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1 www.mcaconcursos.com Coesão e Coerência Textual Modos de Organização Discursivas Regras de Acentuação Pronomes Demonstrativos: Empregos, Coesão e Coerência. Anáfora, Dêixis e Catáfora. “O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.” (Winston Churchill) MCA concursos - PAIXÃO PELO SEU FUTURO! Enfermagem UniRio 2016 Português 1

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Coesão e Coerência Textual

Modos de Organização Discursivas

Regras de Acentuação

Pronomes Demonstrativos: Empregos, Coesão e Coerência.

Anáfora, Dêixis e Catáfora.

“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.” (Winston Churchill)

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I. COESÃO e COERÊNCIA TEXTUAL Certa vez, um jornal de grande circulação estampou a seguinte manchete:

“Professoras mandam carta a deputados protestando contra o aumento de seus salários”.

Da forma como foi redigida a manchete, o leitor poderia entendê-la de duas maneiras: as professoras, descontentes com o pequeno aumento que tiveram em seus salários, resolveram mandar uma carta aos deputados protestando contra tal fato ou, indignadas com o aumento salarial que os deputados tiveram, resolveram escrever para eles, protestando. Essa dupla interpretação decorre do emprego do pronome seus, que no caso pode tanto se referir a “professoras”

como a “deputados”. Um texto é uma unidade de sentido; por isso, os elementos que o compõem (palavras, orações, frases) devem estar harmonicamente relacionados. Quando há perfeita conexão entre esses elementos do texto, dizemos que ocorreu coesão. Na manchete do jornal, em que prevalece a função referencial – a informação - , o fato de um elemento poder estar associado a dois termos distintos rompe a harmonia do texto, não havendo, pois, coesão. A articulação do texto A estruturação de um período já foi, com muita propriedade, comparada à articulação de um esqueleto com seus vários ossos. Da mesma forma que de uma articulação de ossos resulta um braço, de duas ou mais orações num só período resulta uma articulação de pensamentos, lembra-nos o professor Mattoso Câmara. Como você já percebeu, um texto não se faz de um amontoado de palavras ou de orações. É necessário que os termos que formam uma oração e as orações que formam um período apresentem uma relação, uma dependência de significados, enfim, que haja uma articulação de pensamentos. Assim como um osso liga-se ao outro num esqueleto, as palavras, os termos da oração e as orações ligam-se para formar um texto. Essa ligação se dá pelo nexo estabelecido entre várias partes do texto, tornando-o coeso. A coesão é decorrente das relações de sentido que se operam entre elementos do texto. Muitas vezes a interpretação de um termo depende da interpretação de outro termo ao qual faz referência, ou seja, a significação de

uma palavra vai pressupor a de outra. Os conectivos: A coesão também é resultante da perfeita relação de sentido que deve haver entre as partes de um texto. Por isso, o uso adequado de conectivos (palavras que relacionam partes da oração ou orações de um período) é importante para que haja coesão textual. Observe a frase abaixo: Ex.: Embora saísse de casa com bastante antecedência, Luciana chegou atrasada à reunião que decidiria a compra do material, porque seu carro quebrou no caminho. Temos aí quatro orações formando um período composto por subordinação. Observe que há, entre os segmentos do texto (as orações que o formam), uma perfeita relação de sentido, dado pelo uso adequado dos conectivos. A conjunção embora introduz uma oração que encerra ideia de concessão; o pronome relativo que retoma o substantivo reunião da oração anterior; e finalmente a conjunção subordinativa porque introduz uma oração que exprime ideia de causa. Conectivos são elementos que relacionam partes do discurso estabelecendo entre elas relações de significado. Possuem valores próprios: usamos embora para exprimir concessão; porque para exprimir causa; mas para exprimir adversidade; se para exprimir condição, etc. Dessa forma, a troca de um conectivo por outro de valor diferente implicará a quebra de coesão.

Há conectivos distintos para estabelecer valores idênticos. Na frase acima, para estabelecer a relação de concessão, poderíamos substituir embora por, por exemplo, apesar de; para estabelecer a relação de causa, poderíamos substituir porque por, por exemplo, já que ou uma vez que. Veja: Apesar de sair de casa com bastante antecedência, Luciana chegou atrasada à reunião que decidiria a compra do material, já que (ou uma vez que) seu carro quebrou no caminho. A seleção vocabular: Na produção de texto, a seleção vocabular também é importante elemento de coesão, já que, muitas vezes, substituímos uma palavra que já empregamos por outra que lhe retoma o sentido. Observe: Ex.: Os advogados do réu apresentaram um pedido ao juiz, no entanto o magistrado não acatou a solicitação dos patronos do acusado. Nessa frase, as palavras magistrado, solicitação, patronos e acusado funcionam como elementos de coesão, pois retomam, respectivamente, os termos juiz, pedido, advogados e réu. Veja que a seleção vocabular utilizada na frase acima, além de dar coesão ao texto, tem função estilística, pois permite que não se repitam as mesmas palavras.

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Quando não há coesão

Não há coesão em um texto quando, por exemplo, empregam-se de modo inadequado conjunção e pronomes, deixando palavras ou frases desconectadas, quando a escolha vocabular é inadequada, quando há ambiguidade, regências incorretas, etc. Para perceber se falta coesão no texto que você produz, a melhor atitude é lê-lo atentamente, procurando estabelecer as relações entre as palavras que formam as orações, as orações que formam os períodos e, finalmente, entre os vários períodos que formam o texto.

COERÊNCIA TEXTUAL Produzimos textos porque pretendemos informar, divertir, explicar, convencer, discordar, ordenar, etc., ou seja, o texto é uma unidade de significado produzida sempre com uma determinada intenção. Assim como a frase não é uma simples sucessão de palavras, o texto também não é uma simples sucessão de frases, mas um todo organizado capaz de estabelecer contato com nossos interlocutores, influindo sobre eles. Quando isso ocorre, temos um texto em que há coerência. A coerência é resultante da não-contradição entre os diversos segmentos textuais que devem estar encadeados logicamente. Cada segmento textual é pressuposto do segmento seguinte, que por sua vez será pressuposto para o(s) que lhe suceder(em), formando assim uma cadeia em que todos eles estejam concatenados harmonicamente. Quando há quebra nessa concatenação, ou quando um segmento textual está em contradição com um anterior, perde-se a coerência textual. A coerência é também resultante da adequação do que se diz ao contexto extraverbal, ou seja, àquilo a que o texto faz referência, que precisa ser conhecido pelo receptor. Ao ler uma frase como “No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará, Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto que chegou a nevar”, percebemos que ela é incoerente em decorrência da incompatibilidade entre um conhecimento prévio que temos da realidade com o que se relata. Sabemos que, considerada uma realidade “normal”, em Fortaleza não neva (ainda mais no verão!)

Claro que, inserido numa narrativa ficcional fantástica, o exemplo acima poderia fazer sentido, dando coerência ao texto – nesse caso, o contexto seria a “anormalidade” e prevaleceria a coerência interna da narrativa. No caso de apresentar uma inadequação entre o que informa e a realidade “normal” pré-conhecida, para guardar a coerência o texto deve apresentar elementos lingüísticos instruindo o receptor acerca dessa anormalidade. Uma afirmação como “Foi um verdadeiro milagre! O menino caiu do décimo andar e não sofreu nenhum arranhão.” É coerente, na medida em que a frase inicial (“Foi um verdadeiro milagre!”) instrui o leitor para a anormalidade do fato narrado.

Coesão e coerência

A coesão textual é elemento facilitador para a compreensão do texto, mas é a coerência que lhe dá sentido. Podemos ter textos desprovidos de elementos de coesão, mas coerentes, bem como textos que apresentam mecanismos de coesão, mas que não são coerentes. Observe este exemplo: “Corrupção, criminalidade, violência, fome, guerras. O novo milênio começa mal” (Texto de abertura de um telejornal) O texto acima é estruturado a partir de enumerações, o que dispensa os elementos coesivos. No entanto, o sentido do texto deve-se à coerência global, que decorre da situação de comunicação (telejornal). Já em: O time não jogou bem, mas perdeu. temos a conjunção mas funcionando como importante elemento coesivo, estabelecendo um tipo de relação entre as duas orações. O texto, no entanto, é incoerente, pois não há relação de adversidade entre o fato de o time não ter jogado bem e ter perdido; pelo contrário, seria possível estabelecer uma relação de adição: o time não jogou bem e perdeu.

PRÁTICA 1.Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera sensivelmente o sentido do enunciado: a) É bastante difundida essa crença sobre os sistemas de computação Essa crença sobre os sistemas de computação é bastante difundida. b) O computador é capaz de executar o trabalho de muitas pessoas. É o computador capaz de executar o trabalho de muitas pessoas. c) Funcionários menos graduados deixam de participar das decisões. Deixam de participar das decisões menos funcionários graduados. d) As novas tarefas padronizadas são fonte potencial de alienação. São fonte potencial de alienação as novas tarefas padronizadas. e) Esta reação pode traduzir-se na falta de colaboração com os analistas. Pode esta reação traduzir-se na falta de colaboração com os analistas.

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2. Abaixo, você tem cinco frases que formam o parágrafo inicial de um texto. Ordene-as de maneira a obter um parágrafo coeso e coerente. 1) Assim também, se você decidir chamar a rosa por um outro nome, ainda assim ela continuará sendo uma rosa. 2) quem quiser dizer o contrário que o faça. 3) Em resumo, o nosso país é o que é. 4) Isso em nada mudará essa realidade. 5) O Brasil é um país do Terceiro Mundo.

a) 1,2,3,4,5 b) 4,5,1,2,3 c) 3,5,1,4,2 d) 5,2,4,1,3 e) 2,4,3,5,1 3. A substituição feita abaixo do termo sublinhado no período “algo semelhante, embora em ponto menor, acontece com a abolição da escravidão” que implica alteração de sentido é: a) não obstante em ponto menor; b) ainda que em ponto menor; c) conquanto em ponto menor; d) desde que em ponto menor; e) apesar de que em ponto menor. 4. Vocábulos que iniciam parágrafos como “mas”, “para que” colaboram para que se mantenha no texto: a) a coerência argumentativa; b) a coesão formal; c) a argumentação lógica;

d) a organização narrativa; e) a estruturação enunciativa. 5. “É lugar comum a afirmação de que a Justiça é lenta”; a frase abaixo que modifica o sentido desse segmento do texto é: a) A afirmação de que a Justiça é lenta é lugar comum; b) Afirmar-se que a Justiça é lenta é lugar comum; c) É lugar comum afirmar-se que a Justiça é lenta. d) É comum afirmar-se que a justiça é lenta. e)Afirmar-se que a Justiça tem lentidão é um lugar-comum. 6. Apenas quando temos uma eleição é que nos damos conta da precariedade de tudo. A alternativa que registra uma outra forma desse período com o mesmo significado é: a) Nos damos conta da precariedade de tudo quando só temos uma eleição. b) Quando temos uma eleição apenas é que nos damos conta da precariedade de tudo. c) Só nos damos conta de precariedade de tudo quando temos uma eleição. d) Quando temos uma eleição é que nos damos conta apenas da precariedade de tudo.

e) Quando temos só uma eleição é que nos damos conta da precariedade de tudo.

II- MODOS DE ORGANIZAÇÃO DISCURSIVAS

Para ler ou escrever, o primeiro passo é conhecer o modo discursivo do texto com o qual se vai trabalhar. Depois é importante atentar para os elementos que caracterizam aquele discurso particularmente, tendo em vista o vocabulário e a organização sintática, sem esquecer que um texto surge das palavras que se organizam em frases – oracionais ou não -, em períodos – coordenados, subordinados ou mistos e em parágrafos. Dessa forma, tudo fica mais fácil e gradativamente, com estudo e exercícios, aprendemos a dominar a trama textual de forma específica. É importante observar os processos de coesão e consequentemente como se realiza a coerência o que implica perceber as palavras e os sentidos que adquirem em cada contexto, além de conhecer os elementos de coordenação e subordinação além de dominar os elementos de referência como os anafóricos, catafóricos e dêiticos. Muitas vezes é preciso observar, também, as relações de um texto com outros textos e contextos ao que chamamos de intertextualidade. A Narração = é um texto que conta um fato, uma história e para isso é preciso que existam cinco elementos: personagem, narrador, enredo, local e tempo sequencial. A narração pode se apresentar de duas formas: narrador em primeira pessoa – foco narrativo interno – com narrador/personagem; e narração em terceira pessoa – foco narrativo externo – com narrador/observador.

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No processo narrativo, encontramos um dos tipos destes discursos: a) Discurso direto: o narrador reproduz a fala da personagem tal como foi proferida: A professora perguntou ao aluno: “Você entendeu o problema?” b) Discurso indireto: o narrador fala pela personagem: "A professora perguntou ao aluno se ele havia entendido o problema.”

c) Discurso indireto livre: há identificação com a personagem numa identificação psicológica tal, que não se pode ter certeza se a fala é do narrador, da personagem ou de ambos: Ex.: “A menina perambulava pela sala irritada e zangada. Eu não gosto disso! E parecia que ninguém a ouvia.” "Roberto sobe a rua e já está próxima ao lugar em que mora. Lá, na entrada, está o porteiro. Que criaturinha antipática! É triste ter que passar por pessoas desse tipo todos os dias e sentir em cima aqueles olhos maldosos. Como a vida às vezes nos expõe!" O tempo verbal também é fator determinante dos discursos. O discurso indireto estará sempre no passado em relação ao discurso direto. ▬ Discurso direto - tempos verbais Presente do indicativo: “Não gosto disso” – diz a menina em tom zangado. Pretérito perfeito do indicativo: “Não gostei disso” – disse a menina em tom zangado. Futuro do indicativo: “Não gostarei disso” – disse a menina em tom zangado. Imperativo: – Vista o agasalho, meu filho. ▬ Discurso Indireto – tempos verbais

Pretérito imperfeito do indicativo: A menina afirmou que estava zangada. Pretérito-mais-que-perfeito do indicativo: A menina afirmou que estivera zangada (composto – A menina afirmou que tinha estado zangada) Futuro do pretérito : A menina disse que estaria zangada. Pretérito imperfeito do subjuntivo: A mãe recomendou-lhe que vestisse o agasalho. A Descrição = é o texto que apresenta uma seleção de características físicas ou psicológicas. A descrição pode ser de objetos, pessoas ou ambientes e, além disso, pode ser objetiva ou subjetiva. Os aspectos objetivos são aqueles que se mostram iguais para todos, e os subjetivos variam de pessoa para pessoa. Na descrição, ao contrário da narração, todas as informações são simultâneas. Não há sequência temporal. A Dissertação = texto que opina (texto opinativo) ou opina e argumenta sobre determinado assunto (texto argumentativo). A diferença entre dissertação e argumentação é que esta visa ao convencimento através de gráficos, exemplos, estatísticas, percentuais.O objetivo da argumentação é convencer. Na condição de argumentativo, que é normalmente o que se cobra nos concursos públicos, apresenta: a) Introdução - onde encontramos o tema, a tese e a ideia principal;

b) Desenvolvimento – parágrafo ou parágrafos onde estão os argumentos apresentados na introdução; c) Conclusão – parágrafo onde retomamos a ideia principal acerca do assunto abordado na introdução e a ele propomos uma solução. Evidencia-se aqui a opinião do escritor. 1) ( ) “Por cima da moldura da porta há uma chapa metálica comprida e estreita, revestida de esmalte. Sobre um fundo branco, as letras negras dizem Conservatória Geral do Registro Civil. O esmalte está rachado e esboicelado em alguns pontos. A porta é antiga, a ultima camada de pintura castanha está a descascar-se, os veios da madeira, à vista, lembram uma pele estriada. Há cinco janelas na fachada. Mal se cruza o limiar, sente-se o cheiro do papel velho”. (José Saramago) 2) ( ) “Entre as peculiaridades mais notáveis da língua grega encontra-se a vinculação que oferece o verbo ver com o ato do conhecimento. Uma das raízes, em nada secundária, do próprio surto da filosofia da Grécia prende-se justamente a tal vinculação. Mais ainda, esse surto da episteme insere-se num processo evolutivo que mostra uma verdadeira educação do ato de ver.” (Bornheim, O Olhar) 3) ( ) “Ontem eu estava tomando café e ouvi a empregada na área de serviço a pendurar roupa na corda e a cantar uma melodia sem palavras. Espécie de cantilena extremamente plangente. Perguntei-lhe de quem era a canção, e ela responde: é bobagem minha mesmo, não é de ninguém.” (Clarice Lispector, Água Viva)

4) ( ) “Gabriela era pequena para sua idade, o tamanho e o peso abaixo da média, e tinha um quê de duende, com imensos olhos azuis e os cachos louros e macios. As pessoas que não a conheciam bem diziam que parecia um anjinho.”(Danielle Steel, Um Longo Caminho para Casa)

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5) ( ) “Faltam 15 minutos para as quatro da trade e só agora será servido o almoço na casa da pernambucana Maria Zélia da Silva, 44 anos. Faz silencio no local. O único barulho que se ouve é o choro de Luciano Alves, 7 anos. Caçula de seis irmãos, a criança chora porque não agüenta mais esperar pela refeição”. 6) ( ) “Publicidade oficial tem sido, quase sempre, uma maneira de gastar rios de dinheiro com regozijo. Agora mesmo está nas telas uma risonha Regina Duarte grata à confiança que a população deposita nos Correios. O festival de autocongratulação consumir boa parte dos 120 milhões de reais que o governo (só a administração direta) gastou no

ano passado.(...) Especialmente na televisão ainda resplandece em horário nobre o júbilo obreiro de governantes. E não apenas nos programas dos partidos, excrescência da nossa democracia cartorial.” (Flavio Pinheiro, Veja n.1494) 7) ( ) : “Van Gogh viajou para Paris no final de dezembro e no início de janeiro alugou o quarto onde iria morar por longo tempo. Logo que lhe foi permitido ocupar o aposento, para lá transportou seus poucos pertences, especialmente alguns quadros e fotografias. Em seguida instalou o cavalete de pintura ao pé da janela, por onde entrava a luminosidade necessária e começou imediatamente a pintar, certo do sucesso que, no entanto, iria tardar muito. “ 8) ( ) “O quarto estava localizado na parte velha de Paris. Não era grande nem luxuoso, mas tinha tudo aquilo de que o artista necessitava naquele momento de sua vida: uma cama-beliche, duas cadeiras e uma mesa, sobre a qual ficava uma bacia e uma jarra d’água. Uma grande janela envidraçada iluminava fartamente o aposento, deixando sobre o assoalho de tábua corrida um rastro de luz. Nas paredes ao lado da cama havia dois quadros e algumas fotografias que lembravam ao pintor a sua origem.” 9) ( ) “As circunstâncias externas determinam rigidamente a natureza dos seres vivos, inclusive o homem...” “Nem a vontade, nem a razão podem agir independentemente de seu condicionamento passado.”

EXERCÍCIOS Tendo em vista as definições acima, classifique as passagens que se seguem a partir das características do modo discursivo predominante. (1) narração; (2) descrição; (3) dissertação.

(xx) A violência é produto da miséria e da miséria e da injustiça social. Numa sociedade que tolera muitas discriminações e desigualdades sociais, como é o caso do Brasil, são constantes os conflitos que geram insegurança e medo para a população. (Juarez Nogueira, Manual sobre Redação) (xx) Darcy tinha a pele clara, olhos negros e curiosos, lábios finos e trazia em seu rosto marcas de quem já deixou sua marca na história, as quais harmoniosamente faziam-lhe inspirar profunda confiança. Apesar de diabético e lutar contra dois cânceres, não fez disso desculpa para o comodismo ante a seus ideais maiores, ele sabia o que queria, e não mediu esforço para conseguir. André Luiz Diniz Costa (xx) O clarinete que possuo foi obtido após o meu nascimento, doado como presente de aniversário por meu bisavô, um velho músico, do qual carrego o nome sem tê-lo conhecido. O clarinete é feito de madeira, possui um tubo predominantemente cilíndrico formado por cinco partes dependentes entre si, em cujo encaixe prevalece a cortiça, além das chaves e anéis de junção das partes, de meta. Sua embocadura é de marfim com dois parafusos de regulagem, os quais fixam a palheta bucal. João Rodolfo Cavalcanti A. de Araújo (xx) Maria cumpre mais uma jornada de trabalho e, cansada, roga a volta a casa. Entra então, em um lotação, cujos passageiros a rotina á a fez conhecer. José, bandido inveterado, passa o mesmo dia a caminhar, tramar e agir. Todavia, finda-se a data para ele também e, não estando satisfeito com as finanças adquiridas, envolve-se em

dantescos pensamentos. (xx) Numa noite chuvosa do mês de Agosto, Paulo e o irmão caminhavam pela rua mal-iluminada que conduzia à sua residência. Subitamente foram abordados por um homem estranho. Pararam, atemorizados, e tentaram saber o que o homem queria, receosos de que se tratasse de um assalto. Era, entretanto, somente um bêbado que tentava encontrar, com dificuldade, o caminho de sua casa. (xx) A sua estatura era alta e seu corpo, esbelto. A pele morena refletia o sol dos trópicos. Os olhos negros e amendoados espalhavam a luz interior de sua alegria de viver e jovialidade. Os traços bem desenhados compunham uma fisionomia calma, que mais parecia uma pintura. Um dia, quando encerrava meu trabalho, fixei a atenção em um simples objeto da minha sala. Caminhei, paulatinamente, ao seu encontro e, à medida que me aproximava, sentia meu ego explodir em sensações indescritíveis. Ali, diante dele, parei. Meu reflexo testemunhava as marcas do passado e trazia, à tona, as lembranças da infância e da adolescência. As imagens, agora, misturavam-se, comprometendo minha lucidez. Senti meu corpo flutuar e minha visão apagar-se, de forma que eu me concentrava em recordações, apenas.

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(xx) Não há como confundir estes três tipos de redação. Enquanto a descrição aponta os elementos que caracterizam os seres, objetos, ambientes e paisagens, a narração implica uma ideia de ação, movimento empreendido pelos personagens da história. Já a dissertação assume um caráter totalmente diferenciado, na medida em que não fala de pessoas ou fatos específicos, mas analisa certos assuntos que são abordados de modo impessoal. (xx) Tem havido muitos debates sobre a eficiência do sistema educacional. Argumentam alguns que ele deve ter por objetivo despertar no estudante a capacidade de absorver informações dos mais diferentes tipos e relacioná-las com a

realidade circundante. Um sistema de ensino voltado para a compreensão dos problemas sócio-econômicos e que despertasse no aluno a curiosidade científica seria por demais desejável.

III. REGRAS DE ACENTUAÇÃO As normas apresentadas nesta apostila versam a respeito única e exclusivamente da Nova Ortografia. Monossílabos Tônicos Acentuam-se todos os monossílabos tônicos terminados em a, e, o, éi, ói, eu (seguidos ou não de “–s”): pá - más - fé - mês - ré - só - nós - méis - dói - réus... Oxítonas Acentuam-se todas as palavras oxítonas terminadas em: a, e, o, em, éi, ói, eu (seguidos ou não de –s): Paraná - sofás - café - vocês - carijó - após - capô - também - reféns - pastéis - heróis - reconstrói - chapéus... Paroxítonas Acentuam-se todas as palavras paroxítonas terminadas nas consoantes/encontros: L, R, N, X, PS, US: solúvel - nível - revólver - hífen - próton - tórax - fórceps - bíceps - tônus - vírus...

Também são acentuadas as paroxítonas terminadas em: i, is, um, uns, ã, ãs, ao, ãos, ditongos: júri - álbuns - órfã - ímãs - bênção - órgãos - substância - cárie - estetoscópios - artérias... Obs.: algumas palavras referentes aos Conceitos Químicos terminadas em “–ons” são acentuadas: íons - elétrons - prótons - nêutrons... Proparoxítonas Acentuam-se TODAS as palavras proparoxítonas da língua portuguesa: hipotálamo - assimétrico - rítmico - oxítona - sistólica - álcool - neurológica - clínicas - glândulas - matemática - êxtase - ônibus - estética... Hiatos Acentuam-se as vogais tônicas i e u quando forem a segunda letra de um hiato (estiverem sozinhas ou acompanhadas de “–s”): saúde - viúvas - juízes - saúvas - saída - faíscas - egoísmo - Luís - balaústre... Obs.: 1 – não são acentuadas as vogais tônicas i e u quando formarem hiato e vierem seguidas do dígrafo -NH ou vierem depois de um ditongo: rainha (ra – i – nha) - bainha - boiuna (boi – u – na) - cauila - Sauipe (Sau – i – pe) -

baiuca... Obs.: 2 – não se acentua as vogais tônicas i e u quando formarem hiato e forem repetidas: xiita... Obs.: 3 – são acentuadas as vogais tônicas i e u quando formarem hiato e estiverem seguidas de ditongo, desde que se encontrem na última sílaba / oxítona: Piauí (Pi – au – í) - tuiuiú (tui – ui - ú)... Verbos Acentuam-se os verbos ter e vir (e todos os seus derivados – deter, conter, convir...) com um acento circunflexo marcando a terceira pessoa do plural do presente do modo indicativo: ele/ela tem - eles/elas têm // ele/ela vem / eles/elas vêm

EXERCÍCIOS 1. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: a) Todo ensino deveria ser gratuito. b) Não ves que eu não tenho tempo? c) É difícil lidar com pessoas sem carater. d) Saberias dizer o conteudo da carta? e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer.

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2. (IBGE) Assinale a opção que contém as três, dentre as cinco palavras sublinhadas, que devem receber acento gráfico: a) Eles tem de, sozinhos, aparar o pelo do animal e prepara-lo para a exposiçao. b) A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde. c) Saimos do tribunal mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes. d) A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido. e) Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda.

3. (EPCAR) Assinale a série em que todos os vocábulos devem receber acento gráfico: a) Troia, item, Venus b) hifen, estrategia, albuns c) apoio (subst.), reune, faisca d) nivel, orgão, tupi e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 4. (BB) Opção correta: a) eclípse b) juíz c) agosto d) saída e) intuito 5. (BB) "Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões". a) 5 acentos b) 4 acentos

c) 3 acentos d) 2 acentos e) 1 acento 6. (BB) Monossílabo tônico: a) o b) lhe c) e d) luz e) com 7. (BB) Leva acento: a) pêso b) têm c) êste d) tôda e) cêdo

8. (BB) Não leva acento: a) atrai-la b) supo-la c) conduzi-la d) vende-la e) revista-la 9. (BB) Noite: a) hiato b) ditongo c) tritongo d) dígrafo e) encontro consonantal 10. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: a) paletó, avô, pajé, café, jiló b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis

c) você, capilé, Paraná, lápis, régua d) amém, amável, filó, porém, além e) caí, aí, ímã, ipê, abricó

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11. (ITA) Dadas as palavras: 1. tung-stê-nio 2. bis-a-vô 3. du-e-lo Constatamos que a separação silábica está correta: a) apenas na palavra nº 1 b) apenas na palavra nº 2 c) apenas na palavra nº 3 d) em todas as palavras

e) n.d.a 12. (OSEC) O plural de tem, dê, vê; é, respectivamente: a) têm, dêem, vêm b) tem, deem, vêem c) têm, deem, veem d) têem, dêem, vêm e) têem, dêem, vêem 13. (FGV-RJ) Assinale a alternativa que completa as frases: I - Cada qual faz como melhor lhe ....... . II - O que ....... estes frascos? III - Nestes momentos os teóricos ....... os conceitos. IV - Eles ....... a casa do necessário. a) convém, contêm, reveem, provêem b) convém, contém, reveem, provém c) convém, contém, revêm, provém d) convêm, contém, reveem, provêem

e) convêm, contêm, reveem, provêem 14. (CESCEM) Sob um ..... de nuvens, atracou no ..... o navio que trazia o ..... . a) veu, porto, heroi b) veu, pôrto, herói c) véu, pôrto, herói d) véu, porto, herói e) véu, porto, herói 15. (CESGRANRIO) Assinale a opção em que os vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica: a) pés, hóspedes b) sulfúrea, distância c) fosforescência, provém d) últimos, terrível e) satânico, porém 16. (SANTA CASA) As palavras após e órgãos são acentuadas por serem respectivamente:

a) paroxítona terminada em s e proparoxítona b) oxítona terminada em o e paroxítona terminada em ditongo c) proparoxítona e paroxítona terminada em s d) monossílabo tônico e oxítona terminada em o, seguida de s e) proparoxítona e proparoxítona 17. (MACK) Indique a alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente: a) lapis, canoa, abacaxi, jovens b) ruim, sozinho, aquele, traiu c) saudade, onix, grau, orquídea d) voo, legua, assim, tênis e) flores, açucar, album, vírus 18. (CESGRANRIO) Aponte a única série em que pelo menos um vocábulo apresente erro no que diz respeito à acentuação gráfica: a) pegada - sinonímia b) êxodo - aperfeiçoe c) álbuns - atraí-lo

d) ritmo – itens e) redimí-la - grátis

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19. (PUCC) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado: a) hífen b) ítem c) ítens d) ritmo e) feiúra

20. (ITA) Dadas as palavras: 1. des-a-len-to 2. sub-es-ti-mar 3. trans-tor-no, constatamos que a separação silábica está correta: a) apenas na número 1 b) apenas na número 2 c) apenas na número 3 d) em todas as palavras e) n.d.a GABARITO

1 – A 2 - A 3 - B 4 – D 5 - A 6 - D 7 – B 8 - C 9 - B 10 - A

11- C 12 - C 13 - A 14 - E 15 - B 16 - B 17 - B 18 - E 19 - A 20 – C

PRONOMES DEMONSTRATIVOS: EMPREGOS, COESÃO E COERÊNCIA. ANAFORA, DÊIXIS E CATÁFORA

I. Pronomes Demonstrativos: São palavras que marcam a posição temporal de um ser (presente ou passado) ou a posição espacial do ser em relação a uma das três pessoas do discurso. São vocábulos variáveis, mas há uma forma invariável para cada pessoa. São eles:

este, estes, esta, estas, isto, esse, esses, essa, essas, isso,aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo.

Outros pronomes demonstrativos existem que identificam os seres. São eles:

mesmo, mesma, mesmos, mesmas, próprio, própria, próprios, próprias, tal, tais, semelhante, semelhantes.

São também pronomes demonstrativos (átonos) as formas, o, os, a, as, quando aparecem por isto, aquilo, aquele, aquela, aqueles, aquelas. Exemplos: Este ano → ano em curso; Esse ano → ano perto, já conhecido;

Aquele ano → ano afastado no tempo. Nota: Os pronomes isto, isso, aquilo funcionam sempre como pronomes substantivos. II - Emprego dos Pronomes Demonstrativos: Empregam-se os pronomes demonstrativos, atendendo-se, normalmente os seguintes critérios: a) Localizam o substantivo no espaço (função espacial): Exemplos: Este lápis é meu. (perto de quem fala). Esse lápis é meu. (perto da pessoa com quem fala). Aquele lápis é meu. (distante de quem fala e da pessoa com que fala). b) Localizam o substantivo no tempo (função temporal): Exemplos: Este mês, tivemos aumento de salário. (mês corrente). Nesse mês, houve aumento de salário. (diferente do mês que ocorre). Aquele mês foi muito festivo. (diferente e muito afastado do mês que corre). c) Localizam os termos expressos anteriormente na frase (função distributiva).

ESTE, referindo-se ao mais próximo ou citado por último; AQUELE, referindo-se ao mais afastado ou citado em 1º lugar. Exemplo: Tenho um carro e uma casa; ESTA adquiri em maio; AQUELE, em abril.

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d) Os demonstrativos “este", "esta" e “isto" podem ocorrer, também em referência a algo que se pretende mostrar ou dizer e os demonstrativos: "esse", "essa" e "isso", em relação a algo já apresentado ou dito. Exemplos: ESTA sentença é verdadeira: A vida é efêmera. ISSO que você disse não está certo.

EXERCÍCIO 01: Em qual das observações anteriores se justifica o emprego dos demonstrativos das seguintes frases: 1. (xx) Não imagina como isso me preocupa! 2. (xx) Este livro é melhor do que aquele. 3. (xx) Há diferença entre o preguiçoso e o ocioso; esse não trabalha, aquele trabalha pouco e de má vontade. 4. (xx) Creia nisto que te digo e não, nisso que te disseram.

5. (xx) Este ano, houve vários acidentes nesta cidade. 6. (xx) Esse ano, marcou muito nossas vidas. 7. (xx) Este senhor, essas crianças e aquela senhora constituem uma só família 8. (xx) Pedro, responda àquela questão do quadro.

EXERCÍCIO 02: Substitua os espaços por ESTE, ESSE, ou AOUELE, usando as variações, quando necessário: I. a. guaraná que você está tomando é bom, Isabel? b. Não, guaraná que estou tomando não é bom. c. Marisa, vá buscar-me xérox que lá está. d. Lurdes queria ver que está na geladeira. e. Zósimo convidou Jeni e Luiz para ir ao cine- ma; aceitou o convite, apressa- do; recusou, séria. f. D vida ninguém leva nada e n vida ninguém sabe o que irá encontrar. g. Há dez anos começava a guerra, mas n época ninguém poderia supor que ganharia tamanhas proporções. h. "Amai-vos uns aos outros", são as palavras de Cristo. i. São as palavras de Cristo: "Ama i-vos uns aos outros". j. vida nos reserva muitas surpresas.

II. a. Olhe para estrela. Não parece um planeta? b. Erga lenço que caiu a seus pés, Manuel! c. Erga lenço que caiu a meus pés, Hortência! d. Erga lenço que caiu aos pés de Manoel, Hortência! e. Um dia d fui ao Maracanã ver o jogo do Flamengo. f. Um dia d irei novamente ao Maracanã. g. Vanderléia, passe-me cinzeiro que está a seu lado. h. " cinzeiro eu não passo a ninguém", disse Vanderléia. i. Estamos no mês de dezembro, e n mês eu faço aniversário. j. Eu não gostava d vida que levava lá na fazenda, por isso resolvi mudar-me para a cidade. III. a. Susana, tu gostas d vida que levas aí na fazenda? b. Não, não gosto d vida que levo aqui na fazenda. c. N quarto em que eu estava ouvia-se muito barulho. d. N quarto em que estou ouve-se muito barulho. e. O anfitrião recebeu-nos com frase:

" casa é de vocês". f. Nos postos de gasolina se vê uma faixa com ______ dizeres: " posto é seu". g. De quem será _____ casa no alto da colina? h. _____ ano que passou não foi bom para mim, mas _____ que começa promete ser bastante favorável. IV. a. Meus filhos Ivã e Creusa são inteligentes, mas enquanto _____ é estudiosa, _____ é preguiçoso. b. Levei minhas tias e meus tios ao circo; _____ gostaram do que viram, mas _____ não apreciaram o espetáculo. c. A duração dos dias e das noites varia com as estações: no verão, _____ são mais curtas e _____ mais longos. d. Não me refiro a _____ locomotiva que está em exposição, mas _____ do tempo da minha infância. e. Ninguém pode duvidar que _____ tempos eram melhores do que _____ de agora. f. _____ lembrança está bem nítida, mas _____ outras, mais remotas, dissiparam-se completamente. g. _____ fato ocorreu em meados do século passado. Lembro-me de que _____.ano tinha entrado para a escola. h. O bonde elétrico e o avião supersônico são meios de transporte bem distintos; _____ é evidentemente, muito mais moderno que _____ .

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i. Em 1983 o Brasil faliu. _____foi um momento muito difícil para a nossa gente. j. O nosso país deve hoje bilhões de dólares, por isso _____ momento é de trabalho, muito trabalho.

QUESTÕES OBJETIVAS: 3) (FESP) Identifique a alternativa em que todas as palavras destacadas são pronomes: a. .Um só aluno não nos prestou nenhuma colaboração. b. Quem a ajudará a alcançar.todo o sucesso? c. Aquele ao qual se entregou o prêmio, ficou muito feliz. d. Todos os que ajudam são nossos amigos.

4) (VUNESP-SP) Em: "Quantos momentos bonitos Que o dia-a-dia nos traz Quanta alegria a razão para viver Eu, você, só nos dois, pra que mais?"

(Mauricio Duboc e Car/os Coelho) Os pronomes em destaque são, respectivamente: a. indefinido, relativo, indefinido. b. relativo, interrogativo, interrogativo. c. interrogativo, relativo, indefinido. d. indefinido, interrogativo, relativo. e. indefinido, indefinido, indefinido. 5) (CEFET-MG) Identifique a alternativa em que o pronome relativo está empregado corretamente: a. Chegou, à cidade, o circo cujos.os donos são ciganos. b. Apresentaram os fatos cujos os quais foram repudiados peja polícia. c. Precisava de dinheiro, sem o cujo não poderia voltar para casa.

d. Venceram aqueles jovens em cuja honestidade acreditamos. e. Há temas polêmicos sobre cujo debate ultrapassa as fronteiras nacionais.

COESÃO E COERÊNCIA. ANÁFORA, CATÁFORA E DÊIXIS: Um texto é um sistema de elementos articulados entre si (contexto intraverbal) ou, também, articulados com o mundo social em que vivemos (contexto extraverbal), ou seja, o discurso não se atualiza somente com a retomada do que já se enunciou e com a antecipação do que ainda se vai enunciar, mas também com a conexão em relação à realidade imediata em que estão inseridos autor e leitor. Entende-se daí que num texto os elementos não podem ser lidos compartimentalizados, uma vez que formam um conjunto no qual cada parte é solidária com outra, de modo que se forme o todo. Isso se consegue pelo trabalho de coesão (conexão), em que sintagmas lexicais, pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções e palavras denotativas fazem a ligação e a referenciação entre elementos do texto a fim de se atingir coerência (a lógica dos fatos ou da forma como são apresentados). Nessa tarefa de interatividade entre elementos do próprio texto (processo intraverbal) ou destes com o mundo social (processo extraverbal), há de se examinar o seguinte: caso a referência se processe em relação a termos situados no texto, tem-se: 1. ANÁFORA / FUNCÁO ANAFÓRICA (referência a elementos já figurados no texto), representada normalmente pelos pronomes demonstrativos, relativos, recíprocos, reflexivos, possessivos, retos e até advérbios. Ex.: Esta é a aluna de que mais gosto.

Pronome relativo com função anafórica 2. CATÁFORA / FUNCÁO CATAFÓRICA (referência a termos posteriores), realizada sobretudo pelos sintagmas lexicais, pronomes demonstrativos e advérbios. Ex.: Aqui no Curso se estuda português. Advérbio com função catafórica. 3. DÊIXIS / FUNCÁO DÊITICA (referência a termos articulados com o mundo social, ou seja, elementos que não pertencem a um texto), sinalizada principalmente pelos pronomes demonstrativos "este" / "esta" e pelos advérbios "aqui, ali, lá, aí, acolá". Ex.: Aqui se estuda português.

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IMPORTANTE: 1. As classes apontadas como tendências de cada uma das funções acima só se confirmam como tais na interatividade do texto. Sejam indicadas, pois, mais como recurso didático de orientar do que como fatos absolutos. 2. Para alguns autores, entre estes Celso Cunha, a anáfora pode referir-se a contextos anteriores ( a anáfora propriamente dita) e a contextos posteriores (a catáfora). 3. Não confundir Anáfora (função de referência explicada acima) com Anáfora (figura que consiste na repetição de palavra ou expressão no início de frases, orações ou versos consecutivos). Veja um

exemplo de Anáfora na linguagem figurada: Você feriu o meu coração. Você me fez objeto de gozação. Você me derrubou e me usou. Você, porém, não foi a única que gozou.

EXERCÍCIOS 6- Tendo em vista os elementos referenciais grifados nas frases abaixo, preencha as lacunas com (1) função anafórica, (2) função catafórica e (3) função dêitica: 1. (xx) “Esta é a amiga de que mais admiro 2. (xx) "Esta é a amiga de que mais admiro." 3. (xx) “Só quero isto: que você seja feliz." 4. (xx) "Tenho certeza de uma coisa: ela é louca." 5. (xx) "Tenho certeza de uma coisa: ela é louca." 6. (xx) “Maria estava distraída e feriu-se no braço.” 7. (xx) "Os dois jovens abraçaram-se emocionados." 8. (xx) "O deputado chegou com guapo rapaz, era o seu filho." 9. (xx) "Este é o livro de que mais gosto." 10. (xx) "Este é o livro de que mais gosto." 11. (xx) "Aqui está. escuro." 12. (xx) "O que quero é paz."

13. (xx) "Esse João é das Arábias." 14. (xx) "Tivemos muita sorte naquele ano." 15. (xx) "Aquela Maria tem cada idéia." 16. (xx) "Eu cá tenho minhas dúvidas." 17. (xx) "No Rio, aqui mesmo, a violência cresce assustadoramente." 18. (xx) "Somos o que somos." 19. (xx) "Neste mês, junho, teremos a Copa do Mundo." 20. (xx) "Tenho um carro e uma casa; esta, adquiri em maio; aquele em janeiro." 7- No texto abaixo, diga se os pronomes grifados são, em relação a Primavera, catafóricos, anafóricos ou dêiticos:

Passei dias no escritório lendo coisas, escrevendo coisas, discutindo coisas, telefonando, providenciando, funcionando. E, enquanto isso ela invadia a bela República do Chile e dançava e sorria por todos os campos, entre a Cordilheira e o Mar. Ela havia chegado, e eu não a vira, a Primavera. (Rubem Braga) GABARITO

Exercício 1: 1-d. 2-a. 3-c. 4-d. 5-b. 6-b. 7-a. 8-a.

Exercício 2: I. II. III. IV. a. esse a. aquela a. essa a. este-aquele b. este b. esse b. esta b. estes-aquelas c. aquela c .este c. aquele c. estas:aqueles d. aquela d. aquele d. este d. essa-àquela e. este-aquela e. esses e. esta-Esta e. aqueles-estes f. esta-aquela f. estes f. estes-Este f. essa-aquelas g. essa g. esse g. aquela g. Esse-aquele (ou: Esta-essas) h. essas h. este h. Esse-este h. Este-aquele i. estas i. este i. estes i. Aquele j. esta j. aquela j. este j. este

Exercício 3: D Exercício 4: A Exercício 5: D

Exercício 6: 1-3; 2-1; 3- 2; 4-2; 5-3; 6-1; 7-1; 8-1; 9-3; 10-1; 11-3; 12-2; 13-2; 14-3; 15-2; 16-3; 17-1; 18-2; 19-2; 20-1.

Exercício 7: 0s pronomes são catafóricos, pois se referem a um elemento posterior a eles. No caso, a PRIMAVERA.