de Jesus:

T: “A quem perdoardes os pecados, eles serão perdoados. A quem não perdoardes, os pecados não serão perdoados” (Jo 20,23).

Compromisso

A: Assim motivados e motivadas para uma boa preparação para a Páscoa, podemos ainda propor-nos:1) rezar com mais atenção e sinceridade o ato penitencial no

início da Missa ou da Celebração;2) estar atentos/atentas à tentação de achar-nos melhores que

os outros;3) achar um momento calmo para “subir ao templo” (como os ho-

mens do evangelho), para fazer uma boa confissão quaresmal, e agradecer a Deus pelos sacerdotes, que em Seu nome nos absolvem dos pecados;

4) celebrar, com renovada alegria, na vigília pascal, a renovação das nossas promes-sas batismais, o nosso compromisso e desejo de viver uma vida santa e aben-çoada;

5) contribuir com a Campanha da Solidarie-dade, que será realizada no Domingo de Ramos.

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Oração e bênção

A: Agradecendo a Deus por mais este encontro e pela boa reflexão que fizemos, rezemos ainda, com a Igreja, uma oração da liturgia quaresmal:

T: Ó Deus, que preparastes para a nossa fraqueza/os auxílios necessários à nossa renovação, /dai-nos recebê-los com alegria /e vê-los frutificar em nossa vida.

Por Cristo, nosso Senhor. Amém.A: Que o Senhor nos abençoe, o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Amém. Que Ele nos dê uma boa e santa nova semana, ao en-contro da Semana Santa, e nos guarde em sua paz! Demo-nos um abraço de paz.

Canto: Eis o tempo de conversão

/: Eis o tempo de conversão, eis o dia de salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão. :/

1. Os caminhos do Senhor são verdade, são amor. Dirigi os pas-sos meus; em vós espero, ó Senhor! Ele guia ao bom caminho quem errou e quer voltar. Ele é bom, fiel e justo, Ele busca e vem salvar.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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5º Encontro: Via-Sacra

FRATERNIDADE E SOLIDARIEDADE – A VIDA DE

CADA UM LIGADA À VIDA DE TODOS

Ambiente: Casinha, vela, cartaz da CF 2010, cruz, algumas moedas, fotos ou símbolos das Pastorais da saúde, da criança, do consolo e esperança; fotos de atividades demonstrando solidariedade.

Motivação

Animador(a): Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo, vamos acompa-nhar Jesus no caminho da cruz e, com Ele, levar a nossa cruz do dia a dia no espírito da fraternidade e da paz, revivendo o mistério pascal, celebrando a ressurreição. Iniciemos em nome da Trindade:

Todos(as): Em nome do Pai...A: É bom recordar que neste ano a Campanha da Fraternidade vem

com um objetivo ecumênico. Vamos relembrar o tema e o lema:

T: Economia e vida: “Vocês não podem servir a Deus e ao dinheiro” (Mt 6,24).

A: Por que um tema ecumênico?

T: Porque a parceria ecumênica demonstra unidade no essencial da fé, que é Jesus Cristo, e no Evangelho, pela construção de um mundo melhor para todas as pessoas.

A: As Igrejas, em conjunto, pertencentes ao Conselho Nacional das Igrejas Cristãs (CONIC), ao participarem desta Campanha Ecu-mênica, querem ganhar força para pedir às diferentes instâncias da sociedade que também se unam em favor de um bem comum, que é a promoção da defesa da vida, como um valor maior que outros interesses do mercado consumidor.

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A: Começando esta caminhada, com Jesus na estrada da cruz, rezemos a oração do Pai-nosso ecumênico:

T: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

Canto: Eis o tempo de conversão, eis o dia da salvação! Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão!

1ª Estação: JESUS É CONDENADO À MORTE

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo!A: Cada pessoa tem direito fundamental à vida e, portanto, o direito

a todas as coisas necessárias para uma vida de qualidade. Na condenação à morte, querem tirar a Jesus todos os direitos, o que acontece também hoje com as pessoas que não têm direito de viver a própria vida com dignidade..

Leitor(a)1: Ter vida não consiste apenas em ter alimentação, vestuário e moradia...

L 2: Mas também educação, saúde, segurança, garantia econômica e acesso ao atendimento de todas as necessidades essenciais.

A: Nós não somos mercadoria, e nossa vida não depende dos bens que possuímos, pois Jesus diz claramente:

T: “Guardai-vos de todo tipo de ganância, pois mesmo que se tenha muitas coisas, a vida não consiste na abundancia de bens” (Lc 12-15).

A: Rezemos a 1ª parte da Oração da Campanha da Fraternidade:

T: Ó Deus criador, do qual tudo nos vem, nós te louvamos pela beleza e perfeição de tudo que existe como dádiva gratuita para a vida. Nesta Campanha da Fraternidade Ecumênica, acolhemos a graça da unidade e da convivência fraterna,

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aprendendo a ser fiéis ao Evangelho. Ilumina, ó Deus, nossas mentes para compreender que a boa nova que vem de ti é amor, compromisso e partilha entre todos nós, teus filhos e filhas.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Eis-me aqui, Senhor

/: Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, eis-me aqui, Senhor! :/

1. O Senhor é o pastor que me conduz, por caminhos nunca vistos me enviou. Sou chamado a ser fermento, sal e luz, e, por isso, respondi: aqui estou.

2ª Estação: JESUS TOMA A CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo!A: Entregaram a cruz a Jesus para que a carregasse pelo caminho

do Calvário. Lá, Ele entregará sua vida em favor de todos.

L 3: Recebemos de Deus, gratuitamente, a nossa vida. Mas não somos donos dela.

L 4: A vida não deve ser guardada só para nós, mas deve ser vivida em fraternidade, com todos e em favor de todos.

A: E cedo devemos descobrir, também, que o amor de todas as pessoas de “bem” está ancorado em um amor ainda maior, uma dádiva ainda maior: o amor insondável, incondicional e surpreen-dente de um Deus, que está na origem da vida do universo e que está próximo de nós. É por isso que podemos confiar, acreditar e esperar...

T: Não somente recebemos a vida de graça, mas dependemos uns dos outros para viver. Constituímos a “família humana”, única e rica nas suas grandes diferenças.

A: Rezemos a 2ª parte da Oração da Campanha da Fraternidade:

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T: Reconhecemos nossos pecados de omissão diante das in-justiças que causam exclusão social e miséria. Pedimos por todas as pessoas que trabalham na promoção do bem comum e na construção de uma economia a serviço da vida. Guia-dos pelo Espírito, queremos viver o serviço e a comunhão, promovendo uma economia fraterna e solidária, para que a nossa sociedade acolha a vinda do teu reino. Por Cristo, nosso Senhor. Amém!

Canto: Eu vim para que todos tenham vida

/: Eu vim para que todos tenham vida, que todos tenham vida plenamente! :/

1. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor; recons-trói a tua vida em comunhão com teu irmão. Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.

3ª Estação: JESUS CAI PELA PRIMEIRA VEZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo!

A: Assim como Jesus, enfraquecido fisicamente nessa caminhada, nós também sofremos ameaças constantes de enfraquecimento, seja pela indiferença de “forças maiores”, seja pela destruição causada pela poluição ambiental.

L 1: Devido à ganância de alguns, multidões adoecem, sobrevivem na indigência e caem no esquecimento dos que têm o “poder” nas mãos.

L 2: A sociedade, incluindo a ação governamental, tem a obrigação moral de garantir direitos iguais, de satisfazer as necessidades reais das pessoas e de buscar a justiça na vida econômica e social.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: Se calarem a voz dos profetas

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1. Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão./ Se fecharem uns poucos caminhos, mil trilhas nascerão. Muito tempo não dura a verdade/nestas margens estreitas demais:/Deus criou o infinito pra vida ser sempre mais!

É Jesus este pão de igualdade, viemos pra comungar com a luta sofrida do povo que quer ter voz, ter vez, lugar. Comungar é tornar-se um perigo. Viemos pra incomodar. Com a fé e a união, nossos passos, um dia, vão chegar.

4ª Estação: JESUS SE ENCONTRA COM SUA MÃE

A: Nós vos adoramos, Senhor, Jesus e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição salvastes o mun-do.

A: Sabemos, confiamos e cremos que Deus vem ao nosso encontro e nos presenteia sem colocar condições, sem exigir méritos.

L 3: Maria, confiante no Pai, solidária com o Filho, vai ao seu encontro.

L 4: No rosto triste de Maria podemos ver tantos rostos de “Marias”, neste mundo conflitivo em que vivemos: rostos sofridos de mães, rostos maltratados, humilhados, viciados pelos tóxicos, rostos de violentados e assassinados...

T: Na intenção de amenizar este sofrimento pelo qual a huma-nidade passa, as Igrejas cristãs e pessoas de boa vontade se comprometem a fazer tudo quanto esteja ao seu alcance, para contribuir na construção de uma sociedade mais justa e solidária.

A: Sabemos que existem muitas “Marias”, mulheres que lutam em favor da vida, que não se deixam abater pelos sofrimentos, que vão à luta por um mundo melhor, em busca de justiça, nunca deixando esmorecer a confiança em Deus.

T: Em ti me refugio, Senhor! Que eu não seja confundido para sempre. Liberta-me, defende-me pela tua justiça. Atende-me e salva-me. Sê para mim uma rocha de defesa; uma fortaleza para a minha salvação, porque és meu rochedo e meu refúgio (Sl 70,1-3).

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A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.

Canto: Companheira Maria

1. Companheira Maria, perfeita harmonia entre nós e o Pai. Mo-delo dos consagrados, nosso “sim” ao chamado do Senhor confirmai.

/: Ave Maria, cheia de graça, plena de graça e beleza, que-res com certeza que a vida renasça. Santa Maria, Mãe do Senhor, que se fez pão para todos, criou mundo novo só por amor. :/

5ª Estação: CIRENEU AJUDA JESUS A CARREGAR A CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: As comunidades são chamadas a servir. Nesse serviço não cabem competições por poder, mas devem se destacar os testemunhos de solidariedade.

L 1: Nos pequenos modelos de cooperação estão escondidos os grandes gestos. Assim o Cireneu, num gesto de solidariedade, fica ao lado de Jesus ajudando-o a carregar a cruz.

L 2: Ter sentimentos de solidariedade se expressa também no gesto de amor ao próximo do samaritano que tratou de um ferido na estrada de Jerusalém para Jericó:

T: “Um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu-o e teve compaixão. Aproximou-se e tratou-lhe as feridas, derramando nelas óleo e vinho. Depois colocou-o em seu próprio animal e o levou a uma pensão, onde cuidou dele” (Lc 10,33,34)

A: A maior razão da prática do amor está neste ensinamento de Jesus:

T: “Amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15,12)

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

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T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Prova de amor

/: Prova de amor maior não há/que doar a vida pelo irmão. :/1. Eis que eu vos dou meu novo mandamento: amai-vos uns aos

outros, como eu vos tenho amado.

6ª Estação: VERÔNICA ENXUGA O ROSTO DE JESUS

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: No gesto de enxugar o rosto abatido e cansado de Jesus, Verô-

nica ensina à humanidade que todos somos membros de uma só família humana, independentemente de qualquer denominação religiosa:

L 3: Ou vivemos solidariamente como irmãos e irmãs, ou seremos todos infelizes num mundo trágico, onde faltará a misericórdia.

L 4: E para quem pratica a misericórdia, Jesus diz:

T: “Fiquem alegres e contentes, porque será grande para vocês a recompensa no céu“ (Mt 5,12).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: A ti, meu Deus

1. A ti, meu Deus, elevo o meu coração, elevo as minhas mãos, meu olhar, minha voz. A ti, meu Deus, eu quero oferecer meus passos e meu viver, meus caminhos, meu sofrer.

/: A tua ternura, Senhor, vem me abraçar, e a tua bondade infinita me perdoar. Vou ser o teu seguidor e te dar o meu coração. Eu quero sentir o calor de tuas mãos. :/

7ª Estação: JESUS CAI PELA 2ª VEZ NO CAMINHO DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

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A: Jesus continua a perder suas forças físicas.

L 1: Jesus saiu ao encontro de pessoas em situações muito diversas: homens e mulheres, pobres e ricos, judeus e estrangeiros, justos e pecadores... A todos convidou a segui-lo.

L 2: Hoje continua nos convidando, com todas as nossas fraquezas, dores e sofrimentos, a encontrar nEle o amor do Pai.

A: Jesus é o verdadeiro caminho para a vida. Todos nós, mesmo no sofrimento, quando seguimos Jesus, não caminhamos para o fracasso, pois a meta é a vida.

T: “Então Jesus disse aos discípulos: Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga” (Mt 16,24).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: Por melhor que seja alguém

1. Por melhor que seja alguém, chega o dia em que há de faltar. Só Deus vivo a palavra mantém e jamais Ele há de falhar.

/: Quero cantar ao Senhor, sempre, enquanto eu viver. Hei de provar seu amor, seu valor e seu poder. :/

8ª Estação: JESUS CONSOLA AS MULHERES DE JERUSALÉM

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: No Sermão da Montanha Jesus diz: “Felizes os aflitos, porque serão consolados” (Mt 5,4).

L 3: As mulheres de Jerusalém foram consolar Jesus, e saíram con-soladas por Ele.

T: “Mulheres de Jerusalém, não chorem por mim! Chorem por vocês e por seus filhos” (Lc 23,28).

L 4: A injustiça é causa de muitos sofrimentos, mas Deus é nosso protetor. Em suas mãos está a nossa vida. Nele colocamos toda a nossa confiança.

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A: Na base de tudo está a ideia de fraternidade. Se realmente nos sentirmos irmãos e irmãs, parte da mesma família humana, vamos nos proteger mutuamente de modo mais amplo.

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: Quem nos separará, quem vai nos separar do amor de Cristo? Quem nos separará? Se Ele é por nós, quem será, quem será contra nós? Quem vai nos separar do amor de Cristo, quem será?

9ª Estação: JESUS CAI PELA 3ª VEZ NA ESTRADA DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Jesus continua percorrendo o caminho do Calvário. Totalmente debilitado, cai mais uma vez. Hoje ainda Ele caminha em tantos “Calvários” de nossa sociedade, ajudando-nos na construção de uma sociedade mais justa e solidária.

L 1: Quantas pessoas caem pelas estradas da vida, porque sofrem por várias formas de exclusão!

L 2: Situações de abandono, fomes dolorosas mostram o desrespeito de uma sociedade baseada na riqueza, no luxo e no prazer, que não quer ver; fica indiferente aos problemas, e não quer agir, por medo de se expor.

A: O projeto de Deus exige conversão. Implica penitência e oração. Propõe a partilha, para que se estabeleça a justiça e se manifeste a sua presença libertadora.

T: Todos nós, discípulos e discípulas de Jesus, devemos não só colaborar com o testemunho pessoal e comunitário, mas também estar atentos e participar da economia do nosso pais, garantindo recursos necessários para que todos tenham uma vida digna: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”

A: Salvai o vosso, Senhor!

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T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: Eu só confio no Senhor

1. Eu só confio no Senhor, que não vai falhar. Eu só confio no Senhor, sigo a cantar. Se o sol chegar a escurecer, e o céu nublar: Eu só confio no Senhor, que não vai falhar.

/: Posso confiar,:/ /: posso confiar:/ /:que um lar no céu:/ Cristo vai me dar.

2. Se o sol chegar a escurecer, e o céu nublar, eu só confio no Senhor, que não vai falhar.

10ª Estação: JESUS É DESPOJADO DE SUAS VESTES

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

A: Um sistema brutal, cujo poder era administrado pela força, quer tirar tudo de Jesus.

L 3: Tudo o que restava a Jesus, naquele momento, era a sua vida e eram as suas roupas, mas até essas lhe foram arrancadas do corpo.

L 4: No alto da cruz, despojado de suas vestes, Ele nos entregou a única coisa que ainda lhe restava: a própria vida. É a expressão máxima do seu empobrecimento:

A: Nada para si, tudo para os outros. Este é o critério do amor para os que verdadeiramente seguem Jesus: usar os bens materiais em vista da felicidade dos outros.

T: “Ele, existindo em forma divina, não se apegou ao ser igual a Deus, mas despojou-se de tudo, assumindo a forma de escra-vo e tornando-se semelhante ao ser humano. E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte – e morte de cruz!” (Fl 2,6-8).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com o vosso sangue.

Canto: Reveste-me Senhor

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1. Reveste-me, Senhor, com tua graça, eu quero meu irmão ser-vir melhor. Que o teu Espírito em mim se faça, que eu possa caminhar no teu amor!

/: Reveste-me, Senhor! Reveste-me, Senhor! Reveste-me, Senhor, com teu amor! :/

2. Que eu busque em minha vida a santidade, no exemplo de Jesus, a inspiração. Na fé e na esperança e caridade, fazendo acontecer libertação!

11ª Estação: JESUS É PREGADO NA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Quanta gente padece na cruz diariamente, sem perspectivas de

uma vida decente!

L 1: Dom Helder Câmara, o profeta brasileiro, perguntava: Por que tanta desigualdade social? Por que tantos indigentes?

A: O Reino de Deus é um Reino de Paz. É por isso que existe na Cruz uma paz, que brota da luta e da justiça. Paz, muitas vezes marcada pelo martírio, pelo sofrimento e pela dor, mas que nos conduz à transformação do mundo, em conformidade com o plano de Deus.

L 2: É por meio do amor que Deus se manifesta ao mundo. Aqueles que resistirem diante das dificuldades e das perseguições prova-rão a glória de Deus, manifestada nas palavras, no testemunho e no martírio de Jesus.

T: “Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome” (Fil 2,8).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Eu andei pelas vilas

1. Vejam, eu andei pelas vilas, apontei as saídas como o Pai me pediu. Portas, eu cheguei para abri-las. Eu curei as feridas como nunca se viu.

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Por onde formos também nós, que brilhe a tua luz! Fala, Senhor, na nossa voz, em nossa vida. Nosso caminho en-tão conduz, queremos ser assim! Que o pão da vida nos revigore no nosso sim.

12ª Estação: JESUS MORRE NA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.

(Sugerimos, agora, um breve silêncio.)

A: Não é fácil entender o sentido da morte. Parece que é o fim. Olhando Jesus na cruz, poderia parecer que tudo estivesse ter-minado. Tudo era silêncio...

L 3: Poucos amigos de Jesus estavam presentes, apenas algumas mulheres: Maria, a mãe de Jesus, Maria de Cléofas, Maria Ma-dalena, e também João, o discípulo a quem Jesus mais amava. Com essas pessoas presentes junto à cruz, entendemos que Jesus não estava só.

L 4: A morte de Jesus não é apenas um fato do passado, mas con-tinua uma realidade bem presente, hoje, na paixão de tantos sofredores.

A: Celebramos “o dia em que o Senhor nos foi tirado”. Contemplamos suas chagas, suas dores, seus lamentos, que se prolongam nos oprimidos de hoje.

T: “Estou convencido de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem o presente nem o futuro, nem os poderes nem as forças das alturas ou das profundidades, nem qualquer outra criatura, nada nos poderá separar do amor de Deus, manifestado em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 8,38-39).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.

Canto: Honra e Glória

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1. Honra e glória, louvor sempiterno a Jesus, a Jesus redentor. Deus de Deus, luz da luz, Verbo eterno, Cristo Rei do universo, Senhor!

Jesus, Rei, Deus verdadeiro, o teu reino venha a nós! Obedeça o mundo inteiro ao poder de tua voz.

13ª Estação: JESUS É DESCIDO DA CRUZ

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: Os amigos assumem a atitude de tirar o corpo de Jesus da cruz.

Maria, com a ajuda deles, toma em seus braços o corpo de seu filho.

L 1: José de Arimateia, discípulo de Jesus, ajudado pelos outros que ali estavam, enrolou o corpo de Jesus num lençol... (cf. Lc 23, 50-53).

L 2: As atitudes dos amigos de Jesus por ocasião de sua morte correspondem à orientação das Diretrizes da Evangelização da Arquidiocese:

T: “O compromisso social é sinal privilegiado do seguimento de Jesus, servidor dos pobres e famintos, devendo ser ma-nifestado por toda a comunidade cristã”.

A: “Uma comunidade que não tem sensibilidade com relação às ne-cessidades dos irmãos e irmãs e não luta para vencer a injustiça dá um contra testemunho e celebra indignamente a própria liturgia” (DAEAF).

T: “Tudo o que fizerdes, fazei-o de bom coração, como para o Senhor e não para outros, certos de que recebereis, como recompensa, a herança das mãos do Senhor” (Col 3,23-24).

A: Salvai o vosso povo, Senhor!

T: Como salvastes a humanidade com vosso sangue.Canto: Nossa alegria

1. Nossa alegria é saber que, um dia, todo esse povo se libertará: /: Pois Jesus Cristo é o Senhor do mundo, nossa esperança realizará. :/

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2. Jesus manda libertar o povo, e ser cristão é ser libertador: /: Nascemos livres pra crescer na vida, não pra ser pobres nem viver na dor. :/

14ª Estação: JESUS É SEPULTADO

A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!

T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: O grupo dos amigos e Maria sepultaram o corpo de Jesus. Ainda

tudo era silêncio, o silêncio da morte.

L 3: Neste momento da nossa Via-Sacra vivemos o sentimento forte da Sexta-Feira Santa: o corpo de Jesus repousa no túmulo. Ter-minou a Paixão, o sofrimento; a cruz está vazia.

L 4: Quantas vezes, junto a um túmulo aberto, devemos examinar as muitas injustiças e o desrespeito à vida e à dignidade das pessoas, que causam sofrimentos, humilhações e mortes!

A: Hoje, com mais fontes de informação, temos melhores condições de perceber e denunciar esses e outros problemas que ferem a vida e a dignidade das pessoas.

L 1: Hoje sabemos muito mais sobre as causas e as consequências desastrosas da corrupção, da devastação planetária, do desres-peito aos direitos do cidadão.

L 2: Entretanto, muitos continuam calados, no silêncio, na longa fila dos sem-voz e sem-vez.

T: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).

L 3: Assistimos ao sepultamento. Jesus morreu, mas venceu a morte e continua vivo no meio de nós.

Canto: Vinde e vede

/: Vinde e vede, vinde! Ele está no meio de nós, Ele está no meio de nós! :/

1. Tantas são as maneiras da Presença, da presença daquele que é o Senhor: a presença real no Sacramento é sinal, e o penhor do seu amor!

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15ª Estação: JESUS RESSUSCITA PARA A VIDA

Canto: Vitória, tu reinarás

/: Vitória, tu reinarás! Ó cruz, tu nos salvarás! :/1. Brilhando sobre o mundo, que vive sem tua luz, tu és um sol

fecundo de amor e de paz, ó Cruz!2. Aumenta a confiança do pobre e do pecador. Confirma nossa

esperança na marcha para o Senhor.3. À sombra dos teus braços, a Igreja viverá. Por ti, no eterno

abraço, o Pai nos acolherá.A: Nós vos adoramos, Senhor Jesus, e vos bendizemos!T: Porque, pela vossa morte e ressurreição, salvastes o mundo.A: O silêncio da morte teve um fim. T: A vida venceu a morte. “Ele não está aqui: ressuscitou. Ale-

luia, Aleluia, Aleluia”.A: Nós, cristãos e cristãs, devemos viver intensamente este momento

de festa, celebrando a vida nova que Cristo nos deu, vencendo a morte.

L 1: A ressurreição de Jesus não é proclamada como um fato isolado, mas como o ponto alto de salvação e libertação.

L 2: Sabemos que o Senhor ressuscitado se manifesta na comuni-dade que tem fé. Ele nos dá a paz e nos mostra constantemente o caminho para a vida.

T: Pelo direito à vida, é necessário promover, com urgência e eficiência, os direitos dos mais necessitados e exigir da sociedade que lhes seja facilitado o ingresso na cidadania plena.

A: Levantemos o nosso olhar para Jesus Cristo, que nasceu, morreu e ressuscitou pelo seu povo, e peçamos com fé:

T: Salvai, Senhor, os que remistes com o vosso sangue!L 3: Nós vos bendizemos, Jesus, Salvador da humanidade, que não

hesitastes em sofrer por nós a paixão na cruz e nos remistes com o vosso sangue precioso.

T: Salvai, Senhor, os que remistes com o vosso sangue!

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L 4: Vós, que prometestes dar aos vossos fiéis a água que jorra para a vida eterna, derramai o vosso Espírito sobre todas as pessoas.

T: Salvai, Senhor, os que remistes com o vosso sangue!L 1: Vós, que enviastes vossos discípulos para pregar o Evangelho a

todas as nações, ajudai-nos a proclamar pela terra inteira a vitória da vossa cruz.

T: Salvai, Senhor, os que remistes com o vosso sangue!L 2: Aos doentes e infelizes, que associastes aos sofrimentos da vossa

paixão, concedei força, paciência e renovada esperança.T: Salvai, Senhor, os que remistes com o vosso sangue!Canto: Jesus Cristo

/: Jesus Cristo, ontem, hoje e sempre! Ontem, hoje e sem-pre, aleluia! :/

1. Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito da cria-ção. Tudo o que existe foi nele criado, nele encontramos a redenção.

2. Ele é a cabeça da Igreja, seu corpo, o primogênito entre os mortais. Que nele habite a vida mais plena foi do agrado do nosso Pai.

3. Reconciliou todas as criaturas, dando-nos a paz pelo sangue da cruz. Deus nos tirou do império das trevas e nos chamou a viver na luz.

Bênção

A: A bênção de Deus-amor desça sobre nós e nos faça caminhar juntos, homens e mulheres, na construção do seu Reino.

T: Em nome do Pai...A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo!

T: Para sempre seja louvado!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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6º Encontro

PÁSCOA: CERTEZA DA RESSURREIÇÃO

“A paz esteja com vocês”! (Jo 20,19).

Ambiente (festivo): Bíblia, cruz com pano branco, casinha, flores...

Acolhida: Feita por quem recebe o grupo

Motivação e oração inicial

Animador(a): Iniciemos nosso encontro, partilhando o que realizamos de concreto do compromisso proposto no último encontro.

(Tempo para partilhar.)

A: Na alegria e na certeza da Ressurreição de Jesus Cristo, sau-demos a Trindade Santa com o sinal que nos identifica como cristãos. Cantemos o sinal da cruz:

Canto: Em nome do Pai, em nome do Filho...

A: Celebrar a Páscoa – memória da paixão, morte e ressurreição de Cristo – é testemunhar nossa fé na vida, na vitória do bem. Por isso, entoemos cantos alegres, celebrando a vitória do Salvador. Rezemos o Salmo 98, versículos 2 a 8 (Sl 98-97).

Canto: Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

Lado A: Cantai ao Senhor um cântico novo, pois Ele tem feito mara-vilhas. O Senhor manifestou sua salvação, aos olhos dos povos revelou sua justiça.

Lado B: Lembrou-se do seu amor e de sua fidelidade à casa de Israel. Todos os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus.

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Lado A: Celebrai com júbilo ao Senhor. Terra inteira, gritai e exultai, cantando hinos. Aclamai ao Senhor com a harpa, e com o som dos instrumentos; com trombetas, e ao som da corneta exultai diante do Rei, o Senhor.

Lado B: Ressoe o mar, e o que ele encerra, o mundo e seus habitantes. Os rios batam palmas diante do Senhor, pois Ele vem julgar a terra. Julgará o mundo com justiça, e os povos com retidão.

Todos (as): Glória ao Pai... Canto: Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor um

cântico novo, cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, cantai ao Senhor!

Refletindo o tema

A: Durante a Quaresma refletimos sobre o caminho feito por Jesus, re-velando que o amor doado até a morte é sinal de vitória e alegria.

T: “Jesus começou a mostrar aos discípulos que era necessário ir a Jerusalém, sofrer muito... ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar” (Mt 16,21).

Leitor(a) 1: Ao celebrar a ressurreição de Jesus, reafirmamos nossa fé no Deus libertador, que dá um sentido novo à nossa vida.

T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 2: O Ressuscitado nos leva à comunhão com todas as pessoas, independente de cor, idade, raça ou religião.

Canto: São filhos do mesmo Pai, com sangue da mesma cor, her-deiros do mesmo céu, nascidos do mesmo amor!

L 3: Encontrar-nos nos Grupos Bíblicos em Família já é uma festa de alegria e agradecimento, alicerçada na Ressurreição de Cristo Jesus.

Canto: /: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/L 4: A Páscoa cristã tem um significado especial: Todo aquele que

aceita Jesus Cristo, crê nas palavras do Evangelho, crê na vida nova.

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A: Para melhor vivermos este grande acontecimento da celebração da Páscoa do Senhor, é importante rever três grandes momentos: a Páscoa judaica, a Páscoa cristã e a nossa Páscoa.

PÁSCOA JUDAICA

A: Para os judeus, a Páscoa, inicialmente, era uma festa de agri-cultores e pastores, que imolavam animais para agradecer, pedir fecundidade ao rebanho e a proteção de Deus. Depois passou a significar também o agradecimento a Deus pelos frutos da terra e o pedido de fertilidade para os campos.

L 1: Por fim, passou a significar a passagem de Deus no Egito, pou-pando as casas dos israelitas, no momento em que o povo eleito estava para ser libertado da escravidão.

T: “Quando tiverdes entrado na terra que o Senhor vos dará, conforme prometeu, observareis este rito... É o sacrifício da Páscoa do Senhor, que passou ao lado das casas dos isra-elitas no Egito, quando feriu os egípcios e salvou as nossas casas” (Ex 12,25-27).

L 2: Às pressas, o povo de Deus saiu da terra da escravidão para a libertação. Como recordação desse acontecimento, o povo teria que celebrar anualmente a Páscoa em família.

L 3: O povo lembra-se do processo de libertação e da presença de Deus no meio deles. O Senhor livrou o seu povo da escravidão.

T: Senhor, tu livraste o teu povo da escravidão. Senhor, aqui estou!

L 4: Depois do exílio babilônico, a Páscoa se tornou a festa por exce-lência, uma das grandes peregrinações do ano litúrgico.

T: “No primeiro dia dos ázimos, os discípulos se aproximaram de Jesus e perguntaram: Onde queres que preparemos a Páscoa?” (Mt 26,17-19).

L 1: Depois, sentando-se à mesa com os discípulos, Jesus disse:

T: “Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa antes de sofrer” (Lc 22,15).

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PÁSCOA CRISTÃ

A: A Páscoa cristã lembra e celebra a paixão, a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

L 2: Como a morte e ressurreição de Cristo aconteceram no período da celebração da Páscoa dos judeus, ocorre uma mudança im-portante que é introduzida nas religiões cristãs.

L 3: Foi numa celebração da Páscoa Judaica que Jesus instituiu uma nova Páscoa. A Páscoa da libertação do pecado e da morte, numa aliança de amor de Deus com a humanidade.

L 4: A Páscoa deixa de ser a celebração vinculada à libertação dos judeus e passa a ser a comemoração da libertação de todo ser humano.

T: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).

L 1: Jesus, oferecendo seu corpo e sangue, assume o duplo sentido da páscoa judaica: sentido de libertação e de aliança.

T: “Isto é meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim. Este é o sangue da nova aliança, que é derramado em favor de muitos, para a remissão dos pecados” (Lc 22, 20).

L 2: Por sua Páscoa, Jesus fez-nos passar do pecado para a graça da vida plena. Para nós, cristãos, a Páscoa é a festa da vida. O Senhor da vida triunfou e caminha conosco.

T: “Alegrai-vos. Não tenhais medo; ide anunciar...” (Mt 28, 9-10).A: A Ressurreição de Jesus foi anunciada com fé e convicção pelos

Apóstolos e pelas mulheres seguidoras de Jesus e testemu-nhas de sua Ressurreição. Hoje, ela continua a ser anunciada e celebrada pelos homens e mulheres que acreditam no Senhor Ressuscitado.

Canto: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo sua luz no povo, por isso, alegre estou!

NOSSA PÁSCOA

A: Amigos e amigas, para nós, hoje, não basta apenas relembrar os momentos e os sentidos da Páscoa. É fundamental que renove-

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mos a aliança-compromisso de concretizar uma nova ordem de coisas, a partir deste mundo em que vivemos.

Lado A: O anúncio da Ressurreição é também o anúncio de uma nova etapa da vida da humanidade.

Lado B: Sim, chegou ao fim o período das trevas, do egoísmo, da injustiça e da opressão...

Lado A: Agora o projeto é outro: Dar de comer aos que têm fome, vestir os nus, socorrer os doentes, visitar os encarcerados.

Lado B: Não dá para ser cristão sem combater as injustiças, defender os fracos e promover a fraternidade.

T: Jesus venceu e está vivo no meio de nós. Jesus nos dá força para construirmos um mundo novo.

A: Hoje, também, Jesus está presente no meio de nós, como quando percorria as estradas da terra de Israel. Podemos reconhecê-lo naqueles que seguem seu projeto, e, de modo especial, nas pessoas carentes de pão e saúde, de uma vida digna.

Canto: A mesa tão grande e vazia de amor e de paz, de paz! Onde há o luxo de alguns, alegria não há, jamais! A mesa da Eucaristia nos quer ensinar, a-a, que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar! Pão em todas as mesas, da Páscoa nova certeza. /: A festa haverá, e o povo a cantar, Aleluia!:/

A Palavra de Deus ilumina

A: Jesus, nosso mestre e Senhor, nos anuncia a Boa Nova e nos deseja a Paz. Vamos cantar com alegria, para aclamar a Palavra de Deus.

Canto: Que alegria, Cristo ressurgiu! No Evangelho ele vai falar. En-toemos nosso canto de amor e gratidão: sua Palavra vamos aclamar. /: Aleluia, aleluia. Aleluia, aleluia. :/

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Leitor (a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João, capítulo 20, versículos de 19 a 23 (Jo 20,19-23).

(Silêncio para interiorizar a Palavra.)

A: Vamos reler o texto na Bíblia e destacar frases que nos chamaram atenção. Em seguida, conversaremos sobre o texto que nos foi proclamado.– Quem são as pessoas que estavam presentes no local?– Em que situação se encontrava o grupo?– Como se sentiram depois da saudação de Jesus?– Qual foi a ordem que Jesus lhes deu?

(Tempo para partilhar.)

Aprofundando a Palavra

A: Jesus, ao anunciar a Paz aos discípulos, dá-lhes o Espírito Santo e os envia em missão, para que o mundo tenha paz.

T: “Felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos e filhas de Deus” (Mt 5,9).

L 3: O medo e nosso comodismo muitas vezes nos impedem de realizar o anúncio, o diálogo, o serviço e o testemunho de comu-nhão; nos deixam acomodados, impedindo-nos de viver a paz e a unidade.

T: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, eu vos envio” (Jo 20,21).

L 4: Maria Madalena foi a primeira testemunha da Ressurreição de Jesus e recebe dele o mandato de anunciar aos discípulos a sua ressurreição.

T: “Eu vi o Senhor”. E contou o que ele lhe tinha dito (Jo 20,18).

L 1: Jesus mostra que o verdadeiro amor e a doação de si mesmo nos liberta. A Ressurreição de Jesus é sinal de vitória, é a nossa certeza de que um dia também nós ressuscitaremos.

T: Cristo ressuscitou, aleluia. Ressuscitou!A: Viver a Páscoa é garantir que a Páscoa anunciada por Jesus seja

vivida na integra por cada um e cada uma de nós; é buscar no

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outro, na outra, o sinal do Ressuscitado, ainda que anunciado de forma diferente.

Canto: De mãos dadas a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de esperança, amor e paz!

Compromisso

A: Durante toda a Quaresma refletimos sobre o apelo que a Campanha da Fraternidade Ecumênica nos fez, para vivermos melhor a Páscoa do Senhor. Algumas propostas, para nos com-prometermos a estar unidos a Cristo e aos irmãos e irmãs no dia a dia do tempo pascal:a) Descobrir gestos de ressurreição na nossa família, nos Grupos

Bíblicos em Família e na comunidade e partilhar no próximo encontro;

b) Evitar desperdícios, consumir menos e reciclar o lixo, cuidando do meio ambiente;

c) Dar mais atenção à vida e menos ao dinheiro, denunciando as injustiças sociais;

d) Procurar entender melhor o ecumenismo, e estudar o assunto, para ser bem vivido nos GBF e na Igreja.

Oração e bênção

A: A ressurreição de Jesus nos convoca a promover a paz e a justiça. Jesus envia os discípulos, e a cada um de nós, para mostrar ao mundo o poder do seu amor libertador.

T: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura” (Mc 16,15).

A: Ao rezar, lembremos o que diz o Senhor através do profeta Isaías:

T: “Parai de fazer o mal, aprendei a fazer o bem, buscai o que é reto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça ao órfão, defendei a viúva. Depois vinde – diz o Senhor” (Is 1,15-12).

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A: Sem justiça não há ressurreição. Peçamos a Jesus que nos ajude a viver em comunhão.

T: Senhor, ajuda-nos a construir a justiça e a paz. L 2: Senhor, Deus da vida, que cuidas de toda a criação, ajuda-nos a

viver a unidade na nossa Igreja, entre todas as Religiões Cristãs, e também entre as pessoas que não têm religião.

(Façamos nossas preces espontâneas, respondendo.)

T: Senhor, ajuda-nos a construir a justiça e a paz. A: Colocando a mão na cabeça da pessoa ao nosso lado, peçamos:

T: Que o Senhor ressuscitado esteja hoje e sempre ao nosso lado e nos dê a paz. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Canto: Deus enviou Seu Filho amado

1. Deus enviou Seu Filho amado para morrer em meu lugar. Na cruz pagou por meu pecado, mas o sepulcro vazio está: porque Ele vive!

/: Porque Ele vive, eu posso crer no amanhã. Porque Ele vive, temor não há! Mas eu bem sei que o meu futuro está nas mãos do meu Jesus, que vivo está! :/

2. Um dia eu vou cruzar os rios e verei, então, um céu de luz. E verei que lá, em plena glória, vitorioso, vive e reina o meu Jesus!

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.

É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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7º Encontro

RESSURREIÇÃO: VIDA NOVA EM CRISTO

“Por que procurais entre os mortos aquele que está vivo?

Não está aqui. Ressuscitou!” (Lc 24,5b-6a).

Ambiente: Cruz com pano branco, bíblia, casinha, flores, água, fotos ou gravuras com gestos de vida nova, palavras que indicam atitudes de ressurreição.

Acolhida: Pela família que acolhe o grupo.

Motivação Inicial

Animador: Com muita alegria, juntamente com todas as pessoas cristãs, continuamos a celebrar a Ressurreição de Jesus, e com esta mesma alegria queremos nos saudar.

(Saudação com gesto de acolhida.)

A: Como sempre, queremos partilhar inicialmente o que pudemos realizar no sentido do compromisso proposto no último encontro.

(Tempo para partilhar.)

A: Com fé no Cristo ressuscitado, saudemos também a Trindade Santa que está no meio de nós:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.Canto: Eu creio num mundo novo, pois Cristo ressuscitou! Eu vejo

a luz no povo, por isso alegre sou.

A: A ressurreição de Jesus fundamenta a nossa fé. A partir dela, todas as pessoas cristãs são também chamadas a dar uma resposta de vida nova em suas vidas. Vamos refletir um pouco, olhar para a nossa vida e para a nossa comunidade, e lembrar alguns gestos de ressurreição que hoje podemos perceber.

(Tempo para conversar.)

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A: Peçamos também neste encontro as luzes do Espírito Santo, cantando:

Canto: /: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traze à Igreja um novo vigor! :/

A: Confiantes na iluminação do Espírito Santo, vamos escolher o texto que nos conduzirá na reflexão sobre a Ressurreição de Jesus Cristo. Encontramos nos quatro Evangelhos relatos que indicam a Ressurreição, através da revelação dos anjos às mu-lheres, no túmulo vazio de Jesus. Para hoje, escolhemos o texto do Evangelho de Lucas.

A Palavra de Deus ilumina

A: As primeiras testemunhas da ressur-reição de Jesus nos transmitiram este acontecimento, que hoje lembramos com fé e alegria, como fonte de força e ânimo para nossa caminhada. Aclame-mos a Palavra, cantando:

Canto: Tua Palavra é lâmpada para os meus pés, Senhor. /: Lâmpada para os meus pés, Senhor. Luz para o meu caminho. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas, capítulo 24, versículos 1 a 12 (Lc 24,1-12).

A: Vamos ler novamente o texto em nossa Bíblia.

(Pausa para reler o texto atentamente.)

Refletindo a Palavra

A: Façamos uma breve reflexão sobre o sentido de cada frase do texto, respondendo às perguntas:1. Quem vai por primeiro ao lugar do túmulo? A que horas do dia?

O que levam? E o que encontram, quando lá chegam?2. O que elas veem e sentem ao entrar no túmulo?3. Quem aparece a elas, e qual a reação delas?

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4. O que os dois homens dizem a elas?5. De que elas deviam se lembrar para compreender que Jesus

tinha ressuscitado?6. O que elas fazem depois? 7. Como os apóstolos reagem ao ouvir das mulheres a notícia

sobre a ressurreição de Jesus?8. Quem deles se levanta, corre ao túmulo, e qual foi a sua re-

ação?(Tempo para conversar e responder.)

Canto: /: A Bíblia é a Palavra de Deus semeada no meio do povo, que cresceu, cresceu e nos transformou, ensinando-nos a viver um mundo novo. :/

Atualizando a Palavra, ligando-a com a nossa vida

A: Nos momentos de tristeza, doença e morte corremos o perigo de ficar sem ação e perder a esperança.

Leitor(a) 1: Deus não quer que fiquemos paralisados nesses momen-tos. As seguidoras e testemunhas da morte de Jesus tomaram uma iniciativa corajosa.

T: “No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo, levando os perfumes que tinham preparado” (Lc 24,1).

A: As mulheres lembraram-se do que Jesus havia dito, quando ainda estava na Galileia, e foi esta lembrança que ofereceu a elas a certeza da ressurreição. E nós, lembramos sempre das palavras de Jesus?

(Tempo para refletir em silêncio.)

A: Entendendo que Jesus havia ressuscitado, elas saem do túmulo, do lugar da morte, e vão anunciar esta Boa Nova aos apóstolos. Também nós devemos anunciar, ao mundo de hoje, a boa nova de Jesus.

L 2: Animadas pela Ressurreição de Cristo, as primeiras comunida-des cristãs fizeram sua profissão de fé no Salvador enviado por Deus.

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Canto: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria. Deus espera que os dons de cada um se repar-tam com amor no dia a dia.

A: Estamos refletindo sobre a ressurreição relatada no texto de Lucas. Vamos lembrar outros textos bíblicos que conhecemos e que falam da ressurreição.

(Pausa para lembrar e dizer.)

A: Lemos e refletimos o texto de Lucas. Agora vamos dar uma res-posta a Deus em forma de louvor, súplica, pedido de perdão ou agradecimento.

(Pausa para dar sua resposta a Deus em silêncio ou falando.)

Compromisso

A: A partir do que refletimos, que compromissos somos chamados e chamadas a assumir diante de Deus. Algumas sugestões: a) Ser assídua(o) na nossa oração individual e na oração com

os irmãos e irmãs nos GBF, ou em outros momentos. b) Ler diariamente e recordar a Palavra de Deus, vivendo-a como

forma de testemunho e anúncio.(Tempo para conversar e apresentar os compromissos que vão ser assumidos individualmente ou em grupo.)

Oração final

A: Rezemos em dois coros o Salmo 146, dando graças e louvando a Deus pela ressurreição de Jesus Cristo

T: Aleluia. Louva o Senhor, minha alma.Lado A: Louvarei o Senhor enquanto eu for vivo, enquanto viver, can-

tarei hinos a meu Deus.

Lado B: Não confieis nos poderosos, em seres humanos que não po-dem salvar; exalam o espírito e voltam ao pó da terra; nesse dia se acabam seus planos.

Lado A: Feliz quem recebe auxílio do Deus de Jacó, quem espera no Senhor, seu Deus, criador do céu e da terra, do mar e de quanto contém.

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T: O Senhor reina para sempre, o teu Deus, Sião, por todas as gerações. Aleluia!

Lado B: Ele é fiel para sempre, faz justiça aos oprimidos, dá alimento a quem tem fome.

Lado A: O Senhor livra os prisioneiros, o Senhor devolve a vista aos cegos, o Senhor levanta quem caiu, o Senhor ama os justos.

Lado B: O Senhor protege os estrangeiros, ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios.

T: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.Canto: /: Eu louvarei, eu louvarei, eu louvarei, eu louvarei ao meu

Senhor. :/A: Vamos dizer que frase do texto queremos gravar para nossa

vida.(Tempo para recordar e dizer as frases.)

Bênção

A: Confiantes e alegres pela ressurreição de Jesus, digamos:

T: O Senhor Deus esteja ao nosso lado para nos proteger, diante de nós para nos conduzir, atrás de nós para nos amparar, acima de nós para nos abençoar. Amém.

Canto: Porque ele vive /: Porque ele vive, eu posso crer no amanhã, porque ele vive, temor não há. Mas eu bem sei que o meu futuro está nas mãos do meu Jesus, que vivo está. :/

1. Deus enviou seu Filho amado para morrer no meu lugar. Na cruz pagou por meus pecados, mas o sepulcro vazio está, porque Ele vive.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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8º Encontro

VIVO E VENCEDOR, JESUS CAMINHA CONOSCO

“Por que sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4,40).

Ambiente: Bíblia, casinha, vela, flores, gravuras ou fotos de famílias alegres, tristes...

Acolhida: Feita pelas pessoas da casa e/ou pelo(a) animador(a).

Motivação e oração inicial

Animador(a): Recordemos o compromisso do último encontro. Vamos partilhar o que fizemos de concreto.

(Tempo para conversar.)

A: Felizes por nos reunirmos, iniciemos nosso encontro com o sinal da cruz.

Todos(as): Em nome do Pai...A: Nosso tema de hoje é sobre Família. Rezemos juntos a oração pela

Família, proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

T: Senhor Jesus Cristo, Vós restaurastes a família humana,/ restabelecendo a primitiva unidade/ e vivendo com Maria, vossa Mãe,/ e São José, o pai adotivo, / durante trinta anos em Nazaré./ Afastai da família brasileira/ os males que a amea-çam./Ajudai-nos a promover em nossas famílias,/ em todos os lares de nossa pátria,/ os sentimentos e os propósitos de união indissolúvel,/ amor generoso, fidelidade permanente/ e perseverança constante na vossa graça. Assim seja!

A: A Família é assunto sempre importante e atual, pois todos provêm de uma família, e é normal toda pessoa pensar em constituir uma

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família própria. É na família que se revela e mora o amor. Ela é um tesouro, um presente de Deus.

Canto: É no campo da vida

1. É no campo da vida que se esconde um tesouro. Vale mais que o ouro, mais que a prata que brilha. É presente de Deus, é o céu já aqui. O amor mora ali e se chama família.

/: Como é bom ter a minha família, como é bom. Vale a pena vender tudo o mais, para poder comprar esse campo que esconde um tesouro, que é puro dom. É meu ouro, meu céu, minha paz, minha vida, meu lar. :/

Refletindo o tema

A: Muito podemos falar sobre a Família. Destaquemos algumas ideias:

Leitor(a) 1: A Família é uma instituição social, com fundamentos re-ligiosos, jurídicos, éticos, psicológicos, culturais, políticos. Sua importância social é indiscutível.

L 2: É a célula-mãe da sociedade, que estrutura e sustenta as demais instituições e valores. O que se aprende, ou não, em família, faz a grande diferença na sociedade.

T: “O futuro da humanidade passa pela família” (João Paulo II).A: Muitas famílias perderam suas referências tradicionais e buscam

outras. Mas também vemos muitas famílias que conservam os valores, os costumes e a educação de berço, e mesmo assim enfrentam momentos difíceis:

L 3: Famílias fragilizadas de várias formas;

L 4: Famílias reduzidas a filhos com um dos pais, ou sem nenhum deles;

L 1: Famílias não planejadas, ou desestruturadas;

L 2: Todas essas realidades afligem idosos, adultos, jovens e crianças.

A: Essas situações difíceis nos fazem sentir como num barco no meio da tempestade, mas, com a graça de Deus em nossa vida, nos recuperamos e encontramos meios de vencer as dificuldades.

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Canto: /: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilu-mina, ilumina cada passo das nossas famílias! :/

A: Todos buscam o melhor para sua Família. Para isso precisam da luz divina e de orientação segura. Em nossa Igreja de Florianópolis temos Pastorais e Movimentos que cuidam de vários aspectos relacionados à Família. Além disso, as nossas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese (DAEA) nos dão pistas:

L 3: As grandes mudanças nos afligem, mas não nos confundem, porque nos sentimos amparados pela força do Espírito Santo... (DAEA).

L 4: A realidade atual tornou-se complexa, ensinando-nos a buscar em Cristo uma luz que nos dê sentido e orientação... (DAEA).

T: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14,6).L 1: Muitos se afastam de suas tradições, em busca de outros caminhos,

mas perdem-se em opções egoístas e imediatistas... (DAEA).

L 2: A globalização, em lugar da segurança e do progresso prometidos, provocou um aumento sensível dos riscos, gerando uma situação de medo e estresse no cotidiano” (DAEA).

Canto: /: Ilumina, ilumina nossos pais, nossos filhos e filhas! Ilu-mina, ilumina cada passo das nossas famílias! :/

A: Exemplos do que acabamos de refletir vemos diariamente ao nosso redor. Mesmo em nossas próprias famílias podem surgir conflitos.

L 3: São ventos contrários, tempestades que põem à prova princípios, valores e costumes.

L 4: Às vezes parece que nem Deus nos ouve, e que o barco vai afundar. Bate o cansaço e o desânimo, e ficamos sem saber o que fazer.

T: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).

A Palavra de Deus nos ilumina

A: O Evangelista Marcos relata um fato apropriado para nossa re-flexão. Preparemo-nos para ouvir, cantando:

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Canto: Teu povo aqui reunido

1. Teu povo aqui reunido procura vida nova. Tu és a esperança, o Deus que nos consola.

/: Fala, Senhor, fala da vida. Só tu tens palavras eternas, queremos ouvir. :/

Leitor(a) da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos, capítulo 4, versículos de 35 a 41 (Mc 4,35-41).

(Cada pessoa releia o texto em sua própria Bíblia.)

A: Olhando o mundo em que vivemos, muitas vezes temos a sen-sação de estar num mar agitado e perturbado, e nós sozinhos e incapazes de reagir.1) Cristo está presente na barca de nossa Família, com ondas

agitadas por problemas familiares? Como é nossa relação com Ele?

2) O medo e a insegurança tem a ver com falta de fé? Por quê?3) Conhece algum caso concreto de pai ou mãe que, mesmo

sozinho(a), ou diante de grandes dificuldades, teve fé e confiou em Deus e em si, criou a família, encaminhou bem os filhos na vida?

(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: Jesus estava na barca com os discípulos, e atravessavam para o outro lado do mar. De repente formou-se uma grande tempestade, e o mar ficou muito agitado.

L 1: Os discípulos ficaram apavorados e com medo, e recorreram a Jesus, dizendo:

T: “Mestre, não te importa que nós morramos?” (Mc 4,38).

L 2: Jesus levantou-se e ordenou ao mar e ao vento que acalmas-sem, e tudo ficou tranquilo novamente. Depois perguntou aos discípulos:

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T: “Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?” (Mc 4,40).

L 3: Jesus faz hoje a nós também a mesma pergunta. E nós, confiamos em Jesus?

(Tempo para pensar em silêncio.)

A: Percebemos que Jesus respeitou a liberdade e a fé dos que o seguiam. Hoje caminha conosco, também respeitando nossa liberdade. Ele está sempre presente no mundo, na nossa vida em família, na comunidade e na Igreja.

L 4: Para conhecer e amar Jesus e nele confiar como o Senhor da História, é preciso compreender o seu projeto de vida e deixar-se conduzir por Ele, para que nossa fé seja sinal de luz no mundo, na comunidade e na sociedade .

T: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abun-dância” (Jo 10,10).

L 1: Os Apóstolos viveram um momento difícil no barco. Às vezes, também as famílias vivem situações dramáticas, e a tendência é se deixar abater diante do fracasso aparentemente irremediável, num evidente sinal de falta de fé. Mas Jesus alerta:

T: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados...” (Mt 11,28).

L 2: Devemos dar atenção às palavras de Cristo. Nossa fé alicerça-da em Jesus nos faz mais fortes, para superarmos melhor as dificuldades.

L 3: Vivendo o amor gratuito de Jesus em família, construiremos um mundo mais justo, uma sociedade mais solidária na busca do bem comum e da dignidade humana. E tudo isso Jesus nos oferece gratuitamente, se confiarmos nele.

T: “Basta-te a minha graça; pois é na fraqueza que a força se realiza plenamente” (2Cor 12,9).

Compromisso

A: Diante de nossa reflexão, vejamos o que podemos assumir como compromisso. Algumas propostas:

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1. Agradecer todos os dias o dom da vida, da saúde, da felicidade e da paz. Agradecer pelas coisas boas em nossa família.

2. Buscar forças para ajudar a quem precisa e partilhar a paz que Deus nos deu. Agir com misericórdia, tolerância, compreensão.

3. Disponibilizar-nos a colaborar com alguma entidade assistencial, na comunidade, que precisa de voluntários.

4. Saber se na Paróquia há Pastoral Familiar, ou algum movimen-to eclesial que envolve a família e engajar-nos, na medida do possível.

Oração e bênção

A: Peçamos a Deus por nós e por nossos irmãos e irmãs, rezando:T: Pai nosso...A: Que Maria, Mãe de Jesus, a “dona de casa” da Família de Nazaré,

interceda por nós, pedindo a Deus que nos abençoe

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!Canto: As famílias do Brasil

1. Um lar onde os pais ainda se amam, e os filhos ainda vivem como irmãos. E venha quem vier, encontra abrigo, e todos têm direito ao mesmo pão.

/: Onde todos são por um e um por todos. Onde a paz criou raízes e floriu. Um lar assim feliz seja o sonho das famílias do Brasil. :/

2. Que aqueles que se sentem bem casados, deu certo seu amor, o amor valeu, não vivam como dois alienados: partilhem esta paz que Deus lhes deu.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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9º Encontro

MUTIRÃO A SERVIÇO DA VIDA

“Construirão casas e nelas habitarão, plantarão vinhas e comerão

seus frutos” (Is 65,21).

Ambiente: Casinha, Bíblia, cruz, vela, cartaz com re-cortes de notícias de pessoas ajudando outras pessoas, prestando solidariedade, participando de reuniões comunitárias, etc.

Acolhida: A família da casa acolhe os participantes do grupo.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Que bom podermos novamente nos encontrar! Saudamos a família que nos recebe em sua casa. Eles são hoje os braços de Deus que nos acolhem e cuidam para que possamos juntos refletir e rezar.

(Alguém da casa saúda a todos e todas presentes.)

A: Recordemos o compromisso do último encontro. Vamos partilhar o que fizemos de concreto.

(Tempo para conversar.)

A: Dando continuidade à temática da Campanha da Fraternidade deste ano, somos convidados a refletir sobre alternativas e formas de viver que defendem a vida em todas as suas formas, a digni-dade humana, a paz e a justiça social. Saudemos a Trindade, a melhor comunidade, cantando:

Canto: Em nome do Pai que nos criou, do Filho que nos salvou, e do Espírito Santo que nos une por amor. Amém, amém, amém (3X), para todo sempre. Amém!

A: Oremos juntos, repetindo cada verso: (cantado ou falado)

Vem, ó Deus da vida, vem nos ajudar! (todos repetem)

Vem, não demores mais, vem nos libertar! (bis)

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Venham, adoremos, a nosso Senhor, (bis) Ele é nossa alegria, Deus libertador! (bis)

Vejam como é boa a nossa união. (bis) Vejam como é bonito, ó irmãs e irmãos! (bis)

Quando as mãos se juntam, multiplica o pão, (bis) Vem, ó Deus, abençoa nosso mutirão. (bis)

Glória ao Pai e ao Filho e ao Santo Espírito. (bis) Glória à Trindade Santa, glória ao Deus bendito. (bis)

Aleluia, irmãs, aleluia, irmãos! (bis) A Deus louvor e glória, povo em mutirão! (bis)

Refletindo o tema e a realidade

A: Para iniciar a conversa, vamos pensar juntos a partir de uma pergunta bem simples: Qual é a coisa mais importante da vida?

(Tempo para as pessoas falarem; cada um pode dar a sua opinião.)

A: Lembramos de muitas coisas, mas todas elas estão diretamente ligadas àquilo de que mais gostamos, do que precisamos ou que mais nos falta neste momento. Não é verdade?

Leitor(a) 1: Se fizermos a pergunta sobre a coisa mais importante da vida a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fizermos a mesma pergunta a quem está do-ente, então a resposta será: a saúde.

L 2: E quando perguntarmos a alguém que se sente sozinho e isolado, então certamente a resposta será: a companhia de outras pesso-as. Ainda se perguntarmos a um desempregado, provavelmente responderá: o emprego.

A: Isto quer dizer que as necessidades imediatas de sobrevivência são determinantes, e precisamos satisfazê-las da melhor forma possível para ter vida digna, e mesmo pensar adequadamente em outras coisas, até mesmo em Deus.

Canto: Viver e não ter vergonha de ser feliz. Cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz. Ah, meu Deus! Eu sei que a vida de-

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via ser bem melhor e será. Mas isso não impede que eu repita: É bonita, é bonita e é bonita.

A: A enorme concentração de renda e riqueza que temos no Brasil é um dos fatores cruciais de todos os problemas sociais que en-frentamos – a grande injustiça.

L 3: Por isso, a Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a lutar por outra forma de organizar a economia.

Todos(as): Economia e vida.

L 4: Por sinal, é sempre bom lembrar que a palavra economia significa a administração da casa, visando a garantir a todos o necessário para viver e conviver bem.

T: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).

L 1: Nós, cristãos, somos convocados a defender a vida, a lutar por melhor distribuição de renda e trabalho para todos. É isso que Jesus nos diz, quando apresenta seu projeto de vida.

T: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10).

A: Defender a vida em nosso país é conhecer e defender os direitos previstos na Constituição Federal:

Lado A: Garantir alimentação, educação, saúde e vida digna para todo o povo;

Lado B: Erradicar o analfabetismo;

Lado A: Combater o trabalho infantil e eliminar o trabalho escravo;

Lado B: Garantir o acesso à água e continuar a luta pela Reforma Agrária.

Canto: Lutar e crer, vencer a dor, louvar ao Criador. Justiça e paz hão de reinar, e viva o amor.

A Palavra de Deus ilumina

A: Vejamos o que Deus nos inspira com sua Palavra, lendo e re-fletindo o texto do profeta Isaías. Acolhamos a Palavra de Deus, cantando:

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Canto: Buscai primeiro o Reino de Deus

/: Buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça. E tudo mais vos será acrescentado, aleluia, aleluia. :/

1. Não só de pão a gente viverá, mas de toda palavra que procede da boca de Deus, aleluia, aleluia.

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro do profeta Isaías, capítulo 65, versículos de 17 a 24 (Is 65,17-24).

(Após a leitura.)

A: Palavra de vida e libertação.

T: Graças a Deus!

(Tempo para meditar a Palavra em silêncio.)

Refletindo a Palavra de Deus

A: Vamos reler o texto e conversar um pouco:1. O que este texto bíblico nos inspira a pensar sobre o tema de

hoje?2. Acreditamos que a profecia de Isaías pode se tornar realidade

entre nós? Como? Por quê? (Tempo para conversar e trocar ideias.)

A: O profeta Isaías apresenta a realização do projeto, do grandioso sonho de Deus para todos os seus filhos e filhas: um mundo de paz, justiça, felicidade e alegria.

T: “Vejam! Eu vou criar um novo céu e uma nova terra” (Is 65, 17).L 2: A mensagem do profeta também nos encoraja para lutarmos em

prol deste novo céu e desta nova terra, por uma terra sem males, em que caminhamos com Jesus na esperança de alcançar a vida em plenitude.

T: “Vi então um novo céu e uma nova terra. Eles serão o seu povo, e o próprio Deus-com-eles será o seu Deus” (Ap 21,1-5).

Canto: /: Eis que faço novas todas as coisas, que faço novas todas as coisas, que faço novas todas as coisas. :/

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Buscando caminhos para o agir

A: Iluminados pela Palavra de Deus, e percebendo a realidade de todos os dias que vivemos, vejamos alguns caminhos que podem ser trilhados para garantirmos vida digna para todos. Sem a par-ticipação e o envolvimento de cada um, fica muito difícil melhorar a vida.

T: Não basta ser cidadão e cidadã, é preciso participar.L 3: De modo geral, ninguém nega a necessidade da participação, mas,

na prática do dia a dia, não é o que vemos acontecer: as pessoas buscam segurança no seu ter individual, na sua acomodação.

L 4: Muitos vivem na ilusão de que, se fizerem bastante esforço, ou mesmo tiverem sorte, conseguirão resolver sozinhos os seus problemas e levar bem a vida.

L 1: Esta mentalidade, espalhada por todos os cantos, especialmente pela grande mídia, cria ou fortalece alguns grupos que ganham muito com isso. Daí a tremenda desigualdade no Brasil.

T: “... aprendei a fazer o bem, buscai o que é correto, defendei o direito do oprimido, fazei justiça...” (Is 1,17).

L 2: Existem inúmeras formas de participar desse grande mutirão pela vida: Nos Grupos Bíblicos em Família, nas Associações de Moradores, Conselhos Comunitários, Conselhos de Direitos, até nos partidos políticos, no exercício de usar o poder em benefício de todos.

L 3: Um exemplo bem prático são os Conselhos ligados às políticas públicas, como os Conselhos de Saúde. Em cada Posto de Saúde deve haver um Conselho Local de Saúde, para discutir o funcio-namento do posto, etc.

L 4: Muitas vezes reclamamos que o Posto não funciona como deveria, mas nunca participamos de alguma reunião do Conselho para sa-ber como deveria funcionar, quais os principais problemas, etc.

L 1: Quem tem a coragem de se envolver com os outros, de dar as mãos, de participar, torna-se uma pessoa melhor.

T: “O Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mt 20,28).

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L 2: O sonho que se sonha só, pode ser pura ilusão. O sonho que se sonha juntos é sinal de solução.

A: Enfim, o sonho de Deus deve transformar-se em nosso compro-misso de envolver-nos e participar da construção da nova terra.

Canto: Tenho que gritar, tenho que arriscar, ai de mim se não o faço! Como escapar de ti? Como calar, se tua voz arde em meu peito? Tenho que andar, tenho que lutar, ai de mim se não o faço! Como escapar de ti? Como calar, se tua voz arde em meu peito?

Compromisso

A: A Palavra de Deus e o tema do encontro de hoje nos apontaram muitas pistas para agir.

a) Boas formas de participação são as asso-ciações, organizações não governamen-tais, que tratam dos mais variados temas e questões sociais e ambientais.

b) Hoje a internet é um excelente instrumen-to para se conhecer essas organizações. Especialmente os jovens “navegam” mui-to, e podem, se orientados, ter acesso às informações, conhecer projetos e até se envolver em suas atividades.

c) A própria criação de páginas na internet e a alimentação com informações e notícias nesses espaços virtuais pode se tornar uma grande ação para contribuir na construção de uma socie-dade mais justa e solidária.

d) Podemos também lembrar a participação política. Estamos num ano importante, ano de eleições. Não basta escolher bem o seu candidato. É preciso conversar com os outros sobre o assunto.

e) Uma forma concreta é a participação nos comitês contra a cor-rupção eleitoral – Lei 9840. A Igreja Católica e outras organiza-ções sociais mobilizam esses comitês nos períodos eleitorais, inclusive divulgando na internet. Através desses comitês da Lei 9840 é possível denunciar atos de corrupção dos candidatos e partidos políticos, inclusive levando à cassação de candida-

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turas. Essa lei é um grande instrumento à nossa disposição, mas, sem a mobilização, ela não se aplica sozinha.

f) O 11º Encontro deste livreto fala da Economia Solidária. Vere-mos aí a possibilidade de haver produção, comercialização de bens e serviços já praticada por pessoas e grupos, demons-trando que é possível viabilizar os bens necessários à vida de forma sustentável e equilibrada, sem exploração das pessoas e destruição da natureza.

A: Como podemos pôr em prática as indicações acima? Existem algumas ações que já realizamos na comunidade e que podem ser reforçadas?

(Tempo para refletir e discutir como pôr em prática algumas ações.)

Oração e bênção

A: O Deus do povo trabalhador, sê nossa força e nossa união, agora e para sempre.

Lado A: Ajuda-nos a crescer cada vez mais neste caminho.

Lado B: Fortalece tudo o que ajuda a construir teu Reino entre nós! Confirma, Senhor, o trabalho de nossas mãos. Por Cristo, nosso Senhor.

T: Amém!A: Abençoa, Senhor, nosso trabalho, nossa união e nossa solidarie-

dade!

T: Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!A: Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

T: Para sempre seja louvado.Canto: Pão em todas as mesas

1. A mesa tão grande e vazia de amor e de paz, de paz! Aonde há luxo de alguns, alegria não há jamais! A mesa da Eucaristia

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nos quer ensinar, á, á, que a ordem de Deus, nosso Pai, é o pão partilhar.

/: Pão em todas as mesas, da Páscoa a nova certeza: a festa haverá e o povo a cantar, aleluia! :/

2. As forças da morte: a injustiça e a ganância de ter – de ter. Agindo naqueles que impedem o pobre a viver – viver. Sem terra, trabalho e comida, a vida não há – não há. Quem deixa assim e não age, a festa não vai celebrar.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

FUNDO ARQUIDIOCESANO de SOLIDARIEDADE (FAS)

É um fundo solidário permanente, composto pelos recur-sos da coleta da solidariedade motivada pela Campanha da Fraternidade, realizada no Domingo de Ramos. O FAS visa a apoiar projetos sociais e de geração de trabalho e renda, apresentados pelas ações sociais paroquiais, grupos e pasto-rais da Arquidiocese de Florianópolis. Faça você também um gesto concreto, além de sua contribuição no tempo da Coleta da Solidariedade. Converse com seus amigos e vizinhos, elabore um projeto voltado para a temática da Campanha da Fraternidade Ecumênica e encaminhe para o Fundo Arquidio-cesano de Solidariedade. Para conhecer os critérios para a aprovação dos projetos, fale com o Fernando na Ação Social Arquidiocesana (ASA). Fone: 48 3224 8776.

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10º Encontro

VOCAÇÃO CRISTÃ

“Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu quem vos escolhi” (Jo, 15,16)

Ambiente: Casinha, Bíblia, vela, fotografia ou es-tampa de padres celebrando a Eucaristia, pão, fotos dos padres que trabalharam na comuni-dade, imagem ou estampa de São João Maria Vianney.

Acolhida: Pelos donos da casa ou coordenador(a) do grupo.

Animador(a): Sejam todos e todas bem-vindos. Vamos iniciar o nosso encontro, partilhando a experiência do nosso compromisso que assumimos na semana passada.

(Tempo para conversar.)

Motivação e oração inicial

A: Hoje vamos refletir sobre um dos temas mais importantes do Tempo Pascal: a Vocação Cristã. Na noite da Vigília da Páscoa, todos nós renovamos as nossas Promessas Batismais. O Batismo é a fonte de todas as vocações. Iniciemos o nosso encontro com o sinal da nossa fé.

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

A: Rezemos, em dois lados, pedindo ao Senhor da Messe que envie mais operários para a sua Messe:

Lado A: Jesus, Mestre divino, que chamastes os Apóstolos a vos se-guirem, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens.

Lado B: Dai coragem às pessoas convidadas. Dai força para que vos sejam fiéis, como apóstolos leigos, como seminaristas, diáconos, padres e bispos, como religiosos e religiosas, como

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missionários e missionárias, para o bem do povo de Deus e de toda a humanidade.

T: Amém.A: Enviai, Senhor, operários para a vossa messe.

T: Porque a messe é grande e os operários são poucos.Canto: Um dia escutei teu chamado

1. Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no cora-ção. Deixei deste mundo as promessas e fui bem depressa no rumo da tua mão.

/: Tu és a razão da jornada, tu és minha estrada, meu guia, meu fim. No grito que vem do teu povo Te escuto de novo, chamando por mim. :/

Refletindo o tema

A: Desde o mês de junho de 2009, estamos vivendo e celebrando o Ano Sacerdotal, com muitas referências ao Sacerdócio Ministerial, uma das vocações cristãs mais sublimes, nascida da fonte de todas as vocações, que é o batismo.

Leitor(a) 1: O objetivo deste ano Sacerdotal é fortalecer a vida espiritual de cada sacerdote e redescobrir a consciência do extraordinário dom da graça que o ministério sacerdotal representa para quem o recebeu, para a Igreja e para o mundo.

L 2: O padre é homem do povo para Deus e homem de Deus para o povo. Deus ama e salva seu povo, servindo-se especialmente do ministério sacerdotal.

T: “Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei para dardes frutos” (Jo 15,16).

L 3: Jesus é o bom Pastor que deu sua vida pelas ovelhas. O padre, a exemplo de Cristo, é o pastor das ovelhas que lhe foram con-fiadas pela Igreja. A ele cabe organizar a vida da paróquia ou da comunidade a que serve.

Canto: /: Sou bom Pastor, ovelhas guardarei. Não tenho outro ofí-cio, nem terei. Quantas vidas Eu tiver, Eu lhes darei. :/

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A: Segundo o Concílio Vaticano II, a Igreja é toda ministerial. Existe o Ministério do Papa, dos Bispos, dos Padres, dos Diáconos, dos Religiosos e Religiosas e dos Leigos e Leigas.

L 4: O padre é chamado por Deus para exercer o sacerdócio ministe-rial. Mas todos nós, como batizados e batizadas, somos chamados por Deus para o exercício do Sacerdócio comum dos fiéis, que nos é conferido pelo batismo.

L1: Uma das funções mais importantes do Ministério do Sacerdote é despertar e coordenar os ministérios eclesiais entre o povo, como catequistas, liturgistas, coordenadores(as) de pastorais, movimentos e serviços da Igreja.

A: O ministério sacerdotal e os ministérios leigos não se opõem entre si, mas se completam. Toda a missão do padre é profundamente au-xiliada pela participação de todos os ministros e ministras leigos.

Canto: Pelo Batismo recebi uma missão

1) Pelo Batismo recebi uma missão. Vou trabalhar pelo reino do Se-nhor. Vou anunciar o Evangelho para os povos, vou ser Profeta, Sacerdote, Rei, Pastor. Vou anunciar a Boa Nova de Jesus; como Profeta recebi esta missão. Onde eu for, serei fermento, sal e luz, levando a todos a mensagem de Cristão.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Vamos aclamar, com alegria, a Palavra de Deus, que agora será proclamada, cantando:

Canto: Fala, Senhor! Fala, Senhor, Palavra de Fraternidade! Fala, Senhor! Fala, Senhor. És luz da humanidade.

Leitor da Palavra: Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo, segun-do João, capítulo 15, versículos de 13 a 17 (Jo 15,13-17).

(Pausa para interiorização da Palavra.)

A: Leiamos, em voz alta, uma frase que mais nos chamou a atenção, e em seguida vamos meditar sobre o que diz o texto todo. Quem é realmente amigo de Jesus?

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1) Qual é a maior prova de amor que um ser humano pode dar?

2) Qual é a diferença entre servos e amigos de Cristo?3) Qual é a nossa responsabilidade para com os sacerdotes, que

foram escolhidos por Cristo para garantir a sua presença real entre nós?

(Tempo para conversar.)

Canto: Há um barco esquecido.

1. Há um barco esquecido na praia, já não leva ninguém a pes-car. É o barco de André e de Pedro, que partiram pra não mais voltar. Quantas vezes partiram seguros, enfrentando os perigos do mar! Era chuva, era noite, era escuro, mas os dois precisavam pescar!

/: De repente aparece Jesus, pouco a pouco se acende uma luz. É preciso pescar diferente, que o povo já sente que o tempo chegou. E partiram sem mesmo pensar nos perigos de profetizar. Há um barco esquecido na praia! Há um barco esquecido na praia! Há um barco esquecido na praia! :/

Aprofundando a Palavra

A: Jesus não nos chama servos, mas amigos. Somos amigos e amigas de Jesus, porque Ele pessoalmente nos escolheu para sermos seus missionários e continuadores de sua obra de salva-ção da humanidade.

L 2: Todos nós somos missionários e missionárias de Jesus, quando semeamos o seu amor no mundo e não o guardamos para nós.

T: “Fui eu que vos escolhi e vos designei para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16).

L 3: Mas algumas pessoas são chamadas para a missão especial de fazer acontecer a presença e atuação de Deus no meio da huma-nidade pelo anúncio da Palavra, pelo Perdão e pela Eucaristia. Essas pessoas especiais são os sacerdotes.

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L 4: Jesus chama os sacerdotes de amigos, porque lhes revela toda a mensagem de amor e salvação do Pai. O padre não é apenas um representante de Cristo, mas uma pessoa que desfruta da intimidade de Deus.

T: “Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai” (Jo 15,15).

L 1: Um dos objetivos do Ano Sacerdotal é fazer-nos valorizar o dom desta graça que o ministério sacerdotal representa para o mundo.

T: “Dar-vos-ei Pastores segundo o meu coração” (Jr 3,15).Canto: Como são belos

1. Como são belos os pés do mensageiro que anuncia a paz! Como são belos os pés do mensageiro que anuncia o Senhor!

/: Ele vive, Ele reina, Ele é Deus e Senhor. :/

Compromisso

A: Como cristãos e cristãs, pensemos o que cada um de nós pode fazer pelas vocações sacerdotais, diaconais, religiosas e leigas. Algumas sugestões:

– Oferecer-nos para participar da Pastoral Vocacional da nossa Paróquia.

– Apoiar a Pastoral de Coroinhas, a Infância Missionária, Grupos de Perseverança, Gru-pos de Adolescentes e Grupos de Jovens da Paróquia, ajudando a despertar neles a vocação à qual cada um é chamado por Deus.

– Fazer orações pessoais e comunitárias pela santificação dos sacerdotes e pelo surgimento de mais vocações sacerdotais, diaconais, religiosas e leigas.

– Conversar com os filhos, a família e pessoas da comunidade sobre a questão das vocações, especialmente a vocação para a vida sacerdotal.

– Procurar ler a carta de Dom Murilo às Famílias, que está no livreto dos Grupos Bíblicos em Família, do Tempo de Advento/Natal 2009.

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Oração e bênção

A: Ao terminar este encontro do Grupo Bíblico em Família, vamos dar-nos as mãos para rezarmos, como irmãos e irmãs, pelos nossos sacerdotes e todos os ministros e ministras da Igreja e pelas vocações cristãs, especialmente a vocação sacerdotal.

T: Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...A: O Senhor nos abençoe e nos guarde,

T: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amém.Canto: Maria do Sim

/: Maria do sim, ensina-me a viver meu sim. Oh, roga por mim, que eu seja fiel até o fim. :/

1. Um dia Maria deu o seu sim: mudou-se a face da terra, porque pelo Sim nasceu o Senhor, e veio morar entre nós o amor.

Atenção: É bom que nos preparemos para o próximo encontro, lendo o tema e o texto bíblico.É importante levar a Bíblia em todos os encontros.

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11º Encontro

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Ambiente: Bíblia, casinha, fotos de pessoas trabalhan-do, moedas, instrumentos de trabalho.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, sejam todos bem-vindos a este encontro. De maneira

especial, vamos acolher o irmão e a irmã que está ao nosso lado e dizer: Que bom que você veio!

(Momento para o acolhimento.)

A: Após nos acolhermos, saudamos com entusiasmo a Trindade Santa em nosso meio com o sinal da cruz:

Todos(as): Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.A: No Evangelho, Jesus pede ao Pai que todos sejam um. Em unida-

de com todas as Igrejas cristãs e todas as pessoas que colaboram no anúncio do Reino de Deus, lutando por uma sociedade mais justa e solidária, rezemos o Pai Nosso ecumênico.

T: Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o teu nome, venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores. Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal. Pois teu é o Reino, o poder e a glória para sempre. Amém!

A: Vamos partilhar os compromissos assumidos no encontro passado.

(Tempo para partilha.)

A: A Campanha da Fraternidade deste ano buscou refletir sobre di-versas formas de nos relacionarmos com o dinheiro, o consumo, a produção e o meio ambiente. Neste encontro vamos refletir

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sobre uma forma alternativa de produzir e consumir, que está se organizando em nossa sociedade, que é a Economia Solidária.

Canto: Somos gente da esperança

1. Somos gente da esperança, que caminha rumo ao Pai. Somos povo da Aliança, que já sabe aonde vai.

/: De mãos dadas, a caminho, porque juntos somos mais, pra cantar um novo hino de unidade, amor e paz. :/

Refletindo o tema

A: É certo dizer que estamos passando por um momento de crise. Se observarmos a forma como acontecem as relações entre as pessoas, nas famílias, no trabalho, nas escolas e na Igreja, perce-beremos que estamos vivendo uma crise de relacionamentos.

T: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).Leitor 1: Os avanços científicos e tecnológicos que estamos acompa-

nhando nem sempre são voltados para a melhoria das condições de vida da população.

L 2: Afinal, quem de fato é favorecido com o avanço da tecnologia e com a cultura do consumismo?

L 3: De maneira geral, uma boa parcela da população se favorece de alguma forma, mas as grandes empresas econômicas, que atuam na lógica do sistema capitalista, são as maiores favorecidas.

T: “Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6,24).L 1: Na busca de encontrar respostas às necessidades humanas,

prevaleceu um sistema contraditório, que cria situações conflitivas desnecessárias e que mantêm milhões de pessoas na miséria, fruto da concentração de renda.

L 2: O sistema financeiro que vivemos, o capitalismo, é baseado na acumulação desenfreada.

L 3: Trata-se, muitas vezes, do consumo sem sentido, caminhada sem horizonte, relações sem fundamento, desperdício sem consciên-cia, do trabalho para mera sobrevivência.

T: Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro (Mt 6,24).

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L 1: Uma alternativa à lógica do sistema capitalista é a Economia Solidária, que se baseia no trabalho coletivo e na solidariedade entre as pessoas e com os outros seres do planeta. Precisamos construir um sistema que valorize o ser humano e o meio am-biente.

L 2: A Economia Solidária é um novo jeito de produzir, comercializar, trocar e consumir aquilo que é preciso para viver.

L 3: São associações, cooperativas, grupos e empresas que produzem e comercializam coletivamente, onde os resultados financeiros são distribuídos de maneira igualitária.

T: A Economia Solidária é um novo jeito de promover a vida.

L 1: Economia Solidária é uma prática baseada em valores de coo-peração, solidariedade, democracia e respeito à natureza.

L 2: Ela promove a dignidade e a valorização do trabalho, tendo em vista o desenvolvimento solidário e sustentável.

L 3: A Ação Social Arquidiocesana (ASA) apoia diversos grupos de economia solidária: são grupos que surgem nas comunida-des, em busca de uma vida melhor, gerando trabalho, renda e solidariedade.

T: A Economia Solidária é um novo jeito de promover a vida.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: O texto bíblico que vamos ouvir é bastante conhecido. Serve para contextos diferen-tes, pois é o modelo da nossa identidade enquanto cristãos.

Canto: /: Pela palavra de Deus saberemos por onde andar. Ela é luz e verdade, precisamos acreditar. :/

Leitor(a) da Palavra: Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 42 a 47 (At 2,42-47).

(Silêncio para interiorização da Palavra.)

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A: Vamos refletir sobre o texto:– Que modelo de comunidade o texto nos apresenta? O que

caracteriza as primeiras comunidades?– O que diferencia o retrato das primeiras comunidades do mo-

delo de sociedade em que vivemos?– Qual a semelhança que existe entre as primeiras comunidades

e os grupos de Economia Solidária?(Tempo para conversar.)

Aprofundando a Palavra

A: O retrato das primeiras comunidades apresenta o dom da partilha. Tudo o que tinham era repartido.

T: “Partiam o pão pelas casas e tomavam a refeição com alegria e simplicidade de coração” (At 2-46).

L 1: Os primeiros cristãos viviam felizes, e não havia necessidade entre eles. Tudo o que tinham era repartido conforme a necessidade de cada um.

T: “Todos os que abraçavam a fé viviam unidos e possuíam tudo em comum” (At 2-44).

L 2: Neste sentido, a Economia Solidária propõe uma nova forma de viver a vida, em que o ser é mais importante do que o ter, pois é voltada para a vida.

T: A Economia Solidária é um novo jeito de promover a vida.

L 3: Os grupos de Economia Solidária existentes na Arquidiocese buscam viver a vida de forma diferente, a exemplo das primeiras comunidades.

A: Um exemplo é a Empresa Conservas Will, que, após ser criada e apoiada pela Ação Social Arquidiocesana, conseguiu manter onze famílias da comunidade de Ribeirão Veado, no interior de Nova Trento.

Canto: /: Os cristãos tinham tudo em comum, dividiam seus bens com alegria, Deus espera que os dons de cada um se repar-tam com amor no dia a dia. :/

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Assumindo compromisso

A: A partir do que ouvimos e conversamos, quais os compromissos que poderemos assumir, enquanto grupo e comunidade? De que forma podemos apoiar e promover a Economia Solidária?

(Momento para debate e partilha das ações propostas.)

A: Além dessas ações, podemos aprofundar esta temática com as seguintes sugestões:1. No CPP e no CPC, discutir a possibilidade de promover pales-

tras sobre Economia Solidária na paróquia ou na comunidade, com demonstração de exemplos práticos;

2. buscar conhecer grupos de Economia Solidária, perceber as formas de organização e administração, os produtos que são oferecidos e, também, suas dificuldades;

3. entrar no site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e buscar maiores informações (www.fbes.org.br);

4. participar de feiras, seminários e conferências sobre Economia Solidária;

5. procurar consumir os produtos da Economia Solidária, contri-buindo para o fortalecimento de uma economia voltada para a vida.

Oração e bênção

A: Neste período pascal, da ressurreição de Jesus, a Igreja também celebra a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos. Essa semana se celebra na Igreja Católica e nas Igrejas Cristãs, que professam a mesma fé em Jesus Cristo. O lema que motiva a Semana de Oração deste ano é: “Vós sois as testemunhas disso” (Lc 24,48), com base na Ressurreição de Jesus. Em comunhão com as Igrejas Cristãs, rezemos, em dois lados, a oração pela unidade dos cristãos.

T: Ó Cristo ressuscitado, no caminho de Emaús foste compa-nheiro dos discípulos.

Lado A: Fica ao nosso lado na jornada da fé, nos caminhos da vida e em todos os encontros. Promove em nós a compaixão, para que possamos acolher outros e ouvir suas histórias. Renova o nosso desejo de proclamar tua Palavra.

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Lado B: Que ela nos ilumine, e que tenhamos corações ardentes ao dar testemunho dela. Que o teu Santo Espírito nos ensine a arte de explicar as Escrituras, e abra nossos olhos para te reconhecer.

T: Dá-nos a coragem de nos tornar vulneráveis, para que nossos irmãos e irmãs possam conhecer-te através de nós, e nós possamos conhecer-te através deles. Amém.

A: Que o Deus da paz nos faça capazes de cumprir sua vontade, fazendo tudo o que é bom, agora e para sempre.

T: Amém.A: Abençoe-nos o Deus todo-poderoso, o Pai e o Filho e o Espírito

Santo.

T: Amém.Canto: Quando o Espírito de Deus soprou

1. Quando o Espírito de Deus soprou, o mundo inteiro se iluminou. A esperança na terra brotou, e o povo novo deu-se as mãos e caminhou. /: Lutar e crer, vencer a dor, louvar o Criador. Justiça e paz hão de reinar, e viva o amor. :/

2. Quando Jesus a terra visitou, a Boa Nova da justiça anunciou: o cego viu, o surdo escutou e os oprimidos das correntes libertou.

3. Nosso poder está na união. O mundo novo vem de Deus e dos irmãos. Vamos lutando contra a divisão e preparando a festa da libertação!

Grupos de Economia Solidária*Nome do Empreendimento Localidade O que produzAPIMAGE Pinheiral/Major Gercino MelConservas Will Ribeirão Veado/Nova Trento Conservas e docesCriando e Costurando Tapera/Florianópolis Artesanatos e jogos de

lençóisEstampa Livre Trindade/Florianópolis Confecção e estampariaFio Nobre – Justa Trama Cordeiros/Itajaí Linhas e roupas em geralHorta Comunitária São Vicente/Itajaí Hortaliças* Além desses, existem outros grupos de economia solidária na Arquidiocese de Florianópolis, que não foram citados. Maiores informações podem ser obtidas com o Fernando, na ASA, Fone: (48) 3224-8776 ou [email protected]

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12º Encontro

AÇÃO DO ESPÍRITO SANTO NA IGREJA E NO MUNDO

“Encheram-se todos do Espírito Santo” (At 2,4a).

Ambiente: Bíblia, vela, cartaz com os sete dons do Espí-rito Santo, símbolos ou cartazes que representem a realidade do grupo ou da comunidade.

Acolhida: Pelas pessoas da casa.

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, na alegria de Deus que nos reúne, que-remos refletir e celebrar o Pentecostes, fato que marca o início do Cristianismo. Mas, antes, vamos partilhar como vivenciamos nesta semana o compromisso do encontro passado.

(Tempo para partilhar.)

A: Numa atitude confiante e de abertura à ação de Deus, tracemos sobre nós o sinal da nossa fé, em nome de Deus Trindade que nos irmana.

Todos(as): Em nome do Pai... (pode ser cantado).

A: Pensemos um momento no fato de Deus nos ter criado e nos ter confiado dons e talentos. Como estamos colocando esses dons a serviço dos outros e da comunidade, para que o mundo tenha o rosto de Deus?

(Momento de silêncio.)

A: Hoje vamos fazer o nosso encontro através da Leitura Orante. Rezemos, pedindo ao Espírito Santo que nos conduza e ilumine.

T: Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fíéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o vosso Espírito, e tudo será criado, e renovareis a face da terra.

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A: Reflitamos um instante: Olhando para a Igreja e o mundo de hoje, o que é preciso ser recriado e transformado neles? Qual é a lin-guagem que precisamos falar e viver, como cristãos e cristãs?

(Refletir em silêncio.)

A: Confiantes na ação do Espírito Santo, que nos acompanha no dia a dia, seguiremos nossa missão, na certeza de que Jesus cumprirá o que prometeu aos apóstolos e aos que o seguem.

T: “O Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensi-nará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse” (Jo 14,26).

Canto: Vem, Espírito Santo de amor

/: Vem, vem, vem, vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor! :/

1. Presente no início do mundo, presente na criação, do nada geraste a vida. Que a vida não sofra no irmão.

2. Presença na Igreja nascente, os povos consegues reunir. Na mesma linguagem se entendem, o amor faz a Igreja surgir.

A: O texto que escolhemos para iluminar nossa reflexão é de Atos dos Apóstolos, que narra o Pentecostes cristão.

Leitor(a) 1: O texto bíblico conta que eles estavam numa casa, na mesma sala onde Jesus tinha lavado os pés dos seus seguidores e seguidoras e instituído a Eucaristia.

T: “...quando chegou o dia de Pentecostes, todos estavam reu-nidos em Jerusalém” (At 2,1).

A: Pentecostes era, na época, uma das principais festas dos Judeus. Era também conhecida como a festa das Semanas, ou seja, as sete semanas depois da Páscoa, o quinquagésimo dia, em grego chamado de Pentecostes.

L 2: Hoje, Pentecostes significa para nós, cristãos, a vinda do Espírito Santo, que marca o início da Igreja cristã.

L 3: O evangelista Lucas menciona que a manifestação de Deus, o envio do Espírito Santo se revelou através de dois símbolos: vento forte, que encheu toda a casa, e línguas como de fogo.

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L 4: Vento, na língua grega, é a mesma palavra que Espírito: age e sopra onde quer, mas não se vê.

L 1: As línguas de fogo significam que o dom do Espírito Santo é para a proclamação do Evangelho, através de palavras, atitudes e ações concretas. O fogo aquece, arde, ilumina e transforma.

T: É isto que nossos dons colocados a serviço devem fazer!Canto: Estamos aqui reunidos

/: Nós estamos aqui reunidos, como estavam em Jeru-salém, pois só quando vivemos unidos é que o Espírito Santo nos vem. :/

1. Ninguém pára esse vento passando; ninguém vê e ele sopra onde quer. Força igual tem o Espírito, quando faz a Igreja de Cristo crescer.

2. Sua imagem são línguas ardentes, pois o amor é comunica-ção. E é preciso que todas as gentes saibam quanto felizes serão.

A Palavra de Deus nos ilumina

A: Com alegria e prontidão, vamos ouvir a Palavra de Deus. Aclamemos, cantando:

Canto: A nós descei, divina luz. A nós descei, divina luz. Em nossas vidas acendei o amor, o amor de Jesus.

Leitor(a) da Palavra: Proclamação dos Atos dos Apóstolos, capítulo 2, versículos de 1 a 13 (2,1-13).

(Um breve silêncio, para interiorizar a Palavra.)

Refletindo o texto bíblico

A: Vamos recontar o fato que acabamos de ouvir, como aconteceu naquele dia.

(O animador(a) começa a recontar o que foi lido e, espontaneamente, o grupo dá continuidade; ainda não é o momento de atualizá-lo para o hoje.)

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A: Vamos conversar:– Quem são as pessoas (personagens) presentes na narrativa

do Pentecostes?– Quando e onde aconteceu o episódio?– Quem recebeu o Espírito Santo?– De que forma o Espírito Santo se manifestou aos discípulos e

depois para a multidão?– Quais eram as pessoas que formavam a multidão?– Qual foi a reação das pessoas, ao entenderem o que o grupo

de Jesus lhes anunciava?A: Quando as pessoas compreendem e praticam os valores do

Evangelho, todos se entendem.

(Tempo para conversa.)

Canto: Dá-nos, Senhor, esses dons, essa luz, e nós veremos que Pão é Jesus!

Aprofundando e atualizando a Palavra

A: Nuns instantes de silêncio, procuremos refletir o que, com este texto bíblico, Deus quer dizer para nós hoje, para nossa realidade atual de Igreja e de mundo.– De que formas e onde o Espírito Santo se manifesta hoje?– Qual é a “linguagem” que todos precisamos assumir e viver

atualmente?– O que Deus espera de nós, a partir dos dons que nos confia,

tendo presente o tema da Campanha da Fraternidade Ecumê-nica: Economia e Vida?

(Refletir em silêncio.)

Oração

A: A partir de como Deus nos ilumina e provoca através do texto bí-blico e da realidade atual, expressemos espontaneamente nossa oração. Cada um e cada uma expresse aquilo que sente vontade de dizer agora para Deus; pode ser louvor, prece ou pedido de perdão, ou mesmo o refrão de um canto.

(Momento para os participantes expressarem sua oração.)

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A: Rezemos a oração da unidade, pedindo a Deus que o seu Espírito nos una, para sermos a Igreja e o mundo da irmandade universal.

T: Pai nosso...

Compromisso

A: A linguagem do Evangelho é o amor, e este se traduz em atitudes, viven-ciando a Palavra, como: irmandade, respeito, perdão, solidariedade, acolhida, diálogo... Paremos mais um instante e pensemos o que Deus, neste encontro, através de sua Pala-vra, refletida e rezada, provocou em nossa vida.

(Silêncio.)

A: O que vamos assumir como compromisso, para colocarmos em prática a partir deste encontro?

(Tempo para conversar e assumir compromisso.)

Bênção

A: Que a bênção de Deus Uno e Trino nos acompanhe, nos ilumine e fortaleça na vivência cristã.

T: Em nome do Pai...Canto: Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar!

/: Vem, Espírito Santo, vem, vem iluminar! :/1. Os nossos dons são muitos, e um só Senhor. Os serviços diver-

sos, e um só Senhor. Nossas ações variam, e um só Senhor. Criados pelo Espírito, e um só Senhor.

2. Louvemos nosso Deus Pai criador! Cantemos a seu Filho liber-tador. Unidos pelo Espírito consolador. Vivamos todos juntos no seu Amor!

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13º Encontro

SANTÍSSIMA TRINDADE: MODELO DA IGREJA

“Como no céu, assim também na terra” (Mt 6,10).

Ambiente: Bíblia, casinha, cruz, três velas acesas, simbolizando Deus-Trindade...

Acolhida: Pelos animadores e animadoras

Motivação e oração inicial

Animador(a): Irmãos e irmãs, no final do Tempo Pascal e no início do Tempo Comum celebramos a solenidade da Santíssima Trinda-de. É a festa de nosso Deus: três pessoas que se amam tanto que é um só movimento de vida e amor, um jorrar de felicidade e alegria comum.

Leitor(a) 1: Em comunidade, como amigos e amigas que se querem bem, celebramos a Santíssima Trindade, modelo da verdadeira comunidade, modelo de vida em plenitude.

A: Olhando para a cruz, sinal do grande amor de Deus-Trindade por todos nós e por toda a sua criação, façamos o sinal da cruz.

Canto: Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo...

A: A Santíssima Trindade é a origem, o caminho e a meta da Igreja. A Igreja vem de Deus-Trindade, vive em Deus-Trindade e vai para Deus-Trindade. Como a Santíssima Trindade, a Igreja é comunhão e é missão. A Trindade no céu, a Igreja na terra.

Todos(as): Assim na terra como no céu: a Igreja é na terra um espelho da comunhão e da missão da Trindade.

A: Como oração inicial vamos recitar a prece do bem-aventurado Tiago Alberione, grande incentivador do uso dos meios de comu-nicação na evangelização moderna:

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T: Trindade Santíssima, Pai, Filho e Espírito Santo, presente e atuante na Igreja e na profundidade do meu ser, eu Te adoro, Te agradeço, Te amo!

Lado A: Pai celeste, a Ti me ofereço, me entrego e me consagro como filho(a).

Lado B: Jesus Mestre, a Ti me ofereço, me entrego e me consagro como irmão(ã) e discípulo(a).

Lado A: Divino Espírito Santo, a Ti me ofereço, me entrego e me con-sagro como templo vivo para ser santificado.

Lado B: Maria, Mãe da Igreja e minha mãe, Tu estás em íntima união com a Santíssima Trindade,

T: ensina-me a viver em comunhão com as Três Pessoas Divi-nas, a fim de que toda a minha vida seja um canto de glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Amém.

Canto: Ó Trindade, nós louvamos

/: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vossa comunhão! Que esta mesa favoreça, favoreça nossa co-municação! :/

1. Contra toda tentação da ganância e do poder, nossas bocas gritem juntas a palavra do viver!

2. Na montanha, com Jesus, no encontro com o Pai, recebemos a mensagem: “Ide ao mundo e o transformai!”

Refletindo o tema

A: O apóstolo São Paulo, a maior testemunha da vida das primeiras comunidades e grande incentivador da fé em Deus-Trindade, insiste em lembrar que as pessoas divinas estão presentes e atuantes em tudo.

L 2: Ele saúda os destinatários de suas cartas com uma fórmula tri-nitária, já utilizada naquele tempo nas celebrações:

T: “A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus e a comu-nhão do Espírito Santo estejam com todos vocês” (2Cor 13,13).

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L 3: Ele reconhece que a diversidade de carismas, de ministérios e de energias vem de Deus-Trindade (1Cor 12,4-6).

L 4: Ele nos ensina que o Reino de Deus é paz e alegria no Espírito Santo, serviço ao Filho e agrado ao Pai (Rm 14,17-18).

L 1: Ele também nos diz que cada qual de nós, e a comunidade como um todo, é templo da Trindade (Ef 2,20-22).

T: Em Cristo, nós somos edificados para sermos morada de Deus, no Espírito (cf. Ef 2,22).

Canto: /: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vos-sa comunhão! Que esta mesa favoreça, favoreça nossa comunicação! :/

A: Criados por um Deus-Amor, nós somos frutos do amor. Mas, por causa da nossa condição terrena e mortal e por causa das rupturas do pecado, a nossa semelhança com Deus fica obscurecida.

L 2: Ser humano e, mais ainda, ser cristão é espelhar na terra a nossa origem trinitária. Adaptando o ditado “tal pai, tal filho”, po-deríamos dizer: “tal Deus-Amor criador, tal ser humano-amor, tal humanidade-amor”.

T: “Nós reconhecemos o amor que Deus tem por nós e acredi-tamos nesse amor” (1Jo 4,16).

L 3: Assim como somos imagem e semelhança de Deus-Amor, a Igreja é a comunhão humana dos que vivem no amor.

T: Somente quem crê em Deus-Trindade compreenderá o sen-tido e a missão da Igreja.

Canto: /: Ó Trindade, vos louvamos, vos louvamos pela vos-sa comunhão! Que esta mesa favoreça, favoreça nossa comunicação! :/

A Palavra de Deus ilumina

A: Vamos ler um texto bíblico que nos ensina como a Santíssima Trindade atua em nossa vida de Igreja. Preparemo-nos para ouvir a Palavra de Deus, cantando:

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Canto: Fala, Senhor, fala, Senhor, palavras de fraternidade. Fala, Senhor, fala, Senhor, és luz da humanidade.

Leitor(a) da Palavra: Leitura da Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 12, versículos de 4 a 6 (Cor 12,4-11).

(Tempo para meditar a Palavra em silêncio.)

A: Vamos refletir:1. O que nos ensina esse texto da primeira carta de São Paulo

aos Coríntios?2. Onde aparecem aí as três pessoas divinas?3. Como podemos pôr em prática os ensinamentos do que lemos

e refletimos?(Tempo para partilhar.)

Canto: Agora é tempo de ser Igreja, caminhar juntos, participar.

Aprofundando a Palavra e o tema A: Paulo escreve para a comunidade de Coríntios que Deus é a base

sobre a qual a comunidade se constrói.T: “Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo, dife-

rentes serviços, mas o Senhor é o mesmo” (1Cor 12,4-5).L 4: Toda ação provém do Pai, todo serviço provém do Filho, e todos

os dons(carismas) provêm do Espírito santo.T: “Diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza

tudo em todos” (1Cor 12,6).L 1: Cada pessoa recebe um dom para colocar a serviço da comuni-

dade e a serviço de todos e todas no amor e na gratuidade. T: “Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a uti-

lidade de todos” (1Cor 12,7).L 2: Os carismas (dons) que recebemos de Deus devem promover

a unidade na diversidade de ministérios, pastorais e serviços na ação evangelizadora de nossa Igreja.

T: “Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme Ele quer” (1Cor 12,11).

A: O Concílio Vaticano II lembra que a Igreja é, na terra, imagem da Trindade. Sua origem, sua existência e sua meta encontram-se na comunhão trinitária.

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T: Que graça é a nossa de poder pertencer à Igreja, que é ima-gem terrena de Deus-Trindade!

L 3: Viver na Igreja é já viver em Deus-Trindade. Participar da missão evangelizadora e da ação pastoral da Igreja é colaborar com a vontade de Deus de salvar toda a humanidade.

L 4: A Igreja é, para seus membros e para toda a humanidade, um reflexo, um sinal da comunhão entre as três Pessoas divinas: Deus no céu, a Igreja na terra.

L 1: A Igreja não somente é reflexo da comunhão divina trinitária. Ela é também instrumento e sinal do Reino de Deus.

T: Que graça é a nossa de poder pertencer à Igreja, que é ima-gem terrena de Deus-Trindade!

L 2: A Igreja pertence a Deus. Ela é de Deus, e só em Deus-Trindade ela tem significado. Por isso, a Igreja nunca será verdadeiramente compreendida, se a analisarmos com os olhos deste mundo.

A: Ela não é uma organização qualquer, como um Estado, um parti-do político, uma associação sindical, um clube social, um grêmio esportivo.

Canto: Hino do GBF/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família. :/

1. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade./Pessoas diversas constroem comunhão./Partilham suas buscas, seus sonhos,/problemas, e tudo se torna fraterna oração.

CompromissoA: Que gestos concretos podemos assumir para nos comprometer

mais com a comunhão e a missão da Igreja? E o que fazer, para que nossa comunidade se torne mais semelhante à comunhão das três pessoas divinas? Algumas propostas:– Engajar-nos, na medida do possível, nos serviços pastorais de

nossa comunidade.– Estar sempre presente na comunidade, visitar e ouvir os do-

entes, estar atentos a outras necessidades.– Não nos fechar em grupos ou movimentos, com intrigas e

fofocas, que provocam divisões, desrespeito às lideranças. (Tempo para partilhar e ver que compromisso assumir.)

Oração e bênção A: Quando pedimos, na oração do Pai-Nosso, que a vontade de Deus

seja feita assim na terra como no céu, nós nos comprometemos a

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fazer a Igreja acontecer aqui e agora, como comunhão e missão, imagem terrena da Trindade celeste.

T: Pai Nosso... Ave Maria... Glória ao Pai...A: “A graça do Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus e a comunhão

do Espírito Santo estejam com todos vocês” (2Cor 13,13).

T: Abençoa-nos, Deus Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

Canto: Maria de Nazaré1. Maria de Nazaré, Maria me cativou, fez mais forte a minha fé

e por filho me adotou. Às vezes eu paro e fico a pensar e, sem perceber, me vejo a rezar, e meu coração se põe a cantar pra Virgem de Nazaré. Menina que Deus amou e escolheu pra mãe de Jesus, o Filho de Deus, Maria que o povo inteiro elegeu senhora e mãe do céu./: Ave Maria, ave Maria, ave Maria, mãe de Jesus! :/

SugestãoCaso o grupo termine antes os encontros do livreto Qua-resma e Páscoa, à espera do novo Livreto do Tempo Co-mum, propomos que aproveitem o momento para uma boa avaliação do livreto que terminou. Também é interessante lembrar, fazer memória dos encontros do livreto do Tempo Comum de 2009, até mesmo escolher alguns temas que chamaram mais atenção, para rezar e refletir em grupo, enquanto o novo livreto não chega, ou praticar os passos da Leitura Orante da Palavra de Deus.

CONCENTRAÇÃO ARQUIDIOCESANA DOS GBF

Estamos nos aproximando da Concentração Arquidiocesana dos GBF, que se realizará no dia 29 de agosto, com inicio as 8h00, no Ginásio de Esportes de Camboriú. Vejam o Anexo 1, a motivação para a nossa grande Concentração.

Informem-se e organizem as caravanas na paróquia e na comu-nidade, e venham celebrar conosco.

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Anexo 1

GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA: PRIORIDADE PASTORAL

A esco lha dos Grupos Bíblicos em Família (GBF) como prioridade da ação pastoral e evan-gelizadora da Arquidiocese tem um objeti vo claro:

fazer acontecer a Igreja nas casas, nas bases, no chão da vida; garantir a presença do Evangelho na vida do povo; favorecer ao povo católico a participação em um grupo de vivência da fé e do amor cris tão: ajudar a pessoa a fazer a experiência do encontro com Jesus Cristo; promover uma aproximação cada vez mais explícita entre a Igreja de hoje e a Igreja das primeiras comunidades cristãs.

Três características marcam os Grupos Bíblicos em Família: oração, reflexão e ação. Esse tripé deve centrar-se na reflexão da Palavra de Deus feita comunitariamente, em família. É pela re flexão da Palavra de Deus e da realidade social que se consegue fazer com que a oração não seja desligada da vida, mas com prometida e comprometedora com as causas e lutas do povo. É pela reflexão que se consegue fazer com que a ação não seja desligada da fé, mas fique bem enraizada no coração de Deus. E essa reflexão, que une a oração com a ação, é iluminada por um texto bíblico.

Pela gra ça do Espírito Santo, há em nossa Arquidiocese diversos grupos de evangelização. Nessa diversidade se revela a ri queza de dons e carismas que o Espírito Santo dá à Igreja. É sempre bom lembrar que o grande carisma do Espí rito Santo é a unidade, a caridade.

Em nossa Arquidiocese, a unidade pastoral e a caridade evangelizadora passam por essa grande prioridade de nossa ação: a formação e a articulação dos Grupos Bíblicos em Família. Por isso, acreditamos: quanto mais Grupos Bíblicos em Família houver em nossa Igreja arquidio cesana, mais estaremos sendo fiéis ao Espírito Santo! Quanto mais Grupos Bíblicos em Família houver entre nós, mais a Igre ja estará em nossas casas, mais pessoas estarão sendo atingidas e fortificadas pelo Espírito Santo!

Nada impede que os outros grupos de evangelização também entrem na unidade pastoral da Arquidiocese seguindo os roteiros dos Grupos Bíblicos em Família. Com isso, não perderão o seu carisma; ao contrário, o enriquecerão com sua inserção na caminhada da ação evangelizadora arquidiocesana.

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Para garantir que os Grupos Bíblicos em Família se fortaleçam como prioridade pastoral e continuem sendo espaço de vivên cia da fé e do amor, de reflexão, oração e compromisso com os irmãos e irmãs, conforme o projeto de Jesus é indispensável que os animadores e animadoras tenham formação adequada e permanente.

Daí a necessidade de prosseguirmos na realização de algumas tarefas fundamentais para garantir a sustentação desta caminhada de evangelização. De um lado, a elaboração de subsídios para formação dos animadores e ani-madoras e membros dos GBF, como os livretos-roteiros direcionados a cada Tempo Litúrgico; de outro, o livreto “Igreja nas Casas”, com orientações para animadores e animadoras, coordenadores e coordenadoras dos GBF.

Mas, só isso não basta para animar e fortalecer a caminhada. Por isso, continuamos seguindo o planejamento decidido e praticado desde 2007. Este ano é o momento forte de nos empenharmos na continuidade dos grupos existentes e na formação de novos Grupos Bíblicos em Família. Para dar visibilidade aos GBF, realizaremos uma grande Concentração Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família no dia 29 de agosto. Ali, serão apresentadas as experi ências de verdadeiras comuni dades de fé e vida, como sementes de um modo de ser Igreja, tornando-a cada vez mais santa e comunitária, missio nária e ministerial, servidora e dialogante, alegre e acolhedora, cria tiva e profética, mártir e pobre.

Essa Concentração Arquidiocesana tem a finalidade de concentrar o maior número de animadores e animadoras e membros dos grupos bíblicos em família (GBF) e das comunidades eclesiais de base (CEBs), catequistas e todas as lideranças das pastorais, movimentos, organismos e ministérios. Juntos, como igreja diocesana, celebraremos a caminhada dos Grupos Bí-blicos em Família, que desde muitas décadas têm se tornado células vivas da nossa igreja.

Durante este dia (29 de agosto) vamos meditar sobre o tema Igreja nas casas e o lema “Eis que estou à porta e bato (Ap 3,20)”. O tema insiste no desafio de fazer com que a Igreja de hoje volte às fontes dos tempos apos-tólicos e reflita a beleza e o vigor das primeiras comunidades cristãs, que se reuniam nas casas do povo. O lema é uma fonte inspiradora e iluminadora que nos lembra que a Palavra do Senhor quer entrar em nossas casas, em nossa vida, para nelas fazer sua morada.

Os Grupos Bíblicos em Família se apresentam como uma graça que o Espírito Santo nos concedeu para estarmos atentos aos desafios da sociedade atual e contribuir para que nossa Igreja arquidiocesana seja a casa habitada pela Palavra de Deus e que tem sua raiz sustentada no chão de nossas casas, na realidade de nossas comunidades.

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Anexo 2

HINO DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIALetra: Ir. Clea Fuck e Música: Pe. Ney Brasil

1. Igreja nas casas! Os grupos se encontram em torno da Bíblia, Palavra de Deus. Refletem, conversam, e rezam, e cantam, na prece entrelaçam a terra e os céus.

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/

2. Igreja nas casas! Assim foi no início, aí se encontravam os grupos cristãos. Por isso, o símbolo é hoje a casinha, a mística é o grupo de irmãs e irmãos.

3. Igreja nas casas! Modelo é a Trindade. Pessoas diversas constroem comunhão. Partilham suas buscas, seus sonhos, problemas, e tudo se torna fraterna oração.

4. Igreja nas casas! O centro é a Bíblia, resposta divina a humanas questões. Assim, a oração, reflexão da Palavra, motiva e orienta concretas ações.

5. Igreja nas casas! São células vivas da comunidade em torno a Jesus. Ninguém é cristão isolado, sozinho. Amor verdadeiro à unidade conduz.

6. Igreja nas casas! A arquidiocese nos chama e convida a evangelizar. Os grupos refletem o rosto da Igreja, que é graça presente em todo lugar.

/: É fé e vida na partilha. É Grupo Bíblico em Família :/

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Anexo 3

ORAÇÃO DOS GRUPOS BÍBLICOS EM FAMÍLIA

D. Murilo S. R. Krieger

Senhor Jesus, tu nos garantiste:

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20).

Por isso, acreditamos em tua presença, quando nos reunimos nos Grupos Bíblicos em Família.

Em nossos encontros, Senhor Jesus, somos iluminados por tua Palavra, fortalecidos pela oração comunitária e enriquecidos por tua graça.

Somos, também, confortados pela presença de irmãos e irmãs que, como nós, querem ser discípulos e missionários teus.

Porque queremos ser teus discípulos, ensina-nos a fazer a vontade do Pai; a estar atentos às necessidades dos que sofrem e a ser “ale-gres na esperança, fortes na tribulação e perseverantes na oração” (Rm 12,12).

Porque queremos ser teus missionários, dá-nos um coração generoso e entusiasta, um coração como o teu: incansável no anúncio de que Deus é amor.

Nossos encontros bíblicos nos preparem para o domingo, Dia do Senhor, quando somos convidados a nos reunir ao redor de teu Altar.

Ali te ofereces ao Pai por nós e nos alimentas com tua Palavra e com o Pão da vida; ali aprendemos que amar é assumir a cruz de cada dia.

Tua Mãe Maria, Nossa Senhora do Desterro, interceda por nossas famílias e nossos grupos, para que saibam imitar a Família de Nazaré.

Assim estaremos nos preparando para viver um dia com a Santíssima Trindade, numa alegria que não terá fim. Amém.

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Anexo 4

LEITURA ORANTE DA PALAVRA DE DEUS

A Leitura Orante é uma das formas de espiri-tualidade bíblica. Consiste num momento em que se reflete e se reza um texto bíblico.

Como fazer a Leitura Orante:Algumas dicas poderão ajudar-nos na vivência de uma autêntica

espiritualidade bíblica.1. Escolher o texto.2. Rezar ou cantar, pedindo a luz do Espírito

Santo.3. Ler e reler o texto.4. Contar o texto.5. Analisar o texto e situá-lo em seu contexto de origem. Como

Deus se revelou ao povo: personagens, lugar, quando e como Deus aparece no texto.

(Não trazer o texto para o hoje.)

6. O sentido do texto para nós: ligar a Bíblia e a vida. Atualizar o texto para hoje. O que Deus pede de nós.

(Em silêncio, abrir-se ao Espírito Santo e deixar que Ele nos fale.)

7. Rezar o texto: O que o texto nos leva a dizer para Deus.

8. Contemplar e comprometer-se: é olhar a reali-dade com os olhos de Deus. Senti-la com o coração de Deus e assumir um compromisso diante da nossa realidade.

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Equipe de elaboração e revisão do conteúdo

Adelir RauppCelso Loraschi

Diác. José Antônio SchweitzerDiác.Wilson Fábio de Castro

Elísio Marcelo FinatoFernando Anísio Batista

Fernando da Luz SantanaIr. Clea Fuck

Ir. Mari Luzia HammesJupira Silva da Costa

Marcio MuriloMaria Angelina da Silva

Maria Glória da Silva LuzPe. Vitor Galdino Feller

Roberto IunskovskiSilvia Togneri

Equipe de Editoração Digitação: Maria Glória da Silva Luz Revisão Redacional: Diác. José Antônio Schweitzer Revisão Teológica: Dom Vito Schlickmann Apresentação: Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger Revisão Final: Ir. Clea Fuck Editoração eletrônica e capa: Atta (José Valmeci de Souza)

Coordenação Arquidiocesana de Pastoral

Leda Cassol VendrúscoloPe. Vitor Galdino Feller

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Equipes de Articulação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família

Coordenação ArquidiocesanaMaria Glória da Silva Luz (48) 3224 4799/(48)9634-4667/(48)3033-1091Rua: Esteves Júnior, 447 – Centro. CEP: 88015-130 – Florianópolis – SC

E-mail: [email protected]

Equipes de Articulação ComarcalComarca de Santo Amaro

Diác. Osvaldo Prim – (48) 3245 9020 Diác. Bruno João e Anita Steffen Degering – (48) 3252 0164

Comarca de São JoséOsmarete Terezinha S. Barbosa – (48) 3247 8886

Maria Ida Gonçalves – (48) 3242 3697 / 48 9979 6758

Comarca da IlhaDiác. Pedro Carbonera – (48) 3333 7897

Volmar de Souza Netto – (48) 3733 4941/ (48) 9998 6800Roberto G. da Costa – (48) 3269 6707 (48) 9618 7962

Comarca do EstreitoMargarete Severino Pereira – (48) 8425.4674 (48) 3258 3802

Diác. Wilson Fábio de Castro – (48) 3034 7264

Comarca de BiguaçuMaria da Glória Agassi – (48) 3246 5945

Ir. Viola Feltrim – (48) 3243 5014Maria Helena Campos Siqueira – (48) 3243 4600

Comarca de TijucasPe. Revelino Seidler – (47) 3369 4062

Lucelaine Souza Loudetti – (48) 3265 0807

Comarca de ItajaíPe. Flávio Feller – (47) 3363 9796

Maria da Graça Vicente – (47) 3268 1954 Noêmia Mariana da Silva – (48) 3344 2561Glória Maria Dal Castel – (47) 3348 5726

Comarca de BrusqueAna Regina Stocker Petermann – (47) 3350 5679/(47) 9914 2782

Regina Martinenghi – (47) 3355 7819Elza Crepps Bosio – (47) 3355 2673

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AVALIAÇÃO

As Equipes de Redação e de Articulação dos Grupos Bíblicos em Família pedem que você colabore com o sucesso dessa Prioridade Pastoral de nossa Arquidiocese, respondendo ao seguinte questionário e enviando a resposta, até o dia 20 de julho de 2010, endereçado à Coordenação Arquidiocesana dos Grupos Bíblicos em Família ou E-mail: [email protected]

1) Quanto aos grupos:– Quantos grupos há na sua comunidade?

2) Quantas pessoas costumam participar das reuniões do seu grupo?

– Todas as pessoas colaboram com a leitura, reflexões e sugestões?

Sim ( ) Não ( ) Algumas ( ).– Existe a preocupação de convidar outras pessoas, principalmente

as que se encontram afastadas da Igreja? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

3) O conteúdo do livreto:

– Os assuntos tratados nos encontros são importantes para a Igreja, para a sua paróquia, para a sua comunidade?

Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– As ideias e compromissos propostos são assumidos pelos

grupos? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Ajudam a transformar a vida das pessoas e da comunidade? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).

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4) A linguagem do livreto:

– Dá para entender bem tudo o que está escrito? Tudo ( ) A maior parte ( ) Muito pouco ( ).– Se não dá para entender tudo, qual é a principal dificuldade?

5) Os cantos:

– Os cantos estão de acordo com os temas tratados? Sim ( ) Não ( ) Em parte ( ).– Os cantos são conhecidos pelo seu grupo? Todos ( ) A maioria ( ) Alguns ( ) Nenhum ( ).

6) Como é elaborado o planejamento dos Grupos Bíblicos em Família na sua Paróquia?

7) Avalie a caminhada dos Grupos Bíblicos em Família na sua comu-nidade e na sua paróquia:

– Três pontos positivos:

– O que e como poderia ser melhor: